astros e estrelas do cinema brasileiro Segunda edição revisada e ampliada Governo do Estado de São Paulo Governador Alberto Goldman Imprensa Oficial do Estado de São Paulo Diretor-presidente Hubert Alquéres Coleção Aplauso Coordenador Geral Rubens Ewald Filho No passado está a história do futuro A Imprensa Oficial muito tem contribuído com a sociedade no papel que lhe cabe: a democratização de conhecimento por meio da leitura. A Coleção Aplauso, lançada em 2004, é um exemplo bem-sucedido desse intento. Os temas nela abordados, como biografias de atores, diretores e dramaturgos, são garantia de que um fragmento da memória cultural do país será preservado. Por meio de conversas informais com jornalistas, a história dos artistas é transcrita em primeira pessoa, o que confere grande fl uidez ao texto, conquistando mais e mais leitores. Assim, muitas dessas figuras que tiveram importância fundamental para as artes cênicas brasileiras têm sido resgatadas do esquecimento. Mesmo o nome daqueles que já partiram são frequentemente evocados pela voz de seus companheiros de palco ou de seus biógrafos. Ou seja, nessas histórias que se cruzam, verdadeiros mitos são redescobertos e imortalizados. E não só o público tem reconhecido a importância e a qualidade da Aplauso. Em 2008, a Coleção foi laureada com o mais importante prêmio da área editorial do Brasil: o Jabuti. Concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), a edição especial sobre Raul Cortez ganhou na categoria biografi a. Mas o que começou modestamente tomou vulto e novos temas passaram a integrar a Coleção ao longo desses anos. Hoje, a Aplauso inclui inúmeros outros temas correlatos como a história das pioneiras TVs brasileiras, companhias de dança, roteiros de filmes, peças de teatro e uma parte dedicada à música, com biografias de compositores, cantores, maestros, etc. Para o fi nal deste ano de 2010, está previsto o lançamento de 80 títulos, que se juntarão aos 220 já lançados até aqui. Destes, a maioria foi disponibilizada em acervo digital que pode ser acessado pela internet gratuitamente. Sem dúvida, essa ação constitui grande passo para difusão da nossa cultura entre estudantes, pesquisadores e leitores simplesmente interessados nas histórias. Com tudo isso, a Coleção Aplauso passa a fazer parte ela própria de uma história na qual personagens ficcionais se misturam à daqueles que os criaram, e que por sua vez compõe algumas páginas de outra muito maior: a história do Brasil. Boa leitura. ALBERTO GOLDMAN Governador do Estado de São Paulo O que lembro, tenho. Guimarães Rosa A Coleção Aplauso, concebida pela Imprensa Oficial, visa resgatar a memória da cultura nacional, biografando atores, atrizes e diretores que compõem a cena brasileira nas áreas de cinema, teatro e televisão. Foram selecionados escritores com largo currículo em jornalismo cultural para esse trabalho em que a história cênica e audiovisual brasileiras vem sendo reconstituída de maneira singular. Em entrevistas e encontros sucessivos estreita-se o contato entre biógrafos e biografados. Arquivos de documentos e imagens são pesquisados, e o universo que se reconstitui a partir do cotidiano e do fazer dessas personalidades permite reconstruir sua trajetória. A decisão sobre o depoimento de cada um na primeira pessoa mantém o aspecto de tradição oral dos relatos, tornando o texto coloquial, como se o biografado falasse diretamente ao leitor. Um aspecto importante da Coleção é que os resultados obtidos ultrapassam simples registros biográfi cos, revelando ao leitor facetas que também caracterizam o artista e seu ofício. Biógrafo e biografado se colocaram em refl exões que se estenderam sobre a formação intelectual e ideológica do artista, contextualizada na história brasileira. São inúmeros os artistas a apontar o importante papel que tiveram os livros e a leitura em sua vida, deixando transparecer a firmeza do pensamento crítico ou denunciando preconceitos seculares que atrasaram e continuam atrasando nosso país. Muitos mostraram a importância para a sua formação terem atuado tanto no teatro quanto no cinema e na televisão, adquirindo, linguagens diferenciadas - analisando-as com suas particularidades. Muitos títulos exploram o universo íntimo e psicológico do artista, revelando as circunstâncias que o conduziram à arte, como se abrigasse em si mesmo desde sempre, a complexidade dos personagens. São livros que, além de atrair o grande público, interessarão igualmente aos estudiosos das artes cênicas, pois na Coleção Aplauso foi discutido o processo de criação que concerne ao teatro, ao cinema e à televisão. Foram abordadas a construção dos personagens, a análise, a história, a importância e a atualidade de alguns deles. Também foram examinados o relacionamento dos artistas com seus pares e diretores, os processos e as possibilidades de correção de erros no exercício do teatro e do cinema, a diferença entre esses veículos e a expressão de suas linguagens. Se algum fator específico conduziu ao sucesso da Coleção Aplauso – e merece ser destacado –, é o interesse do leitor brasileiro em conhecer o percurso cultural de seu país. À Imprensa Oficial e sua equipe coube reunir um bom time de jornalistas, organizar com eficácia a pesquisa documental e iconográfica e contar com a disposição e o empenho dos artistas, diretores, dramaturgos e roteiristas. Com a Coleção em curso, configurada e com identidade consolidada, constatamos que os sortilégios que envolvem palco, cenas, coxias, sets de filmagem, textos, imagens e palavras conjugados, e todos esses seres especiais – que neste universo transitam, transmutam e vivem – também nos tomaram e sensibilizaram. É esse material cultural e de reflexão que pode ser agora compartilhado com os leitores de todo o Brasil. HUBERT ALQUÉRES Diretor-presidente da Imprensa Ofi cial do Estado de São Paulo AGRADECIMENTOS Adilson Marcelino; Aladim Miguel; Alexandre Pimenta; Alfredo Sternheim; Ana Clara Rafaldi – Luis XXI Cine Vídeo; André Alimari; André Guerreiro Lopes; Annamaria Dias; Antonio Naddeo; Archimedes Lombardi; Ary Fernandes – Procitel-SP; Bernardo Jablonski; Beto Brant; Bruno de André; Carlos Reichenbach; Castor Guerra; Celso Alves Agria; Equipe da Documentação – Cinemateca Brasileira; Eloísa Sturati Nicolae – Imprensa Oficial do Estado de São Paulo; Fábio Siqueira – Sociólogo e Pesquisador, que me ajudou na complementação de várias resenhas; Cláudio Erlichman – Imprensa Oficial do Estado de São Paulo; Francisco Cavalcanti; Hermano Penna – Luis XXI Cine Vídeo; Hubert Alquéres – Imprensa Oficial do Estado de São Paulo; João Batista Acaiabe; José Armando Py Lagranha; Lucélia Santos; Luis Carlos Pavan – Gargantua Produções; Luiz Felipe Miranda; Magdalena Rodrigues-SATED-MG; Maraci Ambrogi; Marcelo Lyra; Marcelo Pestana & Carlos Cirne; Marcus Mello – Sala P.F.Gastal-RS; Maria Angélica Santos – Sala P.F.Gastal-RS; Maria Val – SATED-SP; Mário Vaz Filho – SATED-SP; Miguel Borges; Milan Weiss; Neide Ribeiro; Patrícia Civelli; Paulo Augusto Gomes; Paulo Hesse; Prof. Máximo Barro; Rafael Conde – Filmegraph; Ronaldo Boschi; Rubens Ewald Filho – Imprensa Oficial do Estado de São Paulo; Sandra Reis – Memorial TCA; Sann Mendes; Sérgio Ricardo; Tatiana Higa; Vânia Pesce – Procitel-SP. Especial para a jornalista e pesquisadora Maria do Rosário Caetano, que tanto me ajudou nesta nova pesquisa, entrevistando atores pelos festivais por onde passava assim como me fornecendo diversos catálogos dos mesmos. Especial e in memoriam para os atores Anselmo Duarte, José Lewgoy e Raul Cortez, aos quais tive a honra de conhecer pessoalmente quando da primeira edição deste livro e que gentilmente permitiram que a foto deles fosse publicada na capa. Hoje já não estão entre nós, mas fi ca aqui registrada minha admiração e gratidão e pela inestimável perda de Ary Fernandes, falecido em 29 de agosto de 2010, amigo pessoal a qual tive a honra de biografar também pela Coleção Aplauso, meu respeito e gratidão. APRESENTAÇÃO Em 1998 quando fiz meu primeiro livro, Astros e Estrelas do Cinema Brasileiro, consegui reunir, amadoristicamente, a biografia de 1.401 atores/atrizes. Foi um livro feito despretensiosamente, sem nenhuma preocupação com estética ou forma, feito na pura paixão’, como dito na época e também sem nenhum recurso eletrônico, pois a Internet estava gatinhando. Ele foi então com pesquisa de campo pura, 100%, e acabou se tornando pioneiro no gênero,. Existiam em abundância, sim, livros importados, escritos no idioma original, com fotos espetaculares principalmente de astros americanos, mas brasileiros? Não isso não tinha mesmo. Então, com todas as suas falhas, este livro preencheu um espaço vazio e é usado até hoje como fonte de pesquisa por profi ssionais de diversas áreas e leitores comuns, que gostam de obter informações sobre seus ídolos, mesmo com toda sua desatualização. Agora, em 2010, com toda a bagagem que adquiri ao longo desses doze anos, seis livros publicados, etc., percebo o quanto era necessário atualizá-lo. E foi um trabalho gratificante lidar novamente com todo aquele material inicial, adicionar um novo trabalho de pesquisa, aproveitando as facilidades existentes hoje e transformar tudo isso em um novo livro, com nova cara, nova concepção, enfi m, tudo diferente. Novidades em relação ao anterior: 1 – Inclusão de 1.146 biografias, além das que já existiam, perfazendo 2.547 biografias de astros brasileiros; 2 – Correção/ atualização dos verbetes existentes, com inclusão de datas de nascimento e morte, correção das fi lmografias, etc.; 3 – Inclusão de fi lmografia de curta e média – metragem, um luxo aparentemente desnecessário, mas que – ao longo das pesquisas – os leitores verão o quanto é importante para marcar a trajetória do ator/atriz no cinema em toda a sua plenitude. Atentar para a siga CM, ao lado do filme, o que indica ser curta – metragem e MM para média – metragem; 4 – Inclusão de filmes no formato digital. O anterior contemplava apenas filmes feitos em película de cinema; 5 – Inclusão do título original e país produtor, nos filmes produzidos ou coproduzidos por outros países. Esse dado ajuda demais a vida do pesquisador; 5 – No caso de atores/diretores, foi incluída também a fi lmografia de direção, ex: Anselmo Duarte tem duas fi lmografias, uma de ator e outra como diretor. Existem no livro 188 diretores/atores biografados. Mesmo assim, diante de tudo isso, deixo uma advertência: Muita gente ainda ficou de fora. Para se ter uma ideia, foram cadastrados quase 11 mil atores/ atrizes, nestes 113 anos de cinema brasileiro. Penso que biografei a nata, os teoricamente mais importantes, mas só isso não basta, eu sei, e, para aqueles que ficaram de fora deste livro, deixo minhas desculpas antecipadas e a promessa de incluí-los na próxima edição. Usarei a mesma frase de 1998 sem mudar uma vírgula: ESTE LIVRO É UMA HOMENAGEM AO ATOR BRASILEIRO!!!. ANTONIO LEÃO DA SILVA NETO A ABBAS, EDUARDO Nasceu em São Paulo, em 1930. Estreia na televisão nos famosos TV Teatro, em 1958; TV de Comédia, em 1958; e TV de Vanguarda, em 1959. Logo se destaca como importante coadjuvante, com seu jeitão de boa – praça, descendente de árabes, sendo muito requisitado, não só na televisão, como no cinema, onde estreia em 1960 no filme Cidade Ameaçada, de Roberto Farias. Participa de dezenas de telenovelas, em praticamente todas as emissoras, como em Klaus, o Loiro (1963), As Professorinhas (1965) e Calúnia (1966), pela Tupi; Legião dos Esquecidos (1968) e A Pequena Órfã (1968), pela Excelsior; Pingo de Gente (1971) e Sol Amarelo (1971), pela Record; Cavalo Amarelo (1980) e Chapadão do Bugre (1988), pela Bandeirantes; Jerônimo (1984), pelo SBT; e Grande Sertão: Veredas (1985), pela TV Globo. No cinema, onde tem longínqua carreira também, participou de mais de vinte filmes, como Lampião, o Rei do Cangaço (1963), Corisco, o Diabo Loiro (1969), Asa Branca – Um Sonho Brasileiro (1980) e Filho Adotivo (1984). Morre em São Paulo, em 1992, aos 72 anos de idade, de infarto fulminante. Filmografia: 1960 – Cidade Ameaçada; Estrada do Amor (Weit Ist Der Weg) (Brasil/Alemanha); 1963 – Lampião, o Rei do Cangaço; O Rei Pelé; 1967 – Cangaceiros de Lampião; 1969 – Corisco, o Diabo Loiro; 1976 – Um Golpe Sexy; 1977 – Mágoa de Boiadeiro; 1979 – Tiradentes, o Mártir da Independência; Por um Corpo de Mulher; Milagre – O Poder da Fé; Os Pankekas e o Calhambeque de Ouro; 1980 – Asa Branca – Um Sonho Brasileiro; Ato de Violência; 1981 – O Sexo e as Pipas; 1982 – Retrato Falado de uma Mulher sem Pudor; O Inferno Começa Aqui; Sete Dias de Agonia (O Encalhe); 1984 – Volúpia de Mulher; Filho Adotivo. ABDALA, CATARINA Nasceu em Nilópolis, RJ, em 13 de julho de 1959. Aos treze anos trabalha com artesanato para sobreviver. Chega a tentar o vestibular para medicina, mas, a conselho da mãe, resolve iniciar-se na carreira de atriz, fazendo curso de Teatro no Tablado. Inicia sua carreira na televisão em 1981, como a Cuca do Sítio do Pica-Pau Amarelo, onde permanece até 1986, mas consegue destaque como Ronalda Cristina na série Armação Ilimitada, em 1985. Participa de telenovelas e minisséries como A Próxima Vítima (1995), A Indomada (1997), O Quinto dos Infernos (2002), Agora é que são Elas (2003), Senhora do Destino (2004) e A Lua me Disse (2005). Entre 1992 e 1999 participa de quatro episódios do programa Você Decide. Estreia no cinema em 1982, no filme O Sonho não Acabou. Casada, tem uma filha, Alice, nascida em 1987. Em 2008 vai para a TV Record participar da novela Chamas da Vida. Filmografia: 1982 – O Sonho não Acabou; As Aventuras de um Paraíba; As Meninas do Catete (CM); 1983 – Aguenta Coração; 1984 – Memórias do Cárcere; 1985 – Areias Escaldantes, 1994 – Veja esta Canção (episódio: Drão); 1995 – O Mandarim; 1997 – Doces Poderes; For All, o Trampolim da Vitória; 2008 – Elvis & Madona; 2009 – Diário de Aquário – O Living Theater no Brasil (MM); Salve Geral!; 2010 – O Inventor de Sonhos. ABELIM, EDUARDO Nasceu em Cachoeira do Sul, RS, em 1900. Pioneiro do cinema gaúcho. Adquire uma câmera Pathé e funda, em 1927 a Gaúcha Film. Como ator, estreia em 1926 no filme Em Defesa da Irmã e como diretor no filme O Castigo do Orgulho, em 1927. Começa a fazer filmes publicitários para o comérico local. A parti r dos anos 1930 muda-se para Niterói onde encerra suas atividades cinematográficas. Morre em 1984, aos 84 anos de idade. Sua vida é levada às telas por Eduardo Escorel no filme Sonho sem Fim, em 1986. Filmografia (ator): 1926 – Em Defesa da Irmã (CM); 1927 – O Castigo do Orgulho; 1932 – O Pecado da Vaidade. Filmografia (diretor): 1926 – Em Defesa da Irmã (CM); Saída da Mati née do Cinema Avenida (CM); 1927 – O Castigo do Orgulho; Saída da Matinée do Circo Teatro Dudu (CM); A Tela (CM); 1928 – TraídopPelo Vício; 1929 – Calúnias de um Judeu; 1930 – A Avançada das Tropas Gaúchas (CM); Pelo Brasil Redimido (CM); 1932 – O Pecado da Vaidade. ABRAHÃO, BRUNNO Nasceu no Rio de Janeiro em 26 de abril de 1993. Filho da professora aposentada Vera Abrahão e do funcionário público João Soares dos Santos. Com cinco anos de idade começa sua carreira artística fazendo comerciais de televisão. Em 2000 estreia no cinema, ao lado de Xuxa, no filme Xuxa Popstar. No ano seguinte brilha em Meu Filho Teu, coprodução Brasil/Itália dirigida por Walter Lima Jr., onde atua ao lado de Ornella Muti e Reginaldo Faria. Estreia na televisão em 2002 na minissérie O Quinto dos Infernos, mas brilha mesmo em 2003 como Zeca, filho de Cristiano Reis (Alexandre Borges), em Celebridade, novela de Gilberto Braga. Depois de uma passagem por América, participa da minissérie Amazônia, de Galvez a Chico Mendes, em 2007. Filmografia: 2000 – Xuxa Popstar; 2001 – Meu Filho Teu (Um Crime Nobre) (Itália/Brasil); 2003 – Xuxa Abracadabra; 2004 – Quase Dois Irmãos. ABRAMO, LÉLIA Nasceu em São Paulo, SP, em 8 de fevereiro de 1911. Filha de italianos, o pai, Vicenzo Abramo, era empresário da área têxtil, havia sido sócio do conde Francisco Matarazzo em uma fábrica de tecidos no final da primeira década do século, mas faliu logo depois. Vicenzo morreu em 1949, sem ver a filha que estava na Itália. A casa sempre foi reduto de encontros entre jornalistas, escritores, artistas e políticos da esquerda brasileira. Lélia foi criada num casarão no bairro do Ipiranga. Dois de seus irmãos foram profissionais dos mais atuantes na história do jornalismo brasileiro, Cláudio e Lívio Abramo. Desde criança quis ser atriz, mas encontra barreiras em casa, pois sua mãe é contra. Com a crise financeira da família, arruma emprego num banco. Na época, já usava cabelos curtos e saias na altura do joelho. Depois foi trabalhar em uma fábrica, onde era responsável pelos salários dos funcionários. Um dia disse aos colegas funcionários que eles estavam sendo explorados e foi demitida no dia seguinte. Era um sinal das causas da esquerda que abraçaria com fervor toda a sua vida. No início de 1938, aos 27 anos de idade, descobriu que tinha um problema sério de saúde, pois sentia fortes dores na cabeça e febres frequentes. Para melhor tratar de sua saúde e por intermédio da irmã Beatriz, que era casada com um oficial do Exército italiano, foi morar na Itália. Lá descobriu que tinha um cisto no ovário esquerdo. Após a cirurgia descobriu que não poderia mais ter filhos e abdicou do casamento a parti r daí. Durante a Segunda Guerra Mundial permaneceu na Itália. De volta ao Brasil, durante um tempo, trabalha como jornalista da agência de notícias Ansa, sob o comando do jornalista Giannino Carta. Ao mesmo tempo, atua em grupos de teatro amador voltados à colônia italiana. Estreia profissionalmente aos 47 anos de idade, em 1958 na primeira montagem da peça Eles não Usam Black-Tie, de Gianfrancesco Guarnieri, como Romana, personagem que morava num morro do Rio de Janeiro. Dizia ela que todos achavam que sua atuação seria um fracasso por causa do seu forte sotaque italiano, mas no dia da estreia foi aplaudida de pé pelo público do Teatro de Arena, no centro da cidade de São Paulo. No mesmo ano, ganhou o prêmio da Associação dos Críticos Teatrais de São Paulo e o Prêmio Saci, como melhor atriz coadjuvante. Atua em inúmeras outras como Pintado de Alegre, Gente como a Gente. Mãe Coragem, etc. Estreia no cinema em 1960 no filme Cidade Ameaçada. São mais de uma dezena de fi lmes, destacando-se Vereda da Salvação (1965) e Eles Não Usam Black Tie (1981). Na televisão, sua primeira novela é A Muralha, de 1961. Seguem-se brilhantes atuações em telenovelas como Dez Vidas (1969), Os Ossos do Barão (1973) e Pai Herói (1979). Nos anos 1970 preside o Sindicato dos Artistas de São Paulo e foi uma das responsáveis pela regulamentação dessa categoria profissional. Conheceu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 1978, de quem tornouse amiga e parceira de militância. Candidata-se como suplente ao Senado, em 1982, pelo PT, partido que ajudou a fundar. Lélia sempre esteve à frente dos mais importantes movimentos político-sociais brasileiros, como as manifestações contra a ditadura militar e a campanha pelas Diretas Já, entre outras. Essa militância política acaba prejudicando sua carreira, ao ser preterida pelas emissoras na escolha do elenco de suas novelas, ainda assim, graças ao seu talento, ainda participa de algumas novelas e minisséries como Avenida Paulista (1982), Pão, Pão, Beijo, Beijo (1983), O Tempo e o Vento (1985), Mania de Querer (1986) e A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990), como Lúcia, sua última novela. Em 1997, com 86 anos de idade, lança em São Paulo, o livro Vida e Arte contando toda a sua trajetória. Grande atriz brasileira, por todos respeitada, morre em 8 de abril de 2004, aos 93 anos de idade, de embolia pulmonar, em São Paulo. Filmografia: 1960 – Cidade Ameaçada; 1965 – Vereda da Salvação; 1966 – O Anjo Assassino; 1967 – O Caso dos Irmãos Naves; 1968 – O Quarto; 1970 – Beto Rockfeller; Cléo e Daniel; 1973 – Joanna Francesa (Brasil/França); 1974 – O Comprador de Fazendas; 1980 – O Sonho não Acabou – Teatro Libertário (CM) (depoimento); 1981 – Eles não Usam Black-Tie; Maldita Coincidência; A Mulher Diaba (MM); 1983 – Janete; 1990 – Manoushe, a Lenda de um Cigano; 1994 – Mil e Uma. ABRAS, CAROLINE Nasceu em São Paulo, SP, em 11 de agosto de 1987. Aos treze anos fazia ginástica olímpica mas matava aulas para ver os ensaios teatrais no clube. Começa então a fazer teatro amador, estuda dois anos com a preparadora de elenco Fátima Toledo e chega a participar da trupe do Teatro da Vertigem, de linguagem experimental. Estreia no cinema em 2006 no curta Alguma Coisa Assim e em seguida atua em outro curta Perto de Qualquer Lugar. Em 2007 ganha dos Kikitos seguidos por sua atuação nos dois filmes. Não foi diferente em seu primeiro longa, Se nada mais Der Certo (2008), de José Eduardo Belmonte, a qual recebe o prêmio de melhor atriz no Festival do Rio. No contundente papel de Marcim, Caroline demonstra um talento descomunal para uma iniciante, prenunciando uma grande carreira pela frente. Na televisão, atua na novela Paraíso (2009), pela TV Globo, como Jacira, e na crônica juvenil Tudo o que é Sólido Pode Derreter (2009), como Laura, pela TV Cultura. Filmografia: 2006 – Alguma Coisa Assim (CM); 2007 – Perto de Qualquer Lugar (CM); 2008 – Se nada mais Der Certo; Bellini e o Demônio; 2010 – Augustas. ABREU, CLÁUDIA Cláudia Abreu Fonseca nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de outubro de 1970. Os pais se separaram quando Cláudia tinha quatro meses e ela foi criada pela mãe, a advogada Regina Abreu. Aos dez anos de idade, Cacau, como é chamada carinhosamente pelos amigos, inicia sua carreira no teatro do Tablado, tendo como professor o tio, Ovídeo Abreu. Começa sua carreira profissional com quatorze anos fazendo teatro em peças como O Despertar da Primavera, do alemão Frank Wedekind (1864-1918). Por sua atuação no teatro, chama a atenção de Wolf Maya, que a chama para fazer testes. Aprovada, estreia em 1986, na novela Hipertensão, mas em 1984 ela já havia feito um comercial de um condomínio na Tijuca, no Rio de Janeiro. Depois seguem-se O Outro (1987), Fera Radical (1988), Que Rei Sou Eu? (1989), Barriga de Aluguel (1990) e a minissérie Anos Rebeldes (1992). No cinema, estreia em 1992, no curta-metragem Absintho, mas brilha mesmo em 1996 no filme Tieta do Agreste. Já com filmes importantes no curriculo, destaca-se Guerra de Canudos (1997) e Xangô de Baker Street (2001). Atua em muitas peças teatrais, entre elas Orlando, Hamlet e Viagem ao Centro da Terra. Segue carreira vitoriosa na televisão em minisséries, novelas e programas como Comédia da Vida Privada (1995/96) (3 episódios), A Vida como ela É’ (1996) (10 episódios), O Quinto dos Infernos (2002), Celebridade (2003), como a terrível Laura, Belíssima (2005), como a batalhadora Vitória, e Três Irmãs (2009), como Dora. Chega a graduar-se em Filosofia, mas nunca exerce a profissão. Em 1997 casa-se com o diretor de cinema José Henrique Fonseca (1965), com quem tem duas filhas, Maria (2001) e Felipa (2007). Cláudia estuda filosofia na PUC, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. É uma grande atriz brasileira. Filmografia: 1992 – Absintho (CM); 1996 – Tieta do Agreste; Ed Mort; 1997 – O que é Isso Companheiro?; Guerra de Canudos; 1999 – Traição (epsódio: Cachorro) (voz de ouvinte); 2001 – Xangô de Baker Street; 2003 – O Homem do Ano; Caminho das Nuvens; 2006 – Não Por Acaso; 2007 – O Tablado e Maria Clara Machado (depoimento); 2008 – Os Desafinados; Todo Mundo tem Problemas Sexuais. ABREU, ESTER DE Nasceu em Lisboa, Portugal, em 25 de outubro de 1921. De interna do colégio Santo Antonio, em Lisboa, foi para os palcos. Descendente de uma família de artistas, suas irmãs também são cantoras. Obtém seu maior sucesso com a música Coimbra, que corre o mundo e torna-a muito conhecida. Na década de 1950 é convidada a parti cipar do show Sonho nas Berlengas, apresentado pelo Copacabana Palace. O sucesso é tanto que ela resolve ficar por aqui, já de contrato com a Rádio Nacional e convite para tournées em todo o País. Em 1956 estreia no cinema, no filme Vamos com Calma, produzido pela Atlânti da. Parti cipa de outros como Como Evitar o Desquite (1973) e As Aventuras de um Deteti ve Português (1976). Sua irmã, a atriz, cantora e dançarina Gilda Valença (1926 – ) também é radicada no Brasil. Morre em 24 de fevereiro de 1997, no Rio de Janeiro, aos 76 anos de idade. Filmografia: 1956 – Vamos Com Calma; 1957 – Pirata do Outro Mundo; 1973 – Como Evitar o Desquite; 1976 – As Aventuras de um Deteti ve Português. ABREU, GÉRSON DE Gérson Ribeiro de Abreu Jr. nasceu em Iguape, SP, em 11 de agosto de 1964. Em 1983 ele nem pensava ser ator, trabalhava como vendedor de móveis e às vezes participava do auditório do Quem Sabe Sabe, na TV Cultura, e chamou a atenção da equipe de produção do programa, que o convidou para trabalhar na casa, como repórter do Tempo de Verão. Depois veio o Caleidoscópio e também Sábado Vivo. Em 1984 já faz sucesso em Bambalalão, onde fica por seis anos, depois veio X Tudo, programa infantil que ele comanda de 1991 a 1994. Estreia no cinema em 1989 no curta-metragem Cadê a Bolinha. Seu primeiro longa é Beijo 2348 72. Em 1995, contratado pela TV Record, interpreta o Agente G, depois Vila Esperança (1997) e Estrela de Fogo (1998). Na TV Globo, participa da minissérie Aquarela do Brasil, em 2000. No teatro brilhou em Almanaque Brasil, em 1994, em que revivia a era de ouro do rádio no Brasil, Gato Preto, com Rosi Campos, em 2002 e tinha um projeto para interpretar Vicente Celesti no no teatro, na peça Acordes Celestinos, de Carlos Alberto Soff redini. Morre em 18 de julho de 2002, aos 37 anos, em Iguape, SP, vítima de infarto fulminante. Filmografia: 1989 – Cadê a Bolinha (CM); 1990: Beijo 2348-72; 1991 – Mano a Mano (CM); A Revolta dos Carnudos (CM); 1992 – PR Kadeia (CM); 1994 – Domingo no Parque (CM); Pé de Pato CM); 1995 – Super-Colosso. ABREU, GILDA DE Nasceu em Paris, França, em 23 de setembro de 1904, quando os pais ali passavam férias, sendo registrada no Consulado brasileiro. Filha de artistas, estuda canto com a mãe, Nícia Silva, formandose no Instituto Nacional de Música. Como cantora lírica, faz concertos e apresentar-se em festas de caridade. Em 1933 estreia no Teatro Recreio com a peça musicada A Canção Brasileira, de Luiz Iglesias e Miguel Santos. Seguem-se então, entre outras, A Casa Branca, de Freire Júnior, A Cantora do Rádio, de Miguel Santos, e Jurity, de Viriato Correia e Chiquinha Gonzaga. Nessa época conhece o cantor Vicente Celestino, com quem se casa em 1933 e vive até a morte deste, em 1968, e forma uma companhia que se apresenta em todo o País. Em 1934, canta no espetáculo Lúcia de Lammermmor, de Gaetano Donizetti, no Teatro João Caetano, no Rio. Em 1935 estreia no cinema como atriz, no filme Bonequinha de Seda. Antes de se tornar diretora, Gilda é atriz, romancista, autora teatral e de radionovelas. Em 1946 estreia como diretora, no filme O Ébrio, ao lado do seu marido. O filme é estrondoso sucesso de público, consagrando-a. Faz apenas seis filmes, três como atriz e três como diretora. Na década de 70 dedica-se ao CANS, Cultura Artísti ca Nícia Silva, entidade que funda, em homenagem à mãe. Em 1977 dirige o documentário curto Canção de Amor, sobre a vida e a carreira de Vicente Celestino. Morre em 4 de junho de 1979, aos 74 anos de idade, no Rio de Janeiro. Em 1994 Lúcia Murat dirige o curta As Precursoras, sobre a obra de Gilda de Abreu e Carmen Santos. Filmografia (atriz): 1935 – Bonequinha de Seda; 1937 – Alegria (Inacabado); 1951 – Coração Materno; 1973 – Folia (CM) (depoimento); 1978 – Mulheres de Cinema (CM) (depoimento). Filmografia (diretora): 1946 – O Ébrio; 1949 – Pinguinho de Gente; 1951 – Coração Materno; 1977 – Canção de Amor (CM). ABREU, JOSÉ DE José Pereira de Abreu Júnior nasceu em Santa Rita do Passa Quatro, SP, em 24 de maio de 1946. Com quatorze anos mudase para São Paulo e começa a trabalhar como assistente de laboratório e offi ce-boy do Departamento Jurídico. Esse último cargo faz com que inicie, em 1967, a Faculdade de Direito na PUC. Frequenta ensaios de Teatro no Tuca, fazendo sua estreia em 1967 na peça Morte e Vida Severina, de João Cabral de Mello Neto e Chico Buarque. Também participa do movimento hippie, com suas viagens lisérgicas e sua filosofia de paz e amor. Logo se envolve com políti ca estudantil, o que, com o AI-5, em 1968, força-o a ir para a Europa, só retornando em 1974, indo morar em Pelotas, RS. Nessa cidade, dá aulas de teatro na universidade federal e colabora na montagem de várias peças teatrais, entre elas Os Salti mbancos, primeira montagem da obra de Chico Buarque no Sul. Já em Porto Alegre, produz shows de Rita Lee, Toquinho e Vinícius, entre outros. Estreia no cinema em 1968 no filme Anuska, Manequim e Mulher, mas é no A Intrusa, de 1979, que ganha o prêmio de melhor ator em Gramado. Em seguida vai para a TV Globo e não mais sai, fazendo papéis memoráveis nas novelas As Três Marias (1980), Ti-Ti-Ti (1985), O Outro (1987), Corpo a Corpo (1997), A Indomada (1997), como o delegado Motinha, etc. No cinema, faz quase vinte fi lmes, destacandose Luz del Fuego (1982), Luzia Homem (1987), O Cineasta das Selvas (1997) e, mais recentemente, JK – Bela Noite para Voar’. Participa das novelas e minisséries Vila Madalena (1999), A Muralha (2001), Porto dos Milagres (2001), Desejos de Mulher (2002), A Casa das Sete Mulheres (2003), Senhora do Destino (2004), JK (2006) como Carlos Lacerda e Amazônia: de Galvez a Chico Mendes (2007), Eterna Magia (2007), como Carlos Antonio, Desejo Proibido (2008), como Chico, e Caminho das Índias (2009), como Pandit. Em 2006, junta-se ao diretor Luiz Arthur Nunes para criar Fala, Zé!, monólogo teatral em que passa sua geração a limpo cruzando biografia e fi cção. Depois produz o documentário Uma Carta para o Futuro, com roteiro do escritor Moacyr Scliar, sobre as dificuldades dos Judeus que emigraram para o Rio Grande do Sul. Do seu primeiro casamento com a advogada Neuza Serroni teve um filho, Rodrigo, falecido em 1991, aos 21 anos. Com Andrea Pontual, teve um filho, Bernardo. Com a atriz e professora de teatro Nara de Abreu teve três filhos, Téo (1975), Ana (1976) e Cristiano (1983). Está casado com Camila Paola Mosquella desde 2003. Filmografia: 1968 – Anuska, Manequim e Mulher; Portinari – Um Pintor de Brodósqui (narração); 1979 – A Intrusa; 1982 – Luz del Fuego; Os Campeões; 1985 – Muda Brasil! (voz); 1986 – Fulaninha; Anjos do Arrabalde (As Professoras); 1987 – O Mentiroso; Luzia Homem; Rádio Pirata; 1988 – Mistério no Colégio Brasil; O Casamento dos Trapalhões; 1989 – Faca de Dois Gumes; 1991 – Manobra Radical; 1992 – Oswaldianas (episódio: Daisy das Almas deste Mundo); 1994 – Lamarca; 1995 – Cinema Começa com C de Ceará (CM); 1996 – O Guarani; Doces Poderes; 1997 – O Cineasta das Selvas; 1999 – Mauá, o Imperador e o Rei; 2003 – O Preço da Paz; 2007 – Podecrer!; 2008 – Dias e Noites; Vingança; 2009 – JK – Bela Noite para Voar; O Menino da Porteira; Um Homem Qualquer; Topografia de um Desnudo. ABREU, SÉRGIO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 16 de outubro de 1975. Estreia na televisão em 1996 na novela O Campeão, pela TV Bandeirantes. Em 1995 inicia carreira na TV Globo em Malhação, mas a reviravolta em sua carreira acontece em 2007, em Paraíso Tropical, como Tiago, que fazia um par homossexual com o ator Carlos Casagrande, um corajoso personagem, que Sérgio fez com muita dignidade. Em 1990, aos quinze anos de idade, estreia no cinema no filme Lua de Cristal. Em 2008 vai para o SBT para ser o protagonista de Revelação. Em 2009 posa nu para divulgar a sua carreira de vocalista da Banda Projeto SA. Filmografia: 1990 – Lua de Cristal; 2002 – Vinte e Cinco (CM); 2006 – Zuzu Angel. ABUJAMRA, ANDRÉ André Cibelli Abujamra nasceu em São Paulo, SP, em 15 de maio de 1965. Cantor, compositor, multi -instrumentista e ator, e fi lho do diretor/ator Antonio Abujamra. A partir dos anos 1980 participa das bandas Mulheres Negras e Karnak e passa a especializar-se em trilhas para cinema, tendo hoje respeitável curriculum. Sua primeira trilha foi para o curta Hip-Hop SP, em 1990, direção de Francisco César Filho. No cinema, como ator, estreia em 1995 no curta A Origem dos Bebês Segundo Kiki Cavalcanti e na televisão no seriado As Aventuras de Tiazinha, pela TV Bandeirantes, em 1999. Compõe a trilha de filmes importantes como Baile Perfumado (1997), Carandiru (2003), Encarnação do Demônio (2008), etc. Como ator, destaca-se nos filmes Boleiros – Era Uma Vez o Futebol (1998) e, mais recentemente, É Proibido Fumar (2009). Filmografia: 1995 – A Origem dos Bebês Segundo Kiki Cavalcanti (CM); 1995 – Sábado; 1996 – Almoço Executivo (CM); 1998 – Boleiros – Era uma Vez o Futebol; 2000 – Coda (CM); 2002 – Durval Discos; 2004 – Como Fazer um Filme de Amor; 2006 – O Livro Multicolorido de Karnak; 2008 – Caixa Preta; 2009 – É Proibido Fumar. ABUJAMRA, ANTONIO Nasceu em Óleo, SP, em 15 de setembro de 1932. Começa sua carreira teatral em 1950. Na década de 60 cria o Grupo Decisão e constitui sólida carreira de ator e diretor. Estreia na televisão em 1966 na novela As Minas de Prata, pela extinta TV Excelsior, mas retorna somente em 1989, em Que Rei Sou Eu?, pela TV Globo. Estreia no cinema em 1987 no curta-metragem PSW – Uma Crônica Subversiva, e não para mais, com memoráveis atuações em fi lmes como A Festa (1989), Carlota Joaquina, Princesa do Brazil (1995) e mais recentemente em Quanto Vale ou é por Quilo? (2005), de Sérgio Bianchi, além de inúmeros curtas-metragens. Na televisão, participa das novelas Cortina de Vidro (1991), O Mapa da Mina (1993), A Idade da Loba (1995), Antonio Alves, Taxista (1996), Os Ossos do Barão (1997), Andando nas Nuvens (1999), Terra Nostra (1999), Marcas da Paixão (2000), Começar de Novo (2005), como o enigmático Dimitri, e Poder Paralelo (2009), como Iago. Com mais de 50 anos de sólida carreira, produz e dirige mais de 60 peças, fazendo do teatro sua paixão. Desde 2000 apresenta o programa Provocações pela TV Cultura. É pai do maestro e compositor André Abujamra e tio da atriz Clarisse Abujamra. Filmografia: 1987 – PSW – Uma Crônica Subversiva (CM); 1988 – Lua Cheia; 1989 – Festa; Os Sermões; Musika (CM); 1991 – Olímpicos (CM); 1992 – Oswaldianas (episódio: Perigo Negro); 1993 – Oceano Atlantis; Atrás das Grades (CM); 1995-Carlota Joaquina, Princesa do Brazil; 1996 – Quem Matou Pixote?; Os Olhos de Vampa; 1998 – Caminho dos Sonhos (Um Sonho no Caroço do Abacate); 2000 – Villa-Lobos, uma Vida de Paixão; O Branco (narração) (CM); Coda (CM); 2001 – Parusia – A Ira do Juízo; 2002 – Dez Dias Felizes (CM); 2003 – Cartas da Mãe (CM) (narração); 2005 – Concerto Campestre; Quanto Vale ou é por Quilo?; 2006 – Só por Hoje; 2007 – Alphaville 2007 D.C. (CM); 2009 – É Proibido Fumar; Solo (depoimento). ABUJAMRA, CLARISSE Clarisse Mattos Abujamra nasceu em São Paulo, em 3 de Abril de 1947. Começa carreira artística como bailarina profissional, aos dezoito anos de idade. Em 1966 vai para os Estados Unidos estudar com Martha Graham, para aprender técnicas de balé moderno. Depois, faz coreografias para o teatro. Certo dia tem que substituir, às pressas, uma colega que falta, iniciando assim sua carreira de atriz. Estreia na televisão em 1974 na novela Machão – Um Exagero de Homem. Destaca-se, na TV Globo, em novelas importantes como Anjo Mau (1976) e A Escrava Isaura (1976). Tem participação discreta no cinema, sendo sua estreia em 1968 no filme As Amorosas, de Walter Hugo Khouri. Nos últimos vinte anos, tem-se dedicado mais ao teatro, mas aceita o convite para integrar o elenco de Éramos Seis (1994) e Os Ossos do Barão (1997). Nesse mesmo ano faz Canoa de Bagre pela TV Manchete e, em 1998, Estrela de Fogo, pela TV Record. De volta à TV Globo, participa das minisséries Chiquinha Gonzaga (1999), Presença de Anita (2001) e JK (2006). Em 2007 faz no SBT Maria Esperança (2007) e na TV Bandeirantes Dance, Dance, Dance. Foi casada por quinze anos com o ator Antonio Fagundes, com quem tem três filhos, Dina (1980), Diana (1981) e Antonio (1983). É sobrinha do produtor/ator Antonio Abujamra. Filmografia: 1968 – As Amorosas; 1980 – Gaijin, Os Caminhos da Liberdade; 1981 – Belmonte (CM); 1987 – Anjos do Arrabalde (As Professoras); Recortes (CM); 2007 – Chega de Saudade. ACAIABE, JOÃO João Bati sta Acaiabe nasceu em Espírito Santo do Pinhal, SP, em 14 de maio de 1944. Inicia sua carreira artística como locutor de rádio. Forma-se na Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo em 1970. No teatro, atua com frequência com Plínio Marcos em Barrela e Jesus Homem, em que interpreta um Jesus negro e contestador. Professor e coordenador do curso de teatro do CSA – Colégio Santo Américo desde sua implantação, em 1993. Recebe os prêmios Mambembe e Governador do Estado, de melhor ator do espetáculo Vamos Jogar o Jogo do Jogo, de Fernando Bezerra, direção de Luiz Damasceno. Participa de dezenas de peças como protagonista e coadjuvante, com destaque para Missa Leiga, de Chico de Assis, direção de Ademar Guerra, peça que excursionou pelo Brasil, África e Portugal; Muro de Arrimo, de Carlos Queirós Telles, direção de Artênio Fonseca; Tributo a Bertolt Brecht, direção de Antonio Abujamra; A Guerra do Cansa Cavalo, de Osman Lins, direção de Celso Nunes; O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, direção de João Cândido; Fábrica, de Nathalia Davini e Eneida Soller, direção de Marília de Castro; Os Negros, de Jean Genet, direção de Maurício Abudd, etc. Estreia na televisão em 1975 na novela Vila do Arco, pela extinta TV Tupi. Depois passa pela TV Cultura, com enorme sucesso no infantil Bambalalão (1980) e Bandeirantes, em Maçã do Amor (1983), até chegar à Globo em 1985, na minissérie Tenda dos Milagres. No cinema, seu primeiro filme é o curta Aquele Dia Dez (1970), rara direção de Gianfrancesco Guarnieri, integrante do longa Vozes do Medo. Tem longa fi lmografi a, entre curtas e longas, chegando a ganhar o Prêmio APCA de Melhor Ator Coadjuvante pelo filme A Próxima Vítima (1983) e o Kikito de melhor ator por sua atuação no curta O Dia em Que Dorival Encarou a Guarda, direção de Jorge Furtado em 1986. De 2001 a 2006 brilha como o Tio Barnabé na nova versão do Síti o do Pica-Pau Amarelo. Ao longo de sua carreira realiza diversos trabalhos socioculturais, como, por exemplo, aulas de teatro para adolescentes na Febem (atual Fundação Casa) e parti cipação em movimentos de igualdade racial. Produz e atua em duas peças: A Maravilhosa História do Sapo Tarobequê, de Márcio de Souza, direção de Thanah Correia; e Feche os Olhos e Entre na História, de Alexandra Solnado, direção de Joselita Alvarenga. Filmografia: 1970/74 – Vozes do Medo (episódio: Aquele Dia Dez); 1977 – Elas São do Baralho; Ouro Sangrento (Tenda dos Prazeres); 1981 – Feliz Ano Novo (CM); Eles não Usam Black-Tie; 1983 – A Próxima Vítima; Nasce uma Mulher; 1984 – Transa Brutal (O Fim da Picada); 1985 – Chico Rei; 1986 – O Dia em que Dorival Encarou a Guarda (CM); A Cor da Luz (CM); 1988 – Nem Tudo que é Sonho Desmancha no Ar (CM); 1990 – Beijo 2348/72; André Louco (CM); 1992 – Tanta Estrela por Aí (CM); El Viaje (Argenti na/México/Espanha); 1993 – Segredos Submersos do Atlântico (narração); 1998 – Boleiros – Era uma Vez o Futebol; Atlântico Negro – Na Rota dos Orixás (narração); 1999 – Gênesis 22 (CM); Mário; 2000 – A Negação do Brasil; Através da Janela; Cronicamente Inviável; 2001 – Distraída para a Morte (CM); 2002 – A Selva (Portugal/Brasil/Espanha); 2003 – Rua Seis, sem Número; 2004 – Narciso Rap (CM); 2005 – Casa de Areia; 2006 – Bom-dia, Eternidade; 2010 – Bróder; Família Vende Tudo. ACHÉ, CRISTINA Maria Cristina Aché Cardoso Pinto nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de julho de 1957. Começa sua carreira artísti ca em 1972. Estreia no cinema em 1974 no filme Primeiros Momentos, onde constitui longa carreira, parti cipando de Aguenta, Coração (1984) e O Judeu (1996), entre muitos outros. Estreia na televisão na novela Vejo a Lua no Céu (1976), do programa Ciranda, Cirandinha (1978), Plumas & Paetés (1980), O Amor é Nosso (1981), Novo Amor (1986) e Pacto de Sangue (1989). No teatro destaca-se nas peças Dinheiro prá que Dinheiro, Godspell, a Esperança, Amizade de Rua e, em 1998, Deus, de Woody Allen. Atriz essencialmente cinematográfica, está afastada da televisão desde 1989. A partir de 2001 retoma sua carreira no cinema no filme Minha Vida em suas Mãos. Foi casada com o cineasta Joaquim Pedro de Andrade, com quem tem dois filhos. Filmografia: 1974 – Primeiros Momentos; O Filho do Chefão; 1975 – Guerra Conjugal; Deliciosas Traições do Amor (episódio: Dois é Bom..., Quatro é Melhor); Nem os Bruxos Escapam; Quem Tem Medo de Lobisomem?; 1976 – Padre Cícero; 1977 – Contos Eróti cos (episódio: Vereda Tropical); 1978 – Chuvas de Verão; Amor Bandido; Batalha de Guararapes; 1980 – Os Sete Gatinhos; 1981 – O Homem do Pau-Brasil; 1984 – Noites do Sertão; Aguenta, Coração; 1985 – A Estrela Nua; Noite; Areias Escaldantes; 1987/96 – O Judeu (Brasil/Portugal); 1997 – Doces Poderes; 2000 – Minha Vida em suas Mãos; 2001 – Extrema Ação (CM); 2004 – Quase dois Irmãos; 2008 – Encarnação do Demônio; Cartas de um Jovem Suicida (CM). ACOSTA, AMANDA Nasceu em São Paulo, SP, em 10 de novembro de 1978. Talento precoce, inicia sua carreira aos quatro anos de idade, cantando Ursinho Pimpão, no programa do Raul Gil. Com o sucesso, passa a fazer comerciais e monta a banda familiar Amanda e suas Netinhas, ao lado das irmãs e primas. Em 1987 entra para a Turma Dó-Ré-Mi e no ano seguinte para o Trem da Alegria, substituindo Patrícia Marx. Em 1989 estreia no cinema no filme A Princesa Xuxa e os Trapalhões. Com o fim do Trem da Alegria em 1993 ela inicia carreira de atriz na novela O Mapa da Mina, pela TV Globo, como Eva, e em 1999 participa do humorístico Ô...Coitado!, ao lado de Gorete Milagres e Moacyr Franco, pelo SBT, como Tábata. Contratada pela TV Cultura, participa de teleteatros, apresenta programas como Clipearte (2005) e Imagem do Som (2006) e atua na minissérie Unidos do Livramento (2009). No teatro, sua verdadeira paixão, participa de inúmeras peças, quase sempre musicais, como O Mágico de Oz (1993), no papel de Doroty; No Reino das Águas Claras (1999), O Terror dos Mares (2000), Motorboy (2001), Godspell (2002), Grease (2003), O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá (2003), Os Sete Gatinhos (2005), As Mulheres de Minha Vida (2006), Rapsódia dos Divinos (2006), My Fair Lady (2007), onde brilha como Elza Doolitt le; e Esta é a Nossa Canção (2009). Está casada com o ator Andrá Fusko, com quem tem um filho, Vicente (2008). Filmografia: 1989 – A Princesa Xuxa e os Trapalhões. ADAMI, LUCIENE Nasceu em Porto Alegre, RS, em 24 de agosto de 1964. Estreia no cinema em 1982, no filme Inverno. Em 1990 estreia na televisão no megassucesso Pantanal, pela extinta TV Manchete. Atua sempre em emissoras alternativas em novelas como Estrela de Fogo (1998) e Metamorphoses (2004) pela TV Record e mais recentemente Cristal (2006) pelo SBT. Com carreira essencialmente cinematográfi ca, participa de inúmeros curtasmetragens em Porto Alegre como Deus Ex-Machina (1995) e Sexo & Beethoven – o Reencontro, no qual faz o papel de uma prosti tuta. Filmografia: 1982 – Inverno; 1983 – Dona Dele (CM) (dublagem); Verdes Anos; 1984 – Me Beija; 1985 – O Dia que Urano Entrou em Escorpião (CM); Madame Cartô (CM); 1991 – Viver a Vida (CM); 1995 – Deus Ex-Machina (CM); 1996 – Sexo e Beethoven – o Reencontro (CM); 1999 – Quadrilha (CM); 2000 – Dois Filmes em Uma Noite (CM); Sãos e Salvos (CM); 2003 – Os Viajantes (CM) (animação-voz). ADAMO, MARLENE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1937. Em 1948 começa seus estudos de dança, na Escola do Teatro Municipal, com a professora Gertrude Wolf. Após seis meses já estreia nos palcos, revelando muito talento. Vai então se destacando no cenário artístico brasileiro e, em janeiro de 1954, estreia na TV Tupi com o programa Le Peti t Ballet. No cinema, seu primeiro fi lme é Os Três Recrutas (1953). Ainda faria outros como Genival é de Morte (1956), quando decide se dedicar somente à dança. Filmografia: 1953 – Os Três Recrutas; 1954 – O Petróleo é Nosso; 1955 – Trabalhou Bem Genival; 1956 – Genival é de Morte. ADNET, MARCELO Marcelo França Adnet nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 5 de setembro de 1981. Ator, humorista, imitador e apresentador. Forma-se em jornalismo pela PUC do Rio de Janeiro. Inicia sua carreira artística no teatro, na peça Z.É. – Zenas Emprovisadas, em 2003. Imita com perfeição Silvio Santos, Cid Moreira, Dinho Ouro Preto e José Wilker. Estreia na TV Globo no seriado A Diarista, depois Malhação, ambos em 2005, depois Multishow com o programa Cilada, em 2007 e atualmente apresenta os programas 15 Minutos e Furfl es MTV, pela MTV Brasil. Estreia no cinema em 2003 no curta Manifesto Silencioso. Em 2008, no teatro, participa da peça Advocacia Segundo os Irmãos Marx. Filmografia: 2003 – Manifesto Silencioso (CM); 2007 – Podecrer!; Xuxa em Sonho de Menina; 2008 – Polaroides Urbanas; Apenas o Fim; 2009 – A Mulher Invisível; 2010 – O Diário de Tati. ADRIANI, JERRY Jair Alves de Souza nasceu em São Paulo, SP, no dia 29 de janeiro de 1947. Aos sete anos de idade começa a estudar canto orfeônico. Aos dezesseis, trabalha num escritório e canta em programas mirins, sendo sempre liberado mais cedo pelo seu chefe, para chegar a tempo nas gravações. Mas é Roberto Carlos quem lhe dá, em 1964, o empurrão de que precisa para gravar seu primeiro disco na CBS, um compacto simples com músicas italianas. Torna-se o sex-simbol da Jovem Guarda, sendo assediado constantemente pelas fãs, por onde passa. Em atividade até hoje, participa de alguns filmes, sendo dois deles como protagonista principal: Jerry, a Grande Parada (1967) e Em Busca do Tesouro (1967). Em 1994 participa de sua única novela, 74,5 Uma Onda no Ar. Filmografia: 1966 – Essa Gatinha é Minha; 1967 – Jerry, a Grande Parada; Em Busca do Tesouro; Opinião Pública (depoimento); 2009 – Alô, Alô, Terezinha (depoimento). AFFONSO, RUY Ruy Affonso Machado nasceu em São Paulo, SP em 20 de abril de 1920. Forma-se em Direito e Filosofia. Começa carreira no Grupo Universitário de Teatro, com Alfredo Mesquita e Franco Zampari. Parti cipa da fundação do TBC e trabalha com diretores italianos como Ruggero Jacobbi e Adolfo Celi. Transfere-se para a Companhia Nicete Bruno/Paulo Goulart. É ator, diretor e autor de teatro, televisão e cinema. Além de atuar, escreve e dirige. Estreia no cinema em 1950, numa ponta no filme Caiçara, primeira produção da Vera Cruz. Ruy Affonso foi um dos integrantes do grupo artístico Jograis de São Paulo, criado em 1955, por quatro atores que apresentavam poemas, através de coral falado ou de solos encadeados. Além dele, participavam do conjunto Armando Bógus, Rubens de Falco e Maurício Barroso. Da estreia no Teatro de Arena eles fizeram várias turnês por diversos Estados brasileiros, percorreram Portugal e visitaram Angola, na África. Os Jograis, de São Paulo realizaram mais de 600 apresentações em sete anos de existência. Ruy Affonso é autor dos seguintes livros de poemas: Rumo Enxuto, Cinco Canções para Elizabeth, Epigramas, Romance da Rosa, Sombra e Vento, Contraponto Paulistano e Burlas Burlescas. Grande parte dos poemas desses sete livros foi reunida em outro, Cancioneiro de um Jogral de São Paulo, publicado por Massao Ohno, editor, em 1985. Com os Jograis e em carreirasolo, Affonso também gravou vários LP’s e um CD. Ator quase que essencialmente teatral, na televisão participa apenas de uma novela, Braço de Ferro, pela TV Bandeirantes, em 1981. Também trabalha pouco em cinema, tendo participado de alguns filmes do início do movimento cinematográfico industrial paulista, pela Vera Cruz. Foi casado por muitos anos com a atriz Elizabeth Henreid. Morre em 25 de junho de 2003, em São Paulo, de falência múltipla dos órgãos, decorrente de complicações sofridas após ter fraturado o fêmur numa queda em 23 de dezembro de 2002, aos 82 anos de idade. Filmografia: 1949 – O Roubo do Brilhante (CM); 1950 – Caiçara; 1953 – Uma Pulga na Balança; 1963 – A Ilha; 1970: Isto É São Paulo. AGIFU, LINA Nasceu em São Paulo, SP, em 7 de março de 1972. A parti r de 1993, estuda teatro no CPT – Centro de Pesquisa Teatral, de Antunes Filho e depois no INDAC – Instituto de Arte e Ciência, em 1996. Estreia profissionalmente na peça Pedro, o Cru, direção de Georgete Fadel, em 1998. Em 1999 é convidada por Carlos Reichenbach para atuar no filme Dois Córregos – Verdades Submersas no Tempo e depois Garotas do ABC (2003), no papel de Kinuyo, também operária da fábrica. Filmografia: 1999 – Dois Córregos – Verdades Submersas no Tempo; 2000 – Puta Solidão (CM); 2003 – Garotas do ABC. AGUIAR, ÁLVARO Nasceu em 12 de maio de 1917. Inicia sua carreira no cinema, em 1945, no filme Vidas Solitárias, arte à qual se dedica quase que totalmente nos anos 1940/1950/1960, em fi lmes como Dominó Negro (1949), de Moacyr Fenelon, e Assalto ao Trem Pagador (1962), de Roberto Farias. Estreia na televisão somente em 1967, na novela A Sombra de Rebeca’. Nos anos 1970 participa de várias outras como Pigmalião 70 (1970), Selva de Pedra (1972) e O Bem-Amado (1973). Humorista nato, participa de vários programas da TV Globo como Balança mas não Cai (1968), Sati ricom (1973) e Planeta dos Homens (1976). Seu neto Álvaro Aguiar também á ator. Morre em 1988, aos 71 anos de idade. Filmografia: 1945 – Vidas Solitárias; 1947 – Asas do Brasil; 1949 – Dominó Negro; O Homem Que Passa; 1950 – A Inconveniência de Ser Esposa; O Noivo de Minha Mulher; 1952 – Brumas da Vida; 1961 – Teus Olhos Castanhos; 1962 – Os Cosmonautas; Assalto ao Trem Pagador; 1963 – Crime no Sacopã; 1965 – Samba; 1967 – El Justi cero; 1968 – As Três Mulheres de Casanova; 1969 – Tempo de Violência; 1971 – Em Família; 1974 – A Estrela Sobe; A Viúva Virgem. AGUIAR, LIA DE Lia Borges de Aguiar nasceu em Taubaté, SP, em 30 de abril de 1927. Inicia sólida carreira no rádio, como atriz de sucesso, uma das vozes femininas mais conhecidas e marcantes das radionovelas da época. Em 1950 faz simultaneamente televisão, como contratada da TV Tupi, emissora em que permanece por muitos anos. Sua primeira telenovela é Sua Vida me Pertence. Depois parti cipa ati vamente da TV de Vanguarda, entre 1957 e 1958. Estreia no cinema em 1949 no filme Quase no Céu, mas brilha mesmo em O Sobrado, de 1956. Faz poucos filmes, dando preferência à televisão, na qual sua presença fica marcada pelas excelentes interpretações, nos anos 1960/1970, em novelas como Algemas de Ouro (1969), O Barba Azul (1974), Éramos Seis (1977) e Parti das Dobradas (1981). Contratada pelo SBT, lá atua em Os Ossos do Barão (1997), Pérola Negra (1998), Fascinação (1998) e Chiquiti tas Brasil (1999), sua última novela. Em 1998 retorna ao teatro na peça Você Tem Medo do Ridículo, Clark Gable?, ao lado de Hélio Souto. Uma das grandes atrizes brasileiras da época de ouro da televisão, morre esquecida em Piedade, interior de São Paulo, em 8 de junho de 2000, aos 73 anos de idade. Filmografia: 1948 – Chuva de Estrelas (CM); 1949 – Quase no Céu; 1951 – O Comprador de Fazendas (voz); 1956 – O Sobrado; 1975 – O Sexo Mora ao Lado; 1979 – Dani, um Cachorro Muito Vivo; 1998 – A Hora Mágica. AGUIAR, NALVA Nalva de Fátima Aguiar nasceu em Tupaciguara, MG, em 9 de outubro de 1945. Começa a cantar muito cedo, aos três anos de idade, mas sua carreira profissional começa em 1962, em Uberlândia, aos dezessete, e logo ganha um programa na tevê local. Em 1967 muda-se para São Paulo e começa a aparecer nos principais programas de música jovem das TVs Record e Excelsior. Em 1967 faz uma participação especial no programa Adoráveis Trapalhões. A partir da década de 1970, muda seu estilo para o sertanejo, fazendo sucesso ao regravar Beijinho Doce. Sua estreia no cinema acontece em 1969, no filme Dois Mil Anos de Confusão ao lado de Dedé Santana. Em 1990 participa da novela A História de Ana Raio e Zé Trovão, como ela mesma. Nos últimos anos tem se apresentado em programas do gênero. Filmografia: 1969 – Dois Mil Anos de Confusão; 1976 – O Conto do Vigário; 1979 – Sinfonia Sertaneja; 1981 – Sexo e Violência no Vale do Inferno. AGUIAR, TADEU Nasceu em Ribeirão Preto, SP, em 1960. Faz curso de teatro na USP. Sua primeira peça é Aí Vem o Dilúvio, em 1981. Entre dezenas de outras, destacam-se A Morte do Caixeiro Viajante (1987), O Lobo de Ray-Ban (1989), Comédia de Todo Mundo (1996/99), Momento de Decisão (2002), O Par Perfeito (2006/07). Desde 1995 dedicase ao projeto Teatro Jovem, projeto que, atualmente, coordena em parceria com Eduardo Bakr, com o apoio insti tucional da Unesco. Em 1982 faz seu primeiro filme, um episódio do longa Ousadia e em 1985 estreia na televisão, na novela Jogo do Amor, depois O Dono do Mundo (1991) e Irmãos Coragem (1995), além de pequenas participações em séries e minisséries, quase sempre pela TV Globo. Como mestre de cerimônias, trabalha com as principais orquestras do país, entre elas a Osesp, OSB e a OPPM. Também participa dos espetáculos Em DiacCom a Noite, Golden Brazil, Bibi in Concert, Mania de Mar 1, 2 e 3 ½ e Bibi Canta Piaf. Em 2007 interpreta o Coronel Pickering na megaprocução My Fair Lady, no Teatro Alfa, em São Paulo e, mais recentemente, Esta é a Nossa Canção, em 2009, como Vernon Gersh. Filmografia: 1981 – Ousadia (episódio: A Peça); 1996 – Buena Sorte; 2005 – Deus Tá Vendo (CM); 2010 – High School Musical: O Desafio. AGUIAR, WILMA DE Inicia sua carreira como locutora, radioatriz e apresentadora, em 1954, na Rádio Bandeirantes de São Paulo. A partir dos anos 60 torna-se atriz de sucesso em telenovelas que marcaram época como A Moça que Veio de Longe (1964), Redenção (1966), Pingo de Gente (1971), A Viagem (1975), O Direito de Nascer (1978), Meus Filhos Minha Vida (1984), Éramos Seis (1994) e Por Amor e Ódio (1997). Estreia no cinema em 1982 no filme Tessa, a Gata. Está há alguns anos afastada da vida artísti ca. Filmografia: 1982 – Tessa, a Gata; Amor de Perversão; 1983 – Como Salvar meu Casamento (S.O.S. Sex Shop); 1984 – O Baiano Fantasma; 1987 – Besame Mucho. AIMEÉ Haydeé Salles de Lemos nasceu em Salvador, BA, em 2 de agosto de 1923. Ainda jovem muda-se para o Rio de Janeiro, estuda teatro e destaca-se como comediante, sendo sua estreia na peça O Avarento, de Molière, com Dulcina de Moraes. Estreia no cinema em 1944 no filme Corações sem Piloto. Em 1947 recebe o título de Rainha das Atrizes e Rainha do Vaudeville. Os espetáculos que Aimée apresentava no Rival eram adaptadas e transmitidas pela TV Tupi, no final da temporada. A atriz participou, também, do Grande Teatro Tupi. Aimée fazia vesperais aos sábados e duas sessões aos domingos, apresentando teatro infantil com muito sucesso, entre eles A Menina sem Nome, de Guilherme Figueiredo, com direção de Maurício Sherman, com Dinorah Marzulo, mãe de Marília Pera, e Roberto Duval, em 1956. Em 1963 participa do fi lme francês Le Bluffeur, dirigido por Sérgio Gobbi, mas faz poucos filmes, dando preferência para a carreira teatral. Afastada da vida artística, morre em 5 de setembro de 2003, de câncer, no Rio de Janeiro, logo após completar 80 anos de idade. Filmografia: 1944 – Corações sem Piloto; 1947 – O Homem que Chutou a Consciência; 1948 – Folias Cariocas; 1963 – Le Bluffeur (França); 1973 – Sob o Domínio do Sexo. AIRES, PATRÍCIA Nasceu em São Paulo, SP, em 5 de outubro de 1963. Filha do ator Percy Ayres, muito cedo inicia sua carreira artísti ca. Aos cinco anos, em 1968, estreia na televisão na novela O Direito dos Filhos, primeiro grande sucesso das 20 horas pela TV Excelsior. Seu talento e desenvoltura chamam a atenção do público e no mesmo ano faz aquele que seria seu maior sucesso na televisão, a pequenina Toquinho de A Pequena Órfã, ao lado de Dionísio Azevedo. Patrícia torna-se a queridinha do Brasil. Suas novelas são sucesso garantido como em A Menina do Veleiro Azul (1969), Meu Pedacinho de Chão (1971) e Rosa dos Ventos (1973). No cinema participa, em 1973, daquele que seria seu único filme, justamente a versão de A Pequena Órfã para tela grande, com direção de Clery Cunha. Nesse mesmo ano, por motivos até hoje desconhecidos, abandona a carreira artística, para tristeza dos fãs, que nunca a esqueceram. Filmografia: 1973 – A Pequena Órfã. AIRES, PERCY Percy Aires Loesh nasceu em São Paulo, SP, em 28 de janeiro de 1932. Em 1954 faz sua estreia na televisão, em ‘Sangue na Terra’. Desenvolve sólida carreira a partir daí, em sucessos memoráveis da televisão brasileira como Alma Cigana (1964), Meu Filho, Minha Vida (1967), Meu Pedacinho de Chão, O Espantalho (1977), Parti do Alto (1984) e Roda de Fogo (1985), como o célebre General Hélio D’Ávila, talvez seu papel mais importante na televisão, que, com o jargão Eu sou terrível, corre as telinhas de todo o Brasil. Estreia no cinema em 1968 no filme O Santo Milagroso, mas faz apenas quatro fi lmes, dedicando sua carreira mais à televisão. Em 1987 participa de sua últi ma novela, Brega & Chique, pela TV Globo. É pai da atriz mirim Patrícia Aires (1963). Morre em 3 de novembro de 1992, aos 60 anos de idade, em São Paulo, de hemorragia interna causada por problemas estomacais. Filmografia: 1968 – O Santo Milagroso; 1973 – A Pequena Órfã; 1979 – Eu Compro essa Virgem; 1988 – Os Heróis Trapalhões – Uma Aventura na Selva. ALBA, JUAN Juan Pedro Martinez Alba Júnior nasceu em Campinas, SP, em 6 de abril de 1965. Começa sua carreira como modelo profissional em 1986 e trabalha no exterior por sete anos. Em 1978 estreia na TV Bandeirantes, no programa Brasil Verdade. No mesmo ano transfere-se para a TV Globo e parti cipa do Ciranda Cirandinha. Retorna somente em 1999 para aquela que considera sua estreia ofi cial, em Terra Nostra, novela de Benedito Ruy Barbosa, grande sucesso da TV Globo. Passa pelo SBT e Record, em novelas como Marisol (2002) e Os Mutantes (2008). Estreia no cinema em 2001 no filme Histórias do Olhar. De volta à TV Globo, parti cipa do programa Toma Lá, Dá Cá, como o Detetive Mendes. Nos últimos anos, investe na carreira de cantor, sendo vocalista da banda Juan Alba & os Caras. Com sua professora de canto Walkiria Molina, participa do projeto Segundas Intenções, em que os atores também cantam. Foi casado com Ludmila Castelo, com quem teve dois filhos, Victoria (1992) e Valenti na (1995). Filmografia (ator): 2001 – Histórias do Olhar; 2002 – Lost Zweig; 2004 – O Quinze; Procuradas; 2005 – Coisa de Mulher. Filmografia (diretor): 2002 – Silêncios (CM). ALBUQUERQUE, ELÍSIO DE Elísio de Albuquerque Filho nasceu em Manaus, AM, em 27 de outubro de 1920. Filho caçula de vinte irmãos, passa sua infância e juventude em Manaus e logo começa se interessar pela arte de interpretar, ao iniciar carreira no teatro amador de sua cidade. Luta na Segunda Guerra Mundial, convocado que foi pela FEB – Força Expedicionária Brasileira, sendo um dos heroicos pracinhas a lutar em Monte Castelo, em 1945. Com o fim da guerra, consegue emprego de funcionário público e muda-se para o Rio de Janeiro. Ingressa na TV Tupi do Rio e atua em diversas peças do Grande Teatro Tupi, ao lado de Fernanda Montenegro, Sergio Britto, etc. Estreia na televisão no Sítio do Pica-Pau Amarelo, como o Visconde de Sabugosa. No teatro, participa de peças históricas como Senhora dos Afogados e A Moratória. Mas logo resolve mudar para São Paulo e ingressa no TBC e depois Teatro dos Doze. Estreia no cinema em 1951 na película Suzana e o Presidente. Nos anos 50 faz muitos filmes, alternando-se nos três grandes estúdios paulistas como a Maristela, com O Comprador de Fazendas (1951), a Vera-Cruz, com Família Lero-Lero (1953) e Multifi lmes, com Destino em Apuros (1954), primeiro filme totalmente colorido brasileiro, e hoje perdido. Nos anos 60 dedica-se quase que totalmente à televisão, fi cando famoso por seu personagem vilão Dom Rafael, de O Direito de Nascer, em 1964, ou o milionário Adalberto Dias Leme, em Antonio Maria, em 1968. Em 1971 faz sua últi ma novela, O Preço de um Homem, quando, por problemas de saúde e, para surpresa de todos, encerra sua carreira artística. Foi casado com Lolita de Albuquerque, com quem teve quatro filhos, Rejane (1956), Roberto (1958), Laise (1961) e Luciana (1965). Morre em 23 de setembro de 1983, em São Paulo, aos 82 anos de idade. Filmografia: 1951 – Suzana e o Presidente; Presença de Anita; O Comprador de Fazendas; 1952 – Modelo 19 (O Amanhã Será Melhor); Appassionata; Nadando em Dinheiro; 1953 – Esquina da Ilusão; O Homem dos Papagaios; A Família Lero-Lero; O Craque; 1954 – Destino em Apuros; A Sogra; 1955 – Carnaval em Lá Maior; 1957 – Osso, Amor e Papagaios; 1960 – Dona Violante Miranda; 1961/1962 – O Invento (CM) (episódio da série Vigilante Rodoviário); 1967 – O Vigilante em Missão Secreta (episódio: O Invento). ALBUQUERQUE, IVAN DE Ivan de Campos Albuquerque nasceu em Cuiabá, MT, em 21 de fevereiro de 1932. Nos anos 50 vai para o Rio de Janeiro estudar teatro no Tablado, ao lado de Rubens Corrêa. Estreia em 1956, com a peça Nossa Cidade, de Wilder. Muito ativo, em 1959 funda, com o ator e amigo Rubens Corrêa, a Cia. Teatro do Rio, atual Cacilda Becker. Em 1964 brilha em O Baile dos Ladrões, de Jean Anouilh. Ivan passa a dirigir também, espetáculos de contracultura e contestação, em pleno regime militar. Assim vieram: O Assalto, de José Vicente (1969), O Arquiteto e o Imperador da Assíria, de Arrabal (1970), Hoje é Dia de Rock, de José Vicente (1971), A China é Azul, de José Wilker (1972). Nos anos 1980 dirigiu Rubens Corrêa em O Beijo da Mulher-Aranha e Artaud e nos anos 1990 Hamlet e Calingualá, sua última encenação, em 1999. Embora tenha dedicado quase toda a vida ao teatro, também fez televisão e cinema, sendo sua estreia em 1967 no filme Todas as Mulheres do Mundo. Na televisão, sua primeira novela é Os Fantoches, de 1967. Retorna somente em 1981 para parti cipar de Amizade Colorida. Nos anos 1980/1990, parti cipa de algumas telenovelas e minisséries como Helena (1987), Desejo (1990), Fera Ferida (1993), Explode Coração (1985) e Zazá (1997). Morre em 28 de outubro de 2001, aos 69 anos de idade, no Rio de Janeiro, vítima de câncer. Ivan era casado com Leyla Ribeiro. Filmografia: 1967 – Todas as Mulheres do Mundo; 1972 – Na Boca da Noite; 1999: O Trapalhão e a Luz Azul; Orfeu. ALDO CEZAR Aldo da Silva Cezar nasceu em São Paulo, SP, em 20 de dezembro de 1928. Com cinco anos já cantava na Igreja Batista e aos dezessete ingressa na Rádio Ministério da Educação e depois Tupi, Mayrink Veiga, etc. Em 1966 estreia na televisão na novela Redenção, pela TV Excelsior, mas trabalhou também na Tupi, Manchete, Bandeirantes, SBT e Globo, com destaque para Hospital (1971), Mulheres de Areia (1973), Rosa Baiana (1981), Dona Beija (1986) e Chapadão do Bugre (1988). Também foi dublador profissional, trabalhando por muitos anos na AIC, colocando a voz em personagens famosos como na série E as Noivas Chegaram, Asterix, Homem Aranha, Dragon Ball Z, etc. No cinema fez poucos filmes, sendo sua estreia em 1976 em Senhora. Nos últi mos anos trabalhava no programa A Praça é Nossa, fazendo o quadro Ui, ui, ui, meu chefinho!, com a modelo Mariette. Foi casado com Doroteia Gonçalves, com quem teve um filho, Leonardo. Morre em 5 de janeiro de 2001, em São Paulo, aos 72 anos de idade, de complicações cardíacas. Filmografia: 1976 – Senhora; 1977 – Tiradentes, o Mártir da Independência; 1996 – Cassiopeia (dublagem do conselho galácti co central). ALENCAR, CACILDA Vicentina Richerme nasceu em Campinas, SP, em 4 de fevereiro de 1907. Acompanhando a irmã atriz Juracy Aymoré nas fi lmagens de João da Mata em 1923, Cacilda resolve também ser atriz. Sua oportunidade surge no mesmo ano, ao ser convidada para parti cipar de Sofrer para Gozar. Mesmo com o sucesso, faz somente mais um filme, abandonando a carreira em 1927 para casar-se com o fotógrafo responsável por sua publicidade, retornando em seguida para Campinas, sua cidade natal. Filmografia: 1923 – Sofrer para Gozar; 1927 – Ambição Castigada. ALENCAR, CÉSAR DE Ermelindo César de Alencar Mattos nasceu em Forteleza, CE, em 6 de junho de 1917. Radicado no Rio de Janeiro, trabalha durante trinta anos na Rádio Nacional, apresentando o Programa César de Alencar, em que desfilam grandes estrelas, como Emilinha Borba, Linda Batista, Izaurinha Garcia, Vicente Celesti no, Nelson Gonçalves, entre tantos outros. Segundo Luis Vieira, ele ti nha o raciocínio rápido, era engraçado, sabia extasiar um auditório. Foi o maior animador que já apareceu no Brasil. Em março de 1964, na tomada do poder pelos militares, César, então diretor da Rádio Nacional, é acusado (nunca comprovado) de delatar como comunistas vários companheiros de trabalho. Poucas vezes ele rebate as acusações, mas com certeza morre com essa mágoa. Nos últimos tempos, ainda apresentava seu programa todas as manhãs de sábado na Rádio Nacional. No cinema, parti cipa de inúmeros filmes, sempre apresentando programas de auditório ou mesmo cantando, sendo sua estreia em 1944, no filme Corações sem Piloto e o último em 1962, As Testemunhas não Condenam. Morre em 14 de janeiro de 1990, aos 72 anos de idade, de enfisema pulmonar, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1944 – Corações sem Piloto; 1946 – O Ébrio; 1948 – Pra Lá de Boa; Folias Cariocas; 1950 – Todos por Um; Carnaval no Fogo; 1952 – Está com Tudo; 1955 – Carnaval em Marte; Carnaval em Lá Maior; 1956 – Vamos com Calma; Colégio de Brotos; 1957 – Garotas e Samba; 1960 – Viúvo Alegre; Virou Bagunça; 1962 – As Testemunhas não Condenam. ALENCAR, CLÁUDIA Cláudia Gomes de Alencar nasceu em São Paulo, SP, em 12 de julho de 1950. Desde criança, gosta de escrever, tanto que, aos quatorze anos, é a vencedora de um concurso nacional de contos promovido pelo jornal Correio da Manhã. Formada pela Universidade de São Paulo como mestra de técnicas teatrais, passa a dar aulas de teatro para crianças e, paralelamente, parti cipa de produções mambembes, o que lhe traz sérios problemas: no início da década de 70, em pleno regime militar, faz uma apresentação pelas ruas de São Paulo, quando é presa, com toda a sua troupe. Como é a única que não faz parte de nenhum grupo políti co, fi ca presa apenas duas semanas, o suficiente para deixar-lhe traumas até hoje. Estreia na televisão em 1976 na novela Canção para Isabel. Seguem-se Um Homem Muito Especial (1980), Dona Santa (1981), Os Imigrantes (1981), Sabor de Mel (1983), mas fica nacionalmente conhecida como a Patati va de Roda de Fogo (1985), uma das mulheres de Tabaco, na imortal interpretação de Osmar Prado. Estreia no cinema em 1979, no filme Uma Estranha História de Amor e participa de outros mais como Inspetor Faustão e o Mallandro (1991). Depois de dez anos retorna ao cinema como Jéssica em Xuxa e os Duendes. Em 1987 posa nua para a revista Playboy e, em 1988 lança seu primeiro livro, Maga Neon. Segue carreira na televisão em outras novelas e minisséries como Tieta (1989), Fera Ferida (1993), Hilda Furacão (1998), Esplendor (2000) e O Quinto dos Infernos (2003). Depois de muitos anos na TV Globo aceita o desafio de interpretar Teresa Avelar, em Prova de Amor, novela da TV Record. Foi casada com o engenheiro Bóris Galperin, entre 1987 e 2000, com quem tem dois fi lhos, Yann (1988) e Crystal (1992). Atriz, poetisa, escritora e arti sta plásti ca, é uma das mais belas e talentosas atrizes brasileiras. Filmografia: 1979 – Uma Estranha História de Amor; 1982 – Shock; 1983 – Doce Delírio; A Freira e a Tortura; 1990 – Atração Fatal; 1991 – O Corpo; Inspetor Faustão e o Mallandro; 1998 – Como Ser Solteiro; 2001 – Xuxa e os Duendes. ALENCAR, IRACEMA DE Ida Hermínia Kerber nasceu em Triunfo, RS, em 19 de abril de 1900. Ainda menina representa em alemão numa peça de George Urban. Abandona os estudos e vai para o Rio de Janeiro onde ingressa na Companhia de Itália Fausta, fazendo pequenos papéis. Estreia no ainda cinema mudo, em 1919, no filme Iracema. No teatro, um de seus maiores sucessos acontece em 1945 na peça Berenice, de Roberto Gomes. No rádio, apresentase com Marlene e Luis Delfino na comédia Angelina e o Dentista. Em 1955 recebe o prêmio da Associação Brasileira de Críti cos Teatrais, por sua atuação na peça É Preciso Viver, de William Inge. Depois de 30 anos dedicados ao rádio e teatro, volta às telas para parti cipar do filme Toda a Vida em Quinze Minutos, em 1954. Estreia na televisão em 1965 na novela Rua da Matriz, seguindo-se A Moreninha (1965), Padre Tião (1965), Retrato de Laura (1969). Em seguida faz sua últi ma novela, Enquanto houver Estrelas (1969). No cinema, participa de muitos outros filmes como Garota de Ipanema (1967) e O Pica-Pau Amarelo (1974). Sua última aparição na televisão acontece no caso especial Feliz Aniversário, baseado num conto de Clarice Lispector, apresentado pela TV Globo. Morre em 7 de março de 1978, aos 77 anos de idade, em Petrópolis, RJ. Filmografia: 1919 – Iracema; 1954 – Toda a Vida em Quinze Minutos; 1959 – Garota Enxuta; 1967 – Garota de Ipanema; 1968 – Brasil Ano 2000; 1971 – Em Família; Rua Descalça; 1972 – Som, Amor e Curti ção; 1973 – Salve-se quem Puder (Rally da Juventude); O Supercareta; 1974 – O Pica-Pau Amarelo. ALENCAR, PAULO DE Começa sua carreira como jornalista, ficando por muitos anos no periódico Diário da Noite. É lá que Oduvaldo Viana vai buscá-lo para estrelar o filme Quase no Céu, ao lado de Pepita Rodrigues, Lia de Aguiar e Dionísio Azevedo. Faz pouco cinema, dedicandose mais à carreira de jornalista. Filmografia: 1949 – Quase no Céu; 1982 – Dora Doralina; Os Trapalhões na Serra Pelada. ALEXANDAR, CARLA Nasceu em 1972. Começa a estudar dança desde pequena. Participa da Cia Aérea de Dança, da Escola Nacional de Circo e do grupo Lilith. Estreia no cinema em 1994, no episódio Pisada do Elefante do filme Veja esta Canção, de Cacá Diegues. Na televisão, participa da minissérie Decadência, pela TV Globo. Filmografia: 1994 – Veja esta Canção (episódio: Pisada do Elefante); 1998: Como Ser Solteiro. ALEXANDRE CARLOS Hellmuth Schneider nasceu em Munique, Alemanha, em 18 de dezembro de 1920. Começa sua carreira no teatro, atuando em peças importantes como Les Parents Terribles, ao lado de Henriette Morineau, e Divórcio, com Procópio Ferreira. Estreia no cinema em 1944, ainda na Alemanha, no filme Träumerei. No Brasil, como Alexandre Carlos, participa de alguns fi lmes nos anos 1940 como No Trampolim da Vida’ (1946) e Echarpe de Seda (1950). De volta à Alemanha em 1952, desenvolve sólida carreira internacional, primeiro no seu país e depois na Europa e nos Estados Unidos, ao participar de dezenas de fi lmes. Dirige um único filme, Kein Ärger Mit Cleopatra, em 1960, na Alemanha. Atua muito em televisão também, em séries europeias. Morre em 17 de março de 1972, aos 51 anos de idade, de acidente automobilístico, enquanto passava férias no Rio de Janeiro. Filmografia: 1944 – Träumerei (Alemanha); 1946 – No Trampolim da Vida (Brasil); 1950 – Écharpe de Seda (Brasil); Mundo Estranho (Die Göttin Von Rio Beni) (Brasil/Alemanha); 1952 – Meu Destino é Pecar (Brasil); Zwei Menschen (Alemanha); 1953 – Unter Den Sternen Von Capri (Alemanha); Die Muhle Im Schwarzwäldertal (Alemanha); 1954 – Ännchen Von Tharau (Alemanha); Schutzenliesel (Alemanha); 1955 – Der Fischer Vom Heiligensee (Alemanha); Das Forsthaus in Tirol (Alemanha); 1956 – Die Rosel Vom Schwarzwald (Alemanha); Ein Herz Schlägt Fur Erika (Alemanha); Tausend Melodien (Alemanha); Drei Birken Auf Der Heide (Alemanha); 1957 – Zwei Matrosen Auf Der Alm (Alemanha); Frausen Sind Fur Die Liebe da (Alemanha); Der König Der Bermina (Áustria/Suiça); Jägerblut (Alemanha); 1959 – Der Löwe Von Babylon (Espanha/Alemanha); Cavalcade (Alemanha/Argenti na); 1960 – Giuseppe Vendutto Daí Fratelli (Inglaterra/Itália) 1961 – Drei Weiβe Birken (Alemanha); 1963 – Captain Sinbad (EUA/ Alemanha); 1964 – The Secret Invasion (EUA); 1966 – Le Facteur S’en Va-t-en Guerre (França); Paris Brûle-t-il? (França/EUA); La Grande Vadrouille (França/ Inglaterra/Alemanha); 1967 – Dalle Ardenne All’Inferno (Itália/França/Alemanha); Indomptable Angélique (França/Alemanha/Itália); 1968 – Angélique Et Le Sultan (França/Itália/Alemanha); Assignment K (EUA); 1969 – Dio è Con Noi (Iugoslávia/Italia); La Legione Dei Dannati (Itália/Espanha/Alemanha/Suíça); 1970 – Ciakmull – L’uomo Della Vendetta (Itália); 1972 – A La Guerre Comme a La Guerre (França/Alemanha/Itália). ALFRADIQUE, MONIQUE Monique de Araújo Alfradique nasceu em Niterói, RJ, em 29 de abril de 1986. Começa sua carreira como modelo aos nove anos de idade e depois faz teatro infantil e campanhas publicitárias. Em 1999, aos treze anos, depois de meses de testes, integra o grupo Paquitas, atuando nos programas Xuxa Park e Planeta Xuxa, ao lado de Xuxa Meneghel. Nesse mesmo ano estreia no cinema no filme Xuxa Requebra. Faz parti cipação em Malhação e em 2005 consegue sua primeira grande oportunidade de atriz, na telenovela A Lua me Disse, como Branca, a filha de Regina (Maitê Proença), que morre e deixa sua fortuna para a filha, depois Malhação (2007), como Priscila, Beleza Pura (2008), como Fernanda, e Casos e Acasos (2008), como Gabriela. Com beleza e talento, vem se firmando como grande atriz brasileira. Filmografia: 1999 – Xuxa Requebra; 2001 – Xuxa e os Duendes; 2002 – Xuxa e os Duendes 2. ALIMARI, MÁRIO Nasceu em São Paulo, SP, em 1º de julho de 1929. De família humilde, ainda jovem trabalha numa fábrica de móveis. Gostava de contar piadas, divertia seus companheiros de trabalho. A conselho dos amigos, foi tentar a sorte na TV Tupi e ganhou a oportunidade de participar do programa quinzenal TV de Comédia, em 1957, sob a direção de Geraldo Vietri. Nesse mesmo ano estreia no cinema, no filme Osso, Amor e Papagaios. Nessa época cria o personagem Pé com Pano. Contratado pela TV Excelsior, ganha programa só seu, O Quartelzinho do Pé com Pano e também participaria do humorístico Show Riso, que tinha em seu cast os melhores humoristas, como Chico Anysio e outros. No cinema tem momentos marcantes como no episódio Pombo Correio, da série Vigilante Rodoviário, como um dos bandidos que fogem da cadeia e são capturados pelo Inspetor Carlos, Dois Mil Anos de Confusão (1969), ao lado de Dedé e Dino Santana, Os Pankekas e o Calhambeque de Ouro, levando ao cinema os personagens de sucesso da televisão e Os Heróis Trapalhões – Uma Aventura na Selva (1988), ao lado de Renato Aragão, numa homenagem deste ao grande mestre do humor. Trabalharia ainda nas TVs Bandeirantes, Gazeta e, de volta à Tupi, participa do programa Os Pankekas, que viraria filme. Em 1985 participa da minissérie Grande Sertão: Veredas, pela TV Globo, no papel de Paspe. Num momento de certa mediocridade dos programas humorísticos brasileiros, lembramos de Alimari, que foi um grande profi ssional, injustamente esquecido. Morre em 5 de novembro de 1989, de enfisema pulmonar e broquite crônica, em São Paulo, aos 60 anos de idade. Filmografia: 1957 – Osso, Amor e Papagaios; 1961 – Pombo Correio (CM) (episódio da série Vigilante Rodoviário); 1963 – O Rei Pelé; 1967 – A Espiã que Entrou em Fria; 1969 – Agente da Lei (episódio: Pombo Correio); Deu a Louca no Cangaço; Dois Mil Anos de Confusão; 1971 – Um Pistoleiro Chamado Caviúna; 1972 – Quatro Pistoleiros em Fúria; 1979 – Os Pankekas e o Calhambeque de Ouro; 1988 – Os Heróis Trapalhões – Uma Aventura na Selva. ALMEIDA, ABÍLIO PEREIRA DE Nasceu em São Paulo, SP, em 26 de fevereiro de 1906. Advogado de renome em São Paulo, mas muito ligado às artes, no começo dos anos 40, participa da formação do EAD, com Alfredo Mesquita. É um vanguardista do teatro brasileiro, como um dos fundadores do TBC, Teatro Brasileiro de Comédia, não só como ator, mas principalmente como autor de textos. Na primeira montagem de A Mulher do Próximo, contracena com Cacilda Becker. Sua peça Paiol Velho é levada ao cinema pelo produtor Alberto Cavalcanti, com o nome de Terra é Sempre Terra (1951), na Companhia Cinematográfica Vera Cruz. É lá que participa, como ator, de diversos filmes, entre eles Caiçara (1950) e Ângela (1951). Lança no cinema, em 1951, o cômico Mazzaropi, no filme Sai da Frente, e, a partir daí, dirige também com igual competência. Com a falência da Companhia em 1954, assume o seu comando, já como Cinematográfica Brasil Filmes, um truque para driblar os credores. Produz filmes importantes como O Sobrado (1956) e Estranho Encontro (1958), entre outros. Por motivos até hoje desconhecidos, suicida-se em São Paulo, em 12 de maio de 1977, aos 71 anos de idade. Filmografia (ator): 1950 – Caiçara; 1951 – Ângela; Terra é Sempre Terra; 1952 Appassionata; Tico-Tico no Fubá; 1953 – Sinhá Moça; 1954 – Candinho; 1972 O Grito (CM); Independência ou Morte. Filmografia (diretor): 1950 – Ângela; 1951 – Sai da Frente; 1952 – Nadando em Dinheiro; 1954 – Candinho. ALMEIDA, ARACY DE Aracy Telles de Almeida nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de agosto de 1914. Ainda menina, canta sambas e marchas nas escolas de samba. Desbocada mas boa cantora, encanta o pessoal dos blocos carnavalescos. Em 1933 um amigo lhe diz conhecer Custódio Mesquita e leva-a ao seu programa na Rádio Educadora, ano que conhece Noel Rosa e nasce ali uma grande amizade. Num botequim, Noel compõe para ela a música Riso de Crianças, que Aracy grava em 1935. Noel passa então a compor músicas exclusivas para ela. Nunca houve nenhuma relação amorosa, era coisa de amizade, de alquimia musical. Por ser feia, baixinha e magra, não frequenta o Cassino da Urca e nem é capa de revista, não tendo sido, portanto, reconhecida à altura de seu talento. Com a morte de Noel, em 1937, passa a cantar marchinhas carnavalescas. Estreia no cinema em 1946 no filme Segura esta Mulher’. Na década de 1950 troca o Rio de Janeiro por São Paulo e é contratada pela Rádio Record. Na década de 1970 atua na televisão como apresentadora e jurada, primeiro no Programa do Chacrinha e depois Sílvio Santos. Morre em 20 de junho de 1988, de embolia pulmonar, aos 74 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1946 – Segura Esta Mulher; 1948 – Esta é Fina; 1955 – Carnaval em Lá Maior; 1967 – Perpétuo Contra o Esquadrão da Morte. ALMEIDA, BELMIRA DE Nasceu em Lisboa, Portugal, em 1895. Começa sua carreira artística no teatro, ainda em Portugal, estreando na peça S.A. O Príncipe Encantado, uma opereta. Com essa companhia, vem para o Brasil, fazendo sua estreia em 1910, no Teatro Carlos Gomes, Rio de Janeiro. Com o sucesso, resolve fixar-se em nosso país. Estreia no cinema em 1917 no filme A Viuvinha do Cinema. Entre outros, atua em A Voz do Carnaval (1933) e O Caçula do Barulho (1949), alternando sua carreira entre o cinema e o teatro. Morre em 2 de dezembro de 1974, aos 79 anos de idade. Filmografia: 1917 – A Viuvinha do Cinema; Um Senhor de Posição; 1918 – Entre Dois Amores; 1930 – Degraus da Vida (inacabado); 1933 – A Voz do Carnaval; 1934 – Favela de Meus Amores; 1937 – Samba da Vida; 1940 – O Simpático Jeremias; 1943 – Rosas Rubras (inacabado); 1949 – O Caçula do Barulho. ALMEIDA, ELIEZER DE Nasceu em Vitória, ES. Em 1980 participa ati vamente do movimento teatral capixaba do núcleo de artes cênicas da SCA V, sob a coordenação do diretor Luis Tadeu Teixeira, com profissionais como o professor e diretor Lauro Góes e arti stas do cenário teatral brasileiro do quilate de Paulo Autran, Silvia Orthof, etc. No Teatro Experimental Capixaba participa dos espetáculos Eu Sou Vida eu não Sou Morte, O Riso, Mitologia, etc. Descoberto pela companhia teatral suíça Sunil Ensemble, vivencia a antropologia teatral nos espetáculos Isolle Pellegrine, Rituale e Diloghi col Sonno, sob a direção de Finzi Pasca. Em São Paulo, atua na preparação corporal do elenco de A Revolução Francesa, sob a coordenação de Zebba Dai Farr, e como ator assistente no Teatro Ofi cina, em Mutação de Apoteose, de José Celso Marti nez Corrêa. Estreia no cinema em 1994 no filme Lamarca, de Sérgio Rezende, no papel de Zequinha, interpretação que lhe rende o prêmio de melhor ator coadjuvante pela APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte. Dirige as peças Que História é Essa?, Vitor Vitrola, Estação Treblinka Garden, etc. Na televisão parti cipa das novelas Pantanal, pela TV Manchete, Explode Coração e O Rei do Gado, pela TV Globo. Atualmente, ministra oficina de teatro em circunstâncias terapêuticas, no CAPS – Centro de Atendimento Psicossocial – PMV – ES, faz workshops sobre interpretação teatral por todo o Brasil, além de desenvolver trabalho de pesquisa em antropologia teatral. Filmografia: 1992 – Vagas para Moças de Fino Trato; 1994 – Lamarca; 1997 – Guerra de Canudos; 1998 – Fica Comigo; 2009 – Esta Noite Tem Peleja (CM) (animação-voz). ALMEIDA, FERNANDO Fernando Almeida Soares nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de maio de 1974. Ator precoce, Inicia cedo sua carreira artísti ca, aos 4 anos de idade, na novela Olhai os Lírios do Campo. Na TV Globo, aos 10 anos, brilha em Livre para Voar, de 1984. Torna-se então um dos atores negros mais conhecidos da televisão, com marcantes atuações em mais de 15 novelas, com destaque para O Outro, Pedra sobre Pedra, a minissérie Chiquinha Gonzaga e A Padroeira, em 2002, sua últi ma participação. Estreia no cinema em 1987 no curta-metragem Churrascaria Brasil, mas brilha mesmo como o Avião, no filme Como Nascem os Anjos, em 1996. Dedica sua carreira mesmo à televisão. Fernando foi casado com a produtora Antonia Fontenelle, com que tem um filho, nascido em 1997. Morre prematuramente em 4 de abril de 2004, assassinado com dois tiros, no Rio de Janeiro, aos 28 anos de idade. Filmografia: 1987 – Churrascaria Brasil (CM); 1996: Como Nascem os Anjos; 1999 – Tiradentes. ALMEIDA, IVAN DE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de julho de 1938. É formado em Comunicação Social (jornalismo) pela PUC-Rio. Em 1968 estreia no cinema no filme Hitler Terceiro Mundo e em 1970 faz sua primeira novela, Irmãos Coragem, grande sucesso da TV Globo. A partir dos anos 1970 solidifica sua carreira e consti tui invejável currículo. Em 1977 tem seu melhor momento no cinema, como Liece, o fiel companheiro do bandido Lúcio Flávio, no filme Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia, de Hector Babenco. Na televisão, atuou em diversas novelas como Os Ossos do Barão (1973), Os Gigantes (1979), Carmem (1987), Pantanal (1990), Fascinação (1998), Cidadão Brasileiro (2006) e Duas Caras (2008), como Misael. Participa também de humorísticos ao lado de Chico Anysio e Os Trapalhões e do seriado Sandy & Júnior, como Paulo Café, um trompeti sta desiludido. Na políti ca, foi candidato a vereador com propostas ligadas ao bem-estar social do seu bairro, Irajá. Filmografia: 1968 – Hitler Terceiro Mundo; 1971 – A Hora e a Vez do Samba; 1972 – A Judoka; 1974 – O Segredo da Rosa; Essa Gostosa Brincadeira a Dois; 1975 – Uma Mulata para Todos; 1976 – As Granfinas e o Camelô; Luz, Cama, Ação; 1977 – Pra Ficar Nua, Cachê Dobrado; Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia; Ódio; 1978 – O Escolhido de Iemanjá; A Noiva da Cidade; A Deusa Negra (Nigéria/Brasil); 1979 – A Virgem Camuflada; O Bom Burguês; República dos Assassinos; 1980 – Prova de Fogo; 1982 – Mulheres Liberadas; Os Trapalhões na Serra Pelada; 1983 – Estranhas Relações; 1990 – Carnaval; 1996 – Sombras de Julho; 1998 – Policarpo Quaresma, Herói do Brasil; 2003 – Carandiru; Meu Pai (My Father, Rua Alguém 5555) (EUA); 2007 – Chega de Saudade; 2008 – Meu Nome não é Johnny. ALMEIDA, JOEL DE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 5 de novembro de 1913. Em 1930 forma, com Gaúcho, a dupla Joel & Gaúcho, de muito sucesso, principalmente em marchinhas de carnaval. A dupla participa de muitos filmes mas se desfaz em 1952, a partir do qual Joel inicia carreira solo também com muito sucesso. Recebe então o carinhoso apelido de magrinho elétrico. Sozinho, parti cipa de vários fi lmes como Garotas e Samba (1957) e Viúvo Alegre (1960). Morre em 1º de abril de 1993, aos 79 anos de idade. Filmografia: 1936 – Cidade Mulher; 1955 – O Feijão é Nosso; 1957 – Garotas e Samba; 1958 – É de Chuá; 1959 – Mulheres à Vista; Entrei de Gaiato; 1960 – O Viúvo Alegre; 1962 – Bom Mesmo é Carnaval. ALMEIJEIRAS, TITO Nasceu em Buenos Aires, Argentina. Está radicado no Brasil desde 1976. Artista e técnico cinematográfico especializado em produção, ator, docente com atividades na área do audiovisual, roteirista, tradutor literário do idioma português para o espanhol, locutor, com longa e intensa formação autodidata. Cursa estudos artísticos em Buenos Aires, de cinema na Asociación de Cine Experimental (1966/1968) e de atuação dramáti ca com Agustín Alezzo no Taller del Actor (1969/1973) e nos Talleres Experimentales de Alberto Ure (1974/1976). Em 1967 vai trabalhar na Swing Produciones, na produção, edição e montagem de comerciais e fi lmes institucionais. Em 1969 é assistente de direção no filme El Camino Hacia La Muerte Del Viejo Reales, direção de Gerardo Vallejo. Entre 1972 e 1976 trabalha na CH Filmes, como produtor e diretor de comerciais, documentários e filmes de animação. No Brasil, vai trabalhar com Roberto Farias na produção e direção de documentários e cinejornais. A partir dos anos 1980 consti tui longa fi lmografia como produtor executivo, diretor de produção, produtor de fi nalização, tradutor e roteirista, em filmes importantes como A Cor do seu Destino (1985), Navalha na Carne (1997), Milagre em Juazeiro (1997), As Tentações do Irmão Sebastião (2002), Nasci para Bailar (2008). Tito também tem sólida atividade como docente na área do audiovisual, por meio de cursos, ofi cinas, palestras, workshops para empresas como Instituto Dragão do Mar, Núcleo Cultural do Centro Educacional Anísio Teixeira, Cineclube Savassi, Insti tuto Goethe, Universidade Federal de Goiás, Universidade Federal de Juiz de Fora, Polo Cinematográfico de Brasília, Universidade Norte Fluminense, etc. Trabalhou como ator contratado em vários filmes como Quilombo (1984), O Quinto Macaco (1990), No Coração dos Deuses (1999), etc. Dirige alguns curtas e cinejornais. É um profissional com longa bagagem técnica de cinema. Filmografia (ator): 1972 – Los Hijos de Fierro (Argenti na); 1984 – Quilombo; Memórias de Cárcere; 1985 – A Cor do Seu Destino; 1986 – Sur (Argentina); Acre-Doce (CM); 1987 – A República dos Anjos; 1990 – O Quinto Macaco (The Fifth Monkey) (EUA); 1999 – No Coração dos Deuses; 2004 – O Artista contra o Caba do Mal; 2005 – Como El Ave Solitaria (Argentina). Filmografia (diretor): 1977 – Festa do Rio Antigo (CM); 1977/1978 – Cinejornal Teleobjetiva (80 edições); 1978 – Rio, Três Dias de Folia (CM); 1981 – Localização Espacial e Temporal (CM); Grupo na Área de Estudos Sociais. ALMIRANTE Henrique Foréis Domingues nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de fevereiro de 1908. De infância pobre, tem grande musicalidade, mas escassa formação. Aos vinte anos, com João de Barro, Noel Rosa, Alvinho e Henrique Brito, funda o Bando de Tangarás, que faz muito sucesso. Dissolvido o grupo, se dedica mais à composição, criando pérolas como Na Pavuna, Touradas de Madrid, Faustina, entre tantas outras. No cinema, participa de alguns fi lmes, sendo sua estreia em 1929, no fi lmete Bole-Bole, com o Bando de Tangarás. Em 1968 o curta-metragem Cordiais Saudações é feito em sua homenagem. Morre em 22 de dezembro de 1980, aos 72 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografi a:1929 – Bole-Bole; Vamo Falá do Norte; 1935 – Alô, Alô, Brasil; Estudantes; 1936 – Alô, Alô, Carnaval; 1938 – Banana da Terra; 1944 – The Three Caballeros (EUA); 1951 – Sinfonia Amazônica (voz); 1968 – Cordiais Saudações (curta-metragem – como ele mesmo); 1969 – Incrível, Fantásti co, Extraordinário; 1994 – Cantor de Samba (curta-metragem como ele mesmo, em cenas antigas do Bando de Tangarás). ALVARENGA & RANCHINHO Uma das mais famosas e queridas duplas sertanejas do Brasil é formada em 1930, por Murilo Alvarenga, nascido em Itaúna, MG, a 22 de maio de 1911, e Dieses dos Anjos, nascido em Jacareí, SP, a 23 de maio de 1912. Com essa formação, ficam até 1953, tendo sido presos inúmeras vezes pelas sátiras que fazem a Getúlio Vargas. Gravam também música carnavalesca, mas se popularizam com as satíricas. A estreia da dupla no cinema acontece em 1931 no filme Coisas Nossas. Parti cipam de muitos outros, com destaque para Folias Cariocas (1948) e Carnaval em Lá Maior (1955). Três foram os Ranchinhos: fora o já citado, vieram Delamare de Abreu e Homero de Souza Campos. A dupla somente se desfaz com a morte de Alvarenga, ocorrida em 18 de janeiro de 1978. Homero passa a cantar sozinho e parti cipa, na década de 1980, do programa Som Brasil, de muito sucesso, na TV Globo, ao lado de Rolando Boldrin. Morre em 1997, aos 57 anos de idade. Filmografia: 1931 – Coisas Nossas; 1935 – Fazendo Fitas; 1938 – Tererê não Resolve; Banana da Terra; 1940 – Céu Azul; Laranja da China; 1942 – Coelho Sai; 1943 – Samba em Berlim; 1944 – Abacaxi Azul; Berlim da Batucada; 1945 – Não Adianta Chorar; Pif-Paf; 1946 – Segura Esta Mulher; O Cavalo 13; 1947 – Este Mundo é um Pandeiro; O Malandro e a Granfina; 1948 – É com este que eu Vou; Folias Cariocas; 1949 – E o Mundo se Diverte; 1955 – Carnaval em Lá Maior. ALVAREZ, AMAURY Nasceu em São Paulo, em 1951. Ator e diretor de teatro. Inicia sua carreira como ator, ao participar de mais de vinte peças, entre elas, Lembrar é Resistir, a qual recebe vários prêmios, e depois como diretor, principalmente em Taboão da Serra, cidade onde trabalhou por quatro anos (1997-2001), junto à Secretaria Municipal de Educação e Cultura e ajudou a organizar a UTT – União Teatral Taboão. Dirigiu três peças: Este ovo é um Galo, A Morte do Imortal e A Torre em Concurso. Na televisão, atuou em várias novelas como Floradas na Serra (1981), Renúncia (1982), Meus Filhos, Minha Vida (1984), etc. Morre em 28 de novembro de 2003, aos 52 anos de idade, em São Paulo. Em 2004, a Casa de Cultura de Taboão da Serra recebeu o nome de Casa de Cultura Amaury Alvarez. Filmografia: 1975 – Ainda Agarro esse Machão; 1981 – Eles não Usam Black-Tie; 1996 – 16060. ALVAREZ, ANALY Nasceu em Santos, SP, em 19 de outubro de 1942. Em Santo André começa sua carreira artística no teatro. Em 1965 vai para a Escola de Arte Dramática, e forma-se ganhando o prêmio Chinita Ulmann, como melhor interprete. Participa das peças A Cozinha, O Homem de La Mancha, Abelardo e Heloísa, Navalha na Carne, Procura-se um Tenor, entre outras. Na televisão, sua primeira novela é Canção para Isabel, em 1976. Seguem-se Tchan!, a Grande Sacada (1976), A Ponte do Amor (1983), Anjo Maldito (1983) e Meus Filhos, Minha Vida (1984), sua última novela. Estreia no cinema em 1975 no filme Clube das Infiéis. Fez poucos filmes, sendo o último Lua Cheia, de 1988. Analy Álvares é fundadora e presidente da Sociedade Lítero Dramática Gastão Tojeiro e Vice-Presidente da Associação dos Produtores de Espetáculos de São Paulo e também professora de interpretação e direção na Faculdade Paulista de Arte e diretora do Núcleo de Teledramaturgia da TV Cultura. Em 2005 estreia na emissora o programa Senta que lá vem Comédia. Está casada com o também ator Luiz Serra. Filmografia: 1975 – Clube das Infiéis; Ainda Agarro esse Machão; 1984 – Elite Devassa; 1987 – Eu; 1988 – Lua Cheia. ALVAREZ, IRMA Irma Rufina Puster de Alvarez nasceu em Salligueló, Argentina, em 21 de novembro de 1933. Inicia carreira de atriz ainda em sua terra natal, em uma ponta no filme Cinco Locos en la Pista, em 1950. A seguir, trabalha como modelo, quando, em 1951 recebe convite de Walter Pinto e vem para o Brasil. Adora o Pais e promete voltar. Em 1956 vem em definitivo, contratada por Carlos Machado, para quem trabalha durante muitos anos em teatro, boate e televisão. Irma torna-se uma das Certinhas do Lalau, mulheres de corpo bonito eleitas pelo escritor e jornalista Sérgio Porto, o Stanislau Ponte Preta, colunista do jornal Últi ma Hora. Estreia no cinema brasileiro em 1957, no filme Brasiliana, em que participa todo o elenco do espetáculo Banzo Aiê, de Carlos Machado. Ganha elogios e prêmios por sua interpretação em Porto das Caixas (1963). Atuou em muitos filmes, em trinta anos de carreira, com destaque para Terra em Transe (1967) e A Estrela Sobe (1975). Atriz essencialmente cinematográfica, na televisão, estreia somente em 1973, no elenco de Carinhoso (1973), como Clara. Faria, ainda O Semideus (1973), Sem Lenço, Sem Documento (1977), Ciranda, Cirandinha (1978), Pai Herói (1979) e Sétimo Sentido (1982), sua últi ma participação na televisão. Depois de treze anos, retorna ao cinema em 1999 no filme O Viajante, de Paulo César Saraceni. Afastada da vida artística, muda-se para Miami, EUA. Retorna ao Brasil para cuidar de sua saúde. Morre em 8 de janeiro de 2007, de câncer nos pulmões, aos 73 anos, no Rio de Janeiro. Viúva, deixa uma filha e dois netos. Filmografia: 1950 – Cinco Locos en la Pista (Argenti na); 1953 – Del Outro Lado del Puente (Argenti na); 1955 – De Noche También se Duerme (Argenti na); 1957 Brasiliana; 1959 – Massagista de Madame; 1960 – Os Dois Ladrões; 1961 Cavalo de Oxumaré (inacabado); 1962 – Nordeste Sangrento; 1963 – Porto das Caixas; 1964 – Morte em Três Tempos; 1965 – Engraçadinha, Depois dos 30; Onde a Terra Começa; Encontro com a Morte (Em Legítima Defesa) (Brasil/ Portugal); 1967 – Todas as Mulheres do Mundo; Terra em Transe; A Virgem Prometida; Sabor de Pecado; 1968 – O Homem Nu; Blá... Blá... Blá... (CM); Como Vai, Vai Bem? (episódio: Hei de Vencer); 1969 – A Noite do meu Bem; Os Paqueras; A Doce Mulher Amada; A Cama ao Alcance de Todos (episódio: A Primeira Cama); Um Sonho de Vampiros; 1970 – Pra Quem Fica, Tchau!; O Dia Marcado; É Simonal; 1973 – Caingangue, a Pontaria do Diabo; 1974 – A Estrela Sobe; 1975 – Ana, a Libertina; 1982 – Pra Frente, Brasil; 1983 – Aguenta, Coração; 1986 – Rockmania; 1999 – O Viajante. ALVES, AGENOR Nasceu em Urandi, BA, em 1944. Com dezoito anos de idade muda-se para São Paulo e inicia carreira de ator, primeiro em comerciais de televisão e depois no cinema, estreando em 1974 no filme O Exorcismo Negro. Participa de quase uma dezena de outros, entre eles A Vingança de Chico Mineiro (1979) e A Febre do Sexo (1980). Estreia como diretor em 1978 no filme Tráfico de Fêmeas. Filmografia: 1974 – Exorcismo Negro; A Gata Devassa; 1979 – Tráfico de Fêmeas; A Vingança de Chico Mineiro; 1980 – Noite de Orgia; Prisioneiras da Ilha do Diabo; A Febre do Sexo. ALVES, ATAULFO Ataulfo Alves de Souza nasceu em Mirai, MG, em 2 de maio de 1909. Aos dezesseis anos muda-se para o Rio de Janeiro e conhece Carmen Miranda, que mais tarde divulgaria sua música. Seu primeiro sucesso acontece em 1942, com Ai Que Saudade da Amélia, que o projeta pelo Brasil. Passa a fazer shows com suas Pastoras e a colecionar outros sucessos como Pois É e Mulata Assanhada. Estreia no cinema em 1940 no filme Vamos Cantar. Cantor e compositor consagrado, morre em 20 de abril de 1969, doze dias antes de completar 60 anos de idade. Seu fi lho, Ataulfo Júnior, também é cantor e divulga a obra do pai. Filmografia: 1940 – Vamos Cantar; 1944 – Tristezas não Pagam Dívidas; 1945 – Pif-Paf; 1946 – Caídos do Céu; 1955 – Carnaval em Lá Maior; 1956 – Vamos com Calma; 1958 – Meus Amores no Rio (Mis Amores en Río) (Brasil/Argentina). ALVES, CARMÉLIA Carmélia Alves Curvelo nasceu em Bangu, RJ, em 14 de fevereiro de 1926. É lançada no mundo artístico por Ary Barroso, como substituta de Carmen Miranda, que nessa época iniciava carreira nos EUA. Alcança notoriedade ao interpretar ritmos nordestinos como o baião e o carimbó. Ganha o carinhoso titulo de Rainha do Baião e emplaca sucessos como Cabeça Inchada e Trepa no Coqueiro. Participa de muitos filmes, sendo sua estreia em 1952 em Está com Tudo. Faz também, entre outros, Carnaval em Caxias (1954) e A Pensão da Dona Estela’ (1956). Foi casada com Jimmy Lester. Filmografia: 1952 – Está com Tudo; Tudo Azul; 1953 – Agulha do Palheiro; 1954 – Carnaval em Caxias; 1955 – Carnaval em Lá Maior; Trabalhou Bem Genival; 1956 – Pensão da Dona Estela; 2007 – Cantoras do Rádio. ALVES, FRANCISCO Francisco de Morais Alves nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de agosto de 1898. Inicia sua carreira artística num circo no bairro do Meier, em 1918. Em 1919, acompanhado no violão por Sinhô, grava seu primeiro sucesso, Pé de Anjo. É o primeiro artista brasileiro a utilizar-se do processo de gravação elétrica. Devido ao seu grande potencial e sucesso popular, é chamado de O Rei da Voz. Acumula sucessos e mais sucessos, ano após ano, tanto em marchas carnavalescas como em valsas, sambas, músicas românti cas, etc. Parti cipa de vários filmes, sendo sua estreia em 1931, em Coisas Nossas. Morre prematuramente, num acidente automobilístico em 27 de setembro de 1952, na Via Dutra, na região de Pindamonhangaba, ao voltar de um show em São Paulo, aos 54 anos de idade, fato esse que choca o Brasil, tendo repercussão internacional. Filmografia: 1931 – Coisas Nossas; 1935 – Alô, Alô, Brasil (cantando: Foi Ela); 1936 – Alô, Alô, Carnaval (cantando: Comprei uma Fantasia de Pierrô, Manhã de Sol, Amei e Sonho de Amor); 1940 – Laranja da China (cantando A Dama das Camélias, Despedida de Mangueira e Solteiro é Melhor); Céu Azul (cantando: Onde o Céu é mais Azul e Dança do Funiculi); 1942 – It’s All True (inacabado); 1943 – Samba em Berlim; 1944 – Berlim da Batucada (cantando: A Voz do Violão, Quem Vem Descendo, Silenciar a Mangueira, Não! e Ela); 1946 – Caídos do Céu (cantando Vaidosa); 1948 – Esta é Fina (cantando Falta um Zero no meu Ordenado). ALVES, GABRIELA Gabriela Storace Alves nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1º de janeiro de 1972. É filha da cantora Tânia Alves e do arti sta plástico peruano Juan Toulier, falecido em 2006. Estreia na televisão com três anos de idade, no especial Caixa Forte da TV Cultura. Aos quatro, parti cipa do Sítio do Pica-Pau Amarelo pela TV Globo, como o anjinho de asa quebrada. Trabalha também nas novelas Despedida de Solteiro (1992), Mulheres de Areia (1993), Tropicaliente (1994), Tocaia Grande (1995), Salsa & Merengue (1997), Estrela de Fogo (1998), Vidas Cruzadas (2000) e Marisol (2002). Estreia no cinema em 1988, no filme Sonhos de Menina-Moça. Em 1997 é capa da revista Playboy. Está há cinco anos afastada da vida artísti ca. Filmografia: 1988 – Sonhos de Menina-Moça; 1993 – Era uma Vez ... ALVES, GERALDO Geraldo Hauers nasceu em Itápolis, SP, em 1935. Ainda em sua cidade, começa a carreira, aos quinze anos de idade, de locutor de rádio. Era fã de Brandão Filho, a quem ouvia sempre no rádio. Nos anos 1950, já em São Paulo, começa a marcar sua carreira como imitador em programas de rádio. Vai para o Rio de Janeiro e ingressa na rádio Mayrink Veiga, nos programas A Cidade se Diverte e Vai da Valsa. Estreia na tela pequena na TV Rio, depois vai para a Tupi, a Excelsior e a Record, onde brilha na Praça da Alegria, ao lado de Manoel de Nóbrega. Na Globo, brilha em programas famosos como Faça Humor, não Faça Guerra (1970) e Sati ricom (1973/1975). Seu último trabalho na televisão acontece na Escolinha do Professor Raimundo, com o personagem Bill Bebes, uma espetacular imitação de Gil Gomes. Fez pouco cinema, sendo sua estreia em 1959 no filme Mulheres à Vista. Em sua carreira de 30 anos, imitou Emerson Fittipaldi, Hebe Camargo, Don Corleone (do filme O Poderoso Chefão), Sílvio Santos, Chacrinha, entre tantos outros. Sempre escreveu bem para televisão, tendo seus textos aproveitados em Balança mas não Cai (1968), Faça Humor, Não Faça Guerra (1970) e Estúdio A...Gildo (1982). Talento nato, talvez não tenha tido, em vida, o devido reconhecimento. Morre em 19 de fevereiro de 1993, aos 58 anos de idade, em decorrência de um acidente de automóvel na cidade de Campos dos Goytacazes, RJ, onde havia apresentado o show Uma Palavra de Otimismo : Socorro! Filmografia: 1959 – Mulheres à Vista; 1961 – Marido de Mulher Boa; 1968 – Chegou a Hora, Camarada!; 1970 – Salário Mínimo; 1974 – O Azarento – Um Homem de Sorte; 1976 – O Pai do Povo. ALVES, GILBERTO Gilberto Alves Martins nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 15 de abril de 1915. De infância muito pobre, aos doze anos já trabalha como entregador de marmitas, para ajudar em casa. Gosta de cantar e da boemia e em 1937 conhece Almirante, que o leva para a Rádio Clube do Brasil, mas, em 1939, transfere-se para a Rádio Tupi, lá permanecendo por muitos anos. Grava inúmeros sucessos como Favela dos Meus Amores, Um Sonho para Nós, Prece à Lua, Era uma Vez, etc. Estreia no cinema em 1940 no Vamos Cantar, mas faz poucos filmes, dedicando-se mais à carreira de cantor. Seu último trabalho é É de Chuá, de 1958, onde interpreta a música Você é Demais. Foi casado com Jurema Cardoso, de 1949 até sua morte, em 4 de abril de 1992, aos 76 anos de idade, em Jacareí, São Paulo. Filmografia: 1940 – Vamos Cantar; 1948 – Folias Cariocas; 1958 – É de Chuá! ALVES, IVANILDE Começa sua carreira no teatro, em 1959, na peça Mãe Coragem e seus Filhos, de Bertolt Brecht. Em 1960 faz o papel principal na peça Males da Juventude, de Ferdinand Bruckner, no Teatro Maria Della Costa. Depois seguem-se Almas em Tumulto, de Clayton, e Armadilha de um Homem Só, substituindo Márcia Real às pressas. Na televisão, tem uma única participação na novela A Muralha, em 1961. Em 1964 estreia no cinema, no filme Seara Vermelha, mas sua carreira artística não tem continuidade. Filmografia: 1964 – Seara Vermelha. ALVES, LÚCIA Nasceu em Belo Horizonte, MG, em 4 de outubro de 1948. Começa sua carreira artística em 1964, ao parti cipar do filme Um Ramo para Luíza, com dezesseis anos de idade. Estreia na televisão em 1969 na novela Enquanto Houver Estrelas, mas fi ca conhecida nacionalmente como a índia Poti ra de Os Irmãos Coragem, em 1970. Seguem-se sucessos como Carinhoso (1973), Nina (1977), Jogo da Vida (1981), Kananga do Japão (1989), Tropicaliente (1994), O Fim do Mundo (1996), O Cravo e a Rosa (2000) e mais recentemente Começar de Novo (2006). Nos últimos anos tem feito participações esporádicas em séries como A Diarista (2005), Carga Pesada (2006), Sob nova Direção (2007) e Toma Lá, Dá Cá (2008). Em plena atividade, é uma das grandes atrizes brasileiras. Filmografia: 1964 – Um Ramo para Luíza; Tiro a Traição (inacabado); 1970 – Pais Quadrados, Filhos Avançados; Estranho Triângulo; 1976 – O Homem da Cabeça de Ouro; 1980 – Tortura Cruel (Fêmeas Violentadas); 1982 – Tem Piranha no Aquário; 1988 – Lua Cheia; A Poupança Tá Rendendo; 1997 – Fica Comigo; 2004 – Bendito Fruto; Quase dois Irmãos. ALVES, LÚCIO Lúcio Ciribelli Alves nasceu em Cataguazes, MG, em 28 de janeiro de 1927. Seu pai é farmacêutico e também maestro da banda local. Começa a tocar violão aos seis anos e aos dez, já no Rio de Janeiro, participa do programa de calouros Bombonzinho, na rádio Mayrink Veiga. Com o sucesso, torna-se rival de Orlando Silva, e recebe o titulo brincalhão de Cantor das Multidinhas. Participa dos grupos vocais Namorados da Lua e Anjos do Inferno, referência obrigatória para a sonoridade mais moderna de Os Cariocas. Grava com Dick Farney, em 1954, talvez seu maior sucesso, Tereza da Praia. Voz anasalada, forte e de perfeita afinação, aliada ao violão de síncopes sutis e balanços sempre imitados, desenham a íntegra de sua personalidade artísti ca, ao longo de quarenta anos de carreira. É um dos precursores da bossa nova, parti cipando ativamente do movimento. Atua também como produtor e diretor de programas de Rádio e TV. No cinema, estreia em 1945 no filme Não Adianta Chorar. Não faz muito cinema, pois dedica-se quase integralmente à carreira de cantor. Morre em 3 de agosto de 1993, de enfarte, no Rio de Janeiro, aos 66 anos de idade. Filmografia: 1945 – Não Adianta Chorar; 1947 – Este Mundo é um Pandeiro; 1950 – Aglaia (inacabado); 1955 – O Rei do Movimento; 1960 – Marido de Mulher Boa. ALVES, MARIA Maria Dealves nasceu em Aracaju, SE, em 7 de novembro de 1947. Atriz, cantora, dançarina, instrumentista, diretora e professora de interpretação, inicia sua carreira em 1965, numa pequena ponta no filme Crônica da Cidade Amada. Fez muitos filmes, em longa carreira, com grandes diretores brasileiros como Hugo Carvana em Se Segura Malandro! (1978); Bruno Barreto em Romance da Empregada (1987); Walter Salles em A Grande Arte (1995); Sérgio Rezende em Mauá – o Imperador e o Rei (1999), entre outros. Estreia na televisão em 1970, num pequeno papel no megassucesso Irmãos Coragem. Pela TV Globo, parti cipa de novelas e minisséries importantes como Lampião e Maria Bonita (1982), O Tempo e o Vento (1985), Felicidade (1991) e As Filhas da Mãe (2001). No teatro, participa de várias peças, muitos musicais como Gota d’Água e Ópera do Malandro. Desde 2000, após fazer numerologia, passa a usar o nome artístico de Maria Dealves, na verdade, seu nome de batismo. Dirige dois fi lmes, o curta Elisa (2001) e o média Ator Profi ssão Amor (2002), que foi selecionado para o Festival BR 2003 para ser exibido na Biblioteca Nacional de Paris no evento França/Brasil 2005. Em 2007 toma posse como Diretora para Assuntos Institucionais do Sindicato dos Arti stas do Rio de Janeiro, presidido por Jorge Coutinho. Morre em 8 de maio de 2008, no Rio de Janeiro, de câncer, aos 60 anos de idade. Filmografi a (atriz): 1965 – Crônica da Cidade Amada; 1966 – Lana, Rainha das Amazonas (Lana – Krönigin Der Amazonen (Alemanha/Brasil); 1975 – A Extorsão; Perdida; 1977 – O Jogo da Vida; Gente Fina é Outra Coisa; 1978 – Alô Teteia (CM); O Cortiço; Se Segura, Malandro!; Coronel Delmiro Gouveia; 1979 – O Bom Burguês; Gargalhada Final (Os Trambiqueiros); 1981 – Mulher Sensual (Novela das Oito); O Sequestro; 1984 – Noites do Sertão; Para Viver um Grande Amor; 1985 – Fonte da Saudade; 1987 – Damas da Noite (CM); Romance da Empregada; La Via Dura (Itália); 1991 – Vai Trabalhar Vagabundo II; Demoni III (Itália); A Grande Arte; 1995 – Sombras de Julho; 1996 – O Lado Certo da Vida Errada; 1999 – Mauá – o Imperador e o Rei; Só Deus Sabe (Sólo Dios Sabe) (Brasil/México). Filmografia (diretora): 2001 – Elisa (CM); 2002 – Ator Profi ssão Amor (MM). ALVES, MONIQUE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 7 de agosto de 1962. Começa sua carreira na televisão, participando de novelas e minisséries como Séti mo Sentido (1982), Pão Pão, Beijo Beijo (1983), Partido Alto (1984), A Máfia no Brasil (1984), Pacto de Sangue (1989) e Meu Bem, Meu Mal (1990), como Luciana. Estreia no cinema em 1982, no filme As Aventuras de um Paraíba. Com raro talento e muita beleza, fica sabendo que tem leucemia e luta com todas as suas forças para viver, chegando a fazer transplante de medula óssea, o que lhe dá pequena sobrevida. Infelizmente, sua carreira é brutalmente interrompida, ao morrer em 29 de setembro de 1994, aos 32 anos de idade, no Rio de Janeiro. Foi casada com o ator Denis Carvalho, com quem tem uma filha, Tainá, nascida em 1981. Seu talento, força e beleza ficarão sempre em nossas lembranças. Filmografia: 1982 – As Aventuras de um Paraíba; 1984 – Amenic – Entre o Discurso e a Prática; 1986 – Rockmania. ALVES, REGIANE Regiane Kelly Lima Alves nasceu em Santo André, SP, em 31 de agosto de 1978. Começa sua carreira como modelo, aos 13 anos de idade, fazendo comerciais de televisão. Sua primeira novela Fascinação, em 1991, pelo SBT. Em 1996 foi aprovada para a Oficina de Atores da Rede Globo. Em 2000 faz um pequeno papel na minissérie A Muralha mas o sucesso acontece mesmo em 2003, quando interpreta a perversa Dóris, em Mulheres Apaixonadas. O sucesso da personagem a leva a posar nua para a revista Playboy no mesmo ano. Depois participa de Cabocla (2004), como Belinha, Páginas da Vida (2007), como Alice e Beleza Pura’ (2008), como Joana. Estreia no cinema em 2004 no filme Onde Anda Você mas destaca-se como a jovem Hildegard Angel, no filme Zuzu Angel, de Sérgio Rezende, em 2006. No teatro, atua nas peças Caminhos de José Brandão (2002), Dança Lenta no Local do Crime (2005), Ricardo III – Turnê Nacional (2007) e Mãos ao Alto São Paulo, em 2008. Foi casada com o empresário paulista Carlos Augusto Nogueira e com André Felipe Binder. Filmografia: 2004 – Onde Anda Você; O Dono do Mar; 2006 – Zuzu Angel; 2007 – Corpo. ALVES, RENALTO Nasceu em Paranavaí, PR, em 1950. Em São Paulo, entra para a Escola de Cinema em 1970. Estreia como ator em 1971 no filme Com Balas Escrevo Minha Vingança. Participa de quase quinze fi lmes, destacando-se Pic-Nic do Sexo (1983) e No Calor do Buraco (1988). Estreia na direção em 1986 no filme Emoções Sexuais de um Cavalo. Basicamente ligado ao explícito da Boca do Lixo de São Paulo, dirige e atua em muitos filmes desse gênero, com baixo orçamento, baixa qualidade e consumo imediato. Filmografi a (ator): 1971 – Com Balas Escrevo Minha Vingança; 1980 – A Febre do Sexo; 1981 – A Pistola que elas Gostam; 1982 – O Menino Jornaleiro; 1983 – Meninas, Virgens e P.; Pic-Nic do Sexo; 1984 – As Taras do Minivampiro; Pic-Nic de Bacanais do Quinto Grau; 1986 – Minha Cabrita, Minha Tara; A Máfia Sexual; 1987 – A Troca do Óleo; As Taras do Minivampiro; 1988 – No Calor do Buraco; Perseguidores Implacáveis; 1989 – Marina, a Desejada; Gata da Noite. Filmografia (diretor): 1986 – Emoções Sexuais de um Cavalo; A Mulher do Touro; A Troca de Óleo; A Máfi a Sexual; No Calor do Buraco; 1987 – Emoções Sexuais de um Jegue; 1988 – Soltando a Franga; 1989 – Cresce na Boka; 1990 – O Ônibus da Suruba, todos codirigidos por Sady Baby. ALVES, SUZANA Suzana Ferreira Alves nasceu em São Paulo, SP, em 3 de agosto de 1978. Atriz, cantora e dançarina. Começa sua carreira televisiva como dançarina e assistente de palco do apresentador Luciano Huck, ao lado de Joana Prado, no Programa H, pela Rede Bandeirantes. Como a sensual Tiazinha, fica conhecida em todo o Brasil. O sucesso é tanto que ganha programa próprio na TV Bandeirantes, em 1999, chamado As Aventuras de Tiazinha. Depois participa do programa Casa dos Arti stas, pelo SBT. Com o fim do personagem, Suzana resolve estudar interpretação na USP. Em 2006 participa da novela Cidadão Brasileiro, pela TV Record e depois Amigas e Rivais (2007), pelo SBT. Estreia no cinema no filme A Caixa, uma coprodução Portugal/França. Filmografia: 1994 – A Caixa (Portugal/França); 1999 – Xuxa Requebra; 2006 – O Cheiro do Ralo; Boleiros 2 – Vencedores e Vencidos; 2007 – Falsa Loura. ALVES, TÂNIA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de setembro de 1953. Educada sob rígidos padrões de comportamento, estuda acordeom e piano, chegando a fazer recitais de música clássica, inclusive cantando óperas, aproveitando sua bela voz e talento como instrumenti sta. Na faculdade, começa a fazer teatro, abandonando os estudos. Mas sua estreia acontece algum tempo depois de viajar o mundo, casar e descasar, na peça infantil O Rapto das Cebolinhas. Com a peça Incelenças, representada no Teatro Arena do Rio de Janeiro, Tânia faz sua estreia profissional e, em 1977 no cinema, no filme Emmanuelle Tropical. A consagração porém acontece em 1981, no filme Cabaret Mineiro, onde ganha o prêmio de melhor atriz coadjuvante no Festival de Gramado. Seguem-se depois prêmios também por O Olho Mágico do Amor (1981) e Parahyba, Mulher Macho (1983). Na televisão, seu primeiro programa é o especial Bachianas Brasileiras: Meu Nome é Villa-Lobos, em 1976. Na televisão segue carreira de sucesso ao participar de novelas e minisséries como Morte e Vida Severina (1981), Lampião e Maria Bonita (1982), Bandidos da Falange (1983), Tenda dos Milagres (1985), Ti-ti-ti (1985), Pantanal (1990), Pedra Sobre Pedra (1992), Tocaia Grande (1995), Mandacaru (1997), Brida (1998), Marcas da Paixão (2000), O Clone (2001) e Essas Mulheres (2005). Nos últimos anos tem atuado mais em canais alternati vos como SBT e Record, mas retorna à Globo em 2007 para interpretar Firmina Mascarenhas na minissérie Amazônia: de Galvez a Chico Mendes (2007) e brilha no teatro com a peça Tieta do Agreste. Como cantora, grava vários discos, sendo seu maior sucesso o CD Me Deixas Louca, de 1998. É mãe da também atriz Gabriela Alves (1972). Filmografia: 1976 – Hoje Tem Futebol (CM); 1977 – Emmanuelle Tropical; Morte e Vida Severina; Trem Fantasma; 1979/1983 – Loucuras Cariocas (Loucuras, o Bumbum de Ouro ou Funerária Kung-Fu); 1980 – Cabaret Mineiro; 1981 – O Olho Mágico do Amor; 1983 – Parahyba, Mulher Macho; O Cangaceiro Trapalhão; O Mágico e o Delegado; 1984 – Onda Nova; Sole Nudo (Itália/Brasil); 1985 – Ópera do Malandro (Brasil/França); 1990 – Lambada, o Filme (Lambada) (Brasil/Itália); 1991 – República dos Anjos; 1992 – Calor Corazon (CM); 1998 – A Hora Mágica. ALVES, VANESSA Nasceu em São Paulo, SP, em 4 de setembro de 1963. Inicia sua carreira na TV Record, no programa infantil Essa Gente Inocente, em 1975. Em 1981, o Produtor Antonio Pólo Galante a convida então para atuar no filme A Filha de Emanuelle, é sua estreia no cinema. Nessa época conhece o diretor Carlos Reichenbach e acaba participando de vários filmes do renomado cineasta, como Paraíso Proibido (1981), Extremos do Prazer (1983), Filme Demência (1985), Anjos do Arrabalde (1987), pelo qual recebe o Kikito de Melhor Atriz Coadjuvante em Gramado e o Prêmio Governador do Estado, mais recentemente, Garotas do ABC (2003). No teatro, participa das peças A Feira do Adultério (1986), Oh! Calcutá (1986), Rapunzel’ (1989), Trair e Coçar é Só Começar (1994), Laços Eternos (1995), Sete Vidas (1996), etc. Na televisão, estreia em 1986 em Lua de Cetim, pela TV Cultura, depois Senti Firmeza, pela TV Bandeirantes, Irmã Catarina (1996), pela TV Gazeta, Antonio Alves, Taxista (1996), pelo SBT.No cinema, além dos filmes com o Carlão, atua em dezenas de produções da Boca do Lixo paulistana, fase pré-explícito, primeiro como Linda Vanessa, depois apenas Vanessa e finalmente Vanessa Alves. Filmografia: 1980 – A Filha de Emanuelle (como Linda Vanessa); 1981 – Paraíso Proibido; Anarquia Sexual; 1982 – Amor, Estranho Amor (como Linda Vanessa); Vadias pelo Prazer; Pecado Horizontal; O Motorista do Fuscão Preto; Curral de Mulheres; Bonecas da Noite; As Vigaristas do Sexo; As Safadas (episódio: Belinha, a Virgem); A Noite das Taras II; A Menina e o Estuprador; 1983 – Escândalo na Sociedade; Massage For Men; 1984 – Como Afogar o Ganso; De Pernas Abertas; Transa Brutal; Volúpia de Mulher; Extremos do Prazer; 1985 – Os Bons Tempos Voltaram: Vamos Gozar Outra Vez (episódio: Primeiro de Abril); 1985 – O Desejo da Mulher Amada; Made In Brazil (episódio: Fim de Semana Impossível); Avesso do Avesso; 1985/87 – Filme Demência; 1987 – As Prisioneiras da Selva Amazônica; Anjos do Arrabalde; Os Corruptores da Fronteira (Los Corruptores) (Brasil/Argenti na); 1988 – Ilusão Sangrenta; 1990 – Mais Que a Terra; 2000 – Xuxa Popstar; 2003 – Garotas do ABC. ALVES, VIDA Vida Amélia Guedes Alves nasceu em Itanhandu, MG, em 15 de abril de 1928. Começa sua carreira artística como radioatriz, em 1942. Com o surgimento da televisão, é contratada pela TV Tupi e estrela a primeira novela brasileira, Sua Vida me Pertence, em 1952, ao lado de Walter Forster. Esse casal é responsável também pelo primeiro beijo da televisão brasileira, na mesma novela. Com sólida carreira nos anos 1950/1960, participa, entre outros, de Mão de Deus (1955), TV de Vanguarda (1952/1959), TV de Comédia (1958/1959), A Gata (1964), A Outra (1965), O Pequeno Lord (1967) e Dez Vidas (1969), sua última parti cipação na televisão. Estreia no cinema em 1948 no curta Chuva de Estrelas, dirigido por Oduvaldo Viana. Seu primeiro longa é Quase no Céu, de 1949, em que participa quase todo o elenco da TV Tupi, mas o filme está perdido. Dedica-se mais ao teatro e à televisão, na qual também é produtora de programas como O Tribunal do Coração. Afastada da carreira artística desde os anos 1970, nos últimos anos vem se dedicando ao Museu da televisão Brasileira, projeto de sucesso que resgata a memória desse importante meio de comunicação. De seu casamento com Gianni Gasparinetti , tem dois filhos, Heitor e Thais. Filmografia: 1948 – Chuva de Estrelas (CM); 1949 – Quase no Céu; 1954 – Paixão Tempestuosa; 1973 – A Pequena Órfã. ALZUGARAY, DOMINGO Domingo Cecílio Alzugaray nasceu em Vitória, Entre Rios, Argentina, em 22 de novembro de 1932. Forma-se como perito mercantil. Nessa época recebe convite para atuar em um teatro de estudantes. Em 1956 conhece Carlos Borcos que gosta do seu estilo e o contrata para o filme Bendita Seas. Em seguida parti cipa de Pobres Habrá Siempre (1958), sendo imediatamente conduzido à condição de astro. Nesse mesmo ano vem para o Brasil participar da coprodução Brasil/Argentina, Meus Amores no Rio, do diretor argentino Carlos Hugo Christensen. Em 1966 participa de seu último filme, Con el Más Puro Amor. Simpáti co e dotado de privilegiado físico, torna-se depois modelo fotográfi co. Posa e dirige muitas fotonovelas. Radicado no Brasil, torna-se empresário bem-sucedido, sendo hoje o Diretor-Presidente da Editora Três, que tem como principal produto a revista Isto é. Filmografia: 1956 – Bendita Seas (Argentina); 1958 – Pobres Habrá Siempre (Argentina); Meus Amores no Rio (Mis Amores en Río) (Brasil/Argentina); 1960 – Sabado a la Noche, Cine (Argentina); 1966 – Con el Más Puro Amor (Argentina). AMADEO, CRISTINA Nasceu em 1962. Desde criança estuda balé, desenvolvendo inicialmente carreira de dançarina e depois atriz. Em 1982 faz uma ponta não creditada no filme Rio Babilônia. Sua estreia na televisão acontece em 1991 na novela Felicidade, como Renata, depois Salsa e Merengue (1996), Labirinto (1998), Desejos de Mulher (2002), Celebridade (2004) e Paixões Proibidas (2007). No cinema, seu primeiro trabalho oficial é a produção italiana filmada no Brasil Caccia Allo Scorpione D’Oro, depois Apolônio Brasil, Campeão da Alegria (2003) e A Falta que nos Move (2009). Filmografia: 1982 – Rio Babiônia; 1991 – Caccia Allo Scorpione D’Oro (Itália); 1993 – De Sentinela (CM); 1996 – Pequeno Dicionário Amoroso; 2003 – Apolônio Brasil, Campeão da Alegria; 2007 – Mulheres, Sexo Verdades e Mentiras; 2009 – A Falta que nos Move. AMADEU, GÉSIO Nasceu em Conceição do Formoso (hoje Santos Dumont), MG, em 14 de junho de 1947. Aos seis anos de idade já canta no coral da igreja. Aos oito anos vai morar com uma família de libaneses. Após cumprir o serviço militar, muda-se para São Paulo, e vai morar na casa de Bráulio Pedroso. Pelas mãos do grande diretor, Gésio chega à televisão, em 1968, para um pequeno papel no megassucesso Beto Rockfeller, ao lado de Luiz Gustavo e Plínio Marcos. Faz radionovelas, teatro e canta na noite para sobreviver. Com talento e simpatia, começa a ser chamado para diversos outros papéis, sempre coadjuvantes, mas não menos importantes para o sucesso de cada novela. Entre outras, isso acontece em A Cabana do Pai Tomás (1969), Éramos Seis (1977), O Direito de Nascer (1978), Gaivotas (1979), etc. Trabalha em outras emissoras como Cultura e Bandeirantes, até chegar à Globo, onde estreia em Sinhá Moça, no papel do escravo negro Fulgêncio, papel que fora do ator João da Cunha, no filme homônimo da Vera Cruz, em 1953. Fez pouco cinema, sendo sua estreia em 1970 no filme A Moreninha, no papel de Rafael, dirigido por Glauco Mirko Laurelli. No teatro participa de várias montagens, como Memórias Póstumas de Brás Cubas, Fogo na Terra’, Jesus Cristo Superstar, Macbeth, Gaiola das Loucas, A Sopa de Pedra, Os Negros e Eles não Usam Black-Tie, o que o leva a parti cipar do filme de grande sucesso de mesmo nome, em 1981, direção de Leon Hirszman. Na extinta TV Manchete, faz A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990), Floradas na Serra (1991) e O Fantasma da Ópera (1991). No SBT participa de Sangue do meu Sangue (1995), Os Ossos do Barão (1997) e Chiquiti tas Brasil (1997). Na TV Record faz Vidas Cruzadas (2000) e Essas Mulheres (2005). De volta à Globo, brilha como o Tio Barnabé, na nova versão do Sítio do Pica-Pau Amarelo e o Capita de Paraíso (2009). É um grande ator brasileiro. De seu casamento com Gabriela, teve três filhos, Ana, Mário e Miriam. Filmografia: 1970 – A Moreninha; 1975 – Jouez Encore, Payez Encore (depoimento); 1972 – Longo Caminho da Morte; 1981 – Eles não Usam Black-Tie; 1983 – O Médium; 1998 – Atlântico Negro – Na Rota dos Orixás (depoimento); 2005 – As Vidas de Maria. AMADO, CAMILA Camila de Hollanda Amado Martins, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 7 de agosto de 1938. Acumulando as funções de empresária e atriz, participa de inúmeras peças como Encontro no Bar Desgraças de uma Criança, A Dama das Camélias, O Voo dos Pássaros e Trivial Simples. Estreia na televisão em 1969 em Um Gosto Amargo de Festa e em seguida Tempo de Viver. Em 1982 participa do humorístico Chico Anysio Show e da telenovela Sol de Verão. Estreia no cinema em 1974 no filme Quem Tem Medo de Lobisomem?. Com poucas películas no curriculo, dedica-se mais ao teatro, mas em 2003 retorna à televisão, na qual atuou na minissérie A Casa das Sete Mulheres. Sempre em atividade, em 2004 fez parte do episódio O Lobisomem do seriado Carga Pesada e em 2006 faz uma participação especial no Síti o do Pica-Pau Amarelo como A Rainha Mãe. Foi casada com o ator Stepan Nercessian. Filmografia: 1974 – Quem Tem Medo de Lobisomem?; 1975 – O Casamento; 1979 – Parceiros de Aventura; 1992 – A Floresta da Tijuca (CM); 1995 – As Meninas; 2000 – Amélia; Os Filhos de Nelson (CM); Gnossien (CM); 2001 – Condenado à Liberdade; Copacabana; 2003 – Glauber, o Filme; Labirinto do Brasil (depoimento); 2005 – Carreiras; 2008 – Os Desafinados; Verônica. AMADO, VERA Vera Gibson Amado nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 30 de dezembro de 1913. Filha do escritor e diplomata Gilberto Amado (1887-1969). No início dos anos 1950 conhece o diretor francês Henri-Georges Clouzot com logo se casa, e, pelas mãos do marido, torna-se atriz, adotando o nome artístico de Vera Clouzot. Estreia no cinema em 1953 no filme Le Salaire de la Peur, como Linda, depois Les Diaboliques (1955), como Christi na, e fi nalmente Les Espions (1957), como Lucie. Atua somente na França, não tendo participado de nenhum filme brasileiro, mas os poucos que fez são hoje cult no meio intelectual cinematográfico. Morre em 15 de dezembro de 1960, de ataque cardíaco, poucos dias antes de completar 47 anos de idade, em Paris, França, nos deixando de presente e lembrança sua bela imagem nos poucos filmes que fez. Filmografia: 1953 – O Salário do Medo (Le Salaire de la Peur) (França); 1955 – As Diabólicas (Les Diaboliques) (França); 1957 – Os Espiões (Les Espions) (França). AMÂNDIO Amândio Silva Filho nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1933. Estreia na televisão em 1957 no especial O Pequeno Mundo de Dom Camilo, pela TV Tupi de São Paulo. Participa de vários episódios da TV de Comédia, um marco da televisão brasileira no final dos anos 1950, exibido pela Tupi e dirigido por Geraldo Vietri, em episódios como Chica Boa, Joaninha Buscapé, Cala a Boca, Etelvina, Era uma vez um Vagabundo, etc. Vários humoristas famosos ali se formaram. No teatro, integra o grupo Tesp, de Júlio Gouveia e Tatiana Belinky, em que, entre outras, atua na peça O Pequeno Lorde, entre 1957/1958. Em 1958, no elenco de Júlio Gouveia, faz Pollyana Moça, além de participar do programa Grandes Atrações. Seu Jeito magro, esbelto, e seu rosto expressivo o encaminhavam para diferentes papéis. Ainda em 1958, faz Marcelino, Pão e Vinho, além de atuar no programa TV Teatro. No ano seguinte, faz A Moreninha. Estreia no cinema, em 1957, numa pequena ponta no filme Casei-me com um Xavante. Em 1961 participa de um dos melhores episódios da série Vigilante Rodoviário: O Homem do Realejo. Em 1967, ainda pela TV Tupi, faz sua primeira e única novela, O Pequeno Lord. A partir dos anos 1970 dedica-se ao cinema, principalmente em pornochanchadas como As Moças Daquela Hora e Divórcio à Brasileira, ambas de 1973, e também a humorísticos para a televisão, entre os quais A Praça da Alegria, As Aventuras de Berlock Kolmes, Riso Sinal Aberto, e, em especial os programas com Chico Anysio, como o Bigode, o hilário empresário do craque Coalhada. No teatro, atua nas peças O Canto da Cotovia e Mulheres Já. Foi casado com a atriz Nadir Rocha. Morre em 2000, aos 67 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1957 – Casei-me com um Xavante; 1961/1962: O Homem do Realejo (episódio da série Vigilante Rodoviário); 1964 – Imitando o Sol (O Homem das Encrencas); O Vigilante contra o Crime (episódio: O Homem do Realejo); 1968 – O Homem que Comprou o Mundo; 1970 – Simeão, o Boêmio; 1971 – As Confissões do Frei Abóbora; 1973 – As Moças Daquela Hora; Como Nos Livrar do Saco; Divórcio à Brasileira; 1977 – Manicures à Domicílio; 1980 – Cronica à Beira do Rio (MM). AMAR, LEONORA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1º de março de 1926. Muito jovem inicia carreira de cantora, com pouco sucesso, nas Rádios Mayrink Veiga, Tupy e Nacional do Rio de Janeiro. Em 1943, vai para os EUA e passa a cantar em algumas casas noturnas de Los Angeles, logo fazendo sucesso como cantora da rede CBS. Descoberta pelo produtor mexicano Raul de Anda, que a convida para estrelar o filme El Desquite, resolve morar no México. O sucesso é grande e logo é considerada a rainha de Acapulco. Vem a segunda fi ta, Bajo el Cielo de Sonora. Com êxito total em todos os fi lmes que faz, torna-se celebridade nacional. Nessa época, conhece Miguel Alemán, futuro Presidente da República, com quem se casa e tem dois filhos. Leonora se torna uma das mulheres mais ricas do México quando resolve retornar a Los Angeles, onde produz e atua em três fi lmes. Monta sua própria companhia, Produções Sol, tendo como primeira película Curvas Peligrosas. Faz no Brasil, em 1952, seu único filme, Veneno, ao lado de Anselmo Duarte, em produção da Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Depois, radica-se no Rio de Janeiro e passa a atuar no ramo de construção civil, tornando-se incorporadora imobiliária, sendo de sua propriedade vários prédios na cidade. Uma das belezas mais estonteantes da história do cinema, morre em 2008, no Rio de Janeiro, aos 84 anos de idade. Filmografia: 1947 – El Desquite (México); 1948 – Bajo el Cielo de Sonora (México); 1949 – Comisario en Turno (México); El Mago (México); Zorina (México); 1950 – Cuide a su Marido (México); Curvas Peligrosas (México); 1952 – Veneno (Brasil); 1953 – Captain Scarlett (EUA). AMARAL, CACÁ Nasceu em São Paulo, SP, em 1955, inicia sua carreira no teatro, como ator e depois diretor do Grupo Tapa. Entre dezenas de peças, destacam-se A Tragédia do Poder (2007),A Quarta Irmã (2007), Rumo a Cardiff (2006), Anna Weiss (2006), A Obra (2006), Contos de Sedução (2005), Blackbird (2005), A Família Toth, Nas Asas de um Beija-Flor, A Importância de Ser Fiel (2002), Clarão nas Estrelas (1998), trabalho pelo qual recebeu o prêmio de melhor ator coadjuvante da Apetesp, etc. Estreia no cinema em 1988 no curta A Ponte. Seu primeiro longa é Ação Entre Amigos (1998), de Beto Brant, com excelente atuação. A parti r de então passa a ser chamado com frequência em fi lmes como Os 12 Trabalhos (2006), Os Desafinados (2008), etc. Na televisão, atua em Carga Pesada (2003), Celebridade (2004), Da Cor do Pecado (2004), A Diarista (2005) e Amazônia: de Galvez a Chico Mendes (2007), etc. Hoje atuando me teatro, cinema e televisão, tem seu talento reconhecido. Filmografia: 1988 – A Ponte (CM); 1991 – O Outro (CM); 1992 – SP 3 Pontos (CM); Modernismo: Os Anos 20 (CM); 1998 – Ação Entre Amigos; 2000 – Identidade (CM); 2001 – Uma Vida em Segredo; 2002 – Concerto Número Três (CM); 2003 – Justi ça S/A. (CM); 2004 – Araguaya – A Conspiração do Silêncio; 2005 – Coisa de Mulher; Tapete Vermelho; 2006 – Os 12 Trabalhos; 2007 – Não por Acaso; 2008 – Os Desafinados; Olho de Boi; 2009 – Bela Noite para Voar. AMARAL, CRISTINA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1957. Muito bonita desde pequena, aos quatorze anos é eleita Senhorita Estado do Rio; aos dezesseis, Miss Estado do Rio e Rainha da Banda do Leme. Em 1973 inicia carreira de modelo fotográfico e passa a trabalhar intensamente em publicidade, fazendo inúmeros comerciais de televisão. Em 1974, sua tia, a atriz Diana Morel, a leva para a TV Globo, na qual participa da linha de shows da emissora (Moacyr Franco Show e Fantástico) e da novela O Espigão, sua primeira oportunidade como atriz. No ano seguinte faz sua estreia no cinema, em Motel e muda-se com a família para São Paulo, onde trabalha exclusivamente com cinema, sendo logo convidada para fazer Traição Conjugal. Atua ainda em Passaporte para o Inferno (1977), Tem Piranha no Aquário (1982), etc. Filmografia: 1975 – Motel; Os Pilantras da Noite; 1976 – Lua de Mel sem Começo e sem Fim; Traição Conjugal; 1977 – Internato de Meninas Virgens; Passaporte para o Inferno; A Virgem da Colina; 1982 – Tem Piranha no Aquário. AMARAL, FERNANDO Luiz Fernando do Amaral Coelho nasceu em Santos, SP, em 1932. Nos anos 1950 muda-se para o Rio de Janeiro e começa a trabalhar como câmera na TV Tupi, depois como ator em novelas comerciais e cinema, sendo sua estreia no filme Garota Mineira (1951). Atua em mais de uma dezena de fi lmes, como O Desejo (1975) e Fogo e Paixão (1988). Em 1961, dirige o curta História da Praia. Entre 1965/1967 trabalha em Paris, como fotógrafo do New York Tribune. Dirige seu primeiro longa em 1969, A Penúlti ma Donzela e em 1971 dirige seu terceiro e último filme, Gaudêncio, o Centauro dos Pampas. Como ator, em 1978 faz sua primeira novela, Maria, Maria, seguindo-se Dancin’Days (1978), Pai Herói (1979), Água Viva (1980), Roque Santeiro (1985), Anos Dourados (1986), Helena (1987) e Sorriso do Lagarto (1991). Em 1992 faz uma ponta na minissérie As Noivas de Copacabana, pela TV Globo, sua últi ma ati vidade artística. Morre em 15 de julho de 1992, aos 60 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia (ator): 1951 – Garota Mineira; 1974 – O Anjo da Noite; Relatório de um Homem Casado; 1975 – O Desejo; 1977 – Paixão e Sombras; 1983 – Momentos de Prazer e Agonia; 1984 – Eu, Você, Ele e os Outros (Non C’è Due Senza Quattro) (Itália); 1988 – Fogo e Paixão; Corpo em Delito; 1991 – Vai Trabalhar Vagabundo II – a Volta. Filmografia (diretor): 1969 – A Penúlti ma Donzela; 1970 – Quatro contra o Mundo (episódio: História da Praia); 1971 – Gaudêncio, o Centauro dos Pampas. AMARAL, NEUSA Neusa Gouveia da Silva do Amaral nasceu em São José do Barreiro, SP, em 1º de agosto de 1930. Inicia sua carreira artística em São Paulo, em 1957, na TV Tupi, nas novelas Alma da Noite e Mansão dos Daltons. Já na TV Excelsior, faz sua primeira novela diária, 2-5499 Ocupado (1963), ao lado de Tarcísio Meira e Glória Menezes. Com a chegada da TV Globo, retorna ao Rio de Janeiro e deslancha sua carreira, ao participar em clássicos como Irmãos Coragem (1970), Os Ossos do Barão (1973), pelo qual ganha o troféu APCA de melhor atriz, Estúpido Cupido (1976), Plumas & Paetês (1980), Sinhá Moça (1986), Barriga de Aluguel (1990), A Força de um Desejo’ (1999) e, mais recentemente Pé na Jaca (2007). Um fato curioso na vida de Neusa, em 1975 ela submeteuse a uma operação plástica, que foi levada ao ar em Bravo, como sendo uma situação vivida pela sua personagem na trama. Em 1990 é eleita vereadora pela cidade do Rio de Janeiro. Desde 2000 vive em Araruama, onde tem um cargo no departamento de cultura do município Filmografia: 1967 – A Lei do Cão; 1970 – Memórias de um Gigolô; 1971 – Rua Descalça; 1972 – Tormento; Os Machões; 1973 – O Grunete (CM); Como É boa Nossa Empregada (episódio: O Melhor da Festa); Obsessão; Café na Cama; 1975 – Quem Tem medo de Lobisomem?; 1976 – Tem Folga na Direção; E as Pílulas Falharam; 1978 – Amada Amante; O Amante de Minha Mulher; A Deusa Negra; Meus Homens, meus Amores; 1979 – A Pantera Nua; Os Trombadinhas; 1982 – Prá Frente Brasil; 1984 – Amor Maldito. AMARAL, ODETE Nasceu em Pendotiba, RJ, em 28 de abril de 1917. Trabalha como bordadeira e participa de vários concursos de calouros, mas a sorte só muda em 1933, quando resolve fazer um teste na Rádio Guanabara e é aprovada. Em 1935 assina contrato com a Rádio Mayrink Veiga e ganha o apelido de A Voz Tropical, e sua carreira deslancha. Estreia no cinema em 1936 na película Bonequinha de Seda, mas faz poucos fi lmes. O sucesso de sua carreira a ajuda a lançar muitos compositores na época. Foi casada com o cantor Cyro Monteiro. Morre de trombose, em 11 de outubro de 1984, aos 67 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1936 – Bonequinha de Seda; 1937 – Samba da Vida; 1954 – Aí Vem o General; 1960 – Samba em Brasília. AMARAL, YARA Yara Amaral Goulart nasceu em São Paulo, SP, em 16 de setembro de 1936. Inicia sua carreira fazendo teatro amador. Em 1962 ingressa na Escola de Arte Dramática – EAD, formando-se em 1965. Estreia profissionalmente na peça Hedda Gabler, de Ibsen. Em 1966 já estava no Teatro de Arena parti cipando de O Inspetor Geral, de Gogol. Estreia na televisão em 1968 em O Décimo Mandamento. Brilha em outras como Direito dos Filhos (1968), A Pequena Orfã (1968), Irmãos Coragem (1970), Dancin’Days (1978), Sol de Verão (1982), Guerra dos Sexos (1983), Cambalacho (1986), Anos Dourados (1986), Helena (1987) e Fera Radical (1988), como Joana Flores. No cinema atuou pouco, estreando em 1975 no filme O Rei da Noite, de Hector Babenco. Mas nunca abandona o teatro. Atua em dezenas de peças, destacando-se Réveillon, de Flávio Márcio, Avatar, de Paulo Afonso Grisolli, pelo qual recebeu seu primeiro prêmio Molière, A mais Sólida Mansão, de Eugene O’Neill, Os Veranistas, de Gorki, Eu Posso?, de Reinaldo Loy, pelo qual recebe seu segundo prêmio Molière, Rei Lear, de Shakespeare, etc... Foi casada com Luis Fernando Goulart, com quem teve dois filhos, Bernardo e João Mário. Atriz de grandes qualidades, tem sua carreira brutalmente interrompida, ao morrer, em 31 de dezembro de 1988, no naufrágio do barco Bateau Mouche, no Rio de Janeiro, quando comemorava a passagem do ano. Filmografia: 1975 – O Rei da Noite; 1978 – A Dama do Lotação; Nos Embalos de Ipanema; Parada 88 – o Limite de Alerta; 1981 – Mulher Objeto; 1984 – Prova de Fogo; 1985 – Tropclip; 1987 – Leila Diniz. AMAYO, THEREZA Theresa Guichard Amayo nasceu em Belém, Pará, em 13 de julho de 1933. Começa sua carreira artística no teatro, chegando ao sucesso com a peça Pindura a Saia, de Graça Mello, e depois como radioatriz. Em 1959 estreia na TV Rio na novela ao vivo Trágica Mentira e, em seguida, em programas importantes como Teatro de Equipe, Grande Teatro Tupi, Teatrinho Trol, Câmera Um; TV Rio: Teatro Moinho de Vento e Ponte dos Sete Destinos, na TV Conti nental: Orfeu da Conceição, Teatro de Ontem e O Marido da Estrela; TV Globo: O Rei dos Ciganos, A Últi ma Valsa, Pecado Capital, Renascer, Senhora do Destino; TV Manchete: Tudo ou Nada e Carmen. Em teatro, atua em dezenas de peças, quase sempre produzidas por sua companhia, em que era sócia do marido, Mário Brasini, entre elas Irene, de Pedro Bloch, Daqui não Saio, O Noviço, A Teia de Aranha, A Guerra Mais ou Menos Santa, A Moratória, etc. Estreia no cinema em Perdidos de Amor, em 1953. Faz poucos filmes, retornando, trinta anos depois, para participar do documentário A Viagem de Volta, em 1991, sob a direção de Emiliano Ribeiro. Em 2005 Thereza vive uma tragédia familiar com a morte da filha e do neto, víti mas do tsunami, na Ásia. Foi casada por muitos anos com o produtor, teatrólogo, empresário e ator Mário Brasini (1921-1997). Em 2009 escreve sua biografia para a Coleção Aplauso da Imprensa Ofi cial do Estado de São Paulo, Theresa Amayo – Ficção e Realidade. Filmografia: 1953 – Perdidos de Amor (A Força do Amor); A Santa de um Louco; 1955 – O Diamante; Guaraciaba (inacabado); 1956 – Fuzileiro do Amor; 1957 – O Barbeiro que se Vira; 1958 – Na Corda Bamba; O Camelô da Rua Larga; 1960 – Eu Sou o Tal; 1991 – A Viagem de Volta. AMON, JOSIAS Bacharel em Artes Cênicas, é também ator, diretor e professor de teatro. Na televisão, em 1984, estreia na minissérie Tenda dos Milagres, depois Dona Beija (1985), Mãe de Santo (1986), O Pagador de Promessas (1987), Pacto de Sangue (1989) e Kananga do Japão (1990). Estreia no cinema em 2007 no filme Sem Controle. Desconhecido do grande público, dedica sua carreira às aulas de teatro, na formação de novos talentos. Filmografia: 2007 – Sem Controle. AMORIM, JÚLIA Julia Romualda do Amorim nasceu em Irecê, BA, em 9 de janeiro de 1951. Ainda jovem começa a interpretar peças folclóricas em festas juninas de sua cidade natal. Em São Paulo, atua como freelancer na televisão, em programas de Ronald Golias e o infantil Gente Inocente. Paralelamente começa a estudar artes dramáti cas. Estreia no cinema em 1977 no filme O Monstro Caraíba. Filmografia: 1977 – O Monstro Caraíba; Operação São Paulo; Passaporte para o Inferno; Terra Quente; 1978 – A Deusa de Mármore – Escrava do Diabo; 1983 – As Taras das Sete Aventureiras. AMORIM, OTÍLIA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 13 de novembro de 1894. Começa sua carreira artística, em 1912, no filme A Vida do Barão de Rio Branco. Em 1913, estreia como corista, na revista Peço a Palavra, no Teatro Carlos Gomes do Rio de Janeiro. Seu primeiro grande papel é Olga, na peça Eva.Trabalha com Leopoldo Fróes e faz tournées pelo Nordeste brasileiro na Companhia de Viriato Corrêa. Estreia no Teatro São José em 1918 com a peça Flor de Catumbi. Como cantora, na década de 30 grava discos pela RCA Victor. Morre em 1970, em São Paulo, aos 76 anos de idade. Filmografia: 1912 – A Vida do Barão do Rio Branco; 1919 – Ubirajara; Alma Sertaneja; 1931 – Campeão de Futebol. ANA BEATRIZ Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23 de fevereiro de 1932. Em 1954 candidata-se ao título de Miss Cinelândia. No meio do concurso recebe convite para estrelar o filme Toda a Vida em Quinze Minutos e, por força do regulamento, é obrigada a abandonar o concurso. Mas sua estreia no cinema havia acontecido em 1950, no filme Quando a Noite Acaba. Nessa mesma época integra o grupo Stúdio 53 e inicia carreira também nos palcos. Convidada por Adolfo Celi, muda-se para São Paulo para trabalhar no TBC e participa das peças Seis Personagens em Busca de um Autor, de Pirandello, e Santa Marta Fabril, de Abílio Pereira de Almeida. Filmografia: 1950 – Quando a Noite Acaba (Perdida Pela Paixão); 1954 – Toda a Vida em Quinze Minutos; 1955 – O Primo do Cangaceiro; Rio, 40 Graus; 1956 – Tira a Mão Daí; 1967 – Garota de Ipanema. ANA CRISTINA Ana Cristina de Souza Faria nasceu no Rio de Janeiro, em 1953. Forma-se em Arte Dramática com especialização em Londres. Inicia sua carreira como modelo fotográfico, fazendo fotonovelas. Logo chega à TV Globo para estrear em O Espigão, em 1974. Muito graciosa e competente, chama a atenção do público e seus personagens começam a crescer. Atua em Cuca Legal (1975), Vejo a Lua no Céu (1976), O Feijão e o Sonho (1976) e Maria, Maria (1978). Em 1978 resolve investir sua carreira no cinema, com estreia em A Noiva da Cidade, de Alex Vianny. Faria mais dois filmes, lançados postumamente, pois um acidente automobilístico tira a vida, prematuramente, da jovem atriz, no dia 20 de junho de 1979, aos 26 anos de idade, depois de ficar quase um mês em coma no Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro. Filmografia: 1978 – A Noiva da Cidade; 1980 – Os Paspalhões em Pinoquio 2000; Asa Branca – Um Sonho Brasileiro. ANA ESMERALDA Ana Esmeralda Smoll nasceu em Morocco, Espanha, em 12 de dezembro de 1931. Estreia no cinema em 1948, com 17 anos de idade no filme La Casa de Las Sonrisas. Muito bela e exímia dançarina, logo se torna uma das principais atrizes do seu país. Já consagrada, em 1954 vem para o Brasil participar de um festi val cinematográfico, realizado em comemoração ao IV Centenário da fundação de São Paulo e aqui conhece Mário Audrá Júnior, um dos executivos da Cinematográfica Maristela, que a convida para fazer um filme no Brasil. Devido aos seus compromissos, isso só é possível em 1956, quando vem parti cipar de Quem Matou Anabela?. Porém o destino fala mais alto e ela se apaixona por Marinho. Os dois casam-se e ela fixa residência no Brasil, abandonando temporariamente sua carreira. Alguns anos depois, volta à Espanha em companhia do marido e do fi lho Panchito. Não resiste e acaba ficando um ano, trabalhando nos filmes A Casa de Troya (1959), que lhe vale o prêmio de melhor atriz do ano, conferido pelo Sindicato Nacional de Espetáculo, e O Vagabundo e a Estrela (1960), entre outros. De volta ao Brasil, em 1965 parti cipa de São Paulo S/A, seu segundo e último filme brasileiro. A partir daí, dedica-se aos negócios do marido, mas continua sendo estrela de primeira grandeza. Filmografia: 1948 – La Casa de Las Sonrisas (Espanha); 1949 – El Amor Brujo (Espanha); 1952 – Lola, La Piconera (Espanha); 1953 – Bronce y Luna; Maria Dolores (Espanha); 1954 – Siempre Carmen (Espanha); 1956 – Quem Matou Anabela? (Brasil); 1959 – Llegaron dos Hombres (Espanha); La Casa de La Troya (Alemanha); 1960 – El Vagabundo y La Estrella (Espanha); 1961 – Don José, Pepe y Pepito (Espanha); 1965 – São Paulo S/A (Brasil); 1965 – La Cesta (Espanha). ANA ROSA Ana Rosa Guy Galego Corrêa nasceu em Promissão, SP, em 18 de junho de 1942. Seus pais, Hildomar Pimenta e Jorge Galego, artistas circenses, estavam em temporada na cidade com o circo Novo Horizonte quando Ana nasceu. Começa, então, sua carreira, como trapezista e especializando-se em danças espanholas, com pleno domínio da castanhola. Em 1958, aos 16 anos de idade, casa-se com Dedé Santana, pai de sua primeira filha, Maria Leoni. Com Dedé, Ana teria mais um filho, Maurício, mas este morre de leucemia em 1961. O casal se separa em 1962. Já em São Paulo, começa carreira de dançarina no teatro. Em 1964 estreia sua primeira novela, Alma Cigana, na qual pôde mostrar seus dotes de dançarina de fl amenco e castanhola. Em 1965 estreia no cinema no filme Quatro Brasileiros em Paris, mas dedica sua carreira a partir daí quase sempre à televisão. Na TV Globo parti cipa de Mulheres de Areia (1973), A Viagem (1975), Destino (1982), Brega & Chique (1987), Riacho Doce (1990), Tropicaliente (1994), O Rei do Gado (1996), Suave Veneno (1999), Aquarela do Brasil (2000), Um Anjo Caiu do Céu (2001), O Beijo do Vampiro (2002), Agora É que São Elas (2003), Kubanacan (2003) e Senhora do Destino (2004). Em 2004 lança o livro Essa Louca televisão e sua Gente Maravilhosa. Em 2007 retorna ao cinema, 35 anos depois, para parti cipar do filme O Signo da Cidade (2007), de Carlos Alberto Riccelli e outros dois, com temáti ca espírita, Bezerra de Menezes – O Diário de um Espírito (2008) e Chico Xavier (2010). Contratada pela TV Record, atua em três novelas Essas Mulheres (2005), Bicho do Mato (2007) e Caminhos do Coração (2007). De volta à TV Globo, entra para o elenco de Três Irmãs (2009). Foi casada por trinta anos com o ator gaúcho Guilherme Corrêa, falecido em 2006, e com ele teve duas filhas, Ana Luíza (1976), falecida num acidente de automóvel, e Ana Beatriz (1981). A perda de mais um filho leva Ana Rosa à espiritualidade, como adepta da doutrina espírita. É recordista brasileira de novelas e minisséries. Foram mais de 50 tramas em 50 anos de carreira. Filmografi a: 1965: Quatro Brasileiros em Paris; 1968 – O Pequeno Mundo de Marcos; 1971 – Diabólicos Herdeiros; 1972 – Quatro Pistoleiros em Fúria; 2007 – O Signo da Cidade; 2008 – Bezerra de Menezes – O Diário de um Espírito; 2010 – Chico Xavier. ANDERSON, MARTHA Sônia Marta Anders nasceu em Vila Velha, ES, em 20 de maio de 1945. Desde pequena participa dos desfiles de 7 de setembro como baliza, chamando a atenção de todos por seu desembaraço. Depois torna-se Miss Espírito Santo e estuda no Belas-Artes. Decidida a seguir carreira artística, com vinte anos de idade muda-se para o Rio de Janeiro e começa a trabalhar com Carlos Machado, que lhe dá o nome artístico. Estreia no espetáculo Ninguém Segura o Mocotó. Seu primeiro filme acontece em 1971, Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva’. Entre outros, atua em Dona Flor e seus dois Maridos (1976) e Perdidos no Vale dos Dinossauros (1986). Estreia na televisão em 1973 na novela O Bem-Amado, depois O Espigão, Sem Lenço, sem Documento (1977) e O Pulo do Gato (1978). Em 1977 se cura de um grave câncer, e, tornase reconhecida conferencista religiosa, abandonando a carreira artística. Na ocasião, lança o livro A Mulher que Desafi ou Deus. Torna-se produtora de eventos teatrais, muitas vezes relacionado com causas humanitárias e religiosas. Filmografia: 1971 – Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva; 1973 – O Rei do Baralho; 1974 – O Padre que Queria Pecar; 1976 – Dona Flor e seus dois Maridos; Loucuras de um Sedutor; As Desquitadas em Lua de Mel; Massagistas Profissionais; As Mulheres que Dão Certo; Sabendo Usar não Vai Faltar; 1977 A Festa; O Garanhão no Lago das Virgens; Deu a Louca nas Mulheres; 1978 A Mulata que Queria Pecar; 1979 – O Preço do Prazer (Onde Andam Nossos Filhos?); 1980 – O Gigante da América; A Prisão; O Torturador; Prova de Fogo; Império do Desejo; 1981 – Mulheres de Programa; 1984 – Amenic – Entre o Discurso e a Prática; 1986 – A História de um Olho (CM); Perdidos no Vale dos Dinossauros (Nudo e Selvaggio) (Itália/Brasil). ANDRADA, TUCA José Evaldo Gomes de Andrada Filho nasceu em Recife, PE, em 11 de dezembro de 1964. Ainda garoto em Pernambuco, estuda canto e dança. Em 1986 muda-se para o Rio de Janeiro, onde começa a trabalhar em teatro infantil. Em 1990 faz uma ponta na novela Mico Preto, na TV Globo e, em 1991, ganha seu primeiro papel importante como Ladislau, em O Dono do Mundo. Em seguida viaja o Brasil inteiro com a peça Estrela d’Alva. Solidifi ca sua carreira na televisão, alternando-se em vários canais, em novelas e minisséries como Fera Ferida (1993), Vira Lata (1996), Suave Veneno (1999), Você Decide (1992/2000), Porto dos Milagres (2001), Sabor da Paixão (2002) e Da Cor do Pecado (2004). Na TV Record, atua em Cidadão Brasileiro (2006), Caminhos do Coração (2007) e Poder Paralelo (2009). Estreia no cinema em 1992, no curta-metragem Crime da Imagem, mas seu grande momento foi mesmo em 1996 no longa Quem Matou Pixote? e mais recentemente Lara (2002) e Mulheres do Brasil (2006). Em 2004, brilha no teatro na peça O Cantor das Multidões, em que interpreta com perfeição o grande cantor brasileiro Orlando Silva (1915-1978). Filmografia: 1992 – Crime da Imagem (CM); 1996 – Quem Matou Pixote?; Doces Poderes; 1997 – Dedicatórias (CM); 1998 – Guerra de Canudos; Não me Condenes Antes que me Explique (CM); The Big Shit (CM); Simião Marti niano, o Camelô do Cinema (CM); 1999 – Traição (episódio: O Primeiro Pecado); 2000 – Vida e Obra de Ramiro Miguez; 2001 – A Visita (CM); 2002 – As Três Marias; Lara; 2004 – Amigo Secreto (CM); 2006 – Mulheres do Brasil. ANDRADE, ANTONIO Antonio Pereira Andrade nasceu em Wagner, BA, em 21 de julho de 1937. Radicado em São Paulo, estuda música com o maestro Vicente de Lima. Um dia aparecem no conservatório o jornalista J.C. de Souza e o cineasta Ary Fernandes. Tonhão, como é conhecido, pede então uma oportunidade para Ary Fernandes, que estava preparando o filme Mágoas de Caboclo. Tonhão faz um teste e é aprovado. É sua estreia no cinema. Acaba por fazer muitas pontas e também papéis importantes no cinema, sempre em filmes dirigidos por Ary. Depois também parti cipa de algumas propagandas como Caderneta de Poupança Bamerindus, Fiat, Horta Comunitária – Governo Montoro e Delícia Cremosa. Atualmente está aposentado e mora no interior de São Paulo. Filmografi a: 1970 – Mágoas de Caboclo; 1972 –O Jeca e o Bode; 1974 – O Supermanso; 1978 – As Trapalhadas de Dom Quixote & Sancho Pança; O Vigilante Rodoviário; 1979 – Viúvas Precisam de Consolo; 1981 – A Fábrica de Camisinhas; Cassino dos Bacanais; Orgia das Libertinas; 1982 – Curral de Mulheres; As Vigaristas do Sexo; 1983 – Elas Só Transam (Elas Só Transam no Disco). ANDRADE, ANTONIO Antonio Ribeiro de Andrade nasceu em Santos, SP. Começa sua carreira artística como ator, no Rio de Janeiro, em 1964 no filme Ganga Zumba, de Carlos Diegues. Em São Paulo, une-se ao diretor Rubens Prado e estreia como diretor em 1983 no filme Piquenique de Bacanais do Quinto Grau. Na televisão, participa das novelas O Retrato de Laura (1969), Enquanto Houver Estrelas (1969), Irmãos Coragem (1970) e Uma Rosa Por Amor (1972). Trabalha em muitos filmes como ator, entre eles O Baiano Fantasma (1984), direção de Denoy de Oliveira e Eu (1986), de Walter Hugo Khouri, a partir do qual, afasta-se do cinema. Filmografia: 1964 – Ganga Zumba; Canalha em Crise; 1968 – No Paraíso das Solteironas; A Cruz de Ferro; 1972 – Corrida em Busca do Amor; Sexo e Sangue na Ilha do Tesouro; 1974 – O Mau Caráter; 1978-A Deusa de Mármore – Escrava do Diabo; 1980 – Pixote, a Lei do Mais Fraco; 1984 – O Baiano Fantasma; 1986 – Eu. Filmografia: (diretor): 1983- Piquenique de Bacanais do Quinto Grau (codirigido por Rubens Prado); 1985- As Mamadeiras (co-dirigido por Rubens Prado). ANDRADE, DALVA DE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 2 de abril de 1935. De infância muito pobre, é criada por pais adotivos. Sua adolescência também é triste, dedicando-se somente aos estudos, sem poder se divertir, como as garotas de sua idade. A decisão de seguir a carreira artística é uma consequência, pois pensa que assim teria liberdade. Casa-se muito jovem e logo separa-se, fi cando o fi lho, Luis Roberto. Estreia no cinema em 1955 na película Guerra ao Samba. Participa de dois filmes e, afetada por todos os problemas que enfrenta, não consegue sustentar sua carreira, sendo que não se tem notícia da continuidade. Filmografia: 1955 – Guerra ao Samba; 1962 – Rio à Noite (como ela mesma). ANDRADE, HEITOR DE Ector Fecarotta nasceu em Palermo, Itália, em 10 de junho de 1922. Chega ao Brasil em 1925, com sua família, aos três anos de idade. Estuda no colégio Dante Alighieri. Cursa Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Paulo. Em 1944, um amigo seu, o ator Maurício Barroso, o leva para a Rádio Tupi-Difusora. Logo se destaca como apresentador do programa Música Sempre Música e Sabati nas Maisena, que reunia alunos dos melhores colégios para uma gincana. Com a inauguração da TV, em 1950, faz de tudo, direção, jornalismo, teatro, mestre de cerimônias, apresentador, redator e ator. Participa de um único filme, Quase no Céu, em 1949, direção de Oduvaldo Vianna, em que participa todo o cast da futura TV Tupi, mas infelizmente esse fi lme está perdido. Na televisão, como ator, participa de vários especiais como De Mãos Dadas (1952), Oliver Twist (1955) e O Pequeno Mundo de Camilo (1957), além dos ótimos TV de Vanguarda (1953/1958) e TV Teatro (1958). Em 1954 dirige as séries Encruzilhada e Falcão Negro. Casa-se com a atriz Zilda de Lemos, que abandona a profissão para se dedicar ao lar. Com ela teve três filhos. Morre em 18 de junho de 1966, aos 44 anos de idade, em São Paulo. É homenageado tendo seu nome em uma rua e uma escola em São Paulo. Filmografia: 1949 – Quase no Céu. ANDRADE, JÚLIO Na escola dá os primeiros passos em teatrinhos infanti s. Inicia sua carreira no teatro, com 15 anos de idade, a convite da sua vizinha, também atriz, Lígia Troian. Aos 19 anos, depois de servir o exército por um ano, retoma sua carreira e, já como profissional atua em várias peças como Menino Maluquinho, Gurizada Medonha, Bailei na Chuva, O Pagador de Promessas, etc. Estreia no cinema em 1999 no filme Uma História de Verdade. Atua em quase trinta filmes, entre curtas e longas, numa invejável fi lmografia, considerando seu pouco tempo de carreira. Tem elogiada atuação no filme Cão sem Dono (2007), de Beto Brant. Na televisão, estreia na minissérie Luna Caliente, em 1999, depois Contos de Inverno (2001), Carga Pesada (2006) e Por Toda Minha Vida – Raul Seixas (2009). Filmografia: 1998 – Uma História de Verdade; Velinhas (CM); 1999 – Fome (CM); Fora de Controle (CM); Um Estrangeiro em Porto Alegre (CM); 2000 – Outros (CM); Quem? (CM); Tolerância; 2001 – A Importância do Curriculo na Carreira Artística (CM); Final – Trilogia do Amor em 16mm – Parte 1 (CM); Por Um Fio (CM); Bah! (CM); Club (CM); 2002 – Miopia (CM); 2003 – A Domicilio (CM); O Homem que Copiava; João (CM); 2004 – Meu tio Matou um Cara; 2005 – Sal de Prata; 2006 – Wood & Stock: Sexo, Orégano e Rock’n’Roll (voz); 2006 – Sketches (CM); Batismo de Sangue; 2007 – Um Dia como Hoje (CM); 2007 – Ainda Orangotangos; Cão sem Dono; Três Efes; 2009 – Hotel Atlântico; 2010 – Onze Minutos (Eleven Minutes) (EUA). ANDRADE, THAIS DE Nasceu em São Paulo, SP, em 9 de Fevereiro de 1957. Descoberta no programa Moacyr Franco Show, estreia em 1977 na novela Locomotivas, como Renata, uma das filhas de Kiki Blanche, e é descoberta em todo o Brasil. Com muita graça e talento, vê o sucesso acontecer logo e no ano seguinte é convidada a participar do filme Dama do Lotação, de Neville d’Almeida. Os convites não cessam e Thais engrena sua carreira nas novelas Pai Herói (1979) e Chega Mais (1980), ainda na TV Globo. Em 1981 estreia na direção, no curta-metragem Zadig. Em 1983 transfere-se para o SBT para participar das novelas Sombras do Passado (1983), A Justiça de Deus (1983), Vida Roubada (1983) e Jogo do Amor (1985). Com talento para o humor, é contratada por Carlos Alberto de Nóbrega para parti cipar de A Praça é Nossa. Mas logo descobre estar seriamente doente e afasta-se da televisão. Morre precocemente em 26 de abril de 1996, de câncer linfático, em São Paulo, aos 39 anos de idade. Thais foi casada com o ator Cláudio Marzo. Filmografia: 1978 – Dama do Lotação. Filmografia: (direção): 1981 – Zadig (CM). ANDRADE JÚNIOR Nasceu em Fortaleza. CE, em 1946. Muda-se para Sobradinho no final dos anos 1950, quando a nova capital do Brasil estava sendo construída. Trabalha na obra e faz parte dos primeiros grupos de teatro da cidade em 1963. A partir dos anos 1970 no cinema, atua em muitos filmes, entre curta e longa-metragem, com destaque para A Terceira Margem do Rio (1995), Condenado à Liberdade (2001), Síndrome de Pinocchio – Refl uxo (2008), etc. No teatro brilha em Abajur Lilás, de Plínio Marcos, direção de Tomaz Coelho, e pela TV Brasiliense participa em 2003 da novela Terra Prometida – Um Tributo a JK, como o vilão Archimedes. Profi ssional bemsucedido na área de fotografi a e fi gura emblemática da cena cultural brasiliense, é um dos mais veteranos atores da cidade. Filmografia: 1970 – Vesti bular 70 (CM); 1989 – Césio 137, Pesadelo em Goiânia; 1992 – Defunto Vivo (CM); 1994 – A Terceira Margem do Rio; 1995 – Louco por Cinema; 1999 – Tepê (CM); No Coração dos Deuses; 2000 – A Dança da Espera (CM); Condenado à Liberdade; 2003 – Faça o Bem sem Olhar a Quem; 2005 – Celeste & Estrela; Dois Filhos de Francisco; 2007 – Dez Reais (CM); Nada Consta (CM); 2008 – Síndrome de Pinocchio – Refl uxo; 2009 – Jardim Japonês (CM); Galinha Preta; Nada Consta 2: Malditos Robôs; Medo do Escuro (CM); A Gruta; A Incomunicabilidade Humana Segundo Tarkowski (CM); Ana Beatriz; Bibliofagia (CM). ANDRÉ FILHO André Pereira de Souza Filho nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1946. Com dezesseis anos, inicia carreira de dublador e aos dezenove já faz sucesso dublando o desenho Speed Racer. Na década de 1970 faz as vozes de Cyborg, Kung-fu e depois, Casal 20, como Jonathan Hart. Como ator, participa de alguns filmes, sendo sua estreia em 1979 em Sexo e Sangue. Dublou mais de mil filmes, sendo um dos mais respeitados profissionais do gênero. Morre em 1997, aos 51 anos de idade. Filmografia: 1979 – Amor Bandido; Essas Deliciosas Mulheres; Sexo e Sangue. ANDRÉ, BRUNO DE Bruno Afonso de André Jr. nasceu em São Paulo, SP, em 25 de dezembro de 1955. Graduado em Cinema em 1980 e em Jornalismo em 1985 pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). No jornalismo, tem importantes cargos como correspondente em São Paulo da revista Guia de Filmes (Rio, RJ) (1977-1979); articulista no Suplemento Cultural do jornal O Estado de S.Paulo (1978-1980); críti co de fi lmes na revista Visão (1979-1987); repórter de Cidades no jornal Folha de S.Paulo (1985-1987); repórter e críti co de filmes na revista Veja em São Paulo (1987-2005). Tem também grande importância no cinema, como ator, em dezenas de filmes de curta e longa-metragem como Estripador de Mulheres (1978), Estigma (1982), Alma Corsária (1993), Os Xeretas (2001), Falsa Loura (2007) e diretor, em curtasmetragens, com destaque para O Robô (1994) e Os Camaradas, ambos muito premiados. Atualmente está desenvolvendo o projeto de uma minissérie intitulada As Crianças ao Poder. Filmografia (ator): 1977 – Loira que te Quiero (CM); 1978 – Cenas de Vera Cruz (CM); O Estripador de Mulheres; 1979 – Disaster Movie (CM); Projeto D (CM); 1980 – Acorda, Gigante! (CM); Crimes da Lata (CM); 1982 – Fuzarca no Paraíso (CM); Depressão (CM); Estigma (CM); 1983 – À Flor do Desejo; 1986 – Hipócritas (CM); 1987 – Memórias de um Anormal (CM); 1989 – Memórias de um Anormal (CM); 1992 – Oswaldinas (episódio: Uma Noite com Oswald); Perfume de Gardênia; 1993 – Alma Corsária; 1996 – Cine Jornal (CM); 1997 – Hurry (CM); 2001 – Os Xeretas; 2003 – Garotas do ABC; 2007 – Falsa Loura. Filmografia (diretor): 1978 – Minha Primeira Caneta Tinteiro (CM) (inacabado); 1980 – A Origem dos Andamentos (CM); 1986 – Antes do Galo Cantar (CM); 1991 – Aventura, Amor & Transporte Público (CM); 1994 – O Robô (CM); 1997 – Os Camaradas (Die Genossen) (CM) (Brasil/Alemanha); Hurry (CM) (Brasil/Alemanha). ANDREATO, ELIAS Elias Vicente Andreato nasceu em Rolândia, PR, em 8 de março de 1955. Inicia sua carreira artística no teatro amador. Estreia profissionalmente na peça Pequenos Burgueses, de Máximo Gorki, sob a direção de Renato Borghi, em 1977. A partir de então, torna-se competente ator e diretor, transitando com desenvoltura nos variados estilos da cena contemporânea, como em Diário de um Louco (1980), de Nikolai Gogol, Édipo Rei (1983), de Sófocles, Escola de Mulheres (1984), de Molière, Decifra-me ou Devorote (1989), de José Rubens Siqueira e Renato Borghi, Van Gogh (1993), Só mais um Instante (2003), de Marta Góes, etc. Em 1997 dirige Arte Oculta, de e com Cristina Mutarelli, e A Filha da..., de Eduardo Silva, com Marília Pera. Estreia no cinema no filme Shock em 1984. Em 1986 faz sua primeira novela, Helena, depois A Idade da Loba (1995), Suave Veneno (1999), A Muralha (2001) e mais recentemente participa de um episódio do seriado Minha Nada Mole Vida (2006), ao lado de Luiz Fernando Guimarães, e de Beleza Pura (2008), como Adamastor. Elias deve deter o recorde brasileiro em participação em curtas-metragens, quatorze ao todo. Sua carreira é essencialmente teatral, mas tem marcante parti cipação nos filmes Boleiros, Era uma Vez o Futebol (1998) e O Príncipe (2002), ambos dirigidos por Ugo Giorgetti . Andreato já foi considerado o maior ator de teatro da geração pós-Arena e Oficina, que se supera a cada espetáculo e é hoje referência para as gerações mais jovens, que veem nele uma inspiração e uma possibilidade de vida e de um caminho pessoal no teatro. É irmão do arti sta gráfico Elifas Andreato. Filmografi a: 1984: Shock; 1985 – Negra Noite (CM); 1986 – Ondas (CM); Ufogão (CM); 1991 – Epopeia (CM); Faça Você Mesmo (CM); 1992 – Jogo da Memória (CM); A Princesa Radar (CM); 1994 – Expresso (CM); Amor! (CM); O Efeito Ilha; 1995 – Sábado; 1996 – Doces Poderes; 1997 – Dedicatórias (CM); A Grade (CM); 1998 – O Postal Branco (CM); Boleiros, Era uma Vez o Futebol; 2001 – Os Xeretas; 2002 – Em Nome do Pai (CM); O Príncipe; 2003 – República (CM); 2004 – Carne (CM); Irmãos de Fé; 2005 – O Segredo dos Golfinhos; 2007 – A Casa de Alice; 2008 – Mãe (CM). ÂNGELA MARIA Abelim Maria da Cunha nasceu em Macaé, RJ, em 13 de maio de 1928. Começa como inspetora de lâmpadas na GE, mas é despedida porque canta o tempo todo. Nessa época, 1947, participa de todos os programas de calouros no Rio de Janeiro. Inicia a carreira musical em 1951, como crooner no Dancing Avenida, e logo é descoberta pelo compositor Erasmo Silva, que a leva à Rádio Mayrink Veiga. O primeiro disco é o passo natural a seguir, com a música Sou Feliz, de Augusto Mesquita. Vem o sucesso e não para mais. Nessa época recebe o carinhoso apelido de Sapoti . Estreia no cinema em 1952, no filme Com o Diabo no Corpo, seguindo-se muitos outros, na maioria chanchadas. Grava, ao longo de sua carreira, mais de cem LPs e é considerada uma das maiores cantoras brasileiras de todos os tempos. Após um longo período esquecida, grava, em 1996, o disco Amigos, onde canta com os maiores nomes da MPB, entre eles Roberto Carlos e Caetano Veloso. O disco vende 300 mil cópias e é base para um especial da TV Globo. Finalmente, a cantora ganha um especial à altura de sua importância. Com 82 anos de idade, está em plena atividade. Filmografia: 1952 – Com o Diabo no Corpo; 1954 – Rua sem Sol; 1955 – Carnaval em Marte; O Rei do Movimento; 1956 – Com Água na Boca; O Feijão é Nosso; Tira a Mão Daí; Fuzileiro do Amor; Fugitivos da Vida; 1957 – Metido a Bacana; O Negócio Foi Assim; Rio Fantasia; Rio, Zona Norte; O Samba na Vila; Feiti ço do Amazonas (Naked Amazon) (Alemanha/Brasil) (Ângela dança no show de Carlos Machado com Dercy Gonçalves); 1959 – Dorinha no Society; Quem Roubou meu Samba?; 1961 – Caminho da Esperança; América de Noite (America di Notte) (Brasil/Argenti na); 1966 – 007 ½ no Carnaval; 1967 – Carnaval Barra Limpa; 1973 – Portugal... Minha Saudade; 1975 – A Extorsão. ANGÉLICA Angélica Ksyvickis nasceu em Santo André, SP, em 30 de novembro de 1973. Aos dois anos de idade ganha um concurso de beleza num baile de carnaval, em São Bernardo do Campo. Aos cinco, é eleita a criança mais bonita do Brasil, no programa Cassino do Chacrinha. Aos nove já tinha em seu curriculo mais de quinhentos comerciais. Na televisão, inicia sua carreira de apresentadora infantil em 1986, na extinta TV Manchete, aos doze anos de idade, com o programa Nave da Fantasia. Aos quinze, faz Milk Shake. Em 1993, transfere-se para o SBT e comanda um programa para adolescentes de muito sucesso. Estreia no cinema em 1988, no filme Heróis Trapalhões, uma Aventura na Selva depois teria roteiros feitos especialmente pra ela como em Zoando na TV, de 1999, e Um Show de Verão, de 2004. Em 1996 é contratada pela TV Globo, numa milionária transação e levanta o Ibope do horário, tornando-se estrela do primeiro time da emissora ao comandar programas como Caça Talentos (1996), Flora Encantada (1999), Bambuluá (2000) e Fama (2002). Desde 2001 apresenta o game-show Vídeo Game. Ainda faz parti cipações especiais em novelas e minisséries como Avenida Paulista (1982), O Guarani (1996) e Um Anjo Caiu do Céu (2001). Namora por muitos anos o apresentador César Filho, depois os atores Márcio Garcia e Maurício Mattar. Casa-se com o apresentador Luciano Huck em 30 de outubro de 2004 com quem tem dois filhos, Joaquim (2005) e ‘Benício’ (2007). Filmografia: 1988 – Heróis Trapalhões, uma Aventura na Selva; 1989 – Os Trapalhões na Terra dos Monstros; 1990 – Uma Escola Atrapalhada; 1998 – Simão, o Fantasma Trapalhão; 1999 – Zoando na TV; 2001 – Xuxa e os Duendes; 2004 – Um Show de Verão; 2009 – Xuxa e o Mistério de Feiurinha. ANGÉLICA, DIOGO Diogo Angélica Ferreira nasceu em Paranaíba, no então Estado de Mato Grosso, hoje Mato Grosso do Sul (MS), em 1949. Radicado na Boca do Lixo a partir da década de 1970, começa como ator, estreando em 1981 no filme O Sexo e as Pipas e depois como diretor, sendo sua estreia em Transa Brutal, no mesmo ano. A partir daí assume o pseudônimo de ‘Di Angel’, entrando no gênero explicito. Com o fi m desse tipo de cinema, no início dos anos 1990, encerra sua carreira cinematográfi ca. Filmografia (ator): 1981 – O Sexo e as Pipas; E a Vaca Foi para o Brejo; 1982 – O Motorista do Fuscão Preto; 1983 – Arapuca do Sexo; 1984 – Mulher de Proveta; Transa Brutal (O Fim da Picada); 1986 – O Jumento Gozador. Filmografia (diretor): 1984 – Transa Brutal (O Fim da Picada); 1985 – O Jumento Gozador; 1986 – Um Jumento na Minha Cama (psd: Di Angel); 1987 – As Amantes de um Jumento (psd: Di Angel); Alucinações Eróticas de um Jegue (psd: Karijó). ÂNGELO ANTONIO Ângelo Antonio Guerra Povoa nasceu em Santana do Livramento, RS, em 16 de junho de 1939. Inicia sua carreira artísti ca como cantor. Em 1966 estreia no cinema no filme Nudista à Força. Logo começa a chamar a atenção e constitui incrível carreira cinematográfica, quase sempre em comédias que davam vazão ao seu talento e comicidade. Sua carreira foi quase exclusivamente cinematográfica. Na televisão, fez duas novelas, O Primeiro Amor, como Moby Dick, e Cinderela 77 (1977), como Buana. Em 1973 lança um LP com músicas juvenis quase todas com tí tulos em inglês, como Becky Come Back, Mary Help, embora o sucesso do disco foi Garota do Pasquim. Ângelo fez parte do grupo musical Turma da Pesada. Compôs, em parceria com Carlos Imperial, a música Pior pra Ela. No cinema, brilha em Pais Quadrados, Filhos Avançados (1970), Ali Babá e os Quarenta Ladrões (1972), Costinha e o King-Mong (1977) e Um Marciano em Minha Cama (1981). Alto, gordo e quase sempre barbudo, era um tremendo boa-praça e querido por todos. Foi casado por dez anos com Yara Carvalho Fonseca e ti nha um filho. Morre em 23 de setembro de 1983, no Rio de Janeiro, RJ, aos 44 anos de idade. Filmografi a:1966 – Nudista à Força; Na Onda do Iê-Iê-Iê; 007 e Meio no Carnaval; Essa Gatinha é Minha; 1969 – A um Pulo da Morte; A Penúlti ma Donzela; 1970 – Pais Quadrados, Filhos Avançados; Um Uísque Antes, um Cigarro Depois; 1971 – O Doce Esporte do Sexo; Bonga, o Vagabundo; Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva; Lua de Mel & Amendoim (episódio: Berenice); 1972 – Ali Babá e os Quarenta Ladrões; A Viúva Virgem (canta ‘Uai, Uai, Coroné’); 1973 – Um Virgem na Praça; 1974 – Banana Mecânica; Ainda Agarro Esta Vizinha; 1975 – Uma Mulata Para Todos; 1977 – A Árvore dos Sexos; Costi nha e o King-Mong; 1978 – Bonitas e Gostosas; As Aventuras de Robison Crusoé; 1979 – Nos Tempos da Vaselina; 1981 – Um Marciano na Minha Cama (Férias Amorosas). ÂNGELO ANTONIO Ângelo Antonio Carneiro Lopes nasceu em Curvelo, MG, em 4 de junho de 1964. Teve uma infância feliz, típica de cidade do interior, pois não gostava de estudar, só andar de bicicleta, jogar bola e caçar passarinho. Aos 18 anos serve o exército e ganha o prêmio de melhor atirador da turma. Nessa época torna-se DJ, tocando em festas, clubes e forrós pelo interior. Em 1982, aos 18 anos, vende todo seu equipamento de DJ e muda-se para São Paulo com o sonho de se tornar ator. Começa a trabalhar com Ulysses Cruz no grupo Boi Voador, em 1985. Em seguida foi fazer teatro com Antunes Filho e estreia na peça Romeu e Julieta, com Giulia Gam no papel principal. Depois ingressa na Escola de Artes Dramáticas da USP. Um comercial de vinho ajuda nas fi nanças, que começam a melhorar quando estreia na televisão, em 1990 na novela Pantanal, na TV Manchete. Na Globo, parti cipa de O Dono do Mundo (1991), Suave Veneno (1999), O Cravo e a Rosa (2000) e Alma Gêmea (2005). Atua também nas minisséries A Casa das Sete Mulheres (2003) e Um só Coração (2004) e participa de sete episódios do programa Você Decide, entre 1995 e 2000. Estreia no cinema em 1995 no filme Sombras de Julho, mas tem seu grande momento em 2005, ao interpretar o pai dos cantores Zezé Di Camargo e Luciano no megassucesso Dois Filhos de Francisco. Foi casado entre 1991 e 2003 com a atriz Letícia Sabatella, com quem teve uma filha, Clara, nascida em 1993. Em 2006 interpreta Miroel, em Páginas da Vida e o neurótico Dorgival em Duas Caras (2008). Filmografi a: 1995: Sombras de Julho; 1998 – Bella Dona; 1999 – No Coração dos Deuses; O Tronco; 2005 – Cavalhadas de Pirenópolis (CM); Dois Filhos de Francisco; 2006 – Batismo de Sangue; 2010 – Sonhos Roubados; Chico Xavier; Amazônia Caruana. ANJOS DO INFERNO Conjunto vocal e instrumental, criado em 1934 pelo cantor Oto Borges, que reúne Antonio Barbosa, Moacir Bitt encourt, Felipe Brasil, José Barbosa e Milton Campos. Em 1936 Oto deixa o grupo e é substituido por Léo Vilar. Estreiam na Rádio Cruzeiro do Sul e no mesmo ano são contratados pela Rádio Mayrink Veiga, no Rio de Janeiro. O sucesso é total, embora o grupo passasse sempre por modificações em sua formação. Fazem excursões internacionais, com igual sucesso. Participam de vários filmes, sendo a estreia em 1940 em Céu Azul. Em 1953 o grupo se dissolve, logo após a parti cipação no fi lme mexicano Uma Aventura no Rio. Filmografia: 1940 – Céu Azul; 1943 – Tristezas não Pagam Dívidas; 1944 – Abacaxi Azul; 1945 – Não Adianta Chorar; 1946 – Segura Esta Mulher; 1953 – Uma Aventura no Rio (Aventura en Rio) (México). ANKITO Anchizes Pinto nasceu em São Paulo, SP, em 26 de fevereiro de 1924. De família circense, seu pai é o palhaço Faísca e o ti o o famoso Piolim. Aos sete anos de idade, estreia no picadeiro no arriscado número Globo da Morte. Em 1942, parti cipa dos shows no Cassino da Urca como ciclista e cômico-acrobático, esporte no qual, por cinco vezes obtém o tí tulo de campeão sul-americano. Ingressa no Teatro Follies, formando a dupla Anky-Mory. Chamado às pressas, substitui, por uma noite, Mesquitinha, o principal ator da companhia. Com o sucesso, permanece no elenco. Como cômico, faz sua estreia no show Bahia Mortal, ao lado de Grande Otelo e, em 1952 no cinema, no filme É Fogo na Roupa. Faz muito sucesso, num estilo que lembra Oscarito, com muitas acrobacias. Além do cinema, mostra seu talento nos muitos shows que faz pelo Brasil, com uma companhia de vedetes, apresentando-se em clubes e cinemas, que sempre exibem um filme seu antes do show. Com grande bagagem cinematográfica, entre tantos outros atua em Quem Roubou meu Samba? (1959) e Deu a Louca no Cangaço (1969). Na televisão, em 1959 ganha um programa só seu chamado Anki.. Tô.. Eu, mas sua carreira é essencialmente cinematográfica. Nos anos 1970 participa de algumas telenovelas, programas e minisséries como Gina (1978), A Sucessora (1978), Marina (1980), Tudo ou Nada (1986), Engraçadinha... Seus Amores e seus Pecados (1995), Sob Nova Direção (2004), Alma Gêmea (2005) e Carga Pesada (2006). Estava casado desde 1985 com a atriz Denise Casais Lima Pinto, que escreveu sua biografia, Ankito, Minha Vida... Meus Amores, editado pela Funarte em 2008. Um dos maiores cômicos brasileiros de todos os tempos, morre de câncer, em 30 de março de 2009, aos 85 anos de idade, no Rio de Janeiro. Ankito deixa dois filhos. Filmografia: 1952 – É Fogo na Roupa; 1953 – Os Três Recrutas; 1954 – Marujo por Acaso; 1955 – Angu de Caroço; O Grande Pintor; O Rei do Movimento; 1956 – O Feijão é Nosso; Boca de Ouro; 1957 – De Pernas pro Ar; Metido a Bacana; 1958 – É de Chuá!; E o Bicho não Deu; 1959 – Pé na Tábua; Quem Roubou meu Samba?; Garota Enxuta; 1960 – Sai Dessa, Recruta; Pistoleiro Bossa Nova; Vai que É Mole; Um Candango em Belacap; 1961 – Os Três Cangaceiros; 1966 – As Cariocas (3º episódio); Um Sonho de Vampiro; 1975 – Ladrão de Bagdá, O Magnífico; 1976 – Guerra é Guerra (episódio: O Poderoso Cifrão); 1977 – O Pequeno Polegar contra o Dragão Vermelho; 1980 – Bububu no Bobobó; 1986 – Brás Cubas; 1988 – O Diabo na Cama; O Escorpião Escarlate; 1990 – Beijo 2348-72. ANTONELLI, GIOVANNA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de março de 1976. Começa sua carreira em 1994 na novela Tropicaliente, pela TV Globo. Em 1995 vai para a TV Manchete e lá participa das novelas Tocaia Grande (1995) e Xica da Silva (1996). De volta à Globo, participa das novelas Corpo Dourado (1998), Força de um Desejo (1999), Laços de Família (2000), O Clone (2001), como Jade, em seu primeiro papel principal, Da Cor do Pecado (2004), Sete Pecados (2007) e Três Irmãs (2009). Em 2003 atua na minissérie Casa das Sete Mulheres. Em 2000 estreia no cinema no filme Bossa Nova e em seguida Avassaladoras, um grande sucesso. Em 2005 o SBT compra os direitos da novela Xica da Silva, produzida em 1996 pela extinta TV Manchete, e passa a exibi-la em horário nobre. Giovanna move ação indenizatória alegando que a emissora está usando sua imagem sem autorização, numa demanda ainda sem solução. Foi casada com Ricardo Medina (1997/2001) e Murilo Benício (2002/2004), com quem teve um filho, Pietro, nascido em 2005. Está casada com o empresário americano Robert Locascio desde maio de 2007. Filmografi a: 2000: Bossa Nova; Avassaladoras; 2002 – ¿Quién es Alejandro Chomski? (Argentina) (depoimento); 2003 – Maria, Mãe do Filho de Deus; 2004 – A Cartomante; 2007 – Caixa Dois; 2009 – Budapest; – O Arrasa Corações (The Heartbreaker) (Brasil/EUA); 2010 – Chico Xavier. ANTONIO MARCOS Antonio Marcos Pensamento da Silva nasceu em São Paulo, SP, em 8 de Novembro de 1945. Participa de vários programas de calouros e em 1960 trabalha como radioator, cantor, violonista e humorista. Em 1967, atua no Teatro de Arena e inicia parti cipação como crooner do conjunto Os Iguais, pelo qual grava seu primeiro disco com a música: Tenho um Amor Melhor que o Seu. A partir do sucesso, inicia carreira-solo, emplacando outros como Oração de um Jovem Triste e Como Vai Você. Estreia no cinema em 1970, no filme Pais Quadrados, Filhos Avançados. Nessa época, no auge do sucesso, estreia na televisão como protagonista principal na telenovela Toninho On The Rocks e participaria ainda de outra telenovela, Cara a Cara, em 1979. Nas décadas de 1970/1980, dá continuidade à carreira com sucesso mediano. Foi casado com a cantora Vanusa, com quem tem duas filhas, Amanda e Aretha. Do seu casamento com Débora Duarte, também tem duas filhas, Daniela e Paloma. Grande cantor e compositor, compôs – com seu irmão Mário Marcos – um dos maiores sucessos da carreira de Roberto Carlos, Como Vai Você. Nunca consegue se livrar dos problemas do alcoolismo, que acabam por matálo, prematuramente, em 6 de abril de 1992, aos 47 anos. Uma grande perda até hoje não absorvida por seus fãs e admiradores. Filmografia: 1970 – Pais Quadrados, Filhos Avançados; 1972 – Som, Amor e Cur-ti ção; 1973 – Com a Cama na Cabeça; Geração em Fuga; Salve-se Quem Puder (Rally da Juventude); 1977 – Rei-Ri-Te-a-Ta (inacabado). ANTONIO CARLOS Antonio Carlos Pires nasceu em Barbacena, MG, em 1º de janeiro de 1927. No Rio de Janeiro, começa sua carreira artísti ca no rádio, descoberto por Haroldo Barbosa, que o lança num de seus programas. Na verdade, quer ser ator de novela mas seu talento para a comicidade fala mais alto. Na rádio Mayrink Veiga, faz sucesso com o personagem Ermelindo Goiano. Estreia no cinema em 1953 no filme A Santa de um Louco. Com muitos fi lmes no currículo, destacam-se Pintando o Sete (1959), As Aventuras de um Deteti ve Português (1976) e O Quatrilho (1995). Na televisão, participa de algumas novelas como Cambalacho, de 1986, mas brilha mesmo na Escolinha do Professor Raimundo, a parti r de 1990, com seu impagável Juscelino Barbacena, pela TV Globo. Vítima do mal de Alzheimer, Antonio Carlos deixa de atuar em 2000, por causa das dificuldades de decorar o texto. Em 2002 perde a fala, mas ainda assim parti cipa ativamente do Retiro dos Artistas, ao lado do ator Stepan Nercessian. Morre em 28 de fevereiro de 2005, aos 78 anos, no Rio de Janeiro, de complicações causadas pelo mal de Alzheimer. Viúvo, deixa duas fi lhas Glória (Pires, a atriz), Linda e seis netos. Filmografia: 1953 – A Santa de um Louco; 1955 – O Primo do Cangaceiro; Trabalhou Bem Genival; 1956 – Tira a Mão Daí; Genival é de Morte; 1958 – O Batedor de Carteiras; 1959 – Procura-se um Céu (inacabado); Pintando o Sete; Aí Vem a Alegria; 1960 – Virou Bagunça; 1961 – Quanto Mais Samba Melhor; 1964 – Os Mendigos; 1966 – Rio, Verão & Amor; 1968 – Anuska, Manequim e Mulher; Trama de Sangue (inacabado); 1970 – Os Caras de Pau; 1971 – O Donzelo; Vinte Passos para a Morte; 1972 – Quando os Deuses Adormecem; 1973 – Êxtase de Sádicos; 1975 – O Amuleto de Ogum; 1976 – As Aventuras de um Detetive Português; 1978 – O Grande Rodeio; 1995 – O Quatrilho. ANTONIO EDSON Nasce em Leandro Ferreira, MG mas é criado em Pitangui, MG. Adolescente, muda-se para Belo Horizonte e ingressa no Teatro Universitário da UFMG, dirigido por Haydée Bittencourt. Em 1982 é indicado para receber bolsa do Goethe Institut e frequenta o Teatro Livre de Munique, quando passa a integrar o grupo Galpão. Na televisão, participa da novela Da Cor do Pecado (2004) e da minissérie Hoje é Dia de Maria (2005). Em 2009 estreia no cinema, como o Zé Coqueiro do filme O Menino da Porteira. É casado com Elisa, com quem tem dois filhos, Manoel e Dersu. Filmografia: 2009 – O Menino da Porteira. ANTONIO PEDRO Antonio Pedro Borges de Oliveira nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de novembro de 1940. Estreia como ator em 1960 na peça Um Elefante no Caos, de Millôr Fernandes, com direção de João Bettencourt. Na França, entre 1961 e 1965, participa de vários cursos e workshops de interpretação, mímica, dança, impostação vocal e improvisação. De volta ao Brasil, entra para a peça A Vida Impressa em Dólar, de Cliff ord Odetts, entre outras. Em 1969 vai para a televisão participar da novela Superplá, em 1970 dirige O Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues, e estreia no cinema no filme República da Traição. Artista completo, é conhecido no meio como o diretor de teatro que mais liberdade criativa oferece a seus elencos, pois acredita que o caminho do artista é criar e não obedecer. Desenvolve sólida carreira no cinema, em mais de quarenta filmes, com destaque para O Casal (1975), Gabriela (1983), Xangô de Baker Street (2001) e Divã (2009), além de vários curtas-metragens. Grande humorista brasileiro, na televisão, brilha em Plantão de Polícia (1979), como Anselmo, Chico Anysio Show (1982), como Bicalho, Escolinha do Professor Raimundo (1990) como Nelson Piquete, Andando nas Nuvens (1996), como Jacques Delon e A Diarista (2007), como Jonas. Foi casado com Sílvia Sangirardi, Margot Baird, com quem teve duas filhas (as atrizes Alice Borges e Ana Baird) e Andréa Bordadagua com quem teve um fi lho, Fábio. Filmografia (ator): 1970 – República da Traição; 1971 – Eterna Esperança (narração); 1972 – Roleta Russa; 1973 – Os Condenados; 1973/1978 – A Lira do Delírio (Bala Certeira); 1975 – O Casal; 1976 – O Flagrante; 1977 – A Mulata que Queria Pecar; 1978 – Se Segura, Malandro; O Gigante da América; O Grande Desbum; 1979 – Muito Prazer; 1980 – Cronica à Beira do Rio (MM); 1981 – Zadig (CM); 1982 – O Homem do Pau-Brasil; 1983 – Gabriela; Bar Esperança, o Últi mo que Fecha; Um Sedutor Fora de Série; 1986 – S.O.S. Brunet (CM); 1987 – Romance da Empregada; 1988 – Por Dúvida das Vias (CM); 1989 – Dias Melhores Virão; O Grande Mentecapto; 1997 – O Homem Nu; O Que é Isso, Companheiro?; Happy Hours (CM); 1998 – Policarpo Quaresma, Herói do Brasil; Menino Maluquinho 2: A Aventura; 2000 – Minha Vida em Suas Mãos; 2001 – Xangô de Baker Street; Sonhos Tropicais; 2002 – Zico; 2003 – Primrose (CM) (narração); Apolônio Brasil, Campeão de Alegria; Harmada; Entre Sem Bater – As Duas Vias de Aparício Torelly (CM); 2005 – Mais uma Vez o Amor; 2006 – O Sol – Caminhando contra o Vento (depoimento); 2008 – Os Desafinados; A Casa da Mãe Joana; A Guerra dos Rocha; 2009 – Divã; Xuxa e o Mistério de Feiurinha; 2010 – Sex Delícia. Filmografia (diretor): 1978 – O Grande Desbum (codireção de Brás Chediak). ANTONY, MARCELLO Marcelo Couto de Farias nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 28 de janeiro de 1965. Foi criado em Niterói. Queria ser baterista ou jogador de futebol. Tenor, já cantou em bares. Aos 24 anos abandona a faculdade de comunicação social porque não tinha condições de bancá-la. Nessa mesma época matricula-se no curso profissionalizante de atores na CAL, Casa das Artes de Laranjeiras. Decidido a seguir a carreira artística, faz curso de teatro no Centro de Artes de Laranjeiras e trabalha como assistente de produção, fotógrafo e até técnico de som em shows. Estreia no teatro em 1989. Em 1994 deixa um curriculum na TV Globo e logo é chamado para fazer a oficina de atores durante quatro meses. Em 1995 faz teste para o remake de Irmãos Coragem, mas não ganha o papel porque tinha rosto de bebê para interpretar um jagunço. Estreia como o pracinha Bruno Berdinazzi, na primeira fase da novela O Rei do Gado (1996). Depois vem bons papéis em Salsa & Merengue (1997), Torre de Babel (1998), Um Anjo Caiu do Céu (2001), Coração de Estudante (2002), Kubanacan (2003) e mais recentemente Senhora do Destino (2005), Belíssima (2006) e Paraíso Tropical (2007). Em 1996 faz sua estreia no cinema no inacabado Casa de Açúcar, último filme do consagrado diretor argentino Carlos Hugo Christensen. Estreia no teatro em 1993, na peça As Bodas de Fígaro. Está casado desde 2002 com a atriz Mônica Torres (1957). O casal tem dois fi lhos adoti vos, Stephanie (2000) e Francisco (2002). É um dos grandes galãs da atualidade. Filmografia: 1996 – Casa de Açúcar (inacabado) (Brasil/Argentina); O Dia da Caça; 2001 – Dia de Visita (CM); A Partilha; Xangô de Baker Street; 2003 – Viva Sapato!; 2004 – Sexo, Amor e Traição; 2007 – Lótus (CM); 2008 – A Guerra dos Rocha; 2009 – Flordelis – Basta uma Palavra para Mudar. ANTUNES, FÁTIMA Nasceu em Pernambuco, onde, ainda adolescente, vence um concurso de miss do seu Estado. David Cardoso descobre-a e a traz para São Paulo. Estreia no cinema em 1973 no filme Caçada Sangrenta. Desenvolve curta carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1973 – Caçada Sangrenta; Caingangue, a Pontaria do Diabo; Trindad... é meu Nome; 1975 – A Ilha do Desejo (Paraíso do Sexo). ANTUNES, JACKSON Nasceu em Janaúba, MG, em 28 de agosto de 1960. Desde criança quer ser ator. Com os irmãos, faz teatrinhos, usando a roupa dos pais, mas a realidade é outra e logo trabalha na roça, depois como padeiro, engraxate e pintor letrista. Seu avô foi grande aboiador e, ironicamente, morreu no mesmo dia em que Jackson nasceu. Ainda na infância, Jackson acompanhava de porta em porta as Folias de Reis típicas do norte mineiro. Com oito anos de idade, apaixonase pelo circo e, ainda em sua cidade natal, escreve poemas para o jornal local, O Gorutuba. Começa a fazer teatro amador, quando resolve mudar para Belo Horizonte, onde profi ssionaliza-se e encena mais de trinta peças, sempre com autores brasileiros. Teve aulas de canto com o professor José Spinto, primo de Gilda de Abreu, que foi mulher de Vicente Celestino, o grande cantor brasileiro. A oportunidade na televisão demora, mas acontece, em 1993, para o papel do jagunço Damião em Renascer. Por sua interpretação, ganha vários prêmios importantes como Troféu Imprensa e APCA. Jackson passa a ser reconhecido e convocado para outros trabalhos. Começava assim a realizar seu sonho de infância. Sua aparência com o ator americano Charles Bronson o ajudou, pois consegue seguidos papéis, sempre de homens rústicos, sem nenhuma cultura, o que ele se sai muito bem. É também cantor sertanejo, violeiro e contador de piadas. Filmografia: 2005 – O Segredo dos Golfinhos; Dois Filhos de Francisco; Vinho de Rosas; Tapete Vermelho; Confronto Final; 2008 – A Festa da Menina Morta. ANTUNES, SIRMAR Ator gaúcho que inicia sua carreira no cinema em 1986, no curta O Dia em que Dorival Encarou a Guarda, de Jorge Furtado e José Pedro Goulart. Atua principalmente em filmes gaúchos, com destaque para Netto Perde Sua Alma (2001), Valsa para Bruno Stein (2007) e Em teu Nome (2009). Na televisão, estreia em 2003 na minissérie A Casa das sete Mulheres, depois Como uma Onda (2005) e Pé na Porta (2007). Filmografia: 1986 – O Dia em que Dorival Encarou a Guarda (CM); 1999 – Quadrilha (CM); 2001 – Snake (CM); Lua de Outubro; Netto Perde sua Alma; 2002 – Afinando (CM); 2003 – Concerto Campestre; 2006 – A Retirada; 2007 – Valsa para Bruno Stein; 2008 – Netto e o Domador de Cavalos; 2009 – Em teu Nome. ANYSIO, CHICO Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho nasceu em Maranguape, CE, em 12 de abril de 1931. Radicado no Rio desde a década de 40, começa a trabalhar em rádio em 1947, já fazendo ti pos e personagens. Na década de 50, escreve roteiros para chanchadas e participa de programas humorísticos na TV. Em 1962 estreia seu programa próprio, o Chico Anysio Show, na TV Rio. Em seguida transfere-se para a TV Excelsior e finalmente, em 1968, é contratado pela TV Globo, onde permanece até hoje. Com quase 200 personagens, cria tipos inesquecíveis como Coronel Limoeiro, Professor Raimundo, Quenquém, entre tantos outros. Estreia no cinema como ator em 1955, no filme O Primo do Cangaceiro. Participa de quase vinte filmes, entre eles O Doce Esporte do Sexo (1972), em que também foi produtor, e Tieta do Agreste (1996). Escreveu o roteiro para dezenas de outros filmes. Foi casado por seis vezes, a saber: Rose Rondelli, Regina Chaves, Nancy Wanderley, Alcione Mazzeo, Zélia Cardoso de Mello e Malga di Paula, com quem está desde 2001. Com elas teve sete fi lhos, Lug de Paula (com Nancy Wanderley), Nizzo Netto e Rico Rondelli (com Rose Rondelli), Bruno Mazzeo (Alcione Mazzeo), Cícero Chaves (Regina Chaves) e Rodrigo e Vitória (Zélia Cardoso de Mello), quase todos ligados ao meio artístico como atores, roteiristas, etc. É irmão do cineasta Zelito Viana e da atriz Lupe Gigliotti e tio de Marcos Palmeira, Cininha de Paula, Maria Maya e Betse de Paula, também atores/diretores. Produziu e estrelou grandes programas humorísti cos como Chico City (1973), Azambuja & Cia (1975), Chico Total (1981), Chico Anysio Show (1982), Escolinha do Professor Raimundo (1990), Estados Anysios de Chico City (1991) e O Belo e as Feras (1999). Em 1996 quebra a mandíbula, o que o impede de interpretar alguns de seus personagens. Durante seu casamento com a ex-ministra Zélia Cardoso de Mello (1992/1999), com quem teve dois filhos, morou nos EUA e tentou carreira internacional, como roteirista e show-man. Nos últimos anos tem participado como ator de alguns programas e telenovelas como Terra Nostra (1999), como o Barão Josué; Brava Gente (2002), como Brito; A Diarista (2004), como Rúbio; Siti o do Pica-Pau Amarelo (2005), como Sr. Saraiva; Sinhá Moça (2006), como Everaldo; e Pé na Jaca (2007), como Cigano. Um enorme desperdício ao seu talento, o tempo dirá. É o maior humorista brasileiro de todos os tempos. Filmografia: 1955 – O Primo do Cangaceiro; 1959 – O Palhaço o Que é?; 1960 – Duas Histórias (Cacareco Vem Aí); Entrei de Gaiato; Pequeno por Fora; Eu Sou o Tal; 1972 – O Doce Esporte do Sexo; 1977 – Roberval Taylor (inacabado); 1981 – O Mundo Mágico dos Trapalhões (narração); 1987 – Tanga, Deu no New York Times; 1996 – Tieta do Agreste; 1998 – A Agenda (CM); 2001 – Cave, um Passado Brilhante, um Futuro Radiante (CM) (depoimento); 2003 – Por um Fio; 2005 – À Espera da Morte (CM); 2009 – Se eu Fosse Você 2; 2009 – Up – Altas Aventuras (Up) (EUA) (dubla o velho Carl Fredricksen); 2010 – Matraga; Sonhos de um Sonhador. AQUINO, CARLOS Carlos Augusto Tavares de Aquino nasceu em Aracaju, SE, em 21 de novembro de 1938. Desde criança quer ser ator. Começa fazendo peças infantis em teatro amador. Jovem, muda-se para o Rio de Janeiro e começa fazendo pontinhas na televisão. Estreia no cinema em 1957 no filme Rio, Zona Norte. Atua em muitos outros como O Tropeiro (1964) e Tudo Acontece em Copacabana (1980). Filmografia: 1957 – Rio, Zona Norte; 1958 – Juventude sem Amanhã; 1959 – Aí Vêm os Cadetes; 1960 – O Segredo de Diacuí; 1964 – O Tropeiro; 1965 – Crime de Amor; 1968 – Um Dia, numa Cidade; 1969 – Rifa-se uma Mulher; 1972 – Alucinação; 1973 – A Judoka; 1979 – A Pantera Nua; 1980 – Tudo Acontece em Copacabana; 1984 – Mulheres Insaciáveis; Não Fale em Sexo; 1992 – Os Outros Quinhentos (CM). ARAGÃO, LIVIAN Livian Taranto Aragão nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 24 de fevereiro de 1999. Filha de Renato Aragão e de Lilian Taranto, já criança começa a parti cipar dos filmes do pai, anunciando uma carreira natural de atriz. Em 1999, ainda bebê de colo, estreia no cinema no filme O Trapalhão e a Luz Azul. Na televisão, participa dos programas A Turma do Didi (1999/2006), Xuxa só para Baixinhos. (2001) e do especial Uma Noite no Castelo (2009). Em 2007 ganha seu primeiro papel de protagonista, no filme, O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili. Filmografia: 1999 – O Trapalhão e a Luz Azul; 2003 – Didi, o Cupido Trapalhão; 2004 – Didi quer ser Criança; 2006 – Didi, o Caçador de Tesouros; 2007 – O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili; 2008 – O Guerreiro Didi e a Ninja Lili. ARAGÃO, RAJÁ DE Ido Oraides Dias da Costa nasceu em Rio Pardo, RS, em 1938. Na infância se especializa na criação de cavalos. Na adolescência, viaja por vários países e começa a trabalhar em cinema. No fi nal da década de 60 muda-se para São Paulo. Estreia como ator no filme O Grande Xerife, com Mazzaropi, em 1971. Participa de outros mais, destacando-se Os Pilantras da Noite (1975) e As Amantes de Helen (1981). Interessado também pela parte técnica, começa a escrever roteiros. É assistente de direção em diversos fi lmes como Os Depravados (1978) e As Amantes de Helen (1982). Estreia na direção no filme O Dia das Profissionais (1976), depois dirige O Cangaceiro do Diabo (1980), embora o filme tenha sido assinado por Tião Valadares, Hospital da Corrupção e dos Prazeres (1985) e Jeitinho à Brasileira (1988), sempre na Boca do Lixo paulista. Nos anos 90, já afastado do cinema, ocupa cargo burocráti co na Cinematográfi ca Polifilmes, no centro de São Paulo. Atualmente está afastado do cinema. Filmografia (ator): 1971 – O Grande Xerife; 1975 – Os Pilantras da Noite; 1977 – Torturadas pelo Sexo; As Amantes de um Canalha; 1978 – Os Violentadores; Os Depravados; 1979 – O Matador Sexual; Paixão de Sertanejo; 1980 – O Cangaceiro do Diabo (O Cangaceiro Eróti co); Tortura Cruel (Fêmeas Violentadas); 1981 – As Amantes de Helen; Condenada por um Desejo; 1982 – As Gatas, Mulheres de Aluguel; Karina, Objeto do Prazer; A Noite das Taras II; 1984 – Meninas de Programa; Prostituídas pelo Vício; 1986 – O Beijo da Mulher Piranha; Venha Brincar Comigo. Filmografia (diretor): 1976 – O Dia das Profissionais; 1980 – O Cangaceiro do Diabo (O Cangaceiro Erótico) (assinado por Tião Valadares); 1985 – Hospital da Corrupção e dos Prazeres; 1988 – Jeitinho à Brasileira. ARAGÃO, RENATO Antonio Renato Aragão nasceu em Sobral, CE, em 13 de janeiro de 1935. Forma-se advogado e chega a atuar como tal, paralelamente à carreira artística, já como cômico da TV Ceará, em 1964. No mesmo ano junta-se a Ivon Cury, Wanderley Cardoso e Ted Boy Marino para se apresentar no programa Adoráveis Trapalhões, da TV Excelsior. Com a falência da emissora, mudam-se para a TV Record, com o nome de Os Insociáveis, mas com Vanusa no lugar de Ted Boy. Aragão, já com o apelido de Didi, vai para a TV Tupi e se une a Manfried Santana, o Dedé, e Antonio Bernardes Gomes, o Mussum. Mauro Gonçalves, o Zacarias, viria em 1974. Com esse time, e o nome de Os Trapalhões, tornam-se um dos maiores fenômenos brasileiros de público, fazendo sucesso simultaneamente no Cinema e na televisão. Em dezembro de 1976, são contratados pela TV Globo, estourando de vez. Em 1965 faz sua estreia no cinema no curta-metragem A Pedra do Tesouro. Sua estreia oficial acontece mesmo em 1966 no filme Na Onda do Iê-Iê-Iê. Com o grupo ‘Os Trapalhões’, faz o primeiro filme em 1974, Os Trapalhões na Ilha do Tesouro , e não para mais, tornando-se recordista de público durante vinte anos. Fica milionário e constrói, no Rio de Janeiro, um estúdio de 67 mil metros quadrados, vendido recentemente para a TV Record de São Paulo. Com a morte de Zacarias em 1990 e Mussum em 1994, o grupo se desfaz. Em 1997 Aragão retorna ao cinema com O Noviço Rebelde e volta a fazer um filme por ano, agora sozinho, mas mantendo um milhão de espectadores, excelente média para o atual padrão do Cinema Brasileiro. Desde 1998 apresenta o programa semanal A Turma do Didi, sempre aos domingos pela TV Globo. De sua primeira esposa, Martha Rangel (1937), Renato teve quatro filhos, Paulo (1960), Ricardo (1962), Renato Jr. (1968) e Juliana (1977). De sua atual esposa, Lilian Taranto, tem uma filha, Livian, nascida em 1999, que segue os passos do pai, já tendo participado de vários filmes de Renato. Filmografia: 1965 – A Pedra do Tesouro (CM); 1966 – Na Onda do Iê-Iê-Iê; 1967 Adorável Trapalhão; 1968 – Dois na Lona; 1970 – A Ilha dos Paqueras; 1971 Bonga, o Vagabundo; 1972 – Ali Babá e os Quarenta Ladrões; 1974 – Aladim e a Lâmpada Maravilhosa; Robin Hood, o Trapalhão da Floresta; 1975 – O Trapalhão na Ilha do Tesouro; 1976 – Simbad, o Marujo Trapalhão; O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão; O Trapalhão no Planalto dos Macacos; 1978 – Os Trapalhões na Guerra dos Planetas; 1979 – O Cinderelo Trapalhão; O Rei e os Trapalhões; 1980 – O Incrível Monstro Trapalhão; Os Três Mosqueteiros Trapalhões; 1981 – O Mundo Mágico dos Trapalhões; Os Vagabundos Trapalhões; Os Salti mbancos Trapalhões; 1983 – O Trapalhão na Arca de Noé; O Cangaceiro Trapalhão; Os Trapalhões na Serra Pelada; 1984 – A Filha dos Trapalhões; Os Trapalhões e o Mágico de Oróz; 1985 – Os Trapalhões no Reino da Fantasia; 1986 – Os Trapalhões e o Rei do Futebol; Os Trapalhões no Rabo do Cometa; 1987 – Os Fantasmas Trapalhões; Os Trapalhões no Auto da Compadecida; 1988 – Os Heróis Trapalhões, Uma Aventura na Selva; O Casamento dos Trapalhões; 1989 – A Princesa Xuxa e os Trapalhões; Os Trapalhões na Terra dos Monstros; 1990 – Uma Escola Atrapalhada; O Mistério de Robin Hood; 1991 Os Trapalhões e a Árvore da Juventude; 1997 – O Noviço Rebelde; 1998 – Simão, o Fantasma Trapalhão; 1999 – O Trapalhão e a Luz Azul; 2000 – Um Anjo Trapalhão; 2003 – Didi, o Cupido Trapalhão; 2004 – Didi quer ser Criança; 2006 Didi, o Caçador de Tesouros; 2007 – O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili; 2008 – O Guerreiro Didi e a Ninja Lili. ARANTES, RÔMULO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de junho de 1957. Começa a nadar com oito anos de idade. Especialista em esti lo costas, parti cipou da final de três Olimpíadas, entre elas a de Montreal, em 1976. Sua melhor colocação foi um quinto lugar em Munique. Foi primeiro lugar no Campeonato Mundial Estudantil de 1977 e campeão nove vezes consecutivas na Copa Latina. Depois ganhou medalha de prata no Pan de Porto Rico em 1979, bicampeão mundial universitário, em 1981 foi o campeão mundial de cem metros em nado costas, no Japão. Ao todo, ganhou 2 mil medalhas e 400 troféus. Em 1981, o autor Gilberto Braga o convidou para assessorá-lo na novela Brilhante, que teria um nadador entre os personagens. Mas a produção da Globo descobriu que ele havia feito um curso de interpretação na Universidade de Indiana, EUA, onde viveu por dez anos. Graças ao curso, Rômulo ganhou o papel. Resolve então investir na carreira de ator e participa de outras novelas como Sassaricando (1987), Perigosas Peruas (1993), Quatro por Quatro (1995) e Vira Lata (1995), todas pela TV Globo. Na Manchete, em 1997, faz Mandacaru e Xica da Silva. Sua última novela foi Estrela de Fogo, em 1998 pela TV Record. Em 1999 ainda participaria do episódio Um Lance Maior, de Você Decide. Com o sucesso, em 1995 lança-se também como cantor. Com os amigos de TV Kadu Moliterno e Marcelo Serrado, criou o grupo Os três Mosqueteiros. Forma-se em administração de empresas em Indiana, EUA, mas nunca exerceu a profissão. Estreia no cinema em 1984, no filme americano rodado no Rio Blame It on Rio, de Stanley Donen. Empreendedor, monta uma casa noturna, em Niterói, RJ, com três restaurantes, bar, pista de dança, dois amplos camarins e um palco digno dos melhores teatros, numa área de 1 mil m2. Morre tragicamente em 10 de junho de 2000, aos 42 anos de idade, vítima de acidente aéreo, quando o monomotor que estava caiu em Maripá de Minas, MG. Casado com Valéria Gianini, ti nha dois filhos, Choede e Rômulo Arantes Neto. Filmografia: 1984 – Feitiço do Rio (Blame It on Rio) (EUA); 1985 – Patriamada; 1986: Hell Hunters (EUA/Alemanha); 1987 – Leila Diniz. ARAÚJO, EDUARDO Eduardo Oliveira Araújo nasceu em Joaima, MG, em 23 de julho de 1945. Começa a cantar em 1960, em programas de rádio de Belo Horizonte. No mesmo ano segue para o Rio de Janeiro para estudar Veterinária. Abandona os estudos e compõe a música Deixe o Rock, em 1961. Em seguida, grava seu primeiro disco intitulado Garoto do Rock. Volta para Minas Gerais e, em 1967, já no auge da Jovem Guarda, retorna ao Rio de Janeiro para gravar O Bom, seu maior sucesso. Em 1961, aos 16 anos de idade, faz uma pequena aparição no filme Mulheres, Cheguei! Depois parti cipa do filme Agnaldo, Perigo à Vista, em 1968. Foi casado com a cantora Silvinha, já falecida, com quem tem dois fi lhos, um casal, também cantores. Com o ressurgimento da Jovem Guarda em 1995, volta a fazer shows por todo o Brasil. Filmografia: 1961 – Mulheres, Cheguei!; 1968 – Agnaldo, Perigo à Vista. ARAÚJO, EMANUELLE Nasceu em Salvador, BA, em 21 de julho de 1976. Cantora e atriz, aos quinze anos de idade já integra a banda Ojubá. Em 1999 é convidada para substituir Ivete Sangalo na Banda Eva, ficando até 2003. Em 2004 vai para o Rio de Janeiro e estreia como atriz, na televisão, em 2006, como a Cloti lda, de Pé na Jaca, mas ganha destaque mesmo como a prosti tuta Manu em A Favorita (2008). No cinema, atua em Fica Comigo esta Noite (2006) e Ó Paí, Ó (2007). No Rio, funda a Banda Moinho. Foi casada com o economista Sérgio Bulhões, com quem teve uma filha, Bruna (1993). Filmografa: 2006 – Fica Comigo Esta Noite; 2007 – Ó Pai, Ó. ARAÚJO, MANEZINHO Manoel Araújo nasceu na cidade do Cabo, PE, em 27 de setembro de 1910. Ainda criança muda-se para Recife e começa a cantar emboladas, que na época eram conhecidas como coco. Sem apoio dos pais, vai para o Rio de Janeiro em 1933 e entra para a Rádio Mayrink Veiga cantando Se eu Fosse Inventor. Passa por várias rádios e lança seu primeiro disco com a música Plataforma. César Ladeira deu-lhe o apelido de Rei da Embolada. Estreia no cinema em 1936 no filme Maria Bonita. Atua em muitos outros, destacando-se Está com Tudo (1952) e Amor para Três (1959). Em 1953 abandona a carreira de cantor e abre o restaurante Cabeça Chata, frequentado por artistas famosos. No final da década de 50 começa a pintar quadros primitivistas sobre o folclore brasileiro. Longe da carreira artística, morre em 23 de maio de 1993, aos 82 anos, em São Paulo. Filmografia: 1936 – Maria Bonita; 1939 – Pega Ladrão!; 1940 – Laranja da China; Asas do Brasil (inacabado); 1942 – Astros em Desfile (CM); 1944 – Tristezas não Pagam Dívidas; 1952 – Está com Tudo; 1959 – Amor para Três. ARAÚJO, MANUEL F. Manuel Ferreira de Araújo nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1880. É alfaiate por profissão. Em 1906 inicia sua carreira no teatro na Companhia Ismênia Santos, permanecendo até 1911, mas sua carreira não decola. Retorna cinco anos depois para estrear no cinema, a convite de Luiz de Barros no filme A Sertaneja. Acaba se tornando um coadjuvante dos mais requisitados da época. Depois funda a Amazônia Film e passa a fazer fi lmes publicitários paralelamente a carreira de ator. Sem nunca abandonar a profissão de alfaiate, morre em 1940, aos 60 anos de idade. Filmografia: 1919 – Alma Sertaneja; Ubirajara; 1920 – Coração de Gaúcho; Aventuras de Gregório; 1922 – O Cavaleiro Negro; 1923 – A Capital Federal; Au-gusto Aníbal Quer Casar; 1924 – Hei de Vencer; 1931 – Mulher; 1932 – Onde a Terra Acaba; 1936 – Bonequinha de Seda; Maria Bonita; Jovem Tataravô; 1939 – Aves sem Ninho. ARAÚJO, PAULO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 15 de setembro de 1932. Adolescente, inicia carreira no Banco do Brasil, como escriturário, sem nunca imaginar que um dia seria ator. A convite do maestro Porto Alegre, seu amigo, faz um teste e, aprovado, integra o elenco do filme Sangue, Amor e Neve, em 1958. Nesse mesmo ano faz aquele que seria seu melhor desempenho como ator, o Xavier, de Rebelião em Vila Rica. Dedica-se depois ao teatro e à televisão, atuando em inúmeras novelas como Eu Compro essa Mulher (1966), A Rainha Louca (1967), A Rosa Rebelde (1969), A Última Valsa (1969), A Ponte dos Suspiros (1969), Verão Vermelho (1970), Irmãos Coragem (1970), O Homem que Deve Morrer (1971) e Bicho do Mato (1972). Em 1973 alcança seu maior sucesso na televisão ao interpretar o irreverente Agostinho, na primeira versão de A Grande Família. É também competente diretor, em telenovelas e humorísti cos como Uau, a Companhia, em 1972, Sati ricom, em 1973 e Planeta dos Homens, em 1976, ano em que morre prematuramente, aos 44 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1958 – Sangue, Amor e Neve; Rebelião em Vila Rica; 1960 – Tudo Legal; 1976 – Tem Alguém na Minha Cama (episódio: Dois em Cima e Dois Embaixo). ARAÚJO, TAÍS Taís Bianca Gama de Araújo nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 25 de novembro de 1978. Inicia sua carreira artística na TV Manchete em 1995 na novela Tocaia Grande, como Bernarda. Em 1996 tem sua primeira oportunidade como protagonista, em Xica da Silva, consti tuindo-se na primeira atriz negra protagonista de uma telenovela brasileira. Seu belo rosto e talento logo lhe dão notoriedade nacional. Com o fim da novela, transfere-se para a TV Globo e estreia em O Anjo Mau (1997), como Vivian, remake do sucesso de 1975 estrelado por Suzana Vieira. Seguem-se Meu Bem Querer (1998), como Edivânia; Porto dos Milagres (2001), como Selminha; Quinto dos Infernos (2002), como Dandara. Estreia no cinema em 1998 no filme Caminho dos Sonhos. Em 2003 ganha o papel feminino principal em Garrincha, a Estrela Solitária, como Elza Soares, numa perfeita caracterização. Em 2004 participa da novela Da Cor do Pecado, em 2005 de América e 2006 em Cobras & Lagartos. No teatro, brilha em Orfeu da Conceição (1997), Personalíssima (2003), Liberdade para as Borboletas (2005), Solidores (2007) e O Método Gronholm (2007). Com beleza e talento natural, é já uma grande estrela brasileira. Teve um tumultuado romance com o cantor Netinho (1970), entre 1997/2000, depois ficou três anos com o lutador de jiu-jítsu Márcio Feitosa e, desde 2005 está casada com o ator Lázaro Ramos. Filmografia: 1998 – Caminho dos Sonhos (Um Sonho no Caroço do Abacate); 2003 – Garrincha, a Estrela Solitária; 2005 – As Filhas do Vento; Na Boca do Sapo (CM); 2006 – O Maior Amor do Mundo; Nzinga; 2008 – A Guerra dos Rocha; 2009 – À Deriva. ARENA, RODOLFO Angelo Rodolfo Arena nasceu em 15 de dezembro de 1910. Com apenas dez anos é escolhido para uma ponta no filme O Crime de Cravinhos, de Arturo Carrari, baseado num crime de grande repercussão em Araraquara, SP. Aos dezessete, se entusiasma definitivamente pela carreira, e percorre todo o Brasil com o Pavilhão Dudú. Em 1937 é contratado para trabalhar na Companhia de Procópio Ferreira. Ao longo de sua carreira teatral, atua em mais de mil peças. Em 1945, retorna ao cinema, ao parti cipar de Vidas Solitárias. Não para mais, desenvolvendo uma das mais longas e contínuas carreiras cinematográfi cas do Brasil. São mais de cem filmes, entre curta e longa-metragem, em 60 anos de carreira, em que podemos destacar, entre tantos outros, O Ébrio (1946), O Menino do Engenho (1965) e Independência ou Morte (1972). Em 1975, Stepan Nercessian dirige Rodolfo Arena, um Ator do Brasil, um documentário curto sobre sua vida. Morre em 31 de agosto de 1980, aos 69 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1920 – O Crime de Cravinhos; 1945 – Vidas Solitárias; 1946 – O Ébrio; Sempre Resta uma Esperança; 1950 – Écharpe de Seda; 1954 – Toda a Vida em Quinze Minutos; 1955 – O Diamante; Sinfonia Carioca; 1956 – Depois eu Conto; Boca de Ouro; 1958 – O Camelô da Rua Larga; Na Corda Bamba; Pista de Grama (Um Desconhecido Bate à Porta); 1960 – Eu Sou o Tal; 1962 – Boca de Ouro; 1964 – Procura-se uma Rosa; O Crime do Sacopã; Asfalto Selvagem; 1965 – O Menino do Engenho; Encontro com a Morte (Em Legíti ma Defesa) (Brasil/Portugal); 1966 – Essa Gatinha é Minha; 1967 – Verão 67 (CM); 1968 – Emboscada (CM); Cristo de Lama (A História de Aleijadinho); Brasil Ano 2000; Maria Bonita, Rainha do Cangaço; Capitu; O Levante das Saias; Fumanchu e o Beijo da Morte (Fu-Manchu y el Beso de La Muerte) (Espanha/Alemanha/EUA); 1969 – Meu Nome É Lampião; Macunaíma; Matou a Família e Foi ao Cinema; Pobre Príncipe Encantado; 1970 – Senhores da Terra; Barão Olavo, o Horrível; 1971 – Em Família; As Aventuras com Tio Maneco; Lúcia McCartney, uma Garota de Programa; Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva; Jesus Cristo eu Estou Aqui; Vinte Passos para a Morte; 1972 – O Grande Gozador; Independência ou Morte; O Doce Esporte do Sexo (episódio: A Boca); Eu Transo... Ela Transa; Missão: Matar; O Super Careta; 1973 – O Azarento, um Homem de Sorte; São Bernardo; Jesuíno Brilhante, o Cangaceiro; Vai Trabalhar, Vagabundo; Sagarana, o Duelo; Crioulo Doido; Joanna Francesa (Brasil/França); 1974 – O Mau Caráter; Enigma para Demônios; 1975 – Rodolfo Arena, um Ator do Brasil (CM) (depoimento); O Maravilhoso Mundo da Diversão (Cineac Trianon) (depoimento); Com as Calças na Mão; Quando as Mulheres Querem Provas; Brutos Inocentes; Motel; O Roubo das Calcinhas (1o episódio: O Roubo das Calcinhas e 2o episódio: I Love Bacalhau); O Caçador de Fantasmas; 1976 – Tem Folga na Direção; Noite sem Homem; Fogo Morto; E... as Pílulas Falharam; Xica da Silva; Costinha, Rei da Selva; O Flagrante; Intimidade; As Meninas Querem... e os Coroas Podem; Padre Cícero; O Vampiro de Copacabana; 1977 – Ladrões de Cinema; A Noite dos Assassinos; Costinha e o King Mong; Quem Matou Pacífi co?; 1977 – Rei-Ri-Te-a-Ta (inacabado); 1978 – Chuvas de Verão; Maneco, o Super Tio; 1979 – Denúncia Vazia (CM); Bye Bye Brasil; Eu Matei Lúcio Flávio; Sábado Alucinante; A Pantera Nua; O Coronel e o Lobisomem; Parceiros da Aventura; J.J.J., o Amigo do Super-Homem; 1980 – O Elogio Histérico da Razão (CM); Bububu no Bobobó; O Torturador; O Círculo (CM); Flamengo Paixão; A Mulher que Inventou o Amor; Fruto do Amor; 1981 – Mulher Sensual (Novela das Oito). ARIEL, ANA Nasceu em São Paulo, SP, em 18 de maio de 1930. Filha do palhaço Piolim, começa cedo sua carreira de atriz mirim no circo, ao lado do pai. Estreia na televisão em 1967, como a índia da novela A Rainha Louca. A partir daí não para mais, desenvolvendo sólida carreira, em dezenas de telenovelas como Irmãos Coragem (1970), como Domingas; O Bem-Amado (1973), como Zora Paraguaçu; Cabocla (1979), como Bina; Voltei Pra Você (1983), como Nena; e Hipertensão (1986), como Conceição, sua última novela, sempre interpretando importantes coadjuvantes, dando sustentáculo e brilho ao astro principal. Morre em 20 de fevereiro de 2004, aos 73 anos de idade, no Rio de Janeiro, RJ. Filmografia: 1969 – Pedro Diabo Ama Rosa Meia Noite; 1982 – As Aventuras de Mário Fofoca. ARIMATHEA, JOSÉ DE José de Arimatheia Brito nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1920. Inicia sua carreira de humorista na Rádio Nacional no final dos anos 1940. Nos anos 1950 vai para a televisão participar de programas de humor, primeiro na TV Rio e depois na TV Conti nental. Em 1960 estreia no cinema no filme Ladrão em Noite de Chuva, mas faz pouco cinema, dedicando-se mesmo à televisão. Nos anos 1960, já na TV Globo, atua nas novelas O Rei dos Ciganos (1966) e Eu Compro Esta Mulher (1966). Nos anos 1970 destaca-se nos programas do Chico Anysio e Renato Aragão. Faria ainda mais duas novelas, História do Subúrbio (1972) e Bicho do Mato (1972). Seu personagem de maior sucesso é o João Valentão de Chico City. Morre em sua casa, em Petrópolis, RJ, em 1992, aos 72 anos de idade, de parada cardíaca. Filmografia: 1960 – Ladrão em Noite de Chuva; 1976 – Pedro Bó, o Caçador de Cangaceiros; 1983 – A Difí cil Viagem. ARÓSIO, ANA PAULA Nasceu em São Paulo, SP, em 16 de julho de 1975. É descoberta por acaso, aos doze anos, num supermercado. Muito jovem inicia carreira de modelo, sendo uma das mais requisitadas no Brasil. Resolve ser atriz e estreia na novela Éramos Seis (1994), seguindo-se Razão de Viver (1996) e Os Ossos do Barão (1997), todas pelo SBT. Trabalha também em teatro, nas peças Batom, de Walcyr Carrasco; Fedra, de Racine, em montagem de Antonio Abujamra; Harmonia em Negro, direção de Del Rangel; Diário Secreto de Adão e Eva, direção de Antonio Abujamra; e Casa de Bonecas, direção de Aderbal Freire Filho. Estreia no cinema em 1991 no filme Forever, de Walter Hugo Khouri. Em novembro de 1997, numa inusitada parceria, é emprestada para a TV Globo para estrelar a minissérie Hilda Furacão, mas nunca mais retorna. Contratada pela Globo, desenvolve extensa carreira de sucessos como Terra Nostra (1999), Os Maias (2001), Esperança (2002), Celebridade (2003), Um só Coração (2004), Mad Maria (2005), Páginas da Vida (2006) e Ciranda de Pedra (2008). Em 2009 interpreta Anita Garibaldi, no filme Garibaldi in America, do diretor italiano Alberto Rondalli, a qual teve que emagrecer quatro quilos. É um dos mais belos rostos do Brasil. Filmografia: 1991 – Forever (Per Sempre) (Brasil/Itália); 2001 – Os Cristais Debaixo do Trono; 2005 – O Coronel e o Lobisomem; Celeste e Estrela; 2009 – Garibaldi in América (Itália/Brasil); 2010 – Como Esquecer. AROUCA, EDUARDO Nasceu em Portugal. Morando no Brasil, começa carreira de ator, ainda no cinema mudo, em fi lmes como Os Estranguladores (1908) e Carioca Maravilhosa (1935). Estreia como diretor em 1917 no filme A Quadrilha do Esqueleto. É um pioneiro do Cinema Brasileiro. Lamentável terem-se tão poucas informações a seu respeito. Filmografia (ator): 1908 – Os Estranguladores (média-metragem); 1909 – Dona Inês de Castro (média-metragem); Um Drama na Tijuca (CM); Passaperna & Cia. ou Traz-se a Fazenda e... o Dinheiro (CM); 1917 – A Quadrilha do Esqueleto; Amor de Perdição (CM); 1918 – Amor e Boemia; 1926 – Risos e Lágrimas; 1933 – A Voz do Carnaval; 1935 – Noites Cariocas; Carioca Maravilhosa. Filmografia (diretor): 1917 – A Quadrilha do Esqueleto; 1918 – Amor e Boemia. ARRELIA Waldemar Seyssell nasceu em Jaguariaíva, PR, em 31 de dezembro de 1905. Sua família tem origem na França, no Condado de Seyssel, região de Grenoble, quando seu avô, Júlio Seyssel, apaixonase por uma malabarista equestre. Não podendo casar-se sem o consentimento da família por ser nobre, ele abandona tudo, título e riqueza, e vai embora com o circo. Após percorrer vários países, a família vem para o Brasil com o circo Charles Brothers, que foi montado em São Paulo. O pai de Waldemar, Ferdinando Seyssel cria o tipo Pinga-Pulha e também casa-se com uma filha de dono de circo. Mais tarde, com a ida de seu avô para o Chile, seu pai e seu tio Vicente montam sua própria companhia, o Circo Irmãos Seyssel que fica para Waldemar e seus irmãos. Antes de ser palhaço, Waldemar trabalha no circo fazendo malabarismo na cama elástica, no trapézio e nas barras com seus irmãos. Ele conta que, quando criança, era levado da breca, gostava de aborrecer arreliar todo mundo. Daí o apelido de Arrelia. Waldemar começa a trabalhar como palhaço em 1922 no Cambucí, em São Paulo. Entretanto, foi só em 1927, em Uberaba, que nasce o Arrelia, numa cena improvisada e bastante cômica, quando ele é obrigado a substituir um palhaço do circo. Seus irmãos o pintaram, vesti ram e o empurraram para o picadeiro. Waldemar cai, faz trejeitos e caretas, levanta mancando e é aplaudido freneti camente pelo público. Chega a formar-se advogado pela USP, mas nunca exerce a profissão. Em 1942 estabelece-se em São Paulo, com o Circo dos Irmãos Seyssell. Trabalha na companhia até 1953, quando ingressa na televisão, no programa Cirquinho do Arrelia, inicialmente na TV Paulista e depois na TV Record, em sua inauguração, ao lado de seu sobrinho Pimenti nha, onde fica no ar até 1974, fazendo enorme sucesso com as crianças do Brasil. Estreia no cinema em 1948 em Palhaço Atormentado. Atua em muitos outros filmes, com destaque para O Barbeiro que se Vira (1957) e Pluft, o Fantasminha (1964). É um dos palhaços mais famosos e queridos do Brasil. É de sua autoria a famosa frase Como Vai, Vai Bem? Morou, a partir de 1992 no Rio de Janeiro com sua segunda esposa, Dona Arlete, com quem vive desde 1946, e parti cipa de palestras em todo o Brasil, contando a história do circo e a sua, que naturalmente se misturam. Em 1997 lança o livro, Arrelia – Uma Autobiografia, editado pela IBRASA – Instituição Brasileira de Difusão Cultural, em São Paulo. De dois casamentos, tem quatro filhos, dez netos e oito bisnetos, sobreviveu à malária, viu seu circo pegar fogo e foi o primeiro palhaço da televisão brasileira. Morre em 23 de maio de 2005, no Rio de Janeiro, aos 99 anos de idade, vítima de pneumonia. Filmografia: 1948 – Palhaço Atormentado; 1950 – A Vida é uma Gargalhada; 1951 – O Cinema Nacional em Marcha (CM); Suzana e o Presidente; 1952 – Modelo 19 (Amanhã Será Melhor); 1953 – Destino em Apuros; O Homem dos Papagaios; 1954 – A Sogra; 1955 – Carnaval em Lá Maior; 1956 – O Brasil na Eletrônica (CM); 1957 – O Barbeiro que se Vira; 1958 – Na Corda Bamba; 1965 – Pluft, o Fantasminha. ARRUDA, GENÉSIO Genésio Soares de Arruda Júnior nasceu em Campinas, SP, em 28 de maio de 1898. Cria-se em São Carlos. Começa sua carreira artística no circo. Sua estreia profissional acontece em 1923, na peça O Caipira de Tinguá, na Companhia Mário Freire. Com Tom Bill, funda a Companhia Disparates Cômicos, apresentando-se por todo o Brasil. Estreia no cinema em 1924 no filme Vocação Irresistível, levando para as telas o primeiro caipira brasileiro, que mais tarde inspiraria Mazzaropi. Em 1931 dirige seu primeiro e único filme, O Campeão de Futebol. Ainda no cinema, participa de muitos outros como Acabaram-se os Otários (1929), O Babão (1931) e Apuros do Genésio (1940). Atua também nas rádios Record e Bandeirantes. Na televisão, faz, durante um ano, programa de circo de muito sucesso. Com sua família, forma um conjunto típico, apresentando-se pelo interior de São Paulo. Seus três últimos filmes são com Mazzaropi, numa sincera homenagem deste ao seu ídolo. Morre em 3 de outubro de 1967, aos 69 anos de idade. Filmografia (ator): 1924 – Vocação Irresistível (CM); 1929 – Acabaram-se os Otários; O Amor não Traz Vantagens (CM); 1930 – Lua de Mel (CM); Canções Brasileiras (CM); A Minha Mulher me Deixou (CM); Sobe o Armário (CM); 1931 O Babão; Campeão de Futebol; Tom Bill Brigou com a Namorada (CM); 1940 Apuros do Genésio (CM); Parafuso Fora de Lugar (CM); 1941 – O Dia é Nosso; 1952 – O Mistério do Campo Santo (inacabado); 1955 – Carnaval em Lá Maior; 1960 – As Aventuras de Pedro Malazartes; Zé do Periquito; 1961 – Tristeza do Jeca; 1971 – Cômicos e mais Cômicos. Filmografia (diretor): 1931 – O Campeão de Futebol. ARRUDA, REJANE Rejane Kasting Arruda nasceu em Florianópolis, SC, em 30 de janeiro de 1971. Começa sua carreira como bailarina, depois professora de balé para crianças em sua própria academia. Em 2000 faz sua primeira novela, O Cravo e a Rosa, como Kiki Duprée. Vai para o SBT parti cipar de Jamais te Esquecerei (2003), como Branca, depois Essas Mulheres (2005), pela TV Record e de volta ao SBT é uma das protagonistas de Cristal, no papel de Antonia. Estreia no cinema em 2004 no filme O Veneno da Madrugada, direção de Ruy Guerra. É irmã da atriz Carolina Kasting. Filmografia: 1998 – Espelho (CM); 2004 – O Veneno da Madrugada; 2007 – Iminente (CM); Corpo; Cidade do Tesouro (CM). ARRUDA, SUZY Nasceu em Tietê, SP, em 24 de maio de 1917. Inicia sua carreira na TV Tupi, no inicio dos anos 1950., como a primeira Dona Benta da televisão, na versão do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Em seguida atua nos dramas Heidi (1956), Aventuras de Tom Sawyer (1958), Pollyana Moça (1958) e David Copperfield (1958). Estreia no cinema em 1958 no filme O Grande Momento, de Roberto Santos. Faz vinte filmes, de 1958 a 1979, com destaque para Cidade Ameaçada (1960, competente policial dirigido por Roberto Farias, Adorável Trapalhão (1967), com Renato Aragão em início de carreira e inúmeras pornochanchadas nos anos 70. Sua primeira novela é Escrava do Silêncio, em 1965, pela TV Cultura, como Madame Monsour, Enquanto Houver Estrelas, em 1969, pela TV Tupi, como Neide, etc., mas seu melhor momento aconteceria em 1973, como a Florzinha do Bem-Amado, em que fica nacionalmente conhecida, e depois em Locomotivas (1977), como Mirtes, outro grande momento. Depois disso faz apenas mais duas novelas, sendo a última, Chapadão do Bugre (1988), pela TV Manchete. Aposentada, morre em São Paulo, SP, em 2005, aos 88 anos de idade. Filmografia: 1958 – O Grande Momento; 1960 – Cidade Ameaçada; 1966 – Essa Gatinha é Minha; Rio, Verão & Amor; Nudista à Força; 1967 – Adorável Trapalhão; 1970 – O Bolão; Uma Garota em Maus Lençóis; Anjos e Demônios; 1971 Uma Pantera em Minha Cama; 1972 – Eu Transo... Ela Transa; 1972 – A Difícil Vida Fácil; Os Machões; 1973 – Missa do Galo (CM); Café na Cama; 1975 – O Flagrante; 1976 – As Mulheres que Dão Certo (episódio: Crime e Castigo); 1978 As Aventuras de Robinson Crusoé; Nos Embalos de Ipanema; 1979 – Vamos Cantar Disco Baby. ARTACHO, CÉLIA Célia Sueli Artacho nasceu em 1956. Começa sua carreira como modelo profissional. Ao ver sua foto num catálogo de modelos, David Cardoso convida-a para parti cipar do filme Dezenove Mulheres e um Homem, em 1976, num pequeno papel. O filme faz grande sucesso e ela acaba atuando em outros. Depois, mudase para a Itália, onde elege-se Lady Universo, em 1984. De volta ao Brasil leciona o idioma italiano e torna-se microempresária. Em 1990 filia-se ao Prona, partido de Enéas, elegendo-se Deputada Estadual em 1994. Desde 1980 está afastada da vida artísti ca. Filmografia: 1977 – Dezenove Mulheres e um Homem; 1979 – O Matador Sexual; 1980 – P.S.: Post-Scriptum; 1981 – Campineiro, Garotão para Madames. ARUTIM, LUIZ CARLOS Nasceu em Barretos, SP, em 19 de janeiro de 1933. Inicia sua carreira no teatro. Estreia na televisão em 1971 na novela Meu Pedacinho de Chão, em que segue regular carreira em minisséries e telenovelas como no remake de A Deusa Vencida, como o avarento Seu Amarante, Os Imigrantes (1981), Vereda Tropical (1984), Top Model (1989), Renascer (1993), na qual fica nacionalmente conhecido como o turco Rachid, Memorial de Maria Moura (1994) e A Idade da Loba (1995). Estreia no cinema em 1974 no filme O Pica-Pau Amarelo. Faz poucos fi lmes, mas seu papel em Menino Maluquinho (1995) como o avô do garoto será sempre lembrado. No teatro, uma de suas últimas peças é Exorbitâncias, de Antonio Abujamra. Na televisão, aparece pela última vez em um episódio de Você Decide (1996). Foi casado com Maria do Carmo Vieira, com quem teve um fi lho, Camilo (1979). Estava ensaiando para estrear a peça Fantoches, de Érico Veríssimo, quando morre tragicamente em 8 de janeiro de 1996, aos 62 anos de idade, no Rio Janeiro, não resisti ndo aos ferimentos de um incêndio na sua casa. Filmografia: 1974 – O Pica-Pau Amarelo; 1984 – A Flor do Desejo; 1986 – Sonho sem Fim; 1995 – Menino Maluquinho – O Filme. AS TRÊS MARIAS Trio feminino musical, de muito sucesso nas décadas de 1940/1950. Formado em 1941 por Regina Célia, que vinha de carreira solo, Nilza Oliveira e Hedmar Marti ns. Contratadas pela Rádio Nacional, fazem muito sucesso, chamando a atenção pelo bom gosto do repertório e afinação perfeita. No cinema, participam, entre outros, de É Proibido Sonhar (1943), Aguenta Firme, Isidoro (1950), etc. Na década de 50 o trio se desfaz. Filmografia: 1943 – É Proibido Sonhar; 1949 – Não me Digas Adeus (No me Digas Adiós) (Brasil/Argenti na); 1950 – Aguenta Firme, Isidoro; 1952 – Era uma Vez um Vagabundo. ASSIS, SAMUEL DE Samuel Costa Santos nasceu em Aracaju, SE, em 1983. Radicado em São Paulo, estuda na Escola de Arte Dramática – EAD da USP e inicia sua carreira no teatro profissional em 2000. Fica quatro anos no grupo Uzina Ozona de Zé Celso Martinez Correa e depois na Ofi cina-Documentário Clandestinos de João Falcão. Atua nas peças Os Salti mbancos, Na Cadência Bonita do Samba, À Margem da Vida, Hair e Os Sertões. Graças a suas atividades teatrais é convidado para participar da novela Ciranda de Pedra (2008), no papel do químico Emiliano, pela TV Globo, mas seu personagem deixa a trama antes do final. Estreia no cinema em 2008 no curta Seis Moedas. Seu primeiro longa é Chico Xavier (2010). Em 2009 participa da novela A Lei e o Crime pela TV Record. Filmografia: 2008 – Seis Moedas (CM); Aos Nossos Filhos (CM); 2010 – Chico Xavier; 5x Favela, Agora por Nós Mesmos. ASSIS, WOLNEY DE Nasceu em Porto Alegre, RS, em 1937. Na juventude, é recordista de natação. Começa a estudar teatro na década de 1950. Sua primeira peça, ainda em Porto Alegre, é Egmunt, que lhe confere o prêmio de melhor ator no Festival de Teatro de Santos. Em seguida, por indicação do crítico Sábato Magaldi, chega a São Paulo e se junta à turma da Cia. Nydia Lícia, no Teatro Bela Vista. Depois trabalha no Oficina, de Zé Celso, e no Grupo Decisão de Antonio Abujamra. Nessa época conhece a atriz Berta Zemel, com quem se casa. Em 1967, em plena repressão militar, filiase à ALN, grupo guerrilheiro da época. Conhece Marighella e entra de cabeça no movimento, abandonando a vida artísti ca. Com a morte de Marighella, deixa o grupo e começa a dar aulas de teatro, clandestinamente. Em 1961 estreia no cinema, num episódio da serie O Vigilante Rodoviário, mas pouco se dedica a esse veículo. Em 1995 recebe o convite de Beto Brant, ex-aluno seu, para trabalhar no filme Os Matadores, no papel de Alfredão. Depois de muito relutar, aceita o papel e dá um show, fazendo com que retome suas atividades artísti cas. Sua atuação no filme o leva à televisão, na qual atua na minissérie Presença de Anita (2001), pela TV Globo, como delegado. No teatro, por meio de sua empresa 7Cênico, monta diversas peças como O Armário, O Dormitório, Preso Entre Ferragens, etc. Em 2007 recebe o Troféu Candango de melhor ator pelo curta-metragem Enciclopédia do Inusitado e do Irracional. Atua nos filmes Cheiro do Ralo (2006) e Meu Mundo em Perigo (2007). Filmografi a: 1961/1962: O Vigilante Rodoviário; 1970 – Isto é São Paulo; 1997 – Os Matadores; 2003 – I Hate São Paulo; 2006 – O Cheiro do Ralo; 2007 – Enciclopédia do Inusitado e do Irracional (CM); Meu Mundo em Perigo. ASSUM, PRISCILA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27 de novembro de 1982. Atriz precoce, muito jovem faz teatro, com a peça Os Sinos da Candelária e participa de programas na Rádio Nacional. Compete com 800 candidatos e ganha o papel de Branquinha, no filme Como Nascem os Anjos, de Murilo Salles, arrebatando prêmios nos Festivais de Brasília e Gramado. Em 2008 faz sua estreia na televisão, em Casos e Acasos, como Margô. Tem desenvolvido regular carreira no cinema, e filmes de curta e longa-metragem como Cafuné (2005) e Domingo de Páscoa (2008). Filmografia: 1996 – Como Nascem os Anjos; 2005 – Preto no Branco (CM); Cafuné; 2007 – Castelar e Nelson Dantas no País dos Generais; 2008 – Domingo de Páscoa (CM); Mãe (CM). ASSUMPÇÃO, LEILAH Maria de Lourdes Torres de Assunção nasceu m Botucatu, SP, em 18 de junho de 1943. Forma-se em pedagogia e, em 1963, aos vinte anos de idade, muda-se para São Paulo. Faz cursos de desenho, moda e teatro. Inicia sua carreira como manequim e modelo e logo em seguida começa a escrever textos teatrais, tornando-se importante dramaturga. Seu primeiro sucesso é Fala Baixo Senão eu Grito, em 1969, encenado por Marília Pera e ganhador de vários prêmios, entre eles o APCA e Molière. Já consagrada, escreve Jorginho, o Machão (1971), Roda Cor de Roda (1975), Vejo um Vulto na Janela (1979), Seda Pura e Alfi netadas (1980), Avenida Paulista (1982), Boogeyman (1988), Adorável Desgraçada (1994), Inti midade Indecente (2001), Ilustríssimo Filho da Mãe (2008), etc. Para a televisão escreve textos de novelas, minisséries e casos especiais da TV Record, como Venha Ver o Sol na Estrada (1973), e Globo, como Avenida Paulista (1982), Moinhos de Vento (1983) e Primeiro de Abril Brasil (1988). No cinema, estreia ainda como manequim no filme Anuska, Manequim e Mulher, em 1968. Foi casada com o diretor Clóvis Bueno. Atualmente está casada com o financista Walter Appel com quem tem uma fi lha, Camila. Em 2007 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, pela Coleção Aplauso, lança sua biografia, Leilah Assumpção – A Consciência da Mulher, de autoria de Eliana Pace. Filmografia: 1968 – Anuska, Manequim e Mulher; 1972 – O Demiurgo. ASSUNÇÃO, CLÁUDIA Nasceu em Belo Horizonte, MG. Atriz, bailarina e preparadora corporal. Inicia sua carreira no teatro. Entre outras, parti cipa das produções Romão e Julinha (1997), Mulheres de Holanda (2007), Estas Canções (2008), Marido Matriz e Filial (2008), O Corcunda de Notre-Dame (2008), O Malandro (2008), Três Mulheres para Fernandinho (2008), etc. Estreia no cinema em 2004 no curta Meninos da Zona Sul. Seu primeiro longa é O Sol do Meio-Dia (2009), direção de Eliane Caffé. Filmografia: 2004 – Meninos da Zona Sul (CM); 2009 – O Sol do Meio-Dia; Revertere ad Locum Tuum (CM). ASSUNÇÃO, FÁBIO Fábio Assunção Pinto nasceu em São Paulo, SP, em 10 de agosto de 1971. Lutou judô e foi escoteiro mirim do Ipê Clube, no Ibirapuera, em São Paulo. Queria ser médico mas tornou-se guitarrista da banda de rock Delta T. Aos 17 anos cursa seis meses de Comunicação Social na FIAM (Faculdades Integradas Alcântara Machado). Em seguida entra para o curso de teatro da Fundação das Artes, em São Caetano do Sul, cidade vizinha de São Paulo. Em 1986, com 15 anos, estreia no teatro na peça Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues. Em 1989, quando encenava a peça Barrela, de Plínio Marcos, Fábio foi visto por um produtor de elenco da TV Globo que encaminhou seu curriculo à emissora. Logo depois recebe convite para fazer testes para a novela Meu Bem, Meu Mal, vivendo o papel de Marco Antonio Venturine. Aprovado, faz sua estreia na televisão. Aos poucos, vai se consolidando como galã e ator de grande talento em novelas como Vamp (1991) e De Corpo e Alma (1992). Em Sonho Meu (1993), interpreta Jorge, um médico sem escrúpulos, seu primeiro papel de vilão. Seguem-se Pátria Minha (1994), O Rei do Gado (1996), Por Amor (1997), Coração de Estudante (2002), Celebridade (2003), Paraíso Tropical (2007), Negócio da China (2008) e as minisséries Mad Maria (2005) e JK (2006). Estreia no cinema em 1995 no curta Biu, a Vida Real não Tem Retake. Seu primeiro longa é A Hora Marcada (2000), depois participa de vários outros como Bellini e a Esfinge (2001), Cristina Quer Casar (2003), Primo Basílio (2007), etc. Em 2010 retorna na minissérie Dalva e Herivelto, ao lado de Adriana Esteves. Foi casado por oito anos com a produtora e modelo Priscila Borgonovi, com quem tem um filho, João, nascido em 2003. Reunindo beleza e talento, é um dos grandes atores brasileiros da atualidade. Filmografia: 1995 – Biu, a Vida Real não Tem Retake (CM); 2000 – A Hora Marcada; Duas Vezes com Helena; 2001 – Bellini e a Esfinge; 2002 – ¿Quién es Alejandro Chomski? (Argentina) (depoimento); 2003 – Cristina Quer Casar; 2004 – Sexo, Amor e Traição; 2004 – Espelho dÁgua, uma Viagem no Rio São Francisco; 2007 – O Primo Basílio; 2008 – Bellini e o Demônio; 2009 – Do Começo ao Fim. AUGUSTO ANÍBAL Augusto Aníbal de Almeida nasceu em Fortaleza, CE, em 1892. Um dos primeiros comediantes do cinema brasileiro, inicia sua carreira no teatro em finais do século XIX. Estreia no cinema em 1922 no filme O Cavaleiro Negro. Quase todos seus fi lmes foram dirigidos por Luiz de Barros. Atua em doze filmes, sendo o último Era uma Vez um Vagabundo, de 1952. Aposentado e afastado da vida artística, morre em 1965, aos 73 anos de idade. Filmografia: 1922 – O Cavaleiro Negro; 1923 – Augusto Aníbal Quer Casar; 1924 – A Sertaneja; 1925 – A Gigolete; 1929 – Sinfonia da Floresta; 1938 – Maridinho de Luxo; 1945 – O Cortiço; 1946 – Caídos do Céu; 1948 – Fogo na Canjica; Esta é Fina; 1949 – Pra Lá de Boa; 1950 – Aguenta Firme, Isidoro; Anjo do Lodo; Meu Dia Chegará; 1952 – Era uma Vez um Vagabundo. AUGUSTO OLÍMPIO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1943. Ator e humorista. Estreia na televisão em 1973 no programa Chico City, como o Beijoca. No mesmo ano faz sua primeira novela, O Bem-Amado, em que interpreta o hilário Cabo Ananias, funcionário da delegacia. Estreia no cinema em 1971 em Ipanema Toda Tua, mas seu melhor momento acontece no filme Amante Latino, como Maquininha, o empresário de Sidney Magal. Desenvolve toda sua carreira na TV Globo em novelas como Saramandaia (1976), como Hominho; Cabocla (1979), como Chico; Sinhá Moça (1986), como Sacristão Bobó; e na minissérie La Mamma (1990), seu últi mo trabalho. Comediante de raro talento, morre prematuramente em 1993, aos 50 anos de idade, de câncer, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1971 – Ipanema Toda Tua; 1976 – O Pai do Povo; 1979 – A Noiva da Cidade; Amante Latino; O Coronel e o Lobisomem. AUTRAN, PAULO Paulo Paquet Autran nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 7 de setembro de 1922. Aos oito anos de idade tem sua primeira experiência na arte de representar, como diabo, numa peça escrita pela irmã, em encenação familiar. Estuda direito, e chega a ter escritório próprio, quando desiste de tudo para se dedicar à sua vocação maior: O Teatro, em 1949, atendendo convite de Tônica Carrero para interpretar Zeus, na peça Um Deus Dormiu Lá em Casa, de Guilherme Figueiredo. Nos anos 1950, funda sua própria companhia, ao lado de Tônia Carrero e Adolfo Celi. Tem passagem importante no cinema, estreando com o filme Appassionata (1952) na lendária Companhia Cinematográfica Vera Cruz, passando por Terra em Transe (1965) e O País dos Tenentes (1987) e mais recentemente A Máquina, entre tantos outros, inclusive vários curtas-metragem. Estreia na televisão em 1960 no especial Gabriela, Cravo e Canela, no papel de Tonico Bastos. Tem brilhantes atuações nas novelas Pai Herói (1979), como Bruno Baldaracci; Os Imigrantes (1981), como Paco Valdez; Guerra dos Sexos (1983), como Otávio; Bimbo de Alcântara Rodrigues e Silva; Sassaricando (1987), como Aparício; Brasileiros e Brasileiras (1990); e Hilda Furacão (1998), como Padre Nelson, sua última novela. Em 1999 é convidado para participar do episódio O Tesouro da Juventude, do programa Você Decide, no papel de Custódio, sua última passagem pela telinha. Torna-se um monumento do Teatro Brasileiro, interpretando Shakespeare, Molière e outros. Em 1996 encara a prova de maturidade de qualquer ator e interpreta com brilhanti smo Rei Lear de Shakespeare, mas seu currículo já acumula centenas de montagens de outros autores importantes como Molière, Ibsen, Brecht e Pirandello. Autran viveu 77 anos solteiro, mas em 1999 casa-se com Karin Rodrigues, amiga de 30 anos. É respeitado – por toda a comunidade artísti ca e pelo público em geral – como um dos maiores atores brasileiros de todos os tempos. Morre em 12 de outubro de 2007, em São Paulo, cidade que escolheu para morar, de enfisema pulmonar, aos 85 anos de idade. Filmografia: 1952 – Appassionata; Veneno; 1953 – Destino em Apuros; Uma Pulga na Balança; 1954 – É Proibido Beijar; 1962 – As Sete Evas; 1963 – Tudo ou Nada (Le Tout Pour Le Tout) (Brasil/França); 1964 – Cronica da Cidade Amada (narração); 1965 – Mar Corrente; Tudo ou Nada; 1967 – Terra em Transe; 1970 – Brasil & Cia. Filme (CM); 1979 – O Menino Arco-Íris (A Infância de Jesus Cristo); 1985 – Vertiges (França); O Transformista (CM); 1987 – O País dos Tenentes; 1988 – Fogo e Paixão; 1990 – A Inútil Morte de S.Lira (CM); 1995 – Felicidade É... (episódio: A Cruz); 1997 – À Meia-Noite com Glauber Rocha (CM); 1998 – O Enfermeiro – Um Conto de Machado de Assis (CM); 2000 – Oriundi, o Verdadeiro Amor é Imortal; Tiradentes; 2001 – Artifícios (CM); Em Busca da Ilha Desconhecida (narração) (MM); 2002 – Poeta de Sete Faces (Vida e Poesia de Carlos Drummond de Andrade) (leitura de um poema); 2003 – A Partida (CM); 2005 – A Máquina; 2006 – O Ano em Que meus Pais Saíram de Férias; 2007 – O Passado (El Pasado) (Brasil/Argenti na); 2009 – Flávio Rangel – O Teatro na Pal-ma da Mão (depoimento). AVANCINI, ANDRÉA Andréa da Rosa Avancini nasceu em São Paulo, SP, em 2 de Abril de 1966. Filha do diretor Walter Avancini, inicia sua carreira artística em 1983 na telenovela Moinhos de Vento. Segue carreira regular na televisão em novelas como Bambolê (1987), A Viagem (1994), Mandacaru (1997), A Padroeira (2001), Chocolate com Pimenta (2003), Alma Gêmea (2005) e O Profeta (2006). Estreia no cinema numa pequena parti cipação no filme Banana Split, mas dedica sua carreira mais ao teatro e televisão. Além de atriz, Andréa também tem sua própria oficina de teatro, chamada Casa e Companhia de Artes Avancini, no Rio de Janeiro, onde ensina a arte de interpretar a novos talentos. Na escola são ministradas aulas de dublagem, vídeo, musicais, dança e teatro. Em 2007 Andréa é contratada pela TV Record para integrar o elenco da novela Caminhos do Coração e, mais recentemente, Promessas de Amor, em 2009. Em 2008 estreia seu novo espetáculo teatral, A Mulher do Candidato, de Walcyr Carrasco, com direção de Cininha de Paula. É irmã do cineasta Alexandre Avancini. Filmografi a: 1988: Banana Split; 1990 – Boca de Ouro. AVANCINI, WALTER Nasceu em São Caetano do Sul, SP, em 18 de abril de 1935. Filho de pedreiro, de infância muito pobre, começa a trabalhar como ator de rádio aos sete anos e, aos nove, torna-se o maior salário da familia. Aos treze anos, escreve seu primeiro texto, um programa infanto-juvenil de rádio, já revelando seu enorme talento. Com o surgimento da televisão em 1950, torna-se autor de teledramas. Sua primeira experiência na direção acontece em 1958, no teledrama Lampião, de Rachel de Queiroz, mas dirigiria sua primeira novela somente em 1964, Melodia Fatal, e não para mais, tornando-se um dos mais competentes diretores da televisão Brasileira, com trabalhos do quilate de A Deusa Vencida (1965), pela TV Excelsior, Gabriela (1975), pela TV Globo, e, mais recentemente, Xica da Silva (1997), Mandacaru (1997) pela TV Manchete, Sendo em 2001 sua última direção, na novela A Padroeira, pela TV Globo. Estreia no cinema como ator em 1949, aos quatorze anos de idade, ao lado de Vianinha, no filme Quase no Céu. Em 1950 empresta sua voz para o garoto do filme Caiçara, primeira produção da Vera-Cruz e como diretor, sua única experiência acontece em 1990 no filme Boca de Ouro. Morre em 26 de setembro de 2001, aos 66 anos, no Rio de Janeiro, de insufi ciência respiratória. Filmografia (ator): 1949 – Quase no Céu; 1950: Caiçara (voz); 1960 – Conceição; 1975 – O Casal. Filmografia (diretor): 1990 – Boca de Ouro. AVELAR, LÉO Nasceu em São Paulo, SP. Faz serviço militar na Aeronáuti ca, chegando a Sargento. Com fortes inclinações artísti cas, começa a fazer novelas na rádio e depois na televisão. A conselho do amigo Miro Cerni, já ator consagrado na Vera Cruz, Léo faz testes e consegue uma chance no filme O Gato de Madame, ao lado de Mazzaropi, num pequeno papel. Acaba parti cipando de outros como O Capanga (1958), A Morte Comanda o Cangaço (1960) e A Marcha (72), seu último filme. Filmografia: 1956 – O Gato de Madame; Não Matarás; 1957 – O Circo Chegou à Cidade (Toni, o Leiteiro); 1958 – O Capanga; 1959 – Crepúsculo de Ódios (Nas Garras do Desti no); 1960 – A Morte Comanda o Cangaço; 1961 – A Moça do Quarto 13 (Girl in Room 13) (Brasil/EUA); 1966 – O Vigilante e os Cinco Valentes; 1972 – A Marcha. ÁVILA, OSWALDO Nasceu em Porto Alegre, RS. Inicia sua carreira na Rádio Farroupilha. Em 1961 estreia no teatro na peça O Despacho de Mário de Andrade. Depois vêm Paris, 1900, de Feydeau, e O Vestido Lilás de Valentina, de François Gogan, entre outras. Ainda em Porto Alegre faz seu primeiro filme, Coração de Luto, ao lado de Teixeirinha. Muda-se para São Paulo e inicia carreira na televisão, nas novelas Nino, o Italianinho (1969), As Bruxas (1970), Simplesmente Maria (1970), A Selvagem (1971), Hospital (1971), A Fábrica (1971), A Revolta dos Anjos (1972), Mulheres de Areia (1973) e A Deusa Vencida (1980). No cinema, faria muitos outros filmes, entre eles, As Cangaceiras Eróti cas (1974) e Sexo Selvagem (1979). Filmografia: 1966 – Coração de Luto; 1970 – Motorista sem Limites; 1972 – Os Desclassifi cados; 1973 – Maria... Sempre Maria; 1974 – As Cangaceiras Eróti cas; 1975 – Lucíola, o Anjo Pecador; 1976 – A Últi ma Ilusão; 1977 – Guerra é Guerra (episódio: O Poderoso Cifrão); As Trapalhadas de Dom Quixote & Sancho Pança; Nem as Enfermeiras Escapam; 1978 – Noite em Chamas; 1979 – Sexo Selvagem. AZEVEDO, DELLY Delly Azevedo Carvalho Cordeiro nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Na escola faz teatrinho infantil e, no seu bairro, junta as colegas para representar nas calçadas e no quintal de casa. O pai, farmacêutico, não gosta nada da ideia, pois queria que a filha seguisse sua profissão. Já cursando o científico, abandona os estudos para se dedicar à sua verdadeira vocação, matriculandose no curso de arte dramática de Dulcina de Morais. Nessa época conhece o senhor Antenor Mayrink Veiga e pede-lhe uma oportunidade como radioatriz, mas a família é contra. Depois, é convidada por Victor Verbara para trabalhar em seu teatro na TV Tupi, no qual figura em algumas peças no Studio 53. Logo vem a grande oportunidade, ao substituir Haideé Miranda no papel de Lady Bela no seriado Falcão Negro. Com a carreira a pleno vapor na televisão, faz sua estreia no cinema em 1957, numa pequena ponta no filme As Treze Cadeiras. Entre outros, parti cipa de As Sete Evas (1962) e Sangue na Madrugada (1964), quando encerra sua carreira artística, não se tendo notícia de sua continuidade. Filmografia: 1957 – Treze Cadeiras; 1962 – As Sete Evas; 1963 – Sonhando com Milhões; 1964 – Sangue na Madrugada. AZEVEDO, DIONÍSIO Toufik Jacob nasceu em Conceição da Aparecida, MG, em 4 de Abril de 1922. No início dos anos 30 muda-se para São Paulo e ingressa no Instituto Brasileiro de Cultura Cinematográfi ca, tendo como professores Lima Barreto e Léo Ivanov. Na década de 40 vai para a Rádio Record como radioator, transferindo-se para a televisão na década de 1950, onde constitui sólida carreira. Estreia em Corações na Sombra, em 1951, seguindo-se Sua Vida me Pertence (1951), Sangue na Terra (1954), TV de Comédia (1958), TV Teatro (1958), TV de Vanguarda (1951/1959), Ambição (1964), A Pequena Órfã (1968), Algemas de Ouro (1969), As Pupilas do Senhor Reitor (1970), O Velho, o Menino e o Burro (1975), O Astro (1977), Pai Herói (1979), Champagne (1983), entre tantas outras. Estreia no cinema em 1949 no filme Quase no Céu. Com muitos filmes no curriculo, tem seu ponto alto em O Pagador de Promessas (1962). Estreia como diretor em 1957 no filme Chão Bruto, chegando a dirigir outros três. No teatro, também participa de peças importantes como O Balcão, Os Autos Sacramentares, Nas Ruínas de Persépolis, A Morte do Caixeiro Viajante, etc. Em 1984 faz sua última aparição na televisão, na minissérie Meu Destino é Pecar. Foi casado com a atriz Flora Geny de 1950 a 1991, até a morte desta e com ela teve dois filhos. Morre em 9 de dezembro de 1994, aos 72 anos de idade, em São Paulo. Filmografia: 1949 – Quase no Céu; 1950 – A Gata (CM); 1951 – Corações na Sombra (voz); 1955 – Mãos Sangrentas (Manos Sangrientas) (Brasil/Argentina) (dublagem); 1956 – O Sobrado; 1958 – A Seca (CM) (narração); 1960 – O Semeador (CM); A Estrada do Amor (West Ist Der Weg) (Alemanha); Cidade Ameaçada; A Primeira Missa; 1961 – A Moça do Quarto 13 (Girl in Room 13) (Brasil/ EUA) – (voz); 1962 – O Pagador de Promessas; Figuração (CM) (narração); 1963 Lampião, o Rei do Cangaço; 1965 – O Pescador e sua Alma (Brasil/EUA); 1966 O Santo Milagroso; 1969 – Corisco, o Diabo Loiro; 1971 – Longo Caminho da Morte (A Casa Maldita); 1972 – O Grito (CM); Independência ou Morte; 1973 – A Pequena Órfã; Obsessão; 1974 – Sedução (Qualquer Coisa a Respeito do Amor); 1976 – Bacalhau; A Noite das Fêmeas (Ensaio Geral); O Dia das Profissionais; O Dia em que o Santo Pecou; Kung Fu contra as Bonecas; 1977 – Fazendo Fita (CM) (narração); 1979 – Peixes à Bala (CM) (locução); O Caçador de Esmeraldas; O Menino Arco-Íris (A Infância de Jesus Cristo); 1981 – Verde Vinho: Romance de um Imigrante (Brasil/Portugal); 1982 – Fuscão Preto; 1984 – Os Bons Tempos Voltaram – Vamos Gozar Outra Vez (episódio: Primeiro de Abril); 1985 – Marvada Carne; 1989 – Kuarup; 1995 – Eternidade (Brasil/Portugal). AZEVEDO, ELY Nasceu em Macaé, RJ, em 1930. Crítico de cinema do Jornal do Brasil e da Tribuna de Imprensa. Representante do Geicine (Grupo Executi vo da Indústria Cinematográfica) na Comissão de Seleção de Filmes para Festivais Internacionais, no biênio 1965/1966. Cofundador do primeiro Cinema de Arte do Brasil. Parti cipa de alguns filmes, entre eles, Na Garganta do Diabo, em 1959. Filmografia: 1959 – Na Garganta do Diabo; 1962 – A Ilha. AZEVEDO, JONATHAN Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1986. Criado na comunidade Cruzada São Sebastião, na zona sul carioca, adolescente, vendia drogas nas areias da Praia de Ipanema. Na escola, seu amigo Jonathan Haagensen o convida para conhecer o grupo Nós do Morro, grupo teatral do Vidigal e vê sua vida mudar completamente. Começa a estudar teatro e entra para a Faculdade de Artes Cênicas, mas não consegue concluir por causa do excesso de trabalho. Estreia na televisão em 2006 na novela Página da Vida. No cinema, seu primeiro fi lme é Cidade dos Homens, em 2007. Fez vários outros como Meu Nome não é Johhny (2008), Verônica e 400 contra 1 (2010). Na televisão, atua em Aqui não há Quem Viva (2006), Faça dua História (2008) e Força-Tarefa. (2009). Com talento e força de vontade, Jonathan vê sua carreira crescer a cada trabalho. Filmografia: 2007 – Cidade dos Homens; Sete Minutos (CM); 2008 – Meu Nome não é Johnny; Verônica; Feliz Natal; Última Parada 174; 2010 – 400 contra 1. AZEVEDO, MARIA MARIANA Maria Mariana Monnerat de Azevedo nasceu em 28 de novembro de 1995. Em maio de 1996 sua mãe a inscreve na agência de modelos Funny Faces e o bebê inicia sua carreira parti cipando de um desfile para a confecção de Carla Perez. Em 2001, já na agência Dézir, faz sua estreia na televisão, ao participar de um episódio do Sítio do Pica Pau Amarelo e em seguida consegue um pequeno papel no filme Xuxa e os Duendes 2, sua estreia no cinema. Em 2003 participa da minissérie A Casa das Sete Mulheres, filmes com a Xuxa, etc. Atuando sem parar, parti cipa de Celebridade (2004), América (2005), como Sol criança; a minissérie JK (2006), interpretando a jovem Márcia Kubitschek; e Avassaladoras, a Série (2006), no papel de Amanda. É a promessa de um grande talento brasileiro. Filmografia: 2002 – Xuxa e os Duendes 2; 2003 – No Meio da Rua; Cazuza, o Tempo não Para; Xuxa em Abracadabra; 2006 – Xuxa Gêmeas; 2007 – Os Porralokinhas. AZEVEDO, ODILON Nasceu em Santa Rita de Cássia, MG, em 1904. De carreira essencialmente teatral, em 1934 funda, com sua esposa Dulcina, a Companhia Teatral Dulcina-Odilon que passa a produzir peças importantes como Chuva, O Gosto da Vida, O Melhor dos Pecados, César e Cleópatra, Helena de Troia, Amor, Bodas de Sangue, etc, que são apresentadas nos quatro cantos do Brasil. Em 1947 fundam o Teatro de Arte do Rio, que lança atores importantes como Nicette Bruno, Fernanda Montenegro, Mauro Mendonça, etc. Ao contrário de Dulcina, que participou de apenas um filme, Odilon fez onze, sendo sua estreia em Veneno Branco, produção de 1929. Em 1941 participa de 24 Horas de Sonho, produção da Cinédia, ao lado de Dulcina, Aí Vêm os Cadetes (1959) e O Menino e o Vento (1967). O casal Dulcina-Odilon foram os principais nomes do teatro brasileiro na primeira metade do século 20. Foi casado, de 1931 a 1966, com a atriz Dulcina de Moraes, a grande dama do teatro brasileiro. Morre em 1966 no Rio de Janeiro, aos 62 anos de idade. Filmografia: 1929 – Veneno Branco; 1937 – A Mulher que Passa; 1941 – 24 Horas de Sonho; 1953 – Com a Mão na Massa; 1958 – Matemática Zero, Amor Dez; 1959 – Aí Vêm os Cadetes; 1961 – Por um Céu de Liberdade; 1962 – Vagabundos no Society; 1964 – Asfalto Selvagem; 1967 – O Menino e o Vento. AZEVEDO, ROBERTO Nasceu em Piracicaba, SP, em 1951. Ator e humorista Inicia sua carreira no teatro, no final dos anos 1960. Estreia na televisão em 1972 para compor o elenco jovem da telenovela Eu e a Moto, pela TV Record. No teatro atua em 29 peças, como O Feitiço, etc... Participa dos humorísti cos Planeta dos Homens (1976), Estúdio A.Gildo (1982) e Veja o Gordo (1988), quando Jô Soares estava no SBT. Estreia no cinema em 1978 no filme A Noiva da Cidade, de Alex Vianny. Sua última novela foi Razão de Viver, em 1983, pelo SBT. Morre em 30 de abril de 1988, em São Paulo, de complicações decorrentes do vírus da AIDS. Filomografia: 1978 – A Noiva da Cidade; 1979 – Vamos Cantar Disco Baby. AZEVEDO, WALDIR Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27 de janeiro de 1923. Compositor e instrumentista e exímio executante de cavaquinho, divulga nossa música por décadas. Compõe verdadeiras joias da nossa MPB, como por exemplo Brasileirinho. Participa de dois filmes, O Primo do Cangaceiro (1955) e Assalto à Brasileira (1971). Morre em 21 de setembro de 1980, em Brasília, aos 57 anos de idade. Filmografia: 1955 – O Primo do Cangaceiro; 1971 – Assalto à Brasileira. B BABO, LAMARTINE Lamartine de Azevêdo Babo nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de janeiro de 1904. Começa a compor ainda menino e aos dezoito anos emplaca seu primeiro sucesso, No Rancho Fundo, com Ary Barroso. Em 1932, domina o carnaval com O Teu Cabelo não Nega. Faz várias marchinhas de carnaval, música junina, publica dois livros humorísticos e é notável animador radiofônico. Parti cipa de alguns filmes, sendo a estreia em 1933, em A Voz do Carnaval. Em 1969 Carlos Frederico Rodrigues dirige o curta Isto é Lamartine, em sua homenagem. Morre no Rio de Janeiro, em 16 de junho de 1963, aos 59 anos de idade. Filmografia: 1933 – A Voz do Carnaval; 1936 – Alô, Alô, Carnaval; 1939 – Joujoux Balangandãs; 1946 – No Trampolim da Vida; 1948 – Pra Lá de Boa. BABY, SADY Sady Plauth nasceu em Erechim, RS, em 30 de março de 1954. Na década de 1980, na Boca do Lixo de São Paulo, começa carreira como ator, em filmes de sexo explícito como Meninas, Virgens e P.... (1983) e No Calor do Buraco (1987). Estreia como diretor em 1985 em De C... Pra Cima, sendo de sua autoria uma infinidade de filmes desse gênero, mas com características próprias e certas qualidades. Com o fim do gênero, a partir dos anos 90 abandona o cinema. Filmografia (ator): 1983 – Meninas, Virgens e P...; O Escândalo na Sociedade; 1984 – Paraíso da Sacanagem; 1985 – De C... Pra Cima; Mil e uma Maneiras de Sexo Explícito; A Praia da Sacanagem; 1986 – Caiu de Boca; O Come Tudo; 1987 – No Calor do Buraco. Filmografia: (diretor); 1985 – De C... Pra Cima; As Mil e uma Posições (codirigido por José Adalto Cardoso); Mil e uma Maneiras de Sexo Explícito; 1986 – Caiu de Boca (codirigido por José Adalto Cardoso); Emoções Sexuais de um Cavalo (codirigido por Renalto Alves); A Mulher do Touro (codirigido por Renalto Alves); O Cavalo e a Potranca; Meus Homens, meu Cavalo; 1987 – No Calor do Buraco (codirigido por Renalto Alves); A Troca do Óleo (codirigido por Renalto Alves); A Máfi a Sexual (codirigido por Renalto Alves); Emoções Sexuais de um Jegue (codirigido por Renalto Alves); 1988 – Soltando a Franga (codirigido por Renalto Alves); 1989 – Cresce na Boka (codirigido por Renalto Alves); 1990 – O Ônibus da Suruba (codirigido por Renalto Alves). BACCHI, KARINA Nasceu em São Manuel, SP, em 8 de outubro de 1976. Aos quatro anos de idade já era modelo em sua cidade. Aos quatorze mudase para São Paulo e começa a trabalhar como modelo fotográfico e depois desfiles, campanhas publicitárias em revista e televisão. Estuda teatro e dança. Estreia na televisão em 2000 na novela Vidas Cruzadas pela TV Record e depois Pícara Sonhadora pelo SBT. Contratada pela TV Globo, estreia na minissérie O Quinto dos Infernos, depois nas telenovelas Agora é que São Elas (2003) e Da Cor do Pecado (2004). Pela TV Record, parti cipa de Cidadão Brasileiro (2006) e Caminhos do Coração (2007). Estreia no cinema em 2005 no filme Um Lobisomem na Amazônia, dirigido por Ivan Cardoso. Em 2006 posa para a revista Playboy. Filmografia: 2005 – Um Lobisomem na Amazônia; 2009 – A Mulher Invisível. BAIRD, ANA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Atriz e cantora, é filha dos atores Antonio Pedro e Margot Baird e irmã da atriz Alice Borges, inicia sua carreira aos sete anos de idade, no musical Os Salti mbancos, de Chico Buarque de Hollanda, direção do pai. A partir de então, participa de mais de trinta peças, especialmente musicais, com destaque para Carmen (1990), Hair (1994), Cabaret Filosófico (1996), Cabaret Youkali (1998), Cambaio (2001), Traviatta (2002), A Canção Brasileira (2005), etc. Em 2005 começa a produzir seus espetáculos, entre eles Aeroporto – Um Musical Clandestino e Chave de Cadeia. No cinema, estreia no curta Os Moradores da Rua Humboldt. Seu primeiro longa é Os Normais – O Filme (2003), no papel de Ângela, depois Mais uma Vez o Amor (2005), como Su. Na televisão, estreia em 1982 na novela Final Feliz, depois Sexo dos Anjos (1989), Que Rei Sou Eu? (1989), além da minissérie Aquarela do Brasil (2000), das séries Sob Nova Direção, interpretando Carol; Casos e Acasos (2008), como a fi lha de Aristi des; e Guerra e Paz (2008). Em 2009 brilha no teatro com o musical Esta é a Nossa Canção. Filmografia: 1992 – Os Moradores da Rua Humboldt (CM); 2003 – Os Normais – O Filme; 2005 – Mais uma Vez o Amor; 2010 – Como Esquecer. BALABANIAN, ARACY Nasceu em Campo Grande, MS, em 22 de fevereiro de 1940. Os pais, Rafael e Esther Balabanian, armênios, ti veram sete filhos, sendo Aracy a caçula. Os pais, refugiados da Primeira Guerra Mundial, moram em Mato Grosso do Sul, onde têm uma loja de calçados. Já em São Paulo, aos 12 anos resolve ser atriz, ao ver uma peça interpretada por Maria Della Costa. Em 1962 ingressa na Escola de Arte Dramática da USP, contra a vontade dos pais. Em 1963 faz sua estreia profissional, na peça Os Ossos do Barão, no TBC. Em 1965 participa da novela Marcados pelo Amor, na TV Record. Já na TV Tupi faz Um Rosto Perdido e fi ca conhecida nacionalmente graças às novelas Antonio Maria (1968) e Nino, o Italianinho (1969). Em 1972 é contratada pela TV Globo para apresentar o programa Vila Sésamo e segue sua carreira de sucessos em novelas, minisséries e periódicos como O Primeiro Amor (1972), A Corrida do Ouro (1974), Bravo (1975), Casarão (1976), Locomotivas (1977), Pecado Rasgado (1978), Coração Alado (1980), Rainha da Sucata (1990), Deus nos Acuda (1993), A Próxima Vítima (1995), Brava Gente (episódio: Os Mistérios do Sexo) (2001), Sabor da Paixão (2002), Linha Direta (episódio: O Caso dos Irmãos Naves) (2003), Da Cor do Pecado (2004) e A Lua me Disse (2005). Sua estreia no cinema em 1975 foi com A Primeira Viagem, de Geraldo Vietri, num filme raro, pouco conhecido, em que ela interpreta Irene, uma mulher rica e misteriosa, que se apaixona por um rapaz vinte anos mais jovem, vivido pelo ator Flamínio Fávero. Aracy quase não faz cinema, dedicando sua carreira mais à televisão. Em 1997 brilha no humorístico Sai de Baixo, um dos grandes sucessos da temporada. Em 2007 atua na novela Eterna Magia, como Inácia, depois na minissérie Queridos Amigos (2008), no papel de Teresa; Casos e Acasos (2008), como Amélia; Toma Lá, Dá Cá (2008), interpretando Shafi ca Sarakutian em um episódio; O Natal do Menino Imperador (2008), como Dona Mariana; e Passione (2010). É solteira e não tem filhos, dizendo-se satisfeita com os seus treze sobrinhos. Em 2005 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, pela Coleção Aplauso, lança sua biografia, Aracy Balabanian – Nunca Fui Anjo, de autoria de Tânia Carvalho. Filmografia: 1975 – A Primeira Viagem; 1988 – Caramujo-Flor (CM); 1998 – Policarpo Quaresma, Herói do Brasil. BALERONI, FERNANDO Nasceu em São Paulo, SP, em 25 de novembro de 1922. Começa sua carreira artística no rádio, como ator de radionovelas. Em 1953 é contratado pela TV Tupi e estreia em Segundos Fatais, seguindose TV de Comédia (1958) e TV de Vanguarda (1954/1959). Participa da lendária série Falcão Negro, em 1955. Seu raio de atuação sempre fica entre o drama e a comédia. Estreia na telona em 1949 no filme Luar do Sertão, mas faz pouco cinema, com destaque para Sobrado (1956), seu melhor momento nessa arte, e Cléo e Daniel (1970), seu último filme. Nos anos 1960 participa de pérolas como Redenção (1966) e Algemas de Ouro (1969). Dirige alguns especiais nos anos 1950 com o Seu Pepino (1955) e Douglas Red (1956) e a novela A Pequena Karen (1966). Como ator, em 1973, faz seu últi mo trabalho, Sol Amarelo, pela TV Record, quando praticamente encerra a carreira artísti ca. Foi casado com a atriz Laura Cardoso, de 1949 até sua morte, em 22 de novembro de 1980, em São Paulo, três dias antes de completar 58 anos de idade. Do seu casamento de 31 anos com Laura, teve duas fi lhas, Fátima e Fernanda. Foi um grande ator da geração, sendo muito respeitado por todos os colegas de trabalho. Filmografia: 1949 – Luar do Sertão; 1956 – O Sobrado; 1958 – Paixão de Gaúcho; 1960 – Na Garganta do Diabo; Dona Violante Miranda; 1970 – Cléo e Daniel. BANDEIRA, DENISE Denise Pinheiro França de Almeida nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22 de outubro de 1951. inicia seus estudos como divulgadora teatral, até que um dia tem que substituir às pressas uma atriz, na peça O Casamento do Pequeno Burguês e acaba gostando. Nessa ocasião, é vista por Xavier de Oliveira, que a convida para estrelar um filme, que fi ca inacabado. É sua frustrada estreia no cinema. Mas, em 1976, faz sua estreia ofi cial, em O Pistoleiro, destacandose ainda O Sonho Não Acabou (1982) e O Homem Nu (1997). Estreia na televisão no programa Ciranda, Cirandinha, em 1978, mas faz sucesso mesmo no seriado Plantão de Polícia, ao lado de Hugo Carvana. Participa ainda do humorístico Viva o Gordo, da minissérie Anos Dourados (1986), da novela Tudo ou Nada (1987) e de alguns episódios do programa Você Decide, entre 1992/1999. Em 1978 dirige o curta-metragem Mal Incurável. Denise tem feito alguns filmes como atriz e roteirista, mas está afastada da televisão há alguns anos. É filha da renomada pianista Neusa França. Filmografia (atriz): 1976 – O Pistoleiro; O Vampiro de Copacabana; À Flor da Pele; Marília e Marina; 1977 – Dois na Chuva (CM); O Saxofonista (CM); Se Segura, Malandro; Gargalhada Final (Os Trambiqueiros); 1978 – Fim de Festa (Decisão Final); 1979 – Inquietações de uma Mulher Casada; 1982 – O Sonho não Acabou; 1983 – Idolatrada; 1985 – Tropclip; 1986 – Vento Sul; 1991 – Vai Trabalhar Vagabundo II – a Volta (Amor Vagabundo); 1994 – Louco por Cinema; 1997 – O Homem Nu; Dois na Chuva (CM); 2000 – Cabeça de Copacabana (CM); 2003 – Apolônio Brasil, Campeão da Alegria. Filmografia (diretora): 1978 – Mal Incurável (CM). BANDEIRA, RICARDO Nasceu em 1936. Ator versátil, é também mímico e diretor. Estreia no cinema em 1953 no filme Família Lero-Lero. Entre outros, atua também em A Doutora é Muito Viva (1957) e A Desforra (1965). Dirige um único filme, Menino Arco-Íris (1979), em que também é produtor, ator, diretor de arte, etc. Trabalha muito em teatro também. Sua última peça é Carlitos no Circo ao Vivo, em 1993. Morre em 10 de outubro de 1995, em São Paulo, aos 59 anos de idade, de insufi ciência respiratória. Filmografia: 1953 – Família Lero-Lero; 1956 – A Pensão da Dona Estela; 1957 – A Doutora é Muito Viva; 1965 – A Desforra; 1979 – O Menino Arco-Íris (A Infância de Jesus Cristo). BANDEIRA, SYLVIA Silvia de Souza Bandeira Ferreira nasceu em Genebra, Suíça, em 15 de fevereiro de 1950. Os primeiros dezoito anos de sua vida foram vividos em diversos países. Apaixonada por balé, sempre gostou da vida artística. Chega a cursar três meses da Faculdade de Letras e a ter um bom emprego de secretária numa multinacional, mas abandona tudo e se inscreve no Curso de Teatro do Tablado, em 1979. Estreia em 1980, na peça Brasil, da Censura a Abertura, ao lado de Marco Nanini, Geraldo Alves e Marília Pera. Entre outras, participa também de Calúnia (1981), Eu Posso (1982) e Numa Nice (1983). No cinema, faz seu primeiro filme em 1979, República dos Assassinos. Na televisão, participa do programa 8 ou 800 ao lado de Paulo Gracindo e depois de novelas como Um Sonho a Mais (1985), Roda de Fogo (1986), Zazá (1997) e Vila Madalena (1999), pela TV Globo. Contratada pela TV Record, parti cipa de Escrava Isaura (2004), Prova de Amor (2006), Vidas Opostas (2007) e Amor e Intrigas (2007). Em 2008 volta ao teatro para participar do musical Rádio Nacional – As Ondas que Conquistaram o Brasil, com supervisão de Bibi Ferreira. Foi casada com o milionário Bob Falkenburg, com quem teve dois filhos, Talita (1972) e Robert (1973), com Jô Soares (1980/1983) e com o empresário Carlos Eduardo Ferreira, com quem teve seu terceiro filho, Melina (1986). Filmografia: 1979 – República dos Assassinos; 1983 – Bar Esperança, o Último que Fecha; 2003 – Apolônio Brasil, Campeão da Alegria. BANDO DA LUA Grupo musical formado em 1929, originário de um bloco de carnaval chamado Bloco do Bimbo. A primeira formação conta com nove pessoas, respectivamente Aloísio de Oliveira, Hélio Jordão Pereira, Afonso Osório, Stênio Osório, Armando Osório, Osvaldo Éboli (Vadeco), Ivo e Diego Astolfi e um primo não identifi cado. Os dois últimos deixam o grupo logo em seguida. Lançam seu primeiro disco, Que tal a Vida?, em 1930. Com o sucesso de suas gravações, passam a acompanhar Carmen Miranda. Então com cinco integrantes: Aloísio, Vadeco, Hélio, Afonso e Ivo, o sucesso é retumbante, durante a década de 1940, até a morte de Carmen, em 1955, quando o grupo se dissolve. Acompanham Carmen nos Estados Unidos onde são chamados de Carmen Miranda Band. Estreiam no cinema em 1935, em Alô, Alô, Brasil. Fariam alguns filmes no Brasil e, outros tantos nos EUA acompanhando Carmen. Filmografi a:1935 – Alô, Alô, Brasil; Estudantes; 1936 – Alô, Alô, Carnaval; 1938 – Banana da Terra; 1940 – Down Argenti ne Way (EUA); 1941 – Uma Noite no Rio (That Night in Rio) (EUA); 1942 – Minha Secretária Brasileira (Springtime in the Rockies) (EUA); 1943 – Entre a Loura e a Morena (The Gang´s All Here) (EUA); 1944 – Serenata Boêmia (Greenwich Village) (EUA); 1946 – Sonhos de Estrela (Doll Face) (EUA); 1950 – Romance Carioca (Nancy Goes to Rio) (EUA). BANDO DOS TANGARÁS Grupo musical formado no Rio de Janeiro em 1929 por Almirante, João de Barro, Noel Rosa e Alvinho. Começam tocando em festas de bairro, seguindo-se de pequenas apresentações no rádio. Gravam seu primeiro disco em 1929 com a canção Mulher Exigente e depois obras importantes, grandes sucessos como Na Pavuna, Lataria, Eu Vou para a Vila, etc. Depois de parti cipar de pequenos filmes, em 1931 aparecem em Coisas Nossas. O grupo se desfaz em meados da década de 30 e seus integrantes seguem carreira-solo. Filmografia: 1931 – Coisas Nossas. BANKOFF, ANDRÉ André Ricardo Bankoff nasceu em Campinas, SP, em 20 de setembro de 1978, mas foi criado em Americana. Até os 16 anos revezava entre a escola e estúdios de gravação de mensagens publicitárias, quando chega a fazer 13 comerciais em quatro meses, para as grifes Hugo Boss, Calvin Klein e Gianfranco Ferrer. Nessa época, muda-se para a Itália, onde a mãe, Antonia Dalla Pria Bankoff, pesquisadora da Unicamp, foi fazer doutorado. Com grande habilidade nos pés, quase seguiu carreira de jogador de futebol, chegando a atuar na segunda divisão italiana, num clube chamado Monterotondo. De volta ao Brasil joga quase dois anos na Ponte Preta de Campinas. Em 2001, com 23 anos de idade, retorna à Itália, agora em Milão, para desenvolver sua carreira de modelo. Lá mora com Cauã Reymond e Alinne Moraes. Em 2003, no Brasil, entra para a faculdade de jornalismo da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) mas para por causa da carreira de modelo. Faz oficina de atores da Globo e participa do seriado Carga Pesada, da minissérie Mad Maria e da novela Bang Bang. Em 2000 estreia no cinema, ao lado de Xuxa, no filme Popstar. Em seguida recebe convite para atuar na novela Bicho do Mato (2006), pela TV Record, seu primeiro papel como protagonista, depois Alta Estação (2007) e Amor e Intrigas (2007). Filmografia: 2000 – Popstar. BARA, TEUDA Teuda Magalhães Fernandes nasceu em Belo Horizonte, MG, em 1º de novembro de 1941. Seu pai é Major do Corpo de Bombeiros e trombonista amador. Larga o curso de Ciências Sociais para fazer teatro, sendo sua estreia com o diretor Eid Ribeiro. Funda o grupo Folias Baianas e em seguida muda-se para São Paulo para integrar o Teatro Oficina de José Celso Martinez Correa. De volta a Belo Horizonte é uma das fundadoras do grupo Galpão. Estreia no cinema em 1983 no filme Idolatrada, de Paulo Augusto Gomes. Na televisão, participa de um episódo do humorístico Toma Lá, Dá Cá, ao lado de Miguel Falabella. Em 2008 brilha com a peça Yolanda. Tem dois filhos, André e Admar. Filmografia: 1983 – Idolatrada; 1984 – Dois Homens para Matar; 1995 – Menino Maluquinho – O Filme; 1999 – Outras Histórias; 2002 – Samba Canção; 2005 – Vinho de Rosas; 2008 – As Órfãs da Rainha; 2009 – O Contador de Histórias; Moscou; Revertere ad Locum Tuum (CM). BARBOSA, ADONIRAN João Rubinato nasceu em Valinhos, SP, em 6 de julho de 1910, filho de imigrantes italianos de Veneza, que ali se radicaram. Ainda menino muda-se para Jundiaí, SP, e começa a trabalhar nos vagões de carga da estrada de ferro, para ajudar a família. É entregador de marmitas, varredor etc. Em 1924, com apenas quatorze anos, muda-se para Santo André, SP. Lá é tecelão, pintor, encanador, serralheiro, mascate e garçom. No Liceu de Artes e Ofícios aprende a profissão de ajustador mecânico. O rapaz João Rubinato já compõe algumas músicas. Parti cipa do programa de calouros na Rádio Cruzeiro do Sul e, após muitos gongos, consegue passar com o samba Filosofia, de Noel Rosa. O ano é 1933 e ele ganha um contrato. Em 1935 passa a usar o nome artísti co de Adoniran Barbosa. Paralelamente à carreira de cantor/compositor, é disc jockey, locutor, ator de programas humorísticos e de cinema, sendo sua estreia em 1945 no filme Pif-Paf. Seu melhor desempenho acontece no filme O Cangaceiro (1953) na Vera Cruz. Compõe inúmeras músicas de sucesso, quase sempre gravadas pelos Demônios da Garoa. Destacam-se Samba do Ernesto, Trem das Onze, Saudosa Maloca, etc. O reconhecimento, porém, vem somente em 1973, quando grava seu primeiro disco e passa a ser respeitado como grande compositor. Vive com simplicidade e alegria. Na televisão, participa de várias novelas como Ceará Contra 007 (1965), Mãos ao Ar (1966), Seu Único Pecado (1969), Tilim (1970), O Príncipe e o Mendigo (1972), Mulheres de Areia (1973), Os Inocentes (1974), Ovelha Negra (1975) e Xeque-mate (1976). Nunca perde o bom humor e seu amor por São Paulo, em especial pelo bairro do Bexiga, que ele canta em muitas músicas suas. Morre em São Paulo, em 23 de novembro de 1982, aos 72 anos de idade. Filmografia: 1945 – Pif-Paf; 1946 – Caídos do Céu; 1950 – A Vida é uma Gargalhada; 1953 – O Cangaceiro; Esquina da Ilusão; 1954 – Candinho; Mulher de Verdade; Os Três Garimpeiros; 1955 – Carnaval em Lá Maior; A Carrocinha; 1956 – Pensão da Dona Estela; A Estrada; 1961 – Bruma Seca; 1973 – A Superfêmea; 1977 – Elas São do Baralho. BARBOSA JÚNIOR Antonio Barbosa Júnior nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1897. Ator cômico de muito talento, nos anos 1930 comanda programa de muito sucesso na Rádio Mayrink Veiga. No cinema, também tem marcante passagem, em fi lmes como Alô, Alô, Carnaval (1936) e O Simpáti co Jeremias (1940). Morre em 21 de maio de 1965, aos 68 anos de idade. Filmografia: 1935 – Os Estudantes; Alô, Alô, Brasil; 1936 – Alô, Alô, Carnaval; Caçando Feras; João Ninguém; 1937 – Samba da Vida; 1938 – Banana da Terra; 1940 – Laranja da China; O Simpáti co Jeremias; 1952 – Está com Tudo; 1957 – Com a Mão na Massa; Quem Sabe, Sabe!; 1964 – Sangue na Madrugada; 1971 – Cômicos e mais Cômicos. BARBOSA, CASTRO Joaquim Silvério de Castro Barbosa nasceu em Sabará, MG, em 7 de maio de 1905. Em 1931 faz um teste na Rádio Educadora do Rio de Janeiro, nas mãos de Almirante. Dali para a frente toma contato com os grandes nomes, como Noel Rosa, Francisco Alves, etc. Estreia no cinema em 1933 no filme Carnaval, de 1933. No Banana da Terra (1939) interpreta a música Amei Demais, e em Abacaxi Azul (1944), canta Tique-Tique Dans Le Fubé, uma paródia ao clássico da música brasileira, Tico-Tico no Fubá, de Zequinha de Abreu. Morre em 20 de abril de 1975, alguns dias antes de completar 70 anos de idade. Filmografia: 1933 – Carnaval de 1933; 1938 – Banana da Terra; 1937 – Samba da Vida; 1944 – Abacaxi Azul; 1948 – Pra Lá de Boa; 1959 – O Palhaço o Que é? BARBOSA, MARINA RUY Marina Souza Ruy Barbosa nasceu no Rio de Janeiro, em 30 de junho de 1995. Filha do fotógrafo Paulo Ruy Barbosa e da artista plástica Geoconda Souza, é tataraneta do célebre Ruy Barbosa. Desde cedo quer ser atriz. Em 2002, aos 6 anos de idade, participa de sua primeira novela, Sabor da Paixão, como uma menina que aparecia nos sonhos do personagem Jean, vivido por Edson Celulari. Seguem-se Começar de Novo (2004), como Aninha; Belíssima (2006), interpretando Sabina, filha de Cláudia Abreu e Henri Castelli; e Sete Pecados (2008), como Isabel. Estreia no cinema em 2005 no filme Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida, ao lado de Xuxa. No teatro, encena a peça Chapeuzinho Vermelho. Talentosa, aos dez anos de idade, a jovem Marina tem um grande futuro pela frente. Filmografia: 2005 – Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida; 2008 – A Triste Vida de Klemerson (CM). BARBOSA, PALMIRA Palmira Barbosa de Andrade nasceu em 7 de setembro de 1925. Inicia sua carreira na TV Itacolomi, de Belo Horizonte, em 1955, já em sua fundação, tornando-se principal atriz da emissora. De voz grave e bela, também tem atuações de destaque no rádio. É uma das fundadoras do Teatro Universitário, em que mostra seu talento em peças como A Bruxinha que Era Boa, A Casa de Bernarda Alba. No cinema, faz carreira no Rio de Janeiro, nos filmes Viagem aos Seios de Duília (1964), O Menino e o Vento (1967), A Intrusa (1979), etc. Seu último fi lme é Idolatrada, de 1983, direção de Paulo Augusto Gomes. Palmira é considerada uma das damas do teatro de Minas Gerais e teve grande expressão artística desde os tempos da Itacolomi, atuando com Otávio Cardoso, Elvécio Guimarães, Clausy Soares, Antonio Naddeo, Wilma Patrícia, Antonio e Ana Lúcia Kattah, Léa Delba e muitos outros. Nos últimos tempos Palmira dedicava-se à formação de atores, tendo trabalhado muitos anos junto ao ator Hélcio Tafuri na Teatro da Usiminas. Em 1992 muda-se para Cabo Frio e aposenta-se, vindo a falecer em março de 2009, de causas naturais, aos 84 anos de idade. Filmografia: 1964 – Viagem aos Seios de Duília; 1967 – O Menino e O Vento; 1975 – Enigma para Demônios; A Mulher do Desejo; 1979 – A Intrusa; 1983 – Idolatrada. BARBOSA, RENATA CASTRO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 31 de dezembro de 1973. Estreia na televisão em 1988 na novela Vale Tudo, no papel de Flávia. Em 1989 já consegue destaque no papel da jovem Letícia, em Tieta. Com tendência para comédia, atua em várias novelas e seriados como Sonho Meu (1993), como Carla; Porto dos Milagres (2001), como Bela; e A Diarista (2004-2006), como a bigoduda Gislene, seu melhor momento na televisão; O Profeta, como Cida; Sete Pecados (2008), como Adalgisa; e Casos e Acasos (2008), como Rafaela. No teatro, participa de inúmeras peças como A Farsa do Advogado Pathelin, Namoro, Só Eu Falo, Terceiro Sinal, Point, Nem Morto, Balada, Quem é Que Manda, Toalete, etc. Estreia no cinema em 1998, no filme Zoando na TV. Participa de vários curtas-metragens como Pérfido Trago (2001) e Joia (2004). No seriado Cilada, exibido pelo canal Multishow, faz par romântico com Bruno Mazzeo, com quem está casada e tem um filho, João (2005). Filmografia: 1998 – Zoando na TV; A Droga Consumida (CM); Resumo (CM); Prostação (CM); O Ensaio (CM); 1999 – O Corretor de Almas (CM); 2001 – Pérfi do Trago (CM); 2002 – Avassaladoras; 2003 – Um Show de Verão; 2004 – Joia (CM). BARBOSA, ZÉ ADÃO José Adão Barbosa Júnior nasceu em Porto Alegre, em 1955. Inicia sua carreira no teatro Como Charles Bukowski em Memory Motel, pelo qual recebe os prêmios Açorianos e Quero-Quero de melhor ator de 1988. Depois também atua em Gaivota, de Tchecov; Zoológico, de Albee; Lição, de Ionesco; História do Soldado, de Stravinski, etc. Estreia no cinema em 1985 no curta Nesta Data Querida. No ano seguinte parti cipa de outro curta O Dia em que Dorival Encarou a Guerra, de Jorge Furtado, iniciando fértil parceria com o famoso diretor. Seu primeiro longa é O Mentiroso (1988), de Werner Schünemann. Na televisão atua na minissérie Luna Caliente (1999) e na novela Laços de Família (2000), ambas pela TV Globo. É fundador e professor do TEPA – Teatro Escola de Porto Alegre e coautor do livro Teatro: Atuando, Dirigindo e Ensinando, edição da Artes & Ofícios, Porto Alegre, 2004. Recentemente recebe os prêmios Braskem e Açorianos de melhor ator por sua atuação na peça Fim de Jogo. Atualmente é apresentador do programa Era uma Vez em Porto Alegre, da Rádio Gaúcha. Filmografia: 1985 – Nesta Data Querida (CM); 1986 – O Dia em que Dorival Encarou a Guarda (CM); 1987 – Passageiros (CM); 1988 – O Mentiroso; Barbosa (narração); 1995 – Felicidade É... (episódio: Estrada); 1997 – O Pulso (CM); Continuidade (CM); 1999 – O Velho do Saco (CM); 2003 – Os Viajantes (CM) (animação-voz); O Homem que Copiava; Noite de São João; 2008 – Netto e o Domador de Cavalos. BARBOSA, ZEZEH Nasceu em Osasco, SP, em 25 de março de 1966. Começa sua carreira fazendo, em São Paulo, peças como O Mambembe, de Gabriel Vilella, no Teatro Sesi. Em 1990 faz uma ponta na novela Brasileiros e Brasileiras, pelo SBT, sua estreia na televisão. Numa de suas apresentações teatrais é vista por Miguel Falabella e Wolf Maia, que a convidam para participar da novela Salsa & Merengue (1997), seu primeiro sucesso. No mesmo ano estreia no cinema, em Paixão Perdida, último filme de Walter Hugo Khouri. Faz esporádicas aparições na televisão, como em Hilda Furacão (1998), A Lua me Disse (2005) e mais recentemente O Profeta (2006) e Negócio da China (2009), todas pela TV Globo. No cinema, tem atuado com certa frequência, em fi lmes como Cronicamente Inviável (2001) e Bendito Fruto (2004). É casada com o jornalista Chico Cardoso e tem um filho, Kiko (1994). Filmografia: 1997 – Paixão Perdida; 1998 – Do Dia em que Macunaíma e Gilberto Freyre Visitaram o Terreiro de Tia Ciata Mudando o Rumo de Nossa História (CM); 2000 – Cronicamente Inviável; 2004 – Bendito Fruto; O Diabo de Quatro; O Xadrez das Cores (CM); 2006 – O Partidão (CM); 2007 – O Primo Basílio; 2009 – Os Inquilinos; As Aventuras do Avião Vermelho (animação-dubla o persona-gem Josefi na); 2010 – Sonhos Roubados. BARCELLOS, DANIEL Daniel Barcellos Jaimovich nasceu em São Paulo, SP, em 1960. É filho dos atores Jaime Barcellos e Sonia Greiss. Inicia sua carreira artística aos oito anos de idade sob a direção de José Renato. Estreia profissionalmente aos vinte anos na peça A Alma Boa de Setsuan, de Bertolt Brecht. Produz, dirige e parti cipa de grandes sucessos teatrais como Blue Jeans, Trair e Coçar é Só Começar e Violetas na Janela. Ganha o Prêmio Mambembe em 1982 por seu trabalho em Adeus Fadas e Bruxas. Em 1984 estreia na televisão na minissérie Santa Marta Fabril, exibido pela extinta TV Manchete. Depois O Tempo e o Vento (1985), Antonio Maria (1985), Chocolate com Pimenta (2004), Paixões Proibidas (2007), Chamas da Vida (2008) e A Lei e o Crime (2009). Em 2003, atua, produz e dirige a peça O Poeta da Crueldade baseada na vida e obra de Glauco Mattoso. Estreia no cinema em 2010 no filme Chico Xavier, superprodução dirigida por Daniel Filho. Filmografia: 2010 – Chico Xavier. BARCELLOS, JAIME Jaime Jaimovich nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 30 de março de 1930. Sua estreia oficial acontece em 1947 na peça Somos Todos Crianças, dirigida por Paschoal Carlos Magno, no Teatro Universitário. Faz parte de grupos importantes como o de Dulcina de Morais, Bibi Ferreira, TBC, Teatro dos Doze etc, em inúmeras peças como A Dama da Madrugada, Hamlet, Sonho de uma Noite de Verão, O Homem, a Besta e a Virtude, Antígona, A Falecida, entre tantas outras. Começa a trabalhar na televisão em 1953, na TV Tupi, em programas como Crime e Castigo, dentro da série TV de Vanguarda, TV Teatro, etc. Estreia no cinema, em 1951, com Presença de Anita. Atua em muitos outros, destacando-se O Sobrado (1956) e A Volta do Filho Pródigo (1979), seu último filme. Na televisão, faz papéis importantes nas novelas Super Plá (1969), Bicho do Mato (1972), Gabriela (1975), A Moreninha (1976), Anjo Mau (1976), Duas Vidas (1976), Sem Lenço, sem Documento (1977), Aritana (1978) e Olhai os Lírios do Campo (1980). Ator eclético, alternava entre drama e comédia com a mesma sensibilidade. Seu últi mo ato acontece na peça Palhaços de Ouro, no Teatro Vanucci. Foi casado com a atriz Sônia Greiss, com quem teve dois filhos, João Helder (1956) e Daniel Barcellos (1960), que também é ator. Morre em 24 de dezembro de 1980, de edema pulmonar agudo, no Rio de Janeiro, aos 50 anos de idade. Filmografia: 1951 – Presença de Anita; Sinfonia Amazônica (voz); Suzana e o Presidente; O Comprador de Fazendas; 1952 – Modelo 19 (Amanhã Será Melhor); Appassionata; João Gangorra; 1953 – Uma Vida para Dois; Uma Pulga na Balança; Destino em Apuros; 1954 – Floradas na Serra; A Sogra; 1956 – O Sobrado; 1957 – Absolutamente Certo; 1958 – Rebelião em Vila Rica; O Grande Momento; 1972 – A Marcha; 1974 – Macho e Fêmea; 1975 – Deixa Amorzinho... Deixa; Motel; 1976 – Tem Folga na Direção; O Pai do Povo; 1977 – Crueldade Mortal; Os Amores da Pantera; Ódio; Pastores da Noite (Otália da Bahia) (França/Brasil); 1978 – A Morte Transparente; 1979 – A Volta do Filho Pródigo. BARCELLOS, JALUSA Nasceu em Porto Alegre, RS, em 7 de agosto de 1952. Atriz, apresentadora, produtora, escritora e jornalista. Muito jovem muda-se com a família para o Rio de Janeiro. Inicia sua faculdade de jornalismo em Porto Alegre, mas conclui na Estácio de Sá, em 1974. Estreia no cinema em 1980 no fime Cronica à Beira do Rio (MM). Cria e implanta vários projetos sociais ligados ao cinema como Cine Brasil, Espalhando Arte e Cultura e Cidadania, sempre ligadas às populações carentes do Rio de Janeiro. Exerce os cargos de Assessora de Programas Especiais da Secretaria de Estado de Cultura e Diretora de Artes Cênicas e Música da Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro e Diretora de EAT – Escola das Artes Técnicas Luis Carlos Ripper. Lança cinco livros, Anuário Teatral Brasileiro 1976, CPC da UNE – Uma História de Paixão e Consciência (1994), UNE – 60 anos a Favor do Brasil (1997), UBES – Coisa de Criança? (1998), Procópio Ferreira – O Mágico da Expressão (1999). Em 2009, protagoniza a peça Só Morro se For de Diskman. Na TV, tem participação especial na novela Chamas da Vida, na TV Record. Filmografia: 1980 – Cronica à Beira do Rio (MM); 1981 – Eles não Usam Black-Tie; 1982 – Ao Sul do meu Corpo; Luz Del Fuego; 1984 – Amor Maldito; 1995 – Comportamento Humano (CM). BARCELLOS, JOEL Joel Dias Barcelos nasceu em Vitória, ES, em 27 de novembro de 1936. Com três anos muda-se para o Rio de Janeiro. Estuda agronomia e ao mesmo tempo faz o Teatro Rural dos Estudantes. Sua estreia profissional acontece no Teatro de Arena, com a peça Eles não Usam Black-Tie. Estreia no cinema em 1955 no filme Trabalhou Bem Genival. Dedica-se quase que integralmente ao cinema, participando de momentos importantes como Cinco Vezes Favela (1962) e A Falecida (1965). Em 1969, muda-se para a Itália, por causa do Regime Militar, retornando em 1975. Ator essencialmente cinematográfico, faz pouca televisão, em esparsas aparições, sendo sua estreia na televisão italiana, em 1972, em LInchiesta. No Brasil participa do especial Indulto de Natal, em 1975. Depois faz Tereza Batista (1992), Mulheres de Areia (1993), Você Decide (1993), Memorial de Maria Moura (1994), Engraçadinha e seus Amores e seus Pecados (1995). Ator de muito talento, mas de difícil trato, por causa do seu gênio forte, talvez por isso fique fora da mídia, mas é um dos grandes atores brasileiros. Dirige dois filmes, O Rei dos Milagres (1971) e Paraíso no Inferno (1977). Em 2006 completa 70 anos de idade, mas está há alguns anos afastado da televisão e do cinema, sendo sua últi ma participação em 2000, no curta-metragem É o Bicho. Filmografia (ator): 1955 – Trabalhou Bem Genival; 1962 – Cinco Vezes Favela (episódio: Pedreira de São Diogo); 1963 – Os Mendigos; 1964 – Os Fuzis; 1965 O Desafio; A Falecida; A Fábula (Mitt Hem Ar Copacabana) (Suécia); 1966 – A Grande Cidade; 1967 – Terra em Transe; Proezas de Satanás, na Vila do Leva-e-Traz; Garota de Ipanema; 1968 – Jardim de Guerra; Um Homem e sua Jaula; Os Trópicos (Tropici) (Itália); Viagem ao Fim do Mundo; 1969 – Cronaca (Brasil/ Itália); Copacabana me Engana; Memória de Helena; 1971 – Rua Descalça; 1972 Ida e Volta (CM); O Rei dos Milagres; 1973 – Sagarana, o Duelo; 1974 – O Pica-Pau Amarelo; France Société Anonyme (França); 1976 – Ovelha Negra, uma Despedida de Solteiro; 1977 – Di (CM) (depoimento); Encarnação; Feminino Plural; A Virgem da Colina; Paraíso no Inferno; 1978 – Anchieta, José do Brasil; Agonia; Batalha de Guararapes; Parada 88 – o Limite de Alerta; 1980 – Crônica à Beira do Rio; 1981 – Luz Del Fuego; Corações a Mil; 1982 – O Segredo da Múmia; Insônia (episódio: A Prisão de J.Carmo Gomes); 1983 – Rio Babilônia; 1984 – Exu-Piá, Coração de Macunaíma; Amenic – Entre o Discurso e a Práti ca; 1987 – Arrepio (CM); Fronteira das Almas; Salvar o Brasil (CM); Imagens do Inconsciente (episódio: A Barca do Sol); 1988 – Sonhei com Você; Presença de Marisa; 1989 – Jardim de Alah; Além do Cinema do Além (CM); 1990 – Beijo 2348-72; 1996 – Os Olhos de Vampa; 1997 – O Homem Nu; 2000 – É o Bicho (CM); 2001 – Gianni (CM). Filmografia (diretor): 1971 – O Rei dos Milagres; 1977 – Paraíso no Inferno; 1991 – Diga ao Papa (CM). BARDOT, JULIE Nasceu em Santa Maria, RS, em 8 de dezembro de 1928. Vai ao Rio de Janeiro em 1950, em férias, e resolve prestar concurso para funcionária pública estadual, vence e lá se radica, mas logo é demitida por abandono de emprego, pois já estava trabalhando como manequim. Em seguida participa do concurso Miss Cinelândia, chegando às finais. Estreia no cinema em 1954, no filme Matar ou Correr. Em 1966 faz seu último filme de carreira, na Argentina, El Hombre Virgem, dirigido por Román Viñoly Barreto. Filmografia: 1954 – Matar ou Correr; Malandros em Quarta Dimensão; 1955 – Nem Sansão, Nem Dalila; 1958 – Contrabando; 1966 – El Hombre Virgem (Argenti na); 1975 – Assim Era Atlântida. BARICELLI, LUIGI Luiz Fernando Pecorari Baricelli nasceu em São Paulo, SP, em 14 de julho de 1971. Estreia na televisão em 1991 na minissérie O Guarani, ainda como Luiz Ferrnando. Em seguida faz uma ponta em Deus nos Acuda, mas fica conhecido mesmo em 1995 ao parti cipar de Malhação. Seguem-se Laços de Família (2000), A Padroeira (2001), Sabor da Paixão (2002), Um Só Coração (2003), Alma Gêmea (2005) e O Profeta (2007). Estreia no cinema em 2000 ao lado de Xuxa em Popstar. Tem três filhos, sendo Rubia (1990) com sua primeira esposa, Cláudia Piza, e Vittorio (1997) e Vicenzo (2001), com Andrea, com quem está casado desde 1995. Filmografia: 2000 – Popstar; 2003 – Maria, Mãe do Filho de Deus; 2004 – A Cartomante. BARILLARI, ALEXANDRE Alexandre Barillari de Almeira nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de março de 1973. Em 1982 entra para um grupo de teatro amador, levado pela atriz e amiga Nadia Maria. Em 1982, ainda criança participa com a irmã de alguns episódios do Sítio do Pica-Pau Amarelo, como João e Maria. Aos dezesseis anos entra para a Escola de Artes Cênicas Rosane Goffman e estreia na peça Yentl (1990), sob a direção de Cininha de Paula. Passa a apresentar baile de debutantes por todo o Brasil. Em 1994 mora oito meses na Inglaterra trabalhando como professor de Inglês no curso Oxford. Em 1995 entra para a Oficina de Atores da TV Globo e no ano seguinte faz sua primeira novela, Salsa e Merengue, como Antonio, ano em que também forma-se em Arquitetura pela UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro. No teatro, brilha em várias peças, com destaque para Capitu (2000), Tribobó City (2001), South American Way (2001), A Turma do Pererê (2004), O Mistério do Fantasma Apavorado (2005), Caminhos da Independência (2006), Amor de Comédia (2007), etc. Na televisão, alterna-se entre Globo, Record e SBT, em novelas como Vidas Cruzadas (2000), Senhora do Destino (2004), Cristal (2007), Caminhos do Coração (2007), etc. Escreve o livro Um Mar sem Norte, ainda não publicado. Estreia no cinema em 2009 no filme Inversão, produção paulista dirigida por Edu Felistoque. Filmografia: 2009 – Inversão. BARNABÉ, ARRIGO Nasceu em Londrina, PR, em 14 de setembro de 1951. Estuda música desde criança. No início dos anos 80 assombra os meios musicais brasileiros com seu atonalismo radical, principalmente no disco Clara Crocodilo, que desperta inúmeras polêmicas e toma proporções como não se via desde o movimento tropicalista. Dono de uma linguagem própria na música, é muito respeitado em todo o meio. Em 1984, seu álbum Tubarões Voadores, alcança sucesso internacional. Já fez a trilha sonora de dezenas de filmes, entre curta e média-metragem, com destaque para Ed Mort (1996), Oriundi, o Verdadeiro Amor é Imortal (2000) e Doutores da Alegria (2005). Como ator, estreia no cinema em 1981, no filme O Olho Mágico do Amor. Participa de uma novela, em 1987, pela TV Globo, Direito de Amar. Filmografia: 1981 – A Estória de Clara Crocodilo (CM); O Olho Mágico do Amor; 1985 – Nem Tudo é Verdade; 1986 – Cidade Oculta; 1987 – Anjos da Noite; 1991 – O Corpo; 2002 – Desmundo; 2005 – Tubarões Voadores (CM); 2010 – Luz nas Trevas – A Revolta de Luz Vermelha. BARONI, JULIANA Juliana Riva Baroni nasceu em Limeira, SP, em 17 de abril de 1978. Os avós eram artistas de circo e o pai maestro de banda. Em 1989, aos onze anos, ouve na televisão o anúncio de Xuxa de um concurso para eleger novas paquitas. Envia uma carta e é escolhida, fazendo sua estreia no programa Xou da Xuxa, em 1990, como Catuxa Jujuba, personagem que interpreta por cinco anos. Ainda como Paquita, estreia no cinema em 1990 no filme Sonho de Verão. Já desligada da turma da Xuxa e com o firme propósito de se tornar atriz, faz sua primeira novela em 1995, Cara e Coroa, no papel de Júlia. A partir daí vê sua carreira crescer estavelmente, em diversas novelas como Uga-Uga (2000), como Sheeva Maria; Celebridade (2004), como Soninha; e O Profeta (2006), como Miriam. Tem rápida passagem pela TV Bandeirantes na novela Dance Dance Dance, em 2007, como Sofia Ivanitch. Em 2006 faz sua estreia no teatro na peça Escravas do Amor e depois em Os Produtores, em 2008. No cinema, em 2010 brilha como Dona Marisa antes de se tornar primeira-dama, no filme Lula, o Filho do Brasil. Filmografia: 1990 – Sonho de Verão; Lua de Cristal; 1991 – Gaúcho Negro; 2002 – Xuxa e os Duendes 2 – No Caminho das Fadas; 2008 – Polaroides Urbanas; 2009 – Lula, o Filho do Brasil. BARRETO, ARLINDO Arlindo Tadeu Barreto Montanha de Andrade nasceu em 19 de maio de 1953. Começa sua carreira artística como ator de televisão. Seu principal personagem é o palhaço Bozo, pela TVS, hoje SBT. Com o disco O Maior Palhaço do Mundo, ganhou três Discos de Ouro. Estreia no cinema em 1978 no filme As Borboletas Também Amam. Entre outros, participa também de O Inseto do Amor (1980) e Sexo às Avessas (1982). Em 1983 dirige seu primeiro e único filme, O Escândalo na Sociedade. Ainda na televisão, participa das novelas Maria, Maria (1978) (sua estreia), Gina (1978), Cara a Cara (1979), Dulcineia Vai à Guerra (1980), Me Deixa de Quatro (1981) e Os Imigrantes (1981). No teatro, entre outras, atua nas peças Morte e Vida Severina, Longa Jornada Noite Adentro, O Jardim das Borboletas, Electra, Superman e As Histórias que Nossas Avós não Contavam. É fi lho da apresentadora/atriz Márcia de Windsor (1933-1982), uma das mais belas mulheres da televisão brasileira, falecida precocemente. Filmografia (ator): 1978 – As Borboletas Também Amam; 1979 – A Intrusa; E Agora, José?; Vamos Cantar Disco Baby; 1980 – Corpo Devasso; Noite das Taras; O Império das Taras; O Inseto do Amor; Palácio de Vênus; 1981 – A Insaciável; Delírios Eróti cos (episódio: Amor por Telepatia); A Fábrica de Camisinhas; Me Deixa de Quatro (Fica Comigo Esta Noite); A Primeira Noite de um Adolescente; 1982 – Anarquia Sexual; Mulheres Liberadas; Sexo às Avessas. Filmografia (diretor): 1983 – O Escândalo na Sociedade. BARRETO, DENISE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 26 de junho de 1948. Tenta ser freira, mas quando percebe sua vocação para as artes, abandona o hábito. Presta concurso na televisão e ganha o título de Favorita da Juventude. Em 1959 participa do concurso Miss Guanabara, e fica em segundo lugar, perdendo para Vera Ribeiro. Faz sucesso na televisão imitando Rita Pavone, a sensação da época. Sabe que o diretor/produtor Fernando de Barros solicitara cinquenta garotas para testes, se inscreve e fica entre as dez fi nalistas, vencendo a disputa e ganhando papel de destaque no fime Copacabana Palace. É sua estreia no cinema, em 1964. Atua em vários outros, dois com o grande cômico Mazzaropi, mas aparentemente encerra sua carreira artística em 1972, ao parti cipar do filme Em Ritmo Jovem. Filmografia: 1964 – Copacabana Palace (The Girl Name) (Itália/França/Brasil); 1967 – Jeca e a Freira; 1968 – No Paraíso das Solteironas; 1971 – O Macabro Dr. Scivano; Em Ritmo Jovem. BARRETO, ERICK Nasceu em Garanhuns, PE, em 1962. Inicia carreira profissional como transformista, imitando Elvis Presley, Cazuza e Marilyn Monroe. Mas a perfeição com que imita Carmen Miranda o leva ao cinema, no filme Banana Is My Business, de Helena Solberg, produzido em 1995, que acaba lhe dando notoriedade internacional. Artista de talento nato, teve pouco tempo para mostrar seu potencial, pois morre precocemente em 20 de maio de 1996, aos 27 anos de idade, alguns anos após ter contraído o vírus da AIDS. Filmografia: 1995 – Banana Is My Business. BARRETO, JANSER Nasceu em 1962. Muito jovem é descoberto pela TV Globo, que o leva para trabalhar na novela O Feijão e o Sonho e depois Escrava Isaura, ambas em 1976. Em 1978 resolve estudar teatro no Tablado de Maria Clara Machado, permanecendo três anos. Lá, além de atuar, aprende também sonoplastia, iluminação e cenário. Com o pessoal do grupo de teatro O Pessoal do Despertar, participa da montagem de A Tempestade, depois A Guerrinha de Troia, A Bela Adormecida e Cinderela. Em 1991 recebe o prêmio SATED-RJ por sua atuação no espetáculo infantil Peter Pan. Com a atriz Neuza Caribé, coordena curso de teatro para crianças e adolescentes no Teatro Casa Grande, que tinha como grande objetivo desenvolvimento de técnicas teatrais, um estudo sobre o Teatro na Grécia Antiga, noções de maquiagem, montagem de luz, trilha sonora e cenário. Embora tenha sido revelado na televisão, é no teatro que consegue se firmar como grande profi ssional, no palco ou atrás deste. Participa das peças É..., El Toreador, Hoje é Dia de Rock, Lorenzacio, etc. Estreia no cinema em 1985 no filme Urubus e Papagaios e em 1981 participa da novela Brilhante, pela TV Globo. Em 2007 está no elenco de Dom Quixote de Lugar Nenhum, ao lado de Edson Celulari. Filmografia: 1985 – Urubus e Papagaios; 1990 – Trama Familiar; 1996 – Quem Matou Pixote?; 2007 – O Tablado de Maria Clara Machado (depoimento). BARRETO, LIMA Victor Lima Barreto nasceu em Casa Branca, SP, em 23 de junho de 1906. Radialista, jogador de snooker, jornaleiro, jornalista e professor de cinema em Campinas. Como jornalista, trabalha em A Notícia, de São José do Rio Preto, SP. Radica-se em São Paulo em 1936, quando conhece os irmãos Del Picchia. Com eles, começa no cinema como carregador de tripé, mas logo faz sua estreia como diretor, como assistente de Victor Del Picchia, no documentário O Carnaval Paulista de 1936. Paralelamente também foi redator da Rádio Tupi nos anos 1940. Realiza cerca de cem filmes comerciais e trinta documentários até chegar à Vera Cruz, onde inicia trabalhando como ator em alguns filmes da companhia como Terra é Sempre Terra (1951). Em 1953, filma seu primeiro longa-metragem, O Cangaceiro, projeto pessoal seu, que acaba se tornando um dos filmes mais importantes já feitos, abrindo caminho internacional para o Cinema Brasileiro. Com tudo isso porém, mas principalmente devido ao seu forte gênio, só consegue realizar mais um filme, A Primeira Missa (1960) e mesmo assim sem nunca ter visto a versão que chega aos cinemas, alegando que o mesmo foi retalhado pelos produtores. Por não ter mais oportunidades, abandona o cinema e morre na miséria em 23 de novembro de 1982, aos 76 anos de idade, num asilo de velhos em Campinas, SP. Triste fim para um dos mais brilhantes cineastas brasileiros. Foi casado com a atriz Arassary de Oliveira, com quem tem um filho, Filipe, nascido em 1957. Filmografia (ator): 1951 – Terra é Sempre Terra; 1952 – Tico-Tico no Fubá; 1953 – O Cangaceiro; 1961 – A Primeira Missa; 2008 – O Velho Guerreiro não Morrerá (CM) (depoimento). Filmografia (diretor): 1936 – O Carnaval Paulista de 1936 (codirigido por Victor del Picchia) (CM); 1937 – Na Piscina (CM); 1938 – Centenário da Freguesia de São João da Boa Vista (codirigido por Victor del Picchia) (CM); 1940 – Como se Faz um Jornal (CM); 1941 – Fazenda Velha (CM); O Quartzo (CM); 1942 – O Disco (CM); 1943 – O Cofre (CM); 1944 – Seu Bilhete, por Favor (CM); 1946 – A Carta de 46 (CM); 1948 – Excursão do Alto da Boa Vista (CM); 1950 – Caçador de Bromélias (CM); Carnaval Carioca de 1950 (CM); Painel (CM); 1951 – Santuário (CM); 1953 – O Livro (CM); O Cangaceiro; 1954 – São Paulo em Festa (MM); 1955 – Arte Cabocla (CM); 1957 – P.M.K. (CM); 1959 – O Café (CM); Só para Mulheres (CM); 1960 – Via Sacra (CM); 1961 – A Primeira Missa; 1964 – Fazenda Velha (CM); 1965 – Casa Grande e Progresso (codirigido por Sérgio Marques) (CM). BARROS, ADILSON Nasceu em 1947. Ingressa na Escola de Arte Dramática da USP em 1975, estreando na peça Victor ou as Crianças no Poder. Com o sucesso, participa da criação do grupo Núcleo do Pessoal do Victor, que produz as peças Os Iqs, O Processo, Cerimônia para um Negro Assassinado, A Vida é um Sonho, Feliz Ano Velho e Na Carreira do Divino, que fica cinco anos em cartaz. Terminada sua participação nesta última, vai para a Europa estudar com Grotowsky em Roma, trabalha na rádio e televisão italianas e faz estágio em vários grupos teatrais na França, Portugal e Espanha. De volta ao Brasil, em 1983, participa da montagem de Feliz Ano Velho, que percorre todo o Brasil e exterior, em Nova York, México, Porto Rico, etc. Estreia no cinema em 1984 no filme A Flor do Desejo. Seu segundo filme, Marvada Carne, lhe dá o Prêmio Governador do Estado, por sua interpretação do personagem Nhô Quim. Na televisão, participa de algumas novelas, sendo a última O Rei do Gado (1996). Morre no dia 11 de novembro de 1997, aos 50 anos de idade, de complicações decorrentes do vírus da AIDS, em São Paulo. Filmografia: 1984 – A Flor do Desejo; 1984 – Em Nome da Segurança Nacional (CM) (narração); 1985 – Marvada Carne; 1989 – Kuarup; 1993 – Capitalismo Selvagem. BARROS, ANDRÉ André Teixeira Monteiro de Barros nasceu em Santiago, Chile, em 21 de junho de 1967. É filho do escritor, jornalista e senador Artur da Távola. A convite do amigo Marcos Palmeira, integra o elenco da peça Os Meninos da Rua Paulo. Gosta tanto que abandona a faculdade de psicologia para estudar teatro na Casa de Artes de Laranjeiras – CAL. Estreia na televisão na novela Olho por Olho, em 1988. No mesmo ano faz seu primeiro filme, Mistério no Colégio Brasil. Desenvolve regular carreira na televisão, em novelas e minisséries como Anos Rebeldes (1992), O Amor Está no Ar (1997), A Força de um Desejo (1999), Aquarela do Brasil (2000), Celebridade (2005) e JK (2006). No cinema, nos últimos anos parti cipa de O Homem do Ano (2003) e JK – Bela Noite para Voar (2009). Alternativamente, trabalha na Conspiração Filmes, como assistente de direção em filmes publicitários. Está casado com Patrícia Werneck desde 2004. Filmografia: 1988 – Mistério no Colégio Brasil; 1989 – O Cio (CM); 1990 – Stelinha; O Quinto Macaco (The Fifth Monkey) (EUA); 1993 – Batimam e Robim (CM); 1995 – Cinema de Lágrimas na América Latina; 2002 – As Três Marias; 2003 – O Homem do Ano; 2009 – Bela Noite para Voar. BARROS, BORGES DE Fileto Borges de Barros nasceu em Corumbá, MS, em 27 de março de 1920. Ator e dublador. Filho de Leobino Borges de Barros e Tereza de Jesus Livio. Inicia sua carreira nos anos 40, como radioator. Em 1952 estreia no cinema, no filme Simão, o Caolho. Logo começa sua carreira, no estúdio Gravasom, dublando um dos personagens da série Além da Imaginação, um de seus primeiros trabalhos. Transfere-se depois para a AIC – Arte Industrial Cinematográfica, na qual ganha seu primeiro personagem de sucesso, o Moe, o irmão mais bravo e sério dos Três Patetas. Mas o melhor estaria por vir, quando chega ao Brasil a série Perdidos no Espaço em que dubla o Dr. Smith, personagem de Jonathan Harris, entre 1966/1968. Como ator, em 1965 faz sua primeira novela Ceará contra 007, seguindo-se Quatro Homens Juntos (1965), Meu Adorável Mendigo (1973), Os Gigantes (1979), Os Adolescentes (1981) e Jerônimo (1984). Como humorista, fica famoso por interpretar o mendigo da Praça da Alegria, ao lado de Manoel de Nóbrega, com a célebre frase Meu caro colega... Seu personagem adquire tanta fama que chega ao cinema no filme Se Meu Dólar Falasse... (1970), ao lado de Dercy Gonçalves, depois ganha programa próprio, Meu Adorável Mendigo e por fi m na Praça é Nossa, pelo SBT, com Carlos Alberto de Nóbrega, fi lho de Manoel. Aposentado e esquecido, um dos maiores humoristas e dubladores brasileiros morre em 12 de dezembro de 2007, em São Paulo, aos 87 anos de idade, de parada cardíaca, durante uma sessão de hemodiálise. Filmografia: 1952 – Simão, o Caolho; 1970 – Se Meu Dólar Falasse...; 1973 – Regina e o Dragão de Ouro. BARROS, CARLOS ALBERTO SOUZA Nasceu em São Paulo, SP, em 1927. Na década de 1950 vai para Roma e faz curso no Centro Experimental de Cinema. Em 1951, de volta ao Brasil, dirige o documentário Santa Isabel do Havaí, sua estreia no cinema. Começa a trabalhar em vários cargos técnicos, até dirigir seu primeiro longa-metragem em 1956, Osso, Amor e Papagaios. Dirige muitos outros, entre eles O Mundo Alegre de Helô (1966) e Um Marido Contagiante (1977). Estreia como ator em 1958 no filme O Cantor e o Milionário, parti cipando de muitos outros como Edu Coração de Ouro (1968) e O Caso Cláudia (1979). Morre em 25 de fevereiro de 2002, aos 75 anos de idade. Filmografia (ator): 1958 – O Cantor e o Milionário; 1968 – Edu Coração de Ouro; Dois na Lona; 1971 – O Vale do Canaã; O Donzelo; 1972 – Os Devassos; Os Machões; 1975 – A Filha de Madame Betina; Um Soutien para o Papai; 1976 – O Flagrante; O Varão de Ipanema; 1977 – Gordos e Magros; 1978 – Esse Rio Muito Louco (episódios: Fátima Todo Amor, Kiki Vai à Guerra e A Louca de Ipanema); Um Marido Contagiante; 1979 – O Caso Cláudia; Eu Matei Lúcio Flávio. Filmografia (diretor): 1956 – Osso, Amor e Papagaios (codireção de César Mêmolo Jr.); 1961 – América de Noite (América Di Notte) (parte brasileira) (Brasil/ Argenti na/Itália); 1966 – O Mundo Alegre de Helô; 1967 – Jerry, a Grande Parada; Em Busca do Tesouro; 1968 – Dois na Lona; 1971 – Os Devassos; 1974 – As Alegres Vigaristas; 1975 – Um Soutien para Papai; 1977 – Um Marido Contagiante. BARROS, EDMILSON Nasceu em Recife, PE, em 1964. No teatro, atua nas peças O Inspetor Geral (1994), direção de Paulo Cunha, Quincas Berro D´Água (1995), direção de Paulo Dourado, e Angel City (1998), direção de Deolindo Quecucci. Estreia no cinema em 1995 no curta Cachaça, faz uma pequena parti cipação em Bale Perfumado (1997) e, em A Máquina (2005) e Sem Controle (2007), já é um dos protagonistas. Na televisão, sua primeira novela é Da Cor do Pecado (2004), pela TV Globo, O Mandrake (2007), pelo canal pago HBO e Decamerão, a Comédia do Sexo (2009), como Calandrino. No teatro, brilha em O Método Grönholm e Morrer ou Não. Filmografia: 1995 – Cachaça (CM); 1997 – Baile Perfumado; 1998 – Edifí cio Oxumaré (CM); 2002 – Narradores de Javé; 2004 – Esses Moços; 2005 – A Máquina; 2007 – Ópera do Malandro; Sem Controle; 2008 – Romance; 2010 – O Bem-Amado. BARROS, GENÉZIO DE Nasceu em Taquaritinga, SP, em 1952. Muda-se para São Paulo em 1978 e forma-se pela Escola de Artes Dramáti cas (EAD-USP). Atua em mais de quarenta peças, entre elas Longa Jornada de um dia Noite Adentro, de Eugene O’Neill; Ianov,de Tchekov; Inimigos de Classe, de Nigel Williams. Pelas duas últimas citadas recebeu o Prêmio Mambembe de Melhor Ator. Em 1996 faz sua primeira novela, Rei do Gado, como Mauriti, depois tem passagens pela TV Bandeirantes e SBT, retornando à Globo em 2005 para participar da minissérie Mad Maria, depois Bang-Bang (2006), O Profeta (2007), como Olavo, Sete Pecados (2007), A Favorita (2009), seu melhor momento, como o velho Pedro, pai da vilã Flora (Patrícia Pillar) e Paraíso (2009), como Alfredo Modesto. Estreia no cinema em 1976 no curta O Engano. Seu primeiro filme importante é Eles não Usam Black-Tie (1981), sucesso de Leon Hirszman. Retorna somente em 1998 para um grande desempenho em Ação Entre Amigos, do cineasta paulista Beto Brant e retoma sua carreira cinematográfi ca nos filmes Quase Nada (2000), pelo qual recebe vários prêmios de melhor ator, Achados e Perdidos (2005) e Os Desafinados (2008). Filmografia: 1976 – Engano (CM); 1978 – O Artesão de Mulheres; 1980 – Desespero (CM); 1981 – Eles não Usam Black-Tie; 1992 – Modernismo: Os Anos 20 (CM); 1998 – Ação Entre Amigos; 2000 – Quase Nada; 2001 – Bellini e a Esfinge; A História Real (CM); Disfarce Explosivo (voz); 2003 – Viva Voz; 2004 – Cada um com Seus Problemas (CM); Onde Anda Você; 2005 – Achados e Perdidos; 2008 – Os Desafinados; Olho de Boi; 2009 – Intruso. BARROS, LUIZ DE Luiz Guilherme Teixeira de Barros nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de setembro de 1893. Em 1911 vai à Europa e assiste, em Paris, às filmagens de cenas de rua de Max Linder. De volta ao Rio de Janeiro, em 1914, seu primeiro interesse é o Teatro de Revista e linha de shows, mas o cinema fala mais alto, e nesse veículo faz de tudo um pouco, como produtor, roteirista, coreógrafo, fotógrafo, montador e diretor. Dirige mais de 60 filmes, entre eles Carioca Maravilhosa (1934), O Jovem Tataravô (1936) e O Cortiço (1945). Como ator, parti cipa de vários fi lmes, destacando-se Coração de Gaúcho (1920) e Quando Elas Querem (1925). Lulu de Barros, como é conhecido no meio cinematográfico, morre em 1981, aos 88 anos de idade, deixando um legado para o nosso cinema que dificilmente será igualado. Foi casado com Gita de Barros por quase 70 anos (1913/1981). Filmografia (ator): 1914 – A Viuvinha; 1919 – Ubirajara; 1920 – Coração de Gaúcho; A Joia Maldita; 1923 – A Capital Federal; 1925 – Quando Elas Querem; 1956 – Fuzileiro do Amor (participação não creditada). Filmografia (diretor): 1913 – Perdida; 1916 – Vivo ou Morto; A Viuvinha (CM); 1918 – Zero Treze; 1919 – Alma Sertaneja; Ubirajara; 1920 – Coração de Gaúcho; A Joia Maldita; Aventuras de Gregório (CM); 1922 – O Cavaleiro Negro; O Rio Grande do Sul; O Exército Brasileiro (CM); Sacadura Cabral e Gago Coutinho no Rio de Janeiro (CM); 1923 – A Capital Federal; Augusto Aníbal Quer Casar; 1924 – A Derrocada (A Vingança do Peão); Hei de Vencer; Rosa de Sangue (codirigido por Carlo Campogalliani) (CM); Revolução de 1924 (CM); A Revolução em São Paulo – I (CM); Vocação Irresistível (CM); 1925 – Flagelo da Humanidade; Pedras Altas (CM); Rio Pitoresco (CM); 1926 – Depravação; 1927 – Casa de Santos Dumont (CM); 1928 – Operação Cesariana; Operação do Estômago; Criação de Cavalos (CM); Estradas do Brasil (CM); Pitoresco da Costa (CM); Rio Grande do Sul (CM); 1929 – Acabaram-se os Otários; O Amor não Traz Vantagens (CM); Baianinha (CM); Casa de Caboclo (CM); Cidades de Veraneio (CM); Como se Gosta (CM); Feijoada (CM); A Juriti (CM); O Palhaço (CM); 1930 – Messalina; O Babão; Lua de Mel (CM); Minha Mulher me Deixou (CM); Operação Cesariana (CM); Sobe o Armário (CM); Tom Bill Brigou com a Namorada (CM); 1931 – Alvorada de Glória (CM); Tango Amigo (CM); Tango de Amor (CM); 1932 – Flagelo da Humanidade (CM); 1934 – Carioca Maravilhosa; 1936 – Jovem Tataravô; 1937 – O Samba da Vida; Favela (CM); O Palhaço (CM); 1938 – Tererê não Resolve; Maridinho de Luxo; 1939 – Hangar Caquot (CM); Ilhas Históricas (CM); Poeta do Morro (CM); 1940 – Cisne Branco; Entra na Farra; E o Circo Chegou; 1941 – Sedução do Garimpo; 1943 – Samba em Berlim; 1944 – Berlim da Batucada; Corações sem Piloto; 1945 – O Cortiço; Pif-Paf; 1946 – Caídos do Céu; O Cavalo 13; 1947 – O Malandro e a Grã Fina; 1948 – Fogo na Canjica; Esta é Fina; Inocência (codirigido por Fernando de Barros); Ladeira de Copacabana (CM); Ladeira Novo Mundo (CM); Ladeira dos Guaianases (CM); Ladeira Indiana (CM); 1949 – Eu Quero é Movimento; 1950 – Aguenta Firme, Isidoro; Anjo do Lodo; 1952 – Está com Tudo; Era uma Vez um Vagabundo; O Rei do Samba; 1953 – É Pra Casar?; 1954 – Malandros em Quarta Dimensão; Trabalhou Bem, Genival; 1955 – Como se Faz um Filme (CM); 1956 – Quem Sabe... Sabe!; O Negócio Foi Assim; 1957 – Samba na Vila; Tudo é Música; Um Pirata do Outro Mundo; Com a Mão na Massa; 1959 – Aí Vêm os Cadetes; 1960 – Por um Céu de Liberdade; 1962 – Vagabundos no Society; 1977 – Eu, Ela, Quem?. BARROS, WALDEREZ DE Nasceu em Ribeirão Preto, SP, em 31 de agosto de 1940. Ingressa na Faculdade de Filosofia da USP, mas acaba seguindo a carreira teatral, embora diga que não estava nos seus planos ser atriz. O contato com o pessoal do teatro e o próprio interesse da atriz pela dramaturgia fazem com que ela mude de ideia. Para provar que sua decisão foi acertada, ganha três vezes o prêmio Molière: em 1980 em Abajur Lilás, em 1986 com Madame Blavatsky e em 1991 em Max. Em 1970 estreia na televisão na novela Beto Rockfeller, em que faz o papel da jovem Mercedes, e no cinema no filme Juliana do Amor Perdido. Faz carreira regular na televisão, em João Juca Jr (1969), Simplesmente Maria (1970) e Papai Coração (1976). Em 1996 é redescoberta e volta a brilhar como Judith, a empregada de Jeremias Berdinazzi em O Rei do Gado. Seguem-se Hilda Coração (1998), O Clone (2001), Desejos de Mulher (2002), Mulheres Apaixonadas (2003), Alma Gêmea (2005), Páginas da Vida (2006), como Constância, Ciranda de Pedra (2008) e Paraíso (2009). Retorna ao cinema em 1998 para parti cipar de Os Três Zuretas, seguindo-se outros como Tônica Dominante (2000) e Copacabana (2001). Foi casada com o dramaturgo Plínio Marcos. Em 2004 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Walderez de Barros – Voz e Silêncios, de autoria de Rogério Menezes. Filmografia: 1970 – Juliana do Amor Perdido; 1993 – Opressão (CM); 1994 – Amor Materno (CM); 1998 – Os Três Zuretas (Reunião de Demônios); 1999 – Outras Histórias; 2000 – Tônica Dominante; 2001 – Copacabana; 2010 – Quincas Berro d’Água. BARROSO, ARY Nasceu em Ubá, MG, em 7 de novembro de 1903. Estuda na cidade natal e muda-se para o Rio de Janeiro em 1920. Toca piano em cinemas e forma-se em Direito, mas populariza-se como compositor, radialista e locutor esportivo, havendo sido também vereador. Compõe verdadeiras joias do nosso cancioneiro como Aquarela do Brasil, Na Baixa do Sapateiro e Os Quindins de Iaiá, entre outras. Ary luta muito para ordenar o direito autoral no Brasil e faz o samba dar um passo à frente. No cinema, estreia em 1935 no filme Alô, Alô, Brasil. Morre em 9 de fevereiro de 1964, um domingo de carnaval, no Rio de Janeiro, aos 60 anos de idade, deixando incalculável legado para nossa cultura musical, com quase 300 músicas compostas, temas de filmes no mundo inteiro. Filmografia: 1935 – Alô, Alô, Brasil; 1936 – João Ninguém; 1939 – Joujoux Balangandãs; 1961 – Três Colegas de Batina (como ele mesmo). BARROSO, BRUNO Nasceu em São Paulo, SP, em 7 de novembro de 1955. Começa sua carreira fazendo teatro infantil, sob a direção de Iacov Hillel, formando mais tarde sua própria companhia, dedicada somente a esse gênero. Nos anos seguintes, sobrevive como modelo profissional, ao participar de dezenas de comerciais de televisão. Em 1966, aos 11 anos de idade, faz sua primeira novela, Redenção, um dos maiores sucessos da televisão brasileira, exibida pela Excelsior. Estreia no cinema em 1974 numa pequena ponta no filme O Comprador de Fazendas. Na televisão, ainda atua em O Anjo Maldito (1983), Vida Roubada (1983) e Os Melhores Anos (1990), quando se afasta da carreira artísti ca. Filmografia: 1974 – O Comprador de Fazendas; 1976 – Já não se Faz Amor como Anti gamente (episódio: Oh! Dúvida Cruel); Paranoia. BARROSO, INEZITA Ignez Magdalena Aranha de Lima nasceu em São Paulo, SP, em 4 de março de 1925. Inicia sua carreira em 1950, interpretando canções folclóricas brasileiras. Seus maiores sucessos são Lampião de Gás e Marvada Pinga. Estreia no cinema em 1951 no filme Ângela, produzido pela Vera Cruz e rouba a cena com seu violão e sua simpati a. Entre outros, participa de Carnaval em Lá Maior (1955) e Isto é São Paulo (1970). Dedica-se também à pesquisa incessante do folclore brasileiro, tornando-se grande divulgadora. Como cantora, com sua voz possante, faz sucesso com as músicas Lampião de Gás e Marvada Pinga. Apresenta, há muitos anos, o programa Viola, Minha Viola, pela TV Cultura de São Paulo, único espaço para divulgação da verdadeira música regional brasileira. Filmografia: 1951 – Ângela; 1953 – Destino em Apuros; O Craque; 1954 – É Proibido Beijar; Mulher de Verdade; 1955 – Carnaval em Lá Maior; 1959 – O Preço da Vitória; 1970 – Isto é São Paulo (depoimento); 1978 – Desejo Violento. BARROSO, JOÃO CARLOS João Carlos de Albuquerque Melo Barroso nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 28 de fevereiro de 1950. No ano de 1961, quando estava jogando bola nas calçadas da Rua Bolívar, em Copacabana, é abordado por produtores e diretores argentinos que se preparavam para rodar um filme em coprodução no Brasil, chamado Pedro e Paulo. Vem o convite e João Carlos estreia na vida artística aos 12 anos de idade. Em seguida vai para o teatro e sua primeira peça é O Homem Besta e a Virtude, de Luigi Pirandello. Por sua atuação, recebe vários prêmios de revelação teatral de 1962. Participa dos teatros das TVs Tupi, Rio, Continental e Excelsior. Nos anos 1970, já na TV Globo, passa a ser muito requisitado em novelas como Os Ossos do Barão (1973), chegando ao estrelato em 1976 em Estúpido Cupido, quando fica conhecido em todo o Brasil. Atua em muitas outras novelas e minisséries, com destaque para O Bem-Amado (1977), O Pulo do Gato (1978), Marrom Glacê (1979), Livre para Voar (1984), Roque Santeiro (1985) e Locomotivas (1986), O Salvador da Pátria (1989), Mulheres de Areia (1993), Uga-Uga (2000), O Clone (2001), A Casa das Sete Mulheres (2003) e JK (2006). Atualmente está no humorístico Zorra Total. Filmografia: 1962 – Pedro e Paulo (Tercer Mundo) (Brasil/Argentina); 1969 – Um Homem e sua Jaula; 1975 – O Pistoleiro; 1979 – Nos Tempos da Vaselina; 2000 – Um Anjo Trapalhão; 2004 – Dona Eulália (CM). BARROSO, JOTTA José Barroso nasceu em Visconde do Rio Branco, MG, em 1921. Inicia sua carreira na Rádio Cultura de sua cidade, depois Marajoara de Belém, Vitória, no Espírito Santo, Guarani e Inconfidência em Belo Horizonte, etc. A partir de 1960 vai para a televisão, inicialmente na TV Itacolomi de Belo Horizonte e depois, já no Rio de Janeiro, nas TVs Tupi, Rio e Globo. Estreia no cinema em 1964 no filme Viagem aos Seios de Duília e, a partir daí dedicase quase que exclusivamente ao cinema, em notável fi lmografia, sempre como coadjuvante. Como ator, participa de três novelas, A Moreninha (1975), Maria, Maria (1978) e A Sucessora (1978). Filmografia: 1964 – Viagem aos Seios de Duília; 1965 – Crônica da Cidade Amada (episódio: Iniciada a Peleja); 1966 – Carnaval Barra Limpa; O Menino e o Vento; 1967 – Juventude e Ternura; 1968 – Como Matar um Playboy; 1969 – Os Raptores; 1970 – Anjos e Demônios; O Vale do Canaã; 1971 – O Enterro da Cafetina; 1972 – Uma Pantera em Minha Cama; A Difícil Vida Fácil; Ainda Agarro esta Vizinha; A Filha de Madame Betina; 1973 – Os Mansos (episódio: O Homem de Quatro Chifres); Obsessão; 1974 – Caingangue, a Pontaria do Diabo; Banana Mecânica; As Mulheres que Fazem Diferente (episódio: A Bela da Tarde); O Varão de Ipanema; 1975 – Enigma para Demônios; O Trapalhão na Ilha do Tesouro; O Casal; Costinha e o King Mong; Eu Dou o que Ela Gosta; As Mulheres que Dão Certo (episódio: O Velhinho da Colombo); 1976 – O Homem de Seis Milhões de Cruzeiros contra as Panteras; Ninguém Segura essas Mulheres (episódio: Pastéis para uma Mulata); Luz, Cama, Ação!; As Loucuras de um Sedutor; O Seminarista; 1977 – Ódio; O Sexomaniaco; Manicures a Domicílio; Se Segura, Malandro; Gargalhada Final (Os Trambiqueiros); 1978 – A Noiva da Cidade; O Grande Desbun...; As Taradas Atacam (episódio: O Peru); As 1001 Posições do Amor (episódio: O Mijão); As Borboletas Também Amam; O Coronel e o Lobisomem; O Namorador (episódio: Namorador); Quanto mais Pelada... Melhor; 1979 – Vamos Cantar Disco Baby?; 1980 – Bonitinha mas Ordinária; 1982 – Banquete das Taras; 1983 – Memórias do Cárcere. BARROSO, MAURÍCIO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1925. Nos anos 40 entra para o GTE – Grupo de Teatro Experimental, que fora criado por Alfredo Mesquita e depois vai para o TBC – Teatro Brasileiro de Comédia, com Nydia Lícia, Marina Freire, Abílio Pereira de Almeida, etc. Participa de célebres montagens como Arsênico e Alfazema (1949), A Dama das Camélias (1951) e Uma Certa Cabana (1953). Do TBC à Vera-Cruz foi questão de tempo, ao estrear no cinema em Sinhá Moça, em 1953. Depois faz parte do grupo Os Jograis de São Paulo, criado por Ruy Afonso, que se apresentam por todo o Brasil e alguns outros países. Fez pouca televisão, sendo Sublime Obsessão, de 1958, sua primeira novela, pela TV Tupi de São Paulo. Depois de vários anos afastado da telinha, retorna com as novelas O Astro (1977) e Brilhante (1981). Morre em 17 de Janeiro de 2002, em Porto Alegre, aos 77 anos de idade. Filmografia: 1953 – Sinhá Moça; Uma Pulga Na Balança; 1954 – São Paulo em Festa (voz); 1959 – O Preço da Vitória; 1969 – Os Raptores; Tempo de Violência; Pobre Príncipe Encantado; 1971 – Os Amores de um Cafona. BARSOTTI, SANDRA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 25 de abril de 1951. Começa sua carreira fazendo teatro amador ainda no colégio, com a peça Chapeuzinho Vermelho e com dez anos monta grupo teatral infantil. Prestes a fazer vestibular, abandona os estudos para ser atriz. Na televisão, em 1968, faz pequenas parti cipações em programas infantis e depois novelas como Pecado Capital (1976), Casarão (1976), O Conde Drácula (1980) e Tudo ou Nada (1986). Dedica-se muito ao cinema, onde estreia em 1971 no filme Romualdo e Juliana e conta com muitos outros em seu curriculo, destacando-se O Marido Virgem (1973) e O Filme de Minha Vida (1991). No teatro, participa de peças como Cordélia Brasil, Greta Garbo, Quem Diria, Acabou no Irajá. Na televisão, brilha em Gente Fina (1990), Sex Appeal (1993), Brida (1998), mais recentemente A Lua me Disse (2005). Filmografia: 1971 – Romualdo e Juliana; Quando as Mulheres Paqueram; 1972 – A Difícil Vida Fácil; O Grande Gozador; Eu Transo... Ela Transa; 1973 – O Marido Virgem; 1974 – As Mulheres que Fazem Diferente (episódio: A Bela da Tarde); Um Varão entre as Mulheres; Os Maníacos; O Azarento – Um Homem de Sorte; Como nos Livrar do Saco; Divórcio à Brasileira; Primeiros Momentos; 1975 – Deixa Amorzinho... Deixa; Confissões de uma Viúva Moça; 1976 – Maníacos Eróti cos; O Vampiro de Copacabana; 1978 – Ouro Sangrento (Tenda dos Prazeres); Pecado sem Nome; A Noite dos Duros; Assim Era a Pornochanchada; Os Melhores Momentos da Pornochanchada; 1982 – Um Casal de Três (Carícias Eróti cas); As Safadas; 1991 – O Filme da Minha Vida; 1998 – A Mulher que Perdeu o Controle (CM); 2000 – Vida e Obra de Ramiro Miguez; Dias (CM); O Abat-Jour Lilás (CM); 2003 – Bacuri, uma História Sem Fim; 2006 – Vestido de Noiva. BARUM, KARINA Karina Barum Lima nasceu em Brasília, DF, em 11 de agosto de 1970. Começa seus estudos normais em sua cidade natal, chegando ao segundo ano de Nutrição, quando larga tudo para abraçar carreira de atriz, para desespero dos pais. Muda-se para São Paulo e inicialmente vai estudar na Escola de Teatro Célia Helena. Estreia no espetáculo Os Menestréis, de Oswaldo Montenegro. Em seguida vai para Londres e lá se fixa por oito meses. De volta, escolhe o Rio de Janeiro para morar e estreia na televisão na novela 74,5 Uma Onda no Ar, pela Manchete. Sua primeira parti cipação no cinema acontece em 1996 no filme O Monge e a Filha do Carrasco. Em 1997 faz sucesso no programa Malhação. Seguem-se Torre de Babel (1998), Louca Paixão (1999), A Padroeira (2001), Esmeralda (2004) e Carga Pesada (2006). É irmã da atriz Vanessa Barum. Entre 1998 e 2004 foi casada com Luciano Luz, com tem quem teve uma filha, Manuela, nascida em 2003. Filmografia: 1996 – O Monge e a Filha do Carrasco (The Monk and Hangmans Daughter) (Brasil/EUA); 1997 – Buena Sorte; 2004 – O Quinze. BASSANESI, LILIAN Nasceu em Caxias do Sul, RS, em 1936. Aos 21 anos resolve submeter-se aos testes para o filme O Preço da Ilusão, produção gaúcha de Nilton Nascimento. Entre dezenas de candidatas, vence e estreia no cinema, no papel de Maria da Graça. Depois do sucesso do filme, resolve vir para São Paulo a fim de aperfeiçoarse na carreira. Filmografia: 1957 – O Preço da Ilusão. BASSOUL, MARIANA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1977. Inicia sua carreira no teatro. Atua em peças como A Vida na Praça Roosevelt, direção de Ole Erdmann; Dias Felizes, direção de Celina Sodré; A Alma Boa de Setsuan, direção de Paulo Afonso de Lima, etc. Estreia no cinema em 2007 no filme Sem Controle. Em 2010 parti cipa da série S.O.S. Emergência, ao lado de Marisa Orth e Ney Latorraca, pela TV Globo. Filmografia: 2007 – Sem Controle; 2010 – Chico Xavier BASTOS, CARLOS Nasceu em 1925. Ingressou na Escola de Belas Artes da Bahia, em 1944 e foi aluno de três grandes pintores baianos João Mendonça Filho, Raimundo Aguiar e Alberto Valença. Bastos foi um dos maiores representantes do seu Estado do modernismo brasileiro. Estudou no Rio de Janeiro com Iberê Camargo. Algumas de suas principais pinturas foram os murais: A Chegada dos Orixás na Bahia, para o Centro Empresarial Iguatemi II. e A Procissão de Bom Jesus dos Navegantes que decora a Assembleia Legislativa da Bahia. Em 1947 frequentou o Art Student League, nos Estados Unidos. De estilo requintado, dedicou-se à pintura antropológica, arquitetônica e onírica produzindo grande quantidade de quadros de temática surrealista usando como modelo as festas e o povo da Bahia. No cinema, parti cipa de dois filmes, o últi mo, o documentário Bahia, Por Exemplo, de 1971. Morreu em 12 de março de 2004, aos 79 anos de idade, em Salvador de falência múltipla dos órgãos, causadas por complicações de uma cirurgia de hérnia. Filmografi a: 1969: Meteorango Kid, o Herói Intergalático; 1969: Bahia, Por Exemplo. BASTOS, OTHON Othon José de Almeida Bastos nasceu em Tucano, BA, em 23 de maio de 1933. Em 1950 muda-se para o Rio de Janeiro. Começa sua carreira ainda no colégio, participando de peças teatrais, com Walter Clark, então um desconhecido. Integra um grupo amador, ao lado de Agildo Ribeiro e Rogério Fróes. Em 1952 ingressa no Teatro Duse, de Paschoal Carlos Magno, e – ao longo de sua carreira – atua em peças importantes como Um Bonde Chamado Desejo, Natal na Praça, Castro Alves Pede Passagem, Um Grito Parado no Ar, Murro em Ponta de Faca, Calabar, Acerto de Contas e O Caminho de Volta, entre tantas outras. Estreia no cinema em 1962 no filme O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte. Destacam-se em sua longa fi lmografia clássicos do quilate de Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), São Bernardo (1973) – talvez seu melhor momento no cinema, arrebatando todos os prêmios de melhor ator do ano – Chico Rei (1986), O que é Isso Companheiro? (1997) e mais recentemente O Coronel e o Lobisomem. Na televisão, participa de minisséries e telenovelas como Super-Plá (1969), Aritana (1978), Os Imigrantes (1981), Ninho de Serpentes (1982), O Campeão (1982), Roque Santeiro (1985), Pacto de Sangue (1989), Éramos Seis (1994), Canoa do Bagre (1997), A Padroeira (2001), A Casa das Sete Mulheres (2003), Mad Maria (2005), Sinhá Moça (2006), Desejo Proibido (2007) e Três Irmãs (2009). É um dos grandes atores brasileiros. Filmografia: 1962 – O Pagador de Promessas; Sol sobre a Lama; Tocaia no Asfalto; 1964 – Deus e o Diabo na Terra do Sol; 1968 – Capitu; 1969 – O Rastejador, S.M. (narração) (CM); O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (Brasil/ França/Alemanha); Vitalino Lampião (narração) (CM); 1970 – Tostão, a Fera de Ouro (narração); Beste (narração) (CM); Os Imaginários (narração) (CM); Os Deuses e os Mortos; 1971 – Longo Caminho da Morte (A Casa Maldita); 1972 – A Casa de Farinha (narração) (CM); Acaba de Chegar ao Brasil o Bello Poeta Francez Blaise Cendrars (narração) (CM); Cema – Situação Problema (narração) (CM); 1973 – Sob as Pedras do Chão (narração) (CM); São Bernardo; 1974 – Triste Trópico (narração) (CM); 1975 – O Predileto; 1976 – Cubatão (narração) (CM); Êxodo Rural (narração) (CM); Os Libertários (narração) (CM); Madeira (narração) (CM); Plantando Dá (narração) (CM); São Simão, Adeus (narração) (CM); Fogo Morto; 1977 – Irmão da Estrada (narração) (CM); 1980 – Os Anos JK, Uma Trajetória Política (narração); 1981 – O Homem do Pau-Brasil; 1982 – Linha de Montagem (narração); Ao Sul do meu Corpo; Das Tripas Coração; 1983 – A Próxima Vítima; 1985 – Frei Tito (narração) (CM); 1986 – Chico Rei; 1988 – Mistério no Colégio Brasil; 1990 – Os Sermões; 1991 – Angoscia (narração) (CM); Conterrâneos Velhos de Guerra (narração); 1994 – Século XVIII – A Colônia Dourada (narração) (CM); 1995 – Menino Maluquinho – O Filme; 1996 – Sombras de Julho; 1997 – A Grande Noitada; O Cangaceiro; O que é Isso Companheiro?; 1998 – Policarpo Quaresma, Herói do Brasil; Negros do Cedro (narração) (CM); Impressões para Clara (CM); A Meia-Noite com Glauber Rocha (CM); Central do Brasil; 1999 – Mauá, o Imperador e o Rei; A Terceira Morte de Joaquim Bolivar; 2000 – A Hora Marcada; Villa Lobos, uma Vida de Paixão; 2001 – Barra 68 – Sem Perder a Ternura (narração); Condenado à Liberdade; Três Histórias da Bahia; Bicho de Sete cabeças; Abril Despedaçado; Suicídio, Nunca! (CM); 2002 – A Encomenda (CM); Joana e Marcelo, Amor (Quase) Perfeito; O Poeta das Sete Faces (narração); 2003 – O Vestido; 2004 – Irmãos de Fé; Cascalho; O Número (CM); 2005 – Soy Cuba, o Mamute Siberiano (depoimento); O Coronel e o Lobisomem; Durvalino (CM); 2006 – Brasília 18%; Zuzu Angel; 2008 – Orquestra de Meninos; 2010 – Quincas Berro d’Água. BATAGLIN, ROBERTO Ermes Bataglin nasceu em General Vargas, RS, em 4 de setembro de 1926. Trabalha como caixeiro viajante de uma empresa comercial, quando Salomão Scliar, cineasta e amigo da família, o chama para substituir Alberto Ruschell, que desistira do papel, no filme Vento Norte, em 1952. É sua estreia na vida artística. Com o sucesso da película, muda-se para o Rio de Janeiro e desenvolve sólida carreira cinematográfi ca em fi lmes como Boniti nha, mas Ordinária (1963) e Perdida em Sodoma (1982). A partir dos anos 1980 afasta-se da carreira artística e dedica-se a sonorização de filmes, por meio de sua empresa, a Bataglin Produções Cinematográficas. É pai do ator Roberto Bataglin Júnior, que também tem carreira de destaque no cinema e principalmente na televisão. Morre em 1992, aos 66 anos de idade. Filmografia: 1952 – Vento Norte; 1953 – Agulha no Palheiro; A Santa de um Louco; 1955 – Rio, 40 Graus; 1957 – Cangerê: Uma Fantasia Musical; 1958 – Contrabando; Nobreza Gaúcha; 1963 – Bonitinha, mas Ordinária; 1965 – Mar Corrente; 1967 – Perpétuo contra o Esquadrão da Morte; 1968 – Maria Bonita, Rainha do Cangaço; 1969 – O Rei da Pilantragem; 1970 – As Escandalosas; A Ilha dos Paqueras; Pedro Diabo Ama Rosa Meia-Noite; 1971 – Idílio Proibido; 1972 – Os Desclassifi cados; Maridos em Férias (O Mês das Cigarras); 1973 – Como Evitar o Desquite; Uma Garota em Maus Lençóis; 1974 – Os Condenados; 1976 – Costinha, Rei da Selva; 1977 – Revólver de Brinquedo; 1978 – A Noiva da Cidade; 1982 – Perdida em Sodoma. BATAGLIN FILHO, ROBERTO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 4 de novembro de 1962. Filho do ator Roberto Bataglin, cedo resolve seguir carreira artísti ca, paralelamente à curti ção de rock e surf, nas praias do Rio de Janeiro. Estreia no cinema em 1970, numa ponta não creditada no filme As Escandalosas, aos oito anos de idade. Na televisão, em 1984, ganha notoriedade por sua interpretação como Fernando, em Parti do Alto, ao se apaixonar por Irene, papel vivido por Norma Bengell, mulher muito mais velha que ele. Seguem-se outros sucessos como Um Sonho a Mais (1985), Selva de Pedra (1986), Sassaricando (1987), Lua Cheia de Amor (1990), A Próxima Vítima (1995), Vira Lata (1996), Zazá (1997) e Vila Madalena (1999). No teatro, faz sucesso também em peças como Capitães de Areia. Cursa cinema nos EUA, na escola de Lee Straberg, e tem planos de desenvolvimento da carreira nessa área. Nos últimos anos suas aparições têm sido esporádicas, como no programa Sai de Baixo (2001), na telenovela Desejos de Mulher (2002), no programa Linha Direta (2005), episódio A Bomba do Rio Centro e, mais recentemente, nas novelas Pé na Jaca (2007), como Young Últi mo, e Sete Pecados (2008), como Teobaldo. Filmografia: 1970 – As Escandalosas (não creditado); 1983 – Nunca Fomos Tão Felizes; Garota Dourada; Aguenta, Coração; 1985 – Espelho da Carne. BATISTA JÚNIOR João Batista de Oliveira Júnior nasceu em Itapira, SP, em 15 de janeiro de 1894. Ventríloquo e compositor, coleciona alguns sucessos. Notabiliza-se por ser o pai de Linda e Dircinha Bati sta, grandes cantoras do Brasil. Estreia no cinema em 1931 em Coisas Nossas, participando de vários filmes. Morre em 24 de maio de 1943, aos 49 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1931 – Coisas Nossas; Mágoa Sertaneja; 1936 – O Bobo do Rei; 1938 – Bombomzinho; 1940 – Entra na Farra; Laranja da China. BATISTA, DIRCINHA Dirce Grandino de Oliveira nasceu em São Paulo, SP, em 7 de abril de 1922. É filha de Batista Júnior e irmã de Linda Batista. Aos seis anos já é garota-prodígio. Estreia no cinema em 1935 em Alô, Alô, Brasil. Em 1930 grava seu primeiro disco e não para mais, fazendo carreira paralela à da irmã. As duas sempre foram muito unidas. Dircinha tornou-se a cantora preferida do então presidente Getúlio Vargas, que dizia serem elas patrimônio nacional. Parti cipa de muitos filmes, sempre números musicais enxertados no enredo do filme. Ainda sem televisão, o público lotava os cinemas para ver as irmãs. No auge de sua carreira, chegou a ter 14 carros na garagem, quatro casas de campo em Teresópolis, sem contar as festas, os apartamentos, as viagens internacionais, as roupas caras, as joias, etc. Mas tudo foi sumindo aos poucos e a partir dos anos 1960 passam a viver isoladas num apartamento, sem contato com o mundo exterior, em condições subumanas. Em 1999 o teatro homenageia as irmãs com a peça Somos Irmãs, de Sandra Louzada, com Nicette Bruno e Suely Franco. Assim como Linda, não sabe aproveitar os anos de glória e acaba esquecida e na miséria. Morre em 18 de junho de 1999, aos 77 anos de idade, de parada cardíaca, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1935 – Alô, Alô, Brasil; 1936 – Alô, Alô, Carnaval; João Ninguém; 1938 – Banana da Terra; Bombomzinho; Futebol em Família; 1939 – Onde Estás Felicidade?; 1940 – Entra na Farra; Laranja da China; 1944 – Abacaxi Azul; 1945 – Não Adianta Chorar; 1948 – Fogo na Canjica; Esta é Fina; Folias Cariocas; 1949 – Eu Quero é Movimento; 1950 – Carnaval no Fogo; 1952 – Está com Tudo; 1953 – É Fogo na Roupa; 1954 – Carnaval em Caxias; 1955 – Guerra ao Samba; 1956 – Depois eu Conto; Tira a Mão Daí; 1957 – Metido a Bacana; 1958 – É de Chuá!; 1959 – Mulheres à Vista; 1960 – Viúvo Alegre; Entrei de Gaiato; 1966 – 007 ½ no Carnaval; 1967 – Carnaval Barra Limpa; 1975 – Assim Era Atlântida. BATISTA, JANE Jane Túlia Quilici Batista nasceu em São Paulo, SP, em 21 de julho de 1925. Adolescente, trabalha como telefonista. Inicia sua carreira artística como radioatriz, nas rádios Cruzeiro do Sul, América e São Paulo. Em 1951 é contratada pela TV Paulista como garota-propaganda. Forma-se em jornalismo e passa a apresentar vários programas. Como atriz, participa das novelas Helena e Casa de Pensão, em 1952, e estreia no cinema em 1954 no filme Chamas no Cafezal. Na TV Tupi, permanece por muitos anos, como apresentadora, organizadora de eventos, desfi les de moda, inaugurações de afiliadas em outros Estados, etc. Com o fechamento da Tupi, para a assessorar políticos e empresários, além de escrever textos e arti gos para diversos jornais. Torna-se membro efeti vo da AJEB – Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil, chegando à vice-presidência. Tem filho, Humberto, três netos e quatro bisnetos. Filmografia: 1954 – Chamas no Cafezal; 1955 – Carnaval em Lá Maior; 1956 – Pensão de Dona Estela; 1961/1962 – O Mordomo (CM) (episódio da série O Vigilante Rodoviário); 1970 – Marcado para o Perigo (episódio: O Mordomo). BATISTA, LINDA Filha do famoso ventríloquo carioca João Batista de Oliveira Júnior, ou Batista Júnior, como era conhecido, Florinda Grandino de Oliveira nasceu em São Paulo, em 14 de junho de 1919, por exigência da avó, que era paulista e muito supersti ciosa. Estuda nos melhores colégios religiosos do Rio de Janeiro. Aos dez anos, contaminada pela música, ganha um violão do pai e logo compõe uma canção. Dois anos depois, já acompanha a irmã Dircinha, em apresentações na Casa do Estudante. Aos treze, acompanhada da irmã, canta nos programas de auditório das rádios Philips, Sociedade, Cruzeiro do Sul e Cajuti, ao lado de Francisco Alves. É eleita pela primeira vez Rainha do Rádio em 1937, tí tulo que mantém durante onze anos consecutivos. A partir dessa época, sucedem-se shows por todo o Pais, a parti cipação em filmes e a gravação de discos. Ainda em 1937 casa-se com Paulo Bandeira, mas a união só dura seis meses. Em 1938, inaugura o Cassino da Ilha Porchat, onde permanece por seis meses com sucesso absoluto. De volta ao Rio, trabalha no Cassino da Urca, até seu fechamento em 1945. Estreia no cinema em 1936, no filme Alô, Alô, Carnaval. Durante vinte anos, entre 1940 e 1960, é uma das maiores artistas da gravadora RCA, que lhe organiza vitoriosas excursões ao exterior. Sua decadência começa após o golpe militar de 1964 e com o advento da Jovem Guarda. Linda não sabe, como tantos outros, explorar seus tempos de glória e morre esquecida e na miséria, aos 68 anos de idade, no Rio de Janeiro, em 18 de abril de 1988. Filmografia: 1936 – Alô, Alô, Carnaval; 1938 – Banana da Terra; Maridinho de Luxo; 1940 – Céu Azul; 1942 – Its All True (inacabado); 1943 – Samba em Berlim; 1944 – Tristezas não Pagam Dívidas; Abacaxi Azul; Berlim da Batucada; 1945 – Não Adianta Chorar; 1946 – Caídos do Céu; 1948 – Esta é Fina; Fogo na Canjica; Pra Lá de Boa; Folias Cariocas; 1949 – Eu Quero é Movimento; Não me Digas Adeus (No me Digas Adiós) (Brasil/Argenti na); 1950 – Aguenta Firme, Isidoro; Um Beijo Roubado (Noites de Copacabana); 1952 – Está com Tudo; É Fogo na Roupa; Tudo Azul; 1954 – Carnaval em Caxias; O Petróleo é Nosso; 1955 – Car-naval em Marte; 1956 – Depois eu Conto; Tira a Mão Daí; 1957 – Meti do a Bacana; 1958 – É de Chuá!; 1959 – Mulheres à Vista; 1960 – Virou Bagunça; Entrei de Gaiato. BATISTA, XANDÓ Nasceu em São Paulo, SP, em 1920. Inicia sua carreira no cinema em 1951, no filme Suzana e o Presidente. Desenvolve sólida carreira cinematográfica, com mais de trinta filmes no currículo, como Sai da Frente (1952), Rebelião em Vila Rica (1958), Mulher Satânica (1964), O Predileto (1976), pelo qual recebe o prêmio APCA de melhor ator coadjuvante, Amantes da Chuva (1980), etc. Na televisão, participa de especiais, telenovelas, casos especiais e minisséries como O Ébrio (1965), Meu Pedacinho de Chão (1971), Vitória Bonelli (1972), Ídolo de Pano (1974), O Velho, o Menino e o Burro (1975), Direito de Nascer (1978), Renúncia (1972), Paiol Velho (1982), Braço de Ferro (1983), Meus Filhos, Minha Vida (1984), Chapadão do Bugre (1988), O Canto da Sereia (1990) e A História de Ano Raio e Zé Trovão (1990), sua últi ma atividade artística. Atua muito em teatro, em peças como Eles não Usam Black-Tie, Chapeluda Futebol Clube e Solness, o Construtor. É dublador profissional também, sendo responsável por inúmeras vozes conhecidas da TV como o Dr. Bellows da série Jeannie é um Gênio e o Abner de A Feiti ceira. Morre em 1992, aos 72 anos, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1951 – Suzana e o Presidente; Ângela; Sai da Frente; 1952 – Nadando em Dinheiro; Tico-Tico no Fubá; Appassionata; 1953 – Luz Apagada; Uma Pulga na Balança; 1954 – Candinho; 1958 – Rebelião em Vila Rica; 1959 – O Preço da Vitória; 1961/1962 – O Mordomo; Zuni, o Potrinho (episódios da série Vigilante Rodoviário); 1963 – Noites Quentes de Copacabana (Mord In Rio) (Brasil/Alemanha); 1964 – Mulher Satânica (Der Satan Mit Den Roten Haaren) (Brasil/Alemanha); O Beijo; 1965 – Marcado para o Perigo (episódio da série Vigilante Rodoviário – O Mordomo); 1966 – O Corintiano; 1972 – Desafi o à Aventura (episódio da série Vigilante Rodoviário – Zuni, o Potrinho); 1973 – A Pequena Órfã; 1975 – Efigênia Dá tudo que Tem; Trote dos Sádicos; A Casa das Tentações; 1976 – O Fruto Proibido; O Predileto; O Sexualista; Já não se Faz Amor como Anti gamente (episódio: Flor de Lys); 1977 – Chão Bruto; Contos Eróti cos; O Sexualista; O Mártir da Independência; A Morte em Conta-Gotas; 1978 – Minha Vida de Novela; 1979 – A Noite dos Imorais; Histórias que Nossas Babás não Contavam; Sexo Selvagem; 1980 – Amantes da Chuva; O Gosto do Pecado; 1981 – O Homem do Pau-Brasil. BAULAC, SEITAN Nasceu em Recies, Grécia, em 1934. Sua tia era atriz de teatro e leva-o, ainda criança, para participar de uma peça. Já adolescente, entra para a Faculdade de Artes Dramáticas de Atenas. Formado, se especializa em ciências ocultas e passa a sobreviver como telepata e faquir. Mora três anos na Índia. Durante uma de suas tournées, vem para o Brasil e fica por aqui. Estreia no cinema em 1974, no filme A Noiva da Noite. Filmografia: 1974 – A Noiva da Noite (Desejo de Sete Homens); Gente que Transa (Os Imorais); 1976 – Traição Conjugal; 1977 – O Poder do Desejo. BAUNGARTEN, MARIZETH Começa sua carreira como modelo e em comerciais de televisão. Estreia no cinema em 1975 no filme A Ilha do Desejo e atua em alguns outros como Cada um Dá o que Tem (1975) e Estranha Hospedaria dos Prazeres (1977). Filmografia: 1975 – A Ilha do Desejo (Paraíso do Sexo); Cada um Dá o que Tem (episódio: Uma Grande Vocação); O Sexo Mora ao Lado; 1976 – Pesadelo Sexual de uma Virgem; O Quarto da Viúva; 1977 – Estranha Hospedaria dos Prazeres. BAURAQUI, FLÁVIO Nasceu em Santa Maria, RS, em março de 1966. Inicia sua carreira artística no teatro, ainda em sua cidade natal e depois na capital, Porto Alegre. Sai de casa com dezesseis anos com um saco de roupa e um violão, que até hoje não sabe tocar, como ele mesmo afi rma. Vai morar no colégio interno e funda o Grupo Improviso, mesmo sem conhecer a nomenclatura de teatro, mas vai produzindo, dirigindo, atuando... até participar de um festi val em Porto Alegre onde seu nome começa a ser reconhecido. Trabalha como porteiro, metalúrgico e contrarregra para sobreviver. No Rio de Janeiro, começa a chamar a atenção por suas interpretações em peças como Elis, Estrela do Brasil, direção de Diogo Vilella, e Obrigado, Cartola, direção de Vicente Maiolino. Estreia no cinema em 2002, no filme Madame Satã, ao lado de Lázaro Ramos, que lhe dá projeção nacional. Na televisão, faz sua estreia em 2006 em um episódio do seriado A Grande Família. Em seguida, faz sucesso nas telenovelas Paraíso Tropical (2006) e Duas Caras (2007). Mas é no cinema que brilha em fi lmes como Cafundó (2005) e O Céu de Suely (2006). Vem se firmando como grande ator brasileiro, hoje já com mais de trinta peças no currículo. Filmografia: 2002 – Madame Satã; 2004 – O Espetáculo do Crescimento (CM); Capital Circulante (CM); Quase Dois Irmãos; 2005 – Achados e Perdidos; Cafundó; 2006 – Noel – Poeta da Vila; Os 12 Trabalhos; O Cheiro de Ralo; O Céu de Suely; Zuzu Angel; 2007 – Mutum; Maré, Nossa História de Amor; 2008 – Meu Nome não é Johhny; 2009 – Heaven Garden (CM); 2010 – 5x Favela, Agora por Nós Mesmos; Quincas Berro d’Água. BAXTER, MARIA APARECIDA Maria Aparecida de Oliveira nasceu em Carmo de Paranaíba, MG, em 3 de dezembro de 1918. De família circense, prati camente nasceu no picadeiro. Com poucos meses de vida já estava em cena, abrilhantando os espetáculos com os pais, tios e avós. Com o circo estabelecido em São Paulo, Aparecida vai estudar no Colégio Santa Inês, onde aprende inclusive música e pintura. No circo conheceu o ginasta galã Jarbas Savala Baxter com quem se casaria, numa duradoura união. Com a chegada da televisão, é aprovada como extra e deslancha sua carreira, primeiro como garota-propaganda, depois apresentadora e fi nalmente como atriz, em inúmeras novelas como Éramos Seis (1958), A Moça que Veio de Longe (1964), Redenção (1966), como Dona Marocas, seu maior momento na televisão, em novela que durou dois anos, Hospital (1971), Um Dia, o Amor (1975), Os Imigrantes (1981) e O Grande Pai (1983). No cinema, estreia em 1954 no filme Mulher de Verdade, depois Rebelião em Vila Rica (1958), Vidas Nuas (1967) e A Banda das Velhas Virgens (1980), ao lado do inesquecível Mazzaropi. Aparecida Baxter chegou a ter programas só seus como Quem Quiser que Conte Outra e Tita Recebe, montou escola de teatro e foi presidente da Comunidade Domitila por dez anos, em que reivindicava melhorias para o seu bairro. Com Jarbas, com quem foi casada de 1961 a 1999, teve três filhos. Morre em 12 de setembro de 1999, em São Paulo, de problemas cardíacos, aos 80 anos de idade. Filmografia: 1954 – Mulher de Verdade; 1955 – Carnaval em Lá Maior; 1957 Cara de Fogo; 1958 – Rebelião em Vila Rica; 1967 – A Vida Quis Assim; 1968 Enquanto Houver Esperança; 1976 – Traídas pelo Desejo; 1979 – A Banda das Velhas Virgens. BAYARD, ANDRÉA Leonore Mitchel nasceu em São Paulo, SP, em 17 de agosto de 1932. Filha de pai alemão e mãe brasileira. Muito jovem muda-se para a Europa e inicia seus estudos normais. Com quatorze anos retorna ao País, indo morar no Rio de Janeiro, onde frequenta o colégio Anglo-Americano. Sem maiores pretensões artísti cas, assiste ao teste que o produtor Jeffrey Mitchell faz, recrutando candidatas para o filme Curucu, o Terror do Amazonas, produção americana filmada no Brasil. Resolve participar e é aprovada, ganhando o papel principal e um marido, o próprio produtor Jeffrey. Em São Paulo, participa do segundo filme de Walter Hugo Khouri, Estranho Encontro, que a consagra definiti vamente. Mas, após isso faz poucos filmes e abandona a carreira no cinema. Filmografia: 1956 – Curucu, o Terror do Amazonas (Curucu, Beast of the Amazon) (EUA); Feitiço do Amazonas (Naked Amazon) (Alemanha/Brasil); 1958 – Estranho Encontro; 1961 – A Moça do Quarto 13 (Girl in Room 13) (Brasil/EUA); 1966 – Herança Sangrenta. BECKER, CACILDA Cacilda Becker Yáconis nasceu em Pirassununga, SP, em 6 de Abril de 1921. Filha de Alzira Leonor Becker e de Edmundo Radamés Yáconis, tem duas irmãs, Dirce e Cleide, esta últi ma também atriz, a grande Cleide Yáconis. Ainda pequena muda-se para São Paulo, mas a separação dos pais faz com que a mãe e as três filhas voltem ao interior, onde passam muitas necessidades. Nessa época, sobe ao palco pela primeira vez para dançar, no Teatro Polytheama. Aos dez anos, muda-se com a mãe e as irmãs para Santos, SP. Sem nenhum recurso e com muita dificuldade, conseguem estudar. Numa apresentação de dança no Cine-Teatro Guarani, o crítico Miroel Silveira gosta do seu estilo, mas – devido às impossibilidades de se seguir uma carreira de dança no Brasil – é indicada para a produtora teatral Maria Jacintha. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1941, ano em que inicia sua carreira de atriz. A partir daí, atua no Rio de Janeiro e em São Paulo, fazendo teatro, cinema e também rádio, como locutora. Estreia no cinema em 1945 no inacabado A Moreninha, mas tem em Floradas na Serra (1954) sua melhor performance. Do seu primeiro casamento com o jornalista Tito Fleury, teve um filho, Luiz Carlos, o Cuca (1949). Casou-se depois com o ator Adolfo Celi e, em 1958, com Walmor Chagas. Ao lado deste, Ziembinski e outros atores, funda sua própria companhia. Nessa época, Cacilda já era uma atriz consagrada. Produz e dirige várias montagens e interpreta, ao longo de sua carreira, 68 personagens, com destaque, entre tantas outras, para A Dama de Pedra, A Dama das Camélias, Gata em Teto de Zinco Quente, César e Cleópatra, O Santo e a Porca, Esperando Godot, durante cuja representação foi acometi da do mal que terminaria por matá-la. Morre, então, prematuramente em 14 de junho de 1969, aos 48 anos de idade, de derrame cerebral, em São Paulo. Atriz completa, inteira, versáti l, deixa uma lacuna até hoje vaga. É cultuada pela crítica, meio artísti co e público em geral. Filmografia: 1945 – Moreninha (inacabado); 1947 – Luz dos meus Olhos; 1954 – Floradas na Serra. BECKER, LUIZ CARLOS Luiz Carlos Becker Fleury Martins nasceu em São Paulo, SP, em 30 de outubro de 1949. Conhecido como Cuca, é fi lho de Cacilda Becker e Tito Fleury. Ainda criança, acompanha os pais em apresentações teatrais, mas estreia como ator somente em 1969, aos vinte anos, na peça Esperando Godot, ao lado da mãe, que faleceria nesse mesmo ano. Na televisão, sua primeira participação acontece na TV Excelsior, na novela A Menina do Veleiro Azul (1969). Dá continuidade em sua carreira artística até 1973, participando de várias peças como Homem é Homem e Jardim dos Amores. Estreia no cinema em Compasso de Espera, único filme do renomado diretor teatral Antunes Filho, iniciado em 1969 e concluído somente em 1973, embora tenha feito uma ponti nha em Floradas na Serra, ao lado da mãe, quando tinha apenas cinco anos de idade. Forma-se em Filosofi a, trabalha como professor, profissão que exerce por pouco tempo, e depois como empresário, no ramo de construção civil, ao lado do pai, atividade que exerce até hoje. Filmografia: 1954 – Floradas na Serra; 1973 – Compasso de Espera. BELL, ESTELITA Ester Daniotti Bell nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23 de setembro de 1910. Professora de formação, Estelita começa sua carreira em 1958 na companhia de teatral de Procópio Ferreira. Estreia no cinema em 1959 no filme Mulheres à Vista. Entre outros, atua também em O Doce Esporte do Sexo (1972) e Tropclip (1985). Estreia na televisão em 1957, na TV Rio, mas sua primeira novela é Irmãos Coragem, em 1970. Depois participa de humorísti cos e novelas como Assim na Terra como no Céu (1970), Chico City (1973), Chega Mais (1980), Quatro por Quatro, de 1994, O Fim do Mundo (1996), Salsa & Merengue (1996). Seu últi mo trabalho na TV foi num dos episódios da série Você Decide, em 2000. É irmã de Renée Bell. Morre em 12 de abril de 2005, aos 94 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1959 – Massagista de Madame; Mulheres à Vista; 1961 – Bom Mesmo é Carnaval; Mulheres, Cheguei!; 1970 – Memórias de um Gigolô; 1972 O Doce Esporte do Sexo (episódio: O Torneio); 1974 – O Mau Caráter; 1975 O Caçador de Fantasmas; 1976 – Tem Folga na Direção; As Aventuras de um Deteti ve Português; 1977 – Quem Matou Pacífi co?; Ódio; 1979 – J.J.J., o Amigo do Super-Homem; 1980 – Beijo no Asfalto; 1985 – Tropclip. BELLO, NAIR Nair Bello Souza Francisco nasceu em São Paulo, SP, em 28 de abril de 1931. Desde os oito anos de idade ouve rádio e quer ser atriz. Em 1949, aos dezoito anos faz teste na Rádio Excelsior e é aprovada, lá permanecendo por seis meses como locutora. Essa primeira fase dura pouco, pois Nair se casa e afasta-se por três anos, já que teve, em sequência, três filhos. Não dava, num primeiro momento, para conciliar a maternidade com o trabalho. Em 1956, volta à ativa, na Rádio Record e inicia carreira de atriz e depois locutora. Em 1958 vai para a TV Record e sua primeira oportunidade é como garota-propaganda, num tempo em que os comerciais eram ao vivo. Como atriz, estreia no especial Anos de Ternura no mesmo ano. Em 1959, Blota Jr., percebendo seu potencial cômico, convida-a para fazer um humorístico. Nair cria então uma italiana, a Santinha, ao lado de Roberto Corte Real, que fazia Epitáfio, e o programa Show Ideal foi um sucesso. Estreia no cinema em 1951 no filme Liana, a Pecadora. Tem destaque também em Simão, o Caolho, ao lado de Mesquitinha, em 1952. Estreia no teatro em 1976, na peça Alegro Desbum, de Oduvaldo Vianna Filho. Mas é na televisão que tem momentos memoráveis em especiais, telenovelas, casos especiais e minisséries. Carlos Manga, em 1962, a leva para o Rio de Janeiro, onde estreia no quadro O Riso é o Limite, no programa de J. Silvestre. Destacamse depois João Brasileiro e o Bom Baiano (1978), ainda pela TV Tupi. Na TV Bandeirantes, brilha no seriado Dona Santa (1981), talvez seu maior sucesso na televisão. Já na TV Globo, sempre interpretou personagens de humor, como a Dona Gema de Perigosas Peruas (1992), a Carloti nha de Torre de Babel (1998), a Pierina de Uga Uga (2000), a Dolores de Kubanacan (2003) e a viúva Lake de Bang Bang (2006). A atriz participou ainda de Vira-Lata (1996) e O Mapa da Mina (1993), entre outras. Nos últimos anos retorna ao sucesso como a Dona Santinha no humorístico Zorra Total, em sua primeira fase ao lado de Rogério Cardoso. Fez pouco cinema, apenas seis filmes, sendo o último Fogo e Paixão, em 1988. Foi casada desde 1953 com o publicitário Irineu Souza Francisco, com quem teve quatro filhos, Zezinho (1954), Manoel (1955), falecido em 1975 em um acidente automobilísti co aos 20 anos de idade, Maria Aparecida (1957) e Ana Paula (1967). Supersticiosa, Nair não usava marrom e adorava roupas coloridas, unhas pintadas de vermelho sangue, batom, cílios posti ços, brincos grandes. Deveria integrar o elenco da então nova novela das sete da Globo, Pé na Jaca, de Carlos Lombardi, interpretando Dona Gioconda, mas, por problemas de saúde, foi substituída por Arlete Salles. Morre em 17 de abril de 2007, aos 75 anos de idade, 14 dias antes de completar 76, depois de ficar 157 dias internada por causa de uma parada cardíaca, sofrida enquanto estava em um salão de cabeleireiro no bairro de Higienópolis, em São Paulo. Filmografia: 1951 – Liana, a Pecadora; 1952 – Simão, o Caolho; 1962 – Os Apavorados; 1971 – Tô na Tua, ô Bicho; 1982 – Das Tripas Coração; 1988 – Fogo e Paixão. BELTRÃO, ANDRÉA Andréa Vianna Beltrão nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 16 de setembro de 1964. Inicia sua carreira em 1978, fazendo teatro no Tablado, em peças sem importância. Seu primeiro sucesso nessa arte é na peça Estrela do Lar. Na televisão, estreia com um pequeno papel na novela Corpo Dourado, mas brilha logo em seguida no seriado Armação Ilimitada, fazendo o papel de Zelda Scoty, ao lado de Kadu Moliterno e André de Biase. Consolida sua carreira na televisão em telenovelas e minisséries como A Rainha da Sucata (1990), Pedra Sobre Pedra (1992), Mulheres de Areia (1993), A Viagem (1994), Madona de Cedro (1994), Vira-Lata (1996), Era Uma vez... (1998), Filhas da Mãe (2001), Os Aspones (2004), A Grande Família (2002/2006), Som e Fúria (2009). Estreia no cinema, em 1983, no filme Garota Dourada, mas brilha mesmo em 1996 no grande sucesso da temporada, Pequeno Dicionário Amoroso, ao lado de Daniel Dantas. Dona de personalidade forte, gosta de trabalhar muito, mas rejeita transformar-se numa prisioneira do sucesso. Chega a trabalhar em três produções ao mesmo tempo na TV Globo. Foi casada com Rogério Gallo, Guel Arraes e com o diretor Maurício Farias, com quem teve três filhos, Francisco (1995), Rosa (1997) e José (2000). Aliando beleza e talento, é uma das grandes atrizes brasileiras da atualidade. Filmografia: 1983 – Garota Dourada; 1984 – Bete Balanço; 1985 – O Rei do Rio; Os Bons Tempos Voltaram – Vamos Gozar Outra Vez (episódio: Sábado Quente); 1986 – Garganta (CM); As Sete Vampiras; Rock Estrela; A Cor do seu Destino; 1987 – O Bebê (CM); 1988 – O Escorpião Escarlate; 1990 – Minas Texas; 1991 – Vai Trabalhar Vagabundo II, A Volta; 1992 – Calor Corazon (CM); 1997 – Pequeno Dicionário Amoroso; 2001 – A Partilha; 2003 – Chatô, o Rei do Brasil (inacabado); 2004 – Cazuza, o Tempo não Para; 2005 – O Coronel e o Lobisomem; 2006 – Ensaio (CM); 2007 – A Grande Família – O Filme; Jogo de Cena; O Tablado de Maria Clara Machado (depoimento); 2008 – Verônica; Romance; 2009 – Salve Geral!; 2010 – O Bem-Amado; Som & Fúria, o Filme. BELUOMINI, SÔNIA Sônia Maria Campos Belluomini nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Sua avó é artista clássica e um primo, compositor de renome. Começa a trabalhar no Jornal do Brasil como secretária de redação e depois programadora de computadores. Em seguida faz curso de dicção, impostação, expressão corporal e facial no Teatro de Arena do Rio de Janeiro. Sua estreia como atriz é no cinema, em 1967, numa produção sueca rodada no Rio, Palmeiras Negras em que atua ao lado de Max Von Sidow e Bibi Anderson. Graças ao sucesso desse filme, torna-se a atriz brasileira mais requisitada para filmes estrangeiros rodados no Brasil, como as produções espanholas Fu Manchu e o Beijo da Morte (1969) e Noventa e Nove Mulheres (1970) e o alemão Helga e a Família. Atua também na linha de shows da TV Globo. Seu primeiro filme totalmente brasileiro é Loucuras de um Sedutor de 1977. Filmografia: 1968 – Palmeiras Negras (Svarta Palmkronor) (Brasil/Suécia); Fumanchu e o Beijo da Morte (Fu-Manchu y el Beso de La Muerte) (Brasil/Espa-nha/Alemanha/EUA); 1976 – Loucuras de um Sedutor; Noite sem Homem. BENGELL, NORMA Norma Aparecida Almeida Pinto Guimarães d’Áurea Bengell nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de fevereiro de 1935. Começa desfilando num pequeno ateliê, até ser convidada para ser vedete nos shows de Carlos Machado. Estreia no cinema em 1959, como cantora, sati rizando Brigitte Bardot, gênero que lhe proporciona participação em outros três filmes. Em 1961, Anselmo Duarte contrata-a para interpretar a prosti tuta no filme O Pagador de Promessas. No ano seguinte causa escândalo ao exibir o primeiro nu frontal do Cinema Brasileiro, no filme Os Cafajestes. Em 1962 Anselmo leva-a ao Festi val de Cannes, na França, onde o Pagador ganha a Palma de Ouro. O enorme sucesso desse filme e a magnífica atuação de Norma chamam a atenção de produtores italianos, que acabam por contratá-la, levando-a direto para Roma, onde fica por dois anos, atuando em vários filmes. Com passaporte internacional, tem passagens discretas depois na França e até Hollywood. Estreia na direção em 1979 com o curta-metragem Barco de Iansã. Na televisão, participa de algumas novelas como Os Imigrantes (1981), Partido Alto (1984) e Sexo dos Anjos (1989). Em 1987 dirige seu primeiro longa, Eternamente Pagu, e em 1996 lança O Guarani, fracasso de bilheteria e polêmico por não ter suas contas fechadas com o Ministério da Cultura até os dias de hoje. Desde 2008 participa do humorístico Toma Lá, Dá Cá, como Deyse Coturno. Sempre foi polêmica, temperamental e de difícil trato, mas nada disso ofusca sua importância no cenário cinematográfi co brasileiro. Filmografia (atriz): 1959 – O Homem do Sputnik; 1960 – Conceição; 1961 – Mulheres e Milhões; Sócio de Alcova (Socia de Alcoba) (Brasil/Argenti na); 1962 – Os Cafajestes; O Pagador de Promessas; O Mafioso (Itália); 1963 –O Magnífico Aventureiro (Il Magnífico Avventuriero) (Itália/França/Espanha); Il Mito (Itália); I Cuori Infranti (Itália) (episódio: Vissero Felici); La Ballata Dei Mariti (Itália); 1964 – La Constanza Della Ragione (Itália); Noite Vazia; 1965 – Vigarice a Italiana; he Cat Burgler; Una Bella Grinta (Itália); O Planeta dos Vampiros (Terrore Nello Spazio) (Itália); O Homem de Toledo (Luomo di Toledo) (Itália/Espanha); 1966 – La Muerte Se Llama Myrian (Itália); As Cariocas (1o episódio); Mar Corrente; 1967 – Phedra; A Espiã que Entrou em Fria; Os Cruéis (I Crudeli ou The Hell Banders) (Itália/Espanha); 1968 – Desesperado (Dezesperato); Edu Coração de Ouro; Io Non Perdono... Uccido (Itália/Espanha); Antes o Verão; 1969 – O Último Homem (CM); O Anjo Nasceu; 1970 – Palácio dos Anjos (Le Palais des Anges) (Brasil/França); Verão de Fogo (OSS 117 Prend Des Vacances) (França/Brasil/Itália); Os Deuses e os Mortos; 1971 – Paixão na Praia; A Casa Assassinada; O Capitão Bandeira contra o Dr. Moura Brasil; As Confissões do Frei Abóbora; 1973 – Os Sóis da Ilha de Páscoa (Les Soleils de Ille de Pâques) (França/Brasil/Chile); Défense de Savoir (França/Itália); 1975 – Assim Era Atlântida; Une Vieille Maitresse (TV-França); 1976 – Mulheres de Cinema (CM); Paranoia; 1978 – Abismu; Mar de Rosas; Na Boca do Mundo; 1980 – Fênix (CM); 1981 – Eros, o Deus do Amor; A Idade da Terra; Abrigo Nuclear; 1982 – Tabu; 1983 – Rio Babilônia; 1984 – Tensão no Rio; O Filho Adotivo; 1986 – A Cor do seu Destino; Fonte da Saudade (episódio: Alba); 1987 – A Mulher Fatal Encontra o Homem Ideal (CM); Maré de Azar (Running Out of Luck) (EUA); 1988 – Eternamente Pagú; 1992 – A Floresta da Tijuca (CM); Vagas para Moças de Fino Trato; 2001 – As Mulheres do Cinema Brasileiro – Partes I, II, III e IV (CM) (narração juntamente com Paulo José); 2003 – Banquete (CM). Filmografia (diretora): 1979 – Barco de Iansã (CM); 1980 – Maria da Penha (CM); Maria Gladys, uma Atriz Brasileira (CM); 1987 – Eternamente Pagu; 1996 – O Guarani; 2003 – Infinitamente Guiomar Novaes; 2005 – Magda Tagliaferro – O Mundo Dentro de um Pano. BENÍCIO, MURILO Murilo Benício Ribeiro nasceu em Niterói, RJ, em 13 de julho de 1972. Aos oito anos de idade já quer ser ator. Adolescente, vai para o Tablado estudar e lá fica dois anos. Em 1989 muda-se para os EUA a fim de estudar artes dramáti cas, e fica até 1992. Em 1994, já na TV Globo, estreia na novela Fera Ferida. Seguem-se Comédia da Vida Privada (1995), Irmãos Coragem (1995), Vira-Lata (1996) e Por Amor (1998). Estreia no cinema em 1996 no filme O Monge e a Filha do Carrasco, mas chama a atenção por seu desempenho em Os Matadores (1997), interpretando um delinquente puxador de carros na fronteira Brasil/Paraguai. De volta à TV, atua em Chocolate com Pimenta (2004), América (2005), Pé na Jaca (2007) e A Favorita (2008), como o vigarista Dodi Santana, mas prefere o cinema, com excelentes atuações em Orfeu (1999) e O Homem do Ano (2003). É um dos bons valores da nova safra de atores brasileiros. Foi casado entre 1996/1998 com Alessandra Negrini, com quem tem um filho, Antonio, nascido em 1996; e com Giovanna Antonelli entre 2002/2004, com quem teve seu segundo filho, Pietro, nascido em 2005. Em 2006 tenta carreira internacional com a produção holandesa Paid. Filmografia: 1996 – O Monge e a Filha do Carrasco (The Monk and Hangmans Daughter) (Brasil/EUA); 1997 – Decisão (CM); Os Matadores; 1998 – Até que a Vida Nos Separe; 1999 – Orfeu; 2000 – Sabor da Paixão (Woman On Top) (EUA); 2001 – Amores Possíveis; 2003 – O Homem do Ano; 2004 – Sexo, Amor e Traição; 2006 – Seus Problemas Acabaram; Paid (Holanda); 2007 – Inesquecível. BENINI, FERNANDO Antonio Fernando Benini nasceu em São Paulo, SP, em 18 de novembro de 1942. Inicia sua carreira no cinema, em 1968, no filme Hitler Terceiro Mundo, de José Agrippino de Paula, um marco no cinema underground brasileiro. Nos anos 1970 atua em algumas pornochanchadas e nos anos 80 chega a parti cipar de algumas produções de sexo explícito. Mas Benini fi ca conhecido mesmo por sua participação no programa Topa Tudo por Dinheiro, apresentado por Silvio Santos nos anos 1980. Sucesso absoluto e durante alguns anos Benini teve seu rosto conhecido em todo o Brasil. Tanto sucesso que virou o palhaço Papai Papudo no Programa do Bozo. A partir dos anos 1990 encerra sua carreira artística. Em 2007 a TV Record tenta retornar com as pegadinhas e chama Benini, mas não dá certo, os tempos são outros. Filmografia: 1968 – Hitler Terceiro Mundo; 1970 – Orgia ou o Homem que Deu Cria; 1971 – O Paraíso Proibido; 1974 – As Travessuras de Pedro Malasartes; 1978 – Sede de Amar (Capuzes Negros); 1979 – A Ilha dos Prazeres Proibidos; 1985 – Abre as Pernas Coração; 1986 – Um Pistoleiro Chamado Papaco (Os Amantes de um Pistoleiro); Toda Nudez É Perdoada; Um Jumento na Minha Cama; Macho, Fêmea & Cia; Filme Demência; 1987 – Prisioneiras da Selva Amazônica; Dr.Frank na Clínica das Taras; 1989 – Dama de Paus; Bacanal de Adolescente. BENJOR, JORGE Jorge Duílio Lima de Menezes nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23 de março de 1942. Inicia sua carreira no início dos anos 1960 como Jorge Ben. Em 1965 já excursiona pelos EUA, realizando shows a convite do Ministério das Relações Exteriores. Estoura nas paradas na década de 1960 com Mas que Nada e Chove Chuva. Tem dificuldade em engrenar sua carreira, pois seu esti lo musical não se enquadra na Jovem Guarda, movimento do qual participa esporadicamente. Em 1968, com o tropicalismo, acha seu espaço e chega ao topo novamente com País Tropical. No auge da fama, é o protagonista principal do filme Uma Nega Chamada Teresa, em 1973, veículo feito especialmente para ele. Na década de 1980, passa quase despercebido, sendo redescoberto e voltando ao topo nos anos 1990, com W-Brasil, já como Jorge Benjor. Na TV, em 1982, faz o papel de saci-pererê no especial Pirlimpimpim. Sua música suingada é reconhecida em todo o mundo, tendo suas músicas como trilha de sonora de dezenas de fi lmes por todo o mundo. Filmografia: 1973 – Uma Nega Chamada Teresa; 2002 – Zico. BENNIO, JOÃO João Bennio Bapti sta nasceu em Mutum, MG, em 11 de abril de 1927. Faz teatro amador no interior de Minas Gerais. É intérprete na peça As Mãos de Eurídice, de Pedro Bloch, com a qual excursiona por várias cidades de diversos Estados. Muda-se para Goiânia em 1955 e funda o Grupo Teatral Bennio e seus Arti stas e participa da formação de importante movimento cultural no Estado: o Teatro de Emergência, inaugurado em 1962 e desfeito em 1964. Transfere-se para o Rio de Janeiro em 1966, onde é ator em diversas peças. De volta para Goiânia dirige o Teatro Goiânia. Constitui a Bennio Produções Cinematográficas em 1967 e dirige seu primeiro longa em 1969, Simeão, o Boêmio. Além de diretor, é produtor e ator em diversos filmes. Morre em 18 de junho de 1984, aos 57 anos de idade, sendo muito cultuado e considerado referência em Goiás. Filmografia (ator): 1954 – Candinho (participação não creditada); 1967 – O Diabo Mora no Sangue; 1969 – Tempo de Violência; Simeão, o Boêmio; 1974 – O Azarento – Um Homem de Sorte; 1975 – O Leão do Norte; 1976 – A Mulher que Comeu o Amante (CM). Filmografia (diretor): 1970 – Simeão, o Boêmio; 1972 – O Azarento – Um Homem de Sorte. BENTINHO João Bento Rodrigues nasceu em São Paulo, SP, em 1937. Faz seus estudos normais, chegando à faculdade de Direito, mas larga tudo para se dedicar à carreira artística. Faz teatro infantil e, em 1958, vai para a TV Tupi e depois Excelsior, como fi gurante nas novelas Um dia... Talvez (1963), Mãe (1964), A Moça que Veio de Longe (1964), A Outra Face da Moeda (1964), Onde Nasce a Ilusão (1965), O Céu é de Todos (1965) e A Grande Viagem (1965). Radicado na Boca do Lixo, estreia no cinema em 1967 no filme O Matador, de Egidio Éccio. O sucesso vem já na próxima atuação, A Margem, de Ozualdo Candeias, em que interpreta um louco. Entre outros, participa também de O Menino da Porteira (1977) e O Dia do Gato (1988). Paralelamente à carreira de ator, atua como assistente de montagem, assistente de produção e diretor de produção. Dirige dois filmes: Deu Veado na Cabeça, em 1982, com o pseudônimo de J.B.Rodrigues e Turbilhão dos Prazeres, em 1987, com o pseudônimo de Jobero. Nos anos 1980 retorna à televisão para participar de novelas e minisséries como Grande Sertão, Veredas (1985), Memórias de um Gigolô (1986), Chapadão do Bugre (1988), Colônia Cecília (1989) e Brasileiros e Brasileiras (1990), ano que encerra suas ati vidades artísti cas. Filmografia (ator): 1964/1967 – O Matador; 1966/1970 – Tentação Nua (La Tentación Desnuda) (Argenti na/Brasil); A Margem; 1971 – Até o Últi mo Mercenário; O Pornógrafo; 1974 – Trote dos Sádicos; Sedução (Qualquer Coisa a Respeito do Amor); 1975 – Pensionato de Mulheres; 1976 – O Quarto da Viúva; 1977 – Caso Norte (CM); O Menino da Porteira; O Mulherengo; 1978 – Mágoa de Boiadeiro; Damas do Prazer; 1981 – Bacanal; Como Faturar a Mulher do Próximo (episódio: A Represália); A Filha de Calígula; As Meninas de Madame Laura; O Sexo Nosso de Cada Dia; 1982 – Bonecas da Noite (episódio: Noite Infi nita); O Rei da Boca; Sol Vermelho; As Viúvas Eróti cas (episódios Magnólia e Ruth e Eva); 1985 – Hospital da Corrupção e dos Prazeres; Deliciosas Sacanagens; 1986 – Um Pistoleiro Chamado Papaco (Os Amantes de Um Pistoleiro); 1988 – O Dia do Gato; Presença de Marisa. Filmografia (diretor): 1982 – Deu Veado na Cabeça (como J.B.Rodrigues); 1987 – Turbilhão dos Prazeres (como Jobero). BENVENUTTI, MÁRIO Nasceu em São Paulo, SP, em 1926. Seu pai é proprietário de um restaurante, onde se reúnem os astros cinematográfi cos da época. Fica ouvindo as conversas e sonhando ser um dia um astro também. Numa noite de 1953, Armando Couto convida-o a fazer um teste para o filme O Homem dos Papagaios, ao lado de Procópio Ferreira. Aprovado, faz sua estreia no cinema. Iniciase, aí, uma das mais duradouras carreiras cinematográfi cas do Brasil, com o invejável curriculo de mais de 50 fi lmes. Destacamse, Conceição (1960), Noite Vazia (1964), pelo qual ganha o Prêmio Saci, As Armas (1969), Adultério (1975) e As Prisioneiras da Selva Amazônica (1987), seu último filme. Na década de 70 adere ao gênero pornochanchada, tornando-se um comediante muito engraçado, sempre envolvido em situações embaraçosas com mulheres bonitas. Em 1979 dirige seu primeiro e único longa, Gugu, o Bom de Cama. Ator essencialmente cinematográfi co, ainda participa de algumas novelas como Ovelha Negra (1975), Cinderela 77 (1977), Pic-Nic Classe C (1982) e Pão, Pão, Beijo, Beijo (1983). Morre em 13 de novembro de 1993, aos 67 anos de idade, de acidente automobilístico em São Paulo. Filmografia (ator): 1953 – O Homem dos Papagaios; 1957 – Absolutamente Certo; 1960 – Conceição; 1961 – Tristeza do Jeca; Mulheres e Milhões; A Moça do Quarto 13 (Girl in Room 13) (Brasil/EUA); Nudismo não é Pecado; 1963 – A Ilha; 1964 – Técnica e Organização (CM); Noite Vazia; O Crime do Sacopã; 1966 – As Cariocas (2º episódio); Corpo Ardente; Perto do Coração Selvagem (CM); 1967 – A Margem; 1968 – Até que o Casamento nos Separe; 1969 – As Armas; Adultério à Brasileira (episódio: A Receita); 1970 – Os Maridos Traem... e as Mulheres Subtraem; Ascensão e Queda de um Paquera; Um Uísque Antes... e um Cigarro Depois; 1971 – Viver de Morrer; Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva; 1972 – As Deusas; Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora; Maridos em Férias (O Mês das Cigarras); Os Mansos (episódio: A B... de Ouro); Os Machões; 1973 – Os Garotos Virgens de Ipanema (Purinhas do Guarujá); O Anjo Loiro; 1974 – O Leito da Mulher Amada; Macho e Fêmea; 1975 – Adultério (As Regras do Jogo); As Secretárias que Fazem de Tudo; O Supermanso; 1976 – As Desquitadas em Lua de Mel (episódio: Natália); As Meninas Querem... e os Coroas Podem; 1977 – Nem as Enfermeiras Escapam; 1978 – A Noite dos Duros; Os Melhores Momentos da Pornochanchada (episódio: Natália); 1979 – Mulheres do Cais; Os Pankekas e o Calhambeque de Ouro; 1980 – Bordel, Noites Proibidas; Gugu, o Bom de Cama; 1981 – Como Faturar a Mulher do Próximo (episódio: A Represália); Os Indecentes; 1982 – Fuscão Preto; Sol Vermelho; As Viúvas Eróti cas (episódio: Magnólia); 1984 – A Flor do Desejo; Como Salvar meu Casamento (S.O.S. Sex Shop); 1986 – Belas da Billings; 1987 – As Prisioneiras da Selva Amazônica. Filmografia (diretor): 1980 – Gugu, o Bom de Cama. BERDITCHEVSKY, SURA Silvia Berditchevsky nasceu em São Paulo, SP, em 1º de julho de 1953. Formada em jornalismo pela UFF – Universidade Federal Fluminense, mas logo resolve ser atriz e matricula-se no Tablado, de Maria Clara Machado, em 1970. Participa das peças O Beco, de Brecht, A Cantora Careca, A Serpente, Hedda Gabler, Na Sauna, Doroteia, 8 Mulheres, A Rosa Tatuada, etc. Estreia na televisão em 1978 na novela Dancin’ Days, como Inês, e logo conquista o público, graças ao seu talento, graça e beleza. Brilha em Marrom-Glacê (1979), como Vanessa; e Plumas e Paetês (1980), no papel de Lígia. No cinema, seu primeiro fi lme é Ajuricaba, o Rebelde da Amazônia. Funda sua própria companhia teatral e torna-se também produtora, diretora e escritora, sendo de sua autoria os livros Os Olhos da Cara, Um Peixe Fora d’Água e Amor de Cão. Forma o Grupo de Teatro de Rua Irmãos Flagello, com a direção de Maria Clara Machado e do coreógrafo Zdenek Hampl, tendo percorrido praças, parques e periferia do Rio, com apoio da Secretaria de Parques e Jardins de 1976 a 1979. O grupo foi precursor de uma série de outros grupos clowns que surgiram, ampliando a linguagem circense para fora das lonas. Como diretora, autora e produtora de espetáculos teatrais comanda Um Fiasco, Um Peixe Fora d’Água, Vale a Pena, Peter Pan e Diário de um Adolescente Hipocondríaco, Como Nasce o Palhaço, Atacado & Varejo, Valsa nº 6, Cócegas, o megassucesso Cócegas, com Ingrid Guimarães e Heloísa Perissé, e Cosquinha. Faria ainda outras novelas como Selva de Pedra (1986) e Barriga de Aluguel (1990), mas a partir dos anos 1990 suas aparições vão-se escasseando, pois dá preferência a formação de novos talentos em sua produtora. Retorna ao cinema em 2003 para parti cipar do filme O Vestido, uma nova leitura da obra de Nelson Rodrigues. Suas últimas intervenções na telinha foram parti cipações especiais em Senhora do Destino (2004), como Lady Daianes Teacher, e Malhação (2006), interpretando Noêmia. Atualmente Sura coordena a Companhia Teatral Sura Berditchevsky, voltada para o teatro infanto-juvenil. Filmografia: 1977 – Ajuricaba, o Rebelde da Amazônia; 1978 – Coronel Delmiro Gouveia; 1980 – Os Sete Gatinhos; 1984 – Noites do Sertão; O Cavalinho Azul; 1985 – Estórias da Rocinha (CM); 1989 – Musika (CM); 1991 – Viagem de Volta; 2003 – O Vestido; 2007 – O Tablado de Maria Clara Machado (depoimento); 2010 – O Diário de Tati. BERENGUER, GUILHERME Luiz Guilherme Berenguer Santiago nasceu em Recife, PE, em 20 de setembro de 1980. Inicia sua carreira no Teatro de Rua do Recife. Aos 17 anos muda-se para São Paulo, a fim de trabalhar como professor de inglês. Paralelamente inicia carreira de modelo e vai para o Japão onde fica por dois meses. De volta a São Paulo retorna ao teatro e participa dos testes para integrar o elenco de Malhação, que o deixa conhecido em todo o Brasil sendo o campeão de cartas da TV Globo. Em 2006 faz sua primeira novela, Bang-Bang e em seguida Sinhá Moça. Estreia no cinema em 2003 no curta-metragem De Morango. Em 2007 é escalado por Renato Aragão para parti cipar do filme O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili, onde interpreta Juan, um garoto pobre que se torna chefe da guarda real. Firma-se na TV Globo nas novelas Desejo Proibido (2008), como João Antonio, e Paraíso (2009), como Ricardo. Filmografi a: 2003 – De Morango (CM); 2007 – O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili; 2009 – Flordelis – Basta uma Palavra para Mudar. BERLIET JÚNIOR Começa sua carreira na Rádio Cruzeiro do Sul e é o primeiro a fazer o gênero teatro policial nas rádios cariocas. Na década de 1950, leva o programa para a televisão. Como argumenti sta, escreve textos para os filmes Os Três Vagabundos (1952), Carnaval Atlântida (1952), Barnabé Tu És Meu (1952), Depois eu Conto (1956), Com Jeito Vai (1957) e Na Mira do Assassino (1967). Como ator de cinema, participa de três fi lmes, sendo sua estreia 1952 em Barnabé, Tu És Meu, sempre atuando nos próprios filmes em que escreve. Filmografia: 1952 – Barnabé Tu És Meu; Os Três Vagabundos; 1956 – Depois eu Conto. BERNARDELLI, DEDINA Dedina Luisa Bernardelli nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23 de abril de 1964. Inicia sua carreira no teatro. Sua estreia profissional acontece em 1982 na peça Apareceu a Margarida, direção de Clóvis Levy, encenada no Teatro do Planetário. A partir daí, sua atividade passa a ser intensa, ao participar de dezenas de peças, com destaque para O Guarani (1985), direção de Carlos Wilson; Madame Butterfly (1990), direção de José Possi Neto; Troia (1995), direção de Eduardo Wotzyk; Cabaré 2 (1998), direção de Domingos de Oliveira; Millor Impossível (2005), direção de Eduardo Wotzyk, etc. No cinema, seu primeiro fi lme é Os Vagabundos Trapalhões, num pequeno papel ao lado de Renato Aragão. Na televisão, sua primeira novela é Transas e Caretas, em 1984, pela Globo, no papel de Estela. Embora tenha forte formação teatral, destaca-se no cinema, inclusive ganhando prêmios importantes como em 2003, quando recebe o Kikito de melhor atriz com o curta-metragem Jonas, de Allan Sieber, e depois em 2008 sendo laureada com o premio de melhor atriz, pela interpretação no longa metragem Adágio Sostenuto, em que faz o papel de Anna Maria Morelli, no Festival Ibero-Americano de Sergipe. Atua em novelas e minisséries como Roque Santeiro (1985), no papel de Ângela Flores; Antonio Maria (1985), como Alzira; Carmem (1987), interpretando Duda; Vida Nova (1988), como Henriqueta; Desejos de Mulher (2002) e, mais recentemente, Paraíso Tropical (2007), como Helena Cardoso; e Malhação (2009), no papel de Marília. Entre 2005 e 2006 apresenta o programa diário Amigas Invisíveis, pela Rádio Globo AM, sob a direção de Marlene Mattos. Está casada há muitos anos com o arti sta plástico José Bechara, com quem tem dois filhos. Filmografia: 1982 – Os Vagabundos Trapalhões; 1983 – Garota Dourada; 1986 – As Sete Vampiras; 1990 – Corpo em Delito; 1992 – Nas Veias e na Alma; 1995 – Aníbal Machado – O Iniciado do Vento; 1999 – Improviso; 2001 – Onde Andará Petrúcio Felker? (CM); 2002 – Separações; 2003 – Jonas (CM); 2004 – Feminices; Relâmpago (CM); A Dona da História; 2005 – Relâmpago II (CM); 2008 – Adágio Sostenuto; 2009 – No meu Lugar; Paixão – Um Folhetim (CM). BERNAT, ISAAC Nasceu no Rio de Janeiro, em 27 de novembro de 1960. Ator, diretor e professor de teatro. Inicia sua carreira artísti ca no Tablado de Maria Clara Machado. Em 2009 atinge a incrível marca de cinquenta peças, interpretando textos de autores consagrados como Tchekhov, Shakespeare, Schopenhauer, etc. Sua estreia acontece em 1981 na peça A Muralha da China, de Max Frisch, direção de Ariel Coelho, depois, entre outras, Pedra a Tragédia, de Miguel Falabella, Vicente Pereira e Mauro Rasi, direção de Ary Coslov, O Médico à Força, de Molière, direção de Pierre Astrié, Paxá Prajá, de Matilda Kovac, direção de Joice Niskier, etc. Na televisão, atua na novela Beleza Pura (2008), como Tadeu. Atualmente, além da carreira de ator, Isaac é professor de teatro na UniRio. Foi casado por quatorze anos com a atriz a cantora Soraya Ravenle, com quem tem uma filha, a atriz Júlia Bernat (1989). Filmografia: 1990 – Assim na Tela como no Céu; 2002 – Lost Zweig; 2004 – Fui (CM); 2005 – Achados e Perdidos; 2008 – Um Romance de Geração. BERNAT, JÚLIA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1989. Quando criança queria ser jogadora de futebol. Começa a trabalhar como atriz aos quatro anos de idade e no teatro atua em diversas peças como A Noviça Rebelde, direção de Charles Möeller e Claudio Botelho, Geração Trianon, O Inspetor Geral, Sonhos de uma Noite de Verão, Folias do Coração, direção de Isaac Bernat, e o musical O Despertar da Primavera. Faz o coro infantil no CD e na turnê Acalantos de Bia Bedran, em 1998. Atualmente está estudando artes cênicas na UniRio. Estreia no cinema em 2008 no filme Ressaca. É fi lha dos atores Isaac Bernat e Soraya Ravenle. Filmografia: 2008 – Ressaca; 2009 – O Coração às Vezes Para de Bater (CM). BERTAL, JOSETTE Juliette Bertal nasceu em Paris, França, em 13 de fevereiro de 1930. Frequenta os melhores colégios da França. Estuda dança e canto e se torna bailarina, aparecendo no teatro e na televisão. Ingressa como amadora no Teatro de Comédias e Operetas. De passeio pelo Brasil, resolve fazer um teste na Atlânti da e ganha o papel feminino principal no filme Amei um Bicheiro, ao lado de Cyll Farney, Grande Otelo e José Lewgoy. É sua estreia cinematográfica. No papel da vilã, Josette se sai muito bem, recebendo elogiadas críticas. Faz poucos filmes no Brasil. Filmografia: 1953 – Amei um Bicheiro; Os Três Vagabundos; 1954 – Carnaval em Caxias. BERTELLI, LÍRIO Até 1967, enquanto era Tenente da Polícia Militar, Lírio não fez outra coisa a não ser dedicar-se de corpo e alma à sua profi ssão, ganhando várias medalhas de honra ao mérito, como destacado instrutor de radiopatrulha. Embora sempre ti vesse ti do certa tendência para as artes cênicas, nunca havia tentado, mesmo porque não lhe sobrava tempo. Quando se reforma, procura um amigo que o encaixa num comercial de televisão, do Leite de Coco Seregy. Faz tanto sucesso, que ao longo de sua carreira acaba por fazer mais de 600 comerciais. Faz fotos publicitárias e fotonovelas para a revista Melodias. Em 1970 estreia no cinema, no filme Mágoas de Caboclo. Contratado pela TV Tupi, estreia na novela Vitória Bonelli (1972). Seguem-se Divinas e Maravilhosas e Mulheres de Areia, ambas em 1973, além de parti cipações nos programas da série Estúdio A. Resolve então, dedicar-se somente ao cinema, chegando a atuar em muitos fi lmes, destacando-se O Jeca e o Bode (1972) e O Filho da Prosti tuta (1981). Filmografia: 1970 – Mágoas de Caboclo; Se meu Dólar Falasse...; 1971 – Lua de Mel & Amendoim (episódio: Lua-de-Mel & Amendoim); 1972 – O Jeca e o Bode; Nua e Atrevida; 1973 – Uma Nega Chamada Teresa; 1974 – O Marginal; 1975 – Cada um Dá o que Tem (episódio: Uma Grande Vocação); Bonecas Diabólicas; 1976 – Demônios e Maravilhas (MM); Mulheres do Sexo Violento; Quando Elas Querem... e Eles Não; 1977 – Delírios de um Anormal; Inferno Carnal; Mulheres Violentadas; 1978 – As Trapalhadas de Dom Quixote & Sancho Pança; 1979 – Porão das Condenadas; 1981 – O Filho da Prosti tuta. BETHENCOURT, JOÃO João Estevão Weiner Bethencourt nasceu em Budapeste, Hungria, em 10 de dezembro de 1924. Aos dez anos de idade chega ao Brasil com a família e aqui se radica. Adolescente ainda, inicia carreira no teatro, sua grande e verdadeira paixão. Ao longo de mais de sessenta anos de carreira, escreve, produz e dirige peças, em sua maioria comédias. No cinema, estreia em 1963 fazendo os diálogos do filme Os Vencidos, seguindo-se muitos outros como A Fábula (1965), El Justi cero (1967) e A Viúva Virgem (1974). Como ator, participa de um único filme, As Duas Faces da Moeda, em 1969. Na televisão, escreve um episódio da série francesa Au Théâtre Ce Soir, em 1975 e faz os diálogos da minissérie La Mamma, em 1990, mas sempre levou o teatro como linha de frente em sua carreira. Morre nas penúltimas horas do dia 31 de dezembro de 2006, aos 82 anos de idade, no Rio de Janeiro, de infecção generalizada. Em 2007 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, dentro da Coleção Aplauso, lança sua biografia, João Bethencourt – O Locatário da Comédia, de autoria de Rodrigo Murat. Filmografia: 1969 – As Duas Faces da Moeda; 1980 – À Procura do Público (CM). BETHLEM, MARIA ZILDA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20 de outubro de 1951. Até a adolescência trabalha como instrumentadora e vendedora de roupas. Começa sua carreira artística no teatro, mas ganha notoriedade na televisão, em novelas como Fogo Sobre Terra (1974), sua estreia, Nina (1977), Água Viva (1980), Jogo da Vida (1981), Guerra dos Sexos (1983), Vereda Tropical (1984), Bebê a Bordo (1988), De Corpo e Alma (1992), Por Amor (1998), Agora é que São Elas (2003) e Sete Pecados (2007). Estreia no cinema em 1979 no filme A Intrusa, talvez ainda seu melhor momento. São mais de uma dezena de fi lmes, destacando-se Bete Balanço (1984), O Homem Nu (1997) e Minha Vida em suas Mãos (2000), em que também foi produtora, entre outros. Em 1985 posa nua para a revista Playboy. No teatro participa de peças importantes como Louco Circo (também produtora), Quem é Amélia, Teu Nome é Mulher e Segundas Intenções. Tem dois filhos, um do primeiro casamento com o engenheiro César Fernandes, Rodrigo Fernandes (1971), que seguiu carreira política, e Rafael Thalma (1981), graduado em cinema, do seu casamento com o diretor Roberto Talma. Filmografia: 1979 – A Intrusa; Eu Matei Lúcio Flávio; 1980 – O Grande Palhaço; 1982 – O Segredo da Múmia; 1984 – Bete Balanço; 1985 – Espelho da Carne; A Rifa (CM); 1987 – Rádio Pirata; 1991 – O Filme da Minha Vida; 1992 – Vagas para Moças de Fino Trato; 1997 – O Homem Nu; 2000 – Eu não Conhecia Tururu; 2000 – Minha Vida em suas Mãos; Extrema Ação (CM). BETTI, PAULO Paulo Sérgio Betti nasceu em Rafard, SP, em 10 de setembro de 1952. Muito jovem muda-se com a família para Sorocaba, onde começa sua carreira em 1969, fazendo teatro amador. Uma de suas primeiras peças é O Pagador de Promessas, de Dias Gomes, no papel de Zé do Burro. De cara, ganha o Prêmio Governador do Estado, como melhor ator do Estado de São Paulo. Em seguida muda-se para a capital paulista e cursa a Escola de Arte Dramática. Funda, na mesma época, o grupo teatral chamado Pessoal do Victor, que logo torna-se um dos mais expressivos do Pais, com montagens importantes como O Processo, Cerimônia para um Negro Assassinado, Os Iqs e Na Carreira do Divino. Sua estreia na televisão acontece em 1979 na novela Como Salvar meu Casamento, pela TV Tupi, mas fica conhecido no Brasil por sua atuação em Os Imigrantes (1981), pela TV Bandeirantes. Em 1984 transfere-se para a TV Globo e estreia em Transas e Caretas (1984), atuando, entre outras, em A Próxima Vítima (1995) e A Indomada (1997). Jogo Duro é seu primeiro filme, em 1985. Atua em muitos outros como Lamarca (1994), Ed Mort (1997), Um Anjo Trapalhão (2001) e Tapete Vermelho (2005). Ainda na TV, brilha em diversos episódios do programa Você Decide, entre 1992/2000 e nas novelas O Clone (2001), Desejos de Mulher (2002), Kubanacan (2003), a minissérie JK, em 2006, Paraíso Tropical (2007), Sete Pecados (2008) e Som e Fúria (2009). Em 2005 estreia na direção no filme Cafundó, ao lado de Clóvis Bueno, em filme que também atua. Foi casado entre 1973 e 1997 com a atriz Eliane Giardini, com quem tem duas filhas, Juliana (1977) e Mariana (1981). Com sua segunda esposa, a também atriz Maria Ribeiro, teve um fi lho, João, nascido em 2003. É um dos grandes atores da atualidade. Em 2005 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Paulo Betti – Na Carreira de um Sonhador, de autoria de Teté Ribeiro. Filmografi a (ator): 1978 – 32x78 (A Respeito do Movimento Consti tucionalista de 1932) (CM) (depoimento); 1985 – Jogo Duro; 1986 – Bárbara (CM); Fonte da Saudade; Cinderela; 1987 – Besame Mucho; 1987/1990 – Césio 137, Pesadelo em Goiânia; 1988 – Dedé Mamata; 1989 – Doida Demais; 1991 – O Canto da Terra (depoimento); 1994 – Lamarca; 1995 – Biu, a Vida Real não Tem Retake (CM); 1996 – Ed Mort; Quem Matou Pixote?; 1997 – Guerra de Canudos; O Amor Está no Ar; 1998 – Toque de Oboé; 1999 – Mauá – o Imperador e o Rei; 2000 – Sabor da Terra – O Cinema de Humberto Mauro (narração); Oriundi, o Verdadeiro Amor é Imortal; Os Idiotas Mesmo (CM) (voz); Um Anjo Trapalhão; 2001 – Nelson Gonçalves – o Filme (narração); Onde Andará Petrúcio Felker (CM) (voz); 2002 – 35 – O Assalto ao Poder (narração); Querido Estranho; 2003 – Chatô, o Rei do Brasil (inacabado); 2005 – Cafundó; Tapete Vermelho; 2006 – Irma Vap, o Retorno; Zuzu Angel; 2007 – Panair do Brasil (narração); A Grande Família – o Filme; O Signo da Cidade; 2008 – A Casa da Mãe Joana; Cotidiano (CM); 2009 – Mulher Invisível; Garibaldi in America (Itália/Brasil). Filmografia (diretor): 2005 – Cafundó (codirigido por Clóvis Bueno). BEVILACQUA, CAMILO Nasceu em Porto Alegre, RS, em 1º de julho de 1949. Inicia sua carreira no teatro, em 1968, na peça Pic-Nic no Front, de Fernando Arrabal. Estuda teatro na UFRGS, no curso de Arte Dramáti ca, em 1970. Na escola faz peças importantes como A Lição, de Ionesco; Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues; Hamlet, de Shakespeare, e ganha o prêmio MUTEPLA em 1973 com o monólogo Os Malefícios do Fumo, de Anton Tchechov. Nos primeiros anos de carreira, dedica-se somente ao teatro, tendo atingido hoje a marca de 43 peças, pelo qual recebe prêmios importantes como o de Melhor Ator, na Mostra de Música, Teatro e Artes Plásticas da UFRGS, em 1973, Troféu Grande Otelo, Melhor Ator – TVE, em 1978 e o Prêmio Ibeu de Teatro, pela peça Este Mundo é um Hospício. Entre tantas outras, participa das montagens A Burguesa Isaura (1978), O Inocente (1985), Mephisto (1993), Dona Rosita Solteira (1999), Cassino Coração (2006) e Confronto (2009). Em 1975 é escolhido para fazer o papel principal de Mockinpot de Peter Weiss, com o qual viaja o Brasil todo. Já morando no Rio de Janeiro, vai para a televisão em 1976 para participar da novela Vejo a Lua no Céu, pela Globo; depois O Tempo e o Vento (1985), A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990), pela TV Manchete; Irmãos Coragem (1995), O Quinto dos Infernos (2002), novamente pela Globo, e Luz do Sol (2007) e Chamas da Vida (2008), pela TV Record. Estreia no cinema em 1979 numa ponta no filme República dos Assassinos. Hoje soma mais de vinte filmes no currículo como Quase Nada (2001), O Preço da Paz (2003) e Zuzu Angel (2006). Ator completo, tem se destacado em todas as modalidades da arte de interpretar. Filmografia: 1979 – República dos Assassinos; 1987 – O Últi mo Tiro; O País dos Tenentes; 1994 – Lamarca; 1997 – Anahy de Las Misiones (dublagem); Guerra de Canudos; 2000 – A Terceira Morte de Joaquim Bolívar; Quase Nada; 2001 – Negócio Fechado (CM); Xangô de Baker Street; Meu Filho Teu (Um Crime Nobre) (Itália/Brasil); 2002 – Tudo Dominado (CM); Histórias do Olhar; Lara; 2003 – Dia de Pagamento (CM); O Preço da Paz (O Barão do Cerro Azul); Carro Forte (CM); Meu Pai (My Father, Rua Alguém 5555) (EUA); Vida de Menina; 2006 – Brasília 18%; Zuzu Angel; O Cobrador (In God We Trust); (Brasil/Argentina/Espanha/ México); Vestido de Noiva; Anita, Amor e História (Itália/Brasil). BIAL, PEDRO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 29 de março de 1958. Forma-se em jornalismo na PUC-Rio. 1,92m de altura, chega a jogar basquete pela Seleção Brasileira Juvenil até os dezoito anos e foi colega de escola de Cazuza. Em 1981 inicia sua carreira jornalística na TV Globo apresentando o Jornal Hoje e em seguida foi transferido para o Globo Repórter, apresentou shows internacionais e fi cou vários anos como correspondente internacional, cobrindo vários episódios importantes de nossa história como a Guerra do Golfo, o colapso na União Soviética, a queda do Muro de Berlim, etc. De volta ao Brasil passa a apresentar o programa Fantástico e, a partir de 2002, o Big Brother Brasil. Em 2004 publica o livro com a biografia autorizada de Roberto Marinho.Traduziu e interpretou Filtro Solar, de Mary Schmich, em 2003, um grande sucesso. Casase por quatro vezes, primeiro com Renée Castelo Branco, com quem teve três filhos, Ana, Marina e João, com a atriz Fernanda Torres, com a também atriz Giulia Gam, com quem teve um filho José Pedro (2002) e uma tumultuada separação, e, desde 2000, com a produtora Isabel Diegues, filha do cineasta Cacá Diegues. Filmografia (ator): 1987 – Fonte da Saudade; Leila Diniz; 1998 – Como Ser Solteiro; 2002 – Saudações Tricolores (depoimento); 2006 – O Maior Amor do Mundo; Irmã Vap – O Retorno. Filmografia (diretor): 1980 – Retrato Recente (CM); 1999 – Outras Histórias. BIANCHINI, TITO Alberto Bianchini nasceu em Ribeirão Preto, SP, em 15 de fevereiro de 1931. Aos quatorze anos vem sozinho para São Paulo. Depois de vários empregos, inicia faculdade de Medicina, mas abandona depois de dois anos, quando um amigo seu, Hélio Tozzi, o leva para a televisão. Logo consegue um emprego e faz bonita carreira, chegando a diretor de programas como O Céu é o Limite, TVs de Vanguarda, Sumaré 24 Horas, Agro 70. Já maduro, resolve voltar a estudar e forma-se em Direito. Fora da televisão há muitos anos, atualmente administra sua empresa de coleta de lixo seletivo em São Paulo, tendo sido também presidente do Sindicato dos Radialistas de São Paulo e da Abrenge – Associação Brasileira de Empreiteiros de Limpeza Pública. Está casado há muitos anos com uma bailarina do Ballet do IV Centenário, a qual tem duas filhas, Silvana e Sioni. Filmografia: 1956 – O Sobrado. BIAR, CÉLIA Célia Raphaella Marti ns Biar nasceu em São Paulo, SP, em 10 de março de 1918. Filha de um industrial, adolescente, em 1949, trabalha como secretária no TBC (Teatro Brasileiro de Comédia), quando é convidada por Cacilda Becker para substituir uma atriz que havia faltado. Estreia então – ao lado de Leonardo Villar – na peça Weekend. Em seguida participa com Cacilda Becker da peça Inimigos Íntimos, em 1952. Em 1960 brilha no teatro com a peça Pic-Nic, dirigida por Antunes Filho, ao lado de Armando Bógus e Felipe Carone. Em 1962 ganha o prêmio Saci por sua atuação em A Terceira Pessoa, dirigida por Walmor Chagas, com Sérgio Cardoso e Cacilda Becker. No cinema, estreia, em 1950, no filme Caiçara, contratada pela recém-fundada Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Atua em muitos outros, destacandose Uma Pulga na Balança (1953) e As Cariocas (1966), sendo seu último filme O Descarte, de 1973, direção de Anselmo Duarte, com Tarcísio Meira e Glória Menezes. Em 1965, muda-se para o Rio de Janeiro e é a primeira atriz a ser contratada pela recémfundada TV Globo. No dia da inauguração da emissora em 26 de abril de 1965, Célia estava lá apresentando o programa feminino Edna Savaget. Depois, a pedido de Walter Clark, passa a apresentar os fi lmes da Sessão das Dez e em seguida comandou o musical Oh! Que Delícia de Show, ao lado de Ted Boy Marino. Sua primeira novela acontece em 1970, Pigmalião 70. Seguemse Minha Doce Namorada (1971), Carinhoso (1973), Estúpido Cupido (1976), Brega & Chique (1987), Gente Fina (1990) e Suave Veneno (1999), sua última novela, onde teve parti cipação especial como uma freira do orfanato. Nunca se casa e mora sozinha num apartamento em Ipanema, RJ, tendo declarado que sua maior frustração na vida foi não ter ti do um fi lho. Morre em 6 de novembro de 1999, aos 81 anos de idade, em São Paulo, por complicações decorrentes de câncer pulmonar. Filmografia: 1950 – Caiçara; 1951 – Terra é Sempre Terra; 1953 – Uma Pulga na Balança; 1954 – É Proibido Beijar; 1962 – As Sete Evas; 1966 – O Mundo Alegre de Helô; As Cariocas; 1967 – Garota de Ipanema; 1968 – Uma Rosa para Todos (Una Rosa Per Tutti ) (Itália); 1973 – O Marido Virgem; O Descarte. BIASE, ANDRÉ DE André Rezende de Biase nasceu em Vitória, ES, em 23 de novembro de 1956. Começa sua carreira no cinema, no filme Nos Embalos de Ipanema. Em 1981 estreia na televisão em Os Adolescentes e, nesse mesmo ano, experimenta o ponto alto de sua carreira, ao interpretar Valente, um surfista geração saúde em Menino do Rio, enorme sucesso de bilheteria. Esse filme impulsiona sua carreira na televisão, na qual passa a ser chamado constantemente, em novelas como Ninho da Serpente (1982), Elas por Elas (1982), Voltei pra Você (1983) e Parti do Alto (1984). Em 1985 brilha no seriado Armação Ilimitada e em 1989 em Juba e Lula. Depois de alguns anos afastado, cuidando de seus negócios, retorna em 1992 para participar de um episódio de Você Decide. Entre 2001 e 2004 participa do seriado Malhação. Em 2006, retorna ao cinema, 23 anos depois, para parti cipar do filme Gatão de Meia-Idade, ao lado de Alexandre Borges. Em 2007 é contratado pela TV Record para participar da novela Caminhos do Coração, como Aristóteles. Filmografia: 1978 – Nos Embalos de Ipanema; 1980 – Terror e Êxtase; 1981 – Mulher Sensual (Novela das Oito); Menino do Rio; Filhos e Amantes; 1983 – Garota Dourada; 2006 – Gatão de Meia-Idade; 2008 – Meu Nome não é Johnny. BICALHO, IZABELLA Isabella Bicalho nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 6 de outubro de 1972. Inicia sua carreira como atriz-mirim, aos quatro anos de idade, fazendo pequenas parti cipações nos seriados Carga Pesada, Caso Verdade e O Bem-Amado. Seu primeiro papel fixo foi em Água Viva, pela TV Globo, em 1980, em que fazia o papel de uma garotinha. Tinha então oito anos de idade. Em 1982 estreia no cinema, ao lado de Renato Aragão, no filme Os Vagabundos Trapalhões, até o momento sua única experiência nessa área. Mas o grande momento acontece em 1983, quando é escolhida para interpretar a Narizinho, na nova versão do Síti o do Pica-Pau Amarelo. Aos treze anos, em 1985 tem uma parti cipação especial na novela Roque Santeiro, como a Porcina jovem. Em 1992 forma-se atriz pela CAL – Casa de Artes de Laranjeiras, no Rio de Janeiro. Na linha de shows, atua nos programas Viva o Gordo, Os Trapalhões e Chico Anysio Show, além de ter sido apresentadora do programa Brincando com a Língua, pela TVE. Já adulta, parti cipa ativamente de novelas e minisséries como História de Amor (1995), como Elizete; Capitu (2008), como Dona Fortunata; e Negócio da China (2009), como Zuleika. Izabella também é dubladora profissional desde 2001, emprestando sua voz para inúmeros filmes e seriados como o Erin Cahill de Power Rangers, em 2001, e a Manola Díez de Rebelde, em 2004. No teatro, desde 1984, onde estreia com a peça A Bela Borboleta, adaptação de Ziraldo, depois Plunct Plact Zumm, A Arca de Noé, Aprendiz de Feiti ceiro, A Floresta Tenebrosa, Os Sonhos de Tom e Theo, Pocahontas, etc. Desde 2007 está em cartaz com a peça A Gota d’Água, musical de Chico Buarque de Hollanda e Paulo Pontes. Como professora de teatro, tem formado crianças e adolescentes na Casa e Companhia de Artes Avancini. Enfim, totalmente polivalente, é um grande talento brasileiro. Tem três filhos Tauã, Tainá e Maria Ingrid. Filmografia: 1982 – Os Vagabundos Trapalhões. BIDET, HUGO Hugo Leal da Costa nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 5 de abril de 1934. Começa sua carreira como jornalista, colaborando para os veículos Jornal de Ipanema, Correio da Manhã, Tribuna de Imprensa, Fairplay, O Jornal e O Pasquim. Atua como produtor, editor, desenhista e tradutor. Seus desenhos são aproveitados em cartões de Natal e até cardápios de restaurantes. Estreia no cinema em 1967 em O Mundo Alegre de Helô e desenvolve constante carreira, ao atuar em muitos outros filmes, com destaque para Cassy Jones, o Magnífi co Sedutor (1972), Costinha e o King Mong (1977) e Um Marciano em Minha Cama (1981). Atua também como roteirista e apresentador. Na televisão, participa do humorístico Faça Humor, não Faça Guerra e no teatro nas peças Manual de Sobrevivência na Selva e Um Visitante do Alto, ambas de Roberto Athayde, e Pequeno Dicionário da Língua Feminina, de Flávio Márcio. No cinema, como intérprete, ganha vários prêmios, entre eles o de melhor ator de 1977 pela APCA. Morador de Ipanema, foi sempre figura frequente na agitação do bairro e das manifestações culturais do Rio de Janeiro da segunda metade da década de 1960 em diante. Grande amigo de Jaguar, Leila Diniz, Ziraldo e todos aqueles que parti ciparam do surgimento do jornal O Pasquim. Suicida-se em 20 de abril de 1977, aos 43 anos de idade no Rio de Janeiro, por moti vos até hoje não esclarecidos. Filmografia: 1967 – O Mundo Alegre de Helô; El Justi cero; Garota de Ipanema; 1968 – Edu Coração de Ouro; Rio de Diamantes (Brasil/EUA); Um Homem e sua Jaula; 1971 – Pra Quem Fica, Tchau!; Os Amores de um Cafona; Uma Garota em Maus Lençóis; 1972 – Cassy Jones, o Magnífi co Sedutor; Procura-se uma Virgem; 1974 – Ainda Agarro esta Vizinha; 1975 – Com as Calças na Mão; Quando as Mulheres Querem Provas; O Fraco do Sexo Forte; 1976 – A Louca de Ipanema (CM); Loucuras de um Sedutor; Massagistas Profissionais; 1977 – Elas São do Baralho; Costinha e o King Mong; Nem as Enfermeiras Escapam; Presídio de Mulheres Violentadas; O Sexomaníaco; Vítimas do Prazer (Snuff); Deu a Louca nas Mulheres; 1978 – A Noiva da Cidade; Esse Rio Muito Louco (episódio: A Louca de Ipanema); 1979/1983 – Loucuras Cariocas (Loucuras, o Bumbum de Ouro ou Funerária Kung-Fu); 1980 – Bacanal; 1981 – Um Marciano em Minha Cama (Férias Amorosas). BIG BOY Newton Alvarenga Duarte nasceu no Rio de Janeiro, em 1º de junho de 1943. Geógrafo formado, é como disc-jóquei que fica conhecido em todo o Brasil. Começa na rádio por acaso: nas horas de folga de estudante ia nas emissoras trocar ideias sobre discos importados, pois já então gostava de mandar vir gravações do estrangeiro e emprestava as que recebia. Foi assim que fez amizade com Jair de Taumaturgo, Isaac Zaltman, Humberto Reis, Reinaldo Jardim, entre outros. Acaba aceitando convite de Humberto Martins para selecionar músicas na Rádio Tamoio e assim começa sua carreira de discjóquei. Com o sucesso na rádio, vai para a TV Globo apresentar o programa Sábado Som, aos sábados de tarde, com clips de bandas de rock americanas famosas. No cinema, participa de três filmes, sendo sua estreia em Amor em Quatro Tempos, de 1970. Morre em 7 de março de 1977, de ataque do coração, aos 34 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1970 – Amor em Quatro Tempos; 1971 – Finis Hominis; 1972 – Som, Amor e Curti ção. BILL, TOM Nasceu na Itália. Jovem, radica-se no Brasil e inicia carreira no circo, como palhaço. Conhece Genésio Arruda e com este funda a Cia. Disparates Cômicos, que percorre todo o Brasil, além de iniciar um ciclo importante do cinema paulista, em fi lmes como Acabaram-se os Otários (1929) e O Babão (1931). Filmografia: 1924 – Vocação Irresistível (CM); 1929 – Acabaram-se os Otários; Uma Encrenca no Olimpo (CM); 1930 – Lua de Mel (CM); Canções Brasileiras (CM); Minha Mulher me Deixou (CM); 1931 – O Babão; Campeão de Futebol; Sobe o Armário (CM); Tom Bill Brigou com a Namorada (CM) BISSO, ELVIRA Nasceu na Argentina. Mãe de Patrício Bisso, participa de um único filme, fazendo uma pequena ponta em O Beijo da Mulher Aranha (1985), de Hector Babenco. Seu papel é desempenhado com tamanha desenvoltura que chama a atenção de todos. Filmografia: 1985 – O Beijo da Mulher Aranha (Kiss of the Spider Woman) (Bra-sil/EUA). BISSO, PATRÍCIO Patrício César Bisso nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 1957. Com treze anos de idade, acompanha o trabalho do desenhista Daniel Melgarejo no jornal La Opinion, assumindo seu lugar, quando este muda-se para os Estados Unidos. Em 1973 vem para o Brasil fugindo da ditadura de seu país. Começa a trabalhar no Jornal da Tarde e depois de dois anos transfere-se para a Folha de S.Paulo. Estreia como ator de cinema, em 1981, no filme Maldita Coincidência. Entre outros, parti cipa de O Beijo da Mulher Aranha (1984) e Dias Melhores Virão (1989). Trabalha como fi gurinista de teatro, ganhando, em 1988, o Prêmio Molière, por seu trabalho em Theatro Musical Brasileiro. Cria a personagem Olga Del Volga, uma sexóloga desengonçada que diziam imitar Martha Suplicy. Com esse personagem, chega a ganhar programa de televisão. Nesse veículo, participa da novela Um Sonho a Mais, em 1985. Desde 1998 luta para conseguir recursos para o filme Olga Del Volga. Filmografia: 1981 – Maldita Coincidência; O Homem do Pau-Brasil; Idos com o Vento (CM); 1982 – Das Tripas Coração; 1984 – O Beijo da Mulher Aranha (Kiss of the Spider Woman) (Brasil/EUA); Onda Nova; 1985 – Além da Paixão; A Estrela Nua; 1986 – Brasa Adormecida; 1989 – Dias Melhores Virão; 1991 – Tango Desnudo (Naked Tango) (Argenti na/Japão/EUA); 1994 – Heteros – a Comédia (CM). BITTENCOURT, AMÉLIA Nasceu em Porto Alegre, RS, em 27 de setembro de 1938. Começa sua carreira no teatro em 1957, passando por grupos famosos como a Companhia de Teatro Cacilda Becker e o Grupo Tapa. Com vinte e um anos de idade ganha o I Festival de Teatro do Recife, como melhor atriz. Estreia no cinema em 1960, no filme Zé do Periquito, ao lado de Mazzaropi. Trabalha muito pouco em televisão, sendo sua primeira novela em 1965, Pedra Redonda 39, produzida por Tarcísio Meira. Nas décadas de 1980/1990 ocupa o cargo de produtora executiva na TV Educativa de Porto Alegre. Em 1995 retorna à televisão e faz pontas nas novelas Sangue do meu Sangue (1995) e Razão de Viver (1996) pelo SBT. Em 1997, é convidada para parti cipar da novela A Indomada, como Veneranda, a mãe de Teobaldo. O sucesso é tão grande que ela é redescoberta, retornando em Desejos de Mulher (2002), como Mercedes Miranda. Viúva do ator Marcelo Bittencourt, tem três filhos e dois netos. Filmografia: 1960 – Zé do Periquito; 1967 – Coração de Luto; 1970 – Um é Pouco... Dois e Bom (episódio: Com um Pouquinho de Sorte); 1978 – Meu Pobre Coração de Luto; 1986 – Quero Ser Feliz; 2007 – Chega de Saudade. BITTENCOURT, LURDINHA Nasceu em Campinas, SP, em 30 de outubro de 1923. Recémnascida, é abandonada no Asilo Melo Matos. Com quatro meses é adotada por dona Maria Bittencourt, professora de música. Com fortes dotes artísticos desde criança, é num show de Aracy Cortes que demonstra seu talento pela primeira vez, ao cantar e dançar com a estrela, ao som da música Na Pavuna. É ainda uma criança e mostra tamanha desenvoltura. Os pais, percebendo seu talento, matriculam-na em aulas de dança clássica com Ollenewa e canto com Ida de Salermo. Logo já está trabalhando profi ssionalmente no Cassino da Urca, como menina prodígio. Estreia no cinema em 1935 no filme Noites Cariocas. Torna-se grande estrela, atuando em muitos outros como Guerra ao Samba (1958) e Com a Mão na Massa (1958). Como cantora, participa do Trio de Ouro, substituindo Noeme Cavalcanti, que, por sua vez, entrara no lugar de Dalva de Oliveira. Faz muito sucesso em todo o Brasil, ao lado de Herivelto Martins e Raul Sampaio. Na televisão, participa de inúmeras novelas, destacando-se Rosa Rebelde (1969), Véu de Noiva (1969), Irmãos Coragem (1970), Selva de Pedra (1972) e Fogo Sobre Terra (1974). Sua últi ma apresentação em público acontece no espetáculo musical Brazilian Follies, no Hotel Nacional, em 1979. Casada, teve um filho, Eduardo Tadeu Gonçalves. Morre em 19 de agosto de 1979, aos 55 anos de idade, vítima de derrame cerebral, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1935 – Noites Cariocas; 1936 – Maria Bonita; Cidade Mulher; 1943 – É Proibido Sonhar; Moleque Tião; 1947 – Asas do Brasil; 1948 – Obrigado Doutor; Poeira de Estrelas; 1949 – O Homem que Passa; Não me Digas Adeus (No Me Digas Adiós) (Brasil/Argenti na); 1952 – Está com Tudo (com Trio de Ouro); 1955 – Guerra ao Samba (com Trio de Ouro); 1957 – Samba na Vila (com Trio de Ouro); 1958 – Com a Mão na Massa (com Trio de Ouro); 1958 – É de Chuá (com Lurdinha Bitt encourt). BITTENCOURT, SÍLVIO Nasceu em Criciúma, SC, em 1937. Jovem, começa a estudar belas-artes em Curitiba, demonstrando muito talento para a pintura, tanto a acadêmica como a abstrata. Em 1958 muda-se para o Rio de Janeiro, abandona a ideia de pintar e começa a se dedicar à carreira de ator, primeiro como convidado na TV Tupi, no programa Câmera Um, e depois do Teatro do Romance. Fica um tempo representando na TV Rio quando recebe o convite para uma pequena ponta em Espírito de Porco (1959), ao lado de Zé Trindade, Consuelo Leandro e Renata Fronzi, sua primeira película. Faz poucos filmes, preferindo dedicar-se a outras ati vidades artísti cas. Filmografia: 1959 – Espírito de Porco; 1960 – Pequeno por Fora; Tudo Legal; 1961 – Copacabana Zero Hora; 1978 – Roberta, a Gueixa do Sexo. BLAT, CAIO Caio Blat de Oliveira nasceu em São Paulo, SP, em 2 de junho de 1980. Estreia na televisão em 1994 na novela Éramos Seis, pelo SBT. Em 1995, ainda pelo SBT, atua em As Pupilas do Senhor Reitor. Contratado pela TV Globo, atua em Fascinação (1998), Chiquinha Gonzaga (1999), Andando nas Nuvens (1999), Esplendor (2000), Coração de Estudante (2002), Da Cor do Pecado (2004), em um episódio do seriado Sob nova Direção (2005), Sinhá Moça (2006), como o abolicionista Mário; Ciranda de Pedra (2008), como Afonso; e Caminho das Índias (2009), como Ravi Ananda. Estreia no cinema em 1998 no filme Caminho dos Sonhos, mas tem seu grande momento em Carandiru (2003), de Hector Babenco, como um dos detentos. No teatro, entre outras, participa das peças O Mundo é um Moinho (2003) e Mordendo os Lábios (2006). É primo do ator Ricardo Blat. Foi casado entre 2001/2004 com a atriz Ana Ariel, com quem tem um fi lho adotivo, Antonio (2003). Atualmente está casado com a atriz Maria Ribeiro. É um grande talento da nova geração. Filmografia: 1998 – Caminho dos Sonhos (Um Sonho no Caroço do Abacate); 2000 – Os Outros (CM); 2001 – Lavoura Arcaica; 2002 – Cama de Gato; 2003 – Carandiru; 2005 – O Quintal dos Guerrilheiros (CM); Quanto Vale ou é por Quilo?; 2006 – Batismo de Sangue; O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias; Não por Acaso; Baixio das Bestas; É Proibido Proibir; 2008 – Bezerra de Menezes: o Diário de um Espírito; Direitos Humanos: a Exceção e a Regra (CM) (narração); Jonas, só Mais Um (CM); 2009 – Os Inquilinos; Histórias de Amor Duram Apenas Noventa Minutos; 2010 – O Bem-Amado; Bróder; As Melhores Coisas do Mundo. BLAT, RICARDO Ricardo Barbosa Blat nasceu em São Paulo, SP, em 16 de novembro de 1950. Começa sua carreira artística em 1975 no filme Trote dos Sádicos e no mesmo ano faz sua primeira novela, A Viagem. Em 1976 fica conhecido em todo o Brasil por sua parti cipação em Estúpido Cupido e a partir daí segue carreira normal, passando por várias emissoras, em novelas, minisséries e especiais como Sem Lenço, sem Documento (1977), Te Contei? (1978), Memórias de Amor (1979), Marrom Glacê (1979), Destino (1982), Os Imigrantes – Terceira Série (1982), Sonhos do Passado (1983), Maçã do Amor (1983), Pacto de Sangue (1991), Amazônia (1991), Mulheres de Areia (1993), Decadência (1995), O Fim do Mundo (1996), Hilda Furacão (1998) e Você Decide (1994/1999) em três episódios. Em 1999, interrompe sua carreira no cinema e na televisão, época em que se dedica somente ao teatro, retornando em 2002 para parti cipar do filme O Príncipe, de Ugo Giorgetti. Tem atuação espetacular no filme Carandiru, de Hector Babenco, como um detento que se vê obrigado a eliminar sua esposa adúltera, interpretada pela grande Leona Cavalli. Retorna à televisão para participar das minisséries Hoje é Dia de Maria 2, como Asmodeu Piteira/Gato (2005), Mad Maria (2005) e JK (2006), como Tales da Rocha Vianna. Em 2007 destaca-se na novela Duas Caras como o pastor Inácio Lisboa. É primo do ator Caio Blat. Filmografia: 1975 – Trote dos Sádicos; 1977 – Trem Fantasma; 1982 – Os Paspalhões em Pinóquio 2000; 1986 – Anjos do Arrabalde (As Professoras); 1987 – Tanga, Deu no New York Times; 1989 – Primeiro de Abril, Brasil; 1996 – Sem Canhão não se Fala Aos Céus (CM); 1999 – Xuxa Requebra; 2002 – O Príncipe; Madame Satã; 2003 – Carandiru; 2004 – Capital Circulante (CM); 2005 – Rubi (CM) – Vinicius (lê o poema); 2009 – Predileção (CM); 2010 – O Inventor de Sonhos. BLECAUTE Octávio Henrique de Oliveira nasceu em Espírito Santo do Pinhal, SP, em 19 de novembro de 1919. Ainda menino, perde a mãe e muda-se para São Paulo, indo morar com uma ti a. Trabalha como engraxate, vendedor de jornal e ajudante de mecânico. Costuma cantar para os amigos e vez por outra ganha prêmios em programas de calouros. Sua boa voz logo o leva para a Rádio Difusora e é contratado para o programa Arraial da Curva Torta. Eram tempos de guerra, e havia muitos cortes de energia no Pais. Capitão Furtado o apresenta assim: e agora com vocês, Otávio Henrique, o black-out do samba. O apelido pega. Alcança algum sucesso e vai para o Rio de Janeiro cantar no Cassino Atlânti co, só parando quando o presidente Gaspar Dutra proíbe o jogo. É então contratado pela Rádio Nacional, lá ficando por 27 anos. O primeiro disco de Carnaval é Quanta Mulher Dando Sopa, em 1948. Grava mais de 200 músicas, sempre aparecendo no carnaval de cada ano com algum sucesso. Seu apelido de General da Banda vem por causa da música do mesmo nome, gravada em 1950. Sucedem-se Maria Candelária (1952), Dona Cegonha (1953), Piada de Salão (1954) e Maria Escandalosa (1955), entre outros sucessos. Trabalha intensamente no cinema, participando de muitos fi lmes como Coelho Sai (1942) e O Rei do Movimento (1955). Morre em 9 de fevereiro de 1983, aos 63 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1942 – Coelho Sai; 1944 – Tristezas não Pagam Dívidas; 1948 – Esta é Fina; 1950 – O Noivo da Minha Mulher; Todos por Um; 1952 – Tudo Azul; Carnaval Atlântida; 1954 – Aí Vem o General; Malandros em Quarta Dimensão; 1955 – Guerra ao Samba; O Rei do Movimento; 1956 – Vamos com Calma; 1957 – Brasiliana; 1960 – Viúvo Alegre; Por um Céu de Liberdade; Entrei de Gaiato; 1961 – Quero Morrer no Carnaval (Quiero Morir en Carnaval) (México/Brasil); 1964 – Terra dos Amores. BLOCH, DÉBORA Nasceu em Belo Horizonte, MG, em 29 de maio de 1963. Filha do consagrado ator Jonas Bloch (1939), cedo inicia a carreira de atriz, influenciada pelo pai, já que desde cedo, acompanha o pai nos ensaios e nas coxias de teatro. Estuda balé dos nove aos dezoito anos. Estreia profissionalmente no teatro em 1980, aos dezessete anos, na peça Rasga Coração, de Vianinha, substituindo Lucélia Santos. Além dessa, já participou de outras como: Manhas e Manias, Brincando com Fogo, Recordações do Futuro, Gata Safira, Fica Comigo esta Noite, Ataliba, Kean, 5 X Comédia, Duas Mulheres e um Cadáver e Tio Vânia. Estreia no cinema em 1984, no filme Noites do Sertão, que lhe vale o prêmio de melhor atriz nos festivais de Gramado, Brasília e Cartagena. Parti cipa de muitos filmes, com destaque para Veja esta Canção (1988), prêmio melhor atriz (APCA) e Festi val Lati no-Americano de Cinema, e A Ostra e o Vento (1997). Na televisão, participa, entre outras, dos programas, minisséries e novelas como Jogo da Vida (1981), sua estreia, Sol de Verão (1982), Armação Ilimitada (1985), Cambalacho (1986), TV Pirata (1988), A, E, I, O... Urca (1990), As Pupilas do Senhor Reitor (1994), Comédia da Vida Privada (1995), A Vida como Ela É (1996), Salsa & Merengue (1996), Vida ao Vivo Show (1998), Andando nas Nuvens (1999), A Invenção do Brasil (2000), A Lua me Disse (2005) e Caminho das Índias (2009), como Sìlvia Cadore. Foi casada por 15 anos (1991/2006) com o empresário Olivier Anquier, com quem tem um casal de filhos, Julia (1993) e Hugo (1998). Filmografia: 1984 – Noites do Sertão; Bete Balanço; 1985 – Patriamada; 1986 – Sonho sem Fim; 1988 – O Grande Mentecapto; 1994 – Veja esta Canção (episódio: Drão); 1995 – Felicidade É...; 1997 – A Ostra e o Vento; Estrada (CM); 1999 – Bossa Nova; 2000 – Bossa Nova; 2001 – Caramuru; 2002 – ¿Quién es Alejandro Chomski? (Argentina) (depoimento); 2009 – À Deriva. BLOCH, JONAS Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de fevereiro de 1939. Ainda em sua cidade natal, começa carreira de ator amador em 1957. Em 1959, profissionaliza-se e passa a atuar em Teatro, televisão e Cinema, sendo sua estreia em 1968, ainda em Belo Horizonte, no curta-metragem Puro Fantasma. Seu primeiro longa é O Pecado de Marta, de 1971. Estreia na televisão em 1969 na novela Algema de Ouro, seguindo-se Super-Plá (1969), Simplesmente Maria (1970), Ovelha Negra (1975), Sem Lenço, sem Documento (1977), Pai Herói (1979), Séti mo Sentido (1982), Selva de Pedra (1986), Top Model (1989), Mulheres de Areia (1993), Tropicaliente (1994), A Viagem (1994) e Irmãos Coragem (1995). Faz sólida carreira paralela no cinema, em fi lmes como Quilombo (1984), A Maldição do Sanpaku (1990), Doces Poderes (1996), Amarelo Manga (2002) e mais recentemente Filhas do Vento (2005). Ainda na televisão, pela Globo, participa de vários episódios do programa Você Decide e das novelas O Clone (2001) e Senhora do Destino (2004). Pelo SBT, atua em Os Ricos Também Choram (2005). Contratado pela TV Record, brilha em Bicho do Mato (2006), como Ramalho; Amor e Intrigas (2007), como Camilo Fraga; e A Lei e o Crime (2009), como Feitosa. Do seu primeiro casamento teve dois filhos, a também atriz Débora Bloch e Deni Bloch. Está casado com Sylvia Vianna. É dos grandes atores brasileiros. Em 2009 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, pela Coleção Aplauso, lança sua biografia, Jonas Bloch – O Ofício de uma Paixão, de autoria de Nilu Lebert. Filmografia: 1968 – Puro Fantasma (CM); 1969 – Um Caso do Peru (CM); 1971 – O Pecado de Marta; 1972 – Semana de Arte Moderna (CM) (voz); 1976 – À Flor da Pele; 1978 – Ouro Sangrento (Tenda dos Prazeres); A Santa Donzela; 1979 O Caso Cláudia; Inquietações de uma Mulher Casada; 1981 – Paraíso Proibido; 1982 – História Passional: Hollywood, Califórnia (CM) (narração); Retrato Falado de uma Mulher sem Pudor; 1983 – Doce Delírio; 1984 – Quilombo; 1985 Avaeté, Semente da Violência; Tropclip; 1986 – O Homem da Capa Preta; 1988 O Diabo na Cama; 1990 – Arabesco (CM); A Maldição do Sanpaku; 1992/1996 – Sigilo Absoluto (Discretion Assured) (EUA/Brasil); 1993 – 1999 (CM); 1995 – Caligrama (CM); 1996 – Doces Poderes; 1998 – A Terceira Morte de Joaquim Bolívar; Policarpo Quaresma, Herói do Brasil; Uma Aventura de Zico; Kenoma; Texas Hotel (CM); 1999 – O Dia da Caça; 2000 – Sabor da Paixão (Woman On Top) (EUA); O Circo das Qualidades Humanas; 2002 – Histórias do Olhar; Amarelo Manga; 2003 – Apolônio Brasil, Rei da Alegria; 2004 – Cabra Cega; 2004 Filhas do Vento; 2006 – O Cobrador (In God We Trust); (Brasil/Argentina/Espanha/ México); 2008 – Nossa Vida não Cabe num Opala. BLOTA, CLEIDE Cleide Aparecida Meucci Blota nasceu em Belo Horizonte, MG, em 18 de novembro. Casada com Gonzaga Blota. Atriz quase que estritamente de televisão, estreia em 1964 na novela A Moça que Veio de Longe e não para mais, fazendo regular carreira em novelas como Dez Vidas (1969), Cuca Legal (1975), Plumas & Paetês (1980), O Outro (1987), Mulheres de Areia (1993) e Torre de Babel (1998), assim com em esporádicas parti cipações nos programas Você Decide e A Vida como Ela É. No cinema participa de um único filme, Maneco, o Super Tio, em 1978. Filmografia: 1978 – Maneco, o Super Tio. BLUM, NORMA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 2 de outubro de 1939. Desde pequena faz aulas de declamação e começa a recitar poesias. Com onze anos é chamada para um teste para interpretar uma fada na peça A Bela Adormecida no teatro do colégio. É reprovada, pois a professora acha-a demasiado jovem para o papel. Seu pai, Robert Blum, é professor de língua inglesa e faz traduções para a televisão. Com isso, Norma passa a frequentar o meio artísti co, auxiliando o pai. Jaci Campos convida-a para fazer teleteatro, com a peça Nossa Cidade, de Thornton Wilder, um sucesso. Passa a posar como modelo para lojas e revistas quando Herbert Richers vê uma foto sua e a convida para fazer parte do cast de Sai de Baixo (1956), sua estreia no cinema. Entre outros, atua em Vidas Estranhas (1964) e As sete Faces de um Cafajeste (1967). Estreia na televisão em 1957, na novela A Canção de Bernadete. Nos anos 1960/1970, paralelamente ao cinema, participa de inúmeras novelas e minisséries como Ilusões Perdidas (1965), Irmãos Corsos (1966), A Últi ma Valsa (1969), Bravo (1975), Senhora (1975), Vejo a Lua no Céu (1976), Escrava Isaura (1976), Ciranda de Pedra (1981), Bambolê (1987), A Lua me Disse (1990), Anos Rebeldes (1992), Pícara Sonhadora (2001), Celebridade (2003), Escrava Isaura (2004) e Floribella (2005). No cinema, retorna às telas em 1982 no filme Amor de Perversão. Em 1998 participa do musical Francisco e Clara e, entre outras ati vidades, está envolvida com esoterismo. Filmografia: 1956 – Sai de Baixo; 1959 – Minervina Vem Ai; Cala a Boca Etelvina; 1961 – O Dono da Bola; Mulheres e Milhões; Sócio de Alcova (Socia de Alcoba) (Brasil/Argenti na); 1962 – Assassinato em Copacabana; 1963 – Batalha de Guararapes (CM) (episódio as série: Aventuras da História do Brasil); 1964 – O Beijo; Vidas Estranhas; 1965 – Pluft, o Fantasminha; 1967 – As sete Faces de um Cafajeste; 1974 – A Estrela Sobe (parte da dublagem de Betty Faria); 1975 – A Extorsão (narração); 1976 – O Casamento (voz); 1982 – Amor de Perversão; 1984 – Jeitosa, um Assunto Muito Particular; 1987 – Vera; 1988 – Sonhos de Menina-Moça. BOAVENTURA, DANIEL Daniel do Rêgo Boaventura nasceu em Salvador, BA, em 19 de maio de 1970. Ator, músico, cantor e dançarino. Estuda Administração de Empresas, Relações Públicas e Publicidade, mas não conclui nenhum. Em 1995 muda-se para o Rio de Janeiro e estreia no teatro na peça Os Cafajestes e em 1998 vai para a televisão participar da minissérie Hilda Furacão, no papel de Zico, e em 2000 atua no musical Company, se especializando no gênero, ao atuar em outros espetáculos como Vitor ou Vitória, A Bela e a Fera, Chicago e My Fair Lady, superprodução da Broadway americana, montada com luxo e competência em São Paulo. Estreia no cinema em 2001 no filme Três Histórias da Bahia. A partir daí alterna sua carreira, com os papeis em novelas crescendo progressivamente como em Kubanacan (2004), como Johnny; Essas Mulheres (2005), como Ferreira Pinto, etc. Em 2009 participa do humorístico Toma Lá, Dá Cá, como Álvaro. Está casado com Juliana Serbeto, com quem tem uma filha, Joana (2003) Filmografia: 2001 – Três Histórias da Bahia (episódio: O Pai do Rock); 2005 – Coisa de Mulher. BÓGUS, ARMANDO Nasceu em São Paulo, SP, em 19 de abril de 1930. Tem infância normal, mas na fase escolar acaba expulso dos colégios São Luis e Arquidiocesano, por precocidade socialista, um agitador, segundo ele mesmo diz. É reprovado em dois vesti bulares. Estreia profissionalmente em teatros da TV Excelsior, a convite de Abílio Pereira de Almeida. Seu primeiro sucesso é na peça O Auto da Compadecida, no ano de 1957. Integra o grupo Os Jograis, ao lado de Rubens de Falco. Nos anos 1960 trabalha com Adhemar Guerra em Oh! Que Delícia de Guerra e Marat-Sade e é um dos primeiros atores a integrar o elenco de Hair, em 1969. Com sua então esposa Irina Grecco, Adhemar Guerra e Antunes Filho, funda o Teatro da Esquina, que ajuda a definir o perfi l teatral da época. Estreia na televisão em 1963, na novela Gente como a Gente e não para mais, acumulando sucessos como Alma de Pedra (1966), Minas de Prata (1966), Redenção (1966), Sangue do meu Sangue (1969) e A Próxima Atração. Em 1972 integra o elenco do seriado Vila Sésamo e fi ca nacionalmente conhecido. A partir daí, coleciona personagens marcantes, como o turco Nassib em Gabriela (1975), seguindo-se de Roque Santeiro (1985), Bambolê (1987), Bebê a Bordo (1988), Tieta (1989), Meu Bem, meu Mal (1990), Pedra sobre Pedra (1992) e Sex Appeal (1993), sua última novela. No cinema, estreia em 1958, no filme Macumba na Alta. Entre outros, tem papel de destaque em O Cortiço (1977). Ao lado de Lima Duarte e Stênio Garcia, é um dos mais fi nos intérpretes do homem brasileiro, tornando seus personagens tão reais que passam a integrar a paisagem afetiva de cada espectador. Morre em 2 de maio de 1993, aos 63 anos de idade, vítima de leucemia, em São Paulo Filmografia: 1958 – Macumba na Alta; 1959 – Moral em Concordata; 1968 – Anuska, Manequim e Mulher; 1969 – A Compadecida; 1970 – Parafernália, o Dia da Caça; 1972 – Dez Jingles para Oswald de Andrade (CM) (narração); D. Pedro Volta ao Ipiranga (CM) (narração); 1977 – O Cortiço; Maria Bonita; 1978 – Doramundo; 1979 – Paula, a História de uma Subversiva; Por um Corpo de Mulher; J.J.J., o Amigo do Super-Homem; 1980 – Teu, Tua; 1982 – Os Campeões. BOLANT, ROBERTO Nasceu em 1944. Em 1967 o produtor Ary Fernandes (o mesmo da série Vigilante Rodoviário) procura atores para sua nova série e encontra Bolant num curso de interpretação. Assim começa sua carreira artística, como o Aspirante Fábio, nos 26 episódios da série Águias de Fogo, produzida em película 35mm e transmiti da pela TV Tupi de São Paulo. Em 1969 faz sua primeira novela, Algemas de Ouro. Nos anos 1970, mantém sólida carreira no cinema, principalmente em pornochanchadas como A Superfêmea, de 1973, e O Supermanso, de 1975, talvez seu maior sucesso e também na televisão, como galã nas novelas O Tempo não Apaga (1972), Os Fidalgos da Casa Mourisca (1972), O Leopardo (1972) e Machão – Um Exagero de Homem (1974). Em 1982, depois de participar da novela, Seu Quequé, afasta-se da vida artística, retornando 25 anos depois, em 2007, para participar de Maria Esperança. Filmografia: 1967 – Águias de Fogo (seriado em 26 episódios); 1970 – Sentinelas do Espaço (episódios da série Águias Fogo); 1971 – Cio, uma Verdadeira História de Amor; Os Amores de um Cafona; 1972 – O Diabo Tem Mil Chifres; Sinal Vermelho, as Fêmeas; 1973 – Maria... Sempre Maria; A Superfemea; A Noite do Desejo (Data Marcada para o Sexo); 1974 – Aquelas Mulheres (inacabado); O Leito da Mulher Amada; 1975 – O Supermanso; Amantes, Amanhã se Houver Sol; O Sexo Mora ao Lado; 1976 – A Noite das Fêmeas (Ensaio Geral). BOLDRIN, ROLANDO Rolando Boldrin nasceu em São Joaquim da Barra, SP, em 22 de outubro de 1936. Em 1948 começa a cantar com o irmão, Leili, na cidade de Guaira, com a dupla Boy e Formiga. Com dezesseis anos muda-se sozinho para São Paulo e aqui faz de tudo, sapateiro, garçom, frentista de posto, etc. Mas sempre quis ser cantor, tocar violão e contar causos. Em 1958 assina seu primeiro contrato como radioator, nas Emissoras Associadas e também na televisão, sendo sua estreia na novela Os Miseráveis. Com pinta de galã, não demora a começar fazer sucesso em novelas importantes como Alma Cigana (1964), O Direito de Nascer (1966), Algemas de Ouro (1969), Mulheres de Areia (1973), O Profeta (1977), etc. Em 1966 estreia no teatro, no TBC, na peça Os Inimigos, de Máximo Gorki, com direção de Zé Celso Marti nez Corrêa. Estreia no cinema em 1978 no filme Doramundo, de João Batista de Andrade, como o maquinista Pereira, pelo qual recebe o prêmio APCA de melhor ator. Com o fechamento da Tupi, vai para a TV Bandeirantes e atua em Pé de Vento (1980), Cavalo Amarelo (1980) e Os Imigrantes (1981). Nessa época, é contratado pela TV Globo para apresentar o programa Som Brasil, que vai ao ar aos domingos pela manhã, apresentando cantores e cantoras desconhecidos de todo o Brasil, tocando violão cantando e contando causos, um sucesso absoluto, ficando vários anos no ar. Depois apresentaria o Empório Brasileiro, pela TV Bandeirantes, Empório Brasil, pelo SBT, e, desde 2007, Sr. Brasil, pela TV Cultura, reconquistando o sucesso de outrora. Escreveu os livros Empório Brasil (1987), Contando Causos (2005), Proseando Causos do Brasil (2005), Caderno de Músicas – Vamos Tirar o Brasil da Gaveta (2006) e História de Amar o Brasil – 50 Anos de Carreira (2007). É um grande artista brasileiro, dos poucos que cultivam e preservam nossas raízes, nossa música, nossa gente, por isso, merece nosso aplauso. Em 2005 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Rolando Boldrin – Palco Brasil, de autoria de Leda de Abreu. Filmografia: 1978 – Doramundo; 1987 – Ele, o Boto (narração); 1999 – O Tronco. BOLIVEIRA, FABRICIO Genisson Fabrício Boliveira Pereira nasceu em Salvador, BA, em 26 de abril de 1982. Família classe média, desde jovem frequenta teatro com a mãe. Adolescente, faz curso de teatro no Solar Boa Vista e participa de um festival de cinema, no qual atua e ajuda a roteirizar e dirigir. Estudante da Escola de Teatro da UFBA, estreia como profissional em 2002 na peça Capitães da Areia, sob a direção de Lelo Filho e Fernanda Paquelet. Seguem-se A Invasão (2004), A Farsa da Boa Preguiça (2004), Cinderela Black Power (2005) e Antonio, meu Santo (2006). Estreia na televisão em 2004 em O Bêbado em Cama Alheia, do Polo de Teledramaturgia da Bahia, além de participar de várias campanhas publicitárias. Entre 2003 e 2005 apresenta o programa Tô Chegando. Estreia no cinema em 2003 no curta Uma Cidade Chamada Bartolomeu. Contratado pela TV Globo, em 2006 entra para o elenco da novela Sinhá Moça, como Bastião, depois fez o saci do O Sítio do Pica-Pau Amarelo e finalmente o Diduzinho em A Favorita, pelo qual fica conhecido em todo o Brasil. Em 2010 está no ar como Nabugo Mota em Tempos Modernos. Filmografia: 2003 – Uma Cidade Chamada Bartolomeu (CM); 2005 – A Máquina; 2010 – 400 contra 1. BOLKAN, FLORINDA Florinda Soares Bulcão nasceu em Urubuterama, CE, em 15 de fevereiro de 1941. Aeromoça profi ssional da Varig, muito jovem, bonita e inteligente, já domina vários idiomas além do português, o inglês, italiano e francês. Em 1968 é convidada à participar do filme Una Ragazza Piutt osto Complicata, no papel de Greta e faz enorme sucesso, o que a leva a abandonar a profi ssão de aeromoça e mudar-se para a Itália, onde desenvolve longa e produtiva carreira, em fi lmes como Un Detective (1969), Una Breve Vacanza (1973), Royal Flash (1975), entre tantos outros. Seu primeiro papel no Brasil acontece em 1987 na novela Rainha da Vida, pela TV Manchete. No ano de 2000 estreia na direção no filme Eu não Conhecia Tururu, autobiográfico, realizado no Ceará, sua terra natal. A partir dos anos 1990, sempre na Itália, dedicase mais à televisão. É uma grande estrela internacional nascida no Brasil. Em 2009 retorna ao cinema italiano para parti cipar do filme Boogie Woogie, ao lado de Virna Lisi. Filmografia (atriz): 1968 – Una Ragazza Piutt osto Complicata; Gli Intoccabili; Candy; 1969 – Metti Una Sera a Cena; 1969 – Le Voleur de Crimes; Un Detective; La Caduta Degli Dei; 1970 – Una Stagione AllInferno; Indagine Su un Citt adino Al di Sopra di o Ogni Sospetto; E Venne Il Giorno Dei Limoni Neri; Anonimo Veneziano; The Last Valley; 1971 – Incontro; 1971 – Una Luvertola Con La Pelle di Donna; 1972 – Le Droit DAimer; Non Si Sevizia un Paperino; Un Uomo da Rispettare; 1973 – Cari Genitori; Una Breve Vacanza; 1974 – Le Mouton Enragé; Flavia, La Monac a Musulmana; 1975 – Le Orme; Royal Flash; Sarajevski Atentat; 1976 – Il Comune Senso Del Pudore; 1978 – Manaos; La Setti ma Donna; 1983 – Legati da Tenera Amicizia; Acqua a Sapone; 1985 – La Gabbia; 1988 – Prisioneiro do Rio (Prisioner of Rio) (Brasil/Polônia/Suíça); Some Girls; 1989 – Portaritratt o per Signora; 1991 – Miliardi; 1994 – Delitt o Passionale; 1995 – La Strana Storia di Olga O.; 1996 – LOmbre du Pharaon; 1998 – Bella Donna; 2000 – Eu não Conhecia Tururu; 2003 – Catti ve Inclinazioni; 2005 – Shedding the Skin (EUA); 2009 – Boogie Woogie (Itália). Filmografia (diretora): 2000 – Eu não Conhecia Tururu. BOMTEMPO, ROBERTO Roberto Bomtempo de Castro Júnior nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27 de maio de 1963. Com dezoito anos começa a trabalhar como contrarregra na peça A Receita do Sucesso, de Mauro Rasi. Atua pela primeira vez substituindo um ator ausente. Em 1982, Carlos Wilson, o Damião, convida-o para participar da montagem de Capitães de Areia. Em 1988 a peça é levada para a TV como minissérie e Bomtempo trabalha como assistente de direção. Estreia no cinema em 1985 no filme Urubus e Papagaios. Na TV, sua primeira novela é A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990). No cinema, ganha vários prêmios no Festival de Gramado, por sua atuação em Barrela (1990) e A Maldição do Sanpaku (1990). Em 1983, com seu próprio grupo, dá aulas de teatro na Casa da Gávea e no Teatro Leblon, lançando muitos jovens valores como André Gonçalves, Marcelo Serrado e Cassiano Carneiro. Tem passagem marcante também pela televisão, Na Globo, ao parti cipar de novelas importantes como Zazá (1997), Terra Nostra (1999), Porto dos Milagres (2001), O Quinto dos Infernos (2002), A Casa das Sete Mulheres (2003), Kubanacan (2003), Chocolate com Pimenta (2003) e Senhora do Destino (2004). Contratado pela TV Record, parti cipa de Essas Mulheres (2005), Bicho do Mato (2006) e Chamas da Vida (2009). Foi casado com a bailarina Tina Águas, com quem teve uma filha, Joana (1992). Nos últimos anos tem se dedicado à direção cinematográfica, sendo sua estreia em 2005 no longa Depois Daquele Baile. Em 2009 produz seu segundo longa, Syndrome. Filmografia (ator): 1985 – Urubus e Papagaios; 1986 – Vigilante Rodoviário (CM); Rockmania; 1987 – Banana Split; 1990 – O Vendedor (CM); A Maldição do Sanpaku; Barrela (Escola de Crimes); 1991 – Manobra Radical; 1993 – O Coringa (CM); Lamarca; 1995 – Jogos (CM); Seu Garçon Faça o Favor de me Trazer Depressa (CM); Menino Maluquinho – O Filme; 1996 – Quem Matou Pixote?; 1997 – O Cego que Gritava Luz; Anahy de Las Misiones; O Cangaceiro; Mangueira, Amor à Primeira Vista; 1998 – Lua de Outubro; 1999 – Amor que Fica; O Dia da Caça; Tiradentes; Mauá, o Imperador e o Rei; 2000 – Tepê (CM); Cronicamente Inviável; Disparos (CM); Tolerância; 2002 – Um Trailer Americano (CM); Liberdade, Ainda que à Tardinha (CM); Joana e Marcelo, Amor (Quase) Perfeito; Dois Perdidos numa Noite Suja; 2005 – Achados e Perdidos; 2007 – Iluminados. Filmografia (diretor): 2005 – Depois Daquele Baile; 2010 – Syndrome. BONACCORSI, ANA MARIA Nasceu na Itália, em 5 de fevereiro de 1938. Aos sete anos mudase com a família para o Brasil. Em 1953 é finalista do concurso Miss Cinelândia, chamando a atenção por sua beleza. Começa a atuar em desfiles de moda, apresentando modelos da estação e depois como garota-propaganda. No teatro, torna-se uma das atrações de Carlos Machado, nos shows Fantasia e Fantasias, A Grande Revista e Bonzo Air. Em 1958 faz aquele que seria seu único filme, Contrabando, não dando sequência à sua carreira de atriz de cinema. Filmografia: 1958 – Contrabando. BONAK, CATALINA Atriz estrangeira radicada no Rio de Janeiro. Começa no cinema brasileiro em 1975 no filme O Monstro de Santa Tereza já com certa idade, o que a leva a interpretar sempre papeis de velhinhas bondosas, vovós, etc., tornando-se importante coadjuvante. Na televisão, sua primeira novela é Guerra dos Sexos, em 1983, depois Olho por Olho (1998), Rosa dos Rumos (1990) e Você Decide, em 1996, sua últi ma participação na telinha. Em 1991 faz seu ultimo filme, Vai Trabalhar Vagabundo II – A Volta, direção de Hugo Carvana. É falecida. Filmografia: 1975 – O Monstro de Santa Teresa; 1976 – Pedro Bó, o Caçador de Cangaceiros; Feminino Plural; O Vampiro de Copacabana; 1977 – Essa Freira é uma Parada; Barra Pesada; 1978 – Maneco, o Super Tio; As Borboletas Também Amam; 1979 – Teu, Tua; Os Foragidos da Violência; Bye Bye Brasil; O Caso Cláudia; Amante Latino; 1980 – Parceiros da Aventura; 1981 – A Cobiça do Sexo; Bonitinha mas Ordinária; Álbum de Família; Mulher Sensual (Novela das Oito); O Sequestro; 1983 – Bar Esperança; 1984 – Amor Maldito; 1986 – Com Licença, eu Vou à Luta; 1990 – Stelinha; 1990 – O Quinto Macaco (The Fift h Monkey) (EUA); 1991 – Vai Trabahar Vagabundo II – A Volta. BONATI, ÂNGELA Nasceu em São Paulo, SP. Ainda jovem muda-se para o Rio de Janeiro, onde conclui seus estudos normais, nos colégios Regina Coelli e Santos Anjos. Nos dois já demonstra inclinações artísti cas, pois sempre participa de encenações teatrais em festas de fim de ano. Em seguida entra para o Conservatório Nacional de Teatro, fazendo sua estreia no Grande Teatro da Tupi, ao lado de Sérgio Britto e Fernanda Montenegro, fazendo uma ponta na peça Carta de uma Desconhecida. Estuda também balé com a professora Berta Rosanova, atuando na peça Blum, no Teatro Dulcina. Atua seguidamente em peças como Hedda Gabler e O Castelo do Homem sem Alma, totalizando quase quarenta peças, que lhe dão incrível bagagem para estrear no cinema em 1962 no filme Tocaia no Asfalto. Entre outros, parti cipa de Boniti nha, mas Ordinária (1964) e A um Pulo da Morte (1969). Filmografia: 1962 – Tocaia no Asfalto; 1963 – O Homem que Roubou a Copa do Mundo; 1964 – Bonitinha, mas Ordinária; Manaus, Glória de uma Época (Und Der Amazonas Schweight ) (Alemanha); 1969 – A um Pulo da Morte. BONFÁ, IVETE Nasceu em São Paulo, SP, em 4 de março de 1940. No início dos anos 1960 faz curso de teatro com Eugênio Kusnet. Estreia em 1966 na Cia. Nydia Lícia com a peça Terras de Ninguém e ao longo da carreira faz outras importantes, como Homem de Papel e Um Bonde Chamado Desejo. Na televisão, estreia em 1967, na novela Yoshico, um Poema de Amor, pela Tupi, mas brilha mesmo em 1969, ao lado de Sérgio Cardoso, na novela A Cabana do Pai Thomás, já pela Globo. Na Record faz O Tempo não Apaga, em 1972, e na Tupi, A Vila do Arco, em 1975. Estreia no cinema em 1971 em O Detetive Bolacha contra o Gênio do Crime. Atua em muitos filmes, com destaque para O Anjo Loiro (1973), O Caçador de Esmeraldas (1979) e Sexo Total (1985). Na televisão, paralelamente ao cinema, participa das novelas Floradas na Serra (1981), Tronco de Ipê (1982), Meus Filhos, Minha Vida (1984) e na minissérie Boca do Lixo (1990), sua última aparição na televisão. No teatro, sua últi ma participação acontece na peça Tropicanalha de Aziz Bajur, que ela produz e interpreta com razoável sucesso de público, merecedor de elogios da crítica. Esse trabalho a incentiva a ensaiar voos mais altos, como montar um grande êxito que pudesse firmá-la como atriz de papéis sérios. Morre em São Paulo, em 30 de março de 1991,aos 51 anos de idade, sem realizar esse sonho. Filmografia: 1971 – O Detetive Bolacha contra o Gênio do Crime; 1973 – Anjo Loiro; A Superfêmea; 1975 – Ainda Agarro esse Machão; O Rei da Noite; 1976 – Já não se Faz Amor como Anti gamente (episódio: Oh, Dúvida Cruel); 1978 – O Estripador de Mulheres (Assassino da Noite); Mulher Desejada; Minha vida é uma Novela (inacabado); As Trapalhadas de Dom Quixote & Sancho Pança; 1979 – Sinfonia Sertaneja; O Caçador de Esmeraldas; Colegiais e Lições de Sexo; 1980 – Seduzida pelo Demônio; Diário de uma Prosti tuta; A Virgem e o Bem-Dotado; 1981 – A Noite das Depravadas; 1982 – Fantasias Sexuais (episódio: O Caften); 1983 – Elas só Transam (Elas Só Transam no Disco); 1984 – Taras de Colegiais; Sexo dos Anormais; Sexo em Grupo; Variações de Sexo Explícito; 1985 – Sexo Total; 1992 – Sua Excelência, o Candidato. BONFÁ, LUIZ Luiz Floriano Bonfá nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 17 de outubro de 1922. Em 1946, integra o grupo musical Quitandinha Serenaders, ao lado de Alberto Ruschell. Já como solista, guitarrista e compositor, realiza sua primeira excursão aos Estados Unidos em 1956. Parti cipa ativamente do movimento musical Bossa Nova, inclusive atuando do célebre Festival do Carnegie Hall, em 1962. Além de instrumentista, é também compositor, autor do clássico Orfeu do Carnaval, que obtém êxito internacional. Estreia no cinema em 1947, ainda como integrante do grupo Quitandinha Serenaders em Este Mundo é um Pandeiro. Morre em 12 de janeiro de 2001, no Rio de Janeiro, aos 78 anos de idade. Filmografia: (como integrante do Quitandinha Serenaders): 1947 – Este Mundo é um Pandeiro; 1948 – É com este que eu Vou; 1949 – E o mundo se Diverte; Não me Digas Adeus (No Me Digas Adiós) (Brasil/Argenti na); 1950 – Não É nada Disso; 1951 – Aí Vem o Barão. Filmografia: (como ator): 1953 – Destino em Apuros; Perdidos de Amor; 1956 – Depois eu Conto; 1961 – Sócio de Alcova (Socia de Alcoba) (Brasil/Argentina); 1964 – Copacabana Palace (The Girl Name) (Itália/França/Brasil) (parti cipação com ele mesmo). BONFANTE, RAQUEL Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1999. Inicia sua carreira aos quatro anos de idade fazendo publicidade. Com talento precoce, em 2006, apresenta, pela TVE Brasil, o programa infantil Janela, Janelinha. Em 2007 estreia no cinema no filme Xuxa em Sonho de Menina. Em 2008 atua na novela Duas Caras, como Joana. Em 2010 brilha no filme Chico Xavier, sob a direção de Daniel Filho, no papel da Aluna Rosa. Filmografia: 2007 – Xuxa em Sonho de Menina; 2009 – Xuxa e o Mistério da Feiurinha; 2010 – Chico Xavier. BONFIM, ROBERTO Roberto Bonfim de Andrade nasceu no Rio de Janeiro em 12 de março de 1945. Filho do intelectual Almir de Andrade e da dona de casa Noemi Alcântara Bomfim. Sempre alegre e bem disposto, na adolescência prati cava esportes, tinha o corpo atlético e ia muito à praia do Leblon. Estreia no cinema em 1970 no filme Pedro Diabo Ama Rosa Meia-Noite e constrói sólida carreira com mais de 40 fi lmes no curriculo, alguns, importantes como A Estrela Sobe (1974), A Dama do Lotação (1978), O Caso Cláudia (1979), como o policial Guerra, num de seus mais importantes papéis, Jorge, um Brasileiro (1988) e mais recentemente Minha Vida em suas Mãos (2000). Na televisão parti cipa de inúmeras novelas como Irmãos Coragem (1970), Gabriela (1975), Cabocla (1979), Parti do Alto (1984), Tieta (1989), Renascer (1993), Terra Nostra (1999), Celebridade (2003), América (2005), como o motorista Jota, um brasileiro que trabalha nos Estados Unidos, Desejo Proibido (2006), Três Irmãs (2009), como Pacífi co, entre tantas outras. Foi casado com a figurinista Marília Carneiro (1938), com quem teve duas filhas, Beatriz (1966) e Ana (1976). De sorriso sempre aberto e franco, enorme talento e simpatia, é um dos grandes atores brasileiros, querido pelo público e por seus colegas de trabalho. Filmografia: 1970 – Pedro Diabo Ama Rosa Meia-Noite; Senhores da Terra; 1971 – Lúcia MacCartney, uma Garota de Programa; Matei Por Amor; 1972 – O Homem do Corpo Fechado; Na Boca da Noite; Revólveres não Cospem Flores; 1973 – Os Homens que eu Tive; 1974 – A Estrela Sobe; 1975 – Ana, a Libertina; A Lenda de Ubirajara; A Extorsão; 1976 – Soledade; Pecado na Sacristia; 1977 Quem Matou Pacífi co?; Chuvas de Verão; Gordos e Magros; 1978 – A Dama do Lotação; Batalha dos Guararapes; Nos Embalos de Ipanema; Anchieta, José do Brasil; O Caçador de Esmeraldas; O Caso Cláudia; O Sol dos Amantes; 1980 Terror e Êxtase; O Bandido Antonio Dó; 1982 – O Rei da Boca; 1983 – A Difícil Viagem; 1986 – Fulaninha; 1988 – Jorge, um Brasileiro; Retratos Rasgados (CM); 1989 – Kuarup; Círculo de Fogo; Solidão, uma Linda História de Amor; 1990 – André Louco (CM); 1993 – Água Morro Acima (CM); 1995 – Louco por Cinema; 1997 – Os Camaradas (Die Genossen) (CM); 1999 – O Viajante; No Coração dos Deuses; Milagre em Juazeiro; 2000 – Minha Vida em suas Mãos; 2001 – Xangô de Baker Street; 2002 – A Selva (Portugal/Brasil/Espanha); 2010 O Inventor de Sonhos. BORBA, EMILINHA Emilia Savana da Silva Borba nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 31 de agosto de 1923. Ela ganha seu primeiro prêmio aos 14 anos, no programa A Hora Juvenil, na Rádio Cruzeiro do Sul. Nesse programa, forma o duo As Moreninhas, com Bidu Reis, que dura cerca de um ano e meio. Foi também agraciada com 5 mil réis no programa de Ary Barroso. Estreia como cantora em 1939, com participação sem crédito na marcha Pirulito, de João de Barro e Alberto Ribeiro, ao lado de Nilton Paz. Fã de Carmen Miranda, consegue, mediante pedido desta ao proprietário Mário Rolla, um contrato de cantora no Cassino da Urca. Foi lá que o cineasta Orson Welles a vê e se apaixona, quando esteve aqui para as fi lmagens de Its All True. O diretor de Cidadão Kane quis levá-la para Hollywood, mas Emilinha nem deu bola. Grava seu primeiro disco em 1940 e é contratada pela Rádio Mayrink Veiga. Em 1943 é contratada pela Rádio Nacional, onde permanece por 27 anos, até 1970. O sucesso acontece em 1947, com a rumba Escandalosa, de Djalma Esteves e Moacir Silva, e em 1949 é escolhida a Favorita da Marinha. Emilinha é sucesso no Rádio e no Cinema, estreando em 1939, no filme Banana da Terra. Entre muitos outros, destacam-se Este Mundo é um Pandeiro (1947), Aviso aos Navegantes (1951) e Virou Bagunça (1960). Os números musicais em que ela aparece são aguardados com ansiedade pelo público. Dezenas de sucessos carnavalescos ficaram imortalizados na voz de Emilinha, como Chiquita Bacana, de 1949, Tomara que Chova, de 1951, Água Lava Tudo (1955), Corre, Corre Lambretinha (1958) e Mamãe eu Vou às Compras (1959). Rival de Marlene, as duas mantêm torcidas disti ntas, que dividem os programas de auditório em que parti cipam. Ambas foram durante muitos anos as Rainha do Carnaval, cantando as marchinhas mais famosas daquele tempo, e fazendo parte do cast artístico da Rádio Nacional, uma das mais importantes da época. Marlene conquista o título em 1949 e Emilinha, em 1953. Era um dos concursos mais cobiçados do rádio. No ano seguinte, o prêmio foi de Ângela Maria. No início dos anos 1960 ainda consegue emplacar sucessos carnavalescos como Pó de Mico (1963), de Renato Araújo, Dora Lopes, Arildo de Sousa e Nilo Viana, e Mulata Iê-Iê-Iê (1965), de João Roberto Kelly. Cordão da Bahia (1975), é talvez, seu último sucesso carnavalesco. Com o advento da televisão, suas aparições vão ficando cada vez mais raras, agravado por um edema nas cordas vocais que a levou a fazer três cirurgias. Esses fatos abreviaram o final de sua carreira. Grava, ao todo, 89 LPs (discos com seis músicas de cada lado), 71 compactos e 117 discos de 78 rotações – totalizando mais de 600 músicas – e é, sem dúvida, uma das maiores cantoras que tivemos. Em 1995, ainda era a personalidade brasileira que mais havia saído em capa de revistas no País: 350 vezes. Na televisão, participa e na minissérie Chiquinha Gonzaga, em 1999, pela Globo e do programa Retratos Brasileiros – Eliana Macedo, em 2000, pelo Canal Brasil. Em junho de 2005 leva um tombo em sua casa e sofre traumatismo craniano e nunca mais consegue se recuperar totalmente. Morre em 3 de Outubro de 2005, aos 82 anos, no Rio de Janeiro, de problemas cardíacos. Deixa um filho e três netos. Filmografia: 1938 – Banana da Terra; 1940 – Vamos Cantar; 1942 – Astros em Desfile (CM); 1944 – Tristezas não Pagam Dívidas; Romance de um Mordedor; 1945 – Não Adianta Chorar; 1946 – Segura esta Mulher; 1947 – Este Mundo é um Pandeiro; 1948 – Poeira de Estrelas; É com este que eu Vou; Folias Cariocas; 1949 – Estou Aí!; 1950 – Aviso aos Navegantes; Todos por um; 1952 – Barnabé tu és Meu; É Fogo na Roupa; Tudo Azul; 1954 – Aí Vem o General; O Petróleo é Nosso; 1955 – Carnaval em Marte; Guerra ao Samba; O Rei do Movimento; Trabalhou Bem, Genival; 1956 – Eva do Brasil; Vamos com Calma; 1957 – Com Jeito Vai; De Pernas pro Ar; Garotas e Samba; 1958 – É de Chuá!; 1959 – Mulheres à Vista; Garota Enxuta; Cala a Boca, Etelvina; 1960 – Virou Bagunça; Entrei de Gaiato; 1966 – 007 ½ no Carnaval; 1967 – Carnaval Barra Limpa; 1975 – Assim Era Atlântida. BORGES, ALEXANDRE Alexandre Borges Corrêa nasceu em Santos, SP, em 23 de fevereiro de 1966. Filho do diretor teatral Tanah Corrêa, inicia carreira artística aos quinze anos com a peça Os Salti mbancos. Muda-se para São Paulo e, sob as regras exigentes de Antunes Filho, solidifi ca-se profissionalmente. Consagra-se por sua interpretação do Rei Cláudio na peça Hamlet. Mora em Portugal entre 1989/1990. Em 1993 estreia na televisão, na novela Guerra sem Fim, pela Manchete. Transfere-se para a Globo e lá parti cipa da minissérie Incidente em Antares. Seguem-se as novelas A Próxima Vítima (1995), Quem é Você (1996) e Zazá (1997). Estreia no cinema em 1991, no curta-metragem Paixão Cigana, mas brilha mesmo em 1993, no filme Terra Estrangeira. Faz sólida carreira no cinema em filmes importantes como Amor & Cia. (1998), O Invasor (2002) e Gatão de Meia-Idade (2006). Paralelamente, consolida também sua carreira na televisão, nas minisséries e novelas: Celebridade (2003), como Cristi ano Reis; Belíssima (2006), como Alberto Sabatini; Amazônia: de Galvez a Chico Mendes (2007), como Plácido de Castro; Desejo Proibido (2008), como Escobar; Três Irmãs (2008), como Artur; e Caminho das Índias (2009), como Raul Cadore. É casado desde 1991 com a atriz Júlia Lemmertz, com quem tem um fi lho, Miguel. Filmografia: 1991 – Paixão Cigana (CM); 1992 – Sangue, Melodia (CM); 1993 Estado de Espírito (CM); 1994 – Mil e Uma; 1995 – Glaura (CM); Terra Estrangeira; 1996 – Tudo Cheira Gasolina (CM); 1997 – Mangueira – Amor à Primeira Vista; Meninos de Deus; 1998 – Traição (episódio: Cachorro!); Amor & Cia.; 1999 – Amor que Fica; Até que e Vida nos Separe; Um Copo de Cólera; 2000 Deus Jr.; Bossa Nova; 2001 – Nelson Gonçalves – o Filme; 2002 – O Telepata (CM); Joana e Marcelo, Amor (Quase) Perfeito; As Três Marias; O Invasor; 2003 Acquaria; 2005 – Nanoilusão (CM); 2006 – Gatão de Meia-Idade; Zuzu Angel; Balada das duas Mocinhas de Botafogo (CM); 2008 – Adágio Sostenuto; Plastic City (Dangkou) (Brasil/China/Japão); 2009 – Bela Noite para Voar. BORGES, ALICE Alice Borges de Oiveira nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 28 de janeiro de 1966. É filha do ator Antonio Pedro e Margot Baird. Aos onze anos estreia no teatro na peça Os Salti mbancos e constitui sólida carreira em mais de trinta peças, com destaque para Cabaré (1981), Pluft, o Musical (1987), Odeio Hamlet (1992), Salve Amizade (1997), Com a Pulga Atrás da Orelha (2003), Ricardo III (2004), O Baile (2007), etc. Estreia na TV em 1983 em uma quarta nobre, Do Outro Lado do Túnel. Com grande tendência para a comédia, participa de vários humorísticos da Globo como Chico Anysio Show, Chico Total (1996), Escolinha do Professor Raimundo (2001), sempre ao lado de Chico Anysio. Atua nas minisséries Boca do Lixo (1990), Contagem Regressiva (1995) e Labirinto (1998) e nas novelas Desejos de Mulher (2002), Bang-Bang (2005), Cobras & Lagartos (2006) e O Profeta (2007). Estreia no cinema em 1999 no filme Xuxa Requebra. Em 2009 encena o espetáculo Cabaret Melinda. Casada com Júnior, tem um filho, Pedro Luiz (2005). Filmografia: 1999 – Xuxa Requebra; 2000 – Amélia; 2002 – Histórias do Olhar; 2006 – O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili; 2007 – Xuxa em Sonho de Menina. BORGES, BÁRBARA Bárbara da Silva Borges e Cunha nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 26 de janeiro de 1979. Começa sua carreira como Paquita do Xuxa Park, em 1995. Em seguida transfere-se para o programa Malhação e inicia sua carreira de atriz. Estreia no teatro em 1999 na peça A Lista, de Oswaldo Montenegro. Entra para a faculdade de Artes Cênicas da Uni-Rio, formando-se em 2001 com a peça Hand Bang, de Mark Ravenhill, dirigida por Alexandre de Mello. Entre outras, participa também de Uma História Muito Estranha (2002), Leo e Bia (2005) e Namoradinha do Brasil (2007). Em 2001 faz sua primeira novela, Porto dos Milagres, depois Senhora do Destino (2004), Pé na Jaca (2007) e Duas Caras (2008). O sucesso na televisão – aliado a sua beleza – a leva a posar nua para a revista Playboy em 2005. Em 2008 estreia no cinema no filme Vingança. Em 2009 transfere-se para a TV Record, assinando contrato de três anos. Filmografia: 2008 – Vingança. BORGES, IONE Nasceu em São Paulo, SP, em 15 de dezembro de 1951. Aos sete anos participa de uma gincana da Kibon, na TV Record. Aos doze começa a desfilar para o Mappin e a participar de comerciais do magazine, depois torna-se manequim do magazine Clipper. Estreia no cinema em 1972, no filme Vozes do Medo, e depois tem participação de destaque em O Jeca e o Bode, de Ary Fernandes. Inicia sua carreira na televisão como consultora de moda no programa Clarisse Amaral em Desfile. Por mais de vinte anos apresenta o programa Mulheres pela TV Gazeta, primeiro ao lado de Claudete Troiano e depois sozinha. Atualmente apresenta o programa Pra Você, sempre pela Gazeta. Simpáti ca e comunicativa, é uma grande apresentadora brasileira. Filmografia: 1972 – Vozes do Medo; O Jeca e o Bode. BORGES, NEUSA Neusa Maria da Silva Borges nasceu em Florianópolis, SC, em 8 de março de 1941. Começa sua carreira como crooner em boates famosas como Quitandinha, em São Paulo. No teatro, estreia na peça Hair, seguindo-se de Capital Federal, Cordão Umbilical, Mais Quero Asno, Walter e Kate, etc. Estreia na televisão em 1972 na novela Vitoria Bonelli. Depois destaca-se em Vila do Arco (1975), Dancin’ Days (1978), talvez seu melhor momento como Madalena, e Selva de Pedra (1986). Estreia no cinema em 1976, em A Carne (Um Corpo em Delírio). Entre outros, atua em O Rei da Noite (1976), Lerfa Mu (1979) e mais recentemente Uma Vida em Segredo, em 2001, e Polaroides Urbanas, em 2006. Em 1997 volta a brilhar na novela A Indomada, pela TV Globo, como Florência, seguindo-se O Clone (2001), América (2005), Amazônia: de Galvez a Chico Mendes (2007) e Caminho das Índias (2009), como Cema. Foi casada com Miguel Antonio, com quem tem dois filhos, Ondina e Priscila. Filmografia: 1970 – A Moreninha (voz); 1976 – A Carne (Um Corpo em Delírio); Paranoia; Bacalhau; O Rei da Noite; 1978 – A Deusa Negra (Nigéria/Brasil); 1979 – Sábado Alucinante; Lerfa Mu; 1987 – Romance de Empregada; 2001 – Meu Filho Teu (Um Crime Nobre) (Itália/Brasil); Uma Vida em Segredo; 2004 – O Herói (Angola/Portugal/Portugal); 2005 – Amigo Invisível; 2007 – Polaroides Urbanas. BORGHI, RENATO Renato de Castro Borghi nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1937. Muda-se para São Paulo e entra para a Faculdade de Direito no Largo São Francisco. Faz sua estreia no teatro na peça Chá e Simpatia, de Robert Anderson, ao lado de Sérgio Cardoso, no Teatro Bela Vista, em 1958. No início de sua carreira, é ator quase que estritamente teatral, participando de peças importantes como Vida Impressa em Dólar (1961), Pequenos Burgueses (1963), Édipo Rei (1984), Decifra-me ou te Devoro (1989), Sua Excelência, o Candidato (1992), Tamara (1993) e Tio Vânia (1998), talvez seu maior sucesso. No Teatro Oficina conhece Esther Góes, com quem se casa e tem seu único filho, Ariel Borghi (1973). Com ela forma então o Teatro Vivo, montando peças importantes como O que Mantém o Homem Vivo e Santa Joana. Na televisão, estreia em 1966 na novela Ninguém Crê em Mim. Entre outras, seguemse O Todo-Poderoso (1974), Dona Beija (1986), A História de Ester (1998), Marcas da Paixão (2000), Mad Maria (2005) e Bang-Bang (2006). Estreia no cinema em 1967 no curta-metragem A Falência, seguindo-se América do Sexo (1969), Brás Cubas (1986), A Causa Secreta (1994) e mais recentemente O Vestido (2003) e Os Desafinados (2008). Em 2008 a Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, lança sua biografia, Renato Borghi – Borghi em Revista, de autoria de Élcio Nogueira Seixas. Filmografia: 1965 – Crônica da Cidade Amada; 1967 – A Falência (CM); 1968 – Anuska, Manequim e Mulher; 1969 – América do Sexo (episódio: Ligou, Ligado); 1971/1984 – Prata Palomares; 1971/1982 – O Rei da Vela; 1972 – Gracias Señor (CM); 1981 – O Homem do Pau-Brasil; 1986 – Brás Cubas; 1987 – PSW – Uma Crônica Subversiva (CM); 1988 – Corpo em Delito; 1989 – Capitanias Hereditárias (CM); 1991 – Sua Excelência, o Candidato; 1994 – A Causa Secreta; 1997 – A Grande Noitada; 2002 – Lost Zweig; 2003 – O Vestido; 2004 – Cabra Cega; 2007 – Quando a Verdade Vai Entrando (CM); 2008 – Os Desafinados. BORNAY, CLÓVIS Nasceu Nova Friburgo, RJ, em 10 de janeiro de 1917. Filho de mãe espanhola e pai suíço e caçula de uma família de doze irmãos, desde criança se fantasia para ir aos bailes infantis. Em 1932 faz seu primeiro desfile, num concurso de fantasias do Theatro Municipal. Em 1937 influencia o diretor do Theatro Municipal do Rio a criar o primeiro baile de fantasias com premiação no carnaval. Naquele mesmo ano, ele encanta o Theatro Municipal carioca e vence o concurso, ao se apresentar como Príncipe Hindu. Em 1953 passa a trabalhar como museólogo (sua verdadeira profissão) do Museu de História Nacional, sem nunca abandonar as passarelas. Atua com destaque nos bailes de fantasia do Rio de Janeiro. Nessa modalidade seu nome é tão forte que, em 1961 torna-se hors-concours, título que lhe dava o privilégio de desfilar em qualquer competição sem ser julgado. Seu maior adversário era o costureiro baiano Evandro de Castro Lima. Na televisão, participa da novela Assim na Terra como no Céu, de 1970. Foi também jurado de televisão nos programas do Chacrinha e Sílvio Santos. Adota o bairro de Copacabana para morar e, em 1996, recebe da Assembleia Legislativa a medalha Tiradentes, maior honraria do Estado, por sua contribuição à cultura carioca. Estreia no cinema em 1967, com belo papel no filme Terra em Transe, de Glauber Rocha, ao lado de Paulo Autran. Morre em 9 de outubro de 2005, aos 89 anos de idade, vítima de parada cardíaca, no Rio de Janeiro. Deixa esposa, Marilena Ferreira, e três fi lhas adoti vas. Filmografia: 1967 – Terra em Transe; Opinião Pública (como ele mesmo); 1972 – Independência ou Morte; 1979/1983 – Loucuras Cariocas (Loucuras, o Bumbum de Ouro ou Funerária Kung-Fu); 1980 – O Gigante da América. BORTOLOTTO, MÁRIO Nasceu em Londrina, PR, em 29 de setembro de 1962. Dramaturgo, ator, diretor e compositor. Estuda em seminário e na adolescência inicia sua carreira no teatro e literatura. Cresce tendo contato com as revistas em quadrinhos, em seguida suas leituras são os autores da geração beat generacion, como Charles Bukowski, Jack Kerouac, além de poetas e escritores brasileiros. Em 1981 funda, em Londrina, o grupo Cemitério de Automóveis, em que predomina um estilo calcado em histórias em quadrinhos, cinema, blues, rock e o universo beatnik. Peças de que participa: Transas Mil, Brasilians Boys, A Meia-Noite um Solo de Sax na Minha Cabeça, Feliz Natal Charles Bukowski, Será que a Gente Influencia o Caetano, A Louca Balada de Lou Reed, Singapura Slings, Leila Baby, Fica Frio, Fuck You Baby, Para Alguns a Noite É Azul, O Cara que Dançou Comigo, Nossa Vida não Vale um Chevrolet, Cocooning, Uma Fábula Podre, Felizes para Sempre, Vamos Sair da Chuva quando a Bomba Cair, Medusa de Ray Ban, Postcards de Atacama, Getsêmani, Deve Ser do Caralho o Carnaval em Bonifácio, Brutal, Gravidade Zero, Tempo de Trégua, A Frente Fria que Traz a Chuva, O que Restou do Sagrado e O Nati morto. Além de atuar, escrever e dirigir seus espetáculos, parti cipa como vocalista e compositor das bandas Saco de Ratos Blues e Tempo Instável. Grava o CD de blues Cachorros Gostam de Bourbon, com composições suas. Em 2000 ganhou o Prêmio APCA pelo conjunto da obra e o Prêmio Shell de melhor autor por sua peça Nossa Vida não Vale um Chevrolet, que em 2008 vira filme. Mário mora em São Paulo desde 1996. Estreia no cinema em 2001 no curta Do Amor. Seu primeiro longa é O Invasor (2001), em que faz o papel de um investigador. Em 2006 lança o livro Atire no Dramaturgo, coletânea de textos publicados no blog que mantém desde 2004. No dia 4 de dezembro de 2009 Bortolotto e seu amigo, o músico Carlos Carcarah, foram baleados numa tentati va de assalto no centro de São Paulo, mas ambos escapam com vida. Atualmente é considerado um dos maiores escritores teatrais do Brasil, com linguagem próxima da de Plínio Marcos, porém, Bortolotto tem seu próprio estilo, ao mergulhar no caos urbano com ironia e sarcasmo. Filmografia: 2001 – Do Amor (CM); O Invasor; 2003 – Enjaulados (CM); 2004 – Balaio (CM); 2007 – A Cauda do Dinossauro (CM); 2010 – Augustas. BOTELHO, WELLINGTON Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1922. Ator e humorista. Inicia sua carreira no rádio, com longos anos na Nacional e Mayrink Veiga. Estreia no cinema em 1950 no filme Aguenta Firme, Isidoro, produção de Adhemar Gonzaga, direção de Luiz de Barros, no papel de Queixozo. Nos anos seguintes, faz teatro, cinema e televisão, sempre como humorista. Sua estreia em telenovelas acontece somente em 1976, pela Globo, em Samandaia, como Encolheu. No Sítio do Pica-Pau Amarelo, a partir de 1977, é o João Faz-de-Conta. No programa Viva o Gordo (1981), era o Seu Montanha, personagem frequentemente desafiado pela mulher. Atua em mais algumas telenovelas e minisséries, sendo a última Tenda dos Milagres, em 1985. No cinema, seu último fi lme é O Cangaceiro Trapalhão, em 1983, ao lado de Renato Aragão. Morre no Rio de Janeiro, RJ, em 1987, aos 65 anos de idade, de edema pulmonar. Filmografia: 1950 – Aguenta Firme, Isidoro; 1953 – Balança mas não Cai; 1960 – Só Naquela Base; 1962 – As Testemunhas não Condenam; 1970 – Salário Mínimo; 1971 – Cômicos e mais Cômicos; 1978 – Tudo Bem; 1983 – O Cangaceiro Trapalhão. BOTTINO, RODOLFO Rodolfo Bottino Júnior nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de fevereiro de 1959. Forma-se engenheiro pela UFF – Universidade Federal Fluminense. Sem vocação para exatas, estreia na televisão em 1984 na novela Livre para Voar, mas o sucesso viria dois anos depois, na minissérie Anos Dourados, quando interpreta Lauro, um dos jovens da trama. Passa a ser muito requisitado nos anos seguintes, como em Roda de Fogo (1986), O Sexo dos Anjos (1989), Perigosas Peruas (1992), Pátria Minha (1994), O Fim do Mundo (1996) e Sai de Baixo (1997), sua últi ma parti cipação na telinha. Estreia no cinema em 1999 no filme Tiradentes, de Oswaldo Caldeira, no papel de Joaquim Silvério dos Reis. Chefe de Cozinha formado pelo Le Cordon Bleu, Lenôtre e Hotel di Siena, desde 2003 apresenta o programa de culinária Gema Brasil, pela TVE do Rio de Janeiro e TV Cultura de São Paulo. É proprietário do restaurante Madrugada, no Rio de Janeiro. Bottino escreve livros de receita, além de manter um site na Internet sobre gastronomia. Em 2009, após um período de ausência, ele volta aos palcos, no espetáculo Medida por Medida, primeira montagem profissional brasileira da peça de William Shakespeare, com tradução de Barbara Heliodora. Simultaneamente, o ator segue com apresentações do espetáculo cênico-gastronômico O Risotto, que estreou há seis anos. O texto da peça foi escrito por ele, pelo ator e amigo Luis Salém e pela atriz e diretora de teatro Stella Miranda. Ao completar 50 anos, o ator revela estar com o vírus HIV desde o início dos anos 1990, ter amado homens e mulheres e resolvido contar sobre suas experiências, na esperança de ajudar outras pessoas a sair do armário e lutar contra o preconceito. Filmografia: 1999 – Tiradentes; 2002 – Gregório de Mattos; 2003 – Benjamin; 2007 – Pampulha ou a Invenção do Mar de Minas (narração). BOULE, LIAT Nair Bueno de Almeida nasceu em Jandira, SP, em 1º de maio de 1956. Trabalha como bancária. Sua primeira e única chance no cinema acontece em 1977 no filme Terra Quente. Não se tem notícia da continuidade de sua carreira artísti ca. Filmografia: 1977 – Terra Quente. BOUVYER, DOROTHÉE-MARIE Nasceu em Paris, França, SP, em 17 de dezembro de 1951. É radicada no Brasil. Estreia no cinema em 1971 no filme A Guerra dos Pelados. Abandona o cinema a partir dos anos 80. Vive em São Paulo. Filmografia: 1971 – A Guerra dos Pelados; 1973 – O Últi mo Êxtase; 1975 – O Rei da Noite; 1979 – O Guarani; 1981 – Eros, o Deus do Amor. BRAGA, ALICE Alice Braga Moraes nasceu em São Paulo, SP, em 15 de abril de 1983. Filha da atriz e diretora Ana Braga e sobrinha de Sônia Braga. Desde criança frequenta sets de filmagens. Logo inicia sua carreira fazendo um comercial do McDonalds. Em 1998 estreia no cinema no curta-metragem Trampolim. A grande chance acontece em 2002 ao parti cipar do filme Cidade de Deus, de Fernando Meirelles, que lhe abre as portas para uma carreira internacional, seu primeiro filme fora do Brasil, Só Deus Sabe, uma coprodução Brasil/México. Faz sucesso no País em 2005 no filme Cidade Baixa, ao lado de Lázaro Ramos e Wagner Moura. Nos EUA, sua primeira oportunidade acontece em 2006 em Doze Horas até o Amanhecer, rodado em São Paulo e Santos, em que contracena com Brendan Fraser. A partir de então, alterna sua carreira entre Brasil, onde cursa Comunicação e Artes do Corpo pela PUC-SP e Estados Unidos. Participa do projeto da banda 3namassa, em que atrizes e cantoras soltam a voz em parti cipações especiais para o cd temático Na Confraria das Sedutoras, cantando a música de quarenta minutos que encerra o cd, Tarde Demais, de Rodrigo Carneiro, Dengue, Rica Amabis e Pupillo. Estampa a capa dobrável de três partes, da revista Vanity Fair da edição especial, de março, Hollywood Issue, fotografada por Annie Leibovitz, ao lado de dez atrizes apontadas como promessas em 2008, com o título Fresh Faces. Faz sua primeira campanha publicitária da grife Hering, fotografada para a campanha de primavera do Alvo da Moda, já conhecido projeto contra o câncer de mama que vem desde o ano de 1995, pelo fotógrafo Bob Wolfenson. Apresenta o VMB 2008, com Rogério Flausino, e entrega o prêmio na categoria Videoclipe do Ano para o grupo NX Zero. A partir de março de 2010, apresenta o programa Superbonita Transforma. No fi lme último I Am Legend, atua ao lado do astro Will Smith. Ainda muito jovem, com talento e beleza, é uma atriz essencialmente cinematográfi ca. Filmografia: 1998 – Trampolim (CM); 2002 – Cidade de Deus; 2005 – Cidade Baixa; Só Deus Sabe (Sólo Dios Sabe) (Brasil/México); 2006 – O Cheiro do Ralo; Doze Horas até o Amanhecer (Journey To The End Of The Night) (Brasil/Alema-nha/EUA); 2007 – A Via Láctea; Rummikub (CM); I Am Legend (EUA); 2008 – Redbelt (EUA); Ensaio sobre a Cegueira (Blindness) (Brasil/Canadá/Japão); 2009 – Crossing Over (EUA); Cabeça a Prêmio; 2010 – Os Coletores (Repo Men) (EUA); Predators (EUA); Eleven Minutes (EUA). BRAGA, ANA Ana Maria Braga é irmã de Sônia Braga, inicia sua carreira no teatro e depois na televisão, estreando na novela Sem Lenço, sem Documento, pela TV Globo. Estreia no cinema em 1979 no filme Embalos Alucinantes. Afastada da carreira de atriz, hoje é montadora e dirige atores para filmes publicitários em São Paulo. É mãe da atriz Alice Braga, que brilhou no filme Cidade Baixa, ao lado de Lázaro Ramos e Wagner Moura e faz carreira internacional no cinema. Filmografia: 1979 – Embalos Alucinantes (Troca de Casais); 1985 – O Beijo da Mulher Aranha (Kiss of the Spider Woman) (Brasil/EUA); 2009 – Cabeça a Prêmio. BRAGA, ANA MARIA Ana Maria Braga Maffei nasceu em São Joaquim da Barra, SP, em 1º de abril de 1949. Sonha ser médica. Ao desisti r da carreira, vai para São José do Rio de Preto morar sozinha e passa muitas necessidades. Em 1973, participa de uma gincana para universitárias, na rádio local, programa apresentado por um jovem chamado Amaury Júnior. Muda-se para São Paulo e começa a trabalhar em cargos executivos na Editora Abril e depois como assessora da então primeira-dama Sílvia Maluf. Depois de passar pelas TVs Bandeirantes e Tupi, em 1993 inicia sua gloriosa carreira na TV Record, onde comanda o Programa Ana Maria Braga, um dos maiores sucessos da emissora. Em 2001 transfere-se para a TV Globo comandar o Mais Você, ao lado do seu inseparável Louro José. Estreia no cinema em 2001 como a fada Zinga, nos filmes Xuxa e os Duendes I e II, ao lado de Xuxa. Mesmo sem ser atriz, ainda participa de outros programas da Globo como Você Decide (2001), A Grande Família (2002) e A Diarista (2004). Tem uma fazenda em Bofete, interior de São Paulo, onde cria 300 cabeças de gado. Em 2002 luta contra um câncer no intesti no, mas – para alegria de todos os admiradores – sai vencedora dessa batalha. Com grande carisma, é uma estrela de luz própria. Foi casada com o economista Eduardo de Carvalho (1939), com quem teve dois filhos: Mariana (1983) e Pedro (1984)m e com o empresário Carlos Madrulha (1963). Atualmente está casada com o empresário Marcelo Frisoni. Filmografia: 2001 – Xuxa e os Duendes; 2002 – Xuxa e os Duendes II – No Caminho das Fadas. BRAGA, LUCIANA Luciana Braga Ribeiro Ramos nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 16 de dezembro de 1962. Em 1986 abandona a Faculdade de Fonoaudiologia para se dedicar totalmente à carreira de atriz, primeiro no teatro e depois na televisão. No primeiro teste na Globo é reprovada e não pôde estrelar a minissérie Anos Dourados, mas sua chance não demora e logo em seguida é escalada para a novela Sinhá Moça (1986), de Benedito Ruy Barbosa. Sua grande chance acontece em Tieta, como Maria Imaculada. Em 1993 trabalha em Renascer e transfere-se para o SBT para parti cipar de Éramos Seis (1994) e As Pupilas do Senhor Reitor (1995). Estreia no cinema em 1991 no filme Assim na Tela como no Céu. Retorna à TV Globo para participar das novelas Bang-Bang (2006), O Profeta (2007) e Negócio da China (2008). Contratada pela TV Record, atua em Poder Paralelo (2009). Está casada desde 1993 com Maneco Quinderé, com quem uma única fi lha, Laura. Filmografia: 1986 – Cinderela; 1991 – Assim na Tela como no Céu; 1998 – Policarpo Quaresma, Herói do Brasil; 2002 – Poeta de Sete Faces (Vida e Poesia de Carlos Drummond de Andrade); 2003 – Rua Seis, Sem Número; Dom. BRAGA, LUIZ CARLOS Nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Começa sua carreira no teatro. Participa de montagens importantes como Hamlet, de Shakespeare, e Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues. Estreia no cinema em 1957 no filme De Vento em Popa. Faz, inicialmente no Rio e depois em São Paulo, mais de cinquenta filmes, dos quais destacam-se Juventude e Ternura (1968) e Amadas e Violentadas (1976). Tem também brilhante carreira na televisão, ao participar do Grande Teatro Tupi, dos musicais Ternurinha e Tremendão pela TV Record e Pernas, a Hora e a Vez pela TV Bandeirantes. Atua nas telenovelas Anastácia, a Mulher sem Destino (1967), Sangue e Areia (1968), As Pupilas do Senhor Reitor (1970), Os Deuses Estão Mortos (1971), O Tempo não Apaga (1972), Os Fidalgos da Casa Mourisca (1972), Revolta dos Anjos (1973), Os Inocentes (1974), Éramos Seis (1977) e retorna depois de muitos anos para sua últi ma novela, La Mamma, em 1990. Filmografia: 1957 – De Vento em Popa; Cangerê: Uma Fantasia Musical; 1959 – Minervina Vem Aí; 1960 – Duas Histórias (Cacareco Vem Aí); Entrei de Gaiato; 1963 – Casinha Pequenina; 1967 – Todas as Mulheres do Mundo; 1968 – Juventude e Ternura; 1970 – Balada dos Infiéis; É Simonal; Salário Mínimo; 1971 – A Herança; 1973 – São Bernardo; 1974 – O Segredo da Rosa; O Amuleto de Ogum; 1975 – Nem os Bruxos Escapam; 1976 – Amadas e Violentadas; Possuídas pelo Pecado; 1977 – Dezenove Mulheres e um Homem; As Seis Mulheres de Adão; 1978 – Bandido! – Fúria do Sexo; 1979 – E Agora, José?; 1980 – Corpo Devasso; 1981 – Como Faturar a Mulher do Próximo (episódio: Baile do Cabide); Paraíso Proibido; Fome de Sexo; Lilian, a Suja; Ousadia (episódio: A Peça); As Prostitutas do Doutor Alberto (Prisão de Mães Solteiras); O Sexo Nosso de cada Dia; Violência na Carne; A Primeira Noite de um Adolescente; Amélia, Mulher de Verdade; 1982 – Anarquia Sexual; Insaciável Desejo da Carne (Brisas do Amor); Mulher Tentação; A Noite do Amor Eterno; Sol Vermelho; As Viúvas Eróticas; Vadias pelo Prazer; 1983 – Tensão e Desejo; Extremos do Prazer; Curras Alucinantes; Onda Nova; 1984 – Massagem For Men; Sexo dos Anormais; 1987 – Gemidos e Sussurros. BRAGA, REGINA Regina Lúcia Palhano Braga nasceu em Belo Horizonte, MG, em 28 de novembro de 1946. É atriz desde muito jovem. Inicia carreira no teatro, chegando a ficar quatro anos em cartaz com a peça Uma Revelação tão Delicada. Estreia no cinema em 1979 no filme Paula, História de uma Subversiva. Além de atriz, também produz a peça Cenas de Casamento, de Ingmar Bergman, contracenando com Tony Ramos. Estreia na televisão em 1980 na novela Meu Pé de Laranja Lima. Seguem-se novelas e minisséries como Vento do Mar Aberto (1981), O Coronel e o Lobisomem (1982), Joana (1984), Deus nos Acuda (1992), Por Amor (1997), Mulheres Apaixonadas (2003) e JK (2006). Foi casada com o diretor de teatro Celso Nunes (Celso Luiz Nunes Amorim), com quem teve dois filhos, Gabriel (1973), que também é ator, e Nina (1974). Atualmente está casada com o médico Drauzio Varella. Em 2008 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia: Regina Braga: Talento é Aprendizado, de autoria de Marta Góes. Filmografia: 1979 – Paula, a História de uma Subversiva; 1996 – Flora (CM). BRAGA, SÔNIA Sônia Maria Campos Braga nasceu em Maringá, PR, em 8 de junho de 1950. Perde o pai cedo, e passa por dificuldades financeiras, com a mãe e os irmãos. Em 1967, aos dezessete anos, participa do programa O Mundo Encantado de Ronnie Von, na TV Record, como a fadinha que lia as cartas dos telespectadores. Estreia no cinema em 1968, no filme O Bandido da Luz Vermelha, numa pequena ponta como vítima e não para mais. Ganha um pequeno papel em Irmãos Coragem (1970). A partir daí brilha em Selva de Pedra (1972), Fogo Sobre a Terra (1974), Gabriela (1975), Dancin’ Days (1978) e Chega Mais (1980). Após sua interpretação em O Beijo da Mulher Aranha (1985), do diretor argentino naturalizado brasileiro Hector Babenco, é exportada para os Estados Unidos, onde faz carreira internacional, ao parti cipar de filmes importantes como Luar sobre Parador e inúmeras séries de televisão como The Cosby Show (1988), entre dezenas de outras. Sua beleza, talento e sensualidade fazem-na uma das mais famosas atrizes brasileiras no exterior, só perdendo para a Pequena Notável Carmen Miranda. Volta a filmar no Brasil, depois de anos de ausência, sob a direção de Carlos Diegues, em Tieta do Agreste (1996) e em 2001 em Memórias Póstumas, de André Klotzel. Em 2007 participa da novela Páginas da Vida, pela TV Globo, como Tônia Werneck, e da série Donas de Casa Desesperadas, pela Rede TV, no papel de Alice Monteiro, versão brasileira de Desperate Housewives. Alterna sua carreira entre Estados Unidos e Brasil. Filmografia: 1968 – O Bandido da Luz Vermelha; 1970 – Cléo e Daniel; 1971 – A Moreninha; O Capitão Bandeira contra o Dr. Moura Brasil; 1973 – Mesti ça, a Escrava Indomável; 1975 – O Casal; 1976 – Dona Flor e seus Dois Maridos; 1978 – A Dama do Lotação; 1980 – À Procura do Público (CM); 1983 – Gabriela (Brasil/Itália/EUA); 1984 – O Beijo da Mulher Aranha (Kiss of the Spider Woman) (Brasil/EUA); 1985 – Eu Te Amo; 1987 – Mil Elos – O Preço da Liberdade (The Man Who Broke 1000 Chains) (EUA-TV);1988 – Rebelião em Milagro (The Milagro Beanfield War) (EUA); Luar sobre Parador (Moon Over Parador) (EUA); 1990 – Rookie, um Profissional do Perigo (The Rookie) (EUA); 1991 – A Últi ma Prosti tuta (The Last Prosti tute) (EUA-TV); 1993 – A Volta (Roosters) (EUA); 1994 – Amazônia em Chamas (The Burning Season) (EUA-TV); 1995 – Morte Dupla (Two Deaths) (EUA); 1996 – Tieta do Agreste; 1997 – Os Jogadores (Money Plays) (EUA-TV); 2000 – Um Drink no Inferno 3 – A Filha do Carrasco (From Dusk Till Dawn 3: The Hangman’s Daughter) (EUA); 2001 – The Judge (EUA-TV); Memórias Póstumas; Perfume (idem) (EUA); Olhar de Anjo (Angel Eyes) (EUA); 2002 – Império (Empire) (EUA); 2003 – Testosterona (Testosterone) (EUA); 2004 – Amália Traída (CM) (Itália); Scene Stealers (EUA); 2005 – Che (Che Guevara) (EUA); Baila Comigo (Marilyn Hotchkiss Ballroom Dancing and Charm School) (EUA); Mar de Sonhos (Sea of Dreams) (EUA/México); 2006 – Cidade do Silêncio (Bordertown) (EUA); O Estado mais Quente (The Hottest State) (EUA); 2010 – An Invisible Sign of My Own (EUA); Lope (Brasil/Espanha). BRAGA, YOLANDA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1942. É descoberta em 1965 para a novela A Cor da sua Pele, pela TV Tupi, numa trama em que homem branco se apaixona por mulata. Depois dedica-se ao cinema em quatro filmes, entre eles Dois Mil Anos de Confusão (1969), ao lado de Dedé Santana, e Jogo da Vida e da Morte (1972), com Juca de Oliveira e Odete Lara. Retorna à televisão em 1978 para parti cipar do remake de O Direito de Nascer, encerrando sua carreira artísti ca. Filmografia: 1966 – Arrastão; 1969 – Dois Mil Anos de Confusão; 1970 – Os Discos Voadores Estão Entre Nós; 1972 – Jogo da Vida e da Morte. BRAGUINHA Carlos Alberto de Ferreira Braga nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 29 de março de 1907. Filho de um industrial, estuda Engenharia e Belas-Artes e, aos dezenove anos, com Almirante e outros três amigos, funda o Bando de Tangarás. É um dos maiores compositores de marchinhas carnavalescas do Brasil, sendo de sua autoria, além de outras pérolas, Carinhoso e Copacabana. Na década de 1930 trabalha para os Estúdios Disney e dubla todos os longas dessa companhia, começando com Branca de Neve e os Sete Anões, de 1937. No cinema, participa de dois filmes como ator, Bole-Bole, em 1929, ainda com o lendário Bando dos Tangarás, e depois Garota de Ipanema, em 1967. Com mais de 500 músicas gravadas por inúmeros cantores, João de Barro, como também era conhecido, um dos maiores compositores da história da Música Popular Brasileira, morre em 24 de dezembro de 2006, três meses antes de completar 100 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia (ator): 1929 – Bole-Bole (Bando de Tangarás); 1967 – Garota de Ipanema; 1970 – Isto é Lamartine (CM) (depoimento); 1994 – O Cantor de Samba (CM) (como ele mesmo, no Bando dos Tangarás). Filmografia (diretor): (como João de Barro): 1935 – Alô, Alô, Brasil (codirigido por Wallace Downey e Alberto Ribeiro); 1939 – Anastácio. BRAH, LOLA Eleonora Beinarovicz nasceu em Wiatka, URSS, em 1º de julho de 1920. Ainda na Europa participa de companhias teatrais amadoras. Jovem, vem para o Brasil e se naturaliza em 1948. Estreia no cinema em 1953, no filme Uma Pulga na Balança, descoberta por Luciano Salce e Fábio Carpi. Em 1958 recebe o prêmio de melhor atriz pela Associação dos Críticos do Rio de Janeiro. Sua voz é facilmente reconhecida pelo sotaque estrangeiro que não consegue disfarçar, mas que acaba ajudando, pois dá uma conotação forte aos seus personagens. Trabalha muito em cinema, destacando-se Estranho Encontro (1958), O Bandido da Luz Vermelha (1968) e O Sexualista (1975). Nos seus últimos anos fica mais conhecida como defensora da classe, ao brigar por melhores condições para o Cinema Nacional. É uma das fundadoras da Associação dos Técnicos e Atores Cinematográficos, faz parte da Comissão Municipal, é membro da Comissão Nacional de Cinema e ainda atua como representante dos atores no Geicine, órgão anterior ao INC. Esses cargos são oficiais. Foi casada com Sílvio Pinto Freire, mas não teve filhos. Atriz essencialmente cinematográfi ca, participa apenas de uma novela, A Cabana do Pai Tomás, em 1969/1970, pela TV Globo. Morre em 14 de julho de 1981, São Paulo, em consequência de uma parada cardíaca, aos 61 anos de idade. Filmografia: 1953 – Uma Pulga na Balança; 1954 – Floradas na Serra; 1955 – Três Destinos (inacabado); 1956 – Pensão da Dona Estela; 1957 – Casei-me com um Xavante; 1958 – Estranho Encontro; Ravina; 1959 – Fronteiras do Inferno (Lonesome Women) (Brasil/EUA); 1960 – Bahia de Todos os Santos; 1961/1962 – Aventura em Ouro Preto (episódio da série: Vigilante Rodoviário); 1964 – O Vigilante contra o Crime (episódio: Aventura em Ouro Preto); 1968 – O Bandido da Luz Vermelha; 1971 – Paixão na Praia; O Homem, o Circo, o Palhaço, A Morte (inacabado); 1972 – Independência ou Morte; A Marcha; 1973 – Mesti ça, a Escrava Indomável; 1974 – Ainda Agarro esta Vizinha; 1975 – Cada um Dá o Que Tem (episódio: O Desejo); O Sexualista; As Secretárias que Fazem de Tudo; 1976 – A Noite das Fêmeas (Ensaio Geral); 1977 – Pensionato das Vigaristas; 1978 – O Estripador de Mulheres (Assassino da Noite); O Bem-Dotado – O Homem de Itu; Reformatório das Depravadas; Noite em Chamas; 1979 – Embalos Alucinantes (Troca de Casais); 1980 – A Mulher que Inventou o Amor; O Inseto do Amor; Palácio de Vênus; 1981 – Mulher Objeto; As Taras de Todos Nós (episódio: A Tesourinha); 1982 – Sexo às Avessas. BRANCO, JOSÉ AUGUSTO Nasceu em Manaus, AM, em 7 de janeiro de 1942. Começa sua carreira artística ainda em sua cidade natal, como radioator e apresentador de programas de auditório em rádio. Depois vai para a TV Jornal do Comércio de Recife, em 1961. Em 1964 muda-se para o Rio de Janeiro e é contratado pela TV Tupi, onde parti cipa do Teatrinho Trol, TV de Comédia, Gira Mundo Gira, A.E.I.O.Urca, Câmera Um, etc. Estreia no cinema em 1966 no filme Na Onda do Iê-Iê-Iê, seguindo-se A Viúva Virgem (1972) e Aguenta, Coração (1983), entre outros. Na televisão, sua primeira novela é A Rainha Louca, em 1967. Com carreira prati camente voltada à televisão, participa de momentos memoráveis da telenovela brasileira como A Gata de Vison (1968), Rosa Rebelde (1969), Irmãos Coragem (1970), Bandeira 2 (1972), Os Ossos do Barão (1973), Estúpido Cupido (1976), Saramandaia (1976), Chega Mais (1980), Sinhá Moça (1986), Rainha da Sucata (1990), O Rei do Gado (1996), Terra Nostra (1999), Esperança (2002), Um só Coração (2004), Sitio do Pica-Pau Amarelo (2005), Sinhá Moça (2006), Paraíso Tropical (2007), Ciranda de Pedra (2008) e Paraíso (2009). Atuando sempre como coadjuvante, é um dos grandes atores brasileiros. Filmografia: 1966 – Na Onda do Iê-Iê-Iê; 1968 – Massacre no Supermercado; 1970 – Estranho Triângulo; 1972 – A Viúva Virgem; 1977 – Os Amores da Pantera; 1979 – Violência e Sedução; 1983 – Aguenta, Coração. BRANDÃO FILHO Moacyr Augusto Soares Brandão nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 6 de Janeiro de 1910. Filho do comediante Brandão, muito famoso no início do século, mas mão aberta. Quando morre, deixa a família passando necessidades. Para ajudar em casa, faz de tudo um pouco, desde condutor de ônibus, padeiro e até operário numa fábrica. Não obtendo êxito em nenhum emprego, sua mãe consegue-lhe vaga de ator no Circo Democrata, em 1929. Depois vai para o teatro e em seguida para a Rádio Nacional, onde permanece por 38 anos. Na primeira novela do rádio brasileiro, intitulada Em Busca da Felicidade, Brandão faz o papel de Mão Leve, mas seu personagem mais famoso sem dúvida é o Primo Pobre, que interpreta durante décadas ao lado de Paulo Gracindo, primeiro na Rádio Nacional e depois na TV Globo, no humorístico Balança mas não Cai. Estreia no cinema em 1937 no filme O Bobo do Rei, chegando a atuar em muitos outros como Inconfidência Mineira (1948) e Romance da Empregada (1987). Na televisão, faz sucesso no seriado A Grande Família, depois Viva o Gordo (1981), com Jô Soares e por último ao lado de Chico Anysio nos humorísti cos Escolinha do Professor Raimundo (1990) e Estados Anysios de Chico City (1991). Atua também nas telenovelas Bravo (1975), Saramandaia (1976), Nina (1977), Sinal de Alerta (1977), Te Contei (1978), Feijão Maravilha (1979), Chega Mais (1980), Plumas e Paetês (1980) e O Salvador da Pátria (1989). Nos últimos tempos, participava esporadicamente de programas humorísti cos na TV Globo. Morre em 22 de março de 1998, aos 88 anos de idade, no Rio de Janeiro, de parada cardíaca. Filmografia: 1937 – O Bobo do Rei; 1941 – O Dia é Nosso; 1943 – Samba em Berlim; 1948 – Inconfi dência Mineira; 1950 – Marcha para Deus (inacabado); 1953 – Balança mas não Cai; 1970 – Os Caras de Pau; 1971 – Assalto à Brasileira; 1974 – O Comprador de Fazendas; 1976 – Essa Mulher é Minha... e dos Amigos; 1987 – Romance da Empregada. BRANDÃO, CHIQUINHO Francisco de Paula Brandão Bisneto nasceu em São Paulo, SP, em 20 de abril de 1952. Estreia no cinema em 1982 no filme Noites Paraguaias. Atua em muitos outros como Marvada Carne (1985), Inspetor Faustão e o Mallandro (1991), além de inúmeros curtas-metragens. Ator essencialmente cinematográfico, faz, na televisão, as novelas e minisséries Helena (1987), Bebê a Bordo (1988), Top Model (1989), Riacho Doce (1990), O Farol (1991) e O Sorriso do Lagarto (1991). Seu melhor momento acontece no programa infantil Bambalalão, a partir de 1977, pela TV Cultura, como o Professor Parapopó. Morre em 4 de junho de 1991, aos 39 anos de idade, no Rio de Janeiro, vítima de acidente automobilístico, encerrando prematuramente uma promissora carreira artística. Quando morreu estava gravando a minissérie O Sorriso do Lagarto e foi substituído por Stepan Nercessian. Filmografi a: 1982 – Noites Paraguaias (Cargo de Assessor de Vendas; Competência Técnica; Comportamento Humano; Dinâmica de Grupo, Orientação Técnica; Segurança; Serviço de Posto na Cidade; Serviço de Posto na Estrada; Técnicas de Consultoria; Técnicas de Marketi ng) (série de dez curtas-metragens institucionais feitos para a Shell do Brasil); 1983 – Histerias (CM); 1984 – A Longa Viagem (CM); 1985 – Marvada Carne; Real Desejo; Infi nita Tropicália (CM); Amor que Fica (CM); 1986 – Cidade Oculta; 1987 – Anjos da Noite; Carlota/ Amorosidade (CM); 1988 – Beijo 2348-72; Ratos da Lei; Lua Cheia; 1989 – Fora da Estrada (CM); 1990 – Aquele Breve Encanto (CM); 1991 – O Inspetor Faustão e o Mallandro; 1991 – Histórias de Crianças (CM); 1992 – El Viaje (Argentina/ México/Espanha). BRANDINI, ÂNGELO Forma-se pela Escola de Arte Dramática da ECA-USP. Trabalha sob a batuta de diretores importantes como Cacá Rosset, Celso Frateschi, Gabriel Villela, etc. É um dos fundadores da Cia Vagalum Tum Tum. É membro do grupo de palhaços Doutores da Alegria, pelo qual dirige o musical infantil Senhor Dodói, uma livre adaptação da peça O Doente Imaginário, de Molière. Em 2006 recebe o prêmio APCA de melhor iniciativa em rádio com o programa Cidadania no Trânsito, Rádio Para-Choque, pela Rádio Eldorado e em 2007 recebe novamente o prêmio APCA de melhor texto adaptado. Na televisão,estreia em 1995 na novela As Pupilas do Senhor Reitor, pelo SBT, e em 2005 protagoniza o episódio Se o Anacleto Soubesse, do programa Senta que lá Vem Comédia, exibido pela TV Cultura de São Paulo. Dirige as peças Um Homem é um Homem, de Bertolt Brecht, e Queluzminha, da companhia Vagalum Tum Tum. Estreia no cinema em 1995 no curta Nelson, ao lado de Marisa Orth e Ewerton de Castro. Em 2005 o projeto Doutores da Alegria é levado aos cinemas. Filmografia: 1995 – Nelson (CM); 1998 – Alo?!; Os Três Zuretas; 2003 – Carandiru; 2005 – Doutores da Alegria; 2008 – Fim da Linha; 2009 – Paredes Nuas (MM). BRÁS, ERICO Érico Brás de Oliveira nasceu em Salvador, BA, em 1979. Nascido e criado no bairro de Fazenda Coutos, subúrbio ferroviário, inicia sua carreira ainda menino no grupo EPA – Evangelização Pela Arte, já preocupado em refletir sobre questões políticas e sociais, e interpretando peças de temas delicados e de difí cil abordagem. Antes de viver somente da arte, trabalha no Detran, num supermercado e também é professor. Em 1999 integra o Bando de Teatro Olodum, pelas mãos de Márcio Meirelles, onde estreia na peça Cabaré da Raça. Em 2006 estreia no cinema no filme Jardim das Folhas Sagradas, produção baiana, e no ano seguinte fica conhecido em todo o Brasil como o Reginaldo do filme Ó Paí Ó, protagonizando com Lázaro Ramos e Wagner Moura. Está casado com Thaíse, com quem tem uma filha, Érica, nascida em 2003. Em 2010 está de volta às telas no filme Quincas Berro d’Água, ao lado de Paulo José e Marieta Severo. Filmografia: 2006 – Jardim das Folhas Sagradas; 2007 – Ó Paí Ó; 2010 – Quincas Berro d’Água. BRASIL, FERNANDA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1980. Com quatro anos de idade, parti cipa do filme A Filha dos Trapalhões e fica conhecida em todo o Brasil. Mas, ao invés de dar sequência à carreira, resolve estudar arte dramática. Em 1997, já madura, estreia no teatro com a peça Rapunzel. Não se tem notícias da continuidade de sua carreira. Filmografia: 1984 – A Filha dos Trapalhões. BRASINI, MÁRIO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 31 de janeiro de 1921. Vive parte de sua infância entre Recife e Maceió e dos oito aos treze anos estuda em Roma. No Rio de Janeiro participa da fundação da União Nacional dos Estudantes, na qual escreve sua primeira peça, Estudantes, apresentada no Teatro Ginásti co pelos estudantes. Seu sonho é ser médico, mas já tem nas veias o dom artístico, ao representar nos colégios onde estuda. Sua carreira começa por acaso, em 1935, quando Milton Carneiro o leva para fazer teatro, depois de vê-lo animando uma festa familiar. Em 1941 ingressa na Rádio Cruzeiro do Sul, iniciando como locutor e depois como radioator. Estreia no cinema em 1943 no filme É Proibido Sonhar. A partir daí, passa a escrever sem parar. Em 1948 funda, com outros colegas, a companhia teatral Arti stas do Povo. A partir de 1950, além de atuar, começa a dirigir, sendo seu maior sucesso Dona Xepa, com Alda Garrido, em 1950. Atua em Massacre, Alguém Falou de Amor, Três a Meia Luz, É do Amor que se Trata, etc. Em 1963 funda o Teatro Permanente de Brasília, pelo qual encena Irene, Divórcio, Raio de Sol, O Noviço, Diabinho de Saias e a peça infantil Rapto das Cebolinhas. Sua atividade teatral permanece muito ativa nos anos 1960, ao dirigir ou atuar em várias peças, com destaque para A Guerra Mais ou Menos Santa, que inaugura o Teatro Princeza Izabel. Atua em quase vinte fi lmes, destacando-se Bruma Seca (1961) e A Máscara da Traição (1969). Foi diretor artístico das TVs Paulista, Rio e, como ator, participa apenas de duas novelas, O Desconhecido (1964) e Enquanto Houver Estrelas (1969), em que também é o diretor. Empreendedor nato, foi o inventor do ponto eletrônico nos anos 1970, por meio de sua empresa Ponto Comando Eletrônico Intercom, no Rio de Janeiro. Por moti vos políticos, não consegue registrar e patentear o invento, usado gratuitamente hoje por todas as emissoras de televisão. Em 1993 vende suas ações e passa a dedicar-se somente a escrever textos para teatro. Foi casado com as atrizes Tereza Amayo e Vanda Lacerda. Morre em 9 de outubro de 1997, aos 78 anos de idade, vítima de pneumonia e posterior falência múltiplas dos órgãos. Filmografia (ator): 1943 – É Proibido Sonhar; 1944 – Gente Honesta; 1945 – Vidas Solitárias; 1946 – Fantasma por Acaso; 1949 – Iracema; 1950 – Marcha para Deus (inacabado); 1961 – Bruma Seca; 1968 – Antes o Verão; Jovens pra Frente; Chegou a Hora, Camarada!; O Homem que Comprou o Mundo; 1969 – Máscara da Traição; Rifa-se uma Mulher; A Doce Mulher Amada; 1975 – Enigma para Demônios. Filmografia (diretor): 1955 – O Primo do Cangaceiro. BRASSOLOTO, RODRIGO Nasceu em São Paulo, SP, em 1980. Inicia sua carreira no cinema em 1998 no filme Ação entre Amigos, de Beto Brant. Na televisão, estreia apresentando o juvenil Hugo, pela rede CNT e depois atua na minissérie Velas de Sangue, pela TV Record. Em 2009 apresenta o programa infantil Picnic, pelo canal pago Nickelodeon e em 2010 está nas telas no filme 400 contra 1. Filmografia: 1998 – Ação entre Amigos; 2010 – 400 contra 1; Inversão. BRAUN, PAULA Nasceu em Blumenau, SC, em 25 de abril de 1979. Aos treze anos estreia no teatro na peça Vedor, ainda em sua cidade natal e não para mais. Hoje com mais de uma dezena de peças no currículo, destacam-se Muito Barulho por Nada (1997), Otto Lara Rezende ou Bonitinha mas Ordinária (2000), A Parte Doente (2006), etc. A partir de 1997 é apresentadora e repórter dos programas Universo Pesquisa e Vale Cultural, pelo FURB TV de Blumenau e TVE Nacional. Faz comerciais publicitários para Telemar, Banco do Brasil, Telefônica, etc. Já morando no Rio de Janeiro, estreia no cinema em 2003, numa pequena ponta no filme Nina, depois participa da produção catarinense Outra Memória, até se consagrar em O Cheiro do Ralo (2006), ao lado de Selton Mello, como a ingênua e provocante garçonete. Em 2007 parti cipa do humorístico O Sistema, pela TV Globo, como Ivone, e em 2009 de Tudo Novo de Novo, como Lorena. Também produtora, Paula desponta como grande talento brasileiro. Desde 2008 namora a ator Mateus Solano. Filmografia: 2003 – Nina; 2006 – Outra Memória; O Cheiro do Ralo; 2008 – Maridos, Amantes e Pisantes (CM); 2009 – Bollywood Dream – O Sonho Bollywoodiano (Brasil/Índia/EUA); Amanhã nunca Mais. BRAZILIAN BEATLES Grupo cover dos Beatles, formado no Rio de Janeiro por Luiz Toth, Fábio, Eli Barra, Vitor Truco e Jorge Eduardo. Faz muito sucesso na época, gravam vários discos e participam ati vamente do movimento Jovem Guarda. Alguns sucessos do grupo são Cabelos Longos, Ideias Curtas, Qual é a Razão? e Rainha dos meus Sonhos. Parti cipam de alguns filmes nos anos 1960, veículo para divulgar suas músicas, sendo a estreia em 1966 em Rio, Verão & Amor, dirigido por Watson Macedo. Com o fim da Jovem Guarda, o grupo se dissolve. Filmografia: 1966 – Rio, Verão & Amor; 007 ½ no Carnaval; Na Onda do Iê-Iê-Iê; 1967 – Adorável Trapalhão. BRAZZA, AFONSO José Afonso Filho nasceu em São João do Piauí, PI, em 1945. Na sua terra natal, não perde uma sessão do Cine Amazonas, assistindo aos spaghetti -western italianos. Nessa época vê o filme Gringo, o Últi mo Matador e fica fã de Tony Vieira. Resolve então mudar-se para São Paulo, onde faz de tudo um pouco até conhecer Zé do Caixão, com quem começa a trabalhar. Em 1975 estreia como ator numa ponta no filme A Filha do Padre, protagonizando com o ídolo Tony Vieira. Trabalha como ator, roteirista, editor, sonorizador, em quase cinquenta fi lmes. Nessa época Brazza conhece Claudete Joubert, então esposa de Tony Vieira e musa dos filmes de baixo orçamento da Boca do Lixo. Anos mais tarde se casaria e viveria com ela até morrer. Na década de 1980, com a derrocada do cinema da Boca, muda-se para Gama, a 30 km de Brasília, e entra para o Corpo de Bombeiros. Resolve então fazer um filme, com as economias que guardara. Em 1982 fi ca pronto O Matador de Escravos Em seguida produz Os Navarros e Santhion nunca Morre, filmes feitos com parcos recursos financeiros e técnicos, mas que fazem sucesso na região. Brazza costumava dizer que era o pior cineasta do mundo. Não se importava com as críticas às suas produções, famosas pelos erros de continuidade e pela trama recheada de clichês, uma garantia de diversão da plateia. Tiroteios inexplicáveis e mortes postiças. Foi da combinação de imperfeições, pelo orçamento sempre apertado, que Afonso Brazza deixou sua marca. Com espírito de equipe, os colaboradores do cineasta-bombeiro pipocavam às centenas e, com amadorismo delicioso, imprimiam, acima de tudo, diversão. Até recentemente, para economizar, usava negativos velhos. Fez sete filmes assim. Tudo começou a mudar com o bom desempenho de público de Tortura Selvagem, lançado em agosto de 2001. O último filme concluído por Brazza, Fuga sem Destino, tinha estreia prevista para agosto/2003. O filme, com elenco de 600 pessoas, entre desconhecidos e ilustres como Liliane Roriz e Frank Aguiar, tem trama de ação policial: um condenado foge da prisão e volta à morada (o barco Titanic, no Lago Paranoá), mas não consegue se libertar da carreira ilícita. Brazza ainda deixou um fi lme inacabado: Candango Jango. Morre em 29 de julho de 2003, aos 48 anos de idade, víti ma de câncer no esôfago, em Gama, cidade satélite de Brasília. Segundo os médicos do Hospital de Base de Brasília, o diretor não queria fazer tratamento e a doença se espalhou para os pulmões, fí gado e rins. Brazza deu entrada no HBDF com difi culdades respiratórias e morreu de parada cardiorrespiratória durante uma drenagem no tórax. O cineasta José Mojica Marins, o Zé do Caixão, ator no Tortura Selvagem — a Grade, declarou. É a perda de um herói. Ele fazia cinema do jeito que dava para ser feito. Brazza é um exemplo excelente em Brasília. Ele fazia tudo de maneira muito natural. Por isso, Mojica não concordava quando ele dizia que era o pior cineasta do mundo. Exemplo claro da garra foi a realização de um sonho dele, no ano passado, quando lançou o fi lme em São Paulo. Disse Vladimir Carvalho, documentarista consagrado: Ele tinha um trabalho bastante curioso. A originalidade dele era uma recriação daquilo que experimentou, como espectador, da juventude. Se ti me de futebol e escola de samba são referências para muitos, o cinema era espécie de equilíbrio para ele, sua forma de expressão. Lamentável esse desaparecimento tão prematuro. Filmografia (ator): 1975 – A Filha do Padre; 1976 – Traídas pelo Desejo; 1977 – As Amantes de um Canalha; 1982 – Matador de Escravos; 1984 – Os Navarros; 1991 – Santhion nunca Morre; 1993 – A Terceira Margem do Rio; Inferno no Gama; 1994 – Gringo não Perdoa, Mata; 1997 – No Eixo da Morte; 2000-O Surfi sta Invisível (CM); 2001 – Tortura Selvagem – a Grade; 2002 – Fuga sem Destino; Candango Jango (inacabado). Filmografia (diretor): 1982: Matador de Escravos; 1984 – Os Navarros; 1991 – Santhion nunca Morre; 1993 – Inferno no Gama; 1994 – Gringo não Perdoa, Mata; 1997 – No Eixo da Morte; 2001 – Tortura Selvagem – a Grade; 2002 – Fuga sem Destino; Candango Jango (inacabado). BRÉA, SANDRA Sandra Bréa Brito nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de maio de 1952. Aos treze anos de idade começa sua carreira profissional como modelo. Faz cursos de inglês, francês, violão, piano e balé. No ano seguinte, aconselhada por Leila Diniz, parte para o Teatro de Revista. Aos 16 anos, em 1967, estreia como atriz profissional na peça Plaza Suite, contracenando com Fernanda Montenegro e Jorge Dória. Estreia no cinema em 1970 em Um Uísque Antes... e um Cigarro Depois. Acaba participando de muitos fi lmes, entre eles Os Mansos (1973), talvez seu maior sucesso no cinema, Sedução (1974), de Fauzi Mansur, como Flametta, o esplendor da beleza num belo filme de época, o melhor de Fauzi; República dos Assassinos (1979), ao lado de Tarcísio Meira; e As Aventuras de Mário Fofoca (1983), seu último filme. Sua primeira novela é Assim na Terra como no Céu, em 1970. Atua depois em O Bem-Amado (1973), no papel de Telma, a filha rebelde do prefeito Odorico Paraguaçu, na primeira produção nacional transmitida em cores na televisão brasileira. Em 1976, no auge de sua carreira, apresenta o programa Sandra e Miele, pela TV Globo, ao lado de Luis Carlos Miele. Segue sua carreira vitoriosa na televisão ao participar das novelas Corrida do Ouro (1974), O Pulo do Gato (1978), Elas por Elas (1982), Pacto de Sangue (1989), Felicidade (1992), esta sua última novela de carreira, entre tantas outras. Sandra foi casada com o empresário Eduardo Espínolla Neto (1972/1975) e com o fotógrafo Antonio Guerreiro (1981/1984), mas não teve filhos. Em 1987, uma tragédia em sua vida: sua mãe, Aurora Santorra, suicida-se. A grande musa do Cinema Brasileiro na década de 1970 assume publicamente em 1996 ser portadora do vírus da Aids. Afastada da ati vidade artísti ca, passa a participar apenas de campanhas contra a doença. Assim foi sua última aparição na TV, no último capítulo da novela Zazá, em 9 de janeiro de 1998, com uma mensagem às vítimas da Aids. Morre em 4 de maio de 2000, em Jacarepaguá, RJ, vítima de parada respiratória, pouco antes de completar 48 anos. Filmografia: 1970 – Um Uísque Antes... e um Cigarro Depois; 1972 – Cassy Jones, o Magnífi co Sedutor; Os Mansos; 1974 – Sedução (Qualquer Coisa a Respeito do Amor); 1977 – O Cão Vadio; 1978 – Amada Amante; O Prisioneiro do Sexo; Sede de Amar (Capuzes Negros); A Noite dos Duros; 1979 – Os Imorais; República dos Assassinos; Sábado Alucinante; 1980 – Convite ao Prazer; Herança dos Devassos; 1983 – As Aventuras de Mário Fofoca. BREDA, MARCOS Marco Antonio Dornelles Breda nasceu em Porto Alegre, RS, em 14 de outubro de 1960. Chega a ingressar na Faculdade de Engenharia, mas acaba formando-se em Letras. Passa a dar aulas de português e inglês e, paralelamente, faz teatro amador. Em 1985, aparece a grande oportunidade, quando a TV Globo recruta atores locais para a produção da minissérie O Tempo e o Vento. Em 1987 faz sua estreia no cinema no filme Feliz Ano Velho. Fez mestrado na Uni-Rio. Sua tese foi sobre a capoeira na formação de atores. Atua também nas telenovelas Vamp (1991), As Pupilas do Senhor Reitor (1994), Salsa & Merengue (1997), Zazá (1997), Uga-Uga (2000), Kubanacan (2004) e Senhora do Destino (2004). Contratado pela TV Record, participa da novela Essas Mulheres (2005) e, depois, pela TV Bandeirantes Paixões Proibidas, em 2007. De volta à TV Globo, atua nos programas Dicas de um Sedutor (2008), Casos e Ocasos (2008) e Faça sua História (2008). Está casado com Cynthia Ozon, com quem teve dois filhos, Daniel e Jonas. Filmografia: 1983 – Inverno; 1984 – Verdes Anos; Me Beija; 1986 – Quero Ser Feliz; 1987 – Feliz Ano Velho; 1995 – Jogos (CM); 1997 – Nós (CM); For All: O Trampolim da Vitória; 2000 – Dois Filmes em uma Noite (CM); Sargento Garcia (CM); 2002 – A Encomenda (CM); 2003 – Meu Pai (My Father, Rua Alguem 555) (EUA); 2004 – O Refém (CM); 2005 – Sal de Prata. BRENO, OLGA Alzira Alves Campos nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de janeiro de 1911. Desde criança adora teatro, faz performances em casa e canta para a família. Perde o pai muito cedo, ficando seu irmão mais velho como seu tutor, mas ele não quer que ela seja atriz. Nunca desiste. Estreia no cinema em 1925 no filme Um Senhor de Posição. Depois faz uma pequena ponta no filme Ambição Castigada, em 1927. Seu grande momento mesmo acontece em 1930 em Limite, no qual faz inclusive a cena de abertura do filme. Encerra sua carreira ao casar-se. Dedica-se ao marido, às duas filhas, três netos e dois bisnetos. Morre em 11 de outubro de 2000, aos 89 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1925 – Um Senhor de Posição; 1927 – Ambição Castigada; 1930 – Limite; 1950 – Um Beijo Roubado (Noites de Copacabana); 2001 – Onde a Terra Acaba. BRICHTA, VLADIMIR Paulo Vladimir Brichta nasceu em Diamantina, MG, em 22 de março de 1976. Aos quatro anos de idade muda-se com a família para Salvador, BA, após passar uma temporada na Alemanha, onde seu pai, Arno Brichta, fez doutorado em Geologia. Em 2001 faz sua primeira novela, Porto dos Milagres, pela TV Globo. Seguem-se Coração de Estudante (2002), Kubanacan (2003), Começar de Novo (2004), A História da Rosa (2005) e Belíssima (2006). Em 2005 ainda participa de um dos programas do Casseta & Planeta e estreia no cinema no filme A Máquina. Foi casado com a cantora Gena Ribeiro, falecida em 1999, de porfi ria, uma doença congênita, aos 29 anos, que lhe deu uma fi lha, Agnes (1998); depois, com a atriz Ana Paula Bouzas (1974) e atualmente com a atriz Adriana Esteves, com quem tem um fi lho, Vicente, nascido em 2006. Filmografia: 2003 – Paisagem de Meninos (CM); 2005 – A Máquina; 2006 – Fica Comigo esta Noite; 2008 – Romance; 2009 – Mulher Invisível; 2010 – Quincas Berro d’Água. BRÍCIO, LEONARDO Leonardo Silva Brício nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 7 de julho de 1963. Cursa Desenho Industrial na UFRJ mas não conclui. Inicia carreira no Teatro Tablado, sob a batuta de Maria Clara Machado, da qual hoje é professor. Atua em mais de vinte peças como A Menina e o Vento, O Ateneu, O Dragão Verde, O Casti çal, Camila Baker – a Saga Continua, Abelardo e Berilo, etc. Vai para a televisão em 1989 fazer um pequeno papel em Tieta e no mesmo ano estreia no cinema no curta-metragem O Armário. Com a carreira em ascensão, participa das novelas Renascer (1993) e O Rei do Gado (1996), interpretando seu melhor papel, como o jovem Deocleciano, A Muralha (2000), Porto dos Milagres (2001) e Da Cor do Pecado (2004), sempre pela TV Globo. No teatro, dirige as peças O Ateneu (2002), Deus Danado, José, e Agora?, Romeu e Julieta e O Auto da Compadecida. Contratado pela TV Record e, como protagonista principal, atua em Cidadão Brasileiro (2006), Luz do Sol (2007) e Chamas da Vida (2008). Filmografia: 1989 – O Armário (CM); 1990 – Uma Escola Atrapalhada. BRÍCIO, PEDRO Pedro Brício de Paiva Cortes nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 28 de julho de 1972. Forma-se em Cinema pela UFF – Universidade Federal Fluminense e mestre em Teatro pela UniRio. Inicia sua carreira artística como ator teatral. Em 1995 estreia na televisão, na minissérie Engraçadinha... Seus Amores e seus Pecados, como Rodolfo, e no cinema em 1997 no curta Vox Populi. A parti r dos anos 1990 destaca-se como diretor e dramaturgo, conquistando diversos prêmios como o Shell de melhor autor em 2006 pelo espetáculo A Incrível Confeitaria do Sr. Pellica. Eventualmente participa de novelas como ator, destacando-se Andando nas Nuvens (1999), Desejos de Mulher (2002), Pé na Jaca (2007), Beleza Pura (2008), etc. No cinema, seu primeiro longa é A Falta que nos Move, em 2009. Filmografia: 1997 – Vox Populi (CM); 2009 – A Falta que nos Move. BRIEBA, HENRIQUETA Henriqueta Nogues Brieba nasceu em Barcelona, Espanha, em 31 de julho de 1901. Chega ao Brasil aos quatorze anos de idade. Estreia como atriz de teatro em 1919, na Companhia Silva-Roberto Soriano. Atua em companhias de todos os gêneros, como comédia, drama, operetas e revistas. No Cinema, é igualmente grande a sua contribuição, tendo participado principalmente de comédias, seu gênero preferido. Sua estreia acontece em 1944, no filme Romance de um Mordedor. Nos anos 1970, no auge da pornochanchada, rouba as cenas, ao participar de inúmeros filmes como A Penúlti ma Donzela (1969), Toda Nudez Será Castigada (1973), Com as Calças na Mão (1975) e As Viúvas Precisam de Consolo (1979). Em 1988 faz seu último filme, Super Xuxa contra o Baixo Astral. Atua em inúmeras novelas como Assim na Terra como no Céu (1970), Os Ossos do Barão (1973), Anjo Mau (1976), Chega Mais (1980), Paraíso (1982), Guerra dos Sexos (1983), Um Sonho a Mais (1985), a minissérie Primo Basílio (1988), Meu Bem, Meu Mal (1990) e O Mapa da Mina (1993), sua últi ma novela. Participa também com sucesso em humorísti cos, fi cando muito conhecida com a personagem Porno-Mãe, ao lado de Jô Soares. Com a idade avançada, nunca para de trabalhar. Morre em 18 de setembro de 1995, aos 94 anos de idade, de insuficiência respiratória, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1944 – Romance de um Mordedor; 1958 – O Batedor de Carteiras; Hoje o Galo Sou Eu; 1960 – Samba em Brasília; 1969 – A Penúlti ma Donzela; 1970 – Uma Garota em Maus Lençóis; Ascensão e Queda de um Paquera; O Bolão; Pra Quem Fica, Tchau!; Os Caras de Pau; 1971 – O Enterro da Cafetina; Os Amores de um Cafona; O Barão Otelo no Barato dos Bilhões; 1971/1982 – O Rei da Vela; 1972 – Cassy Jones, o Magnífi co Sedutor; O Grande Gozador; A Viúva Virgem; Procura-se uma Virgem; 1973 – O Fraco do Sexo Forte; A Filha de Madame Betina; Toda Nudez Será Castigada; Uma Garota em Maus Lençóis; Com a Cama na Cabeça; 1974 – Ainda Agarro esta Vizinha; O Azarento – Um Homem de Sorte; Banana Mecânica; Uma Tarde, Outra Tarde; 1975 – Com as Calças na Mão; Quando as Mulheres Querem Provas; Um Soutien para o Papai; Eu Dou o que ela Gosta; O Fraco do Sexo Forte; O Roubo das Calcinhas; 1976 – O Varão de Ipanema; O Sexo das Bonecas (Ele, Ela e o etc.); 1977 – Se Segura, Malandro; Loucuras de um Sedutor; 1978 – A Mulata que Queria Pecar; Manicures a Domicílio; O Escolhido de Iemanjá; 1979 – As Viúvas Precisam de Consolo; 1980 – O Inseto do Amor; 1984 – Para Viver um Grande Amor; 1988 – Super Xuxa contra o Baixo Astral. BRIETZKE, IRENE Nasceu em Porto Alegre, RS, em 1945. Na infância tem sua primeira experiência teatral, no Colégio Americano, em Porto Alegre, representando Dom Pedro I. Quando adulta, decide fazer o curso de artes cênicas da UFRGS, formando-se em Direção Teatral. Cria, em 1978, com outros três atores, o grupo Teatro Vivo, brilhando com inúmeras peças como A Aurora de Minha Vida, A Ópera dos Três Vinténs, O Casamento do Pequeno Burguês, Salão Grená, Mahagonny, Trem-Bala, um sucesso sem precedentes em Porto Alegre, etc. Recebe vários prêmios ao longo de sua carreira de quase cinquenta anos no teatro, como o Qorpo Santo da Câmara dos Vereadores de Porto Alegre, etc. Dedica boa parte da vida profissional à obra do dramaturgo alemão Bertolt Brecht. É professora no Departamento de Arte Dramática da UFRGS por mais de vinte anos, dirige shows do Projeto e na televisão faz uma participação na série A Comédia da Vida Privada, pela Globo, no episódio Anchietanos, em 1997. Estreia no cinema em uma pequena ponta no filme Nostalgia, produção gaúcha de Tuio Becker e Sérgio Silva, mas é uma atriz e diretora essencialmente teatral. Filmografia: 1990 – Nostalgia (Heimweh); 2002 – Houve uma vez Dois Verões (voz da mãe de Inácio); 2003 – Miriam (CM); O Homem que Copiava; 2007 – Saneamento Básico, o Filme; 2008 – Dias e Noites. BRITO, KAYKY Kayky Fernandes de Brito nasceu em São Paulo, SP, em 6 de outubro de 1988. Em 1997, aos nove anos de idade, inicia sua carreira artística na novela Chiquiti tas Brasil, pelo SBT. Em 2002 é contratado pela TV Globo para parti cipar de O Beijo do Vampiro, como Zeca, papel que lhe deu o Prêmio Contigo de Ator Revelação, em 2003, ano em que estreia no cinema, ao lado de Xuxa, em Abracadabra. No teatro, participa das peças Marcelo, Marmelo, Martelo (1999), É o Bicho (2003) e História de São Vicente (2004). Já adulto, vê sua carreira deslanchar, principalmente na televisão, em novelas como Alma Gêmea (2005), Sete Pecados (2008) e Três Irmãs (2009). É irmão da atriz Stephany Brito. Filmografia: 2003 – Xuxa Abracadabra; Peter Pan (EUA) (dublagem do persona-gem Peter Pan); 2006 – Remissão; O Senhor dos Ladrões (Thief Lord) (Alemanha) (dublagem do personagem Spicio); 2008 – O Menino Quadradinho (CM). BRITO, STHEPHANY Sthephany Fernandes de Brito nasceu em São Paulo, em 19 de junho de 1987. Com talento artístico nas veias, ainda criança participa de peças teatrais escolares, em casa, imita os atores da televisão. Aos sete anos sua mãe a coloca para estudar teatro. Aos dez anos de idade, em 1997, inicia sua carreira artísti ca na versão brasileira da novela Chiquiti tas, pelo SBT. Em 2001, já na TV Globo, parti cipa das novelas Um Anjo Caiu do Céu e O Clone. O sucesso vem mesmo em 2005 em Começar de Novo, como a bailaria Dandara. Estreia no cinema em 2005 no filme As Vidas de Maria. Em Páginas da Vida (2006), vive Kelly, uma adolescente classe média do Rio de Janeiro, e em Desejo Proibido (2008) é Dulcina. É irmã do ator Kayky Brito. Filmografia: 2005 – As Vidas de Maria; 2008 – Mistéryos. BRITTO, SÉRGIO Sérgio Pedro Correia de Brito nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 29 de junho de 1923. Em 1947 forma-se em Medicina, mas a carreira artística fala mais alto. Participa de algumas peças e, em 1949, funda, com Sérgio Cardoso, o Teatro dos Doze, no qual, entre outras, representam Hamlet. Estreia no cinema em 1951, no clássico O Comprador de Fazendas. Várias vezes premiado como ator, durante oito anos consecutivos dirige um programa teatral na TV, mas é no teatro que se realiza e produz seus melhores trabalhos, sendo considerado um dos nossos maiores talentos. Embora sua carreira seja predominantemente teatral, brilha também na televisão, na qual estreia em 1963 no especial A Morta sem Espelho. Seguem-se parti cipações de sucesso em dezenas de novelas como Sangue do meu Sangue (1969), Supermanoela (1974), Espelho Mágico (1977), Dona Beija (1986), Olho por Olho (1988), Indomada (1997), Chiquinha Gonzaga (1999) e Vidas Cruzadas (2000). Depois de 16 anos, em 2006 retorna ao cinema para parti cipar do filme O Maior Amor do Mundo, de Carlos Diegues. É um dos grandes talentos brasileiros na arte de representar e dirigir. Filmografia: 1951 – O Comprador de Fazendas; 1952 – Modelo 19 (Amanhã Será Melhor); 1953 – Esquina da Ilusão; Luz Apagada; Destino em Apuros; Uma Vida para Dois; 1954 – A Sogra; 1957 – Senhora (inacabado); Le Citt à Proibite (Itália) (narração, com Roberto Maya); 1965 – O Desafio; Society em Baby-Doll; 1972 – A Culpa; 1973 – Caingangue, a Pontaria do Diabo; 1977 – Na Ponta da Faca; O Cão Vadio; Gordos e Magros; 1986 – O Quebra-Nozes; 1987 – O Rato (CM); 1990 – A Maldição do Sanpaku; 2006 – O Maior Amor do Mundo; 2009 – Dois pra Lá, Dois pra Cá (CM). BRONDI, LÍDIA Lídia Brondi Resende nasceu em Campinas, SP, em 29 de outubro de 1960. Com um ano de idade muda-se para Ribeirão Preto e fica até os nove, quando vai para o Rio de Janeiro, acompanhando o pai, o pastor Jonas Resende. Começa sua carreira artísti ca como modelo fotográfico para capa de revistas. Com quinze anos participa do programa Márcia e seus Problemas, pela TV Educati va. Sua primeira novela é O Grito, em 1975. Seguem-se O Feijão e o Sonho (1976), À Sombra dos Laranjais (1977), Espelho Mágico (1977), Dancin’ Days (1978), Os Gigantes (1979), Roque Santeiro (1985), Corpo Santo (1987); Vale Tudo (1988), Tieta (1989) e Meu Bem, meu Mal (1990). Estreia no Cinema em 1980 no filme Beijo no Asfalto. Em 1987, posa nua para a revista Playboy. Foi casada com o ator Kadu Moliterno e com o diretor Ricardo Waddington, com quem tem sua única filha, Isadora (1985). Desde 1990 está casada com o ator Cássio Gabus Mendes, quando abandona a carreira artísti ca. Filmografi a: 1980 – Beijo no Asfalto; Perdoa-me por me Traíres; 1983 – Leila Diniz Especial: Já que Ninguém me Tira pra Dançar... (CM); 1987 – Rádio Pirata. BRUNET, LUÍZA Luíza Botelho Brunet nasceu em Itaporã, MS, em 24 de maio de 1962. Tem uma infância pobre, ao lado dos pais e de cinco irmãos. É balconista e, prestes a ir trabalhar num salão de beleza, um amigo a convence a fazer um book e tentar a sorte como modelo. Em 1981 é contratada como modelo exclusiva da Dijon, do empresário Humberto Saade, mas se desliga em 1984 para alçar voos mais altos na carreira. Bem-sucedida, cria sua grife e cobra cachês altíssimos para desfilar. No cinema, parti cipa apenas de um filme, Os Trapalhões e o Rei do Futebol, em 1986. Tenta carreira de atriz, quando nesse mesmo ano participa da novela chilena Angel Malo, depois a minissérie Araponga (1990), ao lado de Tarcísio Meira, O Mapa da Mina (1993) e, em 1997, ganha papel de destaque na novela Anjo Mau, como Teresa Novaes. Entre outras atividades, faz fotos para divulgar sua grife. Foi casada com Gumercindo Brunet, entre 1978/1983, e Armando Fernandez, de 1984 a 2006, com quem teve dois fi lhos, Yasmin (1988) e Antonio (1999). É uma das mulheres mais bonitas do Brasil. Sua filha Yasmin é hoje modelo de sucesso também. Filmografia: 1985 – Rio de Janeiro – Terra Mágica (depoimento); 1986 – Os Trapalhões e o Rei do Futebol. BRUNI, MÁRIO Mário Gonçalves nasceu em São Paulo, SP, em 1935. Em 1946 participa do teatro amador da escola em que estuda, se destacando como diretor mirim da peça A Carteira Fatal. Com o sucesso na escola, faz outras montagens, se apresentando em ginásios e clubes. Estreia profissionalmente em 1947 e em seguida integra o elenco do Circo-Teatro Umuarama e fica viajando por dois anos. De volta a São Paulo, faz teatro profissional e depois teatro de revista e até fotonovelas, permanecendo nessas atividades durante os anos 1950 e 1960. No início da década de 1970 começa a escrever e dirigir peças infanti s como O Planeta Azul e Papai Noel do Século XX. Em 1974 faz sua estreia no cinema, no filme O Leito da Mulher Amada. Já falecido. Filmografia: 1974 – O Leito da Mulher Amada; 1975 – Clube das Infiéis; 1976 – O Quarto da Viúva; 1978 – Noite em Chamas; O Sexualista; 1983 – Juventude em Busca do Sexo. BRUNO, ALBERICO Nasceu em Maceió, AL. Faz seus estudos normais nessa cidade, já participando de teatros amadores escolares. Terminado o colégio, se integra ao grupo de teatro itinerante e passa a viajar por Alagoas, Pernambuco e Rio de Janeiro, onde resolve fi xar residência. Faz vestibular e inicia Faculdade de Direito, conciliando os estudos com participação em peças teatrais semiprofissionais. Porém, devido à necessidade de viajar, abandona os estudos. Em 1960 estreia no cinema, no filme Eu Sou o Tal. Em 1963 faz seu primeiro papel principal no teatro e ganha também seu primeiro prêmio. Em 1964 viaja à Argentina e ao Chile para representar em espetáculos patrocinados pelo Ministério da Educação. Em 1966 vai para a televisão, como free-lancer na TV Tupi, lá permanecendo por três anos, nas linhas de humorismo e shows. Em 1969 transfere-se para a TV Globo e participa de quase todos os humorísticos da casa, com destaque para Chico City. Com o fim desses programas, se afasta da vida artísti ca. Filmografia: 1960 – Eu Sou o Tal; 1961 – Samba em Brasília; Virou Bagunça; 1962 – Assassinato em Copacabana; 1964 – Terra sem Deus; Boniti nha, mas Ordinária; Asfalto Selvagem; 1967 – Carnaval Barra Limpa; 1971 – Viver de Morrer; 1977 – Pedro Bó, o Caçador de Cangaceiros; 1979 – As Borboletas Também Amam. BRUNO, BÁRBARA Bárbara Janette Xavier Miessa Goulart nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 4 de julho de 1956. É filha dos atores Paulo Goulart e Nicette Bruno. Estreia no teatro na peça Tome Conta de Amelie, direção de Antunes Filho, contracenando com Maria Della Costa. Ao longo de sua longa carreira, escolhe o teatro como ofício, sendo raras suas aparições no cinema ou na televisão. Entre dezenas de peças, destacam-se inicialmente como atriz: O Martelo, Laços Eternos, Crimes Delicados, Sábado, Domingo e Segunda, etc., depois como produtora e diretora em Camões; Poe, a Inveja dos Anjos, Cães Oeste, Meu Tio, o Lauretê, Aviso Prévio, entre outras. Na televisão, estreia em 1972 em Camomila e Bem-me-Quer, pela TV Tupi, em direção de Carlos Zara. Ainda na Tupi faria Divinas & Maravilhosas (1973), Papai Coração (1976) e Salário Mínimo (1978). Em 1981 vai para a TV Globo participar da minissérie Terras do Sem-Fim, como Olga, da novela Paraíso (1982) e das minisséries O Tempo e o Vento (1985) e Flora Encantada (1999). Pela TV Record atua em Cidadão Brasileiro (2006), como Cleonice Sales Jordão; e pelo SBT, Maria Esperança (2007), no papel de Eugênia Albuquerque. Nos últimos anos tem se dedicado a administração do Teatro Paiol. Em 2008/2009 atua na peça Motel Paradiso. Tem três fi lhos, Vanessa Goulart, também atriz; Eduardo e Leonardo, e uma neta, Bruna, filha de Leonardo. Está casada com o escritor Lauro César Muniz. Filmografia: 1989 – Nove Meses, como Viver Essa Emoção; 2006 – Espeto (CM). BRUNO, ELEONOR Nasceu em Niterói, RJ, em 6 de outubro de 1913. Atriz e cantora lírica inicia sua carreira em espetáculos amadores. Como profissional, atua nas peças Doroteia, Week-End, Dona Rosita a Solteira, Prisioneiro da Quinta Avenida, Os Efeitos dos Raios Gama nas Margaridas do Campo, etc. Embora sua prioridade sejam o canto e o teatro, também faz cinema e televisão. Em 1960 parti cipa do filme Dona Violante Miranda e em 1968 estreia na TV Tupi, em Beto Rockfeller, ao lado de Luiz Gustavo. Fez outras como Toninho on the Rocks (1970), Uma Rosa com Amor (1972) e Papai Coração (1976). Por dois anos (1948/1950), teve um romance com o dramaturgo Nelson Rodrigues, que dedicou a ela a peça Doroteia. Em 2002, sua neta, Beth Goulart, produziu e estrelou o espetáculo Doroteia Minha, baseado em cartas e bilhetes de amor escritos por Nelson a Leonor. Foi casada com Sinésio Campos Xavier, com quem teve uma fi lha Nicett e Bruno, também atriz. Morre em 24 de dezembro de 2004, no Rio de Janeiro, aos 91 anos de idade. Filmografia: 1960 – Dona Violante Miranda; 1972 – A Marcha. BRUNO, ISAURA Maria Isaura Bruno nasceu em Jaú, SP, em 23 de junho de 1916. Aos dezoito anos de idade muda-se para São Paulo para trabalhar como cozinheira. Depois de alguns anos começa a trabalhar na casa de Walter Forster, ator já consagrado na TV Tupi. Um dia, um cineasta italiano procura uma negra para participar de seu filme e Walter indica Isaura, que faz sua estreia como atriz, em 1947, em Luar do Sertão. Participa de outros fi lmes como Simão, o Caolho (1952) e O Vendedor de Linguiças (1962). Estreia na televisão em 1953 na TV Record, na novela A Muralha. O sucesso e o reconhecimento público acontecem em 1965, quando faz a Mamãe Dolores na novela O Direito de Nascer. Seguem-se outras novelas como O Preço de uma Vida (1966) e A Cabana do Pai Tomás (1969). Na década de 1970 lança livro de culinária, mas afasta-se da vida artística, por falta de oportunidades. Morre pobre e esquecida em 2 de maio de 1977, aos 60 anos de idade, em Campinas, SP. Filmografia: 1947 – Luar do Sertão; 1952 – Simão, o Caolho; 1962 – O Vendedor de Linguiças; 1967 – O Jeca e a Freira; 1972 – A Marcha; 1975 – O Incrível Seguro da Castidade; 1976 – O Quarto da Viúva. BRUNO, NICETTE Nicete Xavier nasceu em Niterói, RJ, em 7 de janeiro de 1933. Filha de Eleonor Bruno e Synésio Campos Xavier. Aos sete anos de idade muda-se para o Rio de Janeiro. Aos onze anos entra para o Teatro Universitário. Em 1946, com apenas treze anos, estreia na peça A Filha de Iório, que lhe vale uma medalha de ouro de atriz revelação. No ano seguinte faz sua estreia no cinema, no filme Querida Suzana. Em 1950 inaugura o Teatro de Alumínio em São Paulo. Nessa época conhece Paulo Goulart, com quem se casa em 1954. Em 1964 funda com o marido a Companhia Nicete e Paulo Produções, que produz, entre outras, Escola de Mulheres e Os Efeitos do Raio Gama nas Margaridas do Campo. Na televisão, estreia em 1958 no especial Suspeita. Depois brilha em Os Fantoches (1967), A Muralha (1968), mas tem seu melhor e mais importante papel na novela A Fábrica, em 1971, pela TV Tupi. Nos anos seguintes continua a fazer sucesso nas novelas Papai Coração (1976), Séti mo Sentido (1982), Selva de Pedra (1986), Rainha da Sucata (1990), A Próxima Vítima (1995), O Amor Está no Ar (1996), Alma Gêmea (2005) e O Profeta (2006). Entre 2001/2004, brilha como Dona Benta, na nova versão do Siti o do Pica-Pau Amarelo. Em 1998 lança, com Paulo Goulart, o livro Grandes Pratos e Pequenas Histórias de Amor, pela editora FTD. Em 2006, completa 60 anos de carreira. Do casamento de mais de cinquenta anos com Paulo Goulart, um dos mais bonitos e duradouros da vida artística brasileira, tem três fi lhos, todos atores, Bárbara Bruno (1957), Beth Goulart (1961) e Paulo Goulart Filho (1965). Até a neta, Vanessa Goulart (1976), também é atriz. Sóbria e com grande talento, é uma grande estrela brasileira. Em 2004 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, pela Coleção Aplauso, lança sua biografia, Nicette Bruno & Paulo Goulart – Tudo em Família, de autoria de Elaine Guerini. Filmografia: 1947 – Querida Suzana; 1952 – O Canto da Saudade; 1953 – Esquina da Ilusão; 1972 – A Marcha; 1998 – Vila Isabel (CM); 1999 – Zoando na TV; 2002 – Seja o que Deus Quiser; 2008 – A Guerra dos Rocha. BRUZZI, ÍRIS Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 16 de fevereiro de 1935. Inicia sua carreira como corista e vedete nos tempos da companhia de Walter Pinto e Carlos Machado. Quando a atriz principal, Edith Morel, falta, ganha a oportunidade que queria e o sucesso é imediato. Abandona o teatro de revista para ingressar como atriz dramática em telenovelas da TV Excelsior de São Paulo. Estreia no cinema em 1959 no filme Garota Enxuta. Seu primeiro desempenho marcante acontece em O Crime do Sacopã (1964), passando por As Cariocas (1966) e Amor, Estranho Amor (1982). Em 1954 casa-se com o empresário Walter Pinto, com quem tem três fi lhos, Cátia (1955) e os gêmeos Álvaro e Walter (1956). Desenvolve carreira igualmente de sucesso na televisão, atuando em várias novelas como Pigmalião 70 (1970), Minha Doce Namorada (1972), Jogo da Vida (1981), Voltei pra Você (1983), Corpo a Corpo (1984) e Vale Tudo (1988). Em 1983, apresenta o programa Vídeo Show. Em 1992 muda-se para os EUA e adquire vários apartamentos, que aluga para turistas, na sua maioria brasileiros. Retorna em 1998 para parti cipar de Pecado Capital, depois O Beijo do Vampiro (2002). Em 2006 volta a brilhar ao lado de Carmen Verônica como a ex-vedete Guida Guevara em Belíssima. Com a carreira novamente a todo vapor, é contratada pela TV Record para parti cipar de Vidas Opostas (2006) e em seguida Chamas da Vida (2008). Filmografia: 1959 – Garota Enxuta; Massagista de Madame; 1960 – Viúvo Alegre; 1964 – O Crime do Sacopã; 1966 – As Cariocas; 1967 – O Estranho Mundo de Zé do Caixão (episódio: Tara); 1968 – O Homem Nu; 1969 – Golias contra o Homem das Bolinhas; 1970 – A Arte de Amar Bem (episódio: A Garçonière de meu Bairro); 1972 – Som, Amor e Curti ção; 1974 – As Mulheres que Fazem Diferente (episódio: Flagrante de Adultério); 1975 – Com um Grilo na Cama; Um Soutien para o Papai; As Alegres Vigaristas; 1977 – Pintando o Sexo; Pensionato das Vigaristas; 1978 – Esse Rio Muito Louco (episódio: Este Rio Muito Louco); Assim Era a Pornochanchada; 1980 – Ariella; 1982 – Amor Estranho Amor; 1983 – As Aventuras de um Paraíba; 1988 – Sonhos de Menina-Moça. BUARQUE, CHICO Francisco Buarque de Hollanda nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de junho de 1944. Filho do historiador e antropologista Sérgio Buarque de Hollanda, de uma família de sete irmãos, entre eles as cantoras Miúcha, Christina Buarque e Anna de Holanda. Em função do trabalho do pai, muda-se para São Paulo, e em 1963 ingressa na FAU, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Já com fortes tendências musicais, abandona a faculdade no terceiro ano. Em 1964 compõe sua primeira canção, Tem mais Samba, e em 1965 grava o primeiro compacto simples com as músicas Pedro Pedreiro e Sonho de um Carnaval. Em 1966, grava o primeiro LP, pela RGE. A consagração vem no mesmo ano, ao vencer o II Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior, com a música A Banda. Em mais de trinta anos de carreira, e quase trinta LPs, é um dos maiores compositores da história da Música Popular Brasileira. Como compositor, fez a trilha sonora de dezenas de filmes. Como ator, faz pontas em diversos filmes como Garota de Ipanema (1967), Certas Palavras (1980) e Ed Mort (1997). Foi casado com a atriz Marieta Severo entre 1966 e 1999, com quem teve três filhas, Sílvia (1969), Helena (1970) e Luíza (1975). Tem cinco netos, Francisco (1996), Clara (1998) e Cecília (2006), frutos do casamento de sua filha Helena com o cantor/compositor Carlinhos Brown, e Irene (2005), de sua filha Sílvia com o ator Chico Diaz e Lia, de sua filha Luisa. É ti o da cantora Bebel Gilberto. Em 2006 retorna aos palcos com o show Carioca, que percorre todo o Brasil com casa lotada. É um gênio da música popular brasileira. Filmografia: 1967 – Garota de Ipanema; 1972 – Quando o Carnaval Chegar; 1978 – Siembro Viento en mi Ciudad (depoimento) (Cuba); 1980 – Certas Palavras; 1991 – Vai Trabalhar Vagabundo II – a Volta; 1995 – O Mandarim; 1997 – Ed Mort; 2001 – Água e Sal (Portugal/Itália); 2003 – Evandro Teixeira – Instantâneos da Realidade (depoimento); 2005 – Maria Bethânia: Música é Perfume (depoimento) (França/Suiça); Vinicius (depoimento); Christo Redemptor (CM) (depoimento); 2006 – Sol – Caminhando contra o Vento (depoimento); 2007 – Oscar Niemeyer – a Vida é um Sopro (depoimento); Fados (como ele mesmo) (Portugal/Espanha); 2008 – Palavra (En) Cantada; 2009 – Um Homem de Moral. BUARQUE, SÍLVIA Nasceu em Roma, Itália, em 28 de março de 1969. Filha de Chico Buarque de Hollanda e Marieta Severo. Estreia na televisão em 1986, na novela Dona Beija, pela extinta TV Manchete. Seguemse Corpo Santo (1987), Perigosas Peruas (1992), Xica da Silva (1996), Comédia da Vida Privada (1996) (um episódio). Estreia no cinema em 1988 no filme Mistério no Colégio Brasil. Com carreira regular, participa de outros como Como Ser Solteiro (1998) e O Casamento de Louise (2001). Depois de quase dez anos afastada das telinhas, retorna em 2005 para participar da novela América, em que contracena grávida de sua primeira filha, Irene, fruto de seu relacionamento com o ator Chico Diaz, que nasceu em 3 de outubro de 2005. Em 2009 está na novela Caminho das Índias, como Berê. Filmografia: 1988 – Mistério no Colégio Brasil; 1994 – Buena Sorte; 1994 – Veja esta Canção (episódio: Samba do Grande Amor); 1996 – Anjos Urbanos (CM); 1998 – Como Ser Solteiro; 1999 – Outras Histórias; São Jerônimo; Bem-Vindos ao Paraíso (CM); 2001 – O Casamento de Louise; 2004 – Vereda Tropical (Brasil/ Argenti na); 2009 – Em teu Nome. BUCKA, CARLOS Carlos André Oncken nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de outubro de 1937. Começa sua carreira no teatro, em 1956, principalmente em peças infanti s como Pluft, o Fantasminha e Pinóchio. Em 1960 vai para o teatro de revista e brilha nas peças A Mais Bem Despida e Tocando na Bandinha, entre outras, recebendo em 1963 o Troféu Paulista de Revista e Rádio. Em 1964, na televisão, participa da TV de Vanguarda, depois novelas como Redenção (1966) e – na linha de humorísticos da TV Excelsior – em programas como Moacyr Franco Show, Show Riso e Adoráveis Trapalhões. Estreia no cinema em 1960, numa pequena ponta no filme As Aventuras de Pedro Malazartes contracenando com Mazzaropi. Atua em muitos outros como Deu a Louca no Cangaço (1969) e O Baiano Fantasma (1984), seu último filme. É falecido. Filmografia: 1960 – As Aventuras de Pedro Malazartes; 1969 – Deu a Louca no Cangaço; 1970 – Dois Mil Anos de Confusão; A Ilha dos Paqueras; 1972 – Corrida em Busca do Amor; Os Desempregados (Irmãos Sem Coragem); O Jeca e o Bode; Maridos em Férias (O Mês das Cigarras); Pastelão 72 (inacabado); 1973 – Trindad... é meu Nome; O Detetive Bolacha contra o Gênio do Crime; A Noite do Desejo (Data Marcada para o Sexo); Sob o Domínio do Sexo; 1974 – Sedução (Qualquer Coisa a Respeito do Amor); 1975 – O Rei da Noite; O Sexo Mora ao Lado; 1976 – A Noite das Fêmeas (Ensaio Geral); Zé Sexy... Louco, Muito Louco por Mulher; Já não se Faz Amor como Anti gamente (episódio: Oh! Dúvida Cruel); 1977 – Paixão e Sombras; Elas São do Baralho; O Mulherengo; Nem as Enfermeiras Escapam; 1978 – Belas e Corrompidas; A Santa Donzela; 1979 – O Menino Arco-Íris (A Infância de Jesus Cristo); 1980 – O Inseto do Amor; 1981 – Sadismo: Aberrações Sexuais; O Sexo e as Pipas; A Casa de Irene; 1984 – O Baiano Fantasma. BUENO, ALDO Aldo Bueno de Godoy é, além de ator, percussionista, cantor, compositor, bailarino e mestre em capoeira. Começa sua carreira no teatro, em peças como A Viagem (1971), Sambão Didático (1974) e Arena Conta Zumbi (1977). Estreia no cinema em 1973 no filme O Homem que Descobriu o nu Invisível, de Aldir M. Souza. Entre muitos outros, destacam-se Os Amantes da Chuva (1979) e Eles não Usam Black-Tie (1981). Na televisão, participa de especiais e telenovelas como O Pivete (1974), Meu Rico Português (1975), Estúpido Cupido (1976), Jerônimo (1984), Sinhá Moça (1986) e Carandiru: Outras Histórias (2005). Como cantor e bailarino, faz shows com Miele e puxa sambas-enredo para diversas escolas de São Paulo. Em 1998 retorna ao cinema no filme Boleiros, Era uma Vez o Futebol, de Ugo Giorgetti. Filmografia: 1973 – O Homem que Descobriu o nu Invisível; 1978 – Doramundo; 1979 – Mulher, Mulher; Os Amantes da Chuva; 1980 – O Homem que Virou Suco; 1981 – Eles não Usam Black-Tie; 1982 – Eh Pagu, Eh! (CM); 1983 – A Próxima Vítima; 1984 – Clube do Sexo; 1987 – Anjos da Noite; O País dos Tenentes; 1997 – O Cangaceiro; 1998 – Boleiros, Era uma Vez o Futebol; 2000 – Mário; 2002 – O Príncipe; 2008 – Linha de Passe. BUENO, DIRCE Nasceu em Itapeva, SP, em 1956. Muda-se para São Paulo em 1970. Resolvida a seguir carreira artística, matricula-se no curso de interpretação do TBC, ministrado por Emílio Fontana. Estreia no cinema em 1976 em As Mulheres do Sexo Violento, seu único filme. Não se têm notícias da continuidade de sua carreira. Filmografia: 1976 – As Mulheres do Sexo Violento. BUENO, MANECO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1957. Inicia sua carreira no teatro, sendo sua estreia no musical O Homem de La Mancha, ao lado de Bibi Ferreira e Paulo Autran. Atua em várias peças como Boys Meets Boy (1978), Diamante Grão-Mongol (1979), etc. Em 1979 faz sua primeira novela, Memórias de Amor, como Sérgio, que fazia par romântico com Myrian Rios, e depois Olhai os Lírios do Campo (1980), como Acélio Caetano, ambas pela TV Globo. Ainda participaria de um episódio do Síti o do Pica-Pau Amarelo, como Romeu, com a atriz Tetê Pritzl como a Julieta. No cinema, atua em um fi lme apenas, O Grande Palhaço, com Luiz Armando Queiroz. Morre em acidente automobilístico, em 1981, no Rio de Janeiro, aos 24 anos de idade. Filmografia: 1980 – O Grande Palhaço. BUENO, MARLY Amália Angelina Marly D’Angelo nasceu em São Paulo, SP, em 10 de junho de 1933. Começa sua carreira apresentando concursos de Miss Brasil. Aos 20 anos de idade, estreia na televisão, no especial As Aventuras de Berloque Kolmes. No mesmo ano tem sua primeira oportunidade no cinema, no filme Família Lero-Lero, ao lado de Walter D’Ávila, pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Parti cipa ativamente de movimentos importantes da televisão brasileira como TV de Vanguarda (1953-1959), TV Teatro (1958) e TV Comédia (1958). Em 1962 parti cipa do filme Sete Evas e se casa, abandonando sua carreira por 30 anos. Retorna com tudo em 1991 e não para mais, participando, entre outras, das telenovelas e minisséries Felicidade (1991), Quatro por Quatro (1995), Por Amor (1997), Laços de Família (2000), Coração de Estudante (2002), Mulheres Apaixonadas (2003), Um só Coração (2004), América (2005) e Páginas da Vida (2006), como a rude Irmã Maria. Em 1996 também retorna ao cinema ao parti cipar de Sombras de Julho, e mais recentemente Fica Comigo esta Noite (2006). É irmã da atriz Miriam Simone. Filmografia: 1953 – Família Lero-Lero; 1954 – Dúvida; Na Senda do Crime; 1959 – Chão Bruto; Dorinha no Society; O Cupim; 1962 – Entre Mulheres e Espiões; As Sete Evas; 1996 – Sombras de Julho; 2000 – Oriundi, o Verdadeiro Amor é Imortal; 2006 – Fica Comigo esta Noite; 2007 – Inesquecível. BUENO, ZAIRA Zaira Silva Bueno nasceu em Porto Alegre, RS, em 11 de novembro de 1955. Começa sua carreira artística como modelo e manequim e paralelamente dá aulas de balé. Em 1975 é convidada por David Cardoso para parti cipar de A Ilha do Desejo, sua estreia no cinema. Depois de atuar em alguns filmes, casa-se e vai morar em Piracicaba, abandonando a carreira por três anos. Separada, retorna à capital. Resolve retomar a carreira e não para mais de fazer cinema, chegando a atuar em quase trinta fi lmes, na maioria pornochanchadas, com destaque para Aqui, Tarados! (1980) e Gemidos e Sussurros (1987). No teatro, parti cipa, entre outras, da peça Moças do Segundo Andar. Na televisão, participa das novelas O Tronco de Ipê (1982), A Filha do Silêncio (1982), Campeão (1982), Sabor de Mel (1983), Uma Esperança no Ar (1985) e Colônia Cecília (1985). Atualmente mora nos EUA, onde estuda e tenta carreira internacional. Filmografia: 1975 – A Ilha do Desejo (Paraíso do Sexo); 1976 – Quem é o Pai da Criança?; Pura como um Anjo, Será Virgem?; 1980 – Aqui, Tarados!; 1981 – Coisas Eróti cas (episódio: Férias de Amor); Amor, Palavra Prosti tuta; A Fábrica de Camisinhas; Os Insaciados; Me Deixa de Quatro (Fica Comigo Esta Noite); As Meninas de Madame Laura; 1982 – A Noite dos Bacanais; O Rei da Boca; Tessa, a Gata; Excitação Diabólica; As Gatas; Mulheres de Aluguel; 1983 – Sexo Animal; 1984 – O Prazer do Sexo; 1985 – Fêmeas em Fuga (Femmine in Fuga) (Itália/Brasil); 1987 – P.S.: Post Scriptum; Gemidos e Sussurros. BULBUL, ZÓZIMO Jorge da Silva nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1937. Começa sua carreira em produções teatrais do Centro Popular de Cultura – CPC da UNE. Estreia no cinema em 1965 no filme Grande Sertão. Participa de clássicos do Cinema Brasileiro como Terra em Transe (1966) e Quilombo (1984), mas destaca-se mesmo em Compasso de Espera, de 1973, em faz um par romântico com uma branca rica, interpretada por Renée de Vielmond. Seu personagem é um poeta negro que convive com problemas existenciais por causa do preconceito do qual é constante víti ma. Paralelamente à carreira de ator, dirige documentários e curtas-metragens, na maioria abordando o problema do negro no Brasil. Em 1988 dirige seu primeiro e único longa, Abolição, que marca o centenário da Abolição da Escravatura, descrevendo várias situações enfrentadas pelos afrodescedentes até hoje. Na televisão, parti cipa de Vidas em Confl ito (1969), sendo o primeiro protagonista negro de uma novela brasileira, fazendo par romântico com Leila Diniz, depois Memorial de Maria Moura (1994), Xica da Silva (1996), etc. Zózimo foi também o primeiro manequim negro masculino de uma grife de alta-costura. Infelizmente, com mais de setenta anos de idade, é mais conhecido fora de seu pais. Respeitado por todos, é considerado pioneiro ao registrar no cinema a temática de seu povo. Filmografia (ator): 1962 – Cinco Vezes Favela (episódio: Pedreira de São Diogo); 1963 – Ganga Zumba; 1965 – Grande Sertão; 1966 – Onde a Terra Começa; 1967 – Terra em Transe; Proezas de Satanás, na Vila do Leva-e-Traz; O Engano; El Justi cero; Garota de Ipanema; 1968 – O Homem Nu; 1969 – A Compadecida; Cangaceiro sem Deus; 1970 – Guerra dos Pelados; Palácio dos Anjos (Le Palais des Anges) (Brasil/França); República da Traição; 1971 – Quando as Mulheres Paqueram; 1973 – Sagarana, o Duelo; Compasso de Espera; Os Sóis da Ilha de Páscoa (Les Soleils de Ille de Pâques) (França/Brasil/Chile); 1974 – Pureza Proibida; 1975 – Ana, a Libertina; Brutos Inocentes; 1976 – Alma no Olho (CM); 1978 – A Deusa Negra (Nigéria/Brasil); 1979 – Parceiros da Aventura; 1980 – Giselle; 1982 – Terra, a Medida do Ter (narração); A Menina e o Estuprador; 1984 – Quilombo; 1987 – Memória Viva; 1988 – Natal da Portela (Brasil/França); 2002 – A Selva (Portugal/Brasil/Espanha); 2004 – Veneno da Madrugada; Veja & Ouça – Maria Baderna no Brasil (CM); 2005 – Filhas do Vento. Filmografia (diretor): 1974 – Artesanato do Samba (codirigido por Vera Figueiredo) (CM); 1976 – Alma no Olho (CM); 1980 – Aniceto do Império em Dia de Alforria (CM); 1988 – Abolição. BULCÃO, LÉA Atriz teatral. Em 1963 parti cipa do filme, Esse Mundo é Meu, direção de Sérgio Ricardo, em elogiada atuação. Conta em 1966 o curta Sol no Labirinto, produção do INCE, em que ela contracenaria com Alberto Ruschel, mas existem dúvidas se esse filme foi montado, pois foi encontrado apenas material filmado nos arquivos do INCE. Desenvolve carreira teatral em peças como Terror e Miséria do III Reich (1966) e Além da Vida (1994). Na televisão, participa de uma única novela, Um Rosto de Mulher, em 1966, pela TV Globo. Segundo Sérgio Ricardo, Lea era frágil, mas determinada, possuía um registro que lhe permitia expressar um mundo com o mínimo. São mínimas as informações disponíveis a seu respeito. Filmografia: 1963 – Esse Mundo é Meu; 1966 – Sol no Labirinto (CM). BUNDCHEN, GISELE Gisele Caroline Nonnenmacher Bundchen nasceu em Horizontina, RS, em 20 de julho de 1980. Em 1994 inicia sua carreira como modelo profissional. Logo se torna a profissional mais requisitada no Brasil e no exterior, sendo uma das mais bem pagas do mundo. Seu contrato com a empresa americana Victorias Secret é um dos mais milionários do mundo da moda. Desfila para as grifes mais famosas como Louis Vuitt on, Christian Dior, Bulgari, Dolce & Gabbana, Valentino, Joop!, Otto, Lanvin, Guerlain, Nivea, DSquared, St. John, Colcci, Vivo, Vogue Eyewear e Grendene. Sua linha de sapatos Ipanema Gisele Bundchen vende mais de 100 milhões de pares desde 2001. Estreia no cinema em 2004 no filme Taxi. Namorou por vários anos o astro internacional Leonardo di Caprio, depois o surfista Kelly Slater, mas casa-se mesmo com o jogador de futebol americano Tom Brady, em cerimônia realizada em 26 de fevereiro de 2009. Filmografia: 2004 – Taxi (EUA); 2006 – O Diabo Veste Prada (The Devil Wears Prade) (EUA). BURLAMAQUI, PAULA Ana Paula Burlamaqui Soares nasceu em Niterói, RJ, em 2 de fevereiro de 1967. O pai queria que fosse professora, mas o sonho dela era ser atriz. Aos 16 anos começa a trabalhar numa produtora de eventos. Com o dinheiro pagou um curso de teatro no Tablado. Em 1986 participa e ganha o concurso Garota do Fantástico Em 1989 faz sua primeira novela, Sexo dos Anjos, e não para mais, seguindo-se, entre outras, Barriga de Aluguel (1990), Explode Coração (1995), Uga-Uga (2000), Sabor da Paixão (2002), Da Cor do Pecado (2004), América (2005), como a estonteante e briguenta Islene, namorada de Feitosa (Ailton Graça), O Profeta (2006) e A Favorita (2008), no difícil papel da homossexual Estela. Estreia no cinema em 1998 no filme Paixão Perdida, último filme dirigido por Walter Hugo Khouri. Foi casada com o fi gurinista Alberto Duncan e com o apresentador Jorge Guimarães, mas não tem filhos. Filmografia:1998 – Paixão Perdida; 2000 – O Circo das Qualidades Humanas; Estado de Alerta (CM); 2001 – A Breve História de Cândido Sampaio (CM); 2003 – Viva Sapato!; 2004 – Procuradas; 2007 – Meteoro (Brasil/Venezuela); 2009 – Vida Vertiginosa (CM). BURLE, JOSÉ CARLOS José Carlos Queiroz Burle, nasceu em Recife, PE, em 1910. Em 1930 muda-se para o Rio de Janeiro. Começa sua carreira artística como compositor e depois como ator de cinema. Entre 1937 e 1940, trabalha como crítico na Rádio Jornal do Brasil. É um dos fundadores da Atlântida, em 1941, com o apoio do Jornal do Brasil, e dirige Moleque Tião (1943), primeiro fi lme produzido pela lendária companhia. Como ator, participa de vários filmes, entre eles Maria Bonita (1936) e Os Três Vagabundos (1952). Estreia como diretor em 1942 no documentário Astros em Desfile. Entre dezenas de outros, destacam-se Luz dos meus Olhos (1947), primeiro filme de Cacilda Becker, Maior que o Ódio (1951) e Terra Sem Deus (1963). Figura de destaque do nosso cinema, morre em 1984 aos 74 anos de idade. Filmografia (ator): 1936 – Maria Bonita; 1943 – É Proibido Sonhar; 1945 – Não Adianta Chorar; 1952 – Os Três Vagabundos; 1954 – Chamas no Cafezal; O Craque; 1958 – O Cantor e o Milionário; 1963 – Terra Sem Deus. Filmografia (diretor): 1942 – Astros em Desfile (CM); 1943 – Tristezas não Pagam Dívidas; Moleque Tião; 1944 – Romance de um Mordedor; 1945 – O Gol da Vitória; 1947 – Luz dos meus Olhos; 1948 – Falta Alguém no Manicômio; É com este que eu Vou; 1949 – Também Somos Irmãos; 1950 – Não É nada Disso; 1951 – Maior que o Ódio; 1952 – Os Três Vagabundos; Carnaval Atlântida; Barnabé Tu é Meu; 1953 – O Craque; 1954 – Chamas no Cafezal; 1955 – Sonho de Outono; 1956 – Depois eu Conto; 1958 – O Cantor e o Milionário; 1959 – Quem Roubou meu Samba?; 1960 – Combate à Malária (CM); Criança Sadia, Futuro Campeão (CM); Doença de Chagas (CM); 1961 – Financiamento aos Pequenos Lavradores (CM); Plano de Ação (CM); 1962 – Construção da Usina Euclides da Cunha (CM); Plano de Eletrifi cação (CM); Problema da Construção de Grupos Escolares (CM); 1963 – Recife de Ontem e de Hoje (CM); 1963 – Terra sem Deus. BUSSUNDA Cláudio Besserman Vianna nasceu 25 de junho de 1962, no Rio de Janeiro, RJ. Filho da psicanalista Helena Vianna e do médico Luís Guilherme. De família judaica, costumava frequentar na adolescência uma colônia de férias para garotos judeus. Ainda jovem, conhece no bairro de Ipanema Beto Silva, Hélio de La Peña e Marcelo Madureira. Das piadas despretensiosas criaram, em 1978, o jornalzinho Casseta Popular, que circulava na Universidade Federal Fluminense (URFJ), onde faz três anos de faculdade de comunicação, mas não chega a concluir o curso. Atua como cronista esportivo nos jornais O Dia e Lance e para a revista Placar. Em 1988 o grupo é chamado pela TV Globo para escrever textos para o humorístico TV Pirata. Uniram-se então a Reinaldo Figueiredo e Hubert Aranha, do jornal O Planeta Diário. Alguns anos depois estreariam na TV o programa Casseta & Planeta, Urgente!, sucesso até hoje na TV Globo, visto semanalmente por 40 milhões de espectadores. Lançaram nove livros, entre eles Manual do Sexo Manual e As Piadinhas do Cassetinha. Produziram os discos Preto com um Buraco no Meio, Pra Comer Alguém e The Bost of Casseta & Planeta. Estreia no cinema em 1999 com uma parti cipação no filme Zoando na TV, ao lado de Angélica. Em 2003 chegam as telas o primeiro filme do Casseta, Casseta & Planeta: A Taça do Mundo é Nossa, visto por mais de 800 mil pessoas. Em 2005 Bussunda fez a voz do personagem Shrek. Em 2006 estreia a segunda produção do grupo, Seus Problemas Acabaram, que ele não viu pronto, apenas o copião. Foi casado de 1989 a 2006 com a jornalista Angélica Nascimento (1963), com quem teve uma filha, Júlia, nascida em 1994. Morreu em 17 de junho de 2006, na Alemanha, durante a Copa do Mundo, de parada cardíaca fulminante, aos 43 anos de idade, enquanto apresentava o programa Casseta & Planeta, Urgente!, naquele país. Filmografia: 1998 – Como Ser Solteiro (como ele mesmo); 1999 – Zoando na TV; 2001 – Shrek (voz); 2003 – Casseta & Planeta: A Taça do Mundo é Nossa; 2006 – Seus Problemas Acabaram. BYINGTON, BIANCA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23 de outubro de 1963. Na adolescência, começa a participar de grupos teatrais amadores, em peças como Salti mbancos, seguindo-se de Além da Luz, Vira-Avesso, etc. Estreia no cinema no filme Tormenta (1982) e na televisão na minissérie Anos Dourados (1986), pela TV Globo. Seguem-se, entre outras, Sexo dos Anjos (1989), Perigosas Peruas (1992), O Mapa da Mina (1993), Quatro por Quatro (1995), Malhação (1996/1997), Corpo Dourado (1998), A Padroeira (2001), Como uma Onda (2005), Bang-Bang (2005) e Três Irmãs (2009). No cinema, participa também de A Dona da História (2004) e Trair e Coçar é só Começar (2006). É irmã da cantora Olivia Byington. Filmografia: 1982 – Tormenta; 1984 – Garota Dourada; Amor Voraz; 1986 – Acre-Doce (CM); 1987 – A Mulher Fatal Encontra o Homem Ideal (CM); 1988 – Ratos da Lei; 1997 – Navalha na Carne; Meninos de Deus; For All, o Trampolim da Vitória; Amar (CM); 1998 – Estorvo (Brasil/Cuba/Portugal); 2000 – Deus Jr.; 2004 – A Dona da História; 2006 – Trair e Coçar é só Começar; Viuva Rica Solteira não Fica (Portugal/Brasil). C CABANAS, NATALY Nasceu em 1984. Atriz e repórter. Estuda no CPT – Centro de Pesquisa Teatral de Antunes Filhos, depois no Teatro Escola Célia Helena, ambos em São Paulo. Trabalha um ano como repórter da revista TPM. Estreia no cinema no filme Bollywood Dream, no interessante papel de Sofia Campos, uma das três atrizes brasileiras que decidem tentar a sorte em Bollywood, indústria cinematográfica da Índia. Atualmente mora em Barcelona, Espanha, onde estuda na Escuela de Expresión Corporal Dramática Laboratório e trabalha com teatro e publicidade. Filmografia: 2009 – Bollywood Dream – O Sonho Bollywoodiano (Brasil/Índia/EUA). CABRAL, LILIA Lilia Cabral Bertolli nasceu em São Paulo, SP, em 13 de julho de 1957. Filha única de uma tradicional família de imigrantes italianos, passa necessidades até os dez anos de idade, quando o pai decide ser industrial e sua vida melhora. Seu pai, o empresário Bertolli Gino, não queria que ela fosse atriz. Faz de tudo um pouco, aos 18 anos entra para Faculdade de Jornalismo, mas não termina, faz curso de Belas-Artes, tenta ser manequim. Em 1977, decide entrar para a Escola de Arte Dramáti ca (EAD) da Universidade de São Paulo e começa a dar aula de arte para crianças. Estreia como profissional ao lado de Clodovil na peça Seda Pura e Alfi netadas. Faz muito teatro infantil, tendo recebido dois Prêmios Mambembes. Em 1983 participa, com sucesso, da peça Feliz Ano Velho. Estreia na televisão em 1981 na novela Os Adolescentes, mas destaca-se logo em seguida em Os Imigrantes, pela TV Bandeirantes. Na TV Globo, sua primeira novela é Corpo a Corpo (1984), vindo em seguida De Quina pra Lua (1985), Hipertensão (1986), Mandala (1987), Vale Tudo (1988), Tieta (1989), Pedra sobre Pedra (1992), Pátria Minha (1995), História de Amor (1997), Meu Bem Querer (1998), Laços de Família (2000), Chocolate com Pimenta (2003), Começar de Novo (2005), Páginas da Vida (2006), como a fria a calculista Marta, uma mulher sem sentimentos que renega a própria neta, A Favorita (2008), como Catarina, em papel exatamente oposto, mostrando toda sua versti lidade, e Viver a Vida (2010) como Teresa Saldanha. Estreia no cinema em 1989 numa ponta como secretária no filme Dias Melhores Virão, mas seu grande momento acontece vinte anos depois, como a protagonista de Divã, em 2009. Seu primeiro marido é João Henrique Jardim. Está casada com o empresário Iwan Figueiredo, com quem tem uma filha, Giulia (1997). Em 2007 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, pela Coleção Aplauso, lança sua biografia, Lília Cabral – Descobrindo Lília, de autoria de Ana Lúcia Ribeiro. Filmografia: 1989 – Dias Melhores Virão; Stelinha; 1991 – Assim na Tela como no Céu; 1998 – Como Ser Solteiro; 2001 – A Partilha; 2009 – Divã; Família Vende Tudo. CABRAL, SADY Sadi Souza Leite Cabral nasceu em Maceió, AL, em 10 de setembro de 1906. Aos cinco anos entra pela primeira vez num teatro e não sai mais. Mesmo com a oposição da família, em 1923 forma-se pela Escola Dramática Municipal. Em 1924 faz sua estreia profi ssional. Em 1927, já no Rio de Janeiro, estuda dança e coreografia com Maria Ollenewa e Richard Nemanoff no Teatro Municipal. Estreia no cinema em 1936 em Bonequinha de Seda. Participa de mais de 50 filmes, numa longa, frutífera e duradoura carreira, na qual se destacam Rio, 40 Graus (1955), Bahia de Todos os Santos (1960) e Gaijin, os Caminhos da Liberdade (1980). Até 1967, dedica-se quase que totalmente ao cinema. Nesse ano, faz sua primeira novela, Paixão Proibida. Depois participa de muitas outras, com destaque para Sangue do meu Sangue (1969), Minha Doce Namorada (1971), Primeiro Amor (1972), Duas Vidas (1976), Roda de Fogo (1978), Parti da Dobrada (1981) e Maçã do Amor (1983). Morre em 23 de novembro de 1986, aos 80 anos de idade. Filmografia: 1936 – Bonequinha de Seda; 1940 – Pureza; 1941 – O Dia é Nosso; 24 Horas de Sonho; 1944 – Escadas (CM) (narração); 1948 – Terra Violenta; Inconfi dência Mineira; Mar Morto (inacabado); 1949 – Escrava Isaura; Caminhos do Sul; Inocência; 1950 – O Pecado de Nina; 1951 – Sinfonia Amazônica (voz); Cascalho; 1952 – A Carne; 1954 – O Americano (inacabado); A Outra Face do Homem; 1955 – O Diamante; Mãos Sangrentas (Manos Sangrientas) (Brasil/Argentina); Rio, 40 Graus; 1956 – Leonora dos Sete Mares; 1960 – Bahia de Todos os Santos; 1961 – Sócio de Alcova (Socia de Alcoba) (Brasil/Argenti na); 1962 Cinco Vezes Favela (episódio: Pedreira de São Diogo); Pedro e Paulo (Tercer Mundo) (Brasil/Argenti na); 1963 – Tudo ou Nada (Le Tout Pour Le Tout) (Brasil/ França); Lampião, o Rei do Cangaço; Seara Vermelha; 1964/1967 – O Matador; 1965 – Paraíba, Vida e Morte de um Bandido; Morte para um Covarde (Un Sueño Y Nada Más) (Brasil/Argenti na); 1967 – Operação Tatu e Terra dos Índios (CM) (episódios da série Águias de Fogo); Cangaceiros de Lampião; 1969 – A um Pulo da Morte; 1970 – Balada dos Infiéis; Se meu Dólar Falasse...; Amemo Nus (inacabado); Lição Canina (CM); Cléo e Daniel; Sentinelas do Espaço (episódio: Operação Tatu da série Águias de Fogo); 1971 – Enquanto Houver Esperança; A Marcha; Um Pistoleiro Chamado Caviúna; Sagarana, o Duelo; 1974 – O Leito da Mulher Amada; 1975 – As Mulheres Sempre Querem Mais (Desejo Insaciável de Amar); As Secretárias que Fazem de Tudo; 1976 – Senhora; O Dia em que o Santo Pecou; O Quarto da Viúva; 1978 – Que Estranha Forma de Amar; Chuvas de Verão; É Menino ou Menina? (CM); 1979 – O Menino Arco-Íris (A Infância de Jesus Cristo); 1980 – Gaijin, os Caminhos da Liberdade; Os Sete Gatinhos; 1983 Perdoa-me por me Traíres. CABRITA, MÁRCIA Nasceu em Niterói, RJ, em 20 de janeiro de 1964. Os pais são portugueses, daí o sobrenome curioso. Passa parte da infância em Portugal, onde aprende a falar. Sempre teve um pé no mundo das artes. Estuda balé clássico até os dezessete anos, mas desiste, devido à forte inclinação para ser atriz. Começa no teatro, fazendo, em 1984, sua primeira peça, Jardim das Borboletas, com Luiz Salém. Depois trabalha também como produtora de shows e eventos. Estreia na televisão em 1992 na minissérie Noivas de Copacabana. Em 1996 participa do pocket show Subversões, que fica anos em cartaz no Rio de Janeiro. Miguel Falabela, assíduo espectador do show, a convida para participar do humorístico Sai de Baixo, em substituição a Cláudia Jimenez. Como Neide Aparecida, o sucesso é imediato, ficando conhecida nacionalmente. Estreia no cinema em 1991, no filme Não Quero Falar sobre Isso Agora. Participa de outras séries e humorísticos como Você Decide (1996/1997), Brava Gente (2001), A Grande Família (2001) e Sob nova Direção (2004/2005). Além disso, participa das novelas Desejos de Mulher (2002), Sete Pecados (2007) e Beleza Pura (2008). Também em 2007 brilha na peça Toalete, de Walcyr Carrasco. Foi casada entre 2000/2004 com Ricardo Parente, com quem teve uma filha, Manuela, nascida em 1999. Filmografia: 1991 – Não Quero Falar sobre Isso Agora; 2004 – Um Show de Verão; Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida; 2006 – Trair e Coçar é só Começar; Xuxa Gêmeas; 2007 – Os Porralokinhas; 2010 – O Diário de Tati. CADILLAC, RITA Rita de Cássia Coutinho nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 13 de junho de 1954. Forma-se como bailarina clássica pelo Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Em 1974, aos vinte anos de idade, entra para o grupo de dançarinas do Chacrinha, então chamadas de Chacretes e com o velho guerreiro fica até 1983, dançando e rebolando em seus programas de auditório. Ao deixar o programa, passa a fazer shows eróticos em boates e presídios, sendo chamada por isso de A Madrinha dos Presidiários. A partir dos anos 1980 inicia sua carreira no cinema, primeiro em pornochanchadas como Tessa, a Gata (1982) e Aluga-se Moças (1983) e depois, a partir de 2004, em filmes de sexo explícito. Na televisão, atua nos seriados Carandiru, Outras Histórias (2005), A Diarista (2006) e da novela Beleza Pura (2008), em parti cipação especial. Tem dois filhos, Bernardo Cadillac e Rita Najura. Está casada com Luiz Nóbrega desde 2007. Filmografia: cinema convencional: 1980 – Asa Branca – Um Sonho Brasileiro; 1982 – Tessa, a Gata; O Vale dos Amantes; Aluga-se Moças; 1983 – Aluga-se Moças 2; 2003 – Carandiru (como ela mesma); 2007 – O Magnata; Rita Cadillac A Lady do Povo; 2009 – Alô, Alô, Terezinha (depoimento). cinema pornô: 2004 Sedução; 2005 – Sexo no Salão 2005; 2006 – A Primeira Vês de Rita Cadillac; Sexo no Salão 2006; 2007 – Sexo no Salão 2007; À Flor da Pele; Fogosas e Furiosas; 2008 – Puro Desejo; 2009 – Carnaval 2009; O Rei das Mulheres. CALLADO, TESSY Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de abril de 1950. Filha de Antonio Callado, estreia como atriz aos quatro anos de idade, no colégio, como Chapeuzinho Vermelho. Na adolescência estuda com Maria Clara Machado, estreando em 1964, aos quatorze anos, na peça Sonho de uma Noite de Verão, de Shakespeare. Segue depois para Londres, onde faz curso de arte dramáti ca. De volta, faz teatro, principalmente no Oficina, nas peças Rei da Vela, Galileu Galilei e Na Selva das Cidades. Na peça Pippin, é assistente de direção, iniciando aí competente carreira de diretora. Estreia no cinema em 1971/1982 no filme O Rei da Vela. Entre outros, destacam-se Pequenas Taras (1978) e O Rei do Rio (1985). Na televisão, participa de inúmeras novelas, sendo sua estreia em 1969 em João Juca Jr. Depois segue Selva de Pedra (1972), Escalada (1975), A Moreninha (1975), Pai Herói (1979), Novo Amor (1986), Salomé (1991) e vários episódios do programa Você Decide (1992/1997), a qual também é autora. Retorna ao cinema em 2005 como a Helena de Cafuné, depois O Passageiro – Segredos de Adulto (2006). É autora do livro Faro Felino, em 2004, da coleção Elas São de Morte, da Rocco. Atualmente organiza leituras de peças de teatro em espaços como a Casa da Gávea, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1971/1982 – O Rei da Vela; 1972 – Introdução à Sacanagem Interna; 1976 – Marcados para Viver; 1978 – Pequenas Taras; O Grande Desbum; 1981 – Diário de Bordo (CM); Zadig (CM); 1983 – Bar Esperança, o Últi mo que Fecha; 1984 – Feitiço do Rio (Blame It on Rio) (EUA); Memórias do Cárcere; 1985 – O Rei do Rio; 1988 – Primeiro de Abril, Brasil; 2005 – Cafuné; 2006 – O Passageiro – Segredos de Adulto. CALAFIORI, TAMMY DI Tammy Campos Di Calafiori nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de março de 1989. Paralelamente aos seus estudos normais começa a estudar teatro. Se interessa particularmente pela cultura russa, tendo já feito vários cursos, um deles com o diretor Valentim Teplyakov. Em 2005 faz uma pequena participação na novela Começar de Novo, depois foi a Nina de Alma Gêmea (2006) e a Virgínia de Ciranda de Pedra (2008). Estreia no cinema em 2008 no filme Meu Nome não é Johnny, como a Laura adolescente. Filmografia: 2008 – Meu Nome não é Johnny. CALASSO JR., JÚLIO Nasceu em São Paulo, SP, em 1941. Em 1964 entra para o curso de interpretação de Eugênio Kusnet no Teatro Ofi cina. Estreia no ano seguinte na peça Galileu, Galilei, depois Neca do Pato, O Processo, Reportagem de um Mau Tempo. Estreia no cinema em 1968 no filme O Bandido da Luz Vermelha, de Rogério Sganzerla. Nos anos 1960 atua em novelas da TV Excelsior. Em 1972 dirige seu único longa, O Longo Caminho da Morte, uma viagem ao cinema experimental, num filme realista e surrealista, conforme declarou Jairo Ferreira. Dirige também a peça Fala Baixo Senão eu Grito, de Leilah Assunpção, em 1977, e depois também shows com Os Novos Baianos. No cinema atua em mais de trinta filmes, entre curtas e longas, em produções quase sempre ligadas ao cinema da Boca do Lixo paulista. Desempenha também inúmeros cargos técnicos, como assistente de direção, diretor de produção, assistente de produção, etc. Em 1985 recebe vários prêmios de melhor ator coadjuvante, como Prêmio Governador do Estado de São Paulo e Rio-Cine Festival por sua intepretação no filme O Baiano Fantasma, de Denoy de Oliveira. Filmografia (ator): 1968 – O Bandido da Luz Vermelha; 1977 – O Vampiro da Cinemateca; Pé-de-Guerra (CM) (narração); 1981 – O Homem Descasado (CM); A Voz do Brasil (CM); 1982 – Eh Pagu, Eh! (CM); Por Puro Prazer (CM); 1983 – Janete; 1984 – O Baiano Fantasma; Em Nome da Segurança Nacional (CM); 1985 – Real Desejo; A Rifa (CM); 1986 – Filme Demência; A Cor da Luz (CM); 1987 – Fronteira das Almas; A Dama do Cine Shangai; 1988 – O Nariz (CM); 1988/1990 – Desordem em Progresso (CM) (episódio do filme City Life) (Holanda/Brasil); 1990 – Beijo 2348/72; Cristo Procurado (CM); 1991 – Wholes (CM); O Corpo; 1992 – PR Kadeia (CM); Nayara, a Mulher Gorila (CM); O Engano (CM); Dudu Nasceu (CM); Chuá (CM); 1994 – Pé de Pato (CM); Sábado; 1996 – Olhos de Vampa; 1997 – A Grande Noitada; Grafi te, 35mm (CM); 2000 – Angelitos (dublagem). Filmografia (diretor): 1966 – Copa 66 (CM); 1972 – Longo Caminho da Morte (A Casa Maldita); 1993 – Fala Baixo, Senão eu Grito (CM). CALAZANS NETO Nasceu em Salvador, BA, em 1933. Mestre Calá, como era conhecido, conceituado arti sta plástico, trabalha como cenógrafo, faz letreiros e gravuras dos primeiros filmes de Glauber Rocha, Barravento (1961) e Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964). Ilustra vários livros de Jorge Amado, que o definira como parte do seleto grupo de baianos fundamentais. Era amigo de outros mestres como Caribé, Carlos Bastos e Pierre Verguer. Morre em 30 de abril de 2006, aos 73 anos de idade. Filmografia: 1961 – A Grande Feira. CALDAS, EDUARDO Eduardo Caldas Cavalcanti de Albuquerque nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de setembro de 1984. É filho do músico/ compositor Robertinho do Recife. Estreia na televisão numa pequena ponta na novela Felicidade. Tinha apenas sete anos de idade. Inicia assim sua carreira, com sequência em De Corpo e Alma (1992), Sonho a Mais (1993), Quatro por Quatro (1994), Pátria Minha (1994), Vira-Lata (1996), Zazá (1997), Era uma Vez (1998), Chiquinha Gonzaga (1999) e Você Decide (1999/2000). Estreia no cinema em 2000 ao lado de Renato Aragão no filme Um Anjo Trapalhão. Filmografi a: 2000: Um Anjo Trapalhão. CALDAS, SÍLVIO Sílvio Narciso de Figueiredo Caldas nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23 de maio de 1908. Com seis anos de idade, já canta num bloco em São Cristóvão, RJ, cujo nome é Família Ideal. Em 1927 vai para a Rádio Mayrink Veiga e em 1928 emplaca seu primeiro sucesso, Faceira, de Ary Barroso, que o considera excelente intérprete. Começa a destacar-se também como compositor, em pérolas como Arranha-Céu e Chão de Estrelas, em parceria com Orestes Barbosa. Como intérprete, participa de vários filmes, sendo sua estreia em 1934 no filme Carioca Maravilhosa. Recebe o apelido carinhoso de Caboclinho. É um dos maiores cantores brasileiros de todos os tempos. Morre em 3 de fevereiro de 1998, aos 89 anos de idade, em Atibaia, SP, onde viveu recluso os últimos quarenta anos, eventualmente fazendo apresentações em televisão ou parti cipando de shows em sua homenagem. Filmografia: 1934 – Carioca Maravilhosa; Favela de meus Amores; 1935 – Alô, Alô, Brasil; 1940 – Céu Azul; 1944 – Tristezas não Pagam Dívidas; 1945 – Não Adianta Chorar; 1947 – Luz dos meus Olhos. CALHEIROS, AUGUSTO Nasceu em Maceió, AL, a 5 de junho de 1891. Muda-se ainda jovem para Recife e forma, com a família-orquestra de Luperce Miranda, o conjunto Turunas da Mauriceia. Mudam-se para o Rio de Janeiro e, como crooner do conjunto, passa a ter grande destaque, o que o leva a seguir carreira solo. Os Turunas voltam para o Recife e Calheiros fica no Rio, passando a gravar pela RCA-Victor. Fica conhecido no Brasil como A Patativa do Norte, gravando sucessos como Chuá-Chuá e Revendo o Passado. No cinema, participa de um único filme, em 1936, Maria Bonita. Morre em 11 de Janeiro de 1956, aos 64 anos de idade. Filmografia: 1936 – Maria Bonita. CALLEN, CÉSAR Nasceu em Salvador, BA, em 15 de fevereiro de 1935. Ainda jovem muda-se para Juiz de Fora, onde faz seus estudos normais e, ligado aos esportes, prati ca atletismo, natação e halterofilismo. Tem interesse pelo cinema desde pequeno, principalmente pela parte técnica. Em 1958 funda, com o irmão Aécio Florenti no, a Kratex Cinematográfica, produzindo e protagonizando o filme Juventude sem Amanhã. Mas tem carreira curta como ator, envolvendo-se em outras atividades. Filmografia: 1958 – Juventude sem Amanhã; 1964 – O Tropeiro. CALLONI, ANTONIO Egizio Antonio Calloni nasceu em São Paulo, em 6 de dezembro de 1962. Abandona a faculdade de Ciências Sociais na USP para estudar Teatro. Entra para o Curso Profissionalizante Célia Helena e depois Centro de Pesquisas Teatrais – CPT, de Antunes Filho. Fala italiano fluentemente. Sua primeira peça é A Barra do Jovem, em 1981, sob a direção de Célia Helena. Atua em muitas outras como Os Malefícios do Fumo (1982) e Nosso Senhor da Lama (1985), de Stephane Dosse, até chegar à televisão em 1986 na novela Hipertensão e em seguida fica conhecido em todo o Brasil na minissérie Anos Dourados, ambos pela TV Globo. Em 1992 muda-se definitivamente para o Rio de Janeiro, ano em que tem sua primeira participação no cinema, no curta Modernismo: Anos 20, mas considera sua estreia oficial em 1994, no filme Efeito Ilha. Aos poucos vai conquistando papeis de destaque na televisão, em novelas e minisséries como Zazá (1997), Era uma Vez ... (1998), Terra Nostra (1999), O Clone (2001), Começar de Novo (2004), JK (2006), Páginas da Vida (2006), Beleza Pura (2008) e Caminho das Índias (2009). É autor de seis livros de poesias e contos: Os Infantes de Dezembro (1999), A Ilha do Sagitário (2000), Amanhã eu Vou Dançar: Novela de Amor (2002), O Sorriso do Serapião e Outras Gargalhadas (2005), Paisagem Vista do Trem (2008) e Travessias Singulares (2008). No teatro, sempre brilha em peças como Quem e Fez Saber que Estavas Nu? (1989), de Zeno Wilde; O Legítimo Inspetor Perdigueiro (1992), de Tom Stoppard; Torre de Babel (1995), de Fernando Arrabal; Vinicius do Amor Demais (2003), direção de Vicente Maiolino, etc. No cinema, dubla a voz do gato Garfield e participa de muitos curtas e longas como Anjos do Sol, que lhe vale o Kikito de melhor ator no Festi val de Gramado de 2006, e Dias e Noites (2008). Em 2008 faz um regime alimentar que o deixa vinte quilos mais magro. Está casado há muitos anos com a jornalista Ilse Rodrigues e tem um fi lho, Pedro, nascido em 1994. Filmografia: 1992 – Modernismo: Anos 20 (CM); 1994 – O Efeito Ilha; 1995 – Esperando Roque (CM); 1996 – 16060; Sambólico (CM); 1997 – Lápide (CM); Happy Hours (CM); 1998 – Policarpo Quaresma, Herói do Brasil; 1999 – Ano Novo (CM); Outras Histórias; 2002 – Poeta de sete Faces (Vida e Poesia de Carlos Drummond de Andrade); Paixão de Jacobina; 2003 – Pracinha (CM); 2004 – Garfield (Garfield: The Movie) (EUA) (dubla a voz do Garfi eld); 2006 – O Passageiro – Segredos de Adulto; Anjos do Sol; Garfi eld 2 (Garfield: A Tail of Two Kitties) (EUA) (dubla a voz do Garfield); Toda Memória que Existe (apresentador); 2007 – Os Porralokinhas; 2008 – Dias e Noites. CALMON, WALDIR Nasceu em Rio Novo, MG, em 30 de janeiro de 1919. Estuda piano desde menino e na adolescência forma sua orquestra, que passa a abrilhantar as principais boates do Rio de Janeiro. Estreia no cinema em 1953 no filme É pra Casar? Morre de ataque cardíaco, em 11 de abril de 1982, aos 63 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1953 – É pra Casar?; 1956 – Depois eu Conto; 1957 – Com a Mão na Massa; 1958 – Hoje o Galo Sou Eu; 1962 – Rio à Noite. CAMARGO, FELIPE Luiz Felipe de Camargo e Almeida Neto nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1º de agosto de 1960. Começa a carreira artística no teatro, estreando na peça Capitães de Areia, em 1982. Na TV, começa em 1986, na minissérie Anos Dourados, ao lado de Malu Mader, seguindo-se as novelas Roda de Fogo (1986), Mandala (1987), Despedida de Solteiro (1992), Pátria Minha (1994) e A Idade da Loba (1995), esta última pela TV Bandeirantes. Durante a novela Mandala, conhece Vera Fischer, com quem se casa e tem um fi lho, Gabriel (1993), num conturbado relacionamento que dura seis anos (1989/1995). Estreia no cinema em 1987 no filme Urubus e Papagaios. Separado de Vera, vê sua carreira declinar, mas, em 1996, tenta reconstrui-la. Em 1998 retorna à TV Globo para participar da novela Corpo Dourado. Seguem-se Andando nas Nuvens (1999), Um Anjo Caiu do Céu (2001), Padroeira (2001), Senhora do Destino (2004) e Cobras e Lagartos (2006). Em 2006 é contratado pela TV Bandeirantes para estrelar a novela Paixões Proibidas. No cinema, tem papel de destaque nos filmes Jogo Subterrâneo, em 2005, e Sonhos e Desejos (2006). Filmografia: 1987 – Urubus e Papagaios; 1990 – A Maldição do Sanpaku; 1997 O Dia da Caça; 2002 – A Paixão de Jacobina; 2005 – Jogo Subterrâneo; 2006 Sonhos e Desejos; 2009 – As Maltratadas (CM (Portugal); The Abused (CM) (Portugal); 2010 – Som & Fúria, o Filme. CAMARGO, HEBE Hebe Maria de Camargo nasceu em Taubaté, SP, em 8 de março de 1929. Filha do maestro Fego Camargo e irmã mais nova de uma família de nove irmãos, sempre gostou de cantar. Jovem, participa, com uma irmã e duas primas, do quarteto Dó-Ré-Mi-Fá. Em seguida, só com a irmã, forma uma dupla sertaneja. A partir daí, segue carreira solo de cantora com muito sucesso nas décadas de 1940/1950. Estreia no cinema em 1949 no filme Quase no Céu. Participa, com brilho, de Zé do Periquito, em 1960, no qual interpreta um belíssimo número musical ao lado de Agnaldo Rayol e de Mazzaropi, seu grande amigo desde os tempos de rádio. Na década de 1960, faz sucesso como apresentadora, posto que nunca mais deixou, com grande audiência nas TVs Record, Bandeirantes e SBT. Em 1970 participa de sua única novela, As Pupilas do Senhor Reitor. Em 1998 retoma a carreira de cantora, ao gravar um CD e em 2005 participa do filme Coisa de Mulher, marcando seu retorno ao cinema 45 anos depois de Zé do Periquito. Foi casada por três vezes, entre 1950/1958, com o empresário Luiz Ramos, sócio do grupo Folha da Manhã e o grande amor da sua vida, segundo suas próprias declarações; depois com Décio Capuano, entre 1964 e 1971, pai de seu único filho, Marcello (1965); e Lélio Ravagnani, entre 1973 e 2000, ano em que ele morreu. É uma das maiores personalidades do mundo artístico brasileiro, sendo por todos respeitada. Filmografia: 1948 – Chuva de Estrelas (CM); 1949 – Quase no Céu; 1951 – Liana, a Pecadora; 1960 – Zé do Periquito (canta com Agnaldo Rayol); 2002 – Mazzaropi – O Cineasta das Plateias (depoimento); 2005 – Coisa de Mulher; 2007 – Primo Basílio (como ela mesma); Cartola – Música para os Olhos (depoimento); 2009 – Xuxa e o Mistério de Feiurinha. CAMARGO, LÉA Nasceu em São Paulo, SP, em 22 de março de 1933 Cursa a Escola de Arte Dramática e a Escola de Educação Física. Inicia sua carreira artística no TBC – Teatro Brasileiro de Comédia e depois de grandes teatros na TV Tupi e TV Paulista. A partir dos anos 1960 dedica-se intensamente à televisão e participa de inúmeras novelas, primeiro pela Tupi, Excelsior, Record, SBT, Globo, etc. Destacam-se Cela da Morte (1958), sua estreia, A Ilha dos Sonhos Perdidos (1965), Super Plá (1969), O Profeta (1977), Seu Quequé (1982), Despedida de Solteiro (1992) e Era Uma Vez... (1998). Ganha os prêmios Troféu Roquette Pinto e Melhores da Semana de melhor atriz. Também fez shows e comerciais. Estreia no cinema em 1953 numa pequena ponta no filme Luz Apagada, pela Vera Cruz. Faria ainda mais dois filmes. No teatro, atua em poucas, mas importantes, montagens como Trair e Coçar é só Começar e Violetas na Janela. Filmografia: 1953 – Luz Apagada; 1964/1967 – O Matador; 1979 – O Menino Arco-Íris (A Infância de Jesus Cristo). CAMARGO, LUCIELE DI Nasceu em Goiânia, GO, em 25 de outubro de 1977. É irmã de Zezé Di Camargo e Luciano e tia de Wanessa Camargo. Aos dezessete anos deixa Goiânia para estudar teatro em São Paulo. Entra na Escola de Teatro Célia Helena, depois na Faculdade de Artes Cênicas da Anhembi-Morumbi e finalmente com o diretor Wolf Maya. Em 1998 faz sua primeira peça Muito Barulho por Nada e engrena sua carreira em muitas outras como Grogue (1999), Tartufo, O Homem do Princípio ao Fim (2001), Beijos, Escolhas e Bolhas de Sabão (2002), etc. Participa de vários comerciais do Guaraná Antarctica, Nestlé e Sabesp. Em 2003 estreia no cinema, como a Suzana no filme Garotas do ABC, sob a direção de Carlos Reichenbach e no mesmo ano surge a primeira oportunidade na televisão, na novela Celebridade, como Dirce. A partir daí vai se firmando como boa atriz em outras novelas como Senhora do Destino (2004) e Páginas da Vida (2007). No teatro, atua ainda em Todo Gato Vira-Lata Tem a Vida Sexual Melhor que a Minha (2006), Encenação (2008) e Pedro no Mundo da Imaginação (2008). Em 2008 participa de um episódio de Casos e Acasos, pela TV Globo. Em 2009 entra para o reality show A Fazenda pela TV Record, mas é eliminada na metade da competi ção. Filmografia: 2003 – Garotas do ABC. CAMARGO, MARIA CÉLIA Nasceu em São Paulo, SP, em 14 de maio de 1935. Começa sua carreira no cinema em 1961, ao participar do episódio Fórmula de Gás, como Laura, a esposa do cientista, da série Vigilante Rodoviário. Estreia na televisão em 1962 na novela A Única Verdade. Seguem-se: Sorriso de Helena (1964); Teresa (1965), A Ré Misteriosa (1966), Meus Filhos, Minha Vida (1967), Estrelas no Chão (1967), Éramos Seis (1977), Pic-Nic Classe C (1982), Casa de Pensão (1982), Música ao Longe (1982), Direito de Vencer (1997), Cristal (2006) e Maria Esperança (2007). Foi casada com o ator Altair Lima. Filmografia: 1961/62 – Fórmula de Gás (episódio da série: Vigilante Rodoviário); 1969 – O Mistério do Taurus 38 (episódio: Fórmula de Gás); 1975 – O Predileto. CAMARGO, NELSON Inicia sua carreira no cinema, em 1951, no filme Ângela. Atua em quase vinte filmes ao longo de mais de quarenta anos de carreira, com presença forte na Companhia Cinematográfi ca Vera Cruz e na Cinematográfica Maristela. A partir dos anos 1960, na Tupi, participa de teleteatros e outros programas, mas ganha notoriedade em 1977, como o Zé Bento do Sítio do Pica-Pau Amarelo e depois como Monteiro Lobato em Pirlimpimpim 2, em 1984. Morre em 1992 no Rio de Janeiro Filmografia: 1951 – Ângela; Presença de Anita; Suzana e o Presidente; 1952 – Appassionata; Nadando em Dinheiro; 1953 – Luz Apagada; Uma Pulga na Balança; 1954 – É Proibido Beijar; Na Senda do Crime; 1954 – Matar ou Correr; Candinho; 1957 – Pega Ladrão; 1962 – Terra da Perdição; 1963 – O Cabeleira; 1964 – A Morte em Três Tempos; Viagem aos Seios de Duilia; 1968 – Blá-Blá-Blá (CM); 1969 – Anjos e Demônios. CAMARGO, OLÍVIA Nasceu em 8 de dezembro de 1940. Começa sua carreira em 1960 como radioatriz na Rádio São Paulo. É contratada pela TV Record como garota-propaganda, mas logo transfere-se para a Tupi e faz sucesso nas novelas Os Rebeldes (1967), Nino o Italianinho (1969), Mulheres de Areia, etc. No cinema, faz somente um filme, Senhora, dirigido por Geraldo Vietri, seu amigo da televisão. A partir dos anos oitenta abandona a carreira artística. É casada com o ator Marcos Plonka. Filmografia: 1976 – Senhora. CAMARGO, TÁSSIA Nasceu em Guarulhos, SP, em 29 de Janeiro de 1961. Começa a trabalhar como atriz por acaso, ao seguir o conselho de um amigo e fazer um teste com Antunes Filho. Aprovada, inicia carreira no teatro. Em 1981 estreia na TV Bandeirantes, na novela Os Adolescentes. No mesmo ano, muda-se para o Rio de Janeiro e assina contrato com a TV Globo. Atua em Elas por Elas (1982), Rabo-de-Saia (1984), O Salvador da Pátria (1989), Tieta (1989) e Anjo de Mim (1996). Estreia no cinema em 1982 no filme Amor de Perversão. Tem três filhos, Diego (1984), do primeiro casamento, Pedro (1987) e Maria Júlia (1994), com o músico Marinho Boffa, filha caçula que morre precocemente em 1996, sendo essa uma fase muito difícil para Tássia. Em 1997 retoma a carreira artística e parti cipa de Meu Bem Querer (1998), O Cravo e a Rosa (2000), Jamais te Esquecerei (2003), Malhação (2005) e Vidas Opostas (2006). Não faz cinema desde 1988. Filmografia: 1982 – Amor de Perversão; 1983 – Corpo e Alma de uma Mulher; 1984 – Filho Adotivo; 1988 – Banana Split. CAMARGO, VIRGÍNIA Começa sua carreira muito jovem, numa ponta no filme Sinhá Moça, pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz, em 1953. Depois faz teatro amador, chegando a viajar o Brasil com a equipe. Para testar sua habilidade de atriz, participa de vários filmes Super-8, totalmente amadores. Em 1973 conhece José Mojica Marins e atua em um média-metragem, também em super-8, intitulado Materialização, dirigido por Jutael Pereira. Em 1976 faz sua estreia oficial no cinema profi ssional, no filme As Mulheres do Sexo Violento. Participa de alguns filmes, mas sua carreira cinematográfica acaba não acontecendo. Filmografia: 1953 – Sinhá Moça; 1976 – Mulheres do Sexo Violento; Os Pilantras da Noite; 1977 – Inferno Carnal. CAMARGO, WANESSA Wanessa Godoy Camargo nasceu em Goiânia, GO, em 28 de dezembro de 1982. Cantora, atriz, compositora, bailarina, Instrumentista e empresária. Filha do cantor Zezé Di Camargo, grava seu primeiro disco em 2000, quando inicia carreira de cantora. Estreia no cinema, numa pequena parti cipação no filme Xuxa e os Duendes, de 2001. Com estilo pop, cria imagem de rebelde, antagônica à de Sandy. Na televisão, parti cipa do Siti o do Pica-Pau Amarelo (2004) e da novela Paraiso Tropical (2007). Em 2009 Lança seu sétimo cd intitulado Meu Momento. Está casada desde 2007 com o empresário Marcus Buaiz (1977). Filmografia: 2001 – Xuxa e os Duendes; 2004 – Cinegibi – O Filme; 2005 (como ela mesma) – Dois Filhos de Francisco; 2009 – High School Musical: O Desafio. CAMINHA, DELORGES Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1916. Inicia sua carreira como ator de teatro. Em 1936 estreia no cinema, no filme Bonequinha de Seda, grande sucesso da Cinédia, ao lado de Gilda de Abreu. Em 1938 inaugura o Teatro Ginástico, com a apresentação da Companhia Brasileira de Comédias, por ele dirigida. Em 1944 funda a Companhia Delorges de Teatro. No Teatro Rival, em 1954, dirige Glauce Rocha em Dona Xepa e Mulher de Briga, de Pedro Bloch. Na televisão, como ator, participa de apenas uma novela, Irmãos Coragem, em 1970. Mas no cinema tem regular carreira, em filmes como Mãe (1948), Sherlock de Araque (1957) e O Homem que Comprou o Mundo (1968). Foi casado com a atriz Henriette Morineau. Morre em 1978, aos 62 anos, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1936 – Bonequinha de Seda; 1944 – Berlim da Batucada; 1947 – O Homem que Chutou a Consciência; 1948 – Mãe; 1953 – Toda a Vida em Quinze Minutos; 1957 – Sherlock de Araque; 1961 – Por um Céu de Liberdade; 1962 – Vagabundos no Society; 1963 – Crime no Sacopã; 1968 – Os Marginais (episódio: Guilherme); O Homem que Comprou o Mundo. CAMPELLO, CELY Célia Benelli Campello nasceu em São Paulo, SP, em 18 de junho de 1942. Ainda criança muda-se para Taubaté, onde passa toda a sua infância e adolescência. Aos cinco anos faz sua primeira aparição, apresentando-se num espetáculo mirim de balé, dançando Tico-Tico no Fubá. Aos seis, apresenta-se como cantora mirim na Rádio Cacique de Taubaté. Passa a ser uma das estrelinhas do programa Clube do Guri, na Rádio Difusora. Aos doze já ganha um programa próprio na mesma Rádio Cacique e, aos quinze, em 1958, muda-se com o irmão Tony para São Paulo para gravar seu primeiro disco, Hand Some Boy, compacto simples que tem do outro lado seu irmão cantando Forgive Me. Em 1959 grava Estúpido Cupido e estoura em todo o Brasil, chamando a atenção do cômico Mazzaropi, que a convida para parti cipar do filme Jeca Tatu, esmerada produção do famoso produtor/ator. Devido ao sucesso, Cely volta no ano seguinte e parti cipa de Zé do Periquito, também produção de Mazzaropi. No mesmo ano, os irmãos Campello ganham um programa na TV Record, o Cely e Tony em Hi-Fi. Ainda em 1959, ela ganha seu primeiro prêmio: o troféu Chico Viola, que venceria nos anos seguintes até 1962. Também recebeu o troféu Roquette Pinto em 1959, 1960 e 1961. Em 1960 é eleita a Rainha do Rock pela Revista do Rock. Seguem-se outros sucessos como Banho de Lua, Túnel do Amor, Biquíni de Bolinha Amarelinha, Lacinhos Cor-de-Rosa, etc. Celly dividia as paradas de sucesso com nomes como Sérgio Murilo, Carlos Gonzaga, Ronnie Cord, Baby Santiago e Dan Rockabilly. Em janeiro de 1962, no auge da fama, Cely abandona a carreira para se casar com o contador José Eduardo Gomes Chacon, seu namorado desde a adolescência, atitude até hoje não compreendida pelos fãs. A decisão surpreendeu até seu irmão, Tony Campello, pelas mãos de quem Celly alcançou o sucesso. Em 1965, três anos depois de abandonar a cena musical, surge o movimento Jovem Guarda, que consolida o rock no País. Após o fim precoce de sua carreira, Cely Campello fez apenas dois retornos ocasionais à cena musical. Uma vez foi quando cantou no Festival da Música Popular de Juiz de Fora, em 1972. Em 1976, um de seus maiores sucessos inspira a novela Estúpido Cupido, da Rede Globo, e Celly tenta retomar a carreira, mas os tempos são outros e ela não obtém êxito. Mesmo tendo gravado o disco Cely Campello (1976) e feito algumas turnês, sua carreira passou a resumir-se a apresentações esporádicas pelo interior de São Paulo. Celly sempre declarou que nunca se arrependeu da decisão de trocar a fama pela vida de dona de casa e mãe de família. Musa do rock nacional pré-Jovem Guarda, ela morre dia 4 de março de 2003, aos 60 anos, em Campinas, em decorrência de um câncer de mama. Deixa dois fi lhos, Cristiane e Eduardo, além de dois netos. Filmografia: 1959 – Jeca Tatu; 1960 – Zé do Periquito; 1976 – Ritmo Alucinante. CAMPELLO, TONY Sérgio Benelli Campello nasceu em Taubaté, SP, em 24 de fevereiro de 1936. Sua primeira experiência artística acontece ao formar o grupo Ritmos Rock, que faz pequenos shows em Taubaté e nas cidades vizinhas. O compositor Mário Gennari Filho consegue uma oportunidade para Tony em São Paulo, em 1958. Traz a tiracolo sua irmã Cely Campello e juntos gravam um compacto com as músicas Forgive Me, cantada por Tony, e Hand Some Boy, interpretada por Cely. Em 1959, com o sucesso de Estúpido Cupido, são contratados para participar do programa Campeões do Disco e passam a comandar o programa Cely e Tony em Hi-Fi. Nesse mesmo ano Mazzaropi convida-os para parti cipar do filme Jeca Tatu e em seguida Zé do Periquito (1960). Com o advento da Jovem Guarda, Tony perde espaço, mas conti nua gravando esporadicamente. A partir da década de 1970 atua como produtor musical, mostrando muito talento, sendo, inclusive, um dos responsáveis pela vitoriosa carreira de Sérgio Reis. Filmografia: 1959 – Jeca Tatu; 1960 – Zé do Periquito; 1961/1962 – A Extorsão (episódio da série Vigilante Rodoviário); 1966 – O Vigilante e os Cinco Valentes (episódio: A Extorsão); 1970 – Dois Mil Anos de Confusão; 2009 – Rock Brasileiro – História de Imagens (depoimento). CAMPOS, AÍDA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1934. Começa carreira como cantora, fazendo shows no teatro musicado, principalmente na boate Casablanca, usando o nome artístico de Celeste Scarlet. Logo se encanta com o cinema, estreando em 1957 no filme A Baronesa Transviada. Nessa mesma época inicia carreira na televisão, no programa Teleteatro, levado ao ar pela TV Rio. A partir de 1960, dedica-se quase que exclusivamente a esse veículo, abandonando a carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1957 – A Baronesa Transviada; 1958 – E o Bicho não Deu; 1959 – Mulheres à Vista; Massagista de Madame; Espírito de Porco. CAMPOS, AYRES Ayres Kruger da Senna Campos nasceu em Uberaba, MG, em 26 de maio de 1923. Seu pai é um fabricante de fantasias. Sempre ligado aos esportes, chega a ser campeão mineiro de boxe. Entra para a Faculdade de Odontologia, mas abandona e muda-se para São Paulo, com a intenção de ser cantor. Tem dezessete anos de idade. Começa a cantar no Teatro Municipal, com César Fronzi. Estreia no cinema em 1949 no filme Também Somos Irmãos. Depois vai para a Vera Cruz e atua, entre tantos, em Tico-Tico No Fubá (1952) e Gato de Madame (1956). Com corpo de atleta, é convidado para fazer os testes de uma nova série para a televisão, O Capitão Sete, a ser exibida na TV Record em 1954, ganha o papel e fica conhecido em todo o Brasil, por mais de dez anos, até 1966, com mais de mil episódios gravados, um recorde. Foi um dos seriados de maior sucesso da Record e rendeu HQ e até fã-clube. Seu uniforme, com o número da emissora estampado no peito, virou mania à época. A história do Capitão Sete começa com a ida do personagem mirim Carlinhos para o Sétimo Planeta, onde ele desenvolve habilidades sobre-humanas e se torna uma espécie de super-homem brasileiro. Para lembrar os tempos de Capitão Sete, a Record, que comemorou em 2003 seus 50 anos, exibiu uma participação especial de Ayres. Afastado do meio artísti co, tinha uma fábrica de fantasias de super-heróis para crianças, profissão que herdara do pai. É, sem dúvida, um dos primeiros heróis da televisão brasileira. Morre em 11 de julho de 2003, aos 80 anos, de pneumonia, em São Paulo. Ayres era viúvo e deixa quatro filhos. Filmografia: 1949 – Também Somos Irmãos; Quase no Céu; 1952 – Sai da Frente; Veneno; João Gangorra; Meu Destino é Pecar; Tico-Tico no Fubá; 1953 – Nadando em Dinheiro; 1954 – É Proibido Beijar; Candinho; 1956 – Gato de Madame; Pensão da Dona Estela; Curucu, o Terror do Amazonas (Curucu, Beast of the Amazon) (EUA); 1957 – Escravos do Amor das Amazonas (Love Slaves of the Amazon) (EUA). CAMPOS, BRUNO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 3 de dezembro de 1973. Filho único de um funcionário do Banco do Brasil, aos cinco anos de idade muda-se com a família para o exterior, morando em Toronto (Canadá), Bahrein (Golfo Pérsico) e Houston (Estados Unidos). Em 1993, numa visita ao Brasil, conhece, numa festa de réveillon, o produtor Luis Carlos Barreto e o diretor Fábio Barreto, que o convidam para um teste para o filme O Quatrilho. Aprovado, precisa reaprender a língua Portuguesa, pois fi cara dezessete anos no exterior. Procura aprender tudo sobre História, Geografia e Cultura. Sua atuação acaba sendo marcante. Terminadas as filmagens, retorna aos EUA e ingressa no Goodman Theatre de Chicago, no qual protagoniza a peça Tudo o que Vai Bem, Termina Bem, de William Shakespeare, e merece um elogio no The New York Times. Começa a ganhar prestígio e hoje, com dez anos de carreira já participou de quatro seriados fi xos como Jesse (1998), Leap Years (2001), The D.A. (2004) e Nip/Tuck (2005), além de parti cipações em ER, Will & Grace e Boston Legal. No cinema, nos Estados Unidos, participa de alguns fi lmes como Dopamine (2003) e Crazylove (2005). Filmografia: 1995 – O Quatrilho; 2003 – Dopamine (EUA); 2005 – Cold Feet (EUA); Crazylove (EUA); 2009 – Wake (EUA); The Princess and the Frog (EUA) (voz). CAMPOS, JACY Nasceu em Bela Vista, MS, em 6 de agosto de 1919. Profissional completo, em teatro, cinema e principalmente televisão, onde militou por quase quarenta anos, quase sempre na TV Tupi do Rio de Janeiro. Mora vários anos nos EUA, onde fez vários estágios, inclusive no Actors Studio, na ABC, CBS e na NBC. Com o know how adquirido, implanta o programa Câmera Um, programa inovador e que revolucionou a televisão brasileira, segundo especialistas do gênero. Cria e dirige os programas Meio-Dia, O Anfitrião e História do Teatro Universal, ao lado de Chianca de Garcia. No cinema, estreia como ator em 1953 em Toda a Vida em Quinze Minutos e outros. Dirige dois filmes, Sangue na Madrugada (1964) e O Rei da Pilantragem (1968). A partir dos anos 1970 vai para a TV Educativa e cria, lança e dirige a primeira novela didática brasileira, João da Silva, sendo ganhador de muitos prêmios. Foi também piloto de avião, com doutorado em aeronáuti ca, em curso feito nos EUA. Morre em 1987, aos 68 anos de idade. Filmografia (ator): 1953 – Toda a Vida em Quinze Minutos; 1962 – Rio à Noite (como ele mesmo); Nordeste Sangrento; 1968 – A Virgem Prometida; 1969 – A Penúlti ma Donzela. Filmografia (diretor): 1964 – Sangue na Madrugada; 1968 – O Rei da Pilantragem. CAMPOS, ROSI Rosângela Martins Campos nasceu em Bragança Paulista, SP, em 30 de março de 1954. Com sete meses de vida muda-se para São Paulo. É formada em Jornalismo. Começa sua carreira profissional em 1976, fazendo teatro. Participa ativamente do grupo Mambembe, no qual fica por cinco anos, atuando em peças como Almanaque Brasil. Estreia na televisão como a bruxa Morgana no Castelo Rá-Tim-Bum, pela TV Cultura. Participa das novelas Cara & Coroa (1996) e Salsa & Merengue (1997). Estreia no cinema em 1981 no curta-metragem Fuzarca no Paraíso. Depois de estrelar diversos curtas, faz seu primeiro longa-metragem, Fala Baixo, Senão eu Grito, em 1993, mas seu maior sucesso no cinema é Castelo Ra-Tim-Bum, o Filme, de 1999, numa adaptação da série de TV exibida com igual sucesso. Sua primeira novela é Brasileiros e Brasileiros, em 1990 e não para mais, numa carreira de sucesso como em Éramos Seis (1994), como Paulette; O Amor Está no Ar (1997), como Verônica de Jesus; Desejos de Mulher (2002), como Marlene Motta; A Casa das Sete Mulheres (2003), como Consuelo; América (2005), como Mercedes; O Profeta (2006), como Rúbia; e A Favorita (2008), como Tuca. Em 2005 parti cipa do filme Tapete Vermelho, numa homenagem ao mestre Mazzaropi, e depois Menino da Porteira, em 2009, ao lado do cantor Daniel. Filmografia: 1981 – Fuzarca no Paraíso (CM); 1984 – Folguedos do Firmamento (CM); 1986 – Amor que Fica (CM); 1987 – Arrepio (CM); 1988 – A Mulher do Atirador de Facas (CM); A Caixinha do Amor (CM); 1989 – Dov e Meneghetti (CM); 1992 – As Três Mães (CM); Oswaldianas (episódio: A Princesa Radar); 1993 – Fala Baixo, Senão eu Grito; 1994 – Amor! (CM); Pé de Pato (CM); A Causa Secreta; 1996 – Flores Ímpares (CM); 1997 – Ed Mort; 1998 – Pixaim (CM); O Amor Está no Ar; 1999 – Castelo Ra-Tim-Bum, o Filme; 2001 – Disfarce Explosivo (CM) (voz); 2002 – Avassaladoras; 2005 – Tapete Vermelho; 2008 – Carmo (Brasil/Espanha/Polônia); 2009 – O Menino da Porteira; 2010 – Chico Xavier. CAMPOS, SEBASTIÃO Começa sua carreira no teatro, no qual se destaca durante muitos anos, atuando na peça Gimba, de Dias Gomes. Estreia na televisão em 1965 no especial A Cor da sua Pele. Destaca-se depois em Sol Amarelo (1971), Sheik de Ipanema (1975), Xeque Mate (1976), Tronco de Ipê (1982), Razão de Viver (1996), Meu Pé de Laranja Lima (1998) e Marisol (2002). Estreia no cinema em 1959 no filme Moral em Concordata. Entre tantos, destacam-se O Caso dos Irmãos Naves (1967) e Ato de Violência (1980). Filmografia: 1959 – Moral em Concordata; 1967 – O Caso dos Irmãos Naves; 1974 – Signo de Escorpião; 1975 – O Sexualista; O Clube das Infiéis; 1979 – O Menino Arco-Íris (A Infância de Jesus Cristo); Viúvas Precisam de Consolo; 1980 – Ato de Violência; Por que as Mulheres Devoram os Machos?; 1998 – Contos de Lygia. CAMPOS, THAIS DE Nasceu em Minas Gerais. Sua primeira novela acontece em 1982, pela TV Globo, Elas por Elas. Bonita e talentosa, é chamada para muitas outras novelas e minisséries como Tenda dos Milagres (1985), como Marieta; Tieta (1989), como a jovem Carmosina; A Viagem (1994), como Andrezza; O Quinto dos Infernos (2002), como Arminda; e Duas Caras (2008), como Claudine, uma das filhas do Coppola, interpretado por Tarcísio Meira. No cinema, fez um único filme, Dedé Mamata, em 1988. Morou em Lisboa, Portugal por sete anos, e lá dirigiu um curso de interpretação para TV e Cinema na escola Arte6. Com sua companhia, a Produtora Thais de Campos, montou espetáculos teatrais incluindo musicais, peças infantis e dramas como O Livro de Magik e Le Club Chez Moi. Em 2008 está no elenco da peça O Nosso Amor a Gente Inventa. É mãe de duas meninas, Clara (1996) e Carolina (1999). Filmografia: 1988 – Dedé Mamata. CAMPOZANA, OSWALDO Inicia sua carreira nos anos 1970, primeiro no cinema, no filme As Delícias da Vida (1974) e em seguida na televisão, na novela Ovelha Negra (1975), pela TV Tupi. No teatro, participa de várias montagens em São Paulo, com destaque para Drácula, com Raul Cortez, Carla Camurati e Thales Pan Chacon. Faz sucesso como coadjuvante em inúmeras novelas, pela Tupi, Bandeirantes e Globo, como em A Viagem (1975), no papel de Jurandir; Cavalo Amarelo (1980), interpretando Lambari; Vento do Mar Aberto (1981), como o Delegado; e o Eurico, de Livre para Voar (1984), sua última novela. No cinema, depois de quinze anos, retorna para parti cipar do filme Boleiros, Era uma Vez o Futebol, como Tito, num filme de Ugo Giorgetti. Morre em São Paulo, em 2001. Filmografia: 1974 – As Delícias da Vida; 1976 – Guerra é Guerra (episódio: Núpcias com Futebol); 1977 – O Jogo da vida; Tiradentes, o Mártir da Independência; 1978 – Doramundo; Diário da Província; A Noite dos Duros; 1979 – Os Amantes da Chuva; Maníacos por Meninas Virgens; 1982 – O Homem do Pau Brasil; 1983 – O Médium; 1998 – Boleiros, Era uma Vez o Futebol. CAMURATI, CARLA Carla de Andrade Camurati nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 14 de outubro de 1960. Começa a trabalhar como auxiliar de professora, pesquisadora do Censo e vendedora de loja. Em 1980, larga a Faculdade de Biologia e matricula-se num curso de teatro. Depois de atuar em algumas peças, vai para a TV Globo participar da série Amizade Colorida, passando a atuar em novelas como ((GRIFO)) (1982), Sol de Verão (1982), Champagne (1983), Livre para Voar (1984), O Tempo e o Vento (1985), Fera Radical (1988), Pacto de Sangue (1989), Brasileiros e Brasileiras (1990) e O Grande Pai (1991). Estreia no Cinema em 1981, no filme O Olho Mágico do Amor, que lhe vale o prêmio de melhor atriz coadjuvante no Festival de Gramado. Participa, como atriz, de outros filmes importantes como Eternamente Pagu (1988) e Lamarca (1993). Estreia na direção em 1987, no curta A Mulher Fatal Encontra o Homem Ideal, que recebe o prêmio de melhor direção no Festival de Brasília de 1987, mas a consagração vem em 1995, ao produzir e dirigir Carlota Joaquina, Princesa do Brazil, que obtém estrondoso sucesso de crítica e público, com mais de 1 milhão de espectadores. Mostra muitas qualidades como diretora, percorrendo carreira promissora como em Copacabana (2001) e O Mistério de Irma Vap (2005). Foi casada com o músico Zé Renato e os atores Paulo José e Thales Pan Chacon. Com o diretor João Jardim, tem seu único filho, Antonio, nascido em 2003. Em 2005 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Carla Camurati – Luz Natural, de autoria de Carlos Alberto Mattos. Filmografia (atriz): 1981 – O Olho Mágico do Amor; 1984 – Onda Nova; Os Bons Tempos Voltaram – Vamos Gozar Outra Vez (episódio: Sábado Quente); 1985 – A Estrela Nua; 1986 – Cidade Oculta; 1987 – Eternamente Pagu; A Mulher Fatal Encontra o Homem Ideal (CM); 1988 – A Mulher do Atirador de Facas (CM); 1990 – A Hard Days Night (CM); 1991 – O Corpo; 1992 – A Floresta da Tijuca (CM); 1994 – Lamarca; 1996 – Antonio Carlos Gomes (CM); 2003 – O Ovo (CM). Filmografia (diretora): 1987 – A Mulher Fatal Encontra o Homem Ideal (CM); 1991 – Bastidores (CM); 1995 – Carlota Joaquina, Princeza do Brasil; 1997 – La Serva Padrona; 2001 – Copacabana; 2005 – O Mistério de Irma Vap. CANARINHO Aluízio Ferreira Gomes nasceu em Salvador, BA, em 29 de dezembro de 1927. Humorista, cantor e compositor. Em 1949, em Salvador, é crooner de orquestras e boates. Depois vai para a Rádio Excelsior de Salvador, quando resolve tentar a carreira no Rio de Janeiro, em programas de calouros. De 1953 a 1954 é crooner nas orquestras do Maestro Cipó e Lima Filho. Mudase para São Paulo em 1955 e começa a cantar em boates, em seguida cantor e apresentador de rádio e finalmente a televisão, já como comediante. É quando conhece Manoel de Nóbrega e vai para a Praça da Alegria. Em 1962 estreia no cinema, no filme As Testemunhas não Condenam. Em 1964, faz sua primeira novela, Mãe, no papel de Zacarias, pela TV Excelsior, ao lado de Tarcísio Meira e Agnaldo Rayol. Começa então a fazer sucesso na televisão e no cinema. Seu tipo engraçado, negro, baixinho, malandro, com chapeuzinho, conquista o Brasil. Nos anos 1960/1970 participa de muitos filmes, em sua maioria pornochanchadas, veículos para sua enorme verve cômica, como em Bacalhau (1975) e Nos Tempos da Vaselina. Participa também de outras telenovelas como Os Rebeldes (1967), Antonio Maria (1968), Meu Pedacinho de Chão (1971) e Jerônimo, Herói do Sertão (1972). Em 1977 transfere-se para a TV Globo, contratado para participar do Sítio do Pica-Pau Amarelo, como Garnizé, é o auge de sua carreira. Faria ainda mais duas telenovelas, Pé de Vento (1980) e Sinhá Moça (1986). É também compositor de músicas como Morrendo de Amor, O Rock Fala Inglês, Aula de Rock, Lamento Negro, Samba da Bahia, A Marcha do Bat Masterson, É o Fim, etc., gravadas por ele próprio ou por cantores de sucesso da época. Atualmente está no elenco fi xo da Praça é Nossa, pelo SBT, comandada por Carlos Alberto de Nóbrega, filho de Manoel. Com muito talento e mais de 80 anos de idade, Canarinho está em plena atividade. Filmografia: 1962 – As Testemunhas não Condenam; 1967 – A Desforra; 1971 – Diabólicos Herdeiros; 1975 – O Dia em que o Santo Pecou; Bacalhau; 1976 – Guerra é Guerra (episódio: O Poderoso Cifrão); 1977 – Snuff , Vítimas do Prazer; Costinha e o King Mong; 1978 – Maneco, o Super Tio; 1979 – Nos Tempos da Vaselina; 1979 – Sábado Alucinante; A Dama da Zona (Hoje Tem Gafi eira); 1982 – Tem Piranha no Aquário. CÂNDIDA, ANA Nasceu em São Paulo, SP, em 2 de agosto de 1937. Estreia no cinema em 1958 no filme Paixão de Gaúcho. Morre prematuramente em agosto de 1964, em São Paulo, SP, aos 27 anos de idade, depois de fazer três filmes. Filmografia: 1958 – Paixão de Gaúcho; Rebelião em Vila Rica; Tumulto de Paixões (Fluch Des Amazonas) (Alemanha/Brasil). CÂNDIDO, IVAN Ivan Cândido da Silva nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de dezembro de 1931. Desde garoto quer ser ator. Em 1956 entra para a Fundação Brasileira de Teatro e participa de inúmeras montagens como A Vida Impressa em Dólares, de Odetts, e Botequim, de Gianfrancesco Guarnieri. Estreia no cinema em 1962 no filme Boca de Ouro, ao lado de Jece Valadão e Odete Lara. Atua em muitos filmes, entre eles Os Fuzis (1965) e Lúcio Flávio, Passageiro da Agonia (1977), um de seus melhores papéis no cinema, como o policial corrupto. Em 1978 ganha o Kikito de melhor ator no Festival de Gramado, por sua atuação no filme Barra Pesada. Em 1970 faz sua primeira novela, Assim na Terra como no Céu, seguindo-se de Dancin’ Days (1978), Água Viva (1980), Roda de Fogo (1986), a minissérie A, E, I, O... Urca (1990), Perigosas Peruas (1992), Pátria Minha (1994), a minissérie Hilda Furacão (1998), Senhora do Destino (2004), A Lua me Disse (2005) e Cobras e Lagartos (2006), ano em que retorna ao cinema, quase vinte anos depois, para parti cipar do filme Zuzu Angel. É casado e tem três filhos. Filmografia: 1962 – Boca de Ouro; 1965 – A Falecida; Os Fuzis; Os Vencidos; 1968 – Maria Bonita, Rainha do Cangaço; 1970 – As Escandalosas; 1971 – Barão Otelo no Barato dos Bilhões; 1974 – O Últi mo Malandro; A Cartomante; 1975 – Pecado na Sacristia; O Roubo das Calcinhas (episódio: I Love Bacalhau); 1976 – Fogo Morto (voz); 1977 – Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia; Barra Pesada; 1980 – Sinal Vermelho (CM); 1982 – Luz Del Fuego; Pra Frente, Brasil; 1984 – Tensão no Rio; 1985 – Selvageria (CM); 1986 – Pedro Mico; 1987 – Urubus e Papagaios; 2006 – Zuzu Angel. CÂNDIDO, MARIA FERNANDA Nasceu em Londrina, PR, em 25 de maio de 1974. Com doze anos de idade, muda-se com a família para São Paulo. Estuda no Colégio São Luiz, um dos mais tradicionais da capital. Com quatorze anos inicia carreira de modelo. Forma-se em Terapia Ocupacional pela Universidade de São Paulo. Decidida a seguir a carreira artística, em 1998 faz sua primeira novela, Serras Azuis. Em 1999 fica conhecida em todo o Brasil ao desfi lar sua beleza e talento em Terra Nostra. Estreia no cinema em 2003, no filme Dom, ano em que participa do episódio O Casal que Vive Brigando não Tem Crise, do seriado Os Normais. Em 2004 participa da novela Como uma Onda e se afasta para se dedicar à gravidez de seu primeiro filho. Em 2006 retorna ao trabalho na peça Pequenos Crimes Conjugais, dirigida por Márcio Aurélio e em 2007 na novela Paraíso Tropical, como o advogada Fabiana. Está casada desde 2005 com o empresário francês Petrit Spahija (1972), com quem tem um filho, Tomás, nascido em 2006. Filmografi a: 2003: Dom; 2005: Sal de Prata. CANOLETTI, JESSICA Nasceu em 1981. Atriz precoce, estreia no cinema em 1986 no filme Anjos do Arrabalde. Aos seis anos, faz um comercial da Grendene, ao lado de Xuxa, e fica conhecida em todo o Brasil. Tem grande talento, mas não se tem notícias da conti nuidade de sua carreira. Filmografia: 1986 – Anjos do Arrabalde (As Professoras); 1989 – Fofão e a Nave sem Rumo. CAPIBA Lourenço da Fonseca Barbosa nasceu em Surubim, PE, em 28 de outubro de 1904, mas é criado na Paraíba. Estuda Direito, mas a música é sua paixão. Funda o Jazz Acadêmico de Recife, que mais tarde se tornaria Banda Acadêmica. Excursiona pela Europa. É autor de vários frevos populares, sendo considerado o maior compositor desse gênero, com mais de trezentas músicas, entre elas, pérolas da MPB como Maria Bethânia e a Mesma Rosa Amarela. No cinema, estreia com sua orquestra em 1937 no filme Samba da Vida, depois compõe as canções para A Compadecida, em 1969, e tem uma pequena parti cipação em Memória Viva, em 1987. Morre no Recife, no dia 31 de dezembro de 1997, aos 93 anos de idade, de pneumonia. Filmografia: 1937 – Samba da Vida; 1987 – Memória Viva. CAPPELARO, VITTORIO Eusébio Vitt orio Giovanni Battista nasceu em Piemonte, Itália, em 21 de outubro de 1877. Estuda arte dramática em Turim com os padres salesianos. Participa como ator de várias companhias teatrais e de diversos filmes, sendo sua estreia ainda na Itália, no filme Un Amore Di Pietro De Medici. Sua primeira excursão pelo Brasil acontece em 1907. Fixa-se em São Paulo em 1915 e passa a trabalhar como documentarista. Nesse mesmo ano produz, dirige e atua em seu primeiro longa-metragem, Inocência. Pioneiro do Cinema Brasileiro, é produtor, diretor, ator, adaptador e cenógrafo. Monta no País o primeiro laboratório completo para cópias, revelação e trucagem. Realiza trabalhos para várias companhias estrangeiras. Constam em seu curriculo como realizador inúmeras películas, em que se destacam O Guarany (1916), Iracema, a Virgem dos Lábios de Mel (1919) e O Caçador de Diamantes (1932). Em 1997, seus filhos Jorge e Victório lançam livro sobre sua vida, no qual se destaca o seguinte trecho: importa sim saber que a presença de Vittorio Cappelaro em meio a adversidades muitas, enriqueceu a cinematografia nacional com o seu trabalho correto, cheio de inovações, e honesto, fiel a si próprio como pessoa humana. Reconhecido por todos como inovador, competente e pioneiro, morre em 6 de agosto de 1943, aos 65 anos de idade, No Rio de Janeiro, deixando-nos importante legado cinematográfi co. Filmografia (ator): 1912 – Un Amore Di Pietro De Medici (Itália); 1915 – Inocência; 1916 – O Guarany I; 1917 – O Cruzeiro do Sul; 1918 – Iracema I (inacabado); 1919 – Iracema II; 1920 – O Garimpeiro; 1926 – O Guarany II. Filmografia (diretor): 1911 – Propaganda do Café Brasileiro na América do Norte (média-metragem); 1915 – Inocência; 1916 – O Guarany; Butantã (CM); Instituto Butantan (CM); 1917 – O Cruzeiro do Sul; 1918 – Iracema; 1919 – Iracema, a Virgem dos Lábios de Mel; 1920 – O Garimpeiro; 1922 – Exposição do Centenário para o Governo do México (média-metragem); Revolução de 22 (CM); 1926 – O Guarany; 1928 – Desastre do Monte Serrat em Santos (CM); Inauguração do Cassino Atlântico em Santos (CM); 1929 – Sabonete Lever (CM); 1932 Cultura e Comércio do Café (CM); 1932/1933 – O Caçador de Diamantes; 1933 O Butantã e suas Atividades (CM); 1934 – Laranjas do Brasil; 1935 – Fazendo Fita; 1936 – Arranha-Céus de São Paulo (CM); Jornaleiros de São Paulo (CM); 1937 – O Castelo São Manoel de Francisco Serrador em Correias (CM); Jardim Botânico do Rio de Janeiro (CM); O Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro (CM); 1940 – Aspectos Internos do Mosteiro de São Bento (CM); A Criança Brinca Sempre (CM); Ecos do Salão de 1939 (CM); Escolas Diversas (CM); Escultura (CM); Galerias Diversas (CM); Mosteiro de São Bento (CM); Quadros Históricos (CM); Sala da Mulher Brasileira (CM). CAPRI, HERSON Herson Capri Freire nasceu em Curitiba, PR, em 8 de novembro de 1952. Abandona a faculdade de Economia para investir na TV. Inicia sua carreira em 1975, na novela Vila do Arco. Em 1981 conhece seu primeiro sucesso, Os Imigrantes, pela TV Bandeirantes. O sucesso dessa novela o leva à TV Globo, onde estreia em Elas por Elas (1982). Seguem-se Tieta (1989), Anjo de Mim (1996), Desejos de Mulher (2002), a minissérie Um só Coração (2004), Como uma Onda (2005), Cobras e Lagartos (2006), Duas Caras (2008) e Negócio da China (2009). Estreia no cinema em 1979 no filme Caçador de Esmeraldas. Entre outros vieram Escorpião Escarlate (1990), O Dia da Caça (2000) e Quanto Vale ou é por Quilo? (2005). Do seu primeiro casamento com a atriz Malu Rocha, tem dois filhos, Laura (1980) e Pedro (1982). Em 1996 casa-se com a médica Susana Garcia, com quem teve dois filhos Lucas (1998) e Luíza (2001). Ator muito respeitado no meio artístico, em 1999 luta e vence um câncer no pulmão e mostra que é um campeão dentro e fora das telas. Filmografia: 1979 – Caçador de Esmeraldas; A Noite dos Imorais; 1980 – Ariella; 1985 – O Beijo da Mulher Aranha (Kiss of the Spider Woman) (Brasil/EUA); 1990 – Escorpião Escarlate; 1991 – Manobra Radical; 1994 – Vítimas da Vitória (CM); 1996 – O Guarani; 1998 – Imagens Distorcidas (CM); 2000 – O Dia da Caça; Eu não Conhecia Tururu; 2001 – A Partilha; 2003 – O Preço da Paz; 2005 – Quanto Vale ou é por Quilo? CARBATTI, ANA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 6 de novembro de 1969. Começa sua carreira no teatro, atuando em musicais como Clara Nunes – Brasil Mestiço, em 2001, além de vários espetáculos com o grupo de chorinho Falso Baiano. Em 1999 estreia na televisão, como a Zulmira, na minissérie Força de um Desejo, depois Laços de Família (2000), Estrela-Guia (2001), Coração de Estudante (2002), JK (2006), Caminhos do Coração (2007), etc. Estreia no cinema em 2001 no filme Minha Vida em tuas Mãos, mas seu melhor momento acontece em 2009, como Iara, a protagonista feminina de Os Inquilinos, de Sérgio Bianchi, num filme contundente, que exigiu muito dos atores. Filmografia: 2001 – Minha Vida em tuas Mãos; 2002 – Lost Zweig; 2005 – Quanto Vale ou é por Quilo?; 2009 – Os Inquilinos. CARDEAL, MÁRCIA Nasceu em São Paulo, SP, em 23 de dezembro de 1948. Atriz precoce, inicia sua carreira como apresentadora de programa infantil na TV Paulista. Estreia no cinema em 1959 no filme O Preço da Vitória. Em 1961 é convidada para participar da série O Vigilante Rodoviário e atua no episódio O Fugitivo, ao lado de Milton Ribeiro, que faz o papel de um violento presidiário fugitivo. Na televisão, com Mário Lúcio de Freitas, comanda os infantis Parque Petistil e depois Sessão Zás-Trás. Parti cipa da novelas Grandes Esperanças, A Loja de Antiguidades, Eu Amo esse Homem (1964) e A Sombra do Passado (1965), ambas pela TV Paulista. Com a carreira em ascensão, para surpresa de todos, em 1965 abandona sua carreira artística. Casada, tem um filho. Filmografia: 1959 – O Preço da Vitória; Moral em Concordata; 1960 – Dona Violante Miranda; 1961 – O Fugitivo (episódio da série Vigilante Rodoviário); 1964 – O Vigilante contra o Crime (episódio: O Fugitivo). CARDOSO, ARACY Aracy Cardoso de Almeida Lima nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 17 de junho de 1937. Estuda piano, canto e balé, mas percebe que sua vocação é mesmo atuar. Aos treze anos estreia no teatro, compondo o elenco da peça Mulheres. Depois disso, retoma os estudos, mas volta com tudo na peça Massacre, quando conhece o ator Ibanez Filho, que viria a ser seu marido. Estreia no cinema em 1953 em Destino em Apuros. Entre outros, participa de Depois do Carnaval (1959) e Teus Olhos Castanhos (1961). Faz também carreira sólida na televisão, sendo sua estreia em 1957 na novela A Canção de Bernadete. Entre tantas novelas e minisséries, destacam-se: Sublime Amor (1967), Fogo Sobre Terra (1974), Água Viva (1980), Selva de Pedra (1986), Salomé (1991), Zazá (1997), Pecado Capital (1998), A Casa das Sete Mulheres (2003) e Senhora do Destino (2004). Afastada há mais de 30 anos do cinema, retorna em 1997 no filme O Homem Nu, de Hugo Carvana. Do seu casamento com o ator Ibanez Filho, teve duas filhas, Patrícia (1956) e Beatriz (1960). Filmografia: 1953 – Destino em Apuros; Fatalidade; 1956 – Sai de Baixo; 1957 – Rosa dos Ventos (Die Windrose) (episódio brasileiro: Ana) (Brasil/França/Itália/ União Soviéti ca/China); 1959 – Depois do Carnaval; Juventude sem Amanhã; 1961 – Teus Olhos Castanhos; 1997 – O Homem Nu; 2004 – A Hora do Galo (CM). CARDOSO, DAVID José Darcy Cardoso nasceu em Maracaju, MS, em 9 de abril de 1943. Desde jovem interessa-se muito por cinema. Em 1963 muda-se para São Paulo e inicia-se primeiro na técnica, trabalhando como continuista e diretor de produção na Pam Filmes, empresa de Mazzaropi. E é exatamente num desses filmes, mais precisamente em O Lamparina, em 1963, que estreia como ator, fazendo uma pequena ponta. Sua estreia ofi cial acontece em 1966, no filme Corpo Ardente, de Walter Hugo Khouri. Chega ao estrelato em 1971 em A Moreninha. Em 1973 funda a Dacar Produções Cinematográficas, produtora de quase todos os seus filmes subsequentes. Estreia na direção em 1977 no filme Dezenove Mulheres e um Homem. Com o fim do gênero policial erótico, passa a fazer filmes de sexo explícito, com pseudônimos. Como ator, participa de mais de quarenta fi lmes, destacando-se Noite Vazia (1964), Amadas e Violentadas (1975) e Dia do Gato (1988). Com carreira essencialmente cinematográfica, faz algumas participações na televisão como em O Grande Segredo (1967), Cara a Cara (1979), O Homem Proibido (1982), Uma Esperança no Ar (1985), Pedra sobre Pedra (1992), Perigosas Peruas (1992), Despedida de Solteiro (1992), Da Cor do Pecado (2004) e em um episódio do seriado Carga Pesada, em 2006. Atualmente está afastado do cinema e cuida de seus negócios em Mato Grosso. Seu filho, David Cardoso Júnior, está despontando como galã na TV Globo. Em 2004 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, David Cardoso – Persistência e Paixão, de autoria de Alfredo Sternheim. Filmografia (ator): 1963 – O Lamparina; 1964 – Noite Vazia; Meu Japão Brasileiro; Vidas Estranhas; 1966 – Corpo Ardente; 1967 – Férias no Sul; 1968 – Agnaldo, Perigo à Vista; Roberto Carlos em Ritmo de Aventura; 1970 – Os Maridos Traem... e as Mulheres Subtraem; Se meu Dólar Falasse...; 1971 – A Moreninha; Quando as Mulheres Paqueram; A Herança; 1972 – Corrida em Busca do Amor; A Infidelidade ao Alcance de Todos; Sinal Vermelho, as Fêmeas; 1973 – Caçada Sangrenta; Caingangue, a Pontaria do Diabo; Trindad... é meu Nome; 1974 – A Ilha do Desejo (Paraíso do Sexo); Sedução (Qualquer Coisa a Respeito do Amor); 1975 – Amadas e Violentadas; 1976 – Possuídas pelo Pecado; Dezenove Mulheres e um Homem; Bocadolixocinema (Ou Festa na Boca) (CM) (depoimento); 1978 – Bandido! – Fúria do Sexo; 1979 – O Amante de Minha Mulher; O Guarani; Desejo Selvagem (Massacre no Pantanal); E Agora, José?; 1980 – Corpo Devasso; 1981 – As Seis Mulheres de Adão; Pornô!; 1982 – A Noite das Taras 2; 1983 – Caçadas Eróti cas; A Freira e a Tortura; Corpo e Alma de uma Mulher; 1984 – Tentação na Cama; Estou com Aids; Novas Sacanagens do Viciado em C... (Viciado em C ... Número 2); 1988 – O Dia do Gato; 1989 – Solidão, uma Linda História de Amor; 1998 – A Hora Mágica; 2009 – Minami em Close-Up – A Boca em Revista (CM) (depoimento). Filmografia (diretor): 1977 – Dezenove Mulheres e um Homem; 1978 – Bandido! – Fúria do Sexo; 1979 – Desejo Selvagem (Massacre no Pantanal); E Agora, José?; 1980 – A Noite das Taras (2o episódio); 1981 – Pornô! (2o episódio: O Prazer da Virtude); Aqui Tarados (3o episódio: O Pasteleiro);1982 – As Seis Mulheres de Adão; 1983 – Corpo e Alma de uma Mulher; A Noite das Taras 2 (2o episódio: A Guerra das Malvinas); 1984 – Caçadas Eróti cas (1o episódio: A Espiã Portuguesa e 3o episódio: Os Punks); 1985 – Viciado em C ...; 1985 – Novas Sacanagens do Viciado Em C... (Viciado em C ... Número 2); Troca Troca do Prazer; 1986 – Sexo Cruzado; Estou com Aids; 1988 – O Dia do Gato. CARDOSO, ELIZETH Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 16 de julho de 1920. De família muito pobre, gosta de cantar e é na sua festa de quinze anos, sob o olhar perplexo de Jacob do Bandolim, que Eliseth nasce para a música, cantando Duas Lágrimas, de Benedito Barbosa. Além de Jacob, estavam Pixinguinha, Dilermando Reis e Vicente Celestino, mas é o primeiro quem a leva para a Rádio Guanabara, na qual estreia no dia seguinte, ao lado de Aracy de Almeida e Moreira da Silva. A família lhe dá todo o apoio: o pai, Jaime, a acompanha no violão, e a mãe, dona Moreninha, faz as roupas com que ela se apresenta no palco. Um casamento equivocado com o músico Ari Valdez quase interrompe sua carreira. Separada após seis meses, aos dezenove anos se vê só e grávida de seu filho Paulo (mais tarde adotaria mais duas meninas) e sobrevive como cabeleireira. Gosta de dançar nas gafi eiras, principalmente no famoso Bola Preta. Inicia carreira de bailarina no Dancing Avenida e consegue uma oportunidade para ser crooner da Orquestra do Dedé. É contratada pela Rádio e TV Tupi e engrena sua carreira. Seu primeiro LP vem em 1954, onde já impressiona por sua enorme musicalidade. Viaja o mundo e é reconhecida internacionalmente, tanto que recebe o apelido carinhoso de Divina. Participa ativamente de cinema, atuando em muitos filmes, sempre em números musicais enxertados no enredo, sendo sua estreia em 1951, em Coração Materno. Canta até o fim da vida, mesmo proibida pelos médicos, devido a uma delicada cirurgia no estômago, sofrida em 1987. Morre aos 69 anos, em 7 de maio de 1990, de câncer no estômago, no Rio de Janeiro. Filmografi a: 1951 – Coração Materno; 1952 – É Fogo na Roupa; O Rei do Samba; Mulher do Diabo; 1955 – Carnaval em Lá Maior; 1957 – Com a Mão na Massa; 1958 – Na Corda Bamba; Pista de Grama (Um Desconhecido Bate à porta); 1959 – Garota Enxuta; Espírito de Porco; Orfeu do Carnaval (Orphée Noir) (França); 1961 – América de Noite (America di Nott e) (Brasil/Argentina). CARDOSO, FÁBIO Fábio Cardoso de Almeida nasceu em Atibaia, SP, em 20 de novembro de 1932. Em 1954 visita os estúdios da Maristela e é convidado para um pequeno papel no filme Mulher de Verdade, sua estreia no cinema. Em seguida vai para a TV Record e participa da primeira versão da novela A Muralha. Em 1955 funda, com um grupo de jovens atores, o Teatro de Arena e atua como ator. Volta ao cinema em 1958 no filme Osso, Amor e Papagaios, com destaque ainda para Macumba na Alta (1958) e Rei Pelé (1964), em que tambem é produtor. Nas décadas de 1960/1970 dedica-se mais às telenovelas, participando de sucessos como Aquele que Deve Voltar (1965), A Menina do Veleiro Azul (1969), Dez Vidas (1969), O Todo-Poderoso (1979), Os Adolescentes (1981), Os Imigrantes (1982), A Ponte do Amor (1983) e Pérola Negra (1998), como Laureano, sua última novela. Em 2009 é homenageado no IV Festival Internacional de Cinema de Atibaia. Aposentado, um dos maiores galãs da TV brasileira morre em 30 de Abril de 2010, em Atibaia, aos 77 anos de idade. Filmografia: 1954 – Mulher de Verdade; 1957 – Osso, Amor e Papagaios; 1958 – Meus Amores no Rio (Mis Amores en Río) (Brasil/Argentina); Macumba na Alta; 1959 – Dorinha no Society; Amor para Três; Matemática Zero, Amor Dez; 1964 – O Rei Pelé. CARDOSO, LAURA Laurinda de Jesus Cardoso Balleroni nasceu em São Paulo, SP, em 13 de setembro de 1927. Em 1946, ainda menina, faz um teste na Rádio Tupi e no dia seguinte estreia um programa infanti l. Em 1950 inaugura a TV Tupi e passa a fazer teleteatros ao vivo como TV de Vanguarda (1956-1959), TV de Comédia (1957-1959) e TV Teatro (1958). Sua primeira novela é Quando o Amor é mais Forte, contracenando com o casal da moda, Fábio Cardoso e Guy Loup. Segue então longa e sólida carreira, Algemas de Ouro (1969), Ídolo de Pano (1974) e Gaivotas (1979). Sempre foi uma das grandes atrizes da extinta TV Tupi. Com a falência da emissora, em 1980, transfere-se para a TV Globo, onde estreia em Brilhante. No cinema, seu primeiro fi lme é Imitando o Sol (1964). Entre outros, atua também em Corisco, o Diabo Loiro (1969) e Terra Estrangeira (1995). Da década de 1980 em diante, é redescoberta na televisão, e faz personagens marcantes como a Sinhana no remake de Irmãos Coragem (1995), a velha cigana Soraya em Explode Coração (1996), a tia Ruth de Salsa & Merengue (1997), a Deolinda de Vila Madalena (1999), a Francisquinha de Como uma Onda (2004), a Abigail de O Profeta (2006), a Sebasti ana de Desejo Proibido (2007), Alice de Duas Caras (2008) e Laksmi Ananda de Caminho das Índias (2009). No teatro, que reputa como sua paixão, participa de peças importantes como Vem Buscar-me que Ainda Sou Teu e Vereda da Salvação. Em 2004 ganha o Grande Prêmio Cinema Brasil como melhor atriz por sua atuação no filme O Outro Lado da Rua. Foi casada por 31 anos, de 1949 a 1980, com o ator Fernando Balleroni, que conhecera na Rádio Tupi, até a morte deste nesse ano, com quem teve duas fi lhas, Fáti ma e Fernanda. É uma das grandes atrizes brasileiras. Filmografia: 1964 – Imitando o Sol (O Homem das Encrencas); O Rei Pelé; 1965 – Quatro Brasileiros em Paris; 1969 – Corisco, o Diabo Loiro; 1976 – Já não se Faz Amor como Anti gamente (episódio: O Noivo); 1977 – O Mártir da Independência; 1980 – Ariella; 1982 – Um Casal de Três (Carícias Eróti cas); 1987 – Quincas Borba; 1988 – Lua Cheia; Adultério (CM); 1995 – Terra Estrangeira; 1998 – Uma Aventura do Zico; 2000 – Através da Janela; 2001 – Copacabana; 2002 – No Bar (CM); Morte (CM); 2004 – O Outro Lado da Rua; Amigo Secreto (CM); 2006 – Muito Gelo e Dois Dedos d’Água; Fica Comigo esta Noite; 2007 – O Primo Basílio; 2008 – A Casa da Mãe Joana; 2010 – Amazônia Caruana. CARDOSO, LOUISE Louise Ferreira Cardoso nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 17 de abril de 1954. Estuda Letras até os vinte e um anos, quando passa a frequentar grupos experimentais como Dependências e Asdrúbal Trouxe o Trombone. Em 1975 é convidada por Ziembinski para participar da peça O Quarteto. Trabalha intensamente no teatro e paralelamente dá aulas no curso do Tablado. Na televisão, estreia no programa Ciranda, Cirandinha, na década de 1970, e depois nas telenovelas Gina (1978), Marron Glacê (1979), Champagne (1983), Cambalacho (1986), Felicidade (1991), Cara & Coroa (1996), Porto dos Milagres (2001) e, mais recentemente, Páginas da Vida (2006). Participa também de minisséries e casos especiais. Faz muito cinema, sendo sua estreia em 1976, no filme Marcados para Viver. Entre outros, atua em Baixo Gávea (1986), Leila Diniz (1987), ganhando o prêmio de melhor atriz por dois anos consecutivos no Festival de Brasília, Apolônio Brasil, Campeão de Alegria (2003) e Irma Vap – o Retorno (2006). É uma grande atriz brasileira. Em 2008 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, pela Coleção Aplauso, lança sua biografia, Louise Cardoso – A Mulher do Barbosa, de autoria de Vilmar Ledesma. Filmografia: 1976 – Marcados para Viver; O Seminarista; 1977 – Chocolate ou Morango? (CM); Se Segura, Malandro; Gente Fina é Outra Coisa; 1978 – Alô Teteia (CM); Mal Incurável (CM); Heróis (CM); 1979 – Parceiros da Aventura; O Coronel e o Lobisomem; 1980 – Cabaret Mineiro; Gaijin, os Caminhos da Liberdade; Teu, Tua (episódio: O Corno Imaginário); 1981 – O Sonho não Acabou; Os Vagabundos Trapalhões; 1983 – A Próxima Vítima; Os Trapalhões na Serra Pelada; Bar Esperança, o Último que Fecha; 1986 – Baixo Gávea; 1987 – Urubus e Papagaios; Leila Diniz; Sonhos de Menina-Moça; 1988 – Por Dúvida das Vias (CM); O Escurinho do Cinema (CM); 1990 – Matou a Família e Foi ao Cinema; 1997 – Miramar; For All, o Trampolim da Vitória; 2001 – Copacabana; 2003 – Viva Sapato!; O Ovo (CM); Apolônio Brasil, Campeão de Alegria; 2005 – Gaijin – Ama-me como Sou; 2006 – Irma Vap – o Retorno; Desviados (CM); 2007 – Corpo; 2009 – Tempos de Paz; 2010 – Do Começo ao Fim; O Diário de Tati. CARDOSO, MÁRIO Mário Manuel Cardoso de Araújo nasceu em Lisboa, Portugal, em 24 de janeiro de 1950. Psicólogo formado, começa sua carreira como modelo profissional. Transfere-se em seguida para a televisão, participando das novelas Cuca Legal (1975), O Feijão e o Sonho (1976), A Moreninha (1976), Coração Alado (1980), Uma Esperança no Ar (1985), Brasileiras e Brasileiros (1990), Vira Lata (1996), entre outras. Estreia no cinema em 1974 no filme Robin Hood, o Trapalhão da Floresta. Entre outros, atua em O Rei e os Trapalhões (1979) e Profi ssão, Mulher (1982). Em 1997 interrompe sua carreira após participar da novela Zazá, retornando em 2003 em Chocolate com Pimenta, depois América (2005), A Lua me Disse (2005), Páginas da Vida (2006), Sete Pecados (2007) e Caminho das Índias (2009). Mário foi um dos grandes galãs da televisão brasileira nos anos 1970. Filmografia: 1974 – Robin Hood, o Trapalhão da Floresta; 1975 – O Trapalhão na Ilha do Tesouro; 1976 – E... as Pílulas Falharam; 1978 – Como Matar uma Sogra; Desejo Violento; 1979 – O Rei e os Trapalhões; Foragidos da Violência; 1981 – Os Salti mbancos Trapalhões; 1982 – Profi ssão Mulher. CARDOSO, OSMANO Inicia sua carreira no cinema, no filme O Palhaço Atormentado, em 1948. Vai para a televisão em 1961 na novela Mateus Falcone. É também autor de novelas e dublador. Como ator, parti cipa de várias novelas como Minas de Prata (1966), A Muralha (1968), Dez Vidas (1969), Vitória Bonelli (1972), Meu Rico Português (1975), etc. No cinema atua nas séries Vigilante Rodoviário (1961/1962) e Águias de Fogo (1967) – ambas produzidas e dirigidas por Ary Fernandes – e em dezenas de fi lmes como Macumba na Alta (1958), São Paulo S/A (1965), Paixão de um Homem (1972), O Quarto da Viúva (1976). Falecido. Filmografia: 1948 – O Palhaço Atormentado; 1951 – Presença de Anita; 1952 – Simão, o Caolho; 1954 – Se a Cidade Contasse...; Mulher de Verdade; 1956 – A Pensão de D. Estela; 1957 – O Pão que o Diabo Amassou; O Gato de Madame; 1958 – Macumba na Alta; 1961 – Terras de Ninguém (CM) (episódio da série Vigilante Rodoviario); 1963 – Lampião, o Rei do Cangaço; 1965 – São Paulo S/A; 1967 – A Vida Quis Assim; Vigilante em Missão Secreta (episódio: Terras de Ninguém); 1967 – Mãe do Ouro (CM) (epísódio da série Águias de Fogo); 1968 – Enquanto Houver Esperança; 1970 – Sentinelas do Espaço (episódio: Mãe do Ouro, da série Águias Fogo); 1971 – O Homem Lobo; 1972 – Paixão de um Homem; 1974 – O Marginal; 1975 – O Sexualista; 1976 – O Quarto da Viúva. CARDOSO, PEDRO Pedro Cardoso Martins Moreira nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 31 de dezembro de 1962. É primo de ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Começa a trabalhar no teatro como iluminador. Com treze anos de idade, faz sua primeira peça, Édipo Rei. Integra o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, que lhe dá enorme bagagem. Em 1983 estreia na televisão no especial Alice & Alice, como Betinho, mas o sucesso acontece mesmo em 1995 em Pátria Minha, como Albano, papel que lhe dá notoriedade nacional. Entre 1995 e 1997 participa do humorístico Comédia da Vida Privada e desde 2001 está no elenco fi xo de A Grande Família, como o malandro Agostinho Carrara. No cinema, faz sua estreia em 1984 no filme Os Bons Tempos Voltaram – Vamos Gozar Outra Vez. Entre outros, participa também de O que é Isso Companheiro? (1997), O Homem que Copiava (2003), Redentor (2004) e A Casa da Mãe Joana (2008). Está casado com Maristela, com quem tem duas filhas, Luíza (1990) e Maria (1995). É um dos bons atores cômicos da atualidade. Filmografia: 1984 – Os Bons Tempos Voltaram (episódio: Sábado Quente); 1986 – Acre-Doce (CM); Geleia Geral (CM); As Sete Vampiras; Veja esta Canção (episódio: Drão); 1990 – Barro de A Macaca (CM) (também diretor, em parceria com Felipe Pinheiro); Stelinha; 1992 – Os Moradores da Rua Humboldt (CM) (também narração); 1994 – A Matadeira (CM); Dente por Dente (CM); 1995 – Felicidade É... (episódio: Estrada); 1997 – O que é Isso Companheiro?; 1998 – Traição (episódio: O Primeiro Pecado); 1999 – Por Trás do Pano; 2000 – Bossa Nova; 2002 – Separações; 2003 – O Homem que Copiava; 2004 – Redentor; 2007 – A Grande Família – o Filme; 2008 – A Casa da Mãe Joana; Todo Mundo Tem Problemas Sexuais. CARDOSO, ROGÉRIO Rogério Cardoso Furtado nasceu em Mococa, SP, em 7 de março de 1937. Filho de Paulo Cardoso Furtado e Maria Panizza, é o primogênito de uma família de cinco irmãos. Ainda em Mococa completa o ensino médio, mas é em Ribeirão Preto que estuda Odontologia e Farmácia por dois anos. Larga os estudos para seguir carreira artística. Rogério iniciou-se profi ssionalmente em 1952, como contrarregra de radioteatro, na Zyr-25 Rádio Clube de Mococa, em um tempo em que o rádio ainda era mais importante que a televisão. Depois começa a atuar no programa dominical Risos e Melodias, comandado por Geraldo Catalano, no qual revela seu talento cantando e contando piadas. Rogério compôs inúmeras músicas, sendo a mais conhecida a versão em português de Pequeno Mundo, com mais de 15 gravações. Em Ribeirão Preto, em 1956, integra a equipe da PRA-7 Rádio Clube de Ribeirão Preto. Ainda em Ribeirão, em 1958 estreia nos palcos na peça A Ditadura, de Paulo Magalhães. Nos anos 1960/1970 participa de inúmeros programas humorísti cos como Meio Século de Espetáculos, A Cidade se Diverte, Time Square, Vovôdeville, Moacyr Franco Show, Deu a Louca no Show, Black and White, Praça da Alegria, Hotel do Sossego Chico City, Os Trapalhões, Balança mas não Cai, A Festa é Nossa, Humor Livre, Viva o Gordo, Chico Anysio Show, entre outros. Rogério atuou também nas novelas A Mãe, de 1964; Cinderela, de 1977; e, já na Globo, A Gata Comeu e Explode Coração. Seu personagem Salgadinho, marido de Regina Dourado, estourou em todo o Brasil. Participou também das minisséries O Auto da Compadecida e Hilda Furacão, além de vários episódios de Comédias da Vida Privada. Em 1983 forma-se advogado e, em 1996, torna-se suplente de vereador. Nesse mesmo ano estreia no cinema numa produção italiana, O Barbeiro do Rio, de Giovanni Veronesi, mas em 1998 tem memorável parti cipação no filme Boleiros, Era Uma Vez o Futebol, de Ugo Giorgetti. Nos últimos anos destaca-se como Rolando Lero, na Escolinha do Professor Raimundo; Epitáfi o, em Zorra Total; e Seu Flor, de A Grande Família, seu últi mo personagem. Em 2002 completou 50 anos de carreira, mas morre, em 23 de julho de 2003, em seu apartamento, no Rio de Janeiro, após sofrer um enfarte fulminante, aos 66 anos de idade. Deixa três filhos e seis netos. Filmografia: 1990 – Causos (CM); 1996 – O Barbeiro do Rio (Il Barbiere di Rio) (Itália); 1998 – Boleiros, Era uma Vez o Futebol; Amor & Cia.; 2000 – O Auto da Compadecida; Bossa Nova; O Circo das Qualidades Humanas; 2002 – Samba Canção; Cristina Quer Casar; 2003 – Bala Perdida (CM). CARDOSO, SÉRGIO Sérgio da Fonseca Matos Cardoso nasceu em Belém, PA, em 23 de março de 1925. Passa parte da infância em Manaus, antes de estudar no Rio e em São Paulo. Forma-se advogado em 1947 pela PUC do Rio de Janeiro. Ainda na faculdade, integra o Teatro Universitário, sendo seu primeiro papel o de Teobaldo, em Romeu e Julieta, de Shakespeare. Em 1953 é convidado para encabeçar o elenco da Cia. Dramática Nacional, criada pelo Ministério da Educação. No mesmo ano dirige sua então esposa, Nydia Lícia, em Canção Dentro de um Pão, de Raymundo Magalhães Júnior. Em 1954 funda com ela a Companhia Nydia Lícia/Sérgio Cardoso, que estreia no Teatro Leopoldo Fróes com Lampião, de Raquel de Queiroz, e Sinhá Moça Chorou, de Ernani Fornari. Em 1956 aparece com êxito interpretando e dirigindo Hamlet, de Shakespeare. Faz pouco cinema, sendo sua estreia em 1951, numa pequena ponta no filme Ângela, produção da Vera Cruz. Nos anos 1960, participa ati vamente da televisão e dá shows de interpretação em novelas como O Preço de uma Vida (1965), O Anjo e o Vagabundo (1966), Antônio Maria (1968), A Cabana do Pai Tomás (1969), Pigmalião 70 (1970), entre outras. Em 1968 faz sua primeira novela na TV Globo, O Santo Mestiço. Trabalha até o capitulo 200 de O Primeiro Amor, em 1972, mas morre antes de terminá-la, em 18 de agosto, aos 47 anos de idade, dando lugar a Leonardo Villar. É um dos maiores atores que o Brasil já teve. Seu nome tornou-se lenda, sendo respeitado por atores, diretores, críti cos e público em geral. Quem o viu atuar, jamais esquecerá. Com Nydia Lícia, foi casado por dez anos, de 1950 a 1960, e teve sua única filha, Sylvia Luisa (1952), a quem amou profundamente. Em 2004 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia: Sérgio Cardoso – Imagens de sua Arte, de autoria de Nydia Licia. Filmografia: 1951 – Ângela; 1954 – A Esperança é Eterna (CM) (narração); 1955 – Três Destinos (inacabado); 1968 – Madona de Cedro; 1970 – Os Herdeiros. CARDOSO, WANDERLEY Nasceu em São Paulo, SP, em 10 de março de 1945. Em 1950 é levado pela mãe para se apresentar em programas de rádio de São Paulo. Em 1957 é convidado para gravar Canção do Jornaleiro no disco Brincando de Escola. Desiste da carreira temporariamente e começa a trabalhar num banco, estudando contabilidade à noite. Em 1963 é levado para a TV Tupi e apresenta-se no programa Alô Brotos e no J. R. Show. Em 1964 grava um compacto simples com as músicas Rosana e Deu a Louca no Mundo. O sucesso mesmo acontece no ano seguinte, com Preste Atenção. Participa ativamente do movimento Jovem Guarda e nessa época emplaca o maior sucesso da sua carreira, O Bom Rapaz, que fi ca em primeiro lugar nas paradas durante meses. Estreia no cinema em 1966 com 007 ½ no Carnaval e, em 1969, ganha um filme só seu, Pobre Príncipe Encantado, estrelado por grandes arti stas. Em 2003 participa, como protagonista, da novela Jamais te Esquecerei. Em 1995/1996, participa do renascimento da Jovem Guarda, fazendo shows por todo o Brasil. Atualmente apresentase esporadicamente em shows e televisão. Filmografia: 1966 – 007 ½ no Carnaval; Na Onda Do Iê-Iê-Iê; 1967 – Opinião Pública; 1969 – Pobre Príncipe Encantado; 1970 – Amor em Quatro Tempos; 2009 – Alô, Alô, Terezinha (depoimento). CARDOSO, YOLANDA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de setembro de 1928. Inicia sua carreira no teatro. Em 1957 participa do seu primeiro filme, Uma Certa Lucrécia, ao lado de Dercy Gonçalves. Estreia na televisão em 1967, na novela Anastácia, a Mulher sem Destino, na qual desenvolve sólida carreira, primeiro na TV Tupi, em novelas como As Pupilas do Senhor Reitor (1970), O Barba Azul (1974) e Papai Coração (1976) e depois na TV Globo, em Coração Alado (1980), Séti mo Sentido (1982) e Transas e Caretas (1984). No cinema participa de mais de uma dezena de fi lmes, com destaque para Adorável Trapalhão (1967), Elas São do Baralho (1977) e Pedro Mico (1985). Na minissérie Decadência, em 1998, fez o papel de Tia Lalu. Seu último trabalho na televisão foi no humorístico Sai de Baixo, em 1998, no episódio Filho porque Quilo, em que interpretava a personagem Carolina Koifner. Desde 2001 a atriz residia no Retiro dos Artistas, em Jacarepaguá, Rio de Janeiro. Em 2002, participa do documentário Chão de Estrelas, sobre a profissão de ator no Brasil. Morre em 10 de julho de 2007, aos 78 anos de idade, no Rio de Janeiro, vítima de falência múltipla dos órgãos, pneumonia e infecção generalizada. Filmografia: 1957 – Uma Certa Lucrécia; 1963 – Crime no Sacopã; 1966 – Paraíba, Vida e Morte de um bandido; Engraçadinha Depois dos Trinta; 1967 – Adorável Trapalhão; 1968 – Copacabana me Engana; 1969 – Como Vai, Vai Bem?; 1977 – Elas São do Baralho; A Árvore dos Sexos; 1978 – A Noite dos Duros; 1979 – Mulheres do Cais; 1980 – Os Rapazes da Difícil Vida Fácil; 1985 – Pedro Mico; 1986 – Com Licença, eu Vou à Luta; 1987 – Um Trem para as Estrelas. CARDOSO, ZILDA Nasceu em São Paulo, SP, 4 de janeiro de 1936. Em 1962 estreia na televisão substituindo Heloísa Mafalda num programa humorístico e, devido ao sucesso, ganha seu próprio programa na TV Paulista, Zilda em 23 Polegadas. Em 1964 cria seu mais famoso personagem, A Catifunda, que marca época na Praça da Alegria, ao lado de Manoel de Nóbrega. Debochada, cria um estilo próprio como a mendiga que fuma charuto e fala bobagens. Estreia no cinema em 1963, no filme O Lamparina, ao lado de Mazzaropi. Na televisão, além da Praça da Alegria, parti cipa de algumas novelas como Quatro Homens Juntos (1965), Mãos ao Ar (1966) e Meu Adorável Mendigo (1973). Depois de muitos anos afastada, retorna em 1990 para participar da novela Meu Bem, Meu Mal, como Elza Gentil, e no mesmo ano do seriado Delegacia de Mulheres, como Adelaide. Em 1995 retoma o personagem Cati funda na Escolinha do Professor Raimundo, pela TV Globo e em 2000 participa do episódio Transas de Família, do programa Você Decide, por enquanto, sua última aparição na telinha. Está aposentada. Filmografia: 1963 – O Lamparina; 1964 – Meu Japão Brasileiro; 1969 – Golias contra o Homem das Bolinhas; 1970 – Se Meu Dólar Falasse... CARDOSO JUNIOR, DAVID David Cardoso Júnior nasceu em São Paulo, SP, em 14 de janeiro de 1971. Filho do ator David Cardoso, cedo se interessa pela carreira artística, acompanhando o trabalho do pai e fazendo pequenos papéis nos filmes por ele produzidos. Estreia 1977, no filme Dezenove Mulheres e um Homem e na televisão em 1984 na novela Joana. Em 1997 é contratado pela TV Globo e ganha papel de destaque na novela Zazá. Depois vai para a TV Record participar das novelas Estrela de Fogo (1998) e Metamorphoses (2004). Filmografia: 1977 – Dezenove Mulheres e um Homem; 1982 – A Noite das Taras 2; 1983 – A Freira e a Tortura; 1984 – Tentação na Cama; 1985 – Viciado em C...; 1986 – Estou com Aids. CAREQUINHA George Savalla Gomes nasceu em Rio Bonito, RJ, em 18 de julho de 1915. Sua mãe, a equilibrista Elisa Savallas, andava na corda bamba quando sentiu as primeiras dores do parto. Ela deixou o arame com dificuldade e, sob a lona do Circo Peruano, deu à luz o filho. Cinco anos mais tarde, o garotinho encarnava, pela primeira vez, a figura que viria a ser o mais famoso palhaço brasileiro. Torna-se palhaço aos 12 anos de idade, primeiro no Circo Peruano e depois no Circo Oriental. Em 1951, Carequinha estreia na TV Tupi no comando do programa Variedades Tupi, depois chamado de Circo Bombril. Ele permaneceu 16 anos à frente da atração e foi o primeiro a receber crianças num estúdio de TV. Depois trabalhou na TV Piratini, TV Curitiba, TV Itacolomi e TV Rádio Clube. Na TV Globo, fez uma participação especial na novela Três Marias, em 1981. Estreia no cinema em 1956 no filme Sai de Baixo. Participa de comédias carnavalescas em que tem oportunidade de mostrar toda a sua agilidade, ao dar piruetas para o público e diverti r a garotada. A parti r da década de 1960 dedica-se mais à televisão e ao circo. Como cantor, grava vários discos de cunho folclórico e brincadeiras de roda. Carequinha ficou conhecido como o palhaço dos presidentes, por ter seu talento reconhecido por diversos governantes, como Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e presidentes do tempo da ditadura militar, para os quais ele se apresentou. Eu ajudava a quebrar o gelo, comentou uma vez o palhaço. No rádio, Carequinha participou dos programas Barbosa Júnior e César de Alencar, ambos em emissoras do Rio de Janeiro. Nessa época começa a gravar canções infantis e chega a vender mais de 2 milhões de cópias de seu disco em 1962. Grava 26 discos. Em 1983, Carequinha estreou o programa O Circo Alegre na TV Manchete. Assessorado pela diretora Marlene Matt os, ele treinou Xuxa para o início de sua carreira como apresentadora infantil. Em 2001, Carequinha estreou como aluno da Escolinha do Professor Raimundo. Sua últi ma participação na TV foi na minissérie Hoje é Dia de Maria 2, no final de 2005. Mesmo idoso, permanece em plena ati vidade, fazendo shows em aniversários de crianças. Casado, tem cinco filhos, quatro netos, dois bisnetos. O palhaço mais famoso e mais querido do Brasil morre em 5 de abril de 2006, aos 90 anos de idade, de infarto agudo do miocárdio, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1956 – Sai de Baixo; Com Água na Boca; 1957 – Com Jeito Vai; 1958 – É de Chuá!; Sherlock de Araque; 1959 – O Palhaço o que é?; 1979 – Carequinha (George Gomes ) (CM). CARIBÉ Hector Julio Paride Bernabó nasceu na Argentina em 9 de fevereiro de 1911, mas naturaliza-se brasileiro. Desenhista, parti cipa do clássico O Cangaceiro, de 1953, fazendo a decoração, desenhos de produção, apresentação dos títulos e uma pequena ponta. Respeitado por todos, morre em 1º de outubro de 1997, aos 76 anos de idade. Filmografia: 1953 – O Cangaceiro; 1971 – Bahia por Exemplo (como ele mesmo); 1977 – Tenda dos Milagres. CARIBÉ, RUBENS Rubens de Lima Caribé da Rocha nasceu em São Paulo, SP, em 19 de agosto de 1965. Inicia sua carreira em 1987, com o Grupo Ornitorrinco. Em 1992, vai a Nova York com a troupe de Cacá Rosset, com a peça Sonhos de uma Noite de Verão. Em 1992, estreia na televisão na minissérie Anos Dourados, como o guerrilheiro Marcelo. Ainda na TV Globo, participa da minissérie Contos de Verão e da novela Fera Ferida, ambas em 1993. Em 1995, transfere-se para o SBT, e participa das novelas Sangue do meu Sangue (1995), Antonio Alves, Taxista (1996) e Ossos do Barão (1997). Pela extinta TV Manchete faz Canoa do Bagre, em 1997. Em 1998 retorna à TV Globo para participar da minissérie Do Fundo do Coração. Pela TV Record faz Cidadão Brasileiro (2006) e pela TV Globo, Sete Pecados (2007). Estreia no cinema em 1996 no filme Sombras de Julho (1996). Dedica sua carreira mais à televisão. Filmografia: 1996 – Sombras de Julho; 2009 – Inversão. CARIOCAS, OS Grupo musical formado em 1942 no Rio de Janeiro pelos irmãos paraenses Ismael de Araújo Silva Netto, o Ismael Netto (1925 – 1956) e Severino Araújo Silva Filho, o Severino Filho (1928 – ), depois completado pelos cariocas Emanuel Barbosa Furtado, o Badeco; Jorge Quartaroni, o Quartera; e Luiz Roberto. Sua primeira participação no rádio acontece em 1945 no programa de Renato Murce, com as músicas If You Please e Run And Coca Cola. É considerado o maior grupo vocal brasileiro de todos os tempos, com passagens memoráveis nos EUA e incrível influência na Bossa Nova, movimento que ajuda a criar e participa efetivamente. Estreia no cinema em 1948 no filme Poeira de Estrelas. Seus maiores sucessos são Ela é Carioca e Minha Namorada. Estão em atividade até hoje, mas com poucos integrantes da formação original. Filmografia: 1948 – Poeira de Estrelas; 1949 – Estou Aí!; 1952 – Barnabé tu és Meu; 1959 – Mistério da Ilha de Vênus; 1964 – Copacabana Palace (The Girl Name) (Itália/França/Brasil) (interpretando Só Danço Samba); 2003 – Apolônio Brasil, Campeão da Alegria. CARLA DANIEL Carla Teixeira Daniel nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 15 de agosto de 1965. É filha de Daniel Filho e Dorinha Duval. Estreia na televisão, em 1984, na novela Parti do Alto. No cinema, sua primeira oportunidade acontece em 1987, quando Renato Aragão convida-a a parti cipar do filme Os Fantasmas Trapalhões. A força do filme, aliada a sua beleza e talento, é o sufi ciente para torná-la conhecida em todo o Brasil. Sua carreira então começa a deslanchar, principalmente na televisão, ao participar, entre tantas outras, das novelas De Quina pra Lua (1985), Roda de Fogo (1986), como Marlene, uma das namoradas do Tabaco, interpretado por Osmar Prado, Barriga de Aluguel (1990), De Corpo e Alma (1992), Incidente em Antares (1994), O Cravo e a Rosa (2000), Chocolate com Pimenta (2004) e, mais recentemente, Pé na Jaca (2007), como Tiana. Está casada com Edgar Miranda, com quem tem uma fi lha, Lys. Filmografia: 1987 – Os Fantasmas Trapalhões; 2001 – A Partilha; 2006 – Se eu Fosse Você; Mulheres do Brasil; Muito Gelo e dois Dedos d’Água; 2010 – Chico Xavier. CARLA REGINA Carla Regina Freitas Cabral nasceu em Limeira, SP, em 21 de outubro de 1976. Seu pai morre quando tem dez anos. Começa sua carreira na televisão, em 1994, na novela Quatro por Quatro, aos 18 anos de idade. Depois de uma breve passagem por Malhação em 1995, transfere-se para a TV Manchete e lá parti cipa de Tocaia Grande (1995), Xica da Silva (1996), Mandacaru (1997) e Brida (1998). De volta à TV Globo participa da minissérie Chiquinha Gonzaga (1999) e das novelas Andando nas Nuvens (1999), O Clone (2001) e da minissérie A Casa das Sete Mulheres (2003). Contratada pela TV Record, brilha em Essas Mulheres (2004) e Cidadão Brasileiro (2006). No cinema, participa de um único filme, Espelho d’Água – Uma Viagem no Rio São Francisco, em 2004, ao lado de Fábio Assunção. De volta à Globo, participa de um episódio de Casos e Acasos, em 2008. Está casada com o médico Malcom Montgomery. Filmografia: 2004 – Espelho d’Água – Uma Viagem no Rio São Francisco. CARLA, WILZA Nasceu em Niterói, RJ, em 29 de outubro de 1935. Formada em Direito, nunca exerceu a profissão, abandonando uma promissora carreira pela vida artística. Estreia no cinema em 1955 no filme Chico Viola não Morreu. Acaba se identificando tanto que faz muitos fi lmes, destacando-se Ipanema Toda Nua (1972), As Massagistas Profissionais (1976) e Mulher de Proveta (1984), sempre explorando sua comicidade e seu físico avantajado, no gênero pornochanchada. Durante muitos anos trabalha como jurada do Programa Sílvio Santos e depois Raul Gil. Na televisão, participa das novelas Assim na Terra como no Céu (1970), Jerônimo, o Herói do Sertão (1972), Saramandaia (1976), seu melhor momento, como a Dona Redonda, Cambalacho (1986), A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990) e na minissérie O Portador (1991). Depois disso, afasta-se da carreira artística, pois os sérios problemas de saúde causados principalmente por diabetes, a impedem de trabalhar. Filmografia: 1955 – Chico Viola não Morreu (Brasil/Argentina); Trabalhou Bem Genival; 1956 – Genival é de Morte; Leonora dos Sete Mares; 1957 – Tem Boi na Linha; 1958 – Minha Sogra é da Polícia; 1968 – Palmeiras Negras (Svarta Palmkronor) (Suécia); 1968 – As Aventuras de Chico Valente; 1969 – Macunaíma; O Rei da Pilantragem; 1970 – Os Monstros de Babaloo; Pra Quem Fica, Tchau!; O Impossível Acontece (episódio: O Reimplante); 1971 – Cômicos e mais Cômicos (como ela mesma); Os Herdeiros; 1972 – Ipanema Toda Nua; 1973 – Salve-se quem Puder (Rally da Juventude); 1974 – Mais ou Menos Virgem; Ainda Agarro esta Vizinha; 1975 – Um Soutien para o Papai; Com as Calças na Mão; Guerra Conjugal; 1976 – As Massagistas Profissionais; O Vampiro de Copacabana; A Ilha das Cangaceiras Virgens; Loucuras de um Sedutor; Socorro! Eu não Quero Morrer Virgem; 1977 – As Eróti cas Profissionais; Será que ela Aguenta?; Costinha e o King Mong; Pastores da Noite (Otália da Bahia) (França/Brasil); Socorro, eu não Quero Morrer Virgem; 1978 – Seu Florindo e suas Duas Mulheres; 1979 – O Menino Arco-Íris (A Infância de Jesus Cristo); 1979/1983 – Loucuras Cariocas (Loucuras, o Bumbum de Ouro ou Funerária Kung-Fu); 1982 – O Rei da Boca; Os Campeões; Sexo às Avessas; 1983 – Põe Devagar... Bem Devagarinho; Vai e Vem à Brasileira; 1984 – Bacanal na Ilha da Fantasia; Clube do Sexo; Padre Pedro e a Revolta das Crianças; Made In Brazil (episódio: Fim de Semana Impossível); Mulher de Proveta; 1988 – Prisioneiro do Rio (Prisioner of Rio) (Brasil/Polônia/Suíça). CARLO, BOBBY DE Roberto dos Santos nasceu em São Paulo, SP, em 30 de junho de 1945. Começa a cantar no início dos anos 1960, mas só faz sucesso em 1965 com a música Tijolinho. Parti cipa ati vamente do movimento Jovem Guarda, grava vários discos, mas nunca com o mesmo sucesso. Estreia no cinema em 1967 no filme Adorável Trapalhão. Nas décadas de 1980/1990 fica afastado, retornando, em 1995, com o ressurgimento da Jovem Guarda. Filmografia: 1967 – Adorável Trapalhão (como ele mesmo); 1968 – Juventude e Ternura. CARLO, MARA DI Teresinha Amélia Pezzodipane nasceu em Sorocaba, SP, em 5 de dezembro de 1935. Inicia suas ati vidades artísticas ainda menina, em sua cidade natal, no Teatro Experimental Sorocabano, debutando na peça Irene, de Pedro Bloch, em 1944, com apenas nove anos de idade. Já em São Paulo, participa do programa apresentado por Hélio Ansaldo na TV Record. Integra o Grupo Folclórico Brasileiro, fundado por Barbosa Lessa, com o qual excursiona por todo o País com a peça Não te Assusta, Zacaria. Convidada a integrar o cast da TV-Rio, muda-se para o Rio de Janeiro. Participa então do especial A Família Boaventura. No cinema, participa de muitos fi lmes como Eva do Brasil (1955), Cala a Boca Etelvina (1959) e A Desforra (1965). Filmografia: 1955 – Eva do Brasil; Carnaval em Lá Maior; 1958 – O Camelô da Rua Larga; Sherlock de Araque; Mimi (inacabado); 1959 – Cala a Boca Etelvina; É um Caso de Polícia Helena (inacabado); Matemática Zero, Amor Dez; 1960 – A Viúva Valentina; Eu Sou o Tal; 1965 – A Desforra. CARLOS ALBERTO Carlos Alberto Soares nasceu em Porto Alegre, RS, em 11 de junho de 1925. Forma-se em Geologia do Petróleo e Literatura Comparada, na Escola Dramática da Universidade de Michigan, quando sobe ao palco pela primeira vez, em uma peça feita pelos alunos da escola. De volta ao Brasil, inicia sua carreira no cinema, em 1952 no filme Carnaval na Atlântida. Depois de três fi lmes, e com a paralisação de vários estúdios paulistas como a Vera Cruz, Maristela e Multifilmes, abandona a carreira e viaja para os EUA, a fim de estudar a língua inglesa. Sua ideia é ser professor, no retorno ao Brasil, mas o dom artístico fala mais alto e ele retoma a carreira com toda a força no cinema, teatro e televisão, sendo um dos galãs mais queridos e requisitados da década de 1960. Estreia na televisão em 1964, na novela O Desconhecido, pela TV Record, e não para mais, fazendo enorme sucesso em novelas como Eu Compro Essa Mulher (1966) e Simplesmente, Maria (1971), fazendo par de sucesso com sua então esposa Yoná Magalhães, com quem foi casado por cinco anos (1966-1971). Contratado pela TV Globo, brilha na novela Bravo, no papel do renomado maestro Clóvis di Lorenzo, numa das melhores interpretações de sua carreira. Na TV Manchete, parti cipa de Kananga do Japão (1989), Tocaia Grande (1995), Xica da Silva (1997) e Mandacaru (1998). Foi um dos grandes galãs da televisão brasileira, arrancando suspiros apaixonados de suas milhares de fãs. De volta à TV Globo, participa da minissérie Os Maias (2001) e mais recente na novela Chocolate com Pimenta (2004). Morre em 6 de maio de 2007, de câncer, no Rio de Janeiro, aos 81 anos de idade. Filmografia: 1952 – Carnaval Atlântida; 1954 – O Craque; Rua sem Sol; 1958 – Ravina; 1960 – Eles não Voltaram; 1964 – Crime de Amor; Pão de Açúcar (Brasil/ EUA); 1966 – Rio, Verão & Amor; Samba (Espanha/Brasil); 1968 – Um Clássico, dois em Casa, Nenhum Jogo Fora (CM); 1969 – Sete Homens Vivos ou Mortos; 1970 – Lista Negra para Black Medal; 1971 – A Moreninha; 1973 – Uma Nega Chamada Teresa; 1975 – Um Soutien para o Papai; O Roubo das Calcinhas (episódio: I Love Bacalhau); 1978 – Mágoa de Boiadeiro; 1979 – A Rainha do Rádio; 1980 – Amantes Violentos; 1991 – Desterro (CM). CARLOS WILSON Carlos Wilson Coutinho da Silveira nasceu no Espírito Santo, em 1951. Damião, como era conhecido, inicia sua carreira no Teatro Tablado, de Maria Clara Machado, em 1970, na peça Maroquinhas Fru Fru. Em seguida passa a dirigir e dar aulas de interpretação, tendo sido responsável pelo lançamento de vários atores hoje consagrados como Malu Mader, Pedro Cardoso, etc. Estreia no cinema em 1977 no filme Ajuricaba, o Rebelde da Amazônia, além de ter desenvolvido também outras funções como coreógrafo em As Sete Vampiras (1986). assistente de produção em O Segredo da Múmia (1982), diretor de arte em Perdida e Cabaret Mineiro (1980), etc. Na televisão, faz apenas duas novelas, Coração Alado (1980), como Mexicano, e Mandala (1987), como Pai de Santo. Morre em 11 de janeiro de 1992, no Rio de Janeiro, de complicações decorrentes do vírus da Aids, aos 40 anos de idade. Filmografia: 1977 – Ajuricaba, o Rebelde da Amazônia; 1978 – Se Segura Malandro; 1979 – O Bom Burguês; 1980 – Prova de Fogo; Cabaret Mineiro; 1982 – O Segredo da Múmia; 1983 – Bar Esperança; 1984 – O Cavalinho Azul; Noites do Sertão; Garota Dourada; 1985 – O Rei do Rio; 1986 – Hell Hunters (EUA/ Alemanha); Baixo Gávea; Com Licença, eu Vou à Luta. CARMEN ANGÉLICA Carmen Angélica Araújo nasceu em Ibipitanga, BA, em 1951, cidade onde mora até os doze anos. Muda-se então com a família para Rondonópolis, MT. Adolescente, vai para Cuiabá e começa a trabalhar numa agência de turismo. Candidata-se em concursos de beleza, chegando a ganhar como Miss Objeti va e Miss Cuiabá. Em 1973, já como modelo profissional, é descoberta por David Cardoso, que a convida para parti cipar do filme Caçada Sangrenta. Contratada, faz sua estreia no cinema.Terminadas as fi lmagens resolve vir com a equipe para São Paulo, onde passa a morar. Seguem-se depois Clube das Infiéis (1975), Mulher, Sexo Veneno (1984), entre outros. Filmografia: 1973 – Caçada Sangrenta; Os Garotos Virgens de Ipanema (Purinhas do Guarujá); 1974 – As Cangaceiras Eróti cas; 1975 – Clube das Infiéis; A Ilha do Desejo (Paraíso do Sexo); O Supermanso; 1976 – Amadas e Violentadas; O Dia em que o Santo Pecou; A Ilha das Cangaceiras Virgens; Mulheres do Sexo Violento; 1977 – A Árvore dos Sexos; 1978 – Belas e Corrompidas; 1979 – Alucinada pelo Desejo; 1981 – A Opção (As Rosas da Estrada); A Noite das Depravadas; 1982 – Amor Estranho Amor; 1983 – Deu Veado na Cabeca; Mulher Natureza; Prazeres Permitidos; 1984 – Mulher, Sexo Veneno. CARMEN VERÔNICA Carmelita Varella Alliz nasceu em Recife, PE, em 12 de junho de 1933. Com beleza incomum e plástica perfeita, começa sua carreira como dançarina e vedete. Nos anos 1950 é uma das mais belas e cobiçadas vedetes do Brasil, ficando por dez anos na lista das Certinhas do Lalau, escrita pelo jornalista Sérgio Porto. Estreia no cinema em 1959 no filme Aí Vem a Alegria. Em 1965 faz sua primeira novela, Ceará Contra 007, mas retorna somente em 1992 para parti cipar de Deus nos Acuda e , mais recentemente em 2006, em Belíssima, como Mary Montilla, a ex vedete que rouba todas as cenas da novela ao lado da também veterana Íris Bruzzi como Guida Guevara. Em 2007 retorna ao cinema, 40 anos depois para participar do filme Sambando nas Brasas, Morô?, de Elizeu Ewald. Em 2008 participa de alguns episódios do humorístico Toma Lá, Dá Cá, como Leda e em 2009 está na novela Caras & Bocas como Josefa, a dona da pensão. Filmografi a: 1959 – Aí Vem a Alegria; 1960 – Amor para Três; 1967 – A Espiã que entrou Numa Fria; 2007 – Sambando nas Brasas, Morô? CARMONA, DANIELA Atriz, diretora e professora, forma-se em Artes Cênicas pelo DAD/UFRGS. Estuda em Londres, Paris e Madrid, acumulando larga experiência em Antropologia Teatral e Mimo Corporal, além de inúmeros cursos de aperfeiçoamento com renomados diretores como Sotigui Kouyate, Yoshi Oida, Ivaldo Bertazzo, Perla Jaritonsky, Luis O. Burnier, Carlos Simioni, Wolker Quandt, Pino di Buduo e Daniela Regnole, Helena Maria Varvaki, Leo Bassi, entre outros. De volta ao Brasil, funda o Tepa – Teatro Escola de Porto Alegre. Atua e dirige peças de sucesso como Besta-Fêmea, Gueto Bufo – pelo qual recebe o prêmio Açorianos, Fetel e Scalp de melhor diretora em 1998 –, Larvárias, Clownssicos, na qual também recebe o prêmio Açorianos de melhor diretora em 2007, Sonhos de uma Noite de Verão, etc. É coautora do livro Teatro: Atuando, Dirigindo e Ensinando, editora Artes & Ofícios, Porto Alegre, 2004. Estreia no cinema em 1989 no curta O Amor nos Anos 90. Filmografia: 1989 – O Amor nos Anos 90 (CM); 1996 – Olhos de Vampa; 2001 – Bicho de Sete Cabeças. CARNEIRO, CASSIANO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de maio de 1973. Aos dezesseis anos começa a fazer teatro, no grupo Elenco Teatral Amantes das Artes. Sua primeira peça é Capitães de Areia, sob a direção de Roberto Bomtempo, em 1989. Em 1993, estreia na televisão, na novela Renascer, pela Globo. No cinema, seu primeiro filme é uma produção canadense, Mercadores do Silêncio, em 1993. Em 1996, ganha o prêmio de melhor ator, por sua atuação em Quem Matou Pixote?, dividido com Chico Diaz, com o filme Corisco e Dadá. Tem feito regular carreira na televisão como em Memorial de Maria Moura (1994), Engraçadinha, Seus Amores e seus Pecados (1995), Mandacaru (1997), Suave Veneno (1999), Desejos de Mulher (2002) e mais recentemente no Sitio do Pica-Pau Amarelo (2006), como Zé Carijó. Está casado com Julie Sergeant, com quem tem uma filha, Maria Rita (2005). De seu primeiro casamento, tem um filho, Mateus (2003). Filmografia: 1994 – Veja esta Canção (Episódio: Você é Linda); 1996 – Quem Matou Pixote?; 2000 – Estado de Alerta (CM); 2001 – A Partilha; 2002 – As Três Marias; Últi mo Páreo; 2008 – Esta Noite (Nuit de Chien) (Portugal/Alemanha/ França); 2009 – América (Portugal). CARNEIRO, KADU Nasceu no Rio de Janeiro, em 1961. Começa sua carreira profissional no teatro, em peças como Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes; Rei Lear e Hamlet, ambas de Shakespeare, etc. Nesta última, viveu o Rei da França e contracenou com Paulo Autran. Na TV, estreia em 1988 na minissérie Abolição, pela Globo, num pequeno papel de escravo. Na TV Manchete, atua em Escrava Anastácia (1990), A História de Ana Raio e Zé Trovão e Rede de Intrigas (1991). No SBT, Sangue do meu Sangue (1995) e na Globo Força do Desejo, sua última novela. No cinema foi o protagonista de Cruz e Sousa, o Poeta do Desterro, 2000, de Sylvio Back, e mais recentemente As Filhas do Vento, 2004, de Joel Zito Araújo. Morre em 20 de maio de 2005, aos 44 anos de idade no Rio de Janeiro, vítima de insuficiência respiratória. É um grande ator de sua geração, injustamente esquecido. Filmografia: 1990 – Lambada, o Filme (Lambada) (Brasil/Itália); 2000 – Cruz e Souza, o Poeta do Desterro; Cronicamente Inviável; 2004 – As Filhas do Vento. CARNEIRO, MARÍLIA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de junho de 1938. Começa sua carreira como atriz no filme Capitu (1968) e como fi gurinista em O Homem que Comprou o Mundo, no ano seguinte, função que exerce até hoje, tanto em cinema como em teatro ou televisão. Em 1987 é encarregada dos fi gurinos de Luar Sobre Parador, produção americana rodada no Brasil, ao lado de Albert Wolsky, que ganhara o Oscar por All That Jazz. Na televisão, faz os fi gurinos de Os Ossos do Barão (1973), Dancin’ Days (1978), Gabriela (1979), etc. É uma das profissionais mais requisitadas da televisão e do Cinema Brasileiro, tendo trabalhado em muitos filmes recentes como Vinícius (2005), Muito Gelo e dois Dedos d’Água (2006), Inesquecível (2007), O Primo Basílio (2007) e A Guerra dos Rocha (2008). Tem três filhas de dois casamentos, entre eles com o fotógrafo Mário Carneiro. Filmografia: 1968 – Capitu; O Homem que Comprou o Mundo; 1972 – Na Boca da Noite; 1977 – Gente Fina é Outra Coisa. CARNEIRO, MÁRIO Mário Augusto de Berredo Carneiro nasceu em Paris, França, em 26 de julho de 1930, mas é criado no Rio de Janeiro. Arquiteto, atua também como pintor e gravador. Com o advento do Cinema Novo, começa a se interessar pela parte técnica. Diretor de fotografi a e montador de diversos filmes, dirige diversos curtas, mas apenas um longa, em 1976, Gordos e Magros. Como ator, estreia no cinema em 1967 no filme O Engano. Como fotógrafo, participa de momentos memoráveis do Cinema Brasileiro, como em Porto das Caixas (1962), O Padre e a Moça (1965), A Casa Assassinada (1971), Chico Rei (1985), O Viajante (1999) e Dormente (2005), seu último fi lme. Profi ssional de grande competência e dos mais requisitados do Cinema Brasileiro, morre em 2 de setembro de 2007, de câncer, no Rio de Janeiro, aos 77 anos de idade. Filmografia (ator): 1967 – O Engano; Mar Corrente; 1974 – As Mulheres que Fazem Diferente; 1982 – O Homem do Pau-Brasil; 1987 – Memória Viva (como ele mesmo); 2003 – Banda de Ipanema – Folia do Divino (como ele mesmo). Filmografia (diretor): 1959 – Arraial do Cabo (codirigido por Paulo César Saraceni) (CM); 1963 – A Nave de São Bento (CM); 1973 – Encontro das Águas (codirigido por Paulo César Saraceni) (CM); 1976 – Gordos e Magros; 1978 – Landi, Arquiteto Régio do Grão-Pará (CM); 1983 – Iberê Camargo (CM); 1998 – Milton da Costa (CM); Ínti mas Construções (CM); 2003 – Eu Vi o Mundo... Ele Começava em Recife (CM). CARNEIRO, MILTON Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 25 de setembro de 1922. Começa sua carreira artística como amador, no Teatro Universitário. Estreia profissionalmente na peça Trio em Lá Menor, com Raul Roulien. Em 1945 já é o primeiro galã cômico do teatro brasileiro, na Cia. Dulcina Odilon e depois na Cia. Alma Flora e Sali de Carvalho. Estreia no cinema em 1937 em Alegria, que fica inacabado. Atua em muitos outros como Vidas Solitárias (1945), Asfalto Selvagem (1964) e Como Matar um Playboy (1968). Na televisão, faz sua estreia em 1956 na Tupi, no programa Câmera Um. Atua depois nas novelas Rua da Matriz (1965) e Rosinha do Sobrado (1965). Nas décadas de 1970/1980, faz sucesso nos humorísti cos da Globo como Balança mas não Cai (1968), Faça Humor, não Faça Guerra (1970), Sati ricom (1973), Planeta dos Homens (1976), Chico Anysio Show (1982), Escolinha do Professor Raimundo (1990), como o diretor da escola, e Zorra Total (1999). Casado, ti nha duas filhas. Morre em 8 de dezembro de 1999, no Rio de Janeiro, aos 76 anos de idade, de ataque cardíaco. Filmografia: 1937 – Alegria (inacabado); 1944 – Jardim do Pecado; Gente Honesta; O Brasileiro João de Souza; 1945 – Vidas Solitárias; 1946 – Sob a Luz de meu Bairro; 1949 – Dominó Negro; 1950 – Katucha; 1952 – Tudo Azul; 1959 – Garota Enxuta; Massagista de Madame; 1960 – Um Candango na Belacap; Entrei de Gaiato; 1963 – Sonhando com Milhões; 1964 – Asfalto Selvagem; Bonitinha, mas Ordinária; 1965 – Crônica da Cidade Amada Iniciada a Peleja); 1966 – 007 ½ no Carnaval; 1967 – Como Matar um Playboy; 1970 – Memórias de um Gigolô; Pais Quadrados, Filhos Avançados; 1972 – Edy Sexy, o Agente Positivo; 1974 – As Mulheres que Fazem Diferente (episódio: A Bela da Tarde); As Moças Daquela Hora; 1975 – Eu Dou o que ela Gosta; Motel; 1976 – O Trapalhão no Planalto dos Macacos; Tem Alguém na Minha Cama; Loucuras de um Sedutor; O Pai do Povo; 1977 – Gente Fina é Outra Coisa; Se Segura, Malandro; 1978 – Os Melhores Momentos da Pornochanchada; Como Matar uma Sogra. CARONE, FELIPE Nasceu em São Paulo, SP, em 25 de julho de 1920. De origem libanesa, depois de ser industrial de tecidos e de se incompati bilizar com a carreira de cantor lírico, resolve fazer teatro amador no Clube Monte Líbano, onde conhece Armando Bógus. Estreia profissionalmente em 1956, na peça Moral em Concordata, ao lado de Maria Della Costa. Mais tarde forma o Pequeno Teatro de Comédia, com Antunes Filho, Nelson Duarte, Armando Bógus e outros. A companhia monta peças de sucesso no final dos anos 1950, como O Diário de Anne Frank e Alô 36-5499. Aparece pela primeira vez na televisão em 1962, na Record, no programa Gente como a Gente. Em 1963 faz sua primeira novela, Gente como a Gente, seguindo-se Renúncia, acontracenando com Francisco Cuoco, em 1964. Passa para a TV Excelsior e depois para a Globo, estreando na segunda fase da novela A Grande Mentira, em 1969, permanecendo nessa emissora por mais de vinte anos, tendo feito inúmeras outras como: Pigmalião 70 (1970), O Cafona (1971), Bandeira 2 (1972), Uma Rosa com Amor (1972), Um dia, o Amor (1975), O Pulo do Gato (1978), Chega Mais (1980), Plumas & Paetês (1980), De Quina pra Lua (1985), Top Model (1989), Meu Bem, Meu Mal (1991), Despedida de Solteiro (1992) e Mulheres de Areia (1993), sua última novela, embora tenha ainda participado do episódio À Deriva, do programa Você Decide, em 1994. Teve brilhante participação também em vários programas humorísti cos como O Planeta dos Homens, Viva o Gordo, além das séries Plantão de Polícia e Mário Fofoca. Estreia no cinema, em 1959, no filme Moral em Concordata. Atua também em A Compadecida (1969) e Johnny Love (1987), entre outros. Sua última peça de teatro foi Além da Vida, obra psicografada por Chico Xavier, e que permaneceu doze anos em cartaz. Morre de câncer no esôfago, no Rio de Janeiro, aos 74 anos de idade, em 27 de março de 1995. Deixa esposa Odete e os filhos Felipe Jr., Ricardo e Cláudia. Filmografia: 1959 – Moral em Concordata; Macumba na Alta; 1969 – A Compadecida; 1971 – Lua de Mel & Amendoim; 1972 – Um Marido sem... é Como um Jardim sem Flores; Os Mansos (episódio: O Homem dos Quatro Chifres); 1973 – Obsessão; Banana Mecânica; 1975 – Uma Mulata para Todos; O Roubo das Calcinhas; 1976 – E... as Pílulas Falharam; Guerra é Guerra (episódio: Núpcias com Futebol); 1977 – A Árvore dos Sexos; Entre sem Bater; 1987 – Johnny Love; O Diabo na Cama. CARRERO, BETO João Batista Sérgio Murad nasceu em São José do Rio Preto, SP, em 9 de setembro de 1937. Inicia sua carreira como locutor de rádio, nos anos 60, depois músico sertanejo, apresentador de shows, vendedor de anúncios, promotor de rodeios e dono de uma agência de propaganda. No inicio dos anos 1970 cria o personagem Beto Carrero e viaja o Brasil em caravanas e apresentações circenses. No cinema, atua em dois filmes, Os Trapalhões no Reino da Fantasia (1985) e O Mistério de Robin Hood (1990). Na televisão participa como ator da novela A História de Ana Raio e Zé Trovão, pela TV Manchete, em 1990, e de vários programas humorísticos principalmente dos Trapalhões, já que era muito amigo do grupo. Teve um quadro fixo no programa do Gugu Liberato no Domingo Legal e Dedé e o Comando Maluco, a qual era um dos produtores, ambos pelo SBT. Idealiza o parque Beto Carrero World, um ousado projeto que levou anos para fi car pronto, mas que hoje é considerado o maior parque temáti co da América Latina, com mais de dez milhões de visitantes desde a sua inauguração, em 28 de dezembro de 1991. Morre em 1º de fevereiro de 2008, de problemas cardíacos, em São Paulo, aos 70 anos de idade. Filmografi a:1985 – Os Trapalhões no Reino da Fantasia; 1990 – O Mistério de Robin Hood. CARRERO, TÔNIA Maria Antonieta de Farias Portocarrero nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23 de agosto de 1922. Em 1940, ainda muito jovem, com apenas dezesseis anos, casa-se com o diretor Carlos Thiré, e com ele tem seu único filho, em 1943, Cecil Thiré, também ator. Sem imaginar que seria atriz, estuda e forma-se em Educação Física. Por influência do marido, que assinava a cenografia, estreia no cinema em 1947, no filme Querida Suzana, ao lado de Anselmo Duarte, que também faz sua estreia. Sua pequena atuação chama a atenção da crítica especializada, tanto que a revista Noite Ilustrada publica na capa a manchete Nasce uma Estrela. Em seguida, mudase para Paris com o marido. Enquanto este estudava desenho, Tônia resolve estudar teatro e inscreve-se no conceituado curso de Jean Louis Barrault. Em 1949, de volta ao Brasil, estreia com a peça Um Deus Dormiu lá em Casa, de Guilherme Figueiredo. Em 1951 muda-se para São Paulo para participar do projeto Vera Cruz, sendo sua estreia no filme Tico-Tico no Fubá, de Adolfo Celi, em 1952, no papel da artista de circo Branca, que conquista o coração de Zequinha de Abreu, interpretado por Anselmo Duarte. Esse filme lhe dá projeção nacional. Ainda faria mais dois filmes pela Vera Cruz: Appassionata, de Fernando de Barros, em 1952, e É Proibido Beijar, de Ugo Lombardi. Já com seu segundo marido, o italiano Adolfo Celi, diretor de Tico-Tico, e o ator Paulo Autran, funda sua própria companhia de teatro e ajuda na montagem de peças clássicas, que percorrem o Brasil com enorme sucesso. Como atriz consagrada, estreia na televisão em 1969 em Sangue do meu Sangue, dirigida por Sérgio Britto na TV Excelsior. Em 1970 vai para a TV Globo onde faz outras novelas como Pigmalião 70 (1970), Água Viva (1980). Em 1995 transfere-se para o SBT e parti cipa do remake de Sangue do meu Sangue (1995). De volta à Globo, participa da novela Esplendor (2000) e dos episódios: Garoto de Programa (1998) e Mamãezinha Querida (2000) do programa Você Decide. Em 2004 faz uma pequena parti cipação em Senhora do Destino e em 2005 atua em Sob nova Direção, no episódio: Entre a Cruz e a Espada. Em 2007 retorna ao cinema para parti cipar do filme Chega de Saudade, de Lais Bodansky, ao lado de Leonardo Villar, em comovente interpretação, com o todo elenco. Em 2010, aos 88 anos, ainda mantém beleza e enorme carisma, sendo, sem dúvida, uma das mais belas e talentosas atrizes brasileiras de todos os tempos. Uma estrela por excelência. Em 2009 a Coleção Aplauso Especial, da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, lança sua biografia, Tônia Carrero – Movida pela Paixão, de autoria de Tânia Carvalho. Filmografia: 1947 – Querida Suzana; 1949 – Caminhos do Sul; 1950 – Quando a Noite Acaba (Perdida pela Paixão); 1952 – Tico-Tico no Fubá; Appassionata; 1954 – É Proibido Beijar; O Americano (inacabado); 1955 – Mãos Sangrentas (Manos Sangrientas) (Brasil/Argenti na); 1959 – Só para Mulheres (CM); 1960 – Aliás Gardelito (Argentina); Sócio de Alcova (Socia de Alcoba) (Brasil/Argentina); 1961 – Esse Rio que eu Amo (episódio: Noite de Almirante); 1964 – Copacabana Palace (The Girl Name) (Itália/França/Brasil); 1968 – Arte-Comunicação (CM); 1969 – Tempo de Violência; 1977 – Gordos e Magros; 1982 – Eleições: Campanha de Renato Archer (CM) (depoimento); 1987 – Fogo e Paixão; A Fábula da Bela Palomera (La Fabula de la Bella Palomera) (Brasil/Espanha); Sonhos de Menina-Moça; 1990 – O Gato de Botas Extraterrestre; 2005 – Vinicius (depoimento); 2007 – Chega de Saudade. CARRILHO, ALTAMIRO Altamiro Aquino Carrilho nasceu em Santo Antonio de Pádua, RJ, em 21 de dezembro de 1924. Por influência da família de sua mãe, aos cinco anos de idade brinca com uma fl auta de bambu, feita por ele. Aos onze anos, já integra a Banda Lira Árion, tocando tarol. Em 1940 muda-se com a família para Niterói (RJ), onde trabalha como farmacêutico e à noite estuda música com o seu amigo e incentivador Joaquim Fernandes, flauti sta amador. Altamiro não perdia nenhum programa dos grandes flauti stas da época, Dante Santoro e Benedito Lacerda. Com um instrumento de segunda mão, inscreve-se no programa de calouros de Ary Barroso, conquistando o primeiro lugar. Ainda muito moço, pela sua incrível facilidade de improvisar, com estilo muito pessoal e cheio de bossa, é convidado a integrar conjuntos famosos como os de César Moreno, Canhoto e Rogério Guimarães. Realiza suas primeiras gravações em 1949. É o organizador e diretor da famosa Bandinha. Exímio flauti sta, participa de inúmeros programas de televisão, sempre executando músicas brasileiras, como Brasileirinho e Apanhei-te Cavaquinho. No cinema, como ator faz sua primeira participação em 1952, no filme Mulher do Diabo e depois em Esse Milhão é Meu, em 1958. Atualmente apresentase com seu conjunto de choro por diversas cidades brasileiras, em um show alegre e descontraído, em que conta algumas histórias da música popular, também incluindo no repertório arranjos de música clássica em ritmos brasileiros. Apresentase ainda, com orquestras sinfônicas por todo o território nacional e internacional, exercitando assim o seu lado erudito. É um gênio vivo e um grande exemplo de perseverança, amor pelo instrumento e à música – dom de Deus, que lhe permite transmiti r ao público: alegria e amor (texto extraído do site do músico na Internet). Filmografia: 1952 – Mulher do Diabo; 1958 – Esse Milhão é Meu; É de Chuá! CARTAXO, MARCÉLIA Marcélia de Souza Cartaxo nasceu em Cajazeiras, PB, em 27 de outubro de 1963. Atriz de teatro, excursiona pelo Brasil todo com a peça Véu de Noiva, do Projeto Mambembão, mas é em São Paulo que conhece a diretora Suzana Amaral, que a convida para ser a atriz principal no filme A Hora da Estrela (1985), baseado em livro de Clarice Lispector. Sua interpretação lhe vale prêmios internacionais, como o Urso de Prata no Festival de Berlim e o prêmio de interpretação no Festi val de Brasília. Em 1987 recebe também o prêmio de melhor atriz coadjuvante no mesmo festi val pelo filme Fronteira das Almas. Seu forte sotaque nordesti no por algum tempo dificulta sua carreira, mas consegue fazer prevalecer seu talento. Desenvolve carreira paralela de sucesso também na televisão, sendo sua estreia no especial Alta Rotação, em 1987. Faz em seguida, entre novelas e minisséries, Mico Preto (1990), A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990), Amazônia (1991), Guerra sem Fim (1993), Tocaia Grande (1995), Mandacaru (1997), Suave Veneno (1999), Aquarela do Brasil (2000), Porto dos Milagres (2001) e Desejo Proibido (2007), no papel de Tonha. Mas sua carreira tem mais regularidade e força no cinema, ao participar de filmes importantes como Madame Satã (2002), Crime Delicado (2005) e Baixio das Bestas (2007). Estreia na direção em 2003 no curta-metragem Tempo de Ira, em codireção com Gisella de Mello. Filmografia: (atriz) – 1985 – A Hora da Estrela; 1986 – Brasa Adormecida; 1987 – Fronteira das Almas; 1988 – Sonhei com Você; 1989 – Césio 137, Pesadelo em Goiânia; 1992 – A Última Canção da Terra (CM); 1993 – A Árvore da Marcação; 1994 – Dente por Dente (CM); 1996 – 16060; 1997 – For All, o Trampolim da Vitória; 1998 – Policarpo Quaresma, Herói do Brasil; O Sonho de Dom Bosco (CM); 2000 – Amélia; 2002 – Aeroporto em O Embarque (CM); Madame Satã; 2003 – Tempo de Ira (CM); 2005 – Quanto Vale ou é por Quilo?; Crime Delicado; 2006 – Amigo Invisível; O Céu de Suely; Batismo de Sangue; O Sonho de Inacim (O Aprendiz do Padre Rolim); 2007 – Baixio das Bestas. Filmografia (diretora): 2003 – Tempo de Ira (codireção: Gisella de Mello). CARTOLA Agenor de Oliveira nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de outubro de 1908. Começa tocando o cavaquinho do pai, passando mais tarde para o violão. É um dos fundadores da Escola de Samba Mangueira e um dos nossos maiores compositores, sendo de sua autoria pérolas como As Rosas não Falam. No cinema, tem pequena participação em um único filme, Os Marginais, de 1969. Foi casado por muitos anos com Dona Zica. Morre em 30 de novembro de 1980, aos 72 anos de idade, no Rio de Janeiro. Seu nome é respeitado por todos. Em 2006, Lírio Ferreira e Hilton Lacerda dirigem o filme Cartola – Música para os Olhos, um documentário ficcional que conta sua vida. Filmografia: 1963 – Ganga Zumba; 1969 – Os Marginais (episódio: Papo Amarelo). CARUSO, MARCOS Marcos Vianna Caruso nasceu em São Paulo, SP, em 22 de fevereiro de 1952. Sua mãe morre dez dias depois do seu nascimento. É criado pelo pai, pela avó e pela tia. Embora paulistano, passa a infância no Rio de Janeiro e desde criança brinca com bonequinhos de fantoches da avó, costureira. Aos seis anos divertia as clientes dela. Forma-se advogado pela conceituada Universidade do Largo de São Francisco. Como dramaturgo, entre outros textos, é de sua autoria os clássicos Trair e Coçar é só Começar e Jogo de Cintura. Estreia na televisão como ator em 1978 na novela Aritana, participa de dezenas de outras como Roda de Fogo (1978), Jerônimo (1984), Pantanal (1990), Eramos Seis (1994), Coração de Estudante (2002) e Mulheres Apaixonadas (2002), no papel de Carlão, quando é redescoberto. Em Páginas da Vida rouba as cenas como Alex, o pai de Nanda, e depois em Desejo Proibido (2007), como Padre Inácio. Estreia no cinema em 1978 no filme O Bem Dotado Homem de Itu. Foi casado com a atriz Jussara Freire por 20 anos, entre 1974 e 1994, com quem tem dois filhos, a empresária Mari Caruso (1975) e o cineasta Caetano Caruso (1979). Atualmente está casado com a dançarina e coreógrafa Dani Calichio. Em 2007 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, pela Coleção Aplauso, lança sua biografia, Marcos Caruso – Um Obstinado, de autoria de Eliana Rocha. Filmografi a: 1978 – O Bem Dotado – O Homem de Itu; 1979 – Viúvas Precisam de Consolo; 2001 – Memórias Póstumas; 2002 – Lara; 2004 – Capital Circulante (CM); 2005 – Depois Daquele Baile; 2006 – Irma Vap – o Retorno; 2008 – Polaroides Urbanas; 2010 – O Diário de Tati. CARUSO, NELSON Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1939. Formado em arquitetura, exerce a profissão por treze anos, até 1970, quando resolve ser ator. Entra para o Teatro Tablado e, em seguida vai para a televisão, onde estreia em 1970 no clássico Irmãos Coragem. Entre outras, participa das novelas Verão Vermelho (1970), Minha Doce Namorada (1971), O Barba-Azul (1974), Espelho Mágico (1977), Sinal de Alerta (1978) e Feijão Maravilha (1979). Estreia no cinema em 1972 no filme O Grande Gozador, seguindo-se de Senhora (1976) e O Beijo no Asfalto (1981), entre outros. No teatro, destaca-se a peça Gota d’Água. Seu último trabalho na televisão acontece na TV Educativa. Foi casado com a atriz Íris Bruzzi. Morre em 15 de fevereiro de 1982, aos 43 anos, afogado na piscina do Hotel em que passava o carnaval, em virtude de uma parada cardíaca, em Itacuruçá, RJ. Filmografia: 1972 – O Grande Gozador; 1975 – Um Soutien para Papai; 1976 – Senhora; Tem Alguém na Minha Cama; 1977 – O Ibrahim do Subúrbio (episódio: Roy, o Gargalhador Profissional); O Crime do Zé Bigorna; 1980 – Prova de Fogo; 1981 – Beijo no Asfalto. CARVALHINHO Rodolfo da Rocha Carvalho nasceu em Recife, PE, em 24 de maio de 1927. Estreia no cinema em 1946, no filme Caídos no Céu. Praticamente dedica sua carreira a esta arte, ao participar de quase 30 filmes, inicialmente como Rodolfo Carvalho e depois como Carvalhinho. No teatro, fez sucesso em 1952 na peça Dona Xepa. Na televisão, participa de algumas minisséries e novelas como Deus nos Acuda (1992), Agosto (1993), Torre de Babel (1998) e em um episódio de Você Decide (1999). Nos anos 1970/1980, participa de inúmeros filmes dos Trapalhões. Afastado do cinema desde 1984, retorna em 2006 para parti cipar do filme Mistério de Irma Vap, de Carla Camurati, com Ney Latorraca e Marco Nanini. Sua últi ma participação em novela foi em Da Cor do Pecado, em 2004, quando interpretou o personagem Silveirinha. Participou de inúmeros humorísticos da TV Globo como Balança mas não Cai e mais recentemente Zorra Total, sua última aparição na televisão. Morre em 1º de março de 2007, aos 79 anos de idade, no Rio de Janeiro, de parada cardiorrespiratória, dois meses antes de completar 80 anos de idade. Filmografi a: 1946: Caídos do Céu; 1957 – Com Jeito Vai; 1959 – Dona Xepa; Mulheres à Vista; 1960 – Entrei de Gaiato; 1966 – Essa Gatinha é Minha. Como Carvalhinho: 1968 – Chegou a Hora, Camarada!; 1969 – As Duas Faces da Moeda; 1970 – Pais Quadrados, Filhos Atrasados; Uma Garota em Maus Lençóis; 1971 – Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva; 1973 – Salve-se Quem Puder (Rally da Juventude); Amante Muito Louca; 1974 – Robin Hood, o Trapalhão da Floresta; 1976 – O Varão de Ipanema; 1977 – O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão; Ele, Ela, Quem?; 1978 – O Homem de Seis Milhões de Cruzeiros contra os Panteras; Elke Maravilha contra o Homem Atômico; 1979 – O Cinderelo Trapalhão; Quanto mais Pelada Melhor; Vamos Cantar Disco Baby; A Virgem Camuflada; 1980 – Bububu no Bobobó; 1980 – À Procura do Público (CM); 1984 – A Boca do Prazer; 2006 – Irma Vap – o Retorno. CARVALHO, CACÁ Carlos Augusto Carvalho Pereira nasceu em Belém, PA, em 24 de abril de 1953. Estreia no cinema em 1984 no filme Exu-Piá, Coração de Macunaíma. Na televisão, sua primeira oportunidade acontece em 1993 em Renascer, interpretando Venâncio. A partir daí, consolida sua carreira de coadjuvante, em Torre de Babel (1998), Você Decide (1999), A Muralha (2000), Belíssima (2005), como Jamanta, o melhor momento da sua carreira, e A Pedra do Reino (2007), como Juiz Corregedor. Filmografia: 1984 – Exu-Piá, Coração de Macunaíma; 1986 – Jogo Duro; 1999 – Outras Histórias; 2006 – Espeto (CM); 2010 – Luz nas Trevas – A Revolta de Luz Vermelha. CARVALHO, CREUSA DE Estreia no cinema e 1969 no filme Como Vai, Vai Bem? Na televisão parti cipa de Decadência (1995), A Diarista (2004) (episódio: Sua Excelência, o Ócio) e Mad Maria (2005), sempre pela TV Globo. Filmografia: 1969 – Como Vai, Vai Bem?; 1972 – The Night Cats (Inglaterra/Brasil); 1977 – Revólver de Brinquedo; 1982 – Rio Babilônia; 2004 – Ratoeira (CM). CARVALHO, DENIS Denis Carvalho nasceu em São Paulo, SP, em 27 de setembro de 1947. Com onze anos inicia sua carreira no teatro na peça Oliver Twist. Na televisão, estreia em 1967 na novela Os Rebeldes. Consolida carreira de ator/galã, primeiro na TV Tupi, em diversas novelas – como Nino, o Italianinho (1969) e Ídolo de Pano (1974) –, e depois na TV Globo, com destaque para Pecado Capital (1975), Locomotivas (1977), Roque Santeiro (1985) e O Dono do Mundo (1991). Paralelamente inicia vitoriosa carreira de diretor, tendo dirigido mais de 30 novelas como Sem Lenço, Sem Documento (1977), Roda de Fogo (1986), Pátria Minha (1994), Desejos de Mulher (2002) e, mais recentemente, Paraíso Tropical (2007). Como ator, estreia no cinema em 1970 no filme Elas. Nos últimos anos tem se dedicado à carreira de diretor, mas eventualmente trabalha como ator. É um dos grandes talentos da televisão brasileira. Foi casado com a atriz Monique Alves, com quem teve uma filha, Tainá (1981). Com Christiane Torloni teve dois filhos, Leonardo e Guilherme, que morreu num acidente de automóvel. Está desde 1989 com Deborah Evelyn, com quem tem uma filha, Luíza, nascida em 1994 Filmografi a: 1970 – Elas (episódio: A Radionovela); 1971 – Diabólicos Herdeiros; 1976 – Ninguém Segura essas Mulheres (episódio: Marido que Volta Deve Avisar, direção de Anselmo Duarte); 1982 – Beijo na Boca; 1984 – Espelho na Carne – Sole Nudo (Itália/Brasil); 1987 – Leila Diniz; 2001 – A Partilha; 2006 – Se eu Fosse Você. CARVALHO, FRANCISCO Nasceu no Piauí, em 1951, mas está radicado em São Paulo desde 1975. Inicia sua carreira no teatro, em peças como Viagem ao Centro da Terra, direção de Ricardo Karman; A Hora e Vez de Augusto Matraga; Macunaíma, direção de Antunes Filho; O Santo e a Porca, A Grande Viagem de Merlim, O Ilha do Tesouro, A Ilha do Tesouro, etc., totalizando mais de trinta e cinco na carreira. Estreia na televisão em 1993 na minissérie Agosto, no papel de Raimundo. Faz regular carreira em novelas e minisséries, como O Rei do Gado (1996), como Mauriti; Esperança (2002), como Marcos; Cidadão Brasileiro (2006), como Argemiro; Dance, Dance, Dance (2008), como Lourival Almeida, etc. Estreia no cinema em 1985 no filme A Vingança do Réu, produção da Boca do Lixo Paulista. Em 2004, por sua atuação no filme Espelho d’Água – Uma Viagem no Rio São Francisco, recebe o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante no Festival de Recife. Como não estava presente, o cineasta, Marcus Vinícius Cezar, recebeu o prêmio em seu lugar e, ao agradecer, convocou colegas de ofício a convidar o ator para seus elencos, comovendo a imensa plateia do festival pernambucano. O ator passava por momento difícil. Para sobreviver, vendia sanduíches nas ruas de São Paulo. Em 2009 participa da minissérie Som & Fúria, de Fernando Meirelles, exibida pela TV Globo. Filmografia: 1985 – A Vingança do Réu; 1998 – Caminho dos Sonhos (Um Sonho no Caroço do Abacate); 2000 – Soluções e Soluções; 2004 – Espelho d’Água – Uma Viagem no Rio São Francisco; 2006 – Canta Maria; 2009 – Inversão. CARVALHO, GENÉSIO Nasceu em 1929. Embora tenha iniciado sua carreira no teatro, Genésio de Barros desenvolveu carreira essencialmente cinematográfi ca. No teatro, entre outras, faz a peça Marat Sade, em 1967. Atua também como dublador de personagens famosos como o Dr. Watson da série Sherlock Holmes. Estreia no cinema em 1961 no filme Meu Destino em suas Mãos, dirigido por José Mojica Marins. Faz mais de quarenta filmes, sempre com seu físico avantajado e vasta careca, sua marca registrada. Destacamse À Meia-Noite Levarei sua Alma (1964) e O Incrível Monstro Trapalhão (1980). Na televisão, participa de uma única novela, o megassucesso O Direito de Nascer, em 1964, pela TV Tupi. Filmografia: 1961/2 – Meu Destino em suas Mãos; 1964 – À Meia-Noite Levarei sua Alma; Mulher Satânica (Der Satan Mit Den Roten Haaren) (Brasil/Alemanha); 1965 – Obrigado a Matar; O Diabo de Vila Velha; 1971 – Até o Último Mercenário; As Noites de Iemanjá; O Detetive Bolacha contra o Gênio do Crime; 1972 – Fora das Grades; O Jeca e o Bode; 1973 – Sob o Domínio do Sexo; 1974 – A Gata Devassa; 1975 – Lilian M: Relatório Confidencial; Ainda Agarro esse Machão; Confi ssões Amorosas; O Supermanso; 1976 – Amadas e Violentadas; O Dia em que o Santo Pecou; Já não se Faz Amor como Anti gamente (episódio: Flor de Lys); O Quarto da Viúva; A Últi ma Ilusão; 1977 – Elas São do Baralho; Jecão... Um Fofoqueiro no Céu; Chão Bruto; Escola Penal de Meninas Violentadas; 1978 – A Deusa de Mármore – Escrava do Diabo; Mulher Desejada; O Artesão de Mulheres; Damas do Prazer; Na Violência do Sexo; Noite em Chamas; Sede de Amar (Capuzes Negros); As Trapalhadas de Dom Quixote & Sancho Pança; 1979 – O Prisioneiro do Sexo; Mulheres do Cais; 1980 – O Império das Taras; Império do Desejo; A Mulher que Inventou o Amor; O Íncrível Monstro Trapalhão; A Virgem e o Bem-Dotado; 1981 –Ousadia (episódio: A Peça); 1982 – Bacanais na Ilha das Ninfetas; Pecado Horizontal; O Rei da Boca; Sol Vermelho; 1983 – A Menina e o Cavalo; Estranhos Prazeres de uma Mulher Casada (Força Estranha); 1984 – Meu Homem, meu Amante; 1985 – Gozo Alucinante. CARVALHO, HELEN Nasceu em Campinas, SP. Faz seus estudos normais, inclusive cursinho universitário, mas com um pé na carreira artística, já sua paixão. A primeira oportunidade surge quando a atriz principal da peça Morte e Vida Severina adoece, sendo Helen escolhida para substituí-la. Estreia no cinema em 1975 no filme As Mulheres Sempre Querem Mais. Filmografia: 1975 – As Mulheres Sempre Querem Mais (Desejo Insaciável de Amar); Os Pilantras da Noite; 1976 – O Dia das Profissionais; Quando Elas Que-rem... e Eles Não. CARVALHO, INALDA DE Inalda Vieira de Carvalho nasceu em São José do Rio Preto, SP, em 22 de março de 1935. Jovem, vem para São Paulo, onde faz seus estudos. Em 1945 muda-se para o Rio de Janeiro e começa carreira de modelo, fazendo parte de alguns desfiles. Em 1953 resolve se inscrever no concurso Miss Cinelândia e acaba vencedora, o que lhe abre as portas para o sucesso. Logo em seguida, recebe convite da Atlântida e estreia no cinema, no filme Matar ou Correr. Infelizmente, faz poucos filmes, dando prioridade para outras atividades. Foi casada com o diretor Carlos Manga, com quem teve três filhos, entre eles a cantora Paula Manga. Morre em 8 de março de 2004, aos 68 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1954 – Matar ou Correr; A Outra Face do Homem; 1955 – Chico Viola não Morreu (Brasil/Argentina); 1956 – Colégio de Brotos; 1975 – Assim Era Atlântida. CARVALHO, LUANA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22 de fevereiro de 1981. Cantora e atriz. Filha da sambista Beth Carvalho. Antes de se tornar atriz, faz backing vocal para a mãe, depois monta a banda Segunda Geração, com os filhos dos Golden Boys. Estreia na televisão como a Sheila, na novela América (2005), como Sheila, e logo em seguida Páginas da Vida (2006), como Lili. Estreia no cinema em 2006 no filme Mulheres do Brasil. Filmografia: 2006 – Mulheres do Brasil; O Passageiro – Segredos de Adulto. CARVALHO, LUCY DE Nasceu na Bahia, em 1942. Estreia no cinema em 1961 no filme Barravento. Atua em quatro filmes e abandona a carreira artística, sendo o último O Grito da Terra, em 1964. Sua carreira dura três anos. Filmografia: 1961 – Barravento; 1962 – Três Cabras de Lampião; Os Cafajestes; 1964 – O Grito da Terra. CARVALHO, MARA Mara Santos Carvalho da Silva nasceu em Ourinhos, SP, em 13 de julho de 1962. Estuda cinema em São Paulo. Como atriz teatral, participa das peças Fragmentos de um Discurso Amoroso (1988), Pantaleão e as Visitadoras (1991), Vida Privada (1994), direção de Olysses Cruz; Oleanna (1995), direção de Ulysses Cruz; Últi mas Luas (1999), direção de Jorge Takla; O Inspetor Geral, direção de Gerson Steves; Elas São do Baralho (2004), direção de Bete Coelho; e Gente Que Faz (2006), direção de Mara Carvalho. Escreve os textos Vida Privada, Elas São do Baralho, De Corpo Presente, Gente que Faz e El Cosby. Estreia na televisão em 1991 na novela O Dono do Mundo (1991), depois Renascer (1993), O Mapa da Mina (1993), A Viagem (1994), O Rei do Gado (1996), Corpo Dourado (1998), Meu Bem Querer (1998), todas pela TV Globo. Contratada pela TV Record em 2000, é a protagonista feminina da novela Marcas da Paixão. Fez pouco cinema, tendo atuado em apenas dois filmes: Bossa Nova (2000) e Rinha (2008). Foi casada com o ator Antonio Fagundes, com quem tem um fi lho, Bruno Fagundes, também ator. Filmografia: 2000 – Bossa Nova; 2008 – Rinha. CARVALHO, MÔNICA Mônica Rodrigues Carvalho nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 28 de março de 1971. Estreia na televisão em 1995 como a Neusa na novela História de Amor. Em seguida, constitui regular carreira ao participar de minisséries, novelas e programas como A Vida como ela É (1996), A Indomada (1997), Corpo Dourado (1998), Porto dos Milagres (2001) e Chocolate com Pimenta (2003), sempre pela TV Globo. Em 2006 é contratada pela TV Record e parti cipa das novelas Cidadão Brasileiro (2006) e Caminhos do Coração (2007). Estreia no cinema em 2006 no filme A Ilha dos Escravos. Do seu casamento com Armindo Júnior, tem uma filha, Yaclara, nascida em 2004. Posou nua para a revista Playboy por duas vezes, em 1993 e em 2001. Filmografia: 2006 – A Ilha dos Escravos (Island of the Slaves) (Brasil/Cabo Verde/Portugal). CARVALHO, OLIVINHA DE Olívia Corvacho nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 30 de março de 1930. Começa sua carreira artística com dez anos de idade, no Teatro Recreio, contracenando com Aracy Cortes e Oscarito na revista Disso é que Eu Gosto. Depois de participar de várias peças, ingressa no rádio, como cantora de fados. Sua estreia no cinema acontece em 1944 no filme Berlim da Batucada. Artista de muitas qualidades, faz sucesso nas décadas de 1940 e 1950, atuando no rádio, cinema e teatro. A partir da década de 1960, diminui o ritmo de sua carreira. Filmografia: 1944 – Berlim da Batucada; 1945 – Pif-Paf; Cem Garotas e um Capote; 1947 – Esta é Fina; 1948 – Fogo na Canjica; 1949 – Eu Quero é Movimento. CARVALHO, PAULO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 15 de junho de 19 54. Começa sua carreira no teatro, sendo um dos fundadores do espetáculo Comédia de Pé. Estreia no cinema em 1977 no filme O Crime do Zé Bigorna, de Anselmo Duarte. Na televisão, seu primeiro papel foi em Felicidade, em 1991, como André. Passa a ser requisitado para outros trabalhos, sempre como coadjuvante importante, como o Walter de Por Amor (1997) ou o Dr. Julio de A Grande Família (2005) e o Lobato de Paraíso Tropical, um de seus melhores papeis. Entre 2001 e 2003 é professor de Arte e Cultura na Escola Dinamis, no Rio de Janeiro. Em 2005 retorna ao cinema para parti cipar de Carreiras, de Domingos de Oliveira. Em 2009 transfere-se para a TV Record para integrar o elenco de A Lei e o Crime, como Belisário Alves. Filmografia: 1977 – O Crime do Zé Bigorna; 2005 – Carreiras; 2006 – Muito Gelo e dois Dedos d’Água. CARVALHO, RAFAEL Manuel Rafael de Carvalho nasceu em Cairara, PB, em 16 de fevereiro de 1918. Começa sua carreira artística em 1940, como repentista e poeta de cordel, dançarino de coco, xaxado e depois mestre de bumba meu boi. Como ator, estreia em 1947, no teatro, a convite do diretor Valdemar de Oliveira, na peça Gonzaga, no papel de Silvério dos Reis. Seguem-se Se Correr o Bicho Pega, se Parar o Bicho Come, Canção do Fogo, Como Matar um Playboy e É Muito Socó para um Socó só Coçar. Estreia no cinema em 1949 no filme Dominó Negro, seguindo-se de muitos outros como Macunaíma (1969) e Eles não Usam Black-Tie (1981), numa longa e duradoura carreira cinematográfi ca. Sempre fiel às suas origens, interpreta tipos marcantes na televisão, como Cazuza em Saramandaia (1976), Emiliano Medrado em O Bem-Amado (1977), Coronel Coriolano em Gabriela (1979) e Viriato em Cavalo Amarelo (1980). Tem dois livros publicados, Quase Quadrilha e Boi da Paraíba. Morre em 3 de maio de 1981, aos 63 anos de idade, em Itapoã, BA, de enfarte, durante as gravações de Rosa Baiana, novela da TV Bandeirantes, na qual interpretava Edmundo Lua Nova. Filmografia: 1949 – Dominó Negro; 1958 – Aguenta o Rojão; 1959 – Titi o não é Sopa; O Palhaço o que é?; 1960 – Por um Céu de Liberdade; Duas Histórias (Cacareco Vem Aí); 1961 – Um Candango na Belacap; 1964 – Vagabundos no Society; 1967 – Terra em Transe; 1968 – O Homem Nu; Chegou a Hora, Camarada!; 1969 – Macunaíma; A um Pulo da Morte; 1971 – Cômicos e mais Cômicos; Um Homem sem Importância; 1972 – O Grande Gozador; O Doce Esporte do Sexo (episódio: O Torneio); 1973 – Salve-se quem Puder (Rally da Juventude); O Supercareta; 1974 – Mais ou Menos Virgem; O Pica-Pau Amarelo; 1975 – O Trapalhão na Ilha do Tesouro; As Aventuras Amorosas de um Padeiro; Ana, a Libertina; 1976 – Fogo Morto; Maníacos Eróti cos; 1977 – Rei-Ri-Te-a-Ta (inacabado); Vida Vida; 1978 – A Noiva da Cidade; Crueldade Mortal; 1979 – Gargalhada Final (Os Trambiqueiros); O Menino Arco-Íris (A Infância de Jesus Cristo); 1980 – O Homem que Virou Suco; 1981 – Eles não Usam Black-Tie; 1982 – Dora Doralina; 1984 – O Baiano Fantasma. CARVALHO, SIMONE Simone de Souza Carvalho nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de outubro de 1960. Filha da atriz Lia Farrell, aos nove anos de idade começa sua carreira artística, fazendo teatro infanti l, passando depois a trabalhar como modelo e manequim. Estreia no cinema em 1978 no filme Amada Amante, pelo qual ganha a medalha de Atriz Revelação. Atua ainda em Profi ssão, Mulher (1981) e O Escorpião Escarlate (1986), entre outros. Na televisão, participa das novelas Cabocla (1979), Olhai os Lírios do Campo (1980), Coração Alado (1980), O Amor é Nosso (1981), Paraíso (1982), Tieta (1989), Tocaia Grande (1995), Canoa de Bagre (1997), Do Fundo do Coração (1998). Em 1978 casa-se com o diretor Cláudio Cunha. Está afastada desde 1998 da vida artística. É irmã da exatriz Suzane Carvalho. Filmografia: 1978 – Amada Amante; 1979 – Sábado Alucinante; 1980 – A Mulher que Inventou o Amor; 1981 – O Gosto do Pecado; 1982 – Profi ssão Mulher; 1986 – As Sete Vampiras; 1988 – O Escorpião Escarlate, 1989 – Solidão, uma Linda História de Amor. CARVALHO, SUZANE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 26 de dezembro de 1963. É filha da atriz Lia Farrell e irmã da também atriz Simone Carvalho. Estreia no cinema em 1979 no filme Sábado Alucinante. De beleza exuberante, após atuar em três filmes – e para desespero dos fãs –, em 1989 abandona a carreira artística para se tornar piloto de caminhão de corrida. Também foi campeã da Fórmula 3 brasileira em 1992. Filmografia: 1979 – Sábado Alucinante; 1985 – Fêmeas em Fuga (Femmine in Fuga) (Itália/Brasil); Perdidos no Vale dos Dinossauros (Nudo e Selvaggio) (Itália/Brasil). CARVANA, HUGO Hugo Carvana de Hollanda nasceu em Lins de Vasconcelos, RJ, em 4 de junho de 1937. Trabalha como contínuo de uma multinacional, onde entrega cartas e esporadicamente faz pequenos papéis em shows. Estreia no cinema em 1955 no filme Trabalhou Bem, Genival e não para mais, ati ngindo a fenomenal marca de oitenta filmes, entre eles grandes clássicos do Cinema Brasileiro como Os Cafajestes (1962) e O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969). Faz tipo de malandro carioca, que adora mulheres e detesta trabalhar, mas a realidade de sua vida é bem diferente da ficção, pois mantém estável seu casamento de mais de quarenta anos, trabalha duro e é obsti nado naquilo que faz. Como diretor de cinema, produz uma trilogia divertida sobre a malandragem carioca, em que interpreta o personagem Dino. O primeiro deles, Vai Trabalhar, Vagabundo (1974) lhe vale o prêmio de melhor filme no Festival de Gramado. Dirige também O Homem Nu (1997), Apolônio Brasil, Campeão de Alegria (2003) e A Casa da Mãe Joana. Até então com carreira predominantemente cinematográfica, em 1975, fi nalmente rende-se à televisão e interpreta Jacaré, na novela Cuca Legal. E não para mais, alternando sua carreira, nos últimos 30 anos, entre cinema e televisão. Seu personagem mais famoso na telinha é Valdomiro Penna no seriado Plantão de Polícia, em 1979. Atua em dezenas de novelas, com destaque para Gabriela (1975), como Argileu Palmeira; Roda de Fogo (1986), como Paulo Costa; O Dono do Mundo (1991), como Lucas; Porto dos Milagres (2001), como Dr. Gouveia; Celebridade (1992), como Lineu Vasconcelos; e – mais recentemente – Paraíso Tropical (2007), como Belizário; e Três Irmãs (2009), no papel de Andrade. Dirige também shows de artistas importantes. Um grande talento brasileiro, hoje com mais de 70 anos de idade, mas que continua em plena ati vidade. Está casado desde 1966 com Martha Alencar, com quem tem quatro filhos, Pedro Carvana, Maria Clara, Júlio e Rita. Filmografia: 1955 – Trabalhou Bem, Genival; 1957 – Tudo é Música; 1958 – Contrabando; 1961 – Esse Rio que eu Amo (episódio: Noite de Almirante); 1962 Os Cafajestes; 1964 – Os Fuzis; Crime de Amor; 1965 – A Falecida; O Desafio; 1966 – A Grande Cidade; 1967 – Terra em Transe; O Engano; 1968 – Colagem (CM) (narração); A Criação Literária em João Guimarães Rosa (CM) (narração); José Lins do Rego (CM) (narração); Câncer; Antes o Verão; O Bravo Guerreiro; O Homem que Comprou o Mundo; Jardim de Guerra; Vida Provisória; Como Vai, Vai Bem? (episódio: O Apartamento); Um Homem e sua Jaula; 1969 – Dramáti ca Popular (CM) (narração); O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (Brasil/França/Alemanha); O Anjo Nasceu; Tempo de Violência; Macunaíma; Pedro Diabo Ama Rosa Meia-Noite; Um Sonho de Vampiros (voz); O Leão de Sete Cabeças (Der Leone Have Sept Cabeças); (Brasil/Itália); 1970 – Palácio dos Arcos (CM) (narração); Vinícius de Moraes (CM) (narração); 1971 – Klaxon (CM); O Capitão Bandeira contra o Dr. Moura Brasil; Pindorama; Os Herdeiros; Matei Por Amor; 1972 – Quando o Carnaval Chegar; Amor, Carnaval e Sonhos; O Rei dos Milagres; Procura-se uma Virgem; Arquitetura Rio CM) (narração); 1973 – Humor Amargo (CM); Arquitetura de Morar (CM) (narração); Chorinhos e Chorões (CM) (narração); Tati, a Garota; Vai Trabalhar, Vagabundo; Toda Nudez Será Castigada; 1974 – O Tempo e a Forma (CM) (narração); Um Contador de Histórias (CM) (narração); Carro de Bois (CM) (narração); O Habitante de Pasárgada (CM) (narração); 1975 – Ipanema, Adeus; Veredas de Minas (CM) (narração); 1976 – A Nudez de Alexandra (Un Animal Doué de Déraison) (França/Brasil); 1975 – O Escritor na Vida Pública (episódio: Afonso Arinos de Melo Franco) (CM) (narração); 1977 – Alô Tetéia (CM); Se Segura, Malandro; Como se Faz um Malandro (CM); Tenda dos Milagres; As Aventuras de Momo Montanha (Jorden er Flad) (Dinamarca/Brasil); Gordos e Magros; 1978 – Mulheres de Cinema (CM) (narração); Anchieta, José do Brasil; Mar de Rosas; A Queda; 1980 – O Pulo do Gato (narração); Até a Últi ma Gota (narração); O Homem Morcego (CM) (narração); 1982 – A Fabulosa Amazônia (CM) (narração); 1983 – Bar Esperança, o Último que Fecha; 1984 – Bete Balanço; 1985 – Marçal de Souza, o Guarani (CM) (narração); Avaeté, Semente da Violência; Águia na Cabeça; 1987 – Leila Diniz; 1988 – Por Dúvida das Vias (CM); 1990 – Boca de Ouro; 1991 – Vai Trabalhar, Vagabundo II – A Volta (Amor Vagabundo); Assim na Tela como no Céu; 1993 Gramado – Três Décadas de Cinema (CM) (depoimento); 1997 – O Homem Nu; À Meia-Noite com Glauber Rocha (CM); Happy Hours (CM); 1999 – Mauá O Imperador e o Rei; 2000 – Cabeça de Copacabana (CM); 2001 – A Breve Estória de Cândido Sampaio (CM); Sonhos Tropicais; 2002 – Lara; 2003 – Deus é Brasileiro; Apolônio Brasil, Campeão de Alegria; Glauber o Filme; Labirinto do Brasil (depoimento); 2005 – Achados e Perdidos; Mais uma Vez o Amor; 2006 – O Maior Amor do Mundo; 2009 – Histórias de Amor Duram Apenas Noventa Minutos; 2010 – 5x Favela, Agora por nós Mesmos. Filmografia (diretor): 1971 – Museu Nacional de Belas Artes (CM) (codireção de Gustavo Dahl, João Carlos Horta, Antonio Penido, Eduargo Gomes dos Santos e Nelson Honorino); 1973 – Vai Trabalhar Vagabundo; 1978 – Se Segura Malandro; 1983 – Bar Esperança; 1991 – Vai Trabalhar, Vagabundo II – A Volta; 1997 – O Homem Nu; 2003 – Apolônio Brasil, Campeão da Alegria; 2008 – A Casa da Mãe Joana. CASAGRANDE, CARLOS Carlos Eduardo Casagrande nasceu em Itararé, SP, em 16 de outubro de 1968. Como modelo, tem carreira de sucesso ao ser selecionado no Elite Model Look em 1989. Em 1998 inicia carreira de ator na televisão, na novela Pecado Capital, tendo grande êxito como galã em novelas como Andando nas Nuvens (1999), como Joaquim Pedro; América (2005), como André; Paraíso Tropical (2007), em que interpreta o homossexual Rodrigo, num grande desafio para a sua carreira; Sete Pecados (2008), como Amadeu, etc. No cinema seu primeiro fi lme é Lisbela e o Prisioneiro (2003), de Guel Arraes. Está casado desde 2002 com Marcelly Anselmé, com quem tem um filho, Theo (2006). Filmografia: 2003 – Lisbela e o Prisioneiro; 2005 – The Edge of the World (Austrália); Primavera; 2007 – Xuxa em Sonho de Menina. CASCATINHA & INHANA A dupla é formada por Francisco dos Santos, nascido em Araraquara, SP, em 20 de abril de 1919, e falecido em São José do Rio Preto, SP, em 14 de março de 1996, e Ana Eufrosina da Silva, nascida em Araras, SP, em 28 de março de 1923, e falecida em São Paulo, SP, em 11 de junho de 1981. Conhecem-se em Araras, quando por ali passa a dupla Chopp e Cascati nha. Casamse em 25 de agosto de 1941. Gravam mais de trinta discos, com pérolas de nossa música regional como Índia, Meu Primeiro Amor e Colcha de Retalhos. No cinema, a dupla estreia em 1955, no filme Carnaval em Lá Maior. Eles formaram uma das duplas mais afinadas do Brasil, sendo lembrados com carinho até hoje pelos milhares de fãs. O casal vive junto – tanto na vida artísti ca como amorosa – por quarenta anos, separando-se somente com a morte de Inhana em 1981. Filmografia: 1955 – Carnaval em Lá Maior; 1981 – E a Vaca Foi para o Brejo. CASÉ, REGINA Regina Maria Barreto Casé nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 25 de fevereiro de 1954. De família de arti stas, é fi lha do diretor de televisão Geraldo Casé e de Heleida Barreto e neta do pioneiro do rádio Ademar Casé. Criança, estuda no Sacré Couer de Maria, um dos colégios mais tradicionais do Rio de Janeiro. Estreia no teatro em 1977 e ganha o prêmio Molière por sua atuação na peça Trate-me Leão com o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone. Estreia na televisão em 1982 no programa Chico Anysio Show. Já em 1983, na novela Guerra dos Sexos, brilha como Carlotinha Bimbatti. Não para mais, até alcançar a consagração em 1988, com o humorístico TV Pirata, como a Cabocla Jupira e Dinalda. Faz regular carreira no cinema, sendo sua estreia em 1978 no filme Tubo Bem, de Arnaldo Jabor. Destacam-se outros como A Marvada Carne (1985) e mais recentemente Eu, tu, Eles (2001). Em 1992 estrela Programa Legal, feito especialmente para ela. Depois atua na novela As Filhas da Mãe (2001) como Rosalva Rocha e na minissérie Amazônia: de Galvez a Chico Mendes (2007), como Maria Ninfa; Ciranda de Pedra (2008), como Eunice Jardim; e Som e Fúria (2009), como Graça. Casa-se quatro vezes, com Carlos Teixeira, Hamilton Vaz Pereira, Luiz Zerbini e desde 1999 com Estevão Ciavatta. Tem uma filha, Benedita, nascida em 1989, fruto de seu casamento com Luiz Zerbini. Filmografia: 1978 – Tudo Bem; Chuvas de Verão; 1980 – Eu te Amo; Os Sete Gatinhos; 1981 – Corações a Mil; 1982 – O Segredo da Múmia; 1984 – Onda Nova; 1985 – Marvada Carne; Areias Escaldantes; Brás Cubas; 1986 – Cinema Falado; 1988 – Fogo e Paixão; Luar sobre Parador (Moon Over Parador) (EUA); 1989 – O Grande Mentecapto; 1995 – Lá e Cá (CM); 2000 – Eu, tu, Eles; 2001 – Onde Andará Petrucio Felker?; (CM) (voz); 2003 – A Pessoa é para o que Nasce (ela mesma). CÁSSIA, EDNA DE Nasceu em Belém, PA, em 31 de julho de 1959. Descoberta em um auditório de programa de rádio, é convidada para estrelar o filme Iracema, uma Transa Amazônica, que ganha prêmios internacionais e fica muitos anos proibido no Brasil. É sua única experiência no cinema. Sua carreira de atriz acaba não se desenvolvendo. Filmografia: 1974 – Iracema, uma Transa Amazônica. CASSIANO RICARDO Ator, dublador, radialista e apresentador. É formado em Artes Cênicas pela ECA da USP. Estreia no cinema em 1977 no filme O Mártir da Independência. Dubla o programa Topo Gigio, em 1987 e em 2001/2002 o Clube do Chaves. Pela TV Cultura, participa dos programas Bambalalão e Som Pop. Por sua desenvoltura, é convidado a apresentar o programa Enigma e depois Janela Indiscreta. Pela TV Bandeirantes apresenta O Melhor de Todos. Na televisão, como ator, estreia na Manchete em 1989 na novela Kananga do Japão, no papel de Luiz Carlos Prestes, depois nas minisséries Na Rede de Intrigas (1991) e Filhos do Sol (1991). Na TV Globo desde 1991, parti cipa de Felicidade (1991), Anjo Mau (1997), Você Decide (1996) e A Diarista (2004). No teatro, entre outras, parti cipa de Procura-se um Tenor e Caixa Dois e empresta sua voz para locução de comerciais.Como radialista, trabalha nas rádios USP, Jovem Pan e Bandeirantes, na qual integra a equipe de esportes entre 1982 e 1984. Na Rede TV, trabalhou no Bola na Rede e depois pela CNT no programa No Pique, sob o comando do jornalista Roberto Avallone. Filmografia: 1977 – O Mártir da Independência; 1978 – Seduzida pelo Demônio; 1979 – Adultério Por Amor; 1983 – O Médium: A Verdade sobre a Reencarnação; 1987 – O País dos Tenentes; 1988 – História Familiar (CM); Fogo e Paixão; 1990 – Espectador (CM); 1993 – Capitalismo Selvagem; 1995 – Esperando Roque (CM); Felicidade É... (episódio: O Sonho); 1997 – O Velho – A História de Luiz Carlos Prestes (narração poéti ca). CASTELANI, LYRIS Liris Cecília da Costa e Silva nasceu em São Paulo, SP, em 22 de novembro de 1934. Muito jovem começa a estudar balé. Na adolescência trabalha em teatro e televisão como bailarina. Num desses shows, Anselmo Duarte convida-a para integrar o elenco de Absolutamente Certo, em 1957, um dos maiores êxitos do Cinema Brasileiro. É sua estreia na telona, que teria continuidade com outros filmes, inicialmente como bailarina de números musicais e depois como atriz. Destacam-se, em seu curriculo, Uma Certa Lucrécia (1958) e A Morte Comanda o Cangaço (1960). Com beleza plásti ca e talento, poderia ter ti do uma carreira brilhante e contínua, mas, nos poucos anos em que esteve à frente das câmeras, deixou sua marca. Hoje é cultuada como musa sexy do cinema brasileiro dos anos 60. Filmografia: 1957 – Absolutamente Certo; 1958 – Uma Certa Lucrécia; 1959 – Fronteiras do Inferno (Lonesome Women) (Brasil/EUA); Macumba na Alta; 1960 – A Morte Comanda o Cangaço; Pistoleiro Bossa Nova; 1961 – Quero Morrer no Carnaval (Quiero Morir en Carnaval) (México/Brasil); Mulheres e Milhões; 1963 – A Ilha. CASTELAR, EMÍLIO Castelar Brizzola Barreto nasceu em Santana do Livramento, RS, em 26 de junho de 1929. Vive até os dezesseis anos em Buenos Aires, quando se muda para São Paulo e mais tarde para o Rio de Janeiro. Começa carreira artística no Teatro de Amadores, quando realmente percebe sua vocação. Sua estreia no cinema acontece em 1952, no filme O Preço de um Desejo. Faz muitos fi lmes, onde se destacam Um Pirata do Outro Mundo (1957) e Nobreza Gaúcha (1958). A partir da década de 1960, resolve dedicar-se à pintura e decoração, abandonando a carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1952 – O Preço de um Desejo; Noivas do Mal; 1957 – O Pirata do Outro Mundo; Tudo é Música; 1958 – Nobreza Gaúcha; 1959 – Meruri, o Morro das Arraias. CASTELLI, MARIA LUÍZA Nasceu em Guaporé, RS, em 13 de outubro de 1934. Começa sua carreira na TV Piratini, em Porto Alegre, sem nunca ter estudado artes cênicas. Muda-se para São Paulo e logo é contratada pela TV Tupi, estreando, em 1964, na novela O Segredo de Laura. Desenvolve grande carreira na televisão, primeiro na Tupi, depois Globo, Bandeirantes e SBT. Participa de grandes momentos de nossa teledramaturgia como em O Direito de Nascer (1964), Antonio Maria (1968), Os Ossos do Barão (1973) e Éramos Seis (1977). Estreia no cinema em 1968 no filme O Pequeno Mundo de Marcos. Em 1984 faz sua aparição na televisão, no seriado Joana, ao lado de Regina Duarte, e em 1993 seu último filme Capitalismo Selvagem, quando encerra sua carreira artística e passa a dedicarse a palestras ministradas a pessoas da terceira idade. Está casada com Ciro, com quem teve três fi lhos, Cristina, Sílvio e Paulo Castelli, que também é ator. Filmografi a:1968 – O Pequeno Mundo de Marcos; 1978 – O Bem Dotado – O Homem de Itu; 1982 – Procuro uma Cama; As Aventuras de Mário Fofoca; 1985 – Os Bons Tempos Voltaram: Vamos Gozar Outra Vez (episódio: Primeiro de abril); 1993 – Capitalismo Selvagem. CASTELLI, PAULO Paulo Greven nasceu em porto Alegre, RS, em 8 de outubro de 1955. Forma-se psicólogo pela PUC de São Paulo. É fi lho da atriz Maria Luíza Castelli. Desde cedo acompanha a mãe nas gravações na TV Tupi e demonstra muito talento e vontade de ser ator. Estreia ainda criança na novela O Pequeno Lord, mas não dá continuidade. Retorna somente em 1979 na novela As Gaivotas já determinado a ser ator, mas a TV Tupi agonizava. Como grande promessa, é contratado pela TV Bandeirantes e lá faz duas novelas, Um Homem Muito Especial (1980) e Os Imigrantes (1981). Estreia no cinema em 1978 no filme Pecado sem Nome. Depois de uma passagem pela TV Cultura e SBT, finalmente chega à Globo em 1983 para parti cipar de Voltei Pra Você, como Pedro das Antas. O auge de sua carreira acontece em 1987, em Bambolê, como Luiz Fernando. Depois de uma breve passagem pela TV Manchete, onde fez Kananga do Japão, em 1989, resolve abandonar a vida artística e seguir a carreira de psicólogo. Bem-sucedido, hoje tem uma clínica em Alphaville, e é conhecido como Dr. Greven, atendendo principalmente pacientes da terceira idade. Filmografia: 1978 – Pecado sem Nome; O Bem Dotado – O Homem de Itu; 1979 – Os Imorais; 1985 – Além da Paixão; 1988 – Jorge, um Brasileiro. CASTIEL, ZÉ VICTOR José Vitor Castiel nasceu em Porto Alegre, RS, em 1958. Estuda no colégio Farroupilha e começa a representar pequenas peças, tornando-se ator amador. Forma-se em Direito pela PUC-RS, chega a exercer a profissão, paralela a carreira de ator. Participa das peças Édipo Rei, a Coisa Certa, Um Negócio Chamado Família, Conversa ao Pé do Palco, O Marido do Dr. Pompeu, pelo qual recebe o prêmio Açorianos em 1998, etc. Estreia no cinema em 1982 no curta A Palavra Cão não Morde e desenvolve sólida carreira, em dezenas de curtas e longas, quase todos produções do Rio Grande do Sul como Lua de outubro (1997), Tolerância (2000), Netto Perde sua Alma (2001), Dias e Noites (2008), etc. Faz mais de 250 comerciais para televisão e mais de 6.000 para rádio. Na Rádio Atlântida FM, foi diretor do Programa X, um sucesso sem precedentes em Porto Alegre. Estreia na televisão em 1994 na minissérie Incidente em Antares. Pelo seu porte fí sico avantajado, seus personagens são sempre rudes, como o Chico Mascate na minissérie A Casa das Sete Mulheres (2003), ou o Machadão de Páginas da Vida (2007) ou ainda o Perseu de Sete Pecados. Seja qual for o personagem, interpreta com garra e talento, sendo hoje, reconhecidamente, um grande ator brasileiro. Filmografia: 1982 – A Palavra Cão não Morde (CM); 1987 – Prazer em Conhecêla (CM); 1988 – Barbosa (CM); A Hora da Verdade (CM); 1990 – O Macaco e o Candidato (CM); 1992 – Novela (CM); 1995 – Felicidade É... (episódio: A Estrada); 1995 – O Caso do Linguiceiro (CM); 1996 – Um Homem Sério (CM); O Quatrilho; 1997 – Lua de Outubro; 1998 – Um Dia no Mercado (CM) (narração); 1999 – Quadrilha (CM); 2000 – Tolerância; 2001 – Netto Perde sua Alma; 2002 – A Paixão de Jacobina; O Príncipe das Águas (CM); 2004 – Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida; Prato do Dia (CM); 2005 – Jogo Subterrâneo; Diário de um Novo Mundo; 2006 – Wood & Stock: Sexo, Orégano e RocknRoll (voz); Rolex de Ouro (CM); 2008 – Netto e o Domador de Cavalos; Dias e Noites; 2010 – A Casa Verde. CASTILHO, ALMIRA Almira Castilho de Albuquerque nasceu em Olinda, PE, 24 de agosto de 1924. Foi casada com o cantor Jackson do Pandeiro por onze anos (1956/1967). Com o marido, forma dupla de sucesso nos anos 1950/1960, cantando e dançando forrós. Estreia no cinema em 1958 no filme Minha Sogra é da Polícia. Ainda em ati vidade, faz shows de forró, principalmente em cidades do interior do Nordeste. Filmografi a: 1958 – Minha Sogra é da Polícia; O Batedor de Carteiras; 1960 – O Viúvo Alegre; Pequeno por Fora; Cala a Boca, Etelvina; Aí Vem a Alegria; 1962 – Bom Mesmo é Carnaval; Rio à Noite. CASTRINHO Geraldo Freire de Castro Filho nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 17 de outubro de 1940. No Colégio Miliar, que entrou para sati sfazer a mãe, promovia shows e peças. Decidido a ser arti sta, inicia sua carreira no final dos anos 1950. Nos anos 1960/1970/1980, participa de humorísticos clássicos da televisão como Balança mas não Cai (1968), Chico City (1973), Chico Anysio Show (1982), A Festa É Nossa (1983) e Escolinha do Professor Raimundo (1990). Ao lado de Chico Anysio, cria o personagem Cascati nha, que, contracenando com Cascata (Chico Anysio), fazia o povo morrer de rir com suas confusões. O sucesso foi tanto que gravou vários discos com as músicas O Orgulho do Papai, Cascati nha meu Garoto, Rock do Cascatinha, etc. Com a turma do Balão Mágico consolida sua fama, nos anos 1980, sendo que sua imagem esteve em diversos produtos como bonecos, biscoitos, toalhas de banho, etc. Estreia no cinema em 1969 no filme Deu a Louca no Cangaço, mas retorna somente em 1997 para uma brilhante parti cipação no excepcional A Ostra e o Vento, de Walter Lima Jr. A parti r dos anos 1990, reduz sua atuação na televisão, restringindo-se a algumas participações nos seriados Malhação (1998), A Diarista (2004/2005) e Sob nova Direção (2005). Em 2000 apresenta o programa A Casa é Sua, pela RedeTV, ao lado de Sonia Abrahão. Em abril de 2005 é submetido a um implante de duas pontes de safena e uma mamária para revascularização do miocárdio. Recuperado, é contratado pela TV Record para viver o detetive Maurinho, na novela Bicho do Mato (2006) e depois o Alcebíades de Amor e Intrigas (2007), ou como Leonel Pavão em Poder Paralelo (2009). É um grande talento do humor brasileiro. Vive em Vargem Grande, Rio de Janeiro, e tem cinco fi lhos, três filhos do primeiro casamento e mais dois do segundo. Filmografi a: 1969 – Deu a Louca no Cangaço; 1997 – A Ostra e o Vento; 1999 – Orfeu; 2001 – Xangô de Baker Street; 2003 – Deus é Brasileiro; 2004 – Onde Anda Você; 2009 – Simonal – Ninguém Sabe o duro que Dei (depoimento). CASTRO, APARECIDA DE Em 1957 inicia sua carreira na TV Tupi, participando da novela O Retrato de Dorian Gray, ao lado de Tarcísio Meira. Em 1961 transfere-se para a Rádio Tupi e começa carreira de radioatriz, até 1967, quando vai para a Rádio São Paulo. Em 1972 volta à TV Tupi e participa das novelas Revolta dos Anjos (1972), Mulheres de Areia (1973), Ídolo de Pano (1974) e Ovelha Negra (1975). Estreia no cinema em 1952 no filme Era uma vez um Vagabundo. Faz muitos filmes, entre eles Jeca Macumbeiro (1974) e Elas só Transam (1983). Em 1984 participa da novela Meus Filhos, Minha Vida, pelo SBT, a sua últi ma ati vidade artística de que se tem notícia. Filmografia: 1952 – Era uma vez um Vagabundo; 1974 – Jeca Macumbeiro; 1975 – Jeca contra o Capeta; Lucíola, o Anjo Pecador; O Supermanso; 1976 – Quando elas Querem...e eles Não; O Quarto da Viúva; 1977 – Esparrela; Vítimas do Prazer (Snuff ); 1979 – Os Três Boiadeiros; 1980 – O Inseto do Amor; 1982 – As Vigaristas do Sexo; 1983 – Elas só Transam (Elas só Transam no Disco). CASTRO, CAROL Carolina Osório de Castro nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de março de 1984. É filha ator Lucca de Castro. Com a separação dos pais, muda-se com a mãe para Natal, onde começa a ter aulas de balé, ginástica olímpica e a praticar Morey Boogie. Aos nove anos vai para o Rio de Janeiro passar férias com o pai e estreia ao seu lado, num grupo de teatro infantil. Resolve então fi car no Rio de Janeiro e, em 2003 aparece a primeira oportunidade na televisão, na novela Mulheres Apaixonadas, no papel de Gracinha, com grande sucesso junto ao público. Faz a seguir Senhora do Destino (2005), como Angélica; Bang-Bang (2006), como Mercedita Bolivar; O Profeta (2007), como Ruth; e Beleza Pura (2008), como Sheila. Em 2008 faz ensaio sensual para o site Paparazzo e posa nua para a revista Playboy. Estreia no cinema em 2003 no filme Caminho das Nuvens. Em 2008 estreia no teatro na peça Dona Flor e seus dois Maridos. Em 2009, casa-se com o ator Marcos Bravo. Filmografia: 2003 – O Caminho ds Nuvens; 2004 – Um Show de Verão; Perigosa Obsessão (Peligrosa Obsesión) (Argentina). CASTRO, CLÁUDIO CORRÊA E Cláudio Luis Murguel Corrêa e Castro nasceu no Rio de Janeiro em 28 de fevereiro de 1928. Começa sua carreira no teatro. Como autor, inicia no Tablado, depois funda o Teatro da Praça. Participa das peças Abelardo e Heloísa, Pequenos Assassinatos, Pequenos Burgueses, Caiu o Ministério e Galileu Galilei, considerado pela crítica como seu maior sucesso nos palcos. Foi também diretor, inaugurando o Teatro Guaíra, de Curitiba, com o espetáculo Um Elefante no Caos, de Millôr Fernandes, em 1963. Dirige muitas outras peças, como A Vida Impressa em Dólar, de C.Odets; A Megera Domada, de Shakespeare; e O Santo Milagroso, de Lauro Cesar Muniz, etc. Estreia na televisão em 1968, na novela A Muralha. Nos anos 1970, dedica sua carreira mais à televisão, emplacando sucessos como Meu Pé de Laranja Lima, no papel do simpático português Manoel Valadares, seguindose Mulheres de Areia (1973), Os Inocentes (1974), O Rei do Gado (1996) e Anjo Mau (1997). Estreia no cinema em 1959 no filme É um Caso de Polícia, seguindo-se de muitos outros como Cinco Vezes Favela (1962) e O Caso Cláudia (1979). Fez 53 novelas, 36 na TV Globo, sendo a última Chocolate com Pimenta, de 2003, com texto de Walcyr Carrasco e direção de Jorge Fernando, na qual interpretou o Conde Klaus von Gurgo, mas depois fez uma pequena parti cipação em Senhora do Destino, como Dr. Afonso. Foi casado com a atriz Ileana Kwasinski, com quem teve um fi lho, Guilherme. Morre em 16 de agosto de 2005, aos 77 anos de idade em Niterói, RJ, de falência múltipla dos órgãos, decorrentes de obesidade, hipertensão e diabetes. Filmografia: 1959 – É um Caso de Polícia; Helena (inacabado); Um Homem Fora do seu Meio (inacabado); 1962 – Cinco Vezes Favela (episódio: Couro de Gato); 1967 – O Mundo Alegre de Helô; 1973 – Amante muito Louca; 1977 – Elas São do Baralho; O Mártir da Independência; 1979 – O Caso Cláudia; 1980 – Os Sete Gatinhos; 1981 – Engraçadinha; 1984 – Prova de Fogo; 1988 – O Grande Mentecapto; 1997 – O Noviço Rebelde; 2000 – Minha Vida em suas Mãos; 2003 – Irmãos de Fé. CASTRO, EDYR DE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 2 de setembro de 1946. Cantora e atriz, conhecida também como Edyr Duque. Fez parte dos grupos Frenéticas, Mucamas do Painho e Rádio Stars, estes dois últi mos motivados por sua parti cipação no Programa Chico Anysio Show, como a secretária do pai de santo Painho. Atua também em novelas da TV Globo, sendo sua estreia em Escrava Isaura, em 1976, depois Roque Santeiro (1985), a minissérie Anos Rebeldes (1992), Por Amor (1997), Cabocla (2004), Sinhá Moça (2006) e Sete Pecados (2007). Em 2007 vai para a TV Record atuar em Amor e Intrigas (2007) e Poder Paralelo (2009). Foi casada com o cantor e compositor Zé Rodrix e é irmã da também cantora e atriz Dhu Moraes. Filmografia: 1971 – Paixão na Praia; 1976 – O Vampiro de Copacabana; 1990 – Corpo em Delito; 1995 – Menino Maluquinho – O Filme; 1996 – O Barbeiro do Rio (Il Barbiere di Rio) (Itália); 2002 – Uma Onda no Ar; 2007 – Proibido Proibir; Pequenas Histórias. CASTRO, EWERTON DE Ewerton Ribeiro de Castro nasceu em São Paulo, SP, em 11 de dezembro de 1945. Inicia sua carreira no teatro infanti l, passando em seguida para o adulto, onde participa das peças O Poeta da Vila, O Homem Elefante, entre outras. Estreia no cinema em 1967, num episódio da série Águias de Fogo, do mesmo produtor da série Vigilante Rodoviário. No mesmo ano tem papel de destaque no filme Jeca e a Freira, ao lado de Mazzaropi. Atua em muitos outros filmes, com destaque para Adultério Por Amor (1979) e Kuarup (1989). Em 1979 dirige seu único longa-metragem, a comédia erótica Viúvas Precisam de Consolo. Na televisão, estreia em 1972, na novela O Tempo não Apaga, pela Record. Desenvolve sólida carreira na telinha, atuando em dezenas de novelas, com destaque para A Viagem (1973), como Alexandre; Xeque Mate (1976), como Carlinhos; Eu Prometo (1983), como Roque; Roque Santeiro (1985), como Gérson do Vale; Fera Ferida (1993), ganhando o público com seu personagem Antonio Guedes; Os Ossos do Barão (1997) como Luiz Eulálio; Os Maias (2001), como Manuel Vilaça; Escrava Isaura (2004), em estupenda caracterização como Belchior; Essas Mulheres (2005), como o Ministro Duarte; Bicho do Mato (2007), como Túlio; e, mais recentemente, Chamas da Vida (2008), como Brito Pimenta, estas quatro últimas pela TV Record. É um grande ator brasileiro. Em 2009, a Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, lança sua biografia, Ewerton de Castro – Minha Vida na Arte: Memória e Poética, de autoria de Reni Cardoso. Filmografi a (ator): 1967 – Operação Tatu (CM) e Terra dos Índios (episódios da série Águias de Fogo); Instrução de Vendas: Abril Cultural (CM); Jeca e a Freira; O Quarto; 1969 – As Armas; 1970 – As Gatinhas; Sentinelas do Espaço (episódios: Operação Tatu e Terra dos Índios); 1971 – Paixão na Praia; 1973 – O Últi mo Êxtase; Anjo Loiro; A Noite do Desejo (Data Marcada para o Sexo); Ford Maverick (MM); 1974 – As Delícias da Vida; Instrução de Vendas: Ford Motor Craft (CM); 1975 – Ponto Final (CM); Cada um Dá o que Tem (episódio: Uma Grande Vocação); 1976 – Sabendo Usar não Vai Faltar (episódio: Joãozinho); À Flor da Pele; A Noite das Fêmeas (Ensaio Geral); O Poderoso Machão; 1978 – Aquele que Sabe Viver (Il Sorpasso) (Itália) (dublagem do ator Jean-Louis Trinti gnant); O Estripador de Mulheres (Assassino da Noite); Ninfas Diabólicas; Na Violência do Sexo; 1979 – Adultério Por Amor; 1980 – O Médium: A Verdade sobre a Reencarnação; Pronto Socorro (O Acidentado) (CM); Os Rapazes da Difícil Vida Fácil; Alguém; 1981 – Inverno no Trópico (CM) (narração); A Noite das Depravadas; 1981 – Sexo, sua Única Arma; 1985 – Patriamada; 1987 – Rádio Pirata; 1989 – Kuarup; 1990 – Uma Escola Atrapalhada; 1995 – Nelson (CM); 1998 – Caminho dos Sonhos (Um Sonho no Caroço do Abacate); 2002 – O Príncipe; 2003 – Maria, Mãe do Filho de Deus; 2005 – Limbo (CM); Corpus Aladus (CM); 2007 – Três Pedras (CM). Filmografia (diretor): 1971 – ... Em Últi ma Análise (CM-Super-8); 1979 – Viúvas Precisam de Consolo. CASTRO, ILEMA DE Amália Callarino B. Bavagnani nasceu em Araras, SP, em 15 de dezembro de 1903. Tem como profissão tecelã. Em 1937 inicia carreira de radioatriz na Rádio Bandeirantes de São Paulo, passando pelas rádios Cosmos, Panamericana, São Paulo e Excelsior. Em 1951 estreia no cinema no filme Suzana e o Presidente. Faz apenas três filmes, sendo o último O Vendedor de Linguiças, em 1962, ao lado do cômico Mazzaropi. Nos anos 1950, no TBC, participa de muitas peças importantes como A Casa de Bernarda Alba, ao lado de Maria Della Costa. Em 1965 faz sua única novela, O Mestiço, no papel de Branca, pela TV Tupi, novela curiosa por ser a estreia de Hélio Souto na emissora. A parti r dos anos 1970 não se tem conhecimento da conti nuidade de sua carreira nem de sua morte. Filmografia: 1951 – Suzana e o Presidente; 1959 – Moral em Concordata; 1962 – O Vendedor de Linguiças. CASTRO, KÁTIA Nasceu em 1957. Começa sua carreira artística no cinema, em 1976, no filme As Mulheres do Sexo Violento, mas atua em dois filmes apenas, sendo o último Um Marido Contagiante, em 1978. Filmografia: 1976 – Mulheres do Sexo Violento; 1978 – Um Marido Contagiante. CASTRO, LILIANA Liliana Rezende de Castro nasceu em Quito, Equador, em 29 de julho de 1979. Por ser filha de diplomata brasileiro, mora em vários países como Itália, Venezuela, Equador, etc. Naturaliza-se brasileira. Aos dez anos de idade começa a fazer teatro amador. Adolescente, resolve cursar Faculdade de Teatro. Em 1999 estuda com Antonio Abujamra e participa de muitas peças como As Fúrias (1999), Alice Através do Espelho (1999), Sob o Sol em meu Leito Após a Água (2000), A Casca de Nós (2003), Tudo é Permitido (2005), Toda Nudez Será Castigada (2006), Não Existem Níveis para Consumo destas Substâncias (2006) e por Uma Vida um Pouco menos Ordinária (2007). Estreia na televisão em um pequeno papel na novela A Força de um Desejo, pela TV Globo, e depois foi a Polca de Ilha Ra-Tim-Bum (2002), pela TV Cultura. A partir de 2002 firma-se na TV Globo e começa a ver seus personagens tomarem corpo como em Da Cor do Pecado (2004), como a Olívia; e Alma Gêmea (2005), como a Luna. Estreia no cinema em 2002 no filme Histórias do Olhar. Contratada pela TV Record, parti cipa de Caminhos do Coração (2007), como Janete, em importante papel. Filmografia: 2002 – Histórias do Olhar; 2006 – O Ano em que meus Pais Saíram de Férias; Uma Vida Sin Sorpresas (CM) (dublagem); 2007 – Podecrer! CASTRO, MAJÔ DE Nasceu em Fortaleza, CE, em 1969. Atriz e cantora, Inicia sua carreira no teatro, em peças como Aurora da Minha Vida, Acordes, O Auto da Panelada, etc. No cinema, estreia em 1993 no filme A Saga do Guerreiro Alumioso, de Rosemberg Cariry, e acaba atuando em quase todos os filmes do diretor. Com Fáti ma Toledo aperfeiçoa-se no Curso de Preparação de Ator para Cinema, em São Paulo. Na televisão, atua na novela Mandacaru, em 1997 e na minissérie João Miguel, pela TV Cultura, em 2009. Filmografia: 1993 – A Saga do Guerreiro Alumioso; 1994 – O Calor da Pele; 1996 – Corisco e Dadá; 1997 – Navalha na Carne; O Amor Está no Ar; 1998 – Tangerine Girl (CM); Bocage – O Triunfo do Amor; Bela Donna; 2002 – Lua Cambará – Nas Escadarias do Palácio; 2006 – As Tentações do Irmão Sebastião; 2008 – Siri-Ará; 2010 – A Suprema Felicidade. CATALANO Humberto Catalano nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 5 de maio de 1904. Começa sua carreira artística no cinema, em 1926 no filme A Lei do Inquilinato, de William Schoucair. No teatro, faz sua estreia em 1929, em Vitória, ES, na peça Guerra às Mulheres, no Teatro Polytheama. Depois, por algum tempo, faz papéis dramáticos, longe de suas características, mas logo descobre sua real vocação e se torna um dos maiores e mais atuantes cômicos brasileiros, tanto em teatro, cinema ou televisão. Com muitos filmes, principalmente chanchadas da Atlânti da, destacam-se Samba em Berlim (1943) e Rio, Verão & Amor (1966). No Teatro de Revista, participa de inúmeras peças nas décadas de 1940 e 1950. Em 1979, seu jubileu de ouro no teatro é comemorado com uma grande festa no Teatro Dulcina, com a presença de Bibi Ferreira, Chico Anysio, Edu da Gaita, Emilinha Borba, Adelaide Chiozzo, entre outros. Na televisão, sua única parti cipação acontece em 1988, como o Gouveia na minissérie O Primo Basílio e seu último fi lme é Solidão, Uma Linda História de Amor, em 1989. No ano de 2000, aos 96 anos, é homenageado pelo Canal Brasil, falecendo alguns meses depois, em 10 de setembro de 2000, no Rio de Janeiro. Filmografia:1926 – A Lei do Inquilinato; 1931 – Mágoa Sertaneja (CM); 1937 – Les Perles de La Couronne (França); 1943 – Samba em Berlim; 1944 – Gente Honesta; 1945 – Não Adianta Chorar; O Gol da Vitória; Cem Garotas e um Capote; 1946 – Segura esta Mulher; Sob a Luz de meu Bairro; 1947 – Este Mundo é um Pandeiro; 1948 – É Com Este que eu Vou; O Famoso Cornélio (inacabado); E o Mundo se Diverte; 1950 – Não é Nada Disso; O Noivo da Minha Mulher; 1952 – Pecadora Imaculada; 1954 – O Petróleo é Nosso; 1955 – Carnaval em Marte; 1956 – Depois eu Conto; Genival é de Morte; Boca de Ouro; 1957 – A Baronesa Transviada; Quem Sabe... Sabe!; Rio Fantasia; O Circo Chegou à Cidade (Toni, o Leiteiro); 1958 – O Camelô da Rua Larga; A Grande Vedete; Meus Amores no Rio (Mis Amores en Río) (Brasil/Argenti na); 1959 – Quem Roubou meu Samba?; Cala a Boca Etelvina; Minervina Vem Aí; 1960 – A Viúva Valentina; Samba em Brasília; Entrei de Gaiato; 1961 – Três Colegas de Batina; 1966 – Rio, Verão & Amor; 1967 – Le Samouraï (França/Itália); 1973 – Um Virgem na Praça; 1976 – Tem Folga na Direção; As Desquitadas em Lua de Mel; As Mulheres que Dão Certo (episódio: Crime e Castigo); 1977 – Essa Freira é uma Parada; A Festa; 1978 – Manicures à Domicílio; Assim Era a Pornochanchada; O Namorador (episódios: O Namorador e A Noite de São João); 1982 – Os Paspalhões em Pinóquio 2000; 1988 – Luar sobre Parador (Moon Over Parador); 1989 – Solidão, uma Linda História de Amor. CATALDI, ISMÊNIA MATEUS Nasceu em Valparaíso, Chile, em 22 de fevereiro de 1878. Muito jovem inicia carreira teatral, percorrendo, em excursões, vários países das Américas do Sul e Central. Com o sucesso obti do no Rio de Janeiro, resolve fixar-se em nosso País, inicialmente como soprano, em operetas. Estreia no cinema em 1908 no filme Nhô Anastácio Chegou de Viagem, seguindo-se muitos outros como Sonho de Valsa (1910) e Entre dois Amores (1918). A parti r de 1924, abandona a carreira artística para viver anonimamente com sua mãe. É falecida. Filmografia: 1908 – Nhô Anastácio Chegou de Viagem (CM); A Viúva Alegre; 1909 – Dueto do Trovador (CM); A Gueixa; A Tosca (Vissi d’Amore) (CM); 1910 – Paz e Amor (MM); Sonho de Valsa; O Cometa; Marcha de Cadiz; 1911 – O Conde de Luxemburgo (CM); A Serrana; O Cordão (CM); República Portuguesa; A Serrana; 1916 – O Pierrô e a Colombina; 1917 – O Canto de Carlos V; 1918 – Entre dois Amores; 1919 – Não Sei Porquê; 1930 – Degraus da Vida (inacabado). CATTAN, BENJAMIN Nasceu em São Paulo, SP, em 1925. Começa sua carreira artística no cinema, em 1953, numa ponta no filme Uma Pulga na Balança. Destacam-se, entre tantos, Moral em Concordata (1959) e O Mártir da Independência (1977). Na TV Tupi, passa a atuar em novelas, chegando a diretor artístico de programas como TV de Vanguarda. Participa, como ator, de novelas importantes como Klauss, o Loiro (1963), Vitoria Bonelli (1972) e Dulcineia Vai à Guerra (1980). Na TV Globo, atua em Avenida Paulista (1982), O Salvador da Pátria (1989), Gente Fina (1990), Araponga (1990) e Felicidade (1991). Dirige três novelas de sucesso, Maria Antonieta (1961), A Muralha (1961) e Simplesmente Maria (1970). No teatro, fica muito tempo na companhia de Maria Della Costa, em peças como Gimba, O Canto da Cotovia e A Alma Boa de Se-Tsuan. Em 1992 faz sua últi ma participação na televisão como ator, na minissérie As Noivas de Copacabana, como Gomide e em novembro de 1993 participa de sua últi ma peça, Seis Graus de Separação. Morre em 9 de janeiro de 1994, aos 69 anos, vítima de acidente vascular circulatório, em São Paulo. Filmografia: 1953 – Uma Pulga na Balança; 1959 – Moral em Concordata; 1969 – Golias contra o Homem das Bolinhas; 1975 – Lilian M: Relatório Confidencial; Confi ssões Amorosas; 1976 – Possuídas pelo Pecado; 1977 – O Mártir da Independência; 1978 – Noite em Chamas; Que Estranha Forma de Amar; 1979 – A Força dos Sentidos; 1980 – A Filha de Emmanuelle; Multi rosas Nacionais (CM); 1981 – Império do Desejo; Amor, Palavra Prosti tuta; 1984 – Made in Brazil (episódio: Furacão Acorrentado); 1985 – O Beijo da Mulher Aranha (Kiss of the Spider Woman) (Brasil/EUA); 1986 – Filme Demência; 1987 – O País dos Tenentes; 1989 – Dias Melhores Virão; Os Trapalhões na Terra dos Monstros. CAUÊ FILHO Tomaz Cauê Lopes nasceu em 1911. Desenvolve sólida carreira como radioator, permanecendo por mais de trinta anos na Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Seu principal papel foi o do moleque Saci em Jerônimo, o Herói do Sertão, radionovela que ficou quatorze anos no ar. Estreia no cinema em 1948, no filme Obrigado, Doutor, de Moacyr Fenelon, mas faz apenas cinco filmes. Vai para a televisão somente em 1978, como o Teixeira de Maria, Maria, novela da TV Globo; depois Gina (1978), como médico; A Sucessora, como o Padre Manfredo; e Cabocla (1979), como Telles, seu último papel. Morre em 1984, aos 73 anos de idade. Filmografia: 1948 – Obrigado, Doutor; 1949 – Estou Aí!; O Homem que Passa; 1951 – Milagre de Amor; 1973 – O Rei do Baralho. CAVAGNOLE NETO Jácomo Cavagnole nasceu em Nova Odessa, SP, em outubro de 1914. Trabalha como engraxate, aprendiz de barbeiro, sapateiro e mecânico. Com grande potencial de voz, começa a estudar canto. Em 1938 ingressa no coral Alberto Pintaúde. Em 1941 vence concurso promovido pela Companhia de Comédias e Variedades Nilo Belo e já começa a chamar a atenção dos produtores. Em 1943 é contratado como tenor-galã pela Companhia Cézar Fronzi. Até 1952, trabalha em rádio, ópera, opereta, teatro popular, comédia musical, revista musical e televisão. Nesse ano, estreia no cinema no filme Custa Pouco a Felicidade e adota essa modalidade nos 30 anos seguintes, ao parti cipar de muitos filmes, estando entre os dez atores de maior fi lmografia do Cinema Brasileiro. Destacam-se Sinhá Moça (1953), Sertão em Festa (1971) e Jeitosa, um Assunto Muito Particular (1984). Considerado um dos grandes atores brasileiros, com longa carreira pontuada de êxitos. É falecido. Filmografia: 1952 – Custa Pouco a Felicidade; 1953 – O Craque; Família Lero-Lero; Uma Pulga na Balança; Sinhá Moça; 1954 – Candinho; A Outra Face do Homem; É Proibido Beijar; 1956 – Gato de Madame; 1957 – Absolutamente Certo; Uma Certa Lucrecia; O Pão que o Diabo Amassou; 1958 – O Cantor e o Milionário; Chofer de Praça; O Grande Momento; 1961 – A Moça do Quarto 13 (Girl in Room 13) (Brasil/EUA); Mulher Satânica (Der Satan Mit Den Roten Haaren) (Brasil/Alemanha); 1962 – Mapa Histórico (CM) (episódio da série Vigilante Rodoviário); 1969 – As Armas; Adultério à Brasileira (episódio: A Receita); 1970 As Gatinhas; Sertão em Festa; 1971 – O Grande Xerife; As Noites de Iemanjá; 1972 – Paixão de um Homem; Um Caipira em Bariloche; Corrida em Busca do Amor; Fora das Grades; 1973 – Pedro Canhoto, o Vingador Erótico; A Superfêmea; 1974 – Adultério (As Regras do Jogo); Gata Devassa; O Leito da Mulher Amada; Macho e Fêmea; Sedução (Qualquer Coisa a Respeito do Amor); 1975 A Casa das Tentações; Jeca contra o Capeta; Lucíola, o Anjo Pecador; Ainda Agarro esse Machão; A Filha do Padre; A Ilha do Desejo (Paraíso do Sexo); O Sexo Mora ao Lado; Trote dos Sádicos; 1976 – Eu Faço... Elas Sentem; A Última Bala; Amadas e Violentadas; O Dia em Que o Santo Pecou; A Noite das Fêmeas (Ensaio Geral); Pesadelo Sexual de uma Virgem; Pura como um Anjo, Será Virgem?; O Sexualista; 1977 – A Casa das Tentações; O Menino da Porteira; Nem as Enfermeiras Escapam; 1978 – O Estripador de Mulheres (Assassino da Noite); Pecado sem Nome; Nós, os Amantes; Belas e Corrompidas; Chumbo Quente; O Atleta Sexual; Damas do Prazer; 1979 – Mulher, Mulher; A Dama da Zona (Hoje Tem Gafi eira); Liberdade Sexual; A Dama do Sexo; Por um Corpo de Mulher; 1980 – Chapeuzinho Vermelho – A Gula do Sexo; Império do Desejo; Diário de uma Prosti tuta; A Filha de Emmanuelle; O Inseto do Amor; A Mulher que Inventou o Amor; 1981 – A Noite dos Bacanais; A Casa de Irene; Amélia, Mulher de Verdade; Fome de Sexo; Me Deixa de Quatro (Fica Comigo Esta Noite); As Prostitutas do Doutor Alberto (Prisão de Mães Solteiras); 1984 – Jeitosa, um Assunto Muito Particular. CAVALCANTE, TOM Antonio José Rodrigues Cavalcante nasceu em Fortaleza, CE, em 8 de março de 1962. Começa sua carreira artística no seu Estado, como locutor de rádio e revisor de textos. Em 1989, no Rio de Janeiro, depois de vários ano tentando, consegue uma vaga para fazer as chamadas do programa de Chico Anysio, que gostou tanto que o contratou Tom, fazendo o personagem João Canabrava. O sucesso é imediato. Depois vai para a Escolinha do Professor Raimundo, Zorra Total e chega ter um programa só seu, Megatom. Em 2004 é contratado pela TV Record para comandar o programa Show do Tom, no qual imita com perfeição vários personagens brasileiros como Clodovil, Ana Maria Braga, Sílvio Santos, Roberto Justus, etc. É um grande talento brasileiro. De seu primeiro casamento, tem dius filhos, Ivete e Ivens. Está casado com Patrícia Lamounier, com quem tem uma filha, Antonia (2000). Filmografia: 2003 – Xuxa Abracadabra (narração); 2005 – Xuxinha e Guto Contra os Monstros do Espaço (voz). CAVALCANTI, CLÁUDIO Cláudio Murillo Cavalcanti nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 24 de fevereiro de 1940. Começa sua carreira artística em 1956, no TBC, Teatro Brasileiro de Comédia, sob a orientação de Sérgio Britto e Fábio Sabag. Depois vai para a TV Tupi, como ator de novelas ao vivo, escritas por Ilza Silveira. Sua primeira novela é 22-2000 Cidade Aberta, no papel de Carlinhos. Em 1966 transfere-se para a TV Rio e participa da novela A Mulher que Amou Demais, uma adaptação de Anna Karenina, que acaba sendo tirada do ar antes do seu término. No ano seguinte faz sua primeira novela na TV Globo, Anastácia, a Mulher sem Destino. Nessa emissora, participa de muitas outras como Véu de Noiva (1969), Irmãos Coragem (1970), O Feijão e o Sonho (1976), Maria, Maria (1978), Pecado Rasgado (1978), Pai Herói (1979), Transas e Caretas (1984), O Salvador da Pátria (1989), A Viagem (1994) e minisséries Labirinto (1998) e Chiquinha Gonzaga (1999). Sua última novela é Roda da Vida (2001), pela TV Record, como Vidal. Estreia no cinema em 1964 no filme Pluft, o Fantasminha. Atua em muitos outros como Memórias de um Gigolô (1970), Um Marido Contagiante (1978) e mais recentemente Menino Maluquinho 2 – a Aventura. Em 2006 retorna aos palcos para atuar na peça O Doente Imaginário, de Molière. Tem cinco livros publicados e como cantor lançou um long play em 1971. Cumpriu dois mandatos como vereador do Rio de Janeiro, entre 2000 e 2008. Está casado desde 1979 com Maria Lúcia Frota, psicóloga e atriz, ambos são vegetarianos e ativistas dos direitos dos animais. O casal tem uma fi lha, Lúcia Frota, nascida em 1976, filha biológica de Lúcia e criada desde os dois anos por Cláudio. Filmografia: 1964 – Pluft, o Fantasminha; Um Ramo para Luíza; 1965 – Engraçadinha, Depois dos 30; História de um Crápula; 1966 – Cuidado, Espião Brasileiro em Ação; Nudista à Força; 1969 – A um Pulo da Morte; A Cama ao Alcance de Todos (episódio: A Segunda Cama); 1970 – Memórias de um Gigolô; Ascensão e Queda de um Paquera; 1971 – Quando as Mulheres Paqueram; 1972 – O Grande Gozador; 1974 – Como nos Livrar do Saco; 1975 – Ipanema, Adeus; 1977 Contos Eróti cos (episódio: Vereda Tropical); Um Marido Contagiante; 1979 Uma Estranha História de Amor; 1983 – Bacanal do Terceiro Grau; 1998 – Menino Maluquinho 2 – a Aventura; 1999 – Tiradentes; 2008 – Paulo Gracindo, o Bem-Amado (depoimento). CAVALCANTI, DENI José Cavalcanti Filho nasceu em São Paulo, SP, em 1950, mas é criado no interior do Paraná. Volta à capital em 1966 e começa a trabalhar como crooner de casas noturnas, grava discos e faz televisão. Na década de 70 inicia carreira no cinema como ator, estreando em Será que Ela Aguenta? (1977) e em seguida como produtor, constituindo a Itapoã Filmes, e em 1981 a Madial Filmes, produtoras e distribuidoras. Atua como ator, roteirista, produtor e diretor. Sua estreia na direção acontece em 1980, com o filme Amélia, Mulher de Verdade, porém o grande sucesso acontece em Aluga-se Moças (1981), estrelado pela cantora/dançarina Gretchen. Dirige também o fi lme regional Filho Adotivo, com o cantor Sérgio Reis, em 1984. Em 1997 apresenta programa na CNT/Gazeta, com reprise de seus fi lmes e de outros diretores da Boca do Lixo paulista. Filmografia (ator): 1977 – Será que Ela Aguenta?; 1978 – O Atleta Sexual; 1979 A Força do Sexo; 1980 – O Campineiro, Garotão para Madames; 1981 – Aluga-se Moças; Amélia, Mulher de Verdade; 1982 – O Vale dos Amantes; 1983 Aluga-se Moças 2; Põe Devagar... Bem Devagarinho; 1984 – Meu Homem, meu Amante. Filmografia (diretor): 1981 – Amélia, Mulher de Verdade; 1982 – Procuro uma Cama; 1982 – Aluga-se Moças; 1983 – Aluga-se Moças 2; 1984 – Filho Adotivo; 1990 – A Rota do Brilho. CAVALCANTI, EMMANUEL Nasceu em Maceió, AL. Nos anos 1960 muda-se para o Rio de Janeiro. Estreia no cinema em 1965 no filme Choque de Senti mentos e torna-se um dos maiores coadjuvantes do cinema brasileiro, trabalhando com os maiores diretores como Roberto Santos, Carlos Diegues, Neville d’Almeida, Nelson Pereira dos Santos, etc. Como diretor, seu primeiro filme é o documentário Castro Alves, de 1971, depois dirigiria outros curtas, nunca chegando ao longa. É também competente assistente de diretor em fi lmes como Tenda dos Milagres (1977) e A Virgem Prometida (1968). Está em atividade até os dias de hoje. Filmografia (ator): 1965 – Choque de Senti mentos; A Hora e a Vez de Augusto Matraga; 1967 – Proezas de Satanás na Vila do Leva-e-Traz; El Justi cero; Terra em Transe; 1968 – Os Marginais (episódio: Papo Amarelo); O Homem Nu; Copacabana me Engana; A Virgem Prometida; A Doce Mulher Amada; 1969 – O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (Brasil/França/Alemanha); 1970 – Jardim de Pedra; A Guerra dos Pelados; 1971 – Sem Saída (CM) (narração); 1972 Sangria (CM); 1973 – Sagarana, o Duelo; O Homem do Corpo Fechado; 1974 O Boca do Inferno (CM); O Forte; O Amuleto de Ogum; A Noite do Espantalho; 1975 – O Último Dia de Lampião (MM); Pastores da Noite (Otália da Bahia) (França/Brasil); Cristais de Sangue; 1976 – Soledade; Padre Cícero; Crueldade Mortal; 1977 – Quem Matou Pacífico? Os Amores Pantera; O Jogo da Vida; Ladrões de Cinema; Ajuricaba, o Rebelde da Amazônia; Tenda dos Milagres; 1978 Chapéu de Couro; A Deusa Negra (Nigéria/Brasil); Chuvas de Verão; 1979 – O Coronel e o Lobisomem; O Bom Burguês; Bye Bye Brasil; 1980 – A Volta do Boca do Inferno (CM); Parceiros da Aventura; O Grande Palhaço; 1982 – Noites Paraguaias; 1983 – Suíte Bahia (CM) (narração); 1984 – Quilombo; O Cavalinho Azul; 1985 – Urubus e Papagaios; Sonho Sem Fim; 1985 – O Rei do Rio; 1987 – Os Trapalhões no Auto da Compadecida; Memória Viva (narração); 1986 – Vigilante Rodoviário (MM); 1988 – Uma Avenida Chamada Brasil; 1991 – Conterrâneos Velhos de Guerra (leitura de poemas); 1993 – A Saga do Guerreiro Alumioso; 1998 – Polêmica (CM); 1998/2007 – Vida Fuleira (CM); 2003 – Glauber o Filme, Labirinto do Brasil (depoimento); Incompatibilidade de Gênios (CM); Por Dentro de uma Gota d’Água (CM); 2004 – Cascalho; Velhor, Viúvos e Malvados (CM); 2005 – Repulsa (CM); Incuráveis; O Latido do Cachorro Altera o Curso das Nuvens (CM); 2006 – Bom-Dia, Eternidade. Filmografia (diretor): 1971 – Castro Alves (CM); 1980 – João Redondo (CM); 1982 – Insônia (episódio: Dois Dedos); 1988 – Ângelo Roberto (CM). CAVALCANTI, DUDA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 26 de junho de 1944. Faz colégio da Suíça. De volta ao Rio de Janeiro, faz teatro amador com Martim Gonçalves, Gianni Ratto e o Grupo Orla. Atua também como modelo da Rhodia. Estreia no cinema, em 1965 em Arrastão. Com o sucesso do filme na França, parti cipa de algumas produções daquele pais e casa-se com o cineasta Jean Daniel Pollet, com quem tem duas filhas. De volta ao Brasil em 1980, retoma carreira de manequim e modelo, mas abandona a carreira de atriz. Filmografia: 1965 – Arrastão (Les Amants de La Mer) (França/Brasil); 1966 – Un Choix DAssassins (Italia/França); 1969 – A um Pulo da Morte; 1971 – O Homem das Estrelas (Le Maitre de Temps) (França/Brasil). CAVALCANTI, FABRÍCIO Nasceu em São Paulo, SP. É filho do cineasta Francisco Cavalcanti. Inicia sua carreira como ator, estreando em 1981 no filme O Filho da Prosti tuta. A partir dos anos 1990 passa a dirigir fi lmes de ficção e documentários institucionais. Filmografia (ator): 1981 – O Filho da Prosti tuta; 1983 – Os Tarados; 1984 – Padre Pedro e a Revolta das Crianças; Ivone, a Rainha do Pecado; 1985 – A Vingança do Réu; Que Delícia de Buraco; O Filho do Sexo Explícito; 1986 – Os Sequestradores; A Hora do Medo; 1987 – Horas Fatais – Cabeças Cortadas; 1988 – Um Homem Diabólico; O Instrumento da Máfia; 1990 – Júlio, o Rei dos Vilões; 1996 – Os Indigentes; 1997 – Homens sem Terra; 2000 – O Regenerado; 2001 – Amor Imortal. Filmografia (diretor): 1990 – Júlio, o Rei dos Vilões; 2000 – O Regenerado; 2003 – Mané do Caixão. CAVALCANTI, FLÁVIO Flávio Antonio Barbosa Nogueira Bezerra Cavalcanti nasceu em Petrópolis, RJ, em 15 de janeiro de 1923. Começa sua carreira em 1951, no programa Discos Impossíveis, na Rádio Mayrink Veiga. Vai para a televisão, tornando-se apresentador de programas de auditório. Polêmico, é o mestre do sensacionalismo no Brasil. Seu primeiro sucesso na televisão é o programa Noite de Gala, pela TV Rio. Um de seus programas de maior audiência é Um Instante Maestro, pela TV Tupi, em que quebra os discos que não gosta. Depois, na TV Bandeirantes comanda Boa-Noite, Brasil e por fim, Programa Flávio Cavalcanti, pelo SBT. Participa de um único filme, O Homem de Papel, em 1976. Morre em 26 de maio de 1986, aos 63 anos de idade, em São Paulo, de ataque cardíaco. Filmografia: 1976 – O Homem de Papel (Volúpia de um Desejo). CAVALCANTI, FRANCISCO Francisco de Almeida Cavalcanti nasceu em Poá, SP, em 1944. Começa sua carreira como radialista e radioator, primeiro na Rádio Marabá de Mogi das Cruzes e depois na Rádio Tupi. Atua em teatro, escrevendo e interpretando peças como Diamante Sagrado. Estreia no cinema como ator em 1970 em Audácia – a Fúria dos Desejos. Faz quase vinte filmes, na maioria produzidos e dirigidos por ele mesmo, através das produtoras Ribalta e Plateia Filmes. Estreia como diretor em 1972 no filme As Mulheres do Sexo Violento. Na sua extensa fi lmografi a, destacam-se Mulheres Violentadas (1977) e O Instrumento da Máfia (1988). Cavalcanti foi um dos grandes produtores/diretores da Boca do Lixo Paulista dos anos 1970/1980, inicialmente no gênero pornochanchada, depois eróti co e finalmente explícito, quase sempre uti lizando produções suas anteriores, com enxerto de cenas de sexo explícito. Nos últimos anos tem produzido os vídeos que seu fi lho, Fabrício Cavalcanti , dirige. Filmografia (ator): 1970 – Audácia – a Fúria dos Desejos (episódio: A Badaladíssima dos Trópicos x os Picaretas do Sexo); 1976 – Mulheres do Sexo Violento; 1977 – Mulheres Violentadas; 1979 – Porão das Condenadas; 1981 – O Filho da Prosti tuta; 1982 – O Cafetão; 1983 – Os Tarados; Horas Fatais – Cabeças Cortadas; Os Violentadores de Meninas Virgens; 1984 – Ivone, a Rainha do Pecado (Uma Mulher Provocante); Os Animais do Sexo Explícito; Padre Pedro e a Revolta das Crianças; Sexo, Sexo, Sexo; 1985 – O Filho do Sexo Explícito; Que Delícia de Buraco; 1986 – Os Sequestradores; O Papa Tudo; 1987 – A Hora do Medo; 1988 – O Preço da Fama; O Instrumento da Máfia; 1998 – O Regenerado. Filmografia (diretor): 1976 – As Mulheres do Sexo Violento; 1977 – Mulheres Violentadas; 1979 – Porão das Condenadas; 1981 – O Filho da Prosti tuta; 1983 – Os Violentadores de Meninas Virgens; Os Tarados; 1984 – Sexo, Sexo, Sexo; Padre Pedro e a Revolta das Crianças; Ivone, a Rainha dos Pecados; Animais do Sexo; 1985 – Que Delícia de Buraco; O Filho do Sexo Explícito; 1986 – Os Sequestradores (Os Sequestradores do Sexo Explícito); O Papa-Tudo; A Hora do Medo; O Garanhão Erótico; 1987 – Horas Fatais – Cabeças Cortadas (codireção: Clery Cunha); 1988 – Um Homem Diabólico; O Instrumento da Máfia; Aberrações de uma Prosti tuta; 1996 – Os Indigentes; 1997 – Homens sem Terra; 2001 – Amor Imortal; 2003 – A Pensão; 2009 – Nobuko, uma História de Amor. CAVALIERI, GINA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27 de março de 1912. Com treze anos de idade, sua mãe enlouquece e é internada em um hospício. O pai, arruinado nos negócios, manda-a morar na casa de uma família conhecida. Muito jovem casa-se contra a vontade do pai, mas o marido abandona-a. Seu sonho é ser estrela de cinema, mas começa a carreira como bailarina na escola de Maria Ollenewa. Logo é a primeira bailarina do Teatro Municipal. Maria Torá leva-a a um teste para o filme Barro Humano. Aprovada, faz sua estreia no cinema com muito sucesso. Faz pouco cinema, mas atua em vários filmes de qualidade e importantes da época, como Lábios sem Beijos (1930) e A Voz do Carnaval (1933), sua última película, quando abandona a carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1927 – Maluco e Mágico; 1928 – Barro Humano; 1929 – Veneno Branco; 1930 – Lábios sem Beijos; Paralelos da Vida (inacabado); 1932 – Mulher; 1933 – A Voz do Carnaval (como ela mesma na Rádio Mayrink Veiga). CAVALLI, LEONA Alleyona Canedo da Silva nasceu em Rosário do Sul, RS, em 6 de novembro de 1969. Estreia no teatro aos seis anos de idade, numa peça em que era mãe de um peixinho, mas a família era contra. As quinze anos vai para Londres e lê vê o espetáculo Motim, que confirma nela a vontade de ser atriz e volta ao Brasil decidida. De volta, vai para Porto Alegre estudar artes cênicas e paralelamente Direito, uma exigência do pai, políti co e por duas vezes prefeito de Rosário do Sul, mas não conclui o curso. Aos dezesseis anos estreia profissionalmente com a peça A Valsa N° 6, de Nelson Rodrigues. Em 1990 muda-se para São Paulo e entra para a escola de teatro da PUC, marcando sua estreia com a peça O Homem e o Cavalo, de Oswald de Andrade, depois A Farsa de Inês Pereira, O Auto da Barca do Inferno, As Troianas, Hamlet, etc. Em 1996, ainda como Alleyona, estreia no cinema em Um Céu de Estrelas, de Tata Amaral, e surpreende por sua desenvoltura, num difícil papel de mulher torturada. A partir daí passa a ser bastante requisitada no cinema, chegando ao auge em Amarelo Manga, de Cláudio Assis. Estreia na televisão em 2002 em um episódio do programa Os Normais. Participa em 2003 de um episódio de A Grande Família, até estrear sua primeira novela, Da Cor do Pecado, em 2004. Alcança o sucesso em Belíssima, como Valdete Pereira. Faz depois pequenas atuações em Bang Bang (2006) e Pé na Jaca (2006), participa da minissérie Amazônia: de Galvez a Chico Mendes, como Justine, em 2007 Duas Caras no papel de Dália e Negócio da China (2009) como Maralanis. Atriz de muitas qualidades, teve um inicio de carreira no teatro e cinema, mas depois rendeu-se finalmente à televisão. Filmografia: 1996 – Um Céu de Estrelas; 1998 – O Trabalho dos Homens (CM); 2000 – Através da Janela; 2001 – Ilha (CM); 2002 – Amarelo Manga; 2003 – Desequilíbrio (CM); Contra Todos; Carandiru; 2004 – Capital Circulante (CM); Olga; 2005 – Quanto Vale ou é por Quilo?; Cafundó; 2006 – Antonia; 2009 – Os Inquilinos. CAVALLIER, HELENA Helena d’Alberny nasceu em Barcelona, Espanha, em 5 de maio de 1855. Muda-se para Portugal aos três anos de idade e, ainda menina, estreia no Teatro Trindade. Em 1871 vem para o Brasil, acompanhada do marido, o maestro Carlos Cavalier Darbilly. Faz muito sucesso entre o final e início do século. Estreia no cinema em 1908 no filme Noivado de Sangue. Faz pouco cinema, dedicando-se mais à carreira teatral. Morre em 15 de abril de 1919, aos 63 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1908 – Noivado de Sangue (CM); Pela Vitória dos Clubes Carnavalescos; Dois Proscritos (CM) (ou A Restauração de Portugal em 1640); 1910 – Mil Adultérios. CAYMMI, DORIVAL Nasceu em Salvador, BA, em 30 de abril de 1914. Começa a compor muito jovem e logo ganha um concurso de marchinhas de carnaval. Em 1938 vai para o Rio de Janeiro e em 1939 compõe O que é que a Baiana Tem?, gravada por Carmen Miranda, tornando-o conhecido internacionalmente, pois a música corre o mundo com Carmen. Gosta de compor e cantar, as coisas do mar, de sua terra, e, talvez, por isso, sua produção não é numerosa, mas de inegável qualidade. Estreia no cinema em 1939 no filme Joujoux Balangandans. Seus filhos Nana, Dori e Danilo, fazem carreira musical de relativo sucesso. Morre no Rio de Janeiro em 16 de agosto de 2008, aos 94 anos de idade. Filmografia: 1939 – Joujoux Balangandans; 1940 – Pureza; 1944 – Abacaxi Azul; 1948 – Mar Morto (inacabado); 1950 – Estrela da Manhã; 1965 – Pluft, o Fantasminha; 1967 – Garota de Ipanema; 1971 – Capitães de Areia (The Sandpit Generals) (Brasil/EUA); Bahia por Exemplo (depoimento); 1977 – Tenda dos Milagres; 1986 – Cinema Falado (depoimento); 1996 – Bahia de Todos os Sambas (depoimento); 1997 – Tudo É Brasil (depoimento); 1999 – Um Certo Dorival Caymmi (CM) (depoimento); 2008 – Paulo Gracindo, o Bem-Amado (depoimento). CAYMMI, NANA Dinahir Tostes Caymmi nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 29 de abril de 1941. É filha do cantor Dorival Caymmi e da atriz Stella Maris (Adelaide Tostes). Em 1960 grava pela primeira vez, a música Acalanto, em um LP do pai. Em seguida lança seu primeiro 78 RPM com as músicas Adeus e Nossos Beijos e não para mais, consolidando carreira de intérprete e apresentadora. Foi casada por três vezes, com o médico Gilberto José Aponte Paoli (1961/1965), com quem teve três filhos, Stella Teresa (1962), Denise Maria (1963) e João Gilberto (1966), depois com o cantor Gilberto Gil (1967/1968) e por fim com o cantor Cláudio Nucci (1979/1984). É irmã dos músicos e cantores Danilo Caymmi e Dori Caymmi. Filmografia: 1996 – Bahia de Todos os Sambas (depoimento); 2005 – Maria Bethânia: Música é Perfume (depoimento) (França/Suíça). CAZARRÉ, DARCY Nasceu em Pelotas, RS. Radicado no Rio de Janeiro, começa a carreira como ator no Teatro de Comédias, com a esposa Déa Selva. Fundam a Companhia Déa/Cazarré e percorrem o Brasil, apresentando sempre nomes importantes como Alda Garrido, Delores Caminha, Alma Flora, etc. Estreia no cinema em 1935 no filme Bonequinha de Seda, seguindo-se outros como Aves sem Ninho (1939) e O Noivo de Minha Mulher (1950). É pai dos comediantes Older e Olney Cazarré. Morre em 1953. Filmografia: 1935 – Bonequinha de Seda; 1936 – O Jovem Tataravô; João Ninguém; 1939 – Anastácio; Aves sem Ninho; Um Apólogo – Machado de Assis (1839-1939) (CM); 1948 – Poeira de Estrelas; É com este que eu Vou; 1949 – Não me Digas Adeus (No Me Digas Adiós) (Brasil/Argentina); Escrava Isaura; 1950 – O Noivo da Minha Mulher. CAZARRÉ, JULIANO Nasceu em Brasília, DF, em 1980. Forma-se em artes cênicas pela Universidade de Brasília (UnB) e inicia sua carreira teatral sob a batuta de Hugo Rodas, nas peças Adulto ou a Sutil Arte de Escoar pelo Ralo e Rosa Negra – Uma Saga Sertaneja. Depois atua em A Obscena Senhora D, direção de Catarina Accioly. Em 2003 estreia no cinema no curta Suicídio Cidadão, mas seus primeiros papeis de destaque são nos longas O Magnata (2007) e A Festa da Menina Morta (2008). Em 2007 muda-se para São Paulo. Estreia na televisão na série Alice, pelo canal pago HBO. Em 2009 está no programa Som e Fúria, como Kleber, pela TV Globo. Filmografia: 2003 – Suicídio Cidadão (CM); 2004 – Papa (CM); As Vidas de Maria; 2005 – A Concepção; Macacos me Mordam (CM); 2007 – Tropa de Elite; Meu Mundo em Perigo; Nome Próprio; Eu Personagem (CM); O Magnata; 2008 – A Festa da Menina Morta; 2009 – Salve Geral!; 2010 – VIPs; Augustas. CAZARRÉ, OLDER Older Berardi Cazarré nasceu em Pelotas, RS, em 16 de janeiro de 1935. Filho de Darcy Cazarré e Déa Selva, grandes artistas de teatro e cinema nas décadas de 1930/1940. Toda a família radica-se no Rio de Janeiro. Aos dois anos, Older faz sua estreia no cinema, no filme O Bobo do Rei, contracenando com sua mãe, e desenvolve longa carreira, em filmes como A Super Fêmea (1973) e Os Trapalhões e o Rei do Futebol (1986). Estreia profi ssionalmente no teatro, em 1949, substi tuindo o pai que se acidenta, na peça O Maluco Número Quatro, apresentado no Teatro Rival. Nessa mesma época começa a trabalhar também em rádio, passando pelas rádios Clube, Globo e Nacional, como locutor e radioator. Com Lima Duarte e Jayme Costa, é um dos criadores das novelas de televisão, na extinta TV Tupi. É dublador da AIC, diretor da RCA Victor, produtor e diretor teatral. Enfim, um arti sta completo. Estreia na televisão no especial Séti mo Céu (1958), depois TV de Comédia (1958/1959) e TV de Vanguarda (1959). A partir dos anos 1970, intensifica sua atuação na TV, ao parti cipar das novelas Hospital (1971), Conde Zebra (1973), O Machão (1974), O Sheik de Ipanema (1975), Vila do Arco (1975), Canção para Isabel (1976), Feijão Maravilha (1979), O Amor é Nosso (1981), Ti-Ti-Ti (1985) e Fera Radical (1988). Morre em 26 de fevereiro de 1992, no Rio de Janeiro aos 57 anos de idade, enquanto dormia, vítima de uma bala perdida, oriunda de um confronto de trafi cantes. Um trágico fim para um dos grandes arti stas brasileiros. Filmografia: 1937 – O Bobo do Rei; 1939 – Anastácio; 1948 – Mãe; 1949 – Não me Digas Adeus (No Me Digas Adiós) (Brasil/Argenti na); 1956 – Samba na Vila (como Cazarré Filho); Sai de Baixo (como Cazarré Filho); Com Água na Boca (como Cazarré Filho); 1970 – Os Discos Voadores Estão entre Nós; 1973 – O Detetive Bolacha contra o Gênio do Crime; A Superfêmea; 1975 – O Sexualista; O Supermanso; 1976 – Guerra é Guerra (episódio: Núpcias com Futebol); O Quarto da Viúva; 1977 – Pintando o Sexo; Passaporte para o Inferno; 1978 – A Mulher que Põe a Pomba no Ar; 1982 – Os Paspalhões em Pinóquio 2000; 1986 – Os Trapalhões e o Rei do Futebol. CAZARRÉ, OLNEY Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1945. É irmão de Older Cazarré e o filho mais novo de Darcy Cazarré e Déa Selva. Em 1948, aos três anos de idade, estreia no cinema, no filme Mãe, mas começa sua carreira mesmo em 1961, fazendo teatro amador. Fixa-se em São Paulo e desenvolve carreira paralela como dublador, fi cando famoso como a voz brasileira de Jerry Lewis. Estreia no cinema em 1970 no filme Os Maridos Traem, as Mulheres Subtraem, seguindo-se de Doramundo (1978) e Tanga, Deu no New York Times (1987), entre outros. No teatro, participa de inúmeras peças como Orquestra de Senhoritas e A História é uma História, na qual é também produtor. Na televisão, participa de novelas, especiais e humorísti cos como Rosa dos Ventos (1973), Meu Rico Português (1975), Os Apóstolos de Judas (1976), Brasil Pandeiro, Brasil 78, Feijão Maravilha (1979), Chico Anysio Show (1982), Humor Livre (1984) e Escolinha do Professor Raimundo (1990), como o corintiano Bacurinho, seu último papel. Morre em 19 de janeiro de 1991, aos 46 anos de idade, de tromboangeíte obliterante, doença que impede a circulação do sangue. Filmografia: 1948 – Mãe; 1970 – Os Maridos Traem, as Mulheres Subtraem; Os Paspalhões em Pinóquio 2000; 1973 – A Superfêmea; 1974 – Regina e o Dragão de Ouro; 1975 – O Supermanso; 1976 – Eu Faço elas Sentem; Quando elas Que-rem e eles Não; 1977 – Antonio Conselheiro e a Guerra dos Pelados; Passaporte para o Inferno; 1978 – Doramundo; 1987 – Tanga, Deu no New York Times. CAZUZA Agenor de Miranda Araújo Neto nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 4 de abril de 1958. Filho único de Guilherme e Lúcia Araújo, desde pequeno mostra inclinação para a poesia e música, mas sua primeira habilidade é desenhar. Adolescente, junta-se ao grupo de artistas cariocas ligados ao Circo Voador. Em 1980 forma o grupo Barão Vermelho, com o guitarrista Frejat e com o apoio do crítico e produtor musical Ezequiel Neves, o Zeca. Aí fica conhecido nacionalmente. Em 1985 Cazuza abandona o grupo e segue carreira solo. Em pouco tempo torna-se grande sucesso e ícone de uma geração, como poeta, cantor e compositor. No cinema, estreia parti cipando do filme Bete Balanço (1984). Morre em 9 de julho de 1990, vitima de AIDS, aos 32 anos de idade, depois de uma difícil convivência com a doença durante anos. Em 1997 sua mãe lança livro autobiográfi co intitulado Só as Mães São Felizes e em 2004 sua vida é levada às telas no filme Cazuza – O Tempo não Para, dirigido por Walter Carvalho e Sandra Werneck. Filmografia: 1984 – Bete Balanço; 1987 – Um Trem para as Estrelas. CEIÇA, MARIA Maria Conceição de Paula Mendes nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de outubro de 1965. Desde criança com talento, começa a cantar em festas da escola e corais de igreja. Tem rígida educação por parte dos pais. Chega a fazer curso técnico de eletricidade, dois anos de Engenharia Elétrica, tudo em função de um estável emprego na Light, na área de proteção de sistemas. Mas o talento fala mais alto ao ingressar na Escola de Teatro Martins Penna, em 1989. Atua em diversas peças como Lamartine, os Mendigatos e Hamlet Machine. Em 1989 faz sua primeira novela, Pacto de Sangue. Seguem-se Felicidade (1991), Fera Ferida (1993), Tocaia Grande (1995), Por Amor (1998), na qual se destaca como a determinada Márcia, a minissérie Chiquinha Gonzaga (1999) e Uga-Uga (2000). Contratada pela TV Record, parti cipa das novelas Prova de Amor (2005) e Caminhos do Coração (2007). Estreia no cinema em 1994 no filme Carlota Joaquina, Princesa do Brazil, mas tem seu talento reconhecido em Aleijadinho, Paixão e Suplício (2003) e Filhas do Vento (2005), ao lado nada menos que de Ruth de Souza e Léa Garcia, duas atrizes negras consagradas de norte a sul do Brasil. Do seu primeiro casamento, tem dois filhos, Vinícius e Leonardo. Está casada com o cineasta Joel Zito Araújo. Filmografia: 1994 – Carlota Joaquina, Princesa do Brazil; 1996 – Padre Mestre (CM); 1997 – Navalha na Carne; 1998 – O Testamento do Senhor Napumoceno (Napumocenos Will) (Brasil/Portugal/Bélgica/França/Cabo Verde); 1999 – Or-feu; 2000 – Cruz e Souza, o Poeta do Desterro; 2003 – Aleijadinho, Paixão, Glória e Suplício; Meu Pai (My Father, Rua Alguem 555) (EUA); 2004 – O Herói (Angola/ França/Portugal); 2005 – Filhas do Vento; 2006 – Se eu Fosse Você. CELESTINO, AMADEU Nasceu no Rio de Janeiro, em 13 de março de 1910. Filho do sapateiro José Celestino e da dona de casa Serafi na Celesti no, é irmão do cantor Vicente Celestino. Quando este lança seu primeiro disco, em 1916, o menino Amadeu, então com 6 anos, só pensa em brincar na rua com as bolas de meia que ele mesmo faz, mas acaba se rendendo às artes e constrói carreira paralela ao irmão, como ator, cantor, compositor e dançarino. Começa sua carreira em 1928, aos 14 anos, no Colégio Salesiano, em Niterói, quando aprende canto e teatro. Estreia nos palcos aos 18 anos, como integrante da Companhia das Operetas. Em 1930, entra para o coral do Teatro Municipal, aprende a dançar com Maria Olenewa e ingressa no Corpo de Baile do Municipal um ano depois. Em seguida começa a se apresentar na Rádio Nacional e no Cassino da Urca, onde logo depois assumiria o cargo de diretor. Em 1937, Amadeu deixa o cargo e passa a viajar em turnê pelo Brasil ao lado de Vicente Celestino. Nesse mesmo ano compõem Coração Materno, um de seus maiores sucessos. Parti cipa das companhias de teatro de Dulcina de Moraes e Procópio Ferreira, onde participa de peças de sucesso como O Dote, Mestiço e Viúva Alegre. Estreia no cinema em 1935 no filme Carioca Maravilhosa e acaba fazendo 12 filmes, alguns ao lado irmão, como em O Ébrio, de 1946, e Mazzaropi, em Chico Fumaça, de 1958, seu último filme. Certa vez, no início da década de 1950, com o irmão, fez serenata para o presidente Getúlio Vargas, em frente ao Palácio Guanabara, em agradecimento pelo presidente ter promulgado a lei que reconhecia a profissão de artista. Após os anos 1960, Amadeu vê sua carreira declinar e praticamente deixa a vida artística. Solteiro, nunca se casou, nem teve filhos e, em 1970 muda-se para o Retiro dos Artistas, por opção própria. É falecido. Filmografia: 1935 – Carioca Maravilhosa; 1946 – O Ébrio; 1948 – Mãe; 1949 – Inocência; 1951 – Coração Materno; 1953 – Os Três Recrutas; 1954 – Marujo por Acaso; Angu de Caroço; 1955 – O Rei do Movimento; 1957 – Com a Mão na Massa; 1957 – O Barbeiro que se Vira; 1958 – Chico Fumaça. CELESTINO, PAULO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de março de 1924. É sobrinho de Vicente Celesti no, filho de seu irmão Pedro Celesti no, ator e cantor, e da atriz de teatro Ema de Oliveira. Paulo começa a trabalhar cedo na Companhia de sua tia, Gilda de Abreu, fazendo pequenos serviços, depois torna-se boy no teatro de Beatriz Consuelo e Oscarito. Em 1945 é contratado como bailarino por Walter Pinto e depois ator, nas peças Eu Quero Sassaricar, É de Churupito, Fogo na Jaca, Xique Xique no Pixoxó, etc. Estreia no cinema em 1941 no filme O dia É Nosso. Permanece quinze anos no teatro, até ser contratado pela TV Rio, participando dos programas Chico Anysio Show, Noites Cariocas, O Riso é o Limite, Noite de Gala. A partir dos anos 1960 vai para a TV Excelsior, no programa Times Square, ao lado de Jacqueline Myrna e em seguida já dirige o programa Vovô Deville, com grande audiência. Nos anos 1970 dirige vários programas como Deu a Louca no Show, em 1976 pela TV Tupi e foi diretor artístico de várias emissoras. Como ator de novelas, atua em A Muralha (1968) e A Gata Comeu (1985). Foi casado com a bailarina Lídia Celestino. Morre em 8 de março de 1988, aos 64 anos de idade, no Rio de Janeiro, no dia do seu aniversário, após a festa. Filmografia: 1941 – O dia é Nosso; 1945 – Loucos por Música; O Cortiço; 1946 – O Ébrio; 1949 – Pra lá de Boa; Eu Quero é Movimento; 1951 – Coração Materno; Aguenta Firme Isidoro; 1953 – Os Três Recrutas; 1959 – Garota Enxuta; 1960 – Eu Sou o Tal; Virou Bagunça; 1961 – Samba em Brasília; Entre Mulheres e Espiões; Três Colegas de Batina; 1967 – A Espiã que Entrou em Fria; 1971 – Tô na Tua, Ô Bicho; 1984 – Lídia e seu Primeiro Amante. CELESTINO, PEDRO Irmão mais novo de Vicente Celestino, também era cantor. Sua primeira gravação data de 1928, com a música Gosto de Apanhá, pela Odeon. Já com muitos sucessos gravados, parti cipa, em 1931, na opereta As Pastorinhas, no Teatro Recreio do Rio de Janeiro. Estreia no cinema em 1948, no filme Folias Cariocas. Leva para a TV Tupi as operetas, com grande sucesso, pois delas participavam cantores famosos. Foi casado com a atriz de teatro Ema de Oliveira, com quem teve dois filhos, entre eles o ator/ diretor Paulo Celestino. Filmografia: 1948 – Folias Cariocas; 1953 – Três Recrutas; 1971 – Tô na Tua, Ô Bicho. CELESTINO, VICENTE Antonio Vicente Felipe Celestino nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de setembro de 1893. Filho de imigrantes italianos, antes de ser cantor, é sapateiro e ator de circo. Estreia no teatro ligeiro em 1914, na revista de Eustórgio Wanderley, com música de J.Ribas, Chuá, Chuá. Em 1916 grava seu primeiro disco para a Odeon, com as modinhas Flor do Mal e Os Que Sofrem. Em 1917, passa a estudar canto e, devido à sua avantajada voz de tenor, participa de operetas, mas sem abandonar as modinhas, que o consagram. Sua popularidade faz com que sua mulher, Gilda de Abreu, com quem casara em 1933, o leve ao cinema em 1946, para interpretar O Ébrio, estrondoso sucesso pelo Brasil. Faria mais um filme apenas, Coração Materno, em 1951, mas sem o mesmo sucesso. O cinema vem por acaso, pois sempre dá prioridade à carreira de cantor. A partir da década de 1960, com o advento de outros movimentos musicais como a Jovem Guarda e a Tropicália, sua carreira entra em declínio, fazendo esporádicas apresentações. Morre em 15 de agosto de 1968, aos 74 anos de idade, de ataque cardíaco, quando se apresentava em São Paulo. Calava-se uma das mais bonitas e potentes vozes que o Brasil já teve, ele que recebera, em vida, do seu público, o carinhoso apelido de A Voz Orgulho do Brasil. Filmografia: 1929 – O Palhaço; 1946 – O Ébrio; 1951 – Coração Materno; 1978 – Mulheres do Cinema (CM) (cantando O Ébrio). CÉLIA HELENA Célia Camargo Silva nasceu em São Paulo, SP, em 1936. Estreia no cinema em 1953, no filme Fatalidade. Tem então dezessete anos. Entre outros, parti cipa de Floradas na Serra (1954) e Das Tripas Coração (1982). Com intensa carreira no teatro, faz mais de 50 peças, entre elas Os Pequenos Burgueses, Hoje é Dia de Rock e Pano de Boca, esta últi ma lhe rende um prêmio Molière. Na televisão, estreia em 1968, na novela O Décimo Mandamento. Atua em muitas outras importantes como Pingo de Gente (1971), Canção para Isabel (1976), Brilhante (1981), Parti do Alto (1984), Direito de Amar (1987) e Mandala (1988). Em 1977 funda o Teatro-Escola Célia Helena, por onde passam milhares de jovens. Mais do que transformar meninos e meninas em arti stas, Célia quer proporcionar aos alunos meios para crescimento pessoal, usando técnicas teatrais. Em 1995 participa do episódio O Grande Homem, do programa Você Decide, pela TV Globo, sua última aparição na telinha. Casada três vezes, tem dois filhos, Lígia (1960), com o ator Raul Cortez, e Elisa, com o arquiteto Ruy Ohtake (1978). Morre em 29 de março de 1997, de câncer, aos 61anos de idade, em São Paulo. Sua filha Ligia Cortez está a frente do Teatro Escola, mantendo viva a chama e o sonho de sua mãe. Em 2010 Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança o livro Célia Helena – Uma Atriz Visceral, de autoria de Nydia Licia. Filmografia: 1953 – Fatalidade; 1954 – Chamas no Cafezal; Floradas na Serra; 1971 – Cordélia, Cordélia; D. Pedro Volta ao Ipiranga (CM) (narração); 1973 – Anjo Loiro; 1975 – O Predileto; A Virgem; Jouez Encore, Payez Encore (depoimento); 1982 – Das Tripas Coração. CELULARI, EDSON Edson Francisco Celulari nasceu em Bauru, SP, em 20 de março de 1958. Aos treze anos, ainda em Bauru, ajuda a cuidar da cantina do Colégio Moraes Pacheco, onde a mãe trabalhava. Em 1975, com dezessete anos, escreve, produz e encena uma peça. Era a história de um mendigo. Mostra a seu pai, que, emocionado, o incentiva a estudar teatro. Muda-se então para São Paulo e vai estudar na Escola de Arte Dramática da USP. Em seguida atua em diversas montagens como O Despertar da Primavera (1978) e Ela Odeia Mel (1990), etc. Começa a trabalhar na exti nta TV Tupi, na novela Salário Mínimo (1979), daí vai para a Globo e não para mais, desenvolvendo trabalhos importantes nas novelas Que Rei Sou Eu? (1989), Fera Ferida (1993), Torre de Babel (1998), Vila Madalena (1999), As Filhas da Mãe (2001), Sabor da Paixão (2002). Participa também com destaque das minisséries e programas semanais como Decadência (1996), Dona Flor e seus dois Maridos (1998), Sai de Baixo (1999/2002), A Grande Família (2001), Os Normais (2001/2003), Brava Gente (2002) e Um só Coração (2004), América (2005), Páginas da Vida (2007) e Beleza Pura (2008). Estreia no cinema em 1981 no filme Asa Branca, um Sonho Brasileiro, mas faz pouco cinema. Em 2005 retorna em grande estilo ao cinema no épico Diário de um Novo Mundo e no mesmo ano vive Glauco, na novela América, um rico empresário que se apaixona por Lurdinha (Cléo Pires), muito mais jovem que ele. Já em Páginas da Vida (2006), interpreta Sílvio, um comandante da Aeronáutica casado com Olívia (Ana Paula Arósio) e em Beleza Pura (2008), é Guilherme. Vive até 1987 com Tânia Nardini, sua professora de dança. Está casado desde 1994 com a atriz Cláudia Raia, com quem tem dois filhos, Enzo (1997) e Sophia (2003). Carismático, é um grande ator brasileiro. Filmografia: 1981 – Asa Branca, um Sonho Brasileiro; Os Vagabundos Trapalhões; 1983 – Inocência; 1985 – Ópera do Malandro (Brasil/França); 1986 – Brasa Adormecida; Sexo Frágil; 1991 – A Revolta dos Carnudos (CM); 1997 – For All, o Trampolim da Vitória; 2005 – Diário de um Novo Mundo. CERNI, MIRO Miroslau Cernigoi nasceu de São Paulo, SP, em 19 de junho de 1928. Muda-se para o Rio de Janeiro aos quatro anos de idade. Faz o curso secundário no Colégio Militar, formando-se posteriormente em Ciências Contábeis. Namora a estrela do filme Iracema, uma jovem então desconhecida chamada Ilka Soares, quando é convidado a parti cipar do filme O Preço de um Desejo, de 1952. Contratado pela Vera Cruz, fi ca conhecido no Brasil inteiro por sua magnífica interpretação no filme Na Senda do Crime. Ator de talento nato, com grande força de interpretação, faz poucos filmes, encerrando, em 1956, no auge da fama, uma brilhante carreira, para se dedicar aos negócios imobiliários da família. Uma grande perda para nosso cinema, até hoje pouco compreendida. Filmografia: 1952 – O Preço de um Desejo; Modelo 19 (Amanhã Será Melhor); 1954 – Floradas na Serra; Na Senda do Crime; 1956 – A Estrada; Leonora dos Sete Mares. CESANA, MARCOS Nasceu em São José do Rio Preto, SP, em 1966. Ator, dramaturgo e roteirista de TV e cinema. Formado em jornalismo, trabalha cinco anos como corretor de imóveis. Resolve então estudar teatro, quando fica sabendo dos testes para o filme Bicho de Sete Cabeças, direção de Lais Bodansky. Aprovado, faz sua estreia no cinema e na carreira artística. Em seguida vai para o teatro, atuando em diversas peças como Vernissage, de Vladislak Havel; Terrorismo, dos irmãos Presniakov; Ricardo III, dirigida por Jô Soares; Felizes para Sempre (2007); Charutos (2007); A Festa de Abigaiu (2008); A Alma Boa de Setsuan (2008), etc. Participa de mais de cem filmes publicitários, sendo seu personagem mais conhecido o porteiro Zé, da Porto Seguro. É autor das peças Desamparo (1999) e Ninguém Fala de Amor Como Você (2003). Atua também como imitador em programas humorísticos e locutor de spots. Em 2007 é roteirista do filme Olho de Boi, direção de Hermano Penna. Em 2007 tem seu melhor momento no cinema como o garçom Gilson no filme Chega de Saudade. Na televisão, estreia em 2004 na novela Da Cor do Pecado, pela Globo, depois Cidadão Brasileiro (2006), Casos e Acasos (2008) e 9mm: São Paulo (2009). Morre prematuramente em 18 de Maio de 2010, aos 44 anos de idade, de aneurisma Cerebral, em São Paulo. Filmografia: 2001 – Bicho de Sete Cabeças; 2003 – Carregar uma Criança (CM); Rotina (CM); 2004 – Voo Cego, Rumo Sul; Noventa Milhões em Ação (CM); Western Bossa Nova (CM); A Corrente (CM); Balaio (CM); 2005 – Crime Delicado; 2006 – Veias e Vinhos – Uma História Brasileira; 2007 – Chega de Saudade; 2009 – Lula, o Filho do Brasil; Reflexões de um Liquidifi cador. CHACHÁ, JOSÉ RUBENS José Rubens Chasseraux nasceu em Santos, SP, em 4 de agosto de 1954. Muito cedo demonstra talento para a música, tornando-se cantor, compositor e violonista. Começa a fazer teatro amador, principalmente musicais, e toma gosto pelo ato de interpretar. Estuda Comunicação na FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado, em São Paulo. Inicia sua carreira de ator no teatro, nas peças A Gaiola das Loucas, Os Salti mbancos, A Ópera do Malandro, Viúva, porém Honesta, Sonho de uma Noite de Verão, A Comédia dos Erros, Mãe Coragem e Tarsila. Sua primeira novela é Xeque Mate, em 1976, numa pequena ponta. Estreia no cinema em 1986, no curta Ufogão. Provavelmente é um dos recordistas em participação em curtas, com mais de quinze em sua carreira. Também atuou em longas importantes como Os Olhos de Vampa (1996), Através da Janela (2001) e Quanto Vale ou é por Quilo? (2005). Na TV Globo tem passagens notáveis como na minissérie Um só Coração, em 2004 como Oswald de Andrade; Sítio do Pica-Pau Amarelo (2006), como Valdo Serrão; Casos e Acasos (2008), como Vitor; e Três Irmãs (2008), como o Delegado. Simpáti co, boa praça e muito bom ator, é querido por todos no meio artísti co. Filmografia: 1986 – Ufogão (CM); 1987 – Anjos da Noite; Arrepio (CM); Carlo-ta/Amorosidade (CM); 1988 – A Mulher do Ati rador de Facas (CM); Romance; 1989 – Cadê a Bolinha (CM); Lua Cheia; 1990 – Beijo 2348/72; Cristo Procurado (CM) (narração); 1991 – Mano a Mano (CM); 1992 – PR Kadeia (CM); El Viaje (Argenti na/Brasil); 1994 – Rojas? (CM); Mil e Uma; O Efeito Ilha; A Causa Secreta; 1995 – Zabroisk Pint (CM); 1996 – Jenipapo; Os Olhos de Vampa; Manual Cinematográfico dos Seios para a Educação de Crianças e Adultos (CM); 1997 Os Matadores; Ed Mort; A Grande Noitada; 1998 – Uma História de Futebol (CM); 1999 – Os Noivos (CM); Vou Te Encontrar Vestida de Cetim (CM); 2000 – Através da Janela; 2001 – A Revolta do Vídeo-Tape (CM); À La Carte (CM); 2002 Desmundo; 2004 – Como Fazer um Filme de Amor; 2005 – Quando Vale ou é por Quilo?; Ímpar/Par (CM); 2006 – Bom-Dia, Eternidade. CHACRINHA José Abelardo Barbosa de Medeiros nasceu em Surubim, PE, em 30 de setembro de 1917. Passa a infância em Campina Grande, onde a família se radica. Embarca no navio Bagé como baterista para animar a viagem dos passageiros; entra na Faculdade de Medicina do Recife mas desiste quando repete de ano. Na década de 1940 radica-se no Rio de Janeiro e começa a trabalhar como locutor comercial na Rádio Vera Cruz, mas não dá certo, pois sua voz é estranha e tem sotaque nordestino. O personagem Chacrinha é criado na década de 1950, na Rádio Clube de Niterói, ao estrear o programa O Rei Momo na Chacrinha, pois a rádio fi ca literalmente dentro de uma chácara. Chacrinha aproveita os sons emitidos pelos gansos, patos e galinhas para compor seu programa. Com o sucesso, é convidado a ir para a televisão, em 1956. Dono de um estilo próprio e incomum, é chamado pelo sociólogo Edgar Morin de O maior comunicador de massas do Brasil. Chacrinha responde: Quem não se comunica se trumbica. Seu programa é sucesso por três décadas, nas TVs Tupi, Bandeirantes e Globo. Faz shows por todo o Brasil com suas famosas Chacretes. No cinema, participa de diversos filmes, sendo o primeiro Virou Bagunça, em 1960. Morre em 30 de junho de 1988, aos 70 anos de idade, de câncer no pulmão, no Rio de Janeiro, deixando uma lacuna que dificilmente será preenchida. Filmografia: 1960 – Virou Bagunça; 1961 – Três Colegas de Batina; 1962 – Rio à Noite; 1966 – 007 ½ no Carnaval; Na Onda do Iê-Iê-Iê; 1967 – Carnaval Barra Limpa; Opinião Pública; 1968 – Balada da Página Três; 1969 – Pobre Príncipe Encantado; Como Vai, Vai Bem?; 1970 – Pais Quadrados, Filhos Avançados; Amor em Quatro Tempos; 1972 – Paixão de um Homem; 1974 – As Delícias da Vida; 1976 – Já não se Faz Amor como Anti gamente (episódio: O Noivo); Intimidade; 1979 – Milagre, o Poder da Fé; 1980 – Fênix (CM); 1982 – As Aventuras de um Paraíba; 1987 – Leila Diniz. CHADLER, ADOLFO Cícero Adolpho Vitório da Costa Chadler nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1931. No início da década de 1960 vai para os EUA e lá fica alguns anos, chegando a participar de alguns filmes. No Brasil, estreia como ator em 1965 no filme Engraçadinha Depois dos 30. Participa de muitos outros como Jardim de Guerra (1968) e Mulher Pecado (1972). Estreia como diretor em 1967 no filme O Grande Assalto. Com boa mão para dirigir filmes de ação, em seguida funda a Adolpho Chadler Produções Cinematográfi cas e passa a produzir e dirigir filmes, na maioria do gênero policial. Filmografia (ator): 1963 – Katu no Mundo do Nudismo (How I Lived as Eve) (EUA); 1965 – Engraçadinha, Depois dos 30; 1967 – O Grande Assalto; 1968 – Jardim de Guerra; Os Carrascos Estão entre Nós; 1969 – Mulher Pecado (Embrujada) (Brasil/Argentina); A um Pulo da Morte; O Rei da Pilantragem; O Tesouro de Zapata; 1970 – Vinte Passos para a Morte; O Impossível Acontece (episódio: O Acidente); 1972 – Jerônimo, o Herói do Sertão; 1973 – Êxtase de Sádicos; Os Homens que eu Tive. Filmografia (diretor): 1967 – O Grande Assalto; 1968 – Os Carrascos Estão entre Nós; 1969 – O Tesouro de Zapata; Incrível, Fantásti co, Extraordinário; 1970 – Vinte Passos para a Morte; O Impossível Acontece (episódio: O Acidente); 1972 – Jerônimo, o Herói do Sertão; 1973 – Êxtase de Sádicos. CHAGAS, WALMOR Nasceu em Porto Alegre, RS, em 28 de agosto de 1931. Em 1953, aos vinte e dois anos, abandona a Faculdade de Psicologia e o estágio que faz, para iniciar carreira teatral em São Paulo, onde participa de montagens importantes, como O Santo e a Porca, Volponi e Gata em Teto de Zinco Quente, com nomes consagrados como Sérgio Cardoso e Ítalo Rossi. Em 1958 funda e estreia o Teatro Cacilda Becker, no Rio de Janeiro, para onde se muda e mora por trinta anos. É dono do Teatro Ziembinski, que encena somente autores nacionais. Faz carreira também no cinema, estreando em 1965 no filme São Paulo S/A, papel que lhe dá a consagração definitiva como ator. Entre outros, atua em Xica da Silva (1976) e Asa Branca, um Sonho Brasileiro (1981), que lhe vale o prêmio de melhor ator nos Festivais de Gramado e Brasília. Na televisão, sua primeira aparição é na novela Teresa, pela TV Tupi, seguindo-se As Bruxas (1970), O Grito (1975), Coração Alado (1980), Locomotivas (1986), Sonho Meu (1993), Salsa & Merengue (1997), Esperança (2002) e A Favorita (2008). Casa-se em 1957 com a atriz Cacilda Becker e com ela teve uma fi lha, Clara Becker Chagas, que preferiu seguir carreira de médica. Mora em um sítio no interior de São Paulo e faz trabalhos esporádicos. É um dos grandes atores brasileiros. Em 2008 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso Especial, lança o livro Walmor Chagas – Ensaio Aberto para um Homem Indignado, de autoria de Djalma Limongi Batista, com o texto integral da peça. Filmografia: 1965 – São Paulo S/A; 1970 – Beto Rockfeller; 1973 – Mesti ça, a Escrava Indomável; 1976 – Xica da Silva; Um Homem Célebre; 1978 – Joana Angélica; Canudos (narração); 1979 – Memórias do Medo; 1981 – Asa Branca, um Sonho Brasileiro; Luz Del Fuego; Filhos e Amantes; 1983 – Parahyba, Mulher Macho; 1985 – Patriamada; 1988 – Banana Split; 1990 – Beijo 2348-72; 1993 – Soneto do Desmantelo Blue (CM); 1994 – Mil e Uma; 1998 – Quintana dos 8 aos 80 (CM) (narração); 2001 – Memórias Póstumas; 2002 – Histórias do Olhar; 2007 – Person (como ele mesmo); Valsa para Bruno Stein; 2008 – Bodas de Papel; 2009 – Mapa-Múndi (CM). CHAGUINHA José Gabriel Chagas começa sua carreira no circo, como escada de outros arti stas como o palhaço Pimenti nha, Arrelia, etc. Com o advento da televisão, resolve aprimorar seus conhecimentos e faz um curso na Escola de Arte Dramática de Vida Alves. Sérgio Cardoso convida-o a participar da peça O Soldado Tanaka, ao lado de Tarcísio Meira. Faz shows humorísti cos em boates como O Canto do Galo, com o comediante Simplício. Em 1963 estreia no cinema, numa ponta no filme Lampião, o Rei do Cangaço. Entre outros, seguem-se Maridos em Férias (1972) e Como Consolar Viúvas (1976). Na televisão, participa dos programas humorísti cos A Praça da Alegria e Hotel do Sossego. No Sítio do Pica-Pau Amarelo, foi o Rabicó, em 1977. Também atua em diversas novelas como Champagne (1983), De Quina pra Lua (1985), Tieta (1989), Perigosas Peruas (1992), Por Amor (1997), Mulheres Apaixonadas (2003) e Senhora do Destino. Filmografia: 1963 – Lampião, o Rei do Cangaço; 1972 – Maridos em Férias (O Mês das Cigarras); 1974 – A Virgem e o Machão; 1976 – Como Consolar Viúvas; 1983 – Taradas no Cio; 1984 – Eteia, a Extraterrestre em sua Aventura no Rio. CHANTAL, NEUSA Começa sua carreira artística imitando Rita Pavone na televisão. Recebe então convite de Carlos Manga para participar do programa Chico City. Estreia no cinema em 1978 no filme Manicures a Domicílio, de Carlo Mossy. Entre outros, participa também de A Virgem Camuflada (1979). Filmografia: 1978 – Manicures a Domicílio; 1979 – A Virgem Camuflada; As Amiguinhas; Sexo e Sangue; 1983 – Carnaval das Taras. CHASSERAUX, MAÍRA Nasceu em São Paulo, SP, em 1979. Estuda e forma-se na Escola de Teatro Célia Helena entre 1997 e 2004. Entra para o grupo Companhia Elevador de Teatro Panorâmico dirigido por Marcelo Mazarato. Também estuda Comunicação e Artes do Corpo na PUC entre 2000 e 2004. Atua em diversas peças com diretores importantes como Mário Bortolotto, Jairo Matos e Márcia Abujamra. Estreia no cinema no curta Felicidade Sim. Seu primeiro longa é Onde Andará Dulce Veiga?, de Guillherme de Almeida Prado. É filha do ator José Rubens Chachá. Filmografia: 2002 – Felicidade Sim (CM); 2005 – 21-A (CM); 2007 – Onde Andará Dulce Veiga?; Cheiro do Ralo; 2009 – A Guerra de Arturo (CM); 2010 – Augustas; O Palhaço o Filme. CHAVES, ANTONIO FRANCISCO Nasceu em Nossa Senhora do Carmo, MG, em 9 de março de 1946. Em 1969 entra para o Teatro Universitário da UFMG e estreia como amador em peças como Marat Sade, de Peter Weiss, e Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues. Em 1971, já em São Paulo, entra para a Escola de Arte Dramática da USP. Como profissional, atua em inúmeras peças como Os Construtores do Império, de Boris Vian, e O Percevejo, de Vladimir Maiakovisky. Na televisão, participa do humorístico Chico City, em 1976, e de seriados como Plantão de Polícia. Estreia no cinema em 1982, numa ponta no filme Bar Esperança, o Último que Fecha, de Hugo Carvana, sua única experiência nessa área. Filmografia: 1983 – Bar Esperança, o Último que Fecha. CHAVES, JUCA Jurandir Czaczkes Chaves nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22 de outubro de 1938. Em 1958 emplaca seu primeiro sucesso, Presidente Bossa Nova. Debochado, faz modinhas de amor e outras de alto teor crítico, que lhe custam várias prisões, na época da ditadura militar. É chamado carinhosamente de O Menestrel do Brasil. Estreia no cinema em 1960 no filme Marido de Mulher Boa. Bon vivant, gasta tudo o que ganha em mordomias, tipo carros, mansões e caviar. Diz que não é rico, mas vive como rico. É casado com Iara, sua grande musa inspiradora, há mais de vinte anos, mas não tem filhos. Apresenta-se em todo o Brasil, fazendo shows em teatros e, esporadicamente em televisão. Em janeiro de 1998, estreia no Rio de Janeiro seu novo show, Socorro. Filmografia: 1960 – Marido de Mulher Boa; Eu Sou o Tal; 1961/62 – O Rapto do Juca (episódio da série: Vigilante Rodoviário); 1967 – A Virgem Prometida; 1969 – O Agente da Lei (episódio: O Rapto do Juca). CHERMONT, JANET Nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Começa sua carreira artísti ca no teatro na peça Capitães de Areia, adaptação do texto de Jorge Amado, feita por um grupo estudantil do Rio. Estreia no cinema em 1969 no filme Um Sonho de Vampiro, de Iberê Cavalvanti. Participa de outros, sendo o últi mo, em 1984, Corpo a Corpo, Todos os Sonhos do Mundo, a partir do qual, não se têm notícias da continuidade de sua carreira. Filmografia: 1969 – Um Sonho de Vampiro; Manhã Cinzenta (CM); 1970 – Meu Pé de Laranja Lima; Um Uísque Antes... e um Cigarro Depois; 1974 – Relatório de um Homem Casado; 1984 – Corpo a Corpo, Todos os Sonhos do Mundo. CHICO FUMAÇA Roberto Garbin era artista de circo e ganhava a vida imitando Mazzaropi, graças a sua incrível semelhança ao grande cômico brasileiro. Descoberto por Ary Fernandes, estreia no cinema em 1970 no filme Mágoas de Caboclo, grande sucesso do Cinema Brasileiro e uma grande e corajosa afronta feita por Ary ao grande mestre do humor. Chico fez mais três filmes, Jeca e o Bode, em 1972, ainda dirigido por Ary Fernandes, Cabocla Teresa, em 1980, e A Volta do Jeca, em 1984, mas a fórmula já estava esgotada e este último foi um retumbante fracasso de bilheteria. Depois disso, não se teve mais notícias de Chico, que, sabemos, já é falecido. Filmografia: 1970 – Mágoas de Caboclo; 1972 – Jeca e o Bode; 1980 – Cabocla Teresa; 1984 – A Volta do Jeca. CHIOZZO, ADELAIDE Nasceu em São Paulo, SP, em 8 de maio de 1931. Desde menina toca acordeon e canta. O pai tem uma imobiliária e Adelaide fica no escritório tocando e cantando. Um caçador de talentos ouve-a tocar e, depois de muita insistência, consegue liberar a fi lha para participar do programa de calouros Papel Carbono. Adelaide imita o sanfoneiro Pedro Raimundo e é muito aplaudida pelo auditório. O produtor Vitor Costa a contrata por três meses, para constituir dupla com Afonso Chiozzo, seu irmão, que a acompanhara no programa. Formam então a dupla Irmãos Chiozzo. Em 1949, Afonso se casa e a dupla se desfaz. Adelaide vai para a Rádio Nacional, como integrante do conjunto de Dante Santoro. Nessa época conhece Carlos Matos, um músico também da Nacional, e os dois se casam em 21 de janeiro de 1951. Tiveram uma filha, Maria Cristina Chiozzo. Seus maiores sucessos são Tempo de Criança, Pedalando e Beijinho Doce. Em 1946 estreia no cinema, no filme Segura esta Mulher, na Atlântida. Entre tantos, atua também em É Fogo na Roupa (1954) e Garotas e Samba (1957). Na televisão, participa da novelas Feijão Maravilha (1979), como Leonor; e Deus nos Acuda, pela TV Globo, em 1992, como Jucelina. Filmografia: 1946 – Segura esta Mulher; 1947 – Este Mundo é um Pandeiro; 1948 – E o Mundo se Diverte; É com este que eu Vou; 1949 – Carnaval no Fogo; 1950 – Aviso aos Navegantes; 1951 – Aí Vem o Barão; 1952 – Barnabé Tu és meu; É Fogo na Roupa; 1954 – O Petróleo é Nosso; Malandros em Quarta Dimensão; 1955 – Guerra ao Samba; 1956 – Sai de Baixo; Genival é de Morte; 1957 – Garotas e Samba; 1975 – Assim Era Atlântida. CHIROLLI, LUCIANO Nasceu em Poços de Caldas, MG, em 14 de janeiro de 1962. Em São Paulo, forma-se na EAD – Escola de Artes Dramáti cas da USP. Estreia profissionalmente em 1987 na peça Leone e Lena, de Georg Buchner, pelo qual recebe o Prêmio Governador do Estado e Mambembe de melhor ator. Consolida sua carreira no teatro nas peças O Alvo, de Thomas Bernhard; Tarsila, de Maria Adelaide Amaral; Tio Vanya, de Aderbal Freire Filho; As Três Irmãs, de Enrique Diaz; Hedda Gabler, de Walter Lima Jr.; Quíntuplos, de Maria Alice Vergueiro, etc. No cinema estreia em 1996 no curta A Estrada, de Philippe Barcinski. Logo chega à televisão, na minissérie Mad Maria, em 2005. Em Páginas da Vida (2006), foi o Eliseu; em O Profeta (2007), o Alberico Viana; e, pela TV Bandeirantes foi o Estéfano Leoni em Dance, Dance, Dance (2008). Firma-se como grande ator brasileiro. Filmografia: 1996 – A Escada (CM); 1997 – A Grande Noitada; A Grade (CM); 2001 – Buffo & Spallanzani; 2003 – Viva Voz; 2004 – Ato II Cena 5 (CM); 2005 – Tudo que é Sólido Pode Derreter (CM); 2008 – Relicário (CM); 2009 – Salve Geral! CHITÃOZINHO & XORORÓ Dupla sertaneja formada por José Lima Sobrinho, o Chitãozinho, nascido em 5 de maio de 1954, e Durval de Lima, o Xororó, nascido em 20 de setembro de 1957, ambos em Astorga, no Paraná. De família humilde e numerosa, sempre gostaram de cantar. Formam a dupla ainda meninos, mas o sucesso vem somente na década de 1980, quando estouram em todo o Brasil com a música Fio de Cabelo. Depois disso, são sucessos e mais sucessos, tornando-os campeões de vendagens em todo o Brasil. Em 1971, adolescentes, participam do filme No Rancho Fundo. Suas músicas abrilhantaram a trilha sonora de três novelas de sucesso, Mulheres de Areia (1993), O Rei do Gado (1996) e Escrava Isaura (2004). Chitãozinho foi casado com Adenair e teve dois filhos, Aline (1984) e Allison (1986). Com sua segunda esposa, Márcia Alves, tem um filho chamado Enrico, nascido em 2002. Xororó é casado com Noely Pereira e tem dois filhos, Sandy (1983) e Júnior (1984), que formaram durante muitos anos uma dupla infantil/ juvenil de muito sucesso. Filmografia: 1971 – No Rancho Fundo; 1997 – O Noviço Rebelde. CHOCOLATE Dorival Silva nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20 de dezembro de 1923. Ator juvenil, estreia no cinema em 1935 no filme Carioca Maravilhosa, aos 12 anos de idade. Ator negro, com cabelo alisado e muito engraçado, logo cedo demonstra enorme verve cômica, passando a ser muito requisitado, principalmente em filmes da Cinédia, nos anos 1930/1940, como em Maridinho de Luxo (1938) e Abacaxi Azul (1944). A partir dos anos 1950, na televisão, integra o elenco da Praça da Alegria, ao lado de Manoel da Nóbrega. Participa de uma única novela, Quatro Homens Juntos, em 1965, pela TV Record, primeira novela humorística da televisão brasileira, que contava com os melhores cômicos da época, além de Chocolate, Ronald Golias, José Vasconcelos, Zilda Cardoso, etc. Além de humorista, também foi exímio cantor/ compositor, sendo de sua autoria, entre tantas outras, as músicas Canção de Amor e Vida de Bailarina. Morre em 27 de junho de 1989, no Rio de Janeiro, aos 65 anos de idade. Filmografia: 1935 – Carioca Maravilhosa; 1938 – Maridinho de Luxo; 1939/1944 – Romance Proibido; 1944 – Abacaxi Azul; Berlim da Batucada; Corações sem Piloto; 1945 – Pif-Paf; Caídos do Céu; 1948 – Fogo na Canjica; 1949 – Dominó Negro; 1950 – Um Beijo Roubado (Noites de Copacabana); 1958 – Vou Te Contá; 1970 – Salário Mínimo; 1973 – Jogo da Vida e da Morte. CHRISTIE, MYLLA CINTRA, MOZART Nasceu em São Paulo, SP, em 10 de junho de 1971. Aos 19 anos, em 1990, faz sua primeira novela, Meu Bem, meu Mal, como Jessica Miranda. Fortalece sua carreira ao participar dos sucessos A Viagem (1994), Tiro & Queda (1999), Kubanacan (2003) e Senhora do Destino (2005). Estreia no cinema em 1997 no curta Pobres por um Dia. Seu primeiro longa é Paixão Perdida, último filme dirigido por Walter Hugo Khouri. Foi casada por seis anos (1993-1999) com Malcom Montgomery. Desde 2007 está casada com Tutu Sartori. Em 2007 transfere-se para a TV Record para atuar na novela Amor e Intrigas. Filmografia: 1997 – Pobres por um Dia (CM); 1998 – Paixão Perdida; 2001 – Os Cristais Debaixo do Trono; Condenado à Liberdade. CHUMBINHO Carlos Roberto nasceu em São Paulo, SP, em 1957. Primeiro anão pornô brasileiro. Assíduo frequentador da Boca do Lixo, fi lmava enquanto fazia sexo com as prostitutas da região e depois vendia as fitas aos camelôs. Logo é convidado a fazer seu primeiro filme Bobeou... Entrou, em 1984. Depois de quase trinta filmes de sexo bizarro, no início da década de 1990 abandona a carreira de ator pornô e vai para a televisão, sendo um dos assistentes de palco do Ratinho e depois também participa do humorístico A Praça É Nossa, ambos pelo SBT. Filmografia: 1984 – Bobeou... Entrou; O Analista de Taras Deliciosas; Tudo Dentro; 1985 – Ilusões Eróti cas; Miss Close; Ninfetas do Sexo Ardente; Praia da Sacanagem; Edifí cio Treme-Treme; Rabo I; Senta no meu, que eu Entro na Tua; Tentações; Venha Brincar Comigo; Vem que Tem!; 1986 – Filme Demência; O Garanhão Erótico; Arrepios; Cambalacho Sexual; Fuk Fuk a Brasileira; Toda Nudez É Perdoada; Turbilhão de Prazeres; Visões Eróticas de Belinda; Macho, Fêmea & Cia.; Um Pistoleiro Chamado Papaco (Os Amantes de um Pistoleiro); 1987 – A Tara do Touro; Pau na Máquina; Carnaval 87 – Só Deu Bum-Bum; As Prisioneiras da Selva Amazônica; As Taras do Mini-Vampiro; 1988 – O Bolha (CM); 1989 – Me Leva pra Cama; Rodeio da Sacanagem; 1990 – A Menina e o Porquinho; 1991 – Se a Galinha é Boa, o Pinto não Falha; Safadas e Chifrudos. CICARELLI, DANIELLA Daniella Cicarelli Lemos nasceu em Belo Horizonte, MG, em 6 de novembro de 1978. Filha de Antonio Pádua e Yara Cicarelli. Modelo internacional, a partir de 2001 investe na carreira de apresentadora e atriz, ano que faz sua primeira novela, As Filhas da Mãe, e em 2004 parti cipa do filme Didi Quer Ser Criança. Por muitos anos foi vj da MTV. Teve um tumultuado casamento com o jogador Ronaldo Nazário. Desde janeiro de 2008 é contratada da TV Bandeirantes. O último programa que apresentou foi o Band Verão, em janeiro de 2009. Filmografia: 2004 – Didi Quer Ser Criança. CILENE, KÁTIA Nasceu em Garanhums, PE, em 13 de janeiro de 1949. Artista precoce, aos nove anos começa a cantar no programa de Paulo Duarte, na Rádio Jornal do Comércio. Aos doze estreia na televisão, como cantora e atriz. Faz também teatro, nas peças A Mulher que Veio de Longe e Tullon Condena o Herói e em novelas como Sublime Mentira. Muda-se para o Rio de Janeiro e participa de programas na TV Globo. Um de seus maiores sucessos como cantora é Bilheti nho Apaixonado. Tem uma única parti cipação no cinema, em 1967, no filme Jerry, a Grande Parada. Filmografia: 1967 – Jerry, a Grande Parada. Mozart de Siqueira Cintra nasceu em Pedra Bonita, PE, em 1924. Na década de 1950, inicia carreira de ator, no Rio de Janeiro, no filme Rio, Zona Norte, dirigido por Nelson Pereira dos Santos. Atua em muitos outros, destacando-se Um Candango na Belacap (1961) e A Vingança dos Doze (1970). De volta à sua terra natal, dirige seu primeiro e único filme, Luciana, a Comerciária, em 1974. Morre em 1977, aos 53 anos de idade. Filmografia (ator): 1957 – Rio, Zona Norte; 1958 – Contrabando; Trafi cantes do Crime; 1959 – Depois do Carnaval; 1960 – Mandacaru Vermelho; 1961 – Um Candango na Belacap; 1964 – Crime de Amor; O Tropeiro; 1968 – Na Mira do Assassino; 1969 – Nas Trevas da Obsessão; 1970 – A Vingança dos Doze. Filmografia (diretor): 1976 – Luciana, a Comerciária. CIOCLER, CACO Carlos Alberto Ciocler nasceu em São Paulo, em 27 de setembro de 1971. Cursa Engenharia Química na Escola Politécnica e paralelamente forma-se pela EAD – Escola de Arte Dramáti ca da USP. Resolve seguir a carreira artística fazendo teatro amador. Inicia sua carreira na televisão em 1996 na novela O Rei do Gado. Seguem-se sucessos como O Amor Está no Ar (1997), Pecado Capital (1998), A Muralha (2000), Esplendor (2000), Um Anjo Caiu do Céu (2001); O Quinto dos Infernos (2002); Chocolate com Pimenta (2003), América (2002), como o intelectual Ed Talbot, JK (2006), como Leonardo Faria (2006), Páginas da Vida (2007), como o indeciso fotógrafo Renato; em Duas Caras (2008) foi Claudius Maciel e em Caminho ds Índias (2009) é Murilo. Desenvolve sólida carreira no cinema, sendo sua estreia em 1998 no filme Caminho dos Sonhos. Em 2004, no filme Olga, interpreta o líder comunista Luiz Carlos Prestes. No teatro, em 2004, participa da peça Os Sete Afluentes do Rio Ota e estreia na direção, em Portugal, na montagem O Senhor das Flores. Nesse mesmo ano dirige seu primeiro curta, A Carne. Tem um filho chamado Bruno, nascido em 1997. Casa-se em 2009 com a videoartista e apresentadora Marina Previato. Filmografia (ator): 1998 – Caminho dos Sonhos (Um Sonho no Caroço do Abacate); 2000 – Bicho de Sete Cabeças; Minha Vida em suas Mãos; 2001 – Xangô de Baker Street; 2002 – Avassaladoras; Desmundo; Paixão de Jacobina; Lara; 2003 – Kilômetro Zero (CM); 2004 – Jack (CM); Olga; Sexo, Amor e Traição; Quase dois Irmãos; 2005 – Quanto Vale ou é por Quilo?; Limbo (CM); 2006 – Não por Acaso; 2007 – Inesquecível; 2008 – O Dia M (CM); 2009 – Timing (CM); Um Dia de Ontem; Lá Fora (CM); 2010 – Família Vende Tudo. Filmografia (diretor): 2004 – A Carne (CM). CIRILLO, OSWALDO Nasceu em São Paulo, SP, em 1957. Inicia suas atividades profissionais como garoto de programas, mas é fazendo filmes eróticos e pornôs na Boca do Lixo Paulista que fica famoso. Entre 1974 e 1992, diz ter feito mais de cem filmes e transado com mais de três mil mulheres. Entre outros, atua nos filmes Império das Taras (1980), Sexo em Grupo (1984) e Turbilhão de Prazeres (1987). O Rei do Sexo, como é conhecido, com o fim do cinema da Boca, compra o teatro Terra Nova, em sociedade com a atriz pornô Márcia Ferro e juntos passam a apresentar espetáculos de sexo explícito. Morre em 23 de junho de 1992, aos 35 anos, em São Paulo, de infecção generalizada, causadas pelo vírus da AIDS. Filmografia: 1979 – Bordel: Noites Proibidas; 1980 – O Império das Taras; Joelma, 23º Andar; O Diário de uma Prosti tuta; A Mulher que Inventou o Amor; 1982 – O Cafetão; O Rei da Boca; 1983 – A Fêmea da Praia (A Cadela da Praia); A Gosto do Freguês (episódio: Serviço Completo); Os Tarados; 1984 – Analista de Taras Deliciosas; Bacanais sem Fim; As Delícias do Sexo Explícito; Paraíso da Sacanagem; Sexo em Grupo; Variações de Sexo Explícito; O Viciado em C...; Hospital da Corrupção e dos Prazeres; Sexo sem Limite; A Luta pelo Sexo; 1985 – Ilusões Eróti cas; Gozo Alucinante; A Grande Suruba; A Grande Trepada; Mil e uma Maneiras de Sexo Explícito; Rabo I; Sem Vaselina; Abre as Pernas Coração; Agite Antes de Usar; Senta no meu, que eu Entro na Tua; 1986 – Mulheres Taradas por Animais; Aguenta Tesão (Etesão, Quanto Mais Sexo Melhor); O Beijo da Mulher Piranha; Horas Fatais – Cabeças Cortadas; Entra e Sai; O Caipira Bom de Fumo; Sexo Erótico na Ilha do Gavião; Troca-Troca do Prazer; Cilada do Destino; Macho & Fêmea; Anjos do Arrabalde; Fuk-Fuk a Brasileira; 48 Horas de Sexo Alucinante; Turbilhão dos Prazeres; 1987 – Os Sequestradores (Os Sequestradores do Sexo Explícito); Jeitinho à Brasileira; 1988 – Gloriosas Trepadas. CLARA, SÔNIA Sônia Clara Levi nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 2 de junho de 1949. Durante oito anos é bailarina do Teatro Municipal. Em 1965 Oscar Ornstein convida-a para fazer teatro e ela não aceita, achando-se despreparada para tal. Logo vem o segundo convite, agora de Adolfo Celi, para atuar na peça Mary, Mary. Lê o texto e aceita, fazendo sua estreia ao lado de Leonardo Vilar. No mesmo ano estreia no cinema, no filme Grande Sertão, dos irmãos Santos Pereira, seguindo-se outros como Terra em Transe (1967) e Eu (1986). Paralelamente ao teatro e cinema, também atua na televisão, sendo sua estreia em 1966 na novela O Rei dos Ciganos, pela TV Globo. Entre outras, parti cipa de Irmãos Coragem (1970), Selva de Pedra (1972), Coração Alado (1980), Guerra dos Sexos (1983), como a ardilosa Veruska, um de seus melhores momentos, Meu Bem, meu Mal (1991), Perdidos de Amor (1997) e Serras Azuis (1998). Depois de alguns anos afastada, retorna em América (2005), seguindo-se Prova de Amor (2005) e Cobras & Lagartos (2006). Filmografia: 1965 – Grande Sertão; 1966 – As Cariocas; Corpo Ardente; Nudista à Força; 1967 – Terra em Transe; 1968 – As Três Mulheres de Casanova; 1969 – Incrível, Fantásti co, Extraordinário; 1971 – Viver de Morrer; 1972 – Cassy Jones, o Magnífi co Sedutor; A Viúva Virgem; Som, Amor e Curti ção; 1986 – Eu; 1990 – Uma Escola Atrapalhada; 2003 – Meu Pai (My Father, Rua Alguém 5555) (Brasil/Itália/Hungria). CLÁUDIO GABRIEL Luiz Cláudio Gabriel Serra nasce no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de setembro de 1969. Em 1988 começa a fazer teatro amador, depois cursa a Escola de Teatro Martins Penna, tornando-se profissional em 1992, sendo sua peça de estreia Somos Todos 22, sob a direção de Sidnei Cruz. Estreia na televisão em 1994 na minissérie Memorial de Maria Moura. Segue regular carreira, ao parti cipar de Irmãos Coragem (1995), Laços de Família (2000), A Padroeira (2001), A Casa das Sete Mulheres (2003), A Grande Família (2003), Cabocla (2004), América (2005) e A Diarista (2005). Estreia no cinema em 1997 no filme Anahy de las Misiones. Entre outros parti cipa de Maria, Mãe do Filho de Deus (2003) e 1972 (2006). No teatro, entre tantas peças, destaca-se em Fogo Morto (1994), Os Candidatos (1998), Uma Aventur do Outro Mundo (2004) e A Invenção de Morel (2008). Contratado pela TV Record, parti cipa de Bicho do Mato (2006), Amor e Intrigas (2007) e A Lei e o Crime (2009). Filmografia: 1997 – Anahy de las Misiones; 2001 – Bellini e a Esfinge; 2003 – Maria, Mãe do Filho de Deus; 2004 – Um Show de Verão; 2006 – 1972; 2008 – Alucinados (Sequestro Relâmpago); 2009 – Bela Noite para Voar. CLÉOS, RITA Rita Shadrack Correa nasceu em Blumenau, SC, em 29 de setembro de 1931. Começa sua carreira artística atuando em pequenos grupos de teatro amador. Em 1939 vai para a Alemanha e lá permanece até 1947, onde também representa, com os elencos dos colégios que frequenta. De volta ao Brasil, fi xa residência em São Paulo, passando a cursar a Escola de Arte Dramáti ca. Inicia sua carreira artística no cinema como fi gurante no filme Esquina da Ilusão, produzido pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz em 1953. Em 1962 vai para a TV Tupi e estreia no especial Prelúdio, a Vida de Chopin solidificando sua carreira nas novelas A Gata (1964), Quem Casa com Maria (1964), O Cara Suja (1965), um grande momento, no papel de Iara, ao lado de Sérgio Cardoso, todas pela TV Tupi, depois Redenção (1968) e Sangue do meu Sangue (1969), estas duas últimas pela TV Excelsior. No teatro também atua com frequência nas Companhias de Jaime Barcellos/Jackson de Souza, Barbosa Lessa, Nicete Bruno e Sérgio Cardoso/Nydia Licia. Rita Cléos desenvolve também sólida carreira de dubladora, sendo seu maior sucesso a personagem Samantha no seriado A Feiti ceira, depois Perdidos no Espaço, Os Colonizadores, Semeadores do Universo, etc. Em 1982 tem sua últi ma participação na televisão, no telerromance Maria Stuart, pela TV Cultura de São Paulo. Morre de forma trágica, aos 56 anos, em 21 de maio de 1988, assassinada em seu apartamento em Curitiba, PR, em circunstâncias não esclarecidas até hoje. Filmografia: 1953 – Esquina da Ilusão; Família Lero-Lero; 1954 – É Proibido Beijar; 1958 – Macumba na Alta; 1980 – Diário de uma Prosti tuta; 1981 – A Noite das Depravadas. CLODOVIL Clodovil Hernandez nasceu em Elisiário, SP, em 17 de junho de 1937. Um dos maiores estilistas do Brasil, na década de 1980 celebriza-se ao parti cipar da TV Mulher, pela Globo. Passa então a ter programas próprios, estilo talk-show, em diversas emissoras, mas, polêmico, não consegue se firmar em nenhuma delas. Muito inteligente e carismático, poderia ter seu potencial melhor aproveitado. Sua estreia no cinema acontece em 1971, no filme Lua de Mel & Amendoim. Participa de alguns fi lmes como ator e faz o figurino de outros como Corpo Ardente (1966), de Walter Hugo Khouri, e Beto Rockfeller (1970), de Olivier Perroy. Em 1981, participa, com sucesso, da peça Seda Pura e Alfi netadas. Na televisão, apresenta os programas TV Mulher – TV Globo (1980/83), Clodovil, TV Bandeirantes (1983), Clô para os Íntimos, TV Manchete (1987/1988); Clodovil Abre o Jogo e Noite de Gala – CNT – (1989/1994); Retratos – CNT (1996); Clodovil Soft, TV Bandeirantes, (1998); Clodovil, Rede Mulher, (1999); Frente e Verso, CNT, (2001); Mulheres, TV Gazeta, (2001); Clodovil, TV Gazeta (2002); e A Casa é Sua, Rede TV (2003/2005). Faz participação especial também nas novelas Marrom-Glacê (1979), Sabor de Mel (1983) e O Clone (2001). Em 2006 é o Deputado Federal mais votado de São Paulo. Morre em 17 de março de 2009, aos 71 anos de idade, em Brasília, DF, em conseguência de um AVC – Acidente Vascular Cerebral. Filmografia: 1971 – Lua de Mel & Amendoim (episódio: Lua de Mel & Amendoim); 1972 – A Infidelidade ao Alcance de Todos (episódio: A Transa); Paixão de um Homem. CLOSE, ROBERTA Luiz Roberto Gambine Moreira nasceu no Rio de Janeiro, em 12 de dezembro de 1964, e logo manifesta suas tendências sexuais. Torna-se travesti, surpreendendo por sua incrível beleza feminina. O nome artístico Roberta Close surge por sugestão de uma agência de talentos. Uma operação realizada nos EUA, o transforma definitivamente em mulher. Só não consegue mudar o nome, por força das leis brasileiras. Estreia no cinema em 1987 no filme No Rio Vale Tudo, coprodução Brasil/França/Itália. Na televisão, participa da novela Mandacaru, em 1997, pela TV Manchete, como Maitê Flores, e depois do programa Você Decide, episódio O Príncipe da Feira (1999). Está casada com o empresário alemão Roland Granacher desde 1993 mas vem esporadicamente ao Brasil a trabalho, como modelo fotográfi co. Filmografia: 1987 – No Rio Vale Tudo (Si Tu Vas a Rio...Tu meurs) (Brasil/França/ Itália); 1988 – O Escorpião Escarlate. CÓCEGAS, RONY Ronilson Nogueira Moreira nasceu em Salvador, BA, em 1940. Estuda música na Universidade Federal da Bahia, área que se interessa desde criança. Depois estuda também sapateado e participa, já como baterista, de inúmeras orquestras. Ainda na Bahia, conhece Raulzito, ou Raul Seixas, e se torna baterista do músico baiano na banda Raulzito e seus Panteras. Se desliga do grupo para iniciar carreira de humorista no final dos anos 1960. Muda-se para São Paulo e é contratado pela TV Excelsior, fazendo imitações no programa de Raul Gil e depois para o humorístico Show Riso. Fica conhecido também por suas dublagens em discos com rotação alterada. Estreia no cinema em 1969 no filme Deu a Louca no Cangaço. Depois atua nos programas Chico City e Os Pankekas. Cria personagens inesquecíveis como o Lindeza, da Praça é Nossa, em que sua gravata levantava quando via uma moça bonita e ele falava Calma Cocada, e Galeão Cumbica, da Escolinha do Professor Raimundo. Do primeiro casamento, teve dois filhos, Rogerson e Robinson. Sua última esposa foi Irene Santana, que acompanhou toda a agonia do humorista nos últimos meses. Morre em 25 de julho de 1999, aos 59 anos de idade, em São Paulo, em decorrência de insuficiência de múltiplos órgãos, decorrentes de alcoolismo. Filmografia: 1969 – Deu a Louca no Cangaço; 1970 – Dois Mil Anos de Confusão; Amor em Quatro Tempos; 1976 – Pura Como um Anjo, Será Virgem?; 1977 – Os Amantes de um Canalha; 1979 – Os Pankekas e o Calhambeque de Ouro; 1982 – Os Paspalhões em Pinóquio 2000; 1985 – Rabo I. COELHO, ARIEL Nasceu em Curitiba, PR, em 1951. Passa sua infância residindo em frente a um velho depósito de munições. Olhava para ele todo dia e pensava que o casarão daria um bom local de espetáculos. Anos depois o depósito transformou-se no Teatro Paiol. Começa sua carreira no teatro, em 1969, na peça A Semana, de Denise Stoklos, dirigida por Ary Pararraios. Por dez anos, dedica-se quase que totalmente ao teatro, em peças como O Julgamento, O Esperado, Os Médiuns e O Tempo, todas entre 1971 e 1973, sob a direção de Wilson Rio Apa. Depois vieram O Elevador, direção de Eloá Teixeira; Ricardo III, direção de Antunes Filho; Locomoc e Milipilli, direção de Wolfgang Kolneder; Bom-Bom, Viagem de um Barquinho, Hoje é dia de Rock, A Dama de Copas e o Rei de Cubas, Pano de Boca, estas dirigidas por Antonio Carlos Kraide. Em 1979 leva para o Rio de Janeiro a peça Curitiba Velha de Guerra, de Antonio Carlos Kraide, e por lá resolve ficar. Por sua atuação nessa peça, ganha o prêmio Gralha Azul de melhor ator do ano. Participa de dezenas de montagens como O Mistério Bufo, dirigida por Busa Ferraz, e O Reverso da Psicanálise, dirigida de Marília Pera. Estreia na televisão em 1981, em um episódio da série Amizade Colorida. Depois parti cipa de O Amor é Nosso (1981), Parabéns pra Você (1981), A Marquesa de Santos (1984), Tudo em Cima (1985), Tudo ou Nada (1986), Corpo Santo (1987), Sassaricando (1987), Floradas na Serra (1991), O Fantasma da Ópera (1991), Incidente em Antares (1994), Engraçadinha, seus Amores e seus Pecados (1995), Decadência (1995), O Fim do Mundo (1996), Salsa & Merengue (1996), Você Decide (1998), Malhação (1998) e Chiquinha Gonzaga (1999), seu último trabalho. Morre em 28 de junho de 1999, aos 48 anos de idade, de infecção generalizada, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1982 – Índia, a Filha do Sol; 1983 – Um Sedutor Fora de Série; 1984 – O Cavalinho Azul; 1985 – Urubus e Papagaios; Brás Cubas; A Floresta de Esmeraldas (The Emerald Forest) (EUA); 1986 – Por Incrível que Pareça; As Sete Vampiras; Selva Viva (Where the River Runs Black) (EUA); 1987 – Sexo Frágil; 1988 – Eternamente Pagu; Luar sobre Parador (Moon Over Parador) (EUA); 1990 – O Quinto Macaco (The Fifth Monkey) (EUA); 1998 – Policarpo Quaresma, Herói do Brasil. COELHO, BETH Elizabete Mendes Coelho nasceu em Belo Horizonte, MG, em 2 de julho de 1963. Aos nove anos de idade começa a estudar canto lírico. Até os quinze anos, se aprofunda nos estudos de música e dança. Nessa época, faz cursos de teatro. Ingressa no grupo Pagú Teatro e Dança. Em 1983 apresenta-se em São Paulo e resolve radicar-se na cidade, indo trabalhar com Denise Stoklos, Antunes Filho e Gerald Thomas. Com este últi mo, participa, em 1988, da Trilogia Kafka. Estreia no cinema de longa metragem em 1988 no filme Lua Cheia. Na televisão, tem sua primeira oportunidade em 1991, como a Jezebel, de Lua Cheia, e faz sólida carreira, alternando-se entre SBT e TV Globo, em novelas como Éramos Seis (1994), As Filhas da Mãe (2001), Kubanacan (2003), Cristal (2006) e Luz do Sol (2007. Está casada com o músico Renato Godá, com quem tem um fi lho, Gabriel. Filmografia: 1988 – Lua Cheia; Branco e Preto (Norte & Sul) (CM); 1989 – Musika (CM); 1995 – Terra Estrangeira; 1992 – Oswaldianas (episódio: Quem Seria o Feliz Conviva de Isadora Duncan?); 1998 – Policarpo Quaresma, Herói do Brasil; 2006 – Mulheres do Brasil. COENTRO, CYRIA Nasceu em Salvador, BA, em 1966. Forma-se em interpretação pela Universidade Federal a Bahia – UFBa. Participa de inúmeras oficinas como Lume, Sunil, Cacá Carvalho, Bia Lessa, Luis Carlos Vasconcelos, Sérgio Britto, Fernanda Montenegro. Atua em dezenas de peças como Jingobel, O Mágico de Oz-The Dark Side, Coração Inquieto, A Lenda do Piui, O Cego, Dizem de Mim o Diabo, Bróder – Uma Odisseia Fantástica, Sussurra-me um Recital Erótico, E o Orgasmo de Mamãe, Isso Assim Assado no Inferno, Catedráti cos, As Bancantes, Mistérios Gozozos, etc. Em 1993 estreia na televisão na novela Renascer, depois a minissérie Dona Flor e seus Dois Maridos (1998), Carga Pesada (2006), A Favorita (2008), como Bianca, e Caminho das Índias (2009), como a mãe de Bahuan. No cinema seu primeiro filme é Três Histórias da Bahia, em 2001. Depois de alguns curtas tem sua grande oportunidade de protagonista em Era Uma Vez... (2008), de Breno Silveira. Filmografia: 2001 – Três Histórias da Bahia (episódio: Diário do Convento); 2003 – Bala na Marca do Pênalti (CM); 2004 – Irmãos de Fé; 2008 – Era Uma Vez...; 2009 – Estranhos. COLÁS, JOÃO João Carlos Colas nasceu em São Luis, MA, em 1865. Ator, Diretor, Empresário, vem de família teatral. Estreia como ator aos oito anos de idade, em 1873 na peça A Torre do Concurso, em Salvador. No ano seguinte muda-se para o Rio de Janeiro. Em 1905 escreve a revista Só para Homens e a opereta A Ilha do Paraíso (1906). Estreia no cinema em 1909 no filme A Cabana do Pai Tomás. No mesmo ano dirige e atua em Mil Adultérios. Foi casado com a atriz Gabriela Montani. Pioneiro do nosso cinema, morre em 1920, aos 55 anos de idade, na Casa dos Artistas, hoje Retiro dos Arti stas, no Rio de Janeiro. Filmografia (ator): 1909 – A Cabana do Pai Tomás; A Gueisha; João José; Mil Adultérios. Filmografia (diretor): 1909 – Mil Adultérios. COLASANTI, ARDUINO Nasceu em Livorno, Itália, em 1936. Chega ao Brasil em 1948, com a família, após a Segunda Guerra Mundial, devido às péssimas condições de vida em seu país. Eles se instalam na mansão de um rico parente, Henrique Lage, que era casado com uma ti a de seu pai, no Rio de Janeiro. Sua tia era Gabriela Besanzoni, famosa meio-soprano italiana. Arduino teve uma vida tranquila nas praias do Rio de Janeiro, foi surfi sta semiprofissional, chegando a participar de alguns campeonatos, sendo considerado uma lenda de Ipanema dos anos 1960/1970, pois era bonito, culto, sensível e bem educado. Torna-se assistente de câmera de Carlos Niemeyer, que produzia o famoso Canal 100. Em 1967 é convidado por Nelson Pereira dos Santos para um teste no filme El Justi cero; aprovado, faz sua estreia na vida artística. Ator essencialmente cinematográfico, atua em mais de trinta filmes, sendo um dos preferidos de Nelson Pereira dos Santos, ao participar de vários filmes seus como Fome de Amor (1968), Azyllo Muito Louco (1970), Como Era Gostoso meu Francês (1971), etc. Na televisão, atua em apenas uma novela, Os Gigantes, pela TV Globo, em 1979. Em 1977, abandona a carreira e vai para São Luis do Maranhão, morar em um saveiro. De volta ao Rio, vai morar na praia de Jurujuba, Niterói. Namora as mulheres mais belas do Rio de Janeiro, como Leila Diniz, Sônia Braga, Irene Stefania, Ana Miranda, etc. Tem atuação marcante também em filme recentes como A Ostra e o Vento (1997), de Walter Lima Jr., e Bela Donna (1998), de Bruno Barreto. Atualmente dirige uma escola oficial de mergulho em Jurujuba e dirigiu vários vídeos sobre fauna subaquáti ca. É filho do ator Manfredo Colasanti e irmão da escritora Marina Colasanti. Filmografia: 1967 – El Justi cero; Garota de Ipanema; 1968 – A Virgem Prometida; A Doce Mulher Amada; Fome de Amor; 1969 – Memória de Helena; Brasil Ano 2000; 1970 – Uma Garota em Maus Lençóis; Minha Namorada; Azyllo Muito Louco; 1971 – Procura-se uma Virgem; Mãos Vazias; Como Era Gostoso o meu Francês; 1972 – Sereno Desespero (CM); Quem é Beta? (Pas de Violence Entre Nous) (Brasil/França); Amor, Carnaval e Sonhos; 1973 – Os Homens que eu Tive; Mestiça, a Escrava Indomável; 1978 – Mulheres de Cinema (depoimento); Daniel, Capanga de Deus; 1979 – O Caçador de Esmeraldas; 1982 – O Homem do Pau-Brasil; 1984 – Quilombo; Memórias do Cárcere; 1985 – Tropclip; 1986 – E Pluribus Una (CM); 1987 – Sonho de Valsa; Leila Diniz; 1993 – Oceano Atlantis; 1997 – A Ostra e o Vento; 1998 – Bela Donna; Villa-Lobos, uma Vida de Paixão; 2002 – Histórias do Olhar; 2004 – Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida; 2005 – Quando um Burro Fala... (CM); 2007 – Esconde-Esconde (CM); 2009 – Insolação; Dois pra Lá, Dois pra Cá (CM). COLASANTI, MANFREDO Nasceu na Itália, em 1902. Chega ao Brasil em 1948, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, assim como tantos italianos que aqui se radicaram. Sua tia, Gabriela Besanzoni, era casada com o empresário Henrique Lage, que arranja emprego para Manfredo, que por ali fica muitos anos. O filho Arduino já era ator e estimula o pai a parti cipar do filme Fome de Amor, em 1968, já que o diretor, Nelson Pereira dos Santos, estava filmando em sua fazenda em Angra dos Reis e o convidara a participar da produção. Manfredo inicia então sua carreira artística aos 66 anos de idade e não para mais, ao todo são 26 filmes e 8 novelas. Em 1974 faz sua primeira novela, pela TV Globo, Supermanoela, como Nicolau, ao lado de Marília Pera, e surpreende a todos pela facilidade em decorar textos, parecia um veterano, embora tivesse já 72 anos, era um principiante na televisão. No cinema, parti cipa de muitos filmes, vários do diretor Nelson Pereira dos Santos como Azyllo Muito Louco (1970) e Joanna Francesa (1975) e com outros diretores também como Anchieta, José do Brasil (1977), de Paulo César Saraceni; de Braz Chediak, Álbum de Família (1981); e Chico Rei (1985), de Walter Lima Jr., etc. Na televisão, atua nas novelas Sinal de Alerta (1978), como Giuseppe; Ciranda de Pedra (1981), como Benito; Guerra dos Sexos (1983), como Antero Vasconcelos. Assim foi a carreira de Manfredo, um velhinho simpáti co, de barbas brancas espessas e muita segurança e talento. Foi casado com Elisa Del Bone Colasanti, com quem teve dois filhos, o ator Arduino Colasanti e a escritora Marina Colasanti. Morre em 1983, no Rio de Janeiro, de edema pulmonar, aos 81 anos de idade. Filmografia: 1968 – Fome de Amor; 1969 – Brasil Ano 2000; 1970 – Azyllo Muito Louco; 1971 – Procura-se uma Virgem; Mãos Vazias; O Doce Esporte do Sexo (episódio: O Filminho); Como Era Gostoso o meu Francês; 1972 – Quem é Beta? (Pas de Violence Entre Nous) (Brasil/França); 1973 – Os Condenados; 1975 – Com um Grilo na Cabeça; Nem os Bruxos Escapam; Joanna Francesa; 1976 – Ladrão de Bagdá; Gordos e Magros; Padre Cícero; Dona Flor e seus Dois Maridos; 1977 – O Desconhecido; Anchieta, José do Brasil; Paraíso do Inferno; 1978 – Mulheres de Cinema (CM) (depoimento); Fim de Festa (Decisão Final); Elke Maravilha contra o Homem Atômico; Se Segura Malandro; 1980 – O Princípio e o Fim (MM); 1981 – Álbum de Família (Uma História Devassa); 1983 – Inocência; O Trapalhão na Arca de Noé; 1985 – Chico Rei. COLÉ Petrônio Rosa Santana nasceu em Cruzeiro, SP, em 1º de dezembro de 1919. Seu pai quer que seja médico, mas é no circo que começa sua carreira artística, como o palhaço Picolé. Depois, já como Colé, atua como comediante nos teatrinhos de bolso em Copacabana. Suas atuações no Jardel e Follies lhe valem fama e prestígio. Estreia no cinema em 1945 no filme O Cortiço, iniciando-se ai, carreira cinematográfica de sucesso, em fi lmes como Carnaval na Atlântida (1953), Dona Xepa (1959), Jesus Cristo eu Estou Aqui (1971), etc. Monta companhia própria de revistas e percorre o Brasil, ao lado de Renata Fronzi, em peças como Adorei Milhões. A partir da década de 1960 participa de humorísticos na televisão, como nos programas Balança mas não Cai (1968), Os Trapalhões e Escolinha do Professor Raimundo (1990), pela TV Globo. Em 1993 participa da minissérie Agosto. É tio do comediante Dedé Santana. Morre em 29 de agosto de 2000, no Rio de Janeiro, aos 80 anos de idade. Filmografia: 1945 – O Cortiço; 1946 – Segura esta Mulher; 1948 – Poeira de Estrelas; 1949 – Estou Aí!; 1950 – Todos por Um; Loucos por Música; 1951 – Coração Materno; O Falso Detetive; 1952 – Carnaval Atlântida; 1953 – Os Três Recrutas; 1954 – Malandros em Quarta Dimensão; Mulher de Verdade; 1956 – Eva do Brasil; 1957 – O Pirata do Outro Mundo; 1959 – Dona Xepa; 1971 – Jesus Cristo eu Estou Aqui; Cômicos e mais Cômicos; 1973 – Com a Cama na Cabeça; 1975 – A Transa do Turfe; 1976 – As Aventuras de um Deteti ve Português; 1980 – Bububu no Bobobó; O Gigante da América; 1982 – Tabú; O Segredo da Múmia; 1985 – Brás Cubas; Os Bons Tempos Voltaram (episódio: Sábado Quente); 1986 – As Sete Vampiras; Brás Cubas; 1988 – Lili, a Estrela do Crime; O Escorpião Escarlate. COLIN, LETÍCIA Letícia Helena de Queiroz Colin nasceu em Santo André, SP, em 30 de dezembro de 1989. Inicia sua carreira em 2002, aos treze anos de idade, em Malhação, pela TV Globo. Pela Bandeirantes faz sua primeira novela, Floribella, em 2005, depois vai para a Record parti cipar de Luz do Sol (2007) e Chamas da Vida (2008). No teatro, atua nas peças O Diário de Débora (2004), Floribella – O Musical (2007) e O Despertar da Primavera (2009). Estreia no cinema em 2004 no filme Um Show de Verão e em 2009 participa do remake de Bonitinha mas Ordinária, o grande desafio e o papel de amadurecimento da já promissora carreira, ao interpretar cenas fortes de nudez e sexo. Filmografia: 2004 – Um Show de Verão; 2009 – Bonitinha mas Ordinária. COLOMBO, ADALGIZA CONDE, EDUARDO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de janeiro de 1940. Artista precoce, aos três anos já faz uma aparição relâmpago, num filme da Atlântida. Aos treze, uma ponti nha em Carnaval Atlântida. Em 1955 candidata-se ao título de Miss Cinelândia, chegando a finalista. Em 1956 é eleita Miss TV Distrito Federal e ganha uma viagem para a Europa, que faz em companhia da mãe. No mesmo ano, teria seu primeiro papel importante no cinema no filme Com Água na Boca, produzido por Herbert Richers, mas sua carreira cinematográfica acaba não acontecendo. Filmografia: 1953 – Carnaval Atlântida; 1956 – Com Água na Boca; 1957 – Solo Dio Mi Fermerà (Itália); 1968 – Operação Tumulto (Le Grabuge) (Brasil/França). COLONA, HÉLIO Hélio Gonçalves nasceu em Porto Alegre, RS, em 5 de abril de 1931. Inicia sua carreira profissional como comissário de bordo de uma empresa de aviação. Também fez teatro e TV. Estreia no cinema em 1953 no filme A Carne é o Diabo. Segue regular carreira em O Batedor de Carteiras (1958) e Pintando o Sete (1960). Seu último fi lme é As Sete Evas (1962). Por moti vos até hoje desconhecidos, suicida-se em 1962, aos 31 anos de idade. Filmografia: 1953 – A Carne é o Diabo; 1957 – Tem Boi na Linha; 1958 – O Batedor de Carteiras; No Mundo da Lua; Massagista de Madame; 1960 – Pintando o Sete; Pequeno por Fora; 1961 – O Dono da Bola; 1962 – As Testemunhas não Condenam; As Sete Evas. COMPARATO, BIANCA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de novembro de 1985. É filha do escritor Doc Comparato. Estuda teatro na Escola Britânica e ganha uma bolsa para um curso de três meses em Londres, na Royal Academy of Dramatics Arts. De volta ao Brasil, entra para a escola de teatro Tablado e depois na Laura Alvim. Sua primeira peça é Avalanche e em seguida Ateneu. Em 2004 estreia na televisão em um episódio do seriado Carga Pesada e em seguida entra para a novela Senhora do Destino, como Helen. Depois parti cipa de Belíssima (2006), seu grande momento, no papel de Maria João; Cobras & Lagartos (2006) e das séries Antonia (2006) e Toma Lá, Dá Cá (2007), como Gelda. Estreia no cinema em 2006 no filme Anjos do Sol. Em 2009 brilha com a peça RocknRoll, ao lado de Otávio Augusto. Da nova geração de atores, desponta como uma grande promessa das artes cênicas brasileiras. Filmografia: 2006 – Anjos do Sol; 2007 – Pedro, Ana e a Verdade (CM); 2010 – Como Esquecer. CONCEIÇÃO, PASCOAL DA Nasceu em São Paulo, SP, em 1954. Forma-se pela EAD – Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo. Ingressa no Teatro Oficina. Até 1995 dedica-se exclusivamente ao teatro, mas um convite mudaria o rumo de sua carreira: interpretar o Dr. Abobrinha na série Castelo Rá-Tim-Bum, pela TV Cultura. A série chega ao cinema em 1999 e em 2004 vai para a televisão, como o modernista Mário de Andrade na minissérie Um Só Coração, pela TV Globo. Depois foi o Dr. Peçanha na novela Essas Mulheres (2005), atua na minissérie JK (2006) e na série Casos e Acasos (2008). Em 2004 atua no filme Olga, como Dimitri Manuilski, e no teatro brilha em Salmo 91, em 2007. Casado desde 1997 com a fonoaudióloga Lúcia Gayotto, tem um filho, Nicolau (1999). Filmografi a: 1999 – Castelo Rá-Tim-Bum, o Filme; 2004 – Olga; 2009 – Salve Geral!; Os Inquilinos. Nasceu em Recife, PE, em 1946. Começa sua carreira aos 19 anos, como cantor. Na televisão, faz sua primeira novela em 1978, Sinal de Alerta, como Nilo Bastos. A partir daí, consolida sua carreira, com destaque nas novelas Plumas & Paetés (1980), Tudo em Cima (1985), A Idade da Loba (1995) e Marcas da Paixão (2000). Estreia no cinema em 1980 no filme O Incrível Monstro Trapalhão. Entre outros, atua em Stelinha (1990) e O Monge e a Filha do Carrasco. Como cantor, apresenta-se nas melhores casas de São Paulo, como Tom Brasil, com o show Íntimo, em 1996, e no Studium, com o show Stravaganza, em 1997. Na TV Globo, parti cipa da minissérie O Quinto dos Infernos, em 2002 e nesse mesmo ano tem pequena participação na novela O Beijo do Vampiro, sua última novela. Eduardo foi casado com a atriz Betty Lago, com quem tem um filho, Bernardo, nascido em 1979. Seu ti po soturno o fez um artista singular, completo e eclético. Morre em 16 de janeiro de 2003, aos 56 anos de idade, vítima de câncer nos pulmões, em Petrópolis, RJ. Filmografia: 1980 – O Incrível Monstro Trapalhão; 1981 – Os Salti mbancos Trapalhões; 1983 – Os Trapalhões na Serra Pelada; 1984 – Feitiço do Rio (Blame It on Rio) (EUA); 1986 – Hell Hunters (EUA/Alemanha); 1985 – The Emerald Forest (EUA); 1990 – Stelinha; 1991 – A Grande Arte; 1994 – Louco por Cinema; 1996 – O Monge e a Filha do Carrasco (The Monk and Hangmans Daughter) (Brasil/EUA). CONDE, SYN DE Synésio Mariano de Aguiar nasceu em Belém, PA, em 14 de junho de 1894. Foi educado na França e na Suíça. Muda-se para os Estados Unidos em 1916 e começa a frequentar pontos de encontro de celebridades cinematográficas. É o primeiro ator brasileiro a vencer em Hollywood. Estreia no cinema em 1918 no filme Revelação. Torna-se amigo de grandes astros americanos do começo do século passado como Rodolfo Valenti no e outros. Professor de tango, dublê de cenas perigosas e eterno vilão. Nos cassinos de Montecarlo perde todo o seu dinheiro em jogo, e, apoiado nas reiteradas chamadas de volta do pai, retorna ao Brasil em 1927 e vai morar no Rio de Janeiro tornando-se funcionário do Ministério da Agricultura, onde se aposentou. Syn de Conde nunca fez um filme brasileiro. Foi casado com Anna Pauley. Morre em 28 de maio de 1990, no Rio de Janeiro, aos 95 anos de idade, de insuficiência cardíaca, arrependido por ter voltado ao Brasil. Filmografia: (EUA): 1918 – Revelação (Revelation); The Brass Check; 1919 – A Defesa de um Inocente (Out of the Shadow); A Moça que Ficou em Casa (The Girl Who Stayed at Home); Rosa do Norte (Rose of the West); A Chama do Deserto (Flame of the Desert); 1920 – Valentes e Ricas (Rouge and Riches); A Lua de Ouro (The Moon Gold); 1921 – Mary Regan. CONJUNTO FARROUPILHA Quinteto vocal formado em 1948, em Porto Alegre, na Rádio Farroupilha. Seus integrantes são Danilo Vidal de Castro (1927 ), Estrela d’Alva Lopes de Castro (1934 – ), Inah Bangel (1933 ), Tasso José Bangel (1931 – ) e Sidney do Espírito Santo (1925 – ). Gravam seu primeiro disco em 1952. Com repertório inicialmente folclórico sulista e depois internacional, correm o mundo. No cinema, estreiam em 1956, no filme Boca de Ouro. Em 1971 o grupo de desfaz, mas em 1983 retornam para algumas apresentações. Filmografia: 1956 – Boca de Ouro; 1957 – O Pirata do Outro Mundo; 1960 – As Aventuras de Pedro Malazartes. CONJUNTO RC-7 Criado ainda na Jovem Guarda, este conjunto fi ca famoso acompanhando Roberto Carlos. A formação original é Nesti co, Raul, Maguinho, Dedé, Bruno, Wanderley e Gato, que acabara de deixar os Jet Blacks. Escolhidos a dedo pelo Rei, o time é de primeira linha, todos com formação jazzística e bossa-novista. O grupo atua até hoje como RC-9 e não tem mais ninguém da formação original. Participam de um único filme, em 1968, Roberto Carlos em Ritmo de Aventura. Gato, um dos maiores guitarristas brasileiros dos anos 1960, morre esquecido em 1996. Filmografia: 1968 – Roberto Carlos em Ritmo de Aventura. CONSORTE, RENATO Nasceu em São Paulo, SP, em 27 de outubro de 1924. Entra para a Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Conhece Inezita Barroso e passa a frequentar sua casa. O cunhado dela é Maurício Barroso, que já trabalha no TBC. Este então indica Renato para um teste. Sua estreia acontece em 1949, na peça A Noite de 16 de Janeiro. Com forte ascendência italiana, torna-se querido dos diretores do TBC, Ruggero Jacobbi e Adolfo Celi, entre outros. Participa das peças O Mentiroso, Seis Personagens à Procura de um Autor e Vá com Deus. Em 1949 participa da formação da Cia. Cinematográfica Vera Cruz, nela fazendo de tudo um pouco, de gerente de produção a ator. Sua estreia como ator de cinema acontece em 1950, na primeira produção da Companhia, Caiçara. Acaba atuando em quase todos os 18 filmes que a Companhia produz, em sua primeira e melhor fase, quase sempre cobrindo algum ator que faltara ou ficara doente. Faz mais de quarenta fi lmes, destacando-se O Bandido da Luz Vermelha (1968) e Eles não Usam Black-Tie (1981). Em 1992 participa de um dos maiores sucessos do teatro brasileiro, a peça Porca Miséria. Também alcança muito sucesso na televisão, ao atuar em dezenas de novelas, sendo sua estreia em 1964 em Prisioneiro de um Sonho. Entre outras, destacam-se Eu Compro essa Mulher (1966), Meu Pé de Laranja Lima (1970), Papai Coração (1976), Tieta (1989) e mais recentemente Bang-Bang (2006), pela TV Globo. No dia 29 de outubro de 1997, parti cipa de um fato histórico, a assinatura do convênio de reativação da Vera Cruz, em São Bernardo do Campo, nos antigos estúdios. Ocupou, durante muitos anos, cargo burocrático no MIS (Museu da Imagem e do Som), em São Paulo, e fez participações esporádicas em teatro e cinema, além de ser um dos maiores incentivadores da preservação da memória da Vera Cruz e curador do acervo da companhia. Morre em 26 de janeiro de 2009, aos 84 anos de idade, em São Paulo, de câncer na próstata. Em 2005 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Renato Consorte – Contestador por Índole, de autoria de Eliana Pace. Filmografia: 1950 – Caiçara; 1951 – Terra é Sempre Terra; Ângela; 1952 – Tico-Tico no Fubá; Sai da Frente; Appassionata; Veneno; 1953 – Sinhá Moça; Esquina da Ilusão; Família Lero-Lero; 1954 – Na Senda do Crime; É Proibido Beijar; Floradas na Serra; 1955 – Rio, 40 Graus; 1957 – A Baronesa Transviada; Osso, Amor e Papagaios; 1959 – É um Caso de Polícia; Garota Enxuta; 1961 – Ladrão em Noite de Chuva; 1962 – Os Mendigos; 1964 – Pluft, o Fantasminha; 1968 – Cristo de Lama (A História de Aleijadinho); O Bandido da Luz Vermelha; 1974 – Gente que Transa (Os Imorais); 1976 – Sabendo Usar não Vai Faltar; 1978 – Horror Palace Hotel (MM) (depoimento); 1979 – Ato de Violência; O Coronel e o Lobisomem; O Menino Arco-Íris (A Infância de Jesus Cristo); 1980 – Curumim; 1981 – Eles não Usam Black-Tie; 1984 – Cavalinho Azul; O Baiano Fantasma; 1986 – Sonho sem Fim; 1987 – Os Trapalhões no Auto da Compadecida; 1991 – Sua Excelência, o Candidato; 1992 – Morte! (CM); 1993 – Zuleika (CM); Papo de Bar (CM); 1994 – Sábado; 1995 – Perfume de Gardênia; 1996 – Correspondência (CM); 1997 – A Manchete (CM); 2002 – Morte (CM); 2004 – Veja & Ouça – Maria Baderna no Brasil (CM); Como Fazer um Filme de Amor; Velhos, Viúvos e Malvados (CM); 2005 – O Casamento de Romeu e Julieta; Cafundó; 2006 – Bom-Dia Eternidade; 2007 – O Homem que Desafiou o Diabo; 2009 – A Guerra de Arturo (CM); CONSUELO, BEATRIZ Nasceu em Porto Alegre, RS, em 23 de dezembro de 1931. Aos cinco anos de idade, inicia seu primeiro curso de dança, com a professora Tony Seitz Petzhold. Em 1947 ingressa como solista no Corpo de Baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, levada por Nina Verchinina. Em 1949 já é a sua primeira bailarina. Em 1956 passa a integrar o corpo de baile do Marquês de Cuevas, se tornando estrela em 1959. Em 1960, recebe a medalha Carlos Gomes e é detentora de três outras de ouro pela Associação dos Críticos Teatrais. É também a primeira bailarina do Grand Theatre de Genebra. Estreia no cinema em 1951 no filme Dentro da Vida. Depois participa de um dos primeiros filmes coloridos brasileiros, Destino em Apuros, realizado em 1953 pela Multifilmes. Não se tem notícia da continuidade de sua carreira no cinema. Filmografia: 1951 – Dentro da Vida; 1952 – As Sete Viúvas do Barba Azul (inacabado); 1953 – Destino em Apuros. CONTE, DIRCEU É irmão do ator Hélio Souto. Em 1960 participa do piloto da série Vigilante Rodoviário, intitulado O Diamante Gran Mogol. Em seguida, em 1965, inicia sua carreira na televisão na novela O Segredo de Ana Maria, seguindo-se de Ana Maria, meu Amor (1965), Calúnia (1966) e Irmãos Corsos (1966). Em 1967 Ary Fernandes convidá-o a participar de sua nova série, Águias de Fogo, e Dirceu brilha como Major Ricardo, nos 26 episódios da séries, feita em 35mm. Em 1972 parti cipa do filme O Diabo Tem Mil Chifres e em seguida de Eu Faço... Elas Sentem, quando encerra sua carreira artísti ca. Filmografia: 1969 – Águias em Patrulha (episódio da série Águias de Fogo); O Agente da Lei; Sentinelas do Espaço (episódios da série Águias de Fogo); 1972 – O Diabo Tem Mil Chifres; 1975 – Eu Faço... Elas Sentem. CONY, CARLOS HEITOR Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 14 de março de 1926. Aos onze anos quer ser padre e, em 1938, entra para o Seminário Arquidiocesano de São José. Aos dezenove anos, deixa o seminário e inicia sua carreira de jornalista, mas corre em suas veias a vocação para escrever. Seu primeiro romance, O Ventre, é lançado em 1958. Passa a escrever livros e colunas para o Correio da Manhã. Contratado pela Bloch Editores, parti cipa da revista Manchete e da fundação da TV Manchete. Em 1974 lança Pilatos, só voltando a escrever outro livro em 1995, Quase Memória. No cinema, sua primeira participação acontece em 1966 no filme As Cariocas. Do seu primeiro casamento com Maria Zélia, tem duas filhas, Regina Celi (1951) e Maria Verônica (1954). Do seu segundo casamento com Eleonora Ramos, tem um filho, Heitor (1973). Filmografia: 1966 – As Cariocas; 1968 – Vida Provisória; 2007 – Sambando nas Brasas, Morô?; Oscar Niemeyer – a Vida é um Sopro; A Paixão Segundo Callado (depoimento). CORDEIRO, EROM Nasceu em Maceió, AL, em 19 de maio de 1977. A parti r dos quinze anos de idade, estuda teatro em sua cidade, chegando a participar de algumas peças amadoras. Em 1995, terminado o segundo grau, resolve mudar-se para o Rio de Janeiro e forma-se em interpretação pela Escola de Artes Cênicas da UniRio. Participa de cursos com Gerald Thomas, Juliana Carneiro da Cunha, Angel Vianna, entre outros. Em 1997 faz oficina de atores da Globo, sendo sua estreia em 2001 na minissérie Presença de Anita (2001), depois América (2005), no difícil papel do homossexual Zeca. Pela TV Bandeirantes faz Paixões Proibidas (2007) e pelo SBT, Revelação (2008). Estreia no cinema em 1999 no curta O Livro, de Aleques Eiterer. Seu primeiro longa é Sexo com Amor?, em 2008. No teatro, entre outras, atua em Canção Brasileira, direção de Paulo Betti; As Três Irmãs, direção de Bia Lessa; Elis – Estrela do Brasil, direção de Diogo Vilela; Zoológico de Vidro, Antes do Fim, de Fernando Ceylão; Pocilga, de Pier Paolo Pasolini; Hedda Glaber, de Henrik Ibsen, direção de Michel Bercovich, etc Filmografia: 1999 – O Livro (CM); 2008 – Sexo com Amor?; Vingança; Universalove (Áustria/Luxemburgo/Sérvia). CORNELSEN, RODRIGO Rodrigo Cornelsen de Queiroz Telles nasceu em Curiti ba, PR, em 1º de maio de 1997. Ator mirim, inicia sua carreira fazendo parte de um grupo de danças que participa do programa Xuxa no Mundo da Imaginação, em 2003, com apenas seis anos de idade. Em seguida é chamado para fazer o comercial da Unimed e já chama a atenção por sua desenvoltura. Em 2008 estreia no cinema no curta Dois Minutos, das diretoras paranaenses Rodriane Lima e Natalia Tereza. Não demora para os diretores Marcos Jorge e Fernando Severo o convidarem para participar do filme Corpos Celestes, em 2007, mas lançado somente em 2009. Rodrigo recebe muitos elogios por sua atuação e a Menção Honrosa de Ator Revelação no Fest-Cine Goiás 2009. Faz outros comerciais e participa de vídeos educacionais para o IBEPEX e IESDE. Atualmente está rodando a nova produção de Fernando Severo, Minha Estação de Mar. Com talento, é uma grande promessa brasileira de nossas artes cênicas. Filmografia: 2008 – Dois Minutos (CM); 2009 – Corpos Celestes. CORONA, LAURO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 6 de julho de 1957. Inicia sua carreira na televisão no programa juvenil Ciranda Cirandinha (1977) e daí para a frente estrela inúmeras novelas, sendo sua estreia em 1978, como o Beto, de Dancin’ Days. Seu estilo de bom rapaz cativa o público, mas o talento e a força de interpretação são evidentes, como podemos observar em seus trabalhos seguintes, como o Polaco de Os Gigantes (1979), o Marcelo de Marina (1980) e Caê Maia de Baila Comigo (1981). Estreia no cinema em 1981 no filme O Sonho não Acabou, mas faz apenas dois filmes, sendo o último Bete Balanço (1984), ao lado de Débora Bloch. Segue firme sua carreira na televisão, ao parti cipar de Elas por Elas (1982) como Gil, Louco Amor (1983) como Felipe e Vereda Tropical (1984). Tenta também carreira de cantor de rock, mas é malsucedido. Nessa época descobre ser portador de HIV e inicia pesado tratamento para se livrar da doença. Participa então de Corpo a Corpo (1984) como Rafael Motta, a minissérie Memórias de um Gigolô (1986) como Mariano e Direito de Amar (1987) como Adriano de Monserrat, médico recém-formado, fi lho do Senhor de Monserrat, interpretado por Carlos Vereza. Sua última novela é Vida Nova (1989), como Manuel Victor, já apresentando fortes sintomas da terrível doença que o mataria em 20 de julho de 1989, no auge de uma promissora carreira, aos 32 anos de idade, no Rio de Janeiro. Muito querido pelo público, é sempre lembrado por suas marcantes interpretações. Filmografia: 1981 – O Sonho não Acabou; 1984 – Bete Balanço. CORRÊA, ARIETA Arietha Emília Salles Correa nasceu em Botucatu, SP, em 18 de março de 1977. Forma-se como atriz no CPT – Centro de Pesquisa Teatral de Antunes Filho, com quem trabalha durante seis anos, participando, entre outras, das peças Medeia e Prêt-à-porter 6. Arieta atua em mais de vinte peças, sendo uma das mais importantes O Avarento, sob a direção de Felipe Hirsch, último trabalho de Paulo Autran no teatro. Estreia na televisão em 1995 como Jeannie Rocker, na novela Explode Coração, depois O Rei do Gado (1996) e as minisséries Labirinto (1998) e A Casa das Sete Mulheres (2003). Estreia no cinema em 2005 no curta Senhorita Helena. Em 2008 fica em cartaz com a peça Não Sobre o Amor, ao lado de Leonardo Medeiros e em 2009 participa do seriado Tudo Novo de Novo, pela TV Globo. Foi casada com o ator Rodrigo Veronese, com quem tem um filho, Grael, nascido em 2009. Filmografia: 2005 – Senhorita Helena (CM); 2007 – Otávio e as Letras; 2009 – Um Homem Qualquer; 2010 – VIPs; Como Esquecer. CORRÊA, GUILHERME Guilherme Flores da Cunha Corrêa nasceu em Quaraí. RS, em 29 de outubro de 1930. É sobrinho do lendário General Flores da Cunha e torna-se o único membro da família a não seguir carreira política. Em 1948, já morando em Porto Alegre, faz sua estreia no teatro amador do Colégio Julio de Castilhos. Muda-se para São Paulo em 1953 para integrar a companhia Vera Nunes-Carlos Alberto, em sua estreia como profissional. Na TV Tupi, participa do Grande Teatro Tupi, nas peças Anjos sem Asas e Vesti do de Noiva. No Teatro Record, atua em Week End, ganhando o Prêmio Governador do Estado como ator revelação, depois Volpone, Maria Stuart, Os Filhos de Eduardo, Hamlet, Quando as Paredes Falam, O Comício, Chá e Simpatia, A Raposa e as Uvas, Marido, Matriz e Filial, Feira do Adultério, Camas Redondas e Casais Quadrados, O Analista de Bagé, O Que o Mordomo Viu, Estrela Dalva, A Nonna, O Padre Assaltante, Trair e Coçar é só Começar e Violetas na Janela, peça espírita de autoria de sua esposa Ana Rosa, em que participa como diretor e ator por sete anos consecutivos. Estreia no cinema em 1958 no filme O Pão que o Diabo Amassou, direção da italiana Maria Basaglia. A parti r dos anos 1970 atua sem parar também na televisão, em quase todas as emissoras, em novelas como A Viagem (1975), Cavalo Amarelo (1980), Dona Beija (1986), O Rei do Gado (1996) e Kubanacan (2003). Participa de várias pornochanchadas como Divórcio à Brasileira (1973), Noite em Chamas (1977) e Um Casal de Três (1982). Foi casado, de 1975 a 2006, com a atriz Ana Rosa, com quem teve duas filhas, Ana Luisa (1976) e Ana Beatriz (1981). Morre em 2 de fevereiro de 2006, aos 75 anos de idade, no Rio de Janeiro, de ataque cardíaco. Filmografia: 1958 – O Pão que o Diabo Amassou; 1973 – Divórcio à Brasileira; 1975 – Quando elas Querem... e eles Não; 1976 – Pura como um Anjo, Será Virgem?; Guerra é Guerra (episódio: Ver para Crer); 1977 – Noite em Chamas; 1978 – O Bem-Dotado – O Homem de Itu; 1979 – As Viúvas Precisam de Consolo; 1980 – Os Rapazes de Difícil Vida Fácil; Ato de Violência; 1982 – As Aventuras de Mário Fofoca; Um Casal de Três. CORRÊA, JOSÉ CELSO MARTINEZ Nasceu em Araraquara, SP, em 30 de março de 1937. Muda-se para São Paulo em 1956, faz teatro amador na USP e funda o Teatro Oficina em 1961. Torna-se importante diretor teatral. No cinema, dirige o documentários O Parto (1975), Vinte e Cinco, em 1978, e O Rei da Vela, em 1971/1982. Parti cipa, como ator, de alguns fi lmes como América do Sexo (1969) e A$$untina das Amérikas (1975). Seu nome é muito respeitado nos meios teatrais brasileiros, seja dirigindo, adaptando, ou colaborando, com nomes que vão de Augusto Boal, Henriette Morineau, Raul Cortez, Bete Coelho e Flávio Império à Chico Buarque, William Shakespeare, Nelson Rodrigues, Max Frisch, Bertolt Brecht e Máximo Gorki. Zé Celso construiu um dos mais originais percursos dos palcos brasileiros. Filmografia (ator): 1969 – América do Sexo; 1972 – Gracias Señor (CM); 1974 Um Homem Célebre; 1975 – A$$untina das Amérikas; 1976 – Um Homem Célebre; 1980 – Fênix (depoimento); 1982 – A Caminho das Índias (depoimento); 2003 – Glauber o Filme, Labirinto do Brasil (depoimento); 2004 – Árido Movie; 2006 – A Mochila do Mascate; 2008 – Encarnação do Demônio; Palavra (en) Cantada; Jards Macalé – Um Morcego na Porta Principal (depoimento); 2009 Meu Amigo Cláudia. Filmografia (diretor): 1971/1982 – O Rei da Vela; 1975 – O Parto (codirigido por Celso Luccas); 1978 – 25 (codirigido por Celso Luccas). CORRÊA, TANAH Athanazildo Corrêa Neto nasceu em Bauru, SP, em 1º de setembro de 1940. Adolescente, muda-se para a cidade de Santos, onde estuda na Fundação Lusíadas, hoje Unilus, cursando Licenciatura Plena em Educação Artística – Artes Cênicas. Sua primeira peça ainda no teatro amador é Um Lobo na Cartola, em 1969. A partir de 1978, já como produtor e diretor, trabalha sem parar em peças como Ato sem Palavras (1978), Barrela (1979), O Dia da Criação (1982), Antígona, José Bonifácio – O Patriarca da Independência (2003), etc. No cinema, produz, dirige e atua em dois curtas no início dos anos 1970: Sinopse (1973) e Luz da Montanha (1974). Como ator, estreia em 1999 no longa Um Copo de Cólera e O Invasor (2002), entre outros. Na televisão, dirige, em 1979 A Maravilhosa Estória do Sapo Tarô-Bequê, pela TV Educati va do Rio de Janeiro, depois como ator em Os Trapalhões (1981), O Rei do Gado (1996) e Anjo Mau (1997), sempre pela TV Globo. Além disso, ministra palestras e cursos por todo o Brasil e exterior sobre o teatro brasileiro. Também teve participação importante na vida política de Santos, sendo Assessor e Secretário de várias gestões e prefeito da cidade em 1984. É o fundador do Teatro Plínio Marcos e do Cine-Arte Lilian Lemmertz, ambos em São Paulo em 2000. Em 2005 recebe o título de cidadão santista. Casado com Rita Borges, é pai do ator/produtor Alexandre Borges. Filmografia (ator): 1973 – Sinopse (CM); 1974 – Luz da Montanha (CM); 1999 – Um Copo de Cólera; 2002 – O Telepata (CM); 2002 – O Invasor; 2003 – Os Viajantes (CM) (animação-voz); 2007 – Segurança Nacional. Filmografia (diretor): 1973 – Sinopse (CM); 1974 – Luz da Montanha (CM). CORREIA, APOLO Manoel Tibúrcio de Araújo nasceu em 1901. Começa sua carreira artística cantando boleros e imitando Vicente Celestino. Em 1936 vai para a Rádio Nacional, permanecendo até 1971. Lá participa de programas humorísti cos e fica famoso com o personagem Trancado, que é amigo de Tancredo, interpretado por Brandão Filho. Estreia no cinema em 1933 no filme A Voz do Carnaval. Atua em muitos filmes, com destaque para No Trampolim da Vida (1946) e Rico Ri à Toa (1957). Depois de 15 anos, em 1972, retoma a carreira agora na televisão, ao participar de inúmeras novelas como O Bem-Amado (1973), Supermanoela (1974), Saramandaia (1976), Sitio do Pica-Pau Amarelo (1977), Espelho Mágico (1977), A Sucessora (1978) e Jogo da Vida (1981). Morre em 13 de outubro de 1987, aos 86 anos de idade, de enfarte no Rio de Janeiro. Filmografia: 1933 – A Voz do Carnaval (como ele mesmo); 1935 – Bonequinha de Seda; Alô, Alô, Brasil; 1936 – Caçando Feras; 1938 – Está Tudo Aí!; Futebol em Família; 1946 – No Trampolim da Vida; Caídos do Céu; 1947 – O Malandro e a Granfina; 1951 – Coração Materno; 1953 – Balança mas não Cai; 1957 – A Baronesa Transviada; Rico Ri à Toa. CORREIA, MURILO DE AMORIM Nasceu em Campinas, SP, em 19 de dezembro de 1926. Começa sua carreira como locutor e depois humorista na rádio América, em 1947. Com a chegada da televisão, vai para a Tupi, depois Record, na qual se imortaliza com os personagens Vitório e Jacinto, o Donzelo, na Praça da Alegria. Fica famoso também por suas imitações a Adhemar de Barros e Jânio Quadros. Estreia no cinema em 1957 no filme Absolutamente Certo, de Anselmo Duarte, mas faz pouco cinema, dedicando-se mais a humorísti cos na TV. Participa das novelas Mãe (1964), Uma Sombra em minha Vida (1964), Pecado de Mulher (1965), A Indomável (1965), Alma de Pedra (1966) e As Professorinhas (1968). Atua também na TV Bandeirantes e SBT, sua última emissora, onde parti cipa dos programas A Praça é Nossa e Topa Tudo por Dinheiro. Morre em 14 de fevereiro de 1997, de ataque cardíaco, aos 70 anos de idade, em São Paulo. Filmografia: 1957 – Absolutamente Certo; 1976 – Sabendo Usar não Vai Faltar. CORREIA, RUBENS Rubens Alves Correa nasceu em Aquidauana, MS, em 23 de janeiro de 1931. Inicia sua carreira no teatro, em 1956, como amador. Em 1959, funda, com Ivan de Albuquerque, a Cia. Teatro do Rio e monta a peça A Onça e o Bode. Em 1963 é premiado como o melhor ator do ano, por sua participação na peça A Escada, de Jorge Andrade. Ator basicamente teatral, destaca-se nas peças O Assalto, de José Vicente, A China é Azul, de José Wilker, e Seria Cômico se não Fosse Trágico, a última que encena. Estreia no cinema em 1959, no filme Encontrado na Noite, seguindo-se de As Duas Faces da Moeda (1969), Bonitinha mas Ordinária (1980) e Lua de Cristal (1990). Na televisão, estreia em 1967 na novela Os Miseráveis, pela recém-inaugurada TV Bandeirantes. Nesse veículo faz poucos mas importantes papéis, como em Partido Alto (1984), como Amoedo; Pantanal (1990), como Ibrahim; Guerra sem Fim (1993) como China, sendo seu últi mo trabalho na minissérie Decadência, em 1996, pela TV Globo, como Albano Tavares Branco. Ator com grande força de interpretação, morre em 22 de janeiro de 1996, aos 64 anos de idade, vítima de anemia profunda, em decorrência de ter contraído o vírus da AIDS, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1959 – Encontrado na Noite; 1968 – João Tem Medo (inacabado); 1969 – As Duas Faces da Moeda; 1972 – Na Boca da Noite; 1980 – Perdoa-me por me Traíres; 1981 – Álbum de Família (Uma História Devassa); História Devassa; Bonitinha, mas Ordinária; 1982 – Floresta da Tijuca (CM); 1987 – Tanga, Deu no New-York Times; 1988 – Caramujo-Flor (CM); 1990 – Lua de Cristal; 1995 – Aníbal Machado – O Iniciado do Vento. CORREIA, TONY Antonio Fernandes Alves Correia nasceu em Canas do Senhorim, Beira Alta, Portugal, em 1953. De passagem pelo Brasil, acaba integrando a novela O Casarão, em 1976, como Jacinto Souza. Com o sucesso do personagem, ganha papel de destaque em Locomotivas (1986), como Machadinho, que o torna conhecido em todo o Brasil. Estreia no cinema em 1979 no filme O Guarani. Em 1982 produz e interpreta o papel principal no filme Os Campeões, que tem como tema o automobilismo. Após o sucesso, em 1983, casa-se com a carioca Renata e volta para Portugal para trabalhar na RTP. Depois resolve morar em Paris e Toulouse, no sul da França, por 15 anos, exercendo cargos de chefia nas multinacionais Havas e France Telecom. Retorna em 2001 para participar da novela Roda da Vida, como Telmo, pela TV Record. Retoma sua carreira, ao atuar na novela Sabor da Paixão (2003), na minissérie Um só Coração (2004), como Miguel; e na novela Belíssima (2006), como Nuno, as duas últimas pela TV Globo. Do seu casamento com Renata, tem dois filhos, Philippe (1988) e Charles-Antoine (1990). Em 2007 também retorna ao cinema para participar do filme Dot.Com e ao teatro com a peça Com a Pulga Atrás da Orelha, de Georges Feydeau, com direção de Gracindo Jr. Filmografia: 1979 – O Guarani; Iracema, a Virgem dos Lábios de Mel; 1982 – Os Campeões; 2007 – Dot.Com (Brasil/Portugal). CORSI, BENEDITO Inicia sua carreira no teatro, em 1950, nas peças Os Pássaros e Quadrilha. Em 1951 estreia no cinema no filme Suzana e o Presidente, mas seu melhor momento acontece em 1954, em Candinho, como Pirulito, o amigo de Candinho, interpretado por Mazzaropi, filme produzido pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Embora ainda faça outros filmes, é ao teatro que se dedica, engajando-se na Companhia Tonia-Celi-Autran, em 1956, primeiro como ator e depois diretor, sendo o braço direito de Adolfo Celi. A primeira peça que dirige é Auto da Infância de Jesus ou Natal na Praça, de Henri Ghéon, em 1957. Ao longo dos anos seguintes, Benedito atua em dezenas de peças, com destaque para O Mentiroso (1952), Otelo (1956), A Dama das Camélias (1959), Toda Donzela Tem um Pai que é uma Fera (1964), Inspetor Geral (1967) e O Homem de La Mancha (1972). Dirige Panorama Visto da Ponte (1958), A Megera Domada (1968), etc. Na televisão, atua em uma única novela, Divinas & Maravilhosas (1973), pela TV Tupi, e no teleteatro A Escada (1975), pela TV Cultura. Morre em São Paulo, no inicio da década de 1990. Filmografia: 1951 – Suzana e o Presidente; 1953 – Esquina da Ilusão; Uma Pulga na Balança; 1954 – Destino em Apuros; Candinho; 1967 – Cara a Cara; 1975 – Nós, os Canalhas; 1977 – Emanuelle Tropical; 1979 – Mulheres do Cais; 1981 – Pixote: A lei do mais Fraco; 1982 – Noites Paraguaias; 1984 – O Baiano Fantasma. CORTAZ, MILHEM Nasceu em São Paulo, SP, em 6 de dezembro de 1972. Inicia sua carreira artística aos onze anos de idade, na peça O Santo Milagroso, de Lauro César Muniz. Com quinze anos muda-se para a Itália e participa do teatro de rua promovido pelo Piccolo Teatro de Milão. Quando volta, trabalha com Antunes Filho, Ulysses Cruz e Gianni Ratto. Atua nas peças Trono de Sangue, O Melhor do Homem, etc. Estreia no cinema em 1999 no filme Por Trás do Pano, mas em 2003 começa a ser reconhecido como grande ator ao interpretar o assassino Peixeira, em Carandiru, de Hector Babenco. Passa então a dedicar-se muito ao cinema, chegando a fazer cinco filmes em um ano apenas. Destaca-se em Meu Mundo em Perigo, pelo qual recebe o Candango de melhor ator no Festival de Brasília, Encarnação do Demônio (2008), Lula, o Filho do Brasil (2010), entre tantos outros. Na televisão, também tem participação interessante, em novelas da TV Globo, como Desejos de Mulher (2002), como Xavier; e depois pela TV Record em Cidadão Brasileiro (2006), como Américo Pereira; Vidas Opostas (2007), como Sextavado; Bicho do Mato (2007), como Paulo; e Chamas da Vida (2008), como Cazé. No teatro, também atua nas peças A Maldição do Vale Negro, Num Dia Comum, A Boa, Jardim das Cerejeiras, História de Pescador, Um Bonde Chamado Desejo e Homem sem Rumo, do norueguês Arne Lygre. É um grande ator da nova geração, com brilho em todas as modalidades da arte de interpretar. Filmografia: 1999 – Por Trás do Pano; Através da Janela; Domésti cas, o Filme; 2003 – Rotina (CM); Garotas do ABC; Carandiru; Garrincha – Estrela Solitária; 2004 – Nina; Cabra-Cega; Balaio (CM); A Delicadeza do Amor (CM); Voo Cego Rumo Sul; 2005 – De Glauber para Jirges (CM); 2005 – Cafundó; A Concepção; 2006 – Doze Horas até o Amanhecer (Journey To The End Of The Night) (Bra-sil/Alemanha/EUA); Mulheres do Brasil; O Cheiro do Ralo; Querô; 2007 – Meu Mundo em Perigo; Não por Acaso; Tropa de Elite; Nome Próprio; O Magnata; 2008 – Road Movie; Plasti c City (Dangkou) (Brasil/China/Japão); Nossa Vida não Cabe num Opala; Encarnação do Demônio; Se Nada mais Der Certo; 2009 – Predileção (CM); Lula, o Filho do Brasil; 2010 – Augustas; Tropa de Elite 2. CORTE-REAL, DITA Nasceu em Petrópolis, RJ, em 1950. Estreia no cinema em 1969 no filme Meu Nome é Lampião e depois O Filho do Chefão (1975), Dona Flor e seus Dois Maridos (1976), etc. A partir da década de 1980, abandona a carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1969 – Meu Nome é Lampião;1970 – A Possuída dos Mil Demônios; Vida e Glória de um Canalha; 1971 – As Quatro Chaves Mágicas; Um Homem sem Importância; 1975 – O Filho do Chefão; Quando as Mulheres Querem Pro-vas; 1976 – Dona Flor e seus Dois Maridos. CORTES, ARACY Zilda de Carvalho Espindola nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 31 de março de 1904. Trabalha como aprendiz de cabeleireira e comerciária, ingressando depois no Circo Democrata, no qual é descoberta dançando maxixe e fazendo acrobacias. Estreia em 1930 no Teatro Recreio na revista Nós pelas Costas, de J.Praxedes, em 1921. Além de popular cantora, é estrela do teatro de revista nas décadas de 1930 e 1940. Em 1929 estreia no cinema, no curta Iaiá. Sempre se orgulha de ter lançado Paulinho da Viola e Clementina de Jesus. Morre esquecida, no retiro dos arti stas, no Rio de Janeiro, em 8 de Janeiro de 1985, aos 80 anos de idade, vítima de parada cardíaca. Filmografia: 1929 – Iaiá (CM); Jura (CM); 1933 – A Voz do Carnaval. CORTES, YARA Odete Cipriano Cerpa nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22 de setembro de 1921. Com nove anos de idade, ao perder a mãe, vai para o colégio interno Santa Tereza de Jesus, ficando até os dezenove anos. Lá começa a interpretar, em teatrinhos e festinhas. Antes de ingressar definitivamente na carreira de atriz, Yara chegou a se alistar como enfermeira de guerra e foi enviada em 1944 para uma base militar no Rio Grande do Norte. Depois trabalhou como aeromoça e telefonista internacional. Incentivada por uma amiga, inscreve-se num concurso promovido pelo jornal A Noite. Vence, e, já com o nome artísti co, inicia sua carreira de atriz, na peça Mulheres, em 1948, na companhia Dulcina-Odilon. Em 1951 começa a atuar nos teleteatros da TV Tupi. Sua primeira novela acontece em 1969, Acorrentadas. Estreia no cinema em 1959 no filme O Palhaço o que é? Faz pouco cinema, dedicando-se mais ao teatro e televisão. É contratada pela TV Globo em 1º de agosto de 1975. Sua consagração acontece em 1977 com Dona Xepa, novela da TV Globo, um sucesso nacional. Parti cipa de inúmeras outras como Minha Doce Namorada (1972), O Semideus (1973), O Rebu (1974), O Grito (1975), O Casarão (1976), Pecado Rasgado (1978). Sua última novela foi História de Amor, de Manoel Carlos, em 1995. Ali ela interpretava Olga Moretti Miranda. Ainda em 1999 participaria do episódio Juízo Final, do programa Você Decide. Morre em 17 de outubro de 2002, aos 81 anos, no Rio de Janeiro, de insufi ciência respiratória aguda. Filmografia: 1959 – O Palhaço o que é?; 1971 – Viver de Morrer; 1972 – Jerônimo, o Herói do Sertão; 1973 – Obsessão; 1974 – Rainha Diaba. CORTEZ, LÍGIA Nasceu em São Paulo, SP, em 31 de agosto de 1960. Filha dos atores Raul Cortez (1932-2006) e Célia Helena (1936-1997), aos seis anos de idade quase morre, ao contrair uma pericardite, doença rara do coração. Inicia cedo sua carreira no teatro, fazendo aulas na escola da mãe. Em 1988 estreia no cinema no curta-metragem História Familiar. Faz carreira regular, em filmes importantes como Um Céu de Estrelas (1996) e O Príncipe (2002). Ao contrario dos pais, faz pouca televisão, sendo sua estreia em 1990, em A História de Ana Raio e Zé Trovão, pela exti nta TV Manchete. Depois fez Esperança (2002), Metamorphoses (2004) e mais recentemente Páginas da Vida, como a professora de teatro Cecília, função que conhece tão bem, pois dirige em São Paulo duas escolas de arte Casa do Teatro e Teatro Escola Célia Helena, este último fundado por sua mãe, em 1977. Em 2007 parti cipa da novela Sete Pecados e em 2009 da série Som e Fùria. Está casada desde 1985 com o diretor teatral e arti sta plástico Ulisses Cohn, com quem tem duas filhas, Vitória (1986) e Clara (1999). Filmografia: 1988 – História Familiar (CM); 1991 – Wholes (CM); Viver a Vida (CM); 1992 – Oswaldianas (episódio: A Princesa Radar); 1994 – O Efeito Ilha; A Causa Secreta; 1996 – Um Céu de Estrelas; 1998 – Os Três Zuretas (Reunião de Demônios); 2000 – Cronicamente Inviável; 2002 – O Príncipe; 2003 – Vida de Menina. CORTEZ, RAUL Raul Christi ano Machado Pinheiro de Amorim Cortez nasceu em São Paulo, SP, em 28 de agosto de 1932. De família tradicional, estuda no rígido Colégio São Bento. O pai Rui Cortez, era advogado e dono de cartório. Raul deveria seguir os passos do pai e do avô, mas, já na escola, demonstra talento para as artes vencendo um concurso de contos. Quer ser advogado, mas a veia artística fala mais alto e inicia carreira no Teatro Oficina. Em 1956 é aprovado para o TBC (Teatro Brasileiro de Comédia) e estreia profissionalmente na peça Eurídice, dirigido por Gianni Ratto. Durante uma viagem a trabalho para Portugal, com a companhia de teatro de Cacilda Becker, conhece a atriz Célia Helena, que seria sua parceira nos palcos e na vida nos anos seguintes. Entre outras peças faz Rasga Coração (1980), A Hora e a Vez de Augusto Matraga (1986) e Lobo de Raiban (1988). Nos anos 1960 dedicase somente ao teatro e cinema, mas faz sua estreia na televisão em 1967 na novela Os Miseráveis. Retorna somente em 1972 para brilhar em Vitoria Bonelli, pela TV Tupi. Seguem-se A Volta de Beto Rockfeller (1972), Xeque Mate (1976) e Tchan!, a Grande Sacada. Em 1980 é contratado pela TV Globo para atuar em Água Viva e inicia carreira de sucesso na emissora, com papéis de destaque em Parti do Alto (1984) e Rainha da Sucata (1990), mas seu ponto alto acontece em O Rei do Gado (1996), como Jeremias Berdinazzi. Estreia no cinema em 1957 no filme O Pão que o Diabo Amassou, e em 1968 ganha o prêmio de melhor ator coadjuvante no Festival de Brasília por sua atuação no filme Capitu. Foi casado com a atriz Célia Helena (1936-1997), com quem tem uma filha, Lígia Cortez (1961), que também é atriz. Lygia lhe deu duas netas, Vitória (1987) e Clara (1999). Da união já desfeita com a promoter Tânia Caldas, nasceu Maria (1980). Em 1998 retorna ao cinema, no filme Lavoura Arcaica, dirigido por Luiz Fernando Carvalho, competente diretor de televisão. Em 2000, atua em Rei Lear, de William Shakespeare, e em 2004 participa da peça À Meia-Noite um Solo de Sax na Minha Cabeça, seu último trabalho no teatro. Em 2004, participa da novela Senhora do Destino, ao lado de Glória Menezes, como o Barão de Bonsucesso, quando descobre um câncer no intestino, que surpreende amigos, familiares e público em geral. Afasta-se para tratar-se e chega a retornar para uma ponta na minissérie JK, em janeiro de 2006, como Antonio Carlos Andrada, mas um dos grandes atores brasileiros morre em São Paulo, em 18 de julho de 2006, aos 74 anos de idade. Em 2007 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia: Raul Cortez – Sem Medo de se Expor, de autoria de Nydia Licia. Filmografia: 1957 – O Pão que o Diabo Amassou; 1965 – Vereda da Salvação; 1966 – O Anjo Assassino; Lima Barreto – Trajetória (CM) (narração); 1967 – O Caso dos Irmãos Naves; 1968 – Cristo de Lama (A História de Aleijadinho); Capitu; Brasil Ano 2000; Desesperado (Dezesperato); O Homem que Comprou o Mundo; 1969 – Tempo de Violência; 1970 – A Arte de Amar Bem (episódio: A Inconveniência de Ser Esposa); Beto Rockfeller; 1972 – A Infi delidade ao Alcance de Todos (episódio: A Tuba); Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora; Janaína, a Virgem Proibida; 1976 – O Seminarista; 1978 – Pecado sem Nome; 1979 – Os Trombadinhas; 1980 – À Procura do Público (CM); 1982 – Amor de Perversão; Eh Pagu, Eh! (voz) (CM); 1983 – Aguenta, Coração; 1984 – Tensão no Rio; 1986 – Vera; 1987 – Os Trapalhões no Auto da Compadecida; 1989 – Jardim de Alah; Paraty: Mistérios (CM) (narração); 1991 – A Grande Arte; 1993 – Estado de Espírito (CM); 1995 – Cinema de Lágrimas da América Latina; 1998 – Lavoura Arcaica; 2000 – Imminente Luna (CM); 2004 – O Outro Lado da Rua; 2007 – Person (depoimento); Garoto Cósmico (dublagem do personagem Giramundos). CORVELONI, SANDRA Nasceu em Flórida Paulista, SP, em 1965. É formada no curso de teatro avançado do TUCA – Teatro da Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP. Fala dois idiomas, português e italiano. No ano seguinte entra para o grupo TAPA, sendo seus principais trabalhos As Viúvas, de Arthur Azevedo, Contos de Sedução, de Guy de Mapassant, e Órfãos de Jânio, de Millôr Fernandes. Estreia no cinema no curta Amor!, de 1994. Seu primeiro longa é Linha de Passe, em 2008, de Walter Salles Jr., em que interpreta Cleuza, mãe de família de um bairro popular de São Paulo, às voltas com problemas financeiros, mas estando sempre disponível para os filhos. Sua atuação lhe rende a Palma de Ouro de Melhor Atriz em Cannes, na França. No grupo TAPA, atua, ensina e faz assistência de direção. Em 2008 atua na peça Amargo Siciliano, inspirado em contos de Luigi Pirandello, que codirige com Eduardo Tolenti no de Araújo. Seu primeiro trabalho pós-prêmio é atuar na coprodução Brasil-França O Retorno ao Deserto (Lê Retour au Desert), com direção de Catherine Parnas. A peça foi apresentada em varias cidades da França. Está casada desde 1998 com Maurizio de Simone, com quem tem um filho, Orlando de Simone. Filmografia: 1994 – Amor! (CM); 1996 – Flores Ímpares (CM); 2001 – Disfarce Explosivo (voz); 2008 – Linha de Passe. COSLOV, ARY Ary Coslovsky nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de setembro de 1942. Estreia no teatro profissional, como ator, em 1963. Paralelamente, edita ilustrações na Enciclopédia Britânica, até 1969. Estreia no cinema em 1966 no filme O Mundo Alegre de Helô. Como ator, na televisão, participa de várias novelas, minisséries e especiais como Escrava Isaura (1976), O Síti o do Pica-Pau Amarelo (1977), Sinhazinha Flô (1977), Maria, Maria (1978), A Sucessora (1978), Vestido de Noiva (1979), Marquesa de Santos (1984), Dona Beija (1986), O Dono do Mundo (1991) e Você Decide (1992/1997). Depois troca de lado e passa à direção, primeiro na TV Manchete, sendo atualmente importante diretor do núcleo de teledramaturgia da TV Globo. Entre outras, dirigiu Amizade Colorida (1981), sua estreia, Paraíso (1982), Corpo Santo (1987), Irmãos Coragem (1995), Por Amor (1997), Mulheres Apaixonadas (2003) e Pé na Jaca (2007). Filmografia: 1966 – O Mundo Alegre de Helô; 1970 – Anjos e Demônios; 2002 – Lost Zweig. COSTA FILHO, ARTHUR Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1927. Começa sua carreira como radioator na Rádio Nacional nos anos 1940. No cinema, estreia em 1949, no filme Vendaval Maravilhoso. A partir da década de 1970, destaca-se na televisão, ao participar de inúmeras novelas como Irmãos Coragem (sua estreia) (1970), À Sombra dos Laranjais (1977), Sinal de Alerta (1978), Ciranda de Pedra (1981), Paraíso (1982) e Hipertensão (1986). Participa também com muito brilho na série Sítio do Pica-Pau Amarelo e da minissérie Anos Dourados (1986). No cinema, atua ainda em outros fi lmes, com destaque para O Enterro da Cafetina (1971) e Dona Flor e seus Dois Maridos (1976). Na década de 1990 parti cipa da Escolinha do Professor Raimundo, ao lado de Chico Anysio, e trabalha com bastante assiduidade como dublador. Em 1999 faz sua últi ma parti cipação na televisão, na minissérie Chiquinha Gonzaga. Morre em 31 de janeiro de 2003, aos 76 anos de idade, em decorrência de um infarto do miocárdio, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1949 – Vendaval Maravilhoso; 1959 – Ai Vêm os Cadetes; 1971 – O Enterro da Cafetina; 1972 – O Grande Gozador; 1975 – A Filha da Madame Betina; 1976 – Dona Flor e seus Dois Maridos. COSTA, CARMEN Carmelita Madriaga nasceu em Trajano de Morais, RJ, em 5 de janeiro de 1920. Muito jovem muda-se para a capital, trabalhando como arrumadeira, lavadeira, cozinheira e costureira. Gosta muito de cantar. Foi descoberta aos 15 anos, por seu patrão, o cantor Francisco Alves, que, numa festa, a fez cantar para os convidados, inclusive Carmen Miranda. Começa então sua carreira artísti ca como crooner de orquestra na boate Elite, quando conhece o sambista Henrique Felipe da costa, o Henricão, seu futuro marido, que passa a compor para ela. Em 1942, estoura em todo o Brasil com Está Chegando a Hora, versão da canção mexicana Cielito Lindo. No programa de calouros de Ary Barroso, vence por sete anos, apresentando-se também com Henricão. No mesmo ano (1942) faz sua estreia no cinema no inacabado Its All True, que Orson Welles produz no Brasil. Em 1945, casa-se como o norte-americano Hans Van Koehler e passa uma temporada em Los Angeles. Em Nova York, esteve no concerto histórico no Carnegie Hall, que marcou a bossa nova nos Estados Unidos em 1962. Ela chegou a morar no país, mas volta ao Brasil depois. No Rio, nos anos 1950, conhece o compositor Mirabeau Pinheiro, com quem vive um romance por cinco anos e pai de sua única filha, Silésia. A parceria rende também sucessos como a marcha Cachaça não é Água, o samba Obsessão. Outro sucesso seu, do compositor Ricardo Galeno, é o samba canção A Outra, que retratava uma situação que ela nunca escondeu. Fui a outra por cinco anos. A partir dos anos 1960 sua carreira entra em decadência, mas ela nunca parou de trabalhar. Em 1993 faz participação especial na minissérie Agosto pela TV Globo. Em 1997 lança CD com regravações de antigos sucessos e participa de shows com o cantor Elymar Santos, numa homenagem deste à grande artista. Em 1998, com Dona Ivone Lara, Leci Brandão, Áurea Martins e Jovelina Pérola Negra (também já falecida) faz o show Damas Negras do Samba, no Teatro João Caetano, no Rio, com enorme sucesso. O espetáculo teve várias récitas no Rio nos anos seguintes. Em 2003 foi tombada como patrimônio cultural brasileiro. Para a ocasião, compôs a música Tombamento, que cantou para o ministro da Cultura, Gilberto Gil. Em 1º de abril de 2007 faz seu último show, ao lado de Alaíde Costa e Tito Madi, no Sesc Pompeia, no projeto Senhor Artista. Morre em 25 de abril de 2007, aos 87 anos de idade, de insufi ciência renal e cardíaca, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1942 – Its All True (inacabado); 1948 – Pra Lá de Boa; 1955 – Car-naval em Marte; 1956 – Depois eu Conto; 1958 – Vou Te Contá; 2006 – Nzinga (participação especial como ela mesma). COSTA, CELENEH Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22 de janeiro de 1940. Aos doze anos muda-se para uma fazenda na Barra do Piraí, onde passa a praticar equitação e jardinagem. De volta ao Rio de Janeiro, além dos cursos regulares, estuda também piano, pintura e balé, sob os olhos cuidadosos dos pais. Em 1955 inscreve-se no concurso Miss Cinelândia, chegando a finalista. Recebe convite para trabalhar no cinema e faz sua estreia em 1956 no filme Colégio de Brotos, pela Atlânti da. Participa de outros, alguns ao lado de Mazzaropi, como O Noivo da Girafa (1957) e Chico Fumaça (1958). Como cantora, lança seu primeiro disco em 1959, tendo participado esporadicamente também de programas de televisão. Uma das mulheres mais belas do Cinema Brasileiro nos anos 1950, abandona a carreira artística, a conselho da família, para se dedicar à faculdade de medicina. Filmografia: 1956 – Colégio de Brotos; 1957 – Metido a Bacana; O Noivo da Girafa; 1958 – Chico Fumaça; E o Espetáculo Continua; Sherlock de Araque; Tumulto de Paixões (Fluch des Amazonas) (Alemanha/Brasil); 1962 – The Witch Beneath the Sea (EUA/Brasil). COSTA, ETHEL Nasceu em Ituiutaba, MG. Começa como bailarina na televisão, sendo logo notada pelos produtores cinematográficos. Sua estreia no cinema acontece em 1975 no filme O Supermanso. Trabalha também, paralelamente, como manequim, modelo fotográfi co e em algumas peças de teatro. Faz apenas três fi lmes, encerrando sua carreira. Filmografia: 1975 – O Supermanso; A Filha do Padre; 1976 – O Sexualista. COSTA, GAL Maria da Graça Costa Penna Burgos, nasceu em Salvador, BA, em 26 de setembro de 1945. Adolescente, trabalha como vendedora em uma loja de discos e sonha ser cantora. Nessa época conhece um estudante de filosofia chamado Caetano Veloso que vê nela um grande potencial. Em 1965 grava, como Maria da Graça, a canção Sol Negro, de Caetano, ao lado de Maria Bethânia. O primeiro LP vem em 1967, com Caetano, chamado Domingo, pela Polygram. Sua voz macia e afinada a transforma numa das maiores cantoras brasileiras. Estreia no cinema em 1967 no filme As Proezas de Satanás, na Vila do Leva-e-Traz. Entre outros, participa também de O Mandarim (1995). Faz participação especial nas novelas Dancin’ Days (1978) e Celebridade (2004). Ao longo de mais de trinta anos, grava quase trinta discos, sendo reconhecida internacionalmente. Filmografia: 1967 – Proezas de Satanás, na Vila do Leva-e-Traz; 1969 – Brasil Ano 2000; 1971 – A Nova Estrela (depoimento) (CM); Nosferatu do Brasil (CM); Bahia por Exemplo; 1972 – Final de Juízo (inacabado); 1976 – Os Doces Bárbaros; 1977 – Polichinelo; 1995 – O Mandarim; 1996 – Bahia de Todos os Sambas; Glauber o Filme – Labirinto do Brasil (depoimento); 2005 – A Marca do Terrir; 2009 – O Homem que Engarrafava Nuvens (depoimento). COSTA, HAROLDO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de maio de 1930. Criança ainda, vai para Maceió, AL, onde é criado e trabalha como balconista de livraria. No final dos anos 1940, retorna ao Rio de Janeiro e integra o Teatro Experimental do Negro, onde participa da peça O Filho Pródigo, de Lúcio Cardoso. Em 1949 funda o Grupo dos Novos e, em 1951, surge a Brasiliana, grupo folclórico que durante quatro anos, ou seja, até 1955, mostra à Europa o que são os ritmos populares autênticos do Brasil. Lá participa de eventos importantes na TV parisiense, de um filme na Itália e de um espetáculo beneficente em Londres, entre outros. Em 1958 estreia no cinema como diretor de Pista de Grama e como ator, em 1964, no filme Pluft, o Fantasminha. Depois parti cipa de outros como Cléo e Daniel (1970) e Tanga, Deu no New York Times (1987). Haroldo já lançou sete livros: Fala, Crioulo, Depoimentos, Cem Anos de Carnaval no Rio de Janeiro, Salgueiro: Cinquenta Anos de Glória, Salgueiro, Academia do Samba, As Escolas de Lan e Ernesto Nazareth: Pianeiro do Brasil. Durante quase toda a década de 1980 comenta os desfiles de Escola de Samba do Rio de Janeiro pela TV Manchete, atividade que exerce até hoje, esporadicamente, e apresenta os programas Na Passarela do Samba, Botequim do Samba, Feras do Carnaval, Esquentando os Tamborins, Jornal do Carnaval e Debates de Carnaval. Na televisão, estreia como ator em 1989, na novela Kananga do Japão, depois Pantanal (1990), A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990), A Idade da Loba (1995) e Chiquinha Gonzaga (1999). Em 2004 participa de um episódio de A Diarista. Haroldo viaja pelo mundo, fazendo conferências e divulgando a história do samba e do carnaval. Está casado com Maria Luíza Marinho Costa. Filmografia (ator): 1964 – Pluft, o Fantasminha; 1969 – Rifa-se uma Mulher; 1970 – Cléo e Daniel; 1987 – Tanga, Deu no New York Times; 2003 – Meu Pai (My Father, Rua Alguém 5555) (EUA); 2005 – Casa de Areia; Vinicius (depoimento); Samba on Your Feet (Argenti na/EUA) (depoimento). Filmografia (diretor): 1958 – Pista de Grama (Um Desconhecido Bate à Porta). COSTA, HELENINHA Helena Costa nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de janeiro de 1924. Forma-se contadora, mas é seduzida pela música popular, ao ser levada para a Rádio Nacional por César Ladeira, em 1947. Torna-se grande intérprete e passa a cantar nos cassinos da Urca, Quitandinha e Atlântico. Faz seu primeiro filme em 1941, Céu Azul, cantando e interpretando a música Tocando a Campainha, mas dedica-se quase que totalmente à carreira de cantora. Em 1953, casa-se com Ismael Neto, fundador do conjunto musical Os Cariocas, autor, com Antonio Maria, do clássico Valsa de uma Cidade, mas o casamento dura pouco, pois Ismael morre prematuramente em 1956, aos 31 anos de idade. Depois casa-se com Paulo Grazioli. Morre em 11 de abril de 2005, aos 81 anos de idade, no Rio de Janeiro, vítima de falência múltipla dos órgãos. Filmografia: 1941 – Céu Azul; 1948 – Pra Lá de Boa; 1956 – Vamos com Calma. COSTA, JAYME Jayme Rodrigues Costa nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27 de dezembro de 1897. Filho de pais portugueses. com dezoito anos estreia no teatro, na peça Um Erro Judicial. Em 1921 estreia como barítono e em 1922 integra o teatro de comédia. Em 1924 já é atorempresário. Com sua companhia, da qual é sempre o primeiro ator, faz temporadas por todo o Brasil por mais de trinta anos. Um de seus maiores sucessos é a peça Carlota Joaquina, de R. Magalhães Júnior, na qual interpreta Dom João VI. Outro sucesso seu é Médico à Força, de Molière. Estreia no cinema em 1924 no filme A Gigolette. Atua em muitos filmes, em quarenta anos de carreira, com destaque para Favela dos meus Amores (1935) e Pensão da Dona Estela (1956). Faz pouca televisão, apenas duas novelas, Rua da Matriz e Paixão de Outono, ambas em 1965. É um dos grandes atores brasileiros. Seu nome é cultuado em todo o meio artísti co, crítica e público em geral. Morre em 30 de janeiro de 1967, aos 69 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1924 – A Gigolette; 1933 – A Voz do Carnaval; 1934 – Cidade Mulher; Favela de meus Amores; 1936 – Alô, Alô, Carnaval; 1937 – Grito da Mocidade; Samba da Vida; 1938 – Futebol em Família; 1940 – Céu Azul; 1944 – Tristezas não Pagam Dívidas; 1954 – Malandros em Quarta Dimensão; Toda a Vida em Quinze Minutos; 1956 – Pensão da Dona Estela; Quem Matou Anabela?; 1957 – Osso, Amor e Papagaios; O Pão que o Diabo Amassou; 1958 – Macumba na Alta; Matemática Zero, Amor Dez; 1959 – Garota Enxuta; Amor para Três; 1960 – A Viúva Valentina; Viúvo Alegre; Tudo Legal; Dois Ladrões; 1961 – Quanto mais Samba Melhor; Bom Mesmo é Carnaval; Mulheres, Cheguei!; 1964 – Vagabundos no Society; 1965 – Crônica da Cidade Amada (episódio: Luzia); 1968 – Panorama do Cinema Brasileiro; 1971 – Cômicos e mais Cômicos; 1975 – Assim Era Atlântida; 1976 – Memória do Carnaval. COSTA, LÍDIA Nasceu em São Paulo, SP, em 8 de dezembro de 1932. Com voz firme e boa dicção, não tarda a trabalhar em radioteatro, pela Rádio Tupi. A partir dos anos 1950 migra para a televisão e começa a participar de novelas, primeiro ao vivo e depois em videoteipe. Ainda na TV Tupi, parti cipa de O Volante Fantasma (1957), Seu Genaro (1957), TV de Comédia (1958/1959). Já na TV Excelsior, atua na primeira novela diária da televisão brasileira, 2-5499 Ocupado, depois Minas de Prata, Os Estranhos, etc. Estreia no cinema em 1970 no filme Mágoas de Caboclo, produção paulista de Ary Fernandes. Nos anos 1970 dedica-se mais ao cinema, em produções baratas da boca do lixo paulista, como O Estripador de Mulheres (1978) e Colegiais em Lições de Sexo (1980). Sua última novela é O Espantalho, em 1977, produção de Sílvio Santos, exibida na TV Record. Foi casada com o ator Turíbio Ruiz, com quem teve um filho. Afastada da vida artística, morre em 2002, aos 70 anos de idade, em São Paulo. Filmografia: 1970 – Mágoas de Caboclo; 1974 – O Poderoso Machão; 1975 – Eu Faço... Elas Sentem; 1975 – A Casa das Tentações; Efigênia Dá Tudo que Tem; Cada um Dá o que Tem (episódio: O Despejo); 1978 – O Estripador de Mulheres; 1979 – Alucinada pelo Desejo; O Coronel e o Lobisomem; 1980 – Colegiais em Lições de Sexo; 1982 – A Fábrica de Camisinhas. COSTA, MATHEUS Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de março de 1998. Ator mirim, estreia na televisão em 2005, com sete anos de idade, na novela América, como Rick, filho rebelde de Helô, interpretado por Simone Spoladore. No mesmo ano faz sua estreia no cinema no curta As Três Palavras. Seu primeiro longa é Muito Gelo e Dois Dedos d’Água (2006), depois Chico Xavier (2010), interpretando Chico criança. Atua em várias novelas, sempre chamando a atenção pelo seu talento precoce, como em Cobras & Lagartos (2006), como Sushi; Alta Estação (2007), no papel de Thiago; Duas Caras (2007), como Leone; Três Irmãs (2009), no papel de Lucas; Força Tarefa (2009), como Juan; e Escrito nas Estrelas (2010), no papel de Tadeu. No teatro, participa das peças Fala Sério (2004), Um cão Cheio de Ideias (2007/2008) e Gipsy, o Musical (2010). Com apenas doze anos de idade, já é um talento brasileiro. Filmografia: 2004 – Os Incríveis (The Incredibles) (EUA) (dubla o personagem Rusty); 2005 – As Tres Palavras (CM); 2006 – Muito Gelo e Dois Dedos d’Água; 2010 – Chico Xavier. COSTA, NANDA Fernanda Costa Campos Cotote nasceu em Parati, RJ, em 24 de setembro de 1986. Ainda em sua cidade natal monta sua primeira trupe teatral, em cima do restaurante que sua mãe ti nha na cidade. Com quatorze anos de idade vai morar com uma ti a em São Paulo, com o objetivo de estudar teatro. Logo matricula-se no curso de Wolf Maya mas uma tragédia acontece em sua vida, sua tia morre em um acidente automobilístico e Nanda vai morar em um pensionato de freiras. Em 2006 recebe convite para atuar na novela Cobras & Lagartos, no papel da malvada Madá. Com o sucesso, assina contrato de três anos com a TV Globo e muda-se para o Rio de Janeiro. Em 2008 estreia no cinema no filme Sexo com Amor?, participa do seriado Ó Pai, Ó e interpreta Dolores Duran no programa Por Toda a Minha Vida. Muito linda e corpo escultural, posa para o site Paparazzo em 2006 e, já como atriz do primeiro time da Globo, em 2009 interpreta Soraia Vilela, na novela Viver a Vida. Filmografia: 2008 – Sexo com Amor?; Carmo (Brasil/Espanha/Polônia); Bezerra de Menezes: O Diário de um Espírito; 2009 – Um Homem Qualquer; 2010 – Sonhos Roubados. COSTINHA Lírio Mário da Costa nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1923. Com o pai, aprende a ser palhaço de circo. Quando tem treze anos, o pai abandona a família. Então tem que largar os estudos para ajudar em casa, trabalhando como boy, garçom e nas horas vagas em circo. Com dezenove anos emprega-se como faxineiro na Rádio Tamoyo, divertindo todos com suas piadas. Em 1949, faz os testes e é aprovado para uma ponta no filme Vendaval Maravilhoso, de Leitão de Barros. Começa a trabalhar no Teatro de Revista, primeiro no Rio de Janeiro e depois em São Paulo. O sucesso total acontece quando começa a fazer televisão, em programas humorísticos. No cinema, faz quase cinquenta filmes, destacando-se Angu de Caroço (1955) e O Inspetor Faustão e o Mallandro (1991). Nos anos 1970 atinge o auge de sua carreira, como protagonista principal em fi lmes como: Costinha, Rei da Selva (1976) e Costinha e o King Mong (1977). Participa de vários humorísticos da TV Globo como Balança mas não Cai (1968), Planeta dos Homens (1976), Estados Anysios de Chico City (1991). Sua última aparição na TV é como seu Mazarito, na Escolinha do Professor Raimundo, ao lado de Chico Anysio. É um dos grandes humoristas brasileiros. Bastava olhar para suas caretas e começar a rir. Casado com Irany Pereira da Costa, teve sete fi lhos, sendo três adotivos. Morre em 15 de julho de 1995, aos 72 anos de idade, de enfisema pulmonar, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1949 – Vendaval Maravilhoso (participação não creditada); 1950 – Aguenta Firme, Isidoro; 1951 – Anjo do Lodo; 1952 – O Rei do Samba; 1954 – Marujo por Acaso; 1955 – O Grande Pintor; Angu de Caroço; O Diamante; O Rei do Movimento; 1956 – Com Água na Boca; Sai de Baixo; 1957 – Cangerê: uma Fantasia Musical; Com Jeito Vai; De Pernas pro Ar; 1958 – É de Chuá!; Minha Sogra é da Polícia; Sherlock de Araque; E o Bicho não Deu; 1959 – Massagista de Madame; 1960 – Viúvo Alegre; Entrei de Gaiato; 1961 – O Dono da Bola; 1966 – 007 ½ no Carnaval; Nudista a Força; 1967 – Carnaval Barra Limpa; 1968 – As Aventuras de Chico Valente; Três Mulheres de Casanova; 1969 – Golias contra o Homem das Bolinhas; 1970 – Salário Mínimo; Amor em Quatro Tempos; 1971 – Cômicos e mais Cômicos; Tô na Tua, ô Bicho; Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva; Jesus Cristo eu Estou Aqui; 1973 – O Libertino; 1976 – Costinha, Rei da Selva; 1977 – Costinha e o King Mong; 1978 – As Aventuras de Robinson Crusoé; O Homem de Seis Milhões de Cruzeiros contra as Panteras; 1979 – Histórias que Nossas Babás não Contavam; 1991 – Inspetor Faustão e o Mallandro; 1995 – O Mandarim. COTRIM, ANNA Nasceu em 10 de agosto de 1964, em São Paulo, SP. Inicia sua carreira no teatro em 1980, com a peça João e Maria, com direção de Maria Clara Machado. Solidifica sua carreira no teatro ao participar de dezenas de peças, com destaque para Os Cigarras e os Formigas (1983), Maroquinha Fru-Fru (1986), Ateneu (1988), Colombo (1993), Só eles Sabem (1994), Tristão e Isolda (1997), Rosa Tatuada (2000), A Aurora da Minha Vida (2004) e Eu nunca Disse que Prestava (2007). Paralelamente, em 1994 vai para a TV Globo e participa de um episódio do programa Você Decide. Estreia no cinema em 1994 no filme Era uma Vez. Em 2008 parti cipa do filme Última Parada 174, de Bruno Barreto. Participou da sua primeira novela em 2001, Porto dos Milagres, como Francinete; depois Agora é que São Elas (2003), O Profeta (2007), Duas Caras (2008) e, pela TV Record, Chamas da Vida, em 2009. Anna ainda faz parte da comunidade Nós do Morro, no Rio de Janeiro, na qual dá aulas de interpretação para a Comunidade da Favela do Vidigal. Filmografia: 1994 – Era uma Vez...; Lamarca; 1996 – Tieta do Agreste; 1999 – Outras Histórias; 2008 – Última Parada 174. COTRIM, CARLOS Nasceu em 13 de dezembro de 1913. Ainda jovem, entra para o Exército e se forma em Educação Física. Chega ao posto de oficial. Em 1941, trabalha como preparador físico no Esporte Clube Corinthians Paulista. Já decidido a seguir a carreira artísti ca, começa a fazer teatro amador, chegando a trabalhar na companhia de Jayme Costa. Depois entra para a Rádio Tamoyo e faz sucesso como o Capitão Atlas, de 1949 a 1951. Estreia no cinema em 1948 no filme Fogo na Canjica, constituindo longa carreira de muitos fi lmes como Mãos Sangrentas (1955) e Damas do Prazer (1978). Na Rádio e TV Paulista, participa de programa de sucesso ao lado de Madalena Nicol. Nos últimos anos de vida reside em vários países europeus, particularmente na Inglaterra, onde é locutor da BBC, Seção Brasileira. É também fundador e diretor da extinta ATACESP, Associação dos Técnicos e Arti stas Cinematográfi cos do Estado de São Paulo. Morre em 28 de outubro de 1978, aos 64 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1948 – Fogo na Canjica; Esta é Fina; 1950 – Katucha; Anjo do Lodo; A Sombra da Outra; Somos Dois; 1951 – Hóspede de uma Noite; 1952 – Com o Diabo no Corpo; Modelo 19 (Amanhã Será Melhor); O Preço de um Desejo; O Rei do Samba; Areão; 1953 – Perdidos de Amor (A Força do Amor); 1954 – Dúvida; Nem Sansão nem Dalila; Rua sem Sol; Alvorada de Glória (inacabado); 1955 – Mãos Sangrentas (Manos Sangrientas) (Brasil/Argentina); Não Matarás; 1956 – Gato de Madame; Quem Matou Anabela?; 1957 – O Negócio Foi Assim; O Samba na Vila; 1958 – A Mulher de Fogo (Mujeres De Fuego) (Mexico/Brasil); 1978 – Damas do Prazer. COUTINHO, ADELAIDE Adelaide Coutinho Dey Burns nasceu em Lisboa, Portugal, em 25 de janeiro de 1860 (ano provável). Vem para o Brasil com o veterano ator Simões, seu sogro. Estreia no teatro com a peça Os Milhões da Ladina, em 1880. Em 1909, já com grande bagagem teatral, estreia no cinema no filme Um Cavaleiro Deveras Obsequioso. Participa de outros, em que se destacam O Nono Mandamento (1913) e Fósforo Eleitoral (1918). Nas primeiras três décadas do século, Adelaide consagra-se entre o teatro e o cinema. A partir da década de 1930 abandona a carreira e fica esquecida, internada na Casa do Ator, em São Paulo, onde morre em 25 de setembro de 1952, aos 92 anos de idade. Filmografia: 1908 – O Comprador de Ratos; 1909 – Um Cavaleiro Deveras Obsequioso; Milagres de Santo Antonio; Pega na Chaleira; 1910 – João José; 1911 – Inês de Castro; 1913 – Nono Mandamento; 1918 – Fósforo Eleitoral. COUTINHO, CÉLIA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 29 de abril de 1936. Adolescente começa a trabalhar como técnica de laboratório, quando é convidada por uma amiga para assistir a uma peça teatral, na Companhia de Zilco Ribeiro. Nos bastidores conhece Zilco, que a chama para trabalhar como corista e depois como vedete, tornando-se uma das atrações do Teatro de Revista. Na televisão, começa na TV Paulista, no programa Miss Campeonato. Atua em inúmeras novelas, sendo sua estreia em Confl ito, em 1963. Entre tantas outras, destacam-se Onde Nasce a Ilusão (1965), A Pequena Karen (1966), Pingo de Gente (1971), Selva de Pedra (1972), Cara a Cara (1979) e Meus Filhos, Minha Vida (1984), sua última novela. Estreia no cinema em 1960 no filme Dona Violante Miranda, mas só retornaria às telas em 1975 em Cada um Dá o que Tem. Atua em muitas pornochanchadas como Motel, Refúgio do Amor (1980) e Meu Homem, meu Amante (1984). A parti r de 1984 não se tem conhecimento da continuidade de sua carreira. Filmografia: 1960 – Dona Violante Miranda; 1975 – Cada um Dá o que Tem (episódio: O Despejo); 1980 – Motel, Refúgio do Amor; 1982 – Pecado Horizontal; Insaciável Desejo da Carne (Brisas do Amor); Vadias pelo Prazer; 1983 – Tudo na Cama; 1984 – Meu Homem, meu Amante; Made In Brazil (episódio: Furacão Acorrentado). COUTINHO, JORGE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1935. Adolescente, ingressa no Conservatório Nacional de Teatro. Formado, recebe convite para integrar o grupo teatral do Centro Popular de Cultura da UNE, apresentando-se nas peças Eles não Usam Black-Tie, de Gianfrancesco Guarnieri, Brasil, Versão Brasileira, de Oduvaldo Viana Filho, e O Boi e o Burro, de Maria Clara Machado. Escolhido entre centenas de candidatos, estreia no cinema no filme Assalto ao Trem Pagador, de 1962. Participa de outros mais, na maioria explorando a situação do negro no Brasil como em Ganga Zumba (1964) e Quilombo (1984). Na televisão, estreia em 1968 na novela Passo dos Ventos, pela TV Globo. Depois, entre outras, parti cipa de Escalada (1975), Parti do Alto (1984), Por Amor (1997), Andando nas Nuvens (1999) e Bicho do Mato (2007). Filmografia (ator): 1962 – Assalto ao Trem Pagador; Cinco Vezes Favela (episódio: Escola de Samba Alegria de Viver); 1963 – Gimba, Presidente dos Valentes; 1964 – Ganga Zumba; 1967 – Perpétuo contra o Esquadrão da Morte; 1969 – O Matador Profissional; 1972 – Crioulo Doido; 1977 – Ladrões de Cinema; 1978 – Chuvas de Verão; A Deusa Negra (Nigéria/Brasil); O Cortiço; 1979 – Parceiros da Aventura; 1981 – Cry Freedom (Nigéria); 1984 – Quilombo; Memórias do Cárcere; 1987 – Maré de Azar (Running Out of Luck) (EUA); 1990 – Stelinha; 1998 – Uma Aventura do Zico; 2004 – Cascalho; 2006 – A Ilha dos Escravos (Island of the Slaves) (Brasil/Cabo Verde/Portugal). Filmografia (diretor): 2002 – D.Obá (CM) (codireção de Antonio Pompeo); 2003 – Senhora Meninas (CM) (codireção de Antonio Pompeo). COUTINHO, RENATO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Aos nove anos de idade quer ser ator. Aos quatorze seu pai o leva para ver a peça Hamlet e ele adora, lê o livro e fica em casa encenando sozinho, usando o guardachuvas como espada. Estuda nos EUA e na volta passa a lecionar inglês no Instituto Brasil-Estados Unidos. Viaja para a Inglaterra a passeio, onde assiste ao Festi val Anual de Stanford-on-Avon, a terra natal de Shakespeare, e volta com o firme propósito de ser ator. Matricula-se na Fundação Brasileira de Teatro, de Dulcina de Morais, e passa a atuar em diversas peças como Chá e Simpatia, A Ratoeira, A Falecida, etc. Em 1963 estreia no cinema no filme O Quinto Poder e acaba participando de muitos outros, como Beijo no Asfalto (1981) e Além da Paixão (1985). Na televisão, estreia em 1978 no seriado Ciranda, Cirandinha, na novela Brilhante (1981) e depois em muitas minisséries como Marquesa de Santos (1984), Chapadão do Bugre (1988) e O Fantasma da Ópera (1991). Morre no Rio de Janeiro em 1997. Filmografia: 1963 – O Quinto Poder; 1966 – Mercenários do Crime (episodio: Carnaval de Assassinos) (Lê Carnaval dês Barbouzes) (Itália/França/Áustria/ Brasil); 1970 – Anjos e Demônios; Os Herdeiros; 1971 – Lúcia McCartney, uma Garota de Programa; O Homem das Estrelas (Le Maítre du Temps) (França/Brasil); 1972 – O Doce Esporte do Sexo; 1974 – Aladim e a Lâmpada Maravilhosa; 1977 – Os Amores da Pantera; 1978 – O bom Marido; Crônica de um Industrial; 1979 – Memórias do Medo; 1980 – O Grande Palhaço; Parceiros da Aventura; 1981 – Beijo no Asfalto; 1982 – Tormenta; Pra Frente, Brasil; Luz Del Fuego; O Santo e a Vedete; 1984 – Dois Homens para Matar; Ela e os Homens; 1985 – Chico Rei; Além da Paixão; 1986 – Hell Hunters (EUA/Alemanha); 1988 – Luar sobre Parador (Moon Over Parador) (EUA); 1991 – Caccia Allo Scorpione dOro (Itália); 1992 – Kickboxer 3: The Art of War (EUA). COUTO, ANA Ana Cristina Couto Gomes nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de março de 1974. Forma-se atriz a Casa das Artes de Laranjeiras – CAL, em 1997 e depois, em 2000, em jornalismo pela PUC-RJ. Estreia na peça Uma Noite de Sade. Atua em várias outras como A Revolta dos Brinquedos, Hair, A Aurora da Minha Vida, etc. No cinema estreia em 2003 no filme Garrincha – Estrela Solitária. Atua também em campanhas publicitárias. Na televisão, participa da novela Da Cor do Pecado (2004) e alguns seriados da emissora como Sob Nova Direção, A Diarista e Linha Direta. Filmografia: 2003 – Garrincha – Estrela Solitária; 2006 – A Insperada Visita do Imperador. COUTO, ARMANDO Armando Silva Couto nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1914. Forma-se em arquitetura, mas a carreira artística fala mais alto. Inicia no teatro, sendo o fundador do grupo Os Comediantes. Sua atuação se destaca em peças como Vesti do de Noiva e Fim de Jornada. No cinema, estreia como ator em 1951 no filme Maior que o Ódio. Atua, entre outros, no clássico Uma Pulga na Balança (1953). Como diretor, estreia em 1952 no filme Modelo 19. Dirige quatro películas nos anos 1950, sendo o último Ladrão em Noite de Chuva, em 1958, uma adaptação da peça de Millôr Fernandes. Na televisão, participa da novela Quatro Homens Juntos, pela TV Record. Após 1977, quanto atua no filme Antonio Conselheiro e a Guerra dos Pelados, não se tem notícia da continuidade de sua carreira nem de sua morte. Filmografia (ator): 1951 – Maior que o Ódio; Presença de Anita; Suzana e o Presidente; 1952 – Modelo 19 (Amanhã Será Melhor); Areão; 1953 – Destino em Apuros; Uma Pulga na Balança; 1954 – A Sogra; 1955 – Carnaval em Marte; 1961 – Ladrão em Noite de Chuva; 1977 – Antonio Conselheiro e a Guerra dos Pelados. Filmografia (diretor): 1952 – Modelo 19 (Amanhã Será Melhor); 1953 – O Homem dos Papagaios; 1954 – A Sogra; 1961 – Ladrão em Noite de Chuva. COUTO, CHRIS Christiane Couto nasceu em Americana, SP, em 18 de março de 1960. Em 1980 faz sua primeira novela, Coração Alado, pela TV Globo. Depois seguem Jogo da Vida (1981), Helena (1987), Olho por Olho (1988), Desejos de Mulher (2002) e Eterna Magia (2007). Estreia no cinema em 1985 no filme Areias Escaldantes. Em 1994 apresenta o Telecurso Primeiro Grau, ao lado de Marcelo Tas e Natália Barros, e na MTV os programas No Ar e Semana Cine. Durante muitos anos é repórter do programa Vídeo Show, pela TV Globo. Participa de alguns outros fi lmes como O Invasor (2002) e Tainá 2 – a Aventura Continua (2004). Inicia sua carreira como apresentadora, mas, bonita e talentosa, aos poucos vai consolidando também sua carreira de atriz. Em 2009 está no ar com a série Som e Fúria, como Maria. Filmografia: 1985 – Areias Escaldantes; 1994 – Alma Corsária; 2002 – O Invasor; 2004 – Tainá 2 – a Aventura Continua; O Diabo a Quatro; 2007 – Corpo; 2009 – Salve Geral! COUTO, GLAURO Nasceu em Belo Horizonte, MG, em 16 de novembro de 1933. Muda-se para o Rio de Janeiro a fim de concluir seus estudos secundários e em seguida ingressa na Faculdade de Direito. Amante dos esportes, chega a jogar basquete no Vasco da Gama. Estreia no cinema em 1958 no filme Contrabando, mas sua carreira cinematográfica não tem continuidade. Filmografia: 1958 – Contrabando; E o Espetáculo Continua. COUTO, NEWTON Newton Ferreira Couto nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1924. Forma-se em Ciências e Letras. Trabalha muitos anos na Light de onde sai para seguir carreira jornalística. Escreve para as revistas Cinerádio, Jornal Escrito, A Cena Muda, A Carioca e Celebridades, lançando grandes nomes do jornalismo da época. Como ator, estreia em 1951 no filme Hóspede de uma Noite, mas sua carreira cinematográfica acaba se desenvolvendo somente nas décadas de 1970/1980. Filmografia: 1951 – Hóspede de uma Noite; 1977 – A Noite dos Assassinos; 1979 – O Caso Cláudia; 1980 – Bonitinha, mas Ordinária; O Fruto do Amor; 1981 – Beijo no Asfalto; O Sequestro; 1982 – Banquete das Taras; Escalada da Violência; Pra Frente, Brasil; Rio Babilônia; 1983 – Bar Esperança, o Últi mo que Fecha; Viagem ao Céu da Boca; Estranhas Relações; 1984 – Memórias do Cárcere; 1985 – O Rei do Rio. COUTO, SOLANGE Solange Couto dos Santos nasceu em São Luis do Maranhão, MA, em 1º de julho de 1957. Começa sua carreira como dançarina e sambista. Em 1978 tem uma pequena participação não creditada no filme A Dama do Lotação, como sambista. Em 1981 estreia na televisão na novela Os Imigrantes, pela TV Bandeirantes. Já na TV Globo, participa de novelas e minisséries como Sinhá Moça (1986), Renascer (1993), Dona Flor e seus Dois Maridos (1998), Chiquinha Gonzaga (1999) e O Clone (2001), como Dona Jura, a dona de um botequim, em papel que a projeta para todo o Brasil. Após a novela, tem uma passagem frustrada pela Rede TV, como apresentadora de um programa culinário. De volta à Globo faz Kubanacan (2003) Da Cor do Pecado (2004), Começar de Novo (2004), América (2004), quando exibe seu novo visual, muitos quilos mais magra e com beleza e charme estonteantes, a minissérie Amazônia: de Galvez a Chico Mendes (2007) e Três Irmãs (2009), como Janaína. Foi casada com o cantor Sidney Magal de 1975 a 1980. Tem dois filhos, Márcio Felipe (1974) e Morena Mariah (1991). Aos 48 anos, em 22 de maio de 2005, casou-se com o fisioterapeuta Widson Cordeiro. Filmografia: 1978 – A Dama do Lotação; 1981 – A Noite dos Bacanais; 2000 – Villa-Lobos, uma Vida de Paixão. CRAVO, LEILA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23 de novembro de 1953. Estreia no cinema em 1971 no filme Uma Pantera em Minha Cama. Atua em outros mais como Brutos Inocentes (1975) e Gargalhada Final (1979). Em 1979 escreve seu primeiro livro, Passagem Secreta. Na televisão, participa de duas novelas, Corrida do Ouro (1974) e Sinal de Alerta (1978). A partir dos anos 1980, afasta-se da carreira artísti ca. Filmografia: 1971 – Uma Pantera em Minha Cama; 1974 – Relatório de um Homem Casado; 1975 – Brutos Inocentes; 1976 – Quem é o Pai da Criança?; Tem Alguém na Minha Cama; 1977 – Empregada para Todo o Serviço; O Monstro Caraíba; 1979 – Gargalhada Final (Os Trambiqueiros). CRESTA, ISOLDA Isolda da Costa Pinto nasceu em São Paulo, SP, em 18 de junho de 1929. Começa a estudar na Fundação Brasileira de Teatro, criada por Dulcina de Morais. Sua estreia acontece em 1962 na peça Ratos e Homens, de John Steinbeck, já revelando enorme potencial num papel complexo, que faz com muita segurança, não deixando ninguém perceber que é uma principiante. Estreia no cinema em 1964 em Um Ramo para Luíza e passa a ter destaque em outros fi lmes como O Segredo da Rosa (1974) e O Homem da Capa Preta (1986). Na televisão, estreia em 1973 em O Bem-Amado. Entre outras, nos anos seguintes, parti cipa de Escalada (1975), Duas Vidas (1976) e Tudo ou Nada (1986). No teatro, atua nas peças Gota d’Água, Bocage, Electra, Romanceiro da Inconfidência, O Burguês Fidalgo, etc. Morre em 4 de abril de 2009, dois meses antes de completar 80 anos, de ataque cardíaco, no Rio de Janeiro. Deixa uma filha e quatro netos. Em 2009 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia: BIsolda Cresta: Zozô Vulcão, de autoria de Luiz Sérgio Lima e Silva Filmografia: 1964 – Um Ramo para Luíza; Viagem aos Seios de Duília; 1974 – O Segredo da Rosa; 1978 – O Desconhecido; A Noiva da Cidade; O Monstro de Santa Tereza; O Namorador; 1982 – Dora Doralina; 1984 – Amor Maldito; 1986 – O Homem da Capa Preta; 1993 – Era uma Vez... CRISTAL, GLÓRIA Glória Maria de Oliveira nasceu em Nova Iguaçu, RJ, em 1952. No cinema, tem marcante participação em várias películas, sendo sua estreia em 1976 no filme Tem Folga na Direção, seguindose, entre outros, Xica da Silva (1976) e Perdidos no Vale dos Dinossauros (1986). Na televisão, participa das novelas Antonio Maria (1985) e Selva de Pedra (1986). A partir de 1986 não se têm notícias da continuidade de sua carreira. Filmografia: 1976 – Tem Folga na Direção; O Pai do Povo; Xica da Silva; 1977 – Gente Fina é Outra Coisa; 1978 – A Mulata que Queria Pecar; O Bem-Dotado – O Homem de Itu; Crueldade Mortal; 1979 – O Coronel e o Lobisomem; Essas Deliciosas Mulheres; 1980 – O Incrível Monstro Trapalhão; 1985 – Fêmeas em Fuga (Femmine In Fuga) (Itália/Brasil); 1986 – Perdidos no Vale dos Dinossauros (Nudo e Selvaggio) (Itália/Brasil). CUBEROS NETO Francisco Cuberos nasceu em São Paulo, SP, em 18 de fevereiro de 1924. Desde criança interessa-se pela carreira artísti ca, mas sua vida acaba tomando outros rumos, e se estabelece como comerciante, proprietário de uma loja de calçados no bairro do Brás, embora sempre participe de peças amadoras, apresentandose em escolas e clubes. Em 1959, já com a vida estabilizada, resolve se inscrever no curso de arte dramática promovido pelo Teatro Arena, tendo como professores artistas consagrados como Décio de Almeida Prado e Sady Cabral. Em 1960 faz sua estreia como profissional, na peça Nega de Maloca, no Teatro Oficina, e depois Companhia Nydia Lícia, em Oração para uma Negra, no Rio de Janeiro, e, de volta a São Paulo, pelo TBC nas peças A Semente e A Escada. Com Waldir Kopesky e Ailson Braz Corrêa, funda o Laboratório de Ensaios, no qual produz e dirige peças como Mundo Pedra, Pedra Mundo e Como Rola uma Vida. Em 1961, participa de um episódio da série O Vigilante Rodoviário. Em 1969 faz sua estreia na televisão, na novela Sangue do meu Sangue, seguindo-se de Os Fidalgos da Casa Mourisca (1972), Vitória Bonelli (1973), O Barba Azul (1974), Ovelha Negra (1975), A Viagem (1975), Gaivotas (1979), Um Homem muito Especial (1980), Vento do Mar Aberto (1981), Seu Quequé (1982) e Música ao Longe (1982). No cinema, atua em Ainda Agarro esse Machão (1975) e Sol Vermelho (1982), etc. Em 2003, retorna ao cinema, 20 anos depois, para parti cipar do curta-metragem O Santo Salvador e o Demônio. Filmografia: 1967 – O Vigilante em Missão Secreta; 1970 – Amemo Nus (inacabado); 1975 – Ainda Agarro esse Machão; 1976 – O Sexualista; 1977 – Antonio Conselheiro e a Guerra dos Pelados; O Mártir da Independência; 1979 – Os Três Boiadeiros; No Tempo dos Trogloditas (Quando as Mulheres Tinham Rabo); 1980 – Gaijin, os Caminhos da Liberdade; A Virgem e o Bem-Dotado; 1981 – E a Vaca Foi para o Brejo; 1982 – Sol Vermelho; As Vigaristas do Sexo; 1983 – Arapuca do Sexo; 1984 – A Luta pelo Sexo; 1985 – A Rifa (CM); 2003 – O Santo Salvador e o Demônio (CM). CUNHA, CLÁUDIO Cláudio Francisco Cunha nasceu em São Paulo, SP, em 1946. Começa sua carreira artística como ator de televisão, no início dos anos 1960. Na televisão, como ator, participa de uma única novela, Meu Pedacinho de Chão, em 1971. No cinema, estreia como ator em 1972 no filme As Mulheres Amam por Conveniência. Em 1974 dirige seu primeiro longa, Clube das Infiéis. Alterna-se a parti r de então como ator, produtor e diretor, em pornochanchadas de muito sucesso, principalmente na década de 1970. Nos últimos anos vem se dedicando ao teatro, como produtor, diretor e ator em O Analista de Bagé, grande sucesso, em cartaz há anos em São Paulo, peça que pretende levar às telas. Foi casado com a atriz Simone Carvalho. Filmografia (ator): 1972 – As Mulheres Amam por Conveniência; 1973 – Sob o Domínio do Sexo; 1975 – Clube das Infiéis; 1976 – O Poderoso Machão; 1977 – A Praia do Pecado; Vítimas do Prazer (Snuff ); 1978 – Amada Amante; Damas do Prazer; 1979 – A Dama da Zona (Hoje Tem Gafi eira); 1981 – Karina, Objeto do Prazer; 1984 – Oh! Rebuceteio. Filmografia (diretor): 1974 – O Clube dos Infiéis; 1975 – O Dia em que o Santo Pecou; 1977 – Vítimas do Prazer (Snuff ); 1978 – Amada Amante; 1979 – Sábado Alucinante; 1980 – O Gosto do Pecado; 1982 – Profi ssão Mulher; 1984 – Oh! Rebuceteio. CUNHA, CLERY Clery Leite Cunha nasceu em Leopoldo Bulhões, GO, em 1939. Muda-se para São Paulo em 1948. Começa carreira primeiro como radialista e depois como ator de televisão. Estreia no cinema como ator em 1960 no filme Conceição, seguindo-se muitos outros como Convite ao Pecado (1964), Tortura Cruel (1980), Os Indigentes (1996), etc. Estreia na direção em 1972 no filme Os Desclassifi cados. Alterna-se, a partir daí, como diretor e ator. Seu maior sucesso comercial como diretor é Joelma, 23º Andar (1979). Em atividade até os dias de hoje, nos últimos anos tem trabalhado na Plateia Filmes, produtora de Francisco Cavalcanti, na produção de vídeos. Filmografia (ator): 1960 – Conceição; 1963 – Lampião, o Rei do Cangaço; 1964 – Convite ao Pecado (Brasil/Alemanha); 1966 – Mercenários do Crime (episodio: Carnaval de Assassinos) (Lê Carnaval dês Barbouzes) (Itália/França/Áustria/Brasil); 1970 – Sentinelas do Espaço Águias Fogo); 1971 – Idílio Proibido; 1972 – Os Desclassifi cados; As Mulheres Amam por Conveniência; Maridos em Férias (O Mês das Cigarras); Um Pistoleiro Chamado Caviúna; 1973 – Como Evitar o Des-quite; Uma Nega Chamada Teresa; A Virgem; 1974 – O Exorcista de Mulheres; 1975 – Pensionato de Mulheres; 1976 – Torturadas pelo Sexo; 1980 – Tortura Cruel (Fêmeas Violentadas); 1985 – A Vingança do Réu (Que Delícia de Buraco); 1986 – A Hora do Medo; 1987 – Horas Fatais – Cabeças Cortadas; 1990 – Júlio, o Rei dos Vilões; 1996 – Os Indigentes; 1998 – O Regenerado. Filmografia (diretor): 1972 – Os Desclassifi cados; 1973 – A Pequena Órfã; 1974 – Pensionato de Mulheres; 1975 – Eu Faço... Elas Sentem; 1977 – Chumbo Quente; 1978 – O Outro Lado do Crime; 1979 – Joelma, 23º Andar; 1982 – O Rei da Boca; 1987 – Horas Fatais – Cabeças Cortadas (codireção: Francisco Cavalcanti). CUNHA, DARLAN Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 16 de setembro de 1988. Em 1998, sua vizinha Carla Cristina o leva para participar do musical A Praça Onze. Em 2001 participa da montagem de Esperando Godot. Estreia no cinema em 2000, aos 12 anos, no curta Cabeça de Copacabana, mas o sucesso viria em 2002, como o Laranjinha do filme Cidade de Deus, que o torna conhecido em todo o Brasil. Na TV Globo, estreia no seriado Brava Gente (2001), depois Sítio do Pica-Pau Amarelo (2002), Cidade dos Homens (2005), a novela Sete Pecados (2008), como Sandro, e Caminho das Índias (2009), como Eliseu. Fez vários comerciais para a agência McCann Erickson, entre eles a campanha da Fundação Abrinq para os Direitos da Criança e do Instituto Ethos de Responsabilidade Social. Em 2003 foi tema, junto com Douglas Silva, de um documentário do grupo Nós do Cinema. Filmografia: 2000 – Cabeça de Copacabana (CM); 2001 – Palace II (CM); 2002: Cidade de Deus; 2004: Meu Tio Matou um Cara; 2007 – Cidade dos Homens. CUNHA, DILMA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1941. Tem uma infância muito pobre. A vontade de ser atriz ameniza seu sofrimento. Adolescente, começa a fazer pequenas pontas na televisão. Estreia no teatro declamado, na peça Camisa Preta, de Jece Valadão. Atua também em teatro musicado. Na TV de Porto Alegre, faz sucesso com as peças Jane Eyre, Rebecca e A Canção de Bernadette. Estreia no cinema em 1960 no filme Eu Sou o Tal. Em 1961 sofre grave atentado que desfigura seu rosto. Após cirurgia plásti ca, retoma a carreira no teatro e em seguida no cinema no filme Sol sobre a Lama (1962). Mas a partir dessa data não se tem notí cia da continuidade de sua carreira. Filmografia: 1959 – Aí Vem a Alegria; 1960 – Marido de Mulher Boa; Eu Sou o Tal; 1961 – Rio a Noite; 1962 – Os Cosmonautas; Sol sobre a Lama. CUNHA, JULIANA CARNEIRO DA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de janeiro de 1949. Foi criada em São Paulo, onde estuda dança dos sete aos dezessete anos com Maria Duschenes. Aos dezoito vai para a Alemanha cursar dança folclórica com Kurt Joss. Em 1989, já na França, estuda com Maurice Béjart, Pina Bausch, Maguy Marin e Robert Wilson. Como bailarina percorre a Europa integrando grandes companhias. De volta ao Brasil, em 1978 participa das peças Isadora, Ventos e Vagas, depois Cartas Portuguesas, As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant, ao lado de Fernanda Montenegro, Mão na Luva, etc. Em 1982 estreia no cinema no filme O Homem do Pau-Brasil, de Joaquim Pedro de Andrade, e em 1985 faz sua primeira novela, De Quina pra Lua. Até 1988 atua em Selva de Pedra (1986), Helena (1987), Carmem (1987) e Olho por Olho (1988). Em 1989 ingressa no Théatre du Soleil, como atriz e dançarina, e muda-se para Paris definitivamente. Em 2001 é convidada por Luiz Fernando Carvalho para participar do filme Lavoura Arcaica, interpretação que lhe vale os maiores prêmios do ano. Nos últimos anos tem alternado sua carreira entre Europa e Brasil. Em 2003 contracena com Marco Nanini na peça A Morte do Caixeiro Viajante, de Arthur Miller, com direção de Felipe Hirsch, e em 2005 volta a trabalhar com Luiz Fernando Carvalho na minissérie Hoje É Dia de Maria, partes 1 e 2. Em 2009, Juliana excursiona com a peça Les Éphémères, apresentando-se, inclusive, nos Estados Unidos. Desconhecida do grande público, é uma grande arti sta brasileira, reconhecida internacionalmente. Filmografia: 1982 – O Homem do Pau-Brasil; Tribunal Bertha Lutz (CM); 1983 – Nasce uma Mulher; Hysterias (CM); 1985 – Frankie e Alberto (CM); 2001 – Lavoura Arcaica; 2004 – O Veneno da Madrugada; 2009 – O teu Sorriso (CM). CUOCO, FRANCISCO Nasceu em São Paulo, SP, em 29 de novembro de 1933. No início da década de 1950, tenta emprego como extra na Vera Cruz. Quer ser advogado, chegando a matricular-se na faculdade, mas o dom artístico fala mais alto e entra para a Escola de Arte Dramáti ca de Alfredo Mesquita, formando-se em 1957, ano em que entra para a TV Tupi. Alberto d’Aversa convida-o para fazer parte do elenco permanente do TBC, ao lado de Nathália Thimberg, Leonardo Vilar e Carminha Brandão. Vai para o Rio de Janeiro participar de espetáculos no Teatro dos Sete, com Fernanda Montenegro, Sérgio Britto etc, apresentando, entre outras, Panorama Visto da Ponte, Festival de Comédias, Com a Pulga Atrás da Orelha e O Beijo no Asfalto. Paralelamente ao teatro, começa a parti cipar de novelas, sendo sua estreia em 1963, em A Morta sem Espelhos e não para mais, como em Renúncia (1964) e Ainda Resta uma Esperança (1965). Em 1966 vem o sucesso total, em Redenção, pela TV Excelsior, como Dr. Fernando, transformando-o em astro de primeira grandeza, arrebatando todos os prêmios do ano. Contratado pela TV Globo, estreia em 1970 em Assim na Terra Como no Céu. Daí pra frente acumula só sucessos como Selva de Pedra (1972), O Astro (1977), Os Gigantes (1979), Eu Prometo (1983), O Salvador da Pátria (1989), Tropicaliente (1994), Pecado Capital (1998), etc. Faz pouco cinema, sendo sua estreia em 1962 no filme Pedro e Paulo e depois Anuska, Manequim e Mulher (1968). Retorna em 1998, trinta anos depois para parti cipar de Traição e passa a atuar no cinema com mais frequência com em Os Xeretas (2001) e Didi, o Caçador de Tesouros (2006). Nos últimos anos, tem feito participações em novelas, seriados e programas como Malhação (1997), Sai de Baixo (1998), O Clone (2001), A Grande Família (2004), América (2005), Cobras & Lagartos (2006), Toma Lá, Dá Cá (2007), Casos e Acasos (2008) e Negócio da China (2009). É um dos maiores atores brasileiros de todos os tempos Foi casado com Virgínia Rodrigues Cuoco, com quem teve três fi lhos, Tatiana, Rodrigo e Diogo. Filmografia: 1962 – Pedro e Paulo (Tercer Mundo) (Brasil/Argenti na); 1968 – Anuska, Manequim e Mulher; 1998 – Traição (episódio: Diabólica); 1999 – Gêmeas; 2000 – Um Anjo Trapalhão; 2001 – Os Xeretas; A Partilha (como ele mesmo); 2002 – El Chateau (CM) (narração); 2005 – Cafundó; 2006 – Didi, o Caçador de Tesouros; 2009 – Meia Encarnada Dura de Sangue (CM). CÚRCIO, FRANCISCO Francisco Edson Cúrcio nasceu em São Paulo, SP, em 29 de dezembro de 1929. Forma-se em Odontologia pela Universidade de São Paulo, mas sempre está ligado às artes, fazendo teatro amador, paralelamente à Universidade. Em 1954 ajuda a inaugurar o teatro da Igreja do Calvário. No início dos anos 1960 participa ativamente de peças como O Auto da Compadecida (1961), Os Ossos do Barão (1964), A Megera Domada (1966), A Cozinha (1968) e A Ratoeira (1971), entre outras. Estreia no cinema em 1967 no filme O Quarto, de Rubem Biáfora, seguindo-se outros como O Leito da Mulher Amada (1974), pelo qual recebe o prêmio de melhor ator coadjuvante da APCA, e O Inseto do Amor (1980). Na TV Tupi, dirige o teleteatro infantil Era uma Vez ... e é jurado de um programa de Marcos Plonka. Na TV Globo, apresenta-se como um dos macacos no humorístico Planeta dos Homens. Filmografia: 1967 – O Quarto; 1968 – As Amorosas; 1969 – As Armas; 1970 – Mágoas de Caboclo; As Gatinhas; 1971 – Fora das Grades; Uma Mulher para Sábado; As Noites de Iemanjá; 1973 – Trindad... é meu Nome; O Deteti ve Bolacha contra o Gênio do Crime; A Noite do Desejo (Data Marcada para o Sexo); 1974 – O Leito da Mulher Amada; 1975 – Adultério (As Regras do Jogo); A Casa das Tentações; O Rei da Noite; O Supermanso; 1976 – Amadas e Violentadas; A Noite das Fêmeas (Ensaio Geral); 1978 – Damas do Prazer; 1979 – O Guarani; 1980 – Herança dos Devassos; O Inseto do Amor. CURI, CLÁUDIO Nasceu em São Paulo, SP, em 7 de março de 1944. Ator, cantor e apresentador. Começa sua carreira artística como cantor, no início dos anos 1970 vencendo dois Festivais Interclubes, promovidos pelo Clube Atlético Monte Líbano. Em 1973 estreia como ator na peça Corinthians meu Amor, de César Vieira, e grava em 1977 um compacto pela RCA, como integrante do grupo Special Business. Estreia na televisão em 1984 na novela Meus Filhos, Minha Vida. Estreia no cinema em 1985 no filme O Beijo da Mulher Aranha, de Hector Babenco. Em 1986, tem seu melhor papel como o mordomo Jacinto Donato, em Roda de Fogo. Nos últi mos anos vem se dedicando à televisão, teatro e música. Parti cipa, entre outras, das novelas O Salvador da Pátria (1989), O Mapa da Mina (1993), Serras Azuis (1998), Amor e Ódio (2001), Carandiru, Outras Histórias (2005) e Cristal (2006). No teatro, atua em mais de vinte e cinco peças como A Lei de Lynch, Direita, Volver, Minhas Loucas Mulheres, Luar em Preto e Branco, etc. Foi sócio, de 1987 a 1994 da casa Paisà Pizza Bar, que se tornou ponto de encontro de grandes nomes da MPB como Dorival Caymmi, Guilherme Arantes, Lucinha Lins, etc. Filmografia: 1985 – O Beijo da Mulher Aranha (Kiss of the Spider Woman) (Bra-sil/EUA); 1989 – Atração Satânica; 1990 – Forever (Per Sempre) (Brasil/Itália); 1993 – Capitalismo Selvagem. CURVO, LUÍZA Luíza Tuche de Almeida nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 3 de junho de 1985. Forma-se em cinema pela Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro. Atriz precoce, estreia na televisão em 1993, aos sete anos de idade, como a Aninha na novela Sonho Meu, pela TV Globo. Em 1996 participa do seriado Malhação, como Jade. A partir daí, segue carreira regular, ao participar de novelas como Porto dos Milagres (2001) e Chocolate com Pimenta. Contratada pela TV Record, brilha em Cidadão Brasileiro (2006), Luz do Sol (2007) e Chamas da Vida (2008). No teatro, atua nas peças Cenas de uma Execução (2000) e Frisson (2001). Estreia no cinema em 2001, como a Priscila de Avassaladoras, um pequeno papel. Fez vários curtas e, mais recentemente atua nos longas Ouro Negro e Bellini e o Demônio, ambos de 2008. Filmografia: 2001 – Avassaladoras; 2002 – I Love You (CM); 2003 – Vivendo Shakespeare (CM); Dia do Amante (CM); 2004 – Inimigo (CM); Estranho Nunca Houve Mulher Como Gilda (CM); 2006 – O Bem Aventurado (CM); 2008 – Ouro Negro; Bellini e o Demônio; 2009 – Uma Mulher. CURY, IVON Ivon José Cury nasceu em Caxambu, MG, em 5 de junho de 1928. Aos onze anos interpreta pela primeira vez com a música Jattendrai, de Jean Sablon. Em 1949 inicia sua carreira como crooner. Dotado de voz macia, emplaca seu primeiro sucesso na década de 1950, com a música João Bobo. Chega a ser considerado um sucessor dos franceses Jean Sablon e Maurice Chevalier. Passa a atuar como showman, cantando, dançando e contando piadas. Desenvolve longa carreira no cinema, em fi lmes como É com este que eu Vou (1948), sua estreia, e Depois eu Conto (1956) e Escorpião Escarlate (1990). Totalmente calvo, usa perucas que se tornam sua marca registrada. Faz shows em Portugal e nos Estados Unidos e é dono de restaurantes no Rio de Janeiro. Na televisão, participa da novela Feijão Maravilha (1979) e do humorístico Chico Anysio Show (1982), entre outros. Em 1991 surpreende a todos quando aparece pela primeira vez sem peruca como o gaúcho Gaudêncio, na Escolinha do Professor Raimundo, que acabou sendo sua última aparição na telinha. Casado com Ivone Cury, teve três filhos, Ivna, Ivana e Ivan. Seu irmão, Jorge Cury, foi famoso locutor esportivo e animador de programas de rádio no Rio de Janeiro. Morre em 24 de junho de 1995 de hemorragia abdominal, aos 67 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1948 – É com este que eu Vou; 1950 – Aviso aos Navegantes; Aglaia (inacabado); 1951 – Aí Vem o Barão; 1952 – Barnabé Tu és Meu; É Fogo na Roupa; 1954 – O Petróleo é Nosso; 1955 – Guerra ao Samba; 1956 – Vamos com Calma; Depois eu Conto; Sai de Baixo; 1957 – Com Jeito Vai; Garotas e Samba; Maluco por Mulher; 1958 – Alegria de Viver; 1959 – Garota Enxuta; 1960 – Tudo Legal; 1967 – A Espiã que Entrou em Fria; 1975 – Assim Era Atlântida; 1986 – As Sete Vampiras; 1990 – O Escorpião Escarlate (como ele mesmo). D D’ANGELO, KÁTIA Katia Rebibout D’Angelo nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de dezembro de 1951. Após completar seus estudos normais, trabalha como instrumentadora cirúrgica numa clínica de cirurgia plástica. Paralelamente inicia carreira de atriz, ao fazer teatro amador e cinema publicitário. Estreia profissionalmente em 1974 no teatro infantil com a peça Faça Alguma Coisa pelo Coelho e no cinema no filme Deliciosas Traições do Amor, de Domingos de Oliveira. Em 1977, ganha o prêmio de melhor atriz no Festi val de Gramado, por sua atuação em Barra Pesada. Seu melhor momento no cinema acontece no filme O Caso Cláudia, como Flávia, a garota revoltada de classe média carioca, que se deixa envolver por um traficante. Na televisão, participa de inúmeras novelas como Supermanoela (1974), sua estreia, Anjo Mau (1976), Pecado Rasgado (1978), Uma Esperança no Ar (1985) e Pantanal (1990). Nos útimos anos anda meio afastada da vida artística, fazendo esporádicas parti pações. Filmografia: 1974 – Deliciosas Traições do Amor (episódio: O Olhar); 1975 – Ana, a Libertina; A Extorsão; 1976 – Marília e Marina; O Vampiro de Copacabana; Maníacos Eróti cos; As Granfinas e o Camelô; 1977 – Barra Pesada; Quem Matou Pacífi co?; Gente Fina é Outra Coisa; O Cão Vadio; Os Trombadinhas; 1979 – O Caso Cláudia; A Menina e a Casa da Menina (CM) (narração); 1981 – A Conquista do Paraíso (La Conquista Del Paraíso) (Argenti na); 1986 – Fulaninha; 1996 – O Lado Certo da Vida Errada. DANI, SANDRA Nasceu em Porto Alegre, RS, em 8 de dezembro de 1947. Forma-se em Psicologia pela PUC, em 1970, e em Artes Cênicas pela UFRGS, em 1973, com Mestrado em Artes Cênicas pela State University of New York em 1983. Durante o período 1976/1999 é professora de Interpretação e Análise do Processo Criati vo do Departamento de Arte Dramática da UFRGS, Diretora do Insti tuto de Artes da UFRGS, no período 1997-1999, e do Insti tuto de Artes Cênicas, da Secretaria de Estado da Cultura, entre janeiro e julho de 1999. Como atriz teatral, sua primeira peça é Quem Roubou meu Anabela?, direção de Luiz Paulo Vasconcellos, em 1972. Destacam-se depois Boneca Teresa (1980), direção de Luiz Paulo Vasconcellos; Salão Grená (1980), direção de Irene Brietzke, pelo qual recebe o Prêmio Açorianos de Melhor Atriz; Apareceu a Margarida (1983/1984), de Roberto Athayde, direção de Luiz Paulo Vasconcellos; Descrição de uma Imagem (1993), recebendo seu segundo prêmio Açorianos de Melhor Atriz e também o Prêmio Quero-Quero de Melhor Atriz; Como um Sol no Fundo do Poço (1998), sendo contemplada pelo seu terceiro prêmio Açorianos de Melhor Atriz; Almoço na Casa do Sr. Ludwig, de Thomas Benhard, direção de Luciano Alabarse; Calamidade (2006), direção de Claudia de Bem, Prêmio Braskem e Troféu Açorianos de Melhor Atriz; Medeia (2007), de Eurípides, direção de Luciano Alabarse, etc. Estreia no cinema em 1979 no curta gaúcho Abrenúncio. Filmografia: 1979 – Abrenúncio (Ou Pergunte ao Aurelião) (CM); Os Familiares (CM); 1980 – Desespero (CM); 1981 – Natal Vermelho (CM); Insólitos (CM); 1984 – A Divina Pelotense (CM); 198 6 – Vitor e Clotilde (CM); 1990 – Nostalgia (Heimweh); 1996 – Um Homem Sério (CM); 2002 – Histórias do Sul, as Parceiras; 2006 – Sketches (CM); 2008 – Dias e Noites; 2009 – Quase um Tango. DARTAGNAN JÚNIOR José D’Artagnan nasceu em São Paulo, SP, em 4 de novembro. Em 1978 faz sua primeira novela, A Sucessora, e em 1983 estreia no cinema no filme Onda Nova. Em carreira relativamente regular na televisão, participa de outras novelas como Pátria Minha (1994), Pecado Capital (1998), Kubanacan (2003) e O Profeta (2007). No cinema, participa de vários filmes, com destaque para Minha Vida em suas Mãos (2000) e Apolônio Brasil, Campeão da Alegria (2003). Está casado com a escritora Maria Carmem Barbosa. Filmografia: 1983 – Onda Nova; 1987: Anjos da Noite; 2000 – Minha Vida em suas Mãos; 2002 – Histórias do Olhar; 2003 – Apolônio Brasil, Campeão da Alegria. D’ÁVILA, EMA Nasceu em Porto Alegre, RS, em 10 de abril de 1918. É descoberta por Jardel Jercolis (pai de Jardel Filho) num programa de calouros de uma rádio em Porto Alegre. Convidada a tentar a sorte no Rio de Janeiro, ela aceita e leva junto seu irmão Walter D’Ávila, também comediante. O ano é o de 1935 e sua primeira peça, Gol, já é sucesso, abrindo-lhe as portas das emissoras de rádio. Durante muitos anos, Ema se divide entre programas famosos na rádio e sucessos no Teatro de Revista. Na companhia de Walter Pinto, já na década de 1960, atua no seu últi mo grande sucesso, Tem Bububu no Bobobó. Na década de 1950, integra o cast da Rádio Nacional, onde é uma das comediantes de maior prestígio na fase de ouro do rádio. Também trabalha na Rádio Mayrink Veiga e em emissoras de São Paulo, como a Record. Com a chegada da televisão, repete, em programas famosos, os tipos que criara no rádio. Trabalha na TV Rio, na Tupi, na Record e na Globo, onde participa de humorísti cos como Balança mas não Cai (1968) e uma ponta na novela Marrom Glacê (1979). Faz pouco cinema, destacando-se Na Corda Bamba (1958), sua estreia, e Pintando o Sete (1959). Casada com Antonio de Camillis, tem dois filhos, Alexandre e Joaquim. Morre no Rio de Janeiro, víti ma de derrame cerebral, em 25 de março de 1985, aos 66 anos de idade. Filmografia: 1958 – Na Corda Bamba; 1959 – Pintando o Sete; 1960 – Dois Ladrões. DÁVILA, TIÃO Sebastião Pedroso de Camargo Neto nasceu em Rio Claro, SP, em 8 de abril de 1944. Inicia sua carreira no Teatro Amador Universitário, estreando na peça Reencontros, direção de Odécio Penteado, já ganhando o prêmio Governador do Estado de melhor ator. Estuda na EAD – Escola de Arte Dramáti ca da USP e depois se integra ao Teatro Cordel de Orlando Senna. Os primeiros anos de sua carreira são dedicados ao teatro, mas em 1976 rendese à televisão, na novela Estúpido Cupido, como Carneirinho, que pertencia a turma de Ney Latorraca, João Carlos Barroso e Ricardo Blat. Em 1978 vai para o cinema, estreando no filme O Outro Lado do Crime. Na televisão, participa de momentos importantes como Sem Lenço, sem Documento (1977), Memórias de Amor (1979), Senhora do Destino (2004) e O Profeta (2006), pela TV Globo. Na TV Manchete fez Amazônia (1991), Tocaia Grande (1995) e Mandacaru (1997). Na TV Record, A Lei e o Crime (2009) e Poder Paralelo e, retornando à TV Globo entra para o elenco de Caminho das Índias, em 2009, como o pai de Deva. No cinema, tem participado com frequência, em fi lmes como Zuzu Angel (2006) e Polaroides Urbanas (2008). Filmografia: 1978 – O Outro Lado do Crime; 1982 – Luz Del Fuego; Mar do Pecado; 1983 – Bar Esperança; 1984 – Memórias do Cárcere; 2001 – Memórias Póstumas; 2002 – Uma Onda no Ar; 2006 – Zuzu Angel; Canta Maria; 2007 Inesquecível; 2008 – Polaroides Urbanas; 2009 – Bela Noite para Voar; 2010 Chico Xavier. D’ÁVILA, WALTER Nasceu em Porto Alegre, RS, em 29 de novembro de 1913. Ainda criança começa no circo, seguindo a carreira da irmã mais nova, Ema, e depois como amadores nas sociedades carnavalescas Passa Fome e Anda Gordo. Logo a dupla se transfere para a Rádio Gaúcha de Porto Alegre, Walter como comediante e Ema como cantora. Em 1935 partem para o Rio de Janeiro, a convite de Jardel Jércolis, pai de Jardel Filho. Durante as décadas de 1940/1950, faz parte do elenco de estrelas da Rádio Nacional, onde interpreta o personagem Seu Baltazar da Rocha, no programa Escolinha do Professor Raimundo. Estreia na televisão no canal 13, TV Rio, nos anos 1950, com o personagem Seu Obturado, com outros atores. D’Ávila inaugura uma fase áurea do humorismo na televisão, que é recheada de tipos. Seus personagens são levados para a Praça da Alegria na década de 1960, na TV Record, permanecendo anos no ar, sempre com muito sucesso. O seu curriculo é marcado por parcerias com grandes nomes da noite carioca. Ele trabalha na Companhia de Walter Pinto, onde é o primeiro ator, e também na de Beatriz Costa, atuando ao lado de Oscarito. Também se apresenta em boates, em shows de Carlos Machado e Renata Fronzi. Faz parceria com Dercy Gonçalves e ainda tem sua própria companhia. Trabalha muito em cinema, estreando, em 1935, no filme Noites Cariocas. Na Vera Cruz, faz em 1953 aquele que seria seu melhor filme, Família Lero-Lero, como Aquiles Taveira. Brilha intensamente nos programas Balança mas não Cai (1968), Chico City (1973), Viva o Gordo (1981), A Festa é Nossa, Humor Livre (1984), Escolinha do Professor Raimundo (1990) e Estados Anysios de Chico City (1991), além de participar das novelas Feijão Maravilha (1979) e Espelho Mágico (1977), sempre pela TV Globo. Sua última aparição no vídeo acontece na Escolinha do Professor Raimundo reeditando seu primeiro personagem, Seu Baltazar da Rocha, com muito sucesso. Morre de câncer, em 19 de abril de 1996, aos 82 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1935 – Noites Cariocas; 1944 – Berlim da Batucada; 1945 – Loucos por Música; Pif-Paf; 1946 – Caídos do Céu; O Ébrio; 1948 – Fogo na Canjica; Pra Lá de Boa; 1950 – Um Beijo Roubado (Noites de Copacabana); 1952 – João Gangorra; 1953 – Família Lero-Lero; 1955 – Carnaval em Lá maior; 1958 – É a Maior; No Mundo da Lua; 1960 – Pequeno por Fora; 1961 – Três Colegas de Batina; 1970 – Motorista sem Limites; 1974 – As Delícias da Vida; 1979 – O Golpe mais Louco do Mundo (Professor Kranz Tedesco Di Germania) (Itália/Brasil). DELIA, VALÉRIA Nasceu em Bauru, SP, em 1955. Desde criança quer ser atriz, mas as oportunidades são muito escassas em sua cidade. Passa a frequentar curso de balé. Em 1970 passa férias no Rio de Janeiro, quando é abordada por ninguém menos que Carlos Machado, que a convida para trabalhar em seus shows na noite carioca. Inicia também, carreira de manequim, fazendo desfiles no Rio e em São Paulo. Estreia no cinema em 1972 no filme O Doce Esporte do Sexo. Filmografia: 1972 – O Doce Esporte do Sexo; 1975 – Ainda Agarro esse Machão; Clube das Infiéis; As Mulheres sempre Querem Mais (Desejo Insaciável de Amar); 1976 – Quando elas Querem... e eles Não; O Quarto da Viúva; 1977 – Guerra é Guerra; 1978 – Belas e Corrompidas. DACOSTA, ALEXANDRE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 29 de janeiro de 1959. Filho dos artistas Milton Dacosta e Maria Leontina, em 1976, aos 17 anos de idade, cursa violão e teoria na Pró-Arte. Em seguida, já interessado por cinema, frequenta os cursos Cinema Super-8 com Abraão Berman, em 1977, e Fotografia de Cinema com Roy Carlson, em 1979. Cursa filosofia na PUC/RJ e em 1980 entra para o Teatro Tablado, permanecendo até 1982, quando estreia como ator, na peça O Embarque de Noé, de Maria Clara Machado, com direção de Toninho Lopes. Em 1985 estreia no cinema, numa pequena ponta no filme Areias Escaldantes. Na televisão, estreia em 1985, na novela Antonio Maria, pela TV Manchete. Profissional extremamente versátil, consegue se situar com facilidade em qualquer área, quer como ator, músico, produtor ou diretor. Em 2001 estreia como diretor no curta-metragem Estigma. No teatro, como ator, cantor e músico, participa de inúmeras peças como Uma Peça como você Gosta (1985), Caminhos de João Brandão – Remix (2002) e Sons e Cores (2006). Em plena ati vidade também na televisão, suas últimas performances foram na minissérie Aquarela do Brasil, em 2000, e nos seriados A Grande Família (2004), A Diarista (2004/2005) e Toma Lá, Dá Cá (2009). Filmografia (ator): 1985 – Areias Escaldantes; 1988 – Dinheiro Invisível (CM); 1989 – Faca de Dois Gumes; 1995 – As Meninas; 1996 – Cheque-Mate (CM); Com que Roupa? (CM); Histórias do Mar (CM); 1997 – Guerra de Canudos; Policarpo Quaresma, Herói do Brasil; 1998 – Saideira – Skank (clip Musical); Zoando na TV; Milton Dacosta: Ínti mas Construções (CM); Orgasmo Total (CM); 1999 – Villa-Lobos, uma Vida de Paixão; Tiradentes; 2000 – Máquina do Tempo (CM); 2001 – Verme – Cabeçudos (clip musical); Vida e Morte de Ramiro Miguez; Estigma (CM); 2002 – O Amor Segundo o Aurélio; 2003 – Viva Sapato!; Bala na Marca do Pênalti (CM); Truques, Xaropes e Outros Artigos de Confi ança (CM); 2004 – Quase Dois Irmãos; A Velha e a Joia (CM); 2005 – Coisa de Mulher; Preto no Branco; A Noite do Capitão (CM); 2006 – Muito Gelo e dois Dedos d’Água; Cleópatra; Meteoro (Brasil/Venezuela); Noel – O Poeta da Vila; Meus Amigos Chineses (CM); Balada das duas Mocinhas de Botafogo (CM); Identi dade B (CM); Deviados (CM); 2007 – Lúcia e a Mala (CM). Filmografia (diretor): 2001 – Estigma (CM); 2002 – Copacabana Building (CM); 2003 – Bala na Marca do Pênalti (CM); 2004 – Maria Leontina – Gesto em Suspensão (CM); 2006 – Deviados (codireção de Luiz Octávio Moraes). DAHL, MARIA LÚCIA Maria Lúcia Carneiro nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20 de julho de 1941. Ex-estudante de Filosofia da PUC, estreia no cinema em 1965, no filme O Menino do Engenho. Em 1969 vai para o exterior, permanecendo dois anos em Paris e três em Roma. Lá trabalha com moda, publicidade, faz um telejornal e teatro, com o grupo Vasikiko, em peças como 120 Dias de Sodoma, de Sade, e Pinochia. De volta ao Brasil, trabalha ativamente em cinema, destacandose nos filmes Macunaíma (1969) e Quem Matou Pixote? (1996). Na televisão, estreia em O Espigão, em 1974, seguindo-se outras como Dancin’ Days (1978), Bambolé (1987), Anos Rebeldes (1992) e Torre de Babel (1998). No teatro, participa de muitas montagens como A Longa Noite de Cristal, de Vianinha, em 1977. Foi casada com o diretor Gustavo Dahl. Filmografia: 1965 – O Menino do Engenho; Mar Corrente; 1966 – A Grande Cidade; 1968 – Cara a Cara; O Bravo Guerreiro; O Levante das Saias; 1969 – Macunaíma; Pobre Príncipe Encantado; 1975 – Deixa Amorzinho... Deixa; Guerra Conjugal; Ipanema, Adeus; Motel; 1976 – Tem Alguém na Minha Cama (episódio: Dois em Cima, dois Embaixo e dois Olhando); Um Homem Célebre; 1977 – A Árvore dos Sexos; Revólver de Brinquedo; Gordos e Magros; 1978 – Gente Fina é Outra Coisa (episódio: A Guerra da Lagosta); Noite em Chamas; Os Sensuais; O bom Marido; 1979 – Os Noivos; Eu Matei Lúcio Flávio; 1980 – Giselle; Terror e Êxtase; Eu te Amo; O Gosto do Pecado; O Fruto do Amor; 1981 – Mulher Objeto; 1983 – Idolatrada; 1994 – Veja esta Canção (episódio: Drão); 1996 – Quem Matou Pixote?; 1999 – A Terceira Morte de Joaquim Bolívar; 2005 – Mais uma Vez o Amor. DAKI, SALVADOR Salvador Landulfo começa sua carreira como assistente de produção nos estúdios da Vera Cruz. Por seus dotes fí sicos, entra como dublê de Mário Sérgio no filme Caiçara (1950) e acaba fazendo uma ponta, agradando aos produtores. Estreia como ator em Terra é Sempre Terra (1951). Participa de outros como A Estrada (1956) e Sete Homens Vivos ou Mortos (1969), passando depois a dedicar-se a outras atividades. Filmografia: 1950 – Caiçara; 1951 – Terra é Sempre Terra; 1952 – Appassionata; 1954 – Na Senda do Crime; Candinho; 1956 – A Estrada; 1969 – Sete Homens Vivos ou Mortos. DAMASCENO, LUIZ Ator e diretor teatral, por dezesseis anos foi parceiro de Gerald Thomas , com quem fundou a Companhia Ópera Seca, que produziu importantes espetáculos no teatro contemporâneo brasileiro como Carmen com Filtro (1990), The Flash and Crash Days (1991), Nowhere Man (1997), Trilogia Kafka, Eletra Con Creta, O Império das Meias Verdades, etc. Estreia no cinema em 1977 no filme A Árvore dos Sexos. Depois de vários anos afastado, retorna em 1999 para parti cipar do filme Dois Córregos – Verdades Submersas no Tempo, de Carlos Reichenbach, no papel do Dr. Armando Sumaqueiro. Na televisão, atua na novela Eu Prometo (1983) e na série Minha Nada Mole Vida (2006). Luiz também é professor da EAD – Escola de Arte Dramática da US Filmografia: 1977 – A Árvore dos Sexos; 1986 – A Quebra-Galho Sexual; 1999 – Dois Córregos – Verdades Submersas no Tempo; 2006 – Boleiros 2 – Vencedores e Vencidos; 2009 – Paredes Nuas (MM). DAMIANO, ALFREDO João Alfredo Damiano nasceu em São Paulo, SP, em 11 de fevereiro de 1963. Estuda no Colégio Dante Alighieri, depois Comunicações na FAAP, onde faz amizade com a fotografa Lenise Pinheiro e participa de grupo teatral amador. Cursa depois a EAD da USP, na mesma turma de Leopoldo Pacheco e Deborah Evelyn. O trabalho de finalização da turma de seu ano foi Laços, que depois fez carreira profissional. Estreia no cinema como namorado de Dani Patarra em Nasce uma Mulher, de Roberto Santos, depois é a transa de Carla Camurati em A Estrela Nua, da dupla José Antonio Garcia e Icaro Martins. É um dos primos de Brasa Adormecida de Djalma Limongi Batista e aceita ser um dos repórteres em Sua Excelência, o Candidato, de Ricardo Pinto e Silva. Mas seu melhor papel é o do jovem revoltado que fi ca paralítico e se mata na versão para o cinema de Feliz Ano Velho, de Marcelo Rubens Paiva, dirigido por Roberto Gervitz. Participa também da novela do SBT, Uma Esperança no Ar (1985). Morre no 1º de maio de 1994, aos 31 anos de idade, no mesmo dia em que Ayrton Senna sofre seu acidente. Filmografia: 1983 – Nasce uma Mulher; 1984 – A Estrela Nua; 1987 – Feliz Ano Velho; Brasa Adormecida; 1990 – Arabesco (CM); 1992 – Sua Excelência, o Candidato. DANIEL José Daniel Camilo nasceu em Brotas, SP, em 9 de setembro de 1968. Aprende a tocar violão com cinco anos de idade. Muito jovem conhece João Paulo e formam a dupla sertaneja João Paulo e Daniel. Em 1985 lançam o primeiro disco Amor Sempre Amor. Daí pra frente foi só sucesso, chegando a vender mais de um milhão de cópias de um único disco. Em 1997 João Paulo morre em um acidente automobilístico e Daniel inicia carreira solo, passa a ser cantor exclusivamente românti co. Em 1999 participa do filme Xuxa Requebra, era sua estreia no cinema. Em 2009 veio o grande desafio, protagonizar o remake de O Menino da Porteira, que em 1976 tinha Sérgio Reis no papel principal. Na televisão, fez participações especiais em América (2005) e Casseta & Planeta Urgente (2008). Em 2009 é o protagonista principal da novela Paraíso, como Zé Camilo, pela TV Globo. Daniel é um cantor de sucesso, tem carisma, já vendeu milhões de discos e faz shows por todo o Brasil. Filmografia: 1999 – Xuxa Requebra; 2003 – Didi, o Cupido Trapalhão; 2009 – O Menino da Porteira. DANIEL FILHO João Carlos Daniel nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 30 de setembro de 1937. É filho dos atores Mary e Juan Daniel. Inicia carreira em 1952 na companhia de revistas de Walter Pinto, contra a vontade dos pais, que querem que ele siga outros rumos, mas seu talento fala mais alto. Atua em diversas peças teatrais, como Um Fabricante de Estrelas. Contratado para atuar com Colé Santana, ganha o prêmio de revelação do teatro musicado, passando a fazer excursões por todo o País. Nessa época, ingressa também na televisão.Com Maurício Sherman e Jacy Campos, atua em Câmera Um e Teatro de Comédia. Dirige pela primeira vez em 1964, um programa de circo na TV Excelsior. No cinema, atua com frequência como ator, sendo sua estreia em 1956 no filme Colégio de Brotos. Seguem-se muitos outros, numa longa carreira que inclui clássicos como Os Cafajestes (1962) e Quilombo (1984). Em 1969 estreia na direção, no filme Pobre Príncipe Encantado, com Wanderley Cardoso, já mostrando seu talento. Entre outros, dirige também O Cangaceiro Trapalhão (1983), com Renato Aragão. A partir da década de 1970, consolida seu talento de diretor na TV Globo, fazendo trabalhos importantes e marcantes, como Sai de Baixo, humorístico de sucesso, e A Vida como ela É, ambos de 1996. Atualmente está coordenando o núcleo cinematográfi co da TV Globo, inovando ao fazer seriados em 35mm como A Justi ceira (1997) e Mulher (1998). Desde 2005 é produtor-geral da Globo Filmes. Casou-se quatro vezes: com Dorinha Duval (1962-1972), com quem tem uma filha, Carla Daniel (1965), também atriz; com Betty Faria (1973-1977), com quem tem um filho, João (1975); com Regina Duarte (1978-1979); e desde 1986 com Márcia Couto. Daniel tem quatro netos. É considerado um dos maiores talentos da televisão brasileira. Nos últimos anos tem emprestado seu talento ao Cinema Brasileiro, com igual sucesso, durante algum tempo como diretor da Globo Filmes e atualmente à frente de sua produtora, a Lereby Filmes. Filmografia (ator): 1956 – Fuzileiro do Amor; Colégio de Brotos; 1957 – Maluco por Mulher; Tem Boi na Linha; 1960 – Eu Sou o Tal; 1961 – Mulheres e Milhões; Esse Rio que eu Amo (episódio: Noite de Almirante); 1962 – Os Cafajestes; Boca de Ouro; 1963 – Marafa (inacabado); 1968 – Juventude e Ternura; 1969 – A Cama ao Alcance de Todos (episódio: A Segunda Cama); 1970 – O Impossível Acontece (episódio: Eu, Ela e o Outro); 1971 – As Quatro Chaves Mágicas; Os Herdeiros; 1972 – Roleta Russa; 1974 – Ana, a Libertina; 1978 – Chuvas de Verão; 1981 – Beijo no Asfalto; 1983 – Bar Esperança, o Último que Fecha; 1984 – Quilombo; 1985 – Espelho da Carne; 1987 – Romance da Empregada; Um Trem para as Estrelas; Tanga, Deu no New York Times; 1991 – O Corpo; 2002 – Querido Estranho; 2006 – Se eu Fosse Você; 2008 – Paulo Gracindo, o Bem-Amado (depoimento); 2009 – Tempos de Paz. Filmografia (diretor):1969 – Pobre Príncipe Encantado; A Cama ao Alcance de Todos (episódio: A Segunda Cama); 1970 – O Impossível Acontece (episódio: Eu, Ela e o Outro); 1975 – O Casal; 1983 – O Cangaceiro Trapalhão; 2001 – A Partilha; 2004 – A Dona da História; 2006 – Se eu Fosse Você; 2006 – Muito Gelo e dois Dedos d’Água; 2007 – Primo Basílio; 2008 – Se eu Fosse Você 2; 2009 – Tempos de Paz; 2010 – Chico Xavier. DANNI CARLOS Daniela Carlos de Araújo nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 2 de julho de 1975. Filha de baianos radicados no Rio de Janeiro. Começa a compor e se apresentar em bares da noite carioca aos dezesseis anos. Aventura-se por algum tempo na Europa como mochileira, cantando e tocando para ganhar alguns trocados. De volta ao Brasil, grava seu primeiro CD em 2003, RockNRoad Acústico, com regravações de alguns hits do rock internacional, batendo a marca de 130 mil cópias vendidas. Nesse mesmo ano estreia na televisão como atriz na novela Agora é que são Elas. Com cinco CDs gravados e consagrada como cantora, em 2009 parti cipa do reality show A Fazenda, pela TV Record, fi cando em segundo lugar, e também faz seu primeiro filme, Mulher Invisível. Na próxima película, Quanto Dura o Amor?, interpreta o difícil papel de uma cantora drogada que tem uma relação com outra garota, interpretada pela atriz Sílvia Lourenço. Seu último CD é autoral, e inclui os sucessos Coisas que eu Sei e Doce Sal. Filmografia: 2002 – Cidadelas (voz); 2009 – Mulher Invisível; Quanto Dura o Amor? (Condomínio Jaqueline). DANTAS, DANIEL Daniel Tunes Dantas nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 28 de junho de 1954. Filho do ator Nelson Dantas. Começa sua carreira no teatro, em 1975, na peça O Inspetor Geral. Em 1980 estreia na televisão na novela Chega Mais. Entre outras, vêm depois Sinhá Moça (1986), O Dono do Mundo (1991), Mulheres de Areia (1993), Anjo Mau (1997), além das minisséries Rabo de Saia (1984) e Tenda dos Milagres (1985). Estreia no cinema em 1978 no filme Tudo Bem. Em 1997 parti cipa do Pequeno Dicionário Amoroso (1997), um dos grandes sucessos da temporada, ao lado de Andréa Beltrão. No teatro faz Werther, ao lado do pai. Em 1991 ganha o prêmio Molière, graças à interpretação na peça Baile de Máscaras. Sua carreira segue ativa e brilhante na televisão, sempre em papeis honestos, de bom moço, o que sua fisionomia ajuda a consolidar. Entre outras depois parti cipa de A Força de um Desejo (1999), Celebridade (2003) e, mais recentemente, Paraíso Tropical (2007), como Heitor; Ciranda de Pedra (2008), como Natércio Prado; e Som e Fúria (2009), como Henrique Amado. Foi casado com a atriz Zezé Polessa, com quem tem um fi lho, João. Está casado com Cristina Amadeo. É um dos bons atores de sua geração. Filmografia: 1978 – Tudo Bem; 1981 – Engraçadinha; 1982 – O Sonho não Acabou; 1986 – Fonte da Saudade; 1987 – Sonho de Valsa; 1995 – Jenipapo; 1997 – Pequeno Dicionário Amoroso; O Homem Nu; 1998 – Traição (episódio: Diabólica); 2000 – Cronicamente Inviável; 2002 – Furos no Sofá (CM); Lost Zweig; 2003 – De Morango (CM); O Vestido; 2007 – Caixa Dois; 2008 – Ouro Negro; Forasters (Espanha); 2009 – Histórias de Amor Duram Apenas Noventa Minutos; 2010 – Sonhos Roubados. DANTAS, FRANCISCO Franciskus Cepukaitis nasceu na Lituânia, em 18 de setembro de 1911. Em 1926, aos 13 anos de idade, chega ao Brasil e começa a trabalhar como agricultor e vaqueiro. Estreia no cinema em 1944 no filme Romance de um Mordedor, seguiram-se dezenas de outros, chegando à incrível marca de 35, com destaque para O Noivo da Girafa (1957), Esse Rio Que Eu Amo (1962), Marcelo Zona Sul (1970) e O Cinderelo Trapalhão (1979), com a troupe de Renato Aragão, seu último filme. Em 1970 participa de sua primeira novela Irmãos Coragem, grande sucesso da TV Globo. A parti r dos anos 1970 passa a atuar com frequência na televisão, como em Selva de Pedra (1972), Gabriela (1975), Dancin’ Days (1978), Hipertensão (1986) e nas minisséries O Fantasma da Ópera (1991), Agosto (1993) e Memorial de Maria Moura (1994), sua última aparição na telinha. Afastado de suas atividades artísticas, morre em 29 de agosto de 2000, aos 88 anos de idade, no Rio de Janeiro, de insufi ciência renal. Filmografi a: 1944 – Romance de um Mordedor; 1949 – Carnaval de Fogo; 1951 Aí Vem o Barão; Barnabé Tu és Meu; 1952 – Destino; 1956 – Fuzileiro do Amor; Boca de Ouro; 1957 – O Noivo da Girafa; Quem Sabe...Sabe!; Metido a Bacana; A Baroneza Transviada; 1958 – A Mulher de Fogo (Mujeres de Fuego) (Mexico/Brasil); Pega Ladrão!; 1959 – Quem Roubou meu Samba?; Dona Xepa; Maria 38; 1960 – Sai Dessa Recruta; A Viúva Valentina; O Viúvo Alegre; Eu Sou o Tal; 1961 – Sócio de Alcova (Socia de Alcoba) (Brasil/Argenti na); 1962 Assassinato em Copacabana; Esse Rio que eu Amo (episódio: O Milhar Sêco); 1968 – Massacre no Supermercado; 1970 – Marcelo Zona Sul; Pais Quadrados, Filhos Avançados; 1971 – Em Família; Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva; 1972 – Uma Pantera em Minha Cama; 1973 – Aladim e a Lâmpada Maravilhosa; Salve-se Quem Puder (Rally da Juventude); 1974 – Robin Hood, o Trapalhão da Floresta; 1976 – Dona Flor e seus Dois Maridos; 1977 – Ódio; Loucuras de um Sedutor; 1979 – O Cinderelo Trapalhão. DANTAS, NELSON Nelson Hannequim Dantas Filho nasceu no Rio de Janeiro em 17 de novembro de 1927. Começa sua carreira no teatro, em peças de Nelson Rodrigues e Pirandello, mas é no cinema que desenvolve longa carreira, desde sua estreia em 1949 no filme Almas Adversas. Entre muitos outros, destacam-se Assalto ao Trem Pagador (1962), Dona Flor e seus Dois Maridos (1976) e O que é Isso Companheiro? (1997). Nos anos 1960 e até meados dos 70, faz somente teatro e cinema, mas rende-se à televisão em 1975, na novela Escalada e aí não para mais, seguindo-se Roque Santeiro (1985), Roda de Fogo (1986) e Celebridade (2004), sua última novela, embora ainda participasse de um episódio do seriado Sob nova Direção, com o título: Nenhum Casamento e um Funeral, em 2005. Ganha vários prêmios por sua interpretação nos filmes O Casamento (1975) e Cabaret Mineiro (1979). Em 2006 faz seu último filme, uma ponta em Zuzu Angel, como o pai do capitão Lamarca. É pai do ator Daniel Dantas. Morre em 18 de março de 2006, aos 78 anos de idade, no Rio de Janeiro, por complicações decorrentes de um câncer nos pulmões. Filmografia: 1949 – Almas Adversas; Mulher de Longe (inacabado); 1954 – Matar ou Correr; Carnaval em Caxias; 1962 – Assalto ao Trem Pagador; 1965 Pluft, o Fantasminha; 1968 – Capitu; 1971 – Lúcia McCartney, Uma Garota de Programa; A Casa Assassinada; Azyllo Muito Louco; 1972 – Os Inconfidentes; O Doce Esporte do Sexo (episódio: O Torneio); 1973 – Vai Trabalhar, Vagabundo; 1974 – A Estrela Sobe; Cultura e Opulência do Brasil (CM) (narração, com Cecil Thiré); 1975 – A$$untina das Amérikas; O Casamento; 1976 – As Aventuras de um Deteti ve Português; Dona Flor e seus Dois Maridos; 1978 – A Noiva da Cidade; 1979 – A Nelson Rodrigues (CM); O Bom Burguês; 1980 – Cabaret Mineiro; 1981 – Engraçadinha; O Homem do Pau-Brasil; 1982 – Insônia (episódio: Dois Dedos); O Santo e a Vedete; 1983 – Bar Esperança, o Último que Fecha; 1984 – Cavalinho Azul; Feitiço do Rio (Blame It on Rio) (EUA); Memórias do Cárcere; Noite; 1986 – Chico Rei; Fulaninha; 1987 – Urubus e Papagaios; 1990 – A Maldição do Sanpaku; 1991 – A Viagem de Volta; 1993 Lamarca; 1996 – O Capeta Carybé (CM) (narração, com Harildo Deda); 1997 O que é Isso Companheiro?; 1998 – Policarpo Quaresma, Herói do Brasil; Menino Maluquinho 2 – A Aventura; Amor & Cia.; 1999 – O Primeiro Dia; O Viajante; Tiradentes; 2000 – Retrato Pintado (CM); 2004 – Sonhos Tropicais; 2004 – Narradores de Javé; 2006 – Zuzu Angel. DANTE RUY Nasceu em São Paulo, SP, em 1925. Dublador e ator. De longa carreira na AIC, de São Paulo, dubla diversos personagens, principalmente vilões truculentos e traidores. Entre tantas outras, empresta sua voz para as séries Perdidos no Espaço, Missão Impossível, O Túnel do Tempo, Terra de Gigantes, etc. Em 1964 faz sua primeira novela, Marcados pelo Amor, pela TV Record. Faz muito teatro também, em peças importantes como A Resistível Ascensão de Arturo Ui, de Bertolt Brecht, com direção de Augusto Boal, em 1970, etc. Sua carreira deslancha mesmo nos anos 1970, tanto em cinema como em televisão. No cinema estreia em 1970 no fi lme inédito Os Discos Voadores Estão entre Nós. Sua estreia oficial então acontece em 1977, em Jecão...Um Fofoqueiro no Céu, como Chico Fazenda, ao lado de Mazzaropi, depois As Aventuras de Mário Fofoca (1982), Made in Brazil (1985), etc. Na televisão participa de várias novelas, entre as quais Ovelha Negra (1975), Os Imigrantes (1981) e Rabo-de-Saia (1984). Casado, ti nha três filhos. Morre em 21 de fevereiro de 2008, em São Paulo, aos 82 anos de idade, de infecção pulmonar. Filmografia: 1970 – Os Discos Voadores Estão entre Nós; 1977 – Jecão...Um Fofoqueiro no Céu; 1978 – A Noite dos Duros; 1980 – Os Rapazes da Difícil Vida Fácil; 1982 – As Aventuras de Mário Fofoca; Pecado Horizontal; 1983 – Escândalo na Sociedade; 1984 – Mulher...Sexo... Veneno; 1985 – Made in Brazil (episódio: Furacão Acorrentado). DAVID JOSÉ José Lessa Mattos e Silva nasceu em São Paulo, SP, em 21 de fevereiro de 1942. Começa sua carreira como ator mirim, em 1952, na TV Tupi, fazendo o primeiro Pedrinho do Sítio do Pica-Pau Amarelo, ao lado de Júlio Gouveia e Tatiana Belinky. A partir daí constitui sólida carreira ao participar, entre outras de TV de Vanguarda (1956/1958), Klauss, o Loiro (1963) e O Tempo e o Vento (1967). Em 1956 estreia no cinema no filme O Sobrado e participa de muitos outros, como Lampião, Rei do Cangaço (1963) e Os Marginais (1968). De 1964 a 1968, integra o Teatro de Arena. Paralelamente, em 1963 entra na Faculdade de Ciências Sociais na USP. Formado, em 1968 abandona a carreira artística e vai para a França se especializar, lá permanecendo até 1974. De volta, leciona na Unicamp. Seu retorno à televisão acontece em 1977 na novela O Profeta, pela TV Tupi, seguindo-se Cara a Cara (1979), O Todo Poderoso (1981), O Vento do Ar Aberto (1981) e O Fiel e a Pedra (1981). Dirige também as novelas O Todo Poderoso (1979), Um Homem Muito Especial (1980) e Rosa Baiana (1981), todas pela TV Bandeirantes. A partir da metade dos anos 1980, não se tem conhecimento da continuidade de sua carreira. Filmografia: 1956 – O Sobrado; 1963 – Lampião, o Rei do Cangaço; 1964 – Seara Vermelha; 1965 – Grande Sertão; 1968 – Os Marginais (episódio: Papo Amarelo); 1970 – Celeste (Itália); 1973 – A Superfêmea; 1977 – Contos Eróti cos (episódio: Arroz com Feijão); 1978 – Doramundo; 1979 – Os Amantes da Chuva; Uma Estranha História de Amor; 1981 – O Homem do Pau-Brasil; 1983 – Nasce uma Mulher; O Lugar do Morto (Portugal); Malù e Lamante (Itália). DAVID NETO David Garófalo Neto nasceu em São Paulo, SP, em 25 de maio de 1929. Começa sua carreira artística no cinema, fazendo uma ponta no filme O Desvio em 1950, produção não concluída, seguindo-se de muitos outros como O Sobrado (1956), O Santo Milagroso (1966) e A Idade da Terra (1980). Em seguida transferese para a televisão, desenvolvendo sólida carreira na TV Tupi, sendo sua estreia no especial As Aventuras de Berloque Kolmes, em 1953, depois em programas como A Bola do Dia, ao lado de Walter Stuart; Seu Pepino, com Laura Cardoso; e O Julgamento de João Ninguém. Participa de projetos importantes como TV de Vanguarda e TV de Comédia, além de várias novelas como Minas de Prata (1966), O Tempo não Apaga (1972) e Um Sol Maior (1977). Casado com Maria Cecília, também atriz, tem uma filha, Mariângela. Morre de câncer em 10 de outubro de 1979, aos 50 anos de idade, em São Paulo. Filmografia: 1950 – Desvio (inacabado); 1952 – João Gangorra; 1956 – O Sobrado; 1957 – O Circo Chegou à Cidade (Toni, o Leiteiro); 1959 – Chão Bruto; 1962 – O Vendedor de Linguiças; 1964 – Rei Pelé; Vidas Estranhas; 1966 – O Santo Milagroso; O Anjo Assassino; 1967 – Cangaceiros de Lampião; 1972 – A Infidelidade ao Alcance de Todos (episódio: A Transa); Nua e Atrevida; 1973 – Portugal... Minha Saudade; 1974 – Obsessão Maldita; 1975 – O Supermanso; 1976 – Bacalhau; O Dia das Profissionais; Kung Fu contra as Bonecas; As Meninas Querem... e os Coroas Podem; A Noite das Fêmeas (Ensaio Geral); 1977 – O Menino da Porteira; Pensionato das Vigaristas; 1978 – A Noite dos Duros; Jeca e seu Filho Preto; Mágoa de Boiadeiro; Noite em Chamas; 1979 – O Outro Lado do Crime; A Dama da Zona (Hoje Tem Gafi eira); 1980 – A Idade da Terra. DAVIS, BILLY José Pereira de Carvalho Júnior nasceu em São Paulo, SP, em 1931. Começa sua carreira artística na Rádio Record, transferindo-se depois para a Tupi. Seu repertório baseia-se principalmente em músicas americanas. Na década de 1950, muda-se para o Rio de Janeiro e integra o elenco de Carlos Machado. Estreia no cinema em 1950 no filme A Vida é uma Gargalhada. Faz muito cinema, chegando a quase trinta películas no curriculo, com destaque para Os Fuzis (1963) e O Homem do Pau-Brasil (1981). Participa também na antiga TV Paulista e depois TV Tupi, em programas e shows. Atua em quase todos os cargos no cinema. Como diretor, usa o pseudônimo J.P.Carvalho e dirige dois filmes. A parti r dos anos 1990, afasta-se da vida artísti ca. Filmografia (ator): 1950 – A Vida é uma Gargalhada; 1955 – O Rei do Movimento; 1960 – Marido de Mulher Boa; Vai Que é Mole; 1961 – O Dono da Bola; Bom Mesmo é Carnaval; Briga Mulher & Samba; Sócio de Alcova (Socia de Alcoba) (Brasil/Argentina); 1962 – Assalto ao Trem Pagador; Os Cosmonautas; 1963 – O Homem que Roubou a Copa do Mundo; 1964 – Deus e o Diabo na Terra do Sol; 1965 – A Falecida; Mar Corrente; Os Fuzis; 1967 – Em Busca do Tesouro; Garota de Ipanema; 1968 – Vida Provisória; Como Vai, Vai Bem?; 1970 – O Impossível Acontece (episódio: O Acidente); Perdidos e Malditos; Piranhas do Asfalto; 1971 – O Capitão Bandeira contra o Dr. Moura Brasil; Lúcia McCartney, uma Garota de Programa; 1973 – Guru das Sete Cidades; Um Virgem na Praça; 1981 – O Homem do Pau-Brasil; 1991 – Vai Trabalhar Vagabundo II. Filmografia: (diretor) (como J.P.Carvalho): 1963 – Bonitinha mas Ordinária; Quero essa Mulher Assim Mesmo. DAYER, LUDMILA Ludmila Dayer Schuller nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de junho de 1983. Paralelamente aos estudos normais, cursa dança flamenca desde os seis anos de idade. É escolhida então pela produtora Bianca de Felippes para trabalhar no filme Carlota Joaquina, Princesa do Brazil, devido à desistência da menina que faria o papel. Ganha prêmios por sua atuação, entre eles o de Atriz Revelação Mirim pela APCA – Associação Paulista dos Críti cos de Arte. Ludmila fez o papel da rainha Carlota Joaquina quando criança. No mesmo ano começa a trabalhar em Malhação, pela TV Globo, como Tati. Na TV Manchete, em 1996, faz sua primeira novela, Xica da Silva. Na TV Globo, brilha em Corpo Dourado (1998) e Senhora do Destino (2004), como a espevitada Danielle e em 2005 faz pelo SBT a novela Os Ricos Também Choram. Filmografia: 1995 – Carlota Joaquina, Princesa do Brazil; 1998 – Traição (episódio: Diabólica); 2002 – As Vozes da Verdade (CM); 2003 – Vida de Menina; 2008 – A Guerra dos Rocha. DE LUCA, RICARDO Ricardo José Alves nasceu em Itapetininga, SP, em 7 de junho de 1934. Formado em Direito, deixa a carreira para dedicar-se ao teatro, matriculando-se na Escola de Arte Dramática, EAD, em São Paulo, sendo um dos melhores alunos do curso, por suas participações nas peças Frei Luiz de Souza, de Garret; Bodas de Sangue, de Lorca; Onde a Cruz Está Marcada, de O’Neill; e A História do Zoológico, de Albee. Um de seus professores é o diretor Alberto D’Aversa, que prepara a produção de Seara Vermelha (1963), e não hesita em convidá-lo a parti cipar do fi lme, sendo essa então sua estreia no cinema. Grande promessa, faz poucos filmes, não conseguindo deslanchar sua carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1963 – Seara Vermelha; 1965 – Crônica da Cidade Amada (episódio: O Pombo Enigmático); 1966 – Três Histórias de Amor (episódio: A Carreta). DECOURT, GERALDO Nasceu em 1910. Sua carreira artística começa depois dos cinquenta anos, em 1966, fazendo comerciais de televisão, num total de quase quatrocentas campanhas publicitárias. Estreia no cinema em 1970 no filme Compasso de Espera. Faz mais de uma dezena deles, com destaque para Maria, Sempre Maria (1973) e A Carne (1976). Filmografia: 1973 – Maria ... Sempre Maria; 1974 – Macho e Fêmea; Trindad...é meu Nome; A Virgem e o Machão; 1975 – Compasso de Espera; O Supermanso; 1976 – A Carne (Um Corpo em Delírio); O Quarto da Viúva; Quem É o Pai da Criança? DÉDA, HARILDO Nasceu em Simão Dias, SE, em 3 de novembro de 1939. Com doze anos vai para o internato do Colégio Dois de Julho. Pensa em ser ator por causa do cinema, que frequenta todo final de semana. Presta vestibular para Letras e, em 1959, vai para os Estados Unidos com bolsa de estudos. De volta ao Brasil, tenta estudar Direito para agradar ao pai, mas resolve abraçar definiti vamente a carreira artística. Em 1962 ganha bolsa de estudos e vai estudar em Salvador, no Centro Popular de Cultura. Leciona por 39 anos no curso de interpretação da Escola de Teatro da UFBA. Faz mestrado nos EUA e a partir dos anos 1970 passa a se dividir entre a atuação, a direção e o ensino. Estreia no cinema em 1971 no filme Pindorama. Em 1981 faz sua primeira novela, Rosa Baiana, pela TV Bandeirantes. Depois participa de algumas minisséries e séries como O Pagador de Promessas (1988), Dona Flor e Seus Dois Maridos (1998), Carga Pesada (2004) e Faça sua História (2008). Atua em setenta peças e dirige outras vinte. Em 2003 recebe o título de cidadão soteropolitano e em atua na peça A Prosti tuta Respeitosa (2005). Em 2009, em comemoração aos seus 70 anos de vida, é convidado a parti cipar da peça A Última Sessão de Teatro, interpretando um conceituado ator de 70 anos que esquece suas falas e resolve abandonar a profi ssão. Nos últimos anos tem feito muitos filmes, com destaque para Central do Brasil (1998), Cidade Baixa (2005) e Besouro (2009). Hoje é considerado um patrimônio cultural da Bahia, sendo por todos muito respeitado. Filmografia: 1971 – Pindorama; 1974 – As Moças Daquela Hora; 1977 – Antonio Conselheiro e a Guerra dos Pelados; 1978 – Coronel Delmiro Gouveia; 1979 – Joana Angélica; 1980 – J. S. Brown, o Últi mo Herói; 1996 – Tieta do Agreste; O Capeta Carybé (CM) (narração ao lado de Nelson Dantas); 1998 – Central do Brasil; 2000 – Palavra e Utopia; 2001 – Três Histórias da Bahia; 2004 – O Veneno da Madrugada; Cascalho; 2005 – Cidade Baixa; 2006 – Jardim das Folhas Sagradas; 2008 – Orquestra de Meninos; 2009 – Besouro; 2010 – O Homem que não Dormia. DEL CUETO, JAYME Jayme Carlos del Cueto nasceu em Livramento, RS, em 1º de agosto de 1934. Produtor audiovisual e ator. Em 1983 atua em seu primeiro filme, Janete, produção paulista dirigida por Chico Botelho. Em 1985 vai para a televisão na minissérie O Tempo e o Vento, no papel de Otacílio. Parelalamene a carreira de ator, sempre se interessou pelas funções atrás das câmeras e começa a se destacar também como eficiente produtor executi vo, produtor audiovisual, assistente de direção em fi lmes como Memórias do Cárcere (1984), como assistente de direção; O Mentiroso (1988), como gerente de produção; Aleijadinho (2000), diretor de produção, etc. Como ator, destaca-se no teatro, cinema e televisão, nas novelas Renascer (1993), O Rei do Gado (1996), Desejos de Mulher (2002), Cobras e Lagartos (2006), etc., e nas minisséries Tereza Batista (1992), O Fim do Mundo (1996), Um só Coração (2004), JK (2006), etc., nos filmes Memórias do Cárcere (1984), Doida Demais (1989), O Invasor (2001), etc. Mora no Rio de Janeiro há muitos anos e está casado com a produtora de elenco e diretor Denise Del Cueto. Filmografia: 1983 – Janete; 1984 – Abrasasas; Memórias do Cárcere; 1985 – Além da Paixão; Avaeté – Semente da Vingança; 1986 – Cidade Oculta; 1987 – O País dos Tenentes; 1989 – Doida Demais; 1990 – Beijo 2348/72; 2001 – O Invasor; 2003 – Nevasca Tropical; 2006 – Eu Sou Assim (CM); 2008 – Elvis & Madona; Domingo de Páscoa. DEL FUEGO, LUZ Dora Vivacqua nasceu no Cachoeiro do Itapemirim, ES, em 21 fevereiro de 1917. Filha de um ex-senador, começa a carreira no circo, mas a fama só vem quando ancora seu corpo de cobiçada anatomia na praça Tiradentes, RJ. Estreia no cinema em 1946 no filme No Trampolim da Vida. Em 1951 responde seu primeiro processo por atentado ao pudor. Com as amigas Zulmira e Sueli, filma nua com o cineasta português Antonio Medeiros. Este, ao invés de submeter o filme à Censura, exibe-o clandesti namente. Causa inúmeros outros escândalos, inclusive na rua, onde é acusada de provocar congestionamento no trânsito e de assustar as pessoas com suas cobras. Vedete de modesta capacidade técnica, chama a atenção por sua intimidade com as cobras e também pelo projeto naturalista desenvolvido na Ilha do Sol. Também fora amante de personalidades políti cas importantes. Em 1959, após um estágio na Alemanha, traz para a ilha os ensinamentos europeus e – já afastada do meio artístico – é guru de dezenas de casais que vivem em sua ilha. É assassinada em 19 de julho de 1967, aos 50 anos de idade. Sua morte é desejada por muitos, pois dizem que ela sabe demais, e nem sempre respeita as ordens de silêncio que recebe. Sua vida vai às telas em 1981, interpretada por Lucélia Santos, num filme muito bem realizado. Filmografia: 1946 – No Trampolim da Vida; 1948 – Folias Cariocas; Poeira de Estrelas; 1949 – Não me Digas Adeus (No Me Digas Adiós) (Brasil/Argentina); 1956 – Curucu, o Terror do Amazonas (Curucu, Beast of The Amazon) (EUA); 1959 – Comendo de Colher; 1969 – Tarzan e o Grande Rio (Tarzan and the Great River) (EUA). DEL REY, GERALDO Geraldo Homem Del Rey Silva nasceu em Ilhéus, BA, em 29 de outubro de 1930. No colégio, começa a despontar seu talento, ao participar de eventos teatrais. Em 1949, percebendo que não teria muitas chances na sua cidade, muda-se para o Rio de Janeiro e logo depois tem a oportunidade de estrear no cinema, ao lado de Dick Farney no filme Somos Dois. Em 1953 retorna a Salvador para estudar arte dramática na Universidade Federal de Salvador. Depois ingressa no teatro de amadores, passando a representar constantemente, até que o cinema chega novamente com o convite para parti cipar do filme Redenção, em 1959. Aí não para mais, se destacando em produções importantes como O Pagador de Promessas (1962), Deus e o Diabo na Terra do Sol (1963) e Menino do Engenho (1965). No Teatro Ofi cina, parti cipa da montagem de Zé, do Parto à Sepultura, de Augusto Boal, dirigida por José Celso Martinez Correia em 1962. Estreia na televisão em 1963 no especial Um Dia... Talvez. Participa de fases importantes da teledramaturgia brasileira como em O Céu é de Todos (1965), Vidas Cruzadas (1965), A Gata de Vison (1969), O Sheik de Ipanema (1975), Vila do Arco (1975), O Todo Poderoso (1979) e Lua Cheia de Amor (1990). Seu últi mo trabalho foi na minissérie Anos Rebeldes (1992), ao lado de Malu Mader. Ator de muitas qualidades, talvez não tenha tido em vida o reconhecimento que merecesse. Morre em 25 de abril de 1993, aos 63 anos de idade, de enfisema pulmonar, em São Paulo. Filmografia: 1950 – Somos Dois; 1959 – Redenção; 1960 – Bahia de Todos os Santos; 1961 – A Grande Feira; 1961/1962 – O Invento (episódio da série Vigilante Rodoviário); 1962 – O Pagador de Promessas; Tocaia no Asfalto; Sol Sobre a Lama; 1963 – Lampião, o Rei do Cangaço; Marafa (inacabado); 1964 – Deus e o Diabo na Terra do Sol; 1965 – O Menino do Engenho; Entre o Amor e o Cangaço; 1966 – O Santo Milagroso; 1967 – O Vigilante em Missão Secreta (episódio: O Invento); 1968 – Cristo de Lama (A História de Aleijadinho); Bebel, a Garota-Propaganda; 1970 – Anjos e Demônios; Um Uísque Antes ... e Um Cigarro Depois; 1972 – Ana Terra; 1973 – Um Homem Tem que Ser Morto; 1975 – Núpcias Vermelhas; 1976 – A Carne (Um Corpo em Delírio); 1980 – A Idade da Terra; 1981 – Asa Branca, um Sonho Brasileiro; 1983 – Garota Dourada; 1988 – Dedé Mamata; Heróis Trapalhões, uma Aventura na Selva. DEL VECCHIO, DENISE Denise Del Vecchio Falótico nasceu em São Paulo, SP, em 5 de maio de 1951. Estuda no Teatro de Arena em São Paulo. É uma das fundadoras do Teatro Núcleo Independente, nos anos 1970. Em 1974 estreia na televisão na novela Ídolo de Pano, pela TV Tupi, onde desenvolve sólida carreira, quase sempre paralela à TV Globo, em novelas como O Direito de Nascer (1978), Pecado de Amor (1983), Fera Radical (1988), Anos Rebeldes (1992) e Os Ossos do Barão (1997). Estreia no cinema em 1977 ao lado de Mazzaropi no filme Jecão... Um Fofoqueiro no Céu. Em 1981 recebe o prêmio Molière de melhor atriz por sua atuação na peça Lua de Cetim, de Alcides Nogueira. De volta à TV Globo, atua em Esperança (2002), Como uma Onda (2005) e JK (2007). Em 2007 parti cipa de Bicho do Mato pela TV Record. Foi casada com o ator Celso Frateschi, com quem tem um filho, André Frateschi, também ator. Em 2008 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Denise Del Vecchio – Memórias da Lua, de autoria de Tuna Dwek. Filmografi a: 1977 – Jecão... Um Fofoqueiro no Céu; 1978 – Doramundo; Minha Vida de Novela; 1979 – A Noite dos Imorais; 1983 – A Próxima Vítima; 1984 – Em Nome da Segurança Nacional (MM); 2001 – Lavoura Arcaica. DELACY, MONAH Lacy Corrêa dos Santos Torloni nasceu em Belo Horizonte, MG, em 22 de março de 1930. Começa sua carreira artísti ca em 1950 no Teatro, nas peças O Demorado Adeus, Treze à Mesa, A Moratória, A Gaivota, Equus, entre tantas outras. Na televisão, participa do Grande Teatro Tupi, do Teatrinho Trol e depois de novelas, estando em atividade até hoje. Estreia no cinema em 1961 no filme Mulheres e Milhões, dirigido por Jorge Ileli. Destacam-se ainda, A um Pulo da Morte (1969) e Tem Folga na Direção (1976), entre outros. Na década de 1960, dedica-se também à pintura, chegando a ter um vernissage individual, com 19 óleos, em 1980. Sua primeira novela é Acorrentados (1969), como a Madre Superiora. No ano seguinte já brilha em Irmãos Coragem, como Deolinda. Entre tantos sucessos, destacam-se Gabriela (1975), Plumas & Paetés (1980), Dona Beija (1986), O Amor Está no Ar (1997), a minissérie O Quinto dos Infernos (2002) e Dance, Dance, Dance, (2007), pela TV Bandeirantes. Casada com o ator Geraldo Matheus, tem uma única filha, a atriz Christi ane Torloni. Filmografia: 1961 – Mulheres e Milhões; Esse Rio que eu Amo (episódio: Noite de Almirante); História da Praia (CM) (episódio do filme Quatro contra o Mundo); 1963 – Bonitinha, mas Ordinária; 1969 – A um Pulo da Morte; 1970 Quatro contra o Mundo (episódio: História da Praia); 1973 – Obsessão; 1974 Pureza Proibida; 1975 – Eu Dou o que ela Gosta; 1976 – Tem Folga na Direção; 1980 – Bonitinha, mas Ordinária; 1983 – Perdoa-me por me Traíres. DELAMARE, GERMANA Começa sua carreira artística no teatro, sendo sua estreia na peça Os Idiotas, com a Companhia Ana Edler. Estreia no cinema em 1961 no curta-metragem História da Praia. Logo vem o convite para parti cipar do filme Os Cafajestes (1962). Em seguida retorna ao teatro para participar da peça Chapéu de Sebo, de Francisco Pereira da Silva, sob a direção de Kleber Santos. Não se tem notícia da continuidade de sua carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1961 – História da Praia (CM); 1962 – Os Cafajestes; 1974 – Quatro contra o Mundo (episódio: História da Praia). DELFINO, LUIZ Nasceu em Ouro Preto, MG, em 1920, mas é registrado em Macaé, Rio de Janeiro. Ainda garoto, foge de casa para ser arti sta. Faz de tudo um pouco. Chega ao terceiro ano na Faculdade de Direito, é vendedor de máquinas e cantor em clubes noturnos. Sua estreia como amador é exatamente em Ouro Preto, na peça Dirceu e Marília, de Castro Alves. Em 1947 estreia como profissional na Cia. Alma Flora. De 1949 a 1950, integra o grupo de Silveira Sampaio, no Teatro de Bolso. Estreia no cinema em 1950 no filme A Inconveniência de Ser Esposa. Entre tantos, atua em O Cantor e o Milionário (1958) e Deliciosas Traições do Amor (1975). Em 1952 casa-se com a cantora Marlene, num dos maiores acontecimentos artísticos do ano. Com ela fi ca casado por 28 anos, até 1970. Da década de 1970 em diante, dedica-se à televisão, em infantis e humorísticos da TV Globo como Planeta dos Homens, Sati ricom, Chico City, Viva o Gordo, Os Trapalhões, Síti o do Pica-Pau Amarelo, sendo um dos últimos a Escolinha do Professor Raimundo, em 1990. Participa da novela Bicho do Mato (1972) e da minissérie Anos Dourados (1986). Morre em 25 de maio de 2005, aos 85 anos, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1950 – A Inconveniência de ser Esposa; 1952 – O Canto da Saudade; Com o Diabo no Corpo; Mulher do Diabo; Tudo Azul; Sete Viúvas do Barba Azul (inacabado); 1958 – O Cantor e o Milionário; 1961 – Teus Olhos Castanhos; 1967 – Em Busca do Tesouro; 1968 – Papai Trapalhão; As Três Mulheres de Casanova; 1972 – Ali Babá e os Quarenta Ladrões; 1974 – O Comprador de Fazendas; 1975 – Deliciosas Traições do Amor (episódios: Os Divinos Sons da Música do Prazer e O Olhar). DELLA COSTA, BIANCHINA Nasceu em São Paulo, SP, em 30 de março de 1955. Inicia sua carreira em 1974, mas estreia no cinema em 1976, levada por José Mojica Marins, que a convida para parti cipar do filme As Mulheres do Sexo Violento. Atua em muitos outros, com destaque para E as Pílulas Falharam (1976) e Sacanagem (1987). Começa fazendo pornochanchadas, mas depois adere ao explícito, encerrando carreira com o fim do gênero, em 1990. Filmografia: 1976 – Mulheres do Sexo Violento; Traídas pelo Desejo; E as Pílulas Falharam; 1977 – Sete Mulheres para um Homem Só; Estranha Hospedaria dos Prazeres; Fuga das Mulheres Desesperadas; 1978 – Com Mulher é bem Melhor; Cangaceiros do Vale da Morte; Roberta, a Moderna Gueixa do Sexo; Tem Piranha no Garimpo; 1979 – Patty, Mulher Proibida; No Tempo dos Trogloditas (Quando as Mulheres Tinham Rabo); 1980 – A Febre do Sexo; 1985 – A Mulher que se Disputa; Sexo com Chantilly; Mil e uma Maneiras de Sexo Explícito; Sexo à Cavalo; 1986 – Fuk Fuk à Brasileira; Seduzida por um Cavalo; Sexo de Todas as Formas; 1987 – Meu Marido, meu Cavalo; Patrícia, só Sacanagem. DELLA COSTA, MARIA Gentile Maria Marchioro Dalla Costa nasceu em Flores da Cunha, RS, em 1º de janeiro de 1926. Os pais, Amadeu Marchioro e Ermelinda Della Costa, são imigrantes italianos, lavradores. Aos 10 anos de idade é internada num colégio de freiras da Congregação de Maria. Devido à precária condição financeira da família, abandona o colégio para trabalhar em um escritório comercial em Porto Alegre. Em seguida se inscreve e vence o concurso Modelo Número 1 do Brasil, promovido pela Revista do Globo, ganhando como prêmio a capa da revista. O sucesso é enorme e logo assina um primeiro contrato na própria revista. No início da década de 1940 muda-se para o Rio de Janeiro e estreia no Cassino de Copacabana o show Em Busca da Beleza. Nessa época conhece o produtor Fernando de Barros, com quem se casa. Torna-se famosa, começa a fazer propagandas e logo inicia carreira de manequim. Em seguida, recebe convite de Bibi Ferreira para estrelar a peça A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, estreando em 1944 na Cia. Bibi Ferreira, no Teatro Fenix, Rio de Janeiro. Em 1946 vai para Portugal fazer o curso no Conservatório Nacional de Lisboa. Retorna ao Brasil em 1947 e já participa do grupo Os Comediantes, estreando na peça A Rainha Morta, sob a direção de Ziembinski. Separada de Fernando, em 1948 funda o Teatro Popular de Arte – levando grandes peças pela primeira vez para o interior do Brasil – e, em 1954, o Teatro Maria Della Costa. Estreia no cinema em 1946 no filme O Cavalo 13. Embora sua prioridade sempre tenha sido o teatro, faz alguns filmes importantes como Moral em Concordata (1959) e Cristo de Lama (1968). Faz pouca televisão, mas participa de algumas novelas como Beto Rockfeller (1968), As Bruxas (1970), Estúpido Cupido (1976), Te Contei? (1978), Séti mo Sentido (1982) e Brasileiras e Brasileiros (1990). Maria Della Costa é uma batalhadora das artes cênicas teatrais no Brasil, sempre procurando melhores condições de realização dos espetáculos e dando oportunidade para jovens talentos. Com Fernando de Barros, fica casada por quatro anos, de 1941 a 1945. Foi casada por 49 anos com o ator Sandro Polloni. Em 2004 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, pela Coleção Aplauso Edição Especial, lança o livro Maria Della Costa – Seu Teatro, sua Vida, de autoria de Warde Marx, em sua tese de mestrado. Filmografia: 1946 – O Cavalo 13; 1948 – Mar Morto (inacabado); 1949 – Caminhos do Sul; Inocência; 1952 – Areão; 1959 – Moral em Concordata; 1968 – Cristo de Lama (A História de Aleijadinho); 1971 – Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva; 1974 – Signo de Escorpião; 2006 – A Mochila do Mascate (depoimento); 2009 – Flávio Rangel – O Teatro na Palma da Mão (depoimento). DELLA SANTA, HUGO Nasceu em São Paulo, SP, em 1952. Inicia sua carreira no teatro. Estreia no cinema em 1979, no filme Paula – A História de uma Subversiva. Contratado pela TV Bandeirantes, atua em três novelas, Os Adolescentes (1981), Ninho da Serpente (1982) e Os Imigrantes – Terceira Geração (1982). Atua com sucesso no teatro em peças como Um Beijo, um Abraço, um Aperto de Mão, de Naum Alves de Souza, pelo qual recebe o Prêmio Governador do Estado de São Paulo de melhor ator, e Giovanni, texto original inglês, em que atua com Caíque Ferreira, seu companheiro na época. No cinema, atua em cinco filmes, sendo o últi mo, Romance (1988), de Sérgio Bianchi. Morre em 1988, em São Paulo, aos 36 anos de idade, de complicações oriundas do vírus da AIDS. Filmografia: 1979 – Paula – A História de uma Subversiva; 1981 – Filhos e Amantes; 1983 – A Próxima Vítima; 1984 – Jeitosa, um Assunto Muito Particular; 1988 – Romance. DELLA VECCHIA, CARMO Nasceu em Carazinho, RS, em 21 de agosto de 1971. É formado em Educação Física. Em 1994, aos vinte e três anos, inicia carreira como modelo profissional, em São Paulo, tendo inclusive vencido o concurso The Look of the Year. Determinado a ser ator, muda-se para o Rio de Janeiro e vai estudar interpretação na CAL – Casa de Artes de Laranjeiras. Em 1995 aparece a primeira chance na televisão, na minissérie Engraçadinha...Seus Amores e seus Pecados, no papel de Durval, e em seguida faz o Fabinho na novela Cara & Coroa, ambos pela TV Globo. Ao perceber que será pouco aproveitado na emissora, transfere-se para a TV Bandeirantes, atuando em Perdidos de Amor (1996), Canoa do Bagre (1997) e Serras Azuis (1998). Em 2000, já no SBT parti cipa de Chiquiti tas (2000) e Pícara Sonhadora (2001). Retorna a Globo em 2003 já como galã, para a minissérie A Casa das Sete Mulheres, como o Batista. A grande chance acontece em 2008, como o Zé Bob de A Favorita, na qual fica conhecido em todo o Brasil. Estreia no cinema em 2000 no filme Cronicamente Inviável e, mais recentemente, em Onde Andará Dulce Veiga? (2008). Praticante de Budismo de Nitiren Daishonin desde 1996, é reservado e calmo. Filmografia: 2000 – Cronicamente Inviável; 2008 – Onde Andará Dulce Veiga? DELMAR, ÍRIS Maria Irismar Brito de Oliveira nasceu em Fortaleza, CE, em 4 de dezembro de 1930. Menina, muda-se com a família para o Rio de Janeiro. Na adolescência, faz o curso comercial da Escola Orsina da Fonseca. Com bela voz de soprano e sonhando com a carreira artística, estuda canto com o professor Cláudio Nonely. Em 1946 consegue uma oportunidade no cinema, no filme O Cavalo 13. Abandona a ideia de ser cantora, dedicando-se à arte de representar, tanto em cinema como em teatro, fazendo parte da companhia de Jayme Costa e de Eva Todor/Luiz Iglesias, com a qual segue para Portugal em 1948, lá permanecendo até 1951. De volta ao Brasil, trabalha em teatro de revista, com Walter Pinto. Um acidente de automóvel – em 1954 – interrompe sua carreira por quase um ano, retornando no ano seguinte com toda a força, principalmente no cinema, em chanchadas em que desfila todo o seu talento e beleza, como em Angu de Caroço (1955) e Na Corda Bamba (1958). A partir da década de 1960, abandona as telas e se dedica a outras ati vidades artísti cas. Filmografia: 1946 – O Cavalo 13; 1947 – O Malandro e a Granfina; 1951 – O Falso Detetive; 1953 – É Pra Casar?; 1955 – Angu de Caroço; 1956 – O Feijão é Nosso; 1957 – Com a mão na Massa; O Negócio Foi Assim; O Pirata do Outro Mundo; Quem Sabe... Sabe!; O Samba na Vila; Tudo é Música; 1958 – Na Corda Bamba. DELORME, AURÉLIA Cândida Cardoso Sanchez nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 2 de maio de 1866. Aos vinte anos de idade inicia carreira artística como corista do Teatro Recreio Dramático. Atua em revistas de muito sucesso como A Grande Avenida (1887), Bendengó (1889) e O Sarilho (1890). Estreia no cinema em 1908 no filme O Comprador de Ratos, seguindo-se República Portuguesa (1911), Barão de Rio Branco (1918) e O Garimpeiro (1920), sua última película. Morre em 4 de outubro de 1920, aos 54 anos de idade. Filmografia: 1908 – O Comprador de Ratos; 1909 – Um Cavaleiro Deveras Obsequioso; Os Dois Proscritos; Milagres de Santo Antonio; Pega na Chaleira; A Restauração de Portugal; 1911 – República Portuguesa; 1913 – Os Milagres de Nossa Senhora da Penha; Nono Mandamento; 1918 – Barão do Rio Branco; 1920 – O Garimpeiro. DEMÔNIOS DA GAROA Grupo tipicamente paulistano criado no bairro da Mooca em 1942, inicialmente com o nome de Grupo do Luar, onde faziam serenatas pela noite e tocando em festas. Um ano depois, participam do programa de calouros A Hora da Bomba, na Rádio Bandeirantes, recebendo como primeiro prêmio um contrato com as Emissoras Unidas. O radialista Vicente Leporace sugere a mudança de nome, pois achava que grupo dava ideia de jogo do bicho. Os ouvintes sugeriram então Demônios da Garoa. Gravam o primeiro disco em 1949, um 78 rotações com a música Sanfoneiro Folgado, de Mário Zan. Consagram-se ao interpretar músicas de Adoniran Barbosa como Trem das Onze, Saudosa Maloca e Samba do Arnesto. Em 1953 fazem parte da trilha sonora do filme O Cangaceiro, ao interpretarem as músicas Jogo a Chave e Mulher Rendeira e acabam por participar de alguns outros como Vou te Contá, de 1958, e Dorinha no Society, de 1959. Os Demônios da Garoa entraram para o Guinness Book por sua longa carreira de mais de seis décadas, embora atualmente nenhum integrante seja mais da formação original. O últi mo disco do grupo, Demônios da Garoa – Ao Vivo 60 anos, foi lançado em 2004, reunindo músicas clássicas do repertório. Arnaldo Rosa, a voz mais característica do grupo, morre em 11 de fevereiro de 2000, aos 72 anos de idade, de cirrose hepática, em São Paulo. Seu filho faz parte da formação atual do grupo. Antonio Gomes Neto, o Toninho, um dos fundadores, nascido na cidade de Jaú, morre em 25 de fevereiro de 2005, aos 76 anos de idade, em São Paulo, vítima de diabetes e mal de Alzheimer. Era o último integrante da formação original. Com a segunda geração, conti nuam fazendo shows em todo o Brasil. Filmografia: 1958 – Vou te Contá; 1959 – Dorinha no Society; 1966 – 007 ½ no Carnaval. DENEGRI, ANTONIA Nasceu em San Francisco, Califórnia, EUA, em julho de 1900. Com quatro anos de idade muda-se para o Brasil. Muito jovem estreia no teatro e frequenta a escola de bailado do Teatro Municipal nos anos de 1913/1914. Estreia no cinema em 1917 no filme Iracema, iniciando regular carreira em outras películas, como Alma Sertaneja (1919) e O Cavaleiro Negro (1922). Morre prematuramente em 4 de novembro de 1935, aos 35 anos de idade. Filmografi a: 1917 – Iracema; 1918 – Amor e Boemia; 1919 – Ubirajara; Alma Sertaneja; 1920 – Coração de Gaúcho; 1922 – O Cavaleiro Negro; 1931 – Amor de Perdição. DERIQUÉM, MOACYR Nasceu em Niterói, RJ, em 1927. Começa sua carreira como ator em 1949, no Teatro do Estudante, de Paschoal Carlos Magno. Nesse mesmo ano estreia no cinema numa ponta no filme A Carne e o Diabo. Segue-se aí longa e duradoura carreira cinematográfi ca, em muitos filmes realizados, destacando-se Um Ramo para Luíza (1965) e Eu (1986). Como ator, estreia na televisão, em 1969, na novela A Rosa Rebelde. Depois participa de outras como O Cafona (1971), Duas Vidas (1976), Cambalacho (1986) e Mulheres de Areia (1993). Paralelamente desenvolve carreira no teatro e principalmente televisão, como competente diretor de núcleos de teledramaturgia da TV Globo. No final dos anos 80 assume e direção do Teatro Villa-Lobos, no Rio de Janeiro. Solteiro, não tinha filhos. Morre em 13 de abril de 2001, no Rio de Janeiro, aos 74 anos de idade, de ataque cardíaco. Filmografia: 1953 – A Carne e o Diabo; 1955 – Chico Viola não Morreu (Brasil/Argenti na); 1956 – Colégio de Brotos; Fuzileiro do Amor; Leonora dos Sete Mares; Vamos com Calma; 1957 – De Pernas pro Ar; 1958 – Na Corda Bamba; Chico Fumaça; 1959 – Cala a Boca Etelvina; Dona Xepa; 1960 – Eu Sou o Tal; 1961 – Favela (Brasil/Argenti na); 1963 – Sonhando com Milhões; 1964 – Sangue na Madrugada; 1965 – Crônica da Cidade Amada (episódio: O Homem que se Evadiu); Um Ramo para Luíza; 1966 – Samba (Espanha/Brasil); 1970 – Em Busca do Su$exo; 1971 – Em Família; Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva; Em Ritmo Jovem; 1972 – Eu Transo... Ela Transa; 1974 – As Moças Daquela Hora; Divórcio à Brasileira; 1975 – Deixa Amorzinho... Deixa; O Casal; As Desquitadas; Ipanema, Adeus; 1976 – As Aventuras de um Deteti ve Português; Maníacos Eróti cos; Massagistas Profissionais; 1979 – Sábado Alucinante; O Caso Cláudia; 1980 – O Torturador; Terror e Êxtase; A Gostosa da Gafieira; 1981 – Mulher Sensual (Novela das Oito); 1982 – Os Campeões; 1985 – Espelho da Carne; 1986 – Eu. DERKIAN, DENIS Nasceu em Curitiba, PR, em 7 de fevereiro de 1957. Ainda em Curiti ba, inicia sua carreira no teatro amador. Muda-se para São Paulo e estreia no cinema no filme Noite em Chamas (1977), de Jean Garrett, e no ano seguinte faz sua primeira novela, pela TV Tupi, Aritana. No teatro, participa de dezenas de peças, com destaque para Em Nome do Filho, O Vison Voador, Trair e Coçar é Só Começar, As Mãos de Eurídice, etc. No cinema nos filmes, Mulher, Mulher (1979), Intimidade de Duas Mulheres (1981), Eternidade (1995), entre outros. Na televisão brilha no humorístico Viva o Gordo, em 1981, e nas novelas Voltei pra Você (1983), Roda de Fogo (1985), Estrela de Fogo (1998), A Pequena Travessa (2002). Em 2009 retorna ao teatro para a montagem de Proposta Indecente. Filmografia: 1977 – Noite em Chamas; 1979 – Os Imorais; Histórias que Nossas Babás não Contavam; Mulher, Mulher; A Noite dos Imorais; 1980 – Alguém; Ariella; 1981 – A Intimidade de Duas Mulheres; 1982 – Fuscão Preto: Tchau Amor!; 1984 – Erótica, a Fêmea Sensual; 1995 – Eternidade (Brasil/Portugal). DESCARTES, MARAT Nasceu em São Paulo, SP, em 1966. Forma-se em Arte Dramática em 1998 pela ECA-USP e em seguida gradua-se em Letras também pela USP. Inicia carreira no cinema fazendo o curta Não, em 2000. No teatro a partir de 2004 estreia na peça Aldeotas, que fica três anos em cartaz. Vai para a televisão em 2008 participar da série Alice, pela HBO, e em 2009 brilha como Carlos Alberto na minissérie Maysa – Quando Fala o Coração, depois pela TV Cultura atua na minissérie Tudo o que é Sólido pode Derreter, como Décio. Em 2009 é convidado por Sérgio Bianchi para ser o protagonista do longa Os Inquilinos, no qual tem oportunidade de mostrar todo seu potencial como Valter, um funcionário humilde que só quer ser feliz ao lado da família, mas é impedido por vizinhos que vão morar na casa ao lado. Em seguida, interpreta o Paulão em É Proibido Fumar. No teatro, entre dezenas de peças, destacam-se Oração para um Pé-de-Chinelo (2006), Primeiro Amor (2006), pelo qual recebe o prêmio Shell de melhor ator do ano, A Refeição (2007), Toc Toc (2008/2009), etc. Filmografia (ator): 2000 – Não (CM); 2006 – Outro (CM); 2007 – Um Ramo (CM); 2009 – É Proibido Fumar; Os Inquilinos; Lula, o Filho do Brasil; 2010 – Estamos Juntos. Filmografia (diretor): 2005 – Uma Confusão Cotidiana (CM). DESTRO, ANTONIO Antonio Destro é ator de teatro, TV, cinema, dublador e publicitário. Inicia carreira no cinema publicitário. Fica nacionalmente conhecido em comerciais de um banco, em que é um vendedor de cachorro quente. Em 1995 estreia no cinema no curta Coentro e Quiabo na Carne de Sol. Em 2001 participa da minissérie Presença de Anita, no papel de Edgar, um assessor político gay. Depois parti cipa do quadro Retrato Falado, dentro do programa Fantástico, ao lado de Denise Fraga. No teatro, atua em diversas peças, com destaque para Os Esquemas, Sessão da Tarde, Ciranda dos Pássaros, Textículos – Textos Minúsculos para Teatro, O Prodígio do Mundo Ocidental, etc., além de integrar o elenco fixo do espetáculo Nunca se Sábado. No cinema, seu primeiro longa é Boleiros, em 1998. Na televisão, parti cipa das séries Carandiru, Outras Histórias (2005) e A Diarista (2007) e em 2009 atua na minissérie Som & Fúria, de Fernando Meirelles, e no seriado Malhação, ambos exibida pela Rede Globo. Em 2010 está nas telas com o filme Chico Xavier. Filmografia: 1995 – Coentro e Quiabo na Carne de Sol (CM); 1998 – Boleiros; 2001 – Bicho de Sete Cabeças; 2003 – Cristina Quer Casar; Os Normais – O Filme; 2005 – O Casamento de Romeu e Julieta; 2005 – Quarta B; 200 9 – O Controle dos Zumbis; 2010 – Chico Xavier. DESTRO, NÁDIA Nasceu em São Paulo, SP, em 1º de junho de 1958. Muito jovem inicia carreira de modelo fotográfico até ser convidada para parti cipar do filme Damas do Prazer. Bonita e talentosa, atua em 13 filmes, em três anos. Com a liberação do explícito, abandona a carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1978 – Damas do Prazer; 1979 – Sexo Selvagem; A Dama da Zona; Estupro; 1980 – O Inseto do Amor; Império das Taras; Corpo Devasso; Bacanal; A Prisão; 1981 – Como Faturar a Mulher do Próximo (episódio: Ginásti ca de Domingo); Violência na Carne; Império do Desejo; Ninfas Insaciáveis. DEUS, JOÃO DE João de Deus Setta nasceu em Trás os Montes, Portugal, em 1883. Muda-se para o Brasil ainda jovem, e participa do início do nosso cinema, como ator em mais de trinta filmes. Estreia em 1908 em Os Estranguladores, primeiro longa-metragem brasileiro. Destacam-se ainda O Descobrimento do Brasil (1937) e Pra Lá de Boa (1948). Tem atuação de destaque também no teatro. Em 1920 dirige seu primeiro e único filme, O Guarani. Morre em 1951, aos 68 anos de idade. Filmografia (ator): 1908 – Os Estranguladores; Capadócios da Cidade Nova (CM); Telegrama Número 9; 1909 – As Aventuras de Zé Caipora; Milagres de Santo Antonio; Pega na Chaleira; 1910 – Viúva Alegre; Logo Cedo; Mala Sinistra; Passeio de Pepa; 1911 – Inês de Castro; República Portuguesa; 1912 – A Vida do Barão do Rio Branco; O Roubo dos 1400 Contos; 1915 – Albergue Sangrento; 1919 – Ubirajara; Alma Sertaneja; Não Sei porquê; 1920 – O Guarani; 1936 – Caçando Feras; 1937 – O Descobrimento do Brasil; Samba da Vida; 1940 – E o Circo Chegou; 1941 – Entra na Farra; 1945 – O Cortiço; 1947 – O Malandro e a Granfina; 1948 – Fogo na Canjica; Pra Lá de Boa. Filmografia (diretor): 1920 – O Guarani. DI BERTOLLI, KELLY Nasceu em São Paulo, SP, em 6 de agosto de 1972. É formada em Artes Cênicas pela ECA-USP. Com Plínio Marcos trabalha no projeto A Vocação, quando frequentava escolas e associações, fazendo palestras e representando trechos de suas peças como A Balada de um Palhaço. Depois trabalha com Augusto Boal no Teatro Oprimido, na montagem A Exceção e a Regra, de Brecht, e Fáti ma Toledo, quando ajuda na preparação dos atores do filme Tainá II. No monólogo Valsa N° 6, onde interpreta vários personagens. Como final de graduação na ECA, prepara a pesquisa A Partitura do Ator. Em, 2003 estreia no cinema no filme Garotas do ABC, no papel de Nair, que é tecelã de dia e se prostitui à noite. Filmografia: 2003 – Garotas do ABC; Nossos Parabéns ao Freitas (CM). DI BIASI, EMÍLIO Costabile Emílio Di Biasi nasceu em São Paulo, SP, em 29 de maio de 1939. Começa fazendo teatro amador. Depois abandona o curso de Direito para cursar artes cênicas com Antonio Abujamra. Atua em peças importantes como Terror e Mistério no III Reich e Inoportuno. Em 1966 estreia como diretor de teatro, na peça Cordélia Brasil. A partir de então, escreve e dirige com frequência, tornando-se profissional altamente competente. Na televisão, entre outras, participa das novelas Um Homem Muito Especial (1980), Os Adolescentes (1981), Floradas na Serra (1981), Os Imigrantes (1981), Ninho da Serpente (1982) e mais recentemente em alguns episódios do seriado Malhação, pela TV Globo, e da minissérie Imminente Luna (2000). Estreia no cinema em 1980 no filme Estranhos Prazeres de uma Mulher Casada. Embora tenha participado de outros, na maioria com o diretor Carlos Reichenbach, acaba dando preferência para a direção teatral. Torna-se também competente diretor na televisão, tendo sua assinatura sucessos como Renascer (1993), Rei do Gado (1996), Anjo Mau (1997), Os Maias (2001), Esperança (2002), Escrava Isaura (2004) e a minissérie Amazônia: de Galvez a Chico Mendes (2007). Em 2010 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia: Emilio di Biasi: O Tempo e a Vida de Um Aprendiz, de autoria de Erika Riedel. Filmografia: 1983 – Estranhos Prazeres de uma Mulher Casada (Força Estranha); 1986 – Anjos do Arrabalde (As Professoras); Filme Demência; 1987 – Romance; 1992 – O Palco (CM); 1994 – Alma Corsária; 1996 – Nos Tempos do Cinematógrapho (CM); 2000 – Imminente Luna (CM); Os Filhos de Nelson (CM); 2009 – Insolação. DI FRANCO, FRANCISCO Francisco de Souza Neto nasceu em São Paulo, SP, em 7 de maio de 1938. De família tradicional, estuda nos melhores colégios de São Paulo. Em 1954 começa a fazer figuração em circos e na televisão, em programas humorísticos da TV Record. Em 1959 é convidado por Mazzaropi para atuar no filme Jeca Tatu e não para mais. Na sua longa fi lmografi a destacam-se O Lamparina (1963), Um Certo Capitão Rodrigo (1970) e Filho Adotivo (1984). Faz também, mais de 150 comerciais de televisão, inclusive para o exterior. Na televisão, estreia em 1971 na novela Bandeira 2, mas fica nacionalmente conhecido na novela Jerônimo, o Herói do Sertão, produzida em 1972. Depois, faria ainda A Viagem (1975), Ovelha Negra (1975) e Jorge, um Brasileiro (1978). É diretor de produção em mais de dez filmes e show-man em circos e clubes pelo interior de São Paulo. Em 1998 retorna ao cinema, quatorze anos depois, para um pequeno papel em Hans Staden. Morre em 10 de abril de 2001, aos 63 anos de idade, em São Paulo, vítima de câncer nos pulmões. Filmografia: 1959 – Jeca Tatu; 1960 – As Aventuras de Pedro Malazartes; 1961 Tristeza do Jeca; 1962 – O Vendedor de Linguiças; 1963 – O Lamparina; 1966 Corpo Ardente; As Cariocas (2º episódio); 1968 – O Quarto; 1969 – O Cangaceiro sem Deus; 1970 – Balada dos Infiéis; Juliana do Amor Perdido; O Pornógrafo; Senti nelas do Espaço (episódios da série Águias de Fogo); Sertão em Festa; Um Certo Capitão Rodrigo; 1971 – Cordélia, Cordélia; Um Anjo Mau; Cio, uma Verdadeira História de Amor; Quando as Mulheres Paqueram; Pantanal de Sangue; 1972 – Os Devassos; Independência ou Morte; Um Marido sem... é como um Jardim sem Flores; 1973 – Como Evitar o Desquite; 1974 – A Noiva da Noite (Desejo de Sete Homens); O Marginal; 1975 – O Supermanso; 1976 O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão; A Últi ma Bala; 1978 – A Força do Sexo; As Aventuras de Robinson Crusoé; Minha vida é uma Novela (inacabado); 1979 – Iracema, a Virgem dos Lábios de Mel; Paixão de Sertanejo; As Borboletas Também Amam; Os Trombadinhas; Mulheres do Cais; Os Três Boiadeiros; Os Pankekas e o Calhambeque de Ouro; 1980 – Boneca Cobiçada; 1981 – Sexo e as Pipas; 1982 – Tessa, a Gata; 1984 – Sexo, Sexo, Sexo; Anúncio de Jornal; O Filho Adotivo; 1998 – Hans Staden (Brasil/Portugal); Até que a Vida nos Separe; 2001 – Amor Imortal. DIAS, ANNAMARIA Ana Maria Dias Scarcelli nasceu em São Paulo, SP, em 16 de setembro de 1946. Sobrinha dos atores Olindo Dias, Dalva Dias e Olga Dias, desde criança já teve contato com a arte de representar. Depois de formada Química e trabalhando no Laboratório Labofarma, no setor de análise de matérias-primas, decide-se pela carreira artística. Inicia sua carreira de atriz em 1965, aos 22 anos de idade, na novela As Professorinhas. Além das novelas, fez muitos teleteatros. Com voz potente e perfeita dicção, começa a ser chamada para outras novelas como O Anjo e o Vagabundo (1966), Antonio Maria (1968), Vitória Bonelli (1972) eTchan! A Grande Sacada (1976) pela Tupi, depois A Força do Amor (1982), Sombras do Passado (1983) e A Justiça de Deus (1983), pelo SBT. No cinema, fez um único filme, Senhora, de Geraldo Vietri, produção de 1976. No teatro, participa de várias peças como Um Grito de Liberdade, Infidelidade ao Alcance de Todos, Álbum de Família e Trair e Coçar é Só Começar, que fi cou em cartaz por vários anos. Na TV Cultura permaneceu durante quatro anos consecuti vos, participando, como atriz, do Projeto Telescola, dirigida por José Castellar e ganhador do prêmio Japão – Internacional – para programas educativos. Annamaria exerceu o cargo de jornalista em várias emissoras de TV e Rádio e foi alta executiva do departamento de teledramaturgia do SBT. Filmografia (atriz): 1976 – Senhora. Filmografia (diretora): 1980 – Alfonsina e o Mar; Bom-Dia; Ta Assim de Fruta Ó; Multi rosas Nacionais. DIAS, LINNEU Linneu Moreira Dias nasceu em Santana do Livramento, RS, em 5 de outubro de 1927. Começa sua carreira no teatro em 1956. Muda-se para São Paulo no início dos anos 1960 e em 1964 recebe o prêmio Governador do Estado, por sua interpretação na peça Andorra. Em 1995 recebe o Prêmio Sharp por MinhAlma, Alma Minha. Estreia no cinema em 1966 no filme Corpo Ardente. Nessa modalidade tem carreira regular, ao parti cipar de filmes importantes como Gaijin, os Caminhos da Liberdade, 1980, de Tyzuka Yamasaki, e Pixote, a Lei do Mais Fraco, 1981, de Hector Babenco. Em 1980 faz sua primeira novela, Um Homem Muito Especial, depois Parti das Dobradas (1981), Moinhos de Vento (1983), Grande Sertão: Veredas (1985) e A Força de um Desejo (1989). Sua última aparição na TV foi em 2001 na minissérie Presença de Anita, pela TV Globo, como Venâncio. Foi casado com a atriz Lilian Lemmertz, com quem teve uma filha, a também atriz Júlia Lemmertz. Morre em 3 de agosto de 2002, aos 74 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1966 – Corpo Ardente; 1973 – Anjo Loiro; 1974 – O Marginal; 1980 Gaijin, os Caminhos da Liberdade; 1981 – Pixote, a Lei do Mais Fraco; Asa Branca, um Sonho Brasileiro; 1984 – Made In Brasil (episódio: um Milagre Brasileiro); 1985 – O Beijo da Mulher Aranha (Kiss of the Spider Woman) (Brasil/ EUA); 1995 – Eu Sei que você Sabe (CM); 1997 – Bocage, o Triunfo do Amor; 1998 – A Hora Mágica; Oropa, França e Bahia; 1999 – Um Copo de Cólera; 2000 Bicho de Sete Cabeças. DIAS, MARIA HELENA Nasceu em São Paulo, SP, em 13 de setembro de 1934. De tradicional família de fazendeiros, estuda durante anos nos EUA, frequentando o Pasadena Playhouse, onde faz curso de direção. De volta ao Brasil, inicia carreira artística como atriz de teatro, mas também adaptando textos. Estreia no cinema em 1958 no filme O Cantor e o Milionário, seguindo-se muitos outros como Chofer de Praça (1958) e Esse Mundo é Meu (1963). Estreia na televisão em 1958 na TV Teatro. Em 1962 assina contrato com Anselmo Duarte para fazer par com Leonardo Villar no filme O Pagador de Promessas, mas uma broncopneumonia não permite que atue, perdendo o papel para Glória Menezes. Essa é uma grande frustração de sua carreira, mas que acaba sendo coroada com muitos outros êxitos. Faz carreira de sucesso na televisão, em novelas como Renúncia (1964), A Ponte dos Suspiros (1969), Escalada (1975), Água Viva (1980), Tieta (1989), Fera Ferida (1993) e Anjo de Mim (1996). Depois de dez anos afastada, retorna em 2006 para fazer o papel de Bernadete, em Cobras & Lagartos. Filmografia: 1958 – O Cantor e o Milionário; Chofer de Praça; 1959 – Macumba na Alta; 1960 – Zé do Periquito; 1964 – Asfalto Selvagem; Esse Mundo é Meu; Não Tenha Pena de Mim (inacabado); 1964/1967 – Vidas Estranhas; 1966 – The Gentle Rain (Brasil/EUA); 1988 – Heróis Trapalhões – Uma Aventura na Selva. DIAS, ORLANDO Adalto José Michiles nasceu em Recife, PE, em 1º de agosto de 1923. No Rio de Janeiro, nos anos 1960, já com seu nome artísti co, ganha fama cantando músicas na linha do brega-românti co. Dias assumiu estilo próprio, ao interpretar teatralmente suas músicas, ajoelhando no palco e enxugando as lágrimas com um lenço branco. Teve breve participação no cinema, sendo sua estreia em 1966 no filme Zero, Zero, Sete e Meio no Carnaval. Acabou influenciando muitos cantores como Agnaldo Rayol, Agnaldo Timóteo, Cauby Peixoto e Reginaldo Rossi. Morre em 11 de agosto de 2001, aos 78 anos de idade, no Rio de Janeiro, vítima de infarto. Filmografia: 1966 – 007 ½ no Carnaval; 1967 – Carnaval Barra Limpa. DIAS, PEDRO Pedro Augusto Cordeiro Dias nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 13 de janeiro de 1891. Estreia no cinema em 1908 no filme Os Estranguladores e, em 1910, no teatro, como bailarino, numa peça de Álvaro Collares e J. Brito. Atuando paralelamente nas duas modalidades, percorre o Brasil com suas peças. No cinema, faz muitos filmes, em quase sessenta anos de profi ssão. Atravessa várias décadas, em clássicos como Favela dos meus Amores (1934), Inconfi dência Mineira (1948) e Sangue na Madrugada (1964). Morre em 1975, aos 84 anos de idade. Filmografia: 1908 – Os Estranguladores; 1910 – O Rio por um Óculo; Chantecler; Logo Cedo; A Vida do Barão do Rio Branco; 1919 – Alma Sertaneja; Ubirajara; 1920 – O Guarani; 1924 – A Sertaneja; 1934 – Carioca Maravilhosa; Favela de meus Amores; Gaúcho; 1934 – Tabajaras (inacabado); 1939/1944 – Romance Proibido; 1940 – Pureza; Vamos Cantar; 1941 – O Dia é Nosso; 24 Horas de Sonho; 1942 – Voando para o Céu (inacabado); 1943 – Samba em Berlim; 1944 – Berlim da Batucada; 1945 – Aniversário de Pedrinho (inacabado); 1946 – No Trampolim da Vida; Caídos do Céu; Sob a Luz de meu Bairro; 1947 – O Malandro e a Granfina; 1948 – Inconfi dência Mineira; 1949 – Estou Aí!; Uma Luz na Estrada; 1951 – Meu Dia Chegará; 1956 – Fuzileiro do Amor; 1957 – Com a mão na Massa; O Pirata do Outro Mundo; Tudo é Música; O Samba na Vila; 1958 – É de Chuá!; E o Bicho não Deu; 1960 – Um Candango na Belacap; Eu Sou o Tal; Vai que é Mole; 1961 – O Dono da Bola; 1964 – Sangue na Madrugada. DIAS, WILMA Wilma Dias Grunfeld nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20 de abril de 1954. Dançarina, atriz e modelo, fica conhecida em todo o Brasil em 1976, no programa Planeta dos Homens, quando sai dançando de uma banana descascada por um macaco. A parti r de então, não teve dificuldade em iniciar carreira de atriz, primeiro no cinema, em 1978, no filme Os Trapalhões na Guerra dos Planetas e em seguida na novela As Três Marias, no papel de Débora. Faria apenas mais duas novelas, O Amor é Nosso (1981), ainda pela TV Globo, e Meus Filhos, Minha Vida (1984), pelo SBT. No cinema atua em quatro filmes, sendo o último Amor Maldito, em 1984. Em 1991 compõe o elenco do Cabaré do Barata, ao lado de Agildo Ribeiro, na extinta TV Manchete, e estrela show com o famoso homem da noite paulista Abelardo Figueiredo em sua boate Paladium. Morre, precoce e repentinamente, em 10 de abril de 1991, no Rio de Janeiro, aos 36 anos de idade, víti ma de infarto do miocárdio. Filmografia: 1978 – Os Trapalhões na Guerra dos Planetas; 1981 – Mulher Objeto; 1982 – Profi ssão Mulher; 1984 – Amor Maldito. DIAZ, CARLA Carla Carolina Moreira Diaz nasceu em São Paulo, SP, em 28 de novembro de 1990. Com carreira precoce, faz sua primeira participação em 1994, aos quatro anos de idade, em Éramos Seis, pelo SBT. Em 1995 estreia no cinema no fi lme infantil Super Colosso. Em seguida, ainda no SBT, parti cipa de Colégio Brasil (1996) e Chiquiti tas Brasil (1997). Estreia na TV Globo em 2000 na novela Laços de Família, seguindo-se O Clone (2001), a minissérie Casa das Sete Mulheres (2003), Sete Pecados (2008) e Casos e Acasos (2009). Filmografia: 1995 – Super Colosso. DIAZ, CHICO Francisco Diaz Rocha nasceu na Cidade do México, México, em 16 de fevereiro de 1959. Seu pai é um funcionário graduado do Instituto Interamericano de Ciência Agrícola da ONU, fazendo com que Chico more em vários países, como Costa Rica e Peru, antes de chegar ao Rio de Janeiro, em 1968. Forma-se em arquitetura, mas logo abandona a profissão para fazer teatro, em 1980, com o grupo Manhas e Manias, em peças como Diante do Infi nito e Brincando com Fogo. Participa de outros grupos teatrais, produz várias peças e recebe o prêmio Mambembinho de melhor ator em 1981. No mesmo ano estreia no cinema em O Sonho não Acabou, que lhe vale o prêmio de melhor ator no Festival de Gramado. Faz sólida carreira também no cinema, com fortes papeis em Quilombo (1984) e Baile Perfumado (1997). Na televisão, participa, entre outras, das novelas Corpo Santo (1987), sua estreia, Mandala (1987), Salsa & Merengue (1996), da minissérie Memorial de Maria Moura (1994), Pecado Capital (1998), Kubanacan (2004), América (2005), Paraíso Tropical (2007), roubando a cena como o malandro e gigolô Jader, e A Favorita (2008), como Átila. Muito requisitado, é um dos grandes atores da sua geração, em que sua força de interpretação pode ser senti da no filme Os Matadores, de Beto Brant. É irmão do ator e diretor Enrique Diaz. Filmografia: 1981 – O Sonho não Acabou; 1982 – Ricchi, Ricchissimi... Praticamente In Mutande (Itália); 1983 – As Aventuras de um Paraíba; Inocência; Parahyba, Mulher Macho; Gabriela (Brasil/Itália/EUA); 1984 – Quilombo; 1985 – Avaeté – Semente da Vingança; Águia na Cabeça; Chico Rei; 1986 – Mal Star (CM); Cinema Falado; A Cor do seu Destino; Fonte da Saudade; O Homem da Capa Preta; 1986 – Hell Hunters (EUA/Alemanha); Selva Viva (Where the River Runs Black) (EUA); 1987 – A Fábula da Bela Palomera (La Fabula de la Bella Palomera) (Brasil/Espanha); 1988 – Luzia Homem; 1989 – Primeiro de Abril, Brasil; 1990 – Barrela (Escola de Crimes); Diário Noturno (CM); A Terceira Margem do Rio; Cadê a Massa? (CM); 1993 – De Sentinela (CM); 1994 – Veja esta Canção (episódio: Samba do Grande Amor); 1995 – Cachaça (CM); 1996 – Corisco e Dadá; Doces Poderes; 1997 – Baile Perfumado; Os Matadores; 1998 – O Testamento do Senhor Napumoceno (Napumocenos Will) (Brasil/Portugal/Bélgica/ França/Cabo Verde); Policarpo Quaresma, Herói do Brasil; 1999 – O Tronco; 2001 – Meu Filho Teu (Um Crime Nobre) (Itália/Brasil); 2002 – Lua Cambará – Nas Escadarias do Palácio; Amarelo Manga; A Selva (Portugal/Brasil/Espanha); 2003 – As Alegres Comadres; O Ovo (CM); Benjamim; Garrincha – Estrela Solitária; 2006 – Árvore Solitária (CM); Sonhos de Peixe (Fish Dream) (EUA/Brasil/ Rússia); O Amigo Invisível; Anjos do Sol; 2007 – O Magnata; Memória do Movimento Estudantil (depoimento); Praça Saens Peña; 2008 – Ouro Negro; 2009 – O Contador de Histórias; O Sol do Meio-Dia; Utopia e Barbárie (narração). DIAZ, ENRIQUE Enrique Diaz Rocha nasceu em Lima, Peru, em 19 de agosto de 1968. Estuda jornalismo e publicidade. Sua carreira começa em 1980 no teatro, num curso de seis meses com Carlos Wilson. Em 1984 atua em peças infantis. Por sua interpretação em O Dragão Verde, de Maria Clara Machado, ganha o prêmio Mambembe. Sua primeira experiência como profissional acontece na peça Honey Baby. Estreia no cinema em 1987 no filme Urubus e Papagaios. Além de atuar, passa também a dirigir, com muita competência. Participa de peças importantes como A Morta, de Oswald de Andrade; A Torre de Babel, de Fernando Arrabal; Só Eles o Sabem, de Jean Tardieu, etc. Em 1991 recebe o prêmio Molière de melhor direção na peça Um Lance de Dados. Em 2001 estuda cinema e interpretação em Saratoga Springs, Anne Bogart e SITI Company, nos Estados Unidos. Na televisão, atua das minisséries Desejo (1990) e Anos Rebeldes (1992), assim como da primeira fase da novela Pantanal (1990). Em seguida parti cipa de Irmãos Coragem (1995), A Muralha (2000) e Filhos do Carnaval (2006). Tem marcantes participações no cinema como em Kenoma (1998) e Redentor (2004). É irmão do ator Chico Diaz. Está casado com Mariana Lima, com quem tem uma filha, Helena, nascida em 2004. Filmografia: 1987 – Urubus e Papagaios; 1990 – O Quinto Macaco (The Fifth Monkey) (EUA); 1993 – Lamarca; 1996 – Como Nascem os Anjos; 1998 – Keno-ma; 1999 – Outras Estórias; 2002 – As Três Marias; 2003 – Carandiru; A Espera (CM) (animação-dublagem); 2004 – Redentor; 2005 – Casa de Areia; 2006 – Amigo Invisível. DIAZ, RUI RICARDO Nasceu em Santa Maria do Suiaçuí, MG, em 9 de dezembro de 1978. Radicado em Barueri, São Paulo desde criança, inicia sua carreira aos treze anos fazendo peças para eventos estudantis. Passa a frequentar as aulas da Oficina de Teatro da Cultura e depois torna-se professor. Gradua-se em teatro pela PUC-SP. Em 2003, na TV Record, participa do seriado Turma do Gueto e em 2007 estreia no cinema no curta Um pra Um. O grande momento de sua carreira foi em 2009 quando ganha o papel de Luis Ignácio Lula da Silva no filme Lula, o Filho do Brasil, substi tuindo Tay Lopes, obrigado a abandonar o projeto por problemas de saúde. Mesmo com toda a badalação em torno do filme, Rui pretende dedicar sua carreira ao teatro. Filmografia: 2007 – Um pra Um (CM); 2009 – Lula, o Filho do Brasil. DIECKMANN, CAROLINA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 16 de setembro de 1978. Com 15 anos de idade, inicia sua carreira na televisão em 1993, na novela Sex Appeal. Faz regular carreira, ao atuar em Fera Ferida (1993), Tropicaliente (1994), Malhação (1995/97), Por Amor (1997), Laços de Família (2000), Mulheres Apaixonadas (2003), Da Cor do Pecado (2004), Senhora do Destino (2005) e Cobras e Lagartos (2006). Estreia no cinema em 2007 no filme Onde Andará Dulce Veiga?, de Guilherme de Almeida Prado. Foi casada com Marcos Frota por seis anos, de 1997 a 2004, com quem tem um fi lho, Davi (1999) . Está casada desde 6 de maio de 2007 com o diretor de TV Tiago Worcman, com quem também tem um filho, José (2007). Filmografia: 2007 – Onde Andará Dulce Veiga?; 2008 – Sexo com Amor. DILNAH, MARIA Nasceu em Araraquara, SP, em 19 de setembro de 1934. Sua estreia como atriz acontece no teatro, na peça A Rosa Tatuada, de Tennessee Williams. Em 1953, já na televisão, ganha o Troféu Roquette Pinto como revelação. No cinema, seu primeiro fi lme é Osso, Amor e Papagaios (1957), destacando-se como revelação feminina do ano, agora no cinema. Depois, em Absolutamente Certo, fica conhecida em todo o Brasil, quer por sua beleza, quer por seu talento, brilhando ao lado do galã Anselmo Duarte, ator e diretor da fita. Na televisão, tem uma parti cipação no TV Teatro, episódio O Príncipe Encantado, em 1958. Seu último filme é Bruma Seca, de 1961, quando se casa com o produtor Mário Civelli, fundador da Multifilmes, e abandona a carreira artísti ca. Nos anos 1960, Civelli tinha dois projetos para ela, um longa, Anita Garibaldi, e uma minissérie, Rondon, que seria produzida em parceria com Roberto Farias. Nenhum deles vingou. Morre em 1991, aos 57 anos de idade, em São Paulo, de câncer no cérebro. Filmografia: 1957 – Osso, Amor e Papagaios; Absolutamente Certo; A Doutora é Muito Viva; 1958 – Macumba na Alta; 1959 – O Preço da Vitória; 1961 – Bruma Seca. DINIZ, JANAÍNA Janaína Diniz Guerra nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de novembro de 1971. É filha da atriz Leila Diniz e do cineasta Ruy Guerra. Aos onze anos de idade inicia sua carreira artísti ca no teatro. Depois estuda roteiro na Escola de Cine e TV de San Antonio de Los Baños, em Cuba. Como atriz, estreia no cinema em 1988 no curta A Porta Aberta, mas sempre se mostrou mais interessada pelo lado de trás das câmeras. A partir de 1992 já é assistente de direção em filmes publicitários e televisão. Na televisão, faz participações esporádicas como em Você Decide (1993), Pátria Minha (1994) e A Turma do Pererê (1998). É assistente de direção de diretores importantes como Cacá Diegues em Deus é Brasileiro (2003) e Ruy Guerra em O Veneno da Madrugada (2005). Filmografia (atriz): 1988 – A Porta Aberta (CM); 1999 – Tiradentes; 2005 – Da Terra (CM). Filmografia (diretora): 1997 – Posta Restante (CM); 2005 – Da Terra (CM). DINIZ, LEILA Leila Roque Diniz nasceu em Niterói, RJ, em 25 de março de 1945. Perde a mãe com poucos meses de vida e foi criada pela avó, mas aos 15 anos já morava sozinha. Em 1962, com 17 anos de idade, casa-se com o cineasta Domingos de Oliveira, de quem se separa três anos depois. Foi professora de jardim de infância e mais tarde garota-propaganda, anunciando desodorantes, refrigerantes e carros. Estreia no teatro na peça infantil Em Busca do Tesouro. Sua atuação chama a atenção de Cacilda Becker, que a convida para parti cipar da peça O Preço de um Homem. Contratada pela TV Globo em 1965, estreia na novela Ilusões Perdidas (1965), seguindo-se Paixão de Outono (1965), Um Rosto de Mulher (1966), O Sheik de Agadir (1966), Eu Compro essa Mulher (1966), A Rainha Loura (1967), Anastácia, a Mulher sem Destino (1967), O Direito dos Filhos (1968), A Menina do Veleiro Azul (1969), Acorrentados (1969), Vidas em Confl ito (1969), Dez Vidas (1969) e Nós Aonde Vamos? (1970), sua última novela. Em 1966 estreia no cinema no filme O Mundo Alegre de Helô. Em 1965 casa-se com o também diretor Ruy Guerra, que havia conhecido no Festi val de Brasília. Desse relacionamento nasce Janaína Diniz Guerra, também atriz e diretora. Em 1967 brilha na televisão, em O Sheik de Agadir e no cinema em Todas as Mulheres do Mundo. Seu temperamento liberal e independente não é muito aceito pelo conservadorismo do Regime Militar. Sua entrevista ao jornal O Pasquim foi tão contundente que provocou a criação da lei de censura prévia, batizada de Decreto Leila Diniz. Em 1970 choca o Brasil ao aparecer grávida de biquíni na praia de Ipanema. Morre prematuramente, em 14 de junho de 1972, aos 27 anos, quando o DC-8 em que voa explode em Nova Déli, na Índia, ao retornar do Festival Internacional de Adelaide, na Austrália, onde fora divulgar o filme Mãos Vazias (1971), dirigido pelo amigo Luis Carlos Lacerda, que, em 1987, a homenageia com o filme Leila Diniz, com Louise Cardoso no papel principal. É um mito brasileiro por tudo que representa para a sua geração, alterando costumes e mostrando-nos que a felicidade está na arte de sermos nós mesmos. Filmografia: 1966 – O Mundo Alegre de Helô; Todas as Mulheres do Mundo; 1967 – Mineirinho Vivo ou Morto; Jogo Perigoso (episódio: Diverti mento) (Juego Peligroso) (Brasil/México); Edu Coração de Ouro; 1968 – O Homem Nu; A Madona de Cedro; Os Paqueras; Fome de Amor; Fantasia para Ator e TV (CM); 1969 – Corisco, o Diabo Loiro; Azyllo Muito Louco; 1971 – Mãos Vazias; O Donzelo; 1971/1977 – O Dia Marcado; 1972 – Amor, Carnaval e Sonhos; 1975 – Leila para Sempre Diniz (CM); 1978 – Mulheres de Cinema (depoimento) (CM). DINIZ, NELSON Nasceu em Porto Alegre, RS, em 1963. Ator, diretor e autor teatral. Inicia sua carreira no teatro. Em 1997 estreia no cinema no filme Anahy de las Misiones. Na televisão, sua primeira parti cipação é na minissérie Luna Caliente, em 1999, como Gamboa. Em 1999 recebe o prêmio APTC de melhor profissional do cinema gaúcho. Participa da antologia da Oficina de Criação Literária do Curso de Pós-Graduação em Letras, da PUC-RS, com os contos Caixinha Vermelha e O Cego e o Bicho. Faz o papel de Barão de Caxias na minissérie A Casa das Sete Mulheres, em 2003. Seus últi mos três trabalhos pela TV Globo são a novela Paraíso Tropical (2007), como Silveira; a minissérie Queridos Amigos (2008), como Oscar; e o programa Decamerão, a Comédia do Sexo (2009), como Abade. No teatro atua em Toda Nudez Será Castigada, O Pagador de Promessas, O Bandido e o Cantador, etc. Além de teatro e televisão, constitui sólida carreira no cinema, em dezenas de filmes, na sua maioria curtas gaúchos. Em 2003 estreia na direção no curta A Domicílio. Filmografia (ator): 1997 – Anahy de las Misiones; 1998 – Paulo e Ana em Porto Alegre (CM); 1999 – Interior (CM); Até (CM); O Oitavo Selo (CM); Um Estrangeiro em Porto Alegre (CM); O Velho do Saco (CM); 2000 – O Sanduíche (CM); Intesti no Grosso (CM); Dois Filmes em uma Noite (CM); Tolerância; 2001 – Snake (CM); Netto Perde sua Alma; 2002 – Vaga-Lume (CM); À Sombra do Outro (CM); 2003 – O Homem que Copiava; 2004 – Sintomas (CM); 2005 – Super Flufi (CM); Diário de um Novo Mundo; Sal de Prata; A Últi ma Onda (CM); 2006 – Sketches (CM); 2007 – Rummikub (CM); Três Efes (narração); 2008 – Netto e o Domador de Cavalos; Sótão (CM); 2009 – A Invasão do Alegrete (CM); Em teu Nome; Quiropterofobia (CM); Fogo (CM). Filmografia (diretor): 2003 – A Domicílio (CM). DINIZ, ZÉLIA Atriz cinematográfica que teve sua carreira entre 1975 e 1983. Muito bonita e de corpo escultural, começa sua vida artística como modelo e logo chama a atenção dos produtores da Boca do Lixo paulista. Estreia no cinema em 1975 no filme Amadas e Violentadas, dirigido e estrelado por David Cardoso, num fenômeno de bilheteria na época, tornando Zélia conhecida em todo o Brasil. Sua carreira a partir daí deslancha. Fez dezenove filmes, sendo o último Tensão e Desejo, de Alfredo Sternheim. A partir da liberação do explícito abandona a carreira cinematográfica. Filmografia: 1975 – Amadas e Violentadas; 1976 – Torturadas pelo Sexo; Como Consolar Viúvas; 1977 – Garimpeiras do Sexo; Dezenove Mulheres e um Homem; 1979 – Por um Corpo de Mulher; Liberdade Sexual; Essas Deliciosas Mulheres; A Virgem Camuflada; O Caso Cláudia; 1980 – Tara das Cocotas na Ilha do Pecado; Palácio de Vênus; O Inseto do Amor; 1981 – Como Faturar a Mulher do Próximo (episódio: Ginástica de Domingo); Pornô!; Duas Estranhas Mulheres (episódio: Eva); As Meninas de Madame Laura; A Insciável – Tormentos da Carne; 1983 – Tensão e Desejo. DIONÍSIO NETO Dionísio de Alcântara Pavão Neto nasceu em São Luis, MA, em 29 de dezembro de 1971. Radicado em São Paulo, estuda no CPT – Centro de Pesquisa Teatral de Antunes Filho, onde fica por três anos. Sem seguida vai trabalhar com diretores renomados como José Celso Martinez Corrêa, Gerald Thomas e Bia Lessa. Estreia profissionalmente aos dezoito anos na peça Comala, que viaja o Brasil inteiro. Escreve e atua em oito peças de teatro, entre elas Camaleões-Dourados-do-Paraíso (2003), Desconhecidos (2005), Olerê, Olará (2005), mas a mais importante e conhecida ainda é Perpétua, de 1995. Estreia no cinema em 1994 no curta Úbere São Paulo. Além disso é cantor da banda de rock Krepax. Na televisão participa da série Carandiru, Outras Histórias, em 2005, como Lula, o mesmo personagem do cinema. Filmografia: 1994 – Úbere São Paulo (CM); Instruções para Dar Corda no Relógio (CM); 1997 – Ordinária (CM); Bom pra Você (CM); 2003 – Carandiru; Contra Todos; Garotas do ABC; Carandiru; 2005 – Crime Delicado; 2006 – O Cheiro do Ralo; Espeto (CM); 2008 – Canção de Baal; Cana Quente. DIP, ÂNGELA Nasceu em São Borja, RS, em 10 de dezembro de 1961. Inicia sua carreira teatral em Porto Alegre. No início dos anos 80 muda-se para São Paulo e começa a trabalhar intensamente em teatro, nos espetáculos Umbigo, direção de Sergio Sálvia Coelho; Hotel Lancaster, direção de Marcos Loureiro; Escândalo, direção de Eliana Fonseca; Acordes Celestinos, direção de José Rubens Chachá; O Grande Dia, direção de Marco Antonio Braz; O Mambembe, direção de Gabriel Villela; As Guerreiras do Amor, direção de Celso Frateschi; Controle Remoto, direção de Elias Andreato; Kean, direção de Aderbal Freire Filho; Uma Coisa Muito Louca, direção de Henrique Dias; Ubu, Folias Físicas e Patafí sicas, direção de Cacá Rosset; Zerói, direção de Hugo Possolo; e Terça Insana, direção de Grace Gianoukas, etc. Em seguida inicia carreira na televisão com o programa de entrevistas e música, o Paulista 900, na TV Gazeta. Com o sucesso, transfere-se para a TV Cultura e passa a participar da série Rá-Tim-Bum, no papel da abelhinha. Em 1985 estreia no cinema, no curta-metragem Cone Sul. Tem longa fi lmografia, principalmente de curtas-metragens. Ângela também escreveu e dirigiu os espetáculos Loira Incendiária, O Homem Rato, Sex Shop, Recém Separados e o infantil A Guerra dos Mutans, entre outros. Entre 1994 e 1995 faz o Castelo Rá-Tim-Bum, como uma repórter de TV, personagem que lhe dá bastante notoriedade, tanto que é contratada pelo SBT em 1996 para fazer a novela Pérola Negra. Em 2004 vai para a TV Globo e estreia na série Sob Nova Direção, depois Toma Lá, Dá Cá (2008, A Grande Família (2008) e Maysa – Quando Fala o Coração (2009). O espetáculo Barril, com direção de Vivien Buckup, já percorreu mais de cinquenta cidades brasileiras. É considerada muito boa atriz no meio artístico, tanto que não lhe faltam oportunidades de trabalho. Filmografia: 1985 – Cone Sul (CM); 1987 – Romance; 1989 – Lua Cheia; 1991 – Viver a Vida (CM); 1994 – Expresso (CM); O Efeito Ilha; 1996 – Cine Jornal (CM); Flores Ímpares (CM); 1999 – Por Trás do Pano; Castelo Rá-Tim-Bum: O Filme; 2003 – Ilha Rá-Tim-Bum: O Martelo de Vulcano; 2004 – Cada um com seus Problemas (CM); 2005 – O Segredo dos Golfinhos; Quanto Vale ou é por Quilo?; 2008 – Bodas de Papel. DIVA HELENA Ruth Teixeira Petroni, desde criança, demonstra forte inclinação artística, cantando, dançando e animando festinhas escolares e familiares. O maestro Martinez Grau a leva para a Rádio Cruzeiro do Sul, onde ingressa no conjunto Irapurus, com o nome artístico de Ruth Alencar, transferindo-se depois para a Rádio Tupi. Desliga-se do conjunto e, já como Diva Helena, inicia carreirasolo de muito sucesso. Estreia no cinema em 1939 no filme Aves com Ninho. Participa de poucos filmes, dando prioridade para a carreira de intérprete. Filmografia: 1939 – Aves sem Ninho; 1940 – Céu Azul; 1969 – Os Paqueras; Sete Homens Vivos ou Mortos. DOBROY, ANDRÉ Nasceu na Hungria, em 1936. Sua adolescência é agitada, vivendo e estudando como nômade na Áustria, Itália e Alemanha. Após a Segunda Guerra Mundial vem para o Brasil, radicando-se em São Paulo. Forma-se em Economia pela Universidade Mackenzie e atua em teatro de língua húngara, plenamente dominada por ele. Paralelamente, trabalha com o pai num escritório de projetos, execuções e consultas. Em 1960 recebe convite de Walter Hugo Khouri e estreia no cinema, no filme Na Garganta do Diabo, mas acaba dando preferência em tocar os negócios do pai. Nos anos 80 reside na Venezuela. Filmografia: 1960 – Na Garganta do Diabo; 1961 – Mulheres e Milhões. DOLABELLA, CARLOS EDUARDO Carlos Eduardo Bouças Dollabella Nasceu no Rio de Janeiro, em 11 de junho de 1937. Começa sua carreira artística no teatro, em 1963 e em 1965 faz sua estreia na televisão na novela Coração. Na década de 1970 participa de novelas históricas como Irmãos Coragem (1970), O Homem que Deve Morrer (1971), Selva de Pedra (1972), O Bem-Amado (1973), O Espigão (1974) e, mais recentemente, O Campeão (1996), pela TV Bandeirantes. Na novela Irmãos Coragem interpreta o Delegado Falcão, e fica conhecido em todo o Brasil. No cinema, faz sua estreia em 1965 no filme Engraçadinha, Depois dos 30, atuando em muitos outros como O Matador Profissional (1969) e O Mistério de Robin Hood (1990). Em 1998 retorna à TV Globo, depois de onze anos, para participar da novela Por Amor, com destacado papel. Dolabella foi casado com a atriz Pepita Rodriguez com quem teve dois filhos, entre eles o ator Dado Dolabella. Foi pai ainda de mais dois filhos, frutos de relacionamentos anteriores ao seu casamento com Pepita. Dolabella também escreveu um livro, Meus Queridos Fantasmas, no qual resgatava suas emoções vividas através dos anos, em 21 histórias. Seu último trabalho na televisão foi na novela Porto dos Milagres, de 2001. Morre em 26 de maio de 2003, aos 66 anos de idade no Rio de Janeiro, de problemas cardíacos. Filmografia: 1965 – Engraçadinha, Depois dos 30; 1967 – Tarzan and the Great River (EUA) (participação não creditada); As Sete Faces de um Cafajeste; Carnaval Barra Limpa; 1969 – O Matador Profissional; Matou a Família e Foi ao Cinema; A Noite do meu Bem; Os Raptores;1972 – Revólveres não Cospem Flores; 1973 – O Descarte; 1974 – A Estrela Sobe; Gente que Transa (Os Imorais); As Moças Daquela Hora; 1975 – Motel; 1976 – O Flagrante; O Pai do Povo; 1979 – Dani, um Cachorro muito Vivo; O Caso Cláudia; 1990 – O Mistério de Robin Hood; Boca de Ouro. DOLABELLA, DADO Carlos Eduardo Dolabella Filho nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20 de julho de 1980. É filho dos atores Carlos Eduardo Dolabella e Pepita Rodrigues. Começa sua carreira no seriado Malhação, pela TV Globo, em 1995. Tinha 15 anos de idade. Em 2003 parti cipa da minissérie A Casa das Sete Mulheres, depois Senhora do Destino (2005) e Cristal (2006), esta última pelo SBT. Estreia no cinema em 2005 no filme Gaijin – Ama-me como Sou. Contratado pela TV Record, entra como protagonista em Chamas da Vida (2008) e em 2009 vence o reallity show A Fazenda, pela mesma emissora, pelo qual recebe o prêmio de R$ 1 milhão. Teve, por anos, um tumultuado romance com Luana Piovani. Filmografia: 2005 – Gaijin – Ama-me como Sou. DOM PEPE Famoso disc jockey carioca, que, segundo Nelson Motta, é um negro carioca de irradiante simpatia e elegante malandragem. Mora alguns anos em Londres. Foi disc jockey da famosa boate Sucata. Filmografia: 1972 – Gatos da Noite (The Night Cats); 1980 – Uma x Flamengo; 1982 – Rio Babilônia; 1991 – Não Quero Falar sobre Isso Agora; 2004 – Heliorama (CM); 2005 – A Marca do Terrir. DOMINGUES, PAULO Paulo Taquinardi Domingues nasceu em Indaiatuba, SP, em 5 de dezembro de 1939. Ainda criança muda-se para São Paulo e começa a trabalhar como cartazista do Cine Max. Paralelamente atua no Teatro Paroquial Padre Alexandre Grigoli, participando das peças Dois Milhões e uma Noiva e Trilogia do Calvário. Trabalha como cenógrafo e ator no ACASCS, nas peças Fogo Frio e O Resto é Silêncio. Em 1958 faz sua estreia como ator de cinema, numa ponta em O Capanga. Vai para a televisão e passa a atuar em novelas pela extinta TV Excelsior como Minas de Prata (1966), A Pequena Órfã (1968), A Muralha (1968) e Sangue do meu Sangue (1969). A partir daí, dedica-se ao cinema como ator e cenógrafo, alternando essas funções em fi lmes como Cangaceiro sem Deus (1969), Portugal Minha Saudade (1973) e O Guarani (1979). Depois disso, como arti sta plásti co, executa obras nas igrejas Sagrada Família, Nossa Senhora da Candelária e restaura as estátuas do Padre Alexandre, na Praça Cardeal Arco Verde, e a de São Francisco, no cemitério da Vila Paula. Atualmente é diretor artístico da Enti dade Artísti ca Cappella Áurea e está afastado do cinema. Filmografia: 1958 – O Capanga; 1969 – O Cangaceiro sem Deus (como Paulo Aguilar); 1970 – Dois Mil Anos de Confusão (como Paulo Aguilar); 1973 – Portugal... Minha Saudade; 1974 – Sedução (Qualquer Coisa a Respeito do Amor); 1976 – A Noite das Fêmeas (Ensaio Geral) (como Paulo Aguilar); 1978 – Reformatório das Depravadas; Belas e Corrompidas; As Amantes Latinas (como Paulo Tachinardi Domingues); Noite em Chamas; O Estripador de Mulheres (Assassino da Noite) (como Paulo Tachinardi Domingues); 1979 – O Guarani; 1982 – Amor de Perversão; 1983 – Sexo Animal; 1988 – Festi m Macabro; Atração Satânica. DOMINGUINHOS José Domingos de Moraes nasceu em Garanhuns, PE, em 12 de fevereiro de 1941. Aos oito anos de idade já toca sanfona, quando conhece Luiz Gonzaga, que lhe dá dinheiro e lhe pede para tocar. Aos nove usa sanfona de oito baixos e, aos onze, já toca acordeom. Na adolescência, é motorista de Luiz Gonzaga, acompanhando o músico em viagens pelo Nordeste, fazendo propagandas, abrindo seus shows e participando das gravações. Em 1957 muda-se com a família para o Rio de Janeiro, quando se casa pela primeira vez. Em 1964 grava seu primeiro disco. Em 1972, Gilberto Gil grava Eu Só Quero um Xodó, e Dominguinhos fica conhecido no Brasil inteiro. Grande cantor, compositor e músico, é, sem dúvida, o sucessor de Luiz Gonzaga. No cinema, faz uma única aparição, em 1980, no filme O Homem que Virou Suco. É um dos maiores divulgadores da música nordestina, inclusive no exterior. Filmografia: 1980 – O Homem que Virou Suco; 1997 – O Cangaceiro; 2002 – Viva São João; 2008 – O Milagre de Santa Luzia. DOO, JOHN Chien Lien Tu nasceu em Chung King, China, em 1942. Muda-se para o Brasil em 1950, com oito anos de idade. Interessado por cinema desde jovem, começa sua carreira como ator e conti nuísta no filme O Cabeleira, em 1963. Em 1965 estreia na direção, no filme O Puritano da Rua Augusta, com Mazzaropi. Alterna-se então como diretor e/ou ator, nos filmes O Prazer do Sexo (1982) e A Dama do Cine Shangai (1988), entre outros. Em 1983, participa, como ator, da minissérie Fernando da Gata. Em 1988, dirige seu último filme, Presença de Marisa. Filmografia (ator): 1963 – O Cabeleira; 1976 – Já não se Faz Amor como Anti gamente (episódio: Flor de Lys); 1978 – Ninfas Diabólicas; 1979 – E Agora, José?; 1980 – Aqui, Tarados!; 1981 – Duas Estranhas Mulheres (episódio: Eva); Bacanal; Sexo Profundo; 1982 – Um Casal de Três (Carícias Eróti cas); As Amantes de um Homem Proibido; As Viúvas Eróti cas; 1983 – Erótica: Fêmea Sensual; Nasce uma Mulher; 1984 – Como Afogar o Ganso; 1985 – Ópera do Malandro (Brasil/França); Gozo Alucinante; 1987 – As Prisioneiras da Selva Amazônica, Filme Demência; 1988 – A Dama do Cine Shangai; 1992/1996 – Sigilo Absoluto (Discretion Assured) (EUA/Brasil). Filmografia (diretor): 1965 – O Puritano da Rua Augusta (codirigido por Amácio Mazzaropi); 1978 – Ninfas Diabólicas; 1979 – Uma Estranha História de Amor; 1980 – A Noite das Taras (episódio: A Carta de Érica); 1981 – Pornô (episódio: O Gafanhoto); Delírios Eróti cos (episódio: Amor por Telepatia); Aqui, Tarados! (episódio: A Tia de André); Ninfas Insasiáveis; Devassidão, Orgia e Sexo; Escrava do Desejo; 1982 – O Prazer do Sexo; Escrava do Desejo; Excitação Diabólica; 1984 – Volúpia de Mulher; 1988 – Presença de Marisa. DORATIOTTO, WANDI Nasceu em São Paulo, SP, em 5 de junho de 1953. Ator, apresentador, compositor e violonista. Nascido de uma família de músicos, cresce no bairro da Lapa. Forma-se em Música e Educação Artística pela Faculdade Mozarteum de São Paulo. No início dos anos 1970 apresenta os programas Quase Lindo pela Rádio USP e Múlti pla Escolha pela Rádio Musical FM. Em 1976 integra o grupo Premeditando o Breque. Estreia na televisão em 1989, na extinta TV Manchete, na novela Kananga do Japão e pela TV Cultura nos infantis Rá-Tim-Bum, X-Tudo, Castelo Rá-Tim-Bum e, desde 1991, apresenta o programa Bem Brasil. Estreia no cinema em 1995 no filme Sábado, de Ugo Giorgetti . No teatro, participa das peças A Estrambólica Aventura da Música Caipira, Não Mexe com quem Tá Quietinho, etc. De forma independente, em 2003 lança o CD solo Pronto! e em 2006 lança o livro Haicais, pela editora Papagaio. Faz também dezenas de comercais, sendo o mais conhecido o da Brastemp, com o famoso jargão Não é Assim uma Brastemp.... Também é mestre de cerimônias em convenções nacionais e internacionais de várias empresas, além de participar dos projetos Nunca se Sábado em 2006 no Teatro Folha, em 2007 do Terça Insana no Bar Avenida e do Concerterça também no Teatro Folha. Filmografia: 1995 – Sábado; 1997 – Ed Mort; Os Três Zuretas (Reunião de Demônios); 1998 – Boleiros, Era Uma Vez o Futebol...; 2002 – O Príncipe; 2003 – Viva Voz; Cristina Quer Casar; 2006 – Boleiros 2 – Vencedores e Vencidos; 2007 – O Signo da Cidade; 2010 – As Aventuras do Avião Vermelho (animação-dubla o personagem Ursinho). DÓRIA, JORGE Jorge Pires Ferreira nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de dezembro de 1920. Filho de militar, tem educação rígida. Estreia no teatro em 1942 na peça As Pernas da Herdeira, seguindo-se muitas outras, como Plaza Suite, A Gaiola das Loucas, Escola de Mulheres, etc. No cinema, tem também destacada carreira em fi lmes como Mãe (1948), Assalto ao Trem Pagador (1962), A Dama do Cine Shangai (1987), Traição (1998), entre outros. Na televisão, faz sua primeira novela em 1970, E Nós Aonde Vamos? Em seguida, passa a participar de humorísticos e novelas de sucesso como A Grande Família (1973), como Lineu; O Todo Poderoso (1979), Champagne (1983), Que Rei Sou Eu? (1989), Meu Bem, meu Mal (1990), Deus nos Acuda (1993), Zazá (1997), Sai de Baixo (1998), Zorra Total (1999) e Os Normais (2001), sua última aparição na telinha. Prestes a completar noventa anos de idade, está afastado da vida artística há alguns anos. Filmografia: 1948 – Mãe; 1949 – Também Somos Irmãos; 1951 – Maior que oÓdio; 1955 – Sonho de Outono (inacabado); 1962 – Assalto ao Trem Pagador; 1964 – Asfalto Selvagem; O Beijo; O Crime do Sacopã; Procura-se uma Rosa; 1965 – História de um Crápula; Os Vencidos; 1966 – A Linguagem do Teatro (narração) (CM); O Mundo Alegre de Helô; Cuidado, Espião Brasileiro em Ação; Paraíba, Vida e Morte de um Bandido; 1968 – Juventude e Ternura; 1968 – Cristo de Lama (A História de Aleijadinho); 1969 – As Duas Faces da Moeda; 1970 Pais Quadrados, Filhos Avançados; É Simonal; 1971 – Bonga, o Vagabundo; Viver de Morrer; O Pecado de Marta; 1972 – Os Devassos; Minha Namorada; O Doce Esporte do Sexo (episódio: O Filminho); Eu Transo... Ela Transa; 1973 Como Era boa a Nossa Empregada (episódio: O Melhor da Festa); 1974 – O Comprador de Fazendas; Um Varão entre as Mulheres; Oh! Que Delicia de Patrão; 1975 – O Maravilhoso Mundo da Diversão (Cineac Trianon) (depoimento); Um Soutien para o Papai; Com as Calças na Mão; As Secretárias que Fazem de Tudo; 1976 – As Aventuras de um Deteti ve Português; Ninguém Segura Essas Mulheres (episódio: Marido que Volta Deve Avisar); 1977 – A Festa; 1978 – A Dama do Lotação; Assim Era a Pornochanchada; Os Melhores Momentos da Pornochanchada (episódio: A Ninfomaníaca); 1980 – Crônica à Beira do Rio (MM); Teu, Tua (episódio: Um Homem Debaixo da Cama); 1981 – O Sequestro; 1983 – Perdoa-me por Me Traíres; 1986 – Pedro Mico; 1987 – A Dama do Cine Shangai; 1992 – El Lado Oscuro Del Corazón (Argentina/Canadá); 1998 – Traição (episódio: Diabólica); 2003 – O Homem do Ano. DOURADO, ANTONIO Nasceu em Dobrada, SP, em 20 de setembro de 1921. Criança, muda-se para Sorocaba, permanecendo até os quatorze anos, quando vem para São Paulo. Na capital, começa a trabalhar numa tecelagem. Com vinte anos atua na área de cosméti cos. Nessa época, já tem interesse por cinema, chegando a ver dois ou mais filmes por semana. Passa então a trabalhar como projecionista dos cines Dom Pedro, Mundi e depois Metro. Resolve fazer curso técnico de cinema e é contratado como cinegrafista da Cruzeiro Filmes em 1942. Desenvolve ótimos trabalhos, registrando vários eventos importantes como IV Congresso Eucarístico Regional de Mogi Mirim, Jogos Abertos do Interior e A Volta do Expedicionário Campineiro. No inicio da década de 1950 é contratado pela Cia. Cinematográfica Vera Cruz como auxiliar de câmera, mas acaba participando de três filmes, a convite de Renato Consorte. Depois dessa experiência, desenvolve uma pequena indústria de cosméticos e comercializa projetores de cinema, principalmente na bitola 35 mm, atividade que exerce até hoje. Como cinegrafi sta, atua como free-lance para emissoras de televisão, em eventos externos e documentários. Filmografia: 1952 – Tico-Tico no Fubá; Sai da Frente; 1953 – Uma Pulga na Balança. DOURADO, REGINA Regina Maria Nascimento Dourado nasceu em Salvador, BA, em 22 de agosto de 1953. Na adolescência, leciona dança e apresenta um programa de televisão. Já no Rio de Janeiro, faz sua estreia na TV Globo em 1978, no especial Quincas Berro d’Água, ao lado de Paulo Gracindo. Sua primeira novela é Pai Herói (1979), como Nancy. Depois faz Cavalo Amarelo (1980), Rosa Baiana (1981), mas brilha mesmo em 1992, como a Morena, de Renascer. Tem passagens importantes por Explode Coração (1995), como Lucineide, a esposa do Salgadinho; depois Anjo Mau (1997), como Alzira Noronha Machado; Esperança (2002), como Mariusa; e América (2005), como Graça. Desde 2006 está contratada pela TV Record, onde participou de duas novelas, Bicho do Mato (2006) e Caminhos do Coração (2007). Estreia no cinema em 1979 no filme Amante Latino. Filmografia: 1979 – Amante Latino; 1984 – O Baiano Fantasma; 1985 – Tigipió, uma Questão de Amor; 1988 – Corpo em Delito; 1996 – Corisco e Dadá; 1999 – No Coração dos Deuses; 2004 – Espelho d’Água – Uma Viagem no Rio São Francisco. DUARTE, ANSELMO Anselmo Duarte Bento nasceu em Salto, SP, em 21 de abril de 1920. Dos dez aos quatorze anos, estuda e trabalha para conseguir alguns trocados com a finalidade de assisti r aos filmes mudos no Cine-Pavilhão, começando aí a se apaixonar pela arte cinematográfica. Nessa época não existe escola de cinema, nem produtores de filmes em São Paulo. Estuda então economia. Atraído por um anúncio de Orson Welles, aos 22 anos muda-se para o Rio de Janeiro e consegue uma pequena ponta no filme Its All True (1942), produção inacabada do grande diretor. Em seguida atua como fi gurante no filme Inconfi dência Mineira (1943/1948), de Carmen Santos. Paralelamente trabalha numa revista de economia, quando Alberto Pieralisi convida-o para atuar em Querida Suzana (1947). Contratado pela Atlântida em 1947, é ator principal em três dramas sociais, uma comédia românti ca e dois musicais. Torna-se o galã mais popular do Brasil. Surpreende produtores e críticos ao desempenhar também as funções de autor roteirista no filme Carnaval no Fogo (1949). Convidado a dirigir, começa a trabalhar na história e roteiro de Amei um Bicheiro, mas adia sua estreia atrás das câmeras ao aceitar proposta milionária da Cia. Cinematográfica Vera Cruz, onde atua em quatro filmes, destacando-se Tico-Tico no Fubá (1952), como Zequinha de Abreu, e do advogado Rodolfo em Sinhá Moça (1953). Com o fim da Vera Cruz, escreve, roteiriza e edita Depois eu Conto (1956) e Absolutamente Certo (1957), sua estreia como diretor, com grande sucesso de público e crítica. Em 1958 vai à Europa estudar e acaba participando de dois filmes como ator. Volta, em 1961, e produz, roteiriza e dirige o lendário O Pagador de Promessas, que conquista cinco prêmios internacionais, com destaque para a Palma de Ouro em Cannes, França. É indicado ao Oscar de 1963. Dirige ainda outros fi lmes como Vereda da Salvação (1965), Quelé do Pajeú (1969), Um Certo Capitão Rodrigo (1970), O Descarte (1973) e O Crime do Zé Bigorna (1977), exibidos comercialmente no exterior. Poderia ter realizado muito mais, se ti vesse ti do apoio da Embrafilme e da imprensa especializada, então empolgada pelos jovens diretores do Cinema Novo. Viaja todos os anos à Europa, como membro de Júris Internacionais de Cinema, ou para receber homenagens, tais como retrospectivas de seus fi lmes nos Festivais de Nantes e Biarritz. Em 1997 é convidado especial Palme Dor do 50º Aniversário do Festival de Cannes, na França. Bastante prestigiado na Europa, é considerado, para muitos, o melhor diretor brasileiro. Seus mais de sessenta anos de atuação como ator, produtor e diretor e sua vastíssima obra são, com certeza, das mais importantes na História do Cinema Brasileiro. Morre em 7 de novembro de 2009, aos 89 anos de idade, de complicações oriundas de um AVC – Acidente Vascular Cerebral sofrido alguns meses antes. Em 2004 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, pela Coleção Aplauso, lança sua biografia, Anselmo Duarte – O Homem da Palma de Ouro, de autoria de Luiz Carlos Merten. Filmografia (ator): 1942 – Its All True (inacabado); 1947 – Querida Suzana; Pinguinho de Gente; Não me Digas Adeus (No Me Digas Adiós) (Brasil/Argentina); 1948 – Inconfi dência Mineira; Terra Violenta; A Sombra da Outra; 1949 – O Caçula do Barulho; Carnaval no Fogo; 1950 – Aviso aos Navegantes; 1951 – Maior que o Ódio; 1952 – Tico-Tico no Fubá; 1953 – Sinhá Moça; Appassionata; Veneno; 1955 – Carnaval em Marte; Sinfonia Carioca; O Diamante; 1956 – Depois eu Conto; 1957 – Arara Vermelha; Absolutamente Certo; Senhora (inacabado); 1958 – O Cantor e o Milionário; 1960 – Um Raio de Luz (Un Rayo de Luz) (Espanha); As Pupilas do Senhor Reitor (Portugal/Brasil); 1967 – O Caso dos Irmãos Naves; A Espiã que Entrou em Fria; 1968 – Juventude e Ternura; Madona de Cedro; Os Vencedores (depoimento) (CM); 1972 – O Grito (CM); Independência ou Morte; 1974 – O Marginal; A Noiva da Noite (Desejo de Sete Homens); 1975 – Assim Era Atlântida; A Casa das Tentações; 1976 –Marido que Volta Deve Avisar (1o episódio do longa: Ninguém Segura essas Mulheres); Paranoia; Já não se Faz Amor como Anti gamente (episódio: Oh! Dúvida Cruel); 1979 – Embalos Alucinantes (Troca de Casais); 1981 – Chick Fowle, o Faixa Preta em Cinema (depoimento) (CM); 1984 – Tensão no Rio; 1985 – Estou com AIDS (depoimento); 1986 – Brasa Adormecida; 2000 – Retratos Brasileiros – Eliana Macedo (depoimento); 2002 – Vera-Cruz (depoimento) (CM); 2003 – Cinema Pagador (CM) (depoimento); 2006 – Adolfo Celi, u Uomo Per Due Culture (Itália) (depoimento); 2008 – O Velho Guerreiro não Morrerá (CM) (depoimento); O Homem que Engarrafava Nuvens (depoimento); 2009 – Eu, Eu, José Lewgoy (depoimento). Filmografia (diretor): 1957 – Fazendo Cinema (CM); Absolutamente Certo; 1960 – O Rapto (CM); 1962 – Um Homem Só (CM); 1962 – O Pagador de Promessas; 1965 – Vereda da Salvação; 1969 – Quelé do Pajeú; O Reimplante (3o episódio do longa: O Impossível Acontece); 1970 – Um Certo Capitão Rodrigo; 1973 – O Descarte; 1976 – Marido que Volta Deve Avisar (1o episódio do longa: Ninguém Segura essas Mulheres); 1976 – Oh! Dúvida Cruel (1o episódio do longa: Já não se Faz Amor como Anti gamente); 1977 – O Crime do Zé Bigorna; 1978 – Os Trombadinhas; 1981 – Dersa 20 Anos (A Conquista da Serra do Mar); (CM); 1982 – Estradas Vicinais (CM); Excesso de Peso Mata (CM); Hidrovia Tietê-Paraná (CM); Transporte– Desenvolvimento Integrado (CM); Walter Nory – O Menino do Interior (CM). DUARTE, AURORA Diva Mattos Perez nasceu em Olinda, PE, em 17 de abril de 1933. Muito pequena, começa a atuar em programas de rádio, chamando a atenção por sua desenvoltura e talento. Faz seus estudos normais no Recife e começa a trabalhar num hospital. Com grande inclinação para as artes, adolescente já pensa em seguir carreira como atriz, poetisa ou escritora. Apaixonada pelo cinema, integra a Associação de Cinegrafistas Amadores do Brasil e realiza um documentário chamado A Sereia e o Mar, no qual dirige e faz o papel principal. Em 1952 Alberto Cavalcanti está em Pernambuco fazendo testes para o papel feminino de seu próximo filme, O Canto do Mar. Aurora inscreve-se e é aprovada, ganhando o papel. Essa é sua estreia profissional no cinema. Com o sucesso – inclusive internacional – do filme, muda-se para o Rio de Janeiro mas logo transfere-se para São Paulo, convidada para parti cipar do filme Os Três Garimpeiros, ao lado de Hélio Souto e Alberto Ruschell. Muito bonita e talentosa, torna-se estrela nacional. Paralelamente, Aurora faz teatro com sua própria companhia, participa de alguns programas de televisão, e escreve argumentos cinematográficos. Em 1960 produz e atua no filme A Morte Comanda o Cangaço, dirigido por Carlos Coimbra, uma das mais belas obras do gênero feitas no Brasil e o primeiro colorido. Fica afastada das telas durante muitos anos, retornando em 1982 para uma parti cipação no filme Noites Paraguaias. Filmografia (atriz): 1953 – O Canto do Mar; 1954 – Os Três Garimpeiros; A Noiva da Colina (inacabado); 1955 – Armas da Vingança; 1959 – Fronteiras do Inferno (Lonesome Women) (Brasil/EUA); Crepúsculo de Ódios (Nas Garras do Destino); 1960 – A Morte Comanda o Cangaço; 1982 – Noites Paraguaias. Filmografia (diretora): 1979 – Chagas (CM); Flor Cinzenta (CM) (codirigido por G.Arjones Abril); Os Jesuítas e a Arquitetura Religiosa Paulista do Século XVII (CM); Pennacchi (CM); Porta para o Mistério (CM); Rimas para a Liberdade (CM); Território do Poeta (CM); 1980 – Chagas (CM); Comando e Direção do Veículo (CM); 1981 – Vital Brasil e o Insti tuto Butantã (CM); 1982 – Helenos (CM); 1991 – A Flor Ingrid (CM). DUARTE, BERTRAND Bertrand Duarte Júnior nasceu em Senhor do Bonfim, BA, em 1960. Ator, produtor e publicitário. Inicia sua carreira como ator de comerciais para agências de Salvador e Aracaju. Como publicitário, é dono da agência Objectiva, com Miguel Silveira e Cid Andrade, que atua com todas as expressões artísti cas, como cinema, teatro, vídeo e dança. Estreia no cinema em 1984 no média Porta de Fogo, de Edgar Navarro. Em 2003 é eleito presidente do Sindapro – Sindicato das Agências de Publicidade do Estado da Bahia. Na televisão, estreia em Renascer, em 1993. Depois de algumas minisséries, retorna em 2008 como o Nestor de A Favorita. No cinema, atua em dois longas de Carlos Reichenbach, Alma Corsária (1993) e Falsa Loura (2007). É casado com a dançarina e coreógrafa Sandra Santana, tem quatro filhos, Rafael (1980), Gustavo (1981), Larissa (1993) e Leonardo (1995). Filmografia: 1984 – Porta de Fogo (CM); 1989 – O Superoutro (MM); 1993 – Alma Corsária; 2006 – Espeto (CM); 2007 – Falsa Loura; 2009 – Pau Brasil. DUARTE, DÉBORA Débora Susan Suke nasceu em São Paulo, SP, em 2 de janeiro de 1950. Filha da atriz Marisa Sanchez e enteada de Lima Duarte. Com cinco anos de idade inicia sua carreira artísti ca fazendo comerciais e pequenos papéis no teatro. Em 1958, pela primeira vez na TV, participa do programa Os Miseráveis. Em 1964 faz sua primeira novela, Quem Casa com Maria, onde contracena com Francisco Cuoco, mas ganha notoriedade nacional em Beto Rockfeller (1968), ao lado de Luis Gustavo. Estreia no cinema em 1970 em Pais Quadrados, Filhos Avançados. Na TV Globo, participa de outras tantas como Pecado Capital (1976), O Profeta (1977), Cara a Cara (1979), Corpo a Corpo (1984), Bebê a Bordo (1988), Pátria Minha (1995), a minissérie Hilda Furacão (1998), Terra Nostra (1999), Porto dos Milagres (2001), a minissérie O Quinto dos Infernos (2002), Canavial de Paixões (2003), esta últi ma pelo SBT, e Como uma Onda (2004). De 1995 a 2000 participa de cinco episódios do programa Você Decide. Em 2007 destaca-se como a Hermínia de Paraíso Tropical e atua na peça A Ratoeira, de Agatha Christi e, no papel da Sra. Boyle. Foi casada com o ator Wladimir Nicolaiev, depois Gracindo Jr. e com o cantor Antonio Marcos, com quem tem duas fi lhas, Daniela (1975) e Paloma (1977), que também é atriz. Em 2009 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia: Débora Duarte: Filha da Televisão, de autoria de Laura Malin. Filmografia: 1970 – Pais Quadrados, Filhos Avançados; Celeste (França/Itália); 1974 – Pontal da Solidão; 1987 – A Menina do Lado. DUARTE, DORITA Albertina Leite nasceu em São Paulo, SP, em 27 de setembro de 1936. Forma-se em Filosofia, mas tem fortes tendências artísti cas e, aos dezessete anos, inicia sua carreira como apresentadora infantil de sucesso, no programa A Fada dos Brinquedos, na recém-inaugurada TV Record. Participa de um único filme, Absolutamente Certo (1957), de Anselmo Duarte. Parti cipa de mais de 200 fotonovelas, contracenando até com Cauby Peixoto, ainda desconhecido, e faz vários comerciais de televisão. No teatro, atua em várias peças e, como autora, escreve outras tantas, sendo a mais famosa O Jardim dos Amores, encenada em 1973. Casa-se com Cuca Becker, filho de Cacilda Becker, com quem tem um filho, Guilherme. Morre em 5 de março de 1987, aos 50 anos de idade, em São Paulo. Filmografia: 1957 – Absolutamente Certo. DUARTE, GABRIELA Gabriela Duarte Franco nasceu em Campinas, SP, em 15 de abril de 1974. Filha da atriz Regina Duarte e de Marcos Franco da Silva. Aos três já demonstra inclinação para ser atriz, pois representava e contava histórias para sua babá. Em 1983, estreia no cinema, aos nove anos de idade, numa ponta no filme O Cangaceiro Trapalhão, ao lado da mãe, Regina Duarte e de Renato Aragão. Em 1989 faz sua primeira novela, Top Model, pela TV Globo. Retorna em 1995 para fazer Irmãos Coragem e não para mais, em sucessos como Por Amor (1997), na qual contracena ao lado da mãe, em emocionante atuação, Chiquinha Gonzaga (1999), Esperança (2002), Meu Bem Querer (2003), Sob Nova Direção (2004) e América (2005). Está casada com o fotógrafo Jairo Goldflus. Em 2006 participa da peça As Mulheres da Minha Vida, ao lado de Antonio Fagundes, mas deixa o espetáculo por causa da gravidez de sua primeira filha e primeira neta de Regina, que se chama Manuela e nasceu em 18 de agosto de 2006. Retorna em 2007 para fazer o papel de Miriam, em Sete Pecados, pela TV Globo. Filmografia: 1983 – O Cangaceiro Trapalhão; 2000 – Oriundi, o Verdadeiro Amor é Imortal; 2003 – O Vestido. DUARTE, GUILHERME Nasceu em Nova Iguaçu, RJ, em 18 de agosto de 1976. Sua primeira novela é Senhora do Destino (2005), como Jacaré, um pequeno papel, mas fica conhecido em todo o Brasil em 2008, quando interpreta o Zidane de Duas Caras. Em 2009 é um dos protagonistas da novela Caras & Bocas, como Samuel, e, em 2010 estreia no cinema, no filme Sonhos Roubados, de Sandra Werneck. Já é um galã da nova geração de atores da TV Globo. Filmografia: 2010 – Sonhos Roubados. DUARTE, LIMA Aryclenes Venâncio Martins nasceu em Desemboque, MG, em 29 de março de 1930. Sua mãe é artista de circo e seu pai, boiadeiro. Aos quatorze anos tenta a vida em São Paulo, passa fome, trabalha carregando frutas e mora quatro anos com uma prosti tuta judia francesa. Sua primeira oportunidade no radioteatro foi em 1947. Em 1950, ajuda a inaugurar a televisão no Brasil e parti cipa da famosa novela Sua Vida me Pertence, em 1951. Depois participa de TV de Vanguarda (1952/1959), TV Teatro (1958) e TV de Comédia (1958/1959). A partir dos anos 1960 passa a atuar em novelas como Calúnia (1966), Beto Rockfeller (1968) e A Fábrica (1971), sempre pela TV Tupi. Em 1972 transfere-se para a TV Globo e sua carreira deslancha, realizando trabalhos memoráveis, sempre interpretando tipos humildes, caboclos, jagunços etc, em novelas como O Bem-Amado (1977), Roque Santeiro (1985), Fera Ferida (1993), Corpo Dourado (1998), O Porto dos Milagres (2001), Senhora do Destino (2005), Desejo Proibido (2008), Caminho das Índias (2009), como Shankar. Trabalha também em teatro, fazendo peças importantes e como dublador, tendo feito a voz de personagens importantes do cartoon como Manda-Chuva, Wally Gator e Dum-Dum, todos produzidos por Hanna-Barbera. Estreia no cinema em 1949 no filme Quase no Céu. Parti cipa de muitos filmes, ganhando prêmios como o de melhor ator no Festival de Brasília por O Crime do Zé Bigorna (1977), e no Festi val de Gramado por Sargento Getúlio (1983). Entre outros, depois parti cipa de Eu,tu, Eles (2000) e A Ilha do Terrível Rapaterra (2006). Dirige algumas novelas pela TV Tupi como O Direito de Nascer (1964), Beto Rockfeller (1968) e O Homem Que Veio do Céu (1978). Foi casado com a atriz Marisa Sanches, com quem teve duas filhas, Débora (sua enteada), que também é atriz, e Monica, advogada. É considerado um dos maiores atores brasileiros de todos os tempos. Filmografia: 1949 – Quase no Céu; 1950 – A Gata (CM); 1952 – Modelo 19 (voz); 1956 – O Sobrado; 1958 – O Grande Momento; Paixão de Gaúcho; 1959 – Chão Bruto; 1963 – O Rei Pelé; 1968 – Trilogia do Terror (episódio: Procissão dos Mortos); 1972 – Velho Chico, o Santo Rio (MM) (narração); 1973 – Do Sertão ao Beco da Lapa (E o Mundo de Oswald) (narração, com Paulo César Peréio e Mário Lago); 1975 – Guerra Conjugal; 1977 – O Crime do Zé Bigorna; Contos Eróti cos (episódio: O Arremate); Jogo da Vida; 1978 – A Queda; 1979 – O Menino Arco-Íris (A Infância de Jesus Cristo); 1980 – Os Sete Gatinhos; 1981 – Kilas, o Mau da Fita (Portugal/Brasil); 1982 – Sargento Getúlio; 1988 – Lua Cheia; Corpo em Delito; 1992 – Calangos do Boiaçu (CM) (narração); 1997 – A Ostra e o Vento; 1998 – Novembrada (CM); O Rio do Ouro (Portugal/França/Brasil); Boleiros, Era uma Vez o Futebol; 2000 – Palavra e Utopia (Espanha/Itália/França/Brasil/Portugal); Eu, tu, Eles; O Auto da Compadecida; 2003 – O Preço da Paz; 2005 – Dois Filhos de Francisco; Espelho Mágico (Portugal); Depois Daquele Baile; 2006 – Boleiros 2 – Vencedores e Vencidos; A Ilha do Terrível Rapaterra; 2007 – Person (depoimento); 2008 – Paulo Gracindo, o Bem-Amado (depoimento); 2009 – Topografia de um Desnudo; 2010 – Família Vende Tudo. DUARTE, PALOMA Paloma Marcos Sanchez Silva nasceu em São Paulo, SP, em 21 de março de 1977. Filha da atriz Débora Duarte e do cantor Antonio Marcos, neta de Lima Duarte. Com nove anos de idade começa a fazer teatro e estreia na peça Zé Adulto, Zé Criança, em que contracena com o pai, em 1986. Aos onze estreia na televisão no programa Armação Ilimitada. Aos quatorze sai de casa e faz sua primeira novela, O Grande Pai, pelo SBT, em 1991. Contratada pela TV Globo em 1993, participa de novelas e minisséries como Renascer (1993), Tropicaliente (1994), O Fim do Mundo (1996), Anjo de Mim (1996), Hilda Furacão (1997), Pecado Capital (1998), Terra Nostra (1999), Porto dos Milagres (2001), Mulheres Apaixonadas (2003) e Começar de Novo. Em 1996 posa nua para a revista Playboy. Em 1999 estreia no filme Zoando na TV, ao lado de Angélica, mas faz pouco cinema. Brilha em 2005 no filme Dois Filhos de Francisco. Em 2006 transfere-se para a TV Record para protagonizar Cidadão Brasileiro e depois Luz do Sol (2007). Foi casada com o cantor Renato Lui (1970), entre 1993/1995, com quem teve sua primeira filha, Maria Luíza (1995). Com o ator Marcos Winter (1966), com quem foi casada entre 1997/2002, teve sua segunda filha, Ana Clara (1997) e desde 2003 está casada com o cantor/compositor Oswaldo Montenegro. Filmografia: 1999 – Zoando na TV; 2001 – A Partilha; 2003 – Deus é Brasileiro; 2005 – Dois Filhos de Francisco; 2006 – Muito Gelo e dois Dedos d’Água. DUARTE, REGINA Regina Blóis Duarte nasceu em Franca, SP, em 5 de fevereiro de 1947. Com três meses de vida a família muda-se para São Joaquim da Barra e aos seis anos para Campinas. Em 1964 inicia sua carreira como modelo publicitário da Kibon e Frigidaire. Ao ver uma foto sua num cartaz, o diretor Walter Avancini convida-a para trabalhar na novela A Deusa Vencida (1965), na TV Excelsior. No mesmo ano estreia no teatro na peça A Megera Domada, dirigida por Antunes Filho. Por seus papéis açucarados em novelas, ganha o carinhoso apelido de Namoradinha do Brasil. Na televisão, entre outras, parti cipa de Irmãos Coragem (1970), Minha Doce Namorada (1971), Selva de Pedra (1972), Carinhoso (1973), Roque Santeiro (1985), Vale Tudo (1988) e Por Amor (1998), onde tem a oportunidade de contracenar com a filha Gabriela Duarte, Desejos de Mulher (2002), Kubanacan (2003) e Páginas da Vida (2006). Além disso, atua também em minisséries e periódicos como Chiquinha Gonzaga (1999), Brava Gente (2002) e Sob Nova Direção (2005). Em 1979, na sua fase mais adulta interpreta Malu Mulher, desmistificando o apelido. Estreia no cinema em 1968 no filme Lance Maior, ao lado de Reginaldo Faria. Entre 1963 e 1975 fica casada com o engenheiro Marcos Flávio Cunha Franco, com quem teve dois filhos, André (1971) e Gabriela (1974). Entre 1978/1979 fica casada com o diretor Daniel Filho. Do relacionamento de um ano com o publicitário argentino Daniel Gomez, nasce João Ricardo (1981), seu filho caçula. De 1983 a 1995 fica casada com diretor Del Rangel na mais duradoura de suas relações. Desde 2000 está casada com Eduardo Lippincott . Em 2004 produz a peça Pedro e Wanda, da qual sua filha Gabriela é protagonista. Em 2006 retorna às novelas como a médica Helena, em Páginas da Vida e depois Três Irmãs (2009), como Waldete. Com grande força de interpretação, é uma das grandes atrizes brasileiras. Filmografia: 1968 – Lance Maior; 1969 – A Compadecida; 1977 – Chão Bruto; 1978 – Daniel, Capanga de Deus; Parada 88 – o Limite de Alerta; 1981 – O Homem do Pau-Brasil; El Hombre Del Subsuelo (Argenti na); 1983 – O Cangaceiro Trapalhão; 1985 – Além da Paixão; 1995 – La Lona (CM); 2000 – Um Anjo Trapalhão. DUBOC, DÉBORA Nasceu em Ribeirão Preto, SP, em 4 de maio de 1965. É formada em artes cênicas pela Unicamp. Faz teatro amador em sua cidade de 1980 a 1988 com o grupo Agnosart. Em 1990 estreia profissionalmente com a peça Um Trem Dentro da Noite, criação coletiva a partir de Tambores da Noite, de Bertolt Brecht, coordenada por Marco Aurélio, diretor a quem se liga profissionalmente, por meio do grupo Razões Inversas. Recebe muitos elogios por sua atuação na peça Ricardo II, de William Shakespeare. Seguem-se A Bilha Quebrada (1993), Peça Coração (1994), Píramo e Tisbe (1995), Senhorita Else (1996), pelo qual recebe os prêmios Shell, APCA e Apetesp de melhor atriz, O Homem das Galochas (1998), As Três Irmãs (1998), A Arte da Comédia (1998), O Espírito da Terra (2000), em que entra em cena nos últimos meses de gravidez, Pedro Mico (2001), Mostra de Dramaturgia Contemporânea (2002), em que a atriz, com outros atores, reúne textos de novos dramaturgos, etc. Estreia no cinema em 1999 no curta Ano Novo. Seu primeiro longa é Latitude Zero, de Toni Venturi, com quem está casada desde 1996 e tem um filho, Theo. Sua atuação nesse filme lhe rende dois prêmios internacionais em Miami e Kiev. Na televisão, participa apenas de um episódio do programa Você Decide, em 1999. Recentemente esteve à frente do elenco da peça Liberdade, Liberdade, de Millôr Fernandes e Flávio Rangel. Atriz essencialmente teatral, tem raro talento para interpretar personagens densos e enigmáti cos. Filmografia: 1999 – Ano Novo (CM); 2000 – Lati tude Zero; Através da Janela; 2001 – Memórias Póstumas; 2004 – Cabra-Cega; 2005 – Tapete Vermelho; 2008 – FilmeFobia; 2010 – Estamos Juntos. DUMONT, DENISE Denise Bittencourt Teixeira nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20 de março de 1955. Filha do compositor Humberto Teixeira, estreia na televisão em 1974, na novela O Semideus, de Janete Clair. O pai, ao lhe negar permissão para ser atriz, proíbe-a de usar o sobrenome Teixeira, daí foi rebatizada por Walter Avancini e Daniel Filho. Estreia no cinema em 1980, em Terror e Êxtase, tendo atuado em muitos outros como O Beijo da Mulher Aranha (1985) e Jorge, um Brasileiro (1988). Participa ainda das novelas/ minisséries Gina (1978), Ciranda, Cirandinha (1978), Marrom Glacê (1979), Marina (1980), Baila Comigo (1981), Quem Ama não Mata (1982), Voltei pra Você (1983) e Corpo Santo (1987). Em seguida, muda-se para Nova York, onde se casa com o inglês Matthew Chapman, roteirista, diretor e produtor de cinema, com quem tem uma filha, Anabela (1992). Assim como outras atrizes brasileiras, vem tentando carreira internacional, chegando a parti cipar do filme A Era do Rádio, dirigido por Woody Allen em 1987, interpretando Carmen Miranda, e outros dirigidos pelo marido. De volta ao Brasil em 1997, participa de um episódio de Você Decide, pela TV Globo, e pretende fazer ponte aérea Brasil/ EUA. Foi casada com o ator Cláudio Marzo, com quem tem um filho, Diogo (1980), depois com Euclydes Marinho. Em 2008 produz e colabora no roteiro do documentário O Homem que Engarrafava Nuvens, sobre a vida de seu pai. Filmografia: 1980 – Terror e Êxtase; 1981 – Eros, o Deus do Amor; Filhos e Amantes; Os Vagabundos Trapalhões; 1982 – Rio Babilônia; 1984 – O Beijo da Mulher Aranha (Kiss of the Spider Woman) (Brasil/EUA); Amenic – Entre o Discurso e a Prática; 1987 – A Era do Rádio (Radio Days) (EUA); The Allnighter (EUA); 1988 – Jorge, um Brasileiro; Coração da Meia-Noite (Heart of Midnight) (EUA); 1990 – Minas Texas. DUMONT, JOSÉ Nasceu em Bananeiras, PB, em 1º de agosto de 1950. De infância muito pobre, foi menino de rua. Adolescente, em 1973 muda-se para São Paulo, para trabalhar na Marinha e depois nos Correios. Em 1975 assiste a uma peça no Teatro e fica deslumbrado, saindo de lá com a ideia fixa de ser ator. Depois de ser reprovado em alguns testes, ganha sua primeira oportunidade na peça Morro do Ouro, em 1976. Logo em seguida, vai para a televisão, onde participa do especial O Sonho de Gianfrancesco Guarnieri, pela TV Globo. Estreia no cinema em 1977 no filme Morte e Vida Severina e faz desse seu principal veículo, consagrando-se como grande ator em fi lmes como O Homem que Virou Suco (1980), que lhe vale o prêmio de melhor ator no Festi val de Brasília, e O Baiano Fantasma (1984), Kenoma (1998), Narradores de Javé (2003) e Dois Filhos de Francisco (2005), totalizando quase 50 filmes. Na televisão, participa de inúmeras novelas e minisséries como Lampião e Maria Bonita (1982), Padre Cícero (1984), Pantanal (1990), Tocaia Grande (1995), Terra Nostra (1999), América (2005), Luz do Sol (2007) e Caminhos do Coração (2007). É um grande ator brasileiro. Em 2005 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, pela Coleção Aplauso, lança sua biografia, José Dumont – Do Cordel às Telas, de autoria de Klecius Henrique. Filmografia: 1977 – Morte e Vida Severina; Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia; 1978 – O Escolhido de Iemanjá; Tudo Bem; Amor Bandido; A Volta do Filho Pródigo; Se Segura, Malandro; J. S. Brown, o Últi mo Herói; 1979 – A Menina e a Casa da Menina (CM); Coronel Delmiro Gouveia; República dos Assassinos; 1980 – Até a Últi ma Gota; Gaijin, os Caminhos da Liberdade; O Homem que Virou Suco; 1982 – O Sonho não Acabou; Noites Paraguaias; 1983 – Parahyba, Mulher Macho; O Cangaceiro Trapalhão; 1984 – Memórias do Cárcere; Os Trapalhões e o Mágico de Oróz; O Baiano Fantasma; 1985 – A Hora da Estrela; Tigipió, uma Questão de Amor; Avaeté, Semente da Violência; 1986 – Vento Sul; 1987 – Os Trapalhões no Auto da Compadecida; Maré de Azar (Running Out of Luck) (EUA); 1990 – Mais que a Terra; Minas Texas; 1991 – Brincando nos Campos do Senhor (At Play In The Fields of The Lord) (EUA/Brasil); 1998 – Policarpo Quaresma, Herói do Brasil; Kenoma; 1999 – O Primeiro Dia; Milagre em Juazeiro; 2001 – Abril Despedaçado; 2002 – A Selva (Portugal/Brasil/Espanha); 2003 – Narradores de Javé; As Tranças de Maria; Maria, Mãe do Filho de Deus; 2004 – Árido Movie; Onde Anda Você; Olga; Irmãos de Fé; Iara (narração) (CM); Flores da Estrada (CM); Último Raio de Sol (CM); 2005 – Cidade Baixa; Dois Filhos de Francisco; 2006 – Veias e Vinhos – Uma História Brasileira; O Sonho de Inacim (O Aprendiz do Padre Rolim). DUPRÊ, DAVID Nasceu em São Paulo, SP. Aluno de Maria Ollenewa e Marília Franco, é membro da Escola de Dança do Teatro Municipal de São Paulo, tornando-se seu primeiro bailarino. Em 1949, participa, como coreógrafo do Ballet Society. Em 1951 ingressa, mediante concurso em que obtém primeira colocação, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro como primeiro bailarino também. Em 1955 aperfeiçoa-se na França, ingressando por concurso na Companhia de Bailados José Torres. Percorre, em tournée, a África do Norte, Israel, Suíça, França, Dinamarca etc. Estreia no cinema em 1954, no filme O Petróleo é Nosso, embora toda a sua vida tenha sido dedicada à dança. Filmografia: 1954 – O Petróleo é Nosso; 1955 – Aí Vem o General. DUQUE Nasceu em Porto Alegre, RS, em 1947. Pastor-alemão superadestrado por Jordano Martinelli. Durante as fi lmagens de Terra é Sempre Terra, no Sul do País, a equipe de produção fica encantada com a sua inteligência que, com seu dono, fazia apresentações mambembes ao redor de Porto Alegre. É então contratado pela Vera Cruz em 1950 e participa de vários filmes, sendo sua estreia em 1951, em Ângela, mas fi ca famoso mesmo em Sai da Frente, roubando as cenas como Coroné, ao lado de Mazzaropi. Duque é o cachorro-ator mais famoso do Cinema Brasileiro, chegando a ganhar mais que muitos arti stas famosos. Campeão de adestramento, é o símbolo da Escola para Cães Duque que seu dono funda em 1955, em São Bernardo do Campo. Duque morre aos 18 anos, em 1965, mas seu dono, Jordano Martinelli, no início dos anos 1970, compra em leilão todas as peças cenográficas da Vera Cruz, e monta em sua chácara o Museu Vera Cruz, que era aberto a poucos privilegiados que conseguiam encontrar Martinelli de bom humor. No início da década de 1960, surge Lobo, na série Vigilante Rodoviário, que substitui seu antecessor à altura, embora tenha feito mais sucesso na televisão que no cinema. Filmografia: 1951 – Ângela; 1952 – Sai da Frente; 1953 – Nadando em Dinheiro; Uma Pulga na Balança; 1954 – Candinho; 1955 – A Carrocinha; 1958 – Ravina; 1962 – O Vendedor de Linguiças. DUSSEK, EDUARDO Nasceu no Rio de Janeiro, em 1º de janeiro de 1958. Pianista, compositor, cantor e ator, inicia sua carreira artística em 1973, aos 15 anos, como pianista de peças de teatro, quando estudava na Escola Nacional de Música. Como compositor, a parti r de 1978 já tem suas músicas gravadas por nomes de peso como As Frenéticas, Ney Matogrosso, Maria Alcina, sempre em parceria com Luis Carlos Góis. Ganha notoriedade nacional em 1980, no festival MPB Shell da TV Globo, com a música Nostradamus. Suas composições sempre buscam aliar sátira e bom humor. Em 1982 lança seu primeiro LP, Olhar Brasileiro e o sucesso acontece. Como ator, estreia no musical Plunct, Plact, Zuuum, em 1983, como o Mestre de Matemática. Sua primeira novela é Floradas na Serra (1991) e depois Xica da Silva (1996), ambas pela TV Manchete. Pela TV Globo, atua em Você Decide (1999), A Lua me Disse (2005), Bang-Bang (2006) e Toma Lá, Dá Cá (2007). A convite de Carlos Reichenbach, estreia no cinema em 2004 no filme Bens Confi scados, como o engenheiro alemão Miklos. Filmografia: 2004 – Bens Confi scados; Amigas (CM); 2010 – Federal. DUTRA, SÔNIA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 6 de outubro de 1937. Estreia no cinema em 1964 no filme Um Ramo para Luíza. Na televisão, participa de duas novelas, 22-2000 Cidade Aberta (1965) e O Cafona (1971). Seu melhor momento no cinema acontece em 1968 no filme Maria Bonita, Rainha do Cangaço. A partir dos anos 1970 abandona a carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1964 – Um Ramo para Luíza; 1965 – História de um Crápula; 1967 – Perpétuo contra o Esquadrão da Morte; 1968 – Maria Bonita, Rainha do Cangaço; 1969 – Os Paqueras; 1970 – Um Certo Capitão Rodrigo. DUVAL, CARLOS Nasceu em São Paulo, SP, em 1936. De ascendência portuguesa, tinha facilidade em interpretar tipos oriundos da terra de seus antepassados e, ao longo da carreira, não foram poucos os portugueses que interpretou. Estreia no cinema em 1946 no filme Caídos do Céu e, até os anos 1960, desenvolve carreira quase que estritamente cinematográfica, como em Angu de Caroço (1955), Sete Evas (1963), Essa Gatinha é Minha (1966), Um Homem Célebre (1974). Quando estreia na televisão em 1968 em Antonio Maria, passa a dedicar-se às novelas, deixando de lado a sétima arte. Brilha em A Fábrica (1971), Pecado Capital (1975), Cabocla (1979), Voltei pra Você (1983), O Portador (1991), etc. Morre em 1993, em São Paulo, de câncer, aos 57 anos de idade. Filmografia: 1946 – Caídos do Céu; 1953 – A Carne é o Diabo; Toda a Vida em Quinze Minutos; 1954 – Rei do Movimento; Marujo por Acaso; 1955 – O Grande Pintor; Angu de Caroço; 1956 – O Diamante; 1957 – Pega Ladrão; 1958 – Noivo da Girafa; 1962 – As Sete Evas; 1963 – Quero essa Mulher Assim Mesmo; Sonhando com Milhões; 1964 – Sangue na Madrugada; Um Morto ao Telefone; 1966 – Essa Gatinha é Minha; 1974 – Um Homem Célebre. DUVAL, DORINHA Dora Teixeira nasceu em São Paulo, SP, em 21 de janeiro de 1929. Começa sua carreira como cantora e bailarina no Teatro de Revista, tornando-se vedete em seguida. Estreia na televisão em 1959 no especial Doce Lar Teperman. Depois parti cipa ati vamente da TV Comédia. Na década de 1960 participa da linha de shows da TV Excelsior, fazendo sucesso ao lado de grandes humoristas como Castrinho. Estreia no cinema em 1952, numa ponta no filme Veneno, produção da Vera Cruz. Faz poucos fi lmes, com destaque para O Homem que Roubou a Copa do Mundo (1963). Em 1970 faz sua primeira novela, Verão Vermelho, seguindo-se Irmãos Coragem (1970), Minha Doce Namorada (1971), Selva de Pedra (1972), O Bem-Amado (1973), O Espigão (1974), O Feijão e o Sonho (1976), Maria Maria (1978) e Sinal de Alerta (1978), mas faz sucesso mesmo em 1977 como a Cuca, do seriado Sítio do Pica-Pau Amarelo, tendo depois, pequenas parti cipações nos seriados Malu Mulher e Plantão de Polícia. Foi casada, entre 1962/1972, com Daniel Filho, com quem tem uma filha, Carla Daniel, também atriz. No dia 5 de outubro de 1980, Dorinha é a personagem principal de um dos maiores escândalos do cenário artístico brasileiro, ao atirar e matar seu então marido, o publicitário Paulo Sérgio Garcia de Alcântara. Julgada e condenada, fica muitos anos presa. Libertada alguns anos depois, se afasta totalmente da vida artística. Em 2006 faz uma pequena participação no último capítulo da novela Belíssima, ao lado de outras veteranas vedetes. Filmografia: 1952 – Veneno; 1958 – Vou te Contá; 1960 – As Aventuras de Pedro Malazartes; 1963 – O Homem que Roubou a Copa do Mundo; 1971 – As Quatro Chaves Mágicas; 1977 – Feminino Plural. DUVAL, LIANA Maria de Lourdes Vasconcelos Antunes nasceu em São Paulo, SP, em 6 de junho de 1927. Começa sua carreira artísti ca fazendo teatro com Alfredo Mesquita, na Escola de Arte Dramáti ca. Atua com destaque nas peças Lilion, de Ferenc Molnar; Dias Felizes, de Puget; O Casamento Forçado, de Molière; entre outras, percorrendo todo o Brasil. Em 1952, frequenta o Nick Bar, quando recebe convite para integrar o elenco de Sai da Frente, produção da Vera Cruz, primeiro filme de Mazzaropi. Se encanta com o cinema e a ele se dedica, chegando à mais de cinquenta filmes, ao longo de quase cinquenta anos de carreira, sempre dedicada ao cinema paulista. Destacam-se Floradas na Serra (1954), Crônica da Cidade Amada (1965), Ariella (1980) e A Dama do Cine Shangai (1987), numa pequena ponta, seu último fi lme. Faz muita televisão também, sendo sua estreia em 1964, na novela Marcados pelo Amor, pela TV Record. Entre tantas outras que vieram posteriormente, destacam-se Nino, o Italianinho (1969), Vila do Arco (1975), Roda de Fogo (1978), Maria Stuart (1982), Tieta (1989), A Próxima Vítima (1995) e Torre de Babel (1998), sua última novela. Aos 81 anos de idade, está afastada da vida artísti ca. Filmografia: 1952 – Sai da Frente; João Gangorra; 1953 – Nadando em Dinheiro; Uma Vida para Dois; 1954 – Aí Vem o General; O Craque; Floradas na Serra; 1956 – A Pensão da Dona Estela; 1957 – O Pão que o Diabo Amassou; 1958 – Hoje o Galo Sou Eu; 1960 – Só Naquela Base; 1964 – O Beijo; 1965 – Crônica da Cidade Amada (episódio: Receita de Domingo); 1969 – Em Cada Coração Um Punhal (episódio: Transplante de Mãe); 1970 – O pornógrafo; Os Discos Voadores Estão entre Nós; 1971 – Fora das Grades; 1972 – A Infidelidade ao Alcance de Todos (episódio: A Tuba); 1973 – Anjo Loiro; Mestiça, a Escrava Indomável; 1974 – Pensionato de Mulheres; As Delícias da Vida; Macho e Fêmea; 1975 Amantes, Amanhã se Houver Sol; 1976 – O Seminarista; 1977 – Excitação; A Casa das Tentações; 1978 – Mágoa de Boiadeiro; A Santa Donzela; 1979 – Mulher, Mulher; O Outro Lado do Crime; Dani, um Cachorro Muito Vivo; Por um Corpo de Mulher; Os Amantes da Chuva; Milagre, o Poder da Fé; 1980 – Ato de Violência; Joelma, 23º Andar; Ariella; O Império das Taras; 1981 – Pornô (episódio: O Gafanhoto); Aluga-se Moças; Amor, Palavra Prosti tuta; 1982 – Um Casal de Três (Carícias Eróti cas); A Noite das Taras 2; O Vale dos Amantes; 1983 Sete Dias de Agonia (O Encalhe); Nasce uma Mulher; De Todas as Maneiras (episódio: Os Bonecos); Tchau Amor; Tudo na Cama; 1986 – Filme Demência; 1987 – Vera; 1987 – A Dama do Cine Shangai; 1995 – Coentro e Quiabo na Carne de Sol (CM). DUVIVIER, GREGÓRIO Gregório Byington Duvivier nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de abril de 1986. Inicia sua carreira teatral no Tablado. Cria, com Gerald Thomas, Zé Celso Martinez Correa, Fernando Caruso, Marcelo Adnet e Rafael Queiroga, a peça Z.É.Zenas Emprovisadas, que acaba sendo sua estreia no teatro. Depois atua em outras como O Alfaiate e o Rei (2004), Peter Pan (2006), O Dragão Verde (2007), Advocacia Segundo os Irmãos Marx (2008), Apocalipse Segundo Domingos de Oliveira (2009), etc. Na televisão, sua primeira participação acontece em 2006 em Alta Estação, em seguida Mandrake (2007), O Sistema (2007), Casos e Acasos (2008), Cilada (2009) e A Grande Família (2009). Em 2007 lança o livro de poesias A Partir de Amanhã eu Juro que a Vida Vai ser Agora. Tem se destacado no cinema em filmes importantes como Podecrer! (2007) e À Deriva (2009). É um talento da nova geração. Filmografia: 2007 – Podecrer!; 2008 – Apenas o Fim; 2009 – À Deriva; Mulher Invisível; Vida de Balconista; 2010 – Chico Xavier; 5x Favela, Agora por Nós Mesmos; O Diário de Tati. E EARP, MARIA SÁ Nasceu em Petrópolis, RJ, em 1915. Soprano lírico formada pela Escola Nacional de Música do Rio de Janeiro, aperfeiçoa-se em Milão, com Baldassane Tedeschi. Estreia em Bérgamo, Itália, com La Traviata. Apresenta-se na Itália, Suíça, Alemanha e Estados Unidos, além do Brasil. No cinema, tem uma pequena parti cipação no filme Ângela, da Vera Cruz (1951), numa rara oportunidade de vê-la cantando. É uma das maiores personalidades do canto lírico brasileiro. Filmografia: 1951 – Ângela. ÉCCIO, EGÍDIO Egydio Éccio Ambrogi nasceu em São Paulo, SP, em 1929. Adolescente, começa a trabalhar em um cartório, chegando a escrevente com dezenove anos. Começa a se interessar pelo teatro e integra o grupo do extinto Clube do Teatro. Sua estreia profissional acontece em 1958 na peça Panorama Visto da Ponte. Atua como ator e diretor, em palcos cariocas e, em São Paulo, pela Companhia Nydia Lícia, no Teatro de Arena. Na televisão, como ator, participa das novelas/especiais George Sand (1958), Mulherzinhas (1959), Somos todos Irmãos (1966), Ninguém Crê em Mim (1966) e O Morro dos Ventos Uivantes. Estreia no cinema em 1957 no filme O Pão que o Diabo Amassou, fazendo muitas películas como protagonista, com destaque para Enquanto Houver Esperança (1972) e Parada 88 – o Limite de Alerta (1978). Em 1967 estreia como diretor no filme O Matador, um fi lme iniciado em 1964 em que aparecia somente como ator, e que é concluído por ele. Dirige oito filmes, sendo o últi mo, Fruto Proibido, em 1976. Morre de enfarte fulminante, em 20 de novembro de 1977, aos 48 anos de idade, em São Paulo. Foi casado com a atriz Maraci Mello. Filmografia (ator): 1957 – O Pão que o Diabo Amassou; 1964/1967 – O Matador; 1966 – O Anjo Assassino; 1966/1970 – Tentação Nua (La Tentación Desnuda) (Argenti na/Brasil); 1967 – A Vida Quis Assim; 1968 – Maré Alta; 1969 Águias em Patrulha (episódios da série Águias de Fogo); 1970 – Balada dos Infiéis; Amemo Nus (inacabado); Sertão em Festa; 1971 – Enquanto Houver Esperança; 1972 – Elas (episódio: O Auto do Falante); Mulher Pecado (Embrujada) (Brasil/Argenti na); 1974 – O Exorcista de Mulheres; 1977 – Fruto Proibido; 1978 Parada 88 – o Limite de Alerta. Filmografia (diretor): 1964/1967 – O Matador (codireção de Amaro César); 1970 – Mulher Pecado (Embrujada) (codireção de José da Costa Cordeiro); (Brasil/Argenti na); 1971 – Paixão de Um Homem; 1974 – O Leito da Mulher Amada; 1975 – O Sexualista; 1976 – Guerra é Guerra (episódio: Ver para Crer); Pintando o Sexo (episódios: Concheta e Pintando o Sexo); Fruto Proibido. ED CARLOS Oscar Teixeira, nasceu em Santo André, SP, em 3 de fevereiro de 1952. De infância pobre e difícil, vende limão, amendoim e bolachas para ajudar em casa. Sempre quis ser cantor e, adolescente, passa a frequentar o programa Jovem Guarda, um sucesso sem precedentes da televisão brasileira. O pequeno Oscar cai nas graças de Roberto e Erasmo Carlos, que resolvem lhe dar uma oportunidade. Aos 13 anos de idade, adota o nome artístico de Ed Carlos, numa homenagem ao padrinho Roberto. Em 1967 grava seu primeiro compacto pela Fermata, com as músicas Belinha e Edifício de Carinho. No ano seguinte grava seu primeiro LP e estoura em todo o Brasil com a música Estou Feliz. O sucesso é imediato e logo recebe o convite para comandar o programa Mini-Guarda, pela TV Bandeirantes, com a presença constante do então iniciante Fábio Jr. Nos anos 1970 grava mais quatro álbuns, mas já sem o mesmo sucesso, sendo o últi mo em 1977. Em 1979, grava um compacto-simples no qual faz uma homenagem ao seu padrinho artístico Roberto com a música: Roberto, meu Amigão, composição sua em parceria com João da Praia e José Rizzo. Em 1980 participa de um único filme, Joelma, 23o Andar. Em 1985 grava seu último compacto com as músicas Dá um Tempo e Papo Amigo. Há alguns anos é proprietário do restaurante Ed Carnes em São Paulo, onde recebe amigos e dá canjas com a banda da casa. Filmografia: 1980 – Joelma, 23o Andar. EDU DA GAITA Eduardo Nadruz nasceu em Jaguarão, RS, em 13 de outubro de 1916. Desde menino é louco por música. Nessa época ganha uma gaita do pai e passa a tocar tudo o que ouve. Vai para o Rio de Janeiro em meados da década de 1930. Em 1937 estreia no Cassino Copacabana. Grava vários discos, chegando inclusive a ser solista da Orquestra Sinfônica Brasileira, sendo regido pelo maestro Radamés Gnatalli. Estreia no cinema em 1943, no filme Samba em Berlim. É mestre no seu instrumento, sem dúvida um dos melhores do Brasil. Morre em 23 de agosto de 1982, no Rio de Janeiro, aos 65 anos de idade. Filmografia: 1943 – Samba em Berlim; 1944 – Berlim da Batucada; 1969 – A Noite do meu Bem; O Tesouro de Zapata; 1972 – Viver de Morrer. EGREI, SELMA Nasceu em São Paulo, SP, em 16 de março de 1949. Faz seus estudos normais chegando até o vestibular para Faculdade de Comunicação, quando opta pela carreira artística. Passa a fazer teatro amador, pontas na televisão e fotos publicitárias. Em 1970, entra para a EAD – Escola de Arte Dramática e no mesmo ano atua na sua primeira novela, Simplesmente Maria (1970). Participa de outras como Hospital (1971), O Preço de um Homem (1971), Eu e a Moto (1972), Papai Coração (1976), Gaivotas (1979), O Todo Poderoso (1979), Os Adolescentes (1981), Ninho da Serpente (1982), A Ponte do Amor (1983), Tudo em Cima (1985), Memórias de um Gigolô (1986), Carmen (1987), Colônia Cecília (1989) e A.E.I.O...Urca (1990). Em 1998 participa da peça Fausto, de Goethe. Estreia no cinema em 1971, em Cordélia, Cordélia, e faz dessa modalidade artísti ca sua preferida, ao longo de duas décadas, atuando em muitos filmes e sendo considerada uma das rainhas da pornochanchada na década de 1970. Destacamse em sua fi lmografia A Carne (Um Corpo em Delírio) (1976), O Coronel e o Lobisomem (1979), Sonhos de Menina-Moça (1987). Depois de vinte anos afastada do cinema, retorna em 2007 para participar de dois filmes Signo da Cidade e Chega de Saudade. Na televisão, também interrompe sua carreira em 1990 na minissérie A.E.I.O...Urca. Retorna em 2001 e retoma com tudo sua carreira, parti cipando de Roda da Vida (2001), a minissérie Um Só Coração (2004) e as novelas Essas Mulheres (2005), Pé na Jaca (2006), Duas Caras (2007) e A Favorita (2008). Filmografia: 1971 – Cordélia Cordélia; 1972 – Sangria (CM); Vozes do Medo; 1973 – A Noite do Desejo (Data Marcada para o Sexo); 1974 – Jeca Macumbeiro; O Anjo da Noite; Aquelas Mulheres (episódio Previdência) (fi lme inacabado); As Delícias da Vida; Obsessão Maldita; 1975 – O Desejo; A Casa das Tentações; 1976 – Aleluia Gretchen; A Carne (Um Corpo em Delírio); O Dia em que o Santo Pecou; O Poderoso Machão; 1977 – Emmanuelle Tropical; Gente Fina é Outra Coisa (episódio: O Prêmio); 1978 – Uma Estranha História de Amor; Nos Embalos de Ipanema; Ninfas Diabólicas; 1979 – Mulheres do Cais; Adultério Por Amor; As Filhas do Fogo; O Coronel e o Lobisomem; 1980 – Ato de Violência; Rondó no Tempo; Eurídice: Artista e a Obra (CM) (narração); Tai Chi Chuan: Estilo Tao Kung do Mestre Liu-Jen-Yu (CM); 1981 – Eros, o Deus do Amor; Paraíso Proibido; 1982 – Tchau Amor; Sexo, sua Única Arma; 1983 – Elite Devassa; Estranhos Prazeres de uma Mulher Casada (Força Estranha); 1985 – A Estrela Nua; 1987 – Sonhos de Menina-Moça; 2007 – O Signo da Cidade; Chega de Saudade; 2010 – Augustas. EIRAS, FERNANDO Fernando Antonio Alvim Eiras nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de fevereiro de 1957. Aos nove anos já transita pelo meio artístico, com o pai, Haroldo Eiras, dono de uma companhia de músicos. O pequeno Fernando canta, dança e interpreta. Aos quinze anos vai para o teatro Tablado. Estreia profi ssionalmente em 1978, na peça A Morte do Caxeiro-Viajante. No mesmo ano estreia na televisão, na novela Sinal de Alerta, pela TV Globo, emissora em que experimenta seu maior sucesso, como o padre Romão, em Pai Herói (1979). Nos anos 1980/1990 tem carreira regular na televisão, na sua maioria em canais alternati vos, em novelas como Água Viva (1980), Eu Prometo (1983), Marquesa de Santos (1984), Santa Marta Fabril (1984), Dona Beija (1986), Tudo ou Nada (1986), Olho por Olho (1988), Agosto (1993), Pátria Minha (1994), Xica da Silva (1996), Direito de Nascer (2001) e mais recentemente Páginas da Vida (2006), como o médico homossexual Rubens, retornando à TV Globo depois de muitos anos. Estreia no cinema, em 1992, no inacabado O Destino de Sarah. Depois participa de outros como O Mandarim (1995) e mais recentemente Os Incuráveis, um filme denso, ao lado de Dira Paes. Filmografia: 1992 – O Destino de Sarah (inacabado); 1995 – O Mandarim; 1998 Policarpo Quaresma, Herói do Brasil; 2001 – Dias de Nietzsche em Turim; 2003 – Filme de Amor; Remédios do Amor (CM) (narração); 2004 – Quase dois Irmãos; 2005 – Carlos Oswald – O Poeta da Luz; Berenice (CM); Incuráveis; 2006 Não por Acaso; 2007 – Mulheres Sexo Verdades Mentiras. ELAINE CRISTINA Julia Sanchez Galvão da França nasceu em São Paulo, SP, em 13 de maio de 1950. Com carreira precoce, inicia sua carreira na televisão, em 1961, em A Herdeira de Ferleac. De beleza incomum, solidifica sua carreira nos anos 1960/1970 na TV Tupi em novelas como O Bolha (1971), Hospital (1971), Ídolos de Pano (1974) e O Profeta (1977). Na TV Globo parti cipa de Obrigado Doutor (1981), ao lado de Francisco Cuoco. Na TV Manchete, parti cipa de Kananga do Japão (1989) e Pantanal (1990). Pelo SBT parti cipa de Antonio Alves, Taxista (1996), do remake de O Direito de Nascer (2001) e de Revelação (2008), como Olga Mattos. Estreia no cinema em 1971 no filme Até o Últi mo Mercenário, ao lado de Carlos Miranda, nacionalmente conhecido como o Vigilante Rodoviário, que também é produtor da fi ta, ao lado de Ary Fernandes. Foi casada com o ator Flávio Galvão e é irmã da atriz e dubladora Gilmara Sanchez. Filmografia: 1971 – Até o Últi mo Mercenário; 1977 – Senhora. ELIANA Ely de Souza Macedo nasceu em Portela, RJ, em 21 de setembro de 1926. Gosta de cantar e, ainda garotinha, ingressa no conjunto O Grupo da Amizade, no qual realiza suas primeiras apresentações em público, ainda na sua cidade natal. Forma-se professora pela Escola Normal de Cataguases, quando seu ti o, o famoso diretor Watson Macedo, a convida para fazer um teste baseado na sua beleza plástica. Assim estreia no cinema em 1949, em E o Mundo se Diverte, culminando com uma grande carreira de muitos filmes, em que se destacam Carnaval Atlântida (1952) e Depois eu Conto (1956), ao lado dos galãs Anselmo Duarte e Cyll Farney. É a namoradinha do Brasil nos anos 1950, fazendo quase sempre o papel de mocinha ingênua. Em 1954 ganha o prêmio Saci de melhor atriz, pela interpretação no filme A Outra Face do Homem. Encerra sua carreira cinematográfica em 1966, com Rio, Verão & Amor, curiosamente, o último também de Watson Macedo. Em 1979 participa da novela Feijão Maravilha da TV Globo. Foi casada durante 36 anos com o produtor Renato Murce (1954/1990). Afastada da vida artística, morre de enfarte, em 18 de junho de 1990 aos 63 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1948 – E o Mundo se Diverte; 1949 – Carnaval no Fogo; 1950 – Aviso aos Navegantes; A Sombra da Outra; 1951 – Aí Vem o Barão; 1952 – Carnaval Atlântida; 1953 – Amei um Bicheiro; 1954 – Nem Sansão nem Dalila; A Outra Face do Homem; Malandros em Quarta Dimensão; 1955 – Guerra ao Samba; Sinfonia Carioca; 1956 – Depois eu Conto; Vamos com Calma; 1957 – O Barbeiro que se Vira; A Doutora é Muito Viva; Rio Fantasia; 1958 – Alegria de Viver; E o Espetáculo Continua; 1959 – Titio não é Sopa; 1960 – Maria 38; Samba em Brasília; 1961 – Três Colegas de Batina; 1964 – Um Morto ao Telefone; 1975 – Assim Era Atlântida; 1978 – Mulheres de Cinema (CM). ELIANA Eliana Michaelichen Bezerra nasceu em São Paulo, SP, em 22 de novembro de 1973. Apresentadora e cantora. Começa sua carreira como cantora mirim e participa do grupo Meia Sokete. Em seguida inicia carreira de apresentadora infanti l. Em 2005 estreia no cinema, num roteiro feito especialmente para ela, em O Segredo dos Golfinhos. Depois de muitos a anos na TV Record, em 2009 transfere-se para o SBT. Foi casada com Roberto Justus e Eduardo Guedes, não tem filhos. Filmografia: 2005 – O Segredo dos Golfinhos. ELIS REGINA Elis Regina Carvalho Costa nasceu em Porto Alegre, RS, em 17 de março de 1945. Em 1956 participa do programa Clube do Guri. Tinha 11 anos de idade. Estreia na Rádio Gaúcha em 1959. Fixa residência no Rio de Janeiro em 1964 e alcança sucesso no show Ponte Aérea da Bossa Nova e em programas de televisão como O Fino da Bossa. Participa dos Festivais da TV Record e tornase conhecida nacionalmente pela força de sua interpretação. É considerada uma das maiores intérpretes da MPB. Participa de alguns filmes, sendo sua estreia em 1965, em O Desafio. Na década de 1970, o show Falso Brilhante fica em cartaz mais de um ano. Foi casada com o compositor/produtor musical Ronaldo Bôscoli entre 1967 e 1972, com quem teve um filho, João Marcelo (1970). Com o maestro/compositor/arranjador César Camargo Mariano foi casada de 1973 a 1981 e teve dois fi lhos, Pedro Mariano (1975) e Maria Rita (1977). Os três são cantores. Morre precocemente em 19 de janeiro de 1982, em São Paulo, aos 36 anos, deixando uma lacuna difícil de ser preenchida. Filmografia: 1965 – O Desafio; 1967 – Garota de Ipanema; 1971 – Som Alucinante. ELIZÂNGELA Elizângela do Amaral Vergueiro nasceu em Resende, RJ, em 11 de dezembro de 1954. Começa sua carreira muito jovem, aos sete anos, na extinta TV Excelsior e na TV Tupi, no programa Clube do Guri. Aos onze já é locutora do show de variedades do telejornal Show da Cidade e, aos doze, apresentadora infanti l, a rainha da garotada no programa de Pedro Mário, O Capitão Furacão. Estreia no cinema em 1969, no filme Quelé do Pajeú, mas faz poucos filmes, dedicando-se mais à televisão, atuando desde 1971, quando faz sua primeira novela, já na TV Globo, O Cafona, e não para mais, passando por Bandeira 2 (1971), O Bofe (1972), Cavalo de Aço (1973), Cuca Legal (1975), Pecado Capital (1975), Locomotivas (1976), Te Contei? (1978), Plumas & Paetés (1980), Jogo da Vida (1981), Parti do Alto (1984), Roque Santeiro (1985) e Pedra sobre Pedra. Contratada pelo SBT, parti cipa de Éramos Seis (1994) e As Pupilas do Sr. Reitor (1995). Retorna à TV Globo para parti cipar de Por Amor (1997), Suave Veneno (1999), O Clone (2001), Senhora do Destino (2004), A Lua me Disse (2005), Cobras e Lagartos (2006) e A Favorita (2009), como a instável dona do bordel Cilene. Atua também na linha de humorísticos da TV Globo, em programas como Chico Anysio Show. Em 2006, 34 anos depois, retorna ao cinema para parti cipar do filme 1972. Morena, descendente de índios e negros, mescla beleza e talento. Filmografia: 1969 – Quelé do Pajeú; 1970 – O Vale do Canaã; 1971 – O Enterro da Cafetina; 1973 – A Judoka; 2006 – 1972. ELKE MARAVILHA Elke Grunupp nasceu em Leningrado, Rússia, em 22 de fevereiro de 1945. O pai é russo e a mãe, alemã. Muda-se para o Brasil, pois sua família foge do stalinismo e aqui perambula por várias cidades brasileiras, como Governador Valadares, Porto Alegre, Rio de Janeiro etc. Começa sua carreira como manequim, mas fica conhecida nacionalmente quando Chacrinha convida-a para participar do seu corpo de jurados, em 1972. Sempre com visual colorido, esbanjando alegria e otimismo, conquista o público. Estreia no cinema em 1970, no filme Salário Mínimo. Atua em muitos outros, entre os quais Xica da Silva (1976) e Pixote, a Lei do Mais Fraco (1980). Chega a ser protagonista principal do filme Elke Maravilha contra o Homem Atômico (1978). Na televisão, trabalha durante muitos anos como jurada do Programa Sílvio Santos, do Chacrinha e participa da novela A Volta de Beto Rockfeller (1973), da minissérie Memórias de um Gigolô e da novela Luz do Sol (2007), no papel de Urânia Szakaly. Em 2006 retorna ao cinema para fazer uma ponta no filme Zuzu Angel. Foi casada sete vezes e não tem filhos. Filmografia: 1970 – Salário Mínimo; 1971 – Barão Otelo no Barato dos Bilhões; 1972 – Quando o Carnaval Chegar; Os Machões; 1973 – O Rei do Baralho; 1974 Gente que Transa (Os Imorais); 1976 – Xica da Silva; 1977 – A Força de Xangô; Pastores da Noite (Otália da Bahia) (França/Brasil); Tenda dos Milagres; 1978 – A Noiva da Cidade; Elke Maravilha contra o Homem Atômico; 1979 – Milagre, o Poder da Fé; Amante Latino; 1980 – Pixote, a Lei do Mais Fraco; 1987 – Tanga, Deu no New York Times; Romance; No Rio Vale Tudo (Si Tu Vas Á Rio... Tu meurs) (Brasil/França/Itália); 1988 – Prisioneiro do Rio (Prisioner of Rio) (Brasil/Polônia/Suíça); Herdeiros do Solar The Usher (MM); 1999 – Xuxa Requebra; 2006 Zuzu Angel; 2008 – Elke (CM) (depoimento); 2009 – Dzi Croquettes (depoimento); Alô, Alô, Terezinha (depoimento). ELOÍNA Eloína Ferraz nasceu em Cruz Alta, RS, em 13 de janeiro de 1937. Tenta a carreira em São Paulo, mas resolve mudar-se para o Rio de Janeiro, a convite de uma amiga, que a chama para morar com ela. Num final de tarde de 1953, passando pela Av.Copacabana, em frente ao Teatro Follies, é abordada por Zilco Ribeiro e Colé que a convidam para um teste. Perguntaram sua idade, ela disse dezoito, mas na verdade tinha dezesseis, mas já com rosto e corpo de mulher. Inicialmente adota o nome de Lena Laje e logo é contratada, estreando na mesma noite. Passa a trabalhar como vedete, em shows das companhias de Silva Filho, Geysa Boscoli, Walter Pinto e Carlos Machado, com este chega a excursionar até fora do Brasil. Em 1956 faz sucesso com a peça Tem Areia no Biquíni, ao lado de Moreira de Silva. Estreia no cinema em 1957 no filme De Vento em Popa. Teve um romance com o compositor Evaldo Gouveia que pra ela fez a música Deixe que Ela se Vá. Afastada da vida artística, muda-se para Porto Alegre e, em 1990, retorna ao teatro para interpretar a portuguesa Dona Augusta, na peça Os Mistérios do Sexo, de Coelho Neto. No mesmo ano participa da minissérie Boca do Lixo pela TV Globo e em 2006 retorna para participar do último capítulo da novela Belíssima, como uma das veteranas vedetes. Foi casada com Zeca, com quem teve seu único filho. É atriz licenciada em Artes Cênicas pela UFRGS. Filmografia: 1957 – De Vento em Popa; 1958 – O Camelô da Rua Larga; E o Espetáculo Continua; 1990 – Nostalgia (Heimweh). EMIL, JORGE Nasceu em Caratinga, MG, em 1970. Ator e poeta. Aos dez anos de idade começa a escrever histórias infantis e a fazer teatro. Sua principal referência literária então são Mário de Andrade e Carlos Drummond de Andrade. Em 1988 muda-se para Belo Horizonte a fim de estudar e atuar profissionalmente. Forma-se pelo Teatro Universitário da UFMG. Além de ator e poeta, sobrevive como locutor e revisor de textos. Forma-se em elétrica e técnico em informática pelo Senai e faz parte da equipe de robóti ca dessa instituição. Em 2000 publica seu primeiro livro de poesias, O Dia Múltiplo, e em 2003 o segundo, Pequeno Arsenal. Estreia no cinema em 2006 no filme Batismo de Sangue, como o Frei Diogo. Filmografia: 2006 – Batismo de Sangue; 2009 – Insolação. ERASMO CARLOS Erasmo Esteves nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 5 de junho de 1941. Na adolescência, faz de tudo um pouco para sobreviver. É offi ce-boy, vendedor e porteiro. No final dos anos 1950 esboça uma carreira de jornalista, que não vinga. Amigo de Carlos Imperial, mas é Tim Maia que o apresenta a Roberto Carlos. Em 1958 integra o conjunto Os Snakes. Em 1961 entra para o Renato e seus Blue Caps e participa da gravação do segundo álbum do grupo como crooner e guitarrista. Em 1962 começa a despontar como compositor, em músicas como Eu Quero Twist, gravada por Reinaldo Rayol, irmão de Agnaldo. No mesmo ano grava seu primeiro disco, pela RGE, mas a explosão musical de Erasmo acontece em 1964, quando grava Festa de Arromba. Faz histórica parceria com Roberto Carlos, travando, assim, uma grande amizade, que dura até hoje. Estreia no cinema em 1958 fazendo uma pequena ponti nha no filme Minha Sogra é da Polícia. Como cantor, tem carreira irregular, alternando fases de sucesso. Foi casado com Narinha, já falecida. Filmografia: 1958 – Minha Sogra é da Polícia; 1968 – Agnaldo, Perigo à Vista; 1970 – Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa; 1972 – Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora; 1973 – Os Machões; 1976 – Ritmo Alucinante; 1984 – Cavalinho Azul. ERTHAL, BETH Maria Elizabeth Erthal nasceu em Bom Jardim, RJ, em 18 de setembro de 1951. Inicia sua carreira no cinema, em 1974, no filme Relatório de um Homem Casado. Em 1983 estreia na televisão, na novela Champagne, a partir do qual passa a atuar com frequência, sempre em papeis coadjuvantes, em novelas como Mandala (1987), O Dono do Mundo (1991), Renascer (1993), Zazá (1997), Uga-Uga (2000), Cobras & Lagartos (2006), O Profeta (2007), Sete Pecados (2008), Casos e Acasos (2008), etc. Em 1998 retorna ao cinema, 24 anos depois, para parti cipar do filme Uma Aventura de Zico. Filmografia: 1974 – Relatório de um Homem Casado; 1998 – Uma Aventura de Zico; 2001 – Tainá, uma Aventura na Amazônia. ESCOBAR, DANIELA Daniela Escobar Duncan nasceu em São Borja, RS, em 16 de janeiro de 1969. Seu pai, João Carlos Escobar, foi prefeito de São Borja quando ela tinha 6 anos. Aos 3 anos de idade já cantarolava Rock and Roll Lullaby, na primeira versão da novela Selva de Pedra. Aos 7 ia ao cinema e sonhava ser a mocinha do Tarzan ou King Kong. Aos 19 anos de idade muda-se para o Rio de Janeiro já com a convicção de ser atriz mas nada disse aos pais, que só fi caram sabendo quando ela largou o penúltimo semestre da Faculdade de Publicidade na PUC para atuar na peça Os 12 Trabalhos de Hércules (1989). Em 1989 estuda teatro no Tablado de Maria Clara Machado e em 1990 frequenta curso na Casa de Artes das Laranjeiras. Estreia na TV em 1992 num episódio do programa Você Decide. Em 1994 faz sua primeira novela, Tropicaliente. E não para mais: Chiquinha Gonzaga (1999), Aquarela do Brasil (2000), Brava Gente Brasileira (2001), O Clone (2001), como Maysa Ferraz, num papel de destaque na novela, A Casa das sete Mulheres (2003), Kubanacan (2003), Um só Coração (2004) e América (2005), como Irene. Foi casada com o empresário Ronaldo (1960) entre 1991/1994. Quando fazia Idade da Loba conheceu Jayme Monjardim com quem se casou e teve um fi lho, André, nascido em 1998. Ficaram juntos entre 1995 e 2003. Filmografia: 2003 – Vida de Menina; 2003 – O Mal de Sanderpyl (CM); 2004 – O Dono do Mar; 2005 – Jogo Subterrâneo; Diário de um Novo Mundo; 2010 – 400 contra 1. ESCOBAR, RUTH Nasceu em Porto, Portugal, em 31 de março de 1935. Vem para o Brasil com dezesseis anos, em 1951. Nessa época começa sua carreira artística. Na década de 1960, politiza-se por não concordar com as injustiças cometidas contra a classe. Sua estreia no cinema acontece em 1968 no filme Hitler Terceiro Mundo. Funda o Teatro Ruth Escobar, encenando uma infinidade de peças, dando oportunidade para jovens autores e atores. Seu maior sucesso é O Balcão, que fica mais de dois anos em cartaz. Na televisão participa de uma única novela, Deus nos Acuda, em 1992. Filmografia: 1968 – Hitler Terceiro Mundo; 1975 – Jouez Encore, Payez Encore (depoimento); 1980 – O Homem que Virou Suco; 1987 – Romance; 1987/1996 – O Judeu (Brasil/Portugal); 2003 – Gregório de Mattos. ESCOREL, MARCELO Antonio Marcelo Escorel de Sá Martha nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 13 de setembro de 1960. Inicia sua carreira no teatro, primeiro como ator, depois como diretor e professor. Atua em muitas peças, com destaque para O Acidente, O Tiro que Mudou a História, Tudo no Escuro, Um Dia das Mães, Os Sem-Vergonha, Cheiro de Chuva e Otelo. Em 1994 estreia na televisão, como o carcereiro, em A Viagem e no cinema com o filme Lamarca. Passa então a dividir suas ati vidades profi ssionais entre teatro, cinema e televisão. Na TV Globo, entre outras, participa da A Indomada (1997), como Lauro; Coração de Estudante (2002), como Joaquim; e Senhora do Destino (2004), como Ciro. Contratado pela TV Record, tem papeis de destaque em Vidas Opostas (2007), como Roberto; e A Lei e o Crime (2009), como Juvenal. Seus personagens são sempre fortes e com grande carga de emoção. No cinema, atua também em Carandiru (2003) e Tropa de Elite (2007). Filmografia: 1993 – Apartamento 601 (CM); 1994 – Lamarca; 1995 – Vicente (CM); 1996 – Como Nascem os Anjos; 1999 – Outras Histórias; 2001 – Buffo & Spallanzani; 2002 – O Cego e Seu Amigo Gedeão à Beira da Estrada (CM); 2003 – TPM: Tensão Pré-Matrimonial (CM); As Alegres Comadres; Carandiru; Garrincha – Estrela Solitária; 2007 – Tropa de Elite. ESPÓSITO, MARIA ALBA Nasceu em Nápoles, Itália. Começa sua carreira artísti ca ainda em seu país, participando de espetáculos ao lado de Totó, Ugo Tognazzi, Vitório Gassmann e outros. Faz também fotonovelas, uma delas ao lado de Sophia Loren no começo de carreira, quando ainda se chamava Sophia Lazzaro. Aos dezenove anos vem para o Brasil a turismo e conhece o cineasta Alberto Severo, por quem se apaixona, e não mais retorna, fazendo carreira e radicando-se aqui. Estreia no cinema em 1955 no filme Eva do Brasil. Em 1967 seu marido morre, deixando-lhe um filho. Ela então retorna à Itália e por lá fica dois anos. De volta ao Brasil, abandona o cinema e monta uma casa lotérica, fazendo, esporadicamente, alguns comerciais de televisão. Em 1976 retorna ao cinema no filme Um Golpe Sexy, iniciando nova etapa em sua carreira. Destacam-se em sua fi lmografia Dioguinho (1957) e Vidas Nuas (1967). Filmografi a:1955 – Eva do Brasil; Interrogação (inacabado); 1956 – Gato de Madame; 1957 – Dioguinho; O Circo chegou à Cidade (Toni, o Leiteiro); 1958 – O Capanga; 1960 – O Segredo de Diacuí; 1961 – Mulheres Modernas (inacabado); 1962 – Caçadores (inacabado); 1965 – Luta nos Pampas; 1967 – Vidas Nuas; 1976 – Um Golpe Sexy; A Últi ma Ilusão; Zé Sexy... Louco, Muito Louco por Mulher; 1978 – Tem Piranha no Garimpo; 1982 – Perdida em Sodoma; 1984 – Ou Dá ou Desce. ESTEVES, ADRIANA Adriana Esteves Agostinho nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 15 de dezembro de 1969. Começa sua carreira profi ssional como modelo. Na TV, aparece pela primeira vez no Domingão do Faustão, no quadro Estrela por um Dia. Em 1989, faz sua primeira novela, Top Model. Seguem-se Meu Bem, meu Mal (1990), Pedra sobre Pedra (1992) e Renascer, seu grande sucesso, mas que lhe rende também muitas críti cas. Adriana fica magoada e se afasta, recusando inúmeros papéis. Retorna em 1996, na minissérie Decadência, passa um ano no SBT, onde faz Razão de Viver, e retorna à TV Globo para estrelar A Indomada (1997), Torre de Babel (1998), O Cravo e a Rosa (2000), Coração de Estudante (2002), Kubanacan (2003), Senhora do Destino (2004) e A Lua me Disse (2005). Desde 2005 está no humorístico Toma Lá, Dá Cá, ao lado de Miguel Falabella e Diogo Vilella. Estreia no cinema em 1995 em As Meninas. Foi casada com o professor de jiu-jitsu Totila Jordan, com o ator Marcos Ricca (1963), com quem teve um filho, Felipe, nascido em 2000, e atualmente está casada com o ator Vladimir Brichta (1975), com quem tem um fi lho, Vicente, nascido em 2006. Filmografia: 1995 – As Meninas; 1999: Tiradentes; O Trapalhão e a Luz Azul; 2006 – Trair e Coçar é só Começar. ESTEVES, ARACI Aracy Esteves de Carvalho nasceu em Porto Alegre, RS, em 21 de janeiro de 1939. Começa sua carreira fazendo teatro, no fi nal dos anos 1960. Estreia no cinema em 1970 no filme Um É Pouco... Dois é Bom. Com carreira totalmente fincada no Sul, é pouco conhecida no eixo Rio/São Paulo. Nas décadas de 1980/1990, participa de várias produções em Super-8 e alguns curtas. Em 1997 é convidada para parti cipar do filme Anahy de Las Misiones, e é descoberta pelo resto do Brasil, por sua magnífica interpretação. Atriz essencialmente cinematográfi ca, participa apenas de uma novela, pela TV Globo, Eterna Magia (2007), no papel da enigmática Medeia. Tem participado de vários filmes, curtas e longas, quase todos rodados no Sul como Oriundi, o Verdadeiro Amor é Imortal (2000), Concerto Campestre (2005) e Nossa Senhora de Caravaggio (2006). É uma grande atriz brasileira, muito respeitada no Sul, infelizmente pouco conhecida no eixo Rio-São Paulo. Filmografia: 1966 – Uma Sensação de Frio Surpreendente (CM); O Marginal (CM); 1970 – Um é Pouco... Dois é Bom; Com um Pouquinho de Sorte (CM); 1983 – Inverno; Às Margens Plácidas (CM); 1984 – A Divina Pelotense (CM); 1985 – Aqueles Dois; Brainstorm (CM); A Casa Tomada (CM); 1987 – O Mentiroso; A Voz da Felicidade (CM); 1990 – Heimweh; 1997 – Anahy de Las Misiones; 2000 – Oriundi, o Verdadeiro Amor é Imortal; Quem? (CM); 2001 – Nett o Perde sua Alma; 2003 – Noite de São João; Concerto Campestre; 2005 – O Senhor e a Senhora Martins (CM); 2006 – Terra Prometida (CM); Nossa Senhora de Caravaggio; 2007 – Valsa Para Bruno Stein; Terra Prometida (CM); 2008 – Sonho Lúcido (CM); 2009 – Quase um Tango... ESTRELA, ARNALDO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1908. Começa a estudar piano cedo, com Tomás Teràn Stojowski e Ives Nat. Em 1942 sagra-se campeão do Concurso Colúmbia Concerto. Seu nome fi gura entre os maiores pianistas brasileiros, graças à autoridade de suas interpretações e à sua maestria no teclado. Participa de um único filme, em 1944, Abacaxi Azul. Filmografia: 1944 – Abacaxi Azul. ESTZ, IRA Iracema Estz nasceu no Rio de Janeiro RJ, em 1º de janeiro de 1937, ano em que seus pais chegam da Alemanha. Começa sua carreira como manequim, dando status à profissão, graças à sua classe e elegância. Estreia no cinema em 1964 no filme Pluft , o Fantasminha, que acaba sendo sua única experiência nessa área. Filmografia: 1964 – Pluft, o Fantasminha. EUGÊNIO CARLOS Eugênio Carlos de Almeida Barbosa nasceu em Orobó, PE, em 1930. Começa sua carreira fazendo teatro com Paschoal Carlos Magno, interpretando Shakespeare. Estuda arte dramáti ca em Los Angeles, em Pesadena Playhouse, tendo como professores mestres como Michael Chekhov. Depois de dois anos retorna ao Brasil e dá continuidade à sua carreira teatral. Estreia no cinema em 1957 no filme Escravos do Amor das Amazonas, produção americana feita no Brasil. Participa de apenas três fi lmes, todos produções ou coproduções estrangeiras. A partir de 1962 abandona o cinema e, já com o pseudônimo de Batista, com a esposa Mady, dedica-se às artes plásticas, exibindo sua arte em diversos continentes, sempre com grande sucesso. Atualmente mora no Rio de Janeiro. Filmografia: 1957 – Escravos do Amor das Amazonas (Love Slaves of the Amazon) (EUA); 1958 – Tumulto de Paixões (Fluch Des Amazonas) (Alemanha/Brasil); 1962 – The Witch Beneath The Sea (EUA/Brasil). EVA WILMA Eva Wilma Riefle nasceu em São Paulo, SP, em 14 de dezembro de 1933, filha dos imigrantes alemães Ott o Riefle Jr., cantor lírico, e Luíza Carp, pianista. Muito jovem já toca piano e violão. Em 1950 ingressa no Grupo Independente de Ballet e inicia sua carreira profissional como bailarina clássica. Em 1952 é selecionada entre 600 candidatas para a companhia de balé do IV Centenário de São Paulo. Em 1953 estreia como atriz no Teatro de Arena e ganha projeção nacional já na sua terceira peça, Uma Mulher e Três Palhaços. Entre outras atua também em Esta Noite é Nossa e O Demorado Adeus, de Tennessee Williams. Nesse mesmo ano, acompanha John Herbert, seu então namorado, a uma fi lmagem na Vera Cruz e é convidada por Luciano Salce para parti cipar do filme Uma Pulga na Balança, numa pequena ponta, mas que marca sua estreia no cinema. Ainda em 1953 assina contrato com Mário Civelli da Multifilmes e faz sua estreia oficial no cinema no filme O Homem dos Papagaios, ao lado de Procópio Ferreira e Hélio Souto, pelo qual já ganha o prêmio Governador do Estado de melhor atriz. Na televisão, é chamada por Cassiano Gabus Mendes para apresentar o programa Namorados de São Paulo, que depois se chamou Alô Doçura, ao lado de John Herbert, durante o período 1953/1963. Destaca-se em teleteatros, casos especiais, seriados e novelas, nas TVs Record, Tupi e fi nalmente Globo, onde permanece até hoje. Atinge o auge de sua carreira interpretando a Ruth, em 1973, na primeira versão da novela Mulheres de Areia, de Ivani Ribeiro, ainda pela TV Tupi. Em 1991 atua com Carlos Zara na peça Quando o Coração Floresce; Em 1994 ganha os prêmios Shel, Sharp e Molière de melhor atriz por sua atuação na peça Querida Mamãe, dirigida por José Wilker. Na TV Globo, seguem-se sucessos como A Barba Azul (1974), A Viagem (1975), A Indomada (1997), no papel da vilã Alti va, pelo qual ganha Premio Contigo de melhor atriz. Em 1998 estrela o seriado Mulher no papel de uma renomada médica, série do núcleo de Daniel Filho, produzida em película 35mm, seguindose as minisséries Os Maias (2001) e O Quinto dos Infernos (2002), as novelas Esperança (2003), Começar de Novo (2004), a minissérie JK (2006) e Desejo Proibido (2008). Com invejável fi lmografia também, representa o Brasil na Itália com o filme Cidade Ameaçada (1960) e no México com São Paulo S/A (1965). Uma curiosidade: em 1969 Eva Wilma faz teste para participar do filme Topazio (Topaz), de Alfred Hitchcock. Retorna ao cinema 20 anos depois para parti cipar do filme Veias e Vinhos – Uma História Brasileira, de João Batista de Andrade. É uma das mais respeitadas e premiadas atrizes brasileiras, com reconhecimento da crítica e do público, recebendo inúmeros prêmios ao longo da carreira. Em 2003 é inaugurado em São Paulo o Teatro Eva Wilma. Foi casada com John Herbert de 1955 a 1976 com quem teve dois filhos, Vivien (1956) e John (1958). Depois casa-se com o ator Carlos Zara, de 1977 até a morte deste em 2002. Em 2006 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia: Eva Wilma – Arte e Vida, de autoria de Edla Van Steen. Filmografi a: 1953 – Uma Pulga na Balança; O Homem dos Papagaios; 1954 A Sogra; Chico Viola não Morreu (Brasil/Argentina); O Craque; Se a Cidade Contasse...; 1958 – O Cantor e o Milionário; 1960 – Cidade Ameaçada; 1963 A Ilha; O Quinto Poder; 1964 – Noites Quentes de Copacabana (Mord In Rio) (Brasil/Alemanha); Convite ao Pecado (Brasil/Alemanha); 1965 – São Paulo S/A; 1967 – Jogo Perigoso (Juego Peligroso) (Brasil/México) (episódio: Divertimen-to); 1970 – A Arte de Amar Bem (episódio: A Inconveniência de Ser Esposa); 1975 – Cada um Dá o que Tem (episódio: Cartão de Crédito); Assim Era Atlântida; 1979 – O Menino Arco-Íris (A Infância de Jesus Cristo); Asa Branca, um Sonho Brasileiro; 1987 – Feliz Ano Velho; 2006 – Veias e Vinhos – Uma História Brasileira; 2007 – Person (depoimento); O Signo da Cidade; 2008 – Paulo Gra cindo – O Bem-Amado (depoimento). EVANS, MONIQUE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 5 de julho de 1956. Começa sua carreira como modelo e manequim. Em 1983 inicia sua carreira de atriz no cinema, no filme Aguenta, Coração. No mesmo ano faz sua primeira novela, Champagne. Seguem-se Amor com Amor se Paga (1984), A Gata Comeu (1985), Ti-Ti-Ti (1985) e Sassaricando (1987). Ainda na televisão, participa dos humorísti cos Chico Anysio Show, como a empregada de Nazareno, Planeta dos Homens e Os Trapalhões. No cinema, atua em quase uma dezena de filmes como Eu (1986) e O Escorpião Escarlate (1990). Dona de um corpo escultural, irreverente e sexy, do primeiro casamento com Pedrinho Aguinaga, tem um filho, Armando (1976). Da sua união com José Clark, tem uma filha, Bárbara (1991). Nos últi mos anos está contratada da Rede TV, onde faz entrevistas irreverentes com celebridades em eventos culturais. Filmografia: 1983 – Aguenta, Coração; 1986 – Sexo Frágil; 1987 – Eu; 1988 – Fogo e Paixão; O Escorpião Escarlate. EVELYN, CARLOS Carlos Sochaczewski Evelyn nasceu em São Paulo, SP, em 23 de maio de 1970. É irmão da atriz Deborah Evelyn. Em 1999 estreia no cinema, no filme Hans Staden, e chama a atenção por sua desenvoltura no papel. Logo é contratado pela TV Globo para participar da novela Andando nas Nuvens (1999), seguindo-se O Cravo e a Rosa (2000), Celebridade (2004) e Páginas da Vida (2006). Filmografi a: 1999: Hans Staden (Brasil/Portugal) EVELYN, DÉBORA Deborah Sochaczewsky Evelyn nasceu no Rio de Janeiro, em 12 de março de 1966. Muda-se para São Paulo, onde frequenta a Escola de Arte Dramática da USP. Em 1982, estreia na televisão, na minissérie Moinhos de Vento, dirigida por Walter Avancini. Atua em novelas importantes como A Gata Comeu (1985), Selva de Pedra (1986), Hipertensão (1987), Mandala (1988), Vida Nova (1989) e Explode Coração (1995). Estreia no cinema em 1988 no filme Mistério no Colégio Brasil. Em 1993, consagra-se, ao interpretar Marina, a esposa do capitão revolucionário Carlos Lamarca, no filme Lamarca. Em 1997 participa de um episódio da série A Justi ceira, pela TV Globo e alguns episódios de Você Decide. Depois atua em Desejos de Mulher (2002), Celebridade (2004), JK (2006), Páginas da Vida (2007), como a mãe perturbada Anna Maria; Desejo Proibido (2008), como Madalena; e Casos e Acasos (2009), como Glória. Seu irmão Carlos Evelyn também é ator. É sobrinha da atriz Renata Sorrah. Está casada com o ator/ diretor Denis Carvalho desde 1989, com quem tem uma filha, Luíza, nascida em 1994. Filmografia: 1988 – Mistério no Colégio Brasil; 1994 – Lamarca; 2001 – A Partilha; 2006 – Mulheres do Brasil; O maior Amor do Mundo. EVERSONG, LENY Hilda Campos Soares Silva nasceu em Santos, SP, em 1º de setembro de 1920. Começa sua carreira em 1934, cantando na Rádio Atlântica de Santos, onde é conhecida como Hildinha, a Princesa do Fox, depois, é rebatizada como Leny Eversong. A contralto que alcança voz de soprano ganha fama internacional com suas gravações de Jezebel, Free Again, I Cry For You e Bahia, de Ary Barroso. Em 1957 faz temporada nos EUA, França e Cuba e participa do programa Toast of the Town, apresentado por Ed Sullivan. Estreia no cinema em 1957 no filme Cangerê: Uma Fantasia Musical. Participa de poucos filmes, dando prioridade para a carreira de cantora. Na década de 1970 sua carreira entra em decadência, fazendo apenas parti cipações esporádicas. Morre em 29 de abril de 1984, aos 63 anos de idade, víti ma de diabetes, em São Paulo. É uma das nossas maiores cantoras, com reconhecimento internacional e hoje, injustamente esquecida. Filmografia: 1957 – Cangerê: Uma Fantasia Musical; Tem Boi na Linha; 1964 – O Santo Módico (Brasil/França). F FÁBIO JÚNIOR Fábio Corrêa Ayrosa Galvão nasceu em São Paulo, SP, em 21 de novembro de 1953. Começa sua carreira artística em 1966, em plena Jovem Guarda, participando do programa Mini Guarda, pela TV Bandeirantes. Em seguida faz teleteatro, mas irregularmente. Em 1969 tem sua primeira oportunidade na televisão, no especial O Feijão e o Sonho, dirigida por Walter George Durst para a TV Educativa de São Paulo. No início dos anos 1970, como Mark Davis, canta Dont Let Me Cry, em inglês, uma moda na época. Pouca gente sabe tratar-se de um cantor brasileiro. Resolve mudar-se para o Rio de Janeiro e consegue uma oportunidade na novela Nina, em 1977, pela TV Globo. Com o programa Ciranda, Cirandinha, em 1978, fica conhecido nacionalmente, primeiro como cantor e depois como ator, ao participar das novelas Cabocla (1979), Água Viva (1980), Roque Santeiro (1985), Pedra sobre Pedra (1992), Antonio Alves, o Taxista (1996), esta pelo SBT, e Corpo Dourado (1998), retornando à TV Globo. Estreia no cinema em 1979 no filme Bye, Bye, Brasil, até agora, sua única experiência nessa área. Casa-se seis vezes: com a arti sta plásti ca Cristina Karthalian, com quem teve 3 filhos, Tainá, Krizia e Felipe; com Tereza de Paiva; com a atriz Glória Pires (1979/1983), com quem tem uma filha; Cléo Pires (1982), também atriz; com Guilhermina Guinle, Patrícia de Sabrit e Mari Alexandre. Seu irmão, Heraldo Galvão, também é ator. Cantor de múltiplas qualidades, na atualidade, é um dos artistas mais cultuados do Brasil, com grande talento e carisma. Filmografia: 1979 – Bye Bye Brasil; 2009 – Alô, Alô, Terezinha (depoimento). FABRIZI, FRANCISCO Nasceu em São Paulo, SP, em 10 de outubro de 1942. Em 1958 ingressa no curso básico de cinematografia do Museu de Arte de São Paulo, da qual, sai com algumas noções de técnica cinematográfica. Estreia no cinema em 1958 numa pequena ponta no filme O Grande Momento. Ator juvenil de grande talento, tem seu grande momento no filme Moral em Concordata, em 1958, mas não dá sequência à sua carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1958 – O Grande Momento; O Preço da Vitória; Moral em Concordata; Dona Violante Miranda; Conceição. FACCHINI, RONEY Inicia sua carreira no teatro em 1983. Entre tantas peças de sucesso, destacam-se Gato por Lebre, Os Mistérios do Sexo, Tudo que Você Precisa Saber para Acabar com seu Casamento, Alguém Escreveu Isso, De Repente num Rompante, Elas São do Baralho, Maria que não Vai com as Outras, Ricardo III. Estreia no cinema em 1985 no filme A Hora da Estrela e na televisão em 1995 na novela As Pupilas do Senhor Reitor, pelo SBT, no papel de Malaquias. No ano seguinte apresenta o programa Realidade, pela TV Bandeirantes. Na TV Globo a partir de 2005, parti cipa de Carandiru, Outras Histórias (2005), Bang-Bang (2005), A Diarista (2005), Malhação (2008) e Caras e Bocas (2009). Em 2008, pela primeira vez em 25 anos, Roney Facchini faz o monólogo A Alegria do Palhaço, escrito e dirigido por Antonio Rocco, em que ele interpreta onze personagens e em seguida entra para o elenco da peça Eclipse, ao lado de Jandira Martini e Maurício Guilherme. Filmografia: 1985 – A Hora da Estrela; 1988 – O Nariz (CM); 1989 – Lua Cheia; 1990 – Mentira (CM); 1990/1994 – Beijo 2348/72; 1991 – Não Quero Falar Sobre Isso Agora; Faça Você Mesmo (CM); 1992 – PR Kadeia (CM); Oswaldianas (episódio: A Princesa Radar); 2005 – O Caderno Rosa de Lori Lamby (CM); O Segredo dos Golfinhos; 2004 – Nina; 2009 – Professor Godoy (CM). FAFÁ DE BELÉM Maria de Fátima Moura Palha de Figueiredo nasceu em Belém, PA, em 9 de agosto de 1956. Filha de uma família de políti cos, classe média-alta da capital paraense. Na adolescência já cantava com amigos e fazia espetáculos em bares e casas noturnas. Em 1976 grava seu primeiro disco, Tamba Tajá, e começa a fi car conhecida em todo o Brasil, por sua bela voz, afinação, talento e beleza. Em 1978 estreia no cinema, no curta Waldemar Henrique Canta Belém. Como atriz, sua primeira experiência acontece em 2003, no filme Garotas do ABC, de Carlos Reichenbach. Sua atuação a leva à televisão, para ser Ana Luz, em Caminhos do Coração, em 2007 pela TV Record. Cantora de grandes qualidades, com dezenas de discos gravados e sucessos comprovados, mantém-se em evidência até os dias de hoje. Com o músico Raul Mascarenhas, teve sua única filha, Mariana, nascida em 1980. Filmografia: 1978 – Waldemar Henrique Canta Belém (CM); 1984 – O Evangelho Segundo Teotônio (depoimento); 2003 – Garotas do ABC; A Pessoa é para o que Nasce (depoimento); 2010 – Amazônia Caruana. FAGNER Raimundo Fagner Cândido Lopes nasceu em Orós, CE, em 13 de outubro de 1950. Começa sua carreira de cantor nos anos 1970, mas experimenta o sucesso somente no final da década, com a música Revelação. Depois, vêm outros, colocando-o no primeiro time da MPB. Com voz e ti mbre característicos, é um dos grandes cantores e compositores brasileiros. Participa de um único filme, República dos Anjos, em 1991. Atua também na minissérie A Rainha da Vida, em 1987, como Padre Vitor. Filmografia: 1991 – República dos Anjos. FAGUNDES, ANTONIO Antonio José da Silva Fagundes Filho nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de abril de 1949. Na década de 1960 vem para São Paulo a fim de curar uma mononucleose e por aqui permanece muitos anos. Em 1966 começa a fazer teatro, e estreia com a peça Farsa de um Cangaceiro. Em seguida ingressa no teatro de Arena, participando de montagens importantes, como Arena Conta Tiradentes, Hair e Godspell. Estreia na televisão em 1969 em Nenhum Homem é Deus, mas a consagração acontece em 1978, como o Cacá em Dancin’ Days. A partir da década de 1980, já como galã número um da TV Globo, participa de novelas de sucesso como Corpo a Corpo (1984), Vale Tudo (1988), O Dono do Mundo (1991), Renascer (1993), O Rei do Gado (1996), Por Amor (1998), Terra Nostra (1999), Porto dos Milagres (2001), Esperança (2002) e Vale Tudo (2002). A partir de 2003 dedicase ao remake da série Carga Pesada, ao lado de Stênio Garcia. Retorna em 2007 como Juvenal Antena, em Duas Caras. No cinema, faz mais de trinta filmes, sendo sua estreia em 1967 no inacabado Sandra, Sandra. Sua estreia oficial acontece em 1969 no filme A Compadecida. Destacam-se ainda Gaijin, os Caminhos da Liberdade (1980), Doces Poderes (1996), Villa-Lobos, uma Vida de Paixão (1998), Bossa Nova (2000), Deus é Brasileiro (2003) e Achados e Perdidos (2005). Seu passatempo predileto é ler. Seu escritor preferido é Stephen King. Em 2006 encena a peça As Mulheres da Minha Vida, em Portugal. Do primeiro casamento com Clarisse Abujamra (1973 a 1987), tem três fi lhos adoti vos, Antonio, Diana e Dinah. Do segundo casamento, com a atriz Mara Carvalho (1988 a 2000), tem um filho, Bruno (1989). Tem talento, beleza e carisma. É um dos maiores atores da atualidade. Filmografia: 1967 – Sandra, Sandra (inacabado); 1969 – A Compadecida; 1971 A Eterna Esperança: Sem Pressa e sem Pausa; Como as Estrelas (CM) (depoimento); 1974 – Aquelas Mulheres (episódio: O Fotógrafo) (inacabado); 1975 Ponto Final (CM); 1976 – Eu Faço... Elas Sentem; A Noite das Fêmeas (Ensaio Geral); 1977 – Elas São do Baralho; 1978 – Doramundo; A Noite dos Duros; 1979 – O Menino Arco-Íris (A Infância de Jesus Cristo); 1980 – Os Sete Gatinhos; Gaijin, os Caminhos da Liberdade; 1982 – Das Tripas Coração; Pra Frente, Brasil; Tchau Amor; Um Casal de Três (Carícias Eróti cas); 1983 – A Próxima Vítima; As Aventuras de Mário Fofoca; 1984 – Em Nome da Segurança Nacional (CM) (narração); 1985 – Jogo Duro; 1987 – PSW – Uma Crônica Subversiva (CM); Anjos da Noite; Besame Mucho; Eternamente Pagú; A Dama do Cine Shangai; Leila Diniz; 1988 – Barbosa (CM); Beijo 2348-72; 1991 – O Corpo; 1993 – Era uma Vez no Tibet... (CM); 1995 – Até a Eternidade; ... E o Mar Virou Sangue (CM); 1996 – Doces Poderes; Fica Comigo; 1998 – Uma História de Futebol (CM) (narração); Paixão Perdida; Villa-Lobos, uma Vida de Paixão; 1999 – No Coração dos Deuses; O Tronco; 2000 – Coda (CM); Bossa Nova; 2003 – Deus é Brasileiro; 2004 – A Dona da História; 2005 – Achados e Perdidos; 2009 – Flávio Rangel – O Teatro na Palma da Mão (depoimento). FAGUNDES, ANTONIO A. Antonio Augusto da Silva Fagundes nasceu em Alegrete, RS, em 4 de novembro de 1934. Conhecido como Nico, aos dezesseis anos já é crítico de cinema do jornal local. Em 1954 muda-se para Porto Alegre para estudar literatura, folclore e história do Rio Grande do Sul, tornando-se jornalista especializado em cultura gaúcha. Forma-se em Direito, pós-graduado em História do Rio Grande do Sul e Mestre em Antropologia Social, todos na Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Fagundes é respeitado como autoridade em Folclore gaúcho, História do Rio Grande do Sul, Antropologia, Religiões afro-gaúchas, Indumentária gauchesca, Cozinha gauchesca e danças folclóricas. Compõe mais de 370 músicas gravadas por vários intérpretes e publica os livros Com a Lua na Garupa, Ainda com a Lua na Garupa e Canto Alegretense, além de, há muitos anos, apresentar programa de rádio na capital gaúcha. Sua trajetória no cinema começa em 1957, no filme Brasiliana, coprodução Brasil/Alemanha rodada no Sul. É roteirista de cinejornais de Leopoldis Som. Atua em vários filmes, muitos com Teixeirinha, e dirige outros dois para sua empresa, a Rancho Filmes, Negrinho do Pastoreio (1973) e O Grande Rodeio (1975). Na televisão, atua na minissérie O Tempo e o Vento, em 1985, pela TV Globo, no papel de Bento Gonçalves. É um pioneiro das artes gaúchas em todas as suas cores e formas, uma verdadeira enciclopédia ambulante. Como ele mesmo diz em sua página na Internet: O velho poeta de hoje, de sempre, continua o mesmo guri que ficava horas com um caniço nas mãos, esquecido dos peixes, apenas bebendo a imensa poesia das mansas águas do Rio Ibirapuitã. Filmografia (ator): 1957 – Brasiliana (Brasil/Alemanha); 1965 – Luta nos Pampas (participa de números de danças folclóricas); 1971 – Ana Terra; 1973 – O Negrinho do Pastoreio; 1975 – O Grande Rodeio; Pobre João; 1976 – A Quadrilha do Perna Dura; 1990 – Nostalgia (Heimweh); 1997 – Lua de Outubro; 2000 – A Cobra de Fogo (CM); 2004 – O Negrinho do Pastoreio (CM). Filmografia (diretor): 1973 – O Negrinho do Pastoreio; 1975 – O Grande Rodeio. FAJARDO, VERA Nasceu em Belo Horizonte, MG, em 17 de janeiro de 1952. Produtora e atriz teatral. Dentre outras peças, atua nas peças Três Maneiras de se Dançar um Tango, Obscena Senhora D, Pervesidade Sexual em Chicago, George Dandin, Baal, Há Vagas para Moças de Fino Trato, O Olho Azul da Falecida, Bente Altas – Licença pra Dois, Álbum de Família, Trivial Simples, Os Órfãos de Jânio, Cenas Cariocas, O Caso do Vestido, Sangue no Pescoço do Gato, O Homem que Viu o Disco Voador. Ao longo da carreira, Vera produz a maioria de seus espetáculos. Oito deles levam a assinatura de Aderbal Freire-Filho. Em 1979 vai para o Rio de Janeiro tentar carreira na televisão. Sem sucesso, dedica-se prati camente ao teatro. É sócia, com os atores Paulo Betti , Cristina Pereira e Rafael Ponzi, da Casa da Gávea, no Rio de Janeiro, espaço cultural com o claro objetivo de estudar, debater e divulgar arte e cultura e produzir espetáculos teatrais, filmes, vídeos, edições de livros, programas de rádio, exposições e shows musicais. No fi nal de 2006, estreia o espetáculo Relicário de Rita de Cristal, monólogo musical produzido por José Mayer, com quem é casada desde 1975, a quem conheceu em um espetáculo teatral em 1970 e com ele tem uma filha, Julia Fajardo (1984), atriz teatral. Em 2007 estreia na televisão, na novela Bicho do Mato, pela TV Record. Filmografia: 1975 – A Mulher do Desejo; 1978 – Graças a Deus (CM); 1979 – Os Verdes Anos (CM) (narração, com José Mayer); 1983 – Idolatrada. FAINI, SUZANA Myrian Suzana Faini nasceu em São Paulo, SP, em 9 de março de 1933. Foi bailarina profissional dos 19 aos 34 anos, por isso estreou como atriz somente em 1969, na novela Rosa Rebelde e no cinema no filme Os Paqueras. No ano seguinte já consegue notoriedade nacional, ao interpretar a Cema, de Irmãos Coragem. Alta, bela, olhos verdes e talentosa, vê sua carreira deslanchar. Suzana sempre preferiu o teatro, tendo participado de inúmeras peças como Hoje é Dia de Rock (1971), de José Vicente; Fernando Pessoa (1974); A Morte de Danton (1977); A Alma Boa de Setsuan (1980); As Troianas (1992); Rei Lear (1996); A Dama do Cerrado (1998); Capitu (2000); Na Boca do Túnel; Vidas Calientes (2001); Hamlet (2001), de Shakespeare; Bárbara do Crato (2002); Tio Vânia (2003), de Tchekhov; As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant, de Rainer Fassbinder; As Bruxas de Salém (2003); Madame (2005); Há um Homem em Minha Casa (2005); Calúnia (2006), de Lílian Hellman, etc. No cinema, participa de vários fi lmes com destaque para Ibrahim do Subúrbio (1976), Eternamente Pagu (1987) e O Amor Está no Ar (1997). Na televisão, em várias novelas e minisséries: Selva de Pedra (1972), Pai Herói (1979), Top Model (1989), Chiquinha Gonzaga (1999) e A Favorita (2007), como Iolanda, retornando para um papel inteiro na novela, depois de muitos anos. Em 2009, retorna ao teatro para parti cipar do espetáculo 7, O Musical, substituindo a atriz Ida Gomes, falecida em fevereiro de 2009. Filmografia: 1969 – Os Paqueras; 1974 – O Últi mo Malandro; 1975 – A Extorsão; Ana, a Libertina; 1976 – Um Brasileiro Chamado Rosaflor; O Ibrahim do Subúrbio (episódio: Roy, o Gargalhador Profissional); 1977 – Os Amores da Pantera; O Crime do Zé Bigorna; 1978 – A Noiva da Cidade; 1982 – Terceira Idade (CM); 1987 – Eternamente Pagu; 1988 – Adultério (CM); Chuvas e Trovoadas (CM); 1997 – O Amor Está no Ar; 2005 – Coisa de Mulher. FAISSAL, FLORIANO Nasceu em São Paulo, SP, em 1907. Ator, compositor, produtor e escritor, inicia sua carreira no teatro, como ator. Logo é contratado pela Rádio Nacional, onde chega a diretor do departamento de radioteatro. Escreve esquetes para o programa de Luis Vassalo e compõe temas para diversos programas da TV Rio. Estreia no cinema em 1940 no filme Argila e depois parti ciparia de Inconfi dência Mineira, de Carmen Santos. A partir daí dedicase ao Projeto Minerva e ao Mobral, na FUNTEVÊ e depois Rádio MEC. Com sua vida inteira ligada às artes, morre em 1986, aos 79 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1940 – Argila; 1948 – Inconfi dência Mineira. FAISSAL, ROBERTO Apresentador, Radioator, locutor e compositor. Faz carreira de sucesso na Rádio Nacional, principalmente como locutor de programas. Como compositor, seu maior sucesso é a marchinha de carnaval A Cabeleira do Zezé, em parceria com João Roberto Kelly. Estreia no cinema como ator em 1957 no filme Tem Boi na Linha. Atua em cinco novelas sendo a primeira em 1979, Feijão Maravilha, como o Andrade, e a última Pão Pão, Beijo Beijo, em 1983. Morre no Rio de Janeiro, RJ, em 1988. Filmografia: 1957 – Tem Boi na Linha; 1976 – O Mundo em que Getúlio Viveu (narração); 1978 – A Morte Transparente; 1980 – Sinal Vermelho (CM). FALABELLA, CYNTHIA Cynthia Lima Falabella nasceu em Belo Horizonte, MG, em 19 de janeiro de 1972. É irmã mais velha da também atriz Débora Falabella e filha do publicitário, ator, escritor e diretor de teatro Rogério Falabella. Inicia sua carreira no teatro. Em 1998 estreia no cinema no curta A Hora Vagabunda, mas fica conhecida em 2002, ao substituir a irmã Débora, que ficara doente, na novela O Clone. Depois parti cipa de América (2005), como Cidinha, e do especial Tempo Quente (2008), como Andréa. No teatro, atua nas peças Jeca Voador (2006), O Tempo e os Conways, Toalete, A Serpente, esta última dividindo o palco com a irmã Débora. Está casada com o professor de teatro Alexandre Cioletti e, alem de atuar, trabalha também frequentemente com locuções e dublagens. Filmografia: 1998 – A Hora Vagabunda (CM); 2004 – Aqueles Dias (CM); 2005 – Manual para Atropelar Cachorro (CM); O Quintal dos Guerrilheiros (CM); 2006 – Os 12 Trabalhos; Batismo de Sangue; 2007 – Cinco Frações de uma Quase História; 2008 – Quarto 38 (CM); Os Filmes que não Fiz (CM); 2010 – Chico Xavier. FALABELLA, DÉBORA Débora Lima Fallabela nasceu em Belo Horizonte, MG, em 22 de fevereiro de 1979. É filha do publicitário, ator, escritor e diretor de teatro Rogério Falabella. Começa sua carreira em 1995, aos dezesseis anos de idade, no seriado Malhação, pela TV Globo. Em seguida vai para o SBT participar da versão brasileira de Chiquiti tas. Em 2001 faz sua estreia no cinema no curta-metragem Françoise, dirigido por Rafael Conde, mas ganha notoriedade nacional em 2002 como a drogada Mel, em O Clone, e logo em seguida outro grande desafio: interpretar Paco, no remake de Dois Perdidos numa Noite Suja, texto de Plínio Marcos, ao lado de Roberto Bomtempo, num filme totalmente rodado em Nova York, com apenas dois atores, sob a direção de José Joffi ly. A parti r daí vê sua carreira deslanchar em fi lmes e novelas de sucesso como Cazuza – O Tempo não Para (2004) e Sinhá Moça (2006). Teve também papel de destaque na minissérie JK, em sua primeira fase, como Sarah Kubitschek, depois em Sinhá Moça (2006), Duas Caras (2008), como Júlia, e Casos e Acasos (2009), como Sarah. Está casada desde 15/5/2005 com o músico Eduardo Hipolitho (1977). Ainda muito jovem, já é uma grande atriz brasileira. Filmografia: 2001 – Françoise (CM); 2002 – Dois Perdidos numa Noite Suja; 2003 – Lisbela e o Prisioneiro; 2004 – Cazuza – O Tempo não Para; A Dona da História; 2006 – Novela Rock – Cinco Mentiras (CM); 2007 – O Primo Basílio; La Dolorosa (CM); Quarto 38 (CM); 2009 – Doceamargo (CM). FALABELLA, MIGUEL Miguel Falabella de Souza Aguiar nasceu na Ilha do Governador, RJ, em 10 de outubro de 1957. Quando criança vê os fi lmes da Gaumont no Cine Itamar. Surge dos grupos de jovens em 1975, quando inicia sua carreira, no teatro infantil do Tablado, sob orientação de Maria Clara Machado. Ator de Teatro e televisão, cedo se interessa em escrever textos e dirigir, tendo estreado na direção em 1984, na peça Emily, com Beatriz Segall encabeçando o elenco e já com enorme sucesso de crítica e público. Em 1979, funda, com Maria Padilha e Paulo Reis, o grupo teatral Pessoal do Despertar. Ganha muitos prêmios no teatro como o Prêmio Molière e Prêmio Mambembe, por Emily (1984); o Prêmio Molière por A Partilha (1991); o Prêmio Shell por South American Way (2002) e Prêmio Qualidade Brasil por Godspell (2003). Ao lado de Tom Cavalcanti, Luis Gustavo, Marisa Orth, Araci Balabanian e Cláudia Jimenez participa do maior sucesso da Globo nos últimos anos, o programa humorístico Sai de Baixo. Apresenta por quinze anos o programa Vídeo Show (1987/2002). Como ator, participa de várias novelas e minisséries como Sol de Verão (1982), sua primeira novela, Selva de Pedra (1986), a minissérie As Noivas de Copacabana (1992), A Viagem (1994), Cara & Coroa (1996) e Agora é que São Elas (2003). Escreve várias novelas para a TV Globo, como Salsa & Merengue (1996) e A Lua me Disse (2005). Estreia no cinema em 1981 no filme Mulher Sensual. Faz outros mais como A Dama do Cine Shangai (1988) e Beijo 2348-72 (1992), embora não seja essa sua prioridade artística. Em 2002 dubla a voz de Stuart Little (2000) e Stuart Litt le 2 (2002). Em 2008 brilha novamente no humorístico Toma Lá, Dá Cá, ao lado de Marisa Orth, Adriana Esteves e grande elenco. Miguel é um grande talento brasileiro, tanto como ator, produtor ou diretor. Filmografia (ator): 1981 – Mulher Sensual (Novela das Oito); O Sonho não Acabou; 1984 – Sole Nudo (Itália/Brasil); O Beijo da Mulher Aranha (Kiss of the Spider Woman) (Brasil/EUA); 1986 – Vento Sul; 1987 – A Dama do Cine Shangai; 1990 – Beijo 2348-72; 1999 – Zoando na TV; 2001 – A Partilha (pequena participação como ele mesmo); 2003 – Garrincha, a Estrela Solitária; 2004 – Redentor; 2007 – Cleópatra. Filmografia (diretor): 2008 – Polaroides Urbanas. FALABELLA, ROGÉRIO Nasceu em Minas Gerais, 1936. Publicitário, ator, escritor e diretor de teatro. Inicia sua carreira artística em 1954 no teatro, em núcleos de igrejas. Em Belo Horizonte atua nas peças Deu o Freud Contra, Terra Queimada, A Farsa do Advogado Pathelin, Sonhos de Theodoro. Torna-se também autor de prestígio, em peças como Perigo, Mineiros em Férias, Amigas, Amigas, Homens à Parte, Depois Daquele Baile, que depois virou filme, etc. Fica por dez anos (1957-1967) na TV Itacolomi, inicialmente para parti cipar do elenco dos teleteatros, mas logo começa a escrever alguns textos também. Além de um teleteatro por semana, fazia um grande a cada mês ou quinzena, sempre ao vivo, interpretando textos dos maiores autores do mundo como William Shakespeare, Nelson Rodrigues, Eugene O’Neill, Arthur Miller, Tennessee Williams, Molière e outros. Embora esteja sempre ligado às artes, é como publicitário que consolida sua carreira. Rogério é do tempo em que os comerciais eram produzidos em película de cinema 35mm ou 16mm. Já veterano, em 2003 é convidado para atuar na novela Mulheres Apaixonadas, como Alfredo e não para mais, seguindo-se Cabocla (2004), como Dr. Teles; Sinhá Moça (2006), como Nogueira; O Profeta (2007), como Diógenes; e na minissérie Maysa – Quando Fala o Coração (2009). Casado com a cantora lírica Maria Olímpia, com quem tem duas filhas, Débora e Cinthya, também atrizes. Filmografia: 1986 – A Dança dos Bonecos; 2001 – Françoise (CM); 2006 – Batismo de Sangue. FALCÃO, FELIPE Formado em Direito, começa sua carreira artística como cantor de óperas. O diretor Ivan Cardoso convida-o a parti cipar do filme O Segredo da Múmia (1982). Atua em outros, mas não consolida sua carreira de ator no Cinema Brasileiro. Filmografia: 1982 – O Segredo da Múmia; 1986 – As Sete Vampiras; 1990 – O Escorpião Escarlate. FALCÃO, GUSTAVO Nasceu em Recife, PE, em 1977. Em 2001 faz sua primeira novela, As Filhas da Mãe, e estreia no cinema, no curta-metragem Lugar Comum. Ainda na televisão parti cipa de Carandiru, Outras Histórias (2005) e Cobras & Lagartos (2006). No cinema, depois de participar de vários curtas, faz seu primeiro longa, Árido Movie, em 2004, seguindo-se de A Máquina (2005) e Fica Comigo esta Noite (2006). Filmografia: 2001 – Lugar Comum (CM); 2002 – Na Idade da Imagem ou Projeção nas Cavernas (CM); 2003 – Uma Estrela para Ioiô (CM); Nevasca Tropical (CM); 2004 – Thelastnote.com (CM); O Último Raio de Sol (CM); Árido Movie; 2005 – A Máquina; 2006 – Fica Comigo esta Noite; 2007 – Meu Nome É Dindi; 2008 – Praça Saens Peña. FALCO, RUBENS DE Rubens de Falco da Costa nasceu em São Paulo, SP, em 19 de outubro de 1931. Começa a carreira fazendo teatro. Em 1955, integra o grupo Os Jograis, de São Paulo, ao lado de Ruy Afonso, Ítalo Rossi e Felipe Wagner. Em 1952 estreia no cinema, numa ponta no filme Appassionata, pela lendária Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Entre outros, parti cipa de O Homem que Comprou o Mundo (1968) e Coronel Delmiro Gouveia (1979). Na televisão, sua primeira novela foi em 1961, Maria Antonieta. Tem papéis de destaque em novelas como O Rei dos Ciganos (1967), A Rainha Louca (1967), O Homem Proibido (1967), O Passo dos Ventos (1968), A Últi ma Valsa (1969), Supermanoela (1974), Gabriela (1975), O Grito (1975), A Escrava Isaura (1976), Dona Xepa (1977), O Astro (1978), A Sucessora (1979) e Bambolê (1987). A partir dos anos 1990, alterna-se entre SBT, Globo e Record, ao parti cipar de Brasileiras e Brasileiros (1990), Salomé (1991), Memorial de Maria Moura (1994), Sangue do meu Sangue (1995), Os Ossos do Barão (1997) e Brida (1998). Afastado da televisão, retorna em 2004 para o papel de Almeida em A Escrava Isaura, pela TV Record, sua última novela. Quase sempre interpreta papéis de vilão, tipo que faz com maestria. Um dos grandes atores brasileiros morre em 22 de fevereiro de 2008, por problemas cardíacos, em São Paulo, aos 76 anos de idade. Em 2005 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, pela Coleção Aplauso, lança sua biografia, Rubens de Falco – Um Internacional Ator Brasileiro, de autoria de Nydia Licia. Filmografia: 1952 – Appassionata; 1953 – Esquina da Ilusão; 1954 – Floradas na Serra; 1958 – O Capanga; O Pão que o Diabo Amassou; 1959 – Moral em Concordata (narração); 1966 – Engraçadinha, Depois dos Trinta; Essa Gatinha é Minha; 1968 – O Homem que Comprou o Mundo; 1969 – Tempo de Violência; 1970 – Anjos e Demônios; O Impossível Acontece (episódio: Eu, Ela e o Outro); 1971 – Uma Pantera em Minha Cama; 1972 – A Difícil Vida Fácil; Variações de Imagens Sobre o Hino Nacional (CM) (narração); Missão: Matar; D.Pedro Volta ao Ipiranga (CM) (narração); 1973 – Café na Cama; 1974 – O Mau Caráter; Rebolo Gonsales (CM) (narração); 1975 – Deixa Amorzinho... Deixa; Nós, os Canalhas; 1976 – O Homem da Cabeça de Ouro; O Sósia da Morte; 1978 – Esse Rio Muito Louco; A Dama de Branco; 1979 – Coronel Delmiro Gouveia; Foragidos da Violência; 1980 – Pixote, a Lei do mais Fraco; 1984 – Profesión Vivir (Venezuela); Macho y Hembra (Venezuela); La Hora Texaco (Venezuela); 1985 – El Hombre de Éxito (Cuba); 1996 – O Monge e a Filha do Carrasco (The Monk and Hang-mans Daughter) (Brasil/EUA); 2001 – Sonhos Tropicais; 2002 – Vampsida (CM); 2004 – Helena Meirelles – A Dama da Viola (narração); 2008 – Fim da Linha. FANTIN, PRISCILA Priscila Fantin de Freitas nasceu em Salvador, BA, em 18 de fevereiro de 1983. Foi criada em Belo Horizonte, Minas Gerais, onde inicia carreira de modelo. Estuda no Colégio Marista Dom Silvério. Em 1995 faz os testes e é aprovada para o seriado Malhação, no papel de Tatiana Almeida Chaves. Em 2001 faz sua primeira novela, As Filhas da Mãe, mas brilha mesmo no ano seguinte, como a Maria de Esperança, fazendo par com Reynaldo Gianecchini. Depois disso, vê sua carreira deslanchar na televisão em sucessos como Chocolate com Pimenta (2004), como Olga, Alma Gêmea (2005), como Serena, e Sete Pecados (2007), como Beatriz. Estreia no cinema em 2007 no filme Orquestra de Meninos. Filmografia: 2007 – Orquestra de Meninos. FARC, ABRAHÃO Abrão Jacob Szarfarc nasceu em São Paulo, SP, em 28 de julho de 1937. Inicia sua carreira no teatro. Em 1968 estreia no cinema no filme As Amorosas. Na televisão estreia em 1970 em Meu Pé de Laranja Lima, no papel de Padre Rozendo. Muito requisitado, sempre faz papeis secundários mas de muita importância, prova disso é a quanti dade enorme de trabalhos verificados no teatro, cinema e televisão. Entre outras, atua nas peças Tambores da Noite, Equus, Jardim das Cerejeiras, O Escrivão, Anna Weis, etc. Com igual competência participa de dezenas de novelas, inicialmente pela TV Tupi, depois Bandeirantes, Globo e Record, como A Viagem (1975), Dulcineia Vai a Guerra (1980), De Quina pra Lua (1985), Salomé (1991), Marisol (2002) e Sete Pecados (2008). No cinema, também em grande carreira, destacam-se Bang-Bang (1971), Tiradentes, o Mártir da Independência (1976), Vera (1987), Alma Corsária (1993) e Cheiro do Ralo (2006). Está em plena atividade. Filmografia: 1968 – As Amorosas; 1969 – A Mulher de Todos; 1970 – Em cada Coração um Punhal; 1971 – Bang Bang; 1973 – O Detetive Bolacha contra o Gênio do Crime; 1975 – O Predileto; Cada um Dá o que Tem (episódio: Cartão de Crédito); 1976 – Tiradentes, o Mártir da Independência; Excitação; O Mulherengo; 1977 – Belas e Corrompidas; 1978 – O Estripador de Mulheres; 1980 – Ato de Violência; 1981 – A Noite das Depravadas; Sadismo – Aberrações Sexuais; 1986 – Nem Tudo É Verdade; 1987 – Vera; 1991 – O Drama da Polônia (CM); Mano a Mano (CM); 1992 – Jogo da Memória (CM); Oswaldianas (episódio: Perigo Negro); 1993 – Alma Corsária; 1994 – Amor! (CM); 2004 – Nina; 2005 – Cafundó; 2006 – O Ano em que meus Pais Saíram de Férias; O Cheiro do Ralo; 2009 – O Rim de Napoleão (CM). FARIA, BETTY Elisabeth Maria Silva de Faria nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de maio de 1941. Com quatro anos já queria trabalhar no circo. Filha de família classe média carioca, sendo o pai general do Exército, estuda balé clássico e moderno. Contra a vontade dos pais, com dezessete anos, estreia na televisão, no programa Noites de Gala, de Geraldo Casé, na TV Rio. Em 1959 parti cipa da Gincana Kibon e chama a atenção de Carlos Machado, o rei da noite carioca, para dançar na boate Skindô. Em 1963 faz o musical Chica da Silva, na boate Freds. Em 1965 estreia no teatro na peça As Inocentes do Leblon. No ano seguinte conhece Cláudio Marzo na peça Os Pequenos Burgueses. Surge uma enorme paixão entre os dois e em 1968 nasce a única filha do casal, Alexandra Marzo, também atriz. Segue sua carreira na televisão e chega a estrelar o programa Rio Rei, ao lado de Miele. Em 1965 faz sua primeira novela, T.N.T. A parti r dos anos 1970 brilha em novelas clássicas como Pecado Capital (1976), Tieta (1989), A Idade da Loba (1996), A Indomada (1997), Suave Veneno (1999), etc. Faz parti cipações especiais em Sai de Baixo (episódio: Duro de Debutar) (2000) e A Grande Família (episódio: O Filho da Mãe) (2001). Estreia no cinema em O Beijo (1964), desenvolvendo longa carreira, em fi lmes como A Estrela Sobe (1974), talvez seu melhor momento, Bye Bye Brasil (1979) e Anjos do Arrabalde (1987), de Carlos Reichenbach, pelo qual ganha o prêmio Kikito de melhor atriz no Festi val de Gramado. Por sua atuação em Romance da Empregada, de Bruno Barreto, é premiada como melhor atriz no Festi val Internacional de Cinema em Havana, Cuba. Em 1992 ganha como melhor atriz coadjuvante em Brasília por Perfume de Gardênia, de Guilherme de Almeida Prado. Do seu casamento com Daniel Filho tem um filho, João Daniel. Em 1998 casa-se pela terceira vez com Franklin Thompson. Em 2005 coproduz e estrela o filme Bens Confi scados, de Carlos Reichenbach, e participa da novela América pela TV Globo. Em Pé na Jaca (2007), foi Laura, e em Duas Caras (2008), Bárbara. Interpreta seus papéis com garra e alma, sendo por isso uma das mais talentosas atrizes brasileiras. Em 2006 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Betty Faria – Rebelde por Natureza, de autoria de Tânia Carvalho. Filmografia: 1964 – O Beijo; 1965 – Amor e Desamor; 1967 – A Lei do Cão; 1968 – As Sete Faces de um Cafajeste; 1970 – Piranhas do Asfalto; Os Monstros de Babaloo; 1972 – Som, Amor e Curti ção; 1974 – A Estrela Sobe; 1975 – O Casal; 1978 – O Cortiço; 1979 – Bye Bye Brasil; O Bom Burguês; 1987 – Um Trem para as Estrelas; Anjos do Arrabalde (As Professoras); Jubiabá (Brasil/França); Romance da Empregada; 1989 – Lili, a Estrela do Crime; 1992 – Perfume de Gardênia; 1997 – For All, o Trampolim da Vitória; 2004 – Bens Confi scados; Sexo, Amor e Traição; 2007 – Chega de Saudade; 2009 – Dzi Croquettes (depoimento). FARIA, CELSO Nasceu em São Paulo, SP, em 7 de abril de 1932. Filho do ator José Jorge Faria, na adolescência estuda jornalismo, sempre lendo muito sobre teatro e cinema, sua paixão. Em 1955 faz uma ponta no inacabado Três Destinos. Estreia ofi cialmente em 1958 no filme Rebelião em Vila Rica, numa duradoura carreira de mais de 40 anos e muitos fi lmes. Destacam-se Conceição (1960) e Luz del Fuego (1982). Entre 1964 e 1971 atua com intensidade no cinema italiano, em sua maioria faroestes tipo spaghetti, tornando-se astro internacional. Faz apenas uma novela, A Rainha da Vida, em 1987. Filmografia: 1955 – Três Destinos (inacabado); 1958 – Rebelião em Vila Rica; Chofer de Praça; Ravina; 1960 – Dona Violante Miranda; Conceição; Marido de Mulher Boa; 1964 – Copacabana Palace (The Girl Name) (Itália/França/Brasil); Michelino Cucchiarella (Itália); 1967 – O Anjo Assassino; Django não Espera... Mata (Non Asperatte Django, Spara) (Itália): 1968 – Reze a Deus... e Cave sua Sepultura (Prega Pio... e Scavati La Fossa) (Itália); Peça Perdão a Deus, Nunca a Mim (Chiedi Perdono A Dio… Non A Me) (Itália); 1969 – Eu Sou Sartana (Sono Sartana, Il Vostro Becchino) (Itália); Quintana (Itália); Django, o Bastardo (Django Il Bastardo) (Itália); Sou Sartana, Venham em Quatro para Morrer (... E Veneno In Quattro Per Uccidere Sartana!) (Itália); 1970 – Uma Balada para Django (Giù Lê Mani... Carogna) (Itália); Django e Sartana, Até o Últi mo Sangue (Quel Maledetto Giorno D’Inverno... Django e Sartana All’Ulti mo Sangue) (Itália); Django e Sartana no Dia da Vingança (Arrivano Django e Sartana... è La Fine) (Itália); 1971 – Viva Gringo: Deus Perdoa... Eu Não (Lo Sceriff o Di Rockspring) (Itália); Irmão Fora da Lei (Rimase Uno Solo e Fu La Morte Per Tutti!) (Itália); 1973 – Café na Cama; 1975 – Nós, os Canalhas; Quando Elas Querem... e Eles Não; Confi ssões de uma Viúva Moça; 1976 – Quem é o Pai da Criança?; 1977 – Ódio; A Festa; 1978 – A Mulata que Queria Pecar; Encarnação; 1979 – Eu Matei Lúcio Flávio; A Rainha do Rádio; O Caso Cláudia; 1980 – Terror e Êxtase; O Bandido Antonio Dó; Giselle; Um Menino, uma Mulher; 1981 – Delícias do Sexo; Rapazes da Calçada; O Sequestro; 1982 – Piranha, o Peixe Assassino (Killer Fish) (Itália/Brasil/EUA); Luz del Fuego; Escalada da Violência; Profi ssão Mulher; 1983 – O Início do Sexo; O Bom Burguês; 1984 – Amenic – Entre o Discurso e a Prática; 1987 – Johnny Love; 1991 – Vai Trabalhar Vagabundo II – A Volta. FARIA, LAMERI Nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Começa a trabalhar na Casa de Saúde São Sebastião, chegando ao cargo de administradora hospitalar. Não pensa na carreira artística até o dia em que o diretor Roberto Pires filma lá algumas cenas do A Máscara da Traição, em 1969, e pede sua colaboração, o que resulta numa pequena parti cipação. Gosta tanto que resolve seguir a carreira artísti ca, acabando por participar de muitos fi lmes, com destaque para Em Ritmo Jovem (1971), Seu Florindo e suas Duas Mulheres (1978) e Estranhas Relações (1983). Foi casada com o produtor/diretor/ator Mozael Silveira. Filmografia: 1969 – A Máscara da Traição; 1971 – Em Ritmo Jovem; Jesus Cristo eu Estou Aqui; 1973 – Com a Cama na Cabeça; 1974 – Mais ou Menos Virgem; 1975 – As Audaciosas; Essas Mulheres Lindas, Nuas e Maravilhosas; Secas e Molhadas; 1976 – Sete Mulheres para um Homem Só; As Audaciosas; 1977 – As Eróti cas Profissionais; Pedro Bó, o Caçador de Cangaceiros; 1978 – Seu Florin-do e suas Duas Mulheres; As Aventuras de Robinson Crusoé; O Eróti co Virgem; 1979 – Massacre em Caxias; Violência e Sedução; 1980 – Intimidades de Duas Mulheres (Vera e Helena); 1981 – A Cobiça do Sexo; 1983 – Estranhas Relações. FARIA, MARCELO Marcelo Achcar de Farias nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 15 de novembro de 1971. Aos dezoito anos de idade, em 1989, inicia sua carreira na televisão na novela Topmodel, como o Elvis Presley Kundera. Faz sucesso imediato e começa a solidificar sua carreira com produções bem-sucedidas como Quatro por Quatro (1995), Vila Madalena (1999), Celebridade (2004), Alma Gêmea (2007), Amazônia de Galvez a Chico Mendes (2007), Beleza Pura (2008) e Paraíso (2009). Estreia no cinema em 2004 no filme O Diabo a Quatro. É filho do ator Reginaldo Faria e de Káti a Achcar. Filmografia: 2004 – O Diabo a Quatro; 2006 – 1972. FARIA, REGINALDO Reginaldo Figueira de Faria nasceu em Nova Friburgo, RJ, em 11 de junho de 1937. Começa a trabalhar no cinema como assistente de câmera, a convite do irmão, o diretor Roberto Farias, em Rico Ri à Toa (1957). Estreia como ator em 1958, no filme No Mundo da Lua, interpretando o bandido Promessinha, e não para mais, constituindo sólida carreira, em produções como Assalto ao Trem Pagador (1962) e Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia (1977), recebendo o Kikito de melhor ator no Festival de Gramado. Como diretor, estreia em 1969 no filme Os Paqueras. Dirige outros, sempre com muita competência, como Barra Pesada (1971) e Aguenta, Coração (1983). Adquire popularidade ao ingressar nas novelas em 1978 em Dancin’ Days. Entre outras, parti cipa de Água Viva (1980), Vamp (1991), as minisséries A Máfia no Brasil (1984) e Noivas de Copacabana (1992), A Próxima Vítima (1995), Explode Coração (1995), Zazá (1997), A Força de um Desejo (1999), Porto dos Milagres (2001), O Clone (2001), Celebridade (2003), Cabocla (2004), América (2005), Sinhá Moça (2006), Paraíso Tropical (2007), Beleza Pura (2008) e Paraíso (2009). Brilha também no teatro, como em Amândio, o Bem Amado (1994), inspirado no original de Alain Reynaud Fourton e direção de Gilles Gwizdek; Em Nome do Filho (1997), texto e direção de Reginaldo Faria; Dia dos Namorados (2001), texto de sua autoria e direção de Regis Faria; Mercedes de Medellin (2003), texto de sua autoria e direção de Gustavo Gasparini, etc. Foi casado por três vezes. Com sua primeira esposa, a psicanalista Kátia Achcar, teve dois filhos, o diretor Régis Faria (1969) e o ator Marcelo Faria (1972). Com sua segunda esposa, a advogada Telca Malheiros, teve mais um filho, Carlos André (1984). Fragilizado desde o fim de sua união de 15 anos com a cantora Rose Ventura, em 29/11/2004, durante um cateterismo cardíaco e angioplastia, o ator entra em coma, dando um susto em familiares, amigos e fãs de todo o Brasil, mas consegue recuperar-se e retoma sua carreira em seguida. Desde 2005 está casado com Vânia Dotto Alves. É um dos grandes atores/ diretores brasileiros. Em 2004 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, pela Coleção Aplauso, lança sua biografia, Reginaldo Faria – O Solo de um Minueto, de autoria de Wagner de Assis. Filmografia (ator): 1958 – No Mundo da Lua; Aguenta o Rojão; 1960 – Cidade Ameaçada; 1962 – Assalto ao Trem Pagador; 1963 – Porto das Caixas; 1964 Selva Trágica; O Beijo; 1965 – Morte para um Covarde (Un Sueño Y Nada Más) (Brasil/Argenti na); 1966 – Toda Donzela Tem um Pai que é uma Fera; 1967 – ABC do Amor (episódio brasileiro: O Pacto); (Brasil/Argenti na/Chile); 1968 – Roberto Carlos em Ritmo de Aventura; Lance Maior; 1969 – Os Paqueras; 1970 Pra Quem Fica, Tchau!; 1972 – Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora; 1973 – Os Machões; 1975 – O Flagrante; Quem Tem Medo de Lobisomem?; 1977 – Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia; Barra Pesada; 1978 – Mulheres de Cinema (CM) (depoimento); 1979 – Parceiros da Aventura; 1982 – Pra Frente, Brasil; 1984 – Aguenta, Coração; 1986 – Com Licença, eu Vou à Luta; 1987 – A Menina do Lado; 1988 – Lili, a Estrela do Crime; 2001 – Memórias Póstumas; Meu Filho Teu (Um Crime Nobre) (Itália/Brasil); 2004 – Cazuza – O Tempo não Para. Filmografi a (diretor): 1966 – Os Paqueras; 1971 – Pra Quem Fica, Tchau; 1972 – Os Machões; 1975 – Quem Tem Medo de Lobisomem?; 1976 – O Flagrante; 1977 – Barra Pesada; 1984 – Aguenta, Coração. FARIAS, RODRIGO Antonio Rodrigues da Silva nasceu em Caraubas, PI, em 26 de julho de 1954. Radicado em São Paulo, começa sua carreira artística em 1979, fazendo teatro amador e participa da peça Panaceia. Em 1980/1981 faz curso de interpretação com Emílio Fontana. Estreia na televisão em 1981 no Programa do Bozo, pela TV Record. Estreia no cinema, em 1983, no filme O Último Voo do Condor, de Emílio Fontana. Participa de novelas e seriados como Os Imigrantes (1981), Dona Santa (1981), Destino (1982), Ninho da Serpente (1982) e O Campeão (1983). Filmografia: 1983 – O Último Voo do Condor; Corrupção de Menores; 1984 – Tentação na Cama; Anúncio de Jornal. FARNEY, CYLL Cylleno Dutra e Silva nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 14 de setembro de 1925. Começa a carreira artística como baterista no conjunto do irmão Farnésio, o Dick Farney. Os pseudônimos foram inventados pelo pai. Sua beleza física e pinta de galã chamam a atenção de Adhemar Gonzaga, que o leva para a Cinédia. Em 1947, roda, ao lado de Marlene, o filme Um Beijo Roubado, de Leo Marten, em que tocava bateria ao lado do irmão Dick, também estreante. O título original era Noites em Copacabana, mas foi vetado pela censura, o que atrasou sua estreia em dois anos. Em seguida, Farney viajou para os Estados Unidos, onde ficou durante dois anos. Na volta, é o ator principal em Escrava Isaura, seguindo-se outros. Contratado pela Atlânti da, estrela mais de vinte chanchadas, entre elas Nem Sansão, Nem Dalila (1954) e Colégio de Brotos (1956). Sempre faz o papel de moço bom, rico, que fica com a mocinha no final. No bom senti do, é rival de Anselmo Duarte, como principais galãs da época. Nessa grande época do Cinema Brasileiro, entre os anos 1950 e 1960, Cyll Farney mal podia sair às ruas, pois era perseguido pelas fãs. O assédio era tamanho que ele chegou a fundar, com alguns amigos como Anselmo Duarte, o Clube das Chaves, em Copacabana, onde só entravam cerca de 50 pessoas que tinham a chave. Certa vez disse: Embora tenha participado de tantos filmes, sempre repeti o mesmo papel. Eu era sempre o mocinho bonito de pele bronzeada, muito bem vesti do, filho de um papai rico que encantava a minha namorada. Uma das únicas exceções em sua carreira foi Amei um Bicheiro, de 1952, em que Farney interpreta Carlos, um contraventor do jogo de bicho. Ele ganhou o papel de Jardel Filho, que não tinha, segundo os diretores, o perfi l ideal para viver um bicheiro. Eu aparecia na tela mal vestido e com a barba por fazer, mas, a não ser por esse filme, nunca me chamaram para fazer algo mais sério. Como curiosidade, Farney contava que recusou comprar os direitos de um roteiro internacional por US$ 5 mil, por ter que se travestir, o que não ficaria bem para sua imagem de galã. Mais tarde esse roteiro transformou-se na clássica comédia Quanto Mais Quente Melhor, de Billy Wilder. Eu me arrependi de não ter feito aquele filme, o papel da Marilyn Monroe seria da Eliana, eu faria o do Tony Curtis e o Oscarito, o de Jack Lemmon. Todo mundo se lembra da fita, que se tornou um referencial quando se fala em comédia. É também produtor e chega a dirigir uma coprodução Brasil/Alemanha, Lana, Rainha das Amazonas. Com o fim das chanchadas, Farney teve algumas parti cipações na televisão, como o seriado O Jovem Dr. Ricardo, levado ao ar pela TV Tupi do Rio de Janeiro entre 1958 e 1960, uma imitação ao Doutor Kildare americano. Participou também da novela Melodia Fatal, em 1963, na Excelsior, ao lado de Nívea Maria e Fúlvio Stefanini, sua única experiência no gênero. Nos anos 1960 foi Diretor de Produção nos filmes Todas as Mulheres do Mundo, de Domingos Oliveira, Os Carrascos Estão Entre Nós, de Adolfo Chadler, e A Espiã Que Entrou em Fria, de Sanin Cherques. Na publicidade, fundou em 1981, a Tycoon, ao lado de Paulo Lomba e Iracema Supeleto. Sua última aparição artística foi durante a minissérie Hilda Furacão, da TV Globo. Seu nome marcou época no Cinema Brasileiro. Foi casado com Sônia Muller, com quem teve uma filha. Morre em 14 de abril de 2003, de parada cardiorrespiratória, aos 78 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia (ator): 1949 – Um Beijo Roubado (Noites de Copacabana); Escrava Isaura; 1950 – O Pecado de Nina; 1951 – Aí Vem o Barão; Tocaia; 1952 – Areias Ardentes; Barnabé Tu És meu; Carnaval Atlântida; Os Três Vagabundos; 1953 – Amei um Bicheiro; 1954 – Nem Sansão nem Dalila; 1955 – Chico Viola não Morreu (Brasil/Argentina); Guerra ao Samba; Paixão nas Selvas (Conchita Und Der Ingenieur) (Alemanha/Brasil); 1956 – Colégio de Brotos; Papai Fanfarrão; Vamos com Calma; 1957 – De Vento em Popa; Garotas e Samba; 1958 – É a Maior; E o Espetáculo Continua; 1959 – O Homem do Sputnik; Pintando o Sete; 1960 – Dois Ladrões; Duas Histórias (Cacareco Vem Aí); 1961 – Quanto mais Samba Melhor; 1962 – As Sete Evas; 1964 – Copacabana Palace (The Girl Name) (Itália/França/Brasil); Manaus, Glória de uma Época (Und Der Amazonas Schweight ) (Alemanha); 1967 – Juventude e Ternura; A Espiã que Entrou Em Fria; 1969 – Incrível, Fantásti co, Extraordinário (episódio: A Ajuda); O Rei da Pilantragem; 1972 – A Infidelidade ao Alcance de Todos (episódio: A Transa); Janaína, a Virgem Proibida; 1973 – Um Virgem na Praça; 1975 – Assim Era Atlântida; 1976 – O Pai do Povo; Tem Folga na Direção; 1978 – Esse Rio Muito Louco (episódio: Fátima Todo Amor). Filmografia (diretor): 1964 – Lana, Rainha das Amazonas (Lana – Königin Der Amazonen) (Alemanha/Brasil) (codirigido por Geza Von Cziff ra). FARNEY, DICK Farnésio Dutra e Silva nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 14 de novembro de 1921. Seu pai, Eduardo Dutra e Silva, pianista clássico, pintor e escultor, é quem lhe ensina a dedilhar as primeiras notas ao piano. Em 1935, o menino de quatorze anos resolve trocar a música clássica pelo jazz e forma seu primeiro grupo, o Swing Maníacos, tendo seu irmão Cyleno na bateria, mais tarde um dos maiores galãs do Cinema Brasileiro, Cyll Farney. Nessa época resolve adotar o nome artístico de Dick Farney. Grava em acetato um sucesso de Bing Crosby, Deep Purple. Vai até a Rádio Mayrink Veiga e mostra a César Ladeira, que não acredita ser aquele um cantor brasileiro. A carreira deslancha em 1941, quando integra a orquestra de Carlos Machado, no Cassino da Urca, e de Ferreira Filho, com a qual faz sua primeira gravação como cantor. Em 1946, vem o primeiro sucesso, Copacabana, seguindo-se inúmeros outros. Em 1947 conhece o pianista americano Eddie Duchin, que gosta do seu estilo. Resultado: assina contrato e fi ca mais de ano nos Estados Unidos, trabalhando na NBC. Passa a fazer a ponte Brasil/EUA constantemente, trabalhando e fazendo shows. Estreia no cinema em 1950 no filme Somos Dois. Já no fi nal da década de 1950, é contratado pela TV Record de São Paulo. Nas inúmeras pontes aéreas conhece e se apaixona pela aeromoça Zean, sua terceira mulher, com quem vive 28 anos, em São Paulo, cidade que adota, após com ela se casar. Seu esti lo inconfundível e grande sensibilidade musical fazem de Dick um dos maiores cantores da MPB, sendo respeitado no Brasil e no Exterior. Morre em São Paulo, de edema pulmonar, em 4 de agosto de 1987, aos 66 anos de idade. Filmografia: 1950 – Somos Dois; Um Beijo Roubado (Noites de Copacabana); 1952 – Carnaval Atlântida; 1953 – Perdidos de Amor; 1954 – Malandros em Quarta Dimensão; 1959 – Aí Vem a Alegria. FARO, NEUSA MARIA Nasceu em Sorocaba, SP, em 18 de fevereiro de 1945. Aos dezenove anos abandona a ideia de ser pianista e resolve ser atriz. Muda-se para São Paulo para estudar pela EAD-USP. Inicialmente, dedica-se somente ao teatro. Em 1989 é descoberta pelos curtametragistas e atua em quatro películas entre 1989 e 1993, sendo sua estreia em 1989 em Quase Tudo. Em 1996 faz sua primeira novela, Irmã Catarina, pela rede CNT. Transfere-se para o SBT a por lá atua no Direito de Nascer (1997) e Chiquiti tas Brasil (1997). Em 1998 atua em Torre de Babel pela TV Globo. Novamente pelo SBT parti cipa de Amor e Ódio (2001) e A Pequena Travessa (2002). De volta à Globo em 2005, interpreta a Divina em Alma Gêmea (2005), depois a Teodora em O Profeta (2007) e a Mercedes em Caras & Bocas (2009). Em 2006 faz seu primeiro longa-metragem, Canta Maria, direção de Francisco Ramalho Jr. Em 2007, encena a peça Às Favas com os Escrúpulos, ao lado de Juca de Oliveira, Bibi Ferreira e Adriane Galisteu, sob a direção de Jô Soares. Filmografia: 1989 – Quase Tudo (CM); 1990 – A Idade da Razão (CM); A Inútil Morte de S.Lira (CM); 1993 – Helena (CM) (voz); 2006 – Cinco Mentiras (CM); Canta Maria; 2010 – Família Vende Tudo. FARRELL, LIA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de outubro de 1938. Estreia na televisão em 1972 na novela A Patota. Atua depois em Maria, Maria (1978), Gina (1978) e Dancin’ Days (1978). No cinema, seu primeiro fi lme é Uma Mulata para Todos. Dedica sua carreira mais ao cinema, quase sempre em pornochanchadas como O Sexomaníaco (1977) e As Borboletas Também Amam (1979). A partir de 1985, após atuar no filme Exercícios Eróti cos, não se tem notícia da continuidade de sua carreira. É mãe das atrizes Simone Carvalho e Suzane Carvalho. Filmografia: 1975 – Uma Mulata para Todos; 1976 – ... E as Pílulas Falharam; 1977 – O Sexomaníaco; 1979 – Sábado Alucinante; O Preço do Prazer (Onde Andam Nossos Filhos?); A Força dos Sentidos; A Dama da Zona (Hoje Tem Gafi eira); As Borboletas Também Amam; 1980 – O Gosto do Pecado; 1981 – Um Marciano na Minha Cama (Férias Amorosas); A Reencarnação do Sexo; Rapazes da Calçada; Mulheres... Mulheres; Anjos do Sexo; Punks, os Filhos da Noite; 1984 – Oh! Rebuceteio; 1985 – Exercícios Eróti cos. FÁTIMA, ADELE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 17 de fevereiro de 1954. Menina, ia ver a tia no Teatro Ginástico. Em 1971, com dezessete anos, recebe convite de Sargentelli para participar do elenco do Oba-Oba. Depois, paralelamente, trabalha como garota-propaganda, em comerciais da TV e modelo fotográfico para capas de LPs e revistas. Estreia no cinema em 1975 no filme Com as Calças na Mão. Com mais de uma dezena de fi lmes, destacam-se As Granfinas e o Camelô (1978) e Histórias que Nossas Babás não Contavam (1979). Na televisão, participa da linha de shows da TV Globo e das minisséries Agosto (1933) e Memorial de Maria Moura (1994). Casa-se com o engenheiro Marcelo Brandão Carneiro, com quem tem dois filhos, Bárbara e Diogo. Um pouco afastada do cinema, retorna em 1998 para atuar no filme O Viajante. Filmografia: 1975 – Com as Calças na Mão; 1976 – Massagistas Profissionais; O Flagrante; 1977 – As Granfinas e o Camelô; Os Amores da Pantera; 1978 – O Homem de Seis Milhões de Cruzeiros contra as Panteras; Manicures a Domicílio; 1979 – Histórias que Nossas Babás não Contavam; 1986 – Fulaninha; 1987 – No Rio Vale Tudo (Si Tu Vas a Rio... Tu meurs) (Brasil/França/Itália); 1988 – Natal da Portela (Brasil/França); 1998 – O Viajante. FÁVERO, CADU Carlos Eduardo Fávero Vasconcelos nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 3 de setembro de 1980. Autor, ator, iluminador e diretor teatral. Inicia sua carreira no teatro. Em 1996 faz sua primeira novela, Perdidos de Amor, como Xande. Funda, em 2003, com sua esposa, a atriz Luiza Thiré, a Companhia de Teatro Livre, na qual produz, dirige e atua em várias peças como Uma Vida Dupla, José, e Agora?, Eles Casaram e Tiveram Muito, O Mágico de Oz – The Dark Side, Cordélia Brasil, etc. Estreia no cinema em 2004 no filme Cazuza – O Tempo não Para, no papel de Roberto Frejat. Na TV Globo participa de algumas séries como Dicas de um Sedutor (2008), como Coelho, e A Grande Família (2008), como Felipe. Filmografia: 2004 – Cazuza – O Tempo não Para; 2005 – O Sonho de Gil (CM); 2007 – Sem Controle; 2008 – O Guerreiro Didi e a Ninja Lili; Domingo de Páscoa (CM); 2009 – Uma Família Muito Maluquinha; 2010 – Chico Xavier. FÁVERO, FLAMÍNIO Começa sua carreira no cinema, em 1968, no filme O Pequeno Mundo de Marcos. No ano seguinte estreia na televisão, como o Chiquinho de Nino, o Italianinho. A partir de então, faz regular carreira na década de 1970, ao parti cipar de A Fábrica (1971), Vitória Bonelli (1972), O Conde Zebra (1973), Meu Rico Português (1975), Os Apóstolos de Judas (1976), João Brasileiro, o Bom Baiano (1978) e Renúncia (1982), sua última novela. Em 1972 tem seu melhor momento no cinema, ao lado de Aracy Balabanian, como o jovem ingênuo do interior seduzido por uma mulher mais velha. A partir dos anos 1980 abandona a carreira artísti ca. Filmografia: 1968 – O Pequeno Mundo de Marcos; 1972 – A Primeira Viagem; 1976 – O Mártir da Independência; Senhora. FÁZIO, BÁRBARA Nasceu em São Paulo, SP, em 3 de fevereiro de 1929. Começa sua vida artística fazendo teatrinho na igreja. Cursa faculdade de Filosofia e participa de um grupo radioteatral montado por Walter George Durst, colega de faculdade e futuro marido. Estreia como profissional na peça José no Egito, apresentada no Teatro da Juventude. Parti cipa da TV de Vanguarda, com Tônia Carrero e Adolfo Celli, em 1953, sua estreia na televisão. Em 1954 faz seu primeiro filme, Floradas na Serra, última produção da lendária Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Com mais de uma dezena de fi lmes, destacam-se O Sobrado (1956) e O Vigilante (1992). Na televisão, faz brilhante carreira, entre outros, ao atuar em O Feijão e o Sonho (1969), Coração Alado (1980), Terras do Sem Fim (1981), A Filha do Silêncio (1982), Anarquistas, Graças a Deus (1984), Meus Filhos, Minha Vida (1984), Memórias de um Gigolô (1986), Brega & Chique (1987), Despedida de Solteiro (1992), Tocaia Grande (1995) e Os Ossos do Barão (1997). Com Durst, teve dois filhos, Ella e Marcelo, ambos profissionais de cinema. Está afastada da vida artísti ca. Filmografia: 1954 – Floradas na Serra; 1955 – Três Destinos (inacabado); 1956 – O Sobrado; 1957 – Senhora (inacabado); 1959 – Fronteiras do Inferno (Lonesome Women) (Brasil/EUA); 1969 – Adultério a Brasileira (episódio: A Assinatura); 1970 – As Gatinhas; 1971 – Um Anjo Mau; A Herança; 1977 – As Três Mortes de Solano; 1978 – Meus Homens, meus Amores; Damas do Prazer; 1983 – Doce Delírio; 1992 – O Vigilante. FELDENS, JULIA Nasceu em Lajeado, RS, em 5 de maio de 1978. Tranca matrícula no primeiro ano da faculdade de Psicologia que faz em Santa Cruz do Sul para integrar uma oficina com o diretor Gerald Thomas. Estreia na peça Os Reis do Iê-Iê-Iê, em Curitiba. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1997, mas é de São Paulo que vem o convite para interpretar Ofélia na peça Hamlet, dirigida por Ulisses Cruz em São Paulo. Resolve então estudar teatro com Antunes Filho e passa a frequentar a oficina de atores da TV Globo. Em 1999 faz sua primeira novela, Força de um Desejo, como Juliana. Depois faz Laços de Família (2000), como Ciça, seu melhor momento; Coração de Estudante (2002), como Raphaela; e a minissérie Um só Coração (2004), como Maria Laura Souza Borba. Estreia no cinema em 1998 no curta Ofusca. Seu primeiro longa é Cristina Quer Casar, de 2003. Filmografia: 1998 – Kirye ou o Início do Caos (CM); 2002 – Ofusca (CM); 2003 – Cristina Quer Casar; 2009 – Em teu Nome. FELIPE, EDUARDO Nasceu em Conselheiro Lafaiete, MG, em 1974. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1985, aos onze anos de idade, com outros sete irmãos, após ficarem órfãos de pai e mãe. Sem o apoio dos pais, quase torna-se um delinquente, mas sua força de vontade é maior e ingressa para o grupo de Isa Prates, indo logo em seguida para o Tablado. Sua estreia oficial acontece na peça infantil Os 12 Trabalhos de Hércules. Estreia na televisão em 1990 na minissérie Riacho Doce. Depois parti cipa de A Viagem (1994) e A Próxima Vítima (1995). Estreia no cinema em 1993 no filme Era uma Vez... Não se tem notícia da continuidade de sua carreira. Filmografia: 1993 – Era uma Vez...;1995 – As Meninas. FELIPPO, SAMARA Samara Felippo Santana nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 6 de outubro de 1978. Estreia na televisão em 1997 na novela Anjo Mau, mas destaca-se mesmo em Malhação, no período 1999/2001. Participa de outras novelas como O Clone (2001), Chocolate com Pimenta (2003), Da Cor do Pecado (2004) e América (2005), em sensual papel como uma das três Marias Breteiras, garotas que perseguem os peões boiadeiros. Em 2006 participa da minissérie JK, como uma das filhas de Juscelino Kubitschek, e das novelas O Profeta (2007), como Wandinha, e Sete Pecados (2008), como Simone. Estreia no cinema em 2003 no filme Concerto Campestre. Com beleza e talento, vai se firmando como grande revelação. Filmografi a: 2003: Concerto Campestre. FÉLIX, LURDINHA Nasceu em São Paulo, SP, em 8 de janeiro de 1948. Atriz precoce, aos onze anos de idade estreia no cinema em 1959 no filme O Preço da Vitória e em seguida na série Vigilante Rodoviário, no episódio Terras de Ninguém. Com o sucesso da série, não tarda a surgir convites da televisão, estreando na novela A Moça que Veio de Longe (1964). A partir daí, constitui sólida carreira em Ilsa (1964), Ainda Resta uma Esperança (1965), A Deusa Vencida (1965), Anjo Marcado (1966), Redenção (1966), Os Tigres (1968), Legião dos Esquecidos (1968), A Pequena Órfã (1968) e Meu Pedacinho de Chão (1971). Mas a partir dos anos 1970 abandona a carreira artísti ca. Filmografia: 1959 – O Preço da Vitória; 1961/1962 – Terras de Ninguém (episódio da série Vigilante Rodoviário); 1967 – O Vigilante em Missão Secreta (episódio: Terras de Ninguém). FERCONDINI, MAX Max Kabuklow Fercondini nasceu em São Vicente, SP, em 1º de setembro de 1985. Aos onze anos sua mãe o matricula numa escola de teatro. Com 14 anos, vai morar sozinho no Rio de Janeiro. Em 2000 faz sua primeira novela, Esplendor, pela TV Globo. Seguem Laços de Família (2000), Malhação (2001/2002), Agora é que São Elas (2003), Um só Coração (2004), Começar de Novo (2004), Páginas da Vida (2006), onde interpreta o bom moço Sérgio, fi lho de Sandra, a vilã interpretada por Lilia Cabral, Sete Pecados (2008), como Aquiles, e Ciranda de Pedra (2008), no papel de Conrado. Estreia no cinema em 2006 em O maior Amor do Mundo, de Carlos Diegues. Seu irmão, Jean Fercondini também é ator. Filmografia: 2006 – O maior Amor do Mundo; 2008 – CD Player (CM); 2009 – Uma Professora Muito Maluquinha. FERNANDES, AMILTON Nasceu em Pelotas, RS, em 27 de abril de 1929. Começa sua carreira ainda em sua cidade natal, depois Porto Alegre, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Começa como locutor de rádio e apresentador de programas de TV, onde revela-se ator em 1956, na TV Itacolomi, de Belo Horizonte. Em São Paulo, ganha o prêmio de ator revelação de 1958 por seu desempenho no Grande Teatro da TV Tupi, seguindo-se TV de Vanguarda e TV de Comédia. Estreia no cinema em 1955 num pequeno papel no filme Agosto 13, Sexta-Feira. Sua primeira novela é Suspeita, de 1958. Em 1965 tem seu grande momento, ao interpretar Albertinho Limonta na novela O Direito de Nascer, pela TV Tupi. A partir daí, alterna sua carreira entre teatro, cinema e televisão, sempre com sucesso, tornando-se um dos galãs mais queridos do público brasileiro na década de 1960. Em 1968, parti cipa do filme Edu, Coração de Ouro, seu último filme, em desempenho de alto nível, muito elogiado pela crítica. Morre prematuramente, de acidente automobilístico, em 7 de abril de 1968, aos 38 anos de idade, no Rio de Janeiro, após lutar pela vida durante 77 dias no hospital, sem conseguir concluir sua últi ma novela, Sangue e Areia. Filmografia: 1955 – Agosto 13, Sexta-Feira; 1959 – Encontrado na Noite; 1962 – O Vendedor de Linguiças; 1965 – Quatro Brasileiros em Paris; 1966 – As Cariocas; 1968 – Juventude e Ternura; Adorável Trapalhão; 1968 – Edu, Coração de Ouro. FERNANDES, ARY Nasceu em São Paulo, SP, em 31 de março de 1931. Começa sua carreira no rádio, como locutor e radioator. Sempre interessado pela parte técnica do cinema, começa a trabalhar nos estúdios da Maristela. Em 1952, Alberto Cavalcanti lhe dá a primeira grande oportunidade, como assistente de direção nos filmes O Canto do Mar e Mulher de Verdade. Depois disso, assume cargos importantes nas produções da companhia. Em 1958, com Alfredo Palácios, cria a série O Vigilante Rodoviário, um dos maiores êxitos da televisão brasileira de todos os tempos. Em 1967 cria outra série, Águias de Fogo, sem o mesmo sucesso. Passa então a se destacar como produtor/diretor, em fi lmes como Uma Pistola para Djeca (1969), O Supermanso (1974), Orgia das Libertinas (1980), etc. Como ator, participa de muitos filmes, com destaque para Quem Matou Anabela? (1956), O Supermanso (1975) e Tortura Cruel (1980). Por conta de um AVC – Acidente Vascular Cerebral, afasta-se do cinema a partir de 2001. Casado com Ignez Peixoto Fernandes desde 18 de janeiro de 1958, tem dois filhos, Fernando e Vânia. Em 2006, sua vida foi contada no livro Ary Fernandes, sua Fascinante História, de Antonio Leão da Silva Neto, pela Coleção Aplauso, Morre em 29 de agosto de 2010, em São Paulo, aos 79 anos de idade, vitima de parada cardíaca. Filmografia (ator): 1956 – Quem Matou Anabela?; 1958 – Vou Te Contá; 1969 – Águias em Patrulha (episódios da série Águias de Fogo); 1970 – Sentinelas do Espaço (episódios da série Águias de Fogo); 1974 – O Leito da Mulher Amada; Sedução (Qualquer Coisa a Respeito do Amor); 1975 – O Supermanso; 1976 – Quando Elas Querem... e Eles Não; 1980 – Tortura Cruel (Fêmeas Violentadas). Filmografia (diretor): 1957 – Um Peão para Todo Serviço (CM); 1961/1962 – Vigilante Rodoviário (série com 38 episódios); 1962 – O Vigilante e os Cinco Valentes; O Vigilante Contra o Crime; 1965 – O Mistério do Taurus 38; 1967 – O Vigilante em Missão Secreta; 1966/1967 – Águias de Fogo (série com 26 episódios); 1969 – Águias em Patrulha (episódios da série Águias de Fogo); 1969 – O Agente da Lei; 1969 – Uma Pistola para Djeca; Sentinelas do Espaço (episódios da série Águias de Fogo); 1970 – Marcado para o Perigo; Mágoas de Caboclo; 1971 – Até o Últi mo Mercenário; 1972 – Pânico no Império do Crime; Jeca e o Bode; 1974 – Supermanso; Il Domestico (segmento brasileiro) (Itália); 1975 – Quando Elas Querem... e Eles Não; 1976 – Guerra é Guerra (episódio: Núpcias com Futebol); 1977 – As Trapalhadas de Dom Quixote & Sancho Pança; 1978 – O Vigilante Rodoviário (nova versão); 1979 – Sexo Selvagem; Essas Deliciosas Mulheres; 1980 – Orgia das Libertinas; 1981 – Cassino dos Bacanais; 1982 – As Vigaristas do Sexo; A Fábrica de Camisinhas; 1983 – Taras Eróti cas; Elas só Transam (Elas só Transam no Disco). FERNANDES, CHRISTINE Christine Fernandes Alves nasceu em Chicago, Illinois, EUA, em 1º de março de 1973. Aos quatro anos de idade muda-se para o Brasil. O pai é designer industrial. Exerce por sete anos a carreira de modelo profissional. Joga voleibol por quatro anos, dos 13 aos 17 anos. Como modelo, mora no Japão por dois anos. Cursa teatro no Tablado de Maria Clara Machado. Em 1994 estreia na televisão na novela Quatro por Quatro, pela TV Globo. Em 1999 estreia no cinema no filme O Trapalhão e a Luz Azul, ao lado de Renato Aragão. Depois de vários sucessos na TV Globo, é contratada pela TV Record para fazer sua primeira protagonista em Essas Mulheres, no papel de Aurélia Camargo. Retorna à Globo no ano seguinte para parti cipar de Páginas da Vida, como a bela Simone, e A Favorita (2008), como Rita. Foi casada com o ator Marcelo Cerrado entre 1994/2000. Desde 2001 está casada com o também ator Floriano Peixoto, com quem tem um fi lho, Pedro, nascido em julho de 2003. Filmografia: 1999 – O Trapalhão e a Luz Azul; 2000 – Amores Possíveis; 2001 – Duas Vezes com Helena; Xangô de Baker Street; 2002 – Lara; 2003 – Rua Seis, sem Número; 2005 – Mais uma Vez o Amor. FERNANDES, DINORAH Nasceu em 1956. Começa sua carreira fazendo teatro infanti l, em peças como Chapeuzinho Vermelho. Em 1976 procura José Mojica Marins, pedindo-lhe uma oportunidade no cinema. Faz o teste e é contratada para atuar no filme As Mulheres do Sexo Violento, mas sua carreira cinematográfica acaba não acontecendo. Filmografia: 1976 – As Mulheres do Sexo Violento; 1977 – Terra Quente. FERNANDES, ELISA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1950. Inicia sua carreira no cinema, no filme Meu Pé de Laranja Lima, em 1970, como a irmã de Zezé. Depois de alguns filmes, estreia na televisão, em Senhora (1975), depois Vejo a Lua no Céu (1976), Escrava Isaura (1976) e Maria, Maria (1978). Transfere-se para a TV Manchete atuar em Dona Beija (1986) e Carmem (1987). No cinema, tem boas atuações em O Descarte (1973) e O Namorador (1978). Morre em 2 de janeiro de 1993, aos 42 anos de idade, de câncer, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1970 – Meu Pé de Laranja Lima; Em Família; 1972 – Ali Babá e os Quarenta Ladrões; 1973 – O Descarte; 1975 – Quem Tem Medo de Lobisomem?; 1976 – As Grã-Finas e o Camelô; 1978 – O Namorador. FERNANDES, GRACINHA Maria da Graça Fernandes nasceu em Campinas, SP, em 21 de novembro de 1936. Paralelamente aos estudos normais, candidata-se ao título de Miss Campinas, sem maiores pretensões, mas acaba vencendo o concurso, ficando muito conhecida na cidade. Em 1955, Antoninho Horssi, com o irmão, o galã Maurício Morey, está na cidade preparando a produção do filme A Lei do Sertão e resolvem convidá-la para fazer parte do cast. É seu primeiro e único filme, abandonando em seguida a carreira cinematográfica, por moti vos desconhecidos. Filmografia: 1957 – A Lei do Sertão. FERNANDES, HELENA Helena Maria Ferreira Fernandes nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de outubro de 1968. Em 1995 tem sua primeira oportunidade na televisão, no programa Você Decide. Sua primeira novela é Quem é Você? (1996), no papel de Nádia, direção de Herval Rossano. Em 1999 transfere-se para a TV Record para participar de Roda da Vida, mas logo retorna à Globo e entra na minissérie O Quinto dos Infernos, a qual não pôde terminar, devido a sua gravidez. Retorna em 2003 e vai para o SBT atuar em Canavial de Paixões. Novamente na Globo participa da novela Beleza Pura, como a jornalista Márcia, em 2008 e, em 2009 entra para o seriado Malhação. Estreia no cinema em 2006 como a Débora de Se eu Fosse Você e em 2009 como a Shirlene de Divã. Está casada com o diretor José Alvarenga Jr., com quem dois fi lhos, Antonio (2003) e Lucas (2004). Filmografia: 2006 – Se eu Fosse Você; 2009 – Divã. FERNANDES, NADIR Nasceu em São Paulo, SP, em 27 de fevereiro de 1937. Com quinze anos é coroada Miss Palmeiras, aos dezesseis chega às finais do concurso Miss IV Centenário e, aos dezoito, ganha o titulo de Miss Cinelândia Paulista. Estreia no cinema em 1954, numa pequena ponta no filme Da Terra Nasce o Ódio. Seu primeiro papel importante é em 1966 no filme O Anjo Assassino, pelo qual ganha o prêmio de melhor coadjuvante no Festival de Cabo Frio, RJ. Entre outros, participa ainda de São Paulo S/A (1965) e Vítimas do Prazer (Snuff) (1977). Na televisão, atua nas novelas O Grande Segredo (1967), As Pupilas do Senhor Reitor (1970), A Fábrica (1971), Rosa dos Ventos (1973) e Pecado Capital (1976). Casada com Francis Lucas Neto, produtor e distribuidor cinematográfi co, está afastada da vida artísti ca. Filmografia: 1954 – Da Terra Nasce o Ódio; 1956 – Colégio de Brotos; 1957 – Escravos do Amor das Amazonas (Love Slaves of The Amazon) (EUA); 1965 – São Paulo S/A; 1966 – The Gentle Rain (Brasil/EUA); O Anjo Assassino; Três Histórias de Amor (episódio: Madrugada (Amor na Praia)); 1970 – Balada dos Infiéis; Dois Mil Anos de Confusão; 1971 – Cordélia Cordélia; O Enterro da Cafetina; 1973 – Os Garotos Virgens de Ipanema (Purinhas do Guarujá); Trindad... é meu Nome; A Virgem; 1974 – O Leito da Mulher Amada; A Virgem e o Machão; 1975 – Adultério (As Regras do Jogo); O Incrível Seguro da Castidade; O Sexualista; 1976 – Sabendo Usar não Vai Faltar; E... as Pílulas Falharam; As Desquitadas em Lua de Mel; Kung Fu contra as Bonecas; O Quarto da Viúva; 1977 – Ódio; Quanto mais por Dentro (do assunto) Melhor; Vítimas do Prazer (Snuff ); 1978 – Os Melhores Momentos da Pornochanchada. FERNANDES, THELMO Cursa a Escola de Teatro Martins Pena, no Rio de Janeiro. A partir de 1987 passa a participar de teatro amador, sendo sua primeira peça Ah se eu Fosse Rei, direção de Elbe de Almeida. Estreia profissionalmente em 1991. Hoje soma em seu currículo dezenas de peças, com destaque para Concerto para Virgulino sem Orquestra (1995), Auto da Compadecida (1998/1999), O Beijo no Asfalto (2001/2002), Ópera do Malandro (2003/2006), etc. Em 2007 estreia o musical Gota d’Água, com direção de João Fonseca, que lhe vale indicação ao Prêmio Shell de Teatro e ao 2º Prêmio Contigo de Teatro. Em 1995 tem sua primeira experiência na televisão, ao participar de um episódio do programa Você Decide, pela TV Globo. Estreia no cinema em 1998 no filme Fica Comigo, direção de Tizuka Yamasaki. Sua primeira novela é Pé na Jaca (2006), na qual interpreta Betão. Depois fez Paraíso Tropical (2007), Duas Caras (2008), Negócio da China (2009), etc., além das séries, programas e minisséries como A Diarista (2006), Sob Nova Direção (2007), Faça sua História (2008), Casos e Acasos (2008), A Grande Família, etc. No cinema destaca-se em curtas e longas como Lost Zweig (2002), Bendito Fruto (2005), Tropa de Elite (2007), Chico Xavier (2010), entre outros. Em 2008 vive Vinicius de Moraes no espetáculo Tom & Vinicius – O Musical e em 2010 atua em Macbeth, ao lado de Daniel Dantas e Renata Sorrah, sob a direção de Aderbal Freire-Filho. Filmografia: 1998 – Fica Comigo; 2002 – Lara; Lost Zweig; Fui!!! (CM); Carro Forte (CM); 2003 – Maria, Mãe do Filho de Deus; O Vestido; 2004 – Olga; Capital Circulante (CM); João que não Amava Tereza (CM); Bendito Fruto; 2005 – Amor (CM); 2007 – Conceição – Autor Bom é Autor Morto; 2007 – Tropa de Elite; 2008 – Feliz Natal; Bandeira (CM); 2009 – Mulher Invisível; Muita Calma Nessa Hora; 2010 – O Calendário (CM); Desconstrução (CM); Chico Xavier; Beat the World (Canadá); Malu de Bicicleta. FERNANDES, WANDA Nasceu em Brumadinho, MG, em 16 de março de 1954. Cursa Psicologia na PUC. A família católica tradicional não aceitava sua opção pela carreira de atriz. Mesmo contrariando a família, entra para uma oficina com Priscila Freire no teatro Marília e estreia em Dona Beija. Pressionada pela família, sai de casa e vai morar com outros atores. Entra para o grupo Galpão e parti cipa da peça De Olhos Fechados. Estreia no cinema em 1984 no filme Dois Homens para Matar. Casa-se com o ator Eduardo Rodrigues, com quem teve um fi lho, João. Segundo a direção do grupo Galpão: Wanda encarnou o símbolo da luta e da paixão pelo teatro. Organizou e dirigiu associações e sindicatos e – mais do que atriz – ela se tornou uma das figuras mais expressivas na defesa da dignidade dos atores e do teatro em Belo Horizonte. Sua vida contagiante, sua ternura incansável e sua insistência em aperfeiçoar-se sempre fi zeram dela o maior cimento da união do grupo, mesmo depois de seu falecimento. Morre em 24 de abril de 1994, em Belo Horizonte, MG, aos 40 anos de idade. Filmografia: 1984 – Dois Homens para Matar; 1985 – Ela e os Homens. FERNANDO JOSÉ Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27 de dezembro de 1924. Desde criança quer ser locutor, já nessa época imitando César Ladeira. Os pais querem que seja engenheiro e, para agradar à família, chega a cursar o primeiro ano, mas desiste para parti cipar de programas de calouros. Entra para a Rádio Mauá e escreve os programas Cartão de Visitas e Fazer é que São Elas. Em 1948 entra como locutor na Rádio Guanabara e em 1950 transferese para a TV Tupi, para apresentar programas como Momentos Tupi, entre outros. Estreia no cinema em 1969 no filme Tempo de Violência. Trabalha ativamente no cinema, numa das mais longas carreiras, em fi lmes como O Comprador de Fazendas (1974), Os Vagabundos Trapalhões (1981) e O Lado Certo da Vida Errada (1996). Na televisão, também tem produtiva carreira, desde sua estreia, em 1968 tanto na novela Sangue e Areia como em Irmãos Coragem (1970), Os Ossos do Barão (1973), O Casarão (1976), Chega Mais (1980), Guerra dos Sexos (1983), Sinhá Moça (1986), Riacho Doce (1990) e a minissérie Engraçadinha, seus Amores e seus Pecados (1995). Em 2005 participa de um episódio do programa Linha Direta. Filmografia: 1969 – Tempo de Violência; 1970 – Memórias de um Gigolô; O Vale do Canaã; Dois Perdidos numa Noite Suja; Pais Quadrados, Filhos Avançados; 1971 – O Enterro da Cafetina; Em Família; Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva; 1972 – Edy Sexy, o Agente Positivo; Ali Babá e os Quarenta Ladrões; Simeão, o Boêmio; 1973 – O Libertino; A Judoka; Salve-se quem Puder (Rally da Juventude); 1974 – Karla, Sedenta de Amor; Os Condenados; Divórcio à Brasileira; Oh! Que Delícia de Patrão; 1975 – Ana, a Libertina; Ladrão de Bagdá, O Magnífico; O Casal; Com as Calças na Mão; O Comprador de Fazendas; O Filho do Chefão; Quando as Mulheres Querem Provas; 1976 – O Flagrante; Perdida; As Massagistas Profissionais; Tem Folga na Direção; 1977 – Manicures a Domicílio; Os Sensuais; Ódio; As Granfinas e o Camelô; O Pequeno Polegar contra o Dragão Vermelho; 1978 – As Mil e uma Posições do Amor; O Amante de Minha Mulher; As Taradas Atacam; Elke Maravilha contra o Homem Atômico; 1979 – O Golpe mais Louco do Mundo (Professor Kranz Tedesco Di Germania (Itália/Brasil); Eu Matei Lúcio Flávio; O Caso Cláudia; Vamos Cantar Disco Baby; O Golpe mais Louco do Mundo; 1980 – Um Menino, uma Mulher; 1981 – Os Vagabundos Trapalhões; Rapazes da Calçada; O Sequestro; 1982 – Escalada da Violência; Os Paspalhões em Pinóquio 2000; O Sonho não Acabou; 1983 – Estranhas Relações; 1984 – Os Trapalhões e o Mágico de Oroz; A Filha dos Trapalhões; 1996 – O Lado Certo da Vida Errada; 1999 – Mauá – o Imperador e o Rei; 2002 – Edifí cio Master (depoimento). FERRARI, JANDIR Jandir Carvalho Leite nasceu em Presidente Prudente, SP, em 27 de julho de 1965. Ex-campeão de natação, em 1984 troca as piscinas pela carreira artística. Trabalha nas novelas Mandala (1987), Rainha da Sucata (1990), O Dono do Mundo (1991), Salomé (1991), Deus nos Acuda (1992), Éramos Seis (1994), Sangue do meu Sangue (1995), Dona Anja (1996), Mandacaru (1997), A Casa das Sete Mulheres (2003), A Lua me Disse (2005), O Profeta (2007), Amigas e Rivais (2007) e Negócio da China (2009). Estreia no cinema em 1991 no curta Gostosa. Seu primeiro longa é Alma Corsária (1994), direção de Carlos Reichenbach. Casa-se em 1991 com a atriz Sônia Papo e, com ela, monta escola de iniciação teatral em São Paulo, com a intenção de abrir caminho para novos atores. Do seu primeiro casamento, com a atriz Constância Lavíola, tem uma filha, Laura (1988). Filmografia: 1991 – Gostosa (CM); 1992 – Os Reinados (CM); 1994 – Alma Corsária; O Efeito Ilha; 1998 – Orgasmo Total (CM); 2001 – Bufo & Spallanzani; Nelson Gonçalves – o Filme; 2002 – Zico; 2004 – Quase Dois Irmãos; 2007 – La Traviata (CM). FERRAZ, BUZA Alberto Paulo Ferraz nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1º de maio de 1950. Estreia na televisão em 1972 como Júnior, na novela Selva de Pedra. Participa de inúmeras outras, consolidando sua carreira. Destacam-se O Rebu (1974), Brilhante (1981), De Quina pra Lua (1985), Pedra sobre Pedra (1992), História de Amor (1995), Você Decide (1995), Labirinto (1998), Brava Gente Brasileira (2000) e Páginas da Vida (2007). Estreia no cinema em 1985 no filme Patriamada. Em 1994, com Luiz Carlos Lacerda, começa a produzir o filme For All, o Trampolim da Vitória, lançado em 1997 e vitorioso no Festi val de Gramado no mesmo ano. Foi sócio-fundador e diretor do centro cultural Espaço Telezoom, cuja proposta é oferecer ao público uma programação diversifi cada e de qualidade. Morre em 03 de Abril de 2010, aos 59 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia (ator): 1985 – Patriamada; 1987 – O País dos Tenentes; 1995 – Seu Garçom Faça o Favor de me Trazer Depressa (CM); 1997 – For All, o Trampolim da Vitória; 1998 – Vox Populi (CM); 2000 – Brava Gente Brasileira; 2002 – Mundo Cão (CM); 2003 – Viva Sapato!; 2006 – Vestido de Noiva; 2008 – Elvis & Madona. Filmografia (diretor): 1997 – For All, o Trampolim da Vitória (codireção de Luiz Carlos Lacerda). FERRAZ, CAROLINA Maria Carolina Álvarez Ferraz nasceu em Goiânia, GO, em 25 de janeiro de 1968. Dos cinco aos quinze anos, é competente aluna de balé clássico, na Escola de Música, em sua cidade. Aos 14 anos sofre uma tragédia familiar: seu pai, o advogado Ladislau Ferraz, foi assassinado em Goiânia. Já em Belo Horizonte, ingressa no famoso Grupo Corpo. No ano seguinte muda-se para São Paulo e abandona o balé para trabalhar como modelo publicitária, partindo em seguida para a TV Manchete, onde apresenta o programa Shock, Programa de Domingo e estreia sua primeira novela como atriz, (1990). Contratada pela TV Globo, inicialmente apresenta o programa Fantástico e depois atua em várias novelas como O Mapa da Mina (1993), Tropicaliente (1994), História de Amor (1995), Por Amor (1998), Estrela Guia (2001), a minissérie Quinto dos Infernos (2002), Kubanacan (2003), Começar de Novo (2005), Belíssima (2006), como Rebecca Cavalcanti , e Beleza Pura (2008), como Norma. Estreia no cinema em 1994 no filme Alma Corsária e depois teve papel de destaque em Amores Possíveis (2001). Em 2003 sofre acidente automobilístico que quase a deixa paraplégica. Isso a fez refleti r sobre seu modo de vida. Em 2006 volta ao teatro para a peça O Rim. Foi casada com o músico Kiko Zambianchi, entre 1985/1987 e com o publicitário Mário Cohen, entre 1987/1997, com quem tem uma filha chamada Valentina (1995). Entre 1997 e 2000 viveu com o ator Murilo Benício. Filmografia: 1994 – Alma Corsária; 2000 – Mater Dei; 2001 – Amores Possíveis; 2006 – O Passageiro – Segredos de Adulto. FERRAZ, GERALDO Nasceu em 1905. Em 1928 participa do Movimento Antropofágico. Em 1945 funda, com Mário Pedrosa, a Vanguarda Socialista, semente do futuro PSB. É autor dos livros A Famosa Revista (1945), Doramundo (1956), Wega Liberta em Arte (1975) e Km 63 (1979). Atua como críti co de arte no jornal O Estado de S.Paulo, Tribuna de Santos e revista Isto é. No cinema, participa de um único filme, O Pão que o Diabo Amassou, produzido em 1957. Foi casado com Patrícia Galvão, mas, nos últimos dezesseis anos, vivia com a pintora Wega, no Guarujá. Morre em 15 de setembro de 1979, aos 74 anos de idade. Filmografia: 1957 – O Pão que o Diabo Amassou; 1958 – O Grande Momento. FERRAZ, VIOLETA Violeta Vidigal nasceu em 1903. Começa sua carreira no teatro musical. Estreia no cinema em 1938 no filme Está Tudo Aí! e inicia sólida carreira, em fi lmes importantes como Pinguinho de Gente (1947), É Fogo na Roupa (1952), como a impagável mandona Madame Pau Pereira – em seu melhor momento no cinema –, e Quero Essa Mulher Assim Mesmo (1962). Com grande talento, principalmente para comédias, Violeta divertia o público e suas atuações vinham sempre marcadas por caretas escrachadas. Destaca-se durante muitos anos, mesmo tendo reduzido a intensidade de suas apresentações, nas décadas de 1960/1970. É mãe de Raul Tabajara (1918-1978), importante radialista brasileiro, primeiro a transmitir futebol pela televisão. Entre as personagens que interpretou, pelo menos uma é clássica: a masculinizada Madame Pau Pereira em É Fogo na Roupa, de Watson Macedo. Morre em 4 de novembro de 1982, aos 79 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1938 – Está Tudo Aí!; 1939/1944 – Romance Proibido; 1946 – Caídos do Céu; No Trampolim da Vida; 1947 – Asas do Brasil; Pinguinho de Gente; 1950 – Aguenta Firme, Isidoro; 1952 – É Fogo na Roupa; 1954 – O Petróleo é Nosso; 1955 – Carnaval em Marte; O Golpe; O Grande Pintor; 1956 – O Feijão é Nosso; 1957 – Quem Sabe... Sabe!; Rico Ri à Toa; 1958 – O Batedor de Carteiras; Minha Sogra é da Polícia; No Mundo da Lua; Pega Ladrão!; 1959 – Comendo de Colher; 1960 – Briga, Mulher & Samba; 1962 – Quero essa Mulher Assim Mesmo; 1971 – Cômicos e mais Cômicos. FERREIRA, BIBI Abigail Izquierdo Ferreira nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de junho de 1922. É filha do ator e diretor Procópio Ferreira e da bailarina Aída Izquierdo e, portanto, tem no sangue todo o talento dos pais, demonstrando isso desde pequena, já que estreia no palco com 20 dias de vida. Sua madrinha, a atriz e cantora Abigail Maia, entraria em cena com uma boneca no colo. Na falta de uma, utilizou-se Bibi. Quando Bibi tinha um ano, seus pais se separam e ela muda-se com a mãe para a Argenti na, que ingressa na Companhia Velasco. Sete anos depois volta ao Brasil e vai morar com o pai no Rio de Janeiro. Matricula-se na Escola de Baile do Teatro Municipal, então dirigida pela lendária Maria Ollenewa. Cantando e tocando violão, ingressa na Rádio Mayrink Veiga, a convite de César Ladeira. Estreia no cinema em 1936, no filme Cidade Mulher, dirigido por Humberto Mauro, aos 12 anos de idade, cantando a música Na Bahia, de Noel Rosa. Em 1941 estreia no teatro, ao lado do pai, na peça La Locandiera. A consagração vem com as peças Rebeca, de Daphne Du Maurier, e Conchita, de Pierre Louys. No início dos anos 1960 vai para a televisão comandar os programas Brasil 60 e Bibi Sempre aos Domingos, ambos pela TV Excelsior. Depois, parti cipa do programa Teleteatro Tupi. Em 1972 é a primeira apresentadora da cerimônia do Oscar no Brasil. Em suas raríssimas aparições na televisão, participa, em 1978 da novela O Homem que Mora no Céu e, em 1984, participa da minissérie Marquesa de Santos, como Dona Carlota Joaquina. Fora isso, dedica a carreira integralmente ao teatro, de peça em peça, desfilando seu talento, sendo reconhecida internacionalmente, quer como atriz, cantora ou diretora. É um monumento das artes do Brasil, estando em plena atividade até hoje. Bibi quase não fala de sua vida pessoal. Supõe-se que foi casada por vezes, com Paulo Fortes, Herval Rossano, Edson França e um affair, mas pai de sua única filha, dois netos, dois bisnetos. Filmografia: 1936 – Cidade Mulher; 1945 – Moreninha (inacabado); 1947 – O Fim do Rio (End of the River) (EUA); 1949 – Almas Adversas; 2006 – A Mochila do Mascate (depoimento); 2008 – Paulo Gracindo, o Bem-Amado (depoimento); 2009 – Flávio Rangel – O Teatro na Palma da Mão (depoimento). FERREIRA, CAÍQUE Carlos Henrique Ferreira da Costa nasceu em São Paulo, SP, em 1955. Estuda teatro na Espanha por dois anos. Ator, cantor e bailarino, estreia na televisão em 1980 na novela Brilhante. Seguem-se Paraíso (1982), Amor com Amor se Paga (1984), Corpo a Corpo (1985), Sexo dos Anjos (1989) e a minissérie O Guarani. Estreia no cinema em 1983 no filme As Aventuras de um Paraíba e fica nacionalmente conhecido como o retirante Zé Branco. No teatro, entre outras, parti cipa de Poleiro dos Anjos, Giovanni, seu melhor desempenho, como homossexual, ao lado de Hugo Della Santa, seu companheiro na época, Isadora e Oswald, Grande e Pequeno, Apenas Bons Amigos. Com o musical Lights to Light, é premiado em Dusseldorf, na Alemanha, em 1991. Deixa escrito o romance Vinho da Noite, baseado em sua própria experiência. Morre precocemente em 12 de janeiro de 1994, aos 39 anos de idade, vítima de insuficiência respiratória, em São Paulo. Filmografia: 1983 – As Aventuras de um Paraíba; 1984 – A Flor do Desejo. FERREIRA, HAMILTON Começa sua carreira no rádio, depois cinema e TV. Seu primeiro fi lme é Sherlock de Araque. Na televisão, atua em uma novela, pela TV Tupi, em 1961, Adeus às Armas, ao lado de Paulo Goulart e Glauce Rocha. Em seguida brilha em humorísti cos como Times Square, pela TV Excelsior, e Coral dos Bigodudos, pela TV Globo. Participa de oito filmes, sendo seu melhor desempenho em O Homem do Sputnik (1959), como o líder russo careca. Morre muito jovem em 4 de fevereiro de 1967, de derrame cerebral, em São Paulo. Filmografia: 1957 – Sherlock de Araque; 1958 – Hoje o Galo Sou Eu; 1959 – O Homem do Sputnik; Entrei de Gaiato; 1960 – O Palhaço o que É?; 1962 – Assassinato em Copacabana; 1963 – Quero essa Mulher Assim Mesmo; 1964 – Crônica da Cidade Amada (episódio: Aparição). FERREIRA, JAIRO Jairo Ferreira Pinto nasceu em São Paulo, SP, em 1945. Iniciase no cinema na década de 1960, ao frequentar Cineclubes e a Cinemateca Brasileira, tornando-se depois crítico nos jornais Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e da revista Filme Cultura, entre muitos outros veículos do gênero. Jairo coordenou o Cineclube Dom Vital, de 1964 a 1966, e crítico de cinema do jornal São Paulo Shimbun, da colônia japonesa, entre 1966 e 1972. Nos anos 1970 edita a revista Metacinema. Estreia como ator em 1970 no filme O Pornógrafo. Parti cipa de outros como A Mulher que Inventou o Amor (1977) e Filme Demência (1987), além de vários curtas. Estreia na direção em 1977 no filme O Vampiro da Cinemateca, totalmente rodado em Super-8, mas desempenha cargos técnicos em filmes importantes como O Quarto, de Rubem Biáfora (assistente de direção); Orgia ou o Homem que Deu Cria, de João Silvério Trevisan (assistente de direção); foi corroteirista dos filmes O Pornógrafo, de João Callegaro; Corrida em Busca do Amor, de Carlos Reichenbach; Sonhos da Vida e de Sangue Corsário, ambos curtas de Carlos Reichenbach. Ganhou o Prêmio Governador do Estado pelo roteiro do filme O Pornógrafo. Dirigiu, também em Super-8, em 1975, o filme O Guru e os Guris. Em 1986 publica o livro Cinema de Invenção, no qual discute a obra de cineastas experimentais brasileiros. O crítico de cinema, cineasta, jornalista, poeta e escritor foi encontrado morto em sua casa em São Paulo, em 25 de agosto de 2003, aos 58 anos de idade. Jairo morava sozinho e era um nome significativo do Cinema Experimental Marginal Brasileiro, principalmente o desenvolvido em São Paulo nos anos 1960/1970. Em 2006 a Imprensa Ofi cial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança o livro, Críticas de Jairo Ferreira – Críticas de Invenção: Os Anos do São Paulo Shimbun, organização de Alessandro Gamo. Filmografia (ator): 1969/1982 – O Despertar da Besta (Ritual dos Sádicos); 1970 – O Pornógrafo; Orgia; 1971 – A Guerra dos Pelados; 1972 – Corrida em Busca do Amor; 1977 – O Vampiro da Cinemateca; 1978 – Horror Palace Hotel (MM) (narração); 1980 – A Voz do Brasil (CM); A Mulher que Inventou o Amor; 1981 – A Opção (As Rosas da Estrada); Ousadia (episódio: A Peça); 1982 – Mostrando Tudo (CM); Aretuza (CM); 1987 – Filme Demência; 2001 – A Bela e os Pássaros (CM); 2002 – Candeias – da Boca pra Fora (CM); 2003 – Demônios (CM). Filmografia (diretor): 1972 – O Guru e os Guris (CM); 1975 – O Ataque das Araras (CM); Ecos Caóti cos (CM); 1977 – Antes que eu me Esqueça (CM); O Vampiro da Cinemateca; 1978 – Horror Palace Hotel (MM); Nem Verdade nem Mentira (CM). FERREIRA, PROCÓPIO João Álvaro de Jesus Quental Ferreira nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de julho de 1898. Seu pai, um abastado comerciante, queria que o filho mais velho fosse advogado, mas, ao saber de suas pretensões em ser ator, expulsa-o de casa. Sem outras alternati vas e com o firme propósito de seguir a carreira artística, sai em busca de oportunidades. Faz sua estreia nos palcos em 1917, na peça Amigo, Mulher e Marido. O teatro é sua grande paixão e a ele dedica toda a sua vida, encenando mais de quatrocentas peças, em mais de 15 mil apresentações. Merecidamente recebe o título de Príncipe do Teatro Brasileiro. Estreia no cinema em 1917 no filme Quadrilha do Esqueleto. Participa também de outros importantes, marcando seus personagens com traços fortes como em O Comprador de Fazendas (1951) e Quem Matou Anabela? (1956), ambos para a Companhia Maristela, em São Paulo. Na televisão, atua nas novelas O Caminho das Estrelas (1965), A Grande Viagem (1965), Minas de Prata (1966), Redenção (1966), Dez Vidas (1969) e Divinas & Maravilhosas (1973). Respeitado por todos, é um ícone das artes cênicas brasileiras. Casou-se por três vezes, com Aida Izquierdo Ferreira, com quem teve uma fi lha, a atriz e diretora de teatro Bibi Ferreira; depois Hamilta Rodrigues, com quem teve três filhos, Maria de Jesus, João Procópio e Francisco de Assis; e por fim com a atriz Norma Geraldy. Morre em 18 de junho de 1979, 20 dias antes de completar 81 anos de idade. Filmografia: 1917 – Quadrilha do Esqueleto; Os Mysterios do Rio de Janeiro (CM); Um Senhor de Posição; 1926 – A Partida para São Paulo na Estação D. Pedro II da Grande Companhia de Procópio Ferreira (CM); 1929 – Meu Nariz (CM); 1931 – Coisas Nossas; 1935 – Procopíadas (CM); 1936 – O Trevo de Quatro Folhas; 1938 – A Voz do Carnaval de 1938 (CM); Tererê não Resolve; 1940 – Pureza; 1944 – Berlim da Batucada; 1951 – O Comprador de Fazendas; O Cinema Nacional em Marcha (CM); 1953 – O Homem dos Papagaios; 1954 – A Sogra; 1956 – Quem Matou Anabela?; 1959 – Titio não é Sopa; 1965 – Crônica da Cidade Amada (episódio: O Índio); 1971 – Em Família; Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva; Cômicos e mais Cômicos; 1973 – Folia (CM); 1978 – Procópio no Cinema (CM); 1982 – Insônia (episódio: A Prisão de J. Carmo Gomes). FERREIRA, ROBERTO Ator baiano que ficou conhecido como Zé Coió. Começa sua carreira no teatro de revistas em Salvador, no final dos anos 1960, até descobrir o cinema, em 1961, com A Grande Feira, filme pertencente ao Ciclo de Cinema Baiano. Depois vai para São Paulo e parti cipa de dezenas de produções da Boca do Lixo, quase sempre produzidas por Oswaldo Massaini para a Cinedistri. Dedica sua carreira a partir daí praticamente ao cinema, em filmes como O Pagador de Promessas (1962), Maria Bonita, Rainha do Cangaço (1968), Independência ou Morte (1972) e Anchieta, José do Brasil (1977). Na televisão, atua em uma novela somente, Verão Vermelho, em 1970, pela TV Globo. Filmografia: 1961 – A Grande Feira; 1962 – Três Cabras de Lampião; Tocaia no Asfalto; O Pagador de Promessas; 1963 – Lampião, o Rei do Cangaço; Sol sobre a Lama; A Montanha dos Sete Ecos; Mulher Satânica (Der Satan Mit Den Roten Haaren) (Brasil/Alemanha); 1966 – Onde a Terra Começa; O Santo Milagroso; 1967 – Cangaceiros de Lampião; 1968 – Maria Bonita, Rainha do Cangaço; A Doce Mulher Amada; Panca de Valente; Trilogia do Terror (episódio: A Procissão dos Mortos); 1969 – Corisco, o Diabo Loiro; Máscara da Traição; Deu a Louca no Cangaço; O Cangaceiro Sanguinário; Cangaceiro sem Deus; 1970 – Juliana do Amor Perdido; As Escandalosas; Se meu Dólar Falasse...; 1972 – A Herdeira Rebelde; Independência ou Morte; 1973 – Sagarana, o Duelo; 1976 – O Pistoleiro; 1977 – Anchieta, José do Brasil. FERREIRA, TAUMATURGO Antonio Taumaturgo Soares Ferreira nasceu em São Paulo, SP, em 17 de janeiro de 1956. Foi offi ce-boy, vendedor de livros, mas curti a mesmo era o Beto Rockfeller, megassucesso de 1968 pela TV Tupi. Em 1973, quando soube que haveria uma conti nuação da novela, escreve uma carta para Luiz Gustavo e este lhe dá uma oportunidade de participar dos basti dores de A Volta de Beto Rockfeller, aprendendo como se fazia para ser ator como ele mesmo diz. No mesmo ano consegue um pequeno papel em Divinas e Maravilhosas, ao lado de Procópio Ferreira e Nathalia Timberg. Estreia no teatro na peça Um Bonde Chamado Desejo, de Tennessee Williams, com o grupo de teatro amador do Club Athletico Paulistano. Depois da frustrada estreia como ator trabalha quatro anos como relações públicas do Banco Mercantil de São Paulo. Mesmo recebendo várias promoções, continua tendo contato com o pessoal da televisão e estudando no Curso de Teatro Macunaíma, na Casa Mário de Andrade, dirigido por Sylvio Zilber. Em 1979 recebe convite para parti cipar de Cara a Cara, primeira novela da TV Bandeirantes, onde faz sete novelas, sua grande escola. Em 1985 é contratado pela TV Globo e estreia na minissérie Grande Sertão: Veredas, como o Fafafa e no mesmo ano faz sua primeira novela, De Quina Pra Lua. Estreia no cinema em 1985, no filme Os Bons Tempos Voltaram: Vamos Gozar Outra Vez. Segue regular carreira na TV Globo como em Araponga (1990), como Tuca Maia, um grande momento; Renascer (1993), como José Venâncio; Andando nas Nuvens (1999), como Atila; e Celebridade (2004), como Nelito Moutinho. Atua em muitas peças como A Lua de Cetim, de Alcides Nogueira; Hamlet, de Shakespeare, etc. Em 2006 vai para a TV Record e lá atua em Cidadão Brasileiro (2006), Caminhos do Coração (2007), Os Mutantes (2008) e A Lei e o Crime (2009). Foi casado por dois anos com a atriz Malu Mader. Filmografia: 1985 – Os Bons Tempos Voltaram: Vamos Gozar Outra Vez (episódio: Primeiro de abril); 1986 – Shock; 1987 – Um Trem para as Estrelas; 1989 – Kuarup; 2001 – Nelson Gonçalves – o Filme; 2007 – Cleópatra. FERREIRA, TONY Nasceu em Florianópolis, SC, em 1943. Começa sua carreira artística fazendo radioteatro, ainda em sua cidade natal. Mudase para o Rio de Janeiro e ingressa no Tablado, estreando na peça Androcles e o Lego, de Bernard Shaw. Em 1972, estreia na televisão, na novela Selva de Pedra, como o Delegado, seguindo-se outras tantas como O Astro (1977), como Gilberto; Baila Comigo (1981), como Edmundo; A Rainha da Vida (1987), como o advogado; e a minissérie O Portador (1991), sua última participação na televisão. Com o sucesso obtido, não demora a chegar ao cinema, sendo seu primeiro filme As Mulheres que Dão Certo, episódio O Velhinho da Colombo, dirigido por Adnor Pitanga. Logo surgem outros convites e participações, como em Xica da Silva (1976) e Amor Maldito (1984). No teatro, participou da peças Ópera do Malandro, Mame-o ou Deixe-o e Cabaret S/A. Morre em 1994, de infecção generalizada, com 51 anos de idade. Filmografia: 1975 – As Mulheres que Dão Certo (episódio: O Velhinho da Colombo); 1976 – Xica da Silva; 1977 – O Ibrahim do Subúrbio (episódio: Roy, o Gargalhador Profissional); O Seminarista; 1978 – Noite em Chamas; Inquietações de uma Mulher Casada; O Monstro de Santa Tereza; 1979 – Milagre, o Poder da Fé; 1980 – O Grande Palhaço; 1984 – Amor Maldito. FERRET, GEORGETTE Nasceu em Paris, França, em 23 de julho de 1908. Seu pai adotivo é o cineasta paulista Jayme Redondo. Começa sua carreira artística no teatro. Estreia no cinema em 1925 no filme Passei Minha Vida num Sonho e logo se destaca por sua meiguice e carisma. Mas, após casar-se, abandona a carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1925 – Passei Minha Vida num Sonho; 1926 – Fogo de Palha; 1927 – Flor do Sertão. FERRITE, ZANONI Nasceu em São Paulo, SP, em 1946. Nos anos 1960 começa sua carreira fazendo teatro amador. Em 1964 entra para a EAD – Escola de Arte Dramática, de cara ganhando o prêmio Chinita Ulmann de melhor ator. Em seguida, já como profi ssional, parti cipa das peças Arena Contra Tiradentes (1967), MacBird (1968), Hamlet (1969) e Castro Alves Pede Passagem (1971). Em 1971 estreia na televisão, já como protagonista, pela Record, em Um Pingo de Gente. No ano seguinte faz seu primeiro filme, Geração em Fuga, e deslancha sua carreira. Transfere-se para a TV Globo e participa de Pecado Capital (1975), como Miguel; Anjo Mau (1976), como Julio; e Estúpido Cupido (1976), como Pepe. De volta à Tupi, atua em O Profeta (1977) e Um Sol Maior (1977). No teatro, recebe muitos prêmios pelas elogiadas atuações em As Alegres Comadres de Windsor, A Longa Noite de Cristal, O Interrogatório, O Santo Inquérito, etc. Ferrite estava gravando a novela Direito de Nascer, no papel de Dom Jorge Luis, quando morre prematuramente em 24 de julho de 1978, em um acidente automobilístico, em São Paulo, aos 32 anos de idade, tendo sido substituído por Adriano Reys Filmografia: 1972 – Geração em Fuga; 1974 – Motel; 1975 – Quem Tem Medo de Lobisomem?; 1976 – Noite sem Homem; 1979 – Os Amantes da Chuva. FERRO, MÁRCIA Nasceu em São Paulo, SP, em 1962. O pai é militar reformado. Márcia perde sua mãe em 1981 e resolve morar sozinha. Em 1985, não pensava em ser atriz até ser abordada no centro de São Paulo por um produtor cinematográfico que a convida a parti cipar do filme O Mago do Sexo. A partir daí abraça a profissão, sendo uma das primeiras a fazer sexo com animais. Durante cinco anos, reina no mundo do explícito. A partir de 1990, com o fim do cinema na Boca, compra o teatro Terra Nova, na Bela Vista, em sociedade com Osvaldo Cirillo, e juntos passam a fazer espetáculos de sexo ao vivo. Com a morte de Cirillo em 1992, Márcia abandona a carreira de atriz, casa-se e vai morar em um sítio em Caucaia do Alto, interior de São Paulo, onde passa a trabalhar como monitora de uma creche. Em 1998 dá à luz o segundo filho, uma menina, já que tem outro, já adulto, de um relacionamento anterior. Separada do marido, volta a São Paulo e aceita convite para retornar ao cinema pornô, agora pela produtora Brasileirinhas. O primeiro filme dessa nova série é A Idade da Loba, em 2006. Filmografia: 1985 – O Mago do Sexo; Viagem Além do Prazer; As Ninfetas do Sexo Ardente; Tesão – Ninfetas Deliciosas; Os Lobos do Sexo Explícito; 1986 – Euforia Sexual; O Come Tudo; Um Pistoleiro Chamado Papaco (Os Amantes de um Pistoleiro); Sexo Doido; Meu Cachorro, meu Amante; Loucas por Cavalos; Etesão, Quanto mais Sexo Melhor; Duas Mulheres e um Pônei; Devassidão Total; Boca Quente – Quando a Boca Engole Tudo; Aberrações Sexuais de um Cachorro; Quatro Noivas para Sete Orgasmos; A Mulher do Próximo; 1987 – Minha Égua Favorita; Karma – Enigma do Medo; Viciadas em Cavalos; Turbilhão dos Prazeres; Mulheres e Cavalos; Júlia e os Pôneis; Gemidos e Sussurros (Corpos Ardentes); Fogo e Prazer; A Vingança de uma Mulher; 1989 – Eu, Márcia F., 23 Anos, Louca e Desvairada; A Vida Privada de uma Atriz Pornô; 2006 – A Idade da Loba; 2007 – Coroa Nota 1000; Curra. FERRUGEM Luiz Alves Pereira Neto, nasceu em Barretos, SP, em 1967. Raquítico, cheio de sardas e com cabelo vermelho, logo chama a atenção e, ainda garoto, em 1974, com 7 anos de idade, estreia no programa Gente Inocente, ainda pela TV Tupi. O apelido foi dado pelo comediante Lúcio Mauro. Em seguida faz sucesso no programa Balança mas não Cai e, durante anos, com os Trapalhões e mais tarde, em 1982 ainda brilha com o programa A Turma do Pererê. Também baterista, integrou as bandas Lobo Guará e Banquete dos Mendigos. Estreia no cinema em 1977, ao lado de Costi nha, no filme Costinha e o King Mong. Costi nha é Tarzan; Ferrugem, o Boy; e Wilza Carla, a Jane, dá pra imaginar?. No teatro, brilha sob a batuta de Antunes Filho na peça O Eterno Retorno, uma sequência de quatro peças de Nelson Rodrigues. Em 1989, se afasta da vida artística e vai para os Estados Unidos, no Nati onal Institute of Health, em Bethesda, para um tratamento inédito de crescimento., à base de hormônios sintéti cos. Resultado: consegue crescer 31 cm e passa de 1,30 m para 1,61 m de altura. Lá foi garçom e entregador de pizzas para sobreviver. De volta ao Brasil, volta a morar em sua cidade natal, Barretos, onde passa a lecionar teatro no Centro Municipal de Artes, patrocinado pela prefeitura da cidade. Em 1999 retorna para a televisão, apresentar, primeiro com Marcos Mion e depois com João Gordo, o programa Os Piores Clipes do Mundo, pela MTV. Filmografia: 1977 – Costinha e o King Mong; 1979 – Milagre, o Poder da Fé. FERSOZA, THAIS Thais Cristina Soares dos Santos nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 13 de abril de 1984. Com doze anos de idade, sua mãe matricula-a num curso de interpretação. Dois meses depois é escalada para parti cipar de Malhação, pela TV Globo. Logo em seguida é convidada para participar de sua primeira novela, Corpo Dourado. Seguem-se depois Você Decide (1998) (dois episódios), Esplendor (2000), Estrela Guia (2001), O Clone (2001), Agora É que São Elas e Sob Nova Direção (um episódio) (2004), sempre pela TV Globo. Em 2005 vai para o SBT participar da novela Os Ricos Também Choram (2005). Em 2004, faz sua estreia no teatro, na peça Confidências e Confusões Masculinas. Em 2006 estreia no cinema no filme Gatão de Meia-Idade. Aos 22 anos de idade, é um grande talento brasileiro. Thais namora o ator Joaquim Lopes (1980). Filmografia: 2006 – Gatão de Meia-Idade; 2008 – Carmo (Brasil/Espanha/Polônia); 2010 – O Diário de Tati. FEVERS, THE Grupo musical formado no Rio de Janeiro, em 1964. Começam com o nome de The Fenders, numa alusão à famosa guitarra. A formação original tem Pedrinho, Almir, Liebert, Cleudir, Lécio e Jerry. Como Fenders chegam a gravar um compacto, mas é como The Fevers que estouram no Brasil todo. Parti cipam de alguns filmes, sendo sua estreia em Na Onda do Iê, Iê, Iê, de 1966. O grupo marca época nos últimos trinta anos e continua em atividade até hoje, apenas com dois integrantes do original. É um dos grupos de maior longevidade no Brasil, só perdendo para Renato e Seus Blue Caps. Filmografia: 1966 – Na Onda do Iê-Iê-Iê; 1969 – Pobre Príncipe Encantado; 1970 – Amor em Quatro Tempos; 1971 – Tô na Tua, ô Bicho. FIGUEIRA, THIERRY Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 16 de maio de 1978. Começa sua carreira artística em 1994, aos dezesseis anos de idade, numa pequena parti cipação na novela A Viagem. Segue carreira na televisão, em novelas e programas como Cara & Coroa (1995), Malhação (1996/1997), Você Decide (1996/1999) – seis episódios, O Amor Está no Ar (1997), Vila Madalena (1999), Aquarela do Brasil (2000). Em 2003 vai para o SBT e lá participa de três novelas: Canavial de Paixões (2003), Seus Olhos (2004) e Os Ricos Também Choram (2005). Estreia no cinema em 1998 no filme Uma Aventura de Zico. É sócio da produtora de eventos Zero 3” e apresentador do programa Transfolia, na rádio Transamérica. Filmografia: 1998 – Uma Aventura de Zico; 1999 – O Trapalhão e a Luz Azul. FIGUEIREDO, ÂNGELA Ângela Barroso de Figueiredo nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de março de 1961. Filha da cineasta Vera Figueiredo. Aos sete anos dança balé e gosta de samba. Aos nove faz curso de teatro no Tablado. Trabalha no curta Sinal Vermelho e desfi la como manequim. Na televisão, faz várias novelas, entre elas Guerra dos Sexos (1983), sua estreia. Seguem-se novelas e minisséries como Santa Marta Fabril (1984), Roque Santeiro (1985), Selva de Pedra (1986), Brega & Chique (1987), O Pagador de Promessas (1988), Sangue do meu Sangue (1995), Dona Anja (1996), Colégio Brasil (1997), Era uma Vez... (1998), Louca Paixão (1999) e Maria Esperança (2007). Estreia no cinema em 1977 no filme Feminino Plural, dirigido por sua mãe. Está casada com o músico Branco Mello, da banda Titãs, com quem tem dois filhos, Bento (1991) e Joaquim (1999). Filmografia: 1977 – Feminino Plural; 1980 – Sinal Vermelho (CM); 1987 – Johnny Love; 1988 – Sonhos de Menina-Moça; Banana Split. FIGUEIREDO, ORÃ Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de novembro de 1965. Estuda na CAL – Casa das Artes de Laranjeiras e forma-se como ator teatral em 1987. Atua em dezenas de peças, com destaque para Os Melhores Anos de Nossas Vidas (1986), A Mulher Carioca aos 22 Anos (1990), Otelo (1994), A Via Sacra dos Contrários (1999), O que Diz Molero (2003), pela qual ganha o prêmio Shell de Melhor Ator, e Pelo Amor de Deus, não Fala Assim Comigo (2008). Em 1999 estreia no cinema em um episódio do filme Traição e na televisão na novela Coração de Estudante. Depois atua em O Profeta, em 2007, como Renato, e Desejo Proibido (2008), como Camaleão. Orã também é diretor de teatro, mostrando competência em várias oportunidades, nas montagens Bispo Jesus do Rosário – A Via Sacra dos Contrários, As Desgraças de uma Criança e Cora Coralina – Coração Encarnado, que foi eleita uma das dez melhores peças de 2006. Em 2008 faz uma parti cipação nos seriados Casos e Acasos, como Brito, e A Grande Família, como Isaias. É um grande talento da nova geração. Filmografia: 1999 – Traição (episódio: Primeiro Pecado); 2000 – Os Outros (CM); 2002 – Madame Satã; 2003 – O Homem do Ano; 2005 – Mais uma Vez o Amor; Coisa de Mulher; 2008 – Meu Nome não é Johnny; 2008 – Todo Mundo Tem Problemas Sexuais. FIGUEIREDO, PAULO Nasceu em São Paulo, SP, em 6 de março de 1940. Inicia sua carreira como ator de novelas, em 1965, em A Outra, pela TV Tupi. A partir daí, desenvolve espetacular carreira na emissora, primeiro como galã, como em Alma de Pedra (1966), Nino, o Italianinho (1969), Meu Rico Português (1975) e Éramos Seis (1977). Contratado pela TV Globo, continua sua carreira de sucesso, desde a estreia em A Sucessora (1978), ao lado de Suzana Vieira, depois Sol de Verão (1982), etc. A partir dos anos 1990, já maduro, dá conti nuidade a sua brilhante carreira em Anos Rebeldes (1992), Por Amor (1997) e Escrava Isaura (2004). Contratado pela TV Record, estrela Prova de Amor (2006) e Luz do Sol (2007). Estreia no cinema em 1971 no filme No Rancho Fundo. Participa de outros mais como O Mártir da Independência (1977) e O Diabo na Cama (1988). Estreia na direção em 1979 em O Gênio do Sexo. No ano seguinte, dirige seu segundo e último filme, sobre a temática espírita da reencarnação, O Médium: a Verdade sobre a Reencarnação. Dirige a minissérie La Mamma (1990) e a novela Serras Azuis (1998). De carreira invejável, eterno galã, é um grande ator brasileiro. Filmografia (ator): 1971 – No Rancho Fundo; Diabólicos Herdeiros; 1976 – Senhora; 1977 – O Mártir da Independência; Yáyá Garcia; 1978 – Que Estranha Forma de Amar; 1979 – Adultério por Amor; O Gênio do Sexo; 1983 – O Médium; 1988 – O Diabo na Cama; Os Heróis Trapalhões, uma Aventura na Selva; 1998 – Caminho dos Sonhos (Um Sonho no Caroço do Abacate). Filmografia (diretor): 1979 – O Gênio do Sexo; 1983 – O Médium: a Verdade Sobre a Reencarnação. FIGUEIRÓ, LEDA Nasceu em Porto Alegre, RS. Em 1959 muda-se para o Rio de Janeiro, pensando na carreira artística, quem sabe seguindo os passos da irmã famosa, Luely. Sua primeira oportunidade vem com Carlos Machado, no show Obrigado, Rio. Em seguida é atração em Samba, Carnaval e Mulher. Daí para a televisão é um pulo, ao chocar a plateia apresentando o maiô V-1, primeiro monoquíni brasileiro. Faz muito teatro e televisão, até estrear no cinema em 1962 no filme Nordeste Sangrento. Na década de 1980 participa de algumas pornochanchadas. Filmografia: 1962 – Nordeste Sangrento; 1965 – O Diabo de Vila Velha; 1980 – A Virgem e o Bem-Dotado; Diário de uma Prosti tuta; 1982 – Rodeio dos Bravos. FIGUEIRÓ, LUELY Nasceu em Porto Alegre, RS, em 26 de setembro de 1935. Ainda na cidade natal começa carreira de cantora nas rádios. Nessa época chega a ser coroada Rainha do Rádio da capital gaúcha. Muda-se para São Paulo e apresenta uma peça folclórica de grande repercussão de público e crítica. O produtor Barbosa Lessa convida-a para participar da peça Não te Assustas, Zacarias, que exibe cantos e danças tradicionais gaúchas. É eleita Rainha dos Músicos. Depois vêm os convites para Rádio, TV e Cinema, onde estreia em 1955, no filme Agosto 13, Sexta-Feira. Em seguida, grava seu primeiro LP, Gauchinha Bem-Querer, que também é sucesso. Faz do cinema seu principal veículo de trabalho, atuando em muitas películas como Casei-me com um Xavante (1957) e Inferno Carnal (1977). Na década de 1970, abandona a carreira artística e passa a se dedicar à religião espírita, psicografando livros e dando palestras. Filmografia: 1955 – Agosto 13, Sexta-Feira; 1957 – Casei-me com um Xavante; A Doutora é Muito Viva; 1958 – Vou te Contá; 1959 – Espírito de Porco; 1960 – Marido de Mulher Boa; Briga Mulher & Samba; 1961 – Mulheres e Milhões; 1962 – Nordeste Sangrento; Mondo Sexy Di Notte (França/Itália); 1968 – As Aventuras de Chico Valente; 1970 – A Arte de Amar Bem (episódio: A Honestidade da Mentira); 1971 – Jesus Cristo eu Estou Aqui; 1975 – Com as Calças na Mão; 1976 – Kung Fu contra as Bonecas; 1977 – As Trapalhadas de Dom Quixote & Sancho Pança; Inferno Carnal. FILLARDIS, ISABEL Isabel Cristina Teodoro Filardis nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 3 de agosto de 1973. Estreia na televisão em 1993 na novela Renascer. Negra de grande beleza, logo chama a atenção de todos e firma-se como atriz em novelas e minisséries como Pátria Minha (1994), A Próxima Vítima (1995), O Fim do Mundo (1996), A Indomada (1997), Corpo Dourado (1998), Você Decide (1997/1999) (três episódios), A Força de um Desejo (1999), A Padroeira (2001), Começar de Novo (2004), A Lua me Disse (2005) e Sete Pecados (2007). Estreia no cinema numa pequena ponta no filme Navalha na Carne, mas brilha mesmo em O Homem Nu, em 1997, ao lado de Cláudio Marzo. Está casada desde 2000 com Júlio César Santos, com quem tem dois filhos, Analuz (2001) e Jamal Anuar (2003). Nos últimos anos tem se dedicado muito à sua ONG Doe seu Lixo, ao lado do marido. Filmografia: 1997 – Navalha na Carne; O Homem Nu; 1999 – Orfeu; 2009 – Flordelis – Basta uma Palavra para Mudar. FIRMINO, LEANDRO Leandro Firmino da Hora nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23 de junho de 1978. Em 2002, ele fazia curso para ser sargento da Aeronáutica, mas um amigo o avisa dos testes para o filme Cidade de Deus. Aprovado, o pessoal da ONG Nós de Cinema e Fátima Toledo o preparam para encarnar o perigoso bandido Zé Pequeno. Na televisão, participa das séries A Diarista (2004), pela TV Globo, Mano a Mano (2005), pela Rede TV e na novela Vidas Opostas, pela TV Record, no papel de Sovaco. Também apresenta o reality show Projeto 48h pela TNT. Estreia no teatro em 2002 na peça Woyzeck, o Brasileiro, a convite do ator Matheus Nachtergaele. Filmografia: 2001 – Palace II (CM); 2002 – Cidade de Deus; 2003 – O Corneteiro Lopes (CM); 2005 – Cafundó; Favela Rising (depoimento) (EUA/Brasil); 2006 – Trair e Coçar é só Começar; 2007 – O Homem que Desafiou o Diabo. FISCHER, VERA Nasceu em Blumenau, SC, em 27 de novembro de 1951. Em 1969 é eleita Miss Brasil. Depois passa a atuar como jurada em programas de TV mas sua beleza logo a leva aos cinemas em 1972, com o filme Sinal Vermelho, as Fêmeas. Atua em oito filmes em São Paulo. Até 1977 faz só cinema, e eventualmente teatro, quando recebe convite para integrar o elenco da novela Espelho Mágico pela TV Globo. Faz tanto sucesso que não para mais, alternando-se entre cinema, televisão e teatro, melhorando sua condição de atriz, a cada atuação. Participa de inúmeras novelas e minisséries como Brilhante (1981), Mandala (1987), Riacho Doce (1990), Perigosas Peruas (1992), Agosto (1993) e O Rei do Gado (1996). Por sua atuação no filme Amor, Estranho Amor, de 1982, dirigido por Walter Hugo Khouri, ganha o prêmio de melhor atriz no Festival de Brasília. Tem dois filhos, Gabriela, de seu casamento de quinze anos com o ator Perry Salles, e Gabriel, com o ator Felipe Camargo, com quem teve conturbado relacionamento. Foi um período difícil para Vera, quando perdeu inclusive a guarda do filho Gabriel para o ex-marido. Em 1998 volta ao teatro, na peça Gata em Teto de Zinco Quente, ao lado de Floriano Peixoto, seu namorado na época. Em 2000 atua em Laços de Família, um grande sucesso, na qual tem um romance com um homem muito mais jovem, Reynaldo Gianecchini, então em começo de carreira. Retorna em O Clone (2001), Agora é que São Elas (2003), Senhora do Destino (2004) e América (2005). Em 2005 dirige dois vídeos trash: Sangria Desatada e Vermelho Sangue. Em 2007 retorna à TV na minissérie Amazônia: de Galvez a Chico Mendes. Sua beleza e plástica estonteantes fazem dela uma das mais belas mulheres brasileiras, e, com comprovado talento artísti co. Filmografia: 1972 – Sinal Vermelho, as Fêmeas; 1973 – O Anjo Loiro; A Superfêmea; Essa Gostosa Brincadeira a Dois; 1974 – As Delícias da Vida; As Mulheres que Fazem Diferente (episódio: Uma Delícia de Mulher); Macho e Fêmea; 1976 – Intimidade; 1980 – Perdoa-me por me Traíres; 1981 – Bonitinha, mas Ordinária; 1982 – Amor Estranho Amor; Dora Doralina; 1984 – Amor Voraz; Quilombo; 1985 – Eu te Amo; 1989 – Doida Demais; 1990 – O Quinto Macaco (The Fifth Monkey) (EUA); 1991 – Forever (Per Sempre) (Brasil/Itália); 1997 – Navalha na Carne; 2002 – Xuxa e os Duendes 2 – No Caminho das Fadas; ¿Quién es Alejandro Chomski? (Argenti na) (depoimento). FLÁVIA ALESSANDRA Flávia Alessandra Martins de Costa, nasceu em Arraial do Cabo, RJ, em 7 de junho de 1974. Estreia na televisão em 1989, aos 15 anos de idade, na novela Top Model. Seguem-se, entre outras, Pátria Minha (1994), A Indomada (1997), Porto dos Milagres (2001), Da Cor do Pecado (2004), Alma Gêmea (2005), Pé na Jaca (2006), Duas Caras (2007) e Casos e Acasos (2008). Estreia no cinema em 2003 no filme Por um Fio, direção de João Batista de Andrade. Em agosto de 2006 posou nua para a revista Playboy. Foi casada com o ator/diretor Marcos Paulo entre 1997 e 2002, com quem teve Giulia (2000), sua única fi lha. Desde 14 de outubro de 2006 está casada com o apresentador Otaviano Costa. Filmografia: 2003 – Por um Fio; 2007 – O Homem que Desafiou o Diabo; 2010 – Sex Delícia. FLEURY, TITO Tito Lívio Fleury Martins nasceu em São Paulo, SP, em 1º de junho de 1918. Forma-se em Direito, profissão que exerce por alguns anos. Em 1938 inicia sua carreira artística no teatro. Em 1945 conhece Cacilda Becker, então iniciante, e juntos parti cipam da peça Que Fim de Semana. Iniciam um romance que culmina com o casamento e o nascimento de Luiz Carlos, o Cuca, em 1949, único fi lho do casal. Estreia no cinema em 1945, no inacabado A Moreninha, também ao lado de Cacilda. Atua também em Rádio e televisão. Boa pinta, após separar-se de Cacilda, muda-se para a França e mantém romance com grandes estrelas como Ursula Andrews e Brigitte Bardot. Depois abandona a carreira e torna-se empresário no ramo de construção civil, ao lado do filho. Filmografia: 1945 – A Moreninha (inacabado); 1952 – A Carne. FLORA, LETÍCIA Nasceu em Recife, PE. Com nove anos de idade já toma parte das festi nhas da escola, se destacando com seu talento precoce. Em 1936 ingressa na Rádio Clube de Pernambuco, cantando músicas sertanejas. Já no Rio de Janeiro, ingressa na Companhia de Teatro Cômico, com o professor Eduardo Vieira. Em 1940 é contratada pela Rádio Nacional, lá permanecendo por muitos anos, como radioatriz. Estreia no cinema em 1939 no filme Aves sem Ninho. Faz pouco cinema, dando prioridade para o Rádio e Teatro. Filmografia: 1939 – Aves sem Ninho; 1940 – Vamos Cantar; 1942 – Voando para o Céu (inacabado); 1945 – Aniversário de Pedrinho (inacabado). FLORENTINO, CHARLES Aécio Filomeno Pimenta de Andrade nasceu em Vitória da Conquista, BA, em 1931. Ainda jovem começa a estudar arte teatral e inicia pequeno comércio, que lhe dá a subsistência. Em 1949 muda-se para o Rio de Janeiro. Após um período de dificuldades, resolve fundar, com o irmão, César Callen, a Kratex Cinematográfica e produz o filme Juventude sem Amanhã, no qual é o principal protagonista, com o pseudônimo de Charles Florentino. É sua única experiência como ator de cinema. Estreia na direção em 1962 no filme O Tropeiro, Cruzado da Esperança. Dedica-se depois à direção de documentários. Filmografia (ator): 1958 – Juventude sem Amanhã. Filmografia (diretor): 1962 – O Tropeiro, Cruzado da Esperança; 1971 – A Volta pela Estrada da Violência. FOLGOSI, FELIPE Luis Felipe de Andrade Folgosi nasceu em São Paulo, SP, em 18 de maio de 1974. Apaixonado por cinema, ainda criança, fazia vídeos em VHS com os amigos. Aos 15 anos começa a trabalhar numa locadora de vídeos e matricula-se no curso de teatro Célia Helena. Dois anos depois já fazia comerciais de televisão. Em 1993 faz sua primeira novela, Sex Appeal, e depois Olho no Olho, com seu primeiro protagonista, o paranormal Aleph. Em 1999 Felipe entra para a faculdade de cinema da FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado, em São Paulo. Em 2001 vai para Los Angeles estudar direção na University of California (Ucla). De volta a São Paulo, participa da peça Qualquer Gato Vira-Lata Tem uma Vida Sexual mais Sadia que a Nossa. Nessa época estreia no cinema, no filme O Príncipe, de Ugo Giorgetti. Em 2004 participa da novela Começar de Novo, pela TV Globo, no papel de Rico. De volta a São Paulo, é contratado pela TV Record para ser um dos protagonistas da novela Prova de Amor (2006), Caminhos do Coração (2007) e Mutantes (2008). Filmografia: 2002 – O Príncipe; 2005 – Excuse-Me, Let Me Sell You Suicide, Dear? (CM). FOMM, JOANA Joanna Maria Fomm nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 14 de setembro de 1940. Aos dois anos de idade perde a mãe e passa a ser criada pelos tios. Aos dezesseis entra em estado de choque quando descobre que é fi lha adotiva e sai de casa para se dedicar ao jornalismo, mas a veia artística fala mais alto. Em 1955, aos quinze anos, seu namorado, que fazia teatro, a leva aos ensaios e ela começa a ensaiar também. Começa sua carreira na televisão, em 1959. Atua também em teatro, estreando ao lado de Sérgio Cardoso na peça Um Estranho Bate à Porta. Estreia no cinema em 1964 no filme Um Morto ao Telefone. Gosta e acaba fazendo muitos outros como Macunaíma (1969), Contos Eróti cos (1977), Quem Matou Pixote? (1996) e Quanto Vale ou é por Quilo? (2005). Sua primeira novela é O Desconhecido, de Nelson Rodrigues, pela TV Rio, em 1963. Depois seguem Um Gosto Amargo de Festa, de Cláudio Cavalcanti, ainda pela TV Tupi. Na TV Globo, fi ca marcada por seus personagens Yolanda Prati ni, em Dancin’ Days (1978); Perpétua, em Tieta (1989); e Salustiana Tibiriçá, em Fera Ferida (1993). Contratada pelo SBT, atua em Sangue do meu Sangue (1994) e Razão de Viver (1996). De volta à Globo faz Esplendor (2000), Porto dos Milagres (2001), O Clone (2001), Agora É que São Elas (2003), Kubanacan (2003), Bang Bang (2006), Casos e Acasos (2008) e Dicas de um Sedutor (2008). Foi casada cinco vezes, pela ordem: os atores Francisco Milani, Nelson Xavier e Luis Carlos de Moraes, o cineasta Astolfo Araújo e o escritor Ricardo Gouveia, com quem teve seu único filho, Gabriel, nascido em 1975. Em 2008 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, pela Coleção Aplauso, lança sua biografia, Joana Fomm – Minha História é Viver, de autoria de Vilmar Ledesma. Filmografia: 1964 – Um Morto ao Telefone; Crime de Amor; 1966 – Três Histórias de Amor (episódio: A Construção – Amor na Cidade); 1967 – Cinema Novo (Improvisierst und Zielbewusst) (CM) (depoimento) (Brasil/Alemanha); Todas as Mulheres do Mundo; O ABC do Amor (episódio brasileiro: O Pacto) (Brasil/ Argentina/Chile); 1968 – O Homem Nu; Bebel, Garota-Propaganda; Edu Coração de Ouro; Vida Provisória; 1969 – Um Sonho de Vampiros (voz); Macunaíma; Gamal, o Delírio do Sexo; Em Cada Coração um Punhal (episódio: O Filho da televisão); A Noite do meu Bem; As Armas; 1970 – Palácio dos Anjos (Le Palais des Anges) (Brasil/França); As Gatinhas; 1970/1974 – Vozes do Medo; 1971 – Fora das Grades; As Noites de Iemanjá; 1972 – Os Desclassifi cados; Elas (episódio: O Artesanato de Ser Mulher); 1974 – O Desconhecido (MM); 1976 – Marília e Marina; 1977 – Contos Eróti cos (episódio: Arroz com Feijão); Um Brasileiro Chamado Rosa Flor; 1982 – Beijo na Boca; 1984 – Cavalinho Azul; 1985 – Espelho da Carne; 1986 – Tempo de Ensaio (CM); Adultério (CM); 1989 – Césio 137, Pesadelo em Goiânia; 1991 – Vai Trabalhar Vagabundo II. – A Volta; 1996 – Quem Matou Pixote?; 2001 – Copacabana; 2005 – Quanto Vale ou é por Quilo? FONSECA, ELIANA Nasceu em São Caetano do Sul, SP, em 17 de fevereiro de 1961. Estuda cinema na Escola de Comunicações e Artes da USP, mas começa sua carreira profissional no teatro, nas peças Gosto da Própria Carne, de Alberto Inauratt o, e Divina Increnca. Estreia no cinema como atriz em 1983 no curta Diversões Solitárias. Em 1987, com Cao Hamburger, dirige seu primeiro fi lme, o curta Frankenstein Punk e depois participa de programas infanti s nas TVs Cultura e Record. Como atriz, estreia na televisão em 1990 na novela Brasileiras e Brasileiros, pelo SBT. Depois participa esporadicamente das séries Você Decide (1996), Os Normais (2002), A Grande Família (2003) e das novelas Floribella, como Selma, pela TV Bandeirantes, e Desejo Proibido (2008), como Purezinha, pela TV Globo. Em 2003 dirige seu primeiro longa, Ilha Ra-Tim-Bum – o Martelo de Vulcano. É um grande talento do cinema brasileiro. Filmografia (atriz): 1983 – Diversões Solitárias (CM); 1987 – Anjos da Noite; 1989 – Dovè Meneghetti? (CM); Vinte Minutos (CM); 1991 – Epopeia (CM); Não Quero Falar sobre Isso Agora; A Revolta dos Carnudos (CM); Viver a Vida (CM); 1993 – Século XX – Primeiros Tempos (CM) (depoimento); A Má Criada (CM); 1994 – Expresso (CM); O Efeito Ilha; 1995 – Carlota Joaquina, Princesa do Brazil; 2001 – Os Xeretas; 2004 – Um Show de Verão; 2005 – O Segredo dos Golfinhos; Coisa de Mulher. Filmografia (diretora): 1985 – Com um Monte de Beijos (CM); 1986 – Frankenstein Punk (CM) (codireção de Cao Hamburger); 1988 – Esconde-Esconde (CM); 1989 – Vinte Minutos (CM) (codireção Michael Ruman); 1991 – A Revolta dos Carnudos (CM); 2003 – Ilha Rá-Tim-Bum – o Martelo de Vulcano; 2005 – Coisa de Mulher; O Segredo dos Golfinhos. FONSECA, GESSY Gessy Fonseca nasceu em São Paulo, SP, em 13 de março de 1924. Ao lado da irmã, Daisy Fonseca Rebelo, inicia cedo a carreira, uma escrevendo, outra atuando. Em 1941 estreia na Rádio Record, fazendo radioteatro. Com grande potencial e voz, logo é considerada a rainha da radionovela, chegando à marca de 400 produções. De 1947 a 1956 trabalha na Rádio Bandeirantes. Em 1950 estreia no cinema de forma curiosa, dublando a voz de Eliane Lage no filme Caiçara, primeira produção da recém-fundada Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Sua estreia ofi cial como atriz no cinema se deu em 1952, no clássico Simão, o Caolho, direção do mestre Alberto Cavalcanti. Em 1950 é a primeira atriz a receber o Troféu Roquette Pinto, como melhor atriz dramáti ca; o título de Princesa do Rádio, em 1955; o Tupiniquim, em 1959; e o de Melhor Atriz de TV, em 1958, pela novela Últi ma Carícia. Gessy foi a primeira Dona Lola, principal personagem da novela Éramos Seis, em 1958, pela TV Tupi, quando as novelas só eram exibidas às terças e quintas-feiras, à noite. Participa das novelas Fogo sobre Terra, em 1974, pela TV Globo, na qual é eleita Miss Simpatia; depois O Todo Poderoso (1979) e Meus Filhos, Minha Vida (1984). No cinema, nos anos 1970 parti cipa de duas produções da Boca do Lixo paulista, Mulher Desejada (1978) e Retrato Falado de uma Mulher sem Pudor (1982). Atua pouco, preferindo seguir carreira de dubladora, a qual inicia em 1961. Podemos ouvir sua voz no seriado Batman, como a Mulher Gato, ou a tia May, no seriado Homem Aranha. Uma placa em homenagem aos seus 60 anos de trabalhos ininterruptos está atualmente no saguão do Teatro São Pedro, em São Paulo. Filmografia: 1950 – Caiçara (dublando a voz de Marina); 1952 – Simão, o Caolho; 1978 – Mulher Desejada; 1982 – Retrato Falado de uma Mulher sem Pudor. FONSECA, PAULO Paulo Cesar Fonseca nasceu em Salvador, BA, em 25 de junho de 1948. Médico e ator. Ainda criança acompanha as fi lmagens de Bahia de Todos os Santos, de Trigueirinho Neto; O Caipora, de Oscar Santana; e Sol sobre a Lama, de Alex Vianny, no qual tem uma pequena ponta, sendo sua estreia no cinema. Depois, na Universidade faz parte de um grupo de cinema liderado pelos futuros críticos André Setaro e José Humberto Dias, que produziram o curta Perâmbulo, no qual Paulo participa como ator e na montagem. Em 1969 vem sua última e melhor atuação, no filme Meteorango Kid, Herói Intergalático. Desise da carreira de ator a abraça de vez a profissão de médico, mas sua presença fi cou registrada nessa importante fase do cinema baiano e brasileiro, mas permanece cinéfilo até os dias de hoje. Filmografia: 1963 – Sol sobre a Lama; 1968 – Perâmbulo (CM); 1969 – Meteorango Kid, Herói Intergaláctico. FONTA, SÉRGIO Sérgio Fonta Cruz nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 6 de dezembro de 1950. Escritor, dramaturgo, diretor e ator. De forte formação teatral, dirigiu diversas peças em montagens ou leituras públicas. Em 2003 ganhou o Prêmio Marco Polo de Leituras, como Melhor Diretor. Tem três textos e dois roteiros para teatro já encenados: Passageiros da Estrela (versão teatral com várias premiações), Tem Borrasca na Ribalta e República dos Prazeres. Em 1980, lança seu primeiro livro de poemas, Sangue Central, depois Passageiros da Estrela, Conto que Contar um Conto Ganha um Ponto e O Peixe que Virou Artista. Tem quatro peças publicadas e mais duas outras traduzidas e transmitidas pela Rádio de Colônia, Alemanha. Entre teatro e poesia já conquistou treze premiações. Em 2002 foi realizada a leitura pública de sua peça Rua Feliz Lembrança, no Teatro SESI, sob a direção de Chico Anysio, tendo Osmar Prado, Francisco Milani e Lupe Gigliotti no elenco. Entre 1997 e 1999, por meio de ciclos de leitura, realizou na Sociedade Brasileira de Autores, com grande repercussão, um levantamento da dramaturgia nacional nos últimos cem anos. Ainda em 1999 foi eleito para o PEN Clube do Brasil, preenchendo a vaga do dramaturgo e novelista Dias Gomes. Em 2000, Sérgio Fonta foi o coordenador-geral do projeto Palco nas Escolas, levando a dramaturgia brasileira para a rede municipal de ensino, alcançando 5 mil alunos. É membro do júri do Prêmio Shell de Teatro/RJ. Como letrista, tem como parceiros: Roberto Gnattali, Nelson Melim e Nestor de Hollanda Cavalcanti. Na televisão, tem regular carreira como ator, sendo sua estreia em 1972, em Selva de Pedra, depois Bravo (1975), Duas Vidas (1976), Coração Alado (1980), Séti mo Sentido (1982), Na Rede de Intrigas (1991), Sonho Meu (1994), Xica da Silva (1996), Irmãos Coragem (1997), Chocolate com Pimenta (2004), A Diarista (2004) e Sete Pecados (2008), interpretando o Delegado Renato. Em 2009, esteve em cartaz com a peça O Especulador, de Balzac, sob a direção de José Henrique; e dirige seu primeiro curta, Paixão – Um Folhetim. Em 2010 atua na peça Amadeus, de Peter Shaffer, sob a direção de Naum Alves de Souza. Filmografia (ator): 2005 – Deus Tá Vendo (CM); 2007 – Expresso Araxá (CM); 2008 – A Triste Vida de Klemerson (CM) (narração). Filmografia (diretor): 2009 – Paixão – Um Folheti m (CM). FONTANA, CLÁUDIO Cláudio de Toledo Fontana nasceu em São Paulo, SP, em 3 de julho de 1962. Estreia na televisão em 1992 na novela Deus nos Acuda. Depois atua em Fera Ferida (1993), As Pupilas do Senhor Reitor (1995), O Amor Está no Ar (1997), Tiro & Queda (1999), A Pequena Travessa (2002), Um só Coração (2004) e América (2005). Estreia no cinema em 2002, numa parti cipação no filme Zico. Filmografia: 2002 – Zico. FONTES, GUILHERME Guilherme Machado Cardoso Fontes nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de janeiro de 1967. Estuda no Teatro Escola Tablado, famoso celeiro de Maria Clara Machado. Sua professora é a atriz Louise Cardoso, que o indica para o filme A Cor do seu Destino (1986), sua estreia profissional como ator. Na televisão, estreia em Ti-Ti-Ti, em 1985, seguindo-se de Selva de Pedra (1986), Bebê a Bordo (1988), A Viagem (1994) e O Rei do Gado (1996), além das minisséries O Pagador de Promessas (1988), Desejo (1990) e O Fim do Mundo (1996). Em 1995 compra os direitos do livro Chatô, o Rei do Brasil e produz um documentário para a TV a cabo GNT. Resolve transformar o documentário em longa-metragem, consegue até o apoio do cineasta americano Francis Ford Coppola, inicia as filmagens, mas não consegue concluir o filme. Depois acontece uma sucessão de processos judiciais por mau uso de verba pública, o que Fontes nega veementemente, mas seu fi lme continua parado até os dias de hoje. Em 2001 retorna como ator para participar da novela Estrela Guia (2001) e, mais recentemente, Bang-Bang (2006), Beleza Pura (2008) e Casos e Acasos (2008). Há muitos anos Guilherme luta para conseguir a verba que falta para concluir Chatô, parado desde 2003. Casado com Patrícia Lins e Silva, tem uma filha, Carolina, nascida em 2005. Filmografia (ator): 1986 – A Cor do seu Destino; 1987 – Um Trem para as Estrelas; Dedé Mamata; 2007 – Primo Basílio. Filmografia (diretor): 2003 – Chatô, o Rei do Brasil (inacabado). FONTES, NORAH Nasceu em Porto Alegre, RS, em 17 de agosto de 1910. Inicia sua carreira no teatro, na década de 1930, mas parti cipa ati vamente também de cinema e televisão, veículo que ajuda a fundar em 1950. Em 1954 estreia no especial O Homem sem Passado. Depois participa dos importantes movimentos TV de Vanguarda (1956/1959) e TV Comédia (1958/1959). Nos anos 1960/1970, brilha em pérolas da teledramaturgia brasileira como A Outra (1965), A Cabana do Pai Tomás (1968), Minha Doce Namorada (1971), O Barba Azul (1974) e Meu Rico Português (1975). Seu último trabalho na televisão foi em Os Gigantes (1980), pela TV Globo. Estreia no cinema em 1949 no filme Quase no Céu, participando, entre outros, do clássico O Grande Momento (1958). É mãe do diretor Régis Cardoso, também já falecido. Afastada da vida artística, morre em 9 de outubro de 1996, em Porto Alegre, de insuficiência cardíaca, aos 86 anos de idade. Filmografia: 1949 – Quase no Céu; 1958 – O Grande Momento; 1965 – Quatro Brasileiros em Paris; 1968 – Bebel, a Garota-Propaganda; O Pequeno Mundo de Marcos; 1971 – Em Família; 1976 – Amadas e Violentadas; Ninguém Segura essas Mulheres (episódio: Desencontro). FONTOURA, AGNES Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 4 de abril de 1928. Com talento artístico, desde pequena tem vontade de ser atriz. Dotada de voz soprano harmoniosa, logo chama a atenção de todos. Na adolescência, lê muito sobre teatro e estuda dicção. Em 1954 faz uma viagem a Paris, entrando em contato com o mundo artístico local, o que lhe dá mais um motivo para tentar essa carreira. Em 1956, de volta ao Brasil, é escolhida para o segundo papel feminino no filme A Estrada, sua estreia no cinema. Sua primeira novela é Assim na Terra como no Céu, de 1970, seguindo-se outras como Selva de Pedra, de 1972, Dona Xepa, de 1977, Maria, Maria, de 1978, Chega Mais, de 1980, e Explode Coração, de 1995, sua última novela. No teatro, a derradeira peça foi Com a Pulga Atrás da Orelha, ao lado de Othon Bastos, Edwin Luisi, Herson Capri, Debora Duarte e Estela Freitas, em 2003. Morre em 5 de março de 2005, aos 76 anos de idade, de câncer, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1956 – A Estrada; 1979 – A Pantera Nua; 1984 – Mulheres Insaciáveis; A Boca do Prazer. FONTOURA, ARY Ary Beira Fontoura nasceu em Curiti ba, PR, em 27 de janeiro de 1933. Com grande tendência para as artes, desde pequeno já quer ser ator, mas os preconceitos na sua cidade são muito fortes. Autodidata, devora livros sobre teatro, até que surge a primeira oportunidade no teatro amador do seu colégio. Em 1948, já é conhecido na cidade, fazendo todo ti po de apresentação, como cantor, locutor e radioator. Chega a estudar Direito, mas desiste para seguir a carreira artística. Em 1961/1962, participa do episódio Aventura em Vila Velha, fi lmado no Paraná, da série Vigilante Rodoviário. É sua estreia no cinema. Em 1964 muda-se para o Rio de Janeiro, e começa a fazer teatro, contracenando com Rubens Correia e Ivan de Albuquerque. Sua estreia na televisão acontece no programa O Grande Teatro, ao lado de Sérgio Britto, na TV Rio. Estreia oficialmente no cinema de longametragem em 1968, em Massacre no Supermercado, e acaba consolidando sua carreira também nessa modalidade, em filmes como Mar de Rosas (1978), Ed Mort (1997) e, mais recentemente, Se eu Fosse Você (2006). Na televisão, todos os seus papéis, com raras exceções, são de coadjuvantes, mas sempre roubando a cena pelo seu enorme talento, principalmente na esfera cômica. Faz mais de quarenta novelas, destacando-se Passos dos Ventos (1968), sua estreia na televisão, Rosa Rebelde (1969), Assim na Terra como no Céu (1971), Bandeira 2 (1972), O Semideus (1973), O Espigão (1974), Gabriela (1975), Saramandaia (1976), Dancin’ Days (1978), Memórias de Amor (1979), Marrom Glacê (1980), Amor com Amor se Paga (1984), Vira-Lata (1996), A Indomada (1997), Porto dos Milagres (2001), Chocolate com Pimenta (2004), O Sítio do Pica-Pau Amarelo, como Coronel Teodorico, Sete Pecados (2007), como Romeu, uma das poucas vezes que é protagonista principal, ao lado de Nicett e Bruno, Página da Vida (2008), como o vilão Silveirinha, e Caras e Bocas (2009), como Jacques Conti, todas pela TV Globo, de quem é contratado desde 1965. Em 2008 retorna ao cinema como protagonista principal no filme A Guerra dos Rocha, no papel feminino de Dina. É um grande ator brasileiro. Em 2006 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Ary Fontoura – Entre Rios e Janeiros, de autoria de Rogério Menezes. Filmografia: 1961/1962 – Aventura em Vila Velha (CM) (episódio da série Vigilante Rodoviário); 1968 – Massacre no Supermercado; As Sete Faces de um Cafajeste; 1969 – O Agente da Lei (episódio: Aventura em Vila Velha); Até que o Casamento nos Separe; Os Paqueras; Os Raptores; 1970 – Um Uísque Antes... e um Cigarro Depois; 1972 – Os Mansos (episódio: O Homem de Quatro Chifres); 1973 – Banana Mecânica; 1975 – Motel; 1976 – O Sósia da Morte; 1978 – Mar de Rosas; 1980 – O Torturador; Os Sete Gatinhos; 1988 – Beijo 2348-72; 1992 – A Serpente; 1997 – Ed Mort; 2006 – Se eu Fosse Você; 2008 – A Guerra dos Rocha; 2009 – Se eu Fosse Você 2; O Sol do Meio-Dia. FONZAR, ANTONIO Nos anos 1970 é eleito o homem mais bonito do Brasil, em concurso promovido por Silvio Santos. Passa a ser jurado do programa de calouros. Em 1978 resolve ser ator e entra para a novela Solar Paraíso, pelo SBT. No mesmo ano faz seu primeiro filme, O Vigilante Rodoviário, numa tentativa do produtor/diretor Ary Fernandes de recriar o personagem, mas não deu certo. Atua em alguns filmes da Boca do Lixo de São Paulo, como Boneca Cobiçada (1980) e Pecado Horizontal (1982). Atua na novela O Campeão, em 1982, pela TV Bandeirantes, no papel de Ricardo. A partir dos anos 1990 abandona a carreira artística para ser corretor de imóveis. Filmografia: 1978 – O Vigilante Rodoviário; 1980 – Boneca Cobiçada; 1981 – Os Insaciados; A Volta de Jerônimo; 1982 – Pecado Horizontal; 1989 – Na Trilha dos Assassinos (Estupradores de Meninas Virgens). FORSTER, WALTER Walter Gerhard Forster nasceu em Campinas, SP, em 23 de março de 1917. Começa sua carreira artística aos quatorze anos, ao fazer um teste para locutor na Rádio Educadora, ainda em sua cidade natal. Faz sucesso e é contratado pela Rádio Difusora de São Paulo, onde trabalha como radioator e a escrever programas e novelas. Inaugura a televisão brasileira em 1950 e é protagonista do primeiro beijo, ao lado de Vida Alves, na novela Sua Vida me Pertence, pela TV Tupi, em 1953, novela em que também é diretor. Dirige o primeiro programa feminino da TV, O Mundo é das Mulheres, apresentado por Hebe Camargo. Pioneiro no rádio e na televisão em todos os sentidos, faz carreira marcante também no cinema, onde estreia em 1949, no filme Luar do Sertão, seguindose de Rio, Verão & Amor (1966), Amor Estranho Amor (1982), Alma Corsária (1993), entre outros. Brilha seu talento em dezenas de novelas como Paixão de Outono (1965), Ídolo de Pano (1974), Maçã do Amor (1983), Helena (1987), etc. Sua última novela é Sangue do meu Sangue, pelo SBT, em 1995 embora tenha feito uma participação na minissérie A Últi ma Semana, em 1996. É, sem dúvida, o primeiro galã da televisão brasileira. Seu tipo sério e marcante sempre deu muita credibilidade aos seus personagens. Morre de câncer em São Paulo, em 3 de setembro de 1996, aos 79 anos de idade. Filmografia: 1949 – Luar do Sertão; 1955 – A Casa de Mário de Andrade (CM) (narração); 1961 – Rastros na Selva (narração); 1966 – Rio, Verão & Amor; Toda Donzela Tem um Pai que é uma Fera; As Cariocas; 1968 – O Homem Nu; Viagem ao Fim do Mundo; 1969 – Os Paqueras; 1970 – A Arte de Amar Bem (episódio: A Garçonière de meu Marido); 1971 – As Aventuras Com Tio Maneco; 1972 – Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora; 1982 – Amor Estranho Amor; Tchau Amor; Tessa, a Gata; Um Casal de Três (Carícias Eróti cas); As Amantes de um Homem Proibido; 1983 – Tudo na Cama; 1985 – Além da Paixão; 1986 – Eu; 1987 – Quincas Borba; 1994 – Alma Corsária. FORTES, PAULO Paulo de Paiva Fortes nasceu no Rio de Janeiro, em 7 de fevereiro de 1923. Nos anos 1940 trabalha como apresentador de rádio. Barítono, desenvolve longa carreira como cantor lírico, fi cando conhecido no Brasil por suas atuações nas óperas La Traviata, Turandot e La Bohème. Desenvolve carreira paralela de ator de cinema, sendo sua estreia em 1971 no filme O Enterro da Cafetina. Na televisão, participa da novela Pai Herói e das minisséries Memórias de um Gigolô (1986) e La Mamma (1990). Morre dia 9 de janeiro de 1997, aos 73 anos de idade, no Rio de Janeiro, de colapso cardíaco. Filmografia: 1971 – O Enterro da Cafetina; 1972 – A Difí cil Vida Fácil; 1973 – A Filha de Madame Betina; 1975 – O Estranho Vício do Dr. Cornélio; 1976 – Ninguém Segura essas Mulheres (episódio: Pastéis para uma Mulata); 1977 – As Aventuras de Momo Montanha (Jorden er Flad) (Dinamarca/Brasil); 1978 – Maneco, o Super Tio; 1981 – Os Salti mbancos Trapalhões; 1992 – A Serpente. FORTES, RIBEIRO Nasceu no Rio de Janeiro. RJ, em 3 de março de 1918. Começa seus estudos normais e forma-se advogado, passando a trabalhar no Departamento Jurídico do Ministério da Marinha. Numa festa de fim de ano, participa de festival de teatro e se destaca. Percebe então sua real vocação. Matricula-se no curso do Serviço Nacional de Teatro e logo faz parte da Companhia de Dulcina de Morais, estreando na peça César e Cleópatra, seguindo-se Bodas de Sangue, de Lorca; Deslumbramento, de Keith Winter; e Anfitrião 38, de Giraudoux, entre tantas outras. Na televisão parti cipa das novelas A Canção de Bernadete (1957) e Rosa Rebelde (1969). Estreia no cinema em 1951 no filme Meu Dia Chegará. Foi casado com a atriz Aracy Cardoso. Filmografia: 1951 – Meu Dia Chegará; 1957 – De Vento em Popa; 1958 – Esse Milhão é Meu; 1964 – Bonitinha, mas Ordinária; 1968 – Chegou a Hora, Camarada! FORTUNA, PERFEITO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Criança, já cantava em coros de igreja. Inicia carreira no grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone e é o fundador do Circo Voador do Rio de Janeiro em 1982, espaço cultural que revelou Cazuza, Blitz, Paralamas, Legião Urbana, Lobão, etc. Ator, produtor cultural, compositor de marchinhas de carnaval e promotor de eventos, sua carreira sempre esteve ligada ao teatro e à produção de shows. Estreia no cinema em 1974 no filme Rainha Diaba. Mais tarde cria a Fundição Progresso, centro cultural que dirige até hoje. Em 2006, rende-se fi nalmente à televisão, contratado pela TV Record, parti cipa de Prova de Amor (2006) e Caminhos do Coração (2007). Filmografia: 1974 – A Rainha Diaba; 1976 – A Queda; 1980 – Sinal Vermelho (CM); 1982 – Beijo na Boca; 1988 – Referência (CM); 2003 – O Homem do Ano. FOURTON, FRANÇOISE Françoise Fourton Viotti nasceu em Brasília, DF, em 8 de julho de 1957. Começa sua carreira como bailarina profi ssional. Depois estuda teatro no Teatro Escola Dulcina de Moraes. No começo da década de 1980, vem a São Paulo trabalhar em teatro no grupo de Antonio Abujamra. De volta ao Rio de Janeiro, estreia no cinema em 1970, no filme Marcelo Zona Sul, ao lado de Stepan Nercessian. Na televisão, sua primeira novela é Fogo sobre Terra (1974). Sempre na TV Globo, depois, entre outras, parti cipa de Estúpido Cupido (1976), Sabor de Mel (1983), Bebê a Bordo (1988), Perigosas Peruas (1992), Anjo de Mim (1996), O Clone (2001) e Kubanacan (2003). Contratada pelo SBT em 2004, parti cipa de Seus Olhos (2004) e Os Ricos Também Choram (2006). Pela TV Record atua em Luz do Sol (2007). Do seu casamento com Enio Viotti , tem um filho, Guilherme (1983). Filmografia: 1970 – Marcelo Zona Sul; 1974 – Relatório de um Homem Casado; 1976 – O Sósia da Morte; 1989 – Jardim de Alah; Aquarela (CM); 1991 – Manobra Radical; O Filme da Minha Vida; 2004 – Araguaya – A Conspiração do Silêncio; Conivência, Não Sei se Foi Bem Assim (CM); 2008 – Paulo Gracindo, o Bem-Amado (depoimento). FRAGA, DENISE Denise Rodrigues Fraga nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 15 de outubro de 1965. Seu sucesso acontece na TV Pirata, pela TV Globo, onde todos percebem seu talento. Em novelas, parti cipa de Bambolê (1987) e Barriga de Aluguel (1990), com uma parti cipação especial em O Mambembe, de Arthur Azevedo, exibido na Terça Nobre, quando se transfere para o SBT, onde faz as novelas Éramos Seis (1994) e Sangue do meu Sangue (1995). No teatro, brilha nas peças A Quarta Estação, de Israel Horovitz, e Trair e Coçar é só Começar. Participa de mais de vinte peças. Estreia no cinema em 1984, no filme Tentação na Cama. Seguindo-se outros como O Cineasta da Selva (1997), Cristina Quer Casar (2003) e O Signo da Cidade (2007). Na TV Globo, parti cipa de O Auto da Compadecida (1999), Brava Gente (2000) e Uga-Uga (2000). Em 2008 participa da minissérie Queridos Amigos, pela TV Globo, como a Bia, e em 2009 atua na peça A Alma Boa de Setsuan, de Bertolt Brecht, mas nos últimos anos tem se dedicado mais ao cinema. Em 2009, é produtora, com o marido, Luiz Villaça, do filme O Contador de Histórias. Com o cineasta, tem dois filhos, Nino e Pedro. É uma atriz de grande talento, principalmente como comediante. Filmografia: 1984 – Tentação na Cama; 1985 – Com Licença, eu Vou à Luta; 1992 – Um C... Chamado Paixão (CM); 1994 – O Efeito Ilha; 1995 – Felicidade é... (episódio Sonho); Até a Eternidade (CM); 1996 – Lembranças do Futuro (CM); O Pequeno Dicionário Amoroso; 1997 – Lápide (CM); O Cineasta da Selva; 1998 – Boleiros, Era uma Vez o Futebol; 1999 – Por Trás do Pano; 2000 – O Auto da Compadecida; 2003 – Cristina Quer Casar; 2004 – Como Fazer um Filme de Amor; 2006 – Boleiros 2 – Vencedores e Vencidos; 2007 – O Signo da Cidade; Os Porralokinhas; 2010 – As Melhores Coisas do Mundo. FRAGA, GISELLE Nasceu em Vitória, ES, em 25 de janeiro de 1970. Trabalha como recepcionista, modelo, locutora de comerciais, promoter e apresentadora de TV. Em 1987 é uma das finalistas do concurso Garota do Fantástico pela TV Globo, vencido por Paula Burlamaqui. Sua primeira novela é O Outro (1987), mas atua também em Lua Cheia de Amor (1990), Explode Coração (1995), Mandacaru (1997) e Brida (1998). Em 1996, participa do programa Chico Total, ao lado de Chico Anysio. Estreia no cinema em 1990 no filme O Mistério de Robin Hood. Depois de alguns anos afastada, em 2002 retorna à televisão para participar da novela Desejos de Mulher. Está casada com Augusto Mendonça desde 2005. Filmografia: 1990 – O Mistério de Robin Hood; 1992 – Atração Selvagem (Att razione Selvaggia) (Itália). FRAGA, GUTI Nasceu em Alto Garças, MT, em 1953. Em 1974 vai para a Argentina estudar Agronomia e Medicina, mas, devido ao golpe militar de 1976, volta ao Brasil. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1977 e resolve ser ator. Forma-se em jornalismo. Trabalha com Marília Pera como ator e diretor de cena e tem uma carreira bem-sucedida, mas em 1986 larga tudo para fundar o grupo Nós do Morro, dentro da favela do Vidigal, que dá oportunidade aos jovens aprenderem teatro. Entre outros, já revelou arti stas como Jonathan Haagensen e Roberta Rodrigues. Na companhia teatral ministra cursos de formação em artes cênicas (atores e técnicos) e cinema (roteiristas, diretores e técnicos). Paralelamente desenvolve carreira de ator, que começou em 1995 como o Valdomiro do seriado Malhação. Estreia no cinema em 1996 no filme O Guarani. Com o passar do tempo, seus personagens vão crescendo como em Garrincha – Estrela Solitária (2003) e Praça Saens Peña (2008). Filmografia: 1996 – O Guarani; 1998 – Como Ser Solteiro; 2000 – Palace II (CM); Carrapicho (CM); 2001 – O Jeito Brasileiro de ser português (CM); Meu Filho Teu; Diabo a Quatro (Um Crime Nobre) (Itália/Brasil); 2002 – Cidade de Deus; Seja o que Deus Quiser; 2003 – Garrincha – Estrela Solitária; Maria, Mãe do Filho de Deus; 2004 – Cazuza – O Tempo não Para; Irmãos de Fé; 2005 – Show de Bola (Skyggen af Rio) (Alemanha); Where Words Prevail (TV-EUA); 2008 – Praça Saens Peña. FRAGOSO, THIAGO Thiago Neves Fragoso nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1º de novembro de 1981. Em 1989, muito jovem, inicia carreira artística, em um grupo de teatro amador. Aos onze anos participa do musical Os Sinos da Candelária, sobre o massacre dos meninos de rua na igreja da Candelária em 1993. Estreia na televisão em 1994 na série Confissões de Adolescente, pela TV Globo, como Leo. Em 1998 vai para os Estados Unidos fazer intercâmbio e por lá fi ca um ano tendo aulas de literatura americana e inglesa. Em 2001 estreia no cinema no filme A Partilha. Participa de várias novelas pela TV Globo, mas em 2006 tem seu melhor momento em O Profeta, em que é o protagonista principal, depois Negócio do China (2009), como Diego. No teatro, atua em quase quinze peças, com destaque para O Último Suspiro da Palmeira (2000), A Missão Secreta de Tom Rilver (2004) e Rocknroll (2009). É casado, desde 2005, com Mariana Vaz. Com menos de 30 anos de idade já acumula mais de sessenta trabalhos, mostrando talento, disposição e amor a sua arte. Filmografia: 2001 – A Partilha; 2002 – Xuxa e os Duendes 2 – No Caminho das Fadas; 2004 – Um Show de Verão; 2006 – Irma Vap – O Retorno; Trair e Coçar é só Começar; Foliar Brasil; 2007 – Caixa Dois; Ratatouille (dublador) (EUA); Brasília (tí tulo provisório) (CM); 2008 – Ouro Negro. FRAGOSO, WILSON Nasceu em Porto Alegre, RS, em 19 de maio de 1929. Ator-galã da TV Tupi. Sua primeira novela é Somos Todos Irmãos, em 1966. Entre dezenas de outras, destacam-se O Anjo e o Vagabundo (1966), Antonio Maria (1968), Simplesmente Maria (1970), Meu Rico Português (1975), Gaivotas (1979). Fica na Tupi até seu fechamento, em 1980. quando transfere-se para o SBT para atuar em Confl ito (1982) e Sombras do Passado (1983). Pela TV Globo participa da minissérie Grande Sertão: Veredas em 1985. Na TV Bandeirantes encerra sua carreira em Chapadão do Bugre (1988) e O Cometa (1989). Estreia no cinema em 1968 no filme O Pequeno Mundo de Marcos. A partir de 1989 não se tem notícias da continuidade de sua carreira. Filmografia: 1968 – O Pequeno Mundo de Marcos; 1977 – Que Estranha Forma de Amar; Tiradentes, o Mártir da Independência. FRANÇA, ARY Nasceu em São Paulo, SP, em 1957. Adolescente, começa a estudar teatro, mas estreia no cinema antes, no curta A Bicharada da Dra. Schwartz, em 1986. Em 1989, integrando o Teatro do Ornitorrinco, atua em sua primeira peça O Doente Imaginário, de Molière, direção de Cacá Rosset. Já em sua segunda peça, Sonho de uma Noite de Verão, de Shakespeare, direção de Cacá Rosset, Ary ganha o prêmio APETESP de melhor ator coadjuvante. Em 1997 vai para a televisão, para uma pequena participação em um episódio da série Comédia da Vida Privada, pela TV Globo. Com o curta Um Homem Sério (1996), ganha o prêmio de melhor ator no Festival de Gramado, mas seu grande momento acontece em 2002, com o filme Durval Discos, que o torna conhecido em todo o Brasil. No teatro, participa também dos grupos CPT – Centro e Pesquisa Teatral e Pod Minoga, atuando em muitas peças como Arsênico e Alfazema (2004), de Joseph Kesserling, direção de Alexandre Reinecke; Ricardo III (2006), de Shakespeare, direção de Jô Soares; A Alma Boa de Setsuan, de Bertolt Brecht, direção de Marco Antonio Braz, etc. No cinema, participa de mais de uma dezena de curtas e na televisão brilha em Andando nas Nuvens (1999), como Juvenal; Chocolate com Pimenta (2004), como Epaminondas; Sete Pecados (2008), como Lineu; Som e Fúria (2009), como Bárbaro. Filmografia: 1986 – A Bicharada da Dra. Schwartz (CM); 1989 – Vinte Minutos (CM); Cadê a Bolinha (CM); 1990 – Beijo 2348/72; 1991 – Viver a Vida (CM); 1994 – Lumpet (CM); 1995 – Brincadeira de Criança (CM); 1996 – Almoço Executivo (CM); Lembranças do Futuro (CM); Um Homem Sério (CM); Childs Play (CM); 1997 – Manual Cinematográfico dos Seios Para Educação de Crianças e Adultos (CM); Ed Mort; 1998 – Amor & Cia.; 2001 – O Xangô de Baker Street; 2002 – Durval Discos; 2005 – Manual para Atropelar Cachorro (CM); 21A (CM). FRANÇA, EDSON Nasceu em São Paulo, SP, em 08 de agosto de 1930. Filho de pais nordestinos, teve mais três irmãos, mas só ele sobrevive. Começa sua carreira atuando no rádio esportivo, como repórter de campo, locutor e depois comentarista, na Rádio Nacional de São Paulo. Com a chegada da televisão, mais precisamente a TV Paulista, no início da década de 1950, é convidado por Eny Autran, irmã de Paulo Autran e estreia fazendo teleteatro, na peça A Sereia Louca, mesmo sem ter nenhuma experiência em interpretação. Com a peça 50.000 Dólares, em que faz o papel de um lutador de boxe, ganha o troféu Roquette Pinto. Para compor o personagem, já que a peça é ao vivo, fica dois meses treinando com Ralph Zumbano, tio de Eder Jofre. Estreia no cinema em 1957 em Absolutamente Certo, destacando-se em outros filmes como Independência ou Morte (1972) e Luzia Homem (1988). Na televisão, logo transforma-se em galã. Sua primeira novela é A Indomável (1965). Depois segue sólida carreira ao parti cipar de novelas importantes como A Deusa Vencida (1965), Redenção (1966), Cavalo de Aço (1973), O Rebu (1974), Cara a Cara (1979) e Pecado de Amor (1983). Afastado há anos da vida artísti ca, em 1997 é contratado pela TV Record para parti cipar do recémcriado núcleo de teledramaturgia da emissora. Atua na minissérie O Desafio de Elias, em 1997, sua última aparição na telinha. Foi casado por muitos anos com a atriz Nívea Maria, com quem tem dois filhos, Edson e Viviane. Morre em 2004, aos 74 anos de idade. Filmografia: 1957 – Absolutamente Certo; 1960 – A Morte Comanda o Cangaço; 1966 – O Anjo Assassino 1972 – Independência ou Morte; 1973 – Obsessão; 1974 – Ana, a Libertina; 1975 – Deliciosas Traições do Amor (episódio: O Olhar); 1976 – O Esquadrão da Morte; 1983 – Elite Devassa; 1988 – Luzia Homem. FRANÇA, MARLENE Marlene França Yppolito nasceu em Uauá, BA, em 5 de agosto de 1943. Criança, sem pretensões de ser atriz, vende doces nas feiras de Salvador quando é descoberta por Alex Vianny em 1957, que a convida para participar do episódio brasileiro do filme Rosa dos Ventos, coprodução Brasil/Alemanha. Depois disso, resolve seguir carreira artística e muda-se para São Paulo, inscrevendose no curso de cinema do MAM, Museu de Arte Moderna. É quando Walter Hugo Khouri convida-a para fazer uma ponta no filme Fronteiras do Inferno. Achando que a carreira de atriz seria muito difícil, acaba se desenvolvendo na técnica cinematográfi ca, trabalhando em corte e montagem de várias películas. Nessa época trabalha também como garota-propaganda e manequim. Sua grande oportunidade vem em 1959, no filme Jeca Tatu. Com papel de destaque, ao lado de Mazzaropi, fi ca nacionalmente conhecida. Ai não para mais e atua em diversos outros como O Cabeleira (1962), A Herdeira Rebelde (1972) e Quincas Borba (1987). Em 1972 é eleita Rainha do Cinema Brasileiro. Em 1963 faz sua estreia no teatro, na peça A Idade dos Homens, de Osman Lins. Na televisão, atua em diversas novelas, como Confl ito (1963), Almas de Pedra (1966), A Ré Misteriosa (1966), Ciúmes (1966), Yoshico, um Poema de Amor (1967) e Os Rebeldes (1967). A partir da década de 1980 passa também a dirigir curtas e documentários como Frei Tito (1983) e Mulheres da Terra (1985). Em 1985 faz sua participação no especial Guerra dos Farrapos, pela TV Bandeirantes. Em 1960 casa-se com o diretor Milton Amaral e depois com Andrea Ippolito Matarazzo, importante membro da família Matarazzo, com quem tem três filhos, André (falecido), Marlene e Paloma. Desde 1988 está afastada da carreira artísti ca. Em 2010 sua história é contada pela jornalista Maria do Rosário Caetano, por meio da Coleção Aplauso, da Imprensa Ofi cial do Estado de São Paulo. Filmografia (atriz): 1957 – Rosa dos Ventos (Die Windrose) (episódio brasileiro: Ana) (Brasil/França/Itália/União Soviéti ca/China); 1958 – Chofer de Praça; 1959 – Fronteiras do Inferno (Lonesome Women) (Brasil/EUA); Jeca Tatu; 1961 Mulheres e Milhões; A Moça do Quarto 13 (Girl in Room 13) (Brasil/EUA); 1961/1962 – O Rapto do Juca (episódio da Série Vigilante Rodoviário); 1962 – O Cabeleira; 1963 – Lampião, o Rei do Cangaço; 1964 – Carta para Anita (Young Man From Rio) (MM)(EUA); Mulher Satânica (Der Satan Mit Den Roten Haaren) (Brasil/Alemanha); 1968 – O Pequeno Mundo de Marcos; Panca de Valente; 1969 – Agente da Lei (episódio: O Rapto do Juca); 1970 – Se meu Dólar Falasse...; 1971 – Lua de Mel & Amendoim; Cio, uma Verdadeira História de Amor; A Herdeira Rebelde; Até o Últi mo Mercenário; 1972 – A Infidelidade ao Alcance de Todos (episódio: A Transa); Janaína, a Virgem Proibida; Sinal Vermelho, as Fêmeas; 1973 – Caçada Sangrenta; Trindad... é meu Nome; Uma Nega Chamada Teresa; A Noite do Desejo (Data Marcada para o Sexo); 1975 – O Supermanso; 1976 – Bacalhau (Bacs); A Noite das Fêmeas (Ensaio Geral); 1977 – A Casa das Tentações; O Mulherengo; 1978 – O Bem-Dotado – O Homem de Itu; Crueldade Mortal; Mulher Desejada; O Estripador de Mulheres (Assassino da Noite); 1979 Paula, a História de uma Subversiva; A Dama da Zona (Hoje Tem Gafi eira); 1981 – Chick Fowle, o Faixa Preta em Cinema (depoimento) (CM); A Conquista do Paraíso (La Conquista Del Paraíso) (Argenti na); 1983 – O Último Voo do Condor; Nasce uma Mulher; 1987 – Quincas Borba; 1988/1990 – Desordem em Progresso (CM). Filmografia (diretora): 1973 – Super 8 de Marlene França (CM) (tí tulo atribuído); 1983 – Frei Tito (CM); 1985 – Mulheres da Terra (CM); 1988 – Meninos de Rua (CM). FRANÇA, PATRÍCIA Patrícia França Monteiro de Oliveira Lins nasceu em Recife, PE, em 28 de setembro de 1971. Filha da cabeleireira Marlene e do professor Luiz Carlos, que se separaram quando Patrícia ainda era criança. Aos oito anos já dizia para a mãe que queria ser atriz e começa a fazer teatro no colégio, apresentando-se em palcos na capital pernambucana. Ainda em seu Estado, como cantora, faz shows ao lado do Quinteto Violado. Muda-se para o Rio de Janeiro e participa dos testes para a minissérie Teresa Batista, pela TV Globo, sendo escolhida entre muitas candidatas. Ganha o papel principal e notoriedade nacional. Seguem-se Renascer (1993), O Fim do Mundo (1996), Salsa de Merengue (1997), Suave Veneno (1999) e Chocolate com Pimenta (2004). A convite de Herval Rossano, transfere-se para a TV Record, na qual participa da novelas Escrava Isaura (2005), Prova de Amor (2006) e Luz do Sol (2007). Estreia no cinema em 1996 no filme Tieta do Agreste. Foi casada por dois anos (1995/1997) com o ator Ilya São Paulo de por sete (1999/2006) com o analista de sistemas Paulo Lins, com quem tem uma filha, Fernanda (2000). Filmografia: 1996 – Tieta do Agreste; 1998 – O Testamento do Senhor Napumoceno (Napumocenos Will) (Brasil/Portugal/Bélgica/França/Cabo Verde); 1999 – Orfeu; 2000 – Chega de Cangaço (CM); 2003 – As Tranças de Maria; 2009 – Flordelis – Basta uma Palavra para Mudar. FRANCE MARY Nasceu em Apuiarés, CE, em 18 de fevereiro de 1949. Jovem, vai estudar em Brasília, mudando-se depois para São Paulo, onde fixa residência. Em 1966, um amigo apresenta-a para Waldemar de Morais, que a destaca para fazer uma ponta na novela Redenção, um marco na televisão brasileira. Em 1967 estreia no cinema em O Estranho Mundo de Zé do Caixão, dando conti nuidade à carreira cinematográfica em outros fi lmes como A Ilha do Desejo (1975) e Ao Gosto do Freguês (1984). Filmografia: 1967 – O Estranho Mundo de Zé do Caixão; 1968 – Trilogia do Terror (episódio: Pesadelo Macabro); 1969 – Meu Nome é Tonho; 1972 – Mulher, Sempre Mulher (Eva); As Duas Lágrimas de Nossa Senhora; 1973 – Os Garotos Virgens de Ipanema (Purinhas do Guarujá); 1975 – A Ilha do Desejo (Paraíso do Sexo); O Sexo Mora ao Lado; 1976 – Eu Faço... Elas Sentem; Já não de Faz Amor como Anti gamente; O Rei da Noite; Sabendo Usar não Vai Faltar; Paranoia; 1977 – Esparrela; Inferno Carnal; Não Sou Digna de Ti; Operação Sequestro; 1984 – Ao Gosto do Freguês (episódio: O Vendedor de Beleza). FRANCISCO CARLOS Francisco Carlos Rodrigues Filho nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 5 de abril de 1927. Passa sua infância no Recife, mas retorna ao Rio de Janeiro aos 11 anos de idade. Ingressa na Escola de Belas Artes, pois quer ser pintor. De voz privilegiada e ainda estudante, inicia no Programa Casé, da Rádio Mayrink Veiga. Em 1946 foi contratado como cantor profi ssional pela Rádio Tamoio e depois transferiu-se para a Rádio Globo. Seu primeiro disco, gravado em 1949 pela RCA Victor, trazia a marcha carnavalesca Meu Brotinho, de grande sucesso, e o samba Me Deixa em Paz, ambos compostos por Humberto Teixeira e Luís Gonzaga. Com o sucesso, recebe o apelido de El Broto e o convite para parti cipar do filme Carnaval de Fogo, no qual canta na piscina do Copacabana Palace, rodeado de garotas. Participa de chanchadas importantes como Carnaval na Atlântida (1953) e Colégio de Brotos (1956), entre outros. Em 1953, na Rádio Nacional, foi escolhido pelos ouvintes o melhor cantor do ano, superando Francisco Alves. Em 1958, foi eleito o Rei do Rádio e – com sorriso bonito e pinta de galã – passa a ser conhecido também como o Cantor Namorado do Brasil. A parti r da década de 1960 vai reduzindo suas atividades e passa a dedicar-se totalmente à pintura. No início da década de 1980 tenta retornar à vida artística, mas não alcança êxito, aposentando-se a parti r de então. Morre de câncer, no Rio de Janeiro, em 19 de agosto de 2003, aos 76 anos de idade. Filmografia: 1949 – Carnaval no Fogo; Escrava Isaura; 1950 – Aviso aos Navegantes; Nao é Nada Disso; 1952 – Carnaval Atlântida; Barnabé tu és Meu; 1953 – É Fogo na Roupa; 1954 – Malandros em Quarta Dimensão; 1955 – Guerra ao Samba; 1956 – Colégio de Brotos; Vamos com Calma; 1957 – Cangerê: Uma Fantasia Musical; Garotas e Samba; De Vento em Popa; 1958 – Esse Milhão é Meu; 1960 – Virou Bagunça; Briga Mulher & Samba; Samba em Brasília; Tudo Legal; 1961 – Bom Mesmo é Carnaval; Mulheres, Cheguei!; 1962 – Rio à Noite; 1964 – Interpol Chamando Rio (Interpol Llamando a Río) (Brasil/Argentina); 1975 – Assim Era Atlântida. FRANCO, EDGAR Nasceu em São Paulo, em 18 de agosto de 1937. Começa sua carreira em 1957, na TV Record, quando consegue o terceiro lugar num concurso para atores promovido pela emissora. Na TV Excelsior, em 1961 faz sua primeira novela, A Muralha, quando se transforma definitivamente em galã nacional. Seguem-se outras importantes como A Indomável (1965), Os Fantoches (1967) e O Terceiro Pecado (1968). No teatro, participa de uma dezena de peças, com destaque para Feitiço, sua estreia em 1963, Alegro Desbum, Castro Alves Pede Passagem e O Grande Líder. Na TV Tupi atua em Mulheres de Areia (1973) e Éramos Seis (1977). Estreia no cinema em 1961 no filme Tristeza do Jeca, ao lado de Mazzaropi, com quem faria vários filmes. Ao todo atua em quase trinta películas, nos anos 1970/1980 em sua maioria comédias eróticas. Em 1996 participa de sua última novela, A Última Semana. Morre em 20 de maio de 1996, aos 58 anos de idade, em São Paulo. Deixa esposa Ivonete Vieira Franco e três filhos, Fernando, Eduardo e Rodrigo. Filmografi a: 1961 – Tristeza do Jeca; 1961/1962 – O Vigilante Rodoviário (episódios: O Suspeito e Jogo de Campeonato); 1962 – O Vendedor de Linguiças; 1963 – Casinha Pequenina; 1965 – O Puritano da Rua Augusta; 1966 – Três Histórias de Amor (episódio: Madrugada [Amor na Praia]; 1969 – O Mistério do Taurus 38 (episódio: O Suspeito); 1972 – Nua e Atrevida; Um Caipira em Bariloche; Pânico no Império do Crime (episódio: Jogo de Campeonato); 1973 – Geração em Fuga; 1976 – Já não se Faz Amor como Anti gamente (episódio: Flor de Lys); Kung-Fu contra as Bonecas; 1977 – Pensionato das Vigaristas; 1977 – Jecão, um Fofoqueiro no Céu; Escola Penal de Meninas Virgens; 1978 – Na Violência do Sexo; A Força do Sexo; Bandido! – Fúria do Sexo; 1979 – Os Trombadinhas; A Noite dos Imorais; Paixão de Sertanejo; Os Pankekas e o Calhambeque de Ouro; 1980 – A Mulher que Inventou o Amor; Os Três Mosqueteiros Trapalhões; 1981 – Amélia, Mulher de Verdade; 1983 – As Meninas de Madame Laura; 1983 – O Início do Sexo; O Delicioso Sabor do Sexo; 1988 – O Dia do Gato; 1990 – A Rota do Brilho. FRANCO, MOACYR Nasceu em Ituiutaba, MG, em 5 de outubro de 1936. Com bela voz, começa sua carreira nos anos 1950 como cantor românti co. Destaca-se também como excelente compositor e humorista. Na década de 1960, brilha como o mendigo, no programa Praça da Alegria. Estreia no cinema em 1960 no filme Viúvo Alegre. Participa de poucos filmes, sendo o último Menino Arco-Íris, em 1979. Nas décadas de 1970/1980 faz sucesso apresentando o programa Moacyr Franco Show, pela TV Globo. Da década de 1980 em diante dedica-se mais à composição, sendo de sua autoria vários sucessos sertanejos, nas vozes de duplas como João Mineiro e Marciano. Em 1996 grava a Bíblia falada, em cassetes. Participa das novelas Vidas Cruzadas (1965) e Cavalo Amarelo (1980). Em 1997 retorna à televisão, pelo SBT, para apresentar o programa Concurso de Paródias e, em 1998 o humorístico Meu Cunhado, ao lado de Ronald Golias. Tem cinco filhos, de vários casamentos, sendo Guto (1959), o mais famoso, pois seguiu carreira artística. Do seu último casamento com Daniela, tem um filho, João Vitor (1994). Filmografia: 1960 – Viúvo Alegre; Entrei de Gaiato; 1962 – As Testemunhas não Condenam; 1979 – O Menino Arco-Íris (A Infância de Jesus Cristo). FRANCO, SUELY Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 16 de outubro de 1939. Atriz precoce, sobe ao palco pela primeira aos cinco anos de idade, numa audição de piano. Aos sete faz radioteatro infantil e aos quatorze começa a fazer teatro amador na Igreja em Olaria. Muito bela e graciosa, no final dos anos 1950 é contratada pela Tupi como garota-propaganda. Sua carreira profi ssional começa em 1960, quando Zilka Salaberry a leva para o Teatro dos Sete e no mesmo ano faz sua primeira novela, Gabriela, Cravo e Canela. Em 1961 estreia no teatro na peça Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues, e, em seguida, Pati nho Torto, Os Fantásti kos, Onde Canta o Sabiá, etc. Estreia no cinema em 1968 no filme Dois na Lona, ao lado do iniciante Renato Aragão. Na televisão também tem brilhante participação, em novelas como Simplesmente Maria (1970), O Grito (1975), Baila Comigo (1981), Mulheres de Areia (1993), O Cravo e a Rosa (2000) e Os Sete Pecados (2008). Com grande habilidade para comédia, participa também de vários humorísti cos como Chico City (1973), A Grande Família (2001), A Diarista (2004) e Casos e Acasos (2008). Também brilha como a Dona Benta do Sítio do Pica-Pau Amarelo, de 2004 a 2006. Mas sua paixão sempre foi o teatro. Hoje com 50 anos de carreira e mais de 70 peças, brilha em A Capital Federal, O Mágico de Oz, Somos Todas Irmãs, Outono e Inverno e O Homem Célebre. É uma grande atriz brasileira. Em 2005 a Imprensa Ofi cial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Suely Franco – A Alegria de Representar, de autoria de Alfredo Sternheim. Filmografia: 1962 – O Anjo (CM) (episódio do filme Quatro contra o Mundo); 1968 – Dois na Lona; 1970 – Quatro contra o Mundo (episódio: O Anjo); 1974 – Motel; 1984 – Corpo a Corpo, Todos os Sonhos do Mundo; 1999 – Tarzan (EUA) (dublagem da personagem Kala); 2000 – Minha Vida em suas Mãos; 2002 – Querido Estranho; 2003 – Cristi na Quer Casar; 2004 – Redentor; 2006 – Acredite, um Espírito Baixou em Mim; 2005 – O Papagaio (CM); 2009 – Uma Professora Muito Maluquinha. FRANQUITO Pastor Franco nasceu em Aquidauana, MT, em 30 de março de 1947. Cantor precoce. Seus pais são paraguaios, daí sua natural inclinação pela música Guarani. Começa a cantar com cinco anos de idade, fazendo sua estreia na ZYX20, Rádio Difusora de Aquidauana. Muda-se para Campo Grande e começa a cantar na PRI7, Rádio Cultura. Muito jovem ainda se apresenta em circos. Em 1957 é contratado para fazer show no Teatro Municipal de Assunción, Paraguai. O sucesso foi tanto que fez vinte recitais. Canta na Rádio Nacional em cadeia com diversas emissoras paraguaias. A Copacabana Discos contrata-o e logo grava seu primeiro LP, com o nome Franquito, em que interpreta músicas paraguaias, entre elas Galopera e Índia. Seu sucesso maior acontece no Paraguai e no México, tanto que seu segundo disco, Franquito Prodigioso, de 1959, é totalmente cantado e escrito em espanhol. Em 1961, José Mojica Marins o convida para participar do filme Meu Destino em tuas Mãos, tornando o pequeno cantor conhecido em todo o Brasil. A trilha sonora foi inteiramente composta para o filme, e lançada paralelamente em LP, gravado pela Copacabana Discos, uma grande novidade na época. Embora o filme não tenha feito o sucesso esperado, teve o mérito de mostrar Franquito, o Menino da Voz Cristalina para todo o Brasil. Filmografia: 1961/1962 – Meu Destino em tuas Mãos. FRASER, ETTY Etty Fraser Martins de Souza nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de maio de 1931. Começa sua carreira no teatro. Em 1961/1962, estreia no cinema, ao participar de um episódio da série O Vigilante Rodoviário, intitulado O Rapto do Juca. Na televisão, estreia em 1966 na novela Ninguém Crê em Mim, pela TV Excelsior. Entre outras, já pela TV Tupi, seguem-se Beto Rockfeller (1968), Vitoria Bonelli (1972), Meu Rico Português (1975) e Salário Mínimo (1978). Pela TV Bandeirantes faz Cavalo Amarelo e Dulcineia Vai à Guerra, ambas em 1980. Faz bastante cinema, com destaque para O Supermanso (1974), Dora Doralina (1982) e Durval Discos (2002). Depois de quase 20 anos afastada, tempo em que se dedica ao teatro e a programas culinários apresentados na televisão, retorna em 1998 para importante papel em Torre de Babel, pela TV Globo, como Sarita. No teatro, brilha na peça Porca Miséria. Em 2004 participa da minissérie Um só Coração (2004). Em 2006 transfere-se para a TV Record e parti cipa de Cidadão Brasileiro. Foi casada por muitos anos com o ator Chico Martins (1924-2003). Em 2004 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, pela Coleção Aplauso, lança sua biografia, Etty Fraser – Virada pra Lua, de autoria de Vilmar Ledesma. Filmografia: 1961/1962 – O Rapto do Juca (CM) (episódio da série Vigilante Rodoviário); 1965 – São Paulo S/A; 1969 – O Agente da Lei (episódio: O Rapto do Juca); Em Cada Coração um Punhal (episódio: Transplante de Mãe); 1970 – Pauliceia Desvairada (depoimento); Os Discos Voadores Estão entre Nós; 1971 Diabólicos Herdeiros; 1971/1982 – O Rei da Vela; 1974 – Macho e Fêmea; 1975 – Efigênia Dá tudo que Tem; O Supermanso; 1976 – Senhora; 1981 – O Homem do Pau-Brasil; Belmonte (CM); 1980 – Multi rosas Nacionais (CM); 1982 Dora Doralina; 1992 – As Três Mães (CM); 1995 – A Origem dos Bebês Segundo Kiki Cavalcanti (CM); 2002 – Durval Discos; 2003 – Cristina Quer Casar; República (CM); Por um Fio; 2005 – 21A (CM); 2007 – Sete Vidas (CM); Coração de Tangerina (CM). FRATE, VITÓRIA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20 de maio de 1986. É fi lha dos jornalistas Paulo Markun e Diléa Frate. Estuda Jornalismo, mas não conclui para iniciar curso de teatro. Mora em Londres por oito meses e dez estudando fotografia na Nova Zelândia. De volta ao Brasil, é convidada para parti cipar do filme Era uma Vez..., de Breno Silveira, e em 2009 brilha como Julinha Cadore em Caminho das Índias. É irmã da atriz Ana Markun. Por dois anos namorou o ator Ângelo Antonio. Filmografia: 2008 – Era uma Vez FRATESCHI, ANDRÉ Nasceu em São Paulo, SP, em 29 de março de 1975. É fi lho dos atores Denise Del Vecchio e Celso Frateschi. É musico e ator. Inicia sua carreira em 2004, na minissérie Um só Coração, pela TV Globo, como Flávio de Carvalho. Depois participa de Mad Maria (2005), JK (2006), Páginas da Vida (2007), Queridos Amigos (2008) e Ciranda de Pedra (2008). Como músico, é vocalista da banda de funk e soul Poltrona F, que executa o repertório de David Bowie, tendo já se apresentado em Amsterdã. No teatro, parti cipou de inúmeras peças como Ricardo III, de Shakespeare, com direção de Roberto Lage, e Sossego e Turbulência no Coração de Hortência, do projeto Teatro das Universidades. Em 2007 parti cipa do musical Canções para Cortar os Pulsos, ao lado de Cida Moreira. Estreia no cinema em 2006 no filme Cheiro de Ralo. É casado com Miranda Kassim. Filmografia: 2006 – Cheiro do Ralo; 2008 – Encarnação do Demônio; 2009 – Hotel Atlântico; Insolação; A Guerra de Arturo (CM). FRATESCHI, CELSO Nasceu em São Paulo, SP, em 1952. Estreia no teatro em 1970 na peça Teatro Jornal 1ª Edição, direção de Augusto Boal, no Núcleo 2 do Teatro de Arena, em São Paulo. Em 1972 integra os elencos do Teatro Studio São Pedro, orientados por Mauricio e Beatriz Segall, em Tambores da Noite, sob a direção de Fernando Peixoto e da criação coletiva A Queda da Bastilha, em 1973. Em 1975 é dos fundadores do Teatro Núcleo Independente, localizado na Zona Leste de São Paulo. Em 1976 escreve a peça A Epidemia, com Paulo Maurício, e em 1978 Os Imigrantes, com o qual estreia como diretor, e recebe Prêmio Mambembe como melhor ator. Em 1988 recebe o Prêmio Shell como melhor ator de 1988, por Eras, de Heiner Muller, apresentado no recém-criado por ele Teatro Pequeno. Na televisão também tem passagem interessante, sendo sua estreia em 1985 como o Rui, de Uma Esperança no Ar, depois O Rei do Gado (1996), Belíssima (2006) e Força-Tarefa (2009). É professor licenciado da ECA-USP. Recentemente participou das montagens de Ricardo III e Sonho de um Homem Ridículo. Foi Secretário Municipal de Cultura de Santo André e de São Paulo, na gestão de Marta Suplicy, no período 2003/2004. Foi presidente da Funarte até outubro de 2008, quando se demite entregando uma carta intitulada O Transatlânti co Fantasma, após o qual produz a peça Tio Vânia, de Tchecov. Atualmente é Secretário de Cultura em São Bernardo do Campo. Foi casado com a atriz Denise Del Vecchio, com quem tem dois fi lhos, André e Ludmila Frateschi, também atores. Está casado com a arquiteta e cenógrafa Sylvia Moreira. Filmografia: 1977 – Trem Fantasma; 1983 – A Próxima Vítima; 1997 – O Trabalho dos Homens (CM); 1998 – Contos de Lygia; 2000 – Mater Dei; 2001 – Buff o & Spallanzani; Sonhos Tropicais; 2003 – Cristina Quer Casar; 2006 – Veias e Vinhos – Uma História Brasileira; 2009 – Lula, o Filho do Brasil. FREEDMAN, GEORGE Nasceu em Berlim, Alemanha, em 1941. Adolescente, vem para o Brasil, e em 1959 inicia sua carreira de cantor, imitando Elvis Presley, mas sem êxito. Desanimado, muda-se para a Bahia e começa a trabalhar de recepcionista num hotel de luxo, chegando até a servir o ex-presidente Castello Branco. Quando surge a Jovem Guarda, grava Coisinha Estúpida e fica conhecido no Brasil todo. Seu primeiro filme é de 1960, com Mazzaropi, Zé do Periquito. Com o fim da Jovem Guarda, encerra a carreira artísti ca. Filmografia: 1960 – Zé do Periquito; 1971 – Deus não Perdoa os Malditos (inacabado). FREGOLENTE Ambrósio Fregolente nasceu em São Paulo, SP, em 15 de outubro de 1912. Estuda Medicina no Rio de Janeiro mas somente consegue se formar em 1965, aos 53 anos, quando já é um ator consagrado. Trabalha em teatro, em mais de duzentas peças, e televisão, sendo sua estreia no especial Coração Delator, de 1953. Depois participa das novelas 22-2000 Cidade Aberta (1965), Dona Xepa (1977), Sinhazinha Flô (1977) e Dancin’ Days (1978). Mas é ao cinema que dedica quase toda a vida, atuando em quase setenta filmes. Sua estreia acontece em 1946, em Sempre Resta uma Esperança. Desfila seu talento em fi lmes como Absolutamente Certo (1957), Assalto ao Trem Pagador (1962), Sedução (1974), Dora Doralina (1982), etc. Em plena atividade, morre repentinamente em 19 de março de 1979, aos 66 anos, de ataque cardíaco, em São Paulo. Filmografia: 1946 – Sempre Resta uma Esperança; 1949 – Almas Adversas; Mulher de Longe (inacabado); Escrava Isaura; 1950 – Estrela da Manhã; A Sombra da Outra; Não é Nada Disso; Aglaia (inacabado); 1951 – Tocaia; Coração Materno; Garota Mineira; 1952 – Noivas do Mal; O Preço de um Desejo; Brumas da Vida; Os Três Vagabundos; 1953 – Balança mas não Cai; Dupla do Barulho; 1954 – Marujo por Acaso; Rua sem Sol; 1957 – Absolutamente Certo; O Barbeiro que se Vira; 1958 – Minha Sogra é da Polícia; 1959 – O Homem do Sputnik; 1960 – Só Naquela Base; Cidade Ameaçada; 1962 – Assalto ao Trem Pagador; 1963 – Bonitinha, mas Ordinária; Anchieta (CM) (episódio da série Aventuras da História do Brasil); 1964 – Asfalto Selvagem; 1965 – Paraíba, Vida e Morte de um Bandido; Crônica da Cidade Amada (episódio: Aventura Carioca); Arrastão (Les amants de la Mer) (França/Brasil); O Beijo; Os Selvagens (Die Goldene Göttin Vom Rio Beni) (Alemanha/França/ Espanha/Brasil); 1966 – Mercenários do Crime (episodio: Carnaval de Assassinos) (Lê Carnaval dês Barbouzes) (Itália/França/Áustria/Brasil); O Mundo Alegre de Helô; 1967 – Dick Smart 2/007 (Itália); 1968 – Enfim Sós ... Com o Outro; O Homem que Comprou o Mundo; A Virgem Prometida; 1969 – A Penúlti ma Donzela; Os Paqueras; As Duas Faces da Moeda; 1970 – Anjos e Demônios; Um Uísque Antes...e um Cigarro Depois; O Bolão; 1971 – Viver de Morrer; Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva; O Donzelo; Romualdo e Juliana; 1973 – Vai Trabalhar, Vagabundo; 1974 – O Padre que Queria Pecar; Ainda Agarro esta Vizinha; Sedução (Qualquer Coisa a Respeito do Amor); O Casamento; 1976 – As Aventuras de um Deteti ve Português; 1977 – Gargalhada Final (Os Trambiqueiros); O Ibrahim do Subúrbio (episódio: Roy, o Gargalhador Profissional); Um Marido Contagiante; Ajuricaba, o Rebelde da Amazônia; O Mulherengo; 1978 – Anchieta, José do Brasil; 1979 – Fregolente (CM); Amante Latino; 1982 – Dora Doralina. FREIRE, ÁLVARO Ator de grande fi lmografia no cinema brasileiro, estreia no cinema como diretor em 1969 no curta A Relação. Como ator, em 1976 faz seu primeiro filme, Perdida. Em quinze anos de carreira cinematográfica, atua em mais de trinta filmes. Na televisão, participa de duas minisséries, O Farol (1991), pela TV Manchete, e Tereza Batista (1992), pela TV Globo. Em 1991 atua no filme A Grande Arte (1991), de Walter Salles Jr., retornando somente em 2009 para uma pequena parti cipação em Bela Noite para Voar, como o presidente da Câmara. Filmografia (ator): 1973/1978 – A Lira do Delírio (Bala Certeira); 1975 – Espaço Sagrado (CM) (narração); 1976 – Perdida; A Queda; Dona Flor e seus dois Maridos; 1977 – Na Ponta da Faca; Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia; Gente Fina é Outra Coisa; 1978 – Tudo Bem; O Escolhido de Iemanjá; O Cortiço; Coronel Delmiro Gouveia; 1980 – J. S. Brown, o Últi mo Herói; Gaijin – Os Caminhos da Liberdade; 1981 – Cantinela do Arlequim (CM); Qualquer Semelhança é Mera Coincidência (CM); 1982 – Índia, a Filha do Sol; Aventuras de um Paraiba; Pra Frente, Brasil; Das Tripas Coração; 1983 – Parayba Mulher Macho; Bar Esperança; 1984 – Noites do Sertão; Aguenta, Coração; Águia na Cabeça; 1985 – Pedro Mico; 1986 – O Homem da Capa Preta; 1989 – O Grande Mentecapto; Minas-Texas; Doida Demais; 1990 – Corpo em Delito; 1991 – A Grande Arte; 2009 – Bela Noite para Voar. Filmografia (diretor): 1969 – A Relação (CM); O Presente (CM); 1972 – Viver é uma Festa (CM) (codireção de José Carlos Avellar, Tereza Jorge, Isso Milan e Manfredo Caldas); 1977 – P.S.: Te Amo (CM); Diga Aí, Bahia (CM) (codireção de Emiliano Ribeiro). FREIRE, FÁTIMA Maria de Fátima Naves Freire Maia nasceu em Curitiba, PR, em 20 de julho de 1954. Estreia no cinema em 1973 no filme Aladim e a Lâmpada Maravilhosa, ao lado de Renato Aragão. Na televisão, sua primeira novela é Cuca Legal, em 1975. Firma-se em muitas outras como O Feijão e o Sonho (1976), Cabocla (1979), A Gata Comeu (1985), Anos Rebeldes (1992), Pátria Minha (1994) e, mais recentemente, Sete Pecados (2007). Filmografia: 1973 – Aladim e a Lâmpada Maravilhosa; 1975 – Com as Calças na Mão; Quem Tem Medo de Lobisomem?; Motel; 1976 – Um Soutien para Papai; 1977 – Ódio; Quem Matou Pacífi co?; Loucuras de um Sedutor; 1979 – Paixão de Sertanejo. FREIRE, GRACINDA Gracine Freire nasceu em Natal, RN, em 31 de julho de 1925. Começa sua carreira cursando o Serviço Nacional de Teatro. Estreia em 1951 com a peça Primadona. Em seguida trabalha no Teatro de Comédia, com Bibi Ferreira, Alda Garrido e outros. Faz uma temporada de dois anos no Teatro Municipal e, entre 1956 e 1958, excursiona pela Europa. De volta ao Brasil, monta sua própria companhia, estreando com a peça Se Quer, Diz Logo. Atriz e empresária de sucesso, estreia no cinema em 1959 no filme Homem Fora do seu Meio, produção inacabada. Seguem-se Três Cabras de Lampião (1962), Gimba, Presidente dos Valentes (1963), Mineirinho, Vivo ou Morto (1966), como Isabel, a mulher rejeitada pelo bandido, num de seus melhores momentos, Cassy Jones, o Magnífi co Sedutor (1972), Chuvas de Verão (1978) e Estranhas Relações (1983), seu último filme. Trabalha muito também em teatro e televisão, participando das novelas Um Gosto Amargo de Festa (1969), sua estreia, Bandeira 2 (1971), O Semideus (1973), Senhora (1975), O Feijão e o Sonho (1976), Sem Lenço, sem Documento (1977), Dancin’ Days (1978), Feijão Maravilha (1979), Chega Mais (1980) e Séti mo Sentido (1982). Morre em 11 de julho de 1995, 20 dias antes de completar 70 anos de idade, de derrame cerebral, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1959 – Um Homem Fora do Seu Meio (inacabado); 1962 – Três Cabras de Lampião; Assalto ao Trem Pagador; 1963 – Gimba, Presidente dos Valentes; 1964 – Procura-se uma Rosa; 1966 – Mineirinho Vivo ou Morto; 1969 – Pedro Diabo Ama Rosa Meia-Noite; 1970 – Pra Quem Fica, Tchau!; 1971 – Faustão; Rua Descalça; 1972 – Cassy Jones, o Magnífi co Sedutor; 1974 – Um Homem Célebre; Aladim e a Lâmpada Maravilhosa; O Filho do Chefão; 1975 – Ana, a Libertina; Ipanema, Adeus; 1976 – Com um Grilo na Cama; Maníacos Eróti cos; 1977 – A Árvore dos Sexos; 1978 – Chuvas de Verão; Inquietações de uma Mulher Casada; Nos Embalos de Ipanema; A Noiva da Cidade; 1980 – Terror e Êxtase; Bububu no Bobobó; 1981 – Os Vagabundos Trapalhões; Amor e Traição (A Pele do Bicho); 1982 – Dora Doralina; 1983 – Estranhas Relações. FREIRE, JUSSARA Nasceu em Campo Grande, MS, em 8 de fevereiro de 1951. Começa sua carreira no teatro. Em 1973 estreia na televisão, na Record, na novela Venha Ver o Sol na Estrada. Parti cipa, na TV Tupi, das séries Senhoras e Senhores e Sossega Leão. Brilha em Pantanal (1990) e Guerra sem Fim (1994), ambas pela TV Manchete, Éramos Seis, em 1994, pelo SBT. No teatro, compõe a montagem da peça Alegro Desbum, grande sucesso, em 1976. Estreia no cinema em 1974 no filme Sedução. Nos últi mos anos tem atuado muito em teatro. Em 1998 é contratada pela TV Record para compor o recém-criado núcleo de teledramaturgia da emissora e tem papel de destaque na novela Estrela de Fogo. Contratada pela TV Globo, participa da minissérie Os Maias (2001) e das novelas Coração de Estudante (2002), Cabocla (2004) e Belíssima (2006), como a irreverente Tosca Rodrigues. De volta à TV Record, parti cipa de Vidas Opostas (2007) e Chamas da Vida (2008). Fez pouco cinema, a qual está afastada desde 1983. Foi casada com o ator Marcos Caruso por vinte anos (1974/1994), com quem tem dois filhos, Mari e Caetano Caruso. Filmografia: 1974 – Sedução (Qualquer Coisa a Respeito do Amor); 1975 – O Sexo Mora ao Lado; O Supermanso; 1979 – Adultério por Amor; 1983 – O Médium. FREIRE, MARINA Marina da Cunha Freire Junqueira Franco nasceu em São Paulo, SP, em 6 de junho de 1910. Começa sua carreira artística em 1938, no teatro, convidada por Alfredo Mesquita para participar da peça Casa Assombrada. Depois, ajuda a fundar o TBC, Teatro Brasileiro de Comédia, ao atuar na peça A Mulher do Próximo, de Abílio Pereira de Almeida. Lá desponta como grande atriz, em inúmeras montagens importantes, como O Banquete, de Lúcia Benedetti; O Grilo na Parede, de Dickens; e Harvey, de Mary Chase. Do TBC para a Vera Cruz, estreia no cinema em 1952 no filme Tico-Tico no Fubá. Seu maior momento acontece em Sinhá Moça (1953), com destacado papel. Nos anos 1960/1970 atua em diversos filmes como Casinha Pequenina (1963), O Quarto (1971) e A Infidelidade ao Alcance de Todos (1972), seu último filme. Na televisão, estreia em 1958 no especial David Copperfield, depois A Ponte de Waterloo (1967), Estrelas no Chão (1967), Nino, o Italianinho (1969), Toninho on the Rocks (1970) e A Fábrica (1971). Sempre em atividade, morre em 2 de maio de 1974, aos 63 anos de idade, em São Paulo, de problemas cardíacos. Filmografia: 1952 – Tico-Tico no Fubá; 1953 – Esquina da Ilusão; Família Lero-Lero; Sinhá Moça; 1954 – Floradas na Serra; 1957 – Absolutamente Certo; Osso, Amor e Papagaios; 1958 – Macumba na Alta; 1960 – Dona Violante Miranda; 1963 – Casinha Pequenina; Noites Quentes de Copacabana (Mord In Rio) (Brasil/Alemanha); 1964 – Vidas Estranhas; 1965 – O Puritano da Rua Augusta; A Desforra; 1968 – O Quarto; 1971 – Lua de Mel & Amendoim; 1972 – A Infidelidade ao Alcance de Todos (episódio: A Transa). FREIRE, NAPOLEÃO MONIZ Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1928. Produtor, Ator, cenógrafo e figurinista. Em 1951 forma-se Engenheiro Civil pela Escola Nacional de Engenharia, mas paralelamente ingressa no grupo O Tablado, de Maria Clara Machado. Como engenheiro, trabalha na Administração Regional de Copacabana e cuida do restauro de vários teatros desativados. Cria o Festival de Teatro Infanti l. Como ator, estreia na peça Tio Vânia, de Tchecov. Como cenógrafo, ganha inúmeros prêmios como na peça Pigmaleoa, de Millor Fernandes, em 1962, a qual recebe o prêmio ABCT de Melhor Figurino. Produz O Amante, A Coleção, O Sr. Puntilla e Seu Criado Matti, Casa das Bonecas, etc. Dirige o Teatro Tablado, Teatro de Hoje e tantos outros. No cinema, estreia em 1962 no consagrado Cinco Vezes Favela, no episódio Couro de Gato. Em 1968 faz seu último filme, Cara a Cara, mas é ao teatro que dedica toda sua vida. Morre em 18 e novembro de 1971, no Rio de Janeiro, aos 43 anos de idade. Filmografia: 1962 – Cinco Vezes Favela (episódio: Couro de Gato); 1965 – Society em Baby-Doll; 1968 – Cara a Cara. FREITAS, FERNANDA DE Fernanda de Freitas Sahdo nasceu em São José do Rio Preto, SP, em 25 de fevereiro de 1980. Aos seis anos de idade começa a estudar balet e aos quinze já dava aulas em escolas infantis. Em 2000 muda-se para o Rio de Janeiro. Começa sua carreira na televisão, em 2002, como a Loló na novela Coração de Estudante. Depois parti cipa de Kubanacan (2004), Como uma Onda (2005), Bang-Bang (2006), Pé na Jaca (2007) e Negócio da China (2009). Estreia no cinema em 2005 no filme Cidade Baixa, mas destaca-se como a Roberta de Tropa de Elite. Em 2009 entra para a novela Negócio da China, no papel de Antonella. Bela e talentosa, fã de Al Pacino e Marlon Brando, desponta como grande atriz brasileira. Filmografia: 2005 – Cidade Baixa; 2006 – Zuzu Angel; 2007 – Tropa de Elite; 2008 – A Casa da Mãe Joana; 2010 – Malu de Bicicleta. FREITAS, LEVERDÓGIL DE Nasceu em Santo Ângelo, RS, em 1949. Ainda criança, dança peças do folclore gaúcho no Clube 28 de Maio, em Santo Ângelo. Ainda em sua cidade participa de grêmios literários e promove jantares com apresentações teatrais. Integra o Teatro Universitário Santo Ângelo – TUSA. Conhecido no meio artístico como Lever, é jornalista em 1981 e ex-funcionário do antigo INPS em 1985, mas abandona tudo para dedicar-se à carreira de ator. Vai para o Rio de Janeiro mas não obtém sucesso, resolve então tentar a sorte em São Paulo, onde logo já participa de um comercial de sabão em pó. De volta à sua cidade, vai trabalhar numa rádio como locutor e redator. No teatro, atua em dezoito peças, sendo seis infantis e doze adultas, como Rei Leão e Sua Confusão, de Rosa Cunha; A Cigarra e a Formiga, de sua autoria; Lili Inventa o Mundo, de Mário Quintana; O Estado Sagrado, de Fritz Ochwalder; As Gralhas, de Franz Kafka; O Abajur Lilás, de Plínio Marcos; Terror e Miséria no III Reich, de Bertolt Brecht; Orquestra de Senhoritas, de Anton Tchecov; e Ich Feuerbach, de sua autoria, em que é aplaudido de pé em todas as apresentações. além da direção de quatro espetáculos de dança. Estreia no cinema em 1984 no curta A Divina Pelotense. Atua em quinze filmes, em sua maioria curtas-metragens gaúchos. Por Deus Ex-Machina, de 1995, arrebata quase todos os prêmios do ano de melhor ator, entre eles o Kikito de Gramado. Em 1997 vai para a televisão participar do programa Comédia da Vida Privada, pela TV Globo. É falecido. Após sua morte, é homenageado com seu nome à frente de uma biblioteca, agora Biblioteca Leverdógil de Freitas. Filmografia: 1984 – A Divina Pelotense (CM); 1986 – Quero Ser Feliz; Gota de Teatro (CM) (narração e depoimento); 1992 – Batalha Naval (CM); 1993 – A Pequena Vida das Pessoas Grandes (CM); 1994 – A Festa (CM); 1995 – Deus Ex-Machina (CM); O Caso do Linguiceiro (CM); 1996 – Um Homem Sério (CM); 1997 – Nós (CM); Ângelo Anda Sumido (CM); Anahy de las Misiones; O Que É Cinema? (CM) (depoimento); Escuro (CM); 1998 – A Vida do Outro (CM). FREITAS, MÁRIO LÚCIO DE Mário Lúcio de Freitas nasceu em São Paulo, SP, em 22 de dezembro de 1948. De família circense, seu pai, Nestor de Freitas Filho, o palhaço Beicinho, era dono do Circo Marabá. Já como o palhacinho Fominha, estreia no picadeiro aos quatro anos de idade, em 1952, formando dupla ao lado do irmão Renée, já cantando e interpretando peças de teatro. Em 1960 estreia na TV Paulista e em 1961 na série Vigilante Rodoviário, em cinco episódios, ao lado de outras crianças como Tuca, Arlindinho e Gasolina, um sucesso sem precedentes na televisão brasileira, chegando a atingir 66 pontos de audiência na extinta TV Tupi. A partir daí consolida sua carreira artística, como ator, apresentador, produtor, diretor, humorista, cantor e músico. Em meados dos anos 1960, Mário Lúcio, já adolescente, apresenta o Parque Petistil, ao lado de Branca Ribeiro, e o Sessão Zás Trás. Como guitarrista, integra vários grupos famosos dos anos 1960 como Os Beatniks, Os Iguais, banda esta em que fazia parte também o cantor Antonio Marcos, e The Jet Blacks, já em sua segunda formação, sem o guitarrista Gato. Com eles, participa do filme Audácia – A Fúria dos Desejos, inclusive compondo e interpretando o tema de abertura do filme. A partir dos anos 1970 torna-se importante produtor musical. No final dos anos 1970 dirige a parte musical do programa Barros de Alencar e, no início dos anos 80 apresenta o programa Violão pela TV, ao lado de Marisa Leite de Barros, pela TV Cultura. Cria famosas aberturas musicais de 1981 a 1996 como a do Chaves, TJ Brasil, Hebe, Programa Livre, Punk, Fly, Bananas de Pijamas, Chispita, Os Ricos Também Choram, etc. Filmografia:1961/1962 – Café Marcado; O Suspeito; O Garimpo; Fórmula de Gás; Os Cinco Valentes (episódios da série Vigilante Rodoviário); 1966 – Vigilante e os Cinco Valentes (episódio: Os Cinco Valentes); 1969 – O Mistério de Taurus 38 (episódios: Café Marcado, O Suspeito, O Garimpo e Fórmula de Gás); 1970 – Audácia – A Fúria dos Desejos (episódio Amor 69) (com os Jet Blacks). FREITAS, NELSON Nasceu em Mogi das Cruzes, SP, em 25 de junho de 1962. Aos doze anos vai para o Colégio Militar, Marinha Mercante. Depois, já morando no Rio de Janeiro, estuda Análises de Sistemas na PUC, vê anúncio de curso de teatro no Planetário da Gávea e resolve arriscar. Estreia profissionalmente em 1987 na peça Nossa Senhora das Flores, de Jean Genet, direção de Mauricio Abud e Luiz Armando Queiroz. Com fortes tendências para o canto, acaba participando de vários musicais dirigidos por Wolf Maia, Jorge Fernando, Diogo Vilella, etc. Em 1990 vai para a TV Manchete, fazendo sua estreia na minissérie Rosa dos Rumos e no ano seguinte Ilha das Bruxas. Em 1993 é contratado pela TV Globo para a novela Mapa da Mina. Em 1997 vive entre Argentina e Brasil protagonizando a versão brasileira de Chiquiti tas. De volta à TV Globo, entra para o humorístico Zorra Total, a qual permanece até hoje, desempenhando vários papeis, sendo um dos protagonistas do programa. Em 2004 atua no espetáculo O Micofone, ao lado de Raul Gazzola, e em 2007 apresenta sozinho o espetáculo Nelson Freitas e Vocês, direção de Chico Anysio. Como cantor, já lançou dois CDs. No cinema, estreia em 2006 no filme Acredite, um Espírito Baixou em Mim e está no novo filme Casamento Brasileiro, de Fauzi Mansur, diretor paulista afastado há muitos anos. Está casado com Maria Cristina Cordeiro. É um dos grandes humoristas brasileiros do momento. Filmografia: 2006 – Acredite, um Espírito Baixou em Mim; 2007 – O Demoninho de Olhos Pretos; 2010 – Casamento Brasileiro; Espiral. FREITAS, STELA Maristela Andrade Freitas nasceu em São Paulo, SP, em 18 de maio de 1951. Começa carreira no teatro, em 1972, nas peças Os Iqs e Victor ou as Crianças no Poder, ambas dirigidas por Celso Nunes. Muito ligada ao teatro, participa de inúmeras peças, com destaque para A Resistência, Lição de Anatomia, Os Órfãos de Jânio e Aurora da Minha Vida. Causa polêmica sua interpretação na peça Pedra, a Tragédia, com linguagem besteirol. Estreia no cinema em 1977 no filme A Árvore dos Sexos. Entre tantos, atua também em Memórias do Cárcere (1984), Central do Brasil (1998) e, mais recentemente, O Vestido (2003). Na televisão em 1977, passa a ser conhecida como a Cuca, do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Na sua primeira novela, já faz sucesso, como a empregada Dinalda, na novela Sassaricando (1987), pela TV Globo. Depois participa dos humorísti cos Chico Anysio Show (1982), Escolinha do Professor Raimundo (1990), Estados Anysios de Chico City (1991) e Zorra Total (1999). Contratada pela TV Record, tem papel de destaque em Luz do Sol (2007) e Chamas da Vida (2008). Filmografia: 1975 – Anatomia do Espectador (CM); 1977 – A Árvore dos Sexos; 1982 – Das Tripas Coração; 1984 – Memórias do Cárcere; 1986 – Com Licença, e Vou à Luta; 1987 – Sonho de Valsa; Urubus e Papagaios; 1988 – Romance da Empregada; 1990 – Stelinha; 1998 – Central do Brasil; 2002 – Como se Morre no Cinema (CM); 2003 – O Vestido. FREITAS, THALMA DE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 14 de maio de 1974. É fi lha do pianista, arranjador, compositor e maestro Laércio de Freitas. Inicia sua carreira profissional em 1992, como cantora, fazendo musicais principalmente na cidade de São Paulo, com destaque para Noturno, da Cia. dos Menestréis, com direção de Oswaldo Montenegro. E 1993 atua em Hair, dirigida por Jorge Fernando, fazendo enorme sucesso e no ano seguinte no musical Nas Raias da Loucura, estrelado por Claudia Raia. Recebe o convite então do diretor para participar de sua próxima novela, Vira-Lata, em 1996, e depois outras como Laços de Família (2000) e Sete Pecados (2007). Apesar do sucesso como atriz, leva paralelamente a carreira de cantora, sendo, inclusive, crooner da big band Orquestra Imperial. Grava dois CDs, Thalma de Freitas, em 2004, e Carnaval só no Ano que Vem, em 2007. Estreia no cinema em 2001 no filme O Xangô de Baker Street, mas seu grande momento foi mesmo em 2005, com Filhas do Vento, a qual ganha o Kikito de melhor atriz no Festival de Cinema de Gramado. Bela e sensual, é um dos grandes talentos brasileiros dos últi mos anos. Filmografia: 2000 – Gurufim na Mangueira (CM); 2001 – Xangô de Baker Street; 2003 – O Corneteiro Lopes (CM); 2005 – Filhas do Vento; Brasileirinho – Grandes Encontros do Choro (narração). FRERING, ANTONIA Tereza Antonia Mayrink Veiga Frering nasceu no Rio de Janeiro, em 12 de janeiro de 1965. É filha da socialite Carmen Mayrink Veiga. Aos 20 anos casa-se com o milionário Guilherme Frering. Forma-se pela Mountview Academy of Theatre Arts, de Londres, Inglaterra, e somente aos 36 anos resolve seguir carreira de atriz. Tereza mora em Londres desde 2000, com o marido e os filhos. Em 2003, estreia na carreira artística na produção feita para a TV Madre Tereza de Calcutá. No cinema, seu primeiro filme é brasileiro, Irmãos de Fé. Na TV Globo, parti cipa de Cobras e Lagartos (2006), Toma Lá, Dá Cá (2008) e Três Irmãs (2009). Com muita beleza e talento, está, aos poucos, consolidando sua carreira de atriz internacional. Filmografia: 2004 – Irmãos de Fé; 2005 – Bridget Jones: The Edge of Reason (França/Alemanha/Irlanda/EUA); You Can Run (Inglaterra) (CM); 2006 – Se eu Fosse Você. FREUND, EDWARD Nasceu em Varsóvia, Polônia, em 1927. Começa sua carreira na década de 1940, como cinegrafista em documentários e filmes italianos. Muda-se para o Brasil em 1947 e inicia carreira técnica na Vera Cruz. Faz de tudo um pouco: câmera, diretor de fotografia, produtor e diretor. Estreia na direção em 1960 no filme Férias no Arraial. Entre outros, dirige também Enquanto Houver uma Esperança (1968) e Ainda Agarro esse Machão (1975). Como ator, parti cipa de muitos filmes, com destaque para As Gatinhas (1970) e Herança dos Devassos (1980). Morre em 1982, aos 55 anos de idade. Filmografia (ator): 1970 – As Gatinhas; 1972 – Gringo, o Últi mo Matador (O Matador Eróti co); Fora das Grades; Um Pistoleiro Chamado Caviúna; Quatro Pistoleiros em Fúria; 1973 – Trindad... é meu Nome; 1974 – Sedução (Qualquer Coisa a Respeito do Amor); 1975 – O Fracasso de um Homem em duas Noites de Núpcias; Lílian M: Relatório Confidencial; Confi ssões Amorosas; 1977 – A Casa das Tentações; O Segredo das Massagistas; 1978 – Belas e Corrompidas; 1979 – Colegiais e Lições de Sexo; Alucinada pelo Desejo; 1980 – Diário de uma Prosti tuta; Herança dos Devassos. Filmografia (diretor): 1960 – Férias no Arraial; 1966 – A Vida Quis Assim; 1968 Enquanto Houver Esperança; 1971 – Um Pistoleiro Chamado Caviúna; 1972 Quatro Pistoleiros em Fúria; 1973 – Trindade... é meu Nome; Ainda Agarro esse Machão; 1978 – No Tempo dos Trogloditas (Quando as Mulheres Tinham Rabo); 1979 – Diário de uma Prosti tuta; 1980 – A Virgem e o Bem-Dotado. FREYRE, SUZANA Nasceu em Rosário, Santa Fé, Argentina, em 5 de setembro. Começa sua carreira no teatro em 1943 com a companhia de Paulina Singerman. Logo vem a estreia no cinema argenti no, no filme O Canto do Cisne, fazendo uma ponta, mas que lhe vale o título de revelação do ano. Alterna carreira entre teatro e cinema, tendo atuado inclusive em outros países, como o México, em A Casa da Louca; Venezuela, em O Demônio de um Anjo, e Brasil, em Leonora dos Sete Mares (1956). Retorna à Argenti na, mas volta em 1958, a convite de Carlos Brant, para interpretar Gigi, nos palcos do Copacabana Palace, peça que já era estrondoso sucesso na Argentina. Em 1947 casa-se na Argentina com o diretor Carlos Hugo Christensen, com quem tem um fi lho, Hugo, nascido em 1951. Tem carreira sólida também na TV Argentina, sendo sua estreia em 1965 na minissérie Show Standard Electric. Sua primeira novela é La Búsqueda, de 1966. A partir dos anos 1970 atua com frequência na TV, em novelas como Enséñame a Quererte (1974), Cuando es Culpable el Amor (1983) e Entre el Amor y el Poder (1984), quando encerra sua carreira artísti ca. Filmografia: 1945 – El Canto Del Cisne (Argentina); Las Seis Suegras de Barba Azul (Argenti na); 1946 – El Gran Amor de Bécquer (Argentina); No Salgas Esta Noche (Argentina); 1947 – Com el Diablo em el Cuerpo (Argentina); 1948 – La Novia de la Marina (Argentina); Una Atrevida Aventurita (Argenti na); 1949 – Por Qué Mintió la Cigueña? (Argenti na); 1950 – El Demônio es un Angel (Argen-tina); La Loca de la Casa (Argenti na); 1953 – Um Angel Sin Pudor (Argentina); 1956 – Leonora dos Sete Mares (Brasil); 1958 – Meus Amores no Rio (Mis Amores en Río) (Brasil/Argentina); Matemática Zero, Amor Dez (Brasil); 1960 – Amor para Três (Brasil/Argenti na); 1963 – Paula Cativa (Argenti na); 1964 – Primero Yo (Argenti na); 1974 – La Flor de la Máfia (Argentina) FRIAS, MÁRIO Mário Luis Frias nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 9 de outubro de 1971. Desde criança se interessa por música, tornando-se guitarrista e compositor. Estreia como ator em 1996 no programa Caça Talentos, como Alex Jr. e em seguida Malhação. Sua primeira novela é Meu-Bem-Querer, como Patrício Amoedo, em 1998. Depois seguem-se As Filhas da Mãe (2001), a minissérie O Quinto dos Infernos (2002), O Beijo dos Vampiros (2002) e Senhora do Destino (2005). Contratado pela TV Bandeirantes, protagoniza a novela Floribella, em 2005, no papel de Conde Máximo, pela TV Record atua em Os Mutantes (2008) e – pela TV Globo – Casos e Acasos (2009). Estreia no cinema em 2004 no filme Mater Dei. Foi casado com a atriz Nívea Stelmann de 2003 a 2005 com quem tem um filho, Miguel (2004). Está casado desde 2008 com Juliana Camatti da Silva. Filmografia: 2004 – Mater Dei. FRICKS, CHARLES Nasceu em Cachoeiro do Itapemirim, ES, em 1972. Inicia sua carreira fazendo teatro amador ainda em sua cidade natal. Mora um ano nos Estados Unidos e, na volta, muda-se para o Rio de Janeiro para estudar teatro. Em 1994 ingressa na Companhia dos Atores de Laura, dirigida por Daniel Herz e Susanna Kruger, atuando em mais de dez peças, com destaque para Hedda Gabler, direção de Walter Lima Jr.; O Conto do Inverno, direção de Daniel Herz; A Ira de Aquiles, direção de Hamilton Vaz Pereira, etc. Por sua atuação na peça As Artimanhas de Scapino (2002/2009), recebe indicação ao Prêmio Shell. Estreia na televisão em 1999 na minissérie Chiquinha Gonzaga, depois Hoje é Dia de Maria (2005), Carga Pesada (2006), O Sistema (2007), Capitu (2008), Por Toda Minha Vida: Raul Seixas (2009) e Aline (2009). Sempre preferiu o teatro, destacando-se também em N.I.S.E. (2006), Ensaio de Mulheres (2007/2008) e Macbeth (2010). Filmografia: 2001 – Tem Alguém Aí? (CM); 2002 – Patuá (CM); Baseado em Histórias Reais (CM); 2003 – TPM: Tensão Pré-Matrimonial (CM); 2004 – Qua-se dois Irmãos; 2006 – O Passageiro – Segredos de Adulto; 2007 – Sem Controle; 2008 – Até Quando? (CM); 2009 – Casulo (CM); 2010 – Chico Xavier; Tropa de Elite 2. FRÓES, CÉLIA Nasceu em Santos, SP. Desde os doze anos de idade faz teatro amador, quando muda-se para São Paulo para tentar a sorte como profissional. Estreia no cinema em 1974 no filme Desejo Proibido. Parti cipa ativamente do gênero pornochanchada, em fi lmes como O Supermanso (1975) e Doramundo (1978), a partir do qual, encerra sua carreira no cinema. Filmografi a: 1974 – Desejo Proibido; 1975 – O Clube das Infiéis; O Supermanso; 1976 – Já não se Faz Amor como Anti gamente (episódio: Flor de Lys); Kung Fu contra as Bonecas; Pesadelo Sexual de uma Virgem; O Sexualista; 1977 – Pintando o Sexo; Garimpeiras do Sexo; Guerra é Guerra (episódio: O Poderoso Cifrão); 1978 – Doramundo. FRÓES, GISELE Gisele Salles Fróes nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1964. Forma-se no curso para atores da CAL – Casa das Artes de Laranjeiras. Depois inicia carreira de atriz teatral com importantes diretores do teatro carioca como Moacyr Góes, Aderbal Freire Filho, Moacir Chaves, Domingos Oliveira, Jefferson Miranda, etc. Parti cipa de dezenas de peças, com destaque para Sonho de uma Noite de Verão (1985), Lampião (1991), Senhora dos Afogados (1994), Carícias (2001), Divã (2005), O Mundo dos Esquecidos (2007), etc. Em 2004 recebe o prêmio Shell de melhor atriz pela peça Deve Haver Algum Sentido em Mim que Basta, pela Companhia de Teatro Autônomo. Em 1986 estreia na televisão na novela Dona Beija, pela TV Manchete, como Dolores. Como atriz essencialmente teatral, fez pouca televisão e cinema. Em 2008 seu rosto se torna familiar ao grande público ao interpretar a Lorena Copola Mendonça, na novela A Favorita, uma das filhas do Copola, papel de Tarcísio Meira. É filha do ator Rogério Fróes. Tem um filho chamado João. Filmografia: 2010 – VIPs. FRÓES, HELMÍCIO Nasceu em Campos dos Goytacazes, RJ, em 10 de julho de 1920. Estreia no cinema em 1948 no filme Terra Violenta. Entre outros, participa também de Assassinato em Copacabana, de 1962,e El Justi cero, de 1967. Na televisão, sua primeira novela é O Tempo e o Vento, de 1967. Nos anos 1970 parti cipa das novelas Irmãos Coragem (1970), Pecado Capital (1975), Gabriela (1975), O Feijão e o Sonho (1976), Coração Alado (1980), Água Viva (1980), O Amor é Nosso (1981) e O Portador (1991). Em 1998 faz sua última participação na televisão no programa Você Decide, episódio: Vida. Morre em 27 de abril de 2005, aos 84 anos de idade, vítima de falência múltipla de órgãos, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1948 – Terra Violenta; 1950 – Echarpe de Seda; Katucha; 1951 – Dentro da Vida; Maria da Praia; 1962 – Assassinato em Copacabana; 1967 – El Justi cero; 1976 – Marília e Marina; 1997 – O Homem Nu. FRÓES, LEOPOLDO Leopoldo Constantino Fróes da Cruz nasceu em Niterói, RJ, em 30 de setembro de 1882. Ator, compositor, letrista e cantor brasileiro. Forma-se em Direito e vai trabalhar na Embaixada brasileira na França, mas queria mesmo ser ator. Estreia em 1903, no Teatro Príncipe Real, em Lisboa, na peça O Rei Maldito, de Marcelino Mesquita. Depois do sucesso na Europa, retorna ao Brasil em 1915 e é contratado pela Companhia de Dias Braga. Em 1916 estreia no cinema no filme Perdida, direção de Luiz de Barros. Em 1917 funda sua primeira companhia e, a partir daí, faz sucesso absoluto no Rio de Janeiro e no País, firmando-se como o mais importante ator e empresário brasileiro. Grava pela Odeon um único disco com a música Mimosa, em 1921, mas compõe valsas, lundus, canções e outros gêneros. Em 1918 funda, com outras personalidades do Rio de Janeiro, o Retiro dos Arti stas, enti dade que acolhe os arti stas idosos que não têm onde morar e que existe até hoje. Extraordinariamente inteligente, pouco ensaiava os textos e raramente estudava. Depois de vários anos de sucesso, começa a decadência e, sentindo-se abandonado pela plateia brasileira, retorna a Portugal. Mas já estava doente. Foi casado por muitos anos com a atriz e fadista portuguesa Maria Portuzellos. Morre em 2 de março de 1932, em um sanatório, em Davos, Suíça, aos 49 anos de idade. Filmografia (ator): 1916 – Perdida; 1917 – A Viuvinha do Cinema; 1923 – A Companhia Leopoldo Fróes (CM); 1931 – Minha Noite de Núpcias (Portugal/ EUA/França). Filmografia (diretor): 1917 – A Viuvinha do Cinema. FRÓES, ROGÉRIO Rogério de Souza Fróes nasceu em Santos Dumont, MG, em 21 de setembro de 1934. Adolescente, muda-se para o Rio de Janeiro e matricula-se na Escola de Arte Dramática do Teatro Duse, de Paschoal Carlos Magno. Passa a atuar sem parar, em peças como As Feiticeiras de Salem, de Arthur Miller; Agonia do Rei, de Ionesco; Em Família, de Oduvaldo Vianna Filho; e Constantina, de Somerset Maugham. Como diretor teatral, mostra competência nas peças Estes Jovens Sonhadores e Seus Caminhos Maravilhosos, A Onça e o Bode e O Mágico de Oz. Na televisão, sempre pela Globo, participa de inúmeras novelas como Passos dos Ventos (1968), sua estreia, Rosa Rebelde (1969), Assim na Terra como no Céu (1970), Bandeira 2 (1971), Selva de Pedra (1972), O Espigão (1974), Cuca Legal (1975), O Bem-Amado (1977), Os Gigantes (1979), A Gata Comeu (1985), Gente Fina (1990), Guerra sem Fim (1993) e Senhora do Destino (2000). Estreia no cinema em 1967 no filme Perpétuo contra o Esquadrão da Morte, destacandose depois Lição de Amor (1976), Consórcio de Intrigas (1980), Banana Split (1988), Mauá, o Imperador e Rei (1999) e, mais recentemente, Vestido de Noiva. Contratado pela TV Record, tem atuado com frequência em novelas como Vidas Opostas (2007) e Amor e Intrigas (2007). Ao longo de sua carreira, ganha inúmeros prêmios tanto como ator quanto como diretor. Filmografia: 1967 – Perpétuo contra o Esquadrão da Morte; 1968 – Maria Bonita, Rainha do Cangaço; 1971 – Missão: Matar; O Barão Otelo no Barato dos Bilhões; 1974 – As Mulheres que Fazem Diferente (episódio: Flagrante de Adultério); 1976 – Lição de Amor; Essa Mulher é Minha... e dos Amigos; 1978 – Amada Amante; Assim Era a Pornochanchada; 1979 – Sábado Alucinante; O Caso Cláudia; Memórias do Medo; O Preço do Prazer (Onde Andam Nossos Filhos?); 1980 – Consórcio de Intrigas (Consórcio do Sexo); 1981 – Os Vagabundos Trapalhões; 1982 – Menino do Rio; 1988 – Banana Split; 1990 – Sonho de Verão; 1992 – O Destino de Sarah (inacabado); 1999 – Mauá – o Imperador e o Rei; Tepê (CM); 2000 – Vida e Obra de Ramiro Miguez; 2004 – Redentor; 2006 – Vestido de Noiva; 2009 – Bela Noite para Voar. FRONZI, CÉSAR Nasceu na Itália, em 1898. Radicado no Brasil, inicia carreira no teatro, primeiro como ator e depois como empresário de sucesso. Casa-se com Yolanda Fronzi, com quem tem uma fi lha, Renata Fronzi (1925–2008), consagrada atriz. Com a esposa, faz excursões por todo o Brasil. Estreia no cinema em 1925 no filme Quando Elas Querem. Dedica sua carreira quase que integralmente ao teatro. Morre em 1948, aos 50 anos de idade. Filmografia: 1925 – Quando Elas Querem; 1946 – Caídos do Céu; Segura esta Mulher; 1947 – Este Mundo é um Pandeiro; 1948 – Famoso Cornélio (inacabado). FRONZI, RENATA Renata Mirra Ana Maria Fronzi nasceu em Rosário de Santa Fé, Argentina, em 1º de agosto de 1925. Com um ano de idade, vem para o Brasil e com quinze estreia na Companhia de Operetas, de propriedade dos seus pais, César e Yolanda Fronzi. Depois vai para o teatro musicado, como dançarina e vedete. Estreia no cinema em 1946 no filme Fantasma por Acaso e faz sucesso, ao participar de chanchadas como Garotas e Samba (1957) e Massagista de Madame (1959). Até 1966 dedica sua carreira quase exclusivamente ao cinema. Nesse ano estreia na televisão na novela O Rei dos Ciganos, como Tânia, mas é entre 1967 e 1972, como Helena da Família Trapo, ao lado de Otelo Zeloni e Ronald Golias, que fica conhecida nacionalmente, no humorísti co de grande sucesso da TV Record. O programa depois seria reeditado na TV Bandeirantes, como a minissérie Bronco, no início dos anos 1980, mas sem o mesmo brilho. Nos anos 1970 atua em diversas novelas como Minha Doce Namorada (1971), O Semideus (1973), Pecado Rasgado (1978), Jogo da Vida (1981), Transas e Caretas (1984) e na minissérie Memorial de Maria Moura (1994). Na TV Manchete, faz A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990) e na Bandeirantes A Idade da Loba (1995). Em 1999 aparece pela última vez na televisão em um episódio do programa Você Decide. Foi casada de 1949 a 1969 com o radialista/apresentador César Ladeira, até a morte deste, com quem teve dois filhos. É uma das grandes comediantes brasileiras. Morre em 15 de abril de 2008, no Rio de Janeiro, de falência múltipla dos órgãos, em decorrência de diabetes, aos 82 anos de idade. Em 2005 a Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, a lança sua biografia, Renata Fronzi – Chorar de Rir, de autoria de Wagner de Assis. Filmografia: 1946 – Fantasma por Acaso; 1954 – Toda a Vida em Quinze Minutos; 1955 – Carnaval em Lá Maior; Guerra ao Samba; 1957 – De Pernas pro Ar; Garotas e Samba; Treze Cadeiras; 1958 – É de Chuá!; Hoje o Galo Sou Eu; 1959 – Pé na Tábua; Massagista de Madame; Garota Enxuta; Espírito de Porco; 1960 – Pistoleiro Bossa Nova; Marido de Mulher Boa; Vai que é Mole; Briga Mulher & Samba; 1962 – Quero essa Mulher Assim Mesmo; 1963 – O Homem que Roubou a Copa do Mundo; 1964 – Família Brasileira na Feira Mundial (CM); 1968 – As Aventuras de Chico Valente; Papai Trapalhão; 1970 – Salário Mínimo; 1971 – Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva; 1974 – Amor e Medo (voz); 1975 – Um Soutien para o Papai; Assim Era Atlântida; 1978 – Esse Rio Muito Louco (episódio: A Louca de Ipanema); Como Matar uma Sogra; 1981 – Mulheres de Programa; 1996 – O Barbeiro do Rio (Il Barbiere di Rio) (Itália); 2001 – Copacabana; 2002 – O Mar por Testemunha (Dead in the Water) (EUA); 2005 – Coisa de Mulher. FRONZI, YOLANDA Nasceu em Livorno, Itália, em 3 de abril de 1906. Filha de atores, cedo acompanha os pais em excursões pela Itália, URSS, vários países da Europa e América Latina. Com nove anos de idade chega a São Paulo, onde se radica. Nessa época frequenta os melhores colégios da capital paulista e inicia carreira de atriz teatral. Estreia no cinema em 1917 no filme A Menina da Paz, uma produção americana feita no Brasil, nunca exibida por aqui. Casa-se com o ator César Fronzi, com quem tem uma única filha, Renata Fronzi (1925-2008), também atriz. Com o marido, faz excursões pelo Brasil, América Latina e Portugal, chegando a fixar-se na Argentina. Com a morte do marido, em 1948, atua em teatro com a filha. No ano seguinte, casa-se com o produtor Adhemar Gonzaga e dedica-se aos projetos do marido, atuando esporadicamente no cinema. Morre em 1994, aos 88 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1917 – Menina da Paz (CM); Quadrilha do Esqueleto; 1925 – Quando elas Querem; 1947 – Este Mundo é um Pandeiro; 1950 – Aguenta Firme, Isidoro; 1960 – Por um Céu de Liberdade; 1962 – Assassinato em Copacabana; Vagabundos no Society; 1970 – Salário Mínimo. FROTA, ALEXANDRE Alexandre Frota de Andrade nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 14 de outubro de 1964. Estreia no cinema em 1984, em Os Bons Tempos Voltaram – Vamos Gozar Outra Vez. No mesmo ano faz sua primeira novela Livre para Voar, pela TV Globo. Seguem-se Roque Santeiro (1985), Sassaricando (1987), Chapadão do Bugre (1988), Olho por Olho (1988), Top Model (1989), Boca do Lixo (1990), O Sorriso do Lagarto (1991), Perigosas Peruas (1992) e Cara & Coroa (1995). A partir de 1997, atua em outras emissoras como Casa dos Arti stas (2001) e Marisol (2002), ambas pelo SBT. Em 1998 atua na TV Manchete, ao lado de Otávio Mesquita, apresentando um programa nas tardes de domingo. A partir de então passa a atuar como ator pornô, em diversos fi lmes de muito sucesso entre o público que consome esse tipo de produto. Foi casado, entre 1986 e 1989, com a atriz Cláudia Raia e depois com a modelo Andréa Oliveira. Tem feito trabalhos esporádicos, sempre explorando seu físico avantajado, como em humorísti cos de Tom Cavalcanti pela TV Record. Filmografia: (ator) (cinema convencional): 1984 – Os Bons Tempos Voltaram – Vamos Gozar Outra Vez (episódio: Sábado Quente); 1988 – O Escorpião Escarlate; As Aventuras de Sérgio Mallandro; 1990 – Matou a Família e Foi ao Cinema; A Rota do Brilho; 2003 – Nossos Parabéns ao Freitas (CM). Filmografia: (ator) (cinema pornô): 2004 – Obsessão; A Bela e o Prisioneiro; Sexo,Suor e Lama; 2005 – Onze Mulheres e Muito Pó; Invasão de Privacidade; 2006 – Anal Total 10; Garoto de Programa; 2007 – Na Teia do Sexo; A Proibida do Sexo e a Gueixa do Funk; Frota, Mônica e Souza.; Especial de Natal do Frota; Invadindo a Retaguarda; 2008 – Carnaval do Frota; United Colors of Celebrites; Sem Limites; Puro Desejo; 2009 – Carnaval do Frota; 00 Frota – O Homem da Pistola de Ouro; A Última Foda de Frota no Pornô. Filmografia: (diretor) (cinema pornô): 2004 – A Boneca da Casa. FROTA, MARCOS Marcos Magano Frota nasceu em Guaxupé, MG, em 29 de setembro de 1956. Inicia no teatro e, em 1977, recebe o prêmio Molière por sua atuação na peça Como a Sua. Estreia na TV Globo em 1983 na minissérie Fernando da Gata, mas brilha mesmo no ano seguinte como o Remo de Anarquistas Graças a Deus (1984). A partir daí, participa de novelas importantes como Mulheres de Areia (1993), como Tonho da Lua; A Indomada (1997), como Artêmio; Era Uma Vez... (1998), como Horácio; O Clone (2001) como Escobar; e, mais recentemente, América (2005), como Jatobá, um defi ciente visual. Sua grande paixão porém é o circo. Nas horas de folga se apresenta como o trapezista Rick Romano no Circo Espacial. Estreia no cinema em 1984 no filme Os Bons Tempos Voltaram – Vamos Gozar Outra Vez. Em 2008 retorna à TV Globo para participar da série Casos e Acasos. Do primeiro casamento com Cibele Cláudia de Morais Ferreira, falecida em 1994, tem três filhas, Apoena (1982), Amaralina (1980) e Tainá (1990). Do casamento com Carolina Dieckmann (1997/2004), tem um filho, Davi, nascido em 1999. Filmografia: 1984 – Os Bons Tempos Voltaram – Vamos Gozar Outra Vez (episódio: Primeiro de Abril); 1985 – Tropclip; 1988 – Banana Split; 1992 – Vagas para Moças de Fino Trato; 2000 – Xuxa Popstar. FROTA, ROBERTO Roberto Frota Moreira inicia sua carreira no teatro, na peça Cemitério de Automóveis, com direção de Vitor Garcia. Hoje coleciona quase quarenta peças em seu currículo, entre elas Peer Gynt, de H.Ibsen, com direção de Antunes Filho; Castro Alves Pede Passagem, de G.Guarnieri, com direção do autor; O Interrogatório, de Peter Weiss, direção de Celso Nunes; Bodas de Papel, de Maria Adelaide Amaral, etc. Como diretor assina mais de vinte espetáculos e shows como No Tempo do Corta-Jaca, de Odir Ramos; O Dia da Caça, de José Louzeiro; Passa, Passa, Passará, de Ana Luíza Job e Antonio Adolfo, etc. Estreia no cinema no filme A Dança das Bruxas e na televisão, como ator, na novela Vejo a Lua no Céu, em 1976. Como professor, ministra vários cursos de interpretação e é convidado pelo Mindelart, Festi val Internacional de Teatro de Mindelo, Cabo Verde, para ministrar uma ofi cina de interpretação. Tem ativa carreira de ator na televisão, em dezenas de novelas, ao longo de mais de trinta anos, como Tieta (1989), Pedra sobre Pedra (1992), Corpo Dourado (1998), Mulheres Apaixonadas (2003) e Desejo Proibido (2008). Em 2009 transferese para a TV Record para parti cipar de A Lei e o Crime, como Reinaldo. É um profissional de muito talento. Foi casado com a atriz Ângela Vieira, com quem tem uma fi lha, Nina. Filmografia: 1970 – A Dança das Bruxas; 1972 – O Grande Gozador; 1976 – A Queda; 1995 – Sombras de Julho; 2002 – A Selva (Portugal/Brasil/Espanha); 2007 – Inesquecível. FÚLGIDA, AURORA Aurélia Cocaneanu nasceu em Bucareste, Romênia, em 27 de agosto de 1880. Na adolescência, foge de casa para integrar grupos de teatro amador. Forma-se bailarina profissional em Milão. Faz excursões com seu grupo de dança, chegando ao Brasil em 1916, quando recebe convite de Antonio Leal para atuar no filme Lucíola, sua estreia no cinema nacional. Radicada no Brasil, atua em diversas películas como Rosa que Desfolha (1920) e Dever de Amar (1925). Não se tem notícia sobre a continuidade de sua carreira. Filmografia: 1916 – Lucíola; 1917 – Rosa que Desfolha; 1924 – A Gigolette; 1925 – Dever de Amar; 1930 – Lua de Mel (CM). FURTADO, ANA Ana Beatriz Furtado Alves Ferreira nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22 de outubro de 1973. Atriz e apresentadora. Estuda Jornalismo e Direito. Estreia na televisão em 1995 na novela Cara e Coroa. A partir de 2002 passa a apresentar o programa Vídeo Show. Estreia no cinema em 2004 no filme A Dona da História. Participa de inúmeros programas, minisséries e novelas como Caça Talentos (1996), Pecado Capital (1998), Os Normais (2001), Páginas da Vida (2008) e Caminho das Índias (2009). Está casada desde 1999 com o produtor Boninho, com quem tem uma filha, Isabela. Filmografia: 2004 – A Dona da História; 2009 – Flordelis – Basta uma Palavra para Mudar. FUZARCA Albino Pereira Neto nasceu em Santana do Livramento, RS, em 31 de janeiro de 1913. Filho de artistas circenses, prati camente nasceu no picadeiro. Filho de Alcebíades Pereira e Ester Ozon Pereira, o menino Fuzarca logo chama a atenção por seu talento precoce. Forma duplas famosas no circo, inclusive com o grande palhaço Piolin. Em 1950, mais precisamente no dia 18 de setembro, lá estava Fuzarca para a inauguração da TV Tupi, com seu inseparável companheiro, o palhaço Torresmo. Passaram a fazer esquetes cômicos em vários programas como Gurilândia, Tele Gongo, Festa Matinal, Clube Papai Noel e principalmente no Circo Bombril, comandado por Walter Stuart. Fuzarca aparecia sozinho também em novelas e seriados como As Aventuras de Berloque Kolmes, 48 Horas com Bibinha, O Falcão Negro, Seu Tintoreto, Seu Genaro. Ele e Torresmo apareciam também em TVs de Comédia, escrito por Geraldo Vietri. No cinema, participa, com Torresmo, de um único filme, Aí Vem o General, direção de Alberto Attlili. A partir dos anos 1960 suas apresentações foram diminuindo. Pouco antes de morrer, perguntado sobre por que não voltava ao circo, ele respondeu: para trabalhar em circo, precisa ser de circo, para não cair do trapézio da vida, pois as dificuldades e incertezas são muitas. Casado com Italia Pereira, teve dois filhos, Alcebíades Albano Pereira e Italba Pereira. Morre em 8 de junho de 1975, em São Paulo, aos 62 anos de idade. Filmografia: 1953 – Aí Vem o General. G GABARRON, ELIANE Nasceu em São Paulo, SP, em 13 de janeiro de 1957. Desde criança sonha ser atriz. Conhece Walter, seu futuro marido e parceiro nos filmes em uma companhia de teatro infantil em 1975 e nos dois anos seguintes fez pontas nas novelas Éramos Seis e Tchan, a Grande Sacada, ambas na TV Tupi. Com a adesão do marido ao sexo explícito, resolve acompanhá-lo e formam a dupla mais frequente nessa modalidade, batendo recordes. Eliane faz quase todos os seus filmes ao lado do marido Walter. São 45 filmes entre 1978 e 1990. Com o fim do gênero, abandona o cinema e se converte em Testemunha de Jeová. Seu marido, Walter Gabarron, morreu em 2005 aos 47 anos de idade. Filmografia: 1978 – Perversão (Estupro!); Com Mulher é Bem Melhor; 1984 – A Mansão do Sexo Explícito; Sedentas de Sexo; Quando Abunda não Falta; O Orgasmo de Miss Jones; O Delicioso Sabor do Sexo; Coisas Eróti cas 2 (episódio: Chifre Trocado); As Delícias do Sexo Explícito; Tudo Dentro; Viciado em C...; As Rainhas da Pornografia; Taras Colegiais; 1985 – Viagem Além do Prazer; Tentações; O Mago do Sexo; Ninfetas do Sexo Ardente; Miss Close; Gata sem Pudor; Escândalos do Sexo Explícito; Deliciosas Sacanagens; AIDS: Furor do Sexo Explícito; A Grande Trepada; A Grande Suruba; 69 Minutos de Sexo Explícito; As Novas Sacanagens do Viciado em C...; Edifí cio Treme-Treme; Nuas no Asfalto; Os Lobos do Sexo Explícito; Estou com AIDS (depoimento); O Papa Tudo; Tesão: Ninfetas Diabólicas; 1986 – Minha Cabrita, Minha Tara; Meu Cachorro, meu Amante; Entra e Sai; Quatro Noivas para Sete Orgasmos; 48 Horas de Sexo Alucinante; 1987 – As Taras de um Minivampiro; Pau na Máquina; Masculino... Até Certo Ponto; Nudistas Eróti cas; 1988 – Perseguidores Insaciáveis; Devassa e Ordinária; Confissões de uma Pecadora; 1990 – Cleópatra – Sua Arma Era o Sexo; 2009 – Minami em Close-Up – A Boca em Revista (CM) (depoimento). GABARRON, WALTER Nasceu em São Paulo, SP, em 1957. Leva vida normal de auxiliar de escritório, com carteira assinada, mas em 1977 resolve ser ator e larga tudo. Bonito e de boa presença, estreia no cinema no filme A Deusa de Mármore – Escrava do Diabo (1978), produção trash produzida da ex-vedete Rosângela Maldonado. Justamente quando ele inicia sua carreira, começa a acontecer e liberação do explícito nos cinemas. Seu primeiro filme na modalidade é O Delicioso Sabor do Sexo. Walter então entra de cabeça no gênero, chegando a fazer vinte filmes por ano, quase sempre ao lado da esposa e parceira Eliane Gabarron, que ele conhecera em uma companhia de teatro infanti l em 1975 e nos dois anos seguintes fez pontas nas novelas Éramos Seis e Tchan, a Grande Sacada, ambas na TV Tupi. Com o fim do gênero em 1989, começa a fazer shows eróticos no Teatro Orion, mas com a proibição da prefeitura, acaba na rua da amargura, vendendo salgados para sobreviver. Ao ser entrevistado em 1996, declarou ter feito mais de cem filmes, mas a conta não é bem essa; exageros à parte, fez setenta filmes de sexo explícito, todos em película 35mm, depois telecinados para serem vendidos em VHS, na fase pré-DVD. Pobre, doente e esquecido, o Rei do Explícito, como era chamado nos áureos tempos, morre em 2005, de um câncer raro (Linfoma de Hodgkin), aos 47 anos de idade, em São Paulo. Eliane Gabarron se retirou do cinema e converteu-se Testemunha de Jeová. Filmografi a: 1978 – Perversão (Estupro!); A Deusa de Mármore – Escrava do Diabo; 1984 – O Delicioso Sabor do Sexo; Tudo Dentro; Taras de Colegiais; Sexo sem Limite; Sexo em Grupo; Sexo dos Anormais; Sedentas de Sexo; Quando Abunda não Falta; O Orgasmo de Miss Jones; Viciado em C...; Edifí cio Treme-Treme; Coisas Eróti cas 2 (episódio: Chifre Trocado); As Rainhas da Pornografia; As Delícias do Sexo Explícito; 1985 – O Papa Tudo; Os Lobos do Sexo Explícito; A Piroca de Ouro; Ferro na Boneca e Sem Vaselina; Nuas no Asfalto; Viagem Além do Prazer; Vale Tudo em Sexo Explícito; Tentações; Sexo Livre; Senta no meu, Que eu Entro na Tua; Amante Profissional; Sem Vaselina; Rabo I; O Mago do Sexo; Ninfetas do Sexo Ardente; Miss Close; Escândalos do Sexo Explícito; A Mansão do Sexo Explícito; AIDS: Furor do Sexo Explícito; As Novas Sacanagens do Viciado em C...; Meu Cachorro, meu Amante; A Grande Trepada; A Grande Suruba; 1986 – Toda Nudez é Perdoada; A Mulher que se Disputa; Fuk-Fuk a Brasileira; O Oscar do Sexo Explícito; Gata sem Pudor; Macho, Fêmea & Cia.; Quatro Noivas para Sete Orgasmos; Sexo Cruzado; Patrícia, só Sacanagem; O Beijo da Mulher Piranha; Mulheres Taradas por Animais; Meu Cachorro, meu Amante; Entra e Sai; Eu Matei o Rei da Boca; Carnaval Erótico do Ano 2000; Mulheres Taradas por Animais; As Taras de um Minivampiro; 48 Horas de Sexo Alucinante; 1987 – Scandalous das Libertinas; Masculino... Até Certo Ponto; Pau na Máquina; A Menina do Sexo Diabólico; 1988 – A Poupança Tá Rendendo; A Vingança Diabólica; Perseguidores Insaciáveis; Devassa e Ordinária; Bonecas do Amor; Confissões de uma Pecadora; Mata a Cobra e Mostra o Pau; 1989 – Garotas do Sexo Livre; Nero, a Loucura do Sexo; Me Leva pra Cama. GAGLIASSO, BRUNO Bruno Gagliasso Marques nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 13 de abril de 1982. Começa sua carreira aos oito anos de idade na novela Barriga de Aluguel (1990), pela TV Globo. Em 1999, pelo SBT, parti cipa de Chiquiti tas. De volta à Globo, faz regular carreira nas novelas As Filhas da Mãe (2001), Celebridade (2003), América (2005), onde faz o difícil papel do homossexual Júnior, Paraíso Tropical (2007) e Caminho das Índias (2009) como o esquizofrênico Tarso Cadore. É hexacampeão no quadro Vídeo Game, do programa Vídeo Show. Estreia no teatro na peça Os Meninos da Rua e depois participa da montagem de Van Gogh. No cinema, faz apenas um curta-metragem, As Vozes da Verdade, em 2002. É irmão do também ator Thiago Gagliasso e foi casado com a atriz Camila Rodrigues. Filmografia: 2002 – As Vozes da Verdade (CM); 2005 – Deu Zebra (Racing Stripes) (EUA) (dublagem do personagem Listrado); 2010 – Sex Delícia. GAIOTTI, HEITOR Nasceu em Ribeirão Preto, SP, em 11 de fevereiro de 1941. Aos três anos de idade muda-se para São Paulo. Aos dez matriculase no conservatório musical para aprender acordeom e canto, chegando a fazer apresentações amadoras em circos que passam pelo bairro da Pompeia, onde mora. Aos dezessete alista-se na Marinha, indo servir no Rio de Janeiro. No quartel, organiza espetáculos internos, onde canta, dança e conta piadas. De volta a São Paulo, monta uma loja de móveis que vai à falência um ano depois. Decidido a seguir carreira artística, começa a trabalhar na TV Excelsior, canal 9, de São Paulo, como auxiliar de produção. A partir de 1965 faz figuração nas novelas A Deusa Vencida (1965), A Pequena Karen (1966) e Abnegação (1967). Em 1967 estreia no cinema, numa ponta no filme A Vida Quis Assim, de Edward Freund. Com a falência da TV Excelsior, abandona a televisão e passa a fazer somente cinema, hoje com o respeitável curriculo de mais de cinquenta filmes, na maioria pornochanchadas e depois explícitos feitos na Boca do Lixo de São Paulo, quase sempre com Tony Vieira. Destacam-se – em sua fi lmografi a – Um Pistoleiro Chamado Caviúna (1972) e Torturadas pelo Sexo (1976). Com o fim do gênero e a morte de Tony em 1990, abandona o cinema. Seu último fi lme é Homens sem Terra, de 1997, produção e direção de Francisco Cavalcanti. Filmografia: 1966/1970 – Tentação Nua (La Tentación Desnuda) (Argentina/ Brasil); 1967 – A Vida Quis Assim; 1972 – Gringo, o Últi mo Matador (O Matador Eróti co); Um Pistoleiro Chamado Caviúna; Quatro Pistoleiros em Fúria; 1973 – Sob o Domínio do Sexo; Pedro Canhoto, o Vingador Erótico; 1974 – Caçada Sangrenta; Desejo Proibido; O Poderoso Garanhão; O Exorcista de Mulheres; Sedução (Qualquer Coisa a Respeito do Amor); 1975 – A Filha do Padre; Os Pilantras da Noite; 1976 – Kung Fu contra as Bonecas; Torturadas pelo Sexo; Traídas pelo Desejo; O Dia das Profissionais; Já não se Faz Amor como Anti gamente (episódio: Flor de Lys); O Mulherengo; 1977 – A Mulher que Põe a Pomba no Ar; 1978 – Noite em Chamas; O Bem Dotado – O Homem de Itu; Nós, os Amantes; Os Violentadores; Os Depravados; Belas e Corrompidas; 1979 – Paixão de Sertanejo; O Guarani; A Dama do Sexo; 1980 – Incesto, Desejo Proibido; O Cangaceiro do Diabo (O Cangaceiro Eróti co); O Inseto do Amor; O Último Cão de Guerra; 1981 – Condenadas por um Desejo; O Filho da Prosti tuta; 1982 – Sadismo, Aberrações Sexuais; Anarquia Sexual; O Motorista do Fuscão Preto; Vadias pelo Prazer; 1983 – Corrupção de Menores; Deu Veado na Cabeça; Pic-Nic do Sexo; 1984 – Pic-Nic de Bacanais do Quinto Grau; Animais do Sexo; Bobeou... Entrou; O Tônico do Sexo (A Raiz do Amor); 1985 – Boca Macia; 1987 – Karma, Enigma do Medo; 1988 – Um Homem Diabólico; Calibre 12; 1989 – Atração Satânica; 1990 – O Gato de Botas Extraterrestre; 1997 – Homens sem Terra. GALDINO, JULIANA Nasceu em Jundiaí, SP, em 1974. Ainda em sua cidade, começa sua carreira na Casa da Cultura, onde conhece Carlos Pasqualin, diretor do grupo Performático Éos, que a leva para São Paulo, onde, por seis anos, de 1999 a 2006, integra o CPT – Centro de Pesquisas Teatrais, sob a batuta de Antunes Filho. Em 2002, por sua atuação na peça Medeia, recebe o Prêmio Shell de melhor atriz. Em 2007 brilha com Anátema, que percorre várias capitais do País. Na televisão, participa da minissérie O Teatro Segundo Antunes Filho (2002), Fragmentos Troianos, Antígona e La Mandrágora (2006). Estreia no cinema em 2004 no curta Gasolina Comum. Em 2006 funda, com Roberto Alvim, a Companhia Club Noir em que vários espetáculos são criados. Além de atriz, Juliana também é professora de interpretação na ECA-USP. Em 2009, brilha com a peça A Terrível Voz de Satã. Filmografia: 2004 – Gasolina Comum (CM); Nina; 2005 – Maria Angélica (CM); 2009 – Paredes Nuas (MM); 2010 – Família Vende Tudo. GALHARDO, CARLOS Castello Carlos Guagliardi nasceu em Buenos Aires, Argenti na, em 24 de abril de 1913. Com dois meses de idade a família mudase para São Paulo. Estreia na Rádio Educadora de São Paulo e logo ganha fama como intérprete de músicas senti mentais. Ao lado de Francisco Alves e Orlando Silva, forma o mais famoso trio de cantores brasileiros das décadas de 1930/1940. Emplaca vários sucessos como Cortina de Veludo, Italiana, Apartamento Azul, Fascinação, sem dúvida, o maior sucesso de sua carreira, Adeus Amor, etc. No cinema, participa de vários filmes, sendo sua estreia em 1937 em Samba da Vida, seguindo-se de Banana da Terra (1938) e Entrei de Gaiato (1960), entre outros. A parti r da década de 1960, com a chegada da Jovem Guarda e a decadência dos programas de rádio, fica esquecido, apresentando-se esporadicamente. Morre em 25 de julho de 1985, aos 72 anos de idade, no Rio de Janeiro, vítima de problemas cardíacos. Filmografia: 1937 – Samba da Vida; 1938 – Banana da Terra; 1940 – Entra na Farra; Vamos Canta; 1946 – Sob a Luz de meu Bairro; 1948 – Pra Lá de Boa; 1955 – Carnaval em Lá maior; 1957 – Metido a Bacana; 1960 – Entrei de Gaiato; 1967 – Opinião Pública (depoimento); 1977 – Contos Eróti cos (episódio: Vereda Tropical). GALISTEU, ADRIANE Nasceu em São Paulo, SP, em 18 de abril de 1973. Inicia sua carreira como modelo fotográfico. Em 1994 fica conhecida em todo o Brasil como a namorada do piloto Ayrton Senna. Em seguida, inicia carreira de atriz e apresentadora. Em 1996 estreia na televisão com um pequeno papel na novela Antonio Alves, Taxista, pelo SBT. No mesmo ano ganha papel melhor em Xica da Silva, pela extinta TV Manchete. Em 1997 participa de um episódio do seriado Sai de Baixo, pela TV Globo. Inicia carreira de apresentadora na Rede TV no Super Pop, mas abandona o programa após receber proposta milionária da TV Record, sendo substituída por Luciana Gimenez, que comanda o programa até hoje. Pelo SBT, seu programa Charm não decolou, devido a constantes mudanças de horário e desentendimentos com o patrão Sílvio Santos. Atualmente é contratada da TV Bandeirantes, onde apresenta o programa Toda Sexta. Estreia no cinema em 2005 no filme Coisa de Mulher, fracasso total do SBT Filmes. Filmografia: 2005 – Coisa de Mulher. GALLI, MALU Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 17 de novembro de 1971. Inicia carreira de atriz aos dez anos de aidade. Aos dezoito anos termina curso de teatro. Participa da Cia. dos Atores, dirigida por Enrique Diaz e depois da Cia. de Teatro Autônomo. coordenada por Jefferson Miranda. Atua em inúmeras peças como Gaivota (2005), Diálogos com Molly Bloom (2007), etc. Em 1992 faz seu debut na televisão numa pequena participação na minissérie Anos Rebeldes. Estreia no cinema em 1996 no curta Formigas & Tao. Sua primeira novela é Prova de Amor, em 2006 pela TV Record, depois a série Mandrake, pelo canal pago HBO. Sua grande oportunida no cinema acontece em 2005 no filme Achados e Perdidos, num difícil papel de uma prosti tuta drogada, depois Mulher Sexo Verdades Mentiras (2008). Em 2008 destaca-se na minissérie Queridos Amigos, como Lúcia, e – em Três Irmãs – faz o papel de Liginha. É casada com o arti sta plástico Afonso Tostes, com quem tem um filho chamado Luiz. Filmografia: 1996 – Formigas & Tao (CM); 1999 – Retrato do Artista com um 38 na Mão (CM); 2001 – Xangô de Baker Street; 2002 – Tudo Dominado (CM); 2003 – Dom; Maria, Mãe do Filho de Deus; Harmada; 2005 – Achados e Perdidos; 2006 – O Cobrador (In God We Trust); (Brasil/Argenti na/Espanha/ México); 2007 – Maré, Nossa História de Amor; 2008 – Ouro Negro; Mulher Sexo Verdades Mentiras; Areia (CM); 2009 – O Contador de Histórias. GALVÃO, EDUARDO Eduardo Souza Galvão nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de abril de 1963. Estreia na televisão em 1989 na novela O Salvador da Pátria. Firma-se a partir daí como ator, ao participar, entre tantas outras, de Despedida de Solteiro (1992), O Fim do Mundo (1996), Porto dos Milagres (2001), Começar de Novo (2005) e Paraíso Tropical (2007). Contratado pela TV Bandeirantes, parti cipa da novela Dance, Dance, Dance (2008), como Lúcio Pimentel. Faz pouco cinema, sendo sua estreia em 1999 no filme Tiradentes. Foi casado com Priscila Ferrari, com quem teve uma filha, Mariana (1989). Filmografia:1999 – Tiradentes; 2000 – Minha Vida em Suas Mãos; 2006 – Didi, o Caçador de Tesouros; 2009 – Flordelis – Basta uma Palavra para Mudar. GALVÃO, FLÁVIO Flávio José Galvão de França nasceu em São Paulo, SP, em 30 de julho de 1947. Em 1971, aos 24 anos de idade, faz sua primeira novela, Hospital, pela TV Tupi. Torna-se galã e não para mais de atuar, em novelas como Mulheres de Areia (1973), Éramos Seis (1977) e Destino (1982). Contratado pela TV Globo, estreia num megassucesso, Gabriela, Cravo e Canela, como Mundinho Falcão. Entre outras, parti cipa de Tieta (1989), Irmãos Coragem (1995), O Quinto dos Infernos (2002) e Senhora do Destino (2005). Pela TV Bandeirantes, estrela Paixões Proibidas, como Domingos de Azevedo, e pelo SBT, Revelação (2008). Tem uma única experiência como diretor, na novela Corpo Dourado. Estreia no cinema em 1977 no filme Senhora. Faz pouco cinema. Retorna em 2001 para parti cipar de Sonhos Tropicais. Foi casado com a atriz Elaine Cristina. Filmografi a: 1977 – Senhora; Excitação; 1981 – O Homem do Pau Brasil; 1983 – Gabriela (Brasil/Itália/EUA); 1985 – Além da Paixão; 1989 – Faca de dois Gumes; 1992 – Floresta da Tijuca (CM); 2001 – Sonhos Tropicais; 2007 – O Mistério da Estrada de Sintra. GAM, GIÚLIA Nasceu em Peruggia, Itália, em 28 de dezembro de 1966, devido ao fato de seus pais residirem na Europa nessa época. Cria-se em São Paulo. Aos dezesseis anos entra para o Grupo Teatral Antunes Filho e participa da montagem de várias peças, entre elas Romeu e Julieta, sua estreia, em 1984, e depois Álbum de Família, Macunaíma e Toda Nudez Será Castigada. Fica conhecida em todo o Brasil em 1986, fazendo comerciais da Telesp e seu rosto bonito e saudável conquista o Brasil. Em 1987 faz sua primeira novela, Mandala, no papel da jovem Jocasta. Seguemse Que Rei Sou Eu? (1989), Fera Ferida (1993) a minissérie Dona Flor e seus dois Maridos (1998), como principal protagonista. Em 2003 retoma o sucesso no papel da desequilibrada Heloísa, em Mulheres Apaixonadas, e Bang Bang (2005). Tem parti cipação ati va também em programas de sucesso como Comédia da Vida Privada (1995/1996), A Vida como ela É (1996), Você Decide (1992/1999), Os Normais (2001/2002), A Grande Família (2002), A Diarista (2004/2005) e Força Tarefa (2009). Estreia no cinema em 1983, no curta-metragem Do Outro Lado da Rua. Atua também em O País dos Tenentes (1987), Miramar (1997) e mais recentemente em A Dona da História (2004) e A Guerra dos Rocha (2008). Tem feito muito cinema, entre curtas e longas-metragens, num curriculo há muito já respeitável, com mais de vinte filmes. Eterna Magia (2007), como Regina, e A Favorita (2008), como Diva. Foi casada com o jornalista Pedro Bial, com quem teve um filho, Théo, nascido em 1998, e que foi alvo de disputa judicial por sua guarda por muito tempo. É atriz de muito talento, do primeiro time brasileiro, sendo muito requisitada, quer no cinema, teatro ou televisão. Filmografia: 1983 – Do Outro Lado da Rua (CM); 1986 – A Cor da Luz (CM); Ondas (CM); 1987 – Aurora (CM); Besame Mucho; O País dos Tenentes; 1988 – Fogo e Paixão; 1991 – A Grande Arte; 1992 – Oswaldianas (episódio: Quem Seria o Feliz Conviva de Isadora Duncan?); 1994 – Sábado; 1995 – O Mandarim; 1996 – Nos Tempos do Cinematógrapho (CM); 1997 – Miramar; 1998 – Policarpo Quaresma, Herói do Brasil; 1999 – Outras Histórias; Tiradentes; 2002 – Isabella Trouxe Alguns Amigos – episódio II – O Casal dos Olhos Doces (CM); 2003 – Sexualidades (CM); O Preço da Paz; 2004 – A Dona da História; Luíza Passou por Aqui (CM); 2005 – Árido Movie; Pobres Diabos do Paraíso (CM); 2006 – O Passageiro – Segredos de Adulto; 2008 – A Guerra dos Rocha; 2010 – Chico Xavier. GANZAROLLI, ANTONIO Antonio Carlos Ganzarolli inicia sua carreira no teatro, nos anos 1960. Em 1965 estreia no cinema, no filme Pluft, o Fantasminha, mas é ao teatro que se dedica nesse período, ao parti cipar de peças como Calabar, Otelo e O Burguês Fidalgo. Em 1972 estreia na televisão, no Caso Especial Meu Primeiro Baile, pela Globo, a única emissora em que trabalhou. Sua primeira novela é Selva de Pedra (1972), em que interpreta o Pipoca, mas seu melhor momento acontece no ano seguinte, como o Chico Moleza, o coveiro da novela O Bem-Amado. Entre outras, parti cipa de O Grito (1975), como o Deteti ve; Sinal de Alerta (1978), como Teodoro; e O Bem-Amado (1980), agora em seriado, como Tião Moleza, sua última participação na televisão. Morre em janeiro de 1990. Filmografia: 1965 – Pluft, o Fantasminha; 1976 – Dona Flor e seus Dois Maridos; 1979 – O Coronel e o Lobisomem. GARAMBONE, ADRIANA Adriana Garambone Guerra nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 4 de julho de 1970. Cantora, dançarina, modelo e atriz, começa sua carreira como modelo. No início de carreira fica entre as cinco finalistas do concurso Supermodel of the World, etapa Brasil, promovido pela Ford Model. Chega a cursar faculdade de Letras, mas tranca matrícula e entra para a Casa de Artes de Laranjeiras e logo inicia carreira de atriz no teatro, em 1990, na peça Romeu e Julieta, com direção de Moacyr Góes. Muito bela e talentosa, tem sua primeira oportunidade na televisão em 1996, ao ganhar o papel de Clarisse, na novela Salsa & Merengue. Estreia no cinema em 1997, no filme O Homem Nu, de Hugo Carvana. Em 1998 parti cipa do musical Cabaret Brazil. Segue carreira regular na televisão, ao atuar em Corpo Dourado (1998), Pecado Capital (1998) e Esplendor (2000), Roda da Vida (2001) e O Quinto dos Infernos (2002). No teatro, seu melhor trabalho Chicago, clássico da Broadway, no papel de Roxie Hart, onde aparece dançando, cantando e interpretando. Em 2005 é contratada pela TV Record e é uma das protagonistas das novelas Essas Mulheres (2005), Bicho do Mato (2007) e Amor e Intrigas (2007). Filmografia: 1997 – O Homem Nu; 2003 – Apolônio Brasil, Campeão da Alegria. GARCIA, BEL Forma-se em artes cênicas pela Uni-Rio em 1987 e desde 1989 integra o grupo teatral Cia. dos Atores a qual participa de inúmeras montagens de sucesso, como atriz, divulgadora, programadora visual, produtora, etc. Estuda com Amir Haddad, Bia Lessa, Miguel Falabella, Hamilton Vaz Pereira, Aderbal Freire Filho, etc. A partir de 1998 divide com Enrique Diaz e César Augusto a direção artística do Espaço Cultural Sérgio porto. Atua na peça Deus, de Woody Allen, pela Cia. de Teatro Medieval e pela Cia. LActe, dirigida por Mauro Mendonça Filho. Estreia no cinema em 2002 no curta Patuá, mas encontra seu melhor momento em As Alegres Comadres, em 2004, direção de Leila Hipólito. Filmografia: 2002 – Patuá (CM); 2003 – Maria, Mãe do Filho de Deus; As Alegres Comadres; Filme de Amor; 2004 – Cazuza – O Tempo não Para; 2007 – Cleópatra; 2008 – Grilo Feliz Contra os Insetos Gigantes (dubla as canções de Pétala). GARCIA, BRUNO Bruno Garcia da Silva nasceu em Recife, PE, em 29 de novembro de 1970. Inicia sua carreira de ator amador aos onze anos de idade. Profissionalmente, sua primeira peça é Hipopocaré (fez o elefante), de 1985. Em 1991 faz sua primeira novela: Felicidade. No cinema, estreia no curta-metragem Andy Warhol Está Morto, em 1987, mas tem seu grande momento em 2001 como o Douglas do filme Lisbela e o Prisioneiro, ao lado de Débora Falabela. Faz sucesso também na televisão nas novelas Luna Caliente (1999), Kubanacan (2003), Começar de Novo (2004), Bang-Bang (2005), no papel do impagável Ben Silver, Pé na Jaca (2007), como Juan, e Três Irmãs (2009), como Hércules Galvão. No teatro, destacamse Hamlet (1988), O Burguês Ridículo (1996), O Homem Objeto (2002). A Maldição do Vale Negro (2005), etc. Em 2007 dirige a peça Apareceu a Margarida. Foi casado até 2002 com a esti lista Marta Macedo, com quem teve uma filha, Bella, nascida em 2000. Filmografia: (ator); 1987 – Andy Warhol Está Morto (CM); 1988 – Batom (CM); 1989 – Que M... É Essa? (CM); 1994 – Thats Lero Lero (CM); Geraldo Voador (CM); 1998 – Ilusionistas Rumo ao Terceiro Milênio; 1999 – Castro Alves – Retrato do Poeta; 2000 – Cronicamente Inviável; O Auto da Compadecida; 2001 – Oswaldo Cruz, o Médico do Brasil (CM); Ismael e Adalgiza (CM); Lisbela e o Prisioneiro; 2003 – Bala na Marca do Pênalti (CM); Dom; 2005 – Sal de Prata; 2007 – Saneamento Básico – O Filme; Cleópatra; 2008 – Romance; 2010 – O Bem-Amado; Sex Delícia. Filmografia (diretor): 1989 – Que M... É Essa? (CM). GARCIA, CARLOS Nasceu em Taubaté, SP, em 1942. Em 1958, quando Mazzaropi funda a PAM Filmes, Carlos é contratado para serviços gerais, mas, com pinta de galã e bom porte físico, começa a participar dos filmes como ator, estreando em 1959 em Jeca Tatu. Além de ator, inicia-se em cargos técnicos, chegando a gerente e depois diretor de produção. Carlão, como fica conhecido, passa a ser o faz-tudo da companhia, tornando-se homem de confi ança do patrão, sendo, inclusive, um de seus herdeiros. Com a morte de Mazzaropi em 1981, herda parte das propriedades, equipamentos e filmes, fruto de sua sobrevivência até o fim de seus dias, pela cessão de direitos autorais para o cinema, vídeo, dvd e televisão. Esquecido, morre em 2008, em Taubaté, aos 66 anos de idade. Filmografia: 1959 – Jeca Tatu; 1960 – Zé do Periquito; 1961 – Tristeza do Jeca; 1962 – O Vendedor de Linguiças; 1963 – O Lamparina; 1964 – Meu Japão Brasileiro; 1965 – O Puritano da Rua Augusta; 1966 – O Corintiano; 1967 – O Jeca e a Freira; 1968 – No Paraíso das Solteironas; 1969 – Uma Pistola para Djeca; 1970 Betão Ronca Ferro; 1971 – O Grande Xerife; 1972 – Um Caipira em Bariloche; 1973 – Jeca contra o Capeta; 1975 – 1977 – Jecão, um Fofoqueiro no Céu; 1978 Jeca e seu Filho Preto. GARCIA, GALILEU Nasceu em São Paulo, SP, em 1930. Começa como críti co de cinema em 1950 no jornal Notícias de Hoje. Ingressa na Vera Cruz no departamento de publicidade e passa a ser assistente de direção em Sai da Frente (1952), O Cangaceiro (1953), entre outros. Dirige um único longa-metragem, Cara de Fogo (1957), mas é diretor/produtor de dezenas de curtas-metragens, na sua maioria institucionais para sua empresa. Como ator, parti cipa de alguns fi lmes, entre eles A Primeira Missa (1960). Há alguns anos dedica-se ao cinema publicitário. Filmografia (ator): 1952 – Sai da Frente; 1953 – O Cangaceiro; Uma Pulga na Balança; 1954 – Floradas na Serra; 1955 – A Carrocinha; 1960 – A Primeira Missa; 2008 – O Velho Guerreiro não Morrerá (CM) (depoimento). Filmografia (diretor): (com exceção de Cara de Fogo, todos os outros são curtasmetragens): 1954 – Iguaçu; 1955 – Marcha para o Oeste; 1956 – Vila Velha, sua Lenda, sua Beleza (codirigido por Primo Carbonari); Saúde e Alegria; Vamos ao Circo; 1957 – Brasileiros em Nova York; Uma Cidade no Vale; Festas Juninas; Cara de Fogo; 1958 – Ajude a Salvar uma Vida; O Brasil Pedala; Polígono das Secas; 1959 – Curso Preparatório; Legião Brasileira de Assistência; Leite e Saúde; Mobilização Feminina; No Campo da Educação e Saúde; Vinte Mil Toneladas de Alumínio; 1960 – Dadiva da Natureza; O Menor; Uma Nação em Marcha; Ofidismo; São José do Rio Preto; Seara Abençoada; Vale do Paraíba; 1961 – Base do Progresso; Celulose Brasileira; Da Fonte ao Consumo; A Gravata; Reforma Agrária; Terra Própria; 1962 – Arquitetura Brasileira; A Boa Semente; Cidade de Salvador; Colonização e Loteamentos Rurais; Ensino Profissional; Figuração; Na Fronteira de dois Mundos; Revisão Agrária; Totem – Ilha do Bananal; 1963 Philips; 1964 – Erva Generosa; Trator Brasileiro; 1965 – Cooperativismo e Eletrifi cação Rural; Cooperativismo e Revisão Agraria; 1967 – Cinzano Bar; 1970 Palafi tas; 1971 – Bumba meu Boi; Leite B. GARCIA, ISABELA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de junho de 1967. Com carreira precoce, em 1973, com seis anos de idade desponta na televisão, no caso especial Medeia. Sua primeira novela é Vejo a Lua no Céu (1976). A partir daí, desenvolve sólida carreira em trabalhos como Pai Herói (1979), Bebê a Bordo (1988), Irmãos Coragem (1995), Estrela Guia (2001) e Paraíso Tropical (2007), como Dinorá. Brilha no teatro em inúmeras peças como Leo and Bianca, No Coração do Brasil e A Dança dos Mitos. Em 1988 posa para a revista Playboy. Faz pouco cinema, sendo sua estreia no filme Jardim de Alah, de 1989. Atua nos seriados A Grande Família (2006), A Diarista (2006), Dicas de um Sedutor (2008) e Casos e Acasos (2008). Em 2005 dá à luz os gêmeos Francisco e Bernardo, filhos do diretor Carlos Thiré. Já é mãe de João Pedro (1989), filho do músico Marcelo Bonfá, e de Gabriela (1992), filha do fotógrafo André Wanderley. É irmã da atriz Rosana Garcia. Filmografia: 1989 – Jardim de Alah; 1998 – Como Ser Solteiro; 2006 – O Amigo Invisível. GARCIA, ISAURINHA Nasceu em São Paulo, SP, em 26 de fevereiro de 1923. Seu pai tem um empório e nas mesas se reúnem cantores do bairro onde Isaura já se destaca. Vai para as rádios e fi ca conhecida nacionalmente, com sucessos carnavalescos e românti cos. Estreia no cinema em 1946, em Caídos do Céu. Entre outros, parti cipa de Garotas e Samba (1957) e Vou te Contá (1958). Foi casada com Walter Wanderley, com quem teve um filho. Morre em 30 de agosto de 1993, aos 70 anos de idade. Filmografi a: 1946 – Caídos do Céu; 1949 – Estou Aí!; 1954 – Na Senda do Crime; 1955 – Carnaval em Lá Maior; Guerra ao Samba; 1956 – Vamos com Calma; 1957 – Garotas e Samba; 1958 – Vou te Contá; 1975 – Assim Era Atlântida. GARCIA, LÉA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de março de 1933. Em 1951 forma-se em Contabilidade, mas, contrariando os pais, começa a estudar danças folclóricas com a professora Mercedes Batista. Inicia sua carreira no Teatro Experimental do Negro, com Abdias do Nascimento, com quem se casa e tem dois filhos. Estreia no cinema em 1959 no filme Orfeu do Carnaval e fica internacionalmente conhecida. Faz mais de uma dezena de filmes, quase todos abordando a temática do negro no Brasil, como em Ganga Zumba (1964), Quilombo (1984), Orfeu (1999) e, mais recentemente, Filhas do Vento (2005). Na televisão, estreia em Acorrentados (1969). Nos anos seguintes, entre muitas outras, destacam-se Selva de Pedra (1972), Escrava Isaura (1976), Marina (1980), A Viagem (1994), Suave Veneno (1999) e O Clone (2001), todas pela TV Globo. Pela TV Record, atua em Cidadão Brasileiro (2006), Luz do Sol (2007) e A Lei e o Crime (2009). É uma grande atriz brasileira. Filmografia: 1959 – Orfeu do Carnaval (Orphée Noir) (França); 1960 – Os Bandeirantes (França/Itália/Brasil); 1964 – Ganga Zumba; O Santo Módico (Brasil/ França); 1974 – O Forte; 1975 – Compasso de Espera; 1977 – Ladrões de Cinema; Feminino Plural; 1978 – A Deusa Negra (Nigéria/Brasil); A Noiva da Cidade; 1984 – Quilombo; 1999 – Orfeu; 2000 – Cruz e Souza, o Poeta do Desterro; 2003 Viva Sapato!; 2005 – Filhas do Vento; Vinícius (depoimento); 2006 – Nzinga; Mulheres do Brasil; Memórias da Chibata (CM); O maior Amor do Mundo; 2009 Em Quadro – A História de Quatro Negros nas Telas (depoimento). GARCIA, MÁRCIO Márcio Garcia Machado nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 17 de abril de 1970. Começa sua carreira em 1991 como apresentador da MTV em programas como MTV Sports. Estreia na TV Globo em 1994 numa pequena participação na novela Tropicaliente. Com pinta de galão, não tarda a fazer sucesso em outras novelas como Cara & Coroa (1995), Andando nas Nuvens (1999) e Celebridade (2003). Estreia no cinema em 1996 em O Guarani, de Norma Bengell. No mesmo ano, apresenta, durante alguns meses, programa de gincanas nas tardes de domingo pela TV Globo. Em 2004 é contratado pela TV Record e passa a apresentar programas de auditório. Em 2006 participa da série Avassaladoras, a Série e em 2006 da novela Vidas Opostas, como Alencar. De volta à TV Globo, atua em Caminho das Índias (2009), como Bahuan. Está casado desde 2003 com a nutricionista Andrea Santa Rosa (1979), com quem tem dois filhos, Pedro (2003) e Nina (2005). Filmografia: 1996 – O Guarani; 1999 – Zoando na TV; 2002 – Zico (narração); 2003 – Xuxa Abracadabra; 2006 – Doze Horas Até o Amanhecer (Journey To The End Of The Night) (Brasil/Alemanha/EUA); 2008 – Carmo (Brasil/Espanha/ Polônia). GARCIA, ROSANA Rosana Garcia Monteiro nasceu em São Paulo, SP, em 10 de outubro de 1964. Aos cinco anos de idade muda-se para o Rio de Janeiro. Seu pai, o redator Gilberto Garcia, a leva para a televisão participar do programa de Moacyr Franco. Em 1972, aos oito anos de idade, estreia na televisão, na novela O Primeiro Amor e aos dez fica conhecida no Brasil inteiro, interpretando Narizinho, no Sítio do Pica-pau Amarelo. Em 1981 faz sua primeira peça, Lampião no Inferno, e depois A Tocha na América (1982), A Bela Borboleta (1985), A Dama e o Vagabundo (1993), A Família Ducão (1994), O Abre Alas (1998), etc. Estreia no cinema em 1982, no filme Os Três Palhaços e o Menino. A partir de 2001 exerce a função de instrutora de dramaturgia na TV Globo. Como atriz, retorna somente em 2007 para interpretar a psicóloga de Páginas da Vida. É irmã da também atriz Isabela Garcia. Em 1981, com dezessete anos, casa-se com o comerciante José Fernando Monteiro, com quem tem dois filhos, Ana Carolina (1982) e Fernando (1985). Filmografia: 1982 – Os Três Palhaços e o Menino; 1998 – Como Ser Solteiro. GARCIA, SÔNIA Nasceu em Campinas, SP, em 2 de junho de 1952. Estreia no cinema em 1972, em Os Desclassifi cados. Muito ativa no gênero pornochanchada, parti cipa dos filmes A Ilha do Desejo (1975) e Meu Homem, meu Amante (1984), entre outros. Filmografia: 1972 – Os Desclassifi cados; 1974 – As Cangaceiras Eróti cas; Obsessão Maldita; 1975 – Bonecas Diabólicas; A Ilha do Desejo (Paraíso do Sexo); 1976 – Amadas e Violentadas; 1977 – A Praia do Pecado; 1978 – O Artesão de Mulheres; 1979 – Eu Compro Essa Virgem; Porão das Condenadas; 1980 – Aqui, Tarados!; Corpo Devasso; Motel, Refúgio do Amor; 1981 – Casais Proibidos; 1983 – Caçadas Eróti cas; A Freira e a Tortura; 1984 – Meu Homem, meu Amante. GARCIA, STÊNIO Stênio Garcia Faro nasceu em Mimoso do Sul, ES, em 28 de abril de 1933. Ainda criança ajudava a tirar areia do rio Muqui para vender. Em 1944 seus pais separam-se e Stênio vai para o Rio de Janeiro com a mãe e vai trabalhar de auxiliar de escritório para ajudar nas despesas de casa. Em 1952 faz curso de contabilidade e namora uma garota que faz parte do grupo de teatro Amadores Unidos. Na estreia da peça Rosas Rubras falta um ator, e, como Stênio já conhece o texto, o substitui. A partir daí não para mais. Em 1955 entra para o Conservatório Nacional de Teatro e, em 1958, consegue uma bolsa na companhia de Cacilda Becker. Em 1959 faz sua estreia profi ssional na peça Os Perigos da Pureza. No início da década de 1960, participa de dois episódios do primeiro seriado feito para a televisão, O Vigilante Rodoviário, com enorme sucesso. Em 1963 é assistente de Antunes Filho na direção da peça Vereda da Salvação. Por coincidência, sua estreia oficial no cinema de longa-metragem também é no fi lme do mesmo nome, dirigido por Anselmo Duarte em 1965. Em 1966 faz sua primeira novela, Minas de Prata (1966), seguindo-se outras como A Muralha (1968) e Dez Vidas (1969), entre outras, nas extintas TVs Tupi e Excelsior. Em 1973 transfere-se para a TV Globo e estreia na novela O Semideus. Permanece na emissora até hoje, com sólida carreira. Em 1979 brilha na série Carga Pesada, ao lado de Antonio Fagundes. Seguem-se minisséries e novelas como Padre Cícero (1984), Decadência (1996), Que Rei Sou Eu? (1989), Meu Bem, meu Mal (1990), O Dono do Mundo (1992), Tropicaliente (1992), Explode Coração (1995), A Muralha (2000), Os Maias (2001), Kubanacan (2003), Hoje é Dia de Maria (2005) e O Profeta (2006). Faz todos os tipos de personagens, mas gosta mesmo é de interpretar o homem da terra, do sertão, como Zé do Araguaia, na novela O Rei do Gado (1996). Em 1997 brilha no teatro na peça Beethoven. Entre 2003 e 2007 retoma o seriado Carga Pesada, ao lado de Antonio Fagundes. Em 2008, em Duas Caras, é o Dr. Barreto e em 2009 o Dr.Castanho de Caminho das Índias. Foi casado com a atriz Cleide Yáconis, depois com Clarice Piovesan, com quem tem duas filhas, Cássia (1973) e Gaya (1974). Casa-se depois com Gisele Sá e Márcia Barros e desde 1999 está casado com a atriz Marilene Saade (1968). É um dos grandes atores brasileiros. Em 2009, a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Stênio Garcia: Força da Natureza, de autoria de Wagner de Assis. Filmografia: 1961/62 – A Chantagem; Terras de Ninguém (CM) (episódios da série Vigilante Rodoviário); 1965 – Vereda da Salvação; 1968 – As Amorosas; 1969 – A Mulher de Todos; 1970 – Guerra dos Pelados; O Pornógrafo; 1973 – Compasso de Espera; 1975 – Ana, a Libertina; 1976 – O Esquadrão da Morte; 1977 – O Crime do Zé Bigorna; Morte e Vida Severina; As Três Mortes de Solano; 1978 – Tudo Bem; 1987 – Leila Diniz; 1989 – Kuarup; Solidão, uma Linda História de Amor; 1991 – Brincando nos Campos do Senhor (At Play In The Fields of The Lord) (EUA/Brasil); 1997 – Os Matadores; 1998 – Menino Maluquinho 2: A Aventura; 1999 – Hans Staden (Brasil/Portugal); 2000 – Eu, Tu, Eles; O Circo das Qualidades Humanas; 2004 – Redentor; Maria Morango (CM); 2005 – Casa de Areia; 2007 – Ó Pai Ó; 2010 – O Inventor de Sonhos. GARRETT, JEAN José Antonio Nunes Gomes e Silva nasceu no Arquipélago dos Açores, Ilha das Flores, em 1947. Na década de 1960, radicado em São Paulo, trabalha como produtor e diretor de fotonovelas para a revista Melodias. Estreia como ator em 1967 no filme O Estranho Mundo de Zé do Caixão. Participa de uma dezena de outros filmes, entre eles, Meu Nome é Tonho (1969), A Fêmea do Mar (1975) e O Porão das Condenadas (1979). Estreia como diretor em 1974 em A Ilha do Desejo. Dirige muitos fi lmes, na maioria pornochanchadas feitas na Boca do Lixo paulista, como Karina, Objeto do Prazer (1978), Estranho Desejo (1983) e Lazer, Excitação Sexual (1986). Morre em 22 de abril de 1996, aos 51 anos de idade, de ataque cardíaco. Filmografia (ator): 1967 – O Estranho Mundo de Zé do Caixão (episódio: Ideologia); 1968 – Trilogia do Terror (episódio: Pesadelo Macabro); 1969 – Meu Nome é Tonho; 1971 – Cio, uma Verdadeira História de Amor; A Herança; Sangue em Santa Maria; 1972 – Sinal Vermelho, as Fêmeas; 1975 – A Fêmea do Mar; 1979 – O Porão das Condenadas. Filmografia (diretor): 1974 – A Ilha do Desejo (Paraíso do Sexo); 1975 – Amadas e Violentadas; 1976 – Possuídas pelo Pecado; Excitação; 1977 – Noite em Chamas; Mulher, Mulher; 1978 – A Força dos Sentidos; 1979 – A Mulher que Inventou o Amor; 1980 – O Fotógrafo; 1981 – Karina, Objeto do Prazer; 1982 – A Noite do Amor Eterno; Tchau, Amor; 1983 – Estranho Desejo; 1984 – Meu Homem, meu Amante; Gozo Alucinante; 1985 – Fuk Fuk à Brasileira; Entra e Sai; 1986 – O Beijo da Mulher Piranha; Lazer, Excitação Sexual. GARRIDO, ALDA Nasceu em São Paulo, SP, em 18 de agosto de 1896. Estreia no palco em 1912, aos dezesseis anos de idade, no Teatro Rival, com a peça Das Cinco às Sete, de Joracy Camargo, ao lado do marido Américo Garrido, com a dupla Os Garridos. Em 1921 monta sua própria companhia e faz sucesso em todo o Brasil, chegando a ser escolhida como a Rainha das Atrizes, em 1928. Em 1940 faz sua estreia no cinema, no filme E o Circo Chegou. Em 1952, uma de suas peças lista no New York Times como um dos dez maiores sucessos do ano. Em 1953 atua naquela que seria sua mais famosa peça, Dona Xêpa, de Pedro Bloch, personagem que a imortalizaria, sendo encenada mais de 500 vezes e que mais tarde chegaria à televisão e ao cinema. Abandona a carreira em 1965 com a peça Entre Louras e Morenas. Em 1970, prepara sua volta em Maria Fofoca, mas morre antes da estreia, em 8 de dezembro de 1970, no Rio de Janeiro, aos 74 anos de idade. Filmografia: 1940 – E o Circo Chegou; 1959 – Dona Xêpa; 1971 – Cômicos e mais Cômicos. GARRIDO, TONI Antonio Bento da Silva Filho nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 7 de setembro de 1967. Devido às dificuldades financeiras, é criado pela patroa da mãe, de onde vem o nome Garrido. Forma-se em Fisioterapia e Educação Física. Inicia sua carreira musical como vocalista da banda Mel e logo em seguida entra para a Cidade Negra, quando o CD Sobre Todas as Forças vende 800 mil cópias e a banda vira sucesso nacional. Em 2008 Toni resolve seguir carreira solo e sai da banda, lançando seu primeiro álbum solo Me Libertei. Gosta muito de cinema, tanto que parti cipou de diversos filmes, sendo sua estreia em 1989 em Dias Melhores Virão, ainda com a banda Mel. Em 1999 Cacá Diegues o convida para ser o protagonista principal de Orfeu. Na televisão, participa da novela Caminhos do Coração, em 2007, pela TV Record, como Gudi. Está casado desde 1986 com Regina Coelho, com quem tem duas filhas Vitória (1996) e Isadora (2003). Filmografia: 1989 – Dias Melhores Verão (com a banda Mel); 1994 – Dente por Dente (CM); 1998 – Como ser Solteiro; 1999 – Orfeu; 2003 – Deus é Brasileiro; Xuxa Abracadabra; 2004 – Cabra Cega; 2007 – Fados (Portugal/Espanha). GARRINCHA Manoel Francisco dos Santos nasceu em Pau Grande, distrito de Magé, RJ, em 28 de outubro de 1933. É um dos mais famosos jogadores de futebol do Brasil. Brilha nas Copas de 1958 e 1962, sendo um dos responsáveis pela conquista brasileira. Uma lesão no joelho faz com que abandone a carreira precocemente. Em 1964, Joaquim Pedro de Andrade presta-lhe uma homenagem com o filme Garrincha, Alegria do Povo. Do seu primeiro casamento, teve várias filhas, hoje suas herdeiras. Foi casado com a cantora Elza Soares, num conturbado relacionamento, em que tiveram um único filho, Manoel (1977), que morre afogado com nove anos de idade. Morre pobre e esquecido em 20 de janeiro de 1983, aos 49 anos de idade, por problemas decorrentes do alcoolismo, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1959 – O Preço da Vitória; 1964 – Garrincha, Alegria do Povo; 1974 – Futebol Total; 1981 – Asa Branca, um Sonho Brasileiro; 1984 – Exu-Piá, Coração de Macunaíma. GASPER, ELIZABETH Nasceu em Chemmitz, Alemanha, em 7 de fevereiro de 1938. Chega ao Brasil em 1953, com quinze anos de idade, para morar na cidade de Correias, interior do Rio de Janeiro. Em 1955 candidatase ao título de Miss Cinelândia, passando a ser conhecida no meio artístico. Como uma das certinhas do Lalau, trabalha três anos com o produtor Carlos Machado em espetáculos como Banzo Aiê, Rio de Janeiro a Janeiro e A Bela Época. Em 1956 faz sua estreia no cinema, no filme Colégio de Brotos, seguindo-se de outros como Contrabando (1958) e Terra em Transe (1967). Estreia na televisão em 1966 na novela O Anjo Marcado. Entre outras, seguem-se Pigmalião 70 (1970), Divinas e Maravilhosas (1973), Os Imigrantes (1981), Maçã do Amor (1983), Araponga (1990) e Floradas na Serra (1991). Depois de muitos anos afastada, em 2006 faz uma participação especial no último capítulo da novela Belíssima, como uma das veteranas vedetes. Essa pequena participação reacende em Elisabeth a vontade de atuar, mudase então para o Rio de Janeiro, depois de trinta anos em São Paulo, estreia o espetátuclo Carlos Machado O Rei da Noite, em que interpreta a vedete francesa Mistinguett, que foi amante de Machado, e atua em Beleza Pura (2008), como Florinda, e Duas Caras (2008) como Beatriz. Filmografia: 1956 – Colégio de Brotos; 1958 – Contrabando; 1961 – Teus Olhos Castanhos; 1964 – Um Ramo para Luíza; 1965 – O Beijo; 1966 – Rio, Verão & Amor; 1967 – Terra em Transe; 1970 – Os Maridos Traem... e as Mulheres Subtraem; 1975 – A Casa das Tentações; 1983 – A Mulher, a Serpente e a Flor (O Orgasmo da Serpente). GATTI, LUCIANO Nasceu em São Paulo, SP, em 1976. Forma-se em cinema pela FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado. Aos quinze anos estreia no teatro na peça amadora Na Aurora da Minha Vida, de Naum Alves de Souza, depois O Diário de Anne Frank, A Escada, O Céu Vai Ter Que Esperar, Pluft, o Fantasminha, etc. Em 1996 estreia profissionalmente no musical infantil A Missão. Frequenta por seis meses as oficinas de atores da TV Globo e é convidado a participar de alguns episódios de Malhação e Sandy & Junior. Participa das peças Um Clarão nas Estrelas, de Vladimir Capela; Pirata na Linha, de Aimar Labaki, que recebeu o prêmio APCA de melhor espetáculo juvenil; O Rei dos Ventos, de Paulo Faria e Luis Miranda; O Canto dos Cisnes, de William Pereira, até chegar em SubUrbia (2001), de Eric Bogosian, no papel de Buff, um dos jovens desencantados, em que é sistemati camente aplaudido de pé não só no final do espetáculo mas ainda em cena. Em 1998 estreia no cinema no curta Perseguição Melodramática, em seguida atua no obscuro De Cara Limpa (2000), e em 2001 em Bicho de Sete Cabeças. Entre vários curtas, é escalado para um dos papeis principais em O Cheiro do Ralo, em 2006. Na televisão participa da série Ilha Rá-Tim-Bum, em 2002, como Zabumba. Muito jovem, já é um dos bons valores da nova safra de atores brasileiros. Filmografia: 1998 – Perseguição Melodramática (CM); 2000 – De Cara Limpa; 2001 – Bicho de Sete Cabeças; 2003 – Ilha Rá-Tim-Bum – O Martelo de Vulcano; Cheque de Terceiro (CM); 2004 – Jack (CM); 2005 – Recortes (CM); 2006 – O Cheiro do Ralo; 14 Bis (CM); 2009 – A Casa da Praia (CM). GAÚCHO Francisco de Paula Brandão Gurgel nasceu em 1911. Em 1930 forma a dupla Joel & Gaúcho. Fazem muito sucesso, principalmente com marchinhas de Carnaval e parti cipam de muitos filmes. Em 1952 a dupla se desfaz e, na carreira solo, Gaúcho não consegue o mesmo sucesso de Joel, fi cando um pouco esquecido. Participa de dois filmes. Morre em 1º de abril de 1971, aos 60 anos de idade. Filmografia: 1961 – Tristeza do Jeca; 1968 – O Bandido da Luz Vermelha. GAÚCHO, MILTON Milton Magalhães nasceu em Salvador, BA, em 7 de outubro de 1916. Em 1936, aos vinte anos de idade, começa a trabalhar como radialista na Rádio Clube da Bahia, depois Rádio Comercial da Bahia, Rádio Transmissora do Rio de Janeiro, Rádio Mayrink Veiga e por fim Rádio Nacional. Vai para o teatro, na direção artística de peças, na ópera como cantor, na teledramaturgia televisiva e até no circo. Em 1958 parti cipa do filme Redenção, início do ciclo baiano de cinema, que revelou, entre outros, Glauber Rocha e Helena Ignez. Desenvolve a partir daí sólida carreira cinematográfica, quase todos os filmes rodados na Bahia, como O Pagador de Promessas (1962), Pastores da Noite (1977), Luar sobre Parador (1988), Três Histórias da Bahia (2001), etc. Artista completo, é dos grandes nomes das artes cênicas baianas e brasileiras. Morre em 6 de janeiro de 2005, em Salvador, BA, aos 88 anos de idade. Filmografia: 1958 – Redenção; 1960 – Bahia de Todos os Santos; 1961 – Barravento A Grande Feira; 1962 – Tocaia no Asfalto; O Pagador de Promessas; 1963 – Sol sobre a Lama; A Montanha dos Sete Ecos; O Santo Módico (Brasil/ França); 1964 – Caipora; O Rio dos Homens sem Medo (inacabado); 1969 – Meorango Kid, Herói Intergaláctico; 1970 – A Rebelião dos Brutos (O Cangaceiro) Itália/Espanha; Caveira My Friend; 1974 – O Forte; 1975 – O Pistoleiro; Pastores da Noite (Otália da Bahia) (França/Brasil); 1978 – J. S. Brown, o Últi mo Herói; 1988 – Luar sobre Parador (Moon Over Parador) (EUA); 2001 – Três Histórias da Bahia (episódio: Diário do Convento); 2005 – Eu Me Lembro. GAZZOLA, RAUL Raul Oliveira Gazolla nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 7 de agosto de 1955. Começa sua carreira na televisão, na novela Selva de Pedra, em 1986, pela TV Globo. Estreia no cinema em 1987, numa participação não creditada no filme Romance da Empregada, de Bruno Barreto, e numa pequena ponta no fi lme americano Maré de Azar (Running Out of Luck). Seu maior momento no cinema acontece em 1998 no filme A Hora Mágica, de Guilherme de Almeida Prado. Dedica sua carreira mais à televisão, ao participar de dezenas de novelas como Kananga do Japão (1989), Torre de Babel (1998), Kubanacan (2003) e América (2005). Pela TV Record, parti cipa de Vidas Opostas (2007). Foi casado com a atriz Daniela Perez, assassinada em 28 de dezembro de 1992, depois com Mauriuza Palhares, com quem tem uma filha, Rani. Atualmente está casado com Fernanda Loureiro. É sócio do diretor Ignácio Coqueiro e da atriz Christiane Torloni no restaurante Nati vo, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1987 – Romance da Empregada (participação não creditada); Maré de Azar (Running Out of Luck) (EUA); 1992 – Atração Selvagem (att razione Selvaggia) (Itália); Perfume de Gardênia; 1997 – For All – o Trampolim da Vitória; 1998 – A Hora Mágica; 2001 – Domésticas, o Filme; 2002 – As Vozes da Verdade (CM); 2006 – Doidivã (CM). GENY, FLORA Eugênia Tortejada nasceu em 19 de abril de 1929. Inicia sua carreira artística em 1946 na Rádio Difusora, SP, fazendo rádionovelas. Em 1949 estreia no cinema no filme Quase no Céu. Destaca-se também Independência ou Morte (1972) e O Guarani (1979). Em 1951 vai para a televisão, fazendo desse seu veículo preferido, inicialmente em teleteatros, como Rosas para o meu Amor (1952), Sangue na Terra (1954) e Os Três Mosqueteiros (1957). Em seguida parti cipa de TV de Vanguarda e TV Comédia. Sua primeira novela é Corações em Confl ito, em 1963, pela TV Excelsior, seguindo-se clássicos da teledramaturgia brasileira como A Moça que Veio de Longe (1964), A Grande Viagem (1965), Os Fantoches (1967), O Direito dos Filhos (1968), A Menina do Veleiro Azul (1970), O Príncipe e o Mendigo (1972) e A Patota (1973). Em 1980 transfere-se para a TV Globo e parti cipa de Os Gigantes e Pão, Pão, Beijo, Beijo (1983), sua últi ma novela, quando se afasta da vida artísti ca. Casa-se em 1950 com o ator/ diretor Dionísio Azevedo, com quem vive até morrer, em 22 de dezembro de 1991, aos 72 anos de idade, em São Paulo. Com ele teve dois filhos. Filmografia: 1949 – Quase no Céu; 1959 – Chão Bruto; 1961 – A Moça do Quarto 13; 1966 – O Anjo Assassino; 1972 – Independência ou Morte; 1973 – Obsessão; 1974 – Sedução (Qualquer Coisa a Respeito do Amor); 1975 – Cada um Dá o que Tem (episódio: O Despejo); 1976 – O Dia em que o Santo Pecou; A Noite das Fêmeas (Ensaio Geral); 1979 – O Guarani; O Menino Arco-Íris (A Infância de Jesus Cristo). GERALDY, NORMA Ione Sartini nasceu em Uberaba, MG, 30 de dezembro de 1907. Começa sua carreira artística no coro do Teatro Municipal. Adota o nome artístico de Norma Geraldy ao estrear na Rádio Clube do Brasil. Fez também parte do coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Estreia no cinema em 1935 no filme Favela dos meus Amores, produção da Cinédia. Participa de onze novelas pela TV Globo, sendo sua estreia em 1979 em Te Contei. Seguiramse outras como Por Amor, Vamp, O Salvador da Pátria, A Gata Comeu, Vereda Tropical, Transas e Caretas, Pão Pão Beijo Beijo, etc. Participa também de quatro episódios do programa Você Decide, entre 1994 e 2000. Seu último trabalho foi na minissérie A Casa das Sete Mulheres, em 2003. Foi casada com o ator Procópio Ferreira e com Urquiza de Carvalho, com quem teve um fi lho, Israel de Carvalho. Seus dois netos são ligados ao mundo das artes, o guitarrista Celso Blues Boy e a designer Ângela Carvalho. Morre em 2 de dezembro de 2003, aos 95 anos de idade, no Rio de Janeiro, vítima de problemas cardíacos, menos de um mês antes de completar 96 anos. Filmografia: 1935 – Favela dos meus Amores; 1940 – O Simpáti co Jeremias. GERARDI, ALCIDES João Alcides Gerardi nasceu em Porto Alegre, RS, em 15 de maio de 1918. Ainda criança muda-se para o Rio de Janeiro. Trabalhava no comércio do pai e era crooner numa orquestra de dancing. Em 1939 participa do grupo Namorados ao Luar como vocalista e grava seu primeiro disco, o samba Não Faça a Vontade Dela, de Nelson Cavaquinho. Em 1941 forma o grupo Os Três Marrecos, de curta duração. Em 1944 é crooner da orquestra de danças de Simon Bountman. Em 1949 vai para a Rádio Tupi, lá permanecendo até 1953, quando é contratado pela Rádio Nacional. Estreia no cinema em 1956 no filme Depois eu Conto. Como todo cantor de sua geração, vê sua carreira declinar a partir dos anos 1960, mas continua a fazer shows esporadicamente. Morre em 1º de janeiro de 1978, aos 59 anos de idade, de acidente de carro no Rio de Janeiro. Filmografia: 1956 – Depois eu Conto; 1957 – Maluco por Mulher; 1958 – Matemática Zero, Amor Dez; 1959 – Depois do Carnaval. GERBELLI, VANESSA Vanessa Gerbelli Ceroni nasceu em São Bernardo do Campo, SP, em 6 de agosto de 1973. Desde menina é incenti vada pela tia, a atriz Noemi Gerbelli, a seguir a carreira artísti ca, tanto que, aos sete anos, participa de uma peça infantil. Aos 15 anos lança-se como cantora na banda do irmão e participa de vários espetáculos musicais durante dez anos. Forma-se em pintura pela Faculdade de Belas Artes da USP. Aos 27 anos estreia na televisão, na novela O Cravo e a Rosa e engrena sua carreira, primeiro pela TV Globo em novelas como Desejos de Mulher (2002), Kubanacan (2003) e Cabocla (2004) e depois pela TV Record em Prova de Amor (2006), Amor e Intrigas (2007) e A Lei e o Crime (2009). Do seu casamento com o diretor da Globo Vinicius Coimbra teve um único filho, Tito, nascido em 2007. Filmografia: 2003 – Carandiru; 2007 – Sem Controle; 2008 – Os Desafinados; 2010 – Matraga. GERMANO FILHO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1933. Em 1957 estreia no cinema no filme Sherlock de Araque. Na TV Rio, em 1963, faz sua primeira novela, Pouco Amor não é Amor. São três pela TV Rio, uma pela Tupi, O Décimo Mandamento (1968), como Vitório, e todo o restante de sua carreira pela TV Globo, como grande coadjuvante, em dezenas de papeis importantes nas tramas. Estreia na Globo em 1968 em O Santo Mestiço, depois Cavalo de Aço (1973), O Amor é Nosso (1981), Parti do Alto (1984), Tieta (1989) e Mulheres de Areia (1993). No cinema, atua em nove filmes como El Justi cero (1967), de Nelson Pereira dos Santos, O Trapalhão na Ilha do Tesouro, com Renato Aragão, e na primeira versão de O Coronel e o Lobisomem (1979). Em 1994 faz sua últi ma aparição na televisão, na minissérie Memorial de Maria Moura. Morre em 1998, no Rio de Janeiro, de insuficiência respiratória, aos 65 anos de idade. Filmografia: 1957 – Sherlock de Araque; 1960 – O Palhaço o que é?; 1964 – Crônica da Cidade Amada (episódio: O Mal Entendido); 1967 – El Justi cero; O Menino e o Vento; 1969 – Golias contra o Homem das Bolinhas; 1973 – Caingangue; 1975 – O Trapalhão na Ilha do Tesouro; 1979 – O Coronel e o Lobisomem. GERO CAMILO Paulo Rogério da Silva nasceu em Fortaleza, CE, em 18 de dezembro de 1970. Dramaturgo, ator, cantor e compositor. Ainda em Fortaleza cursa os princípios básicos de teatro no Teatro José de Alencar. Em São Paulo, em 1994, entra para o EAD – Escola de Arte Dramática, da USP, formando-se em 1998. Passa a integrar o elenco das montagens realizadas por alunos e estreia na peça Aquele que Diz Sim, Aquele que Diz Não, de Bertolt Brecht, sob a direção de Celso Frateschi, em 1996. Já como profissional, participa de outras como Tartufo (1997), A Cândida Erêndira e sua Avó Desalmada (1999), Aldeotas (2004), Navalha na Carne (2008), etc., muitas com textos de sua autoria. Dirige duas peças: A Procissão (1998) e Entreatos (2004). Também compõe músicas com Cabeleira de Capim, Jobinamente, Tintura, entre outras. Em 2000, estreia no cinema, no filme Cronicamente Inviável. Participa de vários fi lmes como Bicho de Sete Cabeças (2001), Carandiru (2003), seu melhor momento como o amante do travesti, Chamas da Vingança (2004), produção norte-americana com Denzel Washington, Pequenas Histórias (2007), etc. Na televisão, participa da minissérie Hoje é Dia de Maria (2005), como Zé Cangaia, e em Som & Fùria (2009) Filmografia: 2000 – Cronicamente Inviável; Domésticas, o Filme; 2001 – Bicho de Sete Cabeças; Abril Despedaçado; 2002 – Madame Satã; Cidade de Deus; Narradores de Javé; 2003 – Carandiru; 2004 – Chamas da Vingança (Man on Fire) (EUA); 2007 – Cinco Frações de uma Quase História; Pequenas Histórias; 2009 – Hotel Atlântico. Filmografia (diretor): 2007 – Parabéns (CM) (codireção de Gustavo Machado). GESSE, GESSY Nasceu em Salvador, BA, em 1939. Estreia no cinema em 1963 na produção baiana Senhor dos Navegantes. Muito bela e talentosa, participa de quatro filmes apenas. Encerra sua carreira cinematográfica em 1970. Filmografia: 1963 – Senhor dos Navegantes; Sol sobre a Lama; 1964 – O Santo Módico (Brasil/França); 1970 – Caveira My Friend. GHERARDI, GAETANO Nasceu no Cairo, Egito, em 13 de outubro de 1927. Tem nacionalidade italiana e desde 1947 é naturalizado brasileiro. O pai tinha cargo de alto escalão no governo italiano, fazendo com que Gaetano fosse viver em diversos países como Egito, Tunísia, Marrocos, Itália e França. Com isso, torna-se poliglota, com fluência em italiano, francês, português e espanhol. Tem quase setenta anos de vida artística escritor, ator, diretor, produtor, jornalista, de rádio, imprensa escrita, televisão e cinema. Como autor teatral, escreve as peças Gol de Rosca, que ficou dois anos em cartaz com José Vasconcelos, entre 1981/1982; Os Outros, premiada em 1952, no Teatro Municipal de São Paulo, marcando a estreia de Antunes Filho como diretor e a estreia de Manoel Carlos como ator; e Fidel Castro Condenou-me à Morte, que estreou no Teatro das Bandeiras em São Paulo e texto levado pelo Comandante Cienfuegos para Cuba. Diretor das primeiras novelas da TV brasileira, novelas ao vivo, dois capítulos por semana, de autoria de J. Silvestre, Heloísa Castelar e José Castelar, diretor e escritor da primeira novela diária da TV Tupi, histórias de cinco capítulos semanais de 30 minutos por dois anos, diretor de cena do Teatro de Vanguarda, diretor do Grande Teatro Monções, diretor e ator principal em O Tigre, seriado policial, com dois capítulos por semana, diretor e produtor de Obras Imortais, autor, ator e diretor do programa Gaetano Gherardi e seu Teatro, autor e diretor do programa Teatro da Tarde, uma peça inédita, de meia hora por semana, durante um ano, dirigiu Hamlet na TV Tupi e Macbeth na TV Paulista ) sendo considerado o introdutor de Shakespeare na televisão brasileira em alguns livros didáticos de biografias. Na TV Cultura, ainda quando pertencia às Associadas, foi diretor de TV, produtor, diretor e ator, destacandose a participação na novela, de Raul Roulien, Maurício de Nassau, no papel-titulo. Na TV Globo foi produtor e diretor do programa Dercy de Verdade. Dirigiu e interpretou no papel-tí tulo, durante nove anos, o programa humorístico Dom Pasquale, em várias emissoras de TV. Escreveu e publicou os livros Dopoguerra Italiano, Mulher sem Rosto, Deus não Paga aos Sábados e Betinho Nu. Estreia no cinema em 1952 no filme Modelo 19. Na televisão, estreia em 1953 na TV de Vanguarda, pela Tupi. Dirige vários curtas-metragens, entre eles São Paulo Dita a Moda, em 1958, e As Aventuras de Chico Boa Vida (1966). De 1985 a 1989, publicou crônicas no Correio Popular, sob o título Ler Para Crer, criando vários personagens e entre outros o Raimundinho. Escreve, atua e dirige também teatro. Até 2003 era assistente da diretoria das Faculdades de Valinhos e diretor artístico do Teatro Universitário de Valinhos. Em 2005 escreveu e interpretou com produção e direção de Tannus Junior a radionovela Os Filhos, com 20 capítulos, transmitida em três emissoras, realizada com o apoio cultural do Centro Universitário Salesiano de São Paulo, unidade de Americana SP. Filmografia: 1952 – Modelo 19 (Amanhã Será Melhor); 1953 – Fatalidade; 1954 – Os Três Garimpeiros; A Sogra; 1955 – Carnaval Em Lá Maior; Eva do Brasil; 1957 – Mar sem Fim; 1958 – Vou te Contá; 1969 – Compasso de Espera; Golias contra o Homem das Bolinhas. GHESSA, ROSSANA Nasceu em Caarbonia, Sardenha, Itália, em 24 de janeiro de 1943. Chega ao Brasil com sete anos de idade. Começa como garotapropaganda, passando a atuar em fotonovelas e durante um ano foi modelo profi ssional da agência McCan Ericsson logo após ter vencido o concurso de Miss Objetiva. Estreia no cinema em 1965 em Paraíba, Vida e Morte de um Bandido. Atua em muitos filmes, destacando-se Quelé do Pajeú (1969), Lucíola, o Anjo Pecador (1975) e Fêmeas em Fuga (1984). É uma de nossas mais belas atrizes e, mesmo sendo italiana, adota nosso país como pátria. É produtora de quatro fi lmes, entre eles Adágio ao Sol, de 1996, dirigido por Xavier de Oliveira, seu último filme, a qual também é atriz, ainda belíssima. Atualmente ela é produtora de cinema e dona da Verona Filmes, em sociedade com seu marido, o cineasta Durval Garcia. Filmografia: 1965 – Paraíba, Vida e Morte de um Bandido; 1966 – 007 ½ no Carnaval; 1967 – Carnaval Barra Limpa; 1968 – Enfim Sós... Com o Outro; Bebel, Garota-Propaganda; 1969 – Quelé do Pajeú; 1970 – Verão de Fogo (OSS 117 Prend Des Vacances) (França/Brasil/Itália); Memórias de um Gigolô; Palácio dos Anjos (Le Palais des Anges) (Brasil/França); 1971 – Lua de Mel & Amendoim; 1972 – Ana Terra; Um Marido sem... é Como um Jardim sem Flores; Edy Sexy, o Agente Positivo; 1973 – Obsessão; 1974 – A Noiva da Noite (Desejo de Sete Homens); Pureza Proibida; O Filho do Chefão; 1975 – Lucíola, o Anjo Pecador; Amantes, Amanhã se Houver Sol; Quando as Mulheres Querem Provas; As Secretárias que Fazem de Tudo (episódio: Avante C.C.S.); 1976 – O Vampiro de Copacabana; Tem Alguém na Minha Cama (episódio: Dois em Cima e Dois Embaixo); 1977 – Vítimas do Prazer (Snuff ); 1978 – Como Matar uma Sogra; 1979 – A Pantera Nua; As Borboletas Também Amam; Violência e Sedução; 1980 – Bordel, Noites Proibidas; Convite ao Prazer; O Inseto do Amor; Intimidades de Duas Mulheres (Vera e Helena); A Virgem e o Bem-Dotado; 1981 – Me Deixa de Quatro (Fica Comigo Esta Noite); 1982 – Fantasias Sexuais (episódio: A Mulher Abelha); Mulheres Liberadas; 1983 – Momentos de Prazer e Agonia; Estranhas Relações; 1985 – Fêmeas em Fuga (Femmine In Fuga) (Itália/Brasil); 1988 – Cio dos Amantes; 1996/2000 – Adágio ao Sol. GIÁCOMO, VANESSA Vanessa Mendes da Silva Lima nasceu em Volta Redonda, RJ, em 29 de março de 1983. O sobrenome artístico Giácomo vem do avô materno, João Giácomo. Com 18 anos muda-se para o Rio de Janeiro. Em 2004 é convidada para integrar o elenco da novela Cabocla, como Zuca. É sua estreia na televisão. Em 2006, brilha como a Juliana em Sinhá Moça, alavancando sua carreira. Estreia no cinema em 2006 no filme Canta Maria. Em 2007 parti cipa da novela Duas Caras, como Luciana e em 2009 de Paraíso, como Rosa. Está casada com o ator Daniel de Oliveira, com quem tem um filho, Raul (2008). Bela e talentosa, é uma das grandes promessas brasileiras nas artes cênicas. Filmografia: 2006 – Canta Maria; Os 12 Trabalhos; A Ilha dos Escravos (Island of the Slaves) (Brasil/Cabo Verde/Portugal); 2009 – Menino da Porteira; Jean Charles. GIANECCHINI, REYNALDO Reynaldo Cisoto Gianecchini Júnior nasceu em Birigui, SP, em 12 de novembro de 1972. Entre 1991 e 2000 exerce a profi ssão de modelo profissional, viajando por todo o Brasil. Inicia sua carreira artística em 2000 na novela Laços de Família. Com talento e beleza, aos poucos vai conquistando seu espaço até se tornar um dos principais galãs da TV Globo. Participa de novelas, minisséries e especiais, com destaque para Laços de Família (2000), Filhas da Mãe (2001), Sai de Baixo (um episódio) (2002), Esperança (2002), Casseta & Planeta Urgente (um episódio) (2003), Mulheres Apaixonadas (somente o últi mo capítulo), Da Cor do Pecado (2004), Belíssima (2006), como Pascoal, o mecânico carismático e conquistador, e Sete Pecados (2007), como Dante. Estreia no cinema em 2002 no filme Avassaladoras. Um dos rostos mais bonitos do Brasil, Giane, como é chamado, não se contenta apenas em ser bonito, entre um trabalho e outro, viaja ao exterior para aperfeiçoar seus conhecimentos na arte de representar. Foi casado por sete anos (1999-2006) com a jornalista, apresentadora e agora atriz Marília Gabriela. Filmografia: 2002 – Avassaladoras; 2007 – O Primo Basílio; 2008 – Sexo com Amor?; 2008 – Entrelençóis; 2009 – Divã; 2009 – Flordelis – Basta uma Palavra para Mudar. GIARDINI, ELIANE Eliana Teresinha Giardini nasceu em Sorocaba, SP, em 20 de outubro de 1952. Em 1969 muda-se para a Capital a fi m de estudar na Escola de Artes Dramáticas da Universidade de São Paulo. Inicia sua carreira de atriz, mas logo se casa com Paulo Betti e não tem muito tempo para se dedicar à profi ssão, dando todo o apoio ao marido. Estreia no cinema em 1972, no filme Salário da Morte. Apaixonada pelo teatro, em 1998 atua na peça A Dama do Cerrado. Custa a se curvar à televisão, fazendo sua estreia somente em 1982, na TV Bandeirantes, em Ninho da Serpente. Em 1991 estreia na TV Globo, na novela Felicidade e em 1993 estoura – em todo o Brasil – em Renascer, interpretando Dona Patroa, uma mulher guerreira que lutava para se libertar do marido tirano, seguindo-se Dona Santi nha de A Indomada (1997), a cômica Nazira de O Clone (2001), a Caetana, da minissérie A Casa das Sete Mulheres (2003), a pintora modernista Tarsila do Amaral na minissérie Um só Coração (2004), a viúva Neuta, de América (2005), novamente Tarsila do Amaral na minissérie JK (2006), Cobras & Lagartos (2006) e Eterna Magia (2007) e Caminho das Índias, como Índira Ananda. Foi casada por 23 anos, (1973/1996), com o ator Paulo Betti com quem teve duas filhas Juliana (1977) e Mariana (1981). Bonita, talentosa e carismáti ca, brilha como grande estrela brasileira. Filmografia: 1972 – Salário da Morte; 1985 – Jogo Duro; 1997 – O Amor Está no Ar; 2001 – Uma Vida em Segredo; 2002 – Histórias do Olhar; 2003 – Chatô, o Rei do Brasil (inacabado); 2004 – Olga. GIBE Gilberto Fernandes nasceu em São Paulo, SP, em 7 de janeiro de 1935. No circo desde criança, primeiro fazendo malabarismos e acrobacias e depois peças infantis. Aos dezenove anos estreia no teatro de revista com a peça Aqui Quem Canta é o Galo, de Manoel da Nóbrega, seguindo-se outras. Em 1962 recebe o Troféu Fofoca como o melhor cômico do ano. Vai para a televisão e participa dos humorísti cos Show Riso (TV Excelsior), Bip o Agente Secreto (TV Record), Agência Ligpag (TV Tupi) e Bacará 76 (TV Record). Estreia no cinema em 1963 no filme Lá no meu Sertão. A partir de 1970 é contratado pelo Teatro Sesi, participando, entre outras, das peças Memórias de um Sargento de Milícias e A Moscheta. Faz mais de vinte fi lmes, destacando-se Jeca e o Bode (1972) e A Casa de Irene (1981). Na televisão, seu melhores momentos acontecem nos anos 80, pelo SBT, interpretando o Papai Papudo, da turma do palhaço Bozo e também participando das pegadinhas do programa Topa Tudo por Dinheiro, apresentado por Silvio Santos. Morre em 16 de Julho de 2010, aos 75 anos de idade, em São Paulo, por não resistir a uma cirurgia no coração. Filmografia: 1967 – Cangaceiros de Lampião; O Estranho Mundo de Zé do Caixão; 1969 – Deu a Louca no Cangaço; Golias contra o Homem das Bolinhas; Meu Nome é Tonho; 1970 – Dois Mil Anos de Confusão; Audácia – a Fúria dos Desejos; 1972 – Os Desempregados (Irmãos sem Coragem); O Jeca e o Bode; Corrida em Busca do Amor; A Grande Fuga; Quando os Deuses Adormecem; 1973 – A Superfêmea; 1976 – A Últi ma Ilusão; Zé Sexy... Louco, Muito Louco por Mulher; 1977 – Guerra é Guerra (episódio: Ver para Crer); 1978 – Pintando o Sexo; 1979 – Os Pankekas e o Calhambeque de Ouro; 1981 – A Casa de Irene; Sexo e as Pipas; 1983 – O Escândalo na Sociedade. GIESSE, DÓRIS Nasceu em Valença, RJ, em 18 de maio de 1960. Começa sua carreira como modelo profissional de sucesso. Vai para a TV Bandeirantes, como apresentadora, logo transferindo-se para a TV Globo, onde a apresenta o programa Fantástico. Estreia no cinema em 1988 no filme Sonhos de Menina-Moça. Nos anos 1990 apresenta o programa Fala Brasil pela TV Record. Está afastada da televisão. Filmografia: 1988 – Sonhos de Menina-Moça. GIGLIOTTI, LUPE Maria Lupicínia Viana de Paula nasceu em Maranguape, CE, em 1º de julho de 1926. Começa tarde sua carreira artística, aos 46 anos de idade, em 1972 na novela A Patota e no cinema em 1973 no filme Os Condenados. Nos anos 1970/1980 participa de vários humorísticos pela TV Globo, quase sempre ao lado do irmão, o humorista Chico Anysio. Talvez seu papel mais conhecido tenha sido a mãe do Jovem, interpretado por Chico. Também atua em outras novelas como Bravo! (1975), Um Sonho a Mais (1985), Cara & Coroa (1995) e Sete Pecados (2007). Na Escolinha do Professor Raimundo, em 1990, fez a Dona Escolástica, e no Sítio do Pica-Pau Amarelo, em 2004/2005, fez a simpática Dona Joaninha. É também irmã do cineasta Zelito Viana, mãe da atriz/diretora Cininha de Paula e avó da atriz Maria Maya. Filmografia: 1973 – Os Condenados; 1976 – Perdida; 1984 – Feitiço do Rio (Blame It on Rio) (EUA); 1999 – Zoando na TV; 2003 – Os Normais, o Filme; 2009 – Bela Noite para Voar. GIL, BEM Bem Giordano Gil Moreira nasceu em 1986 e é o filho mais velho de Flora e Gilberto Gil. Cedo aprende a tocar violão com o pai. Multi -instrumentista e compositor, toca violão, bateria e guitarra. É autor da música Acúmulo dos Azuis, em parceria com Jorge Mautner. Estreia no cinema em 2007 no filme 1972. Filmografia: 2007 – 1972. GIL, GILBERTO Gilberto Passos Gil Moreira nasceu em Salvador, BA, em 26 de junho de 1942. Surge como cantor, na década de 1960, ao participar dos Festivais de Música das TVs Record e Excelsior. Com Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gal Costa, cria o tropicalismo, movimento musical surgido no final dos anos 1960. Cantor, compositor e instrumentista de reconhecido talento, está no primeiro time da MPB. No cinema, participa de inúmeros filmes, entre curta e média-metragem, quer cantando, ou dando depoimento, com destaque para Bahia por Exemplo (1971), Geleia Geral (1986), A Sede do Peixe (1997), Viva São João! (2002), O Homem que Engarrafava Nuvens (2009), etc., assim como compõe a trilha sonora de dezena de outros. Foi casado por quatro vezes, com Belina Aguiar, entre 1965/1967, com quem teve duas filhas, Nara Gil e Marília Gil; depois Nana Caymmi, entre 1967/1969, com Sandra Gadelha, entre 1969/1980, com quem teve três filhos, Pedro Gil (falecido em 1990 em acidente de automóvel), Preta Gil e Maria Gil; e Flora, desde 1980, com quem também teve três filhos, Bem Gil, Isabela e José Gil. Gil tem portanto oito filhos. Desde 2004 Gil é Ministro da Cultura do Governo Lula. Filmografia: 1965 – Roda e Outras Histórias (CM); 1969 – Último Show de Caetano e Gil Antes do Exílio (CM); 1970 – O Tempo e o Som (CM) (depoimento); 1971 – Bahia por Exemplo; 1972 – Semana de Arte Moderna (CM); O Demiurgo; 1974 – Álbum de Música (CM); Mito e Contramito da Família Pernambucana (CM); 1976 – Os Doces Bárbaros; 1977 – Polichinelo; 1981 – Brasil (CM); Corações a Mil; 1985 – Infi nita Tropicália (CM); 1986 – Geleia Geral (CM); O Cinema Falado; 1995 – O Mandarim; 1996 – Bahia de Todos os Sambas; 1997 – Ed Mort; A Sede do Peixe; 1998 – O Bonde do Rastafari (CM); Pierre Fatumbi Verger: Mensageiro Entre Dois Mundos; 2001 – Samba Riachão; 2002 – Afi nação da Interioridade (CM); Viva São João!; 2003 – A Pessoa é para o que Nasce; 2004 – O Mundo é uma Cabeça (CM); 2005 – Maria Bethânia: Música é Perfume (depoimento) (França/Suiça); Vinícius; 2006 – Fabricando Tom Zé (depoimento); Sol – Caminhando contra o Vento (depoimento); 2008 – Loki – Arnaldo Baptista (depoimento); Jards Macalé – Um Morcego na Porta Principal (depoimento); O Velho Guerreiro não Morrerá (CM) (depoimento); 2009 – Herbert de Perto (depoimento); O Homem que Engarrafava Nuvens (depoimento); Beyond Ipanema (Brasil/EUA) (depoimento); Tropicália (Brasil/EUA) (depoimento); Alô, Alô, Terezinha (depoimento); 2009 – Dzi Croquettes (depoimento). GIMENEZ, LUCIANA Luciana Gimenez Morad, nasceu no São Paulo, SP, em 3 de novembro de 1970. Filha da atriz Vera Gimenez e do empresário João Alberto Morad, inicia sua carreira como modelo. Logo tornase modelo internacional, desfilando em várias cidades do mundo. Em 1998, em Nova York, tem um affair com o roqueiro Mick Jagger, líder da banda The Rolling Stones e fica grávida, dando à luz Lucas, seu primeiro fi lho. O fato faz de Luciana celebridade da noite para o dia e logo em seguida é contratada pela Rede TV para apresentar o programa Super Pop, então sob o comando de Adriane Galisteu. Em 2006 casa-se com o empresário Marcelo de Carvalho (1962), vice-presidente da RedeTV!. Bela, talentosa e dona de uma simplicidade natural, é uma grande estrela brasileira. Filmografia: 2001 – Xuxa e os Duendes. GIMENEZ, VERA Vera Regina Oliveira Gimenez nasceu em São Paulo, SP, em 14 de setembro de 1948. Muito bela, uma das grandes musas do Cinema Brasileiro nos anos 1970, estreia em 1971 no filme Lua de Mel & Amendoim. Faz muitos filmes, com destaque para O Marginal (1974) e Os Amores da Pantera (1977). Tem um conturbado casamento com o ator, diretor e produtor Jece Valadão, que a dirige em vários de seus filmes. Na televisão, estreia em Os Fantoches, em 1967, mas destaca-se mesmo em Escalada (1975), Amor com Amor se Paga (1984) e na minissérie Anos Dourados (1986), quando se afasta. Participa esporadicamente dos programas Viva o Gordo e Os Trapalhões. Faz também teatro. Em maio de 1994 descobre que tem câncer e passa a lutar pela vida. Batalha vencida, retorna à televisão em 1995, na novela A Próxima Vítima. Do seu primeiro casamento teve dois filhos, Luciana Gimenez (1970), ex-modelo profissional e hoje apresentadora da Rede TV, e Marco Antonio Gimenez, ator. Nos últimos anos vem participando esporadicamente de novelas ou séries como Cristal (2007), pelo SBT, e Donas de Casa Desesperadas (2007), pela RedeTV. Filmografia: 1971 – Tô Na Tua, ô Bicho; Lua de Mel & Amendoim (episódio: Berenice); 1972 – A Difícil Vida Fácil; 1973 – A Filha de Madame Betina; Obsessão; O Descarte; 1974 – Um Edifício Chamado 200; O Marginal; O Mau Caráter; 1975 – O Homem de Papel (Volúpia de um Desejo); Nós, os Canalhas; 1976 – Já não se Faz Amor como Anti gamente (episódio: O Noivo); Loucuras de um Sedutor; Ninguém Segura essas Mulheres (episódio: Marido que Volta Deve Avisar); 1977 – Os Amores da Pantera; A Noite dos Assassinos; 1979 – Eu Matei Lúcio Flávio; 1980 – O Torturador; por que as Mulheres Devoram Os Machos?; 1983 – A Freira e a Tortura; 1984 – A Filha dos Trapalhões; 1989 – Solidão, uma Linda História de Amor. GIOELLI, RENAN Nasceu em Bauru, SP, em 1986. Mora em São Paulo desde os cinco anos de idade. Faz escola de teatro durante três anos com Beto Silveira, realizando alguns trabalhos profi ssionais. Estreia no cinema em 2004 no filme Bens Confi scados, no papel do adolescente Luis Roberto, ao lado de Betty Faria, sob a direção de Carlos Reichenbach. Em seguida atua em Meu Tio Matou um Cara, de Jorge Furtado, no papel de Kid. Após esses trabalhos, muda-se para a Europa para estudar na cidade de Dublin, Irlanda. Depois de várias perigrinações pela Europa retorna ao Brasil para uma estada rápida, seguindo para Buenos Aires – Argenti na, para concluir seus estudos de espanhol. Filmografia: 2004 – Bens Confi scados; Meu Tio Matou um Cara. GIOVENAZZI, EDNEI Nasceu em Pederneiras, SP, em 12 de agosto de 1930. Seu pai é sapateiro. Estuda na Escola Paroquial Coração de Jesus e no Ginásio Anchieta. Após terminar o curso ginasial, ou 1º grau como é chamado hoje, muda-se para São Paulo. Forma-se em Odontologia, chegando a exercer a profissão por algum tempo, mas alguns clientes seus, percebendo sua vocação artísti ca, o levam à TV Tupi. Sua primeira novela é O Pequeno Lord, de 1967. Faz sólida carreira na televisão, ao atuar em dezenas de novelas/ minisséries como A Cabana do Pai Tomás (1969), Selva de Pedra (1972), Ovelha Negra (1975), Séti mo Sentido (1982), Que Rei Sou Eu? (1989), Tropicaliente (1994), Brida (1998), Sabor da Paixão (2002), Queridos Amigos (2008), como Nicola e Ciranda de Pedra (2008), como Dr. Madeira. Estreia no cinema em 1973 no filme Êxtase de Sádicos. No teatro, atua em muitas peças como O Tartufo (2002), A Visita da Velha Senhora (2003), Molly Sweeney – Um Rastro de Luz (2006). É um grande ator brasileiro. Filmografia: 1973 – Êxtase de Sádicos; 1974 – O Marginal; Um Homem Célebre; 1990 – Círculo de Fogo; 1991 – República dos Anjos; 1999 – No Coração dos Deuses. GLADYS, MARIA Maria Gladys Mello da Silva nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23 de novembro de 1939. Começa sua carreira no teatro, sob as ordens de Gianni Ratto e Kleber Santos. Seu primeiro papel importante é em 1959, numa ponta na peça O Mambembe, apresentado no Teatro dos Sete. Em seguida atua no Teatro Jovem, no Mesbla e no Dulcina, onde tem como mestre, Ziembinski. Estreia no cinema em 1960 no fi lme por Um Céu de Liberdade. Faz mais de trinta filmes, destacando-se Copacabana me Engana (1969), Bandalheira Infernal (1977), Bar Esperança (1983), Matou a Família e Foi ao Cinema (1990) e, mais recentemente, Apolônio Brasil, Campeão de Alegria (2003). Atriz essencialmente cinematográfi ca, estreia na televisão somente em 1981 na novela Brilhante, como Dinalva. A partir daí, atua na telinha com mais frequência, como em Vale Tudo (1988), Salsa & Merengue (1996), Senhora do Destino (2004) e Sítio do Pica-Pau Amarelo (2006). De personalidade forte e grande talento, é uma das grandes atrizes da geração anos 1960. Em 2008 Paula Gaetan dirige o documentário de longa-metragem Vida, um ensaio a partir de sua trajetória. Filmografia: 1960 – Por um Céu de Liberdade; 1961/1963 – Um Canalha em Crise; 1964 – Os Fuzis; Bonitinha, mas Ordinária; 1967 – Todas as Mulheres do Mundo; 1968 – Edu Coração de Ouro; Como Vai, Vai Bem? (episódio: O Apartamento); 1969 – O Anjo Nasceu; Copacabana me Engana; Um Diamante e Cinco Balas; 1970 – A Família do Barulho; Sem Essa Aranha; Cuidado, Madame; Mangue Bangue; Piranhas do Asfalto; Meu Pé de Laranja-Lima; É Simonal; Sangue Quente em Tarde Fria; 1971 – Lúcia McCartney, uma Garota de Programa; O Capitão Bandeira contra o Dr. Moura Brasil; O Donzelo; 1977 – Bandalheira Infernal; 1978 – Anchieta, José do Brasil; Agonia; 1980 – O Gigante da América Maria Gladys, uma Atriz Brasileira (CM); 1981 – Guerreiro de Alagoas (narração) (CM); 1982 – Rio Babilônia; 1983 – Bar Esperança, o Último que Fecha; 1985 – Sprayjet (CM); Os Bons Tempos Voltaram – Vamos Gozar Outra Vez (episódio: Sábado Quente); 1986 – Um Filme 100 % Brasileiro; Brás Cubas; 1987 – O Bebê (CM); 1988 – Natal da Portela (Brasil/França); 1990 – Guns (EUA) (participação não creditada); Matou a Família e Foi ao Cinema; 1991 – A Grande Arte; 1994 – Geraldo Voador (CM); 1995 – O Monge e a Filha do Carrasco (The Monk and Hangmans Daughter) (Brasil/EUA); 1996 – Futurando (CM); 2001 – Breve História de Cândido Sampaio (CM); 2002 – Liberdade Ainda que Tardinha (CM); 2003 – Apolônio Brasil, Campeão da Alegria; 2006 – Se eu Fosse Você; 2007 – Pequenas Histórias; Meu Nome É Dindi; 2008 – Vida (como ela mesma); A Casa da Mãe Joana; 2009 – Se eu Fosse Você 2. GLÁUCIA MARIA Gláucia Rothier nasceu em Taubaté, SP, em 15 de maio de 1948. Inicia carreira no cinema, com Mazzaropi, no filme O Corintiano, em 1966, inicialmente com o nome Gláucia Rothier. Na televisão, participa das novelas O Preço de um Homem (1971) e Vendaval (1973), atua como apresentadora do programa Clube de Cinema, pela TV Cultura, e participa do humorístico Deu a Louca no Show, pela TV Tupi. Faz mais de uma dezena de fi lmes, destacando-se Enquanto Houver Esperança (1971) e Os Três Boiadeiros (1979). Filmografia: 1966 – O Corintiano; 1968 – As Amorosas; O Quarto; 1971 – Enquanto Houver Esperança; 1974 – Macho e Fêmea; 1975 – Os Pilantras da Noite; O Supermanso; 1976 – O Dia das Profissionais; 1977 – Pintando o Sexo; O Mulherengo; Presídio de Mulheres Violentadas; 1979 – Os Três Boiadeiros. GLEISER, ELIAS Ilicz Gleizer nasceu em São Paulo, SP, em 4 de janeiro de 1934. Começa sua carreira na TV Tupi, em, 1959, no especial José do Egito. Constitui sólida carreira na telinha, ao participar de dezenas de novelas, com seu físico avantajado, sempre em papeis de bom pai, ou bom avô, ou de padre. Assim, em quase cinquenta anos de carreira, destacam-se Antonio Maria (1968), A Fábrica (1971), Vila do Arco (1975) e Sabor de Mel (1983). Em 1984 vai para a TV Globo e estreia em Livre para Voar e também não para mais, como em Fera Radical (1988), Anjo de Mim (1996), Terra Nostra (1999), As Filhas da Mãe (2001), Sinhá Moça (2006), Pé na Jaca (2007) e Caminho das Índias (2009), como o velho Cadore. Estreia no cinema em 1965 no filme Quatro Brasileiros em Paris. É um grande ator brasileiro. Filmografia: 1965 -Quatro Brasileiros em Paris; 1971: Diabólicos Herdeiros; 2004 – Didi quer Ser Criança; 2009 – Divã. GLÓRIA, DARLENE Helena Maria Glória Viana nasceu em São José do Calçado, ES, em 20 de março de 1943. Seus pais querem que seja professora, mas seus dotes artísticos já são fortes. Começa sua carreira cantando na Rádio Cachoeiro de Itapemirim, ao lado do desconhecido Roberto Carlos. Em 1958 é eleita miss da cidade. Muda-se para o Rio de Janeiro e passa a apresentar-se em programas de calouros, primeiro como cantora e depois como radioatriz, seguindo-se Teatro de Comédia, Teatro de Revista e até espetáculos circenses, até encontrar seu verdadeiro caminho, o cinema. Estreia em 1964, em Um Ramo para Luíza. A cada novo filme, sua parti cipação vai crescendo de importância. Em 1966 recebe o prêmio de melhor atriz coadjuvante por sua atuação em Choque de Senti mentos. Seu maior momento no cinema acontece em 1973 no filme Toda Nudez Será Castigada. Estreia na televisão em 1969 na novela Véu de Noiva e, embora dedique sua carreira quase que totalmente ao cinema, participa ainda de O Bofe (1972), Carmen (1987), Araponga (1990) e O Guarani (1991). Nos 19anos 80 abraça a religião evangélica e torna-se a irmã Helena Brandão, assumindo o nome de seu marido, pastor. Em 1987, volta rapidamente à televisão, mas acaba se fixando em Nova York, onde produz vídeos e curtas-metragens evangélicos. Longe da TV desde 1987, retorna em 1997 para participar de um episódio do programa Você Decide, pela TV Globo, depois Pecado Capital (1998) e A Diarista (2004). Retorna ao cinema em 1999 para parti cipar do filme Até que a Vida nos Separe. Aos poucos, vem retomando sua carreira artísti ca. Filmografia: 1964 – Um Ramo para Luíza; 1965 – São Paulo S/A; Paraíba, Vida e Morte de um Bandido; Choque de Senti mentos (Brasil/EUA); 1966 – Nudista a Força; 1967 – Terra em Transe; 1968 – Os Viciados (episódio: A Fuga); Papai Trapalhão; Por um Amor Distante (Pour Un Amour Lointain) (França/Brasil); 1969 O Matador Profissional; Os Paqueras; Golias contra o Homem das Bolinhas; Os Raptores; 1971 – Lua de Mel & Amendoim (episódio: Berenice); 1972 – Os Devassos; A Viúva Virgem; Eu Transo... Ela Transa; 1973 – Toda Nudez Será Castigada; Os Homens que eu Tive; 1974 – O Marginal; 1976 – Um Homem Célebre; 1977 – As Aventuras de Momo Montanha (Jorden er Flad) (Dinamarca/Brasil); 1999 – Até que a Vida nos Separe; 2004 – Ninguém Suporta a Glória (CM); 2005 Rubi (CM); 2006 – Anjo do Sol; 2008 – Feliz Natal. GOBBIS, IOLANDA Nasceu em São Paulo, SP, em 1938. O pai é pintor e a filha, consequentemente, tem nas veias os dotes artísticos. Com doze anos de idade começa a estudar balé com o professor Waslaw Weltchek, fazendo apresentações pelo Ballet do IV Centenário, mas o grupo se dilui e ela passa a dançar com Lia Del Ara, fazendo excursões por todo o País. Em seguida, muda-se para o Rio de Janeiro e ingressa na TV Tupi, fazendo desfiles e publicidade. A convite da atriz Verah Sampaio, que, com o marido Oswaldo Sampaio, produzia o filme O Preço da Vitória, faz sua estreia, sendo essa sua primeira e única tentativa nessa área, preferindo depois dedicar-se à carreira de bailarina. Filmografia: 1959 – O Preço da Vitória. GOBETH, ROGER Nasceu em São Paulo, SP, em 7 de abril de 1973. Forma-se em Arquitetura mas segue a carreira de ator. Inicia sua carreira em 1998 na peça A Arte Oculta, de Cristina Mutarelli, com direção de Elias Andreato; depois Qualquer Gato Vira-Lata Tem uma Vida Sexual mais Sadia que a Nossa, direção de Bibi Ferreira; Quatro Amores, direção de Tiago Santi ago; Apenas uma Noite, direção de Marcelo Escorel; Inês de Castro – Rainha Morta, também direção de Escorel. Em 1995 vai para a televisão parti cipar de Malhação, no papel de Alfredo Touro Fernandes. Ainda pela TV Globo faria O Quinto dos Infernos (2002), Coração de Estudante (2002), Kubanacan (2004) e Da Cor do Pecado (2004). Contratado pela TV Bandeirantes, interpreta o Frederico em Floribella, no ano de 2005. A parti r de 2006 na TV Record, atua em Vidas Opostas (2007), no papel de Félix Camargo, e Chamas da Vida (2008), como o bombeiro Guiherme. Estreia no cinema em 1999 no curta Sad But True. Filmografia: 1999 – Sad But True (CM); 2010 – VIPs. GODOY, MARIA LÚCIA Nasceu em Mesquita, MG, em 2 de setembro de 1929. Inicia seus estudos de canto ainda em Minas, continuando-os no Rio de Janeiro, com o professor Gambardella. Bolsista do governo alemão, estuda na “Hochschule Fuer Musik”, em Freiburg, com a professora Margueritte von Winterfeld. Torna-se conhecida mundialmente, dando concertos em vários países da Europa. É uma das sopranos mais famosas do Brasil. Em 1970, estreia no cinema, no filme Senhores da Terra. Filmografia: 1970 – Senhores da Terra; 1997 – Navalha na Carne; 2002 – Poeta de Sete Faces (Vida e Poesia de Carlos Drummond de Andrade) (canta: Cantiga de Viúvo); 2003 – Glauber o Filme – Labirinto do Brasil (depoimento). GÓES, ESTHER Esther Contim Goes nasceu em São Paulo, SP, em 4 de fevereiro de 1946. Inicia sua carreira profissional em 1970. Sai da Escola de Arte Dramática, então recém-incorporada à Universidade de São Paulo, diretamente para os palcos do musical Hair, dirigido por Adhemar Guerra. É o início de uma trajetória que a leva depois ao Teatro Oficina, onde entra numa fase radical, atuando em O Rei da Vela e Gracias Señor. Deixa o Ofi cina casada com Renato Borghi, com quem tem seu único filho, Ariel (1973). Forma então o Teatro Vivo, ao lado do marido, montando peças importantes como O que Mantém o Homem Vivo e Santa Joana. Trabalha também em novelas, sendo sua estreia em 1973 em A Volta de Beto Rockfeller, pela TV Tupi. Na Globo sua estreia é em Te Contei?, em 1978. Paralelamente ao teatro, constitui sólida carreira na televisão ao atuar em diversas novelas como Elas por Elas (1982), Novo Amor (1986), Pacto de Sangue (1989), Felicidade (1991), Explode Coração (1995), Direito de Nascer (2001), Prova de Amor (2006) e Luz do Sol (2008). Foi apresentadora dos programas TV Mulher pela Globo, e Jornal Mulher, pela extinta TV Manchete. Estreia no cinema em 1971, no filme Uma Mulher para Sábado. Em 1991 ganha o Kikito de melhor atriz em Gramado por sua atuação em Stelinha. Durante muitos anos milita no PT e é também presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de São Paulo. Em 2008, estreia o monólogo Determinadas Pessoas – Weigel. Filmografia: 1971 – Uma Mulher para Sábado; 1971/1982 – O Rei da Vela; 1972 – Gracias Señor (CM); 1983 – A Próxima Vítima; 1984 – O Evangelho Segundo Teotônio (narração); 1987 – Eternamente Pagú; 1989 – Anos 30: Entre duas Guerras, Entre duas Artes (CM) (narração); 1990 – Stelinha; 1993 – Século XX: Primeiros Tempos (CM) (narração); Ressureição (CM); 1994 – A Causa Secreta; O Calor da Pele; 1995 – As Meninas; 1996 – A Grande Noitada; 1999 – Por Trás do Pano; 2000 – A Hora Marcada. GOFMAN, BETTY Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 3 de março de 1965. De formação teatral, estuda na escola Tablado, de Maria Clara Machado e na Casa das Artes em Laranjeiras. Atua em inúmeras peças como Cotidiano, Casa das Bonecas, A Megera Domada e Orlando. Estreia na televisão em 1985, na minissérie Tudo em Cima e no cinema em 1986 no desconhecido Trama Familiar, de Emiliano Ribeiro. Tem carreira estável na televisão, ao participar de novelas e minisséries como Selva de Pedra (1986), O Dono do Mundo (1991), Vila Madalena (1999), América (2005), JK (2006), Amazônia: de Galvez a Chico Mendes (2007) e Caminho das Índias (2009). É irmã da atriz Rosane Gofman. Está casada com Hugo Barreto, com quem tem duas filhas, Rebeca e Luíza. Filmografia: 1986 – Trama Familiar; 1987 – Os Trapalhões no Auto da Compadecida; 1988 – Feliz Ano Velho; 1989 – Kuarup; 1990 – Boca de Ouro; Trama Familiar; 1999 – Até que a Vida nos Separe; 2000 – Cronicamente Inviável; Amélia; 2002 – Eclipse (Alemanha/Áustria); 2003 – Viva Voz. GOFMAN, ROSANE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de outubro de 1957. Abandona o curso de Direito, mas forma-se em Fonoaudiologia. Em 1975 entra para o Tablado e logo começa a atuar profi ssionalmente, com o grupo teatral Pessoal do Despertar, de que faziam parte também Maria Padilha, Miguel Falabella, Daniel Dantas, Zezé Polessa, Fábio Junqueira, etc. Participa de muitas peças, com destaque para Delírio Carnal e Despertar da Primavera. Em seguida começa a dar aulas de teatro e funda a Escola de Artes Rosane Gofman. Estreia na televisão em 1983, como a Estelinha de Louco Amor, depois, entre outras, atua em Vale Tudo (1988), como Consuelo; Brida (1998), como Socorro; Chocolate com Pimenta (2004), como Roseli; e Caminho das Índias (2009), como Walkiria. No cinema, seu primeiro fi lme é Fica Comigo, de Tyzuka Yamasaki. É irmã da atriz Betty Gofman. De seu primeiro casamento, tem dois filhos, Yuri (1982) e Cauê (1984). Está casada desde 2000 com o câmera Luis Maidan, com quem teve Daniel (1991). Filmografia: 1998 – Fica Comigo; 2005 – Mais uma Vez o Amor. GOLD, GIOVANNA Giovanna Goldsarb Padilha Sodré nasceu em Salvador, BA, em 4 de junho de 1964. Inicia sua carreira como modelo. Estreia na televisão em 1982, na minissérie Quem Ama não Mata, pela TV Globo. Estreia no cinema numa pequena ponta, em cena de carnaval, na produção americana feita no Brasil Luar sobre Parador, em 1988. Transfere-se para a TV Manchete e participa da novelas Pantanal (1990), como Zefa; A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990), como Marisa; e Floradas na Serra (1991), como Letícia. É capa da revista Sexy em outubro de 1993. Já com a carreira de atriz consolidada, retorna à Globo para parti cipar de Mulheres de Areia, em 1993, como Alzira; depois Incidente em Antares (1994), como Rita da Paz; e Por Amor (1997), como Kátia. Em 2000, Giovanna cria o espetáculo Gold Show, com esquetes de música, humor e teatro, no qual vive a mulata Jambett e Prado Jr. Faz parte do grupo República dos Poetas, que se apresenta regularmente no Museu da República, no Rio de Janeiro. Na TV Record, em 2006, participa do programa Show do Tom, ao lado de Tom Cavalcante. No cinema, em 1997, atua em dois filmes importantes: Anahy de Las Misiones e Baile Perfumado. Volta em 2003 para parti cipar de Signo do Caos, último filme do grande cineasta Rogério Sganzerla (1946-2004). Em 2008 é convidada para atuar na peça Ninguém é Perfeito. Em 2009, depois de alguns anos afastada, retorna a TV para participar do especial Uma Noite no Castelo, pela TV Globo. Filmografia: 1988 – Luar sobre Parador (Moon Over Parador) (EUA); 1992 – Sua Excelência, o Candidato; 1994 – Mil e Uma; 1997 – Anahy de Las Misiones; Baile Perfumado; 1998 – Iremos a Beirute; 2003 – O Santo Mágico (CM); Signo do Caos; 2004 – Tempo Real (CM); 2005 – Deus Nunca Falha; 2009 – Bela Noite para Voar. GOLDEN BOYS, THE Quarteto musical formado no Rio de Janeiro em 1958 pelos irmãos Roberto Correia (1940), Ronaldo Correia (1942), Renato Correia (1944) e o primo Valdir Anunciação (1941), que na verdade não era primo, mas amigo. Valdir era colega de classe de Roberto na Escola Industrial Ferreira Viana, no Maracanã. A música surgiu nas ati vidades recreativas da Escola Industrial Ferreira Viana, ainda como trio, em 1955. Renato, muito menino, com 11 anos, e voz considerada infantil, só entraria mais tarde no conjunto. Profissionalmente, o quarteto estreou no show de calouros da Rádio Mauá. No mesmo ano, gravaram o primeiro disco, Copacabana. Quando estoura o movimento da Jovem Guarda, o quarteto já é muito conhecido no Brasil. Gravam músicas como Michelle, Mágoa e Ai de Mim. Estreiam no cinema em 1959 cantando a música Laura no filme Cala a Boca, Etelvina, ao lado de Dercy Gonçalves. Depois de longa separação, voltam nos anos 1990 e continuam fazendo sucesso, principalmente a parti r de 1996, com o ressurgimento do movimento Jovem Guarda. Em 1997, o grupo lançou o CD Festival dos Golden Boys, com músicas dos festivais dos anos 1960. Os Golden Boys atuaram nos shows comemorativos dos 30 e 35 anos da Jovem Guarda e em 2002 participaram da gravação do acústico de Jorge Benjor. Valdir Anunciação, um dos rostos mais conhecidos do grupo, morre em 8 de janeiro de 2004, aos 62 anos, no Rio de Janeiro, víti ma de câncer no intestino. Valdir era casado com Maria Alzira e ti nha um filho, Germano, nascido em 1982. Filmografia: 1959 – Cala A Boca, Etelvina; 1960 – Eu Sou o Tal; 1967 – Adorável Trapalhão. GOLIAS, RONALD Nasceu em São Carlos, SP, em 4 de maio de 1929. Filho de Arlindo Golias e Conceição D’Aparecida Golias. Estreia como artista amador, aos oito anos de idade, como arti sta amador, na Escola Dante Alighieri, em São Carlos. De infância pobre, em 1940, aos onze anos muda-se com a família para São Paulo, indo morar num porão. Abandona os estudos e vai trabalhar como ajudante de alfaiate, funileiro e balconista para ajudar em casa. Seu sonho é ser médico ou engenheiro. Passa a praticar natação no Clube de Regatas Tietê. Lá integra o grupo Acqua Loucos, precursor dos espetáculos aquáticos no Brasil. Por sugestão de Golias, os shows passaram a ter uma parte falada, o que o levou a parti cipar do programa Calouros em Cena, da Rádio Cultura. Transfere-se para a Rádio Nacional como radioator. Estreia na televisão em 1954 no programa A Voz Morena do Brasil, ainda pela TV Paulista. Lá conhece Manoel de Nóbrega, que, espantado com o talento do rapaz, manda contratá-lo para seu programa, A Praça da Alegria, em 1955, quando lança Pacífi co, tipo que se tornou famoso com o bordão Ô Cride. Pela TV Paulista vieram: Estação do Riso (1957), Miss Campeonato (1957), Telegrama Três Leões (1958), Cadeira de Barbeiro (1958), São Paulo Num te Guento (1959), Folias do Golias (1959), Domingo Alegre (1959), Show do Golias (1960). Pela TV Rio: Noite de Gala (1959), Noites Cariocas (1960), O Riso É o Limite (1960) e Rio Te Adoro (1960). Em 1967, brilha como o Bronco , ou Carlos Bronco Dinossauro, da Família Trapo, na TV Record, ao lado de Otelo Zelloni, Jô Soares e Renata Fronzi. Nos anos 1970 continua sua trajetória de sucesso na televisão em programas como: Bronco Total, em 1971, pela TV Record; O Riso dos Cinco (1973), pela TV Paulista; e Nóbrega e seus Bonecos (1974), pela TV Continental. Em 1979, na TV Globo, estrela o programa Superbronco, uma cópia da série norte-americana Mork and Mindy, criada por Boni, mas que fracassa totalmente. Em 1987 retorna à TV Bandeirantes para estrelar Bronco. Estreia no cinema em 1958 em Vou te Contá. Participa de muitos filmes, tendo roteiros feitos especialmente para explorar seu talento. Destacam-se Os Cosmonautas (1962) e Golias contra o Homem das Bolinhas (1969), seu último filme, lançado recentemente em DVD pelo selo Europa. Nos últi mos tempos, parti cipa de A Praça é Nossa, com Carlos Alberto de Nóbrega, e Meu Cunhado, com Moacyr Franco, seus últimos programas na televisão, pelo SBT, emissora de Sílvio Santos, seu amigo desde os anos 1950. Foi Golias quem deu a Sílvio Santos o apelido de Peru. O apelido pegou tanto que Manoel de Nóbrega, em suas caravanas, criou um quadro chamado O Peru que Fala. Excêntrico – entre outras coisas por não ter nenhuma mobília em sua casa e não aceitar cheques como pagamento, somente dinheiro –, foi um dos maiores comediantes brasileiros de todos os tempos, com talento nato. Casou-se uma única vez, em 1957, com Lúcia Machado, com quem teve sua única filha, Paula, nascida em 1967. Embora o casal tenha se separado no início da década de 1980, Lúcia foi o grande amor da vida de Golias, que se referia a ela como seu coração que batia fora do corpo. Morre em 27 de setembro de 2003, aos 76 anos de idade, em São Paulo, de infecção generalizada, proveniente de infecção pulmonar. Filmografia: 1957/1967 – Marido Barra Limpa; 1958 – Vou te Contá; 1960 – Tudo Legal; 1961 – Os Três Cangaceiros; O Dono da Bola; 1962 – Os Cosmonautas; 1963 – O Homem que Roubou a Copa do Mundo; 1968 – Agnaldo, Perigo à Vista; 1969 – Golias contra o Homem das Bolinhas. BÔSCOLI, RONALDO Ronaldo Fernando Esquerdo Bôscoli nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 28 de outubro de 1928. Letrista e repórter, é o mais importante divulgador da Bossa Nova, que prati camente nasce na sua casa, na década de 1950. Compõe pérolas como Barquinho e Lobo Bobo. Tem tórridos romances com Nara Leão, Maysa e Elis Regina, com quem fica casado entre 1967 e 1972 e tem um filho, João Marcelo, nascido em 17 de junho de 1970. A parti r da década de 1960, forma memorável parceria com Miele. Participa como ator de um único filme, Sangue na Madrugada, de 1964, mas suas músicas são utilizadas como trilha sonora de dezenas de outros tantos, até os dias de hoje. Morre de câncer em 18 de novembro de 1994, aos 66 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1964 – Sangue na Madrugada; 1970 – O Tempo e o Som (CM) (depoimento). GOMES, CUSTÓDIO Custódio da Silva Gomes nasceu em Lins, SP, em 1942. Na década de 1960 muda-se para São Paulo e faz curso de ator na Escola Renato Ferreira. Trabalha como fotógrafo na TV Excelsior e depois para a revista Cinema em Close-up. Como ator, participa de vários filmes, sendo sua estreia em 1969, ao lado de Mazzaropi, no filme Uma Pistola para Djeca, depois Operação São Paulo (1977) e Pau na Máquina (1986). Em 1969 estreia na direção, no filme Meu Filho, Cruel Aventureiro. Dirige muitos outros, na maioria pornochanchadas e explícitos, na boca do lixo de São Paulo, com destaque para Meu Cachorro, meu Amante (1987) e Cama Cor-de-Rosa (1989). Com o fim do gênero, na década de 1990 afasta-se do cinema. Filmografia (ator): 1969 – Uma Pistola para Djeca; 1976 – Terra Quente; 1977 – Operação São Paulo; 1983 – As Taras das Sete Aventureiras; 1984 – Paraíso da Sacanagem; O Vale das Taradas; 1985 – Não Mexe que eu Gozo!; Banho de Língua; O Mago do Sexo; Boca Macia; Ninfetas do Sexo Ardente; Viagem além do Prazer; 1986 – Devassidão Total; A Seita do Sexo Profano; Arrepios; Aberrações Sexuais de um Cachorro; Um Pistoleiro Chamado Papaco (Os Amantes de um Pistoleiro); 1987 – Tesão da Minha Vida; 1988 – Pau na Máquina; A Famosa Língua de Ouro; Fogo e Prazer; 1991 – Alucinações Sexuais de um Macaco; 1992 – A Gaiola da Morte. Filmografi a (diretor): 1969 – Meu Filho, Cruel Aventureiro; 1976 – Terra Quente; 1983 – As Taras das Sete Aventureiras; 1984 – O Vale das Taradas; Karma – Enigma do Medo; 1985 – Quatro Noivas para Sete Orgasmos; 1986 – Meu Cachorro, meu Amante; Aguenta Tesão (Etesão, Quanto mais Sexo Melhor); Aberrações Sexuais de um Cachorro; 1987 – Fogo e Prazer; 1988 – Noite de Luxúria; 1989 – Carícias Ardentes (Noites Alucinantes de Messalina); Vespânia, a Prefeita Erótica; O Cio dos Amantes; A Cama Cor-de-Rosa. GOMES, ELIEZER Nasceu em Conceição de Macabu, RJ, no dia 2 de abril de 1920. Fica órfão aos dezesseis anos e, para sustentar os sete irmãos mais novos, trabalha numa loja de ferragens durante o dia e na estiva, à noite. Seguindo o conselho de um desconhecido, candidata-se à vaga de Tião Medonho, para o filme Assalto ao Trem Pagador. Quando já tinha esquecido o assunto, é chamado pela equipe de produção para iniciar os trabalhos. A película é um sucesso e Eliezer vai para Cannes, recebendo inúmeros convites para filmar na Europa. Atua muito em cinema, destacando-se nos filmes Ganga Zumba (1964) e Joanna Francesa (1973). Nos últimos anos trabalha como funcionário público do Estado. Um dos grandes atores negros do Cinema Brasileiro morre em 12 de fevereiro de 1979, aos 58 anos de idade, no Rio de Janeiro, vítima de um derrame cerebral. Filmografia: 1962 – Assalto ao Trem Pagador; 1964 – Ganga Zumba; 1965 – Crônica da Cidade Amada; O Beijo; Choque de Senti mentos (Brasil/EUA); Os Vencidos; 1966 – Mercenários do Crime (episodio: Carnaval de Assassinos) (LêCarnaval dês Barbouzes) (Itália/França/Áustria/Brasil); Operação Paraíso (Se Tuttle Le Donne Del Mondo) (Itália/EUA); Samba (Espanha/Brasil); 1967 – Tarzan e o Grande Rio (Tarzan and the Great River) (EUA); Perpétuo contra o Esquadrão da Morte; 1968 – Palmeiras Negras (Svarta Palmkronor) (Suécia); Na Mira do Assassino; Chegou a Hora, Camarada!; 1969 – Sete Homens Vivos ou Mortos; 1971 – Faustão; O Homem das Estrelas (Le Maítre du Temps) (França/ Brasil); 1973 – Joanna Francesa (Brasil/França); 1974 – O Anjo da Noite. GOMES, ELZA Nasceu em Lisboa, Portugal em 19 de outubro de 1910. Ingressa na vida artística por intermédio da mãe, que também é atriz e constantemente se apresenta nos teatros brasileiros, enquanto Elza e outra irmã ficam em Lisboa, sob os cuidados dos avós. Aos doze anos muda-se para o Brasil e aqui começa a fazer algumas pontas em operetas, nas quais a mãe faz o papel principal. Durante treze anos Elza trabalha na companhia de Procópio Ferreira. Seguem-se mais doze com Eva Todor, quando começam a montar um grande repertório que as faz viajar por todo o País. Na Rádio Nacional, é uma de suas mais requisitadas atrizes, fazendo todas as novelas de sucesso, sempre interpretando o papel de mulher má. Lá conhece e passa a viver com André Villon, numa união que dura 40 anos. Os dois casam-se alguns dias antes de Elza morrer, no hospital, atendendo assim ao seu último desejo. Na televisão, atua em novelas de sucesso, sendo sua estreia em 1969, em O Retrato de Laura. Depois faz sucesso em Minha Doce Namorada (1971), Pecado Capital (1976), Baila Comigo (1981) e Final Feliz (1982), sua última novela, no papel de Sinhá. Trabalha também em cinema, em fi lmes como Memórias de um Gigolô (1970) e depois Barra Pesada (1977), entre outros. O seu leve sotaque português e sua voz rouca são marcantes e difi cilmente serão esquecidos. Morre em 17 de maio de 1984, no Rio de Janeiro, aos 73 anos de idade e 60 de carreira. Filmografia: 1970 – Memórias de um Gigolô; 1971 – O Enterro da Cafetina; 1972 – Quando as Mulheres Paqueram; 1973 – A Filha de Madame Betina; Toda Nudez Será Castigada; 1974 – Os Condenados; 1975 – Guerra Conjugal; As Alegres Vigaristas; Motel; Nem os Bruxos Escapam; 1976 – As Desquitadas em Lua de Mel; Ninguém Segura essas Mulheres (episódio: Desencontro); 1977 – Barra Pesada; 1978 – Se Segura, Malandro; Assim Era a Pornochanchada . GOMES, IDA Ida Szafran nasceu em Krasnik, Polônia, em 25 de setembro de 1923. Inicia sua carreira como dubladora da Cine Castro, fazendo vozes famosas como Bette Davis e Joan Crawford. Estreia na televisão em 1953 no melodrama Coração Delator. Nos anos 1960/1970 participa, sempre como coadjuvante, de inúmeras novelas como Gata de Vison (1968), Véu de Noiva (1969), Selva de Pedra (1972), mas rouba a cena mesmo em O Bem-Amado, em 1973, como Dorotéa Cajazeira. Seguem-se O Astro (1977), Hipertensão (1986) e Era uma Vez... (1998), Estreia no cinema em 1964 no filme Bonitinha, mas Ordinária. Atua em muitos outros, com destaque para O Casal (1975) e Primeiro de Abril, Brasil (1989). Em 1997 participa da peça Proibido Amar, no Rio de Janeiro. Nos últimos anos tem atuado frequentemente em novelas e minisséries da TV Globo como A Padroeira (2001), Desejos de Mulher (2003), Da Cor do Pecado (2004), A Lua me Disse (2005), Bang-Bang (2005), a minissérie JK (2006), Pé na Jaca (2007) e Duas Caras (2008), como Frida, sua últi ma novela. Em 2001 retorna ao cinema para parti cipar do filme Copacabana. É irmã do também ator Felipe Wagner e tia da atriz Débora Olivieri. Morre em 22 de fevereiro de 2009, aos 85 anos de idade, de pneumonia, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1964 – Bonitinha, mas Ordinária; 1967 – O Mundo Alegre de Helô; 1969 – A Penúlti ma Donzela; 1975 – O Casal; 1977 – O Seminarista; 1979 – Amante Latino; 1988 – Primeiro de Abril, Brasil; 2001 – Copacabana; 2003 – Meu Pai (My Father, Rua Alguém 555) (EUA); 2006 – Amigo Invisível; 2009 – Destino. GOMES, MÁRIO Mário do Nascimento Gomes Filho nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de dezembro de 1952. O pai, também Mário Gomes, é proprietário da ABC, Artes Brasileiras Cinematográfi cas, empresa no ramo de cinema. Em 1963, surge a primeira oportunidade para parti cipar do filme No Tempo dos Bravos, mas é reprovado, pois é muito alto para o papel. Porém, no mesmo ano, surge sua chance no filme Elas Atendem pelo Telefone, aos onze anos de idade. Trabalha como modelo fotográfico em passarelas e comerciais. Na TV Excelsior, faz sua primeira participação no especial Mansão dos Vampiros. Na TV Globo, estreia em 1972 na novela Bicho do Mato. Torna-se galã em Anjo Mau (1976), Duas Vidas (1977), Gabriela (1979), Plumas e Paetês (1980), Sol de Verão (1982), etc. No teatro, participa de inúmeras peças como O Peru e Greta Garbo, Quem Diria, Acabou no Irajá. Em 1976, já adulto, retorna ao cinema no filme O Sexo das Bonecas, destacando-se ainda Beijo na Boca (1982) e O Escorpião Escarlate (1988). Nunca para de atuar e constitui uma grande carreira na televisão, mesmo que em papéis secundários, como em Top Model (1989), Sex Appeal (1993), Vila Madalena (1999), Desejos de Mulher (2002), Sete Pecados (2007) e A Favorita (2008), como Gurgel. Do seu casamento com a empresária Patrícia Mendes (1975), Mário tem duas fi lhas, Linda (1993) e Talita (1997). Atualmente está casado com a arquiteta Raquel Palma (1980) com quem tem um fi lho, João, nascido em 2006. Com grande carisma, é um dos bons atores brasileiros. Filmografia: 1963 – Elas Atendem pelo Telefone; 1976 – O Sexo das Bonecas (Ele, Ela e o etc.); 1977 – O Cortiço; Primavera dos Enforcados (inacabado); 1982 – Beijo na Boca; Tabu; 1988 – Lili, a Estrela do Crime; O Escorpião Escarlate. GOMES, PAULO EMÍLIO SALLES Nasceu em São Paulo, SP, em 17 de dezembro de 1916. Críti co, ensaísta, ex-membro da Comissão de Seleção de Filmes do Itamaraty para Festivais Internacionais, fundador e colaborador da Cinemateca Brasileira de São Paulo, coordenador do Curso de Cinema da Universidade de Brasília. Um dos críti cos mais influentes e respeitados do Cinema Brasileiro, sobre o qual escreve vários livros. Participa de alguns fi lmes, destacandose Ganga Zumba, de 1964. Foi casado por quinze anos com a escritora Lygia Fagundes Telles de 1962 até sua morte, em 9 de setembro de 1977, aos 61 anos de idade, em São Paulo. É um dos maiores pensadores do Cinema Brasileiro, por todos respeitado e cultuado. Filmografia: 1963 – Gimba, Presidente dos Valentes; 1964 – Morte em Três Tempos; 1972 – Acaba de Chegar ao Brasil o Bello Poeta Francez Blaise Cendrars (CM) (narração); 1974 – Exposição Henrique Alvim Correia (1876-1910) (narração); 1975 – Tem Coca-Cola no Vatapá (CM); 1976 – Paulo Emílio S.Gomes – Ganga Bruta (CM); 1979 – P. E. Salles Gomes (depoimento); 1980 – Paulo Emílio (depoimento). GOMES, RODNEY Nasceu em Sorocaba, SP, em 3 de agosto de 1936. Começa sua carreira como ator mirim em cinema, sendo sua estreia em 1948 no filme Obrigado Doutor, de Moacyr Fenelon, aos 12 anos de idade. Na TV participa das novelas A Pequena Órfã (1968) e A Menina do Veleiro Azul (1969). Mas destaca-se mesmo como grande dublador brasileiro, ficando famoso por fazer a voz do personagem de Michael Landon em Bonanza, o Little Joe, o filho mais novo de Ben Cartwright. Mas não foi só isso, entre tantos outros, Rodney fez a voz da Formiga Atômica, dublou Mickey Rooney e Jack Lemmon quando jovens e mais recentemente fez a voz do Mestre Ioda em Guerra nas Estrelas, episódios 1 a 3. Morre em 15 de setembro de 2006, aos 70 anos de idade, em Niterói, RJ, vítima de diabetes. Filmografia: 1948 – Obrigado Doutor; 1949 – Pinguinho de Gente; 1951 – Maior que o Ódio; 1990 – Escorpião Escarlate; Césio 137 – O Pesadelo de Goiânia (voz). GOMIDE, GEORGIA Elfriede Helène Gomide Witecy nasceu em São Paulo, SP, em 17 de agosto de 1937. Sua família tem nacionalidade alemã e russa, tradicional e culta e, entre os parentes, o grande pintor internacional Gomide. Elfriede logo se interessa pelos esportes, e destaca-se como nadadora do Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo, ganhando o cobiçado título de A Mais Bela Esporti sta. Fernando Severino, diretor comercial da TV Tupi, que também frequenta o clube, percebe sua beleza e talento e a convida para um teste na televisão. Estreia no teleteatro Os Filhos de Eduardo. A televisão ainda era ao vivo e em preto & branco, não tinha como disfarçar, ou sabia, ou estava fora. E Elfriede, agora Geórgia, nunca decepcionou, agarrou suas oportunidades com unhas e dentes e logo se tornou uma das musas da emissora, talento, aliás, aliado a sua enorme beleza e presença de palco, além de forte personalidade. Começa a brilhar em 1963, em Klaus, o Loiro, mas o improvável acontece em 1965, em Tereza, em que faz o papel de vilã, chegando a apanhar na rua de uma fã, tamanho o ódio do público ao seu personagem. Em 1963 estreia no cinema, num pequeno papel no filme Noites Quentes de Copacabana, uma coprodução Brasil/Alemanha, mas seu melhor momento acontece em 1976 no filme Chão Bruto, direção de Dionísio Azevedo, no forte papel de Xaíca. Seu último filme é de 1989, ao lado de Renato Aragão, em Os Trapalhões na Terra dos Monstros. Na televisão continua em destaque, alternando-se entre Tupi, Excelsior e depois Globo, como em As Pupilas do Senhor Reitor (1970), Éramos Seis (1977) e Vereda Tropical (1984). Seu último papel importante foi a Aurora, na minissérie O Quinto dos Infernos (2002), pela TV Globo. Depois disso teve pequena parti cipação em Malhação (2005) e em A Diarista (2006). No teatro, participa de muitas montagens como O Estranho Casal, O Vison Voador, Sete Mulheres em Mim, etc. Nunca se casou, mas tem um fi lho, Daniel Goldfinger. Hoje frequenta a Igreja Católica Carismáti ca, e participa esporadicamente de alguma novela, minissérie ou programa, embora esteja totalmente apta e disposta ao trabalho, aguardando novas oportunidades. Em 2008 a Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, lança sua biografia, Geórgia Gomide – Uma Atriz Brasileira, de autoria de Eliana Pace. Filmografia: 1963 – Noites Quentes de Copacabana (Mord In Rio) (Brasil/Alemanha); 1965 – Quatro Brasileiros em Paris; 1969 – Corisco o Diabo Loiro; 1973 – A Superfêmea; 1974 – O Exorcismo Negro; 1975 – O Sexo Mora ao Lado; 1976 – Chão Bruto; 1983 – O Médium; Sexo, sua Única Arma; 1989 – Os Trapalhões na Terra dos Monstros. GOMLEVSKY, BRUCE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22 de novembro de 1974. Forma-se pela Casa das Artes Laranjeiras – CAL. Durante três anos, integra a Companhia de Ópera Seca, sob a direção de Gerald Thomas, atuando em sete espetáculos, sendo sua estreia em 1997 na peça Romeu & Julieta. Em 1995 vai para a televisão, numa pequena ponta na novela Explode Coração, como Tchula, e em 1999 estreia no cinema no curta Cão-Guia. Na televisão, vai se firmando também em programas, seriados e novelas como Páginas da Vida (2006), como Bruce; Por Toda a Minha Vida – Renato Russo (2007), Negócio da China (2008), etc. No teatro, brilha em Vida, o Filme (2002), Avalanche, Alta Tensão (2005) mas em 2006 tem um grande momento em sua carreira, na peça Renato Russo – A Peça, na qual interpreta o líder da banda Legião Urbana, inclusive cantando 22 músicas durante o espetáculo. A peça fica em cartaz por três anos. Em 2009 participa da montagem Festa de Família, como produtor, diretor e ator. No cinema, atua em vários curtas e longas, recebendo vários prêmios como o de melhor ator em Brasília, pelo curta Cão-Guia (1999) e melhor ator em Vitória e Curitiba pelo curta Nada a Declarar (2004). Está casado desde 2000 com Júlia Carrere, com quem tem dois fi lhos, Nicholas (2003) e Valenti na (2006). Filmografia: 1999 – Cão-Guia (CM); 2001 – Um Branco Súbito (CM); O Mundo de Andy (CM); 2002 – Lost Zweig; Lara; 2003 – A Sauna (CM); Clandestinidade (CM); Nada a Declarar (CM); Deus é Brasileiro; Apolônio Brasil, Campeão da Alegria; 2004 – Mora na Filosofia (CM); Capital Circulante (CM); 2005 – Quase Dois Irmãos. GONÇALVES, ANDRÉ André Gonçalves Barbosa nasceu no R io de Janeiro, RJ, em 16 de novembro de 1975. Estreia na televisão em 1989 na minissérie Capitães de Areia. Sua primeira novela é Vamp (1991). Estreia no cinema em 1999 no filme No Coração dos Deuses. Em 2001 parti cipa da Casa dos Arti stas pelo SBT. Conhecido no meio artístico como galante sedutor, foi casado com Teresa Seiblitz com quem tem uma filha, Manuela, nascida em 1998; com Myrian Rios teve Pedro Arthur (2001) e com Cynthia Benini teve Valentina (2003). Foi casado também com Renata Sorrah. Entre 1994 e 1999 apresenta vários programas Você Decide. Em 2004 participa da novela Senhora do Destino e em 2005 do Siti o do Pica-Pau Amarelo e da novela Alma Gêmea. Em 2003 tem sua grande oportunidade no cinema ao interpretar Garrincha no filme Garrincha, a Estrela Solitária, mas o filme não obtém o sucesso esperado. Em Paraíso Tropical (2007), é Amir, e em Caminhos das Índias (2009) é Gopal. Fora isso, faz parti cipações esporádicas nos seriados Linha Direta (2006), Toma Lá, Dá Cá (2007), Faça sua História (2007), Dicas de um Sedutor (2008) e Casos e Acasos (2008). Firma-se como grande ator. Filmografia: 1999 – No Coração dos Deuses; 2001 – Condenado à Liberdade; 2003 – O Homem do Ano; Garrincha, a Estrela Solitária; 2004 – Cazuza – o Tempo não Para; 2005 – Eu te Darei o Céu (CM); 2006 – O Poeta da Vila; 2009 – A Distração de Ivan (CM). GONÇALVES, ANTONIO Nasceu na cidade de Porto, Portugal, em 13 de junho de 1923. Vem para o Brasil em 1945 e depois de fazer de tudo um pouco, começa a trabalhar como fotógrafo de corridas, especializando-se nessa arte. Em 1947 estreia no cinema como assistente de som no filme O Homem que Chutou a Consciência e nessa modalidade faz de tudo um pouco: assistente de câmera, cameraman, diretor de fotografia. Como ator, estreia no ano seguinte em Fogo na Canjica. Alternando suas funções, atua ainda de vários outros fi lmes como Cascalho (1950) e Garotas e Samba (1957). Filmografia: 1948 – Fogo na Canjica; 1950 – Cascalho; A Serra da Aventura; 1951 – Hóspede de uma Noite; 1955 – Trabalhou bem Genival; 1957 – Garotas e Samba; 1975 – A Lenda de Ubirajara. GONÇALVES, DERCY Dolores Gonçalves Costa nasceu em Santa Maria Madalena, RJ, em 23 de junho de 1907. Não conhece a mãe. Seu pai é alfaiate e é criada por uma tia. Aos dezessete anos foge com a Companhia Teatral de Maria Castro, que estava de passagem pela cidade, mas seu pai a traz de volta. Após sucessivas fugas, é liberada pelo pai e vai morar no Rio de Janeiro, iniciando carreira como cantora e depois atriz cômica, na Casa de Caboclo, circos, teatros e cabarés. Em São Paulo, monta a peça Viúva Recauchutada, que fica em cartaz vários anos. Em 1943 estreia no cinema, no filme Samba em Berlim. Faz muitos outros, alguns, veículos feitos especialmente para seu talento como Viúva Valentina (1960) e Se meu Dólar Falasse... (1970). Participa também de algumas novelas como Cavalo Amarelo (1980), Dulcineia Vai à Guerra (1981), Humor Livre (1984), Que Rei Sou Eu? (1989), La Mamma (1990), Deus nos Acuda (1992) e Sai de Baixo (1996). Seu primeiro marido é Ademar Martins, com quem tem uma única filha, Dercimar, nascida em 1934, sua secretária e empresária. Com o jornalista Danilo Bastos, viveu por vinte anos, entre 1943 e 1963. Em 2007 completa 100 anos de idade em completa lucidez. Seu carisma, irreverência e deboche a tornam muito querida entre o público brasileiro, tornando-a um mito da arte cômica brasileira, fazendo escola. Morre em 19 de julho de 2008, aos 101 anos, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1939/1944 – Romance Proibido; 1943 – Samba em Berlim; 1944 – Abacaxi Azul; 1946 – Caídos do Céu; 1948 – Folias Cariocas; 1956 – Depois eu Conto; 1957 – Absolutamente Certo; A Baronesa Transviada; Feiti ço do Amazonas (Naked Amazon) (Alemanha/Brasil) (Dercy dança no show de Carlos Machado com Ângela Maria); 1958 – A Grande Vedete; Uma Certa Lucrécia; 1959 – Cala a Boca, Etelvina; Minervina Vem Aí; 1960 – Dona Violante Miranda; A Viúva Valentina; Só Naquela Base; Entrei de Gaiato; Com Minha Sogra em Paquetá; 1963 – Sonhando com Milhões; 1970 – Se meu Dólar Falasse...; 1971 – Cômicos e mais Cômicos; 1973 – Folia (CM); 1979 – O Menino Arco-Íris (A Infância de Jesus Cristo); 1993 – Oceano Atlantis; 2001 – Célia e Rosita (CM); 2002 – Dercy Beaucoup (CM); 2008 – Nossa Vida não Cabe num Opala; 2009 – Alô, Alô, Terezinha (depoimento). GONÇALVES, ÊNIO Ênio Francisco da Silva Gonçalves nasceu em Porto Alegre, RS, em 1941. Aos seis anos de idade já frequenta cinemas com as tias. Como não havia televisão, o cinema era mais fascinante. Ênio já sente vontade de um dia estar lá nas telas, do outro lado. Faz faculdade de Jornalismo e frequenta aulas de um curso de artes dramáticas no Rio Grande do Sul. Aos 19 anos muda-se para o Rio de Janeiro e começa a fazer teatro no Tablado, com Maria Clara Machado. Sua primeira peça é Toda Nudez Será Castigada, de Nelson Rodrigues. Em 1964 estreia no cinema, numa pequena ponta no filme Sangue na Madrugada, de Jacy Campos. Em 1965 estreia na televisão na novela O Moço Loiro. Paralelamente ao cinema, constitui sólida carreira na televisão, ao atuar em dezenas de novelas e minisséries, com destaque para Sangue Rebelde (1966), O Bolha (1969), Simplesmente Maria (1970), Meu Pé de Laranja Lima (1980), Jerônimo (1984), Boca do Lixo (1990), Pedra sobre Pedra (1992), Antonio dos Milagres (1996) e Estrela de Fogo (1998). No cinema participa de vários momentos do Cinema Brasileiro como em Coração de Luto (1965), Juventude e Ternura (1968) e a partir dos anos 1970, já radicado em São Paulo, adere totalmente às pornochanchadas, como em Eu Dou o que ela Gosta (1975) e A Noite dos Bacanais. Um dos atores preferidos de Carlos Reichenbach, com ele faz Anjos do Arrabalde (1986), Filme Demência (1987) e mais recentemente Garotas do ABC (2003). No teatro, é autor de mais de quinze peças como Vem Contudo (1977), Elas Complicam Tudo (1980), Cachorro!, onde chega a ser indicado ao Prêmio Shell como autor, etc. Atua em Alice, que Delícia (1987), Nossa Cidade (1989). Antes de ser ator, também atuou na imprensa de Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, inclusive sob o comando de Samuel Wainer, na fase final do jornal Última Hora. Nunca gostou de aparecer e, avesso ao sucesso, constitui um dos grandes atores brasileiros, para ser descoberto. Filmografia: 1964 – Sangue na Madrugada; 1967 – Menino e o Vento; 1968 Um Dia, numa Cidade (inacabado); Juventude e Ternura; Cara a Cara; 1969 Brasil Ano 2000; Águias em Patrulha (episódios da série Águias de Fogo); 1975 – Eu Dou o que ela Gosta; 1977 – Belas e Corrompidas; 1979 – As Viúvas Precisam de Consolo; 1980 – As Intimidades de Analu e Fernanda; 1981 – A Noite dos Bacanais; O Olho Mágico do Amor; 1982 – Eh Pagu, Eh! (CM) (voz); Doce Delírio; Sexo às Avessas; 1983 – A Noite das Taras 2; Estranhos Prazeres de uma Mulher Casada (Força Estranha); Onda Nova; Sete Dias de Agonia (O Encalhe); Promiscuidade (Os Pivetes de Kátia); Tudo na Cama; 1984 – Elite Devassa; 1985 – Negra Noite (CM); 1986 – Anjos do Arrabalde (As Professoras); 1987 Insti nto Devasso; Filme Demência; P. S. Post Scriptum; 1988 – Cio dos Amantes; Escuridão; Com o Andar de Robert Taylor (CM); 1989 – Atração Satânica; 1992 – Gaiola da Morte; 1997 – O Amor Está no Ar; 2003 – Garotas do ABC; O Homem e o Sensorial (CM); 2005 – Quanto Vale ou é por Quilo?; 2007 – A Volta do Regresso (CM). GONÇALVES, GUIOMAR Guiomar Gonçalves Silva nasceu em Vargem Grande, SP, em 25 de março de 1923. Forma-se em Radiologia, mas a vontade de ser artista fala mais alto e, em 1943 estreia como atriz na Rádio São Paulo, depois Cruzeiro do Sul, Record, Bandeirantes e Emissoras Associadas. Com a chegada da televisão, Guiomar resolveu continuar no rádio, embora fi zesse parti cipações esporádicas como em TV Teatro e TV de Vanguarda. No cinema, parti cipa de apenas um filme, O Circo Chegou à Cidade, ao lado do humorista Walter Stuart, em 1957. Nos anos 1960 participa de algumas novelas como O Anjo e o Vagabundo (1966) como Adelaide; Antonio Maria (1968), como Rita; e O Bem-Amado (1973), como Maria da Penha, a partir do qual, muda-se para os Estados Unidos e encerra sua carreira artísti ca. Filmografia: 1957 – O Circo Chegou à Cidade (Toni, o Leiteiro). GONÇALVES, LILIAN Nasceu em Garapuava, MG, em 21 de abril de 1948. De família muito pobre, Lilian sai do interior de Minas para Brasília num pau de arara em 1956, com sua mãe, viúva, e mais oito irmãos. A mãe logo arranja emprego de cozinheira na residência provisória de Juscelino Kubitschek. Ainda assim passou fome e foi estuprada na futura capital federal. Com 14 anos monta seu primeiro restaurante em Taguatinga. Em 1960 vence o concurso de Miss da nova capital mas teve que devolver o título por ser menor de idade. Em seguida foge sozinha para São Paulo onde distribuiu folhetos, vendeu perfumes, foi garçonete e gerente de bar, até se tornar uma das mais respeitadas empresárias da noite paulistana, sendo hoje proprietária de bares e casas de espetáculos com 400 funcionários sob seu comando. Aos 25 anos de idade descobre ser filha do cantor Nelson Gonçalves, fruto da aventura da mãe por uma noite, durante breve separação do marido. Consagrada como empresária, fez ponta em oito filmes, gravou cinco discos e foi tema do carnaval da Vai-Vai. Filmografia: 1980 – Joelma, 23o Andar; 1986 – Horas Fatais – Cabeças Cortadas; 1987 – Eu Matei o Rei da Boca. GONÇALVES, MARILU Começa sua carreira no teatro, com José Mojica Marins. Trabalha também em novelas pela TV Tupi. Estreia no cinema em 1971 no inacabado Deus não Perdoa os Malditos. Faz alguns fi lmes, sendo o último Operação Sequestro produzido em 1977. Filmografia: 1971 – Deus não Perdoa os Malditos (inacabado); 1976 – Mulheres do Sexo Violento; 1977 – Não Sou Digna de Ti; Operação Sequestro. GONÇALVES, MARY Nice Figueiredo Rocha nasceu em Santos, SP, em 25 de outubro de 1927. começa sua carreira como cantora e dançarina de boates. Estreia no cinema em 1944 no filme Gente Honesta. Atriz preferida de Moacyr Fenelon, trabalha em várias de suas películas. Entre outros, destacam-se Fantasma por Acaso (1946) e Toda a Vida em Quinze Minutos (1954). Filmografia: 1944 – Gente Honesta; 1945 – Vidas Solitárias; Não Adianta Chorar; Cem Garotas e um Capote; 1946 – Fantasma por Acaso; 1947 – Asas do Brasil; 1952 – Está com Tudo; Colar de Coral; Barnabé Tu És Meu; 1954 – O Petróleo é Nosso; Toda a Vida em Quinze Minutos. GONÇALVES, MAURÍCIO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20 de agosto de 1966. Fala três línguas, além do português, inglês, francês e espanhol. Vive em Londres entre 1994/1995. Começa sua carreira no cinema, aos doze anos de idade, no filme Na Boca do Mundo e na televisão em 1990 na novela Gente Fina, seguindo regular carreira como em Felicidade (1991), Xica da Silva (1996), como Quiloa, atuação que o torna conhecido em todo o Brasil, Anjo Mau (1997), A Casa das Sete Mulheres (2003) e Duas Caras (2007). No cinema, seu melhor papel acontece em 2000 no filme Aleijadinho, Paixão e Suplício, no qual faz o protagonista principal, em memorável desempenho. Lança um livro chamado Telemaquias. É fi lho do grande ator Milton Gonçalves. Está casado com Tânia Pacheco desde 1997. Filmografia: 1978 – Na Boca do Mundo; 1997 – O que é Isso Companheiro?; 1999 – Orfeu; 2000 – O Auto da Compadecida; Aleijadinho, Paixão, Glória e Suplício; 2003 – O Homem do Ano; Porão (CM); 2006 – Anjos do Sol; 2007 – Cidade dos Homens; 2008 – Praça Saens Peña. GONÇALVES, MILTON Nasceu em Monte Santo, MG, em 9 de dezembro de 1933. Na infância e adolescência trabalha em fábrica de doces, farmácias, alfaiataria e armazéns. Começa a fazer teatro ainda no grupo escolar. Em 1955, ingressa no Teatro de Arena, em São Paulo, sendo Ratos e Homens, de John Steinbeck, dirigida por Augusto Boal, seu primeiro trabalho profissional, em 1957, em companhia de Gianfrancesco Guarnieri, Vianinha e Flávio Migliaccio. Estreia no cinema em 1958 no filme O Grande Momento. Já morando no Rio de Janeiro, é o primeiro ator a ser contratado pela TV Globo, em 1º de abril de 1965, sendo sua primeira novela Rua da Matriz, de 1965, embora sempre tenha dedicado sua carreira mais ao cinema, em clássicos do Cinema Brasileiro como O Bravo Guerreiro (1968), Macunaíma (1969), A Rainha Diaba (1974), indiscutivelmente, seu melhor momento, Lúcio Flávio, Passageiro da Agonia (1977) e mais recentemente Carandiru (2003) e Filhas do Vento (2004). Na televisão, atua em Irmãos Coragem (1970), O Homem que Deve Morrer (1971), O Espigão (1974), O Bem-Amado (1977), Roque Santeiro (1985), Anjo de Mim (1997), a minissérie Chiquinha Gonzaga (1999), Andando nas Nuvens (1999), Você Decide (1998 a 2000) (13 episódios), Esperança (2002), Cobras e Lagartos (2006) e A Favorita (2008), como o políti co corrupto Romildo Rosa. Dirige nove novelas, com destaque para Escrava Isaura (1976) e Gente Fina (1992). Está casado desde 1966 com Oda Gonçalves, com quem tem três filhos, entre eles o ator Maurício Gonçalves. É um grande talento das artes brasileiras. Filmografia: 1958 – O Grande Momento; 1960 – Cidade Ameaçada; 1961/1962 – A Aventura do Tuca (CM) (episódio da série Vigilante Rodoviário); 1962 – Cinco Vezes Favela (episódio: Couro de Gato); 1963 – Gimba, Presidente dos Valentes; 1964 – Procura-se uma Rosa; 1965 – Grande Sertão; Paraíba, Vida e Morte de um Bandido; História de um Crápula; 1966 – Mineirinho Vivo ou Morto; Toda Donzela Tem um Pai que é uma Fera; Cuidado, Espião Brasileiro em Ação; 1967 – O Vigilante em Missão Secreta (episódio: A Aventura do Tuca); Em Busca do Tesouro; Jerry, a Grande Parada; 1968 – O Homem Nu; O Bravo Guerreiro; O Homem que Comprou o Mundo; Na Mira do Assassino; 1969 – Macunaíma; A Máscara da Traição; O Anjo Nasceu; A Cama ao Alcance de Todos (episódio: A Segunda Cama); Os Raptores; Sete Homens Vivos ou Mortos; 1970 – É Simonal; Pedro Diabo Ama Rosa Meia-Noite; 1971 – As Quatro Chaves Mágicas; 1974 – A Rainha Diaba; 1975 – Ipanema, Adeus; 1976 – A Fera Carioca (Carioca Tigre) (Itália/Brasil); 1977 – Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia; Ladrões de Cinema; 1978 – Na Boca do Mundo; 1979 – O Sol dos Amantes; Parceiros da Aventura; 1981 – Eles não Usam Black-Tie; A Cobiça do Sexo; 1984 – Quilombo; O Beijo da Mulher Aranha (Kiss of the Spider Woman) (Brasil/EUA); 1985 – O Rei do Rio; Pedro Mico (dubla Pelé na voz de Pedro Mico); 1987 – Italiani a Rio (Itália); Um Trem para as Estrelas; 1988 – Natal da Portela (Brasil/França); Luar sobre Parador (Moon Over Parador) (EUA); 1990 – A Orquídea Selvagem (Wild Orchid) (EUA); O Quinto Macaco (The Fift h Monkey) (EUA); 1992 – Kickboxer 3: The Art of War (EUA); 1994 – Parecer (CM); 1997 – O Homem Nu; O que é Isso Companheiro?; 1998 – O Testamento do Senhor Napumoceno (Napumocenos Will) (Brasil/Portugal/Bélgica/França/Cabo Verde); O Dia da Caça; 1999 – Or-feu; 2000 – Villa-Lobos – Uma Vida de Paixão (voz); 2001 – Bufo & Spallanzani; 2002 – Aeroporto em o Embarque (CM); As Alegres Comadres; 2003 – Carandiru; Garrincha, a Alegria do Povo; Acquaria; 2004 – Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida; 2005 – Filhas do Vento; Xuxinha e Guto contra os Monstros do Espaço (voz); 2006 – Yansan (CM) (narração); O Cobrador (In God We Trust); (Brasil/ Argenti na/Espanha/ México); A Ilha dos Escravos (Island of the Slaves) (Brasil/Cabo Verde/Portugal); Fica Comigo Esta Noite; 2007 – Segurança Nacional; Xuxa em Sonho de Menina; Encontro com Milton Santos ou o Mundo Global Visto do Lado de Cá (narração); 2008 – Paulo Gracindo, o Bem-Amado (depoimento); 2009 – Em Quadro – A História de Quatro Negros nas Telas (depoimento); Flávio Rangel – O Teatro na Palma da Mão (depoimento); 2010 – Quincas Berro d’Água. GONÇALVES, NELSON Antonio Gonçalves Sobral nasceu em Santana do Livramento, RS, em 21 de junho de 1919. Adolescente, muda-se para São Paulo e começa a trabalhar de mecânico, garçom e até lutador de boxe. Com grande potencial de voz, aceita o convite de sua prima e faz um teste na Rádio São Paulo, em 1937. Passa pelas Rádios Cultura, Cosmos e Cruzeiro do Sul, até chegar à Rádio Mayrink Veiga, na qual permanece até 1941. Em seguida vai para a Rádio Nacional, ficando lá por muitos anos, já como astro de primeira grandeza. Estreia no cinema em 1942 no filme Moleque Tião, seguindo-se de Carnaval em Lá Maior (1955) e Viúva Valentina (1960), entre outros. Sua carreira é pontuada de sucessos como A Volta do Boêmio, Maria Betânia e Cabocla. Sempre em atividade, atinge a incrível marca de mais de 3 mil músicas gravadas em 310 compactos, 172 discos 78 RPM e 128 LPs. Em 1997, lança seu último CD, Ainda é Cedo, com músicas atuais, inclusive composições de Herbert Vianna, Paula Toller e Lulu Santos. É uma das mais bonitas vozes da nossa MPB. Morre em 18 de abril de 1998, aos 78 anos de idade, no Rio de Janeiro, de parada cardíaca. Filmografia: 1942 – Moleque Tião; 1946 – Fantasma por Acaso; Segura esta Mulher; 1947 – Este Mundo é um Pandeiro; 1948 – Esta é Fina; Folias Cariocas; 1949 – Estou Aí!; 1954 – Carnaval em Caxias; 1955 – Carnaval em Lá Maior; 1957 – De Pernas pro Ar; Metido a Bacana; O Negócio Foi Assim; 1958 – O Camelô da Rua Larga; É de Chuá!; 1959 – Mulheres a Vista; Minervina Vem Aí; Cala a Boca, Etelvina; 1960 – A Viúva Valentina. GONÇALVES, PAULO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1926. Inicia sua carreira tarde na televisão, em 1966, aos 40 anos de idade. Sua primeira novela é O Sheik de Agadir. Desenvolve sua carreira prati camente na televisão, tendo feito apenas um filme, Os Herdeiros, em 1970. Sempre como coadjuvante, atua em mais de trinta novelas e minisséries, quase sempre pela TV Globo, como em Véu de Noiva (1969), Os Ossos do Barão (1973), O Astro (1977), Dulcineia Vai à Guerra (1980), pela TV Bandeirantes, única vez que atuou fora da Globo, Selva de Pedra (1986), etc. Morre em 1986, no Rio de Janeiro, de câncer no pâncreas, aos 60 anos de idade. Filmografia: 1970 – Os Herdeiros. GONÇALVES, RILDO Rildo dos Santos Gonçalves nasceu em Recife, PE, em 4 de abril de 1930. De família pobre, não consegue concluir seus estudos, pois necessita trabalhar. Em São Paulo e com muita força de vontade, já adulto, forma-se em Filosofia e Direito, na PUC. Ainda em sua terra natal, canta em igrejas e emissoras de rádio. Estreia como ator em Natal, RN. No início dos anos 1950 muda-se para o Rio de Janeiro para apresentar-se no Conservatório Nacional de Teatro e entra para o Teatro do Estudante, de Paschoal Carlos Magno. Estreia no cinema em 1958 no filme Massagista de Madame. Participa de inúmeras peças teatrais e centenas de teleteatros nas TVs Rio, Continental e Tupi. No início dos anos 1960 transfere-se para a TV Tupi de São Paulo, na qual vê sua carreira deslanchar. Estreia em Alma Cigana, em 1964, como Diego, o cigano; Os Rebeldes (1967), Simplesmente Maria (1970), O Profeta (1977) e Como Salvar meu Casamento (1979). Nos anos 1970 dirige a Divisão de Teleteatro da Rede Tupi e apoia os colegas pelas reivindicações e reclamações, junto à emissora, principalmente no que diz respeito a sucessivos atrasos salariais. Com isso é afastado da emissora. Resolve então abandonar a carreira artística e passa a assumir sua profissão de advogado criminalista de sucesso. Sua voz, sua inteligência, seu poder cênico, fazem dele um defensor ímpar. Em 1998 retorna para participar da novela Pérola Negra, como Carlos Pacheco Oliveira, pelo SBT. Filmografia: 1958 – Massagista de Madame; 1959 – Pistoleiro Bossa Nova; 1962 – As Testemunhas não Condenam; 1967 – A Desforra; 1969 – Uma Pistola para Djeca; 1971 – Os Amores de um Cafona; 1979 – Bachianas Brasileias: meu Nome É Villa-Lobos (Brasil/Alemanha). GONÇALVES, SUZANA Susana Maria Vieira Gonçalves nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 18 de março de 1947. Irmã de Suzana Vieira, começa sua carreira cedo, fazendo teatro, televisão e cinema, onde estreia ofi cialmente em Cassy Jones, o Magnífi co Sedutor (1973), de Luiz Sérgio Person, passando por Os Inconfi dentes (1973), Fronteira das Almas (1987) e, depois de muitos anos, retorna em Eu não Conhecia Tururu, de 2000, estreia na direção da atriz brasileira Florinda Bolkan. Sua primeira novela é Tilim, de 1970, produção da TV Record. Nos anos 1970, consti tui regular carreira em novelas como Minha Doce Namorada (1971), Cavalo de Aço (1973) e O Sheik de Ipanema (1975), alternando-se entre as TVs Tupi e Globo. Dona de beleza incomum e corpo escultural, posa nua para a exti nta revista Homem em 1975. No auge da carreira, larga tudo e se muda para Rondônia, com o marido, o também ator Paulo Sacks, com quem tem quatro fi lhos. Tornase empresária na área de garimpo, indústria de construção e hotelaria. Depois de quase vinte anos afastada da televisão, retorna em 1993 para participar de um episódio do programa Você Decide. Logo é chamada para interpretar a Milica, em O Amor Está no Ar, pela TV Globo, e retoma sua carreira de atriz, ao participar da minissérie Hilda Furacão (1998) no papel da Juíza, e da novela Páginas da Vida (2005), como Dirce. Filmografia: 1971 – Sete Pecados Capitalistas (inacabado); 1972 – Cassy Jones, o Magnífi co Sedutor; Roleta Russa; Os Inconfi dentes; 1973 – Geração em Fuga; 1975 – Cada um Dá o que Tem (episódio: Uma Grande Vocação); O Predileto; 1987 – Fronteira das Almas; 2000 – Eu não Conhecia Tururu. GONÇALVES, UBIRATAN Ubiratan Campos Gonçalves nasceu em São Paulo, SP, em 1938. Nos anos 1950 é ator infantil nas rádios Tupi e Nacional como o palhaço Meninão. Em 1957 é escalado para atuar no TV de Comédia. Em 1965 faz seu primeiro filme, Quatro Brasileiros em Paris, e também sua primeira e única novela diária, Ana Maria, meu Amor. Radicado na Boca do Lixo, atua em quatro filmes até se tornar produtor. Dirige em 1981 seu primeiro filme, Casais Proibidos, depois As Panteras Negras do Sexo (1983) e Nuas no Asfalto (1985), a partir do qual, abandona a carreira cinematográfi ca. Filmografia (ator): 1965 – Quatro Brasileiros em Paris; 1977 – Será que Ela Aguenta?; 1979 – Eu Compro Essa Virgem; 1980 – O Doador Sexual. Filmografia (diretor): 1980 – Casais Proibidos; 1982 – As Panteras Negras do Sexo; 1984 – Nuas no Asfalto; 1985 – Sonhos e Confusões de Dois Caboclos na Cidade. GONTIJO, PETRÔNIO Petrônio Gontijo de Alvarenga nasceu em Varginha, MG, em 5 de julho de 1968. Muda-se para Campinas, interior de São Paulo para estudar Artes Cênicas na Universidade de Campinas. Estreia na televisão em 1991 na novela Salomé, como Duda, depois parti cipa de Pátria Minha (1994) e Malhação (1996). Estreia no cinema em 1992 no curta O Palco. Tem seu melhor momento em 2001 em Memórias Póstumas, de André Klotzel. Nos últimos tem se revezado entre SBT e Record, em novelas como Razão de Viver (1996), Vidas Cruzadas (2000), Seus Olhos (2004) e Luz do Sol (2007). Filmografia: 1992 – O Palco (CM); 2000 – Cronicamente Inviável; 2001 – Memórias Póstumas; 2002 – Ofusca (CM); Mutante (CM); 2003 – Cristina Quer Casar; 2004 – Tudo o que ela Vê (CM); 2005 – Quanto Vale ou é por Quilo?; 2006 – Boleiros 2 – Vencedores e Vencidos. GONZAGA, ADHEMAR Adhemar de Almeida Gonzaga nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 26 de agosto de 1901. Aos cinco anos já frequenta o Cine Santana. Na década de 20 escreve para as revistas Paratodos, Palcos e Telas e Jornal do Rio. Forma o primeiro Clube de Cinema do Brasil, o Clube do Paredão, e lança a revista Cinearte em 1926, que permanece ativa até 1942. Em 1930 funda a Cinédia, primeiro estúdio de grande porte a surgir no Brasil. Produz três cinejornais, quatrocentos curtas e cinquenta longas, grandes clássicos do Cinema Brasileiro, como Alo, Alô, Carnaval (1935) e O Ébrio (1946). Pioneiro em todos os sentidos, é pesquisador, historiador, crítico, diretor, incentivador, produtor, argumenti sta, roteirista, etc. Como ator, tem pequenas participações em mais de uma dezena de filmes, entre eles, Barro Humano (1928) e Bonequinha de Seda (1936). Casa-se com a atriz Didi Viana, com quem teve uma filha, Alice Gonzaga, que mantém os estúdios em ati vidade e preserva sua obra até os dias de hoje. Morre em 29 de janeiro de 1978, de ataque cardíaco, aos 76 anos de idade, deixando-nos um legado precioso: a História do Cinema Brasileiro. Filmografia (ator): 1928 – Barro Humano; 1929 – Sangue Mineiro; Fome; Mulher (inacabado); 1930 – Lábios sem Beijos; 1933 – Ganga Bruta; 1934 – Honra e Ciúmes; 1935 – Alô, Alô, Brasil; 1936 – Bonequinha de Seda; 1944 – Berlim da Batucada; 1963 – O Quinto Poder. Filmografia (diretor): 1929 – Barro Humano; 1933 – Como se Edita um Jornal Moderno (CM); A Voz do Carnaval; 1934 – Em Defesa da Saúde (CM); 1935 Encrenca Musical (CM); Laranjas, Culturas e Doenças (CM); 1936 – Alô Alô Carnaval; 1937 – A Mulher que Passa (CM); 1939/1944 – Romance Proibido; 1941 – Arte Contemporânea (CM); Ginástica em 1941 (CM); Terceiro Congresso Sul Americano da RKO-Radio Filmes (CM); 1944 – Segurança de Voo (CM); 1945 Loucos por Música; Pif-Paf; 1946 – Carnaval de 1946 (CM); Cidade de Bebedouro (CM); 1955 – Carnaval em Lá Maior; 1970 – Salário Mínimo; 1973 – Alimentação (CM); Iniciação Musical na Reforma do Ensino (CM); 1974 – Exército Brasileiro (CM); São Luis do Maranhão (CM). GONZAGA, CARLOS Nasceu em Santo André, SP, em 10 de fevereiro de 1926. Começa sua carreira cantando músicas carnavalescas, mas, em 1957, grava a versão brasileira de Diana, de Paul Anka, e estoura no Brasil inteiro. É um dos primeiros ídolos da música jovem brasileira. A partir daí, passa a cantar rock-baladas americanas, traduzidas para o português. Faz muito sucesso também na sua voz a versão do tema do seriado Bat Masterson, no início dos anos 1960. No cinema, parti cipa de alguns filmes, sendo sua estreia em 1959 em Dorinha no Society. Nos últimos anos suas aparições têm sido esporádicas. Em 1997 lança CD com seus sucessos. Filmografia: 1959 – Dorinha no Society; 1960 – Virou Bagunça; 1971 – Deus não Perdoa os Malditos (inacabado). GONZAGA, CASTRO Francisco de Paula Gonzaga nasceu em Cravinhos, SP, em 28 de fevereiro de 1918. Ainda garoto, já carrega tabuletas anunciando o filme do dia. Aos nove anos, muda-se para Conquista, MG, onde capina e planta café. Aos dezessete anos, já em São Paulo, começa a trabalhar, fazendo de tudo um pouco, como garçom, cozinheiro, estoquista e faturista. Mais tarde se firma com bom emprego no Laboratório Lorenzine e uma vida sossegada ao lado da família, quando, em 1944, seu irmão insiste para que participe do programa Em Busca de Astros e Estrelas, pela Rádio Cultura de São Paulo, pois acredita que ele tem um bom potencial de voz. Topa, e depois de meses de teste é aprovado, mas o salário é menor que o do laboratório, então é levado à Rádio Bandeirantes, na qual trabalha como divulgador, autor de texto, locutor e relações públicas. Em 1947 vai para o Rio de Janeiro, contratado pela Rádio Nacional como radioator, ficando até 1967. Na década de 1950, acompanha o surgimento da televisão no Brasil, sendo um de seus pioneiros. Sua primeira participação acontece em 1963, no especial Nuvem de Fogo. A primeira novela de sucesso é Dez Vidas, de 1970. Faz muitas outras novelas, entre elas, Meu Pedacinho de Chão (1972), O Grito (1975), Saramandaia (1976), A Sombra dos Laranjais (1977), Gabriela (1979), Por Amor (1998), Kubanacan (2003) e – mais recentemente – Bang Bang (2005), Alma Gêmea (2006) e O Profeta (2006), sua última aparição na televisão, como o Dr. Klauss Becker. O maior sucesso na televisão foi o coronel Zico Rosado, o formiguento da novela Saramambaia, em 1976. Estreia no cinema em 1955 no filme O Primo do Cangaceiro. Entre outros, parti cipa de Mineirinho Vivo ou Morto (1967) e Os Trapalhões na Serra Pelada (1983). Foi casado com Dona Isabel, com quem teve três filhos, Roberto, Reinaldo e Clarice, os dois últimos também atores. Seu passatempo preferido era o artesanato, tendo confeccionado vários objetos de madeira, como minipenteadeiras e porta-objetos variados. Morre em 2 de outubro de 2007, em Petrópolis, RJ, aos 89 anos de idade, de falência múltipla dos órgãos. Filmografia: 1955 – O Primo do Cangaceiro; Rio, 40 Graus; 1966 – Essa Gatinha é Minha; 1967 – Mineirinho Vivo ou Morto; 1972 – A Marcha; 1974 – O Poderoso Machão; 1977 – Contos Eróti cos (episódio: O Arremate); 1982 – O Inferno Começa Aqui; 1983 – Os Trapalhões na Serra Pelada; 1988 – Os Heróis Trapalhões – Uma Aventura na Selva. GONZAGA, GERALDO Geraldo Torres Gonzaga nasceu em Belém, PA, em 1938. Nos anos 1960 muda-se para o Rio de Janeiro e começa a trabalhar com cinema, como assistente de direção e ator, estreando nas duas funções em 1970 na produção Vida e Glória de um Canalha. Estreia na direção em 1978 no filme Empregada para Todo o Serviço. Como ator, participa de mais de uma dezena de filmes, entre eles Sete Mulheres para um Homem Só (1976) e Massacre em Caxias (1979). Filmografia (ator): 1970 – Vida e Glória de um Canalha; 1971 – Um Homem sem Importância; Jesus Cristo eu Estou Aqui; 1972 – O Grande Gozador; Independência ou Morte; 1973 – A Judoka; 1974 – Brutos Inocentes; 1976 – Sete Mulheres para um Homem Só; 1977 – As Eróti cas Profissionais; 1978 – O Eróti co Virgem; 1979 – Massacre em Caxias. Filmografia (diretor): 1978 – Empregada para Todo o Serviço; 1979 – Uma Cama para Três. GONZAGA, LUIZ Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu em Exu, PE, em 13 de dezembro de 1912. Filho de Januário e de dona Santana. É o segundo de nove filhos, quatro mulheres e cinco homens. Seu pai conserta sanfonas e logo percebe o talento do fi lho, fazendo-o piloto de provas dos instrumentos que conserta. Quando completa a maioridade, entra para o Exército e lá fi ca por nove anos, passando por vários Estados, se desengajando em pleno Rio de Janeiro. Acaba se tornando músico, seguindo os conselhos de um casal amigo do morro de São Carlos, Dina e Xavier. Vez por outra, tenta a sorte no programa de Ary Barroso, grande sucesso da Rádio Nacional, mas não consegue a nota necessária. Com muita insistência, em 1941 consegue emplacar sua música Vira Mexe no programa e recebe um convite do diretor artístico Almirante para gravar um disco pela RCA, companhia que lança todos os seus discos. Com Humberto Teixeira, compõe grandes sucessos da nossa música popular como Asa Branca e Assum Preto e populariza o baião por todo o Brasil. Estreia no cinema em 1947, no filme Este Mundo É um Pandeiro, e participa de outros como Hoje o Galo Sou Eu (1958) e Sem Essa Aranha (1970). Tem dois filhos: Luizinho, do primeiro casamento, porém sua esposa Odaleia Guedes dos Santos morre quando o garoto tem dois anos, sendo criado pelo casal amigo Dina e Xavier (esse garoto mais tarde seria conhecido como Gonzaguinha); e Rosinha, filha de Helena, sua esposa até o fim. Tem um difí cil relacionamento com Gonzaguinha, por divergências políticas, mas em 1982 a paz é selada e gravam um álbum duplo, Vida de Viajante, que motiva o show que percorre todo o País. Morre em 2 de agosto de 1989, aos 76 anos de idade, de parada cardíaca, em Recife, PE. Filmografia: 1942 – Astros em Desfile; 1947 – Este Mundo É um Pandeiro; 1948 E o Mundo se Diverte; É Com este que eu Vou; Terra Violenta; 1951 – O Comprador de Fazendas; Maria da Praia; 1958 – Hoje o Galo Sou Eu; 1960 – A Morte Comanda o Cangaço; 1970 – Sem essa Aranha; 1978 – Chapéu de Couro; 1979 Exu, uma Tragédia Sertaneja. GONZAGA, REINALDO Nasceu em São Paulo, SP, em 7 de dezembro. É filho do ator Castro Gonzaga. Estreia na televisão em 1970 na novela A Próxima Atração e a partir daí desenvolve sólida carreira como em Carinhoso (1971), Saramandaia (1976), Pai Herói (1979), Séti mo Sentido (1982), Selva de Pedra (1986), Pedra sobre Pedra (1992) e Irmãos Coragem (1995), sempre pela TV Globo. A partir dos anos 1990 diminui a intensidade de suas atuações. Em 2005 parti cipa de Senhora do Destino, depois, pela TV Bandeirantes, Paixões Proibidas (2007) e pela TV Record, A Lei e o Crime (2008). Atua pouco em cinema, sendo sua estreia em 1977 no filme Os Amores da Pantera e em 2001 ganha o Kikito de melhor ator por sua atuação no curta Negócio Fechado. No teatro, em 2008, participa da montagem de Otelo, ao lado de Diogo Vilela. Filmografia: 1977 – Os Amores da Pantera; 1979 – Os Noivos; O Caso Cláudia; 1981 – Consórcio de Intrigas (Consórcio do Sexo); 2001 – Negócio Fechado (CM). GONZAGA, ZEZÉ Maria José Gonzaga nasceu em Manhuaçu, MG, em 3 de setembro de 1926. Aos 12 anos de idade, participa do programa de calouros de Ary Barroso, a partir do qual passa a integrar conjuntos vocais como As Moreninhas e Os Cantores do Céu. Em 1955 participa de seu primeiro filme, Sinfonia Carioca, dirigido por Watson Macedo. Seu primeiro long play data de 1956, disco muito elogiado na época. Sua voz soprano a possibilitava passear com facilidade na música popular ou erudita. Em 1962, em seu último filme, As Testemunhas não Condenam, de Zélia Feijó da Costa, canta cinco músicas ao lado de Carlos José, são elas Que Culpa Tenho Eu, Há Sempre Alguém, Cantiga para Ninar Gente Grande, Ser Só e Poema Azul, sendo esse seu melhor momento no cinema. Em 1971, aos 45 anos de idade, resolve abandonar a carreira de cantora, dedicando-se a uma creche em Curitiba, PR. Em 1979, através de Hermínio Bello de Carvalho, volta a gravar e lança um LP em que é acompanhada pelo sexteto de nada mais, nada menos que o grande maestro Radamés Gnatalli. Desde então não para mais, faz shows, recitais, viagens, discos, etc. Em 1999 participa da minissérie Chiquinha Gonzaga, pela TV Globo. Em 2002 grava o óti mo CD Sou Apenas uma Senhora que Ainda Canta, pelo selo Biscoito Fino, de Olívia Hime, que teve a felicidade de reconhecer seu talento em vida. Morre em 24 de julho de 2008, aos 81 anos de idade, no Rio de Janeiro, de falência múltipla dos órgãos. Filmografia: 1955 – Sinfonia Carioca; 1956 – Chico Fumaça; 1957 – Rico Ri a Toa; Maluco por Mulher; 1962 – As Testemunhas não Condenam; 2005 – Brasileirinho – Grandes Encontros do Choro (participação como ela mesma). GONZAGUINHA Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22 de setembro de 1945. Filho adotivo de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião e da cantora Odaleia Guedes dos Santos, que morreu quando ele tinha dois anos. Começa sua carreira no final dos anos 1960, no MAU, Movimento Artístico Universitário, alcançando a televisão em 1968, no I Festival Universitário da Música Popular, onde concorre com a música Pobreza por Pobreza, que gera o primeiro disco do artista, um compacto simples, em 1969. O sucesso e o reconhecimento somente acontecem em 1976 com a música Começaria Tudo Outra Vez. Participa de poucos filmes, sendo sua estreia em Senhores da Terra (1970). Grava mais de 20 discos e passa a ser um dos compositores mais cultuados do Brasil, com músicas como Explode, Coração, Grito de Alerta e De Volta ao Começo. Casou-se três vezes, com Ângela Porto Carreiro (1974/1981), com quem teve dois filhos, Daniel Gonzaga, que também é cantor, e Fernanda Gonzaga; com a atriz Sandra Pera (1981/1984); com quem teve uma filha, Amora Pera; e com Louise Margareth Martins (1984/1991), com quem teve uma filha, Mariana. Morre prematuramente em 29 de abril de 1991, aos 45 anos de idade, em acidente automobilístico, em Pato Branco, PR. Filmografia: 1970 – Senhores da Terra; 1971 – Som Alucinante. GONZALEZ, SERAFIM Nasceu em Sertãozinho, SP, em 19 de maio de 1934. Filho de espanhóis, inicia sua carreira artística no teatro, em Santos, aos 14 anos. No início dos anos 1950 vai para a televisão onde participa de inúmeras novelas ao vivo. Na fase gravada, estreia em 1967 na novela Sublime Amor. Estreia no cinema em 1970 no curta-metragem Jogo de Ludo, que dois anos depois integraria o enigmáti co longa Vozes do Medo. Segue carreira de sucesso na televisão, em novelas como Dez Vidas (1971), Mulheres de Areia (1973), talvez seu maior sucesso como Tonho da Lua, Aritana (1978), Renúncia (1982), A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990), Felicidade (1991), Mulheres de Areia (1993), Chiquiti tas Brasil (1997) e Mulheres Apaixonadas (2003). Nos anos 1980 é muito requisitado no cinema e participa de dezenas de filmes eróticos de sucesso como Eros, o Deus do Amor (1981) e Atração Satânica (1990). Com regular carreira na televisão, em 2006 volta ao sucesso como Aquilino Santana, o Seu Quiqui, em Belíssima, pela TV Globo. O ator tinha habilidades de escultor também. Em entrevista concedida à TV Tribuna de Santos, em maio de 2006, Serafi m declarou: A habilidade para esculpir surgiu naturalmente. Desde que me mudei para Santos, utilizava a areia da praia como matéria-prima. No início, como os outros artistas, esculpia obras grandes, mas deitadas, até que consegui fazer as estátuas em pé. Quando a Ivani Ribeiro, autora das duas versões de Mulheres de Areia, viu as esculturas, decidiu dar esse nome à novela. A primeira versão foi gravada em Itanhaém. Sua última aparição na TV deu-se no SBT, em uma participação especial na novela Cristal como o Bispo Lourenço. Foi casado por 52 anos com a ex-atriz Mara Husemann, com quem teve três filhos – Alfredo, Luciano e Daniel – e quatro netos. Morre em 29 de abril de 2007, aos 72 anos de idade, de insuficiência respiratória, em Santos, SP. Filmografia: 1970 – Jogo de Ludo (CM) (episódio do longa Vozes do Medo); 1972 – Um Anjo Mau; 1972 – Vozes do Medo (episódio: Jogo de Ludo); 1978 – Filhas do Fogo; 1980 – Convite ao Prazer; Incesto, Desejo Proibido; O Inseto do Amor; 1981 – Os Indecentes; Como Faturar a Mulher do Próximo (episódio: Baile do Cabide); As Prostitutas do Dr. Alberto; A Prisão; Eros, o Deus do Amor; Me Deixa de Quatro (Fica Comigo Esta Noite); 1982 – Retrato Falado de uma Mulher sem Pudor; Sexo – Sua Única Arma, Sexo às Avessas; Põe Devagar, Põe Devagarinho; 1983 – Estranho Desejo; 1984 – Mulher, Sexo Veneno; Como Salvar meu Casamento (S.O.S. Sex Shop); 1988 – Cio dos Amantes; 1989 – Atração Satânica; 1994 – Lumpet (CM); 2003 – Acquaria. GORGULHO, PAULO Nasceu em São Lourenço, MG, em 5 de maio de 1959. Muda-se para São Paulo ainda menino, em 1962, com três anos de idade. Inicia a carreira de ator em 1979, mas sua primeira oportunidade na televisão acontece em 1983, na minissérie Anarquistas, Graças a Deus, mas estoura mesmo em 1991, na novela Pantanal, pela TV Manchete. No mesmo ano é contratado pela TV Globo, na qual permanece até hoje. Lá faz, entre outras, O Dono do Mundo (1991), Despedida de Solteiro (1992), Fera Ferida (1993), Explode Coração (1995), Quem é Você (1996), Brava Gente (2001) e Essas Mulheres (2005). Apaixonado por cinema, estreia em 1981, em Filhos e Amantes. Participa de quase uma dezena de fi lmes, entre eles O País dos Tenentes (1987) e O Cangaceiro (1997). Contratado pela TV Record, parti cipa de Bicho do Mato (2006) e Caminhos do Coração (2007). Está casado desde 1987 com a esti lista Vânia Gasparini, com quem teve três filhos, Catarina (1990), Guilherme (1995) e Joaquim (2005). Filmografia: 1981 – Filhos e Amantes; 1987 – O País dos Tenentes; 1989 – Césio 137, Pesadelo em Goiânia; 1990 – O Quinto Macaco (The Fifth Monkey) (EUA); 1991 – Vai Trabalhar Vagabundo II, a Volta; 1992 – Vagas para Moças de Fino Trato; A Princesa Radar (CM); 1993 – O Cão Louco Mário Pedrosa (narração, com Odilon Wagner); 1995 – Até a Eternidade (CM); Nelson (CM); 1997 – Happy Hours (CM); O Cangaceiro; For All, o Trampolim da Vitória; 1998 – Uma Aventura de Zico; 2000 – A Segunda Chance (CM); 2003 – Viva Voz; 2004 – A Missa dos Mortos (CM). GOULART, BETH Elizabeth Miessa nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 25 de janeiro de 1961. Filha dos atores Paulo Goulart e Nicette Bruno, começa sua carreira no teatro, em 1970, aos nove nos de idade. Estreia na televisão em 1975, no especial Sorôco, sua Mãe, sua Filha. Tinha então 14 anos de idade. Constitui sólida carreira, em novelas como Papai Coração (1976), Baila Comigo (1981), Selva de Pedra (1986), Perigosas Peruas (1992), A Idade da Loba (1995), Você Decide (1994/2000). Dedica-se alguns anos ao teatro atuando e produzindo peças importantes como Barbazul. Retorna á televisão em 2005 para parti cipar de A Lua me Disse como Elvira e – mais recentemente – Paraíso Tropical (2007) como Neli, e Três Irmãs (2009), como Leonora. Estreia no cinema em 1980 no filme Joelma, 23º Andar. Entre outros, parti cipa de Eternamente Pagu (1988), Carlota Joaquina, Princesa do Brazil (1995), Amores Possíveis (2001) e A Casa da Mãe Joana (2008). É também cantora, tendo gravado vários CDs, entre eles Sementes do Ar (1981), Passional (1982) e Mantra Brasil (1985). É irmã dos atores Bárbara Bruno e Paulo Goulart Filho. Com Nando Carneiro, teve um filho, João Gabriel Carneiro. Filmografia: 1980 – Joelma, 23º Andar; 1984 – Meu Homem, meu Amante; A Luta pelo Sexo; 1988 – Mistério no Colégio Brasil; Eternamente Pagú; 1995 – Carlota Joaquina, Princesa do Brazil; 1996 – Noturno (MM); 1998 – Dois Córregos – Verdades Submersas no Tempo; 2000 – A Hora Marcada; 2001 – Amores Possíveis; 2004 – Bens Confi scados; 2007 – Encontro com Milton Santos ou o Mundo Global Visto do Lado de Cá (narração); 2008 – Casa da Mãe Joana; Canção de Baal. GOULART, JORGE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 6 de janeiro de 1926. Cantor popular de grande sucesso na década de 1950, principalmente em marchinhas carnavalescas. Participa de inúmeros filmes, sendo sua estreia em 1949, em Também Somos Irmãos. Muito requisitado, participa de dezenas de outras produções, sendo a última, Mulheres à Vista, em 1959. Com o fim do gênero chanchada, a partir dos anos 1960 dedica-se somente à carreira de cantor. Em 1951 casa-se com a cantora Nora Ney, com quem vive por 52 anos, até 2003, quando Nora morre. Aposentado, reside no Rio de Janeiro. Filmografia: 1949 – Também Somos Irmãos; Carnaval no Fogo; 1950 – Aviso aos Navegantes; Não é Nada Disso; 1952 – Tudo Azul; É Fogo na Roupa; Com o Diabo no Corpo; 1953 – Luz Apagada; Uma Aventura no Rio (Aventura en Rio) (México); 1954 – Carnaval em Caxias; 1955 – Carnaval em Marte; Carnaval em Lá Maior; 1956 – Vamos com Calma; Guerra ao Samba; 1957 – Garotas e Samba; 1958 – É de Chuá; É a Maior; O Barbeiro Que se Vira; 1959 – Mulheres à Vista; 1975 – Assim Era Atlântida. GOULART, PAULO Paulo Affonso Miessa nasceu em Ribeirão Preto, SP, em 9 de janeiro de 1933, na Fazenda Santa Tereza. Seu pai, Aff onso, era fazendeiro e dono de uma rádio em Olímpia. Aos três anos dança tango em reuniões de família. Aos oito anos estreia no palco do teatro da escola, cantando a música Canção dos Barqueiros do Volga, folclore russo. Aos 11 anos começa a trabalhar como operador de som na Rádio Olímpia, de propriedade do pai. Dois anos mais tarde é promovido a locutor. Em 1949 muda-se para São Paulo e começa a estudar Química no Liceu Eduardo Prado. Em 1951 assume o nome artísti co de Paulo Goulart, incenti vado por seu tio, o locutor de rádio Airton Goulart. No dia 01/03/51 assina contrato com a Rádio Tupi e começa a fazer radionovela. No teatro, sua estreia profissional acontece em 1952 no Teatro de Alumínio, na peça Senhorita Minha Mãe, quando conhece a também jovem atriz Nicette Bruno, com quem se casa em 26 de fevereiro de 1954, formando um dos mais duradouros casais da vida artística brasileira. Estreia na televisão em 1952, no especial Helena e em 1953 faz sua estreia no cinema, no filme Destino em Apuros, uma produção da Multifi lmes. Participa também de outros, com destaque para O Grande Momento (1958) e Kuarup (1989). Faz sólida carreira na televisão, em novelas como Anjo Marcado (1966) e Minas de Prata (1967). Em 1969 faz sua primeira novela na TV Globo, A Cabana do Pai Tomás e em 1970 participa de A Próxima Atração, mas, um mal-entendido o afasta da TV Globo por dez anos. Alterna o cinema com teatro e televisão, com papéis memoráveis, como em Roda de Fogo (1986), Mulheres de Areia (1993), Zazá (1997), A Padroeira (2001), América (2005) e Duas Caras (2008), como o maquiavélico Prof. Heriberto. Em 1998 lança, com Nicette Bruno, o livro Grandes Pratos e Pequenas Histórias de Amor, pela editora FTD. Todos os filhos do casal seguiram carreira artística, Bárbara Bruno (1956), Beth Goulart (1961) e Paulo Goulart Jr. (1966). Em 2004 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Nicette Bruno & Paulo Goulart – Tudo em Família, de autoria de Elaine Guerini. Filmografia: 1953 – Destino em Apuros; 1957 – O Barbeiro que se Vira; Rio, Zona Norte; 1958 – O Cantor e o Milionário; O Grande Momento; Pista de Grama (Um Desconhecido Bate à Porta); E o Bicho não Deu; 1959 – Cala a Boca, Etelvina; 1960 – Eles não Voltaram; 1961 – Sócio de Alcova (Socia de Alcoba) (Brasil/ Argenti na); 1962 – Nordeste Sangrento; 1972 – A Marcha; 1973/1975 – O Guarani (CM) (narração); 1974 – A Cobra Está Fumando; 1975 – Vicente do Rego Monteiro (CM) (narração); 1978 – O Bem-Dotado – O Homem de Itu; 1979 – Os Trombadinhas; 1983 – Gabriela (Brasil/Itália/EUA); 1984 – Para Viver um Grande Amor; 1989 – Faca de Dois Gumes; Solidão, uma Linda História de Amor; 1998 – Vila Isabel (CM); 2000 – Soluços e Soluções; O Auto da Compadecida; 2004 – Redentor; 2005 – Tapete Vermelho; Xuxinha e Guto contra os Monstros do Espaço (voz); 2007 – Person (depoimento); 2010 – Luz nas Trevas – A Revolta de Luz Vermelha; Chico Xavier. GOULART, VANESSA Vanessa de Micheli nasceu em São Paulo, SP, em 4 de novembro de 1975. Pertence ao clã artístico dos Bruno/Goulart, em sua quarta geração. Com dez anos de idade estreia no teatro na peça A Cegonha Boa de Bico e de cara ganha o prêmio APETESP de atriz revelação, depois Cais Oeste (1989), Namoro (1990), Auto da Compadecida (1992), Antes de Ir ao Baile (1994) e Sábado, Domingo e Segunda (2003). Estreia no cinema em 1996 no filme Olhos de Vampa, de Walter Rogério. Participa de dois filmes do consagrado diretor Carlos Reichenbach: Dois Córregos – Verdades Submersas no Tempo (1999) e Garotas do ABC (2003). Na televisão, pela TV Record, interpreta Julieta em Cidadão Brasileiro e, pelo SBT, é Beatriz Queiroz em Maria Esperança (2007). Sangue e talento de atriz nas veias, vem se fi rmando no meio artísti co brasileiro. Filmografia: 1996 – Olhos de Vampa; 1999 – Dois Córregos – Verdades Submersas no Tempo; 2003 – Garotas do ABC; 2005 – Coisa de Mulher; 2006 – Espeto (CM). GOULART FILHO, PAULO Nasceu em 1965. Com os pais, frequenta todos os ambientes artísticos possíveis. Em 1976, com onze anos de idade, estreia na televisão na novela Papai Coração, ao lado de toda a família, inclusive sua avó, a atriz Leonor Bruno. No teatro, começa fazendo peças infanti s como Mágico de Oz, A Menina e o Vento, Cinderela e Amídalas. Embora tenha feito outras novelas e minisséries como Incidente em Antares e Alma de Pedra (1998), dedica sua carreira mais ao teatro, no qual, já adulto, parti cipa das montagens de Dona Rosita, a Solteira, Poe, A Inveja dos Anjos, A Margem da Vida, Camões, Como se Tornar uma Supermãe, em 10 Lições, Enfi m Sós, Sábado, Domingo e Segunda, além dos musicais Cabaret, Não Fuja da Raia, Look, Book, Hip, House, Adoráveis sem Vergonhas e os espetáculos de teatro-dança, Circumano, Ifá, Vertigem, O Cavalo na Montanha, O Masculino na Dança, XY, a Verdadeira Diferença entre os Sexos e OMSTRAB. Forma-se em Educação Física e, por meio de sua esposa, conhece a dança e torna-se então ator-bailarino. Passa então a escolher seus papeis, em que possa – além de atuar – dançar. Participa como bailarino de vários shows de companhias como Lumiar, FEC, do ABC e Jazz Company. No cinema, estreia em 2008 no filme Bezerra de Menezes: O Diário de um Espírito, um inesperado sucesso de bilheteria do Cinema Brasileiro. É filho dos atores Paulo Goulart e Nicette Bruno. Está casado com a bailarina Dinah Perry, com quem tem três filhas, Clarissa, Luana e Paula. Filmografia: 2008 – Bezerra de Menezes: O Diário de um Espírito. GRAÇA, AÍLTON Nasceu em São Paulo, SP, em 9 de setembro de 1964. Teve infância muito pobre, o pai, o camelô Leôncio Teodoro Graça, e a mãe, a dona de casa Nair de Souza, já falecida. Aos oito anos de idade vê um livro de mágica numa banca de jornal e começa a se interessar por essa arte, fazendo apresentações no quintal de casa, tendo a família como plateia. Foi camelô, animador de festas infanti s e fiscal de van para sobreviver. A paixão pela carreira começa nos anos 1980, quando trabalha de relações públicas em um hospital paulista e se fantasia de palhaço para divertir os pacientes. Com Antunes Filho, participa de várias montagens teatrais, mas paralelamente teve que fazer de tudo um pouco para sustentar a família, pois somente sua arte não estava sendo sufi ciente. Assim, virou animador de festas infantis, fiscal de vans e até sacoleiro, quando revendia mercadorias trazidas do Paraguai. Em 1990 frequenta o grupo de teatro amador Refletores e Ribalta quando resolve fazer um teste para a novela Rainha da Sucata. Aprovado, ele seria o segurança que encontra o corpo de Laurinha Figueiroa, interpretada por Glória Menezes, mas no fi nal, acaba aparecendo só sua mão. Muitos anos se passaram até que tivesse um papel de destaque no filme Carandiru, de Hector Babenco, o que lhe abre as portas para a televisão, estreando em 2003, ao participar de dois episódios do seriado A Diarista. Em 2005, interpreta o Feitosa na novela América, e se consagra definitivamente em todo o Brasil, por seu carisma, talento e simpatia. Paralelamente tem carreira ativa e contínua também no cinema em fi lmes como Meu tio Matou um Cara (2004), Muito Gelo e dois Dedos d’Água (2006) e Tempos de Paz (2009). Na televisão, atua em Cobras & Lagartos (2006), como Ramires; Sete Pecados (2008), como Barão; e Três Irmãs (2009), como Jacaré. Está casado desde 2000 com a atriz Kátia Naiame (1980) e é pai de Vinícius, nascido em 1988, fruto de seu primeiro casamento com a auxiliar de enfermagem Elizabeth. Filmografia: 2003 – Contra Todos; Carandiru; 2004 – Nina; Meu ti o Matou um Cara; 2005 – Viva o Terceiro Mundo (CM); Tapete Vermelho; 2006 – Querô; Doze Horas até o Amanhecer (Journey To The End Of The Night) (Brasil/Alemanha/ EUA); Trair e Coçar é só Começar; Veias e Vinhos – Uma História Brasileira; Muito Gelo e dois Dedos d’Água; 2007 – Segurança Nacional; Querô; 2008 – Os Desafinados; Verônica; A Guerra dos Rocha; 2009 – Tempos de Paz; Os Inquilinos; Quanto Dura o Amor? (Condomínio Jaqueline); 2010 – Chico Xavier; Bróder; Família Vende Tudo. GRAÇA, MAGALHÃES José de Magalhães Graça nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1927. Ator, pianista, humorista e dublador. Em 1955 estreia no cinema no filme O Primo do Cangaceiro. A partir dos anos 1960 torna-se dublador profissional, sendo esse seu carro-chefe como profissão. Dubla personagens importantes do cinema como o Mestre do desenho Branca de Neve e os Sete Anões, clássico da animação de Walt Disney; o Noé do filme A Bíblia, de John Huston; o Her Zeller de A Noviça Rebelde; o Rufus de Bernardo e Bianca, etc.. Em 1975 estreia na televisão, na novela A Moreninha, como Gustavo, depois Dancin’ Days (1978) e Champagne (1983), como Napoleão. No cinema atua em oito filmes, com destaque para Um Ramo para Luíza (1965) e Coronel Delmiro Gouveia (1978). Morre em 1989, no Rio de Janeiro, aos 62 anos de idade. Filmografia: 1955 – O Primo do Cangaceiro; 1960 – Eu Sou o Tal; Minervina Vem Aí; 1962 – Esse Rio que eu Amo (episódio: Noite de Almirante); 1964 – Crônica da Cidade Amada (episódio: Índio); 1965 – Um Ramo para Luíza; 1970 – Anjos e Demônios; 1978 – Coronel Delmiro Gouveia. GRACINDO, PAULO Pelópidas Guimarães Brandão Gracindo nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 16 de junho de 1911, mas bem pequeno é levado para Alagoas, onde o pai, Demócrito Gracindo, políti co infl uente na cidade, chega a ser prefeito de Maceió. Muito rígido, seu pai dá-lhe educação conservadora. Quando o pai morre, em 1928, Paulo está no Recife cursando o preparatório para a faculdade de Direito. Logo depois, é convocado pelo Exército. Faz o serviço militar quando estoura a Revolução de 1930. Segue para o Rio de Janeiro com seu pelotão e decide tentar a sorte, ingressando no elenco amador do Teatro Ginásti co Português. Muda de nome e pouco depois já participa de montagens profissionais no teatro carioca. Faz sua estreia em 1931, com a peça Tabelião Pomponet, chegando à marca de 120 peças encenadas em toda a sua carreira. Na década de 1940, vai para a Rádio Nacional. O sucesso acontece com a novela O Direito de Nascer, em que interpreta o galã Albertinho Limonta. É também no rádio que interpreta pela primeira vez o quadro Primo Rico e Primo Pobre, ao lado de Brandão Filho. Tem passagem marcante também pelo cinema, estreando em 1936 no filme João Ninguém. Atua em películas importantes, como A Falecida (1965) e Terra em Transe (1967). Com o fi m da era do rádio, ingressa na televisão, na qual estreia em 1963, na novela A Morta sem Espelho, seguindo-se A Gata de Vison (1968), O Cafona (1971), etc. A consagração acontece em 1973, como Odorico Paraguaçu em O Bem-Amado (1977), Roque Santeiro (1985) e Rainha da Sucata (1990). Sua história, na verdade, confunde-se com a do rádio, do teatro, do cinema e da televisão brasileira. Seu último trabalho na televisão foi na minissérie Agosto, em 1993. É, sem dúvida, um dos maiores atores do nosso tempo. Morre em 4 de setembro de 1995, aos 84 anos de idade, de câncer, no Rio de Janeiro. Em 2007, seu filho, o ator/diretor Gracindo Jr., dirige o documentário de longametragem Paulo Gracindo, o Bem Amado, em sua homengagem. Filmografia: 1936 – João Ninguém; 1938 – Tererê não Resolve; Está Tudo Ai!; 1939 – Anastácio; Onde Estás Felicidade?; 1941 – O Dia é Nosso; 24 Horas de Sonho; 1950 – Estrela da Manhã; 1953 – Balança mas não Cai; 1965 – A Falecida; 1967 – Terra em Transe; 1968 – Bla... Blá... Blá (CM); Cara a Cara; Antes o Verão; O Bravo Guerreiro; Na Mira do Assassino; 1969 – Copacabana me Engana; Tarzan e o Grande Rio (Tarzan and the Great River) (EUA); 1970 – Salário Mínimo; 1973 – Folia (CM); O Grunete (CM); Jogos do Amor (inacabado); O Caminho do Homem (CM) (narração); 1977 – Primavera dos Enforcados (inacabado); 1978 – Tudo Bem; Amor Bandido; 1984 – Exu-Piá, Coração de Macunaíma; 1988 – Romance da Empregada; 1989 – Trancado por Dentro (CM); 1999 – Um Certo Dorival Caymmi (depoimento). GRACINDO JÚNIOR Epaminondas Xavier Gracindo nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de maio de 1943. Filho do consagrado ator Paulo Gracindo, começa sua carreira no teatro em 1960. Estreia no cinema em 1963 no filme Batalha dos Guararapes, série de curtas históricos dirigidos por Sanin Cherques. Na televisão, estreia em 1965 na novela Rosinha do Sobrado. Segue regular carreira, em novelas importantes como A Rainha Louca (1967), Dez Vidas (1969), Os Ossos do Barão (1973), A Sucessora (1978), Jogo da Vida (1981), Mandala (1987), Deus nos Acuda (1992), Esplendor (2000), Celebridade (2004) e Luz do Sol (2007), como Nicanor. No cinema, participa de vários filmes dos Trapalhões como O Trapalhão na Arca de Noé (1983) e Os Trapalhões na Serra Pelada (1983). Depois parti cipa de Tensão no Rio (1984), Buena Sorte (1997), Bufo & Spallanzani (2001), Primo Basílio (2007), etc. Dirige algumas novelas como A Sucessora (1978), Memórias de Amor (1979), Marrom Glacê (1979), Você Decide (1992) e Explode Coração (1995). Foi casado com a atriz Débora Duarte, com quem tem uma filha, Daniela Duarte. Do seu segundo casamento, teve outro filho, Gabriel Gracindo, também ator. Em 2007 dirige o documentário de longa-metragem Paulo Gracindo, o Bem-Amado, em homengagem a seu pai. Filmografia (ator): 1963 – Batalha de Guararapes (CM) (episódio da série: Aventuras da História do Brasil); 1971/1977 – O Dia Marcado; 1973 – Os Homens que eu Tive; 1974 – As Moças Daquela Hora; 1976 – O Pai do Povo; 1977 – Primavera dos Enforcados (inacabado); 1983 – O Trapalhão na Arca de Noé; Os Trapalhões na Serra Pelada; 1984 – Tensão no Rio; 1985 – A Floresta de Esmeraldas (The Emerald Forest) (EUA); 1989 – Trancado por Dentro (CM); 1992 – Desterro (CM); Kickboxer 3: The Art of War (EUA); 1996 – Casa de Açúcar (inacabado) (Brasil/Argenti na); 1997 – Buena Sorte; À Meia-Noite com Glauber Rocha (CM); 2000 – A Hora Marcada; 2001 – Bufo & Spallanzani; 2002 – A Selva (Portugal/ Brasil/Espanha); 2003 – Carro Forte (CM); 2007 – O Primo Basílio; Segurança Nacional; 2009 – Topografia de um Desnudo; 2010 – Bonitinha, mas Ordinária. Filmografia (diretor): 2008 – Paulo Gracindo, o Bem-Amado. GRANDE, PAULO CÉSAR Nasceu em Rinópolis, SP, em 11 de fevereiro de 1958. Atleta profissional, antes de ser ator era jogador de voleyball. Sua estreia no teatro acontece em 1981 na peça Bent, de Marti n Sherman, direção de Roberto Vignati, em 1982; no cinema, no filme Doce Delírio; e na televisão, na novela Ninho da Serpente, pela TV Bandeirantes. Começa então sua vitoriosa carreira de ator. Seu maior sucesso acontece na televisão, quando é contratado pela TV Globo para interpretar o galã Ronaldo, de Guerra dos Sexos. A partir de então perdemos um mediano jogador de vôlei e ganhamos um grande ator. São mais de vinte novelas, com destaque para Que Rei Sou Eu? (1989), Deus nos Acuda (1992), Por Amor (1997), Desejos de Mulher (2002), Páginas da Vida (2007), como Lucas, Casos e Acasos (2008), no papel de Maurício, etc. No teatro, brilha nas peças Estrela Dalva, ao lado de Marília Pera, Tango, Bolero e Chanchada, com Bibi Ferreira, Terceiras Intenções, entre outras. Em 1987 recebe o Candango de melhor ator coadjuvante no Festival de Brasília pelo filme Leila Diniz. Atua em vários fi lmes do diretor Luiz Carlos Larcerda, o Bigode, como For All – O Trampolim da Vitória (1997) e Viva Sapato! (2002). Em 2008 participa do filme Era uma Vez..., de Breno Silveira, mesmo diretor do consagrado Dois Filhos de Francisco. Está casado há muitos anos com Cláudia Mauro. Em 2008/2009 está no seriado Malhação. Filmografia: 1982 – Doce Delírio; 1984 – Os Bons Tempos Voltaram – Vamos Gozar Outra Vez (episódio: Sábado Quente); 1987 – Brasa Adormecida; Leila Diniz; 1997 – For All – O Trampolim da Vitória; 1998 – Tangerine Girl (CM); 2001 – Minha Vida em suas Mãos; 2002 – Viva Sapato!; 2006 – Amigo Invisível; 2008 – Era uma Vez... GRASSI, ANTONIO Antonio Carlos Grassi nasceu em Belo Horizonte, MG, em 12 de junho de 1954. Ator, produtor e diretor teatral. Começa sua carreira no Teatro de Pesquisa de Pedro Paulo Cava. Ainda em Belo Horizonte junta-se ao também mineiro José Mayer para produzir vários espetáculos no Teatro Senac. Grassi, Mayer e Vera Fajardo fazem sucesso na capital mineira com a peça Licença pra Dois, direção de Aderbal Freire Filho. No final da década de 1970 muda-se para o Rio de Janeiro, fazendo sua estreia na peça Poleiro dos Anjos, com o grupo Pessoal do Caberé. Estreia no cinema em 1978 no filme O Bandido Antonio Dó. Na televisão, seu primeiro papel é no especial Romeu e Julieta, em 1980. Seu primeiro papel de destaque acontece em 1987 na novela Carmen. No mesmo ano transfere-se para a TV Globo para parti cipar de Mandala e não para mais, ao participar, entre outras, de Pátria Minha (1994), O Amor Está no Ar (1997), A Força de um Desejo (1999) e Como uma Onda (2004). Pela TV Bandeirantes, parti cipa de Paixões Proibidas (2007) e pela Record, Chamas da Vida (2008). No cinema, tem interessantes parti cipações em Boleiros, Era uma Vez no Futebol (1998) e Carandiru (2003). Grassi foi Secretário Estadual de Cultura do Rio de Janeiro e presidente da FUNARTE. Filmografia: 1978 – O Bandido Antonio Dó; 1984 – Noites do Sertão; Dois Homens para Matar; 1986 – A Cor do seu Destino; 1988 – Jorge, um Brasileiro; 1990 – O Diálogo de Todo Dia (CM); 1996 – Como Nascem os Anjos; 1998 – Boleiros, Era uma Vez no Futebol; 2000 – Minha Vida em suas Mãos; 2001 – Sonhos Tropicais; Onde Andará Petrúcio Felker? (CM) (animação-voz); 2002 – Po-eta de Sete Faces (Vida e Poesia de Carlos Drummond de Andrade) (narração); 2003 – Carandiru; 2004 – Bens Confi scados; 2006 – Gatão de Meia-Idade. GREGÓRIO, CARLOS Carlos Alberto Mendes Gregório nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 31 de agosto de 1947. Começa sua carreira no teatro, participando de peças como O Rei da Vela, de Oswald de Andrade; Galileu, Galilei, de Brecht; e O Anti -Nelson Rodrigues. Estreia no cinema em 1971 no filme Prata Palomares. Entre outros, atua em Engraçadinha (1981), A Maldição de Sanpaku (1990) e, mais recentemente, Tônica Dominante (2000) e Xuxa e os Duendes (2003). Estreia na televisão em 1976, como o delegado Petronílio, em Saramandaia. Passa a ser então, muito requisitado e não para mais de trabalhar, em novelas e minisséries, com destaque para Os Gigantes (1981), Grande Sertão: Veredas (1985), Vale Tudo (1988), A Padroeira (2001), O Quinto dos Infernos (2002) e Alma Gêmea (2005). Filmografia (ator): 1971 – Prata Palomares; 1971/1982 – O Rei da Vela; 1972 – Os Inconfi dentes; 1975 – Guerra Conjugal; A Extorsão; 1978 – Chuvas de Verão; A Volta do Filho Pródigo; 1979 – Memórias do Medo; 1980 – No Mundo da Lua (CM); 1981 – O Homem do Pau-Brasil; Engraçadinha; Álbum de Família (Uma História Devassa); 1982 – O Sonho não Acabou; 1983 – Bar Esperança, o Último que Fecha; 1984 – Para Viver um Grande Amor; 1985 – O Rei do Rio; 1986 – S.O.S. Brunet (CM); Baixo Gávea; O Homem da Capa Preta; 1987 – O País dos Tenentes; 1988 – O Nariz (CM); Eternamente Pagú; A Porta Aberta (CM); Por Dúvida das Vias (CM); 1989 – Doida Demais; 1990 – A Maldição do Sanpaku; 1993 – O Cão Louco Mário Pedrosa (CM); 1996 – Tudo Cheira a Gasolina (CM); 1997 – Dedicatórias (CM); Amar... (CM); 1998 – Amor & Cia.; Policarpo Quaresma, Herói do Brasil; 1999 – Mauá, o Imperador e o Rei; 2000 – Duas Vezes com Helena; Sabor da Paixão (Woman On Top) (EUA); Tônica Dominante; 2002 – Loop (CM); Poeta de Sete Faces (Vida e Poesia de Carlos Drummond de Andrade); Xuxa e os Duendes; 2003 – Ex Inferis (CM); Transubstancial (narração-voz do destino). Filmografia (diretor): 1997 – Amar... (CM); 2002 – Loop (CM); 2006 – O Silêncio (CM). GREGORY, LUCIANO Italiano, começa sua carreira artística como pintor de quadros. Em 1951 estreia no cinema como decorador e ator no filme Suzana e o Presidente, produção da Cinematográfi ca Maristela. A partir daí segue regular carreira no cinema, nas duas funções. Em 1961 é convidado por Ary Fernandes, seu amigo dos tempos da Maristela, para participar da série Vigilante Rodoviário. Acaba participando de dois episódios, O Mordomo e A Extorsão, o último episódio da série, no papel do pai do playboy, interpretado por Tony Campello. Nos anos 1960 e início dos 1970, participa de outras produções do Ary como Mágoas de Caboclo (1970) e Até o Últi mo Mercenário (1971). Como decorador, parti cipa de importantes produções do cinema paulista como O Comprador de Fazendas (1951), produção da Maristela, e A Família Lero-Lero (1953), da Vera-Cruz. Na televisão, participa de duas novelas, Abnegação (1966) e As Professorinhas (1968). No início dos anos 1970 retorna à Itália e abandona sua carreira artísti ca. Filmografia: 1951 – Suzana e o Presidente; Corações na Sombra; 1952 – A Car-ne; Areão; 1957 – Osso, Amor e Papagaios; Absolutamente Certo; Uma Certa Lucrécia; 1961 – A Primeira Missa; O Mordomo e A Extorsão (CM) (episódios da série Vigilante Rodoviário); 1966 – Vigilante e os Cinco Valentes (episódio: A Extorsão); 1967 – A Desforra; O Anjo Assassino; 1970 – Marcado para o Perigo (episódio: O Mordomo); Mágoas de Caboclo; 1971 – Diabólicos Herdeiros; Até o Últi mo Mercenário. GREICK, MÁRCIO Márcio Pereira Leite nasceu em Belo Horizonte, MG, em 30 de agosto de 1947. Na adolescência já estuda música. Começa sua carreira em 1967, participando de programas de rádio. A convite do disc-jockey Dirceu Pereira, vai para o Rio de Janeiro gravar seu primeiro disco, com a música Venha Comigo. No ano seguinte é contratado pela TV Tupi de São Paulo, onde passa a comandar o programa O Mundo é dos Jovens. O maior sucesso de sua carreira é Impossível Acreditar que Perdi Você. Estreia no cinema em 1970 no filme Amor em Quatro Tempos. Filmografia: 1970 – Amor em Quatro Tempos; 1971 – Em Ritmo Jovem. GRETCHEN Maria Odete Brito de Miranda nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 29 de maio de 1959. Forma-se em Letras e chega a trabalhar como tradutora de inglês e francês. Inicia sua carreira de cantora em 1977, como crooner da Orquestra Záccaro. Em seguida, apresentase com duas irmãs (uma delas a cantora e apresentadora Sula Miranda), a outra Yara Miranda e uma prima no programa de calouros de Sílvio Santos, com o nome As Melindrosas. Gravam um disco e vendem mais de um milhão de cópias. Inicia depois carreira-solo de muito sucesso rebolando e cantando músicas com ritmos latinos. Estreia no cinema em 1979 em Vamos Cantar Disco Baby. Em 1982 é a estrela de veiculo só seu, o filme Alugase Moças, com enorme sucesso. Em 1984 participa do programa infantil Pirlimpimpim 2. Afastada do meio artístico por alguns anos, retoma a carreira em 1998, ao lado da filha Thammy. Em 2006 faz dois filmes pornôs pela produtora Brasileirinha, ao lado do então marido, o músico Guto Guitar. Foi casada com Paulo Sérgio Aversani, Marcos Bueno, o cantor Christian e Juliano Cezimbra. Tem quatro filhos, Thammy, Dedo, Sérgio e Giullia. Filmografia: cinema convencional: 1979 – Vamos Cantar Disco Baby; 1982 – Aluga-se Moças; 1990 – A Rota do Brilho; 2009 – Alô, Alô, Terezinha (depoimento). cinema pornô: 2006 – La Conga Sex; 2007 – Carnaval 2007; 2008 – A Rainha do Bumbum. GRETO, SHEILA Nasceu em Fortaleza, CE, em 1952. Com oito anos de idade já dança, demonstrando a todos seu talento emergente. Com quinze anos muda-se para São Paulo e estreia no cinema, numa pequena ponta no filme O Jeca e a Freira, ao lado de Mazzaropi. Faz poucos filmes, não conseguindo deslanchar sua carreira de atriz no cinema. Não se têm informações sobre a continuidade em outras modalidades. Filmografia: 1967 – O Jeca e a Freira; 1975 – Trote dos Sádicos; 1976 – Mulheres do Sexo Violento. GREVE, SABRINA Nasceu em Limeira, SP, em 5 de maio de 1978. Forma-se no Centro de Pesquisa Teatral de Antunes Filho, onde fica por sete anos, atuando em diversas peças como Prêt-à-porter IV, Prêt-àporter III, Fragmentos Troianos, Prêt-à-porter II, Drácula e Outros Vampiros, etc. Em 2001 estreia no cinema no filme Uma Vida em Segredo, em atuação que lhe vale seis prêmios de melhor atriz, entre os quais Brasília e APCA. Em 2003 participa da minissérie A Casa das Sete Mulheres, pela TV Globo, no papel de Teresa, depois Carandiru, Outras Histórias (2005), Cristal (2006), pelo SBT, e Caminhos do Coração (2007), pela TV Record. No cinema tem elogiadas atuações em fi lmes de importância como Olga (2004), entre outros. No teatro suas últimas peças foram Aeroporto e Matamoros, a Fantasia. Filmografia: 2001 – Uma Vida em Segredo; 2002 – Seja o que Deus Quiser; 2003 – Carandiru; 2004 – Nina; Olga; 2005 – Jogo Subterrâneo; 2005 – Tudo o que é Sólido Pode Derreter (CM) ; 2009 – Teresa (CM). GREY, WILSON Wilson Chaves nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de dezembro de 1923. Inicia sua carreira no cinema em 1948, no filme Hóspede da Noite. Eterno coadjuvante, faz todos os papéis possíveis no cinema, menos o de galã, e marca época no Cinema Brasileiro. Só faz o papel principal em 1990, no filme O Segredo da Múmia, que lhe vale o prêmio de melhor ator no Festival de Brasília. Trabalha em programas humorísticos na televisão e leva em seu curriculo o recorde de mais de 250 filmes realizados, entre curta e longametragem. Na televisão, participa das novelas A Gata de Vison (1968), Maria, Maria (1978), Gabriela (1979), Guerra dos Sexos (1983) e Cambalacho (1986), e dos humorísti cos Chico City e Os Trapalhões, além dos seriados Falcão Negro, Plantão de Polícia, Sítio do Pica-Pau Amarelo, Carga Pesada, etc. No teatro, atua nas peças O Casamento do Pequeno Burguês, de Brecht; Hamlet, de Shakespeare etc. Respeitado por todos, morre em 3 de outubro de 1993, aos 69 anos de idade no Rio de Janeiro, com um recorde que dificilmente será igualado no Brasil. Filmografia: 1948 – Hóspede de uma Noite; 1952 – Carnaval Atlântida; 1953 – Amei um Bicheiro; Balança mas não Cai; Dupla do Barulho; 1954 – Carnaval em Caxias; Malandros em Quarta Dimensão; Matar ou Correr; Nem Sansão nem Dalila; O Petróleo é Nosso; 1955 – Chico Viola não Morreu (Brasil/Argentina); O Grande Pintor; Paixão nas Selvas (Conchita Und Der Ingenieur) (Alemanha/ Brasil); O Primo do Cangaceiro; O Rei do Movimento; 1956 – O Feijão é Nosso; Vamos com Calma; Fuzileiro do Amor; Boca de Ouro; 1957 – Cangerê: Uma Fantasia Musical; De Pernas pro Ar; Maluco por Mulher; Metido a Bacana; Osso, Amor e Papagaios; Quem Sabe... Sabe!; O Barbeiro que se Vira; 1958 – Chico Fumaça; Contrabando; Na Corda Bamba; Sherlock de Araque; O Camelô da Rua Larga; 1959 – Depois do Carnaval; Procura-se um Céu (inacabado); Quem Roubou meu Samba?; Cala a Boca, Etelvina; Minervina Vem Aí; Titi o Ano é Sopa; 1960 – A Viúva Valentina; Pistoleiro Bossa Nova; Marido de Mulher Boa; Viúvo Alegre; Tudo Legal; Eu Sou o Tal; 1961 – Os Três Cangaceiros; Esse Rio que eu Amo (episódio: Milhar Seco); Cuidado com esse Homem (inacabado); 1962 – Os Cosmonautas; Assalto ao Trem Pagador; Quero essa Mulher Assim Mesmo; Boca de Ouro; 1964 – Manaus, Glória de uma Época (Und Der Amazonas Schweight) (Alemanha); 1964 – O Crime do Sacopã; 1965 – Paraíba, Vida e Morte de um Bandido; Os Selvagens (Die Goldene Götti n Vom Rio Beni) (Alemanha/França/Espanha/Brasil); 1966 – Mineirinho Vivo ou Morto; Cuidado, Espião Brasileiro em Ação; Nudista à Força; Samba (Espanha/Brasil); 1967 – Perpétuo contra o Esquadrão da Morte; 1968 – Maria Bonita, Rainha do Cangaço; Na Mira do Assassino; Chegou a Hora, Camarada!; 1969 – Pedro Diabo Ama Rosa Meia-Noite; Sete Homens Vivos ou Mortos; 1970 – O Bolão; O Vale do Canaã; Vida e Glória de um Canalha; Salário Mínimo; 1971 – Lúcia McCartney, uma Garota de Programa; Pindorama; Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva; O Barão Otelo no Barato dos Bilhões; O Capitão Bandeira contra o Dr. Moura Brasil; As Quatro Chaves Mágicas; 1971/1974 – Lobisomem, o Terror da Meia-Noite; 1972 – Ali Babá e os Quarenta Ladrões; Os Inconfi dentes; Quando o Carnaval Chegar; A Viúva Virgem; O Doce Esporte do Sexo (episódio: O Apartamento); Os Devassos; Procura-se uma Virgem; 1973 – Alô, Alô Cinédia (CM); O Rei do Baralho; Vai Trabalhar, Vagabundo; Sagarana, o Duelo; Tati, a Garota; Guru das Sete Cidades; Salve-se quem Puder (Rally da Juventude); Moreira da Silva (CM) (depoimento); O Supercareta; 1974 – Cinema, o que é e como se Faz (CM); A Estrela Sobe; O Últi mo Malandro; Rainha Diaba; A Transa do Turfe; 1975 – Histórias dos Mares do Sul (CM); Com as Calças na Mão; Ladrão de Bagdá, o Magnífico; Perdida; Assim Era Atlântida; As Alegres Vigaristas (episódio: O Padre e a Modelo); Ana, a Libertina; As Desquitadas; O Filho do Chefão; O Fraco do Sexo Forte; Nem os Bruxos Escapam; O Roubo das Calcinhas (episódio: I Love Bacalhau); 1976 – Zeca e Juca (CM); Ninguém Segura essas Mulheres (Episódio: Pastéis para uma Mulata); Wilson Grey (CM); Tem Alguém na Minha Cama (episódio: Dois em Cima, dois Embaixo e dois Olhando); Costinha, Rei da Selva; Ovelha Negra, uma Despedida de Solteiro; 1977 – Uma Lição de Moral (CM); As Aventuras de Momo Montanha (Jorden er Flad) (Dinamarca/Brasil); O Ibrahim do Subúrbio (episódio: Roy, o Gargalhador Profissional); Ladrões de Cinema; Barra Pesada; Na Ponta da Faca; Revólver de Brinquedo; O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão; Se Segura, Malandro; Uma Aventura na Floresta Encantada; Gordos e Magros; Pensionato das Vigaristas; O Monstro Caraíba; Ódio; 1978 – Doutor Dyonélio (CM); Abismu; Anchieta, José do Brasil; O Universo de Mojica Marins (CM); Crônica de um Industrial; A Noiva da Cidade; O Monstro de Santa Tereza; Agonia; Empregada para Todo o Serviço; 1979 – Máxima Culpa (CM); Lerfa Mu; Foragidos da Violência; As Borboletas Também Amam; A Virgem Camuflada; O Coronel e o Lobisomem; Uma Fêmea do Outro Mundo; República dos Assassinos; Parceiros da Aventura; Sexo e Sangue; É Proibido Jogar (CM); 1980 – O Gigante da América; Bububu no Bobobó; Bonitinha, mas Ordinária; Uma X Flamengo; O Fruto do Amor; O Incrível Monstro Trapalhão; 1981 – O Homem do Pau-Brasil; Engraçadinha; 1982 – O Segredo da Múmia; Tem Piranha no Aquário; Luz Del Fuego; Rio Babilônia; Depravação 2; Escalada da Violência; Insônia (episódio: Um Ladrão); O Santo e a Vedete; 1983 – Bar Esperança, o Último que Fecha; Os Trapalhões na Serra Pelada; O Mágico e o Delegado; Estranhas Relações; 1984 – Memórias do Cárcere; O Beijo da Mulher Aranha (Kiss of the Spider Woman) (Brasil/EUA); Eteia, a Extraterrestre em sua Aventura no Rio; A Boca do Prazer; Sexo de Qualquer Maneira; 1985 – Águia na Cabeça; Brás Cubas; Ópera do Malandro (Brasil/França); Os Bons Tempos Voltaram – Vamos Gozar Outra Vez (episódio: Sábado Quente); La Buena Vida – Paraíso Erótico (México/Brasil); 1986 – A História de um Olho (CM); A Dança dos Bonecos; Um Filme 100 % Brasileiro; As Sete Vampiras; Baixo Gávea; 1987 – Os Fantasmas Trapalhões; Leila Diniz; No Rio Vale Tudo (Si Tu Vas a Rio... Tu meurs) (Brasil/ França/Itália); 1987 – Memória Viva; 1988 – Banana Split; O Escorpião Escarlate; Corpo em Delito; 1989 – O Combustível do Futuro (CM); 1991 – Vai Trabalhar Vagabundo II – a Volta (Amor Vagabundo); 1993 – A TV que Virou Estrela de Cinema; 1996 – O Lado Certo da Vida Errada; 1999 – Hi-Fi (CM). GRILLO, MARIA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 9 de abril de 1877. Seu debut no teatro acontece em 1891 na Companhia Ismênia dos Santos na peça Amor de Psyqué, seguindo-se Os Estranguladores de Paris, etc. Estreia no cinema em 1924 no filme A Gigolette. Sua filha Amélia de Oliveira torna-se grande atriz teatral. Depois de alguns anos, Maria renuncia à carreira para cuidar do neto, fortalecendo a carreira da filha. Filmografia: 1924 – A Gigolette; 1925 – Dever de Amar; 1936 – Grito da Mocidade; 1938 – Bombonzinho. GRIMALDI, LU Maria Luisa Tisi nasceu em São Paulo, SP, em 20 de junho de 1954. Muda-se para o Rio de Janeiro aos oito anos de idade. Aos dezoito anos, resolve sair de casa e muda-se para São Paulo e começa a trabalhar com produção de fotografia para televisão. Em 1972 começa a fazer teatro, estreando no musical Dzi Croquetes, Blas-Fêmeas, Ponto Limite, Violeta Vita, Nocaute, Sonhos de uma Noite de Verão e Ópera Mattogrosso. Em 1988 estreia na televisão, num pequeno papel em Vale Tudo. Seu primeiro grande papel acontece em 1999, em Terra Nostra, como a italiana Leonora Migliavacca. Consolida então sua carreira na televisão na minissérie Um só Coração (2004), como Frida Schmidt da Silva, e na novela Sinhá Moça (2006), como Inez. Pelo SBT, atua em Amigas e Rivais. Casa-se por duas vezes, com Roberto Gregório e com o fotógrafo Roberto Grimaldi e teve um filho chamado Gabriel. Filmografia: 1998 – Menino Maluquinho 2: A Aventura; 2001 – Sonhos Tropicais; 2003 – Apolônio Brasil, Campeão da Alegria; 2008 – A Casa da Mãe Joana; Mais uma História no Rio (CM); 2009 – Intruso. GROSSI, MURILO Nasceu em Brasília, DF, em 1964. Produtor, sociólogo e ator. Gradua-se em Ciências Sociais e Artes Cênicas pela Universidade de Brasília – UnB. Entra para o Grupo Experimental de Danças da UnB (Gedunb) e estuda saxofone no Conservatório Dramáti co de Tatuí, SP. No teatro, parti cipa das peças Dinossauros, O Pequeno Príncipe, Eu Nunca Disse que Prestava, Resta Pouco a Dizer, etc. Estreia no cinema em 1995 no curta-metragem Áporo e constitui sólida fi lmografia de mais de trinta títulos, entre curtas e longas, com destaque para Doces Poderes (1997), Brava Gente Brasileira (2000), O Veneno da Madrugada (2004), Linha de Passe (2008), Os Normais 2 (2009), etc. É assistente de direção no curta O Jardineiro e o Tempo (2001). Na televisão faz seu debut em 2001 em O Clone, como Júlio, depois Belíssima (2006), Beleza Pura (2008), Maysa – Quando Fala o Coração (2009), entre outras. Culto, inteligente e muito requisitado, é um grande ator brasileiro. Filmografia: 1995 – Áporo (CM); Três (CM); 1997 – Doces Poderes; Leo 1313 (CM); O Cego que Gritava Luz; Guerra de Canudos; Cinco Filmes Estrangeiros (CM); 1998 – Athos (CM); Palestina do Norte, o Araguaia Passa por Aqui (CM) (narração); 1999 – The Book Is on the Table (CM); Mauá – O Imperador e o Rei; 2000 – Terra de Deus; O Surfi sta Invisível (CM); Sinistro (CM); Tepê (CM); Brava Gente Brasileira; 2001 – O Casamento de Louise; 2002 – Emma na Tempestade (CM); Dom Helder Câmara – Em Busca da Profecia (MM) (narração); 2003 – Momento Trágico (CM); Subterrâneos; 2004 – O Veneno da Madrugada; 2005 – Dois Filhos de Francisco; A Concepção; 2006 – Batismo de Sangue; O Silêncio (CM); 2007 – Cinco Frações de uma Quase História; O Primo Basílio; 2008 – Linha de Passe; Se nada mais Der Certo; 2009 – Antes que o Mundo Acabe; Os Normais 2 – A Noite mais Maluca de Todas. GUALDI, NINA Nina Gualdi Guimarães nasceu em Santa Vitória do Palmar, RS. Ainda muito jovem vai morar em Recife, onde inicia seus estudos, formando-se professora pelo Instituto de Educação de Pernambuco. De volta ao Sul, leciona na Escola da Vila, do SESI, em Porto Alegre. Aproveitando talento nato, começa a escrever poemas para os jornais Correio do Povo e Folha da Tarde, com o pseudônimo de Nina G. Com isso, acaba escrevendo três livros de poemas, um dos quais chamado Adeus Tristeza. Em 1965 faz aquele que seria seu único filme, Os Abas Largas, a convite do diretor Senin Cherques. Filmografia: 1965 – Os Abas Largas. GUARÁ Guaracy Rodrigues nasceu em Belo Horizonte, MG, em 1935. Radicado no Rio de Janeiro, passa a trabalhar como ator de cinema, estreando em 1968 no filme Jardim de Guerra, sempre no papel de coadjuvante, assim como seu amigo Wilson Grey. Dessa forma, parti cipa de filmes importantes como Rio Babilônia, de 1982, Matou a Família e Foi ao Cinema (atuou nas duas versões, em 1969 e 1990) e mais recentemente Signo do Caos, último filme de Rogério Sganzerla. Depois de sólida carreira como ator, destaca-se também por trás das câmeras, como assistente de direção – em A Dama do Lotação (1978) e Tabu (1982) – e outros cargos técnicos. Estreia na direção em 1980 no filme Música para Sempre, documentário sobre jazz, em parceria com Neville d’Almeida e Dudi Guper. Muito querido e respeitado no meio cinematográfico, principalmente do Rio de Janeiro, cidade onde morre em 21 de fevereiro de 2006, aos 70 anos de idade. Filmografia (ator): 1968 – Os Marginais (episódio: Guilherme); Jardim de Guerra; 1969 – Astros e Estrelas (CM); Macunaíma; Vida Provisória; 1970 – A Família do Barulho; Barão Olavo, o Horrível; Copacabana Mon Amour; Piranhas do Asfalto; 1971 – Mistérios; Memórias se um Estrangulador de Loiras; Amor Louco (Crazy Love); 1972 – Gatos da Noite (The Night Cats); 1973 – O Rei do Baralho; 1977 – Anchieta, José do Brasil; 1980 – Os Sete Gatinhos; Eu te Amo; 1981 – O Homem do Pau-Brasil; 1982 – Tabu; As Aventuras de um Paraíba; Rio Babilônia; 1984 – Noite; Amenic – Entre o Discurso e a Prática; Para Viver um Grande Amor; 1985 – Areias Escaldantes; 1986 – Um Filme 100 % Brasileiro; Brás Cubas; Nem tudo é Verdade; 1987 – A Diabólica (CM); 1988 – Luar sobre Parador (Moon Over Parador) (EUA); Dedé Mamata; 1989 – Hai Kai (CM); Os Sermões; 1990 – Matou a Família e Foi ao Cinema; Os Sermões; Diálogo de Todo Dia (CM); 1992 – Perfume de Gardênia; Oswaldianas (episódio: Perigo Negro); 1993 – Oceano Atlantis; A Saga do Guerreiro Alumioso; 1994 – O País do Carnaval (CM); Louco por Cinema; 1995 – O Mandarim; 1997 – Navalha na Carne; 1998 – Curra Cubana (CM); A Hora Vagabunda (CM); 2000 – O Circo das Qualidades Humanas; 2002 – Samba Canção (depoimento); 2003 – Signo do Caos; 2005 – Um Lobisomem na Amazônia. Filmografia (diretor): 1979 – Índios do Sul do Brasil (CM); 1980 – Música para Sempre (codirigido por Neville d’Almeida e Dudi Guper); 1981 – Encruzilhada Natalino (CM) (codireção de Ayrton Centeno). GUARILHA, AMAURI Nasceu em 1943. Sua carreira profissional começa como paraquedista, no Núcleo de Divisão Aeroterrestre do Exército. Ao dar baixa, começa a trabalhar como dublê profi ssional. Mesmo sendo uma profissão não reconhecida no Brasil, seus trabalhos são requisitados por Jece Valadão, Renato Aragão etc. É formado em jiu-jitsu, boxe e equitação, esportes que prati ca para manter a forma. Como ator, estreia no cinema em 1972 em Missão: Matar. Com muitos filmes no curriculo, destacam-se Rainha Diaba (1974), O Segredo da Múmia (1982) e O Monge e a Filha do Carrasco (1998), na maioria, produções em que desenvolve atividade paralela de dublê. Filmografia: 1972 – Missão: Matar; 1974 – Caingangue, a Pontaria do Diabo; Rainha Diaba; O Segredo da Rosa; 1975 – O Padre que Queria Pecar; O Trapalhão na Ilha do Tesouro; 1979 – O Cinderelo Trapalhão; O Coronel e o Lobisomem; 1980 – O Rei e os Trapalhões; O Incrível Monstro Trapalhão; Os Três Mosqueteiros Trapalhões; 1981 – Os Salti mbancos Trapalhões; 1982 – Escalada da Violência; Rio Babilônia; O Segredo da Múmia; Os Trapalhões na Serra Pelada; 1988 – Prisioneiro do Rio (Prisioner of Rio) (Brasil/Polônia/Suíça); 1990 – Carnaval (CM) (Brasil/Portugal/França/Itália); 1998 – O Monge e a Filha do Carrasco (The Monk and Hangmans Daughter) (Brasil/EUA). GUARNIERI, FLÁVIO Flávio Eduardo Thompson Guarnieri nasceu em Lisboa, Portugal, em 26 de setembro de 1959. Filho de Gianfrancesco Guarnieri e Cecília Thompson e irmão de Paulo Guarnieri. Estreia no cinema em 1977, numa pequena ponta no filme Parada 88 – o Limite de Alerta. Na televisão, sua primeira novela é Como Salvar meu Casamento, em 1979. Tem carreira irregular na televisão e no cinema. Participa das novelas Os Adolescentes (1981), Ninho da Serpente (1982), Campeão (1982) e na minissérie Cometa (1989). Retorna em 2007, quase 20 anos depois para parti cipar de Amigas e Rivais, pelo SBT. Sua atuação na televisão sempre foi à margem da TV Globo, onde fez somente uma novela, Transas e Caretas, em 1984. Desde 2003 está casado com Carla. Filmografia: 1977 – Parada 88 – o Limite de Alerta; 1979 – As Viúvas Precisam de Consolo; 1981 – Eles não Usam Black-Tie; 1983 – Janete. GUARNIERI, GIANFRANCESCO Gianfrancesco Sigfrido Benedetto Martinenghi de Guarnieri nasceu em Milão, Itália, em 6 de agosto de 1934. Filho do maestro Edoardo de Guarnieri e de Elza Martinenghi, exímia executante de harpa. Em 1937, aos três anos de idade, muda-se com a família para o Brasil, especificamente no Rio de Janeiro, pois o pai não consegue emprego em seu país, devido às perseguições fascistas. Muito jovem descobre o teatro ao militar no movimento estudantil, como dirigente da UNE (União Nacional dos Estudantes). Aos 18 anos muda-se para São Paulo e conhece o dramaturgo Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha, com quem fundou o Teatro Paulista do Estudante (TPE). A primeira peça amadora foi O Inspetor Está Lá Fora, em 1955. No ano seguinte acontece sua estreia profissional na peça Escola de Maridos. Em seguida o TPE se funde com o Teatro de Arena. Logo demonstra também enorme talento em escrever. Seu primeiro texto é Eles não Usam Black-Tie, que estreia em 1958, e salva o Teatro de Arena da falência. O texto vira filme em 1981 e faz sucesso até hoje. Escreve outras 22 peças ao longo de sua vitoriosa carreira, com destaque para Gimba (1959) e Arena Contra Zumbi (1965). Sua vida artísti ca é marcada por brilhantes atuações no teatro, cinema e televisão, veículo que marca sua carreira, ao participar de momentos importantes da novela brasileira, como em O Tempo e o Vento (1967), A Muralha (1968), Mulheres de Areia (1973), Mandala (1987), A Próxima Vítima (1995), Canoa do Bagre (1997), Terra Nostra (1999) e Esperança (2002). Pela TV Record, atua em Metamorphoses (2004). No cinema, estreia em 1958 no clássico O Grande Momento. Atua em muitos outros como Gaijin, os Caminhos da Liberdade (1980) e O Quatrilho (1995). Entre 1984 e 1987 foi secretário municipal de Cultura, em São Paulo. Em 2006 tivemos a última oportunidade de vê-lo atuar, como o Peppe de Belíssima (2006), novela que não conseguiu concluir devido ao agravamento de sua doença. Chegou a dirigir duas novelas, Os Estranhos (1969) e Dez Vidas (1969). Casou-se pela primeira vez em 1958, com Cecília Thompson, com quem teve dois filhos, Flávio (1960) e Paulo (1961). Em 1965 casa-se pela segunda vez com Vanya SantAnna, com quem teve mais três fi lhos, Cláudio (1967), Fernando (1968) e Mariana (1969). Tem sete netos. Dos cinco filhos, apenas Paulo e Flávio seguem carreira artísti ca. Em 1995 sobe aos palcos pela última vez para interpretar A Canastra de Macário. É um dos grandes autores e atores do Brasil, sendo respeitado unanimemente pela crítica e pelo público. Em 2004 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, pela Coleção Aplauso, lança sua biografia, Gianfrancesco Guarnieri – Um Grito Solto no Ar, de autoria de Sérgio Roveri. Morre em 22 de julho de 2006, aos 71 anos de idade, de insuficiência renal crônica. Filmografia (ator): 1958 – O Grande Momento; 1959 – A Primeira Chance (CM) (narração); 1968 – Domingo no Parque (CM); 1971 – Sete Pecados Capitalistas (inacabado); 1974/1979 – O Homem que Comprou a Morte (CM); A Eterna Esperança: Sem Pressa e sem Pausa, como as Estrelas (CM) (depoimento); 1975 Teatro Brasileiro II – Novas Tendências (CM) (depoimento); 1977 – Jogo da Vida; As Três Mortes de Solano; 1978 – Diário da Província; 1980 – Gaijin, os Caminhos da Liberdade; Curumim; 1981 – Asa Branca, um Sonho Brasileiro; Eles não Usam Black-Tie; 1983 – A Próxima Vítima; 1985 – Frei Tito (CM) (voz); 1986 Por Incrível que Pareça; 1987 – Vianinha (CM) (depoimento); 1990 – Beijo 2348-72; 1992 – As Rosas não Calam (CM); 1993 – A Era JK (CM) (depoimento); O Guarda-Linhas (CM); 1995 – O Quatrilho; 1999 – Contos de Lygia; A Fuga (CM); 2007 – Ícarus (dublagem). Filmografia (diretor): 1970 – Vozes do Medo (episódio: Aquele Dia Dez); 1976 – Planejamento de Cidades (CM) (codireção de Maurice Capovilla e José Zimmerman); Banco Nacional (MM) (codireção de Maurice Capovilla e José Zimmerman); Circo Paulista (MM) (codireção de Maurice Capovilla e José Zimmerman). GUARNIERI, PAULO Rogério Paulo Thompson Guarnieri nasceu em São Paulo, SP, em 4 de março de 1961. Filho do ator Gianfrancesco Guarnieri e da jornalista Cecília Thompson, começa sua carreira fazendo teatro amador, na escola. Em 1977 atua em Mortos sem Sepultura, peça de Sartre, dirigida por Fernando Peixoto. Excursiona com Luiz Gustavo pelo Norte e Nordeste, encenando Baixa Sociedade. Estreia na televisão em 1973, em Mulheres de Areia, como o jovem Tonho da Lua, interpretado por seu pai. Como adulto, sua primeira novela é Como Salvar meu Casamento (1979), pela TV Tupi. Na Globo, faz Plumas e Paetés (1980), Vereda Tropical (1984), Bebê a Bordo (1988) e Quatro por Quatro (1995), entre outras. Estreia no cinema em 1977 no filme Parada 88 – o Limite de Alerta, mas seu melhor momento acontece no ano seguinte em Amor Bandido, de Bruno Barreto. Em 1998 participa da peça O Cara de Pau. Seu irmão Flávio Guarnieri também é ator. Em 2000 participa de um episódio do programa Você Decide. Retorna ao cinema em 2008 para parti cipar do filme Feliz Natal, direção de Selton Mello. Casado por três vezes, com Ana Cristi na Costa Lima (1979/1986), com quem teve um filho, Francisco Guarnieri; Carmen Lúcia Ramos Guimarães (1987/1991), com quem teve uma filha, Carolina Guimarães Guarnieri; e Hérika Assis Ribeiro (desde 1992), com quem também teve um filho, Lucas Thompson de Assis Guarnieri. Filmografia: 1977 – Parada 88 – o Limite de Alerta; 1978 – Amor Bandido; 1979 – A Rainha do Rádio; 1982 – Amor de Perversão; 1984 – Fêmeas em Fuga (Femmine in Fuga) (Itália/Brasil); 1987 – Johnny Love; 2008 – Feliz Natal. GUEDES, HERMYLLA Hermylla Roberta Pires Guedes nasceu em Cabrobó, PE, em 1º de janeiro de 1980. Inicia sua carreira no teatro. Sua primeira peça é A Duquesa dos Cajus, em 1999, depois Noite Feliz (2000), Paixão de Cristo (2001/2005), Meia Sola (2003), Angu de Sangue (2004) e Três Viúvas de Arthur (2005). Estreia no cinema em 1999 no curta O Pedido. Por sua atuação em O Céu de Suely, em 2006, recebe vários prêmios de melhor atriz como Grande Prêmio Cinema Brasil, APCA, Havana, etc. Na televisão, em 2007, parti cipa do especial Por Toda Minha Vida – Elis Regina, depois Ciranda de Pedra (2008) e Força-Tarefa (2009). Está casada com o ator Tatto Medinni, com quem tem uma filha, Celina (2008). Filmografia: 1999 – O Pedido (CM); 2004 – Copo de Leite (CM); O Homem da Mata (CM); 2005 – Entre Paredes (CM); Cinema, Aspirinas e Urubus; 2006 – Rifa-Me (CM); Uma Vida e Outra (CM); O Céu de Suely; Baixio das Bestas; 2007 – Deserto Feliz; Carnaval Inesquecível (CM). GUEDES, SONIA Sonia Oliveira Guedes de Souza nasceu em Paranapiacaba, SP, 22 de novembro de 1932. Aos vinte e um anos muda-se para Santo André, onde inicia seus estudos teatrais. Inicia sua carreira na Sociedade de Cultura Artística de São Paulo, onde, de 1954 a 1963, participa de várias montagens amadoras. Sua primeira peça como profi ssional é O Novo Inquilino, de Eugène Ionesco, sob a direção de Celso Nunes. Nos anos 1960 marca sua carreira por grandes apresentações teatrais como em A Casa de Bernarda Alba (1966), de Garcia Lorca, e Medeia (1970), de Eurípides. Em 1972 estreia no cinema em uma pequena parti cipação no filme O Mundo de Anônimo Júnior. Somente em 1979 vai para a televisão, participar do seriado Malu Mulher, como Elza, a mãe de Regina Duarte. Atua também em alguma novelas como Razão de Viver (1983), As Pupilas do Senhor Reitor (1995), Coração de Estudante (2002), Amor e Intrigas (2007), etc., mas é no teatro que ganha inúmeros prêmios como Apetesp, Governador do Estado, Mambembe e APCA. Foi casada com Annibal Guedes com quem tem uma filha, Kátia Guedes. Em 2008 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, pela Coleção Aplauso, lança sua biografia, Sonia Guedes – Chá das Cinco, de autoria de Adélia Nicolete. Filmografia: 1972 – O Mundo de Anônimo Júnior; 1977 – Noite em Chamas; 1985 – A Hora da Estrela; 2007 – Corpo. GUEIROS, MARIA CLARA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 26 de maio de 1965. Forma-se psicóloga e bailarina profissional. Inicia sua carreira no teatro, em 1984. Com grande talento para comédia, logo é descoberta pela TV Globo, que a convida para participar do humorístico Zorra Total. Cria o bordão Vem Cá. Te Conheço? que cai na boca do povo. Em seguida começa a trabalhar como atriz de novelas, como em Mulheres Apaixonadas (2003), como Cecília; Beleza Pura (2008), como Suzy; e Caras e Bocas (2009), como Lili. Participa dos seriados A Diarista (2004), como Socorro; Minha Nada Mole Vida (2007), como Silvana; e Casos e Acasos (2008), como Marina. No teatro, atua nas peças Corações Encaixotados e Os Difamantes. Foi casada com o ator e consultor da Rede Globo Bernardo Jablonski, com quem tem dois filhos, João e Bruno. Filmografia: 2003 – Um Show de Verão; 2006 – Xuxa Gêmeas; 2007 – Sexo com Amor?; Os Porralokinhas; 2010 – O Diário de Tati. GUÉRON, ISABEL Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de junho de 1975. Seu primeiro trabalho foi aos quinze anos, um espetáculo infantil no Teatro da UFF – Universidade Federal Fluminense, em Niterói, RJ, quando decide ser atriz. Forma-se na Faculdade de Teatro da Uni-Rio depois estuda na Casa das Artes Laranjeiras – CAL. Faz bastante publicidade até estrear na televisão em 1995, na novela Explode Coração, como Ivanka. No cinema, sua primeira experiência foi em 1999 como dublê de Fernanda Torres em Gêmeas. Estreia como atriz em 2001, no filme Buffo & Spallanzani, em elogiada atuação que lhe rende o Kikito de melhor atriz no Festi val de Gramado. Nesse mesmo ano participa da peça Depois da Chuva, de Sergi Belbel, direção de Thierry Tremouroux. Na minissérie Um só Coração interpreta Vida Alves. Está casada desde 1996 com o músico Rodrigo Maranhão Filmografia: 1999 – Gêmeas (dublê de Fernanda Torres); 2001 – Buffo & Spallanzani; O Xangô de Baker Street; 2003 – Clandestinidade (CM); 2006 – Sapatos Brancos (CM); 2007 – Sambando nas Brasas, Morô?; Cleópatra. GUERRA, CASTOR Castor José Guerra nasceu em São Paulo, SP. Filho de operário, não tem intenção de ser ator. Quer ser médico ou jogador de futebol. Na adolescência, sua namorada, que faz teatro, leva-o para um teste e ele inicia aí sua carreira de ator, em peças como A Raposa e as Uvas. Na TV Tupi, entra como free-lance nas novelas Camomila e Bem me Quer e Na Hora do Lobo. Em 1971 estreia no cinema no curta Um Certo Primeiro de Abril. Em 1971, é fi gurante no filme O Grande Xerife, ao lado de Mazzaropi. Daí para a frente não para mais, chegando a atuar em mais de 30 produções, com destaque para O Dia das Profissionais (1976), No Tempo dos Trogloditas (1979) e Homens sem Terra (1997). Na televisão, participa, entre outras, das novelas O Semideus e Os Ossos do Barão, ambas de 1973, e do caso especial Festa de Ilusão, ao lado de Edson França, seguindo-se alguns comerciais. Por não atuar no gênero sexo explícito, predominante na década de 1980, fica desempregado por cinco anos (1990/1995). Muito preocupado com a situação do ator brasileiro, participa de vários movimentos em prol da regulamentação da profi ssão, o que ocorre em 1979. Na década de 1990 foi um dos líderes do Projeto Brasil, que previa a construção de salas exclusivas para exibição de fi lmes nacionais e outras atividades artísticas, mas esbarrou na liberação de verbas para viabilização do projeto. No teatro, em 4 de maio de 2009, parti cipa do espetáculo Dia do Humanismo, encenado em praça no centro de São Paulo. Filmografia: 1971 – O Grande Xerife; 1972 – Um Pistoleiro Chamado Caviúna; 1972 – Gringo, o Últi mo Matador (O Matador Eróti co); 1973 – Sob o Domínio do Sexo; 1974 – O Exorcista de Mulheres; O Pica-Pau Amarelo; 1975 – A Filha do Padre; 1976 – A Noite das Fêmeas (Ensaio Geral); O Dia das Profissionais; O Dia em que o Santo Pecou; Traídas pelo Desejo; Torturadas pelo Sexo; 1978 – Fugiti vas Insaciáveis; Os Violentadores; Pecado sem Nome; 1979 – Histórias que Nossas Babás não Contavam; O Caçador de Esmeraldas; Paixão de Sertanejo; No Tempo dos Trogloditas (Quando as Mulheres Tinham Rabo); Essas Deliciosas Mulheres; 1980 – Diário de uma Prosti tuta; Joelma, 23º Andar; 1981 – O Fotógrafo; As Prostitutas do Doutor Alberto (Prisão de Mães Solteiras); A Reencarnação do Sexo; 1982 – O Prazer do Sexo; 1986 – Dr. Frank na Clínica das Taras; Devassos e Burgueses; 1987 – Gemidos e Sussurros; 1988 – Perseguidores Insaciáveis; Jeitinho à Brasileira; 1989 – Me Leva pra Cama (Perdidos nas Quebradas da Noite); 1996 – Urubuzão Humano; 1997 – Homens sem Terra; 1998 – O Regenerado; 2001 – Amor Imortal; 2002 – Conflitos de Família; Gerações em Confl ito; 2003 – A Professora; Agenda Negra; 2007 – Vadão Rei da Noite; 2009 – Um Espírito Amigo; 2010 – Casamento Brasileiro. GUERRA, DANDARA Nasceu no Rio de Janeiro, em 10 de outubro de 1983. É filha do cineasta Ruy Guerra e da atriz Cláudia Ohana. Estudou na Universidade Gama Filho. Depois estudou teatro no Tablado de Maria Clara Machado e na Casa da Gávea. Em 1995 inicia sua carreira na televisão no seriado Malhação. Depois parti cipa da minissérie Aquarela do Brasil (2000). Estreia no cinema em 1997 no filme Guerra de Canudos. Ivan Lins e Francisco Bosco escrevem a canção Dandara, em seu tributo, em 2005. Está casada desde 2002 com o músico Rafael Rocha, com quem tem um fi lho, Martim, nascido em 2005. Filmografia: 1997 – Guerra de Canudos; 1998 – Traição; Estorvo (Brasil/Cuba/ Portugal); 2006 – 1972; 2009 – Vozes (como ela mesma); 2010 – 5x Favela, Agora por nós Mesmos. GUERRA, RUY Ruy Alexandre Guerra Coelho Pereira nasceu em Lourenço Marques, Moçambique, em 22 de agosto de 1931. Aos dezenove anos vai para Portugal e, a seguir, Paris, onde cursa o IDHEC, entre 1952 e 1954, com especialização em direção, montagem e produção. Inicia carreira cinematográfica como assistente de câmera, fotógrafo de pequenos documentários e assistente de direção de Crianças sem Destino, de Jean Dellanoy, em 1955, e Tudo ou Nada, de Patrice Dally, em 1960. Radicado no Brasil em 1958, vem com o filme S.O.S. Noronha, de George Rouquier, de 1957. Em 1961 filma Os Cafajestes e se destaca em todo o País. Arti sta itinerante, realiza trabalhos na França e em Portugal. No Brasil, faz outros trabalhos importantes como Os Fuzis (1963) e Kuarup (1988). Como ator, participa de vários fi lmes, entre eles O Homem das Estrelas (Le Maítre du Temps) (França/Brasil) (1971) e A Queda (1977). Foi casado com as atrizes Leila Diniz entre 1965 e 1971, com quem teve uma filha, Janaína Diniz Guerra, nascida em 1971; e depois Cláudia Ohana, entre 1981 e 1984, com quem teve uma filha, Dandara Guerra. Suas filhas também são atrizes. Filmografia (ator): 1956 – S.O.S. Noronha (França/Itália/Alemanha); 1961 – Cavalo de Oxumaré (inacabado); 1962 – Os Mendigos; 1971 – O Homem das Estrelas (Le Maítre du Temps) (França/Brasil); Aguirre, a Cólera de Deus (Aguirre, der Zorn Gottes) (Alemanha); 1973 – Benito Cereno; Os Sóis da Ilha de Páscoa (Les Soleils de Ille de Pâques) (França/Brasil/Chile); 1977 – A Queda; 1985 – Nifrapo (CM); 1997 – Posta Restante (CM); 1999 – Retrato de um Artista com um 38 na Mão (CM); 2005 – A Casa de Areia; 2010 – 5x Favela, Agora por nós Mesmos. Filmografia (diretor): 1954 – Quand le Soleil Dort (CM) (França); 1960 – Orós (CM) (inacabado); 1961 – Cavalo de Oxumaré (inacabado); 1962 – Os Cafajestes; 1964 – Os Fuzis; 1966 – Música Popular Brasileira (CM); 1969 – Ternos Caçadores (Doux Chasseurs) (França/Panamá/Brasil); 1970 – Os Deuses e os Mortos; 1976 – A Queda; 1980 – Mueda, Memória e Massacre (Moçambique); 1981 – A Carta Roubada (CM) (Portugal); 1983 – Eréndira (França/México/Alemanha); 1985 – Ópera do Malandro (Brasil/França); 1987 – A Fábula da Bela Palomera (La Fabula de la Bella Palomera) (Brasil/Espanha); 1989 – Kuarup; 1992 – Me Alquilo Para Somar (minissérie TV) (Cuba/Espanha); 1998 – Estorvo (Brasil/Cuba/Portugal); 2000 – Monsanto (TV) (Portugal); 2004 – Portugal S/A (Portugal); 2005 – O Veneno da Madrugada (Brasil/Argenti na/Portugal). GUERREIRO, JOSEF Começa sua carreira artística no teatro. No TBC, faz sucesso com a peça Adolescência, depois Anjo de Pedra e Serviço Completo. Estreia no cinema em 1952 no filme A Beleza do Diabo. Com quase vinte filmes no curriculo, destacam-se a Morte em Três Tempos (1963) e O Fraco do Sexo Forte (1975). Filmografia: 1952 – A Beleza do Diabo; Appassionata; 1953 – Esquina da Ilusão; 1954 – Na Senda do Crime; 1963 – Porto das Caixas; 1964 – Morte em Três Tempos; 1966 – A Derrota; 1967 – A Derrota; Proezas de Satanás, na Vila do Leva-e-Traz; 1968 – O Bravo Guerreiro; 1970 – Memórias de um Gigolô; Pedro Diabo Ama Rosa Meia-Noite; 1971 – A Casa Assassinada; 1972 – São Bernardo; 1973 – Vai Trabalhar, Vagabundo; 1975 – O Fraco do Sexo Forte; Ipanema, Adeus. GUGU Antonio Augusto Moraes Liberato nasceu em São Paulo, SP, em 10 de abril de 1959. Pensa em ser dentista, mas desiste e vai estudar Jornalismo, chegando a formar-se. Quer ser correspondente internacional. Em 1974 trabalha como entregador de cartas quando conhece Sílvio Santos, que, percebendo seu talento, lhe dá oportunidade como apresentador, consagrando-se comum dos melhores da atualidade. Estreia no cinema em 1984 no filme Padre Pedro e a Revolta das Crianças. Participa de vários filmes, na maioria com Os Trapalhões, entre eles Os Fantasmas Trapalhões (1987) e Uma Escola Atrapalhada (1990). Em 1997 inaugura o Parque do Gugu. Desde 2001 apresenta o programa Domingo Legal, pelo SBT. Bem-sucedido, tudo o que faz dá certo, graças ao seu talento, caráter e força de trabalho. Tem dois filhos com Rose Miriam Di Matteo, José Augusto (2001) e Sofi a (2003). Em 2009, depois de muitos anos no SBT, transfere-se para a TV Record, numa milionária transação. Filmografia: 1984 – Padre Pedro e a Revolta das Crianças; 1987 – Os Fantasmas Trapalhões; 1988 – O Casamento dos Trapalhões; 1989 – Os Trapalhões na Terra dos Monstros; 1990 – Uma Escola Atrapalhada; 1997 – O Noviço Rebelde; 2001 – Xuxa e os Duendes. GUIDA, PASCOAL Nasceu em Cachoeira de Macacu, RJ. Começa sua carreira artística fazendo comerciais, fotonovelas e figuração em televisão, quando consegue uma ponta no programa Teatrinho Trol, pela TV Tupi do Rio de Janeiro. Durante três anos participa da novela cultural João da Silva pela TV Educativa. No teatro participa das peças Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freire, e O Capitão e a Cabra, de Luiz Maranhos Filho. Estreia no cinema no ano de 1968 em Maria Bonita, Rainha do Cangaço e desenvolve regular carreira, em fi lmes como No Paraíso das Solteironas (1968) e Pedro Bó, o Caçador de Cangaceiros (1975). Filmografia: 1968 – Maria Bonita, Rainha do Cangaço; No Paraíso das Solteironas; 1969 – Sete Homens Vivos ou Mortos; 1972 – Condenadas pelo Sexo; 1973 – Com a Cama na Cabeça; 1974 – Karla, Sedenta de Amor; Mais ou Menos Virgem; O Azarento – Um Homem de Sorte; 1975 – As Audaciosas; O Leão do Norte; 1977 – Pedro Bó, o Caçador de Cangaceiros. GUIMARÃES, AUGUSTA Ilydia de Freitas nasceu em Luanda, Angola, África. Muito jovem muda-se para a Ilha da Madeira e em seguida para o Brasil. Aos 22 anos acompanha uma amiga no ensaio de uma peça e é convidada a integrar a companhia. Estreia na peça Mulato do Cinema, escondida dos pais, que não querem que siga a carreira artísti ca. Quando seu pai descobre, expulsa-a de casa. Sem outra opção, abraça a carreira com todas as forças e progride rapidamente, principalmente como atriz cômica. Estreia no cinema em 1930 em Lábios sem Beijos. Faz poucos filmes, dedicando-se mais à carreira teatral. Filmografia: 1930 – Lábios sem Beijos; 1932 – Mulher; Onde a Terra Acaba. GUIMARÃES, CELSO Celso Tinson Foot Hummel Guimarães nasceu em Jundiaí, SP, em 23 de novembro de 1907. Em 1923 forma-se contador, mesma profissão de seu pai, na cidade de Campinas, SP. Seu pai é dono de um cinema em Jundiaí, levando-o a começar a tomar contato com as artes. É fã dos ídolos da época como Pearl White e William S.Hart. Paralelamente ao curso de contabilidade, faz teatro amador, sob a direção do já famoso Rodolfo Mayer. Estuda também jornalismo e passa a ser editor-redator de uma revista editada por ex-alunos salesianos. Em 1931 parti cipa de programas universitários na Rádio Record. Em 1932 estreia como locutor na Rádio Cruzeiro do Sul, passando pela Rádio Educadora e em seguida Rádio Nacional, no Rio de Janeiro, fazendo parte do início de suas atividades, em 12 de setembro de 1936, sendo sua, a primeira voz a aparecer na famosa emissora. Lá, funda e dirige durante algum tempo o Teatro em Casa. Em 1935 estreia no cinema, no filme Fazendo Fita. Participa de clássicos do Cinema Brasileiro como Aves sem Ninho (1941) e Terra Violenta (1948). Depois, dedica-se mais ao rádio, como ator e animador de programas ainda na Nacional. Casa-se com Maria Stella em 1937 e tem três filhos, Vera, Celso e Antonio Luis. Filmografia: 1935 – Fazendo Fita; 1939 – Aves sem Ninho; 1940 – Argila; Asas do Brasil (inacabado); 1943 – Caminho do Céu; O Segredo das Asas; 1947 – Asas do Brasil; Luz dos meus Olhos; 1948 – Terra Violenta; 1956 – A Virgem Aparecida e Milagrosa. GUIMARÃES, CISSA Beatriz Gentil Pinheiro Guimarães nasceu no Rio de Janeiro, em 18 de abril de 1957. Estreia na TV em 1979 no seriado Malu Mulher. Em seguida faz sua primeira novela, Coração Alado (1980). Em 1982 brilha nas telas como Aninha no filme Menino do Rio, ao lado de Evandro Mesquita e André de Biase, um sucesso dirigido por Antonio Calmon e produzido por Luiz Carlos Barreto. De 1987 a 2001 participa do programa Vídeo Show, então apresentado por Miguel Falabella. Atua em vários filmes seguidos mas depois dedica-se mais à televisão, em novelas como Um Sonho a Mais (1985), Gente Fina (1990), Zazá (1997), O Clone (2001), mais recentemente América (2005), como a advogada Nina, num papel que a recoloca de volta ao estrelado, chegando até a posar para a revista Playboy, aos 48 anos de idade, em 2005, e Caminho das Índias (2009), como Ruth. Em 2000 retorna ao cinema, dezessete anos depois, no filme Minha Vida em suas Mãos. No teatro, participa de quase dez peças, com destaque para Férias Conjugais (1987), Dor de Amor (1997) e Monólogos da Vagina (2003). Foi casada com o ator Paulo César Peréio (1940), de 1976 a 1990, com quem teve dois filhos, Thomaz (1978) e João (1983). Com o músico Raul Mascarenhas (1953) teve seu terceiro fi lho, Rafael (1992). De 1997 a 2003 foi casada com o médico João Baptista Figueira de Mello. Com graça e beleza, consolida sua carreira de atriz. Filmografia: 1982 – Menino do Rio; Ao Sul do meu Corpo; Beijo na Boca; 1983 – Bar Esperança; 2000 – Minha Vida em suas Mãos; 2002 – Histórias do Olhar. GUIMARÃES, INGRID Ingrid da Silva Guimarães nasceu em Goiânia, GO, em 5 de julho de 1972. Começa sua carreira no teatro. De 1992 a 1996 participa da série Confissões de Adolescente, como Mariana. Em 1997 faz sua primeira novela, Por Amor. Brilha no teatro – contracenando com Heloísa Perissé – na peça Cócegas e é ao lado de Heloísa que emplaca seu maior sucesso, Sob Nova Direção, a parti r de 2003, semanalmente pela TV Globo. Estreia no cinema em 1998 no filme Alô?, mas brilha mesmo em Avassaladoras (2002). Em 2009 atua no seriado Casos e Acasos, como Camila. Filmografia: 1998 – Alô?; 2002 – Avassaladoras; 2004 – Um Show de Verão; 2005 – Depois Daquele Baile; 2008 – Polaroides Urbanas; 2010 – Sex Delícia. GUIMARÃES, LUIZ FERNANDO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20 de novembro de 1949. Os pais – Yara e Hélio – eram bancários. Por isso, foi criado num condomínio de bancários, em Laranjeiras. Aos 17 anos vai trabalhar num banco, como escriturário. Torna-se ator por acaso, ao substituir um amigo na peça Inspetor Geral, em 1974, no grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, que revela também Regina Casé, Evandro Mesquita e Patrícia Travassos. Estreia no cinema em 1976 no filme Ibrahim do Subúrbio, ainda como apenas Luiz Fernando. Até 1984 desenvolve sólida carreira no cinema, em filmes importantes como Bar Esperança (1983) e O que É isso Companheiro? (1997). Na televisão, fica conhecido na década de 1980 nos comerciais da Caixa Econômica Federal. Em 1984 estreia na TV Globo no programa Plunct, Plact, Zuuum e em seguida faz sua primeira novela Vereda Tropical. O sucesso absoluto acontece em 1988, Quando participa do humorístico TV Pirata, grande sucesso que dá impulso à sua carreira. Nos anos seguintes brilha na minissérie Decadência (1995), depois nos programas Comédia da Vida Privada (1995/1997), Vida ao Vivo Show (1998), dentro do programa Fantástico, na novela Uga-Uga (2000) e Brava Gente Brasileira (2000). Em 2003 volta a brilhar ao lado de Fernanda Torres no programa Os Normais, que chega ao cinema no mesmo ano na película Os Normais – O Filme. Em 2006 retorna com o programa Minha Nada Mole Vida e depois Dicas de um Sedutor (2008). É um dos grandes humoristas do Brasil. Filmografia: 1976 – Ibrahim do Subúrbio (episódio: Ibrahim do Subúrbio); 1977 – Tudo Bem; 1978 – Heróis (CM); 1979 – A Nelson Rodrigues (CM); 1980 – Teu, Tua (episódio: O Corno Imaginário); Os Sete Gatinhos; 1981 – Engraçadinha; 1982 – Rio Babilônia; 1983 – Bar Esperança, o Último que Fecha; 1985 – Areias Escaldantes; Brás Cubas; 1986 – Garganta (CM); 1988 – O Grande Mentecapto; Dedé Mamata; 1997 – O que É isso Companheiro?; 2002 – O Poço (CM); Os Normais – O Filme; 2009 – Os Normais 2 – A Noite mais Maluca de Todas. GUIMARÃES, MÁRIO Nasceu em São Paulo, SP, em 1912. Começa sua carreira no circo como o palhaço Fazolim. Depois vai para o Rádio América e leva seu personagem, que faz muito sucesso, e depois cria o Zé Caninha no programa Cartório de Protestos. Estreia no cinema em 1961 no fi lme por Um Céu de Liberdade e em 1964 faz sua primeira novela, Folhas ao Vento, pela TV Excelsior. Começa a atuar em inúmeras novelas, até que, em 1966, tem seu grande momento, como o Seu Onofre, chefe da Estação Ferroviária, que costurava as fofocas com D. Marocas (Aparecida Baxter). O sucesso foi tão grande que depois da novela o ator recebe o título de Chefe Honorário da Estrada de Ferro Sorocabana. Com o fechamento da TV Excelsior vai para a TV Globo parti cipar de Meu Pedacinho de Chão (1971), depois pela Record: O Tempo não Apaga (1972) e Vidas Marcadas (1973) e por fim Soroco, sua Mãe, sua Filha (1975), pela TV Cultura. Em 1988, retorna ao cinema para participar da produção americana filmada no Brasil Luar sobre Parador. Morre em 1989, em São Paulo, aos 77 anos de idade. Filmografia: 1961 – Por um Céu de Liberdade; 1970 – Mágoas de Caboclo; 1974 – O Poderoso Machão; 1988 – Luar sobre Parador (Moon Over Parador) (EUA). GUINDANE, SÍLVIO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de setembro de 1983. Sua carreira artística começa em 1996, quando ganha o papel de Japa, no filme Como Nascem os Anjos, de Murilo Salles, e logo de cara é premiado nos festivais de Gramado e Brasília. Na televisão, estreia em 1998 na série A Turma do Pererê, depois Andando nas Nuvens, O Clone (2001) e América (2005), sempre pela TV Globo. Na Record parti cipa de Vidas Opostas, entre 20062007, como Cicio. Mas é no cinema que se destaca, em atuações exuberantes como no curta Rota de Colisão, em 1999, e, mais recentemente, De Passagem (2003), O Maior Amor do Mundo (2006) e Podecrer! (2007). É um grande ator da nova geração de brasileira, com grande destaque nos últimos anos. Em 2009 Sílvio estreia como autor e diretor de teatro, na peça Após a Chuva, apresentado no teatro Solar de Botafogo, no Rio de Janeiro, pela Cia. de Dramaturgia Carioca, tendo no elenco Antonio Pitanga e Ana Paula Tabalipa. Filmografia: 1996 – Como Nascem os Anjos; 1997 – For All, o Trampolim da Vitória; 1999 – Rota de Colisão (CM); Orfeu; 2000 – Gurufim na Mangueira (CM); 2002 – Seja o que Deus Quiser; 2003 – De Passagem; 2004 – A Cartomante; 2005 – Quanto Vale ou é por Quilo?; 2006 – O Maior Amor do Mundo; O Passageiro – Segredos de Adulto; 2007 – Podecrer!; 2008 – Domingo de Páscoa (CM); Alucinados (Sequestro Relâmpago); 2010 – Sonhos Roubados; Bróder; 5x Favela, Agora por nós Mesmos. GUINLE, GUILHERMINA Nasceu em São Paulo, SP, em 26 de agosto de 1974. Descendente da tradicional família Guinle do Rio de Janeiro, estreia na televisão em 1996 na novela Antonio Alves, Taxista, pelo SBT. Pela TV Manchete faz Brida, em 1998. Estreia na TV Globo em 2003 em Mulheres Apaixonadas, seguindo-se A Lua me Disse (2005), a minissérie JK, como Maggie Sampaio, Paraíso Tropical (2007), como Alice e Casos e Acasos (2008), no papel de Luiza. No cinema, seu primeiro fi lme é Inesquecível, em 2007. Bela e talentosa, destaca-se em todos os seus trabalhos. Foi casada com o cantor Fábio Jr. (1992/1997) e com o ator José Wilker (2000/2007). Filmografi a: 2007 – Inesquecível; 2008 – Sexo com Amor?; 2009 – Predileção (CM); 2010 – O Inventor de Sonhos. GUIZÉ, SÉRGIO É formado em Educação Artística na FATEA e atualmente cursa a Faculdade Paulista de Artes. No teatro, participa das peças Lisistrata, A Capital Federal, Esperando Godot, Um Grito Parado no Ar, De Profundis, etc. Estreia na televisão em 2004 na novela Da Cor do Pecado, no papel de Guilherme, e no cinema em 2009 no filme Os Inquilinos, direção de Sérgio Bianchi. Filmografia: 2009 – Os Inquilinos; Quanto Dura o Amor? (Condomínio Jaqueline). GURGEL, GAO Odmar de Amaral Gurgel nasceu em Salto, SP, em 12 de fevereiro de 1909. Radica-se no Rio de Janeiro e torna-se um dos grandes pianistas do Brasil. Na década de 1930 forma a Orquestra Gao Gurgel e parti cipa de shows e fi lmes, como Coisas Nossas (1931) e Fazendo Fita (1935). Muito requisitado, brilha nas décadas de 1930/1940. A partir da década de 1960, com o advento da televisão e de movimentos musicais como a Jovem Guarda, diminui o ritmo de suas apresentações. Filmografia: 1931 – Coisas Nossas; Mágoa Sertaneja; 1935 – Fazendo Fita; 1936 – O Jovem Tataravô; 1938 – Futebol em Família; 1946 – Fantasma por Acaso. GUSMÃO, MÁRIO Nasceu na Bahia, em 1928. Um dos atores preferidos de Glauber Rocha, estreia no cinema em 1964, no filme Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha, e desenvolve regular carreira, em outros como Pindorama (1972) e Estranho Desejo (1983). Na televisão, atua nas novelas Maria, Maria (1978), Dona Beija (1986) e Tieta do Agreste (1996) e nas minisséries Tenda dos Milagres (1985) e O Pagador de Promessas (1988). No teatro, atua em quase 30 peças. Morre de câncer, em 20 de novembro de 1996, em Salvador, aos 68 anos de idade. Filmografia: 1964 – Deus e o Diabo na Terra do Sol; O Caipora; 1969 – O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (Brasil/França/Alemanha); 1970 – O Cangaçeiro (Espanha/Itália); 1972 – O Anjo Negro; Pindorama; 1976 – Dona Flor e seus dois Maridos; 1977 – Antonio Conselheiro e a Guerra dos Pelados; 1980 – Vai à Luta; A Idade da Terra; 1983 – Estranho Desejo; 1985 – Chico Rei; 1987 – Jubiabá (Brasil/França). GUY, ORLANDO Estreia como ator em 1949 no filme Dominó Negro. Além de ator, também é produtor e diretor assistente de vários filmes. Filmografia: 1949 – Dominó Negro; A Mulher de Longe; 1950 – O Pecado de Nina; 1953 – Com a Mão na Massa; 1956 – Com Água na Boca; 1957 – Pega Ladrão; Boca de Ouro; 1958 – A Mulher de Fogo (Mujeres de Fuego) (México/ Brasil); Amor para Três; Matemática Zero, Amor Dez; Meus Amores no Rio (Mis Amores en Río) (Brasil/Argenti na); 1961 – Quero Morrer no Carnaval (Quiero Morir en Carnaval) (México/Brasil); 1963 – O Quinto Poder; O Rei Pelé; 1966 – Essa Gatinha é Minha. GUZZI, XISTO Nasceu em Franca, SP, em 23 de junho de 1909. Filho de imigrantes italianos, tem como amigo de infância Vicente Leporace, que o leva a participar de um concurso para locutor de rádio. Os dois vão para Santos trabalhar juntos em cafés e cassinos. Xisto também é humorista na Rádio Atlântica de Santos. Já em São Paulo, participa da Caravana da Alegria, com Paulo Leblon e Caldeira Filho. É contratado então pelas Emissoras Associadas, onde trabalha por quarenta anos como locutor, radioator e humorista. Produz o programa Marmelândia, escrito por Max Nunes, e faz sucesso na Escolinha do Ciccilo, onde interpreta Mr.Polish, um americano. Com a chegada da televisão, não demora a fazer teleteatros e novelas. Estreia em 1954 em Sangue na Terra, como o delegado, depois parti cipa dos TV Teatro, TV Comédia e TV Vanguarda. Atua nas novelas A Noite Eterna (1962), O Segredo de Laura (1964), A Outra (1965), Antonio Maria (1968), Nino, o Italianinho (1969), A Fábrica (1971), etc., todas pela TV Tupi e quase sempre interpretando médicos ou empresários. Em 1974 aposenta-se e vai morar no Rio de Janeiro. Casado com D.Lila, teve três filhos, Ubirajara, Ubiratan e Jussara. Morre em 1994, aos 83 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1956 – O Sobrado; 1962 – O Rei Pelé; 1964 – Imitando o Sol (O Homem das Encrencas); 1965 – Quatro Brasileiros em Paris; 1968 – O Pequeno Mundo de Marcos; 1971 – Diabólicos Herdeiros. GUZZO, VALENTINO Nasceu em 26 de março de 1936. Começa sua carreira nos anos 1950, como produtor de televisão, cantor, compositor e humorista. Em 1957 estreia no cinema no filme Absolutamente Certo, de Anselmo Duarte, como um dos capangas comandados por Aurélio Teixeira. Nos anos 1980 cria o personagem Vovó Mafalda e faz sucesso na televisão de Sílvio Santos, no programa do palhaço Bozo. Guzzo foi produtor do Programa de Calouros, Bibi Ferreira e Programa do Ratinho, no qual era um show à parte apresentando o quadro Um Minuto para Ficar Famoso. Como Vovó Mafalda apresenta os programas Do-Ré-Mi e Sessão Desenho, sendo de sua autoria a música Domingo no Parque, com o bordão hoje é domingo, que dia tão lindo, o sol veio nos esperar, a praça sorrindo, as flores se abrindo, é proibido chorar… Nos últimos tempos estava trabalhando na TV Record. Alegre e brincalhão, morre em 8 de dezembro de 1998, aos 62 anos de idade, de enfarte fulminante, em São Paulo. Casado com D.Cleusa, é pai de duas meninas, a cantora Bete Guzzo e a diretora Vanessa Guzzo. Filmografia: 1957 – Absolutamente Certo; Uma Certa Lucrécia; 1961/1962 – O Suspeito (episódio da série Vigilante Rodoviário); 1966 – As Amorosas; 1969 – O Mistério do Taurus 38 (episódio: O Suspeito); 1976 – Ninguém Segura essas Mulheres (episódio: O Furo). H HAAGENSEN, JONATHAN Jonathan Sirney Haagensen Cerqueira nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23 de fevereiro de 1983. Descendente de noruegueses. Com 14 anos de idade vai estudar no grupo de teatro Nós No Morro, dirigido por Guti Fraga. Estreia no cinema em 2002 no filme Cidade de Deus e na televisão em 2003 na série Cidade dos Homens, pela TV Globo, seguindo-se Da Cor do Pecado (2004), A Diarista (2004) (um episódio) e Paraíso Tropical (2007). No teatro, participa de sete peças, com destaque para Juiz de Paz na Roça (2003). Em 2003 foi o primeiro garoto-propaganda da NBA na América Latina e desfila para a TNG no Fashion Rio. Já como modelo profissional, em 2004 faz um ensaio fotográfico da grife Dolce & Gabbana na revista Visionare. É irmão do ator Phellipe Haagensen. Filmografia: 2000 – É o Bicho (CM); 2001 – Dadá (CM); Palace II (CM); 2002 – Cidade de Deus; Seja o que Deus Quiser; 2004 – Diabo a Quatro; 2005 – Comprometendo a Atuação (CM); Favela Rising (EUA/Brasil) (depoimento); 2006 – Noel, o Poeta da Vila; Meu Guri (CM); 2007 – Cidade dos Homens; Vendedores (CM); 2009 – Embarque Imediato; 2010 – Bróder. HAAGENSEN, PHELIPPE Nasceu no Rio de Janeiro, em 1984. Descendente de noruegueses, estreia no cinema em 2000 no curta É o Bicho. No ano seguinte surge a oportunidade de participar de outro curta, Palace II, de João Moreira Salles, e tudo começa a acontecer. Em 2002 é o Bené de Cidade de Deus. Estreia na televisão em 2000 como o Madrugadão de Brava Gente, mesmo personagem do Palace. Pela TV Record atua em Vidas Opostas (2007). De volta à Globo, participa da série Casos e Acasos (2008). No cinema, atua em algumas coproduções como Sonhos de Peixe (2006) e Plasti c City (2008). Casado, tem uma filha chamada Júlia. Filmografia: 2000 – É o Bicho (CM); 2001 – Palace II (CM); 2002 – Cidade de Deus; 2004 – Irmãos de Fé; 2006 – Sonhos de Peixe (Fish Dream); (EUA/Brasil/ Rússia); 2008 – Máncora (Espanha/Peru); Plasti c City (Dangkou) (Brasil/China/ Japão). HAIUT, GERMANO Nasceu em Recife, PE, em 1938. De origem judaica, é empreendedor desde menino no ramo da moda, pois teve que assumir os negócios do pai, que morreu muito cedo. Sua carreira artística sempre correu paralelamente aos seus negócios, faz porque gosta, por paixão mesmo. Adolescente, parti cipa de grupos de teatro amador como o Teatro Judaico Idish, o Teatro do Estudante Israelita de Pernambuco e movimentos culturais dentro da comunidade judaica do Recife, como o Hashomer Hatzair – movimento juvenil sionista ligado ao Mapam, parti do de esquerda em Israel. Sua primeira peça é Os Condenados, de Graça Mello. Nos anos 1960 integra o TPN – Teatro Popular do Nordeste. Sempre alternando-se entre seus negócios e o teatro, Haiut atua em dezenas de peças, quase sempre me sua cidade, Recife. Estreia no cinema em 1978 no filme Batalha dos Guararapes. Em 2006 Cao Hamburger o contrata para interpretar o velho judeu Shlomo, no filme O Ano em que meus Pais Saíram de Férias, um senhor solitário que vê sua vida mudar completamente quando um menino é praticamente abandonado pelos pais. Esse papel o torna conhecido em todo o Brasil. No ano seguinte estreia na televisão, na minissérie A Pedra do Reino, como Edmundo Swendson. Em 2010 está nas telas em dois filmes Reflexões de um Liquidifi cador e Quincas Berro d’Água. Filmografia: 1978 – Batalha dos Guararapes; 1983 – Parahyba Mulher Macho; 1996 – 50 E Cênicos Anos do Teatro – Geninha da Rosa Borges (MM); 1997 – Baile Perfumado; 1998 – Clandesti na Felicidade (CM); 2006 – O Ano em que meus Pais Saíram de Férias; 2009 – Rosa e Benjamin (CM); 2010 – Refl exões de um Liquidificador; Quincas Berro d’Água. HANSEN, KATE Nasceu em São Paulo, SP, em 13 de agosto de 1952. Com apenas 17 anos, estreia na televisão, na novela Superplá, em 1969, pela TV Tupi. No início dos anos 1970 faz sucesso nas novelas Ovelha Negra (1975), A Viagem (1973) e Os Apóstolos de Judas (1976). Depois O Todo Poderoso (1979), Maria Stuart (1982) e Razão de Viver (1983). Em 1984 faz sua única novela pela TV Globo, Transas e Caretas. Em 1991 faz sua última aparição, na minissérie O Portador. Estreia no cinema em 1972 no filme As Deusas, de Walter Hugo Khouri, participando, entre outros, de Independência ou Morte (1972), talvez seu maior momento, O Desejo (1975) e Eros, o Deus do Amor (1981). Nos últimos 15 anos esteve afastada de suas ati vidades artísticas, mas, depois de 26 anos, retorna ao cinema para participar do curta-metragem A Volta do Regresso, em 2007. Filmografia: 1972 – As Deusas; O Grito (CM); Independência ou Morte; Maridos em Férias (O Mês das Cigarras); Os Machões; 1975 – O Desejo; As Secretárias que Fazem de Tudo; 1976 – Aleluia Gretchen; A Noite das Fêmeas (Ensaio Geral); 1977 – O Mártir da Independência; Excitação; 1978 – Mulher Desejada; 1981 – Eros, o Deus do Amor; 2007 – A Volta do Regresso (CM). HARTMANN, ELISABETH Elisabeth Anna Hartmann nasceu em Porto Alegre, RS, em 3 de abril de 1939. Adolescente, quer ser atriz e matricula-se na Escola de Arte Dramática. Com a conclusão do curso, participa do Teatro Experimental de Porto Alegre. Estreia no Teatro São Pedro, na peça Seis Personagens à Procura de um Autor, de Pirandello. Faz muitas peças, antes de decidir mudar-se para São Paulo, em busca de novas perspecti vas profissionais. Na capital paulista, começa a trabalhar como manequim, pois seu corpo e altura de 1,71m lhe dão uma perfeita silhueta para tal. Trabalha para os esti listas Denner e Clodovil. Nessa época recebe convite de Walter Hugo Khouri para fazer parte do cast do filme A Ilha, em 1963, sua estreia no cinema. Em 1965 faz sua primeira novela, A Outra, pela TV Tupi. Alterna sua carreira entre cinema e televisão. Participa de fases importantes da teledramaturgia brasileira, em novelas como A Fábrica (1971), Meu Rico português (1975), Olhai os Lírios do Campo (1980), Braço de Ferro (1983), A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990) e Razão de Viver (1996), quase sempre à margem da TV Globo, a qual faz poucas e esporádicas aparições. Muito bela e competente, é muito requisitada no cinema, fazendo com que participe de outros fi lmes como O Jeca e a Freira (1967), Palácio de Vênus (1979) e Amélia, Mulher de Verdade (1981). É uma das atrizes preferidas de Mazzaropi, tendo feito muitos fi lmes com o famoso cômico. Em 2002 retorna á televisão, pelo SBT, para participar das novelas A Pequena Travessa (2002), como Edna; Amigas e Rivais (2007), como Madre Ester. Pela TV Bandeirantes atua em Água na Boca (2008), como Madre Cristina. Em 2008 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Elisabeth Hartmann – A Sarah dos Pampas, de autoria de Reinaldo Braga. Filmografia: 1963 – A Ilha; 1965 – O Puritano da Rua Augusta; 1967 – O Jeca e a Freira; Férias no Sul; 1968 – No Paraíso das Solteironas; 1969 – Uma Pistola para Djeca; 1971 – Diabólicos Herdeiros; 1973 – Portugal... Minha Saudade; Os Garotos Virgens de Ipanema (Purinhas do Guarujá); 1974 – Macho e Fêmea; 1976 – A Noite das Fêmeas (Ensaio Geral); Senhora; 1977 – Jecão... Um Fofoqueiro no Céu; Internato de Meninas Virgens; 1978 – Mulher Desejada; Jeca e seu Filho Preto; 1979 – A Força dos Sentidos; Os Imorais; Os Rapazes da Difícil Vida Fácil; 1980 – Palácio de Vênus; Herança dos Devassos; 1981 – Amélia, Mulher de Verdade; 1982 – Curral de Mulheres; 1983 – Sacanagem (episódio: Gatas no Cio); 1992 – O Fazedor de Fitas Inacabadas (CM). HASSUM, LEANDRO Leandro Hassum Moreira nasceu em Niterói, RJ, em 26 de setembro de 1973. Criado na Ilha do Governador, inicia sua carreira no Tablado de Maria Clara Machado, atuando na última peça dirigida pela famosa diretora, Pluft, o Fantasminha. Estreia na televisão em 1998 numa pequena ponta na novela Pecado Capital, pela TV Globo. Com grande talento para a comédia, especializa-se em Stand Up Comedy, tornando-se um dos melhores do Brasil em peças como Nós na Fita e Lente de Aumento. Estreia no cinema em 2003 no filme Xuxa Abracadabra. Em parceria com Marcius Melhem, apresenta o programa Os Cara de Pau, em 2006, como o personagem Jorginho. Atua em várias séries e humorísti cos como Zorra Total (desde 2000), A Grande Família (2003) e Malhação (2009/2010). Filmografia: 2003 – Xuxa Abracadabra; 2004 – Tainá 2 – A Aventura Continua; Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida; 2006 – Se eu Fosse Você; Irma Vap – O Retorno; No Meio da Rua; Muito Gelo e dois Dedos d’Água; Xuxa Gêmeas; 2007 – Meteoro; O Tablado de Maria Clara Machado (depoimento); 2008 – O Supercão (Bolt) (EUA) (dubla a voz de Rhino); 2009 – Xuxa e o Mistério da Feiurinha. HATHEYER, PEDRO PAULO Nasceu em São Paulo, SP, em 1º de fevereiro de 1931. Ainda estudante, faz teatro amador. Atua como cinegrafi sta profissional e depois produtor de documentários, que são exibidos na televisão. Rubem Biáfora convida-o para participar, como ator, no filme Ravina, em 1958, sua estreia no cinema. Seguem-se, entre tantos, A Casa das Tentações (1977) e Amor, Estranho Amor (1982). Paralelamente à carreira de ator, trabalha como produtor de comerciais, correspondente de redes de TV no exterior e narrador. Atua em uma única novela, Confl ito, em 1963. Seu último fi lme é Forever, de 1991, direção de Walter Hugo Khouri. Filmografia: 1958 – Ravina; 1959 – Cidade Ameaçada; Mistério da Ilha de Vênus (Macumba Love) (Brasil/EUA); Moral dm Concordata; 1961 – A Moça do Quarto 13 (Girl in Room 13) (Brasil/EUA); 1962 – Em Terras do Fim do Mundo (narração); Investir para Progredir (CM) (narração); 1963 – Noites Quentes de Copacabana (Mord in Rio) (Brasil/Alemanha); 1964 – Convite ao Pecado (Brasil/ Alemanha); Bienal 63 (CM) (narração); 1966 – Corpo Ardente; Amor na Selva; Mário Gruber (CM) (narração); 1967 – O Quarto; 1970 – Palácio dos Anjos (Le Palais des Anges) (Brasil/França); 1971 – Cordélia Cordélia; Uma Mulher para Sábado; 1975 – A Casa das Tentações; 1982 – Amor Estranho Amor; 1991 – Forever (Per Sempre) (Brasil/Itália). HEINRICH, CLÁUDIO Cláudio Heinrich Meier nasceu no Rio de Janeiro em 20 de novembro de 1972. Em 1988, aos 16 anos de idade, desponta no Xou da Xuxa como Paquito. Estreia no cinema, com uma pequena parti cipação no filme Sonho de Verão, de 1990. Seguem-se outros, quase sempre ao lado de Xuxa, sua madrinha profissional. Na televisão, participa das novelas Malhação (1995), Era uma Vez (1998), Uga-Uga (2000), Brava Gente (2001), Coração de Estudante (2002) e Linha Direta (2004), sempre pela TV Globo. Em 2005 transfere-se para a TV Record e participa das novelas Prova de Amor (2005), Caminhos do Coração (2007) e Os Mutantes (2008). Em 2004 forma-se em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Filmografia: 1990 – Sonho de Verão; 1999 – Xuxa Requebra; 2003 – Xuxa Abracadabra; 2004 – Didi Quer ser Criança. HÉLIO ARY Nasceu em 5 de março de 1930. Estuda teatro na Escola de Formação em Artes Cênicas, fundada em 1955 pela atriz Dulcina de Morais, responsável pela profissionalização de várias gerações de artistas. Estreia na peça Maroquinhas Fru-Fru, em 1961. Depois destaca-se em peças como O Mal Entendido (1961), A Menina e o Vento (1963), A Torre em Concurso (1964), Hamlet (1967), Raimunda, Raimunda (1972), Golpe Sujo (1975), Teu Nome é Mulher (1980), Capital Estrangeiro (1994). No cinema, seu primeiro fi lme é Nudista à Força, em 1966. Atua em muitos outros até estrear na televisão, pela TV Globo, na novela O Capote, sob a direção de Domingos Oliveira, e não para mais, com destacados papéis como o Padre Felício em O Casarão (1976), o Sena de Duas Vidas (1976), o Mello Assunção de O Astro (1977), o Soares de Pai Herói, etc. Brilha por muitos anos também no humorístico Viva o Gordo, ao lado de Jô Soares. Em 2001 faria seu último filme, Xangô de Baker Street e na televisão a minissérie Os Maias. Filmografia: 1966 – Nudista à Força; 1967 – Cara a Cara; 1968 – O Homem Nu; O Homem que Comprou o Mundo; As Sete Faces de um Cafajeste; 1969 – As duas Faces da Moeda; 1972 – A Difícil Vida Fácil; 1976 – Dona Flor e seus Dois Maridos; 1978 – O Gigante da América; 1979 – Amor Bandido; 1985 – Brás Cubas; 1986 – A História de um Olho (CM); 1990 – O Escorpião Escarlate; 1995 – Carlota Joaquina, Princesa do Brazil; 1999 – Mauá – O Imperador e o Rei; 2001 – Xangô de Baker Street. HELOÍSA HELENA Heloísa Helena Almeida Gama de Magalhães nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 28 de outubro de 1917. Em 1934, aos 17 anos, com autorização dos pais, pois era menor de idade, inicia carreira de cantora no rádio, com repertório internacional e cantora de musicais em teatro. Estreia no cinema em 1936 no clássico Alô, Alô, Carnaval, produzido pela Cinédia. Inicia-se, aí, uma das mais duradouras carreiras cinematográficas do Brasil. Em 60 anos, Heloísa atua em muitos filmes, entre eles Luz dos meus Olhos (1947), Samba em Brasília (1960), Independência ou Morte (1972) e Ódio (1977). Nos anos 1950 passa uma temporada estudando e trabalhando em emissoras dos Estados Unidos. Na volta, participa do primeiro teleteatro na TV Tupi. Trabalha ati vamente também em teatro e televisão, como contratada da TV Tupi desde 1951, chegando a apresentar um programa de muito sucesso, chamado Adivinhe o que Ele Faz. É contratada pela TV Globo em 1968, participando de inúmeras novelas e seriados, sendo sua primeira novela Um Gosto Amargo de Festa, de 1969, seguindose, entre outras, Selva de Pedra, de 1972, O Astro, de 1977, Feijão Maravilha (1979), Séti mo Sentido (1982), Roque Santeiro (1985), Araponga, de 1990 e, por últi mo, Você Decide, episódio: A Louca, de 1992. Em outubro de 1997, ao completar 80 anos de idade, é homenageada por Jô Soares, em seu programa Jô Soares Onze e Meia, pelo SBT. Foi casada com Paulo Magalhães, com quem teve duas filhas, Nadja e Laila. Morre em 19 de junho de 1999, aos 81 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1936 – Alô Alô Carnaval; 1937 – Samba da Vida; 1938 – Futebol em Família; Tererê não Resolve; 1939 – Pega Ladrão; 1940 – Céu Azul; 1947 – Luz dos meus Olhos; 1948 – É com este que eu Vou; Terra Violenta; 1952 – É Fogo na Roupa; 1953 – A Carne e o Diabo; 1954 – Marujo por Acaso; O Petróleo é Nos-so; 1955 – Angu de Caroço; Chico Viola não Morreu (Brasil/Argentina); Mãos Sangrentas (Manos Sangrientas) (Brasil/Argenti na); 1956 – Depois eu Conto; Leonora dos Sete Mares; Boca de Ouro; 1959 – O Homem do Sputnik; Matemática Zero, Amor Dez; 1960 – Samba em Brasília; 1968 – Jovens pra Frente; Na Mira do Assassino; 1969 – Rifa-se uma Mulher; 1972 – Independência ou Morte; 1973 – Uma Garota em Maus Lençóis; O Descarte; 1975 – Com as Calças na Mão; 1977 – Ódio; 1979 – A Pantera Nua; 1981 – A Fábrica de Camisinhas. HEMMI, KAZUACHI Nasceu em São Paulo, SP, em 1946. Com nove anos começa a aprender judô. Em 1968 se apresenta na TV Excelsior, nos programas de luta livre, um sucesso na época. Com o fim da moda, faz shows de demonstração por todo o País. Seu fí sico privilegiado de oriental chama a atenção de Rafaelle Rossi, que o convida para uma ponta no filme Pedro Canhoto, o Vingador Erótico, produzido em 1974. A partir dai, é requisitado para alguns papéis no cinema, com relati vo sucesso. Filmografia: 1974 – Pedro Canhoto, o Vingador Erótico; 1975 – A Ilha do Desejo (Paraíso do Sexo); O Poderoso Garanhão; A Gata Devassa. HENFIL Henrique de Souza Filho, nasceu em Nossa Senhora do Ribeirão das Mortes, MG, em 5 de fevereiro de 1944. Em 1962, já colabora com jornais e revistas de Belo Horizonte. Trabalha na revista Alterosas e nos jornais Diário de Minas, Diário da Tarde, Última Hora, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e O Pasquim. Cartunista, seu principal personagem é A Graúna. Seu forte é a charge políti ca. Na televisão, faz o quadro TV Homem, dentro do programa TV Mulher. Em 1987, interpreta e dirige seu único filme, Tanga, Deu no New York Times. Hemofílico, contrai o vírus da AIDS numa transfusão de sangue. Morre em 5 de janeiro de 1988, aos 44 anos. É irmão do sociólogo Betinho, que também morre com a mesma doença em 1997. Filmografia (ator): 1984 – O Evangelho Segundo Teotônio (depoimento); 1987 – Tanga, Deu no New York Times. Filmografia (diretor): 1987 – Tanga, Deu no New York Times. HENREID, ELIZABETH Nasceu em São Paulo, SP, em 28 de agosto de 1928. Desde criança gosta de canto e dança. Adolescente, faz curso de secretariado e em seguida teste no TBC e passa a estudar com nomes consagrados como Ziembinski. Sua estreia acontece na peça Banquete. Transfere-se para a Companhia Nicete Bruno/Paulo Goulart. Estreia no cinema em 1952 no filme Colar de Coral. Na televisão, sua primeira novela é A Muralha, de 1961 e depois Maria Antonieta no mesmo ano. Dedica sua carreira mais ao teatro, mesmo assim, fica afastada da carreira por vários anos, tempo em que de dedica à carreira de corretora de imóveis. Retorna nos anos 1980 na peça Santa Marta Fabril. Participa ainda das novelas Nem Rebeldes, nem Fiéis (1982), Livre para Voar (1984) e Os Ossos do Barão (1997), além de vários comerciais de televisão. Foi casada com o ator Ruy Afonso. Morre em 27 de dezembro de 2006, em São Paulo, aos 78 anos de idade. Filmografia: 1952 – Colar de Coral; 1955 – Três Destinos (inacabado); 1957 – O Pão que o Diabo Amassou. HENRICÃO Henrique Felipe da Costa nasceu em Itapira, SP, em 11 de janeiro de 1908. Sambista famoso em São Paulo, é um dos fundadores de Escolas de Samba na capital. Compositor de sucesso, tem músicas gravadas por grandes nomes da MPB como Carmen Costa, sua esposa na época. É Rei Momo do Carnaval Paulista diversas vezes. Tem 1,85 m de altura e pesa 135 quilos, de simpatia, como dizem os amigos. Sempre sorridente, para ele a vida é só alegria, mesmo passando por dificuldades financeiras em muitos momentos. Faz muito cinema, tendo estreado em 1942, numa ponta no inacabado Its All True, de Orson Welles. Seu melhor papel acontece em Sinhá Moça (1953), como o líder dos escravos. Atua pouco em televisão, mas participa das novelas Direito de Nascer (1978), Os Imigrantes (1981) e Tronco de Ipê (1982). Teve um filho, Carlos (1954). Morre em São Paulo, em 11 de junho de 1984, aos 76 anos de idade, vítima de enfarte. Seu talento, alegria e irreverência permanecerão em nossas memórias. Filmografia: 1942 – Its All True (inacabado); 1944 – Berlim da Batucada; 1949 Almas Adversas; Eu Quero é Movimento; 1952 – Meu Desti no é Pecar; 1953 Sinhá Moça; 1955 – Eva do Brasil; 1956 – A Estrada; Gato de Madame; 1957 Casei-me com um Xavante; O Circo Chegou à Cidade (Toni, o Leiteiro); 1958 Cavalgada da Esperança (Padroeira do Brasil); Uma Certa Lucrécia; Vou te Contá; 1959 – Caminhos que se Cruzam (inacabado); 1960 – Cidade Ameaçada; A Primeira Missa; 1961/1962 – Café Marcado (CM) (episódio da série Vigilante Rodoviário); 1965 – O Puritano da Rua Augusta; 1967 – O Jeca e a Freira; 1969 O Mistério do Taurus 38 (episódio: Café Marcado); 1970 – Betão Ronca Ferro; 1971 – O Macabro Dr. Scivano; 1971/1982 – O Rei da Vela; 1972 – A Marcha; 1972 – Gracias Señor (CM); 1973 – A Mesti ça, a Escrava Indomável; 1978 – O Rei Modesto (CM); Jeca e seu Filho Preto; 1980 – A Filha de Emmanuelle; 1981 – A Insaciável; Volúpia do Prazer; 1982 – As Aventuras de um Paraíba; Rodeio dos Bravos; 1983 – As Panteras Negras do Sexo. HENRIQUES, WILMA Nasceu em Belo Horizonte, MG, em 1939. Inicia sua carreira na extinta TV Itacolomi em 1959 fazendo teleteatros e anúncios publicitários. Em seguida vai para o teatro convencional e não sai mais, contabilizando em sua carreira dezenas de peças como O Macaco da Vizinha, de Joaquim Manoel de Macedo, direção de Carlos Leite; Geração em Revolta, de John Osborn, direção de Rogério Falabela; A Filha da..., de Chico Anysio, direção de Walmir José; Boa-Noite Mãe, de Marsha Norman, direção de Marcos Vogel; Ciranda de Pedra, de Lígia Fagundes Telles, direção de Kalluh Araújo; Velório à Brasileira, de Azis Bajur, direção de Márcio Machado; Quando Você não Está no Céu, de Edmundo de Novaes Gomes, direção de Carlos Gradin, etc. Brilha também como garota-propaganda e apresentadora. Em 1966 apresenta o O Mundo é da Mulher, pela TV Alterosa, e o monólogo Os Sete Palmos do Paraíso, de Roberto Drummond, no programa Contos de Minas, exibido pela Rede Minas de televisão. Como atriz, recebe inúmeros prêmios anos seguidos, tornando-se a mais laureada atriz mineira em todos os tempos. Estreia no cinema em 1967 no filme O Menino e o Vento, de Carlos Hugo Christensen. Durante muitos anos foi diretora de grupos de teatro mantidos pelas unidades do SESIMINAS e desde 1994 é atriz do Grupo Cara de Palco. Em 2002 retorna à TV para parti cipar do especial Palmeira Seca, direção de Breno Milagres, exibido pela Rede Minas de televisão. Em 2002 recebe a Comenda do Mérito Artístico da Fundação Clovis Salgado e a Medalha Santos Dumont de Honra ao Mérito. Em 2009 completa 50 anos de carreira e é considerada a primeira dama do teatro mineiro. Filmografia: 1967 – O Menino e o Vento; 1985 – Ela e os Homens; 2000 – Aleijadinho – Paixão, Glória e Suplício; 2003 – O Vestido; 2004 – Quem não Escuta não Vê a Chuva (CM); 2005 – Vinho de Rosas; A Mulher que Sabia Demais (CM); 2006 – Trem Fantasma (CM). HERBERT, JOHN John Herbert Buckup nasceu em São Paulo, SP, em 17 de maio de 1929. Sonha desde menino com a carreira artística, mas acaba entrando na faculdade de Direito, que não termina, pois começa a trabalhar como ator em teleteatros na Record, a partir de 1952. Na TV Tupi, faz por dez anos (1954/1964) a série Alô Doçura, com Eva Wilma, sua esposa na época. Participa da formação do Teatro de Arena com José Renato e outros. Estreia no cinema em 1953, no filme Uma Pulga na Balança, da Vera Cruz, e não para mais, tornando-se um dos atores mais versáteis do Cinema Brasileiro, com sólida carreira. Destacam-se, em sua longa fi lmografia, Dioguinho (1957), Corisco, o Diabo Loiro (1969) e A Menina do Lado (1987). Em 1975, estreia como diretor em no episódio Cartão de Crédito do filme Cada um Dá o que Tem. Ao todo, dirige cinco filmes. Faz carreira paralela também importante na televisão, atuando em Fatalidade (1965), Revolta dos Anjos (1972), Sheik de Ipanema (1975) e Gaivotas (1979), sempre pela TV Tupi. Em 1980 é contratado pela TV Globo e estreia em Água Viva. Entre tantas outras, destacam-se Vereda Tropical (1984), Que Rei Sou Eu? (1989), Perigosas Peruas (1992), Uga-Uga (2000), Cabocla (2004) e O Profeta (2006), Sete Pecados (2007) e Três Irmãs (2008). No teatro, faz temporada de sucesso em São Paulo com a peça O Jogo da Velha, ao lado de Márcia Real. Dirige apenas uma novela, Cortina de Vidro, em 1989, pelo SBT. Com carreira constante ao longo de mais de cinquenta anos de profissão, é um dos grandes profissionais das artes cênicas brasileiras. Do seu casamento com a atriz Eva Wilma (1955/1976), teve dois fi lhos, Vivien Buckup (1956), também atriz, e John Herbert Jr. (1958). Desde 1978 está casado com Cláudia Librach, com quem também teve dois filhos, Ricardo (1979) e Eduardo (1983). Em 2004 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, pela Coleção Aplauso, lança sua biografia, John Herbert – Um Gentleman no Palco e na Vida, de autoria de Neusa Barbosa. Filmografia (ator): 1953 – Uma Pulga na Balança; 1954 – Candinho; Floradas na Serra; Matar ou Correr; A Outra Face do Homem; O Petróleo é Nosso; Se a Cidade Contasse...; 1957 – Dioguinho; Rio Fantasia; Escravos do Amor das Amazonas (Love Slaves of the Amazon) (EUA); 1958 – Alegria de Viver; E o Espetáculo Continua; A Grande Vedete; 1960 – Maria 38; Por um Céu de Liberdade; 1961 – A Moça do Quarto 13 (Girl in Room 13) (Brasil/EUA); 1962 – Assassinato em Copacabana; 1963 – Gimba, Presidente dos Valentes; 1964 – Copacabana Palace (The Girl Name) (Itália/França/Brasil); Mulher Satânica (Der Satan Mit Den Roten Haaren) (Brasil/Alemanha); Convite ao Pecado (Brasil/Alemanha); 1966 – Toda Donzela Tem um Pai que é uma Fera; As Cariocas (1º episódio); 1967 – O Caso dos Irmãos Naves; 1968 – A Festa do Divino (CM) (narração); Bebel, a Garota-Propaganda; 1969 – Helga e seus Homens (Helga Und Die Männer – Die Sexuelle Revoluti on) (Alemanha); Corisco, o Diabo Loiro; O Cangaceiro Sanguinário; Em Cada Coração um Punhal (episódios: Transplante de Mãe e O Filho da Televisão); 1970 – Palácio dos Anjos (Le Palais des Anges) (Brasil/ França); A Arte de Amar Bem (episódio: A Garçonnière do meu Marido); Cléo e Daniel; 1971 – O Capitão Bandeira contra o Dr. Moura Brasil; 1973 – A Superfêmea; 1974 – As Delícias da Vida; 1975 – Cada um Dá o que Tem (episódio: Cartão de Crédito); O Sexo Mora ao Lado; Assim Era Atlântida; 1976 – Já não se Faz Amor como Anti gamente (episódios: O Noivo e Flor de Lys); O Quarto da Viúva; 1978 – O Bem Dotado – o Homem de Itu; Meus Homens, meus Amores; O Inseto do Amor; A Santa Donzela; 1979 – O Caçador de Esmeraldas; 1980 – Ariella; O Torturador; 1981 – Bacanal; O Gosto do Pecado; 1982 – Deu Veado na Cabeça; Retrato Falado de uma Mulher sem Pudor; Amor de Perversão; Tessa, a Gata; 1983 – As Aventuras de Mário Fofoca; 1984 – Jeitosa, um Assunto Muito Particular; Made In Brazil (episódio: Um Milagre Brasileiro); 1985 – Os Bons Tempos Voltaram – Vamos Gozar Outra Vez (episódio: Sábado Quente); 1986 – As Sete Vampiras; 1987 – A Menina do Lado; 1991 – Forever (Per Sempre) (Brasil/Itália); 1998 – A Hora Mágica; 2003 – Por um Fio; 2005 – Do Mundo não se Leva Nada (CM); 2007 – Onde Andará Dulce Veiga? Filmografia (diretor): 1975 – Cada um Dá o que Tem (episódio: Cartão de Crédito); 1976 – Já não se Faz Amor como Anti gamente (episódio: O Noivo); 1980 – Ariella; 1982 – Tessa, a Gata; 1985 – Os Bons Tempos Voltaram – Vamos Gozar Outra Vez (episódio: Primeiro de Abril). HERFORD, FÁBIO Nasceu em São Paulo, SP. Forma-se em Publicidade e Propaganda. Inicia sua carreira no teatro. Entre outras, atua em Ladrões de Metáforas, direção de Gustavo Kurlat; Alguma Poesia, direção de Elias Andreato; Turistas e Refugiados, direção de Renata Melo; e, principalmente, Tio Vânia, sob a direção de Celso Frateschi. Em 2001 estreia no cinema no filme Bicho de Sete Cabeças e na televisão em 2005 na novela Bang-Bang, pela TV Globo, depois A Diarista (2006), A Grande Família (2007) e Toma Lá, Dá Cá (2008). No cinema, tem interessantes atuações em O Casamento de Romeu e Julieta (2005) e Quanto Dura o Amor? (2009), como Jay, talvez seu melhor momento. Filmografia: 2001 – Bicho de Sete Cabeças; 2003 – Cristi na Quer Casar; Viva Voz; 2004 – Carne (CM); 2005 – O Casamento de Romeu e Julieta; 2006 – Boleiros 2 – Vencedores e Vencidos; 2009 – Quanto Dura o Amor? (Condomínio Jaqueline); Salve Geral. HESSE, PAULO Nasceu em Caçapava, SP, em 1º de abril de 1942. Em 1963 integra o Conjunto Lancaster de Danças Modernas, como bailarino, depois coreógrafo e diretor. A partir de 1966 produz e apresenta shows de humor em boates de São Paulo e estreia no Teatro Municipal com a peça Antígone, de Sófocles. Resolve então seguir a carreira de ator e inscreve-se na EAD – Escola de Arte Dramática da USP, São Paulo, formando-se em 1969. Começa seu trabalho na televisão como assistente de direção e produção das novelas A Grande Mentira e A Cabana do Pai Tomás, pela TV Globo, com David Grimberg e Fábio Sabag. Como ator, sua primeira novela é O Machão, de 1974, pela TV Tupi. Atua em todas as emissoras de TV, sempre desfilando seu talento como em O Machão (1974), pela TV Tupi; Dulcineia Vai à Guerra (1980), pela TV Bandeirantes; Rabo de Saia (1984), pela TV Globo; Éramos Seis (1994), pelo SBT; e Mandacaru (1997) pela TV Manchete. De volta à TV Globo, atua em O Cravo e a Rosa (2000), como Sansão Farias, e pequena parti cipação em Desejos de Mulher (2002) e Paraíso Tropical (2007), como Laranjeira. Pela TV Bandeirantes parti cipa de Água na Boca, em 2008. No teatro, em mais de trinta peças, destacamse As Aventuras de Peer Gynt, de H. Ibsen, Sua Excelência, o Candidato, de Marcos Caruso e Jandira Martini, A Importância de Ser Fiel, de Oscar Wilde, O Inimigo do Povo, de H. Ibsen, etc. Ao longo de sua carreira, recebe vários prêmios, como o APCT, em 1970, como ator revelação em teatro e o APCA, em 1974, como melhor ator coadjuvante na novela O Machão, pela TV Tupi, etc. No cinema, por duas vezes foi indicado ao prêmio de melhor em Ibrahim do Subúrbio e coadjuvante em O Baiano Fantasma, mas recebe o prêmio no Festival do GRIFE pelo curta O Quintal (1973). Quer em teatro, cinema ou televisão, escrevendo, produzindo, dançando, atuando, é um grande talento brasileiro. Filmografia: 1972 – Livre Sol (CM); 1973 – A Super Fêmea; O Quintal (CM); 1974 – O Signo de Escorpião; O Desconhecido (MM);1975 – A Casa das Tentações; 1976 – Ibrahim do Subúrbio (episódio: Roy, o Gargalhador Profissional); 1977 – Pintando o Sexo; A Árvore dos Sexos; 1978 – Damas do Prazer; 1980 – Império das Taras; Multi rosas Nacionais (CM); 1982 – O Homem do Pau-Brasil; 1984 – O Baiano Fantasma; 2001 – Bellini e a Esfinge; Sonhos Tropicais. HILBERT, RODRIGO Rodrigo Hilbert Albertoni nasceu em Orleans, SC, em 22 de abril de 1980. Pensa estudar Informáti ca e Agronomia, mas, aos dezoito anos, é descoberto por uma agência de modelos em São Paulo. Logo faz sucesso nas grifes Versace, Colucci, etc. é capa das revistas Vogue Homem, Capricho, entre outras. Não tarda a ser chamado pela TV Globo para participar da novela Desejos de Mulher, como Pablo, em 2002, depois Senhora do Destino (2004), como Rudi, América (2005), como Murilinho, mas o sucesso acontece mesmo em 2008, em Duas Caras, como o marginal Ronildo, filho de Guigui, interpretada por Marília Gabriela. No cinema, estreia em 2004 no filme Irmãos de Fé, ao lado de Padre Marcelo. Com alguns amigos monta a Companhia de Teatro Elza Gomes e viaja o Brasil com a peça Duelo. Em 2009 parti cipa da novela Três Irmãs, como Gregg. Está casado com a atriz e modelo Fernanda Lima, com quem tem os gêmeos João e Francisco, nascidos em 2008. Filmografia: 2004 – Irmãos de Fé; 2008 – O Guerreiro Didi e a Ninja Lili; 2009 – Flordelis – Basta uma Palavra para Mudar. HINGST, SÉRGIO Nasceu em Sorocaba, SP, em 1924. Em 1938 muda-se para São Paulo. Sérgio, então com 14 anos, vai trabalhar com um ti o que possuía uma fábrica de massas. Aos 20 anos, torna-se pequeno empresário, mas, atraído pela arte da representação, matricula-se na Escola de Arte Dramática, a EAD, na qual não chega a concluir o curso, mas descobre sua vocação. Faz uma pequena ponta na peça O Demorado Adeus, de Tennessee Williams com José Renato, também diretor do espetáculo, na Bahia. Ingressa depois no TBC, Teatro Brasileiro de Comédia, e logo se liga ao pessoal da Vera Cruz. Em 1951 recebe convite de Abílio Pereira de Almeida para ser assistente de direção no filme Nadando em Dinheiro, segundo filme de Mazzaropi. Já havia feito uma pequena ponta em Ângela, sua primeira aparição na tela. Em 1958, faz seu primeiro filme com Khouri, Estranho Encontro, e o primeiro com Biáfora, Ravina. Pega gosto pela sétima arte e não para mais, ati ngindo a incrível marca de mais de cem filmes, em quase cinquenta anos de carreira. Desfila seu talento em fi lmes como São Paulo S/A (1965), O Bandido da Luz Vermelha (1968) e Elite Devassa (1984). Em 1978 coproduz, dirige e atua em Alucinada pelo Desejo, sua única experiência na direção. Era ator preferido de Walter Hugo Khouri e Rubem Biáfora. A partir da década de 1970, atua com frequência no gênero pornochanchada. Sérgio foi coadjuvante de dezenas de fi lmes, de todos os estilos e gêneros. Atuou tanto em clássicos do Cinema Brasileiro como em outros de qualidade duvidosa. Afastado do cinema desde a segunda metade dos anos 1980, morre em 8 de novembro de 2004, aos 80 anos de idade, em São Paulo. Em 2005 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Sérgio Hingst – Um Ator de Cinema, de autoria de Máximo Barro. Filmografia: 1951 – Ângela; 1952 – Tico-Tico no Fubá; 1953 – Luz Apagada; Nadando em Dinheiro; 1954 – Floradas na Serra; 1956 – Sob o Céu da Bahia; 1958 – Estranho Encontro; Ravina; 1960 – Na Garganta do Diabo; 1961/1962 – Fórmula de Gás (CM) (episódio da série Vigilante Rodoviário); 1964 – Imitando o Sol (O Homem das Encrencas); Mulher Satânica (Der Satan Mit Den Roten Haaren) (Brasil/Alemanha); Vidas Estranhas; 1964/1967 – O Matador; 1965 – Luta nos Pampas; 1966 – As Cariocas (2º episódio); Corpo Ardente; 1967 – O Caso dos Irmãos Naves; O Quarto; 1968 – O Bandido da Luz Vermelha; 1969 – O Mistério do Taurus 38 (episódio: Fórmula de Gás); Adultério à Brasileira (episódio: O Telhado); O Cangaceiro Sanguinário; Quelé do Pajeú; O Profeta da Fome; O Cangaceiro sem Deus; 1969/1982 – O Despertar da Besta (Ritual dos Sádicos); 1970 – Palácio dos Anjos (Le Palais des Anges) (Brasil/França); Verão de Fogo (OSS 117 Prend Des Vacances) (França/Brasil/Itália); As Gatinhas; O Pornógrafo; A Arte de Amar Bem (episódio: A Honestidade de Mentir); 1970 – Cléo e Daniel; 1971 – Fora das Grades; As Noites de Iemanjá; Um Anjo Mau; Cio, uma Verdadeira História de Amor; 1972 – O Grito (CM); Independência ou Morte; Sinal Vermelho, as Fêmeas; Um Pistoleiro Chamado Caviúna; 1973 – A Superfêmea; Mestiça, a Escrava Indomável; O Anjo Loiro; 1974 – Cinema Paulista: Ovo de Codorna (CM) (depoimento); Maria... Sempre Maria; As Cangaceiras Eróti cas; Trote dos Sádicos; Ainda Agarro essa Vizinha; Lilian M: Relatório Confidencial; Aquelas Mulheres (inacabado); Uma Tarde, Outra Tarde; 1975 – A Casa das Tentações; Lucíola, o Anjo Pecador; O Desejo; Eu Dou o que ela Gosta; Clube das Infiéis; Núpcias Vermelhas; 1976 – Aleluia Gretchen; À Flor da Pele; Ninguém Segura essas Mulheres (episódio: O Furo); A Noite das Fêmeas (Ensaio Geral); O dia em que o Santo Pecou; As Meninas Querem... e os Coroas Podem; O Quarto da Viúva; 1977 – O Ibrahim do Subúrbio (episódio: Roy, o Gargalhador Profissional); A Praia do Pecado; Internato de Meninas Virgens; Ninfas Diabólicas; Escola Penal de Meninas Violentadas; O Mulherengo; Nem as Enfermeiras Escapam; Vítimas do Prazer (Snuff ); 1978 – A Santa Donzela; Chapéu de Couro; Fruto Proibido; Doramundo; Os Galhos do Casamento; Alucinada pelo Desejo; Noite em Chamas; 1979 – Fugiti vas Insaciáveis; O Caçador de Esmeraldas; Os Trombadinhas; Histórias que Nossas Babás não Contavam; 1980 – Colegiais e Lições de Sexo; Ariella; A Filha de Emmanuelle; Incesto, Desejo Proibido; Noite de Orgia; Orgia das Taras; Devassidão, Orgia do Sexo; A Virgem e o Bem-Dotado; 1981 – Cassino dos Bacanais; A Fábrica de Camisinhas; As Meninas de Madame Laura; A Noite das Depravadas; 1982 – Feira Livre (CM) (narração); Perdida em Sodoma; Curral de Mulheres; Procuro uma Cama; As Safadas (episódio: Belinha, a Virgem); O Vale dos Amantes; As Vigaristas do Sexo; Vadias pelo Prazer; 1983 – Sadismo, Aberrações Sexuais; Prazeres Permitidos; A Freira e a Tortura; Curras Alucinantes; Deu Veado na Cabeça; A Menina e o Cavalo; Promiscuidade (Os Pivetes de Kátia); Sexo Animal; 1984 – Sacanagem (episíódio: Gatas no Cio); A Flor do Desejo; Onda Nova; A Doutora é Boa Pacas; Elite Devassa; 1987 – Gemidos e Sussurros; 1992 – O Fazedor de Fitas Inacabadas (CM). Filmografia (diretor): 1978 – Alucinada pelo Desejo. HOFFMAN, IVONE Nasceu em Ajuricaba, RS, em 7 de janeiro. Inicia sua carreira artística na dança clássica. Depois, ainda no Rio Grande do Sul, cursa Arte Dramática. Integra o quadro de professores do Curso Permanente de Teatro, no qual chega a ser coordenadora. Trabalha em diversas montagens do Teatro de Comédia do Paraná. Com Armando Maranhão, é atuante na luta para a criação da Faculdade de Artes Cênicas (atual Faculdade de Artes do Paraná – FAP). Em 1984-1985, recebe o Troféu Gralha Azul na categoria Melhor Atriz, por seu trabalho na peça Gritaria nos Muros da Cidade, de Tankred Dorst, sob a direção de Fernando Rodrigues de Souza. Em 1967 tem sua primeira experiência na televisão, na novela Os Miseráveis, pela TV Rio e depois Acorrentados (1969), pela TV Rio. Retorna somente em 1992 para parti cipar da minissérie Tereza Batista, pela TV Globo, a partir do qual retoma sua carreira de atriz, em minisséries e novelas como Memorial de Maria Moura (1994), Anjo Mau (1997), Celebridade (2004), Belíssima (2006) e Chamas da Vida (2008). Estreia no cinema em 2000 no filme Cronicamente Inviável, de Sérgio Bianchi. Sua atuação no curta A Hora do Galo, de 2004, ao lado de Aracy Cardoso, é surpreendente. Em 2006/2007 atua na peça Hedda Gabler. Filmografia: 2000 – Cronicamente Inviável; 2003 – Benjamim; 2004 – A Hora do Galo (CM). HOFFMAN, ZÉLIA Zélia Ribeiro Hoffmann nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 15 de novembro de 1924. Estreia no cinema em 1958 no filme No Mundo da Lua e participa, entre outros, de As Sete Evas (1962) e O Varão de Ipanema (1976). Em 1962 tem programa de sucesso na televisão chamado Boa-Noite, Brasil e humorísticos, ao lado de Chico Anysio na TV Excelsior, fazendo o papel de Maria Tereza, mulher do Coronel Limoeiro. Atua no programa Câmera Um, dirigido por Jacy Campos, interpretando uma vampira na peça Os Vampiros. Em 1978 participa do episódio O Jardim Suspenso da Babilônia, do programa Ciranda, Cirandinha. Morre em 29 de outubro de 2007, aos 82 anos, no Rio de Janeiro, no Reti ro dos Artistas, onde residiu por muitos anos. Filmografia: 1958 – No Mundo da Lua; 1959 – Pintando o Sete; 1962 – As Sete Evas; 1964 – Sangue na Madrugada; 1970 – Se meu Dólar Falasse...; Salário Mínimo; 1971 – Soninha Toda Pura; 1974 – A Virgem e o Machão; 1975 – Nós, os Canalhas; 1976 – O Varão de Ipanema. HOLANDA, CAROLINA Nasceu em Recife, PE, em 1981. Modelo profissional, mora em Nova York por sete anos. Ao participar de um workshop sobre a carreira de ator, resolve seguir a profissão e vai estudar teatro. Em 2004 estreia na televisão na novela Da Cor do Pecado, como Pilar. Muito bela e talentosa, atua em Duas Caras (2008), pela TV Globo, e Os Mutantes (2008), pela TV Record. Em 2009 estreia no cinema no filme Corpos Celestes, ao lado de Dalton Vigh. Filmografia: 2009 – Corpos Celestes. HOLANDA, SERVÍLIO DE Servilio Gomes de Holanda nasceu em João Pessoa, PB, em 31 de março de 1969. Apaixonado pela arte de representar, em 1986 ingressa na Escola de Teatro Piolim. Em 1992 faz sua estreia na peça Vau de Sarapalha, quando recebe o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante de Teatro, em São José do Rio Preto e de Melhor Ator no Festival Ibero-Americano de Teatro de Cadiz, Espanha, em 1993. Depois fez o monólogo O Crepúsculo de Van Gogh (1998), as peças Woyzeck – O Brasileiro (2002), Portinari à Ópera (2003), Pati-Mari (2004), Quando as Pernas Fazem Miserê (2005), etc. Estreia no cinema em 1997 no filme Baile Perfumado. Sua atuação no curta Entre Paredes, de 2004, lhe rendeu sete prêmios de melhor ator, entre eles o Kikito de Melhor Ator no Festi val de Gramado. Na televisão, atua na minissérie A Pedra do Reino, de Ariano Suassuna, em 2006. Atualmente é professor da Escola de Teatro Piolim, que forma dezenas de jovens atores todos os anos, entidade onde começou sua carreira e que participa desde 1986. Filmografia: 1997 – Baile Perfumado; 1998 – São Jerônimo; 1999 – O Primeiro Dia; 2001 – Brasil Despedaçado; A Canga (CM); 2003 – Porcos Corpos (CM); 2004 – Entre Paredes (CM); Canta Maria; 2005 – Os Desvalidos; 2007 – Deserto Feliz; 2009 – Besouro; 2010 – A Luneta Mágica. HOLLEBEN, ZINGARA VON Nasceu em Ponta Grossa, PR. É filha de alemães e ciganos. Na adolescência demonstra muito dom para poesia. Em 1970 mudase para São Paulo e trabalha como aeromoça. Estreia no cinema em 1974 no filme A Virgem e o Machão. Não se tem notí cia da continuidade de sua carreira. Filmografia: 1974 – A Virgem e o Machão; 1975 – Ainda Agarro esse Machão; 1976 – O Rei da Noite. HOLTZ, VERA Vera Lúcia Fraletti Holtz nasceu em Tatuí, SP, em 7 de agosto de 1952. Em 1971, aos dezoito anos, dá aulas de matemáti ca para colegiais em Piracicaba, mas larga tudo e muda-se para São Paulo, se inscrevendo na Escola de Artes Dramáticas da USP. Sua vida na cidade grande não é nada fácil. Não tendo oportunidades no meio artístico, trabalha no IPT, Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Resolve, então, mudar-se para o Rio de Janeiro, transferida pelo próprio IPT, desenhando mapas. Estuda piano e matricula-se num curso de arte dramática. Logo depois consegue sua primeira oportunidade profissional, na peça Rasga Coração, de Vianinha. Daí para a frente é só sucesso, quer no teatro, na televisão ou no cinema. Estreia na televisão no especial Parabéns pra Você, seguindo-se Que Rei Sou Eu? (1989), De Corpo e Alma (1992), Fera Ferida (1993), Por Amor (1998), Chiquinha Gonzaga (1999), Uga, Uga (2000), A Muralha (2001), Presença de Anita (2001), Desejos de Mulher (2002), Mulheres Apaixonadas (2003) e Belíssima (2006), como a impagável Ornella. Em 2000 faz sucesso no teatro com a peça Pérola. Estreia no cinema, em 1985, numa pequena ponta no fi lme ítalo/brasileiro Fêmeas em Fuga. Depois, tem carreira regular em produções como Menino Maluquinho (1995), Tônica Dominante (2000) e Bendito Fruto (2004). Foi casada com o diretor teatral Caco Coelho entre 1975 e 1991, na verdade, a única vez que casou. Depois, namorou o ator Guilherme Leme por dois anos (1992 e 1993). Atualmente está namorando o artista plástico Fernando Guimarães. Vera não tem filhos. Em 2006 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, pela Coleção Aplauso, lança sua biografia, Vera Holtz – O Gosto da Vera, de autoria de Analu Ribeiro. Filmografia: 1979 – Profi ssão Emergente; 1985 – Fêmeas em Fuga (Femmine in Fuga) (Itália/Brasil); 1990 – Diário Noturno (CM); 1991 – Assim na Tela como no Céu; 1993 – Capitalismo Selvagem; 1994 – Mil e Uma; 1995 – Carlota Joaquina, Princesa do Brazil; O Menino Maluquinho – O Filme; Vicente (CM); 1996 – Nos Tempos do Cinematógrapho (CM); 2000 – Tônica Dominante; 2003 – Apolônio Brasil, Campeão da Alegria; 2004 – Bendito Fruto; 2006 – Anjos do Sol; 2007 – O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili; 2008 – O que Há de Ficar (CM); 2010 – Família Vende Tudo. HOTEL, HALINA TERESA Em 1980 inicia curso de arte dramática com Emílio Fontana. Em 1981 estreia na televisão, ao participar de novelas e especiais pela TV Bandeirantes e TV Cultura. Estreia no cinema em 1983 no filme Corrupção de Menores. Participa de três filmes, após o qual abandona sua carreira artísti ca. Filmografia: 1983 – Corrupção de Menores; 1984 – Anúncio de Jornal; Mulher de Proveta. HUCK, LUCIANO Nasceu em São Paulo, SP, em 3 de setembro de 1971. É fi lho do famoso jurista Hermes Marcelo Huck e da urbanista Marta Dora Grostein. Cursa Direito na USP, mas resolve seguir carreira de jornalista. Inicia profissionalmente na 89 FM e depois vai para a Jovem Pan, onde faz sucesso com o programa Miau e depois Torpedo da Pan. Estreia na televisão na Gazeta, com o programa Circulando e depois, já pela Bandeirantes, apresenta o Programa H, onde cria as personagens Tiazinha e Feiticeira. Desde outubro de 2001 apresenta o Caldeirão do Huck, nas tardes de sábado, pela TV Globo. Estreia no cinema em 1999 no filme Xuxa Requebra. É o idealizador da ONG Instituto Criar de TV e Cinema, criada em 2004, tendo como objetivo capacitar jovens de baixa renda em profissões técnicas na área do audiovisual. Casa-se com a apresentadora infantil Angélica em 2004 e com ela tem dois filhos, Joaquim (2005) e Benício (2007). Filmografia: 1999 – Xuxa Requebra; 2001 – Xuxa e os Duendes; 2004 – Um Show de Verão; Cinegibi – o Filme (como ele mesmo); 2009 – Xuxa e o Mistério de Feiurinha. HÚNGARO, DAVID Policial de carreira, fica à frente da corporação por quase vinte anos. Paralelamente, tenta ser ator, que é o que gosta. É exatamente no Centro Social dos Guardas Civis, em nível amadorístico, que David tem sua primeira experiência, na peça Tiradentes. Consegue um bico na TV Record, fazendo fi guração em programas e novelas. Consegue participação de destaque nos programas Aplauso e Família Trapo. Estreia no cinema em 1975, no filme Os Pilantras da Noite, vindo em seguida outros como Pecado sem Nome (1979) e O Último Voo do Condor (1983). Filmografia: 1975 – Os Pilantras da Noite; 1976 – Como Consolar Viúvas; O Dia das Profissionais; Eu Faço... Elas Sentem; Traição Conjugal; Traídas pelo Desejo; 1977 – Noite em Chamas; A Mulher que Põe a Pomba no Ar; As Amantes de um Canalha; Estranha Hospedaria dos Prazeres; A Praia do Pecado; 1978 – A Força do Sexo; A Deusa de Mármore – Escrava do Diabo; O Artesão de Mulheres; Mundo, Mercado do Sexo (Manchete de Jornal); Na Violência do Sexo; 1979 – Pecado sem Nome; Belinda dos Orixás na Praia dos Desejos; A Noite dos Imorais; Os Trombadinhas; 1980 – Boneca Cobiçada; Noite de Orgia; 1981 – Lilian, a Suja; As Prostitutas do Doutor Alberto (Prisão de Mães Solteiras); A Volta de Jerônimo (No Sertão dos Homens Sem Lei); 1983 – O Último Voo do Condor; 1989 – Na Trilha dos Assassinos (Estupradores de Meninas Virgens). HUSEMANN, MARA Mara Antonia Husemann Gonzalez nasceu em 1929. É viúva do ator Serafim Gonzalez, com quem foi casada por 52 anos (1955/2007) e teve três filhos: Alfredo, Luciano e Daniel, além de quatro netos. As pesquisas efetuadas orientam que teve curta carreira artística, ao participar de apenas cinco filmes, entre 1978 e 1982, quase todos ao lado do marido, após o qual dedicou-se às artes plásti cas. Filmografia: 1978 – Filhas do Fogo; 1979 – Prisioneiro do Sexo; 1980 – Convite ao Prazer; O Inseto do Amor; 1982 – Amor, Estranho Amor. IBANEZ FILHO Ibanez Lima Filho nasceu em Santana do Livramento, RS, em 1926. Em 1950 muda-se para o Rio de Janeiro para estudar teatro, no Conservatório Nacional de Teatro. Atua em peças como O Massacre e A Mulher sem Pecado. Estreia no cinema em 1953 no filme Destino em Apuros. Participa de muitos outros, com destaque para Depois do Carnaval (1959) e Perdidos no Vale dos Dinossauros (1986). Como diretor, realiza apenas um filme, Teus Olhos Castanhos (1961). Na televisão, participa das novelas O Espigão (1974), O Tempo e o Vento (1985), Bambolê (1987), O Primo Basílio (1988) e Tocaia Grande (1995). Foi casado com a atriz Aracy Cardoso. Morre em 2 de novembro de 2006, no Rio de Janeiro, aos 80 anos de idade. Filmografia (ator): 1953 – Destino em Apuros; O Craque; 1954 – Dúvida; 1959 Depois do Carnaval; 1968 – Cristo de Lama (A História de Aleijadinho); 1969 A Compadecida; 1972 – A Viúva Virgem; 1982 – Três Palhaços e o Menino; Escalada da Violência; 1983 – O Estranho Jogo do Sexo; 1985 – Fêmeas em Fuga (Femmine In Fuga) (Itália/Brasil); 1986 – Perdidos no Vale dos Dinossauros (Nudo e Selvaggio) (Itália/Brasil); 1989: Solidão, Uma Linda História de Amor. Filmografia (diretor): 1961 – Teus Olhos Castanhos. IBRAHIM, MARCELO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1962. Começa sua carreira no teatro, em 1985, na peça Rocky Stalone, com texto escrito especialmente pra ele, devido a sua semelhança fí sica com Sylvester Stallone, astro americano. Tudo acontece rápido na vida de Marcelo, já que no mesmo ano faz sua primeira novela, Um Sonho a Mais, como Beto, e no ano seguinte estreia no cinema no filme Os Trapalhões e o Rei do Futebol, com Renato Aragão. Em seguida tem seu melhor momento como o Gastão de Selva de Pedra e faz uma participação na série Armação Ilimitada, mas morre prematuramente em 3 de julho de 1986, no Rio de Janeiro, RJ, aos 24 anos de idade, de complicações decorrentes do vírus da AIDS, quando ensaiava para estrear a peça Segura o Afonso Pra Mim. Filmografia: 1986 – Os Trapalhões e o Rei do Futebol. IGNEZ, HELENA Inês Pinto de Melo e Silva nasceu em Salvador, BA, em 23 de maio de 1942. Estudante de Direito, já no segundo ano, nem imagina ser atriz, quando vai ao teatro assistir a uma peça e fi ca empolgada com a atuação de um grupo de jovens atores. Vislumbra aí a possibilidade de mudar os rumos de sua vida. Abandona a faculdade, para desespero da família, e matricula-se no Curso de Arte Dramática da Universidade da Bahia, onde permanece por três anos. Atua em diversas peças por palcos da capital baiana até que, em 1959, recebe convite de um crítico de cinema chamado Glauber Rocha, para parti cipar de um curta-metragem chamado O Pátio. Aceita e é esse seu primeiro contato com o cinema. Sua estreia em longa-metragem acontece em 1961 no clássico A Grande Feira, de Roberto Pires. Com o sucesso alcançado nesse filme, vai para o Rio de Janeiro e lá inicia sólida carreira cinematográfi ca em fi lmes como Assalto ao Trem Pagador (1962), O Bandido da Luz Vermelha (1968), Um Intruso no Paraíso (1973), e mais recentemente Perfume de Gardênia (1992). Faz pouca televisão, mas chega a participar de especiais e minisséries como A Últi ma Testemunha (1968), Meu Marido (1991), Tereza Batista (1992) e Você Decide (1997). Foi casada com Glauber Rocha por dois anos (1959/1961), com quem teve uma fi lha, Paloma (1960), e, entre 1970/2004, com o cineasta Rogério Sganzerla, com quem teve duas filhas, Sinai (1973) e Djin (1978). Nos anos 1990, participa das peças Exorbitâncias, com Antonio Abujamra, e Jango, com Luis Carlos Maciel. Nos últimos anos tem se dedicado à seita Hare Krishna, da qual é adepta há muito tempo e também à recuperação da obra de Sganzerla. A partir de 2005 dedica-se à direção também, como no ótimo Canção de Baal, de 2005, e Luz nas Trevas – A Revolta de Luz Vermelha (2009) em parceria de Ícaro Marti ns, com Ney Matogrosso no papel principal, esta que será a conti nuação de O Bandido da Luz Vermelha, dirigido pelo marido em 1968. Filmografia (atriz): 1959 – O Pátio (CM); 1961 – A Grande Feira; 1962 – Assalto ao Trem Pagador; 1964 – O Grito da Terra; 1966 O Padre e a Moça; 1967 – O Engano; 1968 – O Bandido da Luz Vermelha; Cara a Cara; Um Homem e sua Jaula; 1969 – Astros e Estrelas (CM); A Mulher de Todos; Os Marginais (episódio: Guilherme); 1970 – Os Monstros de Babaloo; A Família do Barulho; Sem essa Aranha; Barão Olavo, o Horrível; Carnaval na Lama; Copacabana Mon Amour; Cuidado, Madame; 1973 – Um Intruso no Paraíso; 1976 – Mulheres do Cinema (CM) (depoimento); 1985 Sprayjet (CM); Nem tudo é Verdade; 1986 – Ondas (CM); 1992 Perfume de Gardênia; Perdi a Cabeça na Linha do Trem (CM); Oswaldianas (episódio: Perigo Negro); 1999 – São Jerônimo; 2003 – Glauber o Filme, Labirinto do Brasil (depoimento); 2005 O Signo do Caos; 2006 – Espeto (CM); 2007 – Meu Mundo em Perigo; Jurando que Viu a Periquita (CM); 2008 – Encarnação do Demônio; Amarar (CM); 2009 – Hotel Atlântico; 2010 – Luz nas Trevas – A Revolta de Luz Vermelha. Filmografia (diretora): 2003 – A Reinvenção da Rua (CM); 2005 – A Miss e o Dinossauro; 2005 – Bastidores da Belair (CM); 2008 – Canção de Baal; 2010 – Luz nas Trevas – A Revolta de Luz Vermelha (codireção de Ícaro Martins). IMBASSAHY FILHO, EDUARDO Nasceu em Niterói, RJ, em 1935. Formado em Medicina, tornase famoso e respeitado médico em sua cidade. Amigo de Nelson Pereira dos Santos, é convidado pelo próprio para parti cipar do filme Como Era Gostoso meu Francês, em 1972, fazendo o papel de Cunhambebe, o furioso chefe indígena. Esse filme acaba por mudar sua vida. Para compor o papel, estuda e pesquisa inúmeros livros. Terminado o filme, abandona sua carreira médica. Publica alguns livros (Eu e o Lego e Jericó e a Noite dos Impossíveis), faz um roteiro sobre Dona Beja, cria um projeto de cinema no ensino médico brasileiro, onde chega a produzir quase cem fi lmes super 8 sobre o assunto. Sem perspectivas e sem ver seu trabalho reconhecido, acaba internado em hospitais para defi cientes mentais, onde sofre durante anos. Morre esquecido, em 5 de janeiro de 1986, aos 60 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1972 – Como Era Gostoso o meu Francês. IMPERIAL, CARLOS Carlos Eduardo Corte Imperial nasceu em Cachoeiro do Itapemirim, ES, em 24 de novembro de 1935. Em 1943 muda-se com a família para o Rio de Janeiro. Profissional de televisão, trabalha também como jornalista, compositor, ator e produtor de cinema. Estreia como ator no cinema em 1957 no filme Cangerê: Uma Fantasia Musical, participando nas décadas seguintes de inúmeros outros, como Asfalto Selvagem (1964) e A Noiva da Cidade (1978). Já no início da década de 1960, é assistente de direção de J.B.Tanko em alguns filmes. Em 1972 produz para o teatro Um Edifí cio Chamado 200 e Check-Up. Em 1974 funda a CIPAL, produtora de seus filmes dali em diante. É o responsável pelo lançamento dos arti stas Roberto Carlos, Wilson Simonal, Gretchen, entre outros. Ecléti co, faz de tudo um pouco. De temperamento polêmico e difícil, é amado e odiado, mas ninguém, nem mesmo seus inimigos, negam seu talento artístico. Morre em 4 de novembro de 1992, no Rio de Janeiro, aos 56 anos de idade. Filmografia (ator): 1957 – Cangerê: Uma Fantasia Musical; De Vento em Popa; 1958 – Aguenta o Rojão; Contrabando; Minha Sogra é da Polícia; Sherlock de Araque; E o Bicho não Deu; Alegria de Viver; 1959 – Mulheres à Vista; Pé na Tábua; Garota Enxuta; 1960 – Vai que é Mole; 1961 – O Dono da Bola; Rio à Noite; 1962 – Sangue na Madrugada; 1969 – O Rei da Pilantragem; Tempo de Violência; 1971 – Os Amores de um Cafona; 1972 – O Grito (CM); A Viúva Virgem; Cassy Jones, o Magnífi co Sedutor; Independência ou Morte; O Doce Esporte do Sexo (episódio: A Suspeita); 1973 – Banana Mecânica; As Depravadas; 1974 – O Pica-Pau Amarelo; Um Edifício Chamado 200; 1975 – O Esquadrão da Morte; O Monstro Caraíba; 1975 – História dos Mares do Sul (CM); O Esquadrão da Morte; 1976 – O Palavrão; O Sexomaníaco; A Ilha das Cangaceiras Virgens; Meninas Querem... e os Coroas Podem; O Sexo das Bonecas (Ele, Ela e o etc.); 1978 – Amada Amante; A Noiva da Cidade; 1979/1983 – Loucuras Cariocas (Loucuras, o Bumbum de Ouro ou Funerária Kung-Fu); 1981 – Delícias do Sexo; Mulheres... Mulheres; 1985 – Os Bons Tempos Voltaram – Vamos Gozar Outra Vez (episódio: Sábado Quente); Um Marciano em Minha Cama (Férias Amorosas); 1986 – Perdidos no Vale dos Dinossauros (Nudo e Selvaggio) (Itália/Brasil); 1990 – O Escorpião Escarlate. Filmografia (diretor): 1973 – Um Edifício Chamado 200; 1974 – O Sexo das Bonecas (Ele, Ela e o etc.); 1975 – O Esquadrão da Morte; 1976 – O Sexomaníaco; 1979/1983 – Loucuras Cariocas (Loucuras, o Bumbum de Ouro ou Funerária Kung-Fu); 1981 – Delícias do Sexo; Um Marciano na Minha Cama (Férias Amorosas); Mulheres... Mulheres. IMPÉRIO, FLÁVIO Nasceu em São Paulo, SP, em 19 de dezembro de 1935. Em 1961 forma-se em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo. Passa a coordenar o Curso de Cenografia da Escola de Arte Dramática de São Paulo. Participa da direção do Teatro de Arena de São Paulo. Recebe diversos prêmios e é considerado durante muitos anos o maior cenógrafo brasileiro. Parti cipa de um único filme, O Profeta da Fome, em 1969. Morre em 7 de setembro de 1985, poucos meses antes de completar 50 anos de idade, de complicações decorrentes do vírus da AIDS, em São Paulo. Filmografia: 1969 – O Profeta da Fome. INCRÍVEIS, OS Uma das maiores bandas brasileiras dos anos 1960 começaram como The Clevers, em 1961, numa criação de Antonio Aguilar. A formação original tem Antonio Rosas Sanches, o Manito (1944), nascido na Espanha, Luiz Franco Tomaz, o Netinho (1947), Domingos Orlando, o Mingo (1944-1995), Waldemar Mozena, o Risonho (1943), Dermeval Teixeira Rodrigues, o Neno (1942). Ao participar do programa Ritmos da Juventude, Aguilar não tem dúvida em contratar o grupo, que grava o primeiro disco em 1963, com o nome de Encontro com The Clevers. Gravam quatro LPs com esse nome e, em 1965, mudam para Os Incríveis, prati camente com a mesma formação, só entrando Nenê (Lídio Benvenutti Júnior), no lugar de Neno. Com a versão da música instrumental O Milionário (The Milionaire), estouram em todo o Brasil, em 1966. Têm somente uma participação no cinema, em 1967, no filme Os Incríveis Neste Mundo Louco, veículo feito especialmente para eles. Nos anos 1970 separam-se e alguns integrantes formam outras bandas: Manito (O Som Nosso de Cada Dia) e Netinho (Casa de Máquinas). Depois de alguns anos separados, na década de 1990 voltam à atividade com apenas dois integrantes da formação original, Netinho e Manito, mas o retorno não dura muito tempo. Atualmente Netinho e Nenê participam do grupo The Originals, que reúne integrantes originais das bandas The Fevers, Os Incríveis e Renato e Seus Blue Caps. Filmografia: 1967 – Os Incríveis Neste Mundo Louco. INOCÊNCIO, MANOEL Nasceu em Trás-os-Montes, Portugal, em 17 de julho de 1905. Em 1942 muda-se para o Brasil e começa a trabalhar em circo, teatro e depois rádio. Trabalha nas rádios Difusora, Cruzeiro do Sul, Tupi, Piratininga, Nacional, etc. Em 1948 estreia no cinema no filme Palhaço Atormentado. Participa da inauguração da televisão no Brasil e logo começa a explorar seu talento para o humor, em programas como A Praça da Alegria, Miss Campeonato, São Paulo, Não te Guento e Folias do Golias. Produz programas como Festa na Roça, etc. e participa de novelas e teledramas. Em 1972 participa da série Vila Sésamo, como o Almeida. É falecido. Filmografia: 1948 – O Palhaço Atormentado; 1949 – Quase no Céu; 1950 – Caiçara (voz); 1951 – Suzana e o Presidente; Presença de Anita; Corações na Sombra (voz); 1952 – A Carna; 1960 – Conceição. IÓRIO, ADÉLIA Nasceu em São Paulo, SP, em 8 de fevereiro de 1924. Inicia sua carreira no cinema, em 1945, no filme No Trampolim da Vida. Em 1970 ela apresentava seu programa Adélia e suas Trapalhadas, na TV Excelsior, quando Ferreira Neto, então diretor da emissora, entrou no estúdio e falou no ar que a emissora havia sido cassada. Alguns minutos depois a TV Excelsior saiu do ar e nunca mais voltou. Atua muito em cinema, a qual destacamos Só Naquela Base (1960), No Paraíso das Solteironas (1969) e Pedro Bó, o Caçador de Cangaceiros (1976). Casa-se com Átila Iório, com quem tem uma filha. Morre em 10 de dezembro de 2002, aos 78 anos de idade. Filmografia: 1945 – No Trampolim da Vida; 1959 – Os Três Cangaceiros; 1960 Só Naquela Base; Os Dois Ladrões; 1961 – Um Candango na Belacap; O Dono da Bola; 1962 – Bem Mesmo é Carnaval; 1963 – Sonhando com Milhões; 1966 Engraçadinha Depois dos Trinta; 1969 – No Paraíso das Solteironas; Deu a Louca no Cangaço; 1972 – Nua e Atrevida; O Jeca e o Bode; Os Desempregados; 1974 – Uma Tarde Outra Tarde; 1976 – Pedro Bó, o Caçador de Cangaceiros. IÓRIO, ÁTILA Nasceu em 1921. Ator consagrado no teatro, cinema e televisão. Estreia no cinema em 1946 no filme Caídos do Céu, mas foi como o sertanejo Fabiano de Vidas Secas, 1963, de Nelson Pereira dos Santos, que ele fica conhecido em todo o Brasil. Com seu rosto carrancudo, de mau, sempre fazia papel de vilão. Mas seu rosto também se parecia com o povo brasileiro, sofrido, angusti ado, por isso era sempre chamado para parti cipar de fi lmes importantes como Assalto ao Trem Pagador, de 1962, e Os Fuzis, de 1964. São dezenas de filmes, em mais de cinquenta anos de carreira. Na televisão, participa de inúmeras novelas como Anjo Mau, nas duas versões, em 1976 e 1997, curiosamente interpretando o mesmo papel, o pai de Nice. Atualmente, tem atuações esporádicas e desempenha importante função no Retiro dos Artistas, no Rio de Janeiro, do qual foi presidente durante vários anos. Morre em 12 de dezembro de 2002, no Rio de Janeiro, aos 81 anos de idade. Filmografia: 1946 – Caídos do Céu; 1949 – Também Somos Irmãos; 1953 – Dupla do Barulho; 1957 – A Baronesa Transviada; 1960 – Briga, Mulher & Samba; 1961 – Os Três Cangaceiros; Virou Bagunça; 1962 – Os Cosmonautas; Assalto ao Trem Pagador; Quero essa Mulher Assim Mesmo; 1963 – Sonhando com Milhões; Vidas Secas; 1964 – Os Fuzis; Um Morto ao Telefone; 1966 – 007 ½ no Carnaval; Lana, Rainha das Amazonas (Lana – Krönigin Der Amazonen (Alemanha/Brasil); Vítimas da Ambição (inacabado); 1968 – No Paraíso das Solteironas; As Aventuras de Chico Valente; Os Carrascos Estão entre Nós; Panca de Valente; 1969 – Deu a Louca no Cangaço; 1970 – Guerra dos Pelados; Dois Mil anos de Confusão; 1973 – Sagarana, o Duelo; 1974 – O Libertino; O Filho do Chefão; Uma Tarde, Outra Tarde; 1977 – Ódio; 1978 – Ouro Sangrento (Tenda dos Prazeres); Diário da Província; 1979 – O Sol dos Amantes; 1985 – Pedro Mico; 1990 – O Mistério de Robin Hood. IRACEMA VITÓRIA Nasceu em São Paulo, SP. Com grande vocação artísti ca, muito jovem muda-se com a família para Niterói, RJ, e tem sua primeira oportunidade como crooner no Cassino Icaraí. Com quinze anos, esconde a idade para poder ali permanecer. Voz grave e empostada, logo chama a atenção de empresários do ramo. Com o fechamento dos cassinos, vai para o teatro, fazendo sua estreia na revista Tudo Azul. Tem marcante passagem também pelo cinema, em fi lmes como Mulher de Longe (1949), Carnaval Atlântida (1952), Rio, Zona Norte (1957), etc. Morre em 19 de março de 1994. Filmografia: 1948 – Mar Morto (inacabado); Pra Lá de Boa; 1949 – Mulher de Longe (inacabado); 1952 – Carnaval Atlântida; 1954 – Carnaval em Caxias; Malandros em Quarta Dimensão; 1957 – Rio, Zona Norte; 1958 – Juventude sem Amanhã. ISABEL CRISTINA – ver – GUY LOUP ISABELLA Maria Heloísa Silva de Cerqueira Campos nasceu em Mundo Novo, BA, em 27 de julho de 1938. Inicia sua carreira como modelo, chegando a fazer estágio na França, desfilando para Maison Dior. Estrela dois espetáculos musicais: Chão de Estrelas e Viver é Muito Perigoso. Trabalha em novelas, ao lado de atores consagrados como Carlos Alberto e Mário Lago. Sua primeira oportunidade no cinema surge em 1962, quando é convidada para participar do episódio Um Favelado, no filme Cinco Vezes Favela. Entre outros, destacam-se Capitu (1968) e Lerfa-Mu (1979). De carreira essencialmente cinematográfi ca, participa, na televisão, das novelas Passo dos Ventos (1968) e A Cabana do Pai Tomás (1969). Em 2006, vinte anos depois, retorna ao cinema para parti cipar do filme Brasília 18 %, de Nelson Pereira dos Santos, agora com o nome composto de Isabella Cerqueira. Filmografia: 1962 – Cinco Vezes Favela (episódio: Um Favelado); Os Apavorados; 1965 – O Desafio; 1967 – Proezas de Satanás, na Vila do Leva-e-Traz; 1968 – Capitu; O Bravo Guerreiro; 1969 – Pedro Diabo Ama Rosa Meia-Noite; A Cama ao Alcance de Todos (episódio: A Primeira Cama); 1970 – Barão Otelo, o Horrível; 1971 – As Quatro Chaves Mágicas; Lúcia McCartney, uma Garota de Programa; A Possuída dos Mil Demônios; 1973/1978 – A Lira do Delírio (Bala Certeira); 1977 – Lobo do Homem ou Relações Humanas (CM); 1979 – Lerfa Mu; 1980 – Parceiros da Aventura; 1987 – O Mundo a seus Pés (CM); 2006 – Brasília 18%; 2007 – Panair do Brasil; Olhar de um Cineasta. ISSA, TATIANA Nasceu em São Paulo, SP, em 16 de janeiro de 1974. Pisa no palco pela primeira vez aos sete anos de idade. Passa parte de sua infância morando entre França e Itália. Na televisão, participa de Guerra dos Sexos (1983), como Cissa Marino, sua estreia; Amazônia (1991), O Fim do Mundo (1996), Hilda Furacão (1998) e O Quinto dos Infernos (2002). No cinema, estreia em 1987 em Jubiabá, de Nelson Pereira dos Santos, mas destaca-se como a Ceci, no filme O Guarani, de 1996, direção de Norma Bengell. No teatro, entre outras, atua na peça A Falecida, em 1995, baseado na obra de Nelson Rodrigues, com direção de Gabriel Vilella, sendo apresentado até em Viena, na Áustria. Em 1998 posa nua para a revista Playboy. Tatiana morou em diversos lugares do mundo e teve a oportunidade de cursar teatro, cinema, história da arte, língua e literatura em países como França, Itália, Inglaterra, Áustria, Alemanha e EUA, tendo estudado inclusive no conceituado Lee Strasberg Institute em Nova York. É poliglota, com fluência em Inglês, Francês, Italiano, Espanhol e Alemão. Desde 2005 mora em Nova York onde funda a produtora TRIA Productions, dirigindo diversos documentários como Parintins: Amor de Boi e Dzi Croquettes – o Documentário. Filmografia: 1987 – Jubiabá (Brasil/França); 1996 – O Guarani. ITIÉ, GISELLE Giselle Itié Ramos nasceu no Cidade do México, México, em 3 de outubro de 1981. Seu pai é um veterinário mexicano e a mãe psicóloga brasileira. Com quatro anos de idade muda-se com a família para o Brasil, devido ao terremoto de 1985. Em 2000 faz seu debut num comercial para a Boticário e no ano seguinte faz sua estreia na televisão como a Lola na minissérie Os Maias. Vai para o SBT parti cipar de Pícara Sonhadora (2001). De volta à Globo vê sua carreira deslanchar na minissérie Esperança, como a Eulália. Destaca-se depois em Começar de Novo (2005), Pé na Jaca (2007), O Profeta (2007), etc. Estreia no cinema em 2007 no filme O Mistério da Estrada de Sintra. Nesse mesmo ano sofre um grave acidente nos treinos para o quadro Dança dos Famosos do programa Domingão do Faustão, um leve traumati smo craniano que a afasta por um tempo de suas ati vidades. Recuperado, retoma sua carreira em Faça sua História (2008), como Glória e, contratada pela TV Record, vai protagonizar a novela Bela, a Feia, ainda em 2009. Filmografia: 2007 – O Mistério da Estrada de Sintra; 2008 – Mais uma História no Rio (CM); The Expendables (EUA); 2009 – Flordelis – Basta uma Palavra para Mudar; Inversão. J JABLONSKI, BERNARDO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1º de janeiro de 1952. Mestre em Psicologia pela PUC-Rio e Doutor em Psicologia Social pela Fundação Getúlio Vargas em 1988, além disso, ator, autor, diretor, crítico teatral e professor de psicologia. Jablonski faz o que parece impossível para qualquer mortal, leva duas carreiras de sucesso, como professor de Psicologia altamente respeitado e como diretor/autor/ator de teatro, cinema e televisão. Como ator, estreia no teatro em 1963 na peça Esperando Godot, de S. Beckett, no Teatro Jovem, sob a direção de M.Perpignan e em 1965 faz seu primeiro fi lme, o curta Um Leve Rumor, direção de Jorge Guimarães. Durante dez anos, dedica-se sua carreira artística exclusivamente ao teatro, quase sempre no gênero infanti l, como ator, em dezenas de peças, com destaque para A Incelença (1967), Um Tango Argentino (1972), Maria Minhoca (1975), etc. Sua primeira direção acontece em O Guarda dos Pássaros, em 1975, a partir do qual produz, escreve, dirige e atua em quase todas as suas peças. Na televisão, sua primeira atuação é no especial da TVE O Boi Burro e o Burro no Caminho de Belém, depois, Armação Ilimitada (1989), Amazônia (1991), Anos Rebeldes (1992), Explode Coração (1996) e pequenas parti cipações em Você Decide (1996), Sob nova Direção (2004) e Linha Direta (2005). A partir de 2006 entra para o elenco fixo do humorístico Zorra Total como Aderbal. Ao longo de sua trajetória no teatro infantil, recebe vários prêmios como Prêmio Coca-Cola, Mambembe, etc. No cinema atua em várias produções italianas (A La Ricerca de Lo Scorpio DOro) e americanas (Wild Orchid) e também em sucessos brasileiros como A Partilha (2001) e Tropa de Elite (2007). Foi casado com o atriz Maria Clara Gueiros, com quem tem dois filhos, João e Bruno. Com inteligência e talento acima da média, culto e articulado, destaca-se em todas as suas atividades. Filmografia: 1965 – Um Leve Rumor (CM); 1976 – O Frango Assado (CM); 1979 MML (CM); 1984 – O Cavalinho Azul; 1986 – Trama Familiar; 1990 – A La Ricerca de Lo Scorpio DOro (Itália); A Orquídea Selvagem (Wild Orchid) (EUA); Assim na Tela como no Céu; 1992 – Kickboxer 3: The Art of War (EUA); 1993 – Comme des Oiseaux Dans Rio; 2001 – A Partilha; 2007 – Tropa de Elite; 2009 Tempos de Paz. JABORANDY, CLÁUDIO Nasceu em Fortaleza, CE, em 1966. Forma-se em arte dramática em 1987 pela Universidade Federal do Ceará e como fechamento de curso faz sua primeira peça Parentes entre Parênteses, ainda na Universidade. Inicialmente dedica-se somente ao teatro em peças como As Preciosas Ridículas (1988), Quem Matou Zefinha? (1990), Ópera Don Giovanni (1992), A Farsa do Mestre Pathelin (1993), Oropa, França e Bahia (1994) e Matança de Porco (1995). Estreia no cinema em 1995 no curta O Amor não Acaba às 15:30. A partir de então dedica-se quase que totalmente ao cinema. Em 1998, fez o curso profissional de vídeo-cine-tv na Escuela D’alts Estudis de la Imatge i El Disseny (IDEP) em Barcelona, Espanha. Em 1990 vai para a televisão parti cipar de Os Homens Querem Paz, depois as minisséries/novelas Um só Coração (2004), Da Cor do Pecado (2004), Celebridade (2005), JK (2006), Amazônia – De Galvez a Chico Mendes (2007), Queridos Amigos (2008). Seu primeiro longa é Oropa, França e Bahia (1998). Contratado pela TV Bandeirantes, entra para a novela Água na Boca. É um dos atores mais festejados do cinema brasileiro, são mais de uma dezena de prêmios, em festivais de todo o Brasil. Filmografia: 1995 – O Amor não Acaba às 15:30 (CM); 1998 – Oropa, França e Bahia; Náufrago (CM); Iremos a Beirute; 2000 – Lati tude Zero; 2002 – Lua Cambará – Nas Escadarias do Palácio; O Rascunho (CM); O Prisioneiro (CM); 2003 – Caminho das Nuvens; 2004 – Memóriaemoção (CM); Araguaya – A Conspiração do Silêncio; 2005 – Rapsódia para um Homem Comum (CM); O Amor do Palhaço (CM); As Vidas de Maria; 2006 – Dia de Folga (CM); O Céu de Suely (Brasil/França/Alemanha); 2007 – Cinco Frações de uma Quase História. JACKSON DO PANDEIRO José Gomes Filho nasceu em Alagoa Grande, PB, em 31 de agosto de 1919. É um dos primeiros divulgadores de ritmos nordestinos, ao lado de Luiz Gonzaga. Faz muito sucesso na década de 1950, cantando forrós e tocando pandeiro. É dessa época seu maior sucesso, Sebastiana. Nesse sentido, é muito requisitado pelo cinema, participando pela primeira vez em 1956, no filme Tira a Mão Daí. Seu maior sucesso se dá no Norte/Nordeste do País, onde é cultuado até hoje. Foi casado com a cantora Almira Castilho entre 1956/1967. Depois casou-se com D.Neusa, de 1967, até sua morte, em 10 de julho de 1982, em Brasília, aos 62 anos de idade, vítima de diabetes. Filmografia: 1956 – Tira a Mão Daí; 1958 – O Batedor de Carteiras; Minha Sogra é da Polícia; 1959 – Cala a Boca, Etelvina; Aí Vem a Alegria; 1960 – Viúvo Alegre; Pequeno por Fora; 1961 – Bom Mesmo é Carnaval; 1962 – Rio à Noite. JAMELÃO José Bispo Clementino dos Santos nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de maio de 1913. Na adolescência trabalha como alfaiate. Aos doze anos é levado a conhecer a Escola de Samba Mangueira e é amor à primeira vista. Seu primeiro apelido é Moleque Sauê. Vai com amigos a uma roda de samba numa boate, e os amigos lhe pedem que dê uma canja. O dono gostou tanto que o contrata, sem saber seu nome. Um amigo então diz: É Jamelão e assim ganha o apelido que o acompanharia por toda a vida. Faz muito sucesso cantando sambas, músicas carnavalescas e românti cas, como Matriz e Filial, o maior sucesso de sua carreira. Estreia no cinema em 1955 no filme Trabalhou Bem Genival. Sempre esteve em atividade, puxando samba da Mangueira no Rio, Unidos do Peruche em São Paulo ou participando de rodas de samba e programas de televisão. Morre em 14 de junho de 2008, de falência múltipla de órgãos, no Rio de Janeiro, aos 95 anos de idade. Filmografia: 1955 – Trabalhou Bem, Genival; 1956 – Depois eu Conto; 1958 – É de Chuá!; 1962 – Esse Rio que eu Amo; 1973/1978 – A Lira do Delírio (Bala Certeira); 1988 – Natal da Portela (Brasil/França) (como ele mesmo). JAMRA, IARA Iara Ferreira Jamra nasceu em São Paulo, SP, em 31 de outubro de 1955. Faz teatro desde os doze anos. Sua estreia acontece em 1983 na comédia Parentes entre Parênteses, com o grupo teatral de Flávio de Souza. De cara, ganha o prêmio revelação da crítica paulista. Quando faz um comercial da Goodyear, é descoberta por Walter Avancini, que a leva para a televisão. Sua primeira novela é Selva de Pedra, em 1986. Depois vêm Vida Nova (1988), Tieta (1989), Olho no Olho (1993), O Rei do Gado (1996), Da Cor do Pecado (2004), A Lua me Disse (2005) e Três Irmãs (2009). Participa também do infantil Castelo Rá-Tim-Bum, na TV Cultura. Estreia no cinema em 1981 no filme Asa Branca, um Sonho Brasileiro, seguindo-se Brasa Adormecida (1986) e Beijo 2348-72 (1992), entre outros, inclusive muitos curtas-metragens. No teatro, faz muito sucesso com a peça Trair e Coçar é Só Começar. Seu jeitinho e voz de menina cativam o público, mas não escondem seu enorme talento. É sobrinha do consagrado ator/diretor Antonio Abujamra. Em 2007 parti cipa do filme O Signo da Cidade, ao lado de Bruna Lombardi. Filmografia: 1981 – Asa Branca, um Sonho Brasileiro; O Grotão (CM); 1986 – Hipócritas (CM); Brasa Adormecida; 1987 – Dedé Mamata; Besame Mucho; 1988 – Fogo e Paixão; 1988/1990 – Desordem em Progresso (CM) (episódio do filme City Life) (Holanda/Brasil); 1989 – Memórias de um Anormal (CM); Festa; 1990 – Beijo 2348-72; 1991 – Sua Excelência, o Candidato; 1992 – PRKadeia (CM); Oswaldianas (episódio: Uma Noite com Oswald); Squich! (CM); 1993 – A Má Criada (CM); 1995 – Eu Sei que Você Sabe (CM); 1997 – Ed Mort; 1999 Amor que Fica; Por Trás do Pano; No Coração dos Deuses; 2000 – Filme de Família (CM); 2002 – Joana e Marcelo, Amor (Quase Perfeito); 2005 – Do Mundo não se Leva Nada (CM); O Caderno Rosa de Lori Lamby (CM); 2007 O Signo da Cidade. JARARACA José Luiz Rodrigues Calazans nasceu em Maceió, AL, em 29 de setembro de 1896. Populariza-se com a música Mamãe eu Quero, que compõe em parceria com Vicente Paiva. Mais tarde forma a dupla Jararaca & Ratinho. Sozinho, ou com a dupla, acaba participando de vários fi lmes, destacando-se Romance Moderno (1944). Nos últimos tempos, participa dos humorísticos de Chico Anysio. na TV Globo. Morre em 9 de outubro de 1977, aos 81 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1939/1944 – Romance Proibido; 1959 – Garota Enxuta; 1970 – Salário Mínimo. JARARACA & RATINHO Uma das mais antigas duplas sertanejas do Brasil, formada no início dos anos 1930 por José Luiz Rodrigues Calazans (18961977), o Jararaca, e Severino Rangel de Carvalho (1896-1972), o Ratinho. Juntos, gravam muitos discos e participam de inúmeros fi lmes como Coisas Nossas (1931), Samba em Berlim (1943) e Comendo de Colher (1959). Depois de muitas idas e vindas, a dupla se desfaz definitivamente nos anos 1960. Filmografia: 1931 – Coisas Nossas; 1933 – A Voz do Carnaval; 1943 – Samba em Berlim; 1944 – Berlim da Batucada; 1945 – No Trampolim da Vida; Loucos por Música; Pif-Paf; 1948 – Fogo na Canjica; 1959 – Comendo de Colher; 1971 – Cômicos e mais Cômicos. JARDEL FILHO Jardel Frederico de Bôscoli Filho nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 24 de julho de 1928. É filho dos consagrados arti stas Jardel Jércolis e Lídia Bôscoli. O pai não quer que seja ator e tudo faz para que estude. Chega a se formar no científico e até tenta a carreira militar. Com a morte prematura do pai e o afastamento da mãe dos palcos, Jardel, filho único, trabalha na Aerovias Brasil para custear as despesas da casa. Sabendo de sua vocação, Brutus Pedreira e Miroel da Silveira vão buscá-lo para trabalhar no teatro. Em 1948 faz sua estreia com a peça Desejo e passa a trabalhar com Henriette Morineau, que tem, na época, um dos maiores grupos teatrais no Brasil. Sua estreia no cinema acontece em 1948, em Pra Lá de Boa. A partir daí, consolida longa carreira cinematográfica, atuando em muitos outros filmes, dos mais variados gêneros, como Floradas na Serra (1954), Terra em Transe (1967) e Pixote, a Lei do mais Fraco (1980), explorando seu tipo físico perfeito para galã e vilão ao mesmo tempo. No início dos anos 1960 atua no cinema argentino em diversas películas como Plaza Huincul (1960) e Barcos de Papel (1963). Dedica-se também, intensamente, à televisão, realizando trabalhos marcantes e inesquecíveis. Sua estreia acontece em 1964, no especial O Acusador. Entre outras, depois seguem Verão Vermelho (1970), O Homem que Deve Morrer (1971), como o vilão Otto Von Muller, talvez seu melhor momento, Fogo sobre Terra (1974) e Coração Alado (1980). Foi casado por cinco vezes, com a empresária Maria Augusta Nielsen, as atrizes Márcia de Windsor, Glauce Rocha e Myriam Pérsia e com Beth. Teve duas filhas, Tânia Bôscoli (com Myriam), também atriz, e Adriana de Bôscoli (com Beth), atriz e produtora. Morre de enfarte em 19 de fevereiro de 1983, aos 54 anos de idade, durante as gravações da novela Sol de Verão, pela TV Globo. É um dos maiores atores da sua geração. Filmografia: 1948 – Pra lá de Boa; 1949 – Dominó Negro; 1953 – A Santa de um Louco; 1954 – Floradas na Serra; Paixão Tempestuosa; Toda a Vida em Quinze Minutos; 1955 – Sonho de Outono (inacabado); 1956 – Leonora dos sete Mares; 1958 – Meus Amores no Rio (Mis Amores en Río) (Brasil/Argenti na); 1959 – Moral em Concordata; 1960 – Cidade Ameaçada; Plaza Huincul (Pozo Uno) (Argen-ti na); 1961 – Esse Rio que eu Amo (episódio: Balbino, o Homem do Mar); Sócio de Alcova (Socia de Alcoba) (Brasil/Argenti na); 1962 – Pedro e Paulo (Tercer Mundo) (Brasil/Argentina); Setenta Veces Siete (Argentina); Buscando a Mónica (Argenti na/Espanha); 1963 – Barcos de Papel (Argentina/Espanha); Racconto (Argenti na); 1965 – Crônica da Cidade Amada (episódio: Iniciada a Peleja); Paraíba, Vida e Morte de um Bandido; Arrastão (Les Amants de La Mer) (França/ Brasil); 1967 – Terra em Transe; 1968 – Antes o Verão; O Homem que Comprou o Mundo; As Três Mulheres de Casanova; Por um Amor Distante (Pour Un Amour Lointain) (França/Brasil);1969 – Macunaíma; A um Pulo da Morte; Sete Homens Vivos ou Mortos; 1972 – Os Devassos; A Viúva Virgem; 1973 – Roleta Russa; 1976 – Tangarela, a Tanga de Cristal; 1977 – A Menor Violentada (Lá Menor) (Espanha/Brasil); 1978 – Batalha de Guararapes; 1979 – O Bom Burguês; 1980 – Pixote, a Lei do mais Fraco; 1982 – O Segredo da Múmia; 1983 – Rio Babilônia. JARDIM, LIA Nasceu em São Paulo, SP, em 28 de janeiro de 1909. Desde criança quer ser atriz de cinema. Na adolescência, participa de um comercial para José Del Picchia. Estreia no cinema em 1928, no filme Morfina. Não se tem notícia da continuidade de sua carreira. Filmografia: 1928 – Morfina. JESSE JAMES Jesse James Costa. Ator famoso na Boca do Lixo. Ele contava brincando aos amigos que tinha esse curioso nome porque seu pai gostava muito do fi lme americano Jesse James (idem, 1939), com Tyrone Power. Estreia em 1972 no filme Maridos em Férias. Sempre foi muito ligado ao diretor Ugo Giorgetti , com quem fez vários filmes, tendo seu melhor desempenho em Jogo Duro (1985), do próprio Giorgetti . Seu último filme é um policial dirigido por Fabrício Cavalcanti, filho de Francisco Cavalcanti. Morre em 2002 num acidente automobilístico na rodovia dos Imigrantes, retornando à São Paulo. Filmografia: 1972 – Maridos em Férias (O Mês das Cigarras); Os Desclassifi cados; 1973 – A Pequena Órfã; 1975 – Eu Faço... Elas Sentem; 1977 – Chumbo Quente; 1979 – Paixão de Sertanejo; Joelma, 23o Andar; 1980 – Ato de Violência; 1982 – O Rei da Boca; 1984 – O Tônico do Sexo (A Raiz do Amor); 1985 – Jogo Duro; 1986 – A Hora do Medo; 1987 – Besame Mucho; 1989 – Festa; 1992 Trampa Mortal (México); 1997 – Os Camaradas (Die Genossen) (CM); 1998 O Regenerado; Boleiros: Era uma Vez o Futebol...; Alô?; 2001 – Amor Imortal. JESUS, CLEMENTINA DE Nasceu em Valença, RJ, em 2 de julho de 1901. A mãe, lavadeira, lavando roupa ou ninando a filha, cantava lundus, jongos e cantos de trabalho dos escravos. A música negra germinou em sua mente por anos a fio. Casa-se em 1940 e trabalha como empregada doméstica por vinte anos na mesma casa. Durante o serviço, cantarolava as canções que aprendera na infância. O poeta mangueirense Hermínio Bello de Carvalho a descobre e, em 1963, a leva para parti cipar do show Rosas de Ouro, cantando corimas, partidos altos, jongos ou caxambus. O show percorre várias capitais brasileiras e vira disco, o primeiro a registrar a voz possante e rouca de Clementina. Em 1968 grava o disco Gente da Antiga, ao lado de Pixinguinha e João da Bahiana. Em 1975 participa do filme A Extorsão e sua voz e suas músicas são usadas em muitos outros filmes como parte da trilha musical. No filme Leão de sete Cabeças, de Glauber Rocha, por exemplo, Clementina canta o hino francês na trilha sonora. Faz sucesso com a música Marinheiro Só. Com idade avançada, é descoberta para a MPB, sendo muito querida entre os colegas de profi ssão e público. Morre em 19 de julho de 1987, aos 86 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: (como atriz): 1972 – Jesuíno Brilhante, o Cangaceiro; 1975 – A Extorsão. (como cantora: somente a voz): 1969 – O Leão de sete Cabeças (Der Leone Have Sept Cabeças) (Brasil/Itália); 1977 – P. S. te Amo (CM); 1978 – Wilsinho Galileia (média-metragem); 1985 – Chico Rei; 2000 – Cá e Lá (CM). JESUS, FERNANDA DE Nasceu em Viseu, Portugal, em 1952. Aos seis anos muda-se com a família para o Brasil, fixando residência no Rio de Janeiro. Inicia seus estudos normais e faz teatro amador na escola, chegando a representar na peça Sal da Terra. Fica seis anos parada, para concluir seus estudos, e retoma a carreira artística como capa da revista Ele e Ela. Estreia no cinema em 1975 no filme Eu Dou o que ela Gosta. Na televisão, participa de uma única novela, O Rebu, como Betinha, em 1974. A partir de 1976, não se tem notí cias da continuidade de sua carreira. Filmografia: 1975 – Eu Dou o que ela Gosta; Passaporte para o Inferno; Amadas e Violentadas; 1976 – Dona Flor e seus dois Maridos. JESUS, JOSÉ DE Nasceu em São José dos Campos, SP, em 27 de fevereiro de 1944. Entra para a vida artística por acaso. Em 1958, uma equipe de cinema está na sua cidade preparando as fi lmagens de Cara de Fogo. Se inscreve e é escolhido por Galileu Garcia, entre 250 candidatos. Tem quatorze anos e estreia no cinema, fazendo grande sucesso, inclusive ganhando dois prêmios, o Saci e o Prêmio de Cinema, como ator revelação do ano. Grande promessa, não consegue manter sua carreira. Na televisão, parti cipa dos especiais/programas A Fugitiva (1961) Dom Pasquale (1961), pela TV Cultura de São Paulo, e Quando menos se Espera (1963). Filmografia: 1958 – Cara de Fogo; Pega Ladrão 1959 – O Preço da Vitória. JET BLACKS, THE Grupo de rock formado no final dos anos 1950 em São Paulo por Gato, Alemão, Zé Paulo e Jurandir. Tocam somente músicas instrumentais, no melhor esti lo dos The Shadows ingleses e The Ventures americanos. Suas músicas deixam as plateias alucinadas, como Theme For Young Lovers e Apache. Seu primeiro LP, Twist, data de 1961. O guitarrista Gato é considerado o melhor do Brasil, sendo, em 1967, requisitado por Roberto Carlos para integrar o RC-7. Isso balança o Jet, que nunca mais será o mesmo. Depois de várias formações, o grupo se dilui nos anos 1970, mas volta uma década depois, já na sua terceira composição, e somente com Jurandir da formação original. Fazem shows esporádicos. Gato morre em 1996 em consequência do alcoolismo. No cinema, participam de apenas um episódio do filme Audácia – a Fúria dos Desejos, em 1970, mas já sem a clássica formação dos anos 1960. Filmografia: 1970 – Audácia – a Fúria dos Desejos (episódio: Amor 69). JIMENEZ, CLÁUDIA Cláudia Maria Patitucchi Jimenez nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de novembro de 1958. Desde a adolescência pratica teatro, em peças infantis no Tijuca Tênis Clube, ao lado de Bia Seidl. Estreia profissionalmente em 1973 na peça Ópera do Malandro. Na TV Globo, participa das novelas Final Feliz (1982), Eu Prometo (1984) e Ti-Ti-Ti (1985). Estreia no cinema em 1983 no filme Gabriela. Atua em mais de uma dezena de filmes, destacando-se Os Trapalhões no Auto da Compadecida (1987) e O Corpo (1996), talvez seu melhor momento no cinema. Grande comediante, ganha notoriedade nacional ao interpretar a Dona Cacilda, na Escolinha do Professor Raimundo; Edileuza, no Sai de Baixo, ao lado de Miguel Falabella e Tom Cavalvanti, mas alguns desentendimentos internos afastam-na do programa no início de 1997, sendo substi tuída por Márcia Cabrita. Em 1998 retorna às novelas em Torre de Babel, como Bina; depois As Filhas da Mãe (2001), como Dagmar; América (2005), como Consuelo; e Sete Pecados (2007), como Custódia; e Negócio da China (2009), como Violante Gonçalves. É uma das grandes comediantes brasileiras. Filmografia: 1983 – Gabriela (Brasil/Itália/EUA); 1985 – Ópera do Malandro (Brasil/França); 1986 – A Dança dos Bonecos; 1987 – Urubus e Papagaios; Os Trapalhões no Auto da Compadecida; 1988 – Romance da Empregada; 1991 – O Corpo; 1998 – Como Ser Solteiro. JOÃO GILBERTO João Gilberto do Prado Pereira de Oliveira nasceu em Juazeiro, BA, em 10 de junho de 1931. Em 1949 muda-se para o Rio de Janeiro, integrando conjuntos vocais. Em 1958 torna-se conhecido nacionalmente com a música Chega de Saudade. É um dos ícones da bossa nova. Seu estilo próprio de cantar e executar o violão, somado à sua excentricidade, torna-o mito de nossa música. Vive recluso num apart-hotel alugado – onde mora há muitos anos no Rio de Janeiro – e eventualmente grava um disco e faz shows. No cinema, participa de um único filme, Copacabana Palace, em 1964. É uma lenda viva da MPB. Casado por três vezes, tem quatro filhos. Com sua primeira esposa, Astrud Gilberto (1960/1964), teve um filho, João Marcelo (1960). Do seu segundo casamento com a cantora Miúcha (1965/1971), teve uma filha, a também cantora Bebel Gilberto (1966); e com Cláudia Faissol, teve uma filha chamada Luísa Carolina (2004). Filmografia: 1958 – Pista de Grama (Um Desconhecido Bate à porta); 1964 – Copacabana Palace (The Girl Name) (Itália/França/Brasil); 1970 – O Tempo e o Som (CM) (depoimento); 1981 – Brasil; 1996 – Bahia de Todos os Sambas; 2003 – Raízes do Brasil: Uma Cinebiografia de Sérgio Buarque de Hollanda; 2005 – Vinícius; Coisa mais Linda: Histórias e Casos da Bossa Nova. JOÃO MIGUEL Nasceu em Salvador, BA, em 1971. Inicia sua carreira aos nove anos de idade, com crianças de rua, no circo. Depois apresenta peças em escolas, hospitais públicos e favelas de Salvador e do interior. Aos dezessete anos muda-se para o Rio de Janeiro para estudar na Casa das Artes de Laranjeiras – CAL. Nessa época conhece o ator Luiz Carlos Vasconcelos, diretor do Grupo Piolim. Estreia no cinema em 2004 no filme Esses Moços e na televisão na série Carandiru, Outras Histórias. Tem atuado com frequência em cinema como em O Céu de Suely (2006) e Se nada mais Der Certo (2008), mas o papel que lhe dá notoriedade é mesmo no filme Cinema, Aspirinas e Urubus (2005). Estreia na televisão na minissérie Pastores da Noite, em 2002. Depois Amazônia, de Galvez a Chico Mendes (2007), A Grande Família (2007), Casos e Acasos (2008) e Ó Pai Ó (2008), sempre pela TV Globo. Por mais de quatro anos participa da peça Bispos, sobre o arti sta Arthur Bispo do Rosário. Filmografia: 2004 – Esses Moços; 2005 – Cidade Baixa; Cinema, Aspirinas e Urubus; Eu me Lembro; 2006 – Jardim das Folhas Sagradas; O Céu de Suely; Deserto Feliz; Mutum; Estômago; 2008 – Se nada mais Der Certo; 2009 – Hotel Atlântico; Bonitinha, mas Ordinária; 2010 – Matraga. JOÃO PAULO João Paulo Ramalho começa como dublador na AIC (Arte Internacional Cinematográfica), colocando a voz, entre outros, no seriado Tarzan, com Ron Ely. Depois assume cargos administrativos. Atua também em teatro e televisão. Estreia no cinema como ator em 1976 no filme Como Consolar Viúvas. Passa a fazer a voz de José Mojica Marins, o Zé do Caixão, em diversos fi lmes, como Inferno Carnal (1977) e Mundo, Mercado do Sexo (1978). Como ator ou dublador, acaba participando de dezenas de filmes, entre 1976 e 1988. Filmografia: 1976 – Como Consolar Viúvas; Excitação; A Estranha Hospedaria dos Prazeres (voz); 1977 – Noite em Chamas; Inferno Carnal (voz); 1978 – Reformatório das Depravadas; Mundo, Mercado do Sexo (Manchete de Jornal) (voz); Delírios de um Anormal (voz); A Deusa de Mármore – Escrava do Diabo; Fugiti vas Insaciáveis; Jeca e seu Filho Preto; Perversão (Estupro!) (voz); 1979 – A Noite dos Imorais; O Porão das Condenadas; 1980 – O Império das Taras; Prisioneiras da Ilha do Diabo; 1981 – E a Vaca Foi para o Brejo; O Filho da Prosti tuta; 1982 – Curral de Mulheres; O Motorista do Fuscão Preto; Muitas Taras e um Pesadelo; 1983 – Massagem For Men; O Cafetão; Os Tarados; 1984 – Ivone, a Rainha do Pecado (Uma Mulher Provocante); 1986 – O Garanhão Erótico; 1987 – Horas Fatais (voz); 1988 – O Instrumento da Máfia. JOBIM, TOM Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 25 de janeiro de 1927. Cedo entra no conservatório para estudar piano, instrumento comprado para a irmã mais velha, Helena. Adolescente, trabalha num escritório de arquitetura, profissão que deseja seguir, mas logo abandona tudo para tocar em casas noturnas cariocas. Seu primeiro sucesso, Teresa da Praia, composto em parceria com Billy Blanco, acontece em 1954, nas vozes de Dick Farney e Lúcio Alves. Inicia parceria com Vinícius de Morais e juntos compõem clássicos do quilate de Eu Sei que Vou te Amar e Chega de Saudade. No início da década de 1960, em plena bossa nova, projeta a Música Brasileira internacionalmente com Garota de Ipanema, a quinta música mais executada do planeta. É o músico e compositor brasileiro mais respeitado no exterior. Tem modesta participação no cinema, em 1965 no filme Pluft, o Fantasminha, mas compõe a trilha sonora de vários outros como Garota de Ipanema (1966), Eu te Amo (1980) e Gabriela (1983). Suas músicas até hoje são tocadas em todo o mundo e utilizadas como trilha musical de cinema. Morre em Nova York, em 8 de dezembro de 1994, vítima de problemas cardíacos, aos 67 anos de idade, deixando uma lacuna difí cil de ser preenchida na Música Popular Brasileira. Filmografia: 1965 – Pluft, o Fantasminha; 1970 – O Tempo e o Som (CM) (depoimento); 1980 – Tanga – Deu no New York Times. JOEL & GAÚCHO A dupla é formada em 1930 pelos cantores Joel de Almeida (1913/1993), o Joel, e Francisco de Paula Brandão Gurgel (1911/1971), este, recém-chegado de Cruz Alta, RS, daí o apelido de Gaúcho. Estreiam na Rádio Philips. Em 1932 são contratados pela Rádio Mayrink Veiga e emplacam seu primeiro sucesso, Estão Batendo, de Gadé e Valfrido Silva, mas a consagração vem com Pierrot Apaixonado. Cantam nos Cassinos da Urca e Atlântico. Pela afinação e sincronismo das vozes, são chamados de gêmeos da voz. Estreiam no cinema em 1936 no filme Alô, Alô, Carnaval e participam de muitos outros. Em 1952 a dupla se desfaz e Joel passa a cantar sozinho, recebendo o carinhoso apelido de magrinho elétrico. Há uma volta, em 1962, que gera um magnifico long-play. Infelizmente, a partir da década de 1960, a carreira de Joel entra em declínio. Gaúcho morre em 1º de abril de 1971, aos 60 anos de idade, e Joel em 1993, aos 79 anos de idade. Filmografia: 1936 – Alô, Alô, Carnaval; 1940 – Laranja da China; Céu Azul; 1944 – Tristezas não Pagam Dívidas; 1945 – Não Adianta Chorar; 1946 – Segura esta Mulher; 1947 – Este Mundo é um Pandeiro; 1948 – Esta é Fina. JOHNSON, ERI Eri Johnson Araújo nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22 de dezembro de 1961. Estreia na televisão em 1986 na novela Hipertensão, como Juca. Com talento nato para o humor, tem muita facilidade em imitar personalidades como Pelé, Roberto Carlos, o Papa João Paulo II, etc.. Participa de inúmeras novelas como Bambolé (1987), como Canguru; Barriga de Aluguel (1990), como Lulu; Explode Coração (1995), como Adilson Gaivota; O Clone (2001), como Ligeirinho; Cobras & Lagartos (2006), como Frei Paulo; e Duas Caras (2008), como o hilário sambista Zé da Feira, que mora na favela da Portelinha. Faz pouco cinema: uma ponta em Romance de Empregada (1987) e Uma Aventura de Zico (1998), dando preferência à televisão, mas retorna em 2008 para o filme Sexo com Amor? É um grande talento brasileiro. Filmografia: 1987 – Romance da Empregada; 1998 – Uma Aventura de Zico; 2008 – Sexo com Amor? JORDANS, THE Grupo paulistano de grande sucesso à época da Jovem Guarda, cantando baladas românti cas e hits dançantes em shows por todo o País. A banda é formada em 1959. Em 1961 tem sua grande oportunidade no programa Ritmos da Juventude, na Rádio Nacional de São Paulo, grande celeiro de novos talentos. A formação básica é Aladim (Romeu Mantovani Sobrinho), Sinval (Olímpio Sinval Drago), Tony (José de Andrade), Foguinho (Waldemar Botelho Júnior), Ziquito (João Salvador Galatti ), Irupê (Irupê Teixeira Rodrigues). Gravam seu primeiro disco em 1961, um 78 RPM chamado Boudha, e no mesmo ano o primeiro LP, A Vida Sorri Assim. Chegam a ter um contato com os Beatles na Inglaterra, durante uma excursão do grupo, com um dos integrantes da banda tendo gravado o encontro numa câmera 8mm. No cinema, participam de apenas dois filmes, um deles com Mazzaropi, O Puritano da Rua Augusta (1965). Na década de 1970 o grupo se desfaz, retornando em 1995, com a comemoração de 30 anos da Jovem Guarda. Estão em plena ati vidade e com a formação original ainda, uma raridade para os tempos de hoje. Filmografia: 1965 – A Desforra; O Puritano da Rua Augusta. JORGE FERNANDO Jorge Fernando de Medeiros Rebello nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 29 de março de 1955. Completa somente o segundo grau e já começa a animar bailes de debutantes. Depois inicia carreira no teatro, no qual tem sua primeira experiência como ator na peça As 1001 Encarnações de Pompeu Loureiro. Estreia no cinema em 1978 no filme Pequenas Taras e nesse mesmo ano estoura no seriado Ciranda, Cirandinha, iniciando carreira de ator nas novelas Pai Herói (1977) e Água Viva (1980). Em 1980 dirige Coração Alado pela TV Globo, sua primeira experiência atrás das câmeras, já demonstrando muito talento. Hoje já acumula mais de trinta novelas dirigidas, numa invejável carreira, sempre em comédias, sua especialidade, como em Brega & Chique (1987), A Próxima Vítima (1995), As Filhas da Mãe (2001) e Sete Pecados (2007). Entre uma direção e outra, lembra seus tempos de ator como em três episódios de Sai de Baixo (1999/2000), Chocolate com Pimenta (2004) e no filme Se eu Fosse Você (2006). É um dos grandes nomes atuais da televisão brasileira, principalmente como diretor de um dos núcleos da emissora. No cinema, em 2004 estreia na direção, no filme Sexo, Amor e Traição, grande sucesso da Globo Filmes, depois Xuxa Gêmeas (2006) e em 2008 retorna com a comédia A Guerra dos Rocha. É filho da atriz Hilda Rebello. Filmografia (ator): 1978 – Pequenas Taras; 1994 – Alma Corsária; 2006: Xuxa Gêmeas; Se eu Fosse Você. Filmografia (diretor): 2004 – Sexo, Amor e Traição; 2006 – Xuxa Gêmeas; 2008 – A Guerra dos Rocha. JOSÉ RENATO Renato José Pécora nasceu em São Paulo, SP, em 01 de Fevereiro de 1926. Formado pela Escola de Arte Dramática de São Paulo em 1950, é imediatamente contratado como diretor do grupo profissional dessa escola. Introduz no Brasil o gênero Arena realizando as primeiras experiências em 1951 no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Funda o Teatro de Arena de São Paulo em 1951, dirigindo-o durante onze anos, até 1962. Torna-se autor e diretor teatral de sucesso, introdutor do nacionalismo no teatro brasileiro. Estreia no cinema em 1951 no filme Suzana e o Presidente. Totalmente avesso à televisão, em entrevista de 2005 declara: Desenvolve-se um domínio que eu acho extremamente perigoso. Não existe um país no mundo, a não ser o nosso, que tem novelas das seis às dez da noite. José Renato recebe o Prêmio Funarte de Dramaturgia em 2004 e o Prêmio Shell de contribuição ao teatro. Dirige há muitos anos o Teatro dos Arcos em São Paulo, com o objetivo de formar novos talentos. Em 2009 estreia a peça Carlos Gomes – Sangue Selvagem, texto de Ernevaz Fregni ao mesmo tempo em que a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, pela Coleção Aplauso, lança sua biografia, José Renato – Energia Eterna, de autoria de Hersch Basbaum. Filmografia: 1951 – Suzana e o Presidente; Ângela; 1952 – Tico-Tico no Fubá; Sai da Frente; Appassionata; 1953 – A Família Lero-Lero; 1980 – À Procura do Público (CM); Asa Branca, Um Sonho Brasileiro; 2006 – Boleiros 2 – Vencedores e Vencidos. JOSÉ RICARDO José Alves Tobias nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 6 de março de 1939. Ainda garoto começa a cantar no programa Ritmos da Polícia Militar e depois na Rádio Mauá. Em 1964 grava seu primeiro compacto com a música Eu que Amo Somente a Ti. Depois faz sucesso na Jovem Guarda, com as músicas Quando Digo que te Amo e Ao Menos Telefone. Como intérprete, atua em apenas dois fi lmes, sendo o primeiro Jovens Pra Frente de 1968, último fi lme de Oscarito. Participa de programas da época como Corte Rayol Show, O Fino da Bossa, Esta Noite se Improvisa, etc. Ao longo da carreira faz mais de seis mil apresentações, sendo sucesso em Portugal, onde fazia temporadas regulares, tendo recebido homenagem especial do então presidente Mário Soares. Lá apresentava-se sempre nos grandes espaços culturais como o Teatro Coliseu de Lisboa e Casino de Estoril, o maior da Europa. Ajudou, também, a divulgar o Rancho Folclórico Brasil-Portugal. No Réveillon de 1998/1999, o cantor fez o seu últi mo grande show, realizado na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Destacou-se também pelo seu lado humano, ao formar movimentos de ajuda a velhos artistas. Foi casado com Hercy Maria Nunes Rodrigues, com quem teve dois filhos, Luiz Murillo (1971) e José Ricardo Jr. (1972). Morre em 11 de maio de 1999, aos 60 anos de idade, de câncer, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1968 – Jovens Pra Frente; 1976 – Tangarela, a Tanga de Cristal. JOUBERT, CLAUDETTE Cleodete Carvalho Moreira nasceu em Londrina, PR, em 11 de novembro de 1951. Radicada em São Paulo, começa sua carreira como modelo em comerciais para televisão. Nessa época conhece David Cardoso, que a convida para parti cipar do filme Sinal Vermelho, as Fêmeas, dirigido por Fauzi Mansur em 1972. Com Tony Vieira, faz inúmeros filmes policiais eróti cos. Trabalha em muitos outros, como A Filha do Padre (1975) e Gemidos e Sussurros (1987). Na década de 1980, paralelamente à carreira no cinema, monta academia de ginástica muito famosa em São Paulo. Em 1991, muda-se para Gama, em Brasília, convidada por Afonso Brazza para participar do filme Santhion Nunca Morre. A partir daí, já como esposa de Brazza, participa de todas as suas produções. Filmografia: 1972 – Sinal Vermelho, as Fêmeas; Gringo, o Últi mo Matador (O Matador Eróti co); 1973 – Desejo Proibido; Sob o Domínio do Sexo; 1974 – Sadismo de um Matador; O Exorcista de Mulheres; Obsessão Maldita; 1975 – A Filha do Padre; Os Pilantras da Noite; 1976 – Torturadas pelo Sexo; Traídas pelo Desejo; 1977 – As Amantes de um Canalha; 1978 – Os Depravados; Os Violentadores; 1979 – Essas Deliciosas Mulheres; Os Rapazes da Difícil Vida Fácil; 1980 – O Cangaceiro do Diabo (O Cangaceiro Eróti co); Herança dos Devassos; O Inseto do Amor; Meu Primeiro Amante; 1981 – O Fotógrafo; Os Indecentes; A Pistola que elas Gostam; 1982 – O Rei da Boca; 1983 – O Início do Sexo; 1986 – Sexo Erótico na Ilha do Gavião; As Belas da Billings; 1987 – Gemidos e Sussurros; 1991 – Santhion nunca Morre; 1993 – Inferno no Gama; 1994 – Gringo não Perdoa, Mata; 1997 – No Eixo da Morte; 2001 – Tortura Selvagem – a Grade; 2002 – Fuga sem Destino; Candango Jango (inacabado). JUAN DANIEL Juan Daniel Ferrer nasceu em Barcelona, Espanha, em 20 de fevereiro de 1907. Com seis anos de idade muda-se para a Argentina, primeiro em Córdoba e depois Buenos Aires. Com dezesseis anos inicia-se no teatro de revistas, como bailarino e corista e depois chansonnier e galã-cantor. Já famoso, faz sua primeira apresentação no Brasil em 1929, no Rio de Janeiro. Em 1935 Juan conhece Mary, que formava a dupla Mary & Alba, apaixonam-se e casam-se na Espanha. Em 1936 resolvem mudar para o Brasil definitivamente e Juan assume a direção artística do Cassino Atlântico, paralelamente canta na Rádio Clube do Brasil e depois Globo, já com o carinhoso apelido de O Cantor das Américas, dado pelo locutor do programa, Raul Brunini. Nos anos 1940 grava vários discos, mas com o fechamento dos cassinos, em 1946, que causa grande desemprego na classe artísti ca brasileira, vai trabalhar em circos e teatros para sobreviver . Em 1949, funda – com Mary – o Teatrinho Follies, que funcionaria até 1957. Na TV Globo, a partir de 1965, é produtor e organizador de diversos festivais internacionais da canção. A partir dos anos 1970 começa a atuar em novelas, fazendo mais de uma dezena delas, sendo sua estreia em 1970 em Assim na Terra como no Céu (1970), depois Selva de Pedra (1972), Pecado Capital (1975), na qual canta o tango El Dia Que Me Quieras, de Gardel, O Astro (1977), Feijão Maravilha (1979), na minissérie Anos Dourados (1986), como o Padre Rodrigues, etc. Foi casado com a atriz Mary Daniel por 72 anos, com quem teve dois filhos, o produtor/cineasta/ator Daniel Filho e Cláudia Daniel. Morre no Rio de Janeiro, RJ, em 26 de outubro de 2008, de causas naturais, aos 101 anos de idade. Filmografia: 1969 – A Cama ao Alcance de Todos; 1975 – O Casal; 1990 – O Mistério de Robin Hood. JULIANO, RANDAL Nasceu em Barra Bonita, SP, em 20 de abril de 1925. Já em São Paulo, começa a carreira como radialista em 1944 na Rádio Panamericana de São Paulo e depois como profi ssional de televisão, frente às câmeras da TV Record, colecionando troféus por seu desempenho. Em 1950 faz sua estreia no cinema, numa ponti nha no filme A Vida é uma Gargalhada, e tenta, com relativo sucesso, a carreira de ator cinematográfico, chegando a fazer vários filmes, entre eles Carnaval em Lá Maior (1955) e O Preço da Vitória (1959). Nessa época, é requisitado frequentemente para participar de novelas e especiais da TV como Voo 509 (1956), Alma na Noite (1957), A Mansão dos Daltons (1957), Desce o Pano (1957), Cidade Perdida (1958), Aqueles Olhos (1958), Cela da Morte (1958) e Banzo (1964). Nesse mesmo ano dirige sua única novela, Renúncia, pela TV Record. Em seguida abandona a carreira de ator e passa a se dedicar exclusivamente à televisão e rádio, apresentando programas de auditório e festi vais de música. Em 1968 Randal comandava um quadro do programa Guerra é Guerra, da TV Record, e apresentava Astros do Disco, que contava com a participação de cantores da Jovem Guarda e do Tropicalismo. Na ocasião, logo após a edição do AI-5, Randal leu e comentou uma nota de jornal que noticiava que Caetano e Gil haviam provocado baderna na casa noturna Sucata, do Rio de Janeiro, e cantado o Hino Nacional com uma letra obscena. Em 1992, Caetano Veloso declarou em entrevista ao Caderno 2 do Estado de S.Paulo que o comentário de Randal havia precipitado sua prisão e a de Gilberto Gil – e o posterior exílio de ambos em Londres. Minha intenção foi esculhambar um cara que desrespeitou o Hino, coisa que repeti ria hoje, disse Randal ao Estadão no mesmo ano. Em 1991, senti ndo-se ultrapassado, passa a frequentar a Faculdade de Filosofia da USP, curso que conclui em 1995. Nos últimos anos apresentava jornais da Rádio USP e foi professor de comunicação das Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAM) e da Universidade São Judas Tadeu. Grande talento da televisão brasileira, afastado da vida artísti ca e esquecido, morre em 10 de julho de 2006, aos 81 anos de idade, em São Paulo. Filmografia: 1950 – A Vida é uma Gargalhada; 1955 – Carnaval em Lá Maior; 1956 – Getúlio: Glória e Drama de um Povo (narração); A Pensão da Dona Estela; 1957 – O Grande Desconhecido (narração); 1958 – É a Maior; 1959 – O Preço da Vitória. JULIÃO, JORGE Nasceu em 1957. Com alguma experiência teatral, é escolhido entre muitos candidatos para fazer o difícil papel de Lilica, um homossexual, no filme Pixote, a Lei do mais Fraco, de Hector Babenco, realizado em 1980. Sua interpretação é marcante, mas não o suficiente para sustentar sua carreira cinematográfi ca. Em 1983, ainda participa da minissérie Moinhos de Vento. Depois disso, não se teve mais notícia da continuidade de sua carreira. Filmografia: 1980 – Pixote, a Lei do mais Fraco. JUNQUEIRA, CAIO Caio de Lima Torres Junqueira nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20 de novembro de 1986. É filho do ator Fábio Junqueira. Estreia na televisão em 1990 na minissérie Desejo e não para mais de atuar em novelas e minisséries como A Viagem (1994), Hilda Furacão (1998), Chiquinha Gonzaga (1999), Um Anjo Caiu do Céu (2001), O Quinto dos Infernos (2002) e Um só Coração (2004). Contratado pela TV Record em 2004, parti cipa, como um dos protagonistas, das novelas Escrava Isaura (2004) e Desejo Proibido (2007). Estreia no cinema em 1997 no filme For All, o Trampolim da Vitória. Tem atuação destacada em Abril Despedaçado (2001), Zuzu Angel (2006) e Tropa de Elite (2007). É um dos grandes atores de sua geração, tendo consti tuído surpreendente curriculo nos últimos dez anos. Filmografi a: 1997: For All, o Trampolim da Vitória; O que é Isso Companheiro?; Buena Sorte; 1998 – Central do Brasil; Rua do Amendoim (CM); 1999 – Gêmeas; 2000 – Quase Nada; 2001 – Isabelle Trouxe Alguns Amigos – Episódio III: Namorada Tristeza (CM); Abril Despedaçado; Pedro Pintor em Autorretrato (CM); 2002 – Suspiros Republicanos (CM); Seja o que Deus Quiser; 2003 – Viva Sapato!; Apolônio Brasil, Campeão de Alegria; 2004 – Relâmpago (CM); 2005 – Relâmpago II (CM); 2006 – Zuzu Angel; 2007 – Tropa de Elite; 2008 – Domingo de Páscoa (CM). JUNQUEIRA, FÁBIO Fábio César Nogueira Junqueira nasceu em São Paulo, SP, em 30 de março de 1956. Estreia na televisão em 1980, na novela Marina, pela TV Globo. Em 1983 faz seu primeiro filme, Bar Esperança, o Último que Fecha. Segue carreira regular na televisão em novelas como Ciranda de Pedra (1981), Vale Tudo (1988), Sex Appeal (1993), Torre de Babel (1998), Mulheres Apaixonadas (2003) e Escrava Isaura (2004). Estreia como diretor em 1996 em Anjo de Mim, seguindo-se Corpo Dourado (1998), Roda da Vida (2001), Essas Mulheres (2005), Cidadão Brasileiro (2006) e Luz do Sol (2007). No cinema, faz participações esporádicas como em Jorge, um Brasileiro (1988), O Judeu (1996) e Separações (2002). Nos últimos tempos trabalhava como diretor na área de teledramaturgia nos estúdios RecNov, em Vargem Grande, emissora afiliada da Rede Record. É pai do ator Caio Junqueira. Morre em 20 de novembro de 2008, no Rio de Janeiro, aos 52 anos de idade, de câncer no cérebro. Filmografia: 1983 – Bar Esperança, o Último que Fecha; O Bom Burguês; 1984 – Nunca Fomos Tão Felizes; 1987/1996 – O Judeu (Brasil/Portugal); 1988 – Jorge, um Brasileiro; 1991 – Assim na Tela como no Céu; 1992 – Kickboxer 3: The Art of War (EUA); 2002 – Separações. JUNQUEIRA, KITO Leo Rosa Vermelha nasceu em São Paulo, SP, em 15 de maio de 1948. Fez a Escola de Artes Dramáticas de São Paulo. Em 1973 estreia na televisão, pela Tupi, na novela Divinas e Maravilhosas. Depois de algum tempo, transfere-se para a TV Globo e parti cipa de Espelho Mágico (1977) e Te Contei? (1978). Pela TV Bandeirantes faz quatro novelas: Cavalo Amarelo (1980), Os Adolescentes (1981), Ninho da Serpente (1982) e Campeão (1982). Pela TV Manchete, Chapadão do Bugre (1988) e Pantanal (1990). No teatro, recebe vários prêmios, com a peça Bent, de M. Sherman, em que produz e atua, como Mambembe, APCA, Molière, etc. Faria outras como Falemos sem Calça, de G. Gentile (Prêmio de Ator Revelação); Não Explica que Complica, de A. Ayckbom; A Herdeira, de Henry James; O Encontro de Descartes com Pascal, de Jean-Claude Brisville (Prêmio Mambembe e Molière de melhor ator; Prêmio APCA de melhor peça, melhor cenário e melhor figurino); O Últi mo Encontro, de E. Steen; O Monta Cargas, de Harold Pinter; e As Cinzas de Mamãe. De 1994 a 1998 exerce o cargo de Deputado Estadual, em São Paulo. Em 2006 apresenta o programa Acredite se Quiser, pela TV Bandeirantes. Depois de oito anos afastado da televisão, retorna em 2006, contratado pela TV Record, para parti cipar de Vidas Opostas, Chamas da Vida (2008) e, mais recentemente, A Lei e o Crime (2009). Em 2008 retorna ao teatro na peça Desencontros Clandestinos. Foi casado por duas vezes, com a advogada Lúcia Alvarez, sequestrada e assassinada em 2003, com quem teve uma filha, Natália (1984), e depois com Márcia Bini. Filmografia: 1987 – Eternamente Pagu; 1995 – La Lona (CM); 2006 – Topografia de um Desnudo; 2009 – Caro Francis (depoimento). JUVINO, MIRIAM Nasceu em Recife, PE. Atriz, empresária e produtora cultural, inicia sua carreira como atriz teatral, participando do Teatro Amadores de Pernambuco. Estreia em 1983, sob a direção de Pedro Oliveira, fazendo parte do coral. Em 1989 muda-se para o Rio de Janeiro. Dirige o bloco carnavalesco Cordão de Boitatá, a qual é integrante desde sua formação, em 1997. Como atriz, participa de alguns filmes, sendo sua estreia em 1985 no curta Nem Tudo São Flores. Miriam produz espetáculos e empresaria atores, além de, esporadicamente, ser atriz, como no longa Como Esquecer, de Malu Martino. Filmografia: 1985 – Nem Tudo São Flores (CM); 1987 – O Bandido da Séti ma Luz; 2010 – Como Esquecer. K KALUME, DÉBORAH Nasceu em Floriano, Piauí, em setembro de 1978. Ainda em sua cidade natal, estuda piano, faz aula de danças e desde os oito anos participa do grupo de teatro da cidade. Depois faz curso de moda e desfile. Aos dezesseis anos muda-se para o Rio de Janeiro, onde já moravam seus avós maternos. Entra para o curso de Informática na PUC-RJ em 1995. Formada, aos vinte e dois anos já trabalha na área, mora sozinha e tem seu próprio carro. Em seguida mora seis meses na Suíça, estudando francês. De volta ao Brasil, faz um curso de interpretação no cinema na CAL – Centro de Artes de Laranjeiras e acaba por participar de outros ligados a área. Estreia no cinema em 2005 no longa Nossa Senhora de Caravaggio, dirigido pelo marido, o cineasta Fábio Barreto, com quem está casada desde 2002 e tem um filho, João, nascido em 2006. Na TV, estreia em Donas de Casa Desesperadas, pela RedeTV, depois foi a professora Eneida em Malhação e Negócio da China, em 2008, como Edilza, ambas produzidas pela TV Globo. Filmografia: 2005 – Nossa Senhora de Caravaggio; Desejo (CM); 2007 – O Homem que Desafiou o Diabo. KANNENBERG, FELIPE Nasceu em Porto Alegre, RS, em 16 de dezembro de 1972. Estuda Artes Cênicas na Universidade de Brasília – UnB e Introdução ao Método de Ator no CPT – Centro de Pesquisa Teatral do SESC, com Antunes Filho, em São Paulo. Em seguida entra para a Ofi cina de Atores da Rede Globo e faz interpretação para cinema no Studio Fátima Toledo. Em 1993 estreia na televisão no especial Contos de Natal – Sinal dos Tempos e em 1994 no cinema no filme Louco por Cinema. Entre 1994 e 1996 integra o grupo Benton de Dança Contemporânea. No teatro, participa de várias peças como Vestido de Noiva (1994), A Música de Beethoven e Seus Porquês (1995), O Corcunda de Notre-Dame (1996/1998), Um Homem é um Homem (1999), Megalópolis (2000), A Paixão de Jesus Cristo (2002/2004), Os Sete Afl uentes do Rio Ota (2003/2005), Coração Abandonado pelo Buddha (2007), A Memória dos Meninos (2008), etc. Mas sua grande paixão é o cinema, onde se destaca em fi lmes como Paixão de Jacobina (2002), Gaijin – Ama-me como Sou (2005) e Mulher Invisível (2009). Na televisão atua principalmente em minisséries e especiais como Mad Maria (2005), Avassaladoras (2006) e Mandrake (2007). Em 2007 dirige o curta-metragem Nove Minutos. Filmografia (ator): 1994 – Louco por Cinema; 2002 – Paixão de Jacobina; Olga; Irmãos de Fé; 2003 – Sem Saída (CM); 2005 – Diário de um Novo Mundo; 2005 Gaijin – Ama-me como Sou; Nossa Senhora do Caravaggio; 2007 – Meteoro; Não por Acaso; Canção de Baal; Polaroides Urbanas; 2008 – Ouro Negro; 2009 Mulher Invisível; 2010 – 400 contra 1; Eu e meu Guarda-Chuva. Filmografia (diretor): 2007 – Nove Minutos (CM). KANTOR, JOE Joseph Kantor, nasceu em Romankoutze, Ucrânia, em 12 de dezembro de 1912. Chega ao Brasil aos dois anos de idade, mas aos onze anos muda-se para os Estados Unidos e estuda no Bronx. Em 1935, retorna ao País para viver em Taubaté, interior de São Paulo. Joe, irrequieto, regressa aos EUA e alista-se na Marinha norte-americana para lutar na Segunda Guerra Mundial no Atlântico Norte e Pacífico. Em 1946 volta definitivamente ao Brasil e torna-se produtor teatral e ator de cinema e teatro. Funda, em 1949, o Nick Bar, reduto da boemia paulistana, ponto de encontro dos atores, diretores e técnicos do TBC – Teatro Brasileiro de Comédia e da Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Era fácil encontrar no Nick Bar Cacilda Becker, Anselmo Duarte, Tônia Carrero, etc. De dia, servia apetitosos almoços e à noite virava o piano-bar mais elegante da cidade, com a música de excepcional qualidade de Enrico Simonetti e Dick Farney, verdadeiramente um luxo. Joe aproveitava suas horas de folga para pequenas pontas nos filmes da Vera Cruz como Tico-Tico no Fubá, Sai da Frente, etc. Em 1955, já cansado desse trabalho, e, com a falência da Vera Cruz no ano anterior, Joe doa seu estabelecimento ao barman Afonso. Em 1956 o Nick Bar fechava suas portas definiti vamente. Depois disso Joe continuou suas atividades de produtor e a fazer pequenas pontas agora nos filmes de Hector Babenco como Pixote, a Lei do mais Fraco (1981) e O Beijo da Mulher Aranha (1985). Joe é falecido. Filmografi a: 1952 – Tico-Tico no Fubá; Sai da Frente; Appassionata; 1958 – Ravina; 1971 – Cordélia, Cordélia; 1981 – Pixote, a Lei do mais Fraco; 1985 – O Beijo da Mulher Aranha (Kiss of the Spider Woman) (Brasil/EUA). KAPLAN, ILANA Nasceu em Porto Alegre, RS, em 9 de maio de 1965. É formada em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Protagoniza vários espetáculos entre os quais Passagem para Java, pelo qual recebe o Troféu Açorianos de 1986, e Buffet Glória, que viaja o Brasil por quatro anos seguidos e lhe rende o prêmio de melhor atriz pelo SATED-RS e atriz revelação APETESPSP. Radicada em São Paulo a partir de 1995, participa de diversas comédias como O Burguês Ridículo, direção de Guel Arraes e João Falcão, Dia das Mães, direção de Paulo Autran, Terça Insana, direção de Grace Gianoukas, Três Versões da Vida, direção de Elias Andreatto, Ricardo III, direção de Jô Soares, Don Juan, direção de Gerald Thomas, etc. Estreia no cinema ainda em Porto Alegre no filme rodado em Super-8 Coisa na Roda. Participa de três filmes do diretor Mauro Lima: Loura Incendiária (1996), Meninos de Deus (1997) e Deus Jr. (2000). Na televisão, em 1997 atua em três capítulos do humorístico Sai de Baixo, como Lucinete, depois Os Normais (2002) e A Diarista (2006). Pela TV Record é uma das protagonistas principais de Metamorphoses (2004) e em 2009, pelo SBT, atua em Vende-se um Véu de Noiva, como Daura. É um grande talento brasileiro. Filmografia: 1982 – Coisa na Roda; 1987 – Prazer em Conhecê-la (CM); A Voz da Felicidade (CM); 1988 – A Hora da Verdade (CM); 1992 – Batalha Naval (CM); Novela (CM) (voz); 1995 – Super Colosso; 1996 – Loura Incendiária; 1997 – Meninos de Deus; Os Três Zuretas (Reunião de Demônios); 2000 – Deus Jr.; 2002 – O Limpador de Chaminés (CM) (voz); 2003 – A Festa de Margarete; 2004 – Nina; Como Fazer um Filme de Amor; 2007 – Xuxa em Sonho de Menina; 2010 – High School Musical: O Desafio. KARAN, GUILHERME Guilherme Pontes Karan nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de outubro de 1957. Chega a cursar o terceiro ano da faculdade de Arquitetura, mas abandona os estudos para ser crooner da banda Trepa no Coqueiro, cantando em boates cariocas. Em 1978 passa no teste e integra o elenco da peça Lola Moreno, com Ney Latorraca e Lucélia Santos. Sua estreia na televisão acontece em 1984, na novela Parti do Alto, seguindo-se de Meu Bem, meu Mal (1990) e Explode Coração (1995). Na TV Pirata, consagra-se como um dos maiores humoristas da nova geração no Brasil. Estreia no cinema em 1978 no filme Pequenas Taras e faz outros, como O Homem da Capa Preta (1986), além de vários curtas metragens. Tem seus melhores momentos no cinema ao lado de Xuxa, como em 1988, como o vilão Baixo Astral, no filme Super Xuxa contra o Baixo Astral e depois em Xuxa e os Duendes (2001) e Xuxa e os Duendes 2 – no Caminho das Fadas (2002). Em 1997 dirige seu primeiro filme, o curta Curta a Metragem, uma reunião de vários curtas. Participa dos humorísti cos Sai de Baixo (1996) e Brava Gente (2001), da minissérie Hilda Furacão (1998) e das novelas Pecado Capital (1998), como Jura, O Clone (2001), como Raposão, e América (2005), como Geraldito. Filmografia: 1978 – Pequenas Taras; Tudo Bem; 1982 – Luz Del Fuego; 1984 – O Príncipe do Fogo (CM); 1985 – O Rei do Rio; Rock Estrela; 1986 – Mal Estar (CM); O Homem da Capa Preta; Cinderela; 1988 – Super Xuxa contra o Baixo Astral; 1989 – O Escurinho do Cinema (CM); 1990 – Stelinha; 1991 – A Verdade (CM); O Filme da minha Vida; Assim na Tela como no Céu; 1992 – Bilhete Premiado (CM); 1994 – Amor! (CM); Domingo no Campo (CM); Canudos – As Duas Faces da Montanha (CM); 1995 – Comportamento Humano (CM); 1996 – Loura Incendiária; A Infância da Mulher Barbada (CM); Nos Tempos do Cinematógrapho (CM); 1998 – Entrevista (CM); O que é Cinema? (depoimento) (CM); A Mulher que Perdeu o Controle (CM); Iremos a Beirute; Bella Donna; 2000 – Vida e Obra de Ramiro Miguez; 2001 – Xuxa e os Duendes; Xuxa e os Duendes 2 – No Caminho das Fadas; 2002 – As Vozes da Verdade; 2003 – As Alegres Comadres. Filmografia (diretor): 1997 – Curta a Metragem (CM). KARAN, JORGE Nasceu em Candiota, RS. Adolescente, especializa-se em dança chula, sapateio e destreza de animais. Com dezenove anos de idade muda-se com a família para Curitiba para trabalhar como administrador de fazendas. Segue depois para o Rio de Janeiro. Estreia no cinema em 1965 no filme Luta nos Pampas, fazendo papel de gaúcho, tipo que acaba sendo sua marca registrada em quase todos os seus filmes seguintes, onde se destacam Quelé do Pajeú (1969) e O Menino da Porteira (1977). Na década de 1970 torna-se empresário, sendo proprietário de uma churrascaria em São Paulo, e abandona as telas. Filmografia: 1965 – Luta nos Pampas; Os Abas Largas; Obrigado a Matar; 1966 – A Hora e a Vez de Augusto Matraga; 1969 – Meu Nome é Tonho; Quelé do Pajeú; 1970 – Guerra dos Pelados; 1971 – Pantanal de Sangue; 1972 – O Homem do Corpo Fechado; Rogo a Deus e Mando Bala; 1973 – Caingangue, a Pontaria do Diabo; 1976 – A Últi ma Bala; 1977 – O Menino da Porteira. KASTING, CAROLINA Carolina Kasting Arruda nasceu em Florianópolis, SC, em 12 de julho de 1975. Estreia na televisão em 1996 na novela Anjo de Mim. Desenvolve sólida carreira ao atuar em novelas e minisséries como Hilda Furacão (1998), Porto dos Milagres (2001), Mulheres Apaixonadas (2003), Cabocla (2004) e O Profeta (2007). Estreia no cinema em 2001 no filme Sonhos Tropicais. No teatro, entre outras, atua nas peças Alice Através do Espelho (1999) e Van Gogh – O Amarelo Aumenta Todos os Dias (2007). Está casada com o designer e ator Maurício Grecco (1968), com quem tem uma filha, Cora, nascida em 2005. Filmografia: 2001 – Sonhos Tropicais. KELÉ, CLEMENTINO Clementino Luiz de Jesus nasceu em Salvador, BA, em 6 de maio. Estreia no cinema em 1962 no filme O Rei Pelé, mas se destaca mesmo em Assalto ao Trem Pagador, como o irmão de Tião Medonho. Em sua fi lmografi a destacam-se Vida Provisória (1968), Xica da Silva (1976) e, mais recentemente, Xangô de Baker Street (2001), seu retorno ao cinema depois de mais de 20 anos. Nesse período, atua muito em televisão, sendo sua estreia em 1970 em Irmãos Coragem. Entre outras, depois seguem-se Gabriela (1975), Água Viva (1980), Novo Amor (1986), Pátria Minha (1994) e Sinhá Moça (2006), como o Tobias. Está casado com a atriz Chica Xavier desde 1956, com quem tem três filhos, Christina, Izabela e Clementi no Jr. Filmografia: 1962 – O Rei Pelé; Assalto ao Trem Pagador; 1968 – Vida Provisória; 1970 – Anjos e Demônios; 1971 – O Homem das Estrelas (Le Maítre du Temps) (França/Brasil); 1973 – Caingangue; 1975 – O Esquadrão da Morte; 1976 – Xica da Silva; 1978 – A Deusa Negra; O Homem de Seis Milhões de Cruzeiros contra as Panteras; 1979 – Lerfa-Mu; 2001 – Xangô de Baker Street. KETTI, ZÉ José Flores de Jesus, nasceu no Rio de Janeiro, em 6 de outubro de 1921. Oriundo de família de sambistas, em 1935, aos 14 anos de idade, já fazia samba. Aos 24 anos já integra a ala de compositores da Escola de Samba da Portela. Em 1946 a escola grava seu primeiro enredo, Tio Sam no Samba. Em 1952, Linda Batista grava uma música sua, Amor Passageiro, mas o sucesso vem em 1954, quando Jamelão grava o samba Leviana, de sua autoria. Passa a ser então muito requisitado pelos cantores da época. Em 1955 compõe o samba A Voz do Morro, especialmente para o filme Rio, 40 Graus, de Nelson Pereira dos Santos. No filme, foi também ator e assistente de direção. Na década de 1960 compõe verdadeiras pérolas do samba brasileiro como Se Alguém perguntar por Mim, gravado por Nara Leão; O Samba não Morreu, com Paulinho da Viola; Mascarada, com Jair Rodrigues; e ainda Meu Pecado, Malvadeza Durão e Máscara Negra, talvez o maior sucesso de sua carreira. Em 1965, seu samba Opinião dá nome ao antológico show do Teatro de Arena no Rio, a qual participa com Nara Leão, depois Maria Bethânia e João do Valle. Em 1967 participa da novela Vidas em Confl ito. A partir dos anos 1970 sua carreira entra em declínio, mas em 1998 é condecorado com o Prêmio Shell de Música, pelo conjunto de sua obra, uma justa homenagem a um gênio da música brasileira. Morre em 14 de novembro de 1999, aos 78 anos de idade, no Rio de Janeiro, de parada cardíaca. Filmografia: 1955 – Rio, 40 Graus; 1957 – Rio, Zona Norte; 1962 – Boca de Ouro; 1963 – Gimba, Presidente dos Valentes; 1965 – A Falecida; O Desafio; Mar Corrente; O Homem do Rio (L’Homme de Rio) (França/Itália); 1966 – A Grande Cidade. KHALIL, THANIA Tânia Calil Padis Campos nasceu em São Paulo, SP, em 8 de julho de 1977. Faz balé por quinze anos, dançando profi ssionalmente por seis. Bailarina clássica formada pelo Ballet Paula Castro e pela Escola Nacional de Ballet de Cuba, onde mora por seis meses, em 1995. De volta ao Brasil, investe na carreira de atriz. Estuda teatro na Cármina Escola de Atores, depois fez cursos com Beto Silveira, Teatro-Escola Macunaíma, estúdio Wolf Maya, Teatro Oswaldo Boaretto, Magno Azevedo, Márcio Mehiel, etc. Em 2000 forma-se em Psicologia na Universidade Mackenzie e pelo Senac em locução e apresentação de TV. Em 2002 surge a primeira oportunidade, ao entrar para o elenco de apoio da novela Sabor da Paixão e em 2004 fica nacionalmente conhecida como a Nalva de Senhora do Destino. A partir de então deslancha sua carreira de atriz em Cobras & Lagartos (2006), como Nikki, Pé na Jaca (2007), como Paula, e Caminho das Índias (2009), como a Duda. Estreia no cinema em 2009 no curta Inocente, de Thiago Luciano e Beto Schultz, e está escalada para a produção americana Area Q, atualmente em fase de pré-produção. Está casada desde 2005 com o músico e ator Jair de Oliveira, com quem tem uma filha, Isabella, nascida em 2007. Filmografia: 2009 – Inocente (CM); 2010 – Area Q (EUA). KIELING, MÁRCIO Márcio Vinícius Schuller Kieling nasceu em Porto Alegre, em 5 de junho de 1978. Queria ser jogador de futebol chegando a treinar entre os juniores do Internacional e do Grêmio sediados na capital gaúcha. Por insistência da irmã (também atriz) fez fotos e levou a uma agência, logo começaram a surgir convites para estrelar campanhas publicitárias. Em seguida participa da novela on-line A Gente Ainda nem Começou, escrita para a internet por Carlos Gerbase. Aos 18 anos deixa Porto Alegre e muda-se para o Rio de janeiro para tentar carreira de ator e entra para a oficina de atores da TV Globo. Em 1998 faz uma pequena parti cipação na novela Pecado Capital e em seguida consegue uma oportunidade em Malhação, no período 1999/2001. Seguem-se Desejos de Mulher (2002), Agora é que São Elas (2003), Os Ricos Também Choram (2005), pelo SBT, Bicho do Mato (2007) e Amor e Intrigas (2008), ambas pela TV Record. Estreia no cinema em 2000 no filme gaúcho Tolerância, mas fica conhecido em todo o Brasil por sua participação no megassucesso Dois Filhos de Francisco, em 2005, interpretando o cantor Zezé Di Camargo. Em 2004 parti cipa do programa Linha Direta, em um de seus mais famosos episódios, As Cartas de Chico Xavier. No teatro, entre outras, atua na peça Glória de Nelson, direção de Daniel Herz. Por cinco anos namorou a atriz Bárbara Borges. Filmografia: 2000 – Tolerância; 2005 – Dois Filhos de Francisco; 2006 – Gatão de Meia Idade; 2008 – Vingança. KIRBY, SUZY Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de agosto de 1917. Começa carreira artística no rádio como imitadora, no programa Papel Carbono, de Renato Murce, na Rádio Clube. Na Rádio Nacional, fica famosa fazendo uma telefonista folgada, no programa Enquanto o Mundo Gira. Com muitos tipos engraçados, torna-se a maior imitadora brasileira da década de 1950. Estreia no cinema em 1951 no filme Milagre de Amor e atua em outros mais, como Matar ou Correr (1954) e É a Maior (1958). Depois do teatro e cinema, Suzy vai para a TV Globo, onde estreia em 1971 na novela O Cafona, no papel de Amélia. Seguem-se O Homem que Deve Morrer (1971), Bandeira 2 (1971), A Patota (1972) e Os Ossos do Barão (1973). É falecida. Filmografia: 1951 – Milagre de Amor; 1952 – Pecadora Imaculada; O Preço de um Desejo; 1953 – Balança mas não Cai; 1954 – Malandros em Quarta Dimensão; Matar ou Correr; 1955 – O Rei do Movimento; Trabalhou Bem, Genival; 1957 – Garotas e Samba; O Negócio Foi Assim; 1958 – Chico Fumaça; É a Maior. KISS, CÁSSIA Nasceu em São Caetano do Sul, SP, em 6 de janeiro de 1958. Depois de várias experiências no teatro, estreia no cinema em 1984, no filme Memórias do Cárcere. No mesmo ano participa da minissérie Padre Cícero e da novela Livre pra Voar. A partir daí vê sua carreira deslanchar em novelas de sucesso como Roque Santeiro (1985), Por Amor (1998), Esplendor (2000). Porto dos Milagres (2001), Um só Coração (2004) e a minissérie Mad Maria (2005), todas pela TV Globo. Em 1990 participa da peça Pantaleão e as Visitadoras. Em plena atividade , parti cipa de novelas e minisséries como JK (2006), Cobras e Lagartos (2006), Eterna Magia (2007) e Paraíso (2009), como Mariana Godoy. No cinema, tem atuações constantes e competentes como em Bicho de Sete Cabeças (2001), Tapete Vermelho (2005) e Meu Nome no é Johhny (2008). Foi casada com o publicitário José Alberto Fonseca (1992/1999), com quem teve dois filhos, Joaquim Maria (1996) e Maria Cândida (1997). Do casamento com o jornalista Sérgio Brandão vieram João Gabriel (2003) e Pedro Miguel (2004) Atualmente está casada com José Luis Tadeu. Com grande força de interpretação, é uma das grandes atrizes da atualidade. Filmografia: 1984 – Memórias do Cárcere; 1987 – Ele, o Boto; O País dos Tenentes; 1991 – A Grande Arte; 2000 – A Hora Marcada; O Circo das Qualidades Humanas; 2001 – Condenado à Liberdade; Bicho de Sete Cabeças; 2004 – Ódiquê?; 2005 – Tapete Vermelho; 2007 – Não por Acaso; Chega de Saudade; 2008 – Meu Nome não é Johhny; A Festa da Menina Morta; 2009 – Os Inquilinos; 2010 – Chico Xavier; Bróder; Amazônia Caruana. KLABIN, BEKI Nasceu em Istambul, Turquia, em 10 de setembro de 1921. Radicada no Rio de Janeiro, casa-se com o industrial Horácio Klabin. Figura da alta sociedade carioca, gosta do ambiente artístico, chegando a ser jurada no programa A Buzina do Chacrinha. Estreia no cinema em 1972 no filme Roleta Russa, produzido por seu amigo Ibrahim Sued. Na televisão, participa de duas novelas, Tempo de Viver (1972) e Água Viva (1980). Está sempre em evidência nas colunas sociais. Morre em 20 de agosto de 2000, aos 78 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1972 – Roleta Russa; Amor Carnaval e Sonhos (como ela mesma); O Grande Gozador; Paixão de um Homem; 1974 – O Mau Caráter. KLEBER AFONSO João Carlos Petrucci Tavares nasceu em Pelotas, RS, em 1930. No início dos anos 1950 vai para o Rio de Janeiro e começa a atuar como comediante no teatro de revistas. Em 1956 muda-se para São Paulo e inicia carreira na televisão, como diretor, produtor, apresentador e ator. Estreia na televisão em 1961 na novela Dom Pasquale. Depois participa de outras como A Muralha (1963), Divinas e Maravilhosas (1973), Mulheres de Areia (1973), Ídolo de Pano (1974), O Machão (1974), Vila do Arco (1975), Vento do Mar Aberto (1981) e Moinhos de Vento (1983). Produz e dirige shows com astros como Moacyr Franco e Wanderley Cardoso. Cria e dirige durante muitos anos o programa Show da Viola, na Rádio Gazeta. No teatro, participa da peça Orquestra de Senhoritas. Estreia no cinema como ator em 1960 em As Aventuras de Pedro Malazartes, ao lado de Mazzaropi. Participa de muitos filmes, quase sempre no gênero pornochanchada, com destaque para O Lamparina (1963) e Aluga-se Moças 2 (1983). Estreia na direção em 1976 no filme O Conto do Vigário, sua única experiência nessa área. Estava em cartaz em São Paulo com a peça Disputa-se uma Noiva, quando morre, de um tumor cerebral, em 1983 aos 53 anos de idade. Filmografia (ator): 1960 – As Aventuras de Pedro Malazartes; Zé do Periquito; 1963 – Casinha Pequenina; O Lamparina; Noites Quentes de Copacabana (Mord In Rio) (Brasil/Alemanha); 1964 – Meu Japão Brasileiro; 1966 – O Corintiano; Mercenários do Crime (episodio: Carnaval de Assassinos) (Lê Carnaval dês Barbouzes) (Itália/França/Áustria/Brasil); 1970 – Betão Ronca Ferro; 1974 – O Poderoso Machão; 1975 – O Incrível Seguro da Castidade; Clube das Infiéis; 1976 – Eu Faço... Elas Sentem; Um Golpe Sexy; A Carne (Um Corpo em Delírio); Paranoia; O Sexualista, o Rei da Noite; 1978 – Mulher Desejada; 1980 – O Campineiro, Garotão para Madames; 1981 – Aluga-se Moças; 1982 – Retrato Falado de uma Mulher sem Pudor; Sexo às Avessas; 1983 – De Todas as Maneiras; Põe Devagar... Bem Devagarinho; Aluga-se Moças 2; 1984 – Clube do Sexo. Filmografia (diretor): 1974 – As Travessuras de Pedro Malazartes (codirigido por Celso Falcão); 1976 – O Conto do Vigário. KLEEMANN, FREDY Alfred Kleemann nasceu em Berlim, Alemanha, em 1927. Chega ao Brasil em 1933, aos seis anos de idade. Em 1936 começa a fazer parte do grupo de teatro amador de sua comunidade judaica e – com uma câmera amadora – começa a registrar as imagens dos amigos, festas, etc. Começa a trabalhar na Fotoptica e depois no Foto Cineclube Bandeirantes. Entra para o TBC como ator coadjuvante e, em 1949 estreia na peça Nick Bar... Álcool, Brinquedos, Ambições, de William Saroyan, com direção de Adolfo Celi, seguindo-se Anjo de Pedra, de Tennessee Williams, Seis Personagens à Procura de um Autor, de Luigi Pirandello, Mortos sem Sepultura, de Jean-Paul Sartre, Eurídice, de Jean Anouilh, etc. Em 1952 estreia no cinema, no filme Appassionata, produção da Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Mas é do teatro que gosta e segue sua carreira de ator teatral e fotógrafo, ganhando prestígio inclusive com Franco Zampari, dono do TBC e da Vera Cruz, que o contrata para ser o fotógrafo oficial do TBC, cargo que ocupa de 1949 a 1973. Em seguida passa a fazer o still dos filmes da Vera Cruz. Torna-se amigo íntimo de Cacilda Becker e passa a acompanhá-la em suas apresentações por todo o Brasil, até sua morte em 1969. Recebe prêmios em salões internacionais de Nova York, Buenos Aires e São Paulo. Participa de algumas novelas como ator, que para ele era um mero passatempo, como em Uma Sombra em Minha Vida (1964), A Volta de Beto Rockfeller (1973) e Divinas & Maravilhosas (1973). Morre em 30 de outubro de 1974, em São Paulo, aos 47 anos de idade, de colapso cardíaco. Em 1976 seu acervo – composto de 12 mil negativos – foi adquirido pelo IDART e hoje está no arquivo Multimeios, no CCSP Filmografia: 1952 – Appassionata; 1970 – Os Deuses e os Mortos; 1974 – A Noiva da Noite (Desejo de Sete Homens); As Secretárias... Que Fazem de Tudo. KNAUT, INÊS Começa sua carreira como jornalista, trabalhando muito tempo no Jornal da Tarde, escrevendo sobre cinema. Estreia no cinema em 1968 no filme As Amorosas e participa de outros como Noites de Iemanjá (1971), mas não desenvolve carreira de atriz. Filmografia: 1968 – As Amorosas; O Quarto; 1969 – Nova Gente; 1971 – Uma Mulher para Sábado; As Noites de Iemanjá. KNUST, JULIANA Juliana Knust Sampaio nasceu em Niterói, RJ, em 29 de maio de 1981. Em 1997 inicia sua carreira na televisão no seriado Malhação. Em 2000 apresenta o programa infantil Bambuluá e no mesmo ano faz sua primeira novela, Esplendor. Com regular carreira, atua em Desejos de Mulher (2002), Celebridade (2004), Cobras & Lagartos (2006), Duas Caras (2008) e Casos e Acasos (2008). Estreia no cinema em 2004 no filme Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida. No teatro, participa de várias peças como A Pequena Sereia, Tudo de Bom e Alarme Falso, ao lado de Eri Johnson e Flávio Migliaccio. Filmografia: 2004 – Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida; 2005 – Achados e Per-didos; 2009 – Intruso. KOPPA, CARLOS Inicia sua carreira no cinema no filme Mineirinho Vivo ou Morto. Na televisão, atua em diversas novelas: Toninho on the Rocks (1970), A Selvagem (1971), O Sheik de Ipanema (1975), Xeque-Mate (1976), Tchan! a Grande Sacada (1976), O Fiel e a Pedra (1981), O Coronel e o Lobisomem (1982), A Leoa (1982), Sombras do Passado (1983) e Fernando da Gata (1983). No cinema, atua em quase vinte filmes, com destaque para Os Raptores (1969), Mulher Objeto (1981) e Forever (1991). Nos últimos anos vem trabalhando no humorístico A Praça é Nossa, pelo SBT, como o marido ciumento que é provocado por Canarinho. Filmografia: 1967 – Mineirinho Vivo ou Morto; O Grande Assalto; 1968 – Juventude e Ternura; O Homem Nu; Dois na Lona; 1969 – Tempo de Violência; Os Raptores; Golias contra o Homem das Bolinhas; 1977 – Elas São do Baralho; Nem as Enfermeiras Escapam; Antonio Conselheiro e a Guerra dos Pelados; 1978 – O Estripador de Mulheres (Assassino da Noite); Terror e Êxtase; 1979 – Iracema, a Virgem dos Lábios de Mel; 1981 – Mulher Objeto; 1982 – As Safadas (episódio: Rainha do Fliperama); 1987 – Anjos do Arrabalde (As Professoras); 1988 – Heróis Trapalhões – Uma Aventura na Selva; 1991 – Forever (Per Sempre) (Brasil/ Itália). KOSMO, WANDA Wanda Nerine Luize nasceu em São Bento do Sapucaí, MG, em 5 de julho de 1930. Inicia sua carreira no teatro, em 1944, com a peça A Pupila dos meus Olhos, de Joracy Camargo. Em 1945 ganha o Prêmio Revelação, com a peça Bicho do Mato. Em 1950 estreia no cinema, num pequeno papel no filme Caraça, Porta do Céu, ainda como Wanda Nerina, constituindo sólida carreira em outros como O Pão Que o Diabo Amassou (1957) e A Doutora é Boa Pacas (1984). Muda-se para o Rio de Janeiro em 1953, quando conhece Olavo de Barros, diretor da TV Tupi do Rio. A partir daí, participa ativamente da televisão, sendo inclusive produtora, diretora e intérprete do Grande Teatro Tupi, em 1961. Faz novelas, teatro e cinema, simultaneamente, o que lhe custa uma estafa em 1973, forçando-a a parar por um período. Destacou-se nos anos 1960 como sendo uma das únicas mulheres de comando na TV. Como diretora, dezenas de novelas como O Mestiço (1965), Calúnia (1966) e Tilim (1970). Como atriz, na televisão, atua em diversas novelas de sucesso como Se o Mar Contasse (1964), Algemas de Ouro (1969), O Espantalho (1977) e Roque Santeiro (1985). Em 1992 participa da minissérie Tereza Batista, seu últi mo momento na telinha. Traços fortes, jeito de dominadora, impõe respeito e credibilidade em tudo que faz. Foi casada com o ator Zeluiz Pinho, com quem teve dois filhos. Morre em 22 de janeiro de 2007, no Rio de Janeiro, aos 76 anos de idade. Filmografia: 1950 – Caraça, Porta do Céu; 1957 – O Pão que o Diabo Amassou; 1972 – As Mulheres Amam por Conveniência; 1973 – Sob o Domínio do Sexo; 1974 – Signo de Escorpião; Exorcismo Negro; 1975 – Cada um Dá o que Tem (episódio: O Despejo); A Filha do Padre; O Sexualista; O Predileto; 1980 – Motel, Refúgio do Amor; 1980/2007 – A Praga; 1982 – Excitação Diabólica; A Noite das Taras 2; 1983 – Elas só Transam (Elas Só Transam no Disco); 1984 – A Doutora é Boa Pacas. KOSOVSKI, RICARDO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Diretor teatral, autor e ator. Estuda e leciona no Tablado. Na televisão, é ator na minissérie Desejo (1990), Malhação (1995), Belíssima (2006), O Profeta (2007), Faça sua História (2008), etc. Estreia no cinema em 1998 no filme Amores, de Domingos de Oliveira, e acaba sendo quase seu artista exclusivo em várias de suas produções. Entre outras, dirige, em 1992, a peça Os Meninos da Rua Paulo, de Ferenc Molnar. Escreve o texto A Almôndega, inspirado na obra de Dino Buzzati. Seu último fi lme é Todo Mundo Tem Problemas (Sexuais), de 2008. Filmografia: 1998 – Amores; 1999 – Oriundi, o Verdadeiro Amor é Imortal; 2002 – Separações; 2003 – Onde Anda Você; 2004 – Relâmpago (CM); 2005 – Carreiras; Relâmpago II (CM); 2006 – Zuzu Angel; 2007 – O Tablado de Maria Clara Machado (depoimento); 2008 – Todo Mundo Tem Problemas (Sexuais). KREMER, JANAÍNA Janaína Kremer Motta nasceu em Pelotas, RS, em 22 de outubro de 1972. Inicia sua carreira aprendendo como dirigir atores, faz um roteiro, tenta viabilizá-lo, mas de repente está atuando também e fica fascinada, vem uma peça atrás da outra e o convite de Jorge Furtado para participar do curta Sanduíche (2000) e de cara é premiada como melhor atriz no Festi val do Cinema Brasileiro de Miami, em 2002. No teatro destaca-se nas montagens dirigidas por Marco Fronchetti como Desejo (1999), Ensaio (2000), Tragikós (2001), Vladimir e Estragon (2007), etc. Seu primeiro longa é Houve uma Vez Dois Verões (2002), também de Furtado,e acaba participando de todos os longas do diretor. Em 2005 parti cipa do filme Cão sem Dono, produção paulista de Beto Brant. Na RBS TV de Porto Alegre parti cipa de Histórias Curtas – No Balanço (2006). Atualmente, entre uma peça e um fi lme, dá aulas de teatro para crianças na periferia de Porto Alegre. Filmografia: 2000 – O Sanduíche (CM); 2002 – Houve uma Vez Dois Verões; 2003 – O Homem que Copiava; 2004 – Cinco Naipes (CM); Meu Tio Matou um Cara; 2005 – Sal de Prata; 2006 – Wood & Stock: Sexo, Orégano e RocknRoll (dubla voz de Lady Jane); 2007 – Cão sem Dono; Ainda Orangotangos; Saneamento Básico, o Filme; 2009 – Antes que o Mundo Acabe. KRESPI, LEINA Leina Perelman da Matta nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de dezembro de 1938. Em 1966 estreia no cinema no filme Amor e Desamor e já ganha o prêmio de melhor atriz no Festi val de Cinema de Goiânia. No ano seguinte faz sua primeira novela, A Rainha Louca, pela TV Globo, então em início de ati vidade. Loura, olhos verdes, Leina tinha muita facilidade para o humor, então seus papeis quase sempre possuíam esse toque bem-humorado que ela fazia tão bem, tanto que, ao longo de sua carreira, participa de vários humorísti cos como Planeta dos Homens (1976), por exemplo. Atua em várias novelas, com especial destaque: Pecado Capital (1975), como Elizete; Guerra dos Sexos (1983), como Semínaris; Perigosas Peruas (1992), como Ambrósia; e Zazá (1997), como Nilda, sua última novela. No cinema brilha em vários fi lmes como A Casa Assassinada (1971), O Ibrahim do Subúrbio (1976), Lua de Cristal (1990), O Viajante (1999) e A Guerra dos Rocha (2008). Leina ti nha duas filhas, Geórgia e Patrícia. Morre em 27 de maio de 2009, de câncer no esôfago, aos 70 anos, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1966 – Amor e Desamor; 1967 – Mar Corrente; 1969 – As Duas Faces da Moeda; 1971 – A Casa Assassinada; 1972 – Saravah (França); 1975 – A Casa das Tentações; Jouez Encore, Payez Encore (depoimento); Joanna Francesa; 1976 – O Ibrahim do Subúrbio (episódio: Ibrahim do Subúrbio); A Queda; 1990 – Lua de Cristal; 1999 – O Viajante; 2008 – A Guerra dos Rocha. KROEBER, CARLOS Nasceu em Belo Horizonte, MG, em 1934. Ao cursar Filosofi a na Universidade Federal de Minas Gerais, integra-se a grupos de teatro amador. Em 1955 funda e participa do Teatro Experimental e depois Teatro Universitário. Estuda um ano nos Estados Unidos. Como profissional, trabalha durante oito anos na Companhia Tônia-Celi-Autran, onde faz de tudo um pouco, de assistência de direção a contrarregra e sonoplasta. Estreia no cinema em 1963, no inacabado Marafa. Atua em muitos filmes, com destaque para Navalha na Carne (1970), Bye Bye Brasil (1979) e Jardim de Alah. Parti cipa ativamente também de televisão, sendo sua estreia em 1976, na novela Estúpido Cupido, seguindo-se, entre outras, Pai Herói (1979), Roda de Fogo (1985), Barriga de Aluguel (1990), Pátria Minha (1994), Anjo Mau (1997), Torre de Babel (1998) e a minissérie Labirinto (1998), como o juiz, sua últi ma aparição na telinha. Morre em 13 de junho de 1999, de complicações cardíacas, no Rio de Janeiro, aos 65 anos de idade. Filmografia: 1963 – Marafa (inacabado); 1968 – O Homem que Comprou o Mundo; 1970 – Navalha na Carne; É Simonal; 1971 – A Casa Assassinada; Rua Descalça; 1972 – Os Inconfi dentes; Som, Amor e Curti ção; 1973 – Joanna Francesa (Brasil/França); 1974 – O Marginal; O Padre que Queria Pecar; O Filho do Chefão; Primeiros Momentos; 1975 – Guerra Conjugal; A Extorsão; O Casamento; Quem Tem medo de Lobisomem?; Motel; 1976 – Tem Alguém na Minha Cama (episódio: Um em Cima e Outro Embaixo); Soledade; Loucuras de um Sedutor; Um Homem Célebre; 1977 – Um Brasileiro Chamado Rosaflor; Gente Fina é Outra Coisa (episódio: A Guerra da Lagosta); Feminino Plural; Gordos e Magros; Revólver de Brinquedo; 1978 – Anchieta, José do Brasil; 1979 – Bye Bye Brasil; Massacre em Caxias; Muito Prazer; 1980 – O Bandido Antonio Dó; Bonitinha, mas Ordinária; 1982 – Luz Del Fuego; Tessa, a Gata; 1984 – Noites do Sertão; Cavalinho Azul; Quilombo; 1986 – Chico Rei; Vera; Por Incrível que Pareça; 1987 – Maré de Azar (Running Out of Luck) (EUA); 1989 – Jardim de Alah; 1990 – O Quinto Macaco (The Fifth Monkey) (EUA). KURT, CARLOS José Renato Kunstat nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de fevereiro de 1933. Antes de seguir carreira artística, trabalhou em uma companhia de águas. Depois inicia carreira no rádio. Filho de alemães, com 1,97 m de altura, olhos esbugalhados e cara de mau, fica conhecido nacionalmente por seu papel de antagonista mal-humorado de Os Trapalhões, quer no cinema ou na televisão. Em 1983 participa da novela Champagne. Morre em 4 de março de 2003, de parada cardíaca, no Rio de Janeiro, aos 70 anos de idade. O ator sofria do mal de Alzheimer e vivia com a mulher e a filha no Retiro dos Artistas no Rio de Janeiro. Filmografia: 1968 – Os Carrascos Estão entre Nós; 1969 – Dois Mil Anos de Confusão; 1971 – Tô na Tua ô Bicho!; 1976 – Simbad, o Marujo Trapalhão; Costinha, o Rei da Selva; O Trapalhão no Planalto dos Macacos; 1977 – Os Trapalhões nas Minas do Rei Salomão; Pra Ficar Nua, Cachê Dobrado; 1978 – Os Trapalhões na Guerra dos Planetas; Bonitas e Gostosas; 1979 – Sexo e Sangue; O Cinderelo Trapalhão; As Borboletas Também Amam; 007 contra o Foguete da Morte (Moonraker) (EUA); 1980 – O Incrível Monstro Trapalhão; Os Três Mosqueteiros Trapalhões; O Rei e os Trapalhões; O Inseto do Amor; 1981 – Os Salti mbancos Trapalhões; 1982 – Os Vagabundos Trapalhões; Os Paspalhões em Pinóquio 2000; 1983 – Os Trapalhões na Arca de Noé; 1984 – A Filha dos Trapalhões. KUSNET, EUGÊNIO Evgenii Chamanski Kusnetsov nasceu na Rússia em 29 de dezembro de 1898. Dramaturgo e ator de prestígio do Teatro Brasileiro, fazendo escola até os dias de hoje. Estreia no cinema em 1953, no filme Sinhá Moça e participa de outros, como Tristeza do Jeca (1961) e A Derrota (1967). Sua obra se destaca principalmente na formação de novos talentos. Muitos atores hoje consagrados começaram com ele. Ator essencialmente teatral, parti cipa de uma única novela, Maria Antonieta, em 1961. Morre em 1975, em São Paulo, aos 76 anos de idade. Filmografia: 1953 – Sinhá Moça; 1956 – A Estrada; 1957 – Casei-me Com um Xavante; 1958 – Cara de Fogo; Uma Certa Lucrécia; 1959 – Cidade Ameaçada; 1960 – Zé do Periquito; Estrada do Amor (West Ist Der Weg) (Alemanha); 1961 – Tristeza do Jeca; 1967 – A Derrota; 1968 – Hitler Terceiro Mundo; O Homem que Comprou o Mundo; 1974 – Gente que Transa (Os Imorais). KUTNER, ANA Ana Kutner de Souza nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23 de agosto de 1971. É filha dos atores Paulo José e Dina Sfat. Em 1993, pela Globo, estreia na televisão na minissérie Contos de Verão e em seguida Incidente em Antares (1994), Você Decide (1999), Agora é que São Elas (2003) e Casos e Acasos (2008). Pela TV Record, atua em Direito de Vencer (1997); pelo SBT, O Direito de Nascer (2001); pela TV Bandeirantes, Paixões Proibidas (2007), como Emilia Salgado. Em 2007 brilha no teatro com a peça Não Vamos Falar Sobre Isso Agora, direção de Jorge Caetano. Estreia no cinema em 2001 no curta Voga. Seu primeiro longa é Benjamin (2003), ao lado do pai, Paulo José. Está casada com Igor da Cunha Eça, com quem tem um filho, João, nascido em 2004. Filmografia: 2001 – Voga (CM); 2003 – Benjamin; 2005 – Cafuné; 2010 – Como Esquecer. KUTNER, BEL Isabel Kutner de Souza nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27 de maio de 1970. É filha de dos atores Paulo José e Dina Sfat. Estreia na televisão em 1987, aos 17 anos de idade, na novela Corpo Santo, pela TV Manchete. No cinema, seu primeiro fi lme é Carlota Joaquina, Princeza do Brasil, em 1995. Mas é na televisão que sua carreira deslancha, ao participar de novelas e minisséries como Vamp (1991), como Scarlet de Araújo Góes; Anjo Mau (1997), como Helena Ferraz; Desejos de Mulher (2002), como Carol; Sítio do Pica-Pau Amarelo (2006), como Flor; Eterna Magia (2007), como Berta; e A Favorita (2008), como Amelinha. Está casada com o músico Fábio Mondego, com quem tem um fi lho, Davi, nascido em 2005. Filmografia: 1995 – Carlota Joaquina, Princeza do Brazil; 2006 – Gatão de Meia-Idade; 2009 – Nesta data Querida (CM). KUTNER, CLARA Clara Kutner de Souza nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1976. É filha dos atores Paulo José e Dina Sfat. Forma-se em cinema pela Universidade Estácio de Sá. Diretora, atriz e dançarina profissional, especializa-se em dança flamenca. Vive dois anos em Madri, Espanha, onde estuda na academia Amor de Dios, tendo aula com mestres consagrados da dança. Também trabalha como assistente de direção, roteiro e cenografia em cinema, teatro e televisão. Como atriz, estreia no cinema em 1992 no episódio Quem Seria o Feliz Conviva de Isadora Duncan?, integrante do longa Brasilianas. Em 2003 participa do Ateliê Coreográfi co do Rio de Janeiro. Pelo grupo Toca Madera, a qual é diretora, produz e dirige os espetáculos 2/Duos e Soleá. Também é professora de dança flamenca. No cinema, estreia na direção em 2000 no curta Burowski ou Cachorro Cadê Tua Alma, codireção de Patrick Pessoa. Filmografia (atriz): 1992 – Oswaldianas (episódio: Quem Seria o Feliz Conviva de Isadora Duncan?); 2001 – Quando o Amor Vem por Necessidade (CM). Filmografia (diretora): 2000 – Burowski ou Cachorro Cadê Tua Alma? (CM) (codireção de Patrick Pessoa). KWASINSKI, ILEANA Ileana Maria Magno Kwasinski nasceu em Curitiba, PR, em 20 de junho de 1941. Forma-se em dança clássica. No teatro, como atriz, estreia em 1964 na peça Um Elefante no Caos, de Millôr Fernandes. Em 1968 forma-se no curso promovido pelo Teatro Guaíra e estreia no cinema no filme Lance Maior, do também curitibano Sylvio Back. Em 1969 muda-se para São Paulo e incorpora-se ao Teatro Oficina. Atua em diversas peças como Galileu, Galilei, Um Inimigo do Povo, A Vida Escrachada de Joana Martini e Baby Stompanato, etc. Na televisão, parti cipa de algumas novelas como O Todo Poderoso (1979), Uma Esperança no Ar (1985) e Brasileiras e Brasileiros (1990). Mas sua paixão é mesmo o teatro e a ele dedica toda a sua vida ao parti cipar de montagens espetaculares como Capital Federal (1972), Um Ponto de Luz (1977), Jardim das Cerejeiras (1982), O Purgatório (1984), Cerimônia do Adeus (1989) e O Médico e o Monstro (1994), seu último trabalho. Foi casada com o ator Cláudio Correa e Castro, com quem teve um filho, Guilherme. Morre em 8 de abril de 1995, em São Paulo, de câncer, aos 53 anos de idade. Filmografia: 1968 – Lance Maior; 1978 – Pecado sem Nome. L LABANCA João Ângelo Labanca nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 4 de maio de 1913. Ator e empresário. Bacharel em Direito, chega a exercer a profissão por alguns anos. Atraído pelo teatro, participa das companhias de Bibi Ferreira e Dulcina de Morais. Funda e organiza, com Luíza Barreto Leite e Jorge de Castro, o grupo Os Comediantes, que inova o teatro no Brasil. Também participa da fundação do Teatro de Equipe e do Teatro de Hoje. Como ator, participa de dezenas de peças, com destaque para Desejo, Mambembe, Massacre, Victor ou as Crianças no Poder, As Criadas, A Pulga Atrás da Orelha, Beijo no Asfalto, Vestido de Noiva, etc. Trabalha intensamente no cinema, estreando em 1948 em Terra Violenta, da Atlântida. Destacam-se em sua longa fi lmografia Cinco Vezes Favela (1962) e Independência ou Morte (1972). É também empresário teatral, circense e proprietário de vários cinemas no Rio de Janeiro. Como militante sindical, ajuda a fundar, em 1951, a Casa dos Artistas e é diretor do sindicato da classe. Faz pouca televisão, embora tenha sido um de seus pioneiros, tomando parte dos célebres Câmera Um e Grande Teatro, depois participando de apenas três novelas: Pouco Amor não é Amor (1963), Sangue e Areia (1968) e A Pérola (1971). Além de tudo, Labanca também era técnico de museus, pesquisador e profundo conhecedor da história da cidade do Rio de Janeiro. Participa também de todas as grandes lutas da classe artística sendo um dos que incentivaram a criação da lei que regulamenta a profissão de artista e técnico. Morre em 7 de março de 1988, aos 74 anos de idade, de insufi ciência hepática, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1948 – Terra Violenta; 1949 – Escrava Isaura; 1950 – Almas Adversas; Aglaia (inacabado); Katucha; 1956 – Leonora dos Sete Mares; 1957 – Rico Ri à Toa; 1958 – Sherlock de Araque; E o Bicho não Deu; 1959 – O Homem do Sputnik; O Palhaço o que É?; 1961 – Três Colegas de Batina; 1962 – Cinco Vezes Favela (episódio: Zé da Cachorra); 1964 – Selva Trágica; 1965 – Encontro com a Morte (Em Legíti ma Defesa) (Brasil/Portugal); 1967 – O Grande Assalto; 1968 – Cara a Cara; Os Carrascos Estão entre Nós; Chegou a Hora, Camarada!; Papai Trapalhão; 1969 – Como Vai, Vai Bem?; 1971 – Viver de Morrer; Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva; Jardim das Espumas; 1972 – Independência ou Morte; Ipanema Toda Nua; 1973 – São Bernardo; 1974 – A Estrela Sobe; Uma Tarde, Outra Tarde; 1980 – Cronica à Beira do Rio (MM); 1982 – Insônia (episódio: Dois Dedos). LACERDA, BENEDITO Nasceu em Macaé, RJ, em 14 de março de 1903. Inicia a carreira como flautista de banda em sua cidade natal. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1922 e atua nos programas radiofônicos, tendo organizado o famoso Conjunto Regional de Benedito Lacerda e, com Pixinguinha no saxofone, deixa as suas melhores recordações. Como compositor de música carnavalesca, produz algumas páginas de sucesso como Macaco, Olha o Teu Rabo, Eva Querida, Jardineira, etc. No cinema, participa de vários filmes, sendo sua estreia em 1935 em Estudantes. Morre de câncer, em 16 de fevereiro de 1958, no Rio de Janeiro, aos 54 anos de idade, por ironia do destino, um domingo de Carnaval. É muito respeitado nos meios musicais brasileiros. Filmografia: 1935 – Estudantes; 1936 – Alô, Alô,Carnaval; 1940 – Laranja da China; 1941 – Céu Azul; 1944 – Abacaxi Azul; 1945 – Cem Garotas e um Capote. LACERDA, LUIZ CARLOS Luiz Carlos Lacerda de Freitas nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 15 de julho de 1945. Por influência do pai, o produtor João Tinoco de Freitas, muito cedo interessa-se por cinema. Na década de 1960 começa como assistente e, em 1971, estreia na direção no filme Mãos Vazias. Entre outros, dirige Leila Diniz (1987) e For All, o Trampolim da Vitória (1997), um dos premiados de Gramado em 1997. Como ator, estreia em 1971 no filme Como Era Gostoso o meu Francês. Destacam-se ainda O Cortiço (1978) e Tropclip (1985). Conhecido como Bigode, foi um dos grandes amigos de Leila Diniz. Em 2007 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Luiz Carlos Lacerda – Prazer e Cinema, de autoria de Alfredo Sternheim. Filmografia (ator): 1967 – El Justi cero; 1968 – João Tem Medo; 1971 – Como Era Gostoso o meu Francês; 1973 – Quem é Beta? (Pas de Violence Entre Nous) (Brasil/França); 1976 – Marcados para Viver; 1977 – Gente Fina é Outra Coisa; 1978 – O Cortiço; 1979 – República dos Assassinos; 1980 – Parceiros da Aventura; 1982 – Luz Del Fuego; 1985 – Tropclip; 2000 – Minha Vida em suas Mãos. Filmografi a (diretor): 1967 – Odoiá, Yemanjá (CM); 1968 – Angelo Agostini, sua Pena, sua Espada (CM); O Enfeitiçado – Vida e Obra de Lúcio Cardoso (CM); 1971 – Mãos Vazias; Kako de Vydro (CM); Nelson Filma: o Trajeto do Cinema Independente no Brasil (CM); 1972 – Como Era Freak o meu Vale; Conversa de Botequim com João da Bahiana, Donga & Pixinguinha (CM); O Homem e sua Hora (CM); Palco de Vydro (CM); Sereno Desespero (CM); 1979 – Princípio do Prazer; Dor Secreta; 1980 – O Acendedor de Lampiões (codirigido por Angelo Lecco Gastal) (CM); Briga de Galos (CM); 1987 – Leila Diniz; 1988 – Entre sem Bater (CM); Super-Helinho e os Heróis sem Agá (CM); 1997 – For All – o Trampolim da Vitória (codireção de Buza Ferraz); 2002 – Parada GLBT Rio 2002; 2003 – Viva Sapato!; A Morte de Narciso. LACERDA, PATRÍCIA Ana Maria Correia Paglés Brandão Coelho Neto de Lacerda nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de março de 1936. Neta do famoso escritor Coelho Neto, estuda em colégio de freiras em Juiz de Fora, MG. É eleita Miss Elegância do Fluminense F.C. e muito jovem faz sua estreia no cinema, no filme Com o Diabo no Corpo, em 1952. Em 1954 é eleita Miss Distrito Federal. O nome artístico lhe é conferido pelo produtor e diretor Mário Del Rio. Atriz revelação, acaba atuando em poucos filmes, preferindo dedicar-se ao teatro e televisão. Filmografia: 1952 – Com o Diabo no Corpo; 1954 – Rua sem Sol; 1958 – Nobreza Gaúcha; 1969 – Rifa-se uma Mulher; 1971 – O Enterro da Cafetina; 1973 – A Hora e a Vez do Samba. LACERDA, THIAGO Thiago Ribeiro Lacerda nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de janeiro de 1978. Inicia sua carreira em 1997 no programa Malhação, pela TV Globo. Depois, vai se fi rmando em novelas, programas e minisséries como Hilda Furacão (1998), Pecado Capital (1998), Terra Nostra (1999), Aquarela do Brasil (2000), As Filhas da Mãe (2001), O Beijo do Vampiro (2002), A Casa das Sete Mulheres (2003), Celebridade (2003), Sob Nova Direção (2004) (um episódio), América (2005), Páginas da Vida (2006) e Eterna Magia (2007). Estreia no cinema em 2002 no épico Paixão de Jacobina. Hoje é galã do primeiro ti me da Globo. Está casado com a atriz Vanessa Lóes desde 2007, com quem tem um filho, Gael (2007). Filmografia: 2002 – Paixão de Jacobina; 2004 – Irmãos de Fé; 2006 – Se eu Fosse Você; Muito Gelo e dois Dedos d’água; 2007 – Segurança Nacional. LACERDA, VANDA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de setembro de 1923. De educação convencional, é aluna da Escola Nacional de Música. O pessoal do diretório acadêmico da escola forma um grupo de teatro amador, que batiza de Teatro Universitário, hoje considerado um dos pilares da reforma do teatro brasileiro. No final dos anos 1940, entra como atriz na Rádio Nacional. Estreia no cinema em 1944 no filme Gente Honesta. Wanda chega à televisão em 1968, na novela Demian, o Justi ceiro e não para mais, fazendo deste um grande veículo para seu talento, como em Minha Doce Namorada (1972), Anjo Mau (1976), Tudo ou Nada (1986), A Próxima Vítima (1995) e Torre de Babel (1999). Sua grande paixão porém é o teatro, no qual, como ela mesmo diz, já fez de tudo e acumula um repertório impressionante de grandes textos, como A Moratória, Quem Tem Medo de Virgínia Woolf, O Futuro Dura Muito Tempo, etc. No cinema, parti cipa de vários fi lmes como A Falecida (1965), Matou a Família e Foi ao Cinema (1969), A Estrela Sobe (1974), Insônia (1982) e Felicidade é... (1995). Em 1988 sofre um aneurisma cerebral, que torna necessária a implantação de uma válvula, o que não a impede de conti nuar trabalhando. Em 1999 participa da minissérie Luna Caliente, seu último trabalho na televisão, mas ainda ati va no teatro, com a peça A Mulher sem Pecado, num texto de Nelson Rodrigues, em 2001. Atuante também na parte políti ca, durante a ditadura militar, nos anos 1960, Wanda foi presidente do Sindicato dos Artistas e foi a responsável pela assinatura do termo de regulamentação da profissão do ator. Uma das grandes damas do cenário artístico brasileiro morre em 14 de julho de 2001, aos 77 anos de idade no Rio de Janeiro, de edema pulmonar. Filmografia: 1944 – Gente Honesta; 1945 – Vidas Solitárias; 1946 – Fantasma por Acaso; 1965 – A Falecida; 1968 – Cara a Cara; 1969 – Matou a Família e Foi ao Cinema; 1973 – São Bernardo; Tati, a Garota; 1974 – A Estrela Sobe; 1977 – Vida Vida; 1979 – O Sol dos Amantes; Retrato Falado (CM); 1981 – Álbum de Família (Uma História Devassa); 1982 – Insônia (episódio: A Prisão de J.Carmo Gomes); 1995 – Felicidade é... (episódio: Bolo); 1997 – Posta Restante (CM); 1998 – Bom-Dia Senhoras (CM). LACRETA, ROSE Rosely Fátima Senise Lacreta nasceu em São Paulo, SP, em 1946. Começa sua carreira em 1967 como atriz teatral na peça A Exceção e a Regra, de Bertolt Brecht. No cinema, sempre foi ligada mais à parte técnica, com diversos cursos, inclusive em Roma, e no MAM, no Rio de Janeiro. Estreia como atriz em 1971 no filme O Capitão Bandeira contra o Doutor Moura Brasil, oportunidade em que é também assistente de montagem, seguindo-se Vai Trabalhar, Vagabundo (1973) e Marcados para Viver (1976). Em 1970 é assistente de direção de Ruy Guerra no filme Os Deuses e os Mortos. Sua primeira experiência na direção acontece em 1970 no curta Uma Vida em Noventa Segundos. Em 1976 dirige seu único longa, Encarnação. Nos últimos anos vem atuando como produtora, como no recente Nzinga, em 2006. Filmografia (atriz): 1971 – O Capitão Bandeira contra o Dr. Moura Brasil; 1973 – Vai Trabalhar, Vagabundo; Os Condenados; 1976 – O Flagrante; Marcados para Viver; 1977 – Encarnação. Filmografia (diretora): 1970 – Uma Vida em Noventa Segundos (CM); 1972 – Ida e Volta (CM); 1977 – Encarnação; 1983 – Rio (CM), (codirigido por Sérgio Bernardes). LADEIRA, CÉSAR César Rocha Brito Ladeira nasceu em Campinas, SP, em 1º de dezembro de 1910. Faz seus estudos normais em sua cidade natal. Presta vestibular para Medicina no Rio de Janeiro, mas desiste e, em São Paulo, entra para faculdade de Direito, depois Jornalismo. Inicia carreira artísti ca na Rádio Record, em 1931. Já no Rio de Janeiro, passa pelas rádios Mayrink Veiga e Nacional, consagrando-se como um dos maiores locutores do País. Estreia no cinema em 1935 no filme Alô, Alô Brasil. Participa de muitos outros como Sob a Luz do meu Bairro (1946) e Salário Mínimo (1970), lançado postumamente. Com o advento da televisão e a decadência do rádio, vai se afastando do meio artístico. Foi casado com a atriz Renata Fronzi, de 1949, até sua morte, ocorrida em 8 de setembro de 1969, aos 58 anos de idade. Filmografia: 1935 – Alô, Alô, Brasil; Estudantes; Cidade Maravilhosa (CM); 1936 João Ninguém; 1938 – Banana da Terra; 1940 – Direito de Pecar; Laranja da China; 1946 – Sob a Luz de meu Bairro; 1948 – Terra Violenta; Folias Cariocas; Mãe; 1954 – Toda a Vida em Quinze Minutos; 1957 – Garotas e Samba; 1962 Os Cosmonautas; 1964 – Família Brasileira na Feira Mundial (CM); 1968 – O Bravo Guerreiro; 1969 – Carmen Miranda (depoimento) (CM); 1970 – Salário Mínimo; Os Herdeiros (narração); 1976 – Memória do Carnaval (CM) (depoimento). LADY FRANCISCO Lady Chuquer Volla Borelli Francisco Bourbon nasceu em Belo Horizonte, MG, em 7 de janeiro de 1940. Adolescente, frequenta colégio de freiras, chegando a ser noviça. Percebendo não ser essa sua vocação, desiste, casa-se e tem dois filhos, Andréa e Oscar Victor. Nessa época começa sua carreira artística, contra a vontade do marido. Separa-se, e, em 1972, muda-se para o Rio de Janeiro, onde enfrenta todos os tipos de preconceitos, mas consegue vencê-los e mostrar seu real valor. Estreia na televisão, em 1972, em Jerônimo, Herói do Sertão. Entre outras, participa de Cuca Legal (1975), Marrom Glacê (1979), Transas e Caretas (1984), Barriga de Aluguel (1990), Explode Coração (1995), Marcas da Paixão (2000) e Alma Gêmea (2005). Estreia no cinema em 1974 no filme O Padre que Queria Pecar. Entre muitos outros, destacam-se Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia (1977) e Aguenta, Coração (1983). Em 1981 dirige seu único fi lme, em parceria com Lewy Salgado, Anjos do Sexo. Filmografia (atriz): 1974 – O Padre que Queria Pecar; Um Varão Entre as Mulheres; 1975 – Com as Calças na Mão; Deliciosas Traições do Amor (episódio: Os Divinos Sons da Música do Prazer); O Roubo das Calcinhas; 1976 – Maníacos Eróti cos; 1977 – O Crime do Zé Bigorna; Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia; Loucuras de um Sedutor; Roberval Taylor (inacabado); 1978 – Desejo Violento; Os Melhores Momentos da Pornochanchada; 1979 – O Preço do Prazer (Onde Andam Nossos Filhos?); Foragidos da Violência; Uma Estranha História de Amor; Viúvas Precisam de Consolo; 1979/1983 – Loucuras Cariocas (Loucuras, o Bumbum de Ouro ou Funerária Kung-Fu); 1981 – Anjos do Sexo; 1982 – Profi ssão Mulher; Punks, os Filhos da Noite; 1983 – Aguenta, Coração; 1984 – Rapazes da Calçada; Amenic – Entre o Discurso e a Prática; 1985 – O Verdadeiro Amante Sexual; 1987 – Sexo Selvagem dos Filhos da Noite; 2006 – O Juiz (CM). Filmografia (diretora): 1981 – Anjos do Sexo (codirigido por Levy Salgado). LAFFOND, JORGE Jorge Luiz Souza Lima, nasceu em São Paulo, SP, em 1952. Ainda criança muda-se para o Rio de Janeiro, no subúrbio de Vila da Penha. Aos nove anos vai estudar balé clássico e dança afro no Teatro Municipal, chegando a trabalhar com Mercedes Bati sta. Forma-se em teatro pela Uni-Rio. Como dançarino, trabalha nos cabarés do Rio de Janeiro como as boates Florida, Kiss, etc. Aos vinte anos viaja por toda a Europa e Estados Unidos com Haroldo Costa, que tinha um grupo folclórico a qual Lafond permanece por dez anos. Em 1980 já faz parte do corpo de bailarinos do Fantástico e logo em seguida para os humorísti cos Viva o Gordo e Os Trapalhões. Em 1982 estreia no cinema, num pequeno papel no filme Rio Babilônia, de Hugo Carvana. Em 1987 faz sua primeira novela, Sassaricando, pela TV Globo, como o barman Bob Bacall, depois Kananga do Japão, de 1989, na qual interpreta o personagem Madame Satã. Fica conhecido em todo o Brasil com seu personagem Vera Verão, na Praça é Nossa, do SBT. Desfila nas principais escolas de samba do Rio de Janeiro, causando polêmica, quando saiu pela Beija-Flor de Adão, com apenas uma folha de parreira cobrindo o sexo. Irreverente e alegre, morre em 11 de janeiro de 2003, aos 50 anos de idade, vítima de falência múltipla dos órgãos, em São Paulo. Filmografi a: 1982 – Rio Babilônia; 1983 – Bar Esperança, o Último que Fecha; 1984 – Bete Balanço; 1987 – Leila Diniz; 1996 – Flores Ímpares (CM). LAFOND, MONIQUE Monique de Gormaz Lafond nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 9 de fevereiro de 1954. Estreia no cinema em 1969, no filme Até Que o Casamento nos Separe e, a partir daí, constitui sólida carreira ao participar, entre outros, de Eros, o Deus do Amor (1980), Memórias do Cárcere (1984) e A Serpente (1992), tornando-se uma das musas do Cinema Brasileiro nas décadas de 1970/1980. Em 1973 inicia sua carreira na televisão, na novela Os Ossos do Barão. Entre tantas outras, parti cipa de A Moreninha (1975), Coração Alado (1980), Brega & Chique (1987), Sonho Meu (1993), Coração de Estudante (2002), Paraíso Tropical (2007), Duas Caras (2008) e Casos e Acasos. Com carreira cinematográfi ca por excelência, nos últimos anos tem se dedicado mais à televisão. Filmografia: 1969 – Até que o Casamento nos Separe; 1970 – Ascensão e Queda de um Paquera; 1973 – Salve-se Quem Puder (Rally da Juventude); 1974 – Aladim e a Lâmpada Maravilhosa; Robin Hood, o Trapalhão da Floresta; As Moças Daquela Hora; 1975 – Ipanema, Adeus; Enigma para Demônios; Com um Grilo na Cama; Ladrão de Bagdá, o Magnífico; Motel; 1976 – O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão; 1977 – Emmanuelle Tropical; Paixão e Sombras; O Pequeno Polegar contra o Dragão Vermelho; 1979 – Eu Matei Lúcio Flávio; Amante Latino; 1980 – Giselle; Um Menino, uma Mulher; 1981 – Eros, o Deus do Amor; 1982 – Os Campeões; Mulher Sensual (Novela das Oito); Retrato Falado de uma Mulher sem Pudor; Luz Del Fuego; Fuscão Preto; 1983 – Prazeres Permitidos; Tudo na Cama; 1984 – Amor Maldito; Memórias do Cárcere; Lídia e seu Primeiro Amante; Mulher de Proveta; 1986 – Fulaninha; 1987 – Eu; Sonhos de Menina-Moça; 1988 – O Diabo na Cama; 1991 – Não Quero Falar Sobre Isso Agora; 1992 – Kickboxer 3: The Art of War (EUA); A Serpente; 1995 – As Feras; 2001 – Suicídio, Nunca! (CM); 2002 – Lara. LAGE, ELIANE Nasceu em Paris, França, em 16 de julho de 1928. Vem para o Brasil ainda bebê. De abastada família, passa sua infância no Rio de Janeiro, estudando nos melhores colégios, como o Sion. Mora fora do Brasil e faz diversos cursos, jamais pensando em ser atriz. Retornando ao País, porém, conhece o diretor Tom Payne, em um jantar na casa da família Matarazzo, que estava em vias de fundar a Cia. Cinematográfica Vera Cruz. Os dois iniciam um romance e este convence-a a fazer um teste para o filme Caiçara (1950), primeira produção da companhia. Aprovada, inicia carreira de atriz em outros fi lmes, como Sinhá Moça (1953), tornando-se conhecida no mundo todo. Na televisão, participa do especial A Vida com Eliane, em 1957. Com fortes tendências de abandonar a carreira artística, tem em Ravina (1958) sua última película. No início dos anos 1960 muda, com o marido Payne, totalmente suas atividades e adquire um antiquário. Os poucos filmes que faz são o suficiente para colocá-la na história do Cinema Brasileiro. Foi casada com Payne por muitos anos. Depois separaram-se, Payne continuou no Guarujá até sua morte, em 1996 e Eliane viajou pelo Brasil até chegar em Pirenópolis, GO, onde vive reclusa até hoje em sua fazenda. Em 2002, Ana Carolina Maciel e Caco Souza fizeram o curta Eliane, em sua homenagem e em 2004 lança sua autobiografia Ilhas, Veredas e Buritis. É difícil falar em Cinema Brasileiro sem mencionar seu nome. Tem recusado, nas últimas décadas, inúmeros convites para retornar. Filmografia: 1950 – Caiçara; 1951 – Ângela; Terra é Sempre Terra; 1953 – Sinhá Moça; 1958 – Ravina; 1977 – Um Homem e o Cinema (depoimento); 2002 – Eliane (CM) (depoimento). LAGE, NATÁLIA Natália Lage Vianna Soares nasceu em Niterói, RJ, em 30 de outubro de 1978. Em 1982, aos quatro anos de idade, é escolhida entre 70 candidatas para estrelar um comercial da Caixa Econômica Federal. Em 1988, participa do seriado Tarcísio & Glória. No ano seguinte fica conhecida em todo o Brasil como a Regininha na novela O Salvador da Pátria. Inicia assim sua carreira na televisão, em inúmeras novelas como Gente Fina (1990), O Mapa da Mina (1993), Cara & Coroa (1995), Kubanacan (2003), A Lua me Disse (2005), Pé na Jaca (2006) e no seriado A Grande Família (2008). Estreia no cinema em 2003 no filme O Homem do Ano. Filmografia: 2003 – O Homem do Ano; 2004 – Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida; 2005 – Dois Filhos de Francisco; 2010 – Como Esquecer. LAGO, BETTY Elizabeth Lago Netto nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 24 de junho de 1955. Começa carreira como modelo profi ssional. Em 1977 muda-se para o exterior, e mora, durante quinze anos entre França e EUA, primeiro estudando cinema, onde produz o curta Hot Water, e depois interpretação, de 1988 a 1991. Em 1992 retorna ao Brasil e estreia na televisão, na minissérie Anos Rebeldes. Entre outras, seguem-se Sex Appeal (1993), Quatro por Quatro (1995) e Vira-Lata (1996), Pecado Capital (1998), Uga-Uga (2000), O Quinto dos Infernos (2002), Kubanacan (2004), Bang-Bang (2006), Pé na Jaca (2007), Duas Caras (2008), como Soraya, Guerra e Paz (2008), como Marta Rocha, e Casos e Acasos (2008), como Magali. Sua estreia no cinema acontece em 1976, numa ponta não creditada no filme Dona Flor e seus Dois Maridos, pois a cena acaba sendo cortada na edição final. Em 1997 faz seu retorno às telas em Alô?, de Mara Mourão. Durante alguns anos apresenta o GNT Fashion, programa de moda e variedades pela Globosat. Foi casada com o ator Eduardo Conde (1946-2003), com quem teve um filho, Bernardo Lago Conde. Filmografia: 1976 – Dona Flor e seus Dois Maridos; 1997 – Alô?; 2002 – Xuxa e os Duendes 2 – No Caminho das Fadas; 2005 – Mais uma Vez Amor; 2007 – Xuxa em Sonho de Menina. LAGO, CRISTINA Nasceu no Paraná, em 1982. Aos três anos de idade muda-se para Ouro Preto do Oeste, em Rondônia. Abandona o curso de Direito para dançar, tocar piano e representar. Aos dezenove anos mudase para o Rio de Janeiro para tentar a carreira de atriz. Em 2007 faz os testes para o filme Maré, Nossa História de Amor para o corpo de baile, mas seu talento acaba lhe rendendo o papel de Analídia, protagonista do filme. Em seu segundo filme, Olhos Azuis, de José Joffily, interpreta Bia, uma garota que se prostitui na capital pernambucana, pelo qual recebe o prêmio de melhor atriz no II Festival Paulinia de Cinema, em 2009. No teatro, participa da peça Ariano, que conta a vida de Ariano Suassuna. Filmografia: 2007 – Maré, Nossa História de Amor; 2008 – Maria (CM); 2009 – Olhos Azuis; Irmãos (CM). LAGO, EDUARDO Carlos Eduardo Lago nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 31 de agosto de 1958. Estreia na televisão em 1982, na novela Final Feliz. Em 1984 faz seu primeiro filme, O Cavalinho Azul. Tem carreira regular de coadjuvante em novelas e minisséries como Tudo em Cima (1985), O Primo Basílio (1988), Por Amor (1997), Mulheres Apaixonadas (2003), Malhação (1995), América (2005), Como uma Onda (2005) e Páginas da Vida (2006), como o alcoólatra Bira, num papel grandioso, no qual pôde mostrar todo seu talento. Contratado pela TV Record, é um dos protagonistas de Caminhos do Coração (2007), Os Mutantes (2008), A Lei e o Crime (2009) e Promessas de Amor (2009). Filmografia: 1984 – O Cavalinho Azul; Para Viver um Grande Amor; 1986 – Viva a Morte (CM); 1987 – Sonhos de Menina-Moça; 1988 – Eternamente Pagu; 1991 – Assim na Tela como no Céu; 2000 – O Circo das Qualidades Humanas; 2006 – Gatão de Meia-Idade; 2009 – Divã. LAGO, MÁRIO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 29 de novembro de 1911. Filho único, forma-se em Direito em 1933, ano em que assina sua primeira peça teatral, Flores à Acuña. Nesse mesmo ano começa a escrever revistas para o teatro e a compor, em parceria com Custódio Mesquita, alcançando seu primeiro sucesso em 1937 com o fox Nada Além. Estreia no rádio em 1944, na Panamericana de São Paulo. Em 1945 vai para a Nacional e em 1948 para a Mayrink Veiga. Estreia como ator teatral em 1942 e no cinema, em 1947 no filme Asas do Brasil, seguindo-se muitos outros como Assalto ao Trem Pagador (1962) e Os Herdeiros (1971). Talvez seu trabalho mais memorável no cinema tenha sido em O Padre a e Moça, de 1965, dirigido por Joaquim Pedro de Andrade, em que interpreta o pai da moça que se apaixona pelo padre, vivido por Paulo José. Seu último fi lme é Idolatrada, de 1981. Estreia na televisão no programa Câmera Um, de Jacy Campos, na TV Tupi, mas somente em 1966 faz sua primeira novela, O Sheik de Agadir, pela recém-fundada TV Globo, como Otto Von Lucken. Nos anos 1970, como contratado da TV Globo, tem atuações memoráveis em O Casarão (1976), Dancin’ Days (1979), Baila Comigo (1981), Roda de Fogo (1986), Explode Coração (1996) e O Clone, de 2002, sua última novela, fazendo pequena participação. Casa-se em 1947 com Zeli Cordeiro Lago, com quem tem cinco filhos. Em 1997 lança o livro Causos e Canções de Mário Lago. Um dos maiores artistas do Brasil, morre em 30 de maio de 2002, aos 90 anos de idade, no Rio de Janeiro, vítima de insufi ciência respiratória. Filmografia: 1947 – Asas do Brasil; O Homem que Chutou a Consciência; 1948 Terra Violenta; 1949 – O Homem que Passa; Uma Luz na Estrada; 1950 – A Sombra da Outra; 1952 – Pecadora Imaculada; 1953 – Balança mas não Cai; 1961 – Mulheres, Cheguei!; 1962 – Assassinato em Copacabana; Assalto ao Trem Pagador; 1965 – História de um Crápula; 1966 – O Padre e a Moça; Na Onda do Iê-Iê-Iê; Essa Gatinha é Minha; Cuidado, Espião Brasileiro em Ação; 1967 – Terra em Transe; 1968 – O Bravo Guerreiro; Desesperado (Dezesperato); Vida Provisória; Na Mira do Assassino; 1969 – Incrível, Fantásti co, Extraordinário (narração); Pedro Diabo Ama Rosa Meia-Noite; Tempo de Violência; 1970 Balada dos Infiéis; 1971 – Os Herdeiros; 1973 – São Bernardo; Café na Cama; 1973 – Do Sertão ao Beco da Lapa (E o Mundo de Oswald) (narração, com Paulo César Peréio e Lima Duarte); 1982 – Eleições: Campanha de Marcos Freire (CM) (narração); 1983 – Idolatrada; 1984 – PCB (CM) (narração). LAGOA, JACQUES Jacques Lagoa Gomes nasceu em São Paulo, SP, em 6 de fevereiro de 1943. Inicia sua carreira como ator em 1969, na novela A Menina do Veleiro Azul, como Jorge, pela TV Excelsior, já agonizante, pois alguns meses depois a emissora fecharia suas portas. Transferese para a TV Tupi e faz regular carreira em novelas como Hospital (1971), O Sheik de Ipanema (1975) e Como Salvar meu Casamento (1979), curiosamente, a última novela da Tupi, repeti ndo-se a história de dez anos atrás. Na TV Bandeirantes faz Cavalo Amarelo (1980) e Dulcineia Vai à Guerra (1980), na TV Cultura, O Pátio das Donzelas (1982) e Casa de Pensão (1982) e Coração de Vidro (1989) pelo SBT, quando encerra a primeira fase de sua carreira como ator e inicia vitoriosa carreira de diretor em mais te vinte novelas, primeiro pela TV Manchete, como em Tocaia Grande (1995) e Mandacaru (1997), depois pelo SBT, com destaque para Fascinação (1998), Marisol (2002), Canavial de Paixões (2003) e Revelação (2008). Faz pouco cinema, apenas dois fi lmes, como ator, Tessa, a Gata e Ousadia, ambos em 1982. É um profissional muito competente. Filmografia: 1982 – Tessa, a Gata; Ousadia (episódio: A Peça). LAGRANHA, DEBBY Débora Cristina Lagranha nasceu em São Paulo, SP, em 3 de outubro de 1991. Entra para a vida artística por acaso, pois, acompanhando a irmã mais velha Priscila em teste caça-talentos, chama a atenção nos bastidores, é inscrita no concurso e escolhida entre 1,6 mil candidatas. Vence o concurso, tornando-se Click Model 93. Por sua esperteza, simpati a e facilidade em lidar com as câmeras, aos cinco anos é convidada a apresentar o programa infantil Clube da Criança pela extinta TV Manchete, sob a direção de Walter Avancini. Nesse programa Debby cantava, dançava, contava histórias, apresentava desenhos, fazia pegadinhas e entrevistava convidados da área infantil. Em 1998, aos sete anos de idade, estreia no cinema no filme Simão, o Fantasma Trapalhão, ao lado de Renato Aragão. Na TV Globo entra para os programas A Turma do Didi (1999/2002), Xuxa no Mundo da Imaginação (2003/2004) e Malhação (2005). Na TV Boas Novas do RJ, em 2008 apresentou o Programa Fator X. Em 2000 lança o CD Sonho de Menina e em 2005 o livro de contos Vamos Viajar Sem Sair do Lugar. No teatro, participa de inúmeras peças infantis como Teatro Cantando Estórias (1997), Respeitável Público (1998), Um Castelo Bem Assombrado (1999), Chapeuzinho Vermelho, o Musical (2000), Viagem ao Mundo Prateado (2001), Adolescente Faz Cada Uma (2004), O Mistério do Fantasma Assustado (2005) e ABC do Amor (2007), esta última de sua autoria. Atualmente, além da ati vidade artística, estuda Medicina Veterinária na Faculdade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro. Artista de múltiplas qualidades, é um grande talento brasileiro. Filmografia: 1998 – Simão, o Fantasma Trapalhão; 1999 – O Trapalhão e a Luz Azul; 2000 – Xuxa Popstar; 2001 – Xuxa e os Duendes; 2002 – Xuxa no Caminho das Fadas; 2002 – Duda, a Carteira (CM); 2003 – Abracadabra; Um Show de Verão. LAMBERTINI, DORA Nasceu na Itália. De família de artistas, os pais realizam frequentes tournées pela América do Sul, onde compõem o elenco os seis filhos do casal, entre eles Dora. Em 1883 conhecem o Brasil, mais especificamente o Rio de Janeiro, e fazem estrondoso sucesso, chegando a ter na plateia a Família Real. Uma parte da família se fixa no Brasil, em São Paulo, vindo Dora na segunda leva, com a mãe, já que o pai falece na Itália. Aqui trabalham em teatro e, a partir da década de 1910, também no cinema. Dora estreia em 1916 no filme O Guarani. Faz poucos filmes. Não se tem notícia da continuidade de sua carreira. Filmografia: 1916 – O Guarani; 1917 – Tiradentes; Heróis Brasileiros na Guerra do Paraguai; O Grito do Ipiranga. LAMBERTINI, LÚCIA Nasceu em São Paulo, SP, em 26 de junho de 1926. Em 1950, quando a TV Tupi é inaugurada, ela já estava lá, planejando os programas infantis da emissora, com Tatiana Belinky e Julio Gouveia, diretores do TESP. Em 1952 entra no ar a primeira versão televisiva do Sítio do Pica-Pau Amarelo e Lúcia é a escolhida para viver o papel da boneca Emília. A partir daí os papeis infantis começaram a aparecer sem parar, então, logo em seguida fez Heidi (1956), Pollyana (1956), O Pequeno Lorde (1957), Aventuras de Tom Sawyer (1958) e Pollyana Moça (1958). Parti cipa ati vamente dos movimentos TV de Vanguarda e TV de Comédia, sempre pela TV Tupi. A partir dos anos 1960 começa a destacar-se também como redatora de novelas, sendo de sua autoria os textos Quem Casa com Maria, Yoshico, Um Poema de Amor, As Professorinhas, Os Amores de Bob, etc. Estreia no cinema em 1964 em Imitando o Sol, mas seu grande momento acontece em 1966, no filme O Corintiano, ao lado de Mazzaropi. Em 1975 participa de sua últi ma novela como atriz, A Viagem, no papel de Cidinha. Como produtora e autora, trabalha na TV Cultura. Sua irmã, Leonor Lambertini, ou Leonor Pacheco, também é atriz. Foi casada com o produtor Hélio Tozzi. Morre repentinamente em 23 de agosto de 1976, em São Paulo, aos 50 anos de idade. Filmografia: 1964 – Imitando o Sol (O Homem das Encrencas); 1966 – O Corintiano; 1976 – O Conto do Vigário. LAMBERTINI, LUÍZA Nasceu na Itália. Como a irmã Dora, Luíza também faz parte da família de artistas que aqui vem pela primeira vez em 1883. Com o irmão Luis, ficam conhecidos como Os Irmãos Lamberti ni, e estreiam na peça Quando Chegará Papá. Sua estreia no cinema acontece em 1917 no filme O Grito do Ipiranga. Parti cipa de poucos filmes e assim como a irmã, não se tem notí cia da continuidade de sua carreira. Filmografia: 1917 – O Grito do Ipiranga; Heróis Brasileiros na Guerra do Paraguai; Tiradentes. LANDI, NEIDE Neide de Lamgamke nasceu em São Paulo, SP, em 29 de novembro de 1935. Estuda dati lografi a, taquigrafia, inglês e alemão. Por isso, trabalha durante cinco anos como secretária. Estreia no cinema em 1952 no filme Tico-Tico no Fubá, produzido pela lendária Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Em 1956 recebe convite para integrar a equipe de Odilon Azevedo e participa da peça O Complexo da Champagne, que é apresentado no Teatro Tijuca. Neide ganha a medalha de ouro como revelação teatral de 1956. No início dos anos 1960, abandona a carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1952 – Tico-Tico no Fubá; Appassionata; Veneno; 1954 – Sós e Abandonados; 1955 – Não Matarás; 1957 – Samba na Vila; Tem Boi na Linha; 1958 – O Batedor de Carteiras; 1961 – Mulheres, Cheguei. LANE, VIRGÍNIA Virgínia Giaccone nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 28 de fevereiro de 1920. Aos quatorze anos de idade estreia no Cassino da Urca, excursionando em seguida por vários países da América do Sul. No palco, representa inúmeras peças como Um Milhão de Mulheres e Leilão de Garotas. Em 1935, faz uma ponti nha no filme Alô, Alô Brasil, produção da Cinédia. Em 1943 atua também como cantora da orquestra e paralelamente trabalha na Rádio Mayrink Veiga. Em 1945 muda-se para a Argentina, lá permanecendo por três anos, trabalhando na Rádio Splendid e na boate Tabaris. De volta ao Brasil, em 1948, trabalha com Walter Pinto, no Teatro Recreio. Nesse mesmo ano emplaca seu maior sucesso carnavalesco, Sassaricando. Participa de muitos filmes, entre eles Samba em Berlim (1943), Anjo do Lodo (1950), sua atuação mais polêmica, em que aparece nua, numa sequência de dança e orgia muito ousada para a época, num filme que fi cou proibido pela censura por algum tempo, sendo liberado para maiores de 18 anos, e Vai Que é Mole (1960). Nas décadas de 1970 e 1980, aparece esporadicamente como jurada de programas de calouros. Em 2007 faz uma rápida aparição na novela Sete Pecados, pela TV Globo, como uma ex-vedete, amiga de Corina. Foi casada por duas vezes, com Sérgio Kroeff e Ganio Ganeff e tem uma filha adotiva chamada Marta. Virginia declarou há alguns anos que fora amante do ex-presidente Getúlio Vargas por dez anos, segredo que guardou por 50 anos. Uma das mais famosas vedetes brasileiras ainda vive com quase noventa anos de idade. Filmografia: 1935 – Alô, Alô, Brasil; 1936 – Alô, Alô, Carnaval; 1938 – Está Tudo Aí!; Banana da Terra; 1940 – Céu Azul; Laranja da China; 1941 – Entra na Farra; 1943 – Samba em Berlim; 1950 – Anjo do Lodo; Carnaval no Fogo; 1952 – Está com Tudo; É Fogo na Roupa; Tudo Azul; 1954 – O Petróleo é Nosso; 1955 – Guerra ao Samba; Carnaval em Marte; 1956 – Tira a Mão Daí; 1957 – Brasiliana; 1958 – Vou te Contá; 1959 – Mulheres à Vista; Quem Roubou meu Samba?; 1960 – Viúvo Alegre; Vai que é Mole; 1961 – Bom Mesmo é Carnaval; 1977 – Árvore dos Sexos; Pastores da Noite (Otália da Bahia) (França/Brasil); 1997 – Vox Populi (CM). LANUZA, CACILDA Nasceu em Campina Grande, Paraíba, em 1º de setembro de 1935. Em 1953 Alberto Cavalcanti procura por lá jovens talentos para integrar o cast de O Canto do Mar. Quando vê Cacilda, com seus traços marcantes e beleza impressionante, não tem dúvida em contratá-la. Assim é sua estreia no cinema, inclusive já ganhando o prêmio Governador do Estado, como melhor atriz coadjuvante. Logo em seguida vem para São Paulo, para dar sequência à carreira de atriz e logo é contratada pelas Organizações Victor Costa, primeiro como radioatriz e depois como estrela da TV. Faz poucos filmes, com destaque para Chão Bruto (1959) e Trilogia do Terror (1968), dando preferência para a carreira na televisão e teatro, na qual brilha nos anos 1960 e 1970. Sua primeira novela é O Pintor e a Florista, em 1964. Entre tantas outras, destacam-se O Mestiço (1965), Os Miseráveis (1967), A Menina do Veleiro Azul (1969) e Meu Pedacinho de Chão (1971). Retorna em 1984 para participar de Morte e Vida Severina (1981), Eu Prometo (1983), Padre Cícero (1984) e Joana (1984), quando encerra sua carreira artística. Filmografia: 1953 – O Canto do Mar; 1959 – Chão Bruto; 1967 – O Caso dos Irmãos Naves; 1968 – Trilogia do Terror (episódio: Procissão dos Mortos). LARA, DONA IVONE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 13 de abril de 1921. Compositora e sambista desde os doze anos de idade, funda, no início da década de 1940, em Madureira, A Escola Prazer da Serrinha, que em 1947 passa a ser Império Serrano. Compõe muito, e, em 1965, seu samba se torna o enredo da escola. Grava seu primeiro disco somente em 1970. Paralelamente à carreira artísti ca, trabalha como enfermeira, aposentando-se em 1977. No cinema, participa de um único filme a Força de Xangô, de 1978. É uma sambista muito respeitada no meio artísti co brasileiro. Filmografia: 1978 – A Força de Xangô. LARA, ODETE Odete Righi nasceu em São Paulo, SP, em 17 de abril de 1929. Tem infância repleta de dificuldades, inclusive com o suicídio dos seus país, e cedo começa a trabalhar para sobreviver. Matriculase no curso de modelos no Museu de Arte de São Paulo. Inicia carreira de modelo e depois garota-propaganda na TV. Estreia no teatro em 1955, com a peça Santa Marta Fabril. No ano seguinte, faz sua estreia no cinema, no filme O Gato de Madame, ao lado de Mazzaropi, e faz desse veículo o seu preferido, sempre interpretando a mulher fatal. Em 1961, muda-se para o Rio de Janeiro, onde dá continuidade à sua carreira no cinema. Muito bonita e de corpo escultural, é, talvez, a mulher mais desejada do Brasil na década de 1960. Atua em muitos filmes, com destaque para Absolutamente Certo (1957), Noite Vazia (1964) e A Estrela Sobe (1974). Estreia na televisão em 1954, no especial As Aventuras de Red Ringo, depois TV de Vanguarda (1953-1954). Em 1966 faz sua primeira novela Em Busca da Felicidade, depois As Bruxas (1970), A Volta de Beto Rockfeller (1973), O Dono do Mundo (1991) e Pátria Minha (1994), como Valquiria Mayrink. Ao longo dos anos, alterna sua participação em cinema, teatro ou televisão. Em 1975 lança sua autobiografia Eu Nua, depois Minha Jornada Interior e Meus Passos na Busca da Paz. No auge da carreira, abandona o cinema, converte-se ao budismo e parte para um autoexílio, vivendo muitos anos num síti o nas montanhas de Nova Friburgo, RJ. Foi casada com o dramaturgo Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha, e com o cineasta Antonio Carlos Fontoura. Atualmente mora no tradicional bairro carioca do Flamengo com uma dama de companhia. Em 2002, a atriz/ diretora Ana Maria Magalhães leva sua história às telas no filme Lara. É um mito vivo do cinema brasileiro. Filmografia: 1956 – O Gato de Madame; 1957 – Arara Vermelha; Absolutamente Certo; 1958 – Uma Certa Lucrécia; 1959 – Dona Xepa; Moral em Concordata; 1960 – Sábado a La Noche, Cine (Argentina); Dona Violante Miranda; Na Garganta do Diabo; Duas Histórias (Cacareco Vem Aí); 1961 – Mulheres e Milhões; Esse Rio que eu Amo (episódio: Balbino, o Homem do Mar); 1962 – Boca de Ouro; As Sete Evas; 1963 – Sonhando com Milhões; Bonitinha, mas Ordinária; 1964 – Noite Vazia; Pão de Açúcar (Brasil/EUA); 1965 – Mar Corrente; 1967 – As Sete Faces de um Cafajeste; 1968 – Câncer; 1969 –O Últi mo Homem (CM); Copacabana me Engana; O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (Brasil/ França/Alemanha); 1970 – Os Herdeiros; Vida e Glória de um Canalha; 1971 – Em Família; Lúcia McCartney, uma Garota de Programa; As Aventuras com Tio Maneco; Viver de Morrer; Jogo da Vida e da Morte; 1972 – Quando o Carnaval Chegar; 1973 – Vai Trabalhar, Vagabundo; 1974 – A Estrela Sobe; Rainha Diaba; Primeiros Momentos; 1975 – Assim Era Atlântida; 1979 – O Princípio do Prazer; 1986 – Um Filme 100 % Brasileiro; 1999 – Flores para os Mortos (CM). LARA, PEDRO DE Pedro Ferreira dos Santos nasceu em Bom Conselho, PE, em 25 de fevereiro de 1925. Começa na Rádio Rio de Janeiro, fazendo interpretação de sonhos. Foi astrólogo das revistas Amiga e Séti mo Céu. Na década de 1960 é convidado para ser jurado do Programa do Chacrinha, ficando por cinco anos. Vai então trabalhar para Sílvio Santos, no Show de Calouros, também como jurado, ficando lá outros tantos. Estreia no cinema, em 1975, no filme Quando as Mulheres Querem Provas. Atua em muitos outros, na maioria das vezes no gênero pornochanchada, sendo inclusive protagonista principal no filme Padre Pedro e a Revolta das Crianças, em 1984. Forma um ti po característi co, bizarro e excêntrico, que, sempre carregando flores, chega a ser engraçado, agradando, principalmente, os menos favorecidos. De 1980 em diante, Pedro de Lara participa do programa Bozo, um grande sucesso da TVS (hoje SBT), interpretando o Salsi Fufu. Nos últimos anos trabalhava como radialista na Rádio Atual, além de empresário de sua esposa Mag de Lara. Uma de suas últimas atuações na TV foi como jurado no programa Gente que Brilha, no SBT. Morre em 13 de setembro de 2007, aos 82 anos de idade, no Rio de Janeiro, de câncer de próstata. Filmografia: 1975 – Quando as Mulheres Querem Provas; O Estranho Vício do Dr. Cornélio; 1978 – Elke Maravilha contra o Homem Atômico; As Taradas Atacam; As 1001 Posições do Amor; 1979 – Bonitas e Gostosas; 1979/1983 – Loucuras Cariocas (Loucuras, o Bumbum de Ouro ou Funerária Kung-Fu); 1984 – Padre Pedro e a Revolta das Crianças; 1985 – As Aventuras de Sérgio Mallandro; 1986 – Emoções Sexuais de um Cavalo; A Máfi a Sexual; 1996 – Os Indigentes; 1997 – Homens sem Terra. LARANJEIRA, ELZA Nasceu em Bauru, SP, em 16 de junho de 1925. Aos dez anos de idade já se apresenta na Rádio Clube da cidade. Forma-se depois professora primária. Mas é em São Paulo que inicia sua carreira profissional, ao ser convidada para substituir Leny Eversong num programa que Blota Júnior apresenta na Rádio Cruzeiro do Sul. Em 1945 transfere-se para a Rádio Record, onde permanece por 20 anos. Em 1951 ganha o Troféu Roquette Pinto como a melhor cantora do ano. Grava inúmeros sucessos, destacando-se Foi sem Querer, A Noite do meu Bem, Que Será Será e Água de Beber. Estreia no cinema em 1952 no filme Areão. Na década de 1960, com o advento da Jovem Guarda, canta na noite paulistana, ainda com muito sucesso. Morre de parada cardíaca, em 22 de julho de 1986, aos 61 anos de idade, em São Paulo. Filmografia: 1952 – Areão; 1954 – É Proibido Beijar; 1955 – Carnaval em Lá Maior; 1958 – Ravina; 1959 – Dorinha no Society. LATORRACA, NEY Antonio Ney Latorraca nasceu em Santos, SP, em 27 de julho de 1944. Seus pais são crooners de cassino. Sua estreia acontece aos sete anos de idade, numa novela da Rádio Record. Em 1964, aos vinte anos de idade, muda-se para São Paulo e estreia no teatro na peça Pluft , o Fantasminha, de autoria de Maria Clara Machado. Depois de ser rejeitado por Maria Della Costa, entra para a Escola de Arte Dramática da USP em 1967, vivendo da sopa que o professor Alfredo Mesquita lhe fornece. Estreia na televisão em 1971, na novela O Tempo não Apaga, ao lado de Lilian Lemmertz, que lhe dá essa oportunidade, seguindose O Grito (1975), Escalada (1975), Estúpido Cupido (1977), Eu Prometo (1983), Um Sonho a Mais (1985), Vamp (1991), Zazá (1997), O Cravo e a Rosa (2000), Bang-Bang (2006) e Negócio da China (2009), Minisséries como Anarquistas Graças a Deus (1984) e A Casa das sete Mulheres (2003) e séries de humor como O Sistema (2007), Faça sua História (2007) e Casos e Acasos (2008). Sua grande paixão é o teatro, no qual faz trabalhos memoráveis como Hair, Romeu e Julieta, Quanto mais Louco Melhor, O Médico e o Monstro, Bodas de Sangue e O Mistério da Irma Vap, ao lado de Marco Nanini, um dos maiores sucessos teatrais desta década. Estreia no cinema em 1970 no filme Audácia – a Fúria dos Desejos e destaca-se em outros como Sedução (1974), que lhe vale o prêmio de melhor ator coadjuvante no Festival de Cinema do Guarujá, Anchieta, José do Brasil (1978), Ele, o Boto (1987), For All, o Trampolim da Vitória (1997), Diabo a Quatro (2004), etc. Em 2006 leva aos cinemas, como produtor/ator, sua peça de maior sucesso, Irma Vap – o Retorno, com direção de Carla Camurati, mas sem o mesmo sucesso dos palcos. Com seu grande talento e verve cômica, é um dos grandes atores brasileiros. Em 2004 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso Especial, lança sua biografia: Ney Latorraca – Uma Celebração, de autoria de Tânia Carvalho. Filmografia: 1970 – Audácia – a Fúria dos Desejos (episódio: Amor 69); 1972 – O José Bonifácio que Ninguém Conhece (CM) (narração); 1973 – A Noite do Desejo (Data Marcada para o Sexo); 1974 – Sedução (Qualquer Coisa a Respeito do Amor); 1975 – Deixa Amorzinho... Deixa; 1978 – O Grande Desbum; Anchieta, José do Brasil; Uma Estranha História de Amor; 1981 – Beijo no Asfalto; 1982 – Das Tripas Coração; Psyché (CM); 1984 – A Mulher do Atirador de Facas (CM); 1985 – Ópera do Malandro (Brasil/França); 1987 – Ele, o Boto; A Fábula da Bela Palomera (La Fabula de la Bella Palomera) (Brasil/Espanha); 1988 – A Mulher do Atirador de Facas (CM); 1989 – Festa; 1991 – Bastidores (CM); 1994 – Dente por Dente (CM); 1995 – Brevíssimas Histórias da Gente de Santos (CM); Carlota Joaquina, Princesa do Brazil; 1997 – For All, o Trampolim da Vitória; 2000 – Minha Vida em suas Mãos; 2003 – Viva Sapato; 2004 – O Diabo a Quatro; 2006 – Irma Vap – o Retorno; 2007 – Person (depoimento); 2009 – Vida Vertiginosa (CM); Topografia de um Desnudo. LAURA DE VISON Norberto Chucri David nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1940. Forma-se em Filosofia, com licenciatura em Psicologia e História. Paralelamente à carreira de professor de Educação Moral e Cívica na rede pública, canta e dança na noite carioca, principalmente no bar Bohemio, no centro do Rio de Janeiro. Nos shows desfilava seu estoque de mais de cem vestidos, quarenta perucas, cinquenta sapatos e botas, etc. Os principais foram Eles Gostam de Peruca (1965) e Les Girls (1967). Atua muito no cinema, em nove filmes, sendo sua estreia em 1985 na película Noite. Por sua atuação no curta Mamãe Parabólica, de 1989, recebe o prêmio de melhor ator em Brasília e no Fest Rio. Também com o vídeo O Bigode da Aranha, em 2004, recebe Medalha de Prata no Festi val du Court-Métrage de Bruxelles, na Bélgica. Na televisão, participa da minissérie Incidente em Antares (1994) e em um episódio do programa Você Decide, ambos pela TV Globo. Em 2006 apresenta a peça Dei a Elza em Você, em que atuava ao lado de rapazes musculosos. Em 2007 o diretor Cláudio Dias Guimarães produz o filme Laura, Laura, que conta a sua história. Morre em 8 de julho de 2007, no Rio de Janeiro, aos 67 anos de idade, por complicações decorrentes de uma cirurgia de hérnia. Filmografia: 1985 – Noite; Brás Cubas; 1986 – Na Calada da Noite (CM); 1987 – No Rio Vale Tudo (Si Tu Vas a Rio... Tu meurs) (Brasil/França/Itália); 1989 – Mamãe Parabólica (CM); 2004 – O Bigode da Aranha (vídeo); Cazuza – O Tempo não Para; Francamente (CM); O Outro Lado da Rua; 2007 – Laura, Laura. LAURA MARIA Laura Maria Garcia de La Rocque nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 3 de outubro de 1954. Começa como modelo e faz inúmeras peças de teatro. Estreia no cinema em 1964 numa ponta no filme Noite Vazia, mas é por sua interpretação no Minha Namorada (1972) que arrebata todos os prêmios do ano. Sua carreira não emplaca e ela fica esquecida, retornando em pequenos papéis na televisão, como nas minisséries Engraçadinha (1995) e Decadência (1996), na qual faz uma tarefeira que depois vira crooner da igreja. Filmografia: 1964 – Noite Vazia; 1972 – Minha Namorada. LAURENCE, JACQUELINE Jacqueline Juliette Laurence nasceu em Marseille, França, em 10 de outubro de 1932. Chega ao Brasil com dezesseis anos, acompanhando o pai jornalista. Entre 1955 e 1957 estuda na Fundação Brasileira de Teatro, de Dulcina de Morais, em sua primeira turma, tendo como professores nomes consagrados como Adolfo Celi, Henriette Morineau, Gianni Ratto, Maria Clara Machado, Ziembinski e a própria Dulcina. Atua em dezenas de peças como O Jubileu, O Mal-Entendido, O Médico à Força, A Menina e o Vento, estes todos dirigidos por Maria Clara Machado, depois Ação entre Amigos, No Coração do Brasil, Seria Cômico se não Fosse Trágico, A Profissão da Senhora Warren. Ao longo da carreira recebe vários prêmios por sua atuação no teatro como em O Marido Vai à Caça, em 1971, Madame de Sade e As Criadas, em 1982, e Tupã, a Vingança, direção de Miguel Falabella, em 1985. Sua primeira peça como diretora é Esperando Godot, de Samuel Becket, em 1985, depois As Sereias da Zona Sul, Greta Garbo, Quem Diria, Acabou no Irajá, Dias Felizes, com Fernanda Montenegro, etc. Na televisão, estreia em 1968 na novela Antonio Maria, direção de Geraldo Vietri, pela TV Tupi. Estreia no cinema em 1967 no filme O Mundo Alegre de Helô. Sempre priorizou o teatro em sua carreira, mas fez alguns fi lmes como Menino do Rio (1982), Sonho de Verão (1990) e, mais recentemente Polaroides Urbanas, direção do amigo Miguel Falabella. Na Globo, atua em muitas novelas como Uma Rosa com Amor (1972), como Alzira; Dancin’ Days (1978), como Solange; e Séti mo Sentido (1982), como Célia. Na TV Manchete faz A Marquesa de Santos (1984), como Baronesa de Goitacases; e Dona Beija (1986), como Madame Constance; no SBT, Brasileiros e Brasileiras (1990), como Antoniette, e de volta à Globo em Salsa & Merengue (1996), como Eglantine; As Filhas da Mãe (2001), como Margot; e Senhora do Destino (2005), como Evangeline. Na TV Bandeirantes, Água na Boca (2008), como Françoise Cassoulet. Personalidade forte, altiva, profunda conhecedora da profissão, brilha em tudo que faz; como atriz ou diretora diferencia seu trabalho pela presença aristocrática e interpretação elaborada. Filmografi a: 1967 – O Mundo Alegre de Helô; 1970 – Parafernália, o Dia da Caça; 1977 – Gente Fina é Outra Coisa; 1978 – Nos Embalos de Ipanema; A Batalha de Guararapes; 1982 – Menino do Rio; 1988 – Natal da Portela (Brasil/ França); 1990 – Sonho de Verão; 1991 – Estação Aurora (CM); Absintho (CM); 1994 – Érotique (episódio brasileiro: Final Call) (EUA/Alemanha/Hong-Kong); Dente por Dente (CM); Veja esta Canção (episódio: Pisada de Elefante); 2008 – Polaroides Urbanas. LAVIGNE, PAULA Paula Mafra Lavigne nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 31 de março de 1969. Estreia no cinema em 1986, no filme Cinema Falado e no mesmo na televisão, na minissérie Anos Dourados, como Marli. No filme Cinema Falado conhece Caetano Veloso, com quem se casa no mesmo ano. Depois parti cipa de Brega & Chique (1987), Vale Tudo (1988), Lua Cheia de Amor (1990), Contos de Verão (1993), Pátria Minha (1994) e Explode Coração (1995). Em 1992 inicia sua carreira de produtora. Associada à Natasha Records, realiza e distribui trilhas sonoras dos desenhos Disney no Brasil, entre eles O Rei Leão, que ganhou o Disco de Ouro. Passa a produzir discos de artistas famosos como Titãs. Adriana Calcanhoto e Caetano Veloso. Produz o CD com a trilha sonora da novela Tieta do Agreste e ganha o primeiro Disco de Ouro para uma trilha sonora brasileira. A partir de 1999 abandona definitivamente a carreira de atriz para tornar-se produtora de cinema de sucesso, quase sempre associada à Globo filmes, como em Orfeu (1999), Lisbela e o Prisioneiro (2003), Dois Filhos de Francisco (2005), Ó Paí Ó (2007), Romance (2008), O Bem-Amado (2010), etc. Com Caetano fica casada por dezoito anos (1986/2004), com quem tem dois filhos, Zeca (1992) e Tom (1997). Filmografia: 1986 – Cinema Falado; 1987 – Um Trem para as Estrelas; 1990 – Os Sermões; 2003 – Lisbela e o Prisioneiro. LEAL, ÂNGELA Ana Maria Rodrigues Leal nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de dezembro de 1947. Filha de Américo e Antonia Leal, empresários teatrais proprietários do Teatro Rival, forma-se em Direito pela UFRJ, chegando a trabalhar na função. Mas sempre teve dentro das veias o dom artísti co, ao participar do auge e da decadência do Teatro de Revista, no teatro do pai. Estuda teatro com Sérgio Britto e participa de algumas peças em pequenos papéis. Em 1970, faz uma ponta na novela Irmãos Coragem, sua estreia na televisão. Seguem-se pela TV Globo O Homem que Deve Morrer (1971), Selva de Pedra (1972), O Semideus (1973), Escrava Isaura (1976), Dona Xepa (1976), O Astro (1977), Gabriela (1979), Água Viva (1980), Roque Santeiro (1985), Mandala (1987), Guerra sem Fim (1993), Mandacaru (1997), esta pela TV Manchete, Vidas Cruzadas (2000), pela TV Record e Páginas da Vida (2007) e Sete Pecados (2007), ambas pela TV Globo. De volta à Record, atua em Amor e Intrigas (2007). No cinema, estreia em 1975 no filme O Casal, de Daniel Filho, seguindo-se outros como Bububu no Bobobó (1980), em que também foi a produtora, e Perdoa-me por me Traíres (1983). No teatro, atua em inúmeras peças como Freud Explica, Explica?, O Tempo e os Conways, A Verdadeira História da Gata Borralheira, Para Mulheres que Pensaram em Suicídio, A História É uma História e Papa Highirte, entre tantas outras. Sua filha, Leandra Leal (1982 – ), é uma das grandes atrizes da nova geração. Filmografia: 1975 – O Casal; 1976 – Fogo Morto; 1978 – Muito Prazer; 1979 – Companhia Solidão Limitada (CM); 1980 – Bububu no Bobobó; Sinal Vermelho (CM); 1983 – Perdoa-me por me Traíres; 2000 – Tropel (CM); 2006 – Zuzu Angel; Querô. LEAL, CÂNDIDA Nasceu em Portugal, em 30 de dezembro de 1893. Estreia no teatro em Lisboa. Em 1911 vem para o Brasil com a Companhia Carlos Leal para se apresentar no Pavilhão Internacional. Com o sucesso aqui, alterna-se entre os dois países. Estreia no cinema em 1911 no filme A Dançarina Descalça, mas sua carreira acaba sendo desenvolvida mesmo no teatro. Não se tem notí cia da continuidade de sua carreira, nem da data de seu falecimento. Filmografia: 1911 – A Dançarina Descalça; 1919 – Ubirajara; Coração de Gaúcho. LEAL, LEANDRA Leandra Leal Brás nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de setembro de 1982. Filha da atriz Ângela Leal, começa sua carreira de atriz no teatro, aos oito anos de idade. Faz os cursos de Antonio Breves e da Casa de Cultura Laura Alvim. Depois, fica dois anos no Tablado. Estreia na TV em 1990, num pequeno papel na novela A História de Ana Raio e Zé Trovão. Em seguida já brilha nas séries Confissões de Adolescente, em 1994. Convidada para participar do seriado Malhação, não pôde aceitar para não prejudicar seus estudos. Em 1995, faz sua primeira novela, Explode Coração, como a ciganinha Ianca, irmã de Dara, e em seguida parti cipa de A Indomada. Em 1997 estreia no cinema no excelente A Ostra e o Vento, ganhando a concorrência com mais de 300 candidatas e surpreendendo por sua desenvoltura. Muito jovem ainda, já faz sólida carreira na televisão, em novelas como Pecado Capital (1998), O Cravo e a Rosa (2000), Senhora do Destino (2005) e Páginas da Vida (2007), como Sabrina, Ciranda de Pedra (2008), como Elzinha, e Decamerão a Comédia do Sexo (2009), como Isabel. No cinema, também mostra seu talento em O Viajante (1999) e Zuzu Angel (2007). Já é uma grande atriz brasileira. Filmografia: 1997 – A Ostra e o Vento; 1999 – O Viajante; 2000 – O Maior (CM); 2001 – Dias de Nietzsche em Turim; 2003 – Chatô, o Rei do Brasil (inacabado); O Homem que Copiava; 2004 – Cazuza – o Tempo não Para; 2006 – Zuzu Angel; 2007 – Nome Próprio; 2008 – Se Nada mais Der Certo; 2009 – Insolação; 2010 – Bonitinha, mas Ordinária; Estamos Juntos. LEAL, ROBERTO António Joaquim Fernandes nasceu no Vale da Porca, Portugal, em 27 de novembro de 1951. Em 1962, com onze anos de idade, muda-se com a família para o Brasil. Depois de trabalhar como sapateiro e vendedor de doces, começa a cantar fados e músicas românticas. A partir dos anos 1970 torna-se muito popular, principalmente junto à colônia portuguesa, cantando fados e músicas do folclore. Em 1979 faz sua estreia no cinema, no filme Milagre, o Poder da Fé, em que também é o produtor, com razoável resultado. Roberto Leal já vendeu dezessete milhões de discos e tem mais de trezentas músicas gravadas. Alterna-se morando entre Portugal e Brasil, com igual sucesso. Está casado com Márcia Lúcia, com quem tem três fi lhos brasileiros, entre eles, o também cantor Rodrigo Leal. Filmografia: 1979 – Milagre, o Poder da Fé. LEAL, RUY Nascido no Rio Grande do Sul, inicia sua carreira no rádio, ainda em Porto Alegre. Nos anos 1970 muda-se para São Paulo e se integra ao pessoal da Boca, acabando por consti tuir grande fi lmografia entre 1978 e 1988. Estreia no filme Fugitivas Insaciáveis. Já começou a carreira maduro, então seus papeis eram sempre de empresários bem-sucedidos, médicos, vigaristas profissionais, etc. Em dez anos de cinema atua em quase cinquenta filmes. Na televisão, tem rápida participação nas novelas Solar Paraíso (1978) e A Ponte do Amor (1983), ambas pelo SBT. Casado, com dois filhos, é falecido. Filmografia: 1978 – Fugiti vas Insaciáveis; O Vigilante Rodoviário; Diário da Província; 1979 – Porão das Condenadas; O Caçador de Esmeraldas; Essas Deliciosas Mulheres; 1980 – Orgia das Libertinas; Motel, Refúgio do Amor; Império das Taras; Bordel – Noites Proibidas; A Filha de Emmanuelle; Joelma 23º Andar; 1981 – Volúpia do Prazer; O Filho da Prosti tuta; Eva, o Princípio do Sexo; Delírios Eróti cos (episódio: Ressurreição); Como Afogar o Ganso; Cassino dos Bacanais; Casais Proibidos; As Meninas de Madame Laura; Devassidão, Orgia e Sexo; 1982 – O Rei da Boca; Nicolli, a Paranoica do Sexo; As Vigaristas do Sexo; A Noite do Amor Eterno; A Fábrica de Camisinhas; Sete Dias de Agonia; 1983 – Violentadores de Meninas Virgens; Os Tarados; O Início do Sexo; O Cafetão; Massage For Men; 1984 – Volúpia de Mulher; Quando a B... não Falta; Padre Pedro e a Revolta das Crianças; O Tônico do Sexo (A Raiz do Amor); Oh! Rebuceteio; Ivone, a Rainha do Pecado (Uma Mulher Provocante); Bobeou... Entrou; A Volta do Jeca; Animais do Sexo; 1985 – Sem Vaselina; Que Delícia de Buraco; Abre as Pernas Coração; 1988 – Heróis Trapalhões – Uma Aventura na Selva; Instrumento da Máfia. LEANDRO, CONSUELO Maria Consuelo da Costa Ortiz Nogueira nasceu em Lorena, SP, em 27 de maio de 1932. Aos seis anos de idade foi convidada para participar de uma procissão do Senhor de Passos de São Benedito e descobriu seu fascínio pela vida artísti ca. Vesti u-se de anjo e exigiu que a mãe bordasse uma cruz de strass na roupa, pois queria brilhar. No colégio de freiras, representava, dançava e tocava piano. Com onze anos de idade muda-se para o Rio de Janeiro e ingressa na escola de dança do Teatro Municipal. O primeiro papel como atriz vem por um convite para participar do festival de Chekhov, realizado por Paschoal Carlos Magno, com o grupo do Teatro do Estudante, no Rio de Janeiro. Em 1953 estreia como profissional no Teatro Follies, depois permanece quatro anos na companhia de Zilco Ribeiro, sendo sua estreia na peça Carrossel de Mulheres. Em seguida é contratada pela Rádio Nacional e passa a participar do humorístico Balança mas não Cai, com grande sucesso. Trabalha em shows nas boates. Estreia no cinema em 1953 no filme Os Três Recrutas. Faz muitos filmes, sempre comédias, em que pode deixar extravasar toda a sua verve cômica, como em O Petróleo é Nosso (1954) e O Bem-Dotado – o Homem de Itu (1977). Em 1965 participa de sua primeira novela, Ceará contra 007, depois Mãos ao Ar (1966) e Uau, a Companhia (1972). A convite de Teófilo de Vasconcelos, participa do programa Alegríssimo, em 1974. Passaria por quase todas as emissoras, sendo A Praça é Nossa seu último programa, pelo SBT. Em 1987, revive seu personagem do rádio, ao interpretar Lili Bolero na novela Cambalacho, pela TV Globo, mas sua última novela é Brasileiras e Brasileiros, em 1990. Foi casada com o humorista Agildo Ribeiro, mas não teve filhos. Morre em 5 de julho de 1999, aos 67 anos de idade, em São Paulo, de câncer na bexiga. Filmografia: 1953 – Os Três Recrutas; 1954 – Carnaval em Caxias; O Petróleo é Nosso; 1955 – Angu de Caroço; 1956 – Tira a Mão Daí; 1957 – Com a Mão na Massa; 1958 – No Mundo da Lua; 1959 – Mulheres à Vista; Espírito de Porco; Um Homem Fora do seu Meio (inacabado); 1960 – Pistoleiro Bossa Nova; Sai Dessa, Recruta; 1970 – A Arte de Amar Bem (episódio: A Honestidade da Men-tira); 1971 – Lua de Mel & Amendoim; 1977 – O Bem-Dotado – O Homem de Itu; 1979 – O Menino Arco-Íris (A Infância de Jesus Cristo); 1980 – Gugu, o Bom de Cama; 1981 – Como Faturar a Mulher do Próximo (episódio: A Represália); 1982 – Ousadia (episódio: O Método); 1984 – Os Bons Tempos Voltaram – Vamos Gozar Outra Vez (episódio: Sábado Quente); 1988 – O Escorpião Escarlate; 1997 – A Idade do Coração (CM). LEÃO, DANUZA Nasceu em Itaguaçu, ES, em 26 de julho de 1933. Começa sua carreira em 1954 como manequim, chegando a desfilar na França, ao lado de Carmen Mayrink Veiga. Abandona as passarelas e trabalha como jornalista, assinando uma coluna de muito sucesso no Jornal do Brasil. Estreia no cinema em 1967 no filme Terra em Transe. Lança o livro À Mesa com Danusa, comentando comportamentos e eti quetas, um best-seller brasileiro. Em 1978 participa, como ela mesma, da novela Dancin’ Days, pela TV Globo. Foi casada com Samuel Wainer com quem teve três filhos, Pinky, Samuca e Bruno. É irmã da cantora Nara Leão. Filmografia: 1967 – Terra em Transe; Cinema Novo (Improvisierst und Zielbewusst) (CM) (depoimento) (Brasil/Alemanha); 1980 – A Idade da Terra; 1987 – Leila Diniz (como ela mesma); 2003 – Glauber, o Filme – Labirinto do Brasil. LEÃO, ERIBERTO Eriberto de Castro Leão Monteiro nasceu em São José dos Campos, SP, em 11 de junho de 1972. Fez duas faculdades, Administração pela manhã e o EAD à noite. Adolescente, pratica full contact e começa a participar de peças de teatro. Estreia na televisão em 1996 no especial Antonio dos Milagres. Em 1997 faz sua primeira novela, O Amor Está no Ar, seguindo-se de Serras Azuis (1998), Marcas da Paixão (2000), Cabocla (2004), Sinhá Moça (2006), Duas Caras (2007), Três Irmãs (2008), Casos e Acasos (2008) e Paraíso (2009). No teatro, em 2005 faz Jesus Cristo na peça Paixão de Cristo, encenada anualmente em Nova Jerusalém, Pernambuco, e, em 2007, Fala Baixo, Senão eu Grito, ao lado de Ana Beatriz Nogueira, com direção de Paulo de Moraes. Estreia no cinema em 2007 no filme Onde Andará Dulce Veiga? Filmografia: 2007 – Onde Andará Dulce Veiga?; 2009 – Um Homem Qualquer; Intruso. LEÃO, NARA Nara Loffego Leão nasceu em Vitória, ES, em 19 de janeiro de 1942. Inicia sua carreira em 1963, em plena Bossa Nova, mesmo já fazendo parte do grupo de vanguarda desde 1958. Participa do show Opinião. Sua voz pequena mas muito afi nada torna-a respeitada em todo o Brasil, principalmente com a música A Banda, de Chico Buarque, em 1965, quando fi ca nacionalmente conhecida. Participa de vários filmes, sendo sua estreia em 1964 em Ganga Zumba. Destacam-se ainda Garota de Ipanema (1967) e Quando o Carnaval Chegar (1977). É irmã de Danusa Leão. Foi casada com o cineasta Carlos Diegues, com quem teve dois filhos, diretora Isabel Diegues (1970) e Francisco (1972). Morre prematuramente em 7 de junho de 1989, aos 47 anos de idade, vítima de câncer cerebral. Filmografia: 1964 – Ganga Zumba; 1965 – O Desafio; 1966 – Onde a Terra Começa; 1967 – Garota de Ipanema; 1968 – Fantasia de Ator e TV (CM); 1971 – Os Herdeiros; 1972 – Quando o Carnaval Chegar; 1974 – As Moças Daquela Hora; Álbuns de Musica (CM); 1976 – Um Homem Célebre; 1985 – Infi nita Tropicália (CM). LEE, RITA Rita Lee Jones nasceu em São Paulo, SP, em 31 de dezembro de 1947. De família de classe média alta, o pai é americano e a mãe, italiana. Foi educada no colégio francês Liceu Pasteur, um dos melhores de São Paulo. Fala fluentemente inglês, italiano e francês. Rebelde por natureza, é a primeira mulher a integrar uma banda de rock, Os Mutantes, ao lado de Sérgio e Arnaldo Dias. Foi casada com Arnaldo Batista entre 1971 e 1973. É o auge do Tropicalismo e dos Festivais. Expulsa do grupo, inicia espetacular carreira-solo, inicialmente acompanhada pela banda Tutti-Frutti e em seguida pelo guitarrista Roberto de Carvalho, com quem se casa e tem três filhos: Beto (1978), João (1980) e Antonio (1983). Já esteve envolvida com drogas, mas seu esti lo irreverente sempre a faz dar a volta por cima, em todas as adversidades de sua vida. Estreia no cinema em 1968 no filme As Amorosas, ainda em companhia dos Mutantes. Depois faria parti cipações em alguns outros como Os Paqueras (1969), Ritmo Alucinante (1976), Dias Melhores Virão (1989) e Durval Discos (2002). Na televisão, participa de diversos programas como Cida, a Gata Roqueira (1986) e Madame Lee, em 2005, e das novelas Top Model (1989), Vamp (1991) e Celebridade (2004), sempre pela TV Globo. Vegetariana, é ativista do movimento dos direitos dos animais. É a roqueira-mãe do Brasil, respeitada por todos. Filmografia: 1968 – As Amorosas (com os Mutantes); 1969 – Os Paqueras; 1971 – Som Alucinante; 1976 – Ritmo Alucinante; 1988 – Fogo e Paixão; 1989 – Dias Melhores Virão; 1993 – Tanta Estrela por Aí (CM); 2002 – Durval Discos; Rogério Duprat – Vida de Músico (depoimento); 2006 – Wood & Stock: Sexo, Orégano e Rocknroll (dublagem da voz de Rê Barbosa). LEINER, AÍDA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de agosto de 1964. Ainda bebê muda-se para São Paulo. Faz teatro amador desde os doze anos de idade, integrando o Grupo União e Olho Vivo de César Vieira. Com dezesseis anos vai a Londres a passeio e lá fi ca dois anos, estudando. De volta ao Brasil, estuda teatro com Antunes Filho, fazendo sua estreia na peça Dona Flor e seus dois Maridos, seguida por Antes de Ir ao Baile. Em 1986 estreia no cinema, no filme Vera. É sucesso total, chegando a ir para Berlim participar do Festi val, com Ana Beatriz Nogueira, a atriz principal do filme. Na televisão, participa das novelas Mandala (1987), Vida Nova (1988), Vamp (1991) e das minisséries O Pagador de Promessas (1988), Carandiru, Outras Histórias (2005) e Queridos Amigos (2008). Dedica sua carreira mais ao teatro. Está casada desde 1989 com o empresário alemão no ramo de restaurantes Heiner Klinger, que ela conheceu no Festival de Cinema de Berlim de 1987, quando foi repesentar o filme Vera. A partir de então, vive entre Berlim e São Paulo. Em Berlim é membro de uma academia de dança de salão e atua em filmes para a TV local. Heiner tem dois bares na Alemanha. Filmografia: 1986 – Vera; 1987 – Anjos da Noite; 2003 – Carandiru. LEINER, DOROTHY Nasceu em Bucareste, Romênia, em 2 de abril de 1932. Estudiosa das artes, especializa-se em balé, dança clássica, expressão corporal, mímica, maquiagem e canto, quase todos os cursos no exterior e com renomados professores. No Brasil, participa ativamente de teatro, nas peças Nascida Ontem, de G. Kanin, e Espectros, de Ibsen, ambas dirigidas por Alberto D’Aversa. Estreia no cinema em 1968 no filme O Quarto. Faz muitos outros, como Vozes do Medo (1972) e Gaijin, os Caminhos da Liberdade (1980). Filmografia: 1968 – O Quarto; 1971 – Uma Mulher para Sábado; 1972 – Vozes do Medo; 1974 – As Delícias da Vida; 1975 – Lucíola, o Anjo Pecador; Compasso de Espera; 1977 – A Casa das Tentações; 1978 – Ninfas Diabólicas; Pecado sem Nome; As Trapalhadas de Don Quixote e Sancho Pança; 1979 – Colegiais e Lições de Sexo; 1980 – Gaijin, os Caminhos da Liberdade. LEITE, ARY Aristides Leite Guimarães nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1930. Começa sua carreira na extinta TV Rio. Em 1958 cria seu ti po mais famoso, o Seu Saraiva, que ficava nervoso e começava a uivar e depois ia se acalmando, sempre com carinhos femininos. Logo estreia no cinema, em 1955, no filme Carnaval em Lá Maior, direção de Adhemar Gonzaga. A partir dos anos 1960 começa a participar de humorísticos, entre eles Balança mas não Cai (1968), pela TV Globo. Depois parti cipa de A Festa É Nossa (1983), Humor Livre (1984) e Viva o Gordo (1986). Morre em 1986, no Rio de Janeiro, aos 56 anos de idade, de problemas cardíacos. Seu personagem mais famoso foi recriado para o Zorra Total, com Francisco Milani, agora denominado Tolerância Zero, uma homenagem ao velho mestre do humor, injustamente esquecido. Filmografia: 1955 – Carnaval em Lá Maior; 1962 – Vagabundos no Society; 1967 – A Espiã que Entrou em Fria; 1971 – Tô na Tua, Ô Bicho; 1982 – Os Três Palhaços e o Menino; 1983 – Um Sedutor Fora de Série. LEITE, CARLOS Nasceu em Recife, PE, em 1939. Ainda jovem muda-se para o Rio de Janeiro para realizar seu sonho de ser humorista profissional. Entra para a TV Globo fazendo parte do balé fixo da emissora. Berta Loran o convida para participar do espetáculo Eles Querem Leite, e, com o sucesso, em 1973 entra para o programa Chico City, com o personagem Adolfo Valentim e logo lança o Beleza, a qual fica marcado para sempre. No cinema, participa de três filmes, sendo sua estreia em Divorcio à Brasileira, de 1973. Parti cipa de outros programas como Sati ricom (1973), Planeta dos Homens (1976), A Turma do Pererê (1983), A Festa é Nossa (1983), Humor Livre (1984), etc. Em 1987 vai para a TV Bandeirantes parti cipar de Praça Brasil, apresentada por Moacyr Franco e cria o personagem do guarda homossexual. Com o fim do programa, é convidado por Carlos Alberto de Nóbrega para integrar o elenco da Praça no SBT e lança o personagem Metaleiro, que também faz sucesso. Alegre, descontraído e grande humorista, criador de ti pos, morre prematuramente, em 1990, de complicações oriundas do vírus da AIDS, em São Paulo, aos 51 anos de idade. Filmografia: 1973 – Divorcio à Brasileira; 1974 – Ainda Agarro esta Vizinha; 1978 – Manicures a Domicilio. LEITE, EDUARDO Nasceu em Guaratinguetá, SP, em 1867. Começa carreira no teatro, na Companhia Leopoldo Fróes. Estreia no cinema em 1908 no filme O Telegrama Número Nove. Ator muito atuante no início do século, destacam-se em sua fi lmografia Nono Mandamento (1913) e Fósforo Eleitoral (1918). Estreia como diretor em 1909 no filme João José. Entre outros, dirige também A Viúva Alegre (1909). Pioneiro do nosso cinema, morre em 1919, aos 52 anos de idade. Filmografia (ator): 1908 – Telegrama Número Nove; Os Estranguladores; Os Capadócios da Cidade Nova; O Comprador de Ratos; 1909 – A Cabana do Pai Tomás; As Aventuras de Zé Caipora; Dona Inês de Castro; Milagres de Santo Antonio; Passaperna & Cia.; Portas do Céu; Remorso Vivo; 1910 – Viúva Alegre; Mil Adultérios; 1911 – República Portuguesa; 1913 – Os Milagres de Nossa Senhora da Penha; Nono Mandamento; 1915 – Albergue Sangrento; 1918 – Fósforo Eleitoral. Filmografia (diretor): 1909 – João José; Remorso Vivo; Dona Inês de Castro; A Viúva Alegre. LEITE, FÁTIMA Nasceu em Além-Paraíba, MG, em 1953. Radicada em São Paulo, estreia no cinema em 1976 no filme Com um Grilo na Cama, Seguindo-se de outros como Mar do Pecado (1981) e Mulheres Insaciáveis (1984). Na televisão, participa da novela O Todo Poderoso (1979). Filmografia: 1976 – Com um Grilo na Cama; O Trapalhão no Planalto dos Macacos; Massagistas Profissionais; Tem Alguém na Minha Cama; 1977 – Os Amores da Pantera; 1978 – Sexo e Violência em Búzios; 1979 – A Pantera Nua; Bordel, Noites Proibidas; 1979 – Eu Matei Lúcio Flávio; 1980 – Sofia e Anita, Deliciosamente Impuras; 1981 – Mulheres de Programa; 1982 – Mar do Pecado; Mulheres Liberadas; 1983 – Carnaval das Taras; Momentos de Prazer e Agonia; 1984 – A Boca do Prazer; Mulheres Insaciáveis. LEITE, FERNANDA CARVALHO Nasceu em Porto Alegre, RS, em 20 de março de 1974. Atriz, bailarina e coreógrafa, estuda no The Lee Strasberg Theatre Institute de Nova York, em 1998, e integra as companhias de dança Ânima e Eduardo Severino. Estreia no cinema em 1997 no média Bola de Fogo, de Martha Biavaschi. Seu primeiro longa é Paixão de Jacobina (2002) de Fábio Barreto, mas brilha mesmo, em 2003, em Garotas do ABC, de Carlos Reichenbach, como Lucineide. No teatro, faz sucesso em diversas peças como O Marido do Dr. Pompeu, O Concílio do Amor, Almas Gêmeas, etc. Na televisão apresenta a série Futura Profissão, pelo Canal Futura, em 1997, e atua na série Contos de Inverno, pela RBS em 2002. Filmografia: 1997 – Bola de Fogo (MM); 2001 – Vênus (CM); Por um Fio (CM); 2002 – Paixão de Jacobina; 2003 – Garotas do ABC; A Festa de Margarete (Margarettes Feast) (Brasil/EUA); 2004 – Bens Confi scados; 2006 – Anjos do Sol; Nossa Senhora de Caravaggio; 2007 – Falsa Loura; 2008 – Netto e o Domador de Cavalos. LEITE, GILDÁSIO Gildásio Amorim Leite nasceu em Vitória da Conquista, BA. Teatrólogo, ator, professor e escritor. Em 1972 conclui graduação de Direção Teatral na Universidade Federal da Bahia. Atua/dirige quase quarenta peças teatrais. Representa o Brasil em excursões artísticas na Venezuela, Panamá e Colômbia, funda associações de teatro e coordena o Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima, em sua cidade natal, abrindo espaço fundamental para as artes. Estreia no cinema em 1970 no filme A Rebelião dos Brutos, produção ítalo-hispânica filmada no Brasil, depois outros como Tenda dos Milagres (1977), Central do Brasil (1998), etc. Filmografia: 1970 – A Rebelião dos Brutos (O Cangaceiro) (Itália/Espanha); 1972 – Il Serpente Strichen (Itália); 1977 – Tenda dos Milagres; 1980 – J. S. Brown, o Últi mo Herói; 1998 – Central do Brasil; 2004 – Cascalho; 2007 – Quando Nada Acontece. LEITE, LUÍZA BARRETO Nasceu em Santa Maria, RS, em 1º de outubro de 1909. Forma-se em Direito, na Universidade de Porto Alegre. Em 1951 já é diretora de radioteatro da Rádio Ministério de Educação, passando a exercer cargos importantes, dentro das artes no Brasil. Estreia como atriz de cinema em 1946, no filme Sob a Luz do meu Bairro, tendo participado de vários outros como Sinfonia Carioca (1955) e Insônia, seu último filme. Morre em 1º de dezembro de 1996, no Rio de Janeiro, aos 87 anos de idade. Filmografia: 1946 – Sob a Luz de meu Bairro; Fantasma por Acaso; 1947 – Luz dos meus Olhos; 1948 – Falta Alguém no Manicômio; Inconfidência Mineira; Mãe; Terra Violenta; 1949 – Caminhos do Sul; 1951 – Aí Vem o Barão; 1952 – Areias Ardentes; 1955 – Sinfonia Carioca; 1977 – Ladrões de Cinema; 1982 – Insônia. LEITE, VERA BARRETO Nasceu em 27 de maio de 1936. Sua família toda tem raiz teatral. Torna-se modelo profissional e, em 1952, muda-se para Paris, tornando-se a primeira modelo internacional brasileira. Lá fica por dez anos, desfilando para as marcas Chiapareli, Dior e Chanel. Em 1963, corajosamente posa nua para a revista Fair Play. Estreia no cinema numa pequena ponta no filme Trinta Anos esta Noite (Le Feu Follet), de Louis Malle (1932-1995), seu amigo. Magra, bela e inteligente, usava o nome artísti co de Vera Valdès e tinha Paris a seus pés. De volta ao Brasil parti cipa de filmes, sendo o primeiro As Cariocas, em 1966, mas o mais famoso é o enigmático Até que o Casamento nos Separe, de Flávio Tambellini, produção de 1968. Nos anos 1970/1980 trabalha também como fi gurinista de vários fi lmes como Anchieta José do Brasil (1977) e Brás Cubas (1985). Foi casada com o ator Luiz Linhares, com quem teve uma filha, Paula Linhares, e depois com Pedro de Moraes, fi lho de Vinicius, com quem teve uma filha, a atriz Mariana de Moraes (1968). É irmã da atriz Luiza Barreto Leite. Atualmente mora em São Paulo e dedica-se a carreira de atriz. Em 2009 parti cipa de três episódios da série Som e Fúria. Filmografia: 1963 – Trinta Anos esta Noite (Le Feu Follet) (França); As Cariocas (2° episódio); 1968 – O Homem Nu; Até que o Casamento nos Separe; 1970 – República da Traição; 1972 – Surucucu Catiripapo; 1977 – Anchieta, José do Brasil; 2003 – Amor só de Mãe (CM); 2005 – Red (CM); 2007 – Conceição: Autor Bom é Autor Morto; 2008 – Canção de Baal; 2009 – Amaxon. LEME, ÂNGELO PAES Ângelo Gamboa de Castro Paes Leme nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de novembro de 1973. Desde criança toca violão, tendo estudado na Escola de Música Villa-Lobos. Em 1989 estreia no teatro, por acaso, quando é convidado por uma vizinha para substituir um ator em uma peça de final de ano no Teatro Tablado. Na televisão estreia em 1993 na minissérie Contos de Verão, mas sua primeira novela só acontece três anos depois em História de Amor, de Manoel Carlos, na qual interpreta Caio Paiva. Consolida a carreira em Força de um Desejo (1999), como Rodrigo, e Chocolate com Pimenta (2004), como Peixoto. Em 2006 é contratado pela TV Record, já tendo participado de três novelas, Vidas Opostas (2006), Caminhos do Coração (2007) e A Lei e o Crime (2009). No teatro, em 2007 faz sucesso com a peça O Método Grönholm. Está casado desde 2008 com a atriz Ana Sophia Folch. Filmografia: 2006 – Muito Gelo e dois Dedos d’Água; 2007 – Sambando nas Brasas, Morô? (narração); Ópera do Malandro (CM); 2008 – Meu Nome Não É Johnny; Os Desafinados; A Guerra dos Rocha. LEME, FERNANDA PAES Fernanda Miranda Paes Leme de Abreu nasceu em São Paulo, SP, em 4 de junho de 1983. É filha do narrador esporti vo Álvaro José da Rede Bandeirantes. Durante três anos estuda jornalismo. Muito comunicativa, logo percebe sua verdadeira vocação. É revelada no seriado Sandy & Júnior, em 1999. Sua primeira novela acontece em 2003, Agora é que São Elas, no papel de Karina, depois Síti o do Pica-Pau Amarelo (2003), Um só Coração (2004), Da Cor do Pecado (2004), América (2005), Amazônia: De Galvez a Chico Mendes (2007), Desejo Proibido (2008) e Paraíso (2009). Posa para a revista Playboy em 2005. Estreia no cinema em 2007 no filme O Homem que Desafiou o Diabo. Filmografia: 2007 – O Homem que Desafiou o Diabo; Podecrer! LEME, GUILHERME Guilherme Marcos Garcia Leme nasceu em Lençóis Paulista, SP, em 29 de setembro de 1961. Sua carreira começa aos quinze anos, quando participa, quase que por acaso, da peça O Pagador de Promessas, recebendo o prêmio revelação. Em seguida, dá aulas de inglês no curso Objetivo e entra para a faculdade de Direito. Paralelamente estuda dança e sapateado. Em 1983 chega sua grande oportunidade, ao participar da peça Chorus Line, como participante do coro. Em 1985 funda a companhia São Paulo/Brasil e monta a peça Máscaras. Estreia no cinema em 1987 no filme Anjos da Noite. Participa, pela TV Globo, das novelas Bambolê (1987), Bebê a Bordo (1988), Que Rei Sou Eu? (1989), Vamp (1991) e De Corpo e Alma (1992), talvez seu melhor momento como Gino, um dançarino profissional que faz strip-tease para mulheres e que se apaixona por uma mulher mais velha, interpretada por Vera Holtz. Faz duas novelas fora da Globo, 74,5 uma Onda no Ar (1994) pela TV Manchete e Sangue do meu Sangue (1995) pelo SBT. De volta à TV Globo, participa da minissérie Labirinto (1998) e do infantil Sítio do Pica-Pau Amarelo (2002). Em 2003 retorna ao cinema para parti cipar do filme Benjamin. Depois de alguns anos afastado, retorna à televisão em 2008, pela TV Record, para participar da novela Chamas da Vida, no papel de André. Filmografia: 1987 – Anjos da Noite; 1994 – Érotique (episódio brasileiro: Final Call) (EUA/Alemanha/Hong-Kong); 1997 – A Idade do Coração (CM); 1999 – Jaime (Portugal/Luxemburgo/Brasil); 2000 – Minha Vida em suas Mãos; 2001 – Extrema Ação (CM); 2003 – Benjamin. LEMMERTZ, JÚLIA Julia Lemmertz Dias nasceu em Porto Alegre, RS, em 18 de março de 1963. No mesmo ano muda-se para São Paulo. É filha dos atores Lilian Lemmertz e Linneu Dias e logo cedo resolve seguir carreira artística, embora tenha forte inclinação para ser veterinária, como a mãe. Em 1968, faz seu debut, numa ponta no filme As Amorosas, de Walter Hugo Khouri. Tinha então cinco anos de idade. Em 1981 tem sua primeira chance na televisão na novela Os Adolescentes. Em 1986, após a morte da mãe, casa-se com Álvaro Osório e vai para os EUA estudar no Actors Stúdio e HB Stúdio. De volta ao Brasil, participa de várias novelas como Carmen (1987), Kananga do Japão (1989), Guerra sem Fim (1993), Quem é Você (1997), Porto dos Milagres (2001), Alma Gêmea (2005) e Desejo Proibido (2008). Na minissérie JK, em 2007, brilha como Julia Kubitschek, mãe de Juscelino. No teatro, atua nas peças O que o Mordomo Viu (1986) e Eu Sei que Vou te Amar (1994). No cinema, tem ativa parti cipação em fi lmes como Jenipapo (1995), Um Copo de Cólera (1999), numa ousada interpretação, Cristina Quer Casar (2003) e Meu Nome não é Johnny (2008). Tem uma filha, Luíza (1988), fruto de seu primeiro casamento com Álvaro Osório. Está casada desde 1993 com o ator Alexandre Borges, com quem tem um filho, Miguel. É uma grande atriz brasileira. Filmografia: 1968 – As Amorosas; 1971 – Cordélia Cordélia; 1983 – As Aventuras de Mário Fofoca; 1985 – Patriamada; 1986 – Mal Star (CM); A Cor do seu Des-tino; 1990 – Vaidade (CM); Lua de Cristal; 1994 – Amor Materno (CM); 1995 – Glaura (CM); Até a Eternidade (CM); Jenipapo; 1997 – Mangueira – Amor à Primeira Vista; 1998 – Tiradentes; A Hora Mágica; 1999 – Amor que Fica; Até que a Morte nos Separe; Um Copo de Cólera; 2001 – Nelson Gonçalves – o Filme; 2002 – As Três Marias; Joana e Marcelo, Amor (Quase) Perfeito; Poeta de sete Faces (Vida e Poesia de Carlos Drummond de Andrade) (voz); 2003 – Cristina Quer Casar; Acquária; 2005 – Jogo Subterrâneo; 2006 – Gatão de Meia-Idade; 2007 – Onde Andará Dulce Veiga?; 2008 – Meu Nome não é Johnny; Mulheres Sexo Verdades Mentiras; 2009 – Bela Noite para Voar; Do Começo ao Fim. LEMMERTZ, LILIAN Nasceu em Porto Alegre, RS, em 15 de junho de 1937. De família alemã, inicia sua carreira aos 19 anos, em 1957, quando é levada por Antonio Abujamra para a peça À Margem da Vida, de Tennessee Williams, no Teatro Universitário de Porto Alegre. Nessa época conhece o jornalista Linneu Dias, com quem se casa em 1961. Eles mudam-se para São Paulo em 1963, a convite de Walmor Chagas e Cacilda Becker, e participa das peças Onde Canta o Sabiá, de Gastão Tojero, e A Noite do Iguana, de Tennessee Williams, etc. Em 1965 recebe o prêmio Saci como melhor atriz coadjuvante na peça Quem Tem Medo de Virgínia Wolff?, de Edward Albee, ao lado de Fúlvio Stefanini. Sua estreia na televisão acontece em 1968 na novela O Terceiro Pecado. Não para mais, atuando em inúmeras outras como O Tempo não Apaga (1972), Xeque-Mate (1976), Baila Comigo (1981), Parti do Alto (1984), a minissérie O Tempo e o Vento (1985) e Roque Santeiro (1985), sua última novela, no papel de Margarida Malta. Estreia no cinema em 1966 no filme Corpo Ardente. Torna-se a musa de Walter Hugo Khouri, com quem faz oito filmes, entre eles As Amorosas (1968) e Eros, o Deus do Amor (1981). Sua atuação em Lição de Amor, em 1976, lhe rende o Kikito de melhor atriz no Festi val de Gramado. Do seu primeiro casamento com Linneu Dias, tem sua única filha Júlia Lemmertz, nascida em 1963, que também é atriz. Grande atriz brasileira, morre prematuramente em 5 de junho de 1986, de enfarte, no Rio de Janeiro, 10 dias antes de completar 49 anos de idade. Filmografia: 1966 – Corpo Ardente; As Cariocas (2º episódio); 1968 – As Amorosas; 1970 – Barão Olavo, o Horrível; Copacabana Mon Amour; 1971 – Cordélia Cordélia; 1972 – As Deusas; Elas (episódio: O Artesanato de Ser Mulher); 1973 – O Últi mo Êxtase; Um Intruso no Paraíso; 1974 – O Anjo da Noite; Aquelas Mulheres (inacabado); 1975 – O Desejo; 1976 – Aleluia Gretchen; Lição de Amor; 1977 – Paixão e Sombras; 1979 – Os Amantes da Chuva; 1981 – Eros, o Deus do Amor; 1983 – Janete; 1984 – Tensão no Rio; 1985 – Patriamada. LEMOS, TULIO DE Túlio Taques de Lemos nasceu em Ponta Grossa, PR, em 16 de outubro de 1910. Faz seus estudos normais em Curiti ba, quando um maestro se encanta com sua voz de baixo profundo. Em São Paulo, no final da década de 1940, se engaja com a turma de Oduvaldo Vianna, que por aqui lançava o radioteatro brasileiro. Túlio participa das novelas Alegria, Renúncia, Vingança do Judeu, etc. Na TV Tupi passa a escrever programas de sucesso como O Céu é o Limite, onde cria a frase Absolutamente Certo!, que, de tão famosa virou até filme, dirigido por Anselmo Duarte, em 1957, Antarctica no Mundo dos Sons, Honra ao Mérito, Ora Direis Ouvir Estrelas. Sofria de tuberculose óssea e vivia sob constantes cuidados médicos. No cinema, como ator, participa de dois filmes, Hitler Terceiro Mundo (1968) e A Herança (1971). Intelectual autodidata, devorador de livros, colecionador de músicas clássicas e de quadros de artistas famosos, morre em 28 de dezembro de 1977, aos 67 anos de idade, em São Paulo. Filmografia: 1948 – Chuva de Estrelas (CM); 1968 – Hitler Terceiro Mundo; 1971 – A Herança. LENO & LILIAN Uma das duplas mais famosas da Jovem Guarda é formada por Lilian Knapp Schoo, nascida no Rio de Janeiro, e Gileno Osório Wanderley de Azevedo, nascido no Espírito Santo, ambos em 1948, este tendo vindo para o Rio de Janeiro aos oito anos de idade. Em 1966, resolvem formar a dupla por brincadeira, dublando Brenda Lee e Elvis Presley. Com o surgimento da Jovem Guarda, têm oportunidade de gravar seu primeiro disco com a música Pobre Menina, sucesso absoluto, alavancando a carreira da dupla. Participam de um único filme em 1967, Jerry, a Grande Parada. A dupla se desfaz em 1968, por brigas até hoje não resolvidas e os dois seguem carreiras solo. Filmografia: 1967 – Jerry, a Grande Parada. LEONARDI, LENILDA Nasceu em Campos dos Goytacases, RJ, em 1952. Estreia no cinema em 1976 no filme Guerra é Guerra. Em 1978 fica conhecida em todo o Brasil, quando aparece na abertura da novela Te Contei?, passeando na praia de biquíni azul entre olhares entusiasmados. Participa do humorístico Chico City e é capa da revista Playboy. Filmografia: 1976 – Guerra é Guerra (episódio: Núpcias com Futebol); 1977 – O Garanhão no Lago das Virgens; 1979 – Embalos Alucinantes (Troca de Casais); Amante Latino. LEONARDO JOSÉ Estreia na televisão em 1982 na novela Final Feliz. Com carreira regular, entre outros, parti cipa de A Gata Comeu (1985), A Viagem (1994) e Você Decide (1995/1999). Estreia no cinema em 1985 no filme Fêmeas em Fuga, uma coprodução Itália/Brasil. 1985 – Fêmeas em Fuga (Femmine in Fuga) (Itália/Brasil). LEONE, MAYSA Começa a dançar com três anos de idade, formando-se bailarina aos doze. Aos dezesseis faz teatro amador, nas peças Martins contra o Morto e Cinco Minutos no Vietnã. Estreia no cinema em 1977 no filme Entre o Céu e o Inferno. Filmografia: 1977 – Entre o Céu e o Inferno; 1978 – Aruã na Terra dos Homens Maus; 1981 – Sexo e Violência no Vale do Inferno. LEONI, ANILZA Anilza Pinho de Carvalho nasceu em Laguna, SC, em 10 de outubro de 1933. Ainda menina, muda-se para o Rio de Janeiro e inicia carreira artística no Teatro de Revista, tornando-se vedete. Estreia no teatro na peça É Sopa no Mel, no Teatro República. Estreia no cinema em 1951 no filme Garota Mineira, inicio de sólida carreira, onde se destacam Depois do Carnaval (1959), Elas Atendem pelo Telefone (1963) e Ladrão de Bagdá, o Magnífico (1975). Estreia em 1965 em Quatro Homens Juntos, a primeira novela humorística da televisão brasileira. Alterna-se entre cinema, teatro e televisão. Em 1984 afasta-se do cinema, mas não da televisão, tendo atuado com frequência nos últi mos anos, em pequenos papeis, como em A Gata Comeu (1985), Barriga de Aluguel (1990), Porto dos Milagres (2001), Brava Gente (2002), Linha Direta (2005), Belíssima (2006), como ela mesma, numa homenagem do autor às vedetes do Brasil, Pé na Jaca (2007), a minissérie Queridos Amigos e Casos e Acasos, como Berta, sua última aparição na telinha. Dedicou também parte de seu tempo à pintura, tendo quadros seus vendidos para Espanha e Noruega. Morre em 6 de agosto de 2009, aos 75 anos, no Rio de Janeiro, de enfi sema pulmonar. Filmografia: 1951 – Garota Mineira; Maria da Praia; 1952 – Está com Tudo; 1953 – Luzes nas Sombras; 1955 – Angu de Caroço; 1956 – Com Água na Boca; Leonora dos Sete Mares; 1957 – Com Jeito Vai; 1959 – Depois do Carnaval; 1960 – Vai que é Mole; Viúvo Alegre; 1961 – Bom Mesmo é Carnaval; 1962 – Quero essa Mulher Assim Mesmo; 1963 – Elas Atendem pelo Telefone; 1975 – Ladrão de Bagdá, o Magnífico; 1978 – Fuga para o Sexo; 1979 – Máxima Culpa (CM); Uma Fêmea do Outro Mundo; 1984 – Sexo em Fúria. LEPORACE, VICENTE Nasceu em Franca, SP, em 26 de janeiro de 1912. Parti cipa da Revolução Constitucionalista de 1932. Começa sua carreira artística em 1941, na Rádio Clube Hertz de Franca, a convite de Blota Jr. Depois passa pela Mayrink Veiga, no Rio de Janeiro, Cruzeiro do Sul, Record e Bandeirantes, onde permanece décadas. Estreia no cinema em 1949 no filme Luar do Sertão e participa de muitos outros como Sai da Frente (1952) e Carnaval em Lá Maior (1955). Após essa passagem pelo cinema, dedicase quase somente ao rádio. Seu programa O Trabuco estreia em 1951 pela Rádio Bandeirantes e fica quase trinta anos no ar, sempre comentando os fatos políticos do dia. Em 1955 apresenta, na TV Record, o programa Gincana Kibon, ao lado de Clarice Amaral, ficando 16 anos no ar. De 1966 a 1968 participa da novela Redenção, pela TV Excelsior, como Carlo. Em 1969, na TV Bandeirantes apresenta o jornal Titulares da Notícia, ao lado de outros nomes consagrados como José Paulo de Andrade e Murilo Antunes Alves. Além disso, mantém coluna em diversos jornais de São Paulo. Morre em 16 de abril de 1978, de edema pulmonar, aos 66 anos de idade, em São Paulo. Filmografia: 1947 – Luar do Sertão; 1950 – A Vida é uma Gargalhada; 1952 – Sai da Frente; 1953 – Nadando em Dinheiro; Uma Pulga na Balança; Sinhá Moça; 1954 – É Proibido Beijar; Na Senda do Crime; 1955 – Carnaval em Lá Maior; 1971 – O Gigante (narração). LESSA, ADRIANA Adriana Vitor Lessa nasceu em São Paulo, SP, em 1º de fevereiro de 1971. Ainda jovem torna-se atleta profissional, chegando a treinar no Sport Club Corinthians Paulista e na Equipe Esportiva da Cidade de Guarulhos. Como cantora, faz parte de vários grupos musicais, cantando até em Angola, na África. Em 1994 foi apresentadora do Encontro de Rap realizado no Vale do Anhangabaú. Em 2002 apresenta-se no Via Funchal, em São Paulo, cantando em dueto com os vocalistas da banda Renascer Praise. Logo inicia carreira de atriz, sendo sua estreia na minissérie Araponga, pela TV Globo. Atua em outras como Terra Nostra (1999) como Naná, mas seu maior momento acontece em 2001, quando interpretou a Deusa, na novela O Clone. Estreia no cinema em 1993, num pequeno papel de cozinheira no filme Capitalismo Selvagem, de André Klotzel. Adriana também é apresentadora, iniciando na MTV, depois na TV Bandeirantes no Super Market e desde 2006 apresenta o TV Fama pela RedeTV. Filmografia: 1993 – Capitalismo Selvagem; 1996 – Com que Roupa (CM); 1998 – A Hora Mágica; Amassa que elas Gostam (CM); O Samba Mandou me Chamar (CM); 1999 – Papel e Água (CM). LESTER, BOB Edgar de Almeida Negrão de Lima nasceu em Santa Maria, RS, em 17 de janeiro de 1915. Cantor, dançarino e músico. Sua mãe, Maria do Carmo, era musicista de uma orquestra em Porto Alegre. Já no Rio de Janeiro, e com seu primeiro nome artísti co de Almeida, no início dos anos 1930 participa do programa de rádio A Hora do Gongo, apresentado por Ary Barroso. Aprovado, é contratado para cantar e sapatear no Cassino da Urca, ao lado de Oscarito, Grande Otelo e da famosa vedete Mistinguett e. Lester foi o primeiro sapateador do Cassino da Urca. Nessa mesma época, atua também em vários espetáculos do Copacabana Palace e do Quintandinha (Petrópolis-RJ), além de ser contratado pela Rádio Cajuti. Em 1937 atua na Espanha e em Portugal e a partir de 1942 nos Estados Unidos onde fez parte do Bando da Lua, grupo que acompanhou Carmen Miranda naquele país e depois se torna corista da orquestra de Frank Sinatra. De volta ao Brasil, perde toda a família em um acidente e, traumati zado, fica anos em tratamento psiquiátrico, tempo em que perde todo o dinheiro que ganhou. Hoje, aos 94 anos, vive mambembeando pelo Brasil, vivendo praticamente como um pedinte de rua em praças públicas. Sua história é contraditória, não se sabe ao certo se tudo que fala é verdade, se ele fez tudo que fez, ou se é uma fraude. Filmografia: 2004 – Bob Lester (CM) (depoimento). LEVIN, NYRCE Nasceu no Rio Grande do Sul. Atriz teatral de longa carreira no Sul, de muitas qualidades, pouco conhecida no eixo Rio-São Paulo. Faz sua primeira novela em 1984, Meus Filhos Minha Vida, depois Esmeralda, em 2004, ambas pelo SBT. Estreia no cinema em 2001 no filme Os Cristais Debaixo do Trono, depois interpreta Maria Sílvia em O Casamento de Romeu e Julieta e dá um show de interpretação no curta A Mais Forte, rodado em 2009. Filmografia: 2001 – Os Cristais Debaixo do Trono; 2005 – O Casamento de Romeu e Julieta; 2009 – A Mais Forte (CM). LEVY, FELIPE Philippe Levy nasceu em São Paulo, SP, em 12 de dezembro de 1938. Descendente de franceses, passa sua infância em São Sebastião, litoral norte de São Paulo. Em 1957 retorna a São Paulo e começa sua carreira no teatro nas peças Caiu o Ministério e Leonor de Mendonça, ambas encenadas no Teatro SESI. Vai para a televisão, antes de ingressar na carreira cinematográfi ca, sendo sua estreia na novela A Selvagem (1967). Estreia no cinema em 1971 no filme Diabólicos Herdeiros, em que constitui sólida carreira, ao participar de dezenas de filmes, muitos com o mestre Mazzaropi, destacando-se Jeca Macumbeiro (1974), Os Trapalhões na Serra Pelada (1983), A Rota do Brilho (1990), etc. Parti cipa ativamente do gênero pornochanchada e depois erótico/explícito, em produções baratas e de qualidade duvidosa. Em 1998 atua no musical Francisco e Clara. Atua em várias novelas como A Fábrica (1971), Vitoria Bonelli (1972), Pé de Vento (1980), O Cometa (1989) e Os Ossos do Barão (1997). Nunca se casa, mas tem um filho, Patrick Levy. Morre em 9 de julho de 2008, em São Paulo, aos 69 anos de idade. Filmografia: 1971 – Diabólicos Herdeiros; 1974 – Jeca Macumbeiro; 1975 – Efigênia dá Tudo que Tem; Cada um dá o que Tem (episódio: O Despejo); 1978 – A Noite dos Duros; Minha vida é uma Novela (inacabado); 1979 – A Banda das Velhas Virgens; Histórias que Nossas Babás não Contavam; Mulheres do Cais; O Caçador de Esmeraldas; Essas Deliciosas Mulheres; Os Rapazes da Difí cil Vida Fácil; 1980 – Boneca Cobiçada; O Inseto do Amor; O Rei e os Trapalhões; Sócias do Prazer; O Incrível Monstro Trapalhão; Palácio de Vênus; 1981 – Cassino dos Bacanais; Orgia das Libertinas; Como Faturar a Mulher do Próximo (episódio: A Represália); Em Busca do Orgasmo; A Fábrica de Camisinhas; Os Indecentes; Lilian, a Suja; Me Deixa de Quatro (Fica Comigo Esta Noite); Volúpia do Prazer; 1982 – Ousadia (episódio: O Método); Um Casal de Três (Carícias Eróti cas); As Vigaristas do Sexo; Pecado Horizontal; As Safadas (episódio: Belinha, a Virgem); Sol Vermelho; 1983 – Os Trapalhões na Serra Pelada; As Aventuras de Mário Fofoca; Juventude em Busca do Sexo; Mulheres Eróti cas; Elas só Transam (Elas só Transam no Disco); Tchau, Amor; 1984 – Filho Adotivo; Meu Homem, meu Amante; Taras Eróti cas; A Filha dos Trapalhões, Mulher, Sexo Veneno; 1985 – Rabo I; 1990 – O Gato de Botas Extraterrestre; A Rota do Brilho. LEWGOY, JOSÉ Nasceu em Alfredo Chaves, hoje Veranópolis, RS, em 16 de novembro de 1920. Faz seus primeiros estudos na cidade natal e posteriormente na Faculdade de Ciências Políti cas e Econômicas de Porto Alegre. Inicia suas ati vidades artísticas no Teatro do Estudante no começo dos anos 1940. Em seguida, ganha uma bolsa de estudos e fica três anos nos Estados Unidos, onde faz um curso completo de Teatro, na Universidade de Yale. A boa formação cultural e os diversos idiomas que fala não o impedem de seguir carreira artística. Sem a menor condição financeira, vale-se de um smoking emprestado para compor seu primeiro vilão. No Rio de Janeiro, estreia no cinema em 1949, no filme Quando a Noite Acaba. De 1954 a 1964 vive na França e parti cipa de filmes importantes de renomados diretores. Com mais de cem filmes no curriculo, dirigidos inclusive por cineastas estrangeiros como Werner Herzog, com quem leva mais de um ano rodando Fitzcarraldo na Amazônia, ao lado de Klaus Kinski, passeia seu talento em clássicos como Amei um Bicheiro (1953), Independência ou Morte (1972), O Beijo da Mulher Aranha (1985), O Quatrilho (1995), de Fábio Barreto – que concorreu ao Oscar de Filme Estrangeiro no ano de 1996 –, e Apolônio Brasil (2003), de Hugo Carvana, seu último filme. A carreira, até 1973 foi dedicada quase que exclusivamente ao cinema, entremeadas por algumas peças de teatro, mas, nesse ano, Lewgoy se rende ao novo veículo e faz sua primeira novela, Cavalo de Aço, e parece que gosta, pois não larga mais a televisão, ao participar de novelas importantes como O Bofe (1973), Nina (1978), Água Viva (1980), Louco Amor (1983), Um Sonho a Mais (1985), Anjo Mau (1998), Força de um Desejo (1999) e Esperança (2002), sua última novela, sempre pela TV Globo. É um ator consagrado do Cinema Brasileiro, com reconhecimento internacional. Morre em 10 de fevereiro de 2003, aos 82 anos de idade, no Rio de Janeiro, de parada cardiorrespiratória. Em 2009, Cláudio Kahns produz e dirige o espetacular documentário Eu, eu, José Lewgoy, contando detalhes de sua vida e carreira. Filmografia: 1949 – Quando a Noite Acaba (Perdida pela Paixão); Carnaval no Fogo; 1950 – Aviso aos Navegantes; Cascalho; Katucha; 1951 – Aí Vem o Barão; Maior que o Ódio; 1952 – Areias Ardentes; Barnabé tu És Meu; Carnaval Atlântida; Os Três Vagabundos; 1953 – Amei um Bicheiro; Os Três Recrutas; 1954 – Carnaval em Caxias; Matar ou Correr; 1957 – S.O.S. Noronha (França/Itália/ Alemanha); Les Fanatiques (França/Itália); Escapade (França); 1958 – Quand Sonnera Midi (França/Itália); 1962 – Quatro Mulheres para um Herói (Homenage a La Hora de La Siesta) (Argenti na/França/Brasil); 1965 – História de um Crápula; Arrastão (Les Amants de La Mer) (França/Brasil); 1966 – Mercenários do Crime (episodio: Carnaval de Assassinos) (Lê Carnaval dês Barbouzes) (Itália/ França/Áustria/Brasil); Duello Nel Mondo (Itália/França); As Cariocas (3º episódio); 1967 – Terra em Transe; Jerry, a Grande Parada; 1968 – Palmeiras Negras (Svarta Palmkronor) (Suécia); Uma Rosa para Todos (Una Rosa Pertutti ) (Itália); Roberto Carlos em Ritmo de Aventura; Vida Provisória; Os Viciados (episódio: A Trajetória); Operação Tumulto (Le Grabuge) (Brasil/França); Tarzan e o Menino do Rio (Tarzan and the Jungle Boy) (EUA); 1969 – Os Paqueras; Não Aperta, Aparício; A um Pulo da Morte (episódio: A Madona de Ouro); A Cama ao Alcance de Todos (episódio: A Segunda Cama); 1970 – Festival do Rio (CM) (narração); O Bolão; Pra Quem Fica, Tchau!; Pecado Mortal; Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa; 1971 – Lua de Mel & Amendoim (episódio: Berenice); Os Amores de um Cafona; O Donzelo; Gaudêncio, o Centauro dos Pampas; 1972 – O Grande Gozador; Independência ou Morte; Quando o Carnaval Chegar; Como Era Boa a nossa Empregada (episódio: O Terror das Empregadas); A Viúva Virgem; Os Mansos (episódio: A B... de Ouro); 1974 – Gente que Transa (Os Imorais); Relatório de um Homem Casado; 1975 – O Homem de Papel (Volúpia de um Desejo); Um Soutien para o Papai; As Alegres Vigaristas (episódio: O Padre e a Modelo); Assim Era Atlântida; Eu Dou o que ela Gosta; As Secretárias que Fazem de Tudo; 1976 – Intimidade; Padre Cicero; O Quarto da Viúva; 1977 – As Aventuras de Momo Montanha (Jorden er Flad) (Dinamarca/Brasil); O Ibrahim do Subúrbio (episódio: Ibrahim do Subúrbio); 1978 – Ouro Sangrento (Tenda dos Prazeres); Os Mucker (Jakobine) (Brasil/Alemanha); Diário da Província; 1979 – O Outro Lado do Crime; República dos Assassinos; 1980 – O Gigante da América; Terror e Êxtase; Curumim; 1981 – Engraçadinha; 1982 – Fitzcarraldo (Peru/Alemanha); Burden of Dreams (EUA); Tabu; Perdida em Sodoma; 1984 – Feitiço do Rio (Blame It on Rio) (EUA); Tensão no Rio; O Beijo da Mulher Aranha (Kiss of the Spider Woman) (Brasil/EUA); Os Bons Tempos Voltaram – Vamos Gozar Outra Vez (episódio: Sábado Quente); 1986 – La Mansión de Araucaima (Colômbia); Os Trapalhões e o Rei do Futebol; 1987 – A Dama do Cine Shangai; Cobra Verde (Alemanha); 1987/1996 – O Judeu (Brasil/Portugal); 1988 – Luar sobre Parador (Moon Over Parador) (EUA); O Escorpião Escarlate; 1989 – Faca de dois Gumes; Festa; 1989/1990 – Os Sermões; 1990 – Stelinha; 1992 – Perfume de Gardênia; 1994 – Mil e Uma; 1995 – O Quatrilho; 1996 – O Monge e a Filha do Carrasco (The Monk and Hangmans Daughter) (Brasil/EUA); 1997 – Glaura (CM); À Meia-Noite com Glauber (CM); 1998 – Policarpo Quaresma, Herói do Brasil; A Hora Mágica; 2002 – Sonhos Tropicais; 2003 – Apolônio Brasil, Campeão da Alegria; 2009 – Eu, eu, José Lewgoy (depoimento). LEX, YARA Iracema Pedrina Barreto nasceu em Campos de Goytacases, RJ, em 29 de julho de 1938. Em 1957 estreia no cinema no filme Escravos do Amor das Amazonas, produção americana filmada no Brasil. Filmografia: 1957 – Escravos do Amor das Amazonas (Love Slaves of the Amazon) (EUA); 1959 – Entrei de Gaiato; 1961 – Três Colegas de Batina; O Homem que Roubou a Copa do Mundo; 1964 – Manaus, Glória de uma Época (Und Der Amazonas Schweight ) (Alemanha); 1966 – Lana, Rainha das Amazonas (Lana – Krönigin Der Amazonen (Alemanha/Brasil). LI, NEGRA Liliane de Carvalho nasceu em São Paulo, SP, em 17 de setembro de 1979. Ainda criança já se interessa por música e canta hinos da Igreja Evangélica. Adolescente, imita Whitney Houston e começa a ouvir e gostar de black music e rap. Em seguida entra para o grupo de rap RZO e faz parceria com o rapper Helião, com quem grava o disco Guerreiro, Guerreira, em 2004. Passa a gravar com vários cantores de sucesso como Caetano Veloso, Nando Reis, Charlie Brown Jr., Martinho da Vila, Gabriel o Pensador, Pitt y, etc. Em 2006 entra para o elenco do filme Antonia, de Tata Amaral, e em seguida para o seriado do mesmo nome produzido pela TV Globo. Já nacionalmente conhecida, segue carreira solo e lança seu primeiro CD Negra Livre, em 2006. Com sua bela voz de contralto, hoje é considerada uma das musas do rap nacional. Está casada com o músico Carlos Cresio Lima de Almeida Jr., o Junior Dread, desde 2008, com quem tem uma fi lha chamada Sofia, nascida em 2009. Filmografia: 2001 – O Invasor (com a banda RZO); 2006 – Antonia; 2010 – 400 contra 1. LIBERATO, INGRA Ingra de Souza Liberato nasceu em Salvador, BA, em 21 de setembro de 1966. Já no Rio de Janeiro, inicia carreira de atriz, sendo sua estreia na novela Pacto de Sangue, em 1989. Seguemse Tieta (1989) e Pantanal (1990), mas ganha notoriedade ao encabeçar o elenco de A História de Ana Raio e Zé Trovão (1991), pela TV Manchete, ao lado de Almir Satter. Estreia no cinema em 1997 no filme O Cangaceiro. Entre outros, atua depois em Dois Córregos – Verdades Submersas no Tempo (1998), Três Histórias da Bahia (2001) e Valsa para Bruno Stein (2007). De volta à TV Globo, parti cipa de Quatro por Quatro (1994), A Indomada (1997) e O Clone (2001). Contratada pela TV Record, parti cipa de Essas Mulheres em 2005. De beleza incomum, vem se destacando também por sua competência. Foi casada com o diretor Jayme Monjardim (1956). Está casada com Duca Leindecker, com quem tem um filho, Guilherme, nascido em 2003. Filmografia: 1997 – O Cangaceiro; 1998 – Dois Córregos – Verdades Submersas no Tempo; 2000 – Eu não Conhecia Tururu; Você Sabe Quem (CM); 2001 – Três Histórias da Bahia; Sonhos Tropicais; Cine Paixão (CM); 2005 – As Vidas de Maria; Canto de Cicatriz (CM); 2006 – Rolex de Ouro (CM); 2007 – Valsa para Bruno Stein; 2008 – Sonho Lúcido (CM); 2010 – A Casa Verde. LÍCIA, NYDIA Nydia Licia Pincherle nasceu em Trieste, Itália, em 30 de abril de 1927, onde estuda dança rítmica e teatro infantil. Em 1939 vem para o Brasil e fixa residência em São Paulo, começando a cantar, em italiano, no Teatro Municipal. Participa da peça Francesca da Rimini, de Gabriele DAnnunzio. Ingressa no Colégio Mackenzie, um dos mais tradicionais de São Paulo, e participa de todos os eventos culturais da escola. Em 1948 começa a trabalhar no Museu de Arte Moderna e entra para o Teatro Experimental, dirigido por Alfredo Mesquita, deixando de lado o canto lírico. Em 1949 inaugura o Teatro Copacabana no Rio de Janeiro, com a peça A Mulher do Próximo, de Abílio Pereira de Almeida. Em 1950 casa-se com o ator Sérgio Cardoso, com quem tem uma filha, Sílvia Luíza. Já como profissional, vai para o TBC com a peça Entre Quatro Paredes. Em 1953, é convidada a encabeçar o elenco da Companhia Dramática Nacional, criada pelo Ministério da Educação. Em 1956 inaugura o Teatro Bela Vista, sede de muitas de suas atividades. Estreia no cinema em 1950, em Quando a Noite Acaba, mas faz poucos filmes, retornando em 2002, 46 anos depois, para parti cipar do filme O Príncipe, de Ugo Giorgetti. Na televisão, participa das novelas Sublime Obsessão (1958), Eu Amo esse Homem (1964), O Ébrio (1965), Éramos Seis (1977), João Brasileiro, o Bom Baiano (1978) e Ninho da Serpente (1982). Faz pouca televisão e cinema, priorizando o teatro em sua carreira artística. Nos últimos anos foi professora de teatro na FAAP e tem se dedicado à literatura, tendo escrito várias biografias para a Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Filmografia: 1950 – Quando a Noite Acaba (Perdida pela Paixão); 1951 – Ângela; 1956 – Quem Matou Anabela?; 1970 – Amemo Nus (inacabado); 2002 – O Príncipe. LILICO Olívio Henrique da Silva Fortes nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de outubro de 1937. De infância pobre, ainda garoto vendia balas nos programas de auditório da Rádio Nacional. Um dia participou do programa Trem da Alegria, que era apresentado por Lamartine Babo, cantando um samba de Jorge Veiga. Em seguida vai para o teatro apresentar comédias teatrais. Na TV Globo participa dos programas Balança mas não Cai e Oh, Que Delícia de Show, que era apresentado por Célia Biar, e A Festa é Nossa. Logo, seu personagem Lilico faz sucesso na Praça da Alegria, de Manoel da Nóbrega, nos anos 1960. Seu jeito desleixado de vagabundo, com um bumbo, falando frases de efeito e cantando Tempo Bom, Não Volta Mais, fica famoso em todo o Brasil. No cinema, tem uma pequena participação em apenas um filme, Samba em Brasília, em 1961. Morre em 23 de setembro de 1998, no Rio de Janeiro, aos 60 anos de idade, devido a problemas cardíacos, em Cabo Frio, RJ. Filmografia: 1961 – Samba em Brasília. LIMA, ALLAN Radioator, dublador, diretor de dublagem e tradutor brasileiro. Como dublador, fez a voz de Michael Caine em Expresso para Pequim e mais recentemente de Alan Rickman nos três primeiros filmes da série Harry Potter. Morre de câncer em 26 de março de 2006. Filmografia: 1955 – Mãos Sangrentas (Manos Sangrientas) (Brasil/Argentina); 1957 – Rebelião em Vila Rica; 1958 – Pista de Grama (Um Desconhecido Bate à Porta); Camelô da Rua Larga; 1972 – Missão: Matar. LIMA, ALTAIR Altair Vieira de Faria Naves Pinto nasceu em Barretos, SP, em 10 de julho de 1936. Começa sua carreira no teatro, nos anos 1950, no TBC e na Companhia Nydia Licia. Em 1960 vai para a TV Record e estreia em Imitação da Vida e Máscara e o Rosto. Contratado pela TV Tupi, logo vira galã em novelas como O Homem que Vendeu a Alma e A Gata. Em 1964 transfere-se para a TV Excelsior com igual sucesso. Lança-se como produtor teatral e faz o musical Hair, em 1969, que lhe rende o Troféu Roquette Pinto por sua interpretação e produção. Seguem-se Jesus Cristo Superstar, Oh! Calcutá e Godspell, sucessos absolutos em nossos palcos. Paralelamente, como ator, brilha na televisão em inúmeras novelas e minisséries como A Deusa Vencida (1965), Algemas de Ouro (1969), Gaivotas (1979), Chapadão do Bugre (1988) e Mandacaru (1997). Estreia no cinema em 1967 no filme O Anjo Assassino. Faz pouco cinema, mas acaba tendo grandes interpretações como o intendente de Xica da Silva (1976) e o Dr. Cintra de Bicho de Sete Cabeças (2000). Sua última peça teatral foi Hamlet – Mensageiro da Agonia, que estava em cartaz no Teatro Sérgio Cardoso. Em 2001 participa de sua últi ma novela, Roda da Vida. Altair teve cinco fi lhos de dois casamentos, primeiro com a atriz Maria Célia Camargo, com quem teve dois filhos, e depois com a atriz Isabel Ribeiro com quem teve três filhos. Morre em 25 de dezembro de 2002, aos 66 anos de idade, no seu sítio em Angatuba, interior de São Paulo, vítima de ataque cardíaco fulminante. Filmografia: 1967 – O Anjo Assassino; 1973 – Um Intruso no Paraíso; 1976 – Xica da Silva; 1980 – O Fruto do Amor; 1982 – O Segredo da Múmia; 2000 – Bicho de sete Cabeças; 2003 – Narradores de Javé. LIMA, ARYADNE DE Nasceu em São Paulo, SP, em 1959. De família classe média alta, aos quatorze anos inicia carreira de modelo. Logo é requisitada para o cinema, estreando em 1980 no filme Inseto do Amor. Com o sucesso, entra para o gênero explícito, ficando muito conhecida por seu desempenho em Coisas Eróti cas II, de Rafaelle Rossi. Com muitos filmes no currículo, destacam-se Me Deixa de Quatro (1981) e A Luta pelo Sexo (1984). Em 1984, abandona a carreira e se torna empresária, no ramo de chocolates e se filia à Seita Rosa Cruz. Filmografia: 1980 – O Inseto do Amor; Tortura Cruel (Fêmeas Violentadas); P. S.: Post Scriptum; 1981 – Me Deixa de Quatro (Fica Comigo Esta Noite); 1982 – Fome de Sexo; A Noite dos Bacanais; Sadismo, Aberrações Sexuais; Sexo às Avessas; 1983 – A Menina e o Cavalo; Erótica: Fêmea Sensual; 1984 – O Círculo do Prazer; Coisas Eróti cas II; Penetrações Profundas; Sexo em Grupo; Sexo Proibido; Taras Eróti cas; A Luta pelo Sexo. LIMA, FERNANDA Fernanda Cama Pereira Lima nasceu em Posto Alegre, RS, em 25 de junho de 1977. O pai é advogado e a mãe, professora. Teve uma infância normal, praticando vôlei, natação, balé, ginástica rítmica e olímpica. Aos quatorze anos já era modelo profissional. Muito jovem faz estágio de três meses no Japão. Estreia na televisão em 1999, em apenas uma edição do programa de turismo Mochilão, pela MTV. Depois vai para a Rede TV comandar o programa Interligado. Volta à MTV e apresenta os programas Fica Comigo e Mochilão. No início de 2005 recebe convite para substituir Angélica no quadro videogame, do Vídeo Show. O diretor Ricardo Waddington convida-a então para fazer parte do elenco de Bang-Bang, sua primeira novela. Depois parti cipa de Pé na Jaca (2006/2007). De férias nos Estados Unidos, estreia no cinema em 2003 numa pequena ponta no fi lme americano Ligado em Você, ao lado de, nada menos que, Matt Dammon e Cher. No Brasil, estreia em 2004 no filme Didi Quer ser Criança. Casada com o modelo e ator Rodrigo Hilbert, tem um casal de gêmeos, João e Francisco, nascidos em 2008. Filmografia: 2003 – Ligado em Você (Stuck on You) (EUA); 2004 – Cinegibi – O Filme – Turma da Mônica; Didi Quer ser Criança; Cinegibi – o Filme; A Dona da História; 2009 – Flordelis – Basta uma Palavra para Mudar. LIMA, IRAN Nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Com muito talento, desenvolve carreira humorística desde 1957, quase sempre ao lado de Chico Anysio, com os personagens Borogodó Irajá, Fafau e Tiburcinho, sempre servindo de escada para o personagem principal. Com o fim do programa de Chico, afasta-se da vida artística. Faz um único filme, Pedro Bó, o Caçador de Cangaceiros, em 1977. Filmografia: 1977 – Pedro Bó, o Caçador de Cangaceiros. LIMA, IVAN Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1949. Começa sua carreira no teatro, principalmente nas peças musicais como Hellô Dolly e Música, Divina Música, seguindo-se de Os Mistérios do Amor e A Ratoeira, ganhando em seguida o prêmio de melhor ator, por sua atuação em Um Gosto de Mel. Em 1968 estreia no cinema, numa coprodução Brasil/Itália, Uma Rosa para Todos, ao lado de Cláudia Cardinale. Em 1974 faz seu primeiro filme inteiramente brasileiro, O Leito da Mulher Amada, dando sequência à carreira em Jeca Macumbeiro (1974) e O Quarto da Viúva (1976). Atua também nas novelas A Revolta dos Anjos (1972), Divinas e Maravilhosas (1973), Venha Ver o Sol Nascer na Estrada (1973), A Filha do Silêncio (1982) e Sabor de Mel (1983). Filmografia: 1968 – Uma Rosa para Todos (Una Rosa Per Tutti ) (Itália); Operação Tumulto (Le Grabuge) (Brasil/França); 1974 – O Leito da Mulher Amada; Jeca Macumbeiro; 1976 – O Quarto da Viúva; A Mulher que Põe a Pomba no Ar. LIMA, LUIZ DE Luis José Lima da Silva nasceu em Lisboa, Portugal, em 27 de julho de 1925. Mímico, ator e diretor. Forma-se no Conservatório Nacional de Teatro de Lisboa e estuda em Paris, no Conservatório Nacional de Arte Dramática e na Escola de Mímica Etienne Decroux. Inicia sua carreira artística como mímico, principalmente em textos de Eugène Ionesco. Trabalha com Marcel Marceau e se apresenta na Europa e nos Estados Unidos. Chega ao Brasil em 1953 e de cara ganha o Prêmio Governador do Estado pela direção e interpretação do espetáculo mímico O Escriturário. A partir dos anos 1960 passa a dedicar-se mais à atuação em teatro, ao participar das peças Ato Sem Palavras e A Últi ma Gravação, de Samuel Beckett. Daí pra frente foram dezenas de peças como ator ou diretor, com igual competência. Estreia no cinema no filme Missão: Matar, em 1972. Na televisão, atua em algumas novelas como Bravo! (1975), Corpo Santo (1987), Irmãos Coragem (1995) e Esperança (2002). Tem presente atuação também no SATED – Sindicato dos Artistas e Técnicos, a qual foi presidente de 1980 a 1985. Em 2001 retorna ao cinema, quase vinte anos depois para parti cipar do filme Copacabana, de Carla Camurati. Foi casado com Maria Luiza Splendore com quem teve um filho, o músico Luis Felipe de Lima. Morre em 27 de agosto de 2002, no Rio de Janeiro, de infecção pulmonar, aos 77 anos de idade. Filmografia: 1972 – Missão: Matar; 1974 – Oh! Que Delícia de Patrão; 1979 – Teu, Tua (episódio: O Oráculo); 1983 – Parahyba Mulher Macho; 2001 – Copacabana. LIMA, MARIANA Nasceu em São Paulo, SP, em 17 de setembro de 1972. Filha de publicitários, pisa ao palco pela primeira vez aos dezesseis anos. Viaja o Brasil e a América Latina com um grupo comunitário. Em seguida muda-se para Nova York para estudar no famoso curso de Lee Strasberg, trabalhando como faxineira e garçonete. De volta ao Brasil, integra o grupo de José Celso Marti nez Correia e participa da peça Futebol, de Bia Lessa. Estreia no cinema em 1994 no filme Sábado. Em 1998 atua na peça Tio Vânia, ao lado de Renato Borghi. Estreia na televisão em 1996 na novela O Rei do Gado, como Liliana, depois Serras Azuis (1998), Desejos de Mulher (2002) e Pé na Jaca (2006). Está casada com o ator Enrique Diaz, com quem tem uma filha, Elena, nascida em 2004. Filmografia: 1994 – Sábado; Kenoma; 1995 – Caligrama (CM); 1999 – Oriki (CM); 2002 – O Afogado (CM); 2004 – Árido Movie; Olga; Bendito Fruto. LIMA, MARINA Marina Correia Lima nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 17 de setembro de 1955. Quando criança vive em Washington, EUA. Inicia sua carreira artística como compositora, em 1977, com a canção Doce Amor, gravada por Gal Costa. Em 1979 lança seu primeiro LP e não para mais, sendo uma das cantoras mais executadas nos anos 1980. Posa nua para a revista Playboy em 1999. No cinema, sua primeira participação acontece em 1984 no filme Garota Dourada. Tem pequenas participações nas novelas Celebridade (2003) e Agora é Que São Elas (2003). A parti r de 1995, motivada pela perda do pai e outros problemas pessoais, Marina entra em profunda depressão, abandonando a carreira por três anos, mas retorna em 1998 com o mesmo sucesso. Filmografia: 1984 – Garota Dourada (como ela mesma); 1987 – Rádio Pirata; 1990 – Diário Noturno (CM); 2003 – Paulinho da Viola – Meu Tempo é Hoje (depoimento). LIMA, MÁRIO Mário Pereira Lima nasceu em São Paulo, SP, em 1935. Em 1957 ingressa na Escola de Cinema de José Mojica Marins e estreia como ator, no primeiro fi lme de Mojica, Sina de Aventureiro, em que é também assistente de produção. Participa, entre outros, dos filmes Meu Nome é Tonho (1969), Núpcias Vermelhas (1975) e 48 Horas de Sexo Alucinante (1987). Desenvolve sua carreira sempre ao lado de Mojica, desempenhando diversos cargos técnicos como produtor, produtor executivo, assistente de direção, argumenti sta, etc. Em 1985 monta sua própria produtora, a Panorama Filmes e passa a produzir películas na Boca do Lixo paulista. Em 1987 dirige seu único filme, A Menina do Sexo Diabólico. Depois de muitos anos afastado do cinema, retorna para uma ponta como ator no filme Encarnação do Demônio, dirigido e estrelado por Mojica, no papel do Seu João, numa homenagem ao amigo de longa data. Filmografia (ator): 1959 – Sina de Aventureiro; 1961/1962 – Meu Desti no em suas Mãos; À Meia-Noite Levarei sua Alma; 1967 – O Estranho Mundo de Zé do Caixão (episódio: O Fabricante de Bonecas); 1968 – Trilogia do Terror (episódio: Pesadelo Macabro); 1969 – Meu Nome é Tonho; 1969/1982 – O Despertar da Besta (Ritual dos Sádicos); 1970 – O Profeta da Fome; 1971 – Finis Hominis; 1975 – Núpcias Vermelhas; 1984 – A Quinta Dimensão do Sexo; 1987 – 48 Horas de Sexo Alucinante; 2008 – Encarnação do Demônio. Filmografia (diretor): 1987 – A Menina do Sexo Diabólico. LIMA, NESTOR Nestor Alves de Lima nasceu em Rio Preto, SP, em 30 de agosto de 1917. Conhecido como Rastelinho, tem respeitável carreira no cinema paulista, ao atuar em dezenas de filmes. Estreia em 1952 em Areão. Seu último filme é de 1984, O Vale das Taradas. Durante trinta anos, foi um coadjuvante muito requisitado principamente na Boca do Lixo paulista. Sozinho e esquecido, morre no início dos anos 1990 sem que ninguém noticiasse ao menos uma linha. Filmografia: 1952 – Areão; 1957 – Arara Vermelha; Osso, Amor e Papagaios; 1958 – Cavalgada da Esperança (Padroeira do Brasil); 1961/1962 – O Garimpo (episódio da série Vigilante Rodoviário); 1964 – Obrigado a Matar; 1969 – O Mistério do Taurus 38 (episódio: O Garimpo); 1967 – Mãe do Ouro (CM) (epísódio da série Águias de Fogo); 1970 – Sentinelas do Espaço (episódio: Mãe do Ouro, da série Águias Fogo); Mágoas de Caboclo; 1971 – A Herança; 1973 – Sob a Ordem do Sexo; Maria... Sempre Maria; 1974 – Gata Devassa; Pedro Canhoto, o Vingador Erótico; 1975 – O Dia em que o Santo Pecou; A Filha do Padre; O Poderoso Garanhão; Os Pilantras da Noite; O Dia das Profissionais; Pura como um Anjo, Será Virgem?; 1977 – As Trapalhadas de Dom Quixote & Sancho Pança; O Poder do Desejo; 1978 – O Vigilante Rodoviário (MM); Os Depravados; Os Violentadores; 1979 – Estrada da Vida; O Matador Sexual; Sexo Selvagem; A Deusa do Sexo; 1980 – O Cangaceiro do Diabo (O Cangaceiro Eróti co); 1981 – Orgia das Libertinas; A Fábrica de Camisinhas; 1982 – O Rei da Boca; Curral de Mulheres; 1982 – Massage For Men; 1983 – As Taras da Sete Aventureiras; 1984 – O Vale das Taradas. LIMA, PEDRO Pedro Mallet de Lima nasceu no Rio de Janeiro, em 20 de setembro de 1902. Não conclui a faculdade de Direito, tendo desistido no terceiro ano. Cinemaníaco, é um dos primeiros a fundar um cineclube no Brasil. É o precursor dos movimentos reivindicatórios da indústria cinematográfica, como crítico, repórter, pesquisador, ator e realizador de curtas-metragens tipo documentário, etc. Sua primeira participação no cinema como ator acontece em 1910, no longa-metragem Vivo ou Morto. Entre 1940 e 1950, realiza, para o Ministério da Agricultura, dezenas de curtas, em sua maioria documentários técnicos. É um pioneiro do Cinema Brasileiro. Falece em 2 de outubro de 1987, aos 85 anos, no Rio de Janeiro. Após sua morte, seu arquivo pessoal, com 50 anos de história do Cinema Brasileiro e um dos mais completos do gênero, é doado à Cinemateca Brasileira, tornando-se abastada fonte de consulta. Filmografia (ator): 1915 – Vivo ou Morto; 1920 – A Joia Maldita; 1928 – Barro Humano. Filmografia (diretor): 1940 – Além de Rondônia – Colheita do Marmelo; 1941 Além de Rondônia – Erosões e Terraceamento; 1942 – Indústria Pastoril em Pelotas; Semana do Fazendeiro em Viçosa; 1943 – Décima Exposição Nacional de Animais de Belo Horizonte; Granjas e Fazendas em Pelotas; Lindoia, uma Fazenda em Minas Gerais; Nivelamento Econômico do Sul; Trigo no Rio Grande do Sul; 1944 – Além de Rondônia – Cuiabá e seus Arredores; Além de Rondônia Curiosidades de Mato Grosso; Além de Rondônia – em Plena Natureza; Além de Rondônia – Erosão e Garimpo; Além de Rondônia – no Coração de Mato Grosso; Além de Rondônia – Salto Belo; Décima Primeira Exposição Nacional de Animais; Demandando Cuiabá; Economia Pelotense; Educação Rural para Professores no Estado do Rio; Leopoldina, Centro Criador de Gado Leiteiro; Missões Rurais em Itaperuna; Trigo no Brasil; 1945 – Ensino Agrícola em Pelotas; Nordeste; 1946 – Carangola, a Princesa da Mata; 1948 – Pelotas, a Princesa do Sul; 1950 – Araxá. LIMA, ROSE Rose Lima Anias nasceu em Salvador, BA, em 9 de abril de 1975. Forma-se em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia. Faz cursos de especialização com Fernanda Montenegro, Luiz Carlos Vasconcelos, Fernando Guerreiro, etc. Sua primeira peça é Pequenino Grão de Areia, de João Falcão, direção de Marcelo Mello. Estreia no cinema em 2005 no curta Na Terra do Sol. Na TV Globo atua nos seriados A Diarista e Sob nova Direção. Pela TV Record, parti cipa de Prova de Amor (2005), Bicho do Mato (2007) e Amor e Intrigas. No teatro, entre outras, atua nas peças A Ver Estrelas, Os Iks e Puxa Vida. Filmografia: 2005 – Na Terra do Sol (CM); 2006 – Trair e Coçar é só Começar; Foliar Brasil. LIMA, ROSEANE Nasceu em 1974. É filho do cantor e compositor Souza Lima. Sua carreira começa aos sete anos num picadeiro de circo, como contorcionista e equilibrista na corda bamba. Já adolescente, atua em pequenos esquetes no picadeiro e começa a se travestir, adotando o nome artístico de Roseane Lima. Participa de alguns quadros do humorístico A Praça é Nossa, pelo SBT, mas a grande oportunidade acontece no filme Ed Mort, no qual faz o papel de Dayse, uma mulher fatal que contrata o detetive para encontrar seu marido desaparecido. É a primeira vez que um transexual faz um papel feminino no Cinema Brasileiro. Não se tem notí cia da continuidade de sua carreira. Filmografia: 1997 – Ed Mort. LIMA, SONIA Nasceu em Osasco, SP, em 30 de setembro de 1959. Em 1978 é eleita Miss Osasco e logo em seguida inicia carreira na televisão, como telemoça do Show de Calouros de Silvio Santos. A partir de 1982 entra para o júri fixo do programa, ficando até o final, em 1996. Posa nua duas vezes para a revista Playboy, em 1987 e 1991, sempre com grande sucesso de vendagem. A partir de 1984 Sonia segue regular carreira de atriz, sendo sua estreia na novela Meus Filhos, Minha Vida. Alternando-se entre SBT e TV Record, atua em várias outras como Dona Anja (1996), Estrela de Fogo (1998), O Direito de Nascer (2001), Luz do Sol (2007), etc. Em 2007 faz seu primeiro filme, Segurança Nacional, lançado somente em 2010. Um dos mais belos rostos da TV brasileira, Sonia, em 1987 casa-se com o apresentador Wagner Montes, com quem tem um filho, Diego Montes, também ator. Filmografia: 2007 – Segurança Nacional. LIMAVERDE, PEDRO Nasceu em Natal, RN. No início da década de 1970, começa a fazer teatro amador, nas peças Vai-Vem e O Caminho do Bosque. No Rio de Janeiro, dá continuidade à carreira, atuando em Transe (1978) e De Repente, no Verão Passado (1981). Na televisão, parti cipa do programa humorístico Chico City e da novela O Astro (1977), etc. Estreia no cinema em 1981 no filme Amor e Traição. Filmografia: 1981 – Amor e Traição (A Pele do Bicho) (voz); 1983 – O Cangaceiro Trapalhão; 1984 – Os Bons Tempos Voltaram – Vamos Gozar Outra Vez. LINHARES, CÁSSIA Cássia Maria Oliveira Linhares nasceu em Niterói, RJ, em 24 de novembro de 1973. Estreia na televisão em 1994 na novela Pátria Minha, como Luciana. Segue regularmente sua carreira em Xica da Silva (1996), Uga-Uga (2000), Sabor da Paixão (2002), Começar de Novo (2005) e, mais recentemente, nos programas Sob Nova Direção (2005), Malhação (1998/2005) e Alta Estação (2007). Na TV Record, atua em Amor e Intrigas (2007). Está casada com o advogado Renato Dussiere desde 17 de março de 2006. Filmografi a: 1998 – Como Ser Solteiro; 2000 – Bossa Nova. LINHARES, LUIZ Nasceu em Astolfo Dutra, MG, em 1926. Em 1942 muda-se para o Rio de Janeiro e entra para a Escola de Teatro do Distrito Federal, fazendo sua estreia em Salomé, de Oscar Wilde. Em 1948 vai para a Companhia de Paschoal Carlos Magno e no início dos anos 1950 para São Paulo integrar a Companhia Olga Navarro e logo em seguida TBC. Estreia no cinema em 1950 no filme Corações na Sombra e já no seu terceiro filme Família Lero-Lero, de 1953, já pela Vera Cruz, começa a chamar a atenção, no engraçado papel de Teteco, o filho de Taveira, interpretado magistralmente por Walter D’Ávila. A partir dos anos 1960 seus papeis no cinema se encorpam, como em O Desafio, de 1965, direção de Paulo Cezar Saraceni, em que recebe o prêmio de Melhor Ator no Festi val de Terezópolis. Em 1969 faz sua primeira novela, O Retrato de Laura, pela TV Tupi, mas atuaria pouco em televisão, apenas quatro novelas, sendo a última O Noviço, em 1975, já pela TV Globo. No cinema, seu melhor momento acontece em 1971 no filme Os Inconfi dentes, no papel de Tomaz Antonio Gonzaga. Seu último filme é Césio 137 – O Pesadelo de Goiânia, de Roberto Pires, em 1990. Morre em 20 de abril de 1995, em Astolfo Dutra, MG, de câncer, aos 69 anos de idade. Filmografia: 1950 – Corações na Sombra; 1951 – Sai da Frente; 1953 – Família Lero-Lero; Luz Apagada (dubla Erminio Spalla); 1965 – O Desafio; 1966 – A Derrota; Um Diamante e Cinco Balas; 1968 – O Bandido da Luz Vermelha; 1969 – Os Herdeiros; 1971 – Os Inconfi dentes; 1973 – Sagarana: o Duelo; 1974 – Nem os Bruxos Escapam; 1977 – Anchieta José do Brasil; O Desconhecido; 1978 – Tudo Bem; O Bandido Antonio Dó; 1979 – Memórias do Medo; 1981 – O Homem do Pau-Brasil; 1990 – Césio 137 – O Pesadelo de Goiânia. LINO SÉRGIO Nasceu em Rio das Pedras, SP. Faz cursos de interpretação no Teatro de Arena, seminário de cinema no Museu de Arte de São Paulo e curso de atores com Eugênio Kusnet. A partir de 1960 atua em peças importantes como A Torre em Concurso (estreia), O Clube da Fossa e Dr. Knock. Na televisão, tem pequena parti cipação em teatros. No cinema desde 1960, atua em Conceição (1960), O Quarto (1968), Lilian, a Suja (1981), etc. Filmografia: 1960 – Conceição; Estrada do Amor (West Ist Der Weg) (Alemanha); 1968 – Um Clássico Dois em Casa Nenhum Jogo Fora (CM); O Quarto; 1972 – A Infi delidade ao Alcance de Todos (episódio: A Tuba); Vozes do Medo; 1973 – A Superfêmea; 1974 – A Noiva da Noite (Desejo de Sete Homens); Mestiça, a Escrava Indomável; 1975 – Efigênia dá Tudo que Tem; 1976 – Um Golpe Sexy; 1979 – O Caçador de Esmeraldas; O Guarani; Histórias que Nossas Babás não Contavam; Bordel, Noites Proibidas; 1980 – O Inseto do Amor; 1981 – Lilian, a Suja. LINS, ISA Nasceu em Campinas, SP. De origem simples e parcos recursos, trabalha como costureira para ajudar a família. Como toda menina pobre, tem vontade de ser atriz. Estreia no cinema no filme A Carne, em 1925, produção da Apa Filmes, empresa localizada em sua cidade. Devido ao preconceito que cerca as atrizes da época, vê-se forçada a mudar-se para São Paulo, onde faz mais alguns filmes. Não se tem informações sobre a continuidade de sua carreira. Filmografia: 1925 – A Carne; Alma Gentil; Mocidade Louca; 1931 – Humilhação. LINS, LUCINHA Lúcia Maria Werner Vianna nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 9 de março de 1953. Aos dezessete anos, empresta sua voz para jingles e comerciais. Quer ser cantora, participa de festi vais, chegando a vencer com a música Purpurina, desbancando Guilherme Arantes com Planeta Água. Começa a carreira de atriz por acaso, no seriado Plantão de Polícia, em 1979, pela TV Globo. Depois vêm a minissérie Rabo de Saia e a novela A Viagem (1994), que a consagram definiti vamente como boa atriz. Estreia no cinema, em 1981, no filme Os Salti mbancos Trapalhões. Segue regular carreira na televisão, ao participar de novelas e minisséries como Roque Santeiro (1985), Fera Ferida (1993), Corpo Dourado (1998) e Chocolate com Pimenta (2004). Contratada pela TV Record, em 2007 participa da novela Vidas Opostas e depois Chamas da Vida (2008). Em 1984 posa para a revista Playboy. Foi casada com o cantor e compositor Ivan Lins por onze anos (1971-1982) e com ele teve três filhos, entre eles o ator Cláudio Lins. Está casada com o produtor teatral e ator Cláudio Tovar, com quem tem uma filha, Beatriz. Muito bonita, grande cantora e atriz, vê hoje seu talento reconhecido. Filmografia: 1981 – Os Salti mbancos Trapalhões; 1983 – Atrapalhando a Suate; 1984 – Amor Voraz; 1986 – O Quebra-Nozes; 1991 – Sua Excelência, o Candidato; Assim na Tela como no Céu; 1992 – O Destino de Sarah (inacabado); 2000 – Villa-Lobos, uma Vida de Paixão; 2006 – Os 12 Trabalhos. LINS, MIKA Nasceu em São Paulo, SP, em 1º de dezembro de 1965. Estreia na televisão como Maria do Carmo, na minissérie Chapadão do Bugre, em 1988, pela TV Bandeirantes e no cinema, em 1990, como Octavia, no fi lme americano O Quinto Macaco. Desenvolve sua carreira na televisão quase sempre à margem da TV Globo, em minisséries como O Cometa (1989), pela TV Bandeirantes; Os Ossos do Barão (1997) e Amigas e Rivais (2007), ambas pelo SBT. Na TV Globo participa da minissérie Um só Coração, em 2004. Está casada desde 2005 com o publicitário Sérgio Glasberg. Filmografi a: 1990: O Quinto Macaco (The Fifth Monkey) (EUA). LINS, YARA Nasceu em Frutal, MG, em 26 de fevereiro de 1930. Inicia sua carreira em Belo Horizonte, como atriz de radionovelas, mas entra para a história por ter participado da primeira transmissão da TV brasileira, a inauguração da PRF-3 TV Tupy-Difusora de São Paulo, no dia 18 de setembro de 1950, mas sua estreia oficial se dá em 1952, em Rosas para o meu Amor. Além da televisão, trabalhou no teatro e no cinema, tendo feito sua estreia em 1964 no filme Terra sem Deus, mas sua melhor participação no cinema foi ao lado de Mazzaropi, no filme Jeca e seu Filho Preto, em 1974, com papel de destaque como a boa mulher do fazendeiro vilão. Yara participa de inúmeras novelas pela TV Globo, destacando-se o remake de Selva de Pedra, em 1986, e Laços de Família, de 2000, sua últi ma participação, além de ter atuado em dois episódios de Você Decide, a saber: A Outra, de 1992, e Numa Sexta Feira 13 – Parte 1, de 1999. Morre em São Paulo, em 28 de junho de 2004, de insuficiência respiratória, causada por um câncer nos pulmões, aos 74 anos de idade. Deixa duas filhas e duas netas. Filmografi a: 1964 – Terra Sem Deus; 1969 – Nas Trevas da Obsessão; 1973 – Geração em Fuga; 1977 – O Mártir da Independência; Senhora; 1978 – Jeca e seu Filho Preto; 1987 – P.S. Post Scriptum; 1999 – Xuxa Requebra. LIPPI, NÁDIA Nádia Barbosa Lippi Lopes nasceu em São Paulo, SP, em 12 de março de 1956. Começa sua carreira na televisão. Ainda menina, com 12 anos, faz sua primeira novela, A Pequena Órfã (1968), como a amiguinha de Toquinho, interpretada por Patrícia Ayres. O sucesso não tarda, ao participar de inúmeras novelas de sucesso como A Revolta dos Anjos (1972), Um Dia o Amor (1975), Pai Herói (1979) e Brilhante (1981). Estreia no cinema em 1973 no filme A Virgem. Atua em outros como A Noite das Fêmeas (1976) e O Casamento dos Trapalhões (1988). Depois de quinze anos, retorna à televisão para participar de um episódio do programa Você Decide (1996). Na TV Manchete faz Brida, em 1998, e em 2005 retorna para parti cipar de Prova de Amor (2005), como Cacilda. Nos últimos anos, tem aparecido esporadicamente, em participações especiais. Foi casada com o ator/diretor Ney Santana por treze anos (1978/1981), com quem tem uma filha, Talita (1978), que parti cipou do reality show Big Brother 8, em 2008. Desde 1982 está casada com Marco Polo. Filmografia: 1973 – A Virgem; 1975 – Efigênia Dá tudo que Tem; 1976 – Já não se Faz Amor como Anti gamente (episódio: O Noivo); Ninguém Segura essas Mulheres (episódio: O Furo); A Noite das Fêmeas (Ensaio Geral); 1977 – A Árvore dos Sexos; O Mulherengo; 1981 – Estrada da Vida; 1982 – Insônia (episódio: O Ladrão); 1983 – O Trapalhão na Arca de Noé; 1988 – O Cio dos Amantes; O Casamento dos Trapalhões. LIPPIANI, ALEXANDRE Nasceu em Belo Horizonte, MG, em 11 de setembro de 1964. No Rio de Janeiro, inicia carreira de ator, em pequenos papéis no teatro e televisão, na qual estreia, em 1987, como o Tavinho na novela Sassaricando. Participa depois das minisséries Boca do Lixo (1990) e O Fantasma da Ópera (1991) e das novelas Lua Cheia de Amor (1990), Sonho Meu (1993), Explode Coração (1995), sempre pela TV Globo, e Xica da Silva (1996), pela TV Manchete, como o Padre Eurico, seu melhor e mais famoso papel na televisão. Estreia no cinema em 1992, em um episódio do filme Oswaldianas. Um acidente automobilístico em 24 de maio de 1997, no Rio de Janeiro, interrompe prematuramente sua promissora carreira, com apenas 32 anos de idade. Filmografia: 1992 – Oswaldianas (episódio: Daysi das Almas Deste Mundo); 1994 – Veja esta Canção (episódio: Pisada do Elefante); 1997 – For All, o Trampolim da Vitória. LIRA, CLÁUDIA Cláudia Vasconcelos Lira nasceu em João Pessoa, PB, em 16 de dezembro de 1964. Inicia sua carreira na televisão em 1987, na novela Bambolê, aos 13 anos de idade. Não para mais de atuar, como em Mico Preto (1990), Renascer (1993), Corpo Dourado (1998), Coração de Estudante (2002), Agora é que São Elas (2003) e Bang-Bang (2006), sempre pela TV Globo. Em 2007 é contratada pela TV Bandeirantes para estrelar a novela Dance, Dance, Dance, como Lígia Vasconcelos. Estreia no cinema 1996 no filme Doces Poderes. De volta à Globo, interpreta a Nayana de Caminho das Índias. Está casada com Leonardo Franco, com quem tem uma fi lha, Valentina, nascida em 2006. Filmografia: 1996 – Doces Poderes; 2003 – Clandestinidade (CM). LISBOA, ADRIANO Nasceu em Salvador, BA, em 18 de maio de 1930. Adolescente, vem estudar em São Paulo, no Colégio São Bento, e inicia a vida profissional no ramo imobiliário. Um dia, cansado da rotina, resolve dar uma guinada e toma um navio para Marselha, na França, onde se inscreve na Legião Estrangeira, lá permanecendo por alguns anos. De volta ao Brasil, na Bahia, faz os testes e consegue um papel no filme Tocaia no Asfalto, de Roberto Pires, produzido em 1962. É sua estreia no mundo das artes. Faz pouco cinema, seguindo carreira no teatro e na televisão, participando das novelas Bandeira 2 (1971), História de Subúrbio (1972) e Selva de Pedra (1972). Não se tem notí cia da continuidade de sua carreira após 1974. Filmografia: 1962 – Tocaia no Asfalto; Boca de Ouro; 1964 – O Crime do Sacopã; 1974 – O Forte. LISBOA, DINÁ Nasceu em Angatuba, SP, em 12 de setembro de 1912. Começa sua carreira no teatro. Estreia no cinema em 1952 no filme Suzana e o Presidente. Nos anos 1950 participa de três filmes da Vera Cruz. Em 1961 inicia sua carreira na televisão, sempre pela Tupi, e participa de inúmeras novelas como Maria Antonieta (1961), Somos Todos Irmãos (1966), Nino, o Italianinho (1969), A Fábrica (1971), Vitória Bonelli (1972), Meu Rico Português (1975) e Os Apóstolos de Judas (1976). Em 1970, tem seu melhor desempenho no cinema, ao lado de Mazzaropi, no filme Betão Ronca Ferro, como a sogra má. De ascendência portuguesa, tinha facilidade em interpretar papéis de portuguesa. Morre em 4 de agosto de 1987, em Angatuba, SP, aos 74 anos de idade. Filmografia: 1951 – Suzana e o Presidente; Presença de Anita; 1952 – Appassionata; 1953 – Esquina da Ilusão; 1957 – O Preço da Ilusão; Rebelião em Vila Rica; 1958 – Meus Amores no Rio (Mis Amores en Río) (Brasil/Argenti na); 1970 – Betão Ronca Ferro; A Arte de Amar Bem (episódio: A Garçonière de meu Marido); 1974 – Portugal... Minha Saudade; 1978 – Que Estranha Forma de Amar. LISBOA, LIDI Lidiane Lisboa nasceu em Guaíra, PR, em 13 de agosto de 1984. É criada pelos bisavós Marina e João numa fazenda na pequena cidade de Guaíra, interior do Paraná. A mãe, a arti sta plásti ca Lídia Lisboa, engravida com apenas treze anos e é obrigada a deixar a menina com os bisavós para tentar a vida em São Paulo. Sua infância se deu num contato muito próximo com a natureza. Aos oito anos a mãe a leva para São Paulo e aos doze começa estudar teatro na escola. Aos quinze surge a primeira oportunidade ao fazer um texto para a novela Um Anjo Caiu do Céu, mas é impedida de fazer a novela porque o juiz da infância e adolescência considera o papel inadequado para a sua idade. Em 2001 é convidada a parti cipar da novela A Padroeira, o papel de Brásia, mas ao terminá-la seu contrato não é renovado e ela retorna a São Paulo para trabalhar de bartender na boate Dolores, mas logo retorna ao Rio e fixa-se na TV Globo, atuando em Malhação (2004/2005), como Aline; Sítio do Pica-Pau Amarelo (2006), no papel de Jurema; Paraíso Tropical (2007), como Francineide, seu melhor momento; Faça sua História (2007), interpretando Tatiana; Casos e Acasos (2008), como Cléo; e Paraíso (2009), no papel de Das Dores. Estreia no cinema em 20008 no curta CD Player. Seu primeiro longa é Bróder, de Jefferson De, em 2010. Filmografia: 2008 – CD Player (CM); 2010 – Bróder. LISBOA, MEL Mel Lisboa Alves nasceu em Porto Alegre, RS, em 17 de janeiro de 1982. Em 2001 é escolhida para atuar na minissérie Presença de Anita, pela TV Globo. Estreia no cinema em 2004 no filme A Cartomante. Na televisão, segue carreira em programas, minisséries e novelas como Os Normais (2001), Desejos de Mulher (2002), Como uma Onda (2005), Casseta & Planeta (2005), Sete Pecados (2007) e Casos e Acasos (2008). Em 2004 posa para a revista Playboy. Em 2006 apresenta o programa Oi Mundo Afora, no canal por assinatura GNT e participa da peça Mordendo os Lábios. Retorna ao cinema para parti cipar de O Casamento de Romeu & Julieta (2005) e Sonhos e Desejos (2006). É uma das grandes revelações brasileiras dos últi mos anos. Filmografia: 2004 – A Cartomante; Gasolina Comum (CM); 2005 – O Casamento de Romeu & Julieta; 2006 – Sonhos e Desejos (Balé da Utopia). LIZ, CLÁUDIA Cláudia Liz Cruz nasceu em Goiânia, GO, em 6 de maio de 1970. Começa cedo a carreira de modelo. Com quinze anos de idade vem trabalhar em São Paulo. Aos dezesseis, desfi la no exterior com Channel e Gianfranco Ferré. Apresenta o MTV à Go Go, programa sobre modas. Das mais requisitadas modelos do Brasil, começa carreira de atriz em 1995, ao parti cipar do filme As Meninas e, no mesmo ano, participa na novela Cara & Coroa, como a encantadora Debbie, seguindo-se Razão de Viver (1996), pelo SBT. Em outubro de 1996 fica em coma alguns dias e quase morre depois de uma malsucedida cirurgia plásti ca, mas consegue recuperar-se. Em 1998 retorna à TV Globo para participar da minissérie Dona Flor e seus dois Maridos e da novela Pecado Capital (1998). Parti cipa de Serras Azuis (1998), pela TV Bandeirantes, depois Uga-Uga (2000) e Roda Viva (2001). É casada com o publicitário Celso Loduca, com quem tem um fi lho, Luca (1994). Pretende dedicar-se somente à carreira de atriz. Em 2004 retorna ao cinema para parti cipar do filme Procuradas. Filmografia: 1995 – As Meninas; Até a Eternidade (CM); 1997 – As Feras; Um Dia... E Logo Depois o Outro (CM); 1999 – Hans Staden (Brasil/Portugal); 2004 – Procuradas. LIZANDRA, MARIA IZABEL DE Nasceu em São Paulo, SP, em 5 de junho de 1945. Formada em balé clássico no Teatro Municipal, torna-se professora. Estuda Filosofia na USP. Inicia sua carreira de atriz no teatro, passando depois para a televisão, estreando em 1964 na Tupi, na novela Se o Mar Contasse. Muito bela, jovem e talentosa, estreia no cinema em 1965 no filme Vereda da Salvação, de Anselmo Duarte. Por 33 anos, de 1964 a 1998, desenvolve sólida carreira em dezenas de novelas como A Muralha (1968), Mulheres de Areia (1973), Cara a Cara (1979), Champagne (1983), Vale Tudo (1988), Filhos do Sol (1991) e Labirinto (1998), quando se afasta da carreira artísti ca. Maria Izabel foi um dos rostos mais marcantes da televisão brasileira dos anos 60/70. Filmografia: 1965 – Vereda da Salvação; 1975 – As Mulheres Sempre Querem Mais (Desejo Insaciável de Amar); O Supermanso; 1976 – A Noite das Fêmeas (Ensaio Geral); 1977 – Belas e Corrompidas. LOBÃO João Luis Woerdenbag Filho nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de outubro de 1957. Desde criança se interessa por música, logo aprendendo a car bateria e guitarra. Em 1977 estreia profissionalmente como baterista do grupo Vímana, que tem ainda como componentes Lulu Santos e Ritchie. Lançam somente o compacto simples Zebra, pela Som Livre. Em 1980, com Evandro Mesquita, funda a banda Blitz, mas logo se desliga do grupo. Em 1983 participa da banda Os Ronaldos, que o acompanha nos shows. Irrequieto e irreverente, mas excelente músico, cantor e compositor, tem sua carreira ameaçada pelas drogas mas recupera-se. Lança sucessos como Vida Bandida, Rádio Blá, Me Chama e Vida Louca Vida. Com Os Ronaldos, participa de alguns filmes, entre eles Bete Balanço em 1984. Em 1995 lança um de seus melhores discos, Nostalgia da Modernidade. Filmografia: 1984 – Bete Balanço; 1985 – Areias Escaldantes; 2001 – Nelson Gonçalves (como ele mesmo); 2006 – Wood & Stock: Sexo, Orégano e Rock and Roll (voz). LOBATO, LORENA Nasceu em Belém, PA, em 1975. Sem intenção de ser atriz, em 1995 resolve conhecer Machu Pichu, o Peru,e, de passagem por São Paulo, resolve por aqui ficar. Vai morar num pensionato de freiras, trabalha como dançarina até entrar para o teatro de Antunes Filho. Em 2007 estreia no cinema no filme O Cheiro do Ralo. Bela e talentosa, a partir de então, vê sua carreira deslanchar ao atuar em outros fi lmes como Hotel Atlântico e Bollywwod Dream. Filmografia: 2006 – O Cheiro do Ralo; 2007 – O Satélite (CM); 2009 – Hotel Atlântico; Bollywood Dream – O Sonho Bollywoodiano (Brasil/Índia/EUA). LOBO, EDU Eduardo de Góis Lobo nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 29 de agosto de 1943. Filho do compositor Fernando Lobo, no início da década de 1960, estuda Direito e já compõe, ainda não profissionalmente. Em 1962 faz parceria com Vinícius de Morais e em 1963 tem suas primeiras músicas gravadas por Nara Leão, Canção da Terra e Réquiem para um Amor. Em 1965 ganha seu primeiro festival, com a música Arrastão, interpretada por Elis Regina e em 1967 o segundo, com Ponteio, por Marília Medalha. No auge da ditadura militar, muda-se para os Estados Unidos, casa-se com a professora Wanda Sá, com quem tem três filhos, Mariana (1973), Bernardo (1975) e Isabel (1979). Compositor de grande sensibilidade e talento, compõe a trilha sonora de dezenas de filmes brasileiros e participa de outros como O Mandarim, em 1995, onde interpreta Tom Jobim. Filmografia: 1995 – O Mandarim; 2005 – Vinicius (depoimento); 2006 – Balada das Duas Mocinhas de Botafogo (CM) (narração). LÓES, DILMA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22 de julho de 1950. Filha dos atores Urbano Lóes e Lydia Mattos, estreia no cinema em 1968 no filme Rio de Diamantes e atua em muitos outros como O Grande Gozador (1973) e A Volta do Filho Pródigo (1979). Em 1969 estreia no teatro na peça Frank Sinatra 4815. Na televisão, estreia em O Doce Mundo de Guida (1969) e depois Pigmalião 70 (1970), Tempo de Viver (1972), O Bem-Amado (1977) e Elas por Elas (1982). No final dos anos 1970, atua como diretora, no média-metragem Só Amor não Basta (1978) – que lhe vale o prêmio máximo no Festi val de Brasília –, e no vídeo Nossas Vidas, pelo qual ganha também o troféu Tatu de Prata na Jornada Internacional de Cinema da Bahia, realizada em 1988. Além de atriz, tem se revelado competente diretora. Foi casada com o diretor Victor Mello de 1970 e 1973 com quem teve uma filha, Vanessa Lóes (1971) também é atriz. Do seu casamento com Fernando Leporace (1982/1985), também tem uma filha. Filmografia (atriz): 1968 – Rio de Diamantes (Brasil/EUA); Meu Nome é Lampião; 1969 – A Mulher do Rio (The Girl From Rio) (Brasil/Espanha/Alemanha/ EUA); The Seven Secrets od Sumuru (Alemanha/Espanha/ EUA); 1970 – A Moça do Circo (CM); Ascensão e Queda de um Paquera; Betão Ronca Ferro; Vida e Glória de um Canalha; Parafernália, o Dia da Caça; 1971 – Quando as Mulheres Paqueram; 1972 – O Grande Gozador; 1973 – Essa Gostosa Brincadeira a Dois; Como Era Boa a Nossa Empregada (episódio: O Terror das Empregadas); Revólveres não Cospem Flores; 1975 – Com um Grilo na Cama; 1976 – Maníacos Eróti cos; 1978 – Leucemia (CM); Sombras de um Verão; 1978 – Horror Palace Hotel (MM) (depoimento); 1979 – A Volta do Filho Pródigo; 1984 – Se a Banana Prender, o Mamão Solta (CM); 1985 – Nossas Vidas (CM); 1989 – A Paz é Dourada (CM); 2005 – O Amigo Dunor (Brasil/Paraguai); Cafuné. Filomografia: (diretora): 1974 – Morrendo a cada Instante (CM); 1978 – Só o Amor não Basta (CM); 1980 – Sassarico; 1984 – Se a Banana Prender, o Mamão Solta (CM); 1985 – Nossas Vidas (CM); Carne de Sol (CM); 1988 – Quando o Crioulo Dança (CM); 1992 – The Night Period (CM). LÓES, URBANO Urbano Rodrigues Lóes nasceu em 1917. Formado em Direito, inicia sua carreira artística em 1930, com vinte e dois anos de idade. Na Rádio Nacional, é locutor e ator. Depois transfere-se para a Rádio Mayrink Veiga e Rádio Globo e faz sucesso com os programas Papai Urbano e Conversa em Família, permanecendo no ar até meados da década de 1960. Na televisão, parti cipa muitas novelas, destacando-se Verão Vermelho (1970), sua estreia, Selva de Pedra (1972) e O Bem-Amado (1973). Estreia no cinema em 1970 no filme Ascensão e Queda de um Paquera (1970). Entre outros, participa também de O Fruto Proibido (1976) e O Coronel e o Lobisomem (1979). Urbano era também advogado, locutor e autor do livro Como Vencer e Convencer como Ator. Foi casado por 40 anos com a atriz Lydia Mattos, com quem tem dois fi lhos, a atriz Dilma Lóes (1950) e o escritor Luiz Carlos Lóes, além de uma neta, Vanessa Lóes (1971), que também é atriz. Morre de câncer em 22 de março de 1980, aos 63 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1970 – Ascensão e Queda de um Paquera; 1971 – Quando as Mulheres Paqueram; 1972 – Como Era Boa a Nossa Empregada (episódio: Lula e a Copeira); Grande Gozador; 1974 – As Mulheres que Fazem Diferente (episódio: Uma Delícia de Mulher); 1976 – O Pai do Povo; 1977 – O Seminarista; Fruto Proibido; 1979 – O Coronel e o Lobisomem. LÓES, VANESSA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 26 de novembro de 1971. É filha da atriz e cineasta Dilma Lóes e do diretor Victor Di Mello. Aos 17 anos inicia sua carreira como modelo, profissão que abraça até os 21 anos. Estreia na televisão em 1995 na minissérie Engraçadinha... Seus Amores e seus Pecados. Seguem-se Vira-Lata (1996), Zazá (1997), Kubanacan (2003). Parti cipa de quatro episódios do programa Você Decide entre 1995 e 2000. Estreia no cinema em 1989, numa pequena ponta no filme Solidão, uma Linda História de Amor. Retornaria depois em 2005 no filme O Amigo Dunor, uma coprodução entre Brasil e Paraguai. Em 2006 é contratada pela TV Record para parti cipar de Avassaladoras, a Série. De volta à TV Globo, atua em Beleza Pura (2007), como Eleonora; Dicas de um Sedutor (2008), como Priscila; Guerra e Paz (2008), como Paola; e Casos e Acasos (2008), como Lígia. É casada com o ator Thiago Lacerda desde 2007, com quem tem um fi lho, Gael (2007). Filmografia: 1989 – Solidão, Uma Linda História de Amor; 2005 – O Amigo Dunor (Brasil/Paraguai); 2008 – O Guerreiro Didi e a Ninja Lili. LOFFLER, CARLOS Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1960. Inicia sua carreira no teatro em 1983, já ganhando os prêmios Molière e Mambembe. Faz peças infantis e musicais como Blue Jeans e Splish Splash. No cinema, estreia em 1985 no filme Tropclip. Estreia na televisão em 1990 no humorístico A Escolinha do Professor Raimundo. Depois parti cipa de Chico City e da minissérie Incidente em Antares (1994), mas fica conhecido como Billy Rocker na novela Explode Coração (1995), depois Ciranda de Pedra (2008) e, pela TV Record, Três Irmãs (2009). Neto de Oscarito, traz no sangue o talento para o humor, embora pouco se lembre do avô, pois tem apenas dez anos quando este morre, em 1970. Filmografia: 1985 – Tropclip; Ópera do Malandro (Brasil/França); 1987 – Feliz Ano Velho; Urubus e Papagaios; 1991 – Os Trapalhões e Árvore da Juventude; 1997 – Navalha na Carne; 2004 – A Dona da História. LOMBARDI, BRUNA Bruna Patrícia Maria Teresa Romilda Lombardi nasceu em São Paulo, em 1º de agosto de 1952. Filha do fotógrafo italiano Ugo Lombardi, desde criança frequenta os estúdios da Vera Cruz, onde o pai trabalha. Em 1960, aos oito anos de idade, estreia como atriz no curta-metragem Ofidismo, dirigido por Galileu Garcia. Segue carreira de modelo até estrear na televisão em 1977 na novela Sem Lenço, sem Documento. Em 1978, ao atuar na novela Aritana, a qual interpreta a Doutora Estela, conhece Carlos Alberto Riccelli, com quem se casa. Na TV Globo, participa das novelas Louco Amor (1983), Roda de Fogo (1987), Andando nas Nuvens (1999) e das minisséries Grande Sertão: Veredas (1985), na qual obtém o ponto máximo de sua carreira, como o jagunço Diadorim, Memórias de um Gigolô (1986), O Fim do Mundo (1996) e O Quinto dos Infernos (2002). Em 1988 apresenta o programa de entrevistas Gente de Expressão, transmitido inicialmente pela TV Manchete e depois pela TV Bandeirantes, mas totalmente gravado nos Estados Unidos. Nos últi mos anos tem alternado residência entre São Paulo e Los Angeles, onde mora com o marido e o único filho do casal, Kim, nascido em 1981. Em 2002 retorna ao cinema para parti cipar do filme O Príncipe, de Ugo Giorgetti. Em 2005 produz e estrela o primeiro fi lme dirigido por seu marido, Stress, Orgasms and Salvation, coprodução entre Brasil e Estados Unidos, mas rodado em São Paulo. Filmografia: 1960 – Ofidismo (CM); 1978 – A Noite dos Duros; 1983 – O Cangaceiro Trapalhão; 1996 – A Melhor Vingança (The Best Revenge) (EUA); 2002 – O Príncipe; 2005 – Stress, Orgasms and Salvation (Brasil/EUA); Brasília 18%; 2007 – O Signo da Cidade; 2010 – Luz nas Trevas – A Revolta de Luz Vermelha. LOMBARDI, RODRIGO Rodrigo Maranguape Lombardi nasceu em São Paulo, SP, em 15 de outubro de 1976. Antes de tornar-se ator, foi jogador de vôlei, agente de viagens e garçom. Inicia sua carreira teatral no Grupo Tapa, um dos mais conceituados do País, onde fez de tudo, assistente, iluminador, aluno, faxineiro. Sua primeira peça é o espetáculo infantil João e o Pé de Feijão, depois Mandrágora, Ricardo III, etc. Em 1998 faz sua primeira novela, Meu Pé de Laranja Lima, pela TV Bandeirantes, no papel de Henrique, sob a direção de Del Rangel e Henrique Martins. Depois pelo SBT faz Marisol (2002) e pela TV Record Metamorphoses (2004). Chega à TV Globo em 2005 e estreia em Bang Bang, interpretando Mr. Zoltar, depois Pé na Jaca (2007), como Tadeu, Desejo Proibido (2008), no papel de Ciro, alguns especiais até chegar em Caminho das Índias, em 2009, no papel de Raj, já como protagonista. Estreia no cinema em 2006 no filme Estórias de Trancoso. Está casado com a maquiadora de efeitos especiais Bett y Baumgarten, com quem tem um filho, Rafael, nascido em 2008. Filmografia: 2006 – Estórias de Trancoso; 2009 – Trancoso (CM); A Princesa e o Sapo (The Princess and the Frog) (EUA) (dubla o príncipe Naveen). LOPES, ANDRÉ GUERREIRO Forma-se na Escola de Comunicações e Artes da USP em 1997. Entre 2000 e 2006 mora em Londres, especializando-se na técnica de Etienne Decroux e excursionando por toda a Europa, Israel e Brasil com a companhia Theatre de l’Ange Fou. Em 2008 inaugura o estúdio Lusco-Fusco, espaço para difusão da método no Brasil e criação em teatro e audiovisual. É membro da Companhia do Latão, entre 1999/2000 e do CPT – Centro de Pesquisas Teatrais do SESC em 1997. Dirige o cine-espetáculo Tragicomédia de um Homem Misógino, de Evaldo Mocarzel (2009), e atua e dirige em Um Sonho, de August Strindberg (2007/2008). No cinema é montador do curta A Miss e o Dinossauro – Bastidores da Belair, em 2005, e fotógrafo e câmera no longa A Canção de Baal (2007), ambos dirigidos por Helena Ignez. Como ator, estreia em 1997 no curta Os Camaradas, de Bruno de André. Em 2007 codirige o curta As Ruas da Comédia. Na televisão, participa da minissérie JK (2006), pela TV Globo, como Rodrigo Lopes, e da série Detetives da História, do History Channel Brasil (2009/2010). Filmografia (ator): 1997 – Os Camaradas (Die Genossen) (CM); 2007 – Falsa Loura; 2008 – Plasti c City (Dangkou) (Brasil/China/Japão); 2009 – Um Par (CM); Reflexões de um Liquidifi cador; 2010 – Luz nas Trevas – A Volta do Bandido da Luz Vermelha. Filmografia (diretor): 2007 – As Ruas da Comédia (codireção de Caetano Gotardo, Diogo Noventa, Marco Dutra e Sérgio de Carvalho) (CM). LOPES, EDMUNDO Nasceu em São Paulo, SP, em 1920. Inicia sua carreira no teatro, no final dos anos 1940, ao lado de Cacilda Becker, Paulo Autran, etc. Estreia no cinema em 1944 no filme Gente Honesta, produção da Atlântida, sob a direção de Moacyr Fenelon. Nos anos 1940/1950, dedica-se ao teatro e ao cinema, chegando à televisão somente em 1961, para participar do especial Mateus Falcone, pela extinta TV Paulista. Logo transfere-se para a TV Excelsior e, a parti r de então, dedica-se bastante ao novo veículo de comunicação, ao atuar em inúmeras novelas clássicas como A Moça que Veio de Longe (1964), Redenção (1966), A Pequena Órfã (1968), etc. Com o fim das atividades da emissora em 1970, vai para a TV Record fazer as suas quatro últi mas novelas: Tilim (1970), Editora Mayo, Bom-Dia (1971), Pingo de Gente (1971) e O Príncipe e o Mendigo (1972). No cinema, participa de vários filmes, entre eles Um Ramo para Luiza (1965), A Vida Quis Assim (1967) e Balada dos Infiéis (1970). Aposentado e afastado da vida artística, morre em São Paulo na década de 1980. Filmografia: 1944 – Gente Honesta; É Proibido Sonhar; 1949 – Vendaval Maravilhoso; 1950 – Cascalho; 1952 – Era uma Vez um Vagabundo; 1954 – A Esperança é Eterna (CM) (narração); 1961/1962 – Zuni, o Potrinho (episódio da série Vigilante Rodoviário); 1965 – Um Ramo para Luíza; 1967 – A Vida Quis Assim; O Anjo Assassino; 1970 – Balada dos Infiéis; 1972 – Desafio à Aventura (episódio: Zuni, o Potrinho). LOPES, GIULIO Nasceu em Poá, SP, em 24 de julho de 1960. Inicia sua carreira como ator teatral em 1983 na peça Carmina Burana, depois La Vida Breve (1983) e O Apocalipse ou o Capeta de Caruaru (1984), de Aldomar Conrado e o grupo Caentrenós de teatro amador, as três dirigidas por Silney Siqueira. Em 1986 começa a estudar na Escola de Arte Dramáti ca da USP e sua primeira peça nessa fase é O Urso (1986), direção de Sérgio Conventi e em seguida Farsa Infantil da Cabeça do Dragão (1989), direção de Cláudio Lucchesi. Nos anos 1990 dedica-se a sua empresa Capital Cenográfi ca, especializada em cenografia, retornado à carreira de ator na peça Laços Eternos (2000), de Zibia Gasparetto, direção de Bruna Gasgon, depois Homens de Papel (2001), direção de Iacov Hillel, O Enigma Blavatsky (2003), direção de Iacov Hillel, e O Inimigo do Povo (2007), direção de Sérgio Ferrara. Estreia na direção em 1985 na peça Frank Sinatra 4815, de João Bethencourt, Sua Excelência, o Candidato (1986/1988), de Marcos Caruso e Jandira Martini, e Me Engana que eu Gosto (1991/1992), de Cláudio Haddad. Em 1998 faz sua primeira novela, Torre de Babel, depois Suave Veneno (1999), Cristal (2006), Desejo Proibido (2007), Dance, Dance, Dance (2008) e Três Irmãs (2009), além de parti cipar dos humorísti cos Casos e Acasos (2008) e A Grande Família (2009). Estreia no cinema no curta Vivendo Carnaval (2002). No ano seguinte é o protagonista de Contra Todos, em elogiada atuação que lhe rende vários prêmios como nos festivais de Recife e Natal. Em 2006, inesperadamente, sofre um AVC – Acidente Vascular Cerebral, deixando-o em coma por oito dias. Recuperado, retoma sua carreira. Está casado com a atriz Eliana Guttman. Filmografia: 2002 – Vivendo Carnaval (CM); 2003 – Contra Todos; 2006 – Antonia – O Filme; Os 12 Trabalhos; 2007 – Querô; Não por Acaso; 2008 – Meu Nome não é Johny; Encarnação do Demônio; Verônica; 2009 – Salve Geral! LOPES, ÍNDIO José Mateus Lopes nasceu em Senhor do Bomfi m, BA, em 15 de setembro de 1941. É conhecido na Boca do Lixo de São Paulo como Índio. Como tantos migrantes, chega a São Paulo no início dos anos 1960 e vê a Boca efervescente, produzindo muito cinema. Torna-se produtor de efeitos especiais, compositor, cantor e ator. Seu primeiro fi lme é A Herança, de 1971, direção de Ozualdo Candeias. Cabelos longos, bem cultivados, como os de índios norte-americanos, mantém sua aparência até os dias de hoje. Ainda pode ser encontrado na Boca do Lixo, local que nunca deixou de frequentar. Tem muitas histórias pra contar, do tempo em que o cinema brasileiro morava ali, mas para sua tristeza e desgosto, hoje é um antro de prostituição e de consumo de drogas. Contabiliza 70 filmes em seu curriculo, como ator, produtor de efeitos, trilhas sonoras, músicas, etc. Foi muito ligado ao cinema de Tony Vieira, tendo participado de muitas de suas produções. Boa praça, do bem, adora um bom papo para relembrar os velhos tempos, acompanhado de uma cervejinha gelada. É figura folclórica da Boca do Lixo, por todos respeitado. Filmografia: 1971 – A Herança; O Grande Xerife; 1972 – Quatro Pistoleiros em Fùria; 1973 – Obsessão Maldita; 1976 – Pedro Bó, o Caçador de Cangaceiros; O Dia das Profissionais; 1978 – Chumbo Quente; Os Depravados; 1979 – O Matador Sexual; O Guarani; Diário de uma Prosti tuta; 1980 – O Inseto do Amor; O Último Cão de Guerra; 1981 – Lílian, a Suja; Condenadas por um Desejo; A Opção; A Cafetina de Meninas Virgens; 1982 – Suzy... Sexo Ardente; Desejos Sexuais de Elza; 1984 – Sexo sem Limites; Meninas de Programa; 1985 – A Vingança do Réu; Rabo I; O Império do Sexo Explícito; Que Delícia de Buraco; 1986 – Patrícia, só Sacanagem; 1987 – Julie... Sexo à Vontade; Horas Fatais – Cabeças Cortadas; 1988 – Instrumento da Máfia; Um Homem Diabólico; 1990 – Júlio, o Rei dos Vilões; 1996 – Os Indigentes; 1997 – Homens sem Terra; 2009 – Minami em Close-Up – A Boca em Revista (CM) (depoimento). LOPES, ODILON Odilon Albertinence Lopez nasceu em Raul Soares, MG, em 1941, mas é criado em Belo Horizonte. Em 1954 muda-se para o Rio de Janeiro e frequenta a Escola de Cinema de Sérgio Sckera. Começa sua carreira cinematográfica como assistente de câmera e ator, fazendo pontas em chanchadas como Aguenta o Rojão, de Watson Macedo. Em 1959 muda-se para Porto Alegre e atua em documentários e cinejornais. Em 1969 funda a Super Filmes e em 1970 produz e dirige seu primeiro e único longa-metragem, Um é Pouco... Dois é Bom. Filmografia (ator): 1958 – Aguenta o Rojão; No Mundo da Lua; 1967 – Coração de Luto; 1970 – Um é Pouco... Dois é Bom; 1999 – O Velho e o Saco (CM). Filmografia (diretor): 1970 – Um é Pouco... Dois é Bom. LOPES, ROSITA THOMAZ Rosa de Carvalho e Silva nasceu no Rio de Janeiro, em 1º de junho de 1920. Estreia no cinema em 1956 no filme Com Água na Boca, em 1960, participa da peça Dona Rosita, a Solteira, de Garcia Lorca, com tradução de Carlos Drummond de Andrade e direção de Sérgio Viotti e, em 1963, na televisão na novela A Morta sem Espelho. Assim é o começo de carreira de Rosita, que sempre esteve disponível tanto ao teatro como no cinema ou televisão. É difícil dizer onde se saiu melhor. Fez vários filmes, Garota de Ipanema (1967), O Descarte (1973), A Lira do Delírio (1978), Faca de Dois Gumes (1989) e A Causa Secreta (1994). Fez várias novelas, Uma Rosa com Amor (1972), Anjo Mau (1976), Brilhante (1981), Lua Cheia de Amor (1990) e Força de um Desejo (1999). Seu filho Paulo, é tenista profissional. Em 2005 Rosita sofreu um acidente caseiro e precisou colocar uma prótese na perna esquerda, o que a impossibilita de voltar ao trabalho. Filmografia: 1956 – Com Água na Boca; 1964 – Sangue na Madrugada; 1965 – Encontro com a Morte (Em Legítima Defesa) (Brasil/Portugal); 1967 – Cara a Cara; El Justi cero; Mar Corrente; Garota de Ipanema; 1968 – Os Viciados (episódio: A Trajetória); 1969 – Pobre Príncipe Encantado; 1971 – Ipanema Toda Nua; 1972 – Um Marido sem... É como um Jardim sem Flores; 1973 – O Descarte; 1973/1978 – A Lira do Delírio (Bala Certeira); 1975 – Enigma para Demônios; 1980 – Os Três Mosqueteiros Trapalhões; 1989 – Faca de Dois Gumes; 1990 – Stelinha; 1994 – A Causa Secreta. LOPES, SAINT-CLAIR Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em dezembro de 1906. Formado em Filosofia e Direito, começa sua carreira como locutor da extinta Rádio Educadora. Como autor, escreve inúmeras novelas, entre elas Em Busca da Felicidade, a primeira irradiada no Brasil, com ele próprio no elenco. Em 1939 transfere-se para a Rádio Nacional, tornando-se muito popular, chegando inclusive a assumir a direção da emissora algumas vezes. Em 1940 faz aquele que seria seu único filme completo, de carreira, Argila, dando prioridade à carreira no rádio. Morre de enfarte, em 6 de março de 1980, aos 73 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1940 – Argila; Asas do Brasil (inacabado); 1947 – Asas do Brasil; 1950 – Marcha para Deus (inacabado). LOPES, SELMA Maria Lopes Gonçalves nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de setembro de 1928. Atriz, cantora, locutora e dubladora. Inicia sua carreira como locutora, animando programas de auditório nas rádios Mayrink Veiga, Tupi, Nacional e Mauá. Com sua bela voz, inicia vitoriosa carreira de dubladora, tornando-se uma das mais importantes do Brasil, com personagens como a madame Pati lda de DuckTales,a Vovó Piedade de A Usurpadora, a Marge do seriado Simpsons e é a voz oficial da atriz Whoopi Goldberg no Brasil. Estreia no cinema em 1971 no filme Tô na Tua, ô Bicho e na televisão em 1972 na novela Uma Rosa com Amor e depois Dancin’ Days (1978). No teatro, dentre outras parti cipações, ela atua em Paixão de Cristo (2007), Gota d’Água, Vestido de Noiva, Por Falta de Roupa Nova Passei o Ferro na Velha, Roque Santeiro, sob a direção de Bibi Ferreira, etc. Na sua carreira, dá preferência à carreira de dubladora. Em 2005 retorna à TV para ser a Tita na novela Bang-Bang, em seguida Sítio do Pica-Pau Amarelo (2006), como a vovó Caipora, e Pé na Jaca (2007). Parti cipa também dos humorísti cos Os Trapalhões,Chico Total e A Escolinha do Professor Raimundo, como a mãe do Seu Boneco. Foi casada com o humorista Mauro Gonçalves, o Zacarias dos Trapalhões. Filmografia: 1971 – Tô na Tua, ô Bicho; 1982 – Piranha de Véu e Grinalda; 2007 – Lúcia e Mala (CM); 2008 – Depois das Nove (CM) LOPES, SILVANA Nasceu em Niterói, RJ, em 21 de setembro de 1931. Tem uma infância normal, casando-se muito jovem com um ofi cial do Exército. Por força do trabalho do marido, muda-se para Recife e lá permanece por alguns anos. Em 1955, ainda nessa cidade, tem sua primeira experiência artística, ao participar e vencer um concurso de radioatriz, promovido pela Rádio Tamandaré. É escolhida entre 300 candidatas e em seguida vai para a Rádio Jornal do Comércio, ali permanecendo por dois anos. Em 1958, de volta ao Rio de Janeiro, ingressa na Rádio Tupi, ainda como radioatriz e depois como apresentadora do programa Flauta, Cavaquinho e Violão. Nessa época conhece Max Nunes, que a leva para o Teatro de Revistas, no espetáculo De Cabral a JK. Em 1959 é contratada por Walter Pinto e também começa a fazer teleteatro na TV Tupi, convidada que é por Sérgio Britt o. Mudase para São Paulo e começa a empresariar shows em teatro de revista e a trabalhar em teatro de comédia, em peças como O Guarda da Alfândega, Navalha na Carne, etc. Contratada pela TV Excelsior, estreia na novela O Caminho das Estrelas, em 1965, ao lado de Agnaldo Rayol, no papel de Carmem. A parti r tem regular carreira em novelas como Almas de Pedra (1966), Minas de Prata (1967), A Muralha (1968) e A Menina do Veleiro Azul (1969), já com a TV Excelsior agonizando, inclusive com grandes dificuldades para término dessa produção. Transfere-se para a TV Tupi e estreia em Toninho on the Rocks, em 1970, ao lado do cantor romântico Antonio Marcos. Depois de ver consolidada sua carreira, estreia no cinema, em 1974, no filme Trote dos Sádicos (1974), filme paulista produzido por Antonio Polo Galante. Passa a dedicar-se mais ao cinema, em produções de baixo orçamento da Boca do Lixo paulista, como Amadas e Violentadas (1976) e Amor de Perversão (1982). Em 1985 participa da minissérie Grande Sertão: Veredas, pela TV Globo, como a esposa do personagem Hermógenes. A partir de então, encerra sua carreira artísti ca. Atualmente é professora de interpretação em uma escola de atores em São Paulo. Filmografia: 1970 – Amemo-Nus (inacabado); 1974 – Trote dos Sádicos; Pensionato de Mulheres; A Gata Devassa; Macho e Fêmea; 1975 – Quando Elas Que-rem... e Eles Não; 1976 – Eu Faço... Elas Sentem; Traídas pelo Desejo; Amadas e Violentadas; O Dia das Profissionais; Pura como um Anjo, Será Virgem?; 1979 – As Borboletas Também Amam; Os Noivos; 1981 – Eva, o Princípio do Sexo; 1982 – Amor de Perversão. LOPES, XUXA Maria Luisa de Souza Dantas Lopes nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 7 de dezembro de 1953. Faz seus estudos normais no Rio de Janeiro e depois em Londres, sem pretensões de seguir carreira artística. Ao assistir a peça A China é Azul, com José Wilker, em 1973, sente ser esse seu caminho e ingressa no curso do Teatro Tablado, onde conhece Carlos Vereza, por quem se apaixona. Os dois têm muitos problemas com a ditadura militar, fi cando inclusive presos e torturados psicologicamente durante alguns dias. Depois disso trabalha como modelo e manequim. Sua estreia profissional acontece na peça Rudá, de José Wilker. Em 1975 estreia no cinema, no filme A$$untina das Amérikas. Entre outros faz também Memórias do Medo (1979) e O Lado Certo da Vida Errada (1996). No teatro, participa de peças como As Pequenas Histórias de Lorca, Prometeu Acorrentado, Vem Buscar-me que Ainda Sou Teu, A Morte e A Donzela, etc. Até 1986 atua somente em cinema e teatro. Estreia na televisão em 1986 na minissérie Dona Beija, pela TV Manchete. Na TV Globo, participa de novelas e minisséries como Zazá (1997), Laços de Família (2000), Mulheres Apaixonadas (2003), A Lua me Disse (2005), JK (2006), Páginas da Vida (2006), Casos e Acasos (2008) e Negócio da China (2009). Do seu casamento com o ator Cláudio Marzo (1940), tem um fi lho, Bento (1983). Foi casada por treze anos com o diretor Hector Babenco. Em 2006 participa na montagem da peça Não Existem Níveis Seguros para o Consumo Destas Substâncias. Filmografia: 1975 – A$$untina das Amérikas; 1977 – Vítimas do Prazer (Snuff); 1979 – A Mulher do Corpo Santo (CM); A Nelson Rodrigues (CM); 1980 – Pequenas Taras; Prova de Fogo; Bonitinha, mas Ordinária; 1981 – Memórias do Medo; O Beijo no Asfalto; Qualquer Semelhança é Mera Coincidência (CM); 1982 – Das Tripas Coração; 1983 – Águia na Cabeça; 1986 – Bárbara (CM); Fonte da Saudade; Reflexo (CM); 1987 – Sonho de Valsa; 1988 – Sonhos de Menina-Moça; 1996 – O Lado Certo da Vida Errada; 1998 – Coração Iluminado (Corazón Iluminado) (França/Brasil/Argenti na); 2000 – Amélia; 2003 – Gregório de Mattos. LORAN, BERTA Nasceu em Varsóvia, Polônia, em 26 de março de 1926. Em 1939 muda-se para o Brasil com a família, dias antes da invasão alemã. Filha de um saltimbanco, cresce no meio artísti co. Ainda adolescente, participa de uma companhia de teatro internacional, exclusivamente de judeus, que percorre o mundo durante dez anos, apresentando espetáculos inspirados nos musicais da Metro. Em 1952, de volta ao Brasil, atua em teatro de revista e cinema, sendo sua estreia em 1955 com o filme Sinfonia Carioca. Entre outros, destacam-se O Barbeiro que se Vira (1957) e O Golpe mais Louco do Mundo (1979). Na década de 1960, fi ca seis anos em Lisboa. Em 1964, volta ao Brasil e trabalha muito em televisão, sempre pela TV Globo, em humorísti cos memoráveis como Balança mas não Cai (1968), Faça Humor e não Faça Guerra (1970), Uau, a Companhia (1972), Sati ricom (1973), Planeta dos Homens (1976), Viva o Gordo (1981), A Festa é Nossa (1983), Humor Livre (1984), Escolinha do Professor Raimundo (1990) e Estados Anysios de Chico City (2001). Em 1980 apresenta no teatro o espetáculo Divirta-se com Berta Loran. Ainda participa da novela Amor com Amor se Paga (1984), no episódio O Príncipe Desencantado, do programa Você Decide (1995), da minissérie Chiquinha Gonzaga (1999), além de pequenas parti cipações em A Diarista (2007) e Ciranda de Pedra (2008). Filmografia: 1955 – Sinfonia Carioca; 1956 – Papai Fanfarrão; 1957 – O Barbeiro que se Vira; Garotas e Samba; 1961 – O Cantor e a Bailarina (Portugal/Brasil); 1970 – Em Busca do Su$exo; A Ilha dos Paqueras; 1972 – Ipanema Toda Nua; 1978 – O Amante de Minha Mulher; Como Matar uma Sogra; 1979 – O Golpe mais Louco do Mundo (Professor Kranz Tedesco Di Germania (Itália/Brasil); 2008 – Polaroides Urbanas. LORDA, NATÁLIA Nasceu em La Plata, Argentina, em 26 de agosto de 1974. Radicada no Brasil há muitos anos, estuda Artes Cênicas com especialização em teatro na EAD, Escola de Artes Dramáti cas da USP. Inicia sua carreira como atriz teatral, em peças como Tio Vânia, O Macaco Peludo, Farsas e Improviso de Molière, Luzes da Bohemia, Improviso para Clows e Guitarra, Ifigenia em Aulis, Roma de Hospital, Baile de Debutantes, Édipo Rei, etc., e depois como diretora em O Candidato, Hamlet-Machine e Fuck You Baby e Cocoonings. Em 2001 estreia na televisão no remake de O Direito de Nascer, pelo SBT. Em 2003 faz seu primeiro filme, o curta Ciranda, e em seguida é convidada por Carlos Reichenbach para atuar no filme Garotas do ABC. No filme Bens Confi scados (2004), do mesmo diretor, além de atuar, também faz a preparação do jovem protagonista Renan Augusto. Filmografia: 2003 – Ciranda (CM); Garotas do ABC; 2004 – Bens Confi scados; 2006 – Faça sua Escolha (CM); 2008 – Bodas de Papel. LOREDO, JOÃO João Luiz Rodrigues Maia de Alvarenga Loredo nasceu em Campo Grande, RJ, em 4 de julho de 1930. Estuda Psicologia e torna-se professor de Português, Geografi a, Matemática e História. Sua vida artística começa no Coro dos Apiacás, de Madame Lucila Villa-Lobos, esposa do famoso maestro. Adulto, entra para a Rádio Mayrink Veiga, como ator e depois Rádio Nacional e fi nalmente Tupi, quando ganha da Revista do Rádio a medalha de melhor ator. Passou a dirigir garotos em um teatro amador. Escreve o livro de poemas Tempestade. A partir de 1950 entra para TV Tupi e depois TV Continental, já como diretor artístico, TV Cultura e TV Paulista. No teatro, dirige várias peças de sucesso como A Feia, com Miriam Pires. Com amigos, funda a Videum, primeira produtora independente de televisão. Na TV Globo, foi um dos primeiros diretores do programa Fantástico. Dirigiu também Dercy Gonçalves, Costinha, Grande Otelo, Chico Anysio, etc. No cinema, participa, como ator de alguns fi lmes, sendo sua estreia em 1962 no filme Os Cosmonautas. Hoje vive em Juiz de Fora, MG, e é consultor da TV Bandeirantes. Faz ponta em algumas novelas como A Ponte dos Suspiros (1969) e Bandeira 2 (1971) e dirige programas como Faça Humor, não Faça Guerra (1970) e Shazan, Xerife & Cia. (1972). É irmão do humorista Jorge Loredo, o Zé Bonitinho. Filmografia: 1962 – Os Cosmonautas; 1973/1978 – A Lira do Delírio (Bala Certeira); 1980 – Os Rapazes da Difícil Vida Fácil. LOREDO, JORGE Jorge Rodrigues Loredo nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 7 de maio de 1925. Inicia sua carreira no programa Noites Cariocas, de Chico Anysio, no Rio de Janeiro. Na primeira metade de sua vida, Loredo sofreu muito com uma doença chamada osteomielite. Resolve estudar Direito e forma-se advogado em 1957, com especialidade em Direito do Trabalho e Previdência Social. Nessa época trabalhava em um banco, quando vê um anúncio no jornal selecionando candidatos ao Teatro do Estudante de Paschoal Carlos Magno. É aprovado. Logo percebe sua tendência para o humor e começa a criar tipos. Seu primeiro sucesso é o mendigo aristocrata, que surge no final dos anos 1950 e apresentado no programa Rio Cinco para as Cinco, pela TV Rio, e mais tarde imortalizado por Borges de Barros na Praça da Alegria. Outros tipos vieram como um italiano que não pode ver televisão, o profeta Saravabatana e o professor de Português com a voz de Ary Barroso, mas nada seria mais impagável que o Zé Boniti nho, a qual diz ter se inspirado em um amigo meti do a conquistador. Sucesso arrebatador, o personagem acompanha Loredo até hoje, tendo inclusive chegado ao cinema por Rogério Sganzerla nos filmes Sem Essa Aranha, em 1970, e Abismu, em 1978. Na década de 1960 participa de vários humorísti cos como Times Square, pela TV Excelsior, e Praça da Alegria, pela TV Record. Humorista consagrado, com o imortal personagem Zé Bonitinho, talvez um dos mais antigos personagens ainda no ar na televisão brasileira. Estreia no cinema em 1960 no filme Sai Dessa Recruta. Em 2003 é convidado a participar da peça infantil Eu e meu Guarda-Chuva. Em 2005 Susanna Lira dirige o documentário Câmera Close, sobre o personagem Zé Bonitinho, exibido pelo canal GNT. Em 2006 retorna ao cinema 28 anos depois para participar do excepcional curta Quando o Tempo Cair, dirigido por Selton Mello, a qual foi ganhador de vários prêmios como ator. Foi casado com Adey, falecida recentemente, por muitos anos, com quem teve dois filhos. Em 2009 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia: Jorge Loredo: O Perigote do Brasil, de autoria de Cláudio Fragata. Filmografia: 1960 – Sai Dessa Recruta; 1962 – Testemunhas não Condenam; 1967 – A Espiã que Entrou Numa Fria; 1970 – Sem Essa Aranha; 1978 – Abismu; Tudo Bem; 2005 – Câmera Close (MM) (como ele mesmo); 2006 – Quando o Tempo Cair (CM); 2007 – Chega de Saudade. LORETTO, JOSÉ Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27 de maio de 1984. Estuda interpretação na CAL – Casa das Artes Laranjeiras e também cinema. Inicia sua carreira artística em 2005 no seriado Malhação, como Marcão, e em 2008 faz sua primeira novela Três Irmãs, no papel de Mamute. Contratado pela TV Record, entra para a novela Mutantes – Caminhos do Coração, fazendo o vilão Escorpião. Em 2009 está no teatro com a peça Apaixonados e no cinema estreia no filme Como Esquecer (2010), direção de Malu Martino. Filmografia: 2010 – Como Esquecer. LOROZA, SÉRGIO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 28 de março de 1967. Serjão Loroza, como é conhecido, inicia sua carreira artística na música, como cantor, tendo participado de várias bandas, algumas delas com destaque no cenário underground carioca como Equale, Tuins, Sindicato Soul e Banda XL. Com sua alegria e jeito descontraído de ser, chega á televisão em 1998, como o Emecê na minissérie Hilda Furacão e no ano seguinte ao cinema, em Zoando na TV, ao lado de Angélica. No teatro, atua nas peças Arca no Zoo, Imperador Jones, Ela Brazil, Obrigado, Cartola, Ai, Ai Brasil, Cabaret Brazil e Um Dia das Mães. Como cantor, em 2002, lança Monobloco, que é um bloco de música de vários cantores, além de incontáveis gravações de jingles, canções para filmes e participações em CDs de artistas do quilate de João Bosco, Roberto Menescal, Rosana, DJ Felipe Venâncio, etc. Na TV Globo tem participação em novelas e minisséries, mas o grande sucesso acontece em 2004, no programa A Diarista, como Figueirinha, em que fica nacionalmente conhecido, que fica no ar até 2007. Brilha também no programa do Faustão, no quadro A Dança dos Famosos. Está casado com Beartiz Rennó, com quem tem dois filhos, Luíza e João Felipe. Filmografia: 1995 – Jonas e Elisa (Jonas et Elisa) (Brasil/Canadá) (CM) (dublagem); 1999 – Zoando na TV; Xuxa Requebra; Orfeu; 2000 – Bossa Nova; 2003 – Carandiru; Placebo (CM); 2004 – Mora na Filosofia (CM); 2005 – Preto no Branco; Na Boca do Sapo (CM); Mais uma Vez o Amor (cantando a música Beleza Pura); 2006 – O Juiz (CM); 2007 – Xuxa em Sonho de Menina; 2008 – Madagascar 2 (dubla o personagem Moto Moto); Terra Estranha. LOUP, GUY Guylêne Magdelêne Anne Marie France Marcellino nasceu em Nice, França, em 11 de fevereiro de 1948. A mãe é professora de Francês e o pai, agente de seguros. Vive infância triste, dominada pela sombra da guerra que atinge toda a Europa. Com cinco anos de idade vem para o Brasil e logo aprende o português. O pai conhece o Dr. Júlio Gouveia, que era do TESP – Teatro Escola São Paulo, que acha a menina francesa bonitinha com seus cachinhos e laçarotes e a leva para o teatro. Júlio Gouveia e sua esposa Tatiana Belinky tinham programas infanto-juvenis na TV Tupi e levam a garotinha para ser a Narizinho de O Sítio do Pica-Pau Amarelo, no qual permanece por quatro anos. Depois, interrompe a carreira para completar os estudos mas retorna em seguida, já fazendo novelas de sucesso como A Muralha (1963) e O Direito de Nascer (1964), como Isabel Cristina. O sucesso é tamanho, que passa a adotar o nome artístico de Isabel Cristina. Nessa época já faz também teatro, nas peças O Prodígio Mundo Ocidental e A Ratoeira. Estreia no cinema em 1961/1962 ao parti cipar do episódio Mistério do Embu, na série Vigilante Rodoviário, mas considera sua estreia oficial em 1963 no filme Casinha Pequenina, ao lado de Mazzaropi, filme que lhe dá prestí gio. Destacamse ainda A Desforra (1965) e O Escândalo na Sociedade (1983). Nos anos 1960/1970 tem participação constante em novelas como Sublime Aventura (1963), O Anjo Vagabundo (1966), Éramos Seis (1967), Os Rebeldes (1967), Antonio Maria (1968), Nino, o Italianinho, A Fábrica (1971), Destino (1982), A Leoa (1982), Sombras do Passado (1983), O Anjo Maldito (1983) e Jerônimo (1984), sua últi ma novela. A parti r de então abandona a carreira artística para se dedicar ao esoterismo. Como Mãe Guy, pertencente ao candomblé, dá conselhos pessoalmente, por telefone ou pelo rádio. Seu programa fica na rede da Rádio Capital por dez anos, com imenso sucesso. Diz Guy Loup que já atendeu 300.000 pessoas. Atualmente Guy Loup está morando na França com seus dois fi lhos adoti vos. Filmografia: 1961/1962 – Mistério no Embu (CM) (episódio da série Vigilante Rodoviário); 1963 – Casinha Pequenina; 1965 – Quatro Brasileiros em Paris; A Desforra; 1968 – Papai Trapalhão; O Pequeno Mundo de Marcos; 1969 – Quelé do Pajeú; O Cangaceiro Sanguinário; O Cangaceiro sem Deus; 1970 – Os Maridos Traem... As Mulheres Subtraem; 1972 – Desafio à Aventura (episódio: Mistério no Embu); 1976 – Quando elas Querem... e eles Não; 1979 – Por um Corpo de Mulher; 1983 – O Escândalo na Sociedade. LOUREIRO, MARIANA Nasceu em São Paulo, SP, em 15 de julho de 1976. Atriz teatral, estreia no cinema em 2001 no filme Abril Despedaçado, de Walter Salles, como Widow. Passa a chamar a atenção e ser convidada para outros filmes, entre curtas e longas, destacando-se Veja & Ouça – Maria Baderna no Brasil (2004), curta em que é a atriz principal, e Carmo (2008), coprodução entre Brasil, Espanha e Holanda, no papel de Maria do Carmo, também protagonista. Está casada com o diretor Murilo Pasta. Filmografia: 2001 – Abril Despedaçado; 2002 – Entrega Rápida (CM); 2003 – Garotas do ABC; De Passagem; 2004 – Veja & Ouça – Maria Baderna no Brasil (CM); De uma Mente Deserta (CM); 2007 – Left (CM) (Inglaterra); 2008 – Carmo (Brasil/Espanha/Holanda). LOUREIRO, OSWALDO Oswaldo Loureiro Filho nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23 de julho de 1932. Filho do jornalista e também ator Oswaldo Loureiro, aos 21 anos ingressa no Teatro do Estudante, de Paschoal Carlos Magno. Estreia no cinema em 1944 no filme O Brasileiro João de Souza, aos 12 anos de idade. Com carreira precoce, participa de outros como Asas do Brasil (1947) e Inconfi dência Mineira (1948). Em 1956 vai para a Companhia Tônia Carrero e estreia na peça Otelo, de Shakespeare. A partir dos anos 1960 desenvolve sólida carreira cinematográfica, ao participar de inúmeros fi lmes como Pedro e Paulo (1962), Mineirinho, Vivo ou Morto (1966), O Sol dos Amantes (1979), Leila Diniz (1987) e Simão, o Fantasma Trapalhão (1998). Estreia na televisão em 1964 na novela Direito de Nascer. A partir daí, mostra seu talento em novelas e minisséries como Sangue e Areia (1968), Véu de Noiva (1969), Guerra dos Sexos (1983), Roque Santeiro (1985), Cambalacho (1986), Mandala (1987), Que Rei Sou Eu? (1989), Quatro por Quatro (1994), Decadência (1995), O Fim do Mundo (1996), Pecado Capital (1998), Uga-Uga (2000), Kubanacan (2003), Celebridade (2004), Começar de Novo (2005) e A Lua me Disse (2005). Dirige também as novelas A Volta de Beto Rockfeller (1973), Divinas e Maravilhosas (1973), Cuca Legal (1975) e a minissérie O Bem-Amado (1980). Foi casado com a também atriz Madalena Loureiro, com quem tem uma filha, Patrícia, nascida em 1961. Filmografia: 1939/1944 – Romance Proibido; 1944 – O Brasileiro João de Souza; É Proibido Sonhar; 1947 – Asas do Brasil; 1948 – Inconfi dência Mineira; 1959 – É um Caso de Polícia; 1962 – Pedro e Paulo (Tercer Mundo) (Brasil/Argentina); Os Mendigos; Sonhando com Milhões; 1963 – O Quinto Poder; 1964 – Um Morto ao Telefone; Manaus, Glória de uma Época (Und Der Amazonas Schweight) (Alemanha); Morte em Três Tempos; 1966 – Engraçadinha, Depois dos 30; Mineirinho Vivo ou Morto; 1968 – O Homem Nu; Uma Rosa para Todos (Una Rosa Per Tutti ) (Itália); 1969 – Máscara da Traição; 1971 – Os Herdeiros; As Confissões do Frei Abóbora; 1977 – Um Brasileiro Chamado Rosa Flor; 1979 – O Sol dos Amantes; 1981 – O Beijo no Asfalto; 1983 – Parahyba, Mulher Macho; Atrapalhando a Suate; Bar Esperança, o Último que Fecha; 1984 – Para Viver um Grande Amor; 1986 – Sexo Frágil; 1987 – Leila Diniz; Rádio Pirata; 1990 – Sonho de Verão; 1998 – Simão, o Fantasma Trapalhão. LOURENÇO, SÍLVIA Nasceu em São Paulo, SP. Começa sua carreira no teatro. Estreia no cinema em 2001 no filme Bicho de sete Cabeças. Talento comprovado, passa a ser muito requisitada em difí ceis papeis como em Contra Todos, em 2003, como Soninha, a filha de um matador profissional, atuação que lhe rende diversos prêmios de Melhor Atriz, como nos festivais de Trieste, Cartagena, Festi val do Rio, Pará, etc., depois Cheiro do Ralo (2006), como uma viciada e, mais recentemente a Marina de Quanto Dura o Amor?, em 2009, quando tem uma relação homossexual com a atriz/cantora Danni Carlos, pelo qual recebe o prêmio de Melhor Atriz no II Festi val de Cinema de Paulínia. Também em 2009 participa da peça As Meninas. Na televisão, atua nas minisséries Alice (2008), como Monique, e Grande Sertão: Veredas (2008), como Diadorim. E um grande talento da nova geração. Filmografia: 2001 – Bicho de sete Cabeças; 2002 – Urubuzal (CM); 2003 – Contra Todos; 2006 – O Cheiro do Ralo; Faça sua Escolha (CM); 2007 – Querô; Não por Acaso; 2008 – A Minha Maneira de Estar Sozinho (CM); 2009 – Quanto Dura o Amor? (Condomínio Jaqueline); 2010 – Fucking Different São Paolo (Brasil/ Alemanha). LOURO, MARGOT Nasceu no Rio de Janeiro, em 23 de novembro de 1916. Em 1931, Margot ti nha 14 anos e já trabalhava no Circo Democrata, interpretando números musicais, dançando foxtrot e charleston. Num dos espetáculos recebe um olhar diferente de um dos palhaços: Oscarito. Margot já era sua fã e os dois começam a namorar, no início contra a vontade da mãe, a atriz Estefânia Louro. Oscarito tinha 24 anos e era 10 anos mais velho que ela. Casaram-se em 1934 e com ele teve dois fi lhos, Miriam Tereza e José Carlos. Em 1941 Margot é coroada Rainha das Atrizes. Nos anos 1940/1950 monta companhia teatral própria, com Oscarito e os filhos. Em 1933, aos dezessete anos de idade, tem uma pequena parti cipação no filme A Voz do Carnaval, produção de Adhemar Gonzaga para a Cinédia. Contra a vontade do marido, retorna ao cinema em 1954 para parti cipar do filme Guerra ao Samba, ao lado de Oscarito, que só viria a saber de sua presença no dia das filmagens. Depois participa de outros fi lmes como Vamos com Calma (1956), O Cupim (1959) e retorna somente em 1976 para parti cipar de Ibrahim do Subúrbio e depois em Tropclip, em 1985. Com a morte de Oscarito, em 1970, muda-se para a casa de veraneio do casal em São Lourenço, sul de Minas Gerais, onde mora até os dias de hoje, com mais de noventa anos. Hoje Margot luta para preservar a memória de seu marido. – completar biografia. Filmografia: 1933 – A Voz do Carnaval; 1954 – Guerra ao Samba; 1955 – O Golpe; 1956 – Papai Fanfarrão; Vamos com Calma; Colégio de Brotos; 1957 – De Vento em Popa; 1958 – Esse Milhão É Meu; 1959 – O Cupim; 1974 – Assim Era Atlântida; 1976 – Ibrahim do Subúrbio (episódio: Ibrahim do Subúrbio); 1985 – Tropclip. LOUZADA, OSWALDO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de abril de 1919. Começa trabalhando na parte técnica, como iluminador. Sua primeira oportunidade como ator acontece em 1943 no filme É Proibido Sonhar, produzido pela Atlântida, e, ao longo de mais de cinquenta anos de carreira, atua em muitos outros como Inconfidência Mineira(1948) e Assalto ao Trem Pagador (1962). Em 1958, tem sua única experiência na direção, no filme A Mulher do Fogo (Mujeres de Fuego), assinando com Tito Davison, numa coprodução Brasil/ México. Sua carreira é essencialmente cinematográfica até 1972, quando estreia na televisão, na novela Bandeira 2 (1971). E não para mais, seguindo-se novelas e minisséries de sucesso como Escalada (1975), Estúpido Cupido (1976), Locomotivas (1977), Pecado Rasgado (1978), Cabocla (1979), Brilhante (1981), Final Feliz (1982), O Tempo e o Vento (1985), Hipertensão (1986), O Primo Basílio (1988), Pacto de Sangue (1989), Desejo (1990), Vamp (1991), Uga-Uga (2000), O Quinto dos Infernos (2002) e Mulheres Apaixonadas, num par memorável com a atriz Carmen Silva, como o simpático e adorável casal de idosos Leopoldo e Flora. Depois participa de dois episódios do programa Sob nova Direção, em 2004/2005. É sua última aparição na telinha. Morre em 22 de fevereiro de 2008, aos 88 anos de idade, de falência múltipla de órgãos, no Rio de Janeiro. Filmografia (ator): 1943 – É Proibido Sonhar; Moleque Tião; 1944 – Gente Honesta; 1948 – Inconfi dência Mineira; 1949 – Uma Luz na Estrada; 1954 – É Proibido Beijar; 1955 – Mãos Sangrentas (Manos Sangrientas) (Brasil/Argentina); 1956 – Leonora dos Sete Mares; 1957 – Rico Ri à Toa; Rio Fantasia; 1958 – A Mulher de Fogo (Mujeres de Fuego) (México/Brasil); 1961 – Esse Rio que eu Amo; 1962 – Assalto ao Trem Pagador; 1963 – Gimba, Presidente dos Valentes; 1964 – Viagem aos Seios de Duilia; Procura-se uma Rosa; 1965 – Crônica da Cidade Amada; 1973 – Uma Garota em maus Lençóis; 1975 – Guerra Conjugal; 1996 – Casa de Açúcar (inacabado) (Brasil/Argentina). Filmografia (diretor): 1958 – A Mulher de Fogo (Mujeres de Fuego) (México/ Brasil) (codirigido por Tito Davidson. LUCHESI, PATRÍCIA Nasceu em São Paulo, SP, em 13 de outubro de 1975. Com oito anos de idade, começa a fazer comerciais de televisão para os produtos Danone, Minerva, Nescau, Ping-Pong, Realce etc. Com onze anos dá o grande salto, ao fazer propaganda da Valisère, com o slogan: o primeiro soutien a gente nunca esquece. Trabalha também como modelo fotográfico e manequim. Na televisão, participa de várias novelas e minisséries como Colônia Cecília (1989), Floradas na Serra (1991), Tocaia Grande (1995), Era uma Vez (1998) e do programa Sandy & Júnior, em 1999, como Carolina. Em 1988 participa de seu único filme, O Casamento dos Trapalhões. A partir dos anos 2000 não dá continuidade à sua carreira artísti ca. Filmografia: 1988 – O Casamento dos Trapalhões; 1993 – Alerta (CM). LUCIDI, DAISY Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de agosto de 1929. Começa sua carreira no teatro, ao ingressar na Escola Dramática do Teatro Municipal. Logo transfere-se para a Rádio Tupi, levada por Ary Barroso e Teófilo de Barros, passando a atuar como atriz. Sua estreia acontece na novela O Morro dos Ventos Uivantes, como Cathy. Com muito sucesso no rádio, estreia no cinema em 1948 em Folias Cariocas, mas faz poucos filmes, dedicando-se mais ao rádio e teatro. Nos anos 1970 participa como jurada do programa Raul Gil. Na televisão, atua em algumas novelas como Nuvem de Fogo (1963), Enquanto Houver Estrelas (1969), João da Silva (1973), Supermanoela (1974), Bravo! (1975) e O Casarão (1976). Depois de 30 anos, retorna à televisão em 2007 para o importante papel da síndica Iracema, em Paraíso Tropical. Está casada com o jornalista esportivo Luiz Mendes. É avó da modelo, apresentadora e atriz Babi Xavier. Filmografia: 1948 – Folias Cariocas; 1951 – Dentro da Vida; 1962 – O Anjo (CM) (narração) (episódio do filme Quatro contra o Mundo); 1972 – Eu Transo, ela Transa; 1974 – Quatro contra o Mundo (episódio: O Anjo). LUCINDA, ELISA Elisa Lucinda dos Campos Gomes nasceu em Vitória, ES, em 2 de fevereiro de 1958. Em 1982 gradua-se em jornalismo. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1986 para tentar carreira de atriz. Estuda na CAL – Casa das Artes de Laranjeiras. No teatro, atua nas peças Rosa, direção de Domingos de Oliveira; Bukowski, Bicho Solto no Mundo, direção de Ticiana Studart. Em 1988 estreia no cinema no curta Referência, pelo qual recebe o prêmio de atriz revelação em Brasília. Em 1989 estreia no televisão na novela Kananga do Japão, pela extinta TV Manchete. Na TV Globo faz a série Araponga (1990), Você Decide (1997), Mulheres Apaixonadas (2003), no papel de Pérola, Páginas da Vida (2007), interpretando Selma, e Faça sua História (2008), como Astéria. Como escritora, tem diversos livros publicados, sendo o primeiro O Semelhante, de 1994, depois Eu te Amo e suas Estreias, A Menina Transparente, primeiro com poesia infantil, Lili a Rainha das Escolhas, O Órgão Famoso, O Menino Inesperado, Cinquenta Poemas Escolhidos pelo Autor, Contos de Vida e A Fúria da Beleza. Funda, em 1998, a Escola Lucinda da Poesia Viva, onde ensina interpretação teatral da poesia segundo o lema: falando poesia sem ser chato. Foi casada com Zanandré Avancini, com quem tem um filho. Filmografia: 1988 – Referência (CM); 1990 – Barrela: Escola de Crimes; 1994 – A Causa Secreta; 1997 – O Testamento do Senhor Napumoceno; Navalha na Carne; 2000 – Terra de Deus; 2002 – A Morte da Mulata; Seja o que Deus Quiser; 2003 – As Alegres Comadres; Gregório de Mattos; 2006 – Mulheres em Movimento; 2007 – Maré, Nossa História de Amor; 2008 – Sò Dez por Cento é Mentira. LÚCIO MAURO Lúcio de Barros Barbalho nasceu em Belém, PA, em 14 de março de 1932. Inicia sua carreira na Rádio Clube de Recife e logo em seguida vai para a TV Rádio Clube de Recife. Em 1963, foi produtor executivo e ator do filme Terra sem Deus, último filme do grande diretor José Carlos Burle. Na TV Bandeirantes, em São Paulo, apresenta o programa I Love Lúcio, ao lado da então esposa Arlete Salles. Esse programa depois foi para a TV Tupi. Em 1968, já no Rio de Janeiro, participa do famoso humorístico Balança mas não Cai (1968), depois Uau, a Companhia (1972), Chico City (1973), Chico Anysio Show (1982), no qual tem seu maior momento, como o diretor de Alberto Roberto, A Festa é Nossa (1983), Escolinha do Professor Raimundo (1990), Sai de Baixo (1998), Zorra Total (1999), Os Normais (2001), Sob nova Direção (2004) e Casos e Acasos (2008). Muito inteligente, escreve e dirige com a mesma competência e facilidade com que atua. É diretor dos programas Balança mas não Cai (1968) e A Festa é Nossa (1983). Participa também de algumas novelas e minisséries como Dona Flor e seus dois Maridos (1998), como Neca do Abaeté, Paraíso Tropical (2007), como Veloso, e A Favorita (2008), como Sabiá. Dedicase também a peças de teatro de cunho religioso. Depois de quase quarenta anos, retorna ao cinema para parti cipar do filme Redentor e gosta, pois passa a atuar com frequência, como em Cleópatra (2007), Feliz Natal (2008) e Mulher Invisível (2009). É pai do ator Lúcio Mauro Filho. Foi casado duas vezes, primeiro com Ray Luíza Araújo Barbalho, com quem teve três fi lhos, Lúcio Mauro Filho, Luciane Maria e Luana Araújo Barbalho e depois com Arlete Salles, de 1958 a 1977, com quem teve dois filhos, Alexandre (1959) e Gilberto (1969). Filmografia: 1963 – Terra sem Deus; 1966 – 007 ½ no Carnaval; 2004 – Redentor; 2007 – Cleópatra; 2008 – Bezerra de Menezes – O Diário de um Espírito; Feliz Natal; 2009 – A Mulher Invisível. LÚCIO MAURO FILHO Lúcio Mauro Araújo Barbalho nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de junho de 1974. É filho do humorista Lúcio Mauro. Começa sua carreira estudando no Tablado, de Maria Clara Machado. Com dezenove anos começa a fazer teatro e não para mais, em diversas peças como Eu Quero É Mais (1993), A Coruja Sofia (1994), TV Sátira (1995), O Bravo Soldado Schweik (1996), Maria Minhoca (1996), Ninguém me Ama, Ninguém me Quer, Ninguém me Chama de Baudelaire (1996), Branca de Neve (1997), O Segredo Bem Guardado (1997), Elixir do Amor (1997), Enganado, Surrado e Contente (1997), Hamlet (1998), Calinguala (1999), Pum (1999), Lisbela e o Prisioneiro (2000), Homem Objeto (2002), Pluft – o Fantasminha (2003), Lúcio 80-30 (2008). Estreia na televisão em 1994, como o Caito na novela A Viagem e em 2003 faz papel duplo em Sexo Frágil, como Beto/Dona Gertrudes, papel que lhe rende vários prêmios. Em 1999 estreia no humorístico Zorra Total, como o gay Alfredinho, filho de Jorge Dória, depois A Grande Família (a partir de 2001), em que encontra seu melhor momento como o Tuco, Casseta & Planeta Urgente (2004), já como Tuco, e Sob nova Direção (2004), como João. Em 2003 estreia no cinema no filme Xuxa Abracadabra. Já fez muitos filmes, com destaque para O Coronel e o Lobisomem (2005), Saneamanto Básico – o Filme (2007) e A Guerra dos Rocha (2008). Em 2000 recebe o prêmio Qualidade Brasil, como humorista revelação. Em 2002 recebe o mesmo prêmio já como melhor comediante do ano, em 2003 o Prêmio Austregésilo de Athayde, como melhor ator de teatro, pela peça Homem Objeto e em 2004 o prêmio Conta Mais como melhor ator de comédia em TV, por seu desempenho em Sexo Frágil. É um jovem de muito talento. Está casado desde 1999 com Cíntia Araújo, com quem tem dois filhos, Antonio Bento (2003) e Luíza (2005). Filmografia: 2003 – Xuxa Abracadabra; 2004 – Odiquê?; 2005 – O Coronel e o Lobisomem; Xuxinha e Guto contra os Monstros do Espaço (dublagem do personagem Sr. Sid); 2006 – Amélio, o Homem de Verdade (CM); 1972; 2007 – Ópera do Malandro (CM); A Grande Família – o Filme; Saneamento Básico – o Filme; Os Porralokinhas; O Tablado de Maria Clara Machado (depoimento); 2008 – A Guerra dos Rocha; Manual para se Defender de Alienigenas, Zumbis e Ninjas (CM). LUISI, EDWIN Edwin Frederico Luisi nasceu em São Paulo, SP, em 11 de fevereiro de 1947. Forma-se na Escola de Arte Dramática da USP, em 1973. Enquanto mora na França, estuda história da arte e francês. Estreia na televisão em 1972 na novela Camomila e Bem me Quer. Assim desenvolve sólida carreira, ao participar de dezenas de outras como Escrava Isaura (1977), seu maior momento, como o galã Álvaro, Pão, Pão, Beijo, Beijo (1983), Araponga (1990), Tocaia Grande (1995), Suave Veneno (1999) e Sinhá Moça (2006). Estreia no cinema em 1977 no filme O Mulherengo. Faz pouco cinema, dando prioridade à sua carreira na televisão e no teatro, ao atuar em peças importantes como À Margem da Vida, Freud, Amadeus, etc. Vive um grande momento na peça Tango, Bolero e Cha Cha Cha, no difícil papel de um transexual, pelo qual ganha os prêmios Shell e Governador do Estado do Rio de Janeiro. Em 2003 parti cipa do filme Aleijadinho – Paixão, Glória e Suplício. Em 2006 se apresenta com a comédia Um Marido Ideal, ao lado de Herson Capri, com quem já havia atuado em Triunfo Silencioso. Em 2007 faz o papel de Lutero em Paraíso Tropical e estreia o monólogo Eu Sou Minha Própria Mulher. Em 2008 é o Alencar de Casos e Acasos. É um grande ator em atividade constante, quer no teatro, televisão ou cinema. Filmografia: 1977 – O Mulherengo; 1980 – À Procura do Público (CM); 1987 – Sonhos de Menina-Moça; 1987/1996 – O Judeu (Brasil/Portugal); 1996/2000 – Adágio ao Sol; 1997 – Bárbara Heliodora (CM); 1999 – Mauá, o Imperador e o Rei; 2003 – As Alegres Comadres; Aleijadinho, Paixão, Glória e Suplício. LUIZ CLÁUDIO Nasceu em Curvelo, MG, em 22 de março de 1935. Muito jovem perde o pai e resolve se aventurar no Rio de Janeiro, para tentar a carreira de cantor, incentivado pelos amigos que viam nele um grande potencial. Logo já está cantando nas rádios sucessos como Como é Bom Dançar e Blim-Blem-Blam. Esta última lhe vale o disco de ouro de melhor revelação masculina de 1955. Estreia no cinema em 1957 no filme Maluco por Mulher. Na televisão, participa da novela Eu e a Moto, em 1972, pela TV Record. Mas sua carreira se direciona mesmo para a música. Filmografia: 1957 – Maluco por Mulher; 1959 – Matemática Zero, Amor Dez; 1976 – Simbad, o Marujo Trapalhão; 1986 – Por Incrível que Pareça. LUIZ GUILHERME Luiz Guilherme Deliberador Favati nasceu em 18 de agosto de 1951. Estuda música e, além de ator, trabalha como arranjador e compositor, produzindo jingles e trilhas para peças publicitárias. Estuda publicidade. Ator mirim, em 1961 estreia na vida artísti ca, aos dez anos de idade, ao participar de um episódio da série Vigilante Rodoviário, ao lado de Fulvio Stefanini e Xandó Bati sta. Na televisão, estreia em 1981, na minissérie Floradas na Serra. Seguem-se A.E.I.O. Urca (1990), Vira Lata (1996), Uga-Uga (2000), A Lua me Disse (2005) e Bicho do Mato (2007), esta últi ma pela TV Record, quase sempre no papel de vilão, devido ao seu biotipo alto, claro, calvo e com voz grave. No teatro, atuou em diversas peças como Ladrão que Rouba Ladrão, Tio Vânia, Uma Questão de Imagem, Rei Lear, Brasil S.A., Quartet, Viúva, porém Honesta e Ópera do Malandro. Torna-se nacionalmente conhecido como garoto-propaganda dos tubos Tigre. Fez também locuções especiais, como no Novo Telecurso, em 2000. No cinema, entre outros, parti cipa de O Beijo da Mulher Aranha (1984), Doces Poderes (1997) e, mais recentemente, O Príncipe (2002). Filmografia: 1961 – Zuni, o Potrinho (CM) (episódio da série Vigilante Rodoviário); 1971 – O Doce Esporte do Sexo (episódio: A Suspeita); 1972 – Desafi o à Aventura (episódio: Zuni, o Potrinho); 1984 – O Beijo da Mulher Aranha (Kiss of the Spider Woman) (Brasil/EUA); 1985 – Jogo Duro; 1997 – Doces Poderes; 1998 – Contos de Lygia; 2002 – O Príncipe; 2009 – Hotel Atlântico. LUIZ GUSTAVO Luiz Gustavo Sanchez Blanco nasceu em Gutemburgo, Suécia, em 2 de fevereiro de 1940. Ainda criança muda-se para o Brasil. Em 1950 quando a televisão chegava ao Brasil através da TV Tupi, Luis Gustavo era auxiliar de cameraman. Três anos depois, ainda muito jovem, aos 13 anos de idade, inicia sua carreira artística no teleteatro Horas Fatais, pela Tupi. Em 1956 estreia no cinema no filme O Sobrado, direção de Walter George Durst. Entre 1956/1957 parti cipa da TV de Vanguarda. Brilha em 1964 no megassucesso Direito de Nascer, mas alcança notoriedade nacional em 1968 como principal protagonista da novela Beto Rockfeller, ao lado de Plínio Marcos, um marco na televisão brasileira. O personagem chega às telas em 1970 com fi lme do mesmo nome. Com seus papeis sempre muito bem-humoradas, constrói outro personagem de sucesso nos anos 1980, o Mário Fofoca, da novela Elas por Elas. O sucesso foi tão grande que o personagem chega novamente ao cinema em 1983, As Aventuras de Mário Fofoca. Entre 1996 e 2002 faz o irreverente Vavá, no programa Sai de Baixo, ao lado de Miguel Falabella, sucesso absoluto durante 10 anos pela TV Globo. Depois de duas décadas, retorna ao cinema em 2005 no filme O Casamento de Romeu & Julieta, ao lado de Marco Ricca e Luana Piovani. No mesmo ano participa da novela Começar de Novo como o Vô Doidão, em seguida O Profeta (2007), como Piragibe, e Três Irmãs (2008), como Vidigal. Sempre com papeis marcantes, é um dos grandes talentos cômicos do Brasil. Filmografia: 1956 – O Sobrado; 1963 – Casinha Pequenina; Noites Quentes de Copacabana (Mord In Rio) (Brasil/Alemanha); 1970 – Beto Rockfeller; 1978 – Amada, Amante; Sede de Amar (Capuzes Negros); 1983 – As Aventuras de Mário Fofoca; 2005 – O Casamento de Romeu & Julieta. LUIZ NICOLAU Nasceu em Brasília, DF. Cantor, produtor musical e ator. Ainda em sua cidade natal, começa a fazer teatro amador. Em 1984, mudase para o Rio de Janeiro e vai estudar na CAL – Casa das Artes Laranjeiras, onde conhece Paulinho Moska e Luiz Guilherme. Os três montam a banda de pop-rock Inimigos do Rei, que marca época no final dos anos 1980. Com a dissolução da banda, em 1995, inicia carreira de ator na televisão, estreando em 2000 na novela Laços de Família e no cinema, sendo seu primeiro filme Irmãos de Fé. Tem regular carreira na televisão nas novelas Da Cor do Pecado (2004), Senhora do Destino (2005), Belíssima (2006), O Profeta (2007), Beleza Pura (2008) e Caminho das Índias (2009). Em 2009 entra em cartaz com o espetáculo Tom e Vinícius, o Musical, em que interpreta o cantor Frank Sinatra e prepara para lançar o primeiro CD e DVD de sua nova banda, Nicolau e os Copérnicos. Filmografia: 2004 – Irmãos de Fé; 2006 – Didi – O Caçador de Tesouros; 2006 – Vestido de Noiva; 2009 – Bela Noite para Voar. LULKIN, SÉRGIO Nasceu em Porto Alegre, RS. Ator e professor de teatro, graduado no Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Durante 22 anos integra o TEAR, com a direção de Maria Helena Lopes, destacando-se peças importantes como Os Reis Vagabundos, Crônica da Cidade Pequena, O Império da Cobiça, Solos em Cena, com este último ganha o prêmio Açorianos de Melhor Ator, etc. Estreia no cinema em 1981 no filme Deu pra Ti Anos 1970. Tem parti cipação efetiva no cinema gaúcho, entre curtas e longas, muitos deles sob a direção de Jorge Furtado como Ângelo Está Sumido (1997), Meu Tio Matou um Cara (2004) e Saneamento Básico, o Filme (2007). Na televisão, parti cipa da minissérie Luna Caliente, em 1999. É professor do Departamento de Ensino e Currículo da Faculdade de Educação da UFRGS. Com outros amigos, cria o método de ensino que dialoga com o público mostrando a importância de um trabalho sistemático de pesquisa e experimentação prática do ator e sua arte. Filmografia: 1981 – Deu pra Ti Anos 1970; 1984 – Verdes Anos; 1985 – O Dia que Urano Entrou em Escorpião (CM); Segunda Vez (CM); 1987 – Passageiros (CM); 1997 – Ângelo Anda Sumido (CM); Bola de Fogo (CM); 1999 – Três Minutos (CM) (voz); 2002 – Isaura (CM); 2003 – O Homem que Copiava; 2004 – Meu Tio Matou um Cara; Bens Confi scados; 2005 – Sal de Prata; 2007 – Saneamento Básico, o Filme; 3 Efes; 2009 – Antes que o Mundo Acabe; 2010 – As Aventuras do Avião Vermelho (animação – dubla o personagem Pai). LUNA, RICARDO Nasceu na Argentina. Formado em balé, logo funda sua própria companhia, Ballet de Ricardo Luna. Fez coreografia de diversos filmes. Atua no México e no Brasil. Seu primeiro fi lme é Los Maridos Engañan de 7 a 9, ainda no México. Seu primeiro filme brasileiro é Nem Sansão nem Dalila (1955), produção Atlântida. Morre em 1980 na Argentina. Filmografia (ator): 1946 – Los Maridos Engañan de 7 a 9 (México); 1947 – El Cocinero de Mi Mujer (México); 1955 – Nem Sansão nem Dalila (Brasil); 1956 – Contrabando (Brasil); Fuzileiro do Amor (Brasil); 1958 – Trafi cantes do Crime (Brasil); Nobreza Gaúcha (Brasil); Hoje o Galo Sou Eu (Brasil); 1961 – Os Três Cangaceiros (Brasil); O Homem que Roubou a Copa do Mundo (Brasil); Copacabana Zero Hora (Brasil); 1962 – Assalto ao Trem Pagador (Brasil); Rio à Noite (como ele mesmo) (Brasil); 1963 – A Montanha dos Sete Ecos (Brasil); Boca de Ouro (Brasil); 1966 – Paraíba, Vida e Morte de um Bandido (Brasil); Na Onda do Iê-Iê-Iê (Brasil); 1967 – Na Mira do Assassino (Brasil); Jogo Perigoso (Juego Peligroso) (episódio: Diverti mento) (Brasil/México); 1978 – Divinas Palabras (México); 1980 – A Fuego Lento (México); 1981 – Las Noches del Blanquita (México). LUNA, ROBERTO Valdemar Farias nasceu em Serraria, PB, em 1º de dezembro de 1929. Faz seus estudos normais na capital, Campina Grande. Em 1945 muda-se para o Rio de Janeiro e Roberto vai trabalhar em uma empresa imobiliária. Estuda teatro com o mestre Ziembinski, mas queria mesmo era cantar. Com muita persistência, no final dos anos 1940 já era crooner em boates cariocas. A parti r dos anos 1950 sua carreira começa a deslanchar e, em 1952, lança seu primeiro disco, com o bolero Por Quanto Tempo. Logo já tinha um programa só seu na Rádio Clube, Audições Roberto Luna. Estreia no cinema em 1956, no filme De Pernas pro Ar. A partir dos anos 1960 as gravações e apresentações diminuem, mas Roberto mantém firme sua carreira e passa a investir no ramo de boates, agora não só como cantor, mas proprietário. É um grande cantor brasileiro. Filmografia: 1956 – De Pernas pro Ar; 1957 – Dorinha no Soçaite; 1960 – Tudo Legal; 1968 – O Bandido da Luz Vermelha. LUPO, RONALDO Ronaldo Lupovich Lito nasceu em Campinas, SP, em 18 de dezembro de 1913. Radica-se no Rio de Janeiro em 1933 e estuda música, com o amigo e maestro Guerra Peixe. Com boa voz e boa presença de palco, inicia carreira de cantor e compositor, em companhias de Teatro de Revista e nas rádios Mayrink Veiga, Tupi e Nacional. Em 1938, estreia no cinema no filme Alma e Corpo de uma Raça, cantando e tocando clarinete. Em 1955 funda a Lupo Filmes e produz suas próprias películas, todas comédias tipo chanchadas. Cria Genival, um malandro carioca que só se dá bem na vida e, com ele, faz vários filmes, percorrendo o Brasil exibindo-os e fazendo shows. Nos anos 1960 dirige o Sindicato Nacional da Indústria Cinematográfica. É irmão do cantor Roberto Lupo. A partir de da segunda metade dos anos 1970, afasta-se da vida artística. Morre em 18 de agosto de 2005, no Rio de Janeiro, aos 91 anos de idade. Filmografia (ator): 1938 – Alma e Corpo de uma Raça; 1949 – Estou Aí!; 1951 – Maria da Praia; 1952 – Está com Tudo; Era uma Vez um Vagabundo; 1955 – Trabalhou Bem, Genival; 1956 – Genival é de Morte; 1957 – Tem Boi na Linha; 1958 – Hoje o Galo Sou Eu; 1959 – Titio não é Sopa; 1960 – Briga Mulher & Samba; Só Naquela Base; 1962 – Quero essa Mulher Assim Mesmo; 1967 – As Aventuras de Chico Valente; 1972 – O Supercareta. Filmografia (diretor): 1960 – Só Naquela Base; 1963 – Quero essa Mulher Assim Mesmo; 1968 – As Aventuras de Chico Valente; 1972 – O Supercareta. LUSTOSA,MANOELITA Manoelita Maria Diniz nasceu em Pirapora, MG, em 25 de março de 1949, mas é criada em Sete Lagoas. Ainda criança imitava os ídolos de rádio. Adolescente, casa-se e muda-se para Timóteo, no Vale do Aço, onde entra para a carreira política, ao exercer os cargos de Secretária Municipal de Cultura em Timóteo e Coronel Fabriciano. Gradua-se em Letras e Filosofia e torna-se escritora de contos e poemas. No início dos anos 1990 muda-se para Belo Horizonte e passa a dedicar-se ao teatro. Estreia profi ssionalmente em 1994 no espetáculo Tio Vânia, de Tchecov, sob a direção de Luiz Carlos Garrocho e Walmir José. Seguiram-se o musical Na Era do Rádio e A Comédia dos Sexos., É Dando que se Recebe, etc. Em 2000 faz seu primeiro filme, o curta Perdemos de Um a Um e em 2003 estreia na televisão, na novela Mulheres Apaixonadas, como Inês Oliveira, a perversa avó da menina Salete. No SBT atua em Esmeralda (2004) e Maria Esperança (2007). Contratada pela TV Record, integra o elenco de Amor e Intrigas (2007), como Telma Dias, e Poder Paralelo (2009). Viúva, tem três filhos. Filmografia: 2000 – Perdemos de Um a Um (CM); 2001 – Todos os dias São Iguais (CM); 2002 – Samba-Canção; 2004 – O Casamento de Iara (CM); 2005 – Depois Daquele Baile; 2006 – Os 12 Trabalhos; 2007 – Pequenas Histórias. LUTHERO LUIZ Nasceu em São Miguel das Missões, RS, em 1933. Começa sua carreira artísti ca em 1952 como radioator. Forma-se na primeira turma de artes cênicas da Faculdade de Filosofia de Porto Alegre. Torna-se um dos atores mais solicitados do Cinema Brasileiro, devido às suas feições de índio e voz rouca. Interpreta basicamente personagens à margem da sociedade, encarnando com perfeição o malandro do baixo mundo. Estreia no cinema em 1969, no filme Para, Pedro! Um de seus melhores momentos acontece em 1974, no filme Rainha Diaba, como um dos capangas da Rainha, mas sua única chance de interpretar um papel principal acontece em 1983, no filme O Mágico e o Delegado. Na TV, estreia em 1966, num pequeno papel no megassucesso Redenção. O sucesso acontece em 1973 na novela O Bem-Amado no papel de Lulu Gouveia, fazendo muitas outras também, como O Espigão (1974), Escalada (1975), Pecado Capital (1976), Roque Santeiro (1985), Fera Radical (1988), O Salvador da Pátria (1989), mas não consegue terminar Sexo dos Anjos, na qual interpreta o jardineiro Bastião, pois, já gravemente enfermo, é afastado das gravações. Morre de câncer no fígado em 20 de fevereiro de 1990, aos 57 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1969 – Para Pedro!; 1972 – O Jogo da Vida e da Morte; A Marcha; 1973 – Vai Trabalhar, Vagabundo; 1974 – Rainha Diaba; O Marginal; Aladim e a Lâmpada Maravilhosa; 1975 – Guerra Conjugal; Motel; 1976 – Costinha, Rei da Selva; Simbad, o Marujo Trapalhão; 1977 – Ladrões de Cinema; Barra Pesada; Se Segura, Malandro; 1979 – O Coronel e o Lobisomem; Parceiros da Aventura; 1982 – Dora Doralina; Índia, a Filha do Sol; O Santo e a Vedete; 1983 O Cangaceiro Trapalhão; O Mágico e o Delegado; Gabriela (Brasil/Itália/EUA); 1984 – Para Viver um Grande Amor; Amenic – Entre o Discurso e a Prática; 1985 Ópera do Malandro (Brasil/França); Pedro Mico; O Rei do Rio; 1987 – Tanga, Deu no New York Times; Ele, o Boto; 1988 – Luar sobre Parador (Moon Over Parador) (EUA); Romance da Empregada; 1989 – Solidão, uma Linda História de Amor; 1991 – Vai Trabalhar Vagabundo II – a Volta (Amor Vagabundo) . LYRA, BEATRIZ Beatriz Alcina de Lyra Andrade nasceu em Canhoti nho, PE, em 2 de maio de 1930. Estreia no cinema em 1971 no filme Lua de Mel & Amendoim, mas faz pouco cinema. Na televisão, sua primeira novela é A Moreninha, em 1975. Segue então carreira regular, ao participar de muitas novelas, como Escrava Isaura (1976), Marina (1980), Sol de Verão (1982), Mandala (1987), Felicidade (1991), Por Amor (1997), Laços de Família (2000), Mulheres Apaixonadas (2003), Senhora do Destino (2004) e O Profeta (2007). Filmografia: 1971 – Lua de Mel & Amendoim; 1977 – Esse Rio Muito Louco (episódio: A Louca de Ipanema); 1978 – J.J.J. o Amigo do Super Homem. LYRA, CARLOS Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de maio de 1935. Pioneiro da Bossa Nova, participa do célebre Festival do Carnegie Hall em 1962. Violonista, compositor e intérprete, é o autor, entre tantas outras, de Coisa Mais Linda e Minha Namorada. Em 1972 participa da novela Eu e a Moto, pela TV Record. No cinema, participa, como intérprete, de alguns filmes, entre eles Um Candango na Belacap, de 1960, mas faz a trilha sonora para dezena deles como Crônica da Cidade Amada (1964), Para Viver um Grande Amor (1984) e Cronicamente Inviável (2000). É um grande compositor brasileiro. Está casado com a atriz Kate Lyra desde 1969. Filmografia: 1960 – Um Candango na Belacap; 1970 – O Tempo e o Som (CM) (depoimento); 1974 – Signo de Escorpião; 1979 – Nos Tempos da Vaselina; 2005 – Coisa mais Linda: Histórias e Casos da Bossa Nova (depoimento); Vinicius (depoimento). LYRA, KATE Katherine Lee Revell nasceu em Ray, Arizona, EUA, em 3 de julho de 1949. Radicada no Brasil, casa-se com o cantor/compositor Carlos Lyra em 1969. Estreia no cinema em 1973 no filme Banana Mecânica e atua em outros mais como Um Edifí cio Chamado 200 (1974) e Eros, o Deus do Amor (1981). Na década de 1980, participa de programas humorísticos pela TV Globo como Viva o Gordo (1981) e Estúdio A.Gildo (1982), sempre fazendo papel de mulher inocente mas sensual, aproveitando seus belos dotes fí sicos, ficando famoso o jargão Brasileiro é Muito Bonzinho. Participa de duas novelas, Jogo da Vida (1981) e Ninho da Serpente (1982), e, mais recentemente, em um episódio de Faça sua História (2008). Filmografia (atriz): 1973 – Banana Mecânica; 1974 – Signo de Escorpião; Um Edifício Chamado 200; 1975 – A Extorsão; 1979 – Nos Tempos da Vaselina; O Prisioneiro do Sexo; Uma Fêmea do Outro Mundo; 1980 – Convite ao Prazer; 1981 – Mulher Objeto; Eros, o Deus do Amor; 1987 – Damas da Noite (CM); 1992 – Kickboxer 3: The Art of War (EUA); 2000 – Bossa Nova; 2003 – Meu Pai (My Father, Rua Alguém 555) (EUA); 2005 – Sou Feia mas Tô na Moda (como ela mesma). Filmografia (diretora): 1980 – O Círculo (CM). LYRA, MARCOS Nasceu em São Paulo, SP. Começa sua carreira no Rio de Janeiro, no Teatro de Revista. Estreia mo cinema como ator em 1951 numa pequena ponta no filme O Comprador de Fazendas, seguindo-se outros como O Grande Assalto (1967) e Depravados em Fúria (1983). Estreia na direção em 1977 no filme O Garanhão no Lago das Virgens. Entre outros, dirige também Amantes Violentos, em 1980. Filmografia (ator): 1951 – O Comprador de Fazendas; 1967 – O Grande Assalto; 1973 – O Supercareta; A Virgem de Saint Tropez (The Awakening of Annie) (França/Brasil); 1974 – O Libertino; 1975 – Sexo na Selva; 1977 – O Garanhão no Lago das Virgens; A Virgem da Colina; 1979 – Dupla Traição; 1980 – Amantes Violentos; 1983 – Depravados em Fúria. Filmografia (diretor): 1977 – O Garanhão no Lago das Virgens; 1978 – Dupla Traição; 1980 – Amantes Violentos; 1983 – Depravados em Fúria. LYRA, SOIA Maria Auxiliadora Lira nasceu em Cajazeiras, PB. De infância pobre e difí cil, muito criança fica encantada com as encenações da Paixão de Cristo em sua cidade. Determinada a ser atriz, com os amigos Eliézer Rolim, Marcélia Cartaxo e Nanêgo Lira, forma o Grupo Mickey, que adapta filmes de terror para o teatro. Em 1978 conhece Luiz Carlos Vasconcelos e juntos vão para João Pessoa, a capital paraibana estudar teatro na Escola Piolim. No ano seguinte atua na sua primeira peça como profissional, Beiço de Estrada. Em 1992 ganha destaque ao interpretar Ceição na peça Vau da Sarapalha, numa adaptação do conto de Guimarães Rosa, sob a direção de Luiz Carlos Vasconcelos. Com a peça, viaja por todo o Brasil e exterior, em países como Alemanha, Portugal, Espanha e Inglaterra. Estreia no cinema em 1995 no filme A Árvore da Marcação, de Jussara Queiroz, mas fica conhecida mesmo em 1995, no filme Central do Brasil, como a mãe do menino Josué, vivido por Vinicius de Oliveira, que morre atropelada numa rua do Rio de Janeiro logo no começo do filme. Em 2004 é premiada no Cine Ceará por sua interpretação no filme O Quinze. Na televisão tem pequenas participações na novela Porto dos Milagres (2001) e na minissérie A Pedra do Reino (2007). Atualmente Soia vive em João Pessoa e tira seu sustento de uma modesta lanchonete, pois – como ela mesma diz – não dá para viver de teatro e cinema. Filmografia: 1995 – A Árvore da Marcação; 1998 – Central do Brasil; 2001 – Abril Despedaçado; 2004 – O Quinze. LYS, LOLA Maria Vilela de Almeida nasceu em Vila de São Manoel, MG, em 28 de janeiro de 1900. Ainda jovem muda-se para Cataguases, onde conhece o também jovem Humberto Mauro, com quem se casa em 1920. Mesmo sem nunca ter pretendido ser atriz, e depois de fazer uma pequena parti cipação no filme Na Primavera da Vida, aceita atuar no filme O Thesouro Perdido, pois a atriz principal, Eva Nil, abandonara as filmagens. A parti r daí, abandona a carreira e dedica-se somente aos três filhos do casal e a acompanhar Humberto em suas empreitadas cinematográfi cas. É a grande musa inspiradora de um dos nossos maiores cineastas. Com Mauro fica casada por 63 anos, até a morte deste, em 1983. Cinco anos depois, morre em 10 de setembro de 1988, em Volta Redonda, RJ, aos 88 anos de idade. Filmografia: 1926 – Na Primavera da Vida; 1927 – O Thesouro Perdido. M MACALÉ, JARDS Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 3 de março de 1943. No final da década de 1960 trabalha como produtor musical, em discos como Legal e Fatal, de Gal Costa. Como intérprete, grava seu primeiro disco, Jards Macalé, em 1972. Na década de 1970 consegue alguns sucessos como Farinha do Desprezo, Hotel das Estrelas e Anjo Exterminado. Seu estilo é diferente, não destinado ao consumo popular. Estreia no cinema em 1966, dando um depoimento sobre Maria Bethânia, no curta Bethânia Bem de Perto – A Propósito de um Show, mas sua estreia oficial como ator acontece em 1972 no filme O Demiurgo. Na televisão, como ator, participa da minissérie Amazônia, em 1991. Filmografia: 1966 – Bethânia Bem de Perto – A Propósito de um Show (CM) (depoimento); 1972 – O Demiurgo; 1974 – O Amuleto de Ogum; 1977 – Tenda dos Milagres; O Vampiro da Cinemateca; 1980 – Flamengo Paixão (depoimento); 2003 – Glauber o Filme, Labirinto do Brasil (depoimento); 2006 – Fúria (CM); 2007 – Conceição: Autor Bom é Autor Morto; 2008 – Tira os Óculos e Recolhe o Homem (CM); Nós Somos um Poema (CM) (depoimento). MACALÉ, TIÃO Augusto Temístocles da Silva nasceu em Salvador, BA, em 17 de dezembro de 1925. No início dos anos 1940 resolve tentar a vida no Rio de janeiro, mas, sem dinheiro, teve que dormir em uma delegacia. Depois arranja emprego de bilheteiro de circo. Foi crooner de orquestras e, percebendo sua verve cômica, começa a fazer shows de humor. Em 1966 é contratado pela TV Globo. Fica nacionalmente conhecido no programa humorístico Balança mas não Cai, como o crioulo difícil ao lado da atriz Marina Miranda, a crioula difí cil. Seguem-se A Festa é Nossa, Chico City e Os Trapalhões. Estreia no cinema em 1970, no filme Os Caras de Pau. Participa de outros tantos, na maioria comédias eróti cas e dos Trapalhões. É num comercial para o supermercado Disco que o artista consagra a expressão Nojento. No final de 1992 sofre um derrame e passa a trabalhar com dificuldade. Morre em 26 de outubro de 1993, aos 67 anos de idade, vítima de infecção pulmonar, em São José do Rio Preto, SP. Filmografia: 1970 – Os Caras de Pau; O Impossível Acontece (episódio: O Reimplante); 1973 – Salve-se Quem Puder (Rally da Juventude); 1974 – O Comprador de Fazendas; Café na Cama; 1975 – Com as Calças na Mão; O Estranho Vício do Dr. Cornélio; O Padre que Queria Pecar; 1976 – Costinha, Rei da Selva; Com um Grilo na Cama; 1983 – Atrapalhando a Suate; A Longa Noite do Prazer; 1988 – O Escorpião Escarlate; 1990 – O Mistério de Robin Hood. MAÇÃS, LUIZ Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de maio de 1963. Inicia sua carreira no teatro. Em 1986 estreia no cinema, no filme A Cor do seu Destino. Na televisão, estreia em 1987 na novela Helena. Depois Fera Radical (1988), O Salvador da Pátria (1989), Desejo (1990), Riacho Doce (1990), A História de Ana Raio e Zé Trovão (1991), O Mapa da Mina (1993). Como Cadelão, em 1995 tem sua última passagem pela televisão, na minissérie Engraçadinha... Seus Amores e seus Pecados, em 1995. Com grande potencial e futuro brilhante, morre prematuramente em 27 de julho de 1996, aos 33 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1986 – A Cor do seu Destino; 1994 – Lamarca; 1997 – As Feras; Amar (CM); 1998 – Tiradentes. MACEDO, KLEBER Nasceu em 27 de abril de 1934, no Rio de Janeiro, RJ. Inicia sua carreira no teatro. Estreia no cinema em 1955 no filme A Carrocinha, ao lado de Mazzaropi. Faz quatro filmes, até chegar à televisão, em 1976, como Eulália de Estúpido Cupido. Em 1980 tem seu melhor momento, quando é chamada para interpretar a Zuzinha Cajazeira, na nova versão do Bem-Amado, papel que fora de Dorinha Duval em 1973. Em 1990 participa da novela Brasileiras e Brasileiros, pelo SBT, sua última novela. Morre em 1994, aos 60 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1955 – A Carrocinha; 1965 – São Paulo S/A; 1970 – Simeão, o Boêmio; Sou Louca por Você. MACEDO, REGINA Irmã D’Hugo Mielle nasceu em São Paulo, SP. Ainda jovem estuda piano e canto. Com a chegada da televisão, ingressa na TV Paulista e passa a apresentar o programa Clube do Lar. Com a saída da produtora Heloísa Castellar, ela mesma passa a produzir o programa. Em 1964 estreia como atriz na novela Eu Amo esse Homem. No ano seguinte estreia no cinema no filme A Desforra. Participa de outras novelas como A Grande Mentira (1969), Nina (1977), Os Imigrantes (1981) e Selva de Pedra (1986). Em 1989, na minissérie República, faz o papel da Imperatriz Teresa Cristina, em sua últi ma participação na televisão. A parti r dos anos 1980 trabalha em um conservatório em Pouso Alegre, sul de Minas Gerais, ministrando aulas de flauta doce. Quando se aposentou foi morar em Maria da Fé, também sul de Minas, mas sempre colaborando com a arte e cultura da região. É mãe do apresentador, cantor, show-man e produtor musical Luiz Carlos Miele. Atualmente vive em São Paulo. Filmografia: 1965 – A Desforra; 1968 – Vidas Estranhas. MACEDO, ZEZÉ Maria José de Macedo nasceu em Capivari (hoje Silva Jardim), RJ, em 1916. Com quatro anos de idade, faz seu debut no palco, com o papel principal na peça infantil As Pastorinhas. Com quinze anos casa-se pela primeira vez com o mecânico e eletricista Alcides Manhães e desiste de ser atriz. Com a morte de seu único filho, separa-se, muda-se para o Rio de Janeiro e começa a fazer radioteatro. Na Rádio Tamoyo, participa, durante muito tempo, do programa Lar Doce Lar e interpreta pela primeira vez a empregadinha, papel que a imortaliza no cinema. Estreia no cinema em 1950 no filme Aviso aos Navegantes e faz desse veículo o fio condutor de sua carreira, ao participar de muitos filmes, entre curta e longa-metragem. Entre tantos, destacam-se Rio Fantasia (1957), As Cariocas (1966) e Eteia a Extraterrestre (1984). Na televisão, faz sua primeira novela em 1965, A Moreninha. Nos anos 1970 participa de programas humorísticos e faz sucesso como a Biscoito, namorada do Tavares, personagem do Chico Anysio Show, e Dona Bela, na Escolinha do Professor Raimundo. No teatro, atua em peças como Maria Cachaça e De Passagem. Dedica-se também à literatura, publicando quatro livros, sendo o último em 1997, A Menina do Gato, com poesias e episódios da infância. Em 1994 faz sua últi ma participação no cinema, no curta Jaguadarte, em que declama poemas de Lewis Carroll traduzidos por Augusto de Campos, pela qual ganha o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Brasília. Poderia haver melhor roteiro neste último filme da grande atriz brasileira? Morre em 8 de outubro de 1999, aos 82 anos de idade, no Rio de Janeiro, de hemorragia cerebral e hipertensão arterial contínua. Deixa marido, o ator Victor Zambito, com quem era casada por 38 anos, desde 1961. Filmografia: 1950 – Aviso aos Navegantes; 1954 – O Petróleo é Nosso; 1955 – Carnaval em Marte; Sinfonia Carioca; Trabalhou Bem, Genival; O Segredo de uma Confissão (inacabado); O Feijão é Nosso; 1956 – Tira a Mão Daí; 1957 – De Vento em Popa; Garotas e Samba; Rico Ri à Toa; Rio Fantasia; Tem Boi na Linha; Treze Cadeiras; Maluco por Mulher; 1958 – O Camelô da Rua Larga; É de Chuá!; E o Espetáculo Continua; Esse Milhão é Meu; A Grande Vedete; Aguenta o Rojão; 1959 – Cala a Boca, Etelvina; Dona Xepa; O Homem do Sputnik; Minervina Vem Aí; 1960 – Virou Bagunça; 1961 – Três Colegas de Batina; 1962 – Rio à Noite; 1964 – O Santo Módico (Brasil/França); 1966 – As Cariocas (3º episódio); Lana, Rainha das Amazonas (Lana – Krönigin Der Amazonen [Alemanha/ Brasil]); Macunaíma; 1970 – Os Monstros de Babaloo; 1973 – Como Era Boa a Nossa Empregada (episódio: O Terror das Empregadas); Os Mansos (episódio: A B... de Ouro); Salve-se Quem Puder (Rally da Juventude); Tati, a Garota; 1974 Mais ou Menos Virgem; O Padre que Queria Pecar; As Mulheres que Fazem Diferente (episódio: Que Delícia de Mulher); Oh! Que Delícia de Patrão; Robin Hood, o Trapalhão da Floresta; 1975 – Com as Calças na Mão; Assim Era Atlântida; Onanias, o Poderoso Machão; Secas e Molhadas; 1976 – Sete Mulheres para um Homem Só; Loucuras de um Sedutor; 1977 – As Eróti cas Profissionais; Gordos e Magros; Ele, Ela, Quem...; Pedro Bó, o Caçador de Cangaceiros; 1978 O Monstro de Santa Tereza; O Eróti co Virgem; 1979 – A Virgem Camuflada; 1984 – Eteia, a Extraterrestre em sua Aventura no Rio; 1985 – Os Bons Tempos Voltaram – Vamos Gozar Outra Vez (episódio: Sábado Quente); O Rei do Rio; 1986 – As Sete Vampiras; 1987 – Mais Luz (CM); 1988 – Fogo e Paixão; O Casamento dos Trapalhões; O Escorpião Escarlate; 1994 – Jaguadarte (CM) (Zezé declama poesias). MACEDO NETO Ator, músico, radialista e compositor. Estreia no cinema em 1949 no filme Quase no Céu. Em 1969 faz sua primeira novela, A Cabana do Pai Tomás, mas alcançaria seu melhor momento em 1970 em Irmãos Coragem, como o Padre Bento, personagem importante e carismático da novela. Nos anos 1970 atua com frequência como em O Semideus (1973), como Fausto, O Astro (1977), como Amin Ayala, e Paraíso (1982), sua última novela. Foi casado, de 1955 a 1958 com a cantora Dolores Duran. O casal não teve fi lhos, mas adotaram uma menina, Maria Virginia da Rocha Macedo. Morre em 1984, no Rio de Janeiro, de câncer. Filmografia: 1949 – Quase no Céu; 1951 – Anjo do Lodo; 1958 – Hoje o Galo Sou Eu; O Batedor de Carteiras; 1970 – Juliana do Amor Perdido; 1972 – Independência ou Morte; 1973 – Obsessão; 1976 – Jeca contra o Capeta. MACHADINHO Augusto de Machado Campos Neto nasceu em Piracicaba, SP, em 28 de março de 1918. Forma-se em Farmácia, Odontologia e Obstetrícia, mas é como radialista, jornalista, comediante, poeta e crítico literário que fica conhecido. Funcionário público, chega a diretor do Instituto de Previdência do Estado de São Paulo. Nos anos 1940 já é locutor e radioator, parti cipando de programas humorísticos famosos como Lilico Swing pelas rádios Tupi e Difusora, que pertenciam às Emissoras Associadas. Estreia no cinema em 1947 no filme Luar do Sertão. Vai para a televisão e estreia na série O Falcão Negro, em 1954. Depois atua em várias novelas como O Céu é para Todos (1965), Amor sem Deus (1968) e Super Plá (1969). Escreve vários livros, entre eles Janela Indiscreta e Eu Vi...Eu li... Eu Ouvi... Trabalhou no jornal Correio Paulistano e foi diretor da Divisão de Seguros do IPESP. No cinema, participa de vários outros fi lmes como Casei-me com um Xavante (1957), O Corintiano (1966), Beto Rockfeller (1970) e A Noiva da Cidade (1977). Morre no final dos anos 1970. Filmografia: 1947 – Luar do Sertão; 1949 – Quase no Céu; 1956 – Eva do Brasil; 1957 – Casei-Me com um Xavante; A Doutora é Muito Viva; 1957/1967 – Marido Barra Limpa; 1959 – Dorinha no Society; 1960 – As Aventuras de Pedro Malazartes; O Segredo de Diacui; 1961/1962 – Aventura em Vila Velha (episódio da série Vigilante Rodoviário); 1962 – O Vendedor de Linguiças; 1966 – O Corintiano; 1968 – O Pequeno Mundo de Marcos; 1969 – Agente da Lei (episódio: Aventura em Vila Velha); Águias em Patrulha (episódios da série Águias de Fogo); 1970 – Sentinelas do Espaço (episódios da série Águias Fogo); Beto Rockfeller; 1977 – A Noiva da Cidade. MACHADO, CAROL Carolina Eichler Machado nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de abril de 1975. Começa a estudar teatro aos nove anos de idade, fazendo sua estreia profissional aos doze, na peça O Menino Maluquinho, de Ziraldo. Também é graduada na Faculdade de Dança Angel Vianna, é professora de Ioga e acrobacia aérea. Estreia na televisão em 1989, aos 13 anos de idade, na novela Top Model. Depois atua em Lua Cheia de Amor (1990), Vamp (1991), Cara & Coroa (1996), Perdidos de Amor (1996) e A Lua me Disse (2007). Estreia no cinema em 1996 no filme Quem Matou Pixote? Mais recentemente atuou nos programas Toma Lá, Dá Cá (2007) e Casos e Acasos (2008). Filmografia: 1996 – Quem Matou Pixote?; 1999 – Ela Perdoa (CM); 2002 – A Solidão dos Dias Difí ceis (CM). MACHADO, DJENANE Djenane Vasconcellos Machado nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de junho de 1947. É filha do produtor Carlos Machado. Estreia na televisão em 1968 na novela Passos dos Ventos, de Janete Clair para a ainda novata TV Globo. Em 1969 estreia no cinema, no filme A Penúlti ma Donzela. A partir daí, nos anos 1970, desenvolve carreira de sucessos, ao participar de novelas como Véu de Noiva (1969) e O Cafona (1971), mas brilha mesmo em 1973 no seriado A Grande Família, como Bebel, e como a Glorinha na novela Estúpido Cupido, em 1976. Parti cipa também de alguns filmes de sucesso como Sábado Alucinante (1979) e Águia na Cabeça (1983). A partir dos anos 1980, começa a reduzir suas atuações, encerrando, em 1986, a carreira artísti ca, na novela Tudo ou Nada. Filmografia: 1969 – A Penúlti ma Donzela; 1975 – As Alegres Vigaristas; 1976 – Já não se Faz Amor como Anti gamente (episódio: O Noivo); 1979 – Sábado Alucinante; 1983 – Águia na Cabeça; 1985 – Ópera do Malandro (Brasil/França). MACHADO, EDUARDO Profissional completo, destaca-se por desempenhar múltiplas funções como ator, autor, diretor, diretor de arte, de produção etc. Estreia no cinema em 1976 no filme O Seminarista, seguindose outros. Na televisão, como ator, parti cipa de O Feijão e o Sonho (1976), Coração Alado (1980), Vamp (1991) e Páginas da Vida (2007). Filmografia: 1976 – O Seminarista; 1977 – Ódio; 1978 – Heróis (CM); Crônica de um Industrial; 1979 – Parceiros da Aventura; 1981 – Um Marciano na Minha Cama (Férias Amorosas); 1982 – O Sonho não Acabou; 1983 – Idolatrada; 1984 – Quilombo; 1985 – Chico Rei; 2000 – Pollock (EUA). MACHADO, FERNANDA Fernanda Arrias Machado nasceu em Maringá, PR, em 10 de outubro de 1980. Aos 12 anos de idade começa a ter aulas de teatro, com total apoio dos pais, o contador Fernando Machado e a professora Lenice. Com 18 anos vai morar sozinha no Rio de Janeiro e se inscreve na Oficina de Atores da Globo e faz testes para o seriado Carga Pesada, mas é reprovada. Em 2004 fez testes para a novela Cabocla, sendo novamente reprovada. Determinada, não desanima e participa dos testes para a novela Começar de Novo e é aprovada, fazendo sua estreia como Sonya, filha de Miguel, interpretado nada mais, nada menos pelo ator/ diretor Marcos Paulo, que rasga elogios à estreante. Depois vem Alma Gêmea e sua estreia no cinema no filme Inesquecível, seguindo importante papel no badalado Tropa de Elite. Em 2007, destaca-se como a meiga e encantadora Joana de Paraíso Tropical. Depois Queridos Amigos (2008), Dicas de um Sedutor (2008) e Casos e Acasos (2008). Bonita e talentosa, é uma grande promessa brasileira e tem tudo para deslanchar sua carreira. Filmografia: 2007 – Inesquecível; Tropa de Elite; 2009 – Flordelis – Basta uma Palavra para Mudar; 2010 – Amanhã Nunca Mais. MACHADO, GUSTAVO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1973. Ator, diretor e autor, forma-se em teatro em São Paulo. Participa das montagens A Ver Estrelas (1995), A Segunda Morte de Pedro e Paulo (1996), Ensaio para Danton (1996), Canto de Cisne (1997), Yerma (1998), Álbum de Família (1998), Belo (1998), Lira dos 500 Anos (2000), Auto da Paixão (2001/2005), Toda Nudez será Castigada (2001), Hamlet (2002), Pavão Misterioso (2003), Eduardo II (2003), Patty Difusa (2003), O Nome da Peça Depende da Lua (2004), Minha Vida de Solteiro (2005), Essa Nossa Juventude (2005). Estreia no cinema em 2001 no filme Bicho de Sete Cabeças. Em 2008 ganha diversos prêmios, inclusive o Kikito de melhor ator em Gramado por sua excepcional interpretação no filme Olho de Boi, de Hermano Penna, no papel de Cirineu. Sobre sua elogiada atuação, Gustavo declarou: (...) Este é um universo com o qual não tenho muita familiaridade. Sou carioca, cresci no Rio. Até morei em outras cidades, como Manaus e Macaé, mas, apesar de não serem grandes cidades, também não eram o interior. Para criar o Cirineu, mergulhei fundo neste universo do Brasil Profundo. Tinha medo no início. Medo de pesar no sotaque, na caracterização do Cirineu. O teatro é um jogo que nos permite uma licença poéti ca. Mas no cinema tudo fica mais evidente. E este fi lme, apesar de não realista, de ser uma tragédia, deixava o trabalho dos atores muito evidente (...). Dirige as peças Vênus Casti gadora do Amazonas (2001), Pagarás com tua Alma (2001/2004), De Quatro (2004/2005) e Cleide, Eló e as Peras (2006). Foi diretor e ator da Cia. Livre, que durante o ano de 2004 ocupou o Teatro de Arena Eugênio Kusnet e realizou diversos projetos como Arena Mostra Novos Dramaturgos, Arena Porto Aberto, Pagarás com tua Alma, etc. Filmografia (ator): 2001 – Bicho de Sete Cabeças; À La Carte (CM); Tragédia Brutal (CM); Nós Também (CM); 2003 – Contra Todos; 2004 – Cruz de Sal (CM); 2005 – Uma Confusão Cotidiana (CM); Parabéns (CM); 2007 – Nome Próprio; Corpo; 2008 – Olho de Boi; 2009 – Quanto Dura o Amor? (Condomínio Jaqueline); 2010 – O Amor Segundo B. Schianberg; Bróder. Filmografia (diretor): 2007 – Parabéns (CM) (codireção de Gero Camilo). MACHADO, LEONARDO Nasceu em Porto Alegre, RS, em 1976. Com dezoito anos de idade inicia sua carreira no teatro. Depois trabalha como modelo e em 1997 faz sua primeira oficina de teatro. Em 1998 estreia no cinema no curta Nocturnu e em 2000 muda-se para o Rio de Janeiro, depois São Paulo e fi nalmente retorna a Porto Alegre. Estreia na televisão em 2005 para participar da minissérie Segredo e no ano seguinte entra para o elenco de Malhação, como o empresário Hugo, ano em que está também na peça Sonhos de uma Noite de Verão. Depois de atuar em vários curtas, faz seu primeiro longa, Valsa para Bruno Stein, em 2007, mas é em 2009 que ganha o Kikito de melhor ator por sua atuação no filme Em teu Nome, direção de Jorge Nascimento. Faz pequenas parti cipações nas novelas O Clone (2001), Senhora do Destino (2005) e, em 2010, interpreta o Leo na novela Viver a Vida, pela TV Globo. Está casado com a atriz Sissi Venturim. Filmografia: 1998 – Nocturnu (CM); 2000 – Outros (CM); Cavaleiro Jorge (CM) (voz); 2001 – Suco de Tomate (CM); Vou Zoar até Morrer (CM); 2002 – Domingo (CM); 2004 – Alienação (CM); 2007 – Valsa para Bruno Stein; 3 Efes; 2009 – Em teu Nome. MACHADO, MARIA CLARA Maria Clara Jacob Machado nasceu em Belo Horizonte, MG, em 3 de abril de 1921. Filha de Aníbal Machado, faz seus estudos no Rio de Janeiro. Começa a carreira artística com o Teatro de Bonecos, que funda e dirige durante cinco anos. Dedica sua carreira toda ao teatro, formando inúmeros atores no Teatro Escola Tablado, um dos maiores celeiros do Brasil. Escritora de sucesso, leva ao teatro, clássicos da literatura infanti l como Pluft , o Fantasminha e O Rapto das Cebolinhas. Escreve vinte e quatro peças infantis e três para adultos. No cinema, participa de dois fi lmes sendo um deles O Cavalinho Azul, de 1984. Em 1981 tem uma pequena participação na novela Brilhante, pela TV Globo. Morre em 30 de abril de 2001, aos 80 anos de idade no Rio de Janeiro, víti ma de câncer linfáti co. Filmografi a:1951 – Ângela; 1984 – O Cavalinho Azul; 1986 – Cinderela. MACHADO, NILZA Nasceu em Porto Alegre, RS, em 1951. Inicia a carreira artística ainda na cidade natal, como secretária de um programa infantil e na mesma função trabalha com Júlio Rosemberg. Sua primeira oportunidade como atriz acontece aos dezesseis anos, no teatro, a convite de Fernando Estrela. Muda-se para São Paulo em 1970 e começa a fazer comerciais. Em 1973 estreia no cinema no filme Garotos Virgens de Ipanema, não se tendo informações sobre a continuidade de sua carreira. Filmografia: 1973 – Os Garotos Virgens de Ipanema (Purinhas do Guarujá). MACHADO, RENATO Nasceu no Rio de Janeiro em 1943. Começa sua carreira no teatro, ajudando na formação de grupos amadores, como Grupo Orla e Mambembe, com montagens importantes como A Tempestade, de Shakespeare. Já na Companhia de Antonio do Cabo, trabalha como ator nas peças Os Filhos Terríveis e Antígona e como assistente de direção em meu Querido Mentiroso, de Bernard Shaw. Dirige também uma peça infantil, As Ciganas da Floresta, com magnífico desempenho da atriz Elisabeth Gasper. Atua em duas novelas, A Moreninha (1965) e Sangue do meu Sangue (1969). Em 1966 estreia no cinema, como ator, no filme O Mundo Alegre de Helô, mas faz pouco cinema. A partir da década de 1970 se dedica ao jornalismo. Em 1982 é contratado da TV Globo para formatar o telejornal Bom-Dia Brasil que entra no ar dia 3 de janeiro de 1983, ancorado por Renato desde 1º de abril de 1996. Ex-editor do Jornal do Brasil, ex-correspondente internacional, ex-repórter do Fantástico e do Globo Repórter e apresentador eventual do Jornal Nacional. Profundo conhecedor de vinhos e música clássica, Renato tem uma única filha, Maria Eduarda, nascida em 1986. Filmografia: 1966 – O Mundo Alegre de Helô; 1969 – A Mulher de Todos (narração); 1970 – Eu Sou a Vida, eu não Sou a Morte (CM); Pecado Mortal. MACHADO, ZÉCARLOS José Carlos Machado nasceu em Alfredo Marcondes, SP, em 16 de abril de 1950. Em 1965 muda-se para São Paulo e conclui o curso científico. Inicia seus estudos de teatro na Fundação das Artes de São Caetano do Sul. Depois integra o grupo TAPA, parti cipando de peças memoráveis como Rumo a Cardiff, Major Bárbara, Contos de Sedução, Executivos, Corpo a Corpo, etc. Em 1982 estreia na televisão em O Pátio das Donzelas, pela TV Cultura, e em 1983 faz seu primeiro filme, A Próxima Vítima, direção de João Batista de Andrade. Sempre priorizando o teatro, retorna ao cinema em 1998 para um dos papeis principais no filme Ação entre Amigos, de Beto Brant, atuação que lhe abre definitivamente as portas do cinema e da televisão. A partir de então passa a ser chamado com frequência, chegando à TV Globo em 2003 na minissérie A Casa das sete Mulheres, como Anselmo e em seguida nas novelas Mulheres Apaixonadas (2003), como Marcelo, Senhora do Destino (2004), interpretando Luiz Fernando, Bang-Bang (2005), no papel de Armstrong, e Páginas da Vida (2007), como Nestor. Pela TV Record atua em Metamorphoses (2004) e Vidas Opostas (2007). No teatro, dirige o espetáculo A Lua é Minha e atua em Rasga Coração, A Moratória e Ensaio. Em 2009 vai para o SBT participar da novela Vende-se um Véu de Noiva. Filmografia: 1983 – A Próxima Vítima; 1994 – A Causa Secreta; 1998 – Ação entre Amigos; 1999 – O Pivete de Toca (CM); 2000 – Chateaubriand – Cabeça de Paraíba (CM); Cemitério de Elefantes (CM); 2003 – Viver no Carnaval (CM); Boa Vizinhança (CM); 2004 – Olga; 2005 – Crime Delicado; Recortes (CM); 2006 – Veias e Vinhos – Uma História Brasileira; 2007 – A Casa de Alice; Corpo; O Signo da Cidade. MADEIRA, AUGUSTO Ator e diretor teatral de invejável produção do Rio de Janeiro, onde acumula mais de cinquenta peças em seu currículo, como, mais recentemente, O Que Diz Molero (2004), O Púcaro Búlgaro (2006) e Ensina-me a Viver (2007/2009). Trabalhou com diretores consagrados como Moacir Chaves, André Paes Leme, Christiane Jatahy, Aderbal Freire-Filho, etc. No cinema, tem grande parti cipação também, principalmente em curtas-metragens. Sua estreia acontece em 1994 no curta A Caixa Preta. Seu primeiro longa viria no ano seguinte em Carlota Joaquina, Princesa do Brazil. A televisão o seduz somente em 2005 na novela Alma Gêmea, pela TV Globo, mas evita fazer novelas, dando preferência a curtas participações como em Toma Lá, Dá Cá (2007), O Sistema (2007), Dicas de um Sedutor (2007), Faça sua História (2008), Casos e Acasos (2008), A Grande Família (2009) e Som e Fúria (2009). No cinema é premiado por sete vezes, sendo seu mais aclamado curta, Blackout, de 2008, em que arrebata os principais prêmios de melhor ator em festivais brasileiros. É um grande talento do Brasil, pouco conhecido do grande público, mas muito respeitado em seu meio. Filmografia: 1994 – A Caixa Preta (CM); 1995 – Carlota Joaquina, Princesa do Brazil; Terral (CM); 1997 – Rosa (CM); O Copista (CM); 2000 – Villa Lobos, ua Vida de Paixão; 750 – Cidade de Deus (CM); É o Bicho (CM); 2001 – Rizoma (CM); Xangô de Baker Street; 2002 – Tudo Dominado (CM); Como se Morre no Cinema (CM); 2003 – Boca Livre (CM); Araguaya – A Conspiração do Silêncio; Clandestinidade (CM); Caminho das Nuvens; Truques, Xaropes e outros Artigos de Confi ança (CM); 2004 – Redentor; Ratoeira (CM); Corrompendo Paulo (CM); Malasartes Vai à Feira (CM); 2005 – No Princípio Era o Verbo (CM); Carlos Oswald – O Poeta da Luz; 2006 – Conceição: Autor Bom é Autor Morto; 2008 – Os Desafinados; Blackout (CM); Noite de Domingo (CM); Maridos, Amantes e Pisantes (CM); 2009 – Um Dia de Sorte (CM); Eu Estou bem Cada vez Melhor (CM); 2010 – Uma Professora Muito Maluquinha. MADER, ÉRIKA Érika Mader Alencar nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 2 de dezembro de 1985. Sobrinha da atriz Malu Mader, inicia sua carreira artística no seriado Mandrake, pelo canal HBO Brasil, no difícil papel da ninfeta Bebel, pois já de cara teve que enfrentar cenas de nudez e sexo da personagem. Em 2006 estreia no cinema no filme O maior Amor do Mundo. Em 2007 tem seu grande momento na televisão como a Susaninha de Paraíso Tropical. Em 2008 estreia como diretora no curta Se não Fosse o Onofre... (Thanks, Onofre). Mora em Nova York desde janeiro de 2009, de onde apresenta o programa Lugar Incomum, pelo canal Multishow. Também estuda inglês, faz cursos na SVA (School Vision Arts) e estuda cinema na New School e na NYU (New York University). Filmografia: 2006 – O maior Amor do Mundo; 2007 – Podecrer!; 2008 – Apenas o Fim; Se não Fosse o Onofre... (Thanks, Onofre) (CM). Filmografia (diretora): 2008 – Se não Fosse o Onofre... (Thanks, Onofre) (CM). MADER, MALU Maria de Lourdes da Silveira Mäder nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de setembro de 1966. Estuda no Teatro Tablado de Maria Clara Machado. Estreia na televisão na novela Eu Prometo (1983), seguindo-se de Corpo a Corpo (1984), Ti-Ti-Ti (1985) e O Outro (1987). Em 1986 vem a consagração com a minissérie Anos Dourados, ano em que também estreia no cinema no filme Rock Estrela. No teatro, participa das peças Dores de Amores (1989), ao lado do então marido Taumaturgo Ferreira, de quem se separa em seguida. Em 1997 participa, como protagonista, da minissérie A Justi ceira. Seguem-se Labirinto (1998), Mulher (1998), A Força de um Desejo (1999), Celebridade (2004), Eterna Magia (2007) e Guerra e Paz (2008). No cinema, retorna em Bellini e a Esfinge (2001), Sexo, Amor e Traição (2004) e A Casa da Mãe Joana (2007). Está casada desde 1989 com o músico Tony Belotto (1960) do grupo Os Titãs, com quem tem dois filhos, João (1995) e Antonio (1997). É uma das mais belas e talentosas atrizes da nova geração. Estreia como diretora em 2008 no documentário Contratempo, codirigido por Mini Kerti. Filmografia (atriz): 1985 – Rock Estrela; A Espera, um Passatempo do Amor (CM); 1987 – Dedé Mamata; Feliz Ano Velho; 1999 – Mauá, o Imperador e o Rei; 2001 – Dia de Visita (CM); Bellini e a Esfinge; 2002 – O Invasor; Zico; 2004 – Sexo Amor e Traição; 2006 – Brasília, 18%; 2007 – Podecrer!; A Casa da Mãe Joana; 2008 – Sexo com Amor; Se não Fosse o Onofre... (Thanks, Onofre) (CM). Filmografia (diretora): 2008 – Contratempo (codireção de Mini Kerti). MADI, TITO Chauki Maddi nasceu em Pirajuí, SP, em 12 de julho de 1929. Chega a se formar como professor primário em sua cidade natal, ganhando até uma nomeação para lecionar na cidade de Cornélio Procópio, mas seus dotes artísticos falam mais alto e em 1953 tenta a sorte em São Paulo. Em 1954 parti cipa do Primeiro Festival Brasileiro do Disco e recebe o prêmio Guarani de revelação masculina. Em 1955 muda-se para o Rio de Janeiro e, mesmo passando algumas dificuldades iniciais, consegue um contrato com a Rádio Tupi. Estreia no cinema em 1958 no filme É a Maior. Faz grande sucesso na década de 1960, ficando um pouco esquecido nas décadas seguintes. Mas é um grande nome de nossa música, tanto como cantor quanto como compositor. Seus principais sucessos são Não Digas Não, Chove Lá Fora, Fracassos do Amor, Gauchinha Bem Querer, Quero-te Assim, Menina Moça e Caminho do Amor. Filmografia: 1958 – É a Maior; 1959 – Amor para Três; Matemática Zero, Amor Dez; 1960 – Briga Mulher & Samba; 1971 – O Donzelo. MADRIGANO, FRANCISCO Nasceu em São Paulo, SP, em 1899. No início da década de 1920, entra para a Escola de Artes Cinematográficas Azurri, de Arturo Carrari. Estreia como ator em 1922 no filme Perversidade e participa de muitos outros, como O Crime da Mala (1928) e O Macabro Doutor Scivano (1971), num período de 50 anos. Estreia como diretor em 1928 em Orgulho da Mocidade. Nos fi lmes em que dirige, participa sempre como ator também, sendo o últi mo, Eufemia, em 1930. Morre em 1978, aos 79 anos de idade. Filmografia (ator): 1922 – Perversidade; 1925 – O Segredo do Corcunda; 1926 – Filmando Fitas; Vício e Beleza; 1928 – Morfina; O Orgulho da Mocidade; 1929 – O Crime da Mala; Enquanto São Paulo Dorme; 1930 – Eufemia; 1954 – Paixão Tempestuosa. Filmografia (diretor): 1927 – O Descrente; 1928 – Morfina (codirigido por Nino Ponti); O Crime da Mala; 1928 – Orgulho da Mocidade; 1929 – Enquanto São Paulo Dorme; 1930 – Eufemia. MADUREIRA, MARCELO Marcelo Garmatter Barreto nasceu em Curitiba, PR, em 24 de maio de 1958. É integrante da turma do Casseta & Planeta. Estreia no cinema na produção americana Maré de Azar. Está casado com Cláudia, com quem tem três filhos, Roberto (1979), Fernanda (1981) e Patrícia (1989). Filmografia: 1987 – Maré de Azar (Running Out of Luck) (EUA); Um Trem para as Estrelas; 1998 – Como ser Solteiro; 2003 – Casseta & Planeta: A Taça do Mundo é Nossa (com a turma do Casseta); 2006 – Casseta & Planeta: seus Problemas Acabaram (com a turma do Casseta). MAESTRINI, ALESSANDRA Nasceu em Sorocaba, SP, em 17 de maio de 1977. A mãe é gaúcha e o pai, americano. Ainda jovem muda-se para o Rio de Janeiro e faz um curso de férias com Cláudia Jimenez. Em seguida entra para o Tablado e também começa a estudar canto. Aos dezesseis anos se apresenta com a Companhia de Daniel Hertz e Suzanna Krueger. No ano seguinte consegue uma bolsa para estudar nos Estados Unidos, na Universidade de Evansville, em Indiana. De volta ao Brasil faz sua estreia no teatro no musical As Malvadas (1997), de Charles Möeller e Cláudio Botelho. Passa a atuar com frequência, principalmente em musicais como Ó Abre Alas (1999), Rent (2000), Les Miserables (2002), Ópera do Malandro (2003), etc. Em 1998 vai para a televisão participar da minissérie Chiquinha Gonzaga, como Marli, depois um episódio da série A Diarista em 2005, a minissérie Amazônia, de Galvez a Chico Mendes (2007) e logo em seguida brilha em Toma Lá, Dá Cá, como a empregada Bozena, ao lado de Miguel Falabella. Estreia no cinema em 2006 no filme Fica Comigo esta Noite. No teatro, além dos musicais, participa das peças Mamãe não Pode Saber (2004), O Casamento do Pequeno Burguês, Utopia (2006), Doce Deleite (2009), etc. Em 2008 grava o CD Drama N Jazz, em parceria com o músico e diretor musical Alexandre Elias. Já é um grande talento brasileiro. Filmografia: 2006 – Fica Comigo esta Noite; 2007 – O Labirinto (CM); 2008 – Po laroides Urbanas; 2009 – Primeiro Ato (CM); Através da Janela (CM). MAFALDA, ELOÍSA Mafalda Theoto nasceu em Jundiaí, SP, em 18 de setembro de 1924. Começa sua carreira como secretária, na Rádio Tupi de São Paulo. Seu irmão, Oliveira Neto, leva-a para um teste na mesma emissora do Rio de Janeiro, como atriz. Já na televisão, na década de 1950, atua como apresentadora, em programas musicais e em humorísticos. Transfere-se para a TV Paulista e parti cipa com assiduidade dos teatros semanais. Sua primeira novela é O Ébrio, em 1965. Na TV Globo, faz sua primeira novela, A Grande Mentira (1969) e não para mais, destacando-se Bandeira 2 (1971), Gabriela (1975), O Grito (1975), O Astro (1977), Água Viva (1980), Champagne (1983), Roque Santeiro (1985), Pedra sobre Pedra (1992), Por Amor (1997), O Clone (2001). Estreia no cinema em 1950 numa ponta como secretária no filme Somos Dois. Retorna em 1972 no filme Os Mansos e, mais recentemente, participa de Simão, o Fantasma Trapalhão. É uma das grandes atrizes brasileiras, estando em atividade até os dias de hoje, apesar de, nos últimos anos, ter reduzido seus papéis na televisão. Sua última aparição na telinha foi na série Brava Gente, em 2002. Está casada há muitos anos com Miguel Teixeira, com quem teve dois filhos, Míriam e Marcos. Filmografia: 1950 – Somos Dois; 1972 – Os Mansos (episódio: O Homem dos Quatro Chifres); 1974 – O Mau Caráter; 1977 – O Ibrahim do Subúrbio (episódio: O Ibrahim do Subúrbio); 1990 – Beijo 2348-72; 1998 – Simão, o Fantasma Trapalhão. MAFRA, LUCY Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27 de setembro de 1955. Começa sua carreira como modelo fotográfico e depois garotapropaganda em comerciais de televisão. Estreia no cinema em 1977 no filme Os Amores da Pantera, de Jece Valadão. Entre outros, participa também de O Gigante da América (1980). Segue regular carreira na televisão, estreando em 1980, pela TV Globo, na novela Água Viva. Seguem-se outras como Pátria Minha (1994), Por Amor (1997), Chocolate com Pimenta (2004) e, mais recentemente, América (2005). Filmografia: 1977 – Os Amores da Pantera; 1978 – O Cortiço; Reformatório das Depravadas; 1979 – Eu Matei Lúcio Flávio; 1980 – O Gigante da América. MAGAL, SIDNEY Sidney Magalhães nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de junho de 1953. Torna-se famoso na década de 1970, interpretando e dançando ritmos ciganos. Em 1977 a música Se te Agarro com Outro te Mato faz muito sucesso. Estreia no cinema em 1976, no filme O Sexo das Bonecas. Em 1979, no auge da carreira, é protagonista principal do filme Amante Latino, feito especialmente para ele. Em 1997 participa da peça Roque Santeiro, ao lado de Rogéria. Na televisão atua nas novelas A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990), como Ed Cigano, O Campeão (1996), como Ismael, Da Cor do Pecado (2004), como Frazão, Celebridade (2004), como ele mesmo, e Bang-Bang (2005), como Zorroh, seu melhor papel. Como cantor, seus maiores sucessos até hoje são Se te Agarro com Outro te Mato, Sandra Rosa Madalena, Meu Sangue Ferve por Você, Tenho e Me Chama que eu Vou. Está casado há muitos anos com Magali, com quem tem três filhos: Gabriela (1981), Nathalia (1984), e Rodrigo (1989). A partir de 2008 apresenta o humorístico Uma Escolinha Muito Louca, pela TV Bandeirantes. Filmografia: 1976 – O Sexo das Bonecas (Ele, Ela e o etc.); 1979 – Amante La-tino; 1991 – O Inspetor Faustão e o Mallandro (como ele mesmo); 2003 – O Caminho das Nuvens; 2005 – Um Lobisomem na Amazônia; 2006 – Happy Feet – o Pinguim (Happy Feet) (EUA) (dublagem do personagem Amoroso); 2008 – O Menino Quadradinho (CM). MAGALHÃES, ANA MARIA Ana Maria Portinho Magalhães nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de janeiro de 1950. O pai é o deputado Sérgio Magalhães, cassado no golpe de 1964. Em 1965 estreia como atriz teatral e no cinema em 1966, no filme Arrastão e adota esse veículo como seu preferido, constituindo sólida carreira em fi lmes como Como Era Gostoso o meu Francês, que lhe dá projeção internacional; Lúcio Flávio, Passageiro da Agonia (1977), talvez seu melhor papel, como Janice, a mulher do bandido; e Tensão no Rio (1984). Estreia na televisão em 1972, em O Bofe, seguindo-se Gabriela (1975), Saramandaia (1976), Rosa Baiana (1981), Elas por Elas (1982) e Top Model (1989). Em 1976 dirige seu primeiro filme, o documentário Mulheres de Cinema. Com garra e competência, nos últimos anos tem investido na carreira de diretora. Estreia no longa em 2002, no filme Lara, projeto que consome vários anos de sua vida e não obtém o resultado esperado. Foi casada com Cecil Thiré, Nelson Pereira dos Santos e Gustavo Dahl. Tem três filhos, Diogo (1972), João (1974) e Catarina (1978). Filmografia (atriz): 1967 – Todas as Mulheres do Mundo; Cinema Novo (Improvisierst und Zielbewusst) (CM) (depoimento) (Brasil/Alemanha); O Diabo Mora no Sangue; Garota de Ipanema; 1971 – Mãos Vazias; Azyllo Muito Louco; 1972 O Doce Esporte do Sexo (episódio: O Torneio); Minha Namorada; Como Era Gostoso o meu Francês; Quando o Carnaval Chegar; Joanna Francesa (Brasil/ França); Os Devassos; 1973 – Uirá, um Índio em Busca de Deus; Sagarana, o Duelo; 1975 – Leila para Sempre Diniz (CM); Amantes, Amanhã se Houver Sol; Deliciosas Traições do Amor (episódio: Os Divinos Sons da Música do Prazer); 1976 – Paranoia; 1977 – Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia; Rei-Ri-Te-a-Ta (inacabado); 1978 – Anchieta, José do Brasil; 1980 – Os Sete Gatinhos; 1981 – A Idade da Terra; 1982 – O Cru e o Cozido (CM); 1983 – Os Trapalhões na Serra Pelada; 1984 – Tensão no Rio; 1986 – O Hemisfério da Sombra (CM); Ondas (CM); 1990 – Real Desejo; 1992 – Oswaldianas (episódio: Perigo Negro); 1994 Gianni (CM); 2005 – Vinicius (depoimento); 2007 – Anabazys (depoimento). Filmografi a (diretora): 1976 – Mulheres de Cinema (CM); 1984 – Assaltaram a Gramática (CM); 1985 – O Mergulhador (CM); Sprayjet (CM); 1987 – O Bebê (CM); Já que Ninguém me Tira pra Dançar; 1994 – Érotique (episódio brasileiro: Final Call) (EUA/Alemanha/Hong-Kong); 2002 – Lara; 2008 – Reidy, a Construção da Utopia. MAGALHÃES, HÉLCIO Hélcio José de Paula Magalhães nasceu em São Paulo, SP, em 15 setembro de 1954. Começa sua carreira artística no teatro, em 1971, na peça O Homem, a Mulher e a Flor. Em 1973 estreia no cinema no filme O Anjo Loiro. Em 1981 é contratado como ator pela Fundação Roberto Marinho para o programa Telecurso Primeiro Grau. Participa do seriado Moinho de Vento (1983) e do caso verdade Devolvam meu Filho, dirigido por Walter Avancini. Em 1978 forma-se em Comunicação Social pela FIAM, São Paulo e pós-graduação e mestrado entre 1980/1983 na ECA. Tem a carreira em franco desenvolvimento. Filmografia: 1973 – O Anjo Loiro; 1981 – O Homem do Pau-Brasil. MAGALHAES, YONÁ Yoná Gonçalves Mendes da Costa Magalhães nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 7 de agosto de 1935. Começa sua carreira no rádio, em 1953, então com dezoito anos. Nessa época faz teatro no colégio. Já no científico, ouve no rádio uma chamada de teste para atriz numa novela da TV Tupi. Aprovada, inicia sua carreira em 1955, fazendo primeiramente papéis secundários, como em As Professoras, de J. Silvestre. Estreia no cinema em 1958 no filme Alegria de Viver. Faz poucos mas importantes fi lmes como Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), de Glauber Rocha. Sua grande oportunidade na televisão viria somente em 1966, já na Globo, em Eu Compro essa Mulher, ao lado de Carlos Alberto, galã absoluto na época. Os dois se apaixonam durante as gravações e ficam juntos até 1971. Seguem-se novelas memoráveis como O Sheik de Agadir (1966), A Sombra de Rebeca (1967), Simplesmente Maria (1970), O Primeiro Amor (1972), O Semideus (1973), O Grito (1975), Roque Santeiro (1985), Tieta (1989), A Próxima Vítima (1996), A Padroeira (2001), Senhora do Destino (2004) e nas minisséries Grande Sertão: Veredas, de 1985, Engraçadinha – Seus Amores e seus Pecados, de 1995, e Um Só Coração, de 2004. No teatro faz peças importantes como Passeio sobre o Arco-Íris, de Guilherme Figueiredo, O Amor é uma Rosa Bombom, Vestido de Noiva, Caiu uma Mosca na Minha Sopa, etc. De 1994 a 1999 participa de quatro episódios do programa Você Decide. Em 2005 participa do episódio Como Eliminar Seus Cheques, do seriado Sob nova Direção e do episódio Vem Dançar, do seriado Carga Pesada. Bela, talentosa e excelente profissional, é uma das grandes atrizes brasileiras. Filmografia: 1958 – Alegria de Viver; Pista de Grama (Um Desconhecido Bate à Porta); 1964 – Deus e o Diabo Na Terra do Sol; 1965 – Society em Baby-Doll; 1967 – Opinião Pública. MAGHÁ, ADILSON Adilson Magalhães nasceu em Formiga, MG. Inicia sua carreira artística na década de 1960 como cantor e compositor. Forma-se em 1980 em Educação Artística pela Fundação de Educação Artística Berenice Menegalli, quando evolui para as artes cênicas. Estreia no teatro em 1978 na peça Zé Capim, já como diretor e ator. Ao longo de sua carreira são dezenas de peças, com destaque para Papo de Anjo (1979), Bolota x Bruxo (1984), O Casamento da Galinha Magricela (1986), A Cama das Amélias (1993). No teatro é diretor, ator, técnico em iluminação, cenógrafo, locutor, sonoplasta, etc. Em 1985 estreia na televisão na minissérie Grande Sertão: Veredas. Depois de mais de vinte anos retorna para participar da minissérie Amazônia: De Galvez a Chico Mendes (2007), no papel de Triciziano, Sete Pecados (2007), como Evaristo, Casos e Acasos (2008), interpretando Antonio, e Caminho das Índias (2009) como o Guro Siro. Participa também de inúmeros comerciais e campanhas políticas como âncora. No cinema, sua primeira experiência acontece em 1994, no filme Somewhere in Brazil. Passa a ser muito requisitado principalmente em curtasmetragens, a qual foi por diversas vezes premiado. Também compositor, é de sua autoria o Samba Enredo da Escola de Samba de Lagoa Dourada, campeã do carnaval de 1977 além de inúmeras trilhas sonoras de peças teatrais. Arti sta multifacetário, Maghá é autor de vários textos e roteiros inéditos para teatro e cinema, bem como músicas inéditas compostas nas décadas de 1960 e 1970. Filmografia: 1994 – Somewhere In Brazil; 2003 – Jogando pela Manhã (CM); Noite de Saída (CM); O Vestido; 2004 – A Revolta das Drags (CM); Fio de Tensão (CM); A Carta (CM); Sic Transit Gloria Mundi (CM); 2005 – Estranhos que Acompanham (CM); Confronto Final; A Idade do Homem (CM); Batismo de Sangue; Cinco Frações de uma Quase História; 2007 – Pequenas Histórias; Oxianureto de Mercúrio (CM); Às Três da Madrugada (CM); Era uma Vez... (CM); E Agora José (CM); 2008 – Siri-Ará; O Contador de Histórias; Quando o Vento Sopra (CM). MAGNA, LÍCIA Alcina Miranda Tetemberg nasceu em Guaxupé, MG, em 24 de fevereiro de 1909. Começa sua carreira em 1952, na exti nta TV Tupi de São Paulo. Entre 1956 e 1965 participou ati vamente das gravações do Grande Teatro Tupi que levou à televisão mais de 450 peças de dramaturgos como Pirandello, Shakespeare, Ibsen e Lorca. Por esse trabalho, foi lembrada aos 96 anos de idade, em abril de 2005, quando participou, como atriz convidada da leitura da peça A Ratoeira. O evento fazia parte do projeto Caixa de Leituras, no Teatro Nelson Rodrigues, no Rio, e resgatava a memória do Grande Teatro Tupi. Estreia na televisão em 1966 na novela Um Rosto de Mulher. Faz sólida carreira, atuando em inúmeras novelas como Véu de Noiva (1969), Selva de Pedra (1972), Bravo! (1975), Pai Herói (1979), Séti mo Sentido (1982), Meu Destino é Pecar (1984), Roque Santeiro (1985), Fera Radical (1988), A Próxima Vítima (1995), Kubanacan (2003) e Cobras e Lagartos (2006), sua última novela. Em teatro, passou por importantes companhias, entre elas o TBC – Teatro Brasileiro de Comédia onde entrou em 1959. Sua últi ma atuação no palco foi na peça Por Falta de Roupa Nova Passei o Ferro na Velha. Estreia no cinema em 1950 no filme A Sombra da Outra. Acumula mais de trinta filmes em sua carreira, inclusive em clássicos do Cinema Brasileiro como Assalto ao Trem Pagador (1962) e Dona Flor e seus dois Maridos (1976), além de inúmeras pornochanchadas nos anos 1970. Depois de 21 anos afastada do cinema, retorna em 2004 para uma parti cipação em Mater Dei. Ainda na televisão atua em humorísti cos como Viva o Gordo (1981) e Zorra Total (2005) e também nas séries Você Decide (1994-1998), Carga Pesada (2004) e A Diarista (2004). A atriz mais antiga da TV Globo morreu em 3 de julho de 2007, aos 98 anos de idade, no Rio de Janeiro, de falência do coração. Filmografia: 1950 – A Sombra da Outra; 1962 – Assalto ao Trem Pagador; 1964 Asfalto Selvagem; Viagem aos Seios de Duilia; 1967 – O Mundo Alegre de Helô; 1968 – Copacabana me Engana; 1969 – Os Paqueras; 1970 – Um Uísque Antes... e um Cigarro Depois (episódio: Mocinha de Luto); 1971 – Um Homem sem Importância; Uma Pantera em Minha Cama; 1972 – Missão: Matar; 1973 As Moças Daquela Hora; Um Virgem na Praça; Obsessão; Caigangue; Vai Trabalhar Vagabundo; O Libertino; 1974 – Relatório de um Homem Casado; O Mau Caráter; 1975 – Enigma para Demônios; Uma Mulata para Todos; A Extorsão; 1976 – O Casamento; As Massagistas Profissionais; Dona Flor e seus dois Maridos; 1977 – Quem Matou Pacífi co?; Ódio; 1978 – Manicures a Domicílio; As Taradas Atacam; 1980 – Prova de Fogo; 1981 – O Beijo no Asfalto; 1983 – Atrapalhando a Suate; 2004 – Mater Dei. MAGNANI, UMBERTO Umberto Magnani Netto nasceu em Santa Cruz do Rio Prado, SP, em 25 de abril de 1941. Inicia sua carreira atuando em peças infantis e autos de Natal, como o menino Jesus, ainda em sua cidade. Em 1965, já em São Paulo, ingressa na EAD – Escola de Arte Dramática. Estreia no teatro na peça A Falecida, de Nelson Rodrigues, em montagem dirigida por Antunes Filho. Passa a dedicar-se integralmente ao teatro, em peças de sucesso como Este Ovo é um Galo, Primeira Feira Paulista de Opinião, Morte e Vida Severina, Língua Presa e Olho Vivo. Em 1971 monta sua primeira produção, com palhaços, em texto de Timochenco Wehbi, com direção de Emilio Di Biasi. Em 1973 estreia na televisão, na novela Mulheres de Areia, como Zé Luiz, e em 1976 faz seu primeiro filme, Chão Bruto, com direção de Dionísio Azevedo. Em 1981 ganha o Troféu Mambembe de melhor ator, por sua atuação em Lua de Cetim, de Alcides Nogueira. Sempre ligado ao teatro, esporadicamente faz televisão ou cinema e, como tal, assume não só funções artísticas, mas também de produção e administração de vários espetáculos. Entre 1972 e 1988 foi diretor da Apetesp, Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de São Paulo, além de outros cargos políticos ligados a sua profissão. Na televisão atua em diversas novelas como Sétimo Sentido (1982), Éramos Seis (1994), Laços de Família (2000), Cabocla (2004) e Chamas da Vida (2008). Em 2009 a Imprensa Ofi cial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança o livro Umberto Magnani – Um Rio de Memórias, de autoria de Adélia Nicolete. Filmografia: 1976 – Chão Bruto; 1985 – Jogo Duro; A Hora da Estrela; 1988 – Fiat Lux (Não é Marca de Fósforos) (CM); 1989 – Kuarup; 2000 – Cronicamente Inviável; 2002 – Morte (CM); 2003 – Cristina Quer Casar; Rua Seis sem Número; 2005 – Quanto Vale ou é por Quilo?; 2009 – Os Inquilinos. MAGNO, CLÁUDIA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de fevereiro de 1958. Começa cedo a carreira de atriz e dançarina. Em 1982, parti cipa do filme Menino do Rio, grande sucesso entre os jovens, que lhe abre as portas. Ganha vários prêmios de Melhor Atriz em 1988 por sua atuação em Presença de Marisa. Em 1982, estreia na televisão na novela Final Feliz. Seguem-se Champagne (1983), Viver a Vida (1984), Tudo em Cima (1985), Um Sonho a Mais (1985), Roda de Fogo (1986), Fera Radical (1988), Bebê a Bordo (1988), Tieta (1989), Mãe de Santo (1990), Meu Bem, meu Mal (1990), Filhos do Sol (1991), O Dono do Mundo (1991), Felicidade (1991), Você Decide (1993) e Sonho Meu (1994), mas não consegue dar continuidade à sua brilhante carreira, pois morre precocemente em 5 de janeiro de 1994, aos 35 anos de idade, no Rio de Janeiro, de insuficiência respiratória aguda, em decorrência do vírus da AIDS. Sua doçura, seu rosto lindo e angelical, principalmente marcado como a Patrícia do filme Menino do Rio, que luta pelo amor do surfista Valente, interpretado por André de Biase, fi cará sempre em nossas mentes. Filmografia: 1982 – Menino do Rio; 1983 – Garota Dourada; 1988 – Presença de Marisa; Com o Andar de Robert Taylor (CM). MAGNO, MIGUEL Nasceu em São Paulo, SP, em 28 de março de 1951. Inicia sua carreira no teatro, atuando em dezenas de peças como Síndrome – Loucos como Nós, Cinco Vezes Comédia, Quem Tem Medo de Itália Fausta, Purgatório – Uma Divina Comédia, Operação Abafa, etc. Na televisão, em 1987, estreia na novela Helena. Seguem outras como Top Model (1989), A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990), Felicidade (1991), Dona Anja (1996), Estrela Guia (2001), O Direito de Nascer (2001). Em 2005 fica conhecido em todo o Brasil pela personagem de Dona Roma na novela A Lua me Disse, papel que já havia interpretado na peça Síndromes – Loucos Como Nós, também escrita pelos autores da novela, Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa, em 2003. Estreia no cinema em 1986 no curtametragem A Bicharada da Doutora Schwartz. Após vários anos, em 2006 retorna com destaque no filme Irma Vap – O Retorno, de Carla Camurati, ao lado de Marco Nanini e Ney Latorraca. Em 2009 participa do seriado Toma Lá, Dá Cá como a estranha Dra. Perci. Morre em 17 de agosto de 2009, aos 58 anos de idade, de câncer, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1986 – A Bicharada da Doutora Schwartz (CM); 1997 – Coração Denunciador (CM); 2002 – Lara; 2006 – Irma Vap – O Retorno. MAGNO, PASCHOAL CARLOS Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 13 de janeiro de 1906. Inicia sua carreira artística como poeta. Em 1929 funda a Casa do Estudante do Brasil. Em 1930 ganha o prêmio da Academia Brasileira de Letras com sua peça Pierrot. Figura exponencial no Teatro Brasileiro, assume também cargos importantes como Cônsul do Brasil na Itália. Em 1957 ganha o prêmio de melhor serviço prestado ao teatro, conferido pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais. No cinema, participa uma única vez, em 1933, de A Voz do Carnaval. Em 1979, Jayme Monjardim e José Carlos Barbosa dirigem o curta Aldeia do Arcozelo, que mostra a vida na aldeia onde mora Paschoal, sua localização, seu estado de conservação, suas condições materiais para o desenvolvimento das mais diversas ati vidades artísticas, tais como: cinema, teatro, pintura, escultura, música, etc. O filme apresenta ainda as qualidades turísticas da Aldeia. Morre em 24 de maio de 1980, aos 74 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1933 – A Voz do Carnaval; 1979 – Aldeia de Arcozelo (CM). MAGRASSI, NILZA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 13 de Dezembro de 1918. Atriz, cantora e locutora, inicia sua carreira no rádio, mas é no cinema que se destaca, estreando em 1937, no filme O Bobo do Rei, produção da Sonofilms, direção de Mesquiti nha, também astro do filme. Na sequência, faz carreira de sucesso na Cinédia de Adhemar Gonzaga, em fi lmes como Pureza (1940) e Romance Proibido (1944). No rádio, foi atriz da Cruzeiro do Sul, depois Tupi, onde comandou o programa Carnaval de Ritmos, ao lado de João de Freitas. A partir dos anos 60 abandona a carreira artísti ca. Aposentada, nos últimos anos recusava-se a falar sobre sua carreira e sobre seu passado glorioso no cinema. Morre em 12 de Março de 2010, aos 91 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografi a: 1936- O Bobo do Rei; Bombonzinho; Bonequinha de Seda; 1939-Está Tudo Aí; Onde Estás Felicidade?; 1940-Direito de Pecar; Pureza; 1941-Sedução do Garimpo; 1943-Caminho do Céu; 1944-É Proibido Sonhar; Romance Proibido; 1973-Folia (CM). MAGRI, MAYARA Nasceu em Mogi-Guaçu, SP, em 2 de maio de 1962. Desde menina, tem fortes inclinações para a vida artística. Em 1979, com dezessete anos, resolve abraçar a carreira e muda-se para São Paulo, ingressando na Escola de Arte Dramática da USP. Na televisão, estreia na novela Os Adolescentes (1981), vindo em seguida Ninho de Serpentes (1982), Sabor de Mel (1983), Amor com Amor se Paga (1984), Roda de Fogo (1985), Seu melhor desempenho acontece em Helena (1987) e depois Éramos Seis (1994). Em 1983 faz sua estreia no cinema no filme A Próxima Vítima, e ganha quase todos os prêmios do ano como APCA, Gramado e Governador do Estado. No teatro, parti cipa, entre outras, das peças Hamlet e Louco Circo do Desejo. Em 2005 vai para a TV Record parti cipar do remake da novela Escrava Isaura, dirigida pelo ator/diretor Herval Rossano, com quem se casa no mesmo ano. Com Herval, fica casada por dois anos, até a morte deste, em 2007. Filmografia: 1983 – A Próxima Vítima; Shock; 1986 – Quero Ser Feliz; 1997 – Átimo (CM). MAGRINI, OSCAR Nasceu em Santos, SP, em 2 de setembro de 1961. Até 1980, vive em sua cidade natal, como professor de Educação Física e proprietário de uma locadora de vídeo. Nesse ano, resolve fazer teste para a peça Uma Ilha para Três e ganha o papel de índio, estreando ao lado de John Herbert, Adriano Reis e Matilde Mastrangi, que viria a ser sua esposa, depois de seis meses de namoro. Estreia na televisão em 1992 em Deus nos Acuda, mas foi como o cafajeste Ralf, em O Rei do Gado, que ganha notoriedade nacional. Estreia no cinema em 1992 no filme Perfume de Gardênia. Com a carreira em ascensão, já pensa em voos mais altos, como protagonizar um filme de ação, no qual possa mostrar sua força física aliada ao talento. Em 1998 retorna à TV para participar da novela Torre de Babel, depois Esperança (2002), Sinhá Moça (2006), Duas Caras (2008) e Negócio da China (2009). No cinema, parti cipa de filmes importantes como Carandiru (2003) e Onde Andará Dulce Veiga? (2007). Com Matilde Mastrangi, sua esposa desde 1990, tem uma filha, Isabella (1991). Filmografia: 1992 – Perfume de Gardênia; 1993 – Capitalismo Selvagem; 1997 – Glaura (CM); 1998 – A Hora Mágica; 1999 – O Dia da Caça; Zoando na TV; 2003 – Carandiru; Didi, o Cupido Trapalhão; 2007 – Onde Andará Dulce Veiga? MAHR, VIVIEN Nasceu em São Paulo, SP, em 9 de março de 1942. Em 1962 entra para a Escola de Arte Dramática da USP. Depois de um ano, abandona o curso para integrar o grupo Decisão, dirigido por Antonio Abujamra. Estreia na peça Terror e Miséria no Terceiro Reich. Seguem-se muitas outras, como Rosa dos Ventos, dirigida por Flávio Império. Estreia no cinema em 1970 no filme Cléo e Daniel. Em 1979 dirige um grupo de dança com bailarinos negros, no espetáculo Cavalo de Batalha. Foi casada com o ator Sérgio Mamberti, com quem teve três filhos, entre eles o também ator Duda Mamberti (1966). Morre prematuramente em 14 de janeiro de 1980, aos 37 anos de idade, víti ma de parada cardíaca, em São Paulo. Filmografia: 1970 – Cléo e Daniel; 1971 – Longo Caminho da Morte (A Casa Maldita). MAIA, ABIGAIL Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 16 de setembro de 1887. Estreia no teatro em 1902, aos quinze anos de idade, na peça Fada de Coral. Participa de inúmeras peças como Manhãs de Sol, Juriti e Amor Bandido. Estreia no cinema em 1910 no filme João José. Pioneira, lança Procópio Ferreira e é madrinha de Bibi. Na Rádio Nacional, atua como radioatriz, em novelas como O Direito de Nascer, interpretando dona Conceição. Em 1921, agregando-se à companhia Viriato Correa e Nicola Viggiani, deu-se a temporada conhecida historicamente como Movimento Trianon. Nos anos 1940 ingressa na Rádio Nacional como atriz. Foi casada com Oduvaldo Viana, com quem funda sua própria companhia teatral. O trabalho inovador de Abigail Maia foi de fundamental importância para o desenvolvimento e aperfeiçoamento do teatro brasileiro. Teve quatro filhos, sete netos e quatro bisnetos. Morre em 20 de dezembro de 1981, aos 94 anos de idade, de edema pulmonar, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1910 – João José (CM); 1912 – A Vida do Barão do Rio Branco (CM); 1920 – O Guarani. MAIA, MALU Maria Luisa da Conceição nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Trabalha como escriturária no escritório de Nelson Pereira dos Santos quando passa nos testes para ser a esposa de Grande Otelo, no filme Rio, Zona Norte, em 1957. Faria apenas dois filmes e a partir dos anos 1960 encerra sua carreira no cinema. Filmografia: 1957 – Rio, Zona Norte; Com Jeito Vai; 1958 – É de Chuá. MAIA, NUNO LEAL Nasceu em Santos, SP, em 17 de outubro de 1947. Entra na USP para fazer Comunicações. Em 1970, no primeiro ano de faculdade, já é convidado a fazer teatro, na peça Hair. Sua opção de especialização na faculdade é cinema, não na arte de representar e sim na parte técnica. Como trabalho de escola, dirige um curta-metragem em 16 mm, Os Mendigos, estrelado por Armando Bógus, Cacilda Lanuza e Clemente Viscaino. Esse trabalho fica interditado pela censura da escola. Faz depois um documentário sobre corridas de Fórmula 2 em Interlagos. Volta a fazer teatro, nas peças Greta Garbo, Quem Diria, Acabou no Irajá, Godspell, Um Bonde Chamado Desejo, A Teoria na Prática é Outra e Hoje é Dia de Rock. Em 1971 estreia na televisão, na novela Dom Camilo e Os Cabeludos pela Tupi e vários teatros pela TV Cultura e no cinema, como ator, no filme A Virgem, dirigido por Dionísio Azevedo em 1973. Com sólida carreira no cinema, destacam-se O Caso Cláudia (1979), O Rei do Rio (1985), Oceano Atlantis (1993), As Feras (1997) e, mais recentemente, Onde Andará Dulce Veiga? (2007). Faz muito sucesso também na televisão, nas décadas de 1970/1980/1990, ao participar de várias novelas pela Globo, como Estúpido Cupido (1976), Champagne (1983), Mandala (1987), como Tony Carrado, talvez seu melhor momento, Top Model (1989), História de Amor (1995), Suave Veneno (1999), Agora é que São Elas (2003) e Duas Caras (2008), além de humorísti cos como Planeta dos Homens (1976/1982). É um dos grandes atores brasileiros. Está casado há muitos anos com Monica Cristina. Filmografia: 1973 – A Virgem; O Anjo Loiro; O Itinerário da Independência (CM) (narração); 1975 – Hang-Five (CM); Cada um Dá o que Tem (episódio: O Despejo); 1976 – A (CM); Guerra é Guerra (episódio: Núpcias com Futebol); Paranoia; O Quarto da Viúva; 1977 – Elas São do Baralho; O Bem-Dotado – O Homem de Itu; Chão Bruto; Gente Fina é Outra Coisa (episódio: Chocolate com Morango); 1978 – As Amantes de um Homem Proibido; O Bom Marido; A Dama do Lotação; O Escolhido de Iemanjá; 1979 – Embalos Alucinantes (Troca de Casais); O Caso Cláudia; Inquietações de uma Mulher Casada; Ato de Violência; O Princípio do Prazer; 1980 – Perdoa-me por me Traíres; 1981 – Mulher Objeto; Vital Brasil e o Insti tuto Butantan (CM) (narração); 1982 – Ao Sul do meu Corpo; Índia, a Filha do Sol; Alguém; 1983 – Gabriela (Brasil/Itália/EUA); 1984 – O Beijo da Mulher Aranha (Kiss of the Spider Woman) (Brasil/EUA); 1985 – O Rei do Rio; Águia na Cabeça; 1986 – As Sete Vampiras; 1988 – O Escorpião Escarlate; 1989 – Solidão, uma Linda História de Amor; 1993 – Oceano Atlantis; 1994 – Louco por Cinema; 1995 – Entusiasmo e Fome (CM); 1997 – As Feras; 1999 – Amassa que Elas Gostam (CM) (voz); 2001 – O Homem Imortal; 2005 – Um Lobisomem na Amazônia; 2007 – Onde Andará Dulce Veiga? MAIA, RITA Rita de Cássia Maia Santos nasceu em Aracaju, SE, em 1º de agosto de 1978. Em 2003 gradua-se em Letras com ênfase em literatura brasileira e interpretação teatral, ambas pela UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais, além de ter participado de diversas oficinas. Entre 2000 e 2003 foi integrante do GRUPA – Grupo de Pesquisa-Prática em Atuação. Inicia sua carreira no teatro. Participa de inúmeras peças como Covil das Raposas (1995), Ópera do Milho (1996), Bodas de Sangue (1998), O Santo e a Porca (2004), Yerma (2008), etc. É uma das fundadoras do Grupo Teatro Invertido. Estreia no cinema em 2006 no filme Foliar Brasil. Atualmente estuda Licenciatura em Teatro pela UFS. Filmografia: 2006 – Foliar Brasil; 2008 – Orquestra de Meninos; 2009 – O Senhor do Labirinto. MAIA, SÉRGIO Sérgio Maia de Oliveira nasceu em 1954. Atua profi ssionalmente em teatro, televisão e cinema desde 1975, mas estreia como ator somente em 1983 no filme Águia na Cabeça. Na televisão participa da novela Corpo a Corpo, em 1984, e em um episódio do seriado Você Decide, em 1993, ambos pela TV Globo. Seu último filme data de 1998, Fica Comigo, após o qual não se tem notícia da continuidade de sua carreira. Filmografia: 1983 – Bar Esperança; Águia na Cabeça; 1984 – Quilombo; 1985 – Chico Rey; O Rei do Rio; 1987 – Sexo Frágil; 1998 – Fica Comigo. MAIA, WALDIR Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1930. Desde menino almeja ser ator. Em 1949 atua como fi gurante no filme Estou Aí. A experiência o anima a aperfeiçoar a vocação, matriculando-se no Conservatório Nacional de teatro. Formado, faz sua estreia nos palcos em peças como Orfeu da Conceição, polêmico texto de Vinicius de Morais, e depois em O Mambembe. A parti r de 1954, dedica-se quase que totalmente ao cinema, constituindo bom curriculo. Na televisão, participa das novelas Pecado Capital (1975), O Casarão (1976) e Séti mo Sentido (1982). Fica conhecido do grande público como o Quirino do Sítio do Pica-Pau Amarelo (1977) e Seu Avelino, do humorístico Chico City. Morre de câncer, em 1992, aos 72 anos, no Hospital da Lagoa, Rio de Janeiro. Filmografia: 1949 – Estou Aí!; 1950 – Estrela da Manhã; 1954 – Rua sem Sol; 1957 – Meti do a Bacana; Cangerê: Uma Fantasia Musical; O Noivo da Girafa; 1958 – Aguenta o Rojão; Contrabando; 1959 – Depois do Carnaval; É um Caso de Polícia; Pé na Tábua; Juventude sem Amanhã; 1960 – Dois Ladrões; 1961 – Quanto mais Samba Melhor; Esse Rio que eu Amo (episódio: Milhar Seco); 1962 – Nordeste Sangrento; 1964 – Pluft, o Fantasminha; 1965 – Um Ramo para Luíza; 1966 – Operação Paraíso (Se Tuttle Le Donne Del Mondo) (Itália/ Eua); 1967 – Perpétuo contra o Esquadrão da Morte; 1968 – Cristo de Lama (A História de Aleijadinho); 1969 – O Rei da Pilantragem; 1973 – A Judoka; 1975 – Com as Calças na Mão; 1976 – As Granfinas e o Camelô; 1977 – Ódio. MÁLAGA, CLÉO DE Sanni Hertha Hebst nasceu em Dresden, Alemanha, em 29 de abril de 1901. Bailarina profissional, atua em várias companhias de São Paulo, como Cri-Cri e Ra-Ta-Plan. Na escola do teatro Azzuri, é aluna de Carrari, entrando em contato com o meio cinematográfico. Estreia no cinema em 1928 no filme Morfina, produção de moralidade duvidosa para a época, causando muito escândalo, pois trata de temas complexos como o vício e a prostituição. Atuando em poucos filmes, a partir dos anos 1930 não se tem notícia da continuidade de sua carreira no cinema. Filmografia: 1928 – O Mistério do Dominó Negro; Juramento à Bandeira; Morfina. MALDONADO, MIRNA Nasceu em Blumenau, SC, mas logo muda-se para Lorena, interior de São Paulo. Sua carreira começa como cantora, ao participar do conjunto Edição Extra, liderado por Rony Orlandi, que anima shows e bailes. No cinema, participa de um único filme, Quando elas Querem... e eles Não. Depois dedica-se a carreira de cantora. Filmografia: 1976 – Quando elas Querem... e eles Não. MALDONADO, ROSÂNGELA Maria Clarinda Maldonado, nasceu em Franca, SP, em 13 de agosto de 1928. Radicada no Rio de Janeiro, começa a carreira como locutora e atriz na Rádio Tupi. Faz teatro sob a direção de Bibi Ferreira, em 1950, com a peça Escândalos. Estreia no cinema em 1950, no filme Desvio, produção inacabada. Entre outros, atua em Almas em Confl ito (1955) e Teu, Tua (1980). Parti cipa do teleteatro A Megera Domada, na Tupi, dirigida por Chianca de Garcia. Produz e dirige dois filmes, A Mulher Que Põe a Pomba no Ar, em 1977, codireção de José Mojica Marins, e A Deusa de Mármore – Escrava do Diabo, em 1978, em que Mojica aparece como diretor não creditado. Após essa experiência, faz apenas mais um filme e encerra sua carreira artística. Hoje, com mais de 80 anos de idade, vive reclusa em um sítio no interior de São Paulo. Filmografia (atriz): 1950 – Desvio (inacabado); Somos Dois; 1951 – Milagre de Amor; Sempre te Amei (inacabado); 1953 – Uma Aventura no Rio (Aventura en Rio) (México); 1955 – Almas em Confl ito; 1958 – Meus Amores no Rio (Mis Amores en Río) (Brasil/Argentina); Hoje o Galo Sou Eu; 1960 – Só Naquela Base; 1962 – Esse Rio que eu Amo (episódio: O Milhar Seco); 1964 – Crime de Amor; Vagabundos no Society; 1968 – O Levante das Saias; 1969 – Deu a Louca no Cangaço; 1970 – Mágoas de Caboclo; O Fracasso de um Homem em duas Noites de Núpcias; 1971 – Finis Hominis; O Pornógrafo; 1972 – Sexo e Sangue na Trilha do Tesouro; 1975 – O Incrível Seguro da Castidade; 1977 – A Mulher que Põe a Pomba no Ar; 1978 – A Deusa de Mármore – Escrava do Diabo; 1980 – Teu, Tua. Filmografia (diretora): 1977 – A Mulher que Põe a Pomba no Ar, codireção de José Mojica Marins; 1978 – A Deusa de Mármore – Escrava do Diabo. MALHEIROS, SÉRGIO Sérgio Santiago Victoriano Santos Malheiros nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 17 de março de 1993. Inicia sua carreira artística com quatro anos de idade, em 1997, ao participar do programa Samba, Pagode e Cia., pela TV Globo. Entre 1999/2000 participa do programa Gente Inocente, das novelas Da Cor do Pecado (2004) e Como uma Onda (2004), além do programa Você Decide (2000) e do seriado Carga Pesada (2003).. No teatro, participa das montagens de Descontos de Fada (1998), Branca de Neve e os Sete Anões (1999/2002) e As Aventuras do Pequeno Polegar (2002/2003). Filmografia: 2004 – Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida; 2006 – O maior Amor do Mundo. MALLANDRO, SÉRGIO Sérgio Neiva Cavalcanti nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de outubro de 1957. É descoberto por acaso por Sílvio Santos, no programa Cidade contra Cidade, na extinta TVS, hoje SBT, em 1979. Seu jeito alegre e extrovertido logo cativa o publico infantil. Na época. Sílvio contratou Mallandro e dispensou uma jovem modelo de cabelos louros, com o nome de Maria da Graça Meneghel, a Xuxa. Até hoje Sílvio brinca dizendo que Sérgio foi a pior escolha de sua vida. Parti cipa do Programa de Calouros de Sílvio Santos e estreia no cinema em 1980 no filme Tudo Acontece em Copacabana. Em 1988, faz sua primeira parti cipação como protagonista principal, no filme As Aventuras de Sérgio Mallandro, um fracasso de bilheteria. Na década de 1980 monta um circo e se apresenta por todo o Brasil, fazendo shows, ao lado de outros atores circenses. Em 1990 troca o SBT pela Globo para participar da Escolinha do Professor Raimundo e depois apresentar o programa Show do Mallandro, mas a experiência não deu certo logo e ele retorna ao SBT. Nas TVs Manchete e Gazeta, apresenta os programas Festa do Mallandro, Allegria Geral, Muleke Mallandro, Gallera do Mallandro e Programa Sérgio Mallandro. Na TV Gazeta populariza as famosas pegadinhas e causa controvérsias ao exibir modelos seminuas, as chamadas Mallandrinhas. Em 2007 é homenageado pelo cineasta André Moraes no curta-,metragem Ópera do Mallandro. Em 2008 candidatou-se a vereador pela cidade de São Paulo, mas não conseguiu eleger-se. Gravou diversos discos com musicas infantis. Foi casado com a atriz Mary Mallandro, com quem tem um fi lho, Sérgio Tadeu (1985). Com a modelo Tita, tem dois, Stephanie (1994) e Edgar (1997). Filmografia: 1980 – Tudo Acontece em Copacabana; 1981 – Mulher Sensual (Novela das Oito); 1982 – Menino do Rio; 1983 – O Trapalhão na Arca de Noé; Garota Dourada; 1985 – As Aventuras de Sérgio Mallandro; 1990 – Lua de Cristal; Sonho de Verão; 1991 – O Inspetor Faustão e o Mallandro; 2007 – Ópera do Mallandro (CM); 2008 – Manual para se Defender de Alienigenas, Zumbis e Ninjas (CM). MALVILL, ANNIK Annik Deligani nasceu em Bruxelas, Bélgica, em 11 de maio de 1939. Vem muito jovem para o Brasil, onde retoma seus estudos, chegando a concluir o científico. Trabalha como modelo e manequim. Inicia-se artisticamente em 1947, passando a atuar em várias emissoras de rádio e televisão de São Paulo e do Rio de Janeiro. Estreia no cinema em 1960 no filme Conceição, ao lado de Hélio Souto, seguindo-se outros como O Homem do Rio (1965) e Ana, a Libertina (1975). Na televisão, participa da novela Olhos que Amei (1965) e da minissérie Memórias de um Gigolô (1986). Está afastada da vida artísti ca. Filmografia: 1960 – Conceição; 1961 – Férias no Arraial (inacabado); 1964 – Pão de Açúcar (Brasil/EUA); 1965 – O Homem do Rio (L’Homme de Rio) (França/ Itália); Os Vencidos; 1966 – Essa Gatinha é Minha; 007 ½ no Carnaval; Cuidado, Espião Brasileiro em Ação; 1967 – Jogo Perigoso (Juego Peligroso) (Brasil/México); 1968 – Enfim Sós... Com o Outro; Viagem ao Fim do Mundo; Um Dia, Numa Cidade; 1969 – O Cangaceiro sem Deus; 1969/1982 – O Despertar da Besta (Ritual dos Sádicos); 1970 – Vida e Glória de um Canalha; 1973 – Os Homens que eu Tive; 1975 – Ana, a Libertina. MAMBERTI, CLÁUDIO Nasceu em Santos, SP, em 29 de outubro de 1940. Com dezoito anos conhece Patrícia Galvão, a Pagu, em um teatro de São Paulo. Uma semana depois integra o elenco da peça A Filha de Rapaccini, de Octávio Paz, com a direção de Pagu, que apresentou o jovem ator a autores importantes. No início dos anos 1960, torna-se o primeiro DJ brasileiro a misturar twist, cantiga de roda e cantatas de Bach em casas noturnas de São Paulo. Em 1961, estreia no teatro profissional, na peça Anti gone América, de Carlos Henrique Escobar. Em 1965 ingressa na Companhia de Cacilda Becker, atuando em peças como A Farsa do Santo Milagreiro. Membro do Partido Comunista, esteve a um passo de participar da luta armada com Carlos Marighela na ALN. Vira hippie e casa-se com Walquiria, sua primeira mulher, mãe de seu filho Caio, nascido em 1966. Estreia no cinema em 1970 no filme República da Traição e faz desse, seu principal veículo, acumulando inúmeras películas como Dona Flor e seus dois Maridos (1976) e Baile Perfumado (1997). Trabalha muito em televisão também, com destaque para As Pupilas do Senhor Reitor (1970), sua estreia, Sinhá Moça (1986), Helena (1987) e diversas minisséries como Parabéns Pra Você (1983), A Máfia no Brasil (1984), O Tempo e o Vento (1985), Tenda dos Milagres (1985), O Primo Basílio (1988), A.E.I.O... Urca (1990), O Sorriso do Lagarto (1991), Sex-Appeal (1993) e Dona Flor e seus dois Maridos (1998). Sua última aparição na telinha foi no programa Você Decide, em 2000. No mesmo ano encenou O Homem do Caminho, com direção de seu irmão, o também ator Sérgio Mamberti, até então inédito e um dos últimos escritos pelo também santista Plínio Marcos. A última cena era justamente um diálogo com a morte. Morre em 19 de setembro de 2001, em São Paulo, aos 60 anos de idade, vítima de insuficiência pulmonar e falência múltipla dos órgãos. Cláudio deixa dois filhos, Caio e Tomaz. Filmografia: 1970 – República da Traição; Orgia; Os Discos Voadores Estão entre Nós; 1972 – Vozes do Medo; 1976 – Dona Flor e seus dois Maridos; Luz, Cama e Ação; 1982 – Um Casal de Três (Carícias Eróti cas); Noites Paraguaias; As Safadas (episódio: Uma Aula de Sanfona); 1983 – Janete; 1985 – Real Desejo; Avaeté, Semente da Violência; 1986 – Cidade Oculta; 1987 – Fronteira das Almas; Romance; Anjos da Noite; 1988 – O Escorpião Escarlate; 1989 – Kuarup; 1990 – Barrela (Escola de Crimes); Lua de Cristal; Beijo 2348-72; 1991 – Inspetor Faustão e o Mallandro; Vai Trabalhar Vagabundo II – a Volta (Amor Vagabundo); Sua Excelência, o Candidato; Assim na Tela como no Céu; 1992 – Floresta da Tijuca (CM); 1994 – Mil e Uma; 1995 – Sábado (voz); O Quatrilho; 1996 – Tudo Cheira Gasolina (CM); O Guarani; 1997 – O Cangaceiro; Baile Perfumado; For All, o Trampolim da Vitória; Miramar; 1998 – Amor & Cia.; Policarpo Quaresma, Herói do Brasil; 1999 – Promessas – História de uma Conversão (CM); Tiradentes; 2000 – Minha Vida em suas Mãos; Sonhos Tropicais; 2002 – O Poeta das sete Faces (como ele mesmo). MAMBERTI, DUDA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1966. É filho dos atores Cláudio Mamberti e Vivien Mahr e sobrinho do ator Cláudio Mamberti. Estuda teatro na Casa das Artes Laranjeiras, no Rio de Janeiro, e começa a fazer teatro aos 18 anos de idade. Estreia na televisão em 1990 na minissérie A.E.I.O... Urca. Em 1992 estreia no cinema no curta Perdi a Cabeça na Linha do Trem, mas fi ca nacionalmente conhecido no filme Baile Perfumado, no papel do turco Benjamin Abrahão, única pessoa que, nos anos 1930, conseguiu filmar Lampião. Sua atuação é surpreendente e passa a ser solicitado com mais frequência. Em seguida faz sua primeira novela, Torre de Babel (1998) e depois Terra Nostra (1999). Participa também dos programas A Diarista (2004), Carga Pesada (2004), Sitio do Pica-Pau Amarelo (2007), como o padre Benedito, e Casos e Acasos (2008), como Amaral. No cinema, faz inúmeros curtas-metragens. Entre os longas, destacam-se Amélia (2000), Tapete Vermelho (2005) e Divã (2009). É um dos bons atores de sua geração. Filmografia: 1992 – Perdi a Cabeça na Linha do Trem (CM); 1993 – Calendas (CM); 1995 – Biu, a Vida Real não Tem Retake (CM); 1996 – Quem Matou Pixote?; Padre Mestre (CM); 1997 – Baile Perfumado; 1998 – Alô?; Como ser Solteiro; O Enfermeiro (MM); Estorvo (Brasil/Cuba/Portugal) (voz); 2000 – Os Outros (CM); Duas Vezes com Helena; Tropel (CM); Amélia; Os Desastres de Sofia (CM); 2002 – Botando pra Quebrar (CM); 2005 – Tapete Vermelho; 2006 – Boleiros 2 – Vencedores e Vencidos; 2009 – Divã. MAMBERTI, SÉRGIO Nasceu em Santos, SP, em 22 de abril de 1939. Começa sua carreira em 1962, atuando em teatro, no qual coleciona a marca de setenta peças, em trinta e cinco anos de carreira. Um de seus maiores êxitos é Pérola, de Mauro Rasi. Dirige quase uma dezena de outras como Luar em Preto e Branco. Estreia no cinema em 1966 no filme Nudista à Força e não para mais. Destacam-se em sua extensa fi lmografia Toda Nudez Será Castigada (1973), O Baiano Fantasma (1984), Doces Poderes (1996), Xuxa Abracadabra (2003) e, mais recentemente, Bodas de Papel (2009). Na televisão, estreia em 1966 na novela Ana, seguindo-se Algemas de Ouro (1969), As Pupilas do Senhor Reitor (1970), Brilhante (1981), Dona Anja (1996), Da Cor do Pecado (2004), Desejo Proibido (2007), entre tantas outras. Participa também de muitas novelas e minisséries como Vale Tudo (1988), Agosto (1993) e A Muralha (2000). É irmão do também ator Cláudio Mamberti (1939-2001) e viúvo da atriz Vivien Mahr (1943-1980), com quem tem três fi lhos, Duda (1966), ator em Baile Perfumado; Carlos (1967) e Fabrízio (1969). Ator completo, realiza com competência todos os seus trabalhos, quer no teatro, televisão ou cinema. Filmografia: 1966 – Nudista à Força; 1968 – O Bandido da Luz Vermelha; 1971 Jogo da Vida e da Morte; 1973 – Toda Nudez Será Castigada; 1976 – À Flor da Pele; 1978 – Parada 88 – o Limite de Alerta; 1980 – Paulo Emílio (CM) (narração); 1981 – O Olho Mágico do Amor; Maldita Coincidência; O Homem do Pau-Brasil; 1982 – Noites Paraguaias; Rio Babilônia; Renovo (CM) (narração); Do Outro Lado da Rua (MM); 1984 – O Baiano Fantasma; Made In Brazil (episódio: Um Milagre Brasileiro); 1985 – Avaeté, Semente da Violência; 1986 – Brasa Adormecida; Sonho sem Fim; A Cor da Luz (CM); 1987 – O Mentiroso; A Menina do Lado; Romance; A Dama do Cine Shangai; Anjos da Noite; A Mulher Fatal Encontra o Homem Ideal (CM); 1988 – Fogo e Paixão; Adeus (CM); 1989 – Fora da Estrada (CM); 1990 – Beijo 2348-72; 1991 – O Corpo; Olímpicos (CM); 1992 – Oswaldianas (episódio: Uma Noite com Oswald); Perfume de Gardênia; 1993 – Canal Cem (Nunc et Semper) (CM); 1994 – O Efeito Ilha; Mil e Uma; Quem Paga? (CM); Dente por Dente (CM); Parecer (CM); 1996 – Doces Poderes; Com que Roupa? (CM); 1998 – Hans Staden (Brasil/Portugal); 1999 – Castelo Rá-Tim-Bum, o Filme; 2000 – Tônica Dominante; Brava Gente Brasileira; 2001 Três Histórias da Bahia; Agora é Cinza (CM); 2003 – Xuxa Abracadabra; O Santo Mágico (CM); 2007 – O Homem que Desafiou o Diabo; O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili; Person (depoimento); 2009 – Bodas de Papel; Meu Amigo Cláudia (como ele mesmo); 2010 – Luz nas Trevas – A Revolta de Luz Vermelha; O Inventor de Sonhos. MAMEDE, SÔNIA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 4 de julho de 1936. Depois de completar os estudos regulamentares, dedica-se aos esportes, porém sempre com a convicção de ser atriz. Um dia recebe um convite para trabalhar no Teatro de Revista, logo se destacando. Sua entrada para o cinema acaba sendo acidental, substituindo Consuelo Leandro no filme Garotas e Samba, em 1957. Seguemse outros como Assalto à Brasileira (1971) e Elas São do Baralho (1977). Comediante de grande talento, alterna sua parti cipação no teatro, televisão e cinema. Em 1956 casa-se com o ator/ produtor Augusto César Vanucci. Nas décadas de 1970/1980, participa de programas humorísticos na TV Globo como Balança mas não Cai (1968), Sati ricom (1973) e Planeta dos Homens (1976). Seu principal personagem nessa época é a burra Ofélia, mulher do milionário Fernandinho, interpretado por Lúcio Mauro, em Balança mas não Cai. Ainda na televisão, atua na novela Jogo da Vida (1982), como Odete. Seu último fi lme é Brisas de Amor, produção paulista dirigida por Alfredo Sternheim. Morre prematuramente, dia 25 de abril de 1990, aos 53 anos de idade, de câncer, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1957 – Garotas e Samba; De Vento em Popa; 1958 – É a Maior; Esse Milhão é Meu; 1959 – O Cupim; Pintando o Sete; Aí Vem a Alegria; O Palhaço o Que é?; 1960 – Duas Histórias (Cacareco Vem Aí); 1971 – Assalto à Brasileira; Jesus Cristo eu Estou Aqui; 1975 – Assim Era Atlântida; 1977 – Elas São do Baralho; A Árvore dos Sexos; 1982 – Brisas do Amor (Insaciável Desejo da Carne). MANDER, PAULO Nasceu em São Paulo, SP. Começa sua carreira no teatro com a peça Pal (Paz, Amor e Liberdade), em nível semiprofissional, em 1957. Na TV Globo participa do programa As Aventuras de Eduardinho, em 1966. Estreia no cinema em 1970 no filme O Despertar da Besta, dirigido por José Mojica Marins, seguindo-se O Exorcista de Mulheres e O Baiano Fantasma (1984), entre outros. Filmografia: 1969/1982 – O Despertar da Besta (Ritual dos Sádicos); 1971 – Finis Hominis; 1973 – Gringo, o Últi mo Matador (O Matador Eróti co); 1974 – O Exorcista de Mulheres; 1976 – Aruã na Terra dos Homens Maus; A Filha do Padre; 1977 – Entre o Céu e o Inferno; 1978 – O Atleta Sexual; 1979 – O Guarani; 1984 – O Baiano Fantasma. MANCINI, EDUARDO Carlos Eduardo Mancini nasceu em São Carlos, SP, em 20 de dezembro de 1950. Estuda teatro com Rubens Brito no Espaço Teatro & Cia. e depois no núcleo de atores do Stúdio Fáti ma Toledo. No teatro, atua em inúmeras peças como Mandrágora, Caras de Plauto, O Homem que Calculava, Guerra dos Sexos, SOS Planeta Terra, etc. Estreia no cinema em 1998 no filme Boleiros – Era uma Vez o Futebol, de Ugo Giorgetti. Na televisão, tem pequenas participações em novelas, séries, minisséries e humorísti cos, primeiro pelo SBT, Razão de Viver (1996) e Fascinação (1998), depois TV Globo, Torre de Babel (1998), O Belo e as Feras (1999), Esperança (2002), A Diarista (2004), Zorra Total (2006), Belíssima (2006), Eterna Magia (2007), entre outras. Atua em muitos comerciais de televisão também, destacando-se Banespa, Globosat, Chiclete Babaloo, Honda, etc. É também professor, ministrando cursos de teatro para adultos e adolescentes para o governo do Estado de São Paulo, workshops e oficinas de Clown, teatro empresarial, etc. Filmografia: 1998 – Boleiros – Era uma Vez o Futebol; 1999 – A Hora Mágica; 1999 – Amor que Fica; 2001 – Bicho de Sete Cabeças; 2003 – Carandiru; 2005 – O Casamento de Romeu e Julieta; 2006 – Os 12 Trabalhos. MANCINI, VERA Nasceu em São Carlos, SP, em 6 de novembro de 1954. Inicia sua carreira como atriz teatral, profissão que abraça e prioriza. Ao longo dos anos, seu talento é reconhecido com os prêmios Mambembe, APCA, Apetesp, etc. Atua em dezenas de peças, com destaque para Beijo no Asfalto, direção de Osmar Rodrigues Cruz, Hair, direção de Antonio Abujamra, Noviças Rebeldes, direção de Wolf Maia, A Guerra Santa, direção de Gabriel Villela, Ópera do Malandro, direção de Gabriel Villela, A Mandrágora, direção de Eduardo Tolentino de Araújo, etc. Estreia no cinema em 1980 no filme Orgia das Taras, mas encontra seu melhor momento em 2003 em Garotas do ABC, no papel da alcoólatra atrevida e franca Sofia, pelo qual recebe o Candango de melhor atriz coadjuvante no Festival de Brasília e Gramado, os dois principais do País. Vera esnoba a televisão e dela pouco participa a não ser em Amor e Ódio (2001) e Jamais te Esquecerei (2003), ambas pelo SBT. Na TV Globo participa de um episódio do programa Toma Lá, Dá Cá, em 2008. Filmografia: 1980 – Orgia das Taras; 1987 – As Prisioneiras da Selva Amazônica; 1998 – Alô?; 2001 – Bellini e a Esfinge; 2003 – Carandiru; Garotas do ABC; 2006 – Os 12 Trabalhos; 2009 – Divã. MANHÃES, VERA Nasceu em São Paulo, SP, em 1950. Atriz, modelo e bailarina. Inicia sua carreira como modelo da Pierre Cardin. Estreia no cinema em 1970 no filme A Moreninha. Na televisão, atua nas novelas O Cafona (1971), Bandeira 2 (1971), O Bofe (1972), Jerônimo, o Herói do Sertão (1972), Ovelha Rock (1975) e Marrom Glacê (1979). Morena de corpo escultural, posa nua para revistas e faz muito sucesso nos anos 1970. Mas a partir dos anos 1980 vai reduzindo suas atividades. Foi casada com o ator Antonio Pitanga, com quem teve dois filhos, Camila e Rocco, também atores. Filmografia: 1970 – A Moreninha; 1971 – O Barão Otelo no Barato dos Bilhões; 1972 – Sereno Desespero (CM); Quando o Carnaval Chegar; 1975 – Jouez Encore, Payez Encore (depoimento); 1976 – A Nudez de Alexandra (Un Animal Doué de Déraison) (França/Brasil). MANNA, WALDIRENE Nasceu em São Paulo, SP, em 1970. A convite de David Cardoso, estreia no cinema em 1988 no filme O Dia do Gato. Morre prematuramente afogada em uma cachoeira, no dia 7 de março de 1988. Lamentavelmente, com dezoito anos e muito talento, sua promissora carreira é brutalmente interrompida. Filmografia: 1988 – O Dia do Gato. MANSFIELD, MARCELO Marcelo Jackson Pacheco nasceu em São Paulo, SP, em 1957. Artista precoce, ganha o prêmio bebê robustez infantil, em 1957, com meses de idade. Mora algum tempo nos EUA, retornando em 1985, e inicia carreira de comediante. Com Grace Giannoukas e Angela Dip, funda o grupo Harpias, com o qual fazem os espetáculos Marcelo Mansfi eld Show, que depois vai para a TV Gazeta, A Arte da Fuga de Barrabás, O Homem Disputado, A Mansão Assombrada dos Mansfield, etc. Na TV Cultura apresenta os programas Rá-Tim-Bum e X-Tudo. Em 1987 estreia no cinema, no filme Anjos da Noite. Na televisão, estreia no programa X-Tudo, em 1992. Depois participa de Mulheres de Areia (1993), Chiquinha Gonzaga (1999), Direito de Nascer (2001), Desejos de Mulher (2002) e A Lua me Disse (2005). No cinema, destacam-se Perfume de Gardênia (1991), Sábado (1994) e Durval Discos (2002). Filmografia: 1987 – Anjos da Noite; 1989 – Festa; 1991 – Sua Excelência, o Candidato; 1992 – Oswaldianas (episódio: Uma Noite com Oswald); 1994 – A Causa Secreta; Sábado; 1996 – Loura Incendiária; 1997 – Meninos de Deus; Os Olhos de Vampa; 2000 – Deus Jr.; 2001 – Sonhos Tropicais; 2002 – Durval Discos; 2007 – Sete Vidas (CM); 2009 – É Proibido Fumar; Its Very Nice pra Xuxu. MANSUR, SÉRGIO Nasceu em Belo Horizonte, em 1942. Começa sua carreira artística como apresentador do programa infantil Carrousel, na TV Vila Rica, em Belo Horizonte. No início dos anos 1970 muda-se para o Rio de Janeiro e passa a atuar em novelas da TV Globo, sendo sua estreia no ano de 1972, em Minha Doce Namorada, seguindo-se O Primeiro Amor, 1972, Cavalo de Aço, 1972, e O Semideus, 1973. No cinema, participa de um único filme, em 1973, Um Virgem na Praça, ao lado de Flávio Migliaccio. Morre em 24 de dezembro de 1973, aos 32 anos de idade, de acidente automobilísti co, na Via Dutra sem concluir sua últi ma novela, O Semideus, em que interpretava Reis, secretário de Hugo Leonardo. Filmografi a: 1973: Um Virgem na Praça. MANZAN, MARA Mara Virgínia Manzan nasceu em São Paulo, SP, em 28 de maio de 1952. Aos dezessete anos, ainda estudante, vai ver uma peça no Teatro Oficina e se apaixona pela profissão. A obra de Lina Bo Bardi, responsável pelo projeto de arquitetura do teatro, o texto de Bertolt Brecht e a atmosfera libertária empregada nas montagens do Grupo Teatro Oficina, arrebataram a então adolescente rebelde e a levaram para o ambiente que nunca mais abandonaria: o teatro. Inicialmente trabalhava nos basti dores, ajudava na bilheteria, comprava sanduíches, etc., até o dia em que teve que substituir uma corista que se machucara. Nessa época, o teatro era dirigido por Luiz Antonio Marti nez Correia, irmão de Zé Celso. Acaba por parti cipar de mais de trinta peças. Em 1982 estreia no cinema no filme Bonecas da Noite. Em 1986 Mara parti cipa do filme de sexo explícito Sexo em Festa, de Alfredo Sternheim, mas no papel de uma mulher que aparece nos pesadelos de um dos atores fazendo pirofagia, uma de suas habilidades. No filme Mara nem tira a roupa. Em 1994 faz sua primeira novela, A Viagem, como Edmeia, e a partir daí começa carreira de sucesso na televisão, como em Pecado Capital (1998), O Clone (2001), como Odete, papel que lhe dá notoriedade nacional, com o famoso bordão Cada mergulho é um flash, Kubanacan (2003), como Agatha, e Duas Caras (2008), como Amara. Em abril de 2008, afasta-se da novela para tratamento de um câncer, mas logo retorna em Caminho das Índias (2009), como Ashima. Tem uma fi lha, Tatiana Manzan, e uma neta, Julia. Morre em 13 de novembro de 2009, aos 57 anos de idade, no Rio de Janeiro, de falência pulmonar, motivado por agravamento de sua doença. Filmografia: 1982 – Bonecas da Noite; 1986 – Sexo em Festa; 2000 – De Cara Limpa; 2007 – Sambando nas Brasas, Morô?; 2008 – Sexo com Amor? MAR, AÍDA Pioneira atriz da TV Tupi de São Paulo. Inicia sua carreira no seriado Seu Pepino, em 1955. No mesmo ano estreia no cinema, no filme A Carrocinha. Faz apenas mais um filme, O Gato de Madame (1957), coincidentemente os dois com o grande cômico Mazzaropi, mas dedica sua carreira quase que totalmente à televisão, sempre pela TV Tupi. Participa de programas importantes como TV de Vanguarda (1953/1959) e TV de Comédia (1959). Atua em muitas novelas, sempre em papéis com viés cômico, que exigem dela muita versati lidade. Parti cipa de Alma Cigana, como a Madre Superiora, O Direito de Nascer, novamente como Madre, Fatalidade (1965), Sangue Rebelde (1966) e Ídolo de Pano (1974). Com o final da TV Tupi Aída encerra sua carreira. Já é falecida. Filmografia: 1955 – A Carrocinha; 1957 – O Gato de Madame. MARA MARAVILHA Eliemary Silva da Silveira nasceu em Itapetinga, BA, em 6 de março de 1968. Atriz mirim com talento nato, participa de concursos dublando Michael Jackson e Baby do Brasil. Com doze anos, já em Salvador, apresentava o programa da Tia Arilma. Em 1982 lança seu primeiro disco, um compacto duplo que obteve grande vendagem. Na TV Itapuã apresenta Parquinho – Um Show de Criança, Clube do Mickey, Domingo Show Criança e Vídeo Jovem. Na extinta TV Tupi Mara apresenta o programa Aqui Agora, ao lado de Christina Rocha, Wagner Montes, Sérgio Mallandro e Ari Soares, sob a direção de Wilton Franco. Contratada pelo SBT, aos quinze anos muda-se para São Paulo e passa a apresentar os programas Vamos Nessa, TV Power, Sessão Premiada, Preço Certo, foi repórter especial do programa Viva a Noite e de quebra era jurada do Show de Calouros. Em 1987 explode com o programa Show Maravilha e vende milhões de discos. Em 1993 foi contratada pela TV argenti na CBA onde apresenta por dois anos o Show Mara Maravilha, em horário nobre. Em 2002 lança o livro As Maravilhas que Deus Faz por Mim e inicia carreira com música Gospel. No cinema participa de um único filme, As Aventuras de Sérgio Mallandro, de 1985. Está casada com o produtor musical Paulinho Lima. Filmografia: 1985 – As Aventuras de Sérgio Mallandro. MARANHÃO, LUÍZA Nasceu em Canoas, RS, em 20 de setembro de 1940. Adolescente, quer ser dentista, mas gosta mesmo é de cantar. Em 1953, faz sua estreia na Rádio Gaúcha. Muda-se para São Paulo para trabalhar na Rádio Record, onde fica até 1959, chegando a parti cipar de alguns programas de televisão. Vai então para o Rio de Janeiro, na TV Tupi. Nessa época estreia no teatro, a convite de Joe e Arlette Lester. Integra o Grupo de Geisa Bôscoli e até alguns shows de Carlos Machado. Em 1960 participa de um grande espetáculo em Salvador em homenagem a Juscelino Kubitschek, então Presidente da República, quando conhece Glauber Rocha, que a convida para parti cipar do filme Barravento. Antes, já ti nha recusado um convite do produtor francês Jacques Gibault para trabalhar em O Santo Módico. Em 1962 faz sua melhor película, Assalto ao Trem Pagador, como Zulmira, a mulher de Tião Medonho, e fica conhecida em todo o Brasil. No final dos anos 1960, não concordando com os rumos da cultura brasileira diante do regime militar, muda-se para a Itália, alternando sua moradia entre os dois países. Em 1990, aparece pela última vez na televisão, nas minisséries Mãe de Santo, pela extinta TV Manchete, e Escrava Anastácia, produzida pela TV Globo. Na Itália, casa-se com Mário Cereghino e segue sua carreira de cantora e produtora cultural. Em dezembro de 2005, após quinze anos desaparecida e até dada como morta por alguns, é encontrada na Itália pela jornalista Maria do Rosário Caetano, a quem concede longa entrevista publicada no jornal O Estado de S.Paulo, em 3 de dezembro de 2005. Filmografia: 1961 – Barravento; A Grande Feira; 1962 – Assalto ao Trem Pagador; 1964 – Ganga Zumba; 1966 – A Grande Cidade; 1967 – Garota de Ipanema; 1981 – Boi de Prata; 1986 – Chico Rei. MARCHETTI, WANDA Esther Marchetti da Silva nasceu em São Carlos, SP, em 1904. De família tradicional, seu pai é um famoso e austero professor de línguas suíço. Com a vocação artística nas veias, aos quinze anos de idade foge com o ator Silva Filho, casando-se em seguida. Sua carreira artística data de 1918, mambembeando com o marido por todo o Brasil. Viúva, na década de 1930, entra para a companhia Dulcina/Odilon, a convite de Oduvaldo Vianna, e faz sucesso com as peças Amor e Canção da Felicidade. Em seguida, torna-se atriz principal de Procópio Ferreira. Passa uma temporada no circo, ao lado de Piolim e Nilo Nello. Na década de 1950 entra para o Teatro Popular de Arte e brilha nas peças O Anjo Negro, de Nelson Rodrigues, Tobacco Road, de Erskine Caldwell, No Fundo do Poço, de Helena Silveira, e Teresa Raquin, de Emile Zola. Na televisão, atua em inúmeras novelas como O Sheik de Agadir (1966). Estreia no cinema em 1936 no filme O Bobo do Rei. Faz muitos filmes, destacando-se Onde Estás Felicidade? (1939), Uma Pistola para Djeca (1969) e Gaijin, os Caminhos da Felicidade (1980). Na televisão, pisa pela primeira vez em 1963, na novela Confl ito, depois A Menina das Flores (1965), O Sheik de Agadir (1966), etc. Em 1979 lança livro de memórias, contando seus sessenta anos de carreira. Morre em 1985, aos 81 anos de idade, em São Paulo. Filmografia: 1936 – O Bobo do Rei; 1937 – Bombonzinho; 1939 – Onde Estás Felicidade?; 1968 – No Paraíso das Solteironas; 1969 – Uma Pistola para Djeca; 1971 – O Grande Xerife; Os Amores de um Cafona; 1972 – Paixão de um Homem; O Jeca e o Bode; 1973 – Anjo Loiro; 1974 – O Leito da Mulher Amada; A Virgem e o Machão; 1975 – Quando elas Querem... e eles Não; Lucíola, o Anjo Pecador; 1977 – Elas São do Baralho; 1979 – Os Trombadinhas; 1980 – Gaijin, os Caminhos da Liberdade. MARCHIANI, GEORGINA Nasceu na Itália, em 1897 (ano provável). Desde os seis anos atua em teatro, no seu país natal, como atriz precoce. Com a Primeira Guerra Mundial, sua família foge para o Brasil. Aqui dá continuidade à sua carreira teatral, radicando-se em São Paulo e excursionando pela capital e interior, em peças como Francesca de Rimini e Amleto, entre outras. A convite de Vitório Capellaro, estreia no cinema em 1915 no filme O Guarani. Logo em seguida casa-se com o diretor Guelfo Andaló que a dirigiria nos seus dois filmes seguintes. Em 1932, separa-se e Andaló volta para a Itália. Em 1940 é ela quem retorna ao seu país de origem e não consegue voltar devido à Segunda Guerra Mundial. Lá chega a atuar em alguns filmes da Cinecittà, mas perde seu filho na guerra e sua vida fica sem sentido. Retorna ao Brasil e passa a lecionar teatro e a dar aulas de italiano para sobreviver. Filmografia: 1915 – O Guarani; Inocência; 1916 – Pátria Brasileira; Dioguinho; 1917 – Cruzeiro do Sul. MÁRCIA ROSA Nasceu em Campinas, SP, em 5 de março de 1950. Conclui seus estudos normais e, com dezoito anos, muda-se para São Paulo. Um amigo apresenta-a a Décio Ferreira, que faz as escalações de novelas na TV Excelsior. Aprovada no teste, ganha um pequeno papel na novela Vidas em Confl ito (1969), fazendo seu debut no mundo artístico. Seguem-se outras como Toninho on the Rocks (1970), ao lado de Antonio Marcos, etc. No cinema, entre outros, atua em Cléo e Daniel (1970), Clube das Infiéis (1975) e Esparrella (1977). No teatro, dá preferência para peças infantis, como A Gata Borralheira, Travessuras de Pandareco e o Palhaço do Jardim Encantado. Filmografia: 1970 – Cléo e Daniel; 1972 – Mulher Pecado (Embrujada) (Brasil/ Argenti na); 1974 – O Supermanso; 1975 – O Clube das Infiéis; O Sexo Mora ao Lado; 1976 – Quando elas Querem... e eles Não; 1977 – Esparrela. MÁRCICO, ROGÉRIO Nasceu em Poços de Caldas, MG, em 24 de fevereiro de 1930. Em sua cidade natal, inicia carreira artística como ator, na Rádio Cultura. Já no Rio de Janeiro, ainda como ator, trabalha nas Rádios Tupi e Nacional. Em São Paulo, vai para a TV Paulista, depois TV Tupi, participando dos seriados Lever no Espaço, Os Três Mosqueteiros, O Pequeno Mundo de Dom Camilo, etc., além de vários TVs de Vanguarda. A partir dos anos 1960, passa por quase todas as emissoras, em novelas importantes como A Muralha (1961), As Minas de Prata (1966), O Leopardo (1972), Roda de Fogo (1978), Selva de Pedra (1986), Sangue do meu Sangue (1995), Chiquiti tas Brasil (1997), Seus Olhos (2004) e Água na Boca (2008). No cinema, participa apenas de um curtametragem, Claustro, em 1980. Durante sua longa carreira, recebe vários prêmios de melhor ator, como o Roquette Pinto e Prêmio Helena Silveira. Em atividade até os dias de hoje, ator de grandes qualidades, quase sempre em papeis coadjuvantes, esteve presente nos mais memoráveis momentos de nossa televisão. Filmografia: 1980 – Claustro (CM). MARCONDES, NILL Nasceu em Goiânia, GO, em 1972. Muda-se para São Paulo em 1991 para trabalhar como modelo. Em 1995 é chamado para fazer a abertura da novela Sangue do meu Sangue, pelo SBT, papel que lhe abre as portas. Sua primeira novela é Xica da Silva, em 1996, pela extinta TV Manchete. Em 1999 vai para a TV Globo participar da novela Força de um Desejo, como Zelito. Ganha destaque em 2002 como o Jamanta de A Turma do Gueto, produção da Casablanca exibida pela TV Record. No teatro, Nill Marcondes participa dos musicais Blue Jeans, Stone e Valente!, em que interpreta o famoso marginal carioca Madame Satã. Estreia no cinema em 2003 no filme Garotas do ABC, de Carlos Reichenbach. Já como galã da TV Record, atua nas novelas Metamorphoses (2004), de novo como Jamanta, Vidas Opostas (2007), no papel de Torres, e Poder Paralelo (2009), interpretando Felício Nogueira. Filmografia: 2003 – Garotas do ABC; Carandiru; O Homem do Ano; 2004 – Perigosa Obsessão (Peligrosa Obsesión) (Argenti na); 2005 – O Casamento de Romeu e Julieta; 2008 – Bellini e o Demônio. MARCOS LÁZARO Marcos Lázaro Margulies nasceu em Radum, Polônia, em 12 de abril de 1925, mas mudou-se com a família para a Argenti na antes de completar sete anos. Formou-se em Engenharia Civil, mas começa a trabalhar como locutor esportivo nas rádios Rivadávia e Splendid, de Buenos Aires, ainda nos anos 1940. Em 1963 desembarca no Brasil como engenheiro contratado, mas inicia carreira de empresário e logo adquire a confiança de astros de primeira grandeza como Maysa e Roberto Carlos. Intermediou transmissões de lutas de boxe e foi dono de casas de espetáculos em São Paulo. No cinema, fez uma pequena parti cipação no filme Agnaldo, Perigo à Vista, de 1969. Em 1978 participa, como ele mesmo, da novela Feijão Maravilha, pela TV Globo. Nos últimos anos, seu escritório cuidava da produção e comercialização das copas Libertadores da América e Copa Sul-Americana de Futebol. O mais famoso empresário artístico brasileiro, o empresário das estrelas, morreu de câncer, em 17 de abril de 2003, em São Paulo, aos 78 anos de idade, em São Paulo. Filmografi a (participação especial): 1969 – Agnaldo, Perigo à Vista. MARCOS PAULO Marcos Paulo Simões nasceu em São Paulo, SP, em 1º de março de 1951. Sua mãe morre durante o parto e – sem conhecer o pai é criado pela avó e praticamente adotado por Vicente Sesso, um dos mais importantes autores do início da teledramaturgia no Brasil. Aos cinco anos começa a fazer teatro e aos dezesseis já estava na TV, num pequeno papel na novela O Morro dos Ventos Uivantes, pela TV Excelsior, em 1967. Com o seguido sucesso, transfere-se para a TV Globo em 1970, sendo sua primeira novela Pigmalião 70. Já como galã. seguem-se, entre outras, Minha Doce Namorada (1972), Carinhoso (1973), O Casarão (1976), etc. Em 1978 vai morar em Nova York e faz curso de direção por oito meses. De volta ao Brasil, codirige, com Denis Carvalho e José Carlos Pieri, a novela Dancin’ Days, grande sucesso. Em seguida dirige o seriado Plantão de Polícia (1979 a 1981) e não para mais, colecionando sucessos como Brilhante (1981), Roque Santeiro (1985), Fera Ferida (1993), A Indomada (1997) e O Beijo do Vampiro (2002). Até 1992 alterna-se como ator e diretor, mas a parti r de Despedida de Solteiro (1992) – dedica-se somente à direção até 2004, quando retorna como ator em Começar de Novo, no papel de Andrei. Em 2006 novamente volta a atuar na novela Páginas da Vida como Diogo. Estreia no cinema em 1972, no filme Eu Transo ... Ela Transa mas retorna à telona somente em 2003 no filme Apolônio Brasil, Campeão da Alegria, de Hugo Carvana. Foi casado quatro vezes: com as jornalistas Márcia Mendes (falecida) e Belisa Ribeiro e as atrizes Renata Sorrah e Flávia Alessandra. Tem três filhas: Vanessa (1972), com a modelo italiana Tina Serina; Mariana (1981), com a atriz Renata Sorrah, e Giulia (2000) com a atriz Flávia Alessandra. Dirigindo ou atuando, é um grande talento da televisão brasileira. Filmografia: 1972 – Eu Transo... Ela Transa; Apolônio Brasil, Campeão da Alegria; 2004 – Diário de um Novo Mundo; 2007 – Valsa para Bruno Stein; 2009 – Se Eu Fosse Você 2; Em teu Nome. MARIA ANITA Maria Anita Reis Couto nasceu em Salvador, BA, em 27 de maio de 1944. Aos sete anos já representa nas festas do colégio onde estuda. Adolescente, entra para a televisão baiana, animando programas infantis. No início dos anos 1960 faz uma pequena ponta em duas produções que estavam sendo rodadas por lá, A Estrada do Amor, em 1960, coprodução Brasil/Alemanha, e Tudo ou Nada, em 1963, coprodução Brasil/França. Essas oportunidades foram possíveis porque já tinha o domínio da língua inglesa, servindo de intérprete da equipe de produção. Sua estreia no cinema brasileiro acontece em 1962 no filme Tocaia no Asfalto, após o qual encerra sua carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1960 – Estrada do Amor (Weit Ist Der Weg) (Brasil/Alemanha); 1962 – Tocaia no Asfalto; 1963 – Tudo ou Nada (Le Tout Pour Le Tout) (Brasil/França); MARIA BETHÂNIA Maria Bethânia Viana Telles Velloso nasceu em Santo Amaro da Purificação, BA, em 18 de junho de 1946. Filha caçula de dona Canô e irmã de Caetano Veloso, desde cedo quer ser cantora, imitando Dalva de Oliveira. Em 1963 estreia no palco, na peça Boca de Ouro, cantando um samba de Ataulfo Alves. Em 1965 é convidada para substituir Nara Leão no espetáculo Opinião e ganha o público com Carcará Nesse mesmo ano grava seu primeiro disco e o sucesso acontece, permanecendo até hoje, cultuada como uma das grandes cantoras brasileiras. Estreia no cinema em 1965 no filme Desafio. Participa de quase uma dezena de outros, destacando-se Quando o Carnaval Chegar (1972), Certas Palavras (1980) e, mais recentemente, Viva Volta (CM) (2005). Na televisão faz papel de fada no especial Plunct, Plact, Zuuuum, pela TV Globo, em 1983. Foi uma das primeiras cantoras brasileiras a ultrapassar a casa de um milhão de cópias do seu disco Álibi. É uma das grandes cantoras brasileiras. Filmografia: 1965 – O Desafio; 1966 – Bethânia Bem de Perto – a Propósito de um Show (CM); 1967 – Cinema Novo (Improvisierst und Zielbewusst) (CM) (depoimento) (Brasil/Alemanha); Garota de Ipanema; 1968 – Cara a Cara; O Homem que Comprou o Mundo; 1969 – Como Vai, Vai Bem? (episódio: Hei de Vencer); Brasileiro, Profi ssão Esperança (CM); 1972 – Saravah (França); Quando o Carnaval Chegar; 1976 – Os Doces Bárbaros; 1980 – Certas Palavras; 1998 – Enredando Pessoas (México/Brasil); 2003 – O Ovo (narração) (CM); 2005 – Viva Volta (CM); Vinícius (depoimento); Maria Bethânia: Música é Perfume (França/ Suíça); 2006 – Por Acaso Gullar (depoimento); 2007 – Maria Bethânia – Pedrinha de Aruanda (MM); 2008 – Palavra En (Cantada); Jards Macalé – Um Morcego na porta Principal (depoimento). MARIA CECÍLIA Começa sua carreira no início dos anos 1950, quando a televisão é inaugurada no Brasil. Estreia em Uma Semana de Vida, novela ao vivo, em 1952. Em 1952 estreia no cinema no filme João Gangorra. Entre 1952 e 1954 participa de oito episódios da TV de Vanguarda e a partir de então em novelas como A Única Verdade (1962), Redenção (1966), Sol Amarelo (1971) e Os Apóstolos de Judas (1976). A partir dos anos 1980 abandona a carreira artísti ca. Foi casada com o ator David Neto. Filmografia: 1952 – João Gangorra; 1962 – O Vendedor de Linguiças; 1963 – O Rei Pelé; 1971 – O Barão Otelo no Barato dos Bilhões; 1982 – O Prazer do Sexo. MARIA CLARA Nasceu em Pernambuco. Muda-se para o Rio de Janeiro e começa a desenvolver carreira de cantora, sempre caracterizada de baiana. Como compositora, tem suas músicas gravadas por diversos intérpretes. Estreia no cinema em 1960 no filme Mulheres e Milhões. Dá prioridade à carreira de cantora e compositora. Filmografia: 1960 – Mulheres e Milhões; 1961 – Quanto mais Samba Melhor. MARIA CLÁUDIA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 9 de outubro de 1949. Adolescente, mora algum tempo no Canadá e nos Estados Unidos. De volta, no final do ano de 1968, começa a trabalhar no Departamento Jornalístico da TV Rio. Sua estreia como atriz acontece em 1969, na novela Verão Vermelho. Com um dos rostos mais bonitos da TV, passa a atuar em muitas outras como Assim na Terra como no Céu (1970), Te Contei (1978), Pão, Pão, Beijo, Beijo (1983) e Locomotivas (1986). No teatro, trabalha com Madame Morineau em A Longa Noite de Cristal, de Oduvaldo Vianna Filho, seguidas por Vestido de Noiva e Requiém para uma Negra. Estreia no cinema em 1971 no filme Bonga, o Vagabundo, ao lado de Renato Aragão, na fase pré-Trapalhões. Atua em alguns outros, com destaque para Independência ou Morte (1972) e Eros, o Deus do Amor (1981). Um sério problema nas cordas vocais em 1984 afasta-a da vida artística por alguns anos. Retorna em 1992 para participar da novela Deus nos Acuda. Sempre muito bela e elegante, recentemente contratada pela TV Record, parti cipa de Escrava Isaura (2004), como Serafi na, e Caminhos do Coração (2007), como Ruth, e Amor e Intrigas (2007), como Eugênia Dutra. Está casada desde 1976 com o escritor Luiz Carlos Maciel. Filmografia: 1971 – Bonga, O Vagabundo; 1972 – Independência ou Morte; 1976 – O Flagrante; 1977 – Um Marido Contagiante; Se Segura, Malandro; 1979 – O Coronel e o Lobisomem; 1981 – Eros, o Deus do Amor; Os Saltimbancos Trapalhões. MARIA DOROTÉA Maria Dorotéa Antunes Neto nasceu em Muriaé, MG, em 14 de outubro de 1938. Bonita desde pequena, ainda jovem começa a participar de concursos de beleza, tendo ganhado todos os títulos possíveis em seu Estado, tais como Miss Juiz de Fora, Miss Círculo Militar, Rainha Mineira do Café e, fi nalmente, Miss Minas Gerais em 1956. Candidata ao título de Miss Brasil, fica em segundo lugar, perdendo para Terezinha Morango. Em 1958 estreia no cinema, no filme Rebelião em Vila Rica, sua única experiência nessa área, dedicando-se daí por diante a outras atividades. Filmografia: 1958 – Rebelião em Vila Rica. MARIA FERNANDA Maria Fernanda Meirelles Dias Gallo nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27 de outubro de 1928. Filha da escritora Cecília Meirelles, forma-se em Biblioteconomia. Como atriz, estreia no teatro do Estudante do Brasil, em 1948, na peça Hamlet, fazendo o papel de Ofélia. Ganha bolsa de estudos e vai para a Inglaterra, matriculando-se na escola do Bristol Old Vic. De volta ao Brasil atua muito em teatro e também em televisão, sendo sua estreia em 1956, no especial E o Vento Levou, no papel de Scarlet O’Hara. Depois participa da TV Teatro (1958) e TV de Vanguarda (1959). Nos anos 1970 participa de inúmeras novelas como Gabriela (1975), Pai Herói (1979), Tronco de Ipê (1982), Dona Beija (1986) e Olho por Olho (1988). Estreia no cinema em 1946 no filme Sempre Resta uma Esperança. Entre outros, destacam-se Luz Apagada (1953), o filme mais enigmático da Vera Cruz, ao lado de Mário Sérgio, e talvez seu melhor momento, Tumulto de Paixões (1958) Joana Angélica (1978), Carlota Joaquina, Princesa do Brazil (1995), etc. Ainda em atividade, alterna sua carreira entre teatro, cinema e televisão, sempre com muito brilho. Filmografia: 1946 – Sempre Resta uma Esperança; 1948 – Terra Violenta; 1949 Mulher de Longe (inacabado); 1953 – Luz Apagada; O Americano (inacabado); 1955 – Três Destinos (inacabado); The Amazon Trader (MM) (EUA); 1957 Senhora (inacabado); 1958 – Nobreza Gaúcha; Amazônia Nua (inacabado); Tumulto de Paixões (Fluch des Amazonas) (Alemanha/Brasil); 1959 – Duas Mil Milhas de Amor (inacabado); 1976 – Ovelha Negra, uma Despedida de Solteiro; 1978 – Joana Angélica; Fim de Festa (Decisão Final); J. S. Brown, o Últi mo Herói; 1986 – Chico Rei; 1995 – Carlota Joaquina, Princesa do Brazil; 2004 – O Quinze. MARIA FLOR Maria Flor Leite Calaça nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 31 de agosto de 1983. Aos seis anos de idade brincava de chorar e já dizia que queria ser atriz. Em 1999 começa a estudar teatro na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema. Como atriz, estreia em 2003, em Malhação, pela TV Globo. Sua primeira novela é Cabocla, em 2004. Em 2006 ganha papel de destaque em Belíssima, sua primeira novela das oito e em seguida Eterna Magia (2007). Em 2004 estreia no cinema no filme Cazuza, depois É Proibido Proibir (2007), etc. Tem grande talento. Filmografi a: 2004 – Cazuza; Quase dois Irmãos; 2004 – Diabo a Quatro; 2007 – É Proibido Proibir; Podecrer!; Chega de Saudade; 2008 – O que Há de Ficar (CM); 2009 – 13ème Mois (França); 2010 – O Bem-Amado. MARIA LÍGIA Atriz baiana. Estreia no cinema em 1960 na produção alemã Estrada do Amor. Participa de vários filmes, sendo o últi mo em 1976, O Pistoleiro. Na televisão, faz apenas duas novelas, Meu Pedacinho do Chão (1971) e Sinal de Alerta (1978). Filmografia: 1960 – Estrada do Amor (West Ist Der Weg) (Alemanha); 1961 – A Grande Feira; 1962 – Tocaia no Asfalto; 1963 – Sol sobre a Lama; Tudo ou Nada (Le Tout Pour Le Tout) (Brasil/França); 1964 – O Grito da Terra; O Santo Módico (Brasil/França); Os Fuzis; 1976 – O Pistoleiro. MARIA MARIANA Maria Mariana Plonczyski de Oliveira nasceu no Rio de Janeiro em 15 de março de 1973. Filha do cineasta Domingos de Oliveira com Lenita Plonczyski. Em 1990 faz sua primeira novela, Lua Cheia de Amor e também seu primeiro filme, numa participação, ao lado de Renato Aragão em Uma Escola Atrapalhada. Seguem-se outras novelas, minisséries e programas como Pedra sobre Pedra (1992), Confissões de Adolescentes (1994), A Vida como ela É (1996), Você Decide (1998) e A Grande Família (2001). Em 2006 participa da série Um Menino Muito Maluquinho, no papel da mãe do menino. Está casada com o médico André Peçanha, com quem tem três filhos, Clara Maria, Laura e Gabriel. Filmografi a: 1990 – Uma Escola Atrapalhada; 1997 – Amores; 2004 – Cazuza – o Tempo não Para; 2006 – O Amigo Invisível. MARIA PAULA Maria Paula Fidalgo nasceu em Brasília, DF, em 29 de novembro de 1970. Atriz e apresentadora. É formada em Psicologia mas não exerce a carreira. Inicia sua carreira como VJ na MTV Brasil, em 1989, logo chamando a atenção pelo seu esti lo leve e descontraído de apresentar videoclipes. Em 1993 transfere-se para a TV Globo para apresentar o game-show Radical Chic e logo em seguida entra para o cast do humorístico Casseta & Planeta, Urgente!, inclusive atuando em esquetes e paródias ao lado dos humoristas do programa. No teatro, parti cipa de três peças, Omelete, Decameron e As Desgraças de uma Criança. Em 2001 participa de um episódio do programa Os Normais e também grava uma faixa no CD The Bost od Casseta & Planeta. Estreia no cinema em 2003 no filme A Taça do Mundo é Nossa. Entre 1989 e 1991 foi casada com Augusto Xavier. Desde 2003 está casada com João Suplicy, com quem tem dois filhos , Maria Luisa (2004) e Felipe (2008). Filmografia: 2003 – Casseta & Planeta: A Taça do Mundo é Nossa; 2006 – Seus Problemas Acabaram; 2010 – Sex Delícia. MARIA REGINA Em 1961 começa a estudar teatro com Gianni Ratto, no curso do Teatro dos Sete. Em 1962 estreia como profissional na peça Calúnia, vindo em seguida Beijo no Asfalto e Os Direitos da Mulher. Estreia na televisão em 1961, no especial A Herdeira, de Ferleac, e no cinema em 1966 no filme Samba. Entre outros, participa também de Como Vai, Vai Bem? (1968) e André, a Cara e a Coragem (1971). Retorna à televisão trinta anos depois para interpretar Guiomar Freitas, em De Corpo e Alma, em 1992, depois A Lua me Disse (2005) e, mais recentemente, Sete Pecados (2007). Filmografia: 1966 – Samba (Espanha/Brasil); 1968 – Como Vai, Vai Bem?; 1970 – Carnaval na Lama; 1971 – Pindorama; André, a Cara e a Coragem. MARIA ROSA Ainda menina, estreia no cinema em 1963 no filme Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos. Nos anos 1970 parti cipa do humorístico Planeta dos Homens, em 1976 e das novelas Feijão Maravilha (1979) e Da Cor do Pecado (2004). Filmografia: 1963 – Vidas Secas; 1964 – Rueda de Sospechosos (Espanha); 1977 – A Árvore dos Sexos; 1978 – O Prisioneiro do Sexo; O Golpe mais Louco do Mundo (Professor Kranz Tedesco Di Germania (Itália/Brasil); O Escolhido de Iemanjá; As Filhas do Fogo. MARIA SÍLVIA Maria Sílvia Corrêa Moreira nasceu em São Paulo, SP, em 16 de fevereiro de 1944. Como atriz, estreia no teatro em 1969 nas peças A Prima Dona, O Casamento de Fígaro e Patropi. Faz sólida carreira no cinema, em fi lmes como Joanna Francesa (1973), Anchieta, José do Brasil (1978), Ele, o Boto (1987), Sombra de Julho (1996) e Diabo a Quatro (2004). Ganha muitos prêmios de interpretação e trabalha também como assistente de direção em diversos curtas. Na televisão, participa de várias novelas/ minisséries como O Astro (1977), sua estreia, Memorial de Maria Moura (1994), Chocolate com Pimenta (2003) e Vidas Opostas (2007), além dos seriados Malu Mulher e Plantão de Polícia. Atriz constante, destaca-se pela competência com que interpreta seus personagens. Em 2008 faz sua últi ma novela, Chamas da Vida, pela TV Record. Morre em 26 de julho de 2009, aos 65 anos de idade, no Rio de Janeiro, vítima de câncer no pulmão. Filmografia: 1973 – Joanna Francesa (Brasil/França); 1975 – Perdida; 1977 – Tudo Bem; Ajuricaba, o Rebelde da Amazônia; A$$untina das Amérikas; Gordos e Magros; A Queda; Marília e Marina; 1978 – Anchieta, José do Brasil; Esse Rio Muito Louco (episódio: A Louca de Ipanema); Mar de Rosas; 1980 – Cabaret Mineiro; Eu te Amo; O Bandido Antonio Dó; 1981 – Amor e Traição (A Pele do Bicho); 1982 – Luz Del Fuego; 1983 – Janete; O Mágico e o Delegado; Águia na Cabeça; 1984 – Noites do Sertão; Dois Homens para Matar; 1985 – Ópera do Malandro (Brasil/França); Patriamada; 1987 – Ele, o Boto; 1988 – Romance; Eternamente Pagu; 1990 – Minas Texas; 1992 – Histórias dos Anos 80; 1993 – Apartamento 601 (CM); 1995 – As Filhas de Iemanjá (Yemanján Tytt äret) (Brasil/Finlandia); 1996 – Sombras de Julho; Como Nascem os Anjos; 1998 – Amor & Cia.; 2001 – Uma Vida em Segredo; 2004 – Diabo a Quatro; Sombras de Julho; 2005 – Desejo (CM). MARIANI, LUÍZA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de agosto de 1980. Inicia sua carreira no teatro em 1994. Em 1995 estreia na televisão no programa Malhação. Sua primeira novela é Desejos de Mulher (2002) e mais recentemente Cobras e Lagartos (2006). Estreia no cinema em 2001 no filme Amores Possíveis. No teatro, em 2006, participa da peça O Perfeito Cozinheiro das Almas Deste Mundo. Foi casada por quatro anos com o empresário Diogo Gonçalves. Filmografia: 2001 – Amores Possíveis; 2002 – As Três Marias; 2004 – Nina; 2006 – O Passageiro; 2008 – Se nada mais Der Certo. MARÍLIA GABRIELA Marília Gabriela Baston de Toledo Cochrane nasceu em Campinas, SP, em 31 de maio de 1948. Inicia sua carreira em 1969 como estagiária de jornalista, no Jornal Nacional, pela TV Globo. Foi uma das primeiras mulheres a ser repórter do telejornal, numa atividade dominada pelos homens na época. No início dos anos 1980 fica conhecida em todo o Brasil por sua atuação como âncora da TV Mulher. Depois passa por quase todas as emissoras, sempre ancorando programas de entrevistas, chegando à incrível marca de 10 mil entrevistados. Com voz potente e afinada, arrisca-se como cantora lançando três discos, em 1982, 1984 e 2003. Estreia no cinema numa pequena ponta no filme Ed Mort, em 1997, como um dos disfarces de Silva, depois Avassaladoras (2002) e, mais recentemente, Sexo com Amor?, em 2008. Nos últimos anos tem se dedicado à carreira de atriz, quer no teatro ou televisão, com papeis de destaque em Senhora do Destino (2005), como Guilhermina, a minissérie JK (2006), como Rebeca, e Duas Caras (2008), como Guigui, numa surpreendente interpretação. Com mais de trinta anos de carreira, já entrevistou mais de dez mil personalidades. Foi casada por três vezes, com Reinaldo Haddad, de quem ficou viúva e não teve fi lhos, depois o empresário Zeca Cochrane (1976/1986), com quem teve dois fi lhos, Christiano (1972) e Theodoro (1979) e com o ator Reynaldo Gianecchini (1998/2006). Bela e inteligente, é uma das mulheres mais talentosas do Brasil, brilhando em tudo que faz. Atualmente apresenta o programa Marília Gabriela Entrevista no canal a cabo GNT, exibido no Brasil e em portugal. Filmografia: 1996 – Jenipapo; 1997 – Ed Mort; 2002 – Avassaladoras; 2003 – Gregório de Mattos; O Diabo a Quatro; 2008 – Sexo com Amor?; Bellini e o Demônio. MARINÊS Maria Inês Caetano de Oliveira nasceu em São Vicente Ferrer, Pernambuco, em 16 de novembro de 1936. Filha de um excangaceiro do bando de Lampião e de uma dona de casa, Marinês cresceu na Paraíba e em Campina Grande, tida como a capital do forró. Desde criança, ela se envolve com música, o pai era seresteiro e a mãe, cantora de igreja e gostava muito do Rei do Baião Luiz Gonzaga, seu ídolo no rádio. Mais tarde Gonzagão batizou-a de Rainha do Xaxado. Logo conhece o sanfoneiro Abdias, com quem viria se casar e com ele formaria seu primeiro grupo musical, no início dos anos 1950. Em 1956 grava seu primeiro disco. Entre seus maiores sucessos estão Peba na Pimenta e Pisa na Fulô, esta última composta por João do Vale. Em 1957 parti cipa do filme Rico Ri à Toa, retornando somente em 2002, para uma participação especial como ela mesma em Viva São João! Marinês costumava referir-se a si mesma como o último mito vivo da música nordestina. Uma das mais famosas cantoras de forró do Nordeste também era conhecida carinhosamente como Luiz Gonzaga de Saias. Morre em 14 de maio de 2007, em Recife, Pernambuco, de hemorragia cerebral, decorrente de um acidente vascular cerebral sofrido no dia 5 de maio. Filmografia: 1957 – Rico Ri à Toa; 2002 – Viva São João! MARINHO, NOEMI Nasceu em São Paulo, SP, em 17 de agosto de 1953. Em 1977 forma-se atriz pela EAD – Escola de Arte Dramática da ECA/ USP. Nos anos 1980 vai para o grupo Mambembe e nos 1990 no TAPA. Seu primeiro texto é Fulaninha e Dona Coisa (1988), depois Homeless (1989), Plantonista Vilma (1992), Cor de Chá (2001), etc. Em 1991 escreve e dirige Almanaque Brasil, depois dirige Corte Fatal, de Paul Portener, Os Reis do Improviso, de Jandira Martini e Marcos Caruso. Em 1980 estreia no cinema como atriz no filme P.S.: Post-Scriptum. Na televisão, escreve programas educati vos, de humor e novelas. Como atriz, na televisão, atua em O Todo-Poderoso (1979), A Pequena Travessa (2002) e Páginas da Vida (2006). Ao longo de sua carreira recebe vários prêmios como o APCA de Atriz Revelação, em 1978, o Mambembe de Melhor Atriz em 1988, o Shell de Melhor Autor, em 1991, o Apetesp de Melhor Autor, em 1993, etc. Em 2007 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança o livro O Teatro de Noemi Marinho, de sua autoria. Filmografia: 1980 – P.S.: Post-Scriptum; 1994 – Louco por cinema; 2005 – Quanto Vale ou É por Quilo?; 2007 – Não por Acaso. MARINHO, ZÉLIA Conhecida como Zelinha, foi famosa atriz e apresentadora da extinta TV Itacolomi. Atuou nas novelas Uma Consciência de Mulher (1964) e Rosa Maria (1965). Devido ao seu talento, carisma e sucesso, passa a apresentar o programa infantil Roda Gigante, sucesso nas manhãs de domingo. Passa também a ser a garota-propaganda da emissora, numa época em que os comerciais eram apresentados ao vivo. Em 1965 faz seu único filme, Phobus, Ministro do Diabo, que não chegou a ver pronto, pois morreu tragicamente em outubro de 1967 de acidente automobilístico (desastre de ônibus), em uma rodovia que liga Rio de Janeiro a Belo Horizonte. Sua morte causou comoção nacional, principalmente em Minas Gerais, onde uma multidão – até então nunca vista em Belo Horizonte – foi ao velório dar adeus à atriz. “(...) Um detalhe interessante é que, em Phobus, trabalhou Zélia Marinho num dos principais papéis. Ela era muito famosa na tevê mineira e, quando faleceu, os jornais comentaram que ela não havia conseguido realizar um desejo – ser artista de cinema. É que eles não sabiam que Zélia tinha sido uma das atrizes do meu fi lme. O filme ficou pronto somente em 1970 por dois motivos: falta de dinheiro e, além do mais, só podíamos nos dedicar a ele aos sábados e domingos (...) – parte do depoimento de Luiz Renato Brescia, concedida ao autor do livro, em 1978, extraído de Pioneiros do cinema em Minas Gerais, de Paulo Augusto Gomes, Editora Crisálida, Belo Horizonte, MG, 2008. Filmografia: 1965/70 – Phobus, Ministro do Diabo. MARINO, TED BOY Mário Marino nasceu em Fuscaldo Marina, Calábria, Itália, em 18 de outubro de 1939. Aos doze anos de idade muda-se com a família para Buenos Aires. Trabalha como sapateiro, mas nas horas de folga pratica luta livre e halterofilismo. Em 1962, com 23 anos de idade já era ídolo nas TVs argentina e uruguaia. Em 1965 é contratado pela TV Excelsior para participar de programas de luta livre transmitidos ao vivo para todo o Brasil com muito sucesso. Wilton Franco resolve criar o programa Adoráveis Trapalhões, com Ted Boy, Wanderley Cardoso, Ivon Cury e um humorista desconhecido chamado Renato Aragão. Estava formada a fórmula de sucesso e o programa dava picos de até 60 pontos de audiência. Em 1967, já na TV Globo, apresenta-se diariamente no programa infantil Zas-Tras, no Orion IV x Ted Boy Marino e Que Delícia de Show. Em 1968 estreia no cinema no filme Dois na Lona, exatamente ao lado de Renato Aragão. Aos poucos suas apresentações foram diminuindo, restringindo-se a esporádicas participações no programa dos Trapalhões. Em 1992 participa do episódio Palavras de Amor, no programa Você Decide e em 2005 faz uma participação especial na novela Bang-Bang. Casado, tem três filhos e, aposentado, mora no Rio de Janeiro. Filmografia: 1968 – Dois na Lona; 1980 – Os Paspalhões em Pinóquio 2000; 1982 – Os Três Palhaços e o Menino. MARINS, CARLA Carla Cristi na Marins nasceu em Campos dos Goitacases, RJ, em 7 de junho de 1968. Estuda teatro em Paris. Estreia na televisão em 1986 na novela Hipertensão. A partir daí, não para mais, consolidando sua carreira na telinha, ao atuar em inúmeras novelas, com destaque para Sexo dos Anjos (1989), Pedra sobre Pedra (1992), A Indomada (1997), Porto dos Milagres (2001), Kubanacan (2003), Bang-Bang (2005) e Pé na Jaca (2007). No cinema, participa de apenas um filme, Anahy de Lãs Misiones, em 1997. Casa-se por duas vezes, com o economista Ulisses Arruda e com o personal trainer Hugo Baltazar, com quem tem um fi lho, Leon (2008). Filmografi a: 1997 – Anahy de las Misiones; 2002 – Liberdade Ainda que Tardinha (CM); 2006 – Deriva (CM); 2008 – Mãe (CM); Subsolo (CM). MARINS, JOSÉ MOJICA Nasceu em São Paulo, SP, em 13 de março de 1936. Nos anos 1940 faz experiências com 9,5 mm em Juízo Final. Filma em 16 mm seus médias e longas mudos: A Mágica do Mágico, Sonhos de Vagabundo, Beijos a Granel e A Voz do Coveiro, exibidos no interior do Estado. Constitui em 1946 a Ibéria Cinematográfi ca. Em 1955 inicia seu primeiro filme em 35mm sonoro, o inacabado Sentença de Deus, e funda a Apolo Cinematográfica. Em 1956 cria uma escola de atores, e, em 1964, monta uma sinagoga, no bairro de Brás, onde faz experiências com atores amadores, usando insetos para medir sua coragem. Seu primeiro filme sonoro completo acontece em 1957, Sina de Aventureiro, um faroeste em Cinemascope. Em 1964 surge o Zé do Caixão, no filme À Meia-Noite Levarei sua Alma, e a partir daí Mojica assume definiti vamente o personagem nos filmes seguintes. Ninguém o leva a sério até seus filmes serem reconhecidos internacionalmente e se tornarem cult, principalmente nos Estados Unidos, onde fi ca conhecido como ‘Coffin Joe’. Na década de 1970/1980, entra na moda do sexo explícito, assinando vários filmes com o pseudônimo de J.Avelar. Na televisão faz Além, Muito Além do Além (1967/1969), na TV Bandeirantes, e Show do Outro Mundo (1981), na TV Record. Em 1988 participa da novela Olho por Olho. Em 1996 retorna com Cine Trash na TV Bandeirantes. Em 1998 é lançada a sua biografia, O Maldito, de autoria de dois pesquisadores do jornal Folha de S.Paulo. Está sempre em atividade, quer dirigindo ou atuando. Em 2008 retorna à direção, de maneira triunfal, com a superprodução A Encarnação do Demônio. Filmografia (ator): 1953/1958 – Éramos Irmãos; 1955 – Sentença de Deus (inacabado); 1957 – Sina de Aventureiro; 1961 – Meu Destino em Tuas Mãos; 1962 À Meia-Noite Levarei sua Alma; 1965 – O Diabo de Vila Velha; 1966 – Esta Noite Encarnarei no teu Cadáver; 1967 – O Mundo Cão de Zé do Caixão (CM); O Estranho Mundo de Zé do Caixão; 1969 – Por Exemplo: Butantã (CM); O Profeta da Fome; O Cangaceiro sem Deus; 1969/1982 – O Despertar da Besta (Ritual dos Sádicos); 1970 – Audácia – A Fúria dos Desejos; Fracasso de um Homem em duas Noites de Núpcias; 1971 – Quando os Deuses Adormecem; Finis Hominis; 1972 – Alfa Midnight (CM); Sexo e Sangue na Trilha do Tesouro; 1974 – Exorcismo Negro; 1974/78 – A Sepultura; 1976 – Mulheres do Sexo Violento; 1977 Delírios de um Anormal; O Vampiro da Cinemateca; Estranha Hospedaria dos Prazeres; Inferno Carnal; 1978 – Abismu; Horror Palace Hotel (MM) (depoimento); A Razão de Ser (CM); O Universo de Mojica Marins (CM) (depoimento); A Deusa de Mármore – Escrava do Diabo; Mundo, Mercado do Sexo (Manchete de Jornal); Perversão (Estupro!); 1980 – A Voz do Brasil (CM); Fogo Fátuo (CM); 1980/2007 – A Praga; 1981 – Chapeuzinho Vermelho – A Gula do Sexo; 1982 O Segredo da Múmia; 1983 – Horas Fatais – Cabeças Cortadas; 1984 – Padre Pedro e a Revolta das Crianças; Quinta Dimensão do Sexo; 1985 – O Filho do Sexo Explícito; 1986 – A Hora do Medo; As Belas da Billings; A História de um Olho (narração) (CM); 1987 – Mais Luz (CM); 48 Horas de Sexo Alucinante; 1989 – Dama de Paus (pseud.: J.Avelar); 1990 – Julio, o Rei dos Vilões; O Gato de Botas Extraterrestre; 1994 – Auto de Leidiana (CM); O Poder da Arte; Demônios e Maravilhas; 1996 – Os Indigentes; 1997 – Babu: A Vingança Maldita; Ed Mort; Homens sem Terra; Contos de Horror; À Meia-Noite com Glauber (CM) (depoimento); 1999 – Tesão 3: Fetiches e Fantasias; 2000 – Tortura Selvagem, a Grade; 2001 – A Filha do Pavor; Dr. Bartolomeu e a Clínica do Sexo; Maldito – O Estranho Mundo de José Mojica Marins; Amor Imortal; 2002 – Samba-Canção; Candeias da Boca pra Fora (CM) (depoimento); A Lasanha Assassina (CM); Dr. Bartolomeu e a Clínica do Sexo – 2; 2003 – Os Viajantes (CM) (animação-voz); Dr. Bartolomeu e a Clínica do Sexo – 3; 2004 – Um Show de Verão; 2005 – A Marca do Terrir; 2006 – Cinco Mentiras (CM); 2007 – Person (depoimento); 2007/2009 – Its Very Nice pra Xuxu; 2008 – O Fim da Picada; Rock Rocket: Doidão (CM); A Capital dos Mortos; Encarnação do Demônio; FilmeFobia; 2010 – Luz nas Trevas – A Revolta de Luz Vermelha. Filmografia (diretor): 1948 – Juízo Final (CM); 1949 – Os Lugares por Onde eu Passei (CM); 1950 – Reino Sangrento (CM); Retrato de Cristo (CM); 1951 – Fantasia Cinematográfica (CM); Feiti çaria (CM); 1952 – Encruzilhada da Perdição (CM); Os Três Leões (inacabado) (CM); 1953 – Almas Condenadas (inacabado) (CM); Entre o Amor e o Vício (inacabado) (CM); A Mágica do Mágico (CM); Pecado é Dívida (inacabado) (CM); Sombra Cadavérica (inacabado) (CM); Sonho de Vagabundo (CM); A Voz do Coveiro (CM); 1954 – Beijos a Granel (CM); De Tudo um Pouco (CM); O que Vem Depois da Morte (CM); 1955 – Uma Aventura Singular (CM); Os Detestáveis (inacabado) (CM); Greve dos Vagabundos (CM); 1955 – Sentença de Deus (inacabado); 1957/1958 – Sina do Aventureiro; 1961 – Meu Destino em tuas Mãos; 1963 – À Meia-Noite Levarei sua Alma; 1965 – O Diabo de Vila Velha; 1967 – Esta Noite Encarnarei no teu Cadáver; 1968 – O Estranho Mundo de Zé do Caixão; Trilogia do Terror (episódio: Pesadelo Macabro); 1969/1982 – O Despertar da Besta (Ritual dos Sádicos); 1971 – Finis Ho-minis; 1972 – Quando os Deuses Adormecem; DGajão Mata para Vingar; Sexo e Sangue na Ilha do Tesouro; 1974 – O Exorcismo Negro; A Virgem e o Machão (pseud.: J.Avelar); 1974/1978 – A Sepultura; 1975 – Fracasso de um Homem nas suas Noites de Núpcias; 1976 – Demônios e Maravilhas (O Diabólico Reino de Zé do Caixão) (CM); A Estranha Hospedaria dos Prazeres; As Mulheres do Sexo Violento; Como Consolar Viúvas (pseud.: J.Avelar); 1977 – Inferno Carnal; 1978 – A Deusa de Mármore – Escrava do Diabo; A Mulher que Põe a Pomba no Ar (pseud.: J.Avelar); Delírios de um Anormal; Mundo, Mercado do Sexo (Manchete de Jornal); Perversão (Estupro!); 1979 – Brincadeira Fatal (CM); É Proibido Caçar Produtores de Cinema: Espécie em Exti nção (CM); Evolução – Homem Versus Máquina: a Luta do Século no Planeta dos Botões (CM); Justi ça, Justiça (CM); Simplesmente Mulher (CM); 1980/2007 – A Praga; A Imigrante (CM); 1984 – A Quinta Dimensão do Sexo; 1985 – 24 Horas de Sexo Explícito (ou Ardente); 1986 – A Hora do Medo; 1987 – Demônios e Maravilhas; 48 Horas de Sexo Alucinante; Dr. Frank na Clínica das Taras (pseud.: J.Avelar); 1994 – O Poder da Arte; 2003 – Fim (CM); 2008 – Encarnação do Demônio. MÁRIO CÉSAR Mário César Garcia nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 2 de junho de 1944. Desde criança gosta de cantar. Sua estreia acontece em 1962, na TV Rio, no programa Hoje é Dia de Rock, de Jair de Taumaturgo. Em 1963 interrompe a carreira para se alistar no Exército, retornando em 1964 na TV Continental, no programa Nós e os Brotos. Em 1965 grava seu primeiro compacto e participa do programa Onda Jovem pela TV Tupi. Toca violão e piano sem difi culdades para acompanhar-se. Estreia no cinema em 1960 no filme Dois Ladrões. A partir de 1985 abandona a carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1960 – Os Dois Ladrões; 1968 – Trama de Sangue (inacabado); 1970 – O Anunciador; 1982 – Punks, Os Filhos da Noite; 1985 – Exercícios Eróti cos. MÁRIO LÚCIO Mário Lúcio Teixeira nasceu em Itabira, MG, em 1949. Na década de 1960 muda-se para São Paulo. Estreia como ator em 1969 no filme A Marca da Ferradura. Paralelamente passa a exercer a função de maquiador em produções da Boca do Lixo paulista. Estreia como diretor em 1983 num dos episódios do filme De Todas as Maneiras. Como ator, participa de mais de uma dezena de fi lmes, destacando-se Pensionato de Mulheres (1975) e Desejo Selvagem (1979). Filmografia (ator): 1969 – A Marca da Ferradura; 1975 – Pensionato de Mulheres; Ainda Agarro esse Machão; A Ilha do Desejo (Paraíso do Sexo); 1976 – Meninas Querem... e os Coroas Podem; Bacalhau (Bacs); 1979 – Desejo Selvagem (Massacre no Pantanal); 1985 – Abre as Pernas Coração. Filmografi a (diretor): 1983 – De Todas as Maneiras (episódio: O Muro das Virgens); 1984 – A Pelada do Sexo. MÁRIO SÉRGIO Nasceu em Santos, SP em 7 de julho de 1929. Em 1950, enquanto se banha despreocupado numa das praias de Santos, é convidado por Alberto Cavalcanti para um teste de câmera, numa luta simulada com Carlos Vergueiro. Aprovado, estreia no cinema como o par de Eliane Lage em Caiçara (1950), primeira produção da lendária Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Em 1951 faz Terra é Sempre Terra, consolidando seu prestígio. Depois, compra um sítio no Paraná e afasta-se por dois anos das telas. Volta, em 1953, a convite de Luciano Salce para trabalhar em Uma Pulga na Balança. Com o fi m da Vera Cruz em 1954, viaja para a Europa e Oriente Médio, compra uma granja e faz corretagem de terras. Ainda participa de alguns filmes, mas abandona o cinema definitivamente em 1958, após parti cipar de Ravina, de Rubem Biáfora, para se dedicar a atividades imobiliárias. Na televisão, participa do programa Alô Doçura e Lever no Espaço (1957). Um dos maiores galãs da Vera Cruz e do cinema brasileiro dos anos 1950 morre em 1981, aos 52 anos de idade, em São Paulo. Filmografia: 1950 – Caiçara; 1951 – Ângela; Terra é Sempre Terra; 1953 – Luz Apagada; Uma Pulga na Balança; 1954 – É Proibido Beijar; 1957 – Senhora (inacabado); 1958 – Estranho Encontro; Ravina. MARION Penha Maria Osório Masseran nasceu em São Paulo, SP, em 8 de setembro de 1924. Aos oito anos de idade participa de programas infantis da Rádio Educadora Paulista. Em 1938 apresenta-se no programa Tia Chiquinha pela Rádio Tupi. O compositor Assis Valente leva-a para cantar na boate Guarujá e em seguida, ao apresentar-se no Rio de Janeiro, é contratada por Jaime Redondo para se apresentar nos cassinos Icaraí, em Niterói, e da Urca, no Rio de Janeiro. Convidada por Moacyr Fenelon estreia no cinema em 1944 no filme Tristezas não Pagam Dívidas. Sucesso, vai para a Rádio Nacional e em seguida para a Argentina, como vedete do Teatro Maipo. Sua primeira música gravada é Doce Veneno. Atua muito em cinema, ao todo são quinze filmes, com destaque para Carnaval no Fogo (1949), Depois Eu Conto (1956) e Garota Enxuta (1959). A partir dos anos 1960, como quase todas as estrelas de sua geração, vê sua carreira declinar e cai no esquecimento. Durante a vida, carrega o estigma de ser imitadora da Carmen Miranda. Foi casada com o empresário Paulo Armando Pereira, com quem teve uma filha, Edna Régia. Desde 2001 morava no Retiro dos Artistas, no Rio de Janeiro. Morre em 18 de maio de 2009, aos 84 anos de idade, no Rio de Janeiro, de falência múltipla de órgãos. Filmografia: 1944 – Tristezas não Pagam Dívidas; 1945 – Não Adianta Chorar; 1946 – Segura esta Mulher; 1947 – Este Mundo é um Pandeiro; 1948 – É com este que eu Vou; 1949 – Carnaval no Fogo; 1950 – Não é Nada Disso; 1952 – É Fogo na Roupa; Barnabé tu És Meu; 1953 – Balança mas não Cai; 1956 – Depois eu Conto; Tira a Mão Daí; 1959 – Quem Roubou meu Samba?; 1975 – Assim Era Atlântida. MARIVAL, LU Lucilia Lima Albuquerque nasceu em São Paulo, SP, em 13 de dezembro de 1913. Faz seus estudos normais no tradicional Colégio Mackenzie. Sua mãe é notável cantora lírica, tendo se apresentado no Scala de Milão. Terminado o colégio, integra grupos teatrais. Mora um ano na Europa, para aperfeiçoar seus estudos e desenvolver-se em outros idiomas. Poliglota, tornase também virtuose no piano. De volta ao Brasil, resolve tentar carreira no Rio de Janeiro. Sua beleza logo é notada, chamando a atenção de Paulo de Magalhães, que a apresenta a Adhemar Gonzaga. É convidada a parti cipar de Ganga Bruta, um clássico do cinema brasileiro, produzido pela Cinédia em 1933. Mesmo tendo feito poucos fi lmes, notabiliza-se como grande atriz. Despede-se das telas em 1943. Morre em 3 de fevereiro de 2000, aos 86 anos de idade. Filmografia: 1933 – Ganga Bruta; A Voz do Carnaval; 1937 – Samba da Vida; 1938 – Bombonzinho; 1943 – O Brasileiro João de Souza. MARIVALDA Marivalda Peçanha Coutinho nasceu em Campos, RJ, em 1941. Começa sua carreira artística com quinze anos de idade, cantando em concursos de rádio, ainda em sua cidade natal, tornando-se garota prodígio. Muda-se para o Rio de Janeiro para estudar e trabalhar no Laboratório Mille Roux. Em 1958 entra para o Teatro de Revista, com Walter Pinto, na peça Tem Bububu no Bobobó, no Teatro Recreio. Estreia no cinema em 1959 no filme Espírito de Porco. Entre outros, parti cipa de Crônica da Cidade Amada (1965) e O Gênio do Sexo (1979). Em 1971 casa-se e abandona a carreira artística por seis anos, retornando em 1977 na peça Grite na Hora Certa no Teatro de Bolso. Filmografia: 1959 – Espírito de Porco; 1963 – O Homem que Roubou a Copa do Mundo; 1965 – Crônica da Cidade Amada (episódio: Iniciada a Peleja); 1966 – 007 ½ no Carnaval; 1967 – Jerry, a Grande Parada; 1976 – Meninas Querem... e os Coroas Podem; 1977 – A Árvore dos Sexos; Elas São do Baralho; Nem as Enfermeiras Escapam; 1979 – Gênio do Sexo. MARLENE Vitória de Marti no Bonaiutti nasceu em São Paulo, SP, em 22 de novembro de 1924. O nome Marlene vem de sua admiração pela atriz Marlene Dietrich. Começa sua carreira profissional na Rádio Tupi de São Paulo, em 1942. No ano seguinte já canta em requintados cassinos do Rio de Janeiro, até que, em 1946, é contratada pela Rádio Mayrink Veiga. Seu primeiro disco é gravado em 1947, com o título Swing do Morro. Enquanto sua arquirrival Emilinha Borba faz o gênero “óti ma esposa e perfeita dona de casa”, Marlene posa para fotógrafos de maiô e canta músicas mais maliciosas. Essas diferenças acirram os ânimos de seus fãs, que, em programas de auditório, dividem a plateia em duas torcidas. A escolha da Rainha do Rádio de 1949 é a mais polêmica, pois as duas disputam e Marlene vence, porém com suspeitas de fraude, até hoje não comprovadas. No cinema, assim como Emilinha, Marlene participa de inúmeras chanchadas, sendo sua estreia em 1938, no filme Noites de Copacabana. Faz também Caídos do Céu (1946) e Quem Roubou meu Samba? (1959), entre outros, mas seu melhor momento acontece em 1951, como protagonista principal no filme Tudo Azul, em que interpreta seu maior sucesso, o samba Lata d’Água. Esse filme foi restaurado nos anos 2000, pelo Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro. Na televisão, participa das novelas Bandeira 2 (1971), O Amor é Nosso (1981), Viver a Vida (1984), Helena (1987) e Chiquinha Gonzaga (1999). Grava mais de 3,6 mil músicas. Com o advento da televisão e dos movimentos jovens da década de 1960, suas aparições e gravações vão ficando esparsas, mas seus sucessos estarão sempre na memória do público brasileiro. Filmografia: 1944 – Corações sem Piloto; 1945 – Pif-Paf; 1946 – Caídos do Céu; 1948 – Esta é Fina; Pra Lá de Boa; 1949 – Caminhos do Sul; 1950 – Um Beijo Roubado (Noites de Copacabana); Loucos por Música; Todos por Um; 1951 – Tudo Azul; 1953 – Balança mas não Cai; 1955 – Adiós Problemas (Argentina); 1958 – O Cantor e o Milionário; 1959 – Quem Roubou meu Samba?; 1967 – Car-naval Barra Limpa; 1969 – Psicose do Laurindo; 1979 – A Volta do Filho Pródigo; 1982 – Profi ssão Mulher. MARLENE FERNANDA Sua carreira começa como bailarina do Teatro Municipal. Devido a essa carreira ser complexa e demorada, resolve tentar a sorte como atriz. Em 1949 recebe convite para uma pequena ponta em Estou Aí! No fi lme seguinte, Dominó Negro, já é a atriz principal, numa produção de Moacyr Fenelon. Mas, faz poucos filmes, direcionando sua carreira para outras atividades. Filmografia: 1949 – Estou Aí!; Dominó Negro; 1950 – Todos por Um; 1951 – O Falso Detetive. MARLEY, MARLY Nasceu em Três Lagoas, MT, em 5 de abril de 1938. Vedete de sucesso nos anos 1950, estreia no cinema em 1962 no filme O Vendedor de Linguiças, ao lado de Mazzaropi, que a convidaria nos anos seguintes para fazer outros filmes. Em 1966 participa da novela O Amor Tem Cara de Mulher, depois Meus Filhos, Minha Vida (1984) e em 2006 no último capítulo de Belíssima, numa comovente homenagem feita às vedetes brasileiras famosas. A partir dos anos 1980 trabalha como jurada de programas de auditório, estando há muitos anos participando do Programa Raul Gil. Está casada há mais de 40 anos com o humorista Ary Toledo. Filmografia: 1962 – O Vendedor de Linguiças; 1963 – Casinha Pequenina; O Puritano da Rua Augusta; 1964 – Convite ao Pecado (Brasil/Alemanha); 2002 – Mazzaropi, o Cineasta das Plateias (depoimento); 2007 – Chega de Saudade. MARMO, ERIK Erik Marmo de Moraes nasceu em Niterói, RJ, em 24 de junho de 1976. Adolescente, deixa a faculdade de Publicidade contra a vontade dos pais para ser modelo. Começa sua carreira na televisão no seriado Malhação (2001), mas brilha mesmo em 2003, na novela Mulheres Apaixonadas, ao fazer par romântico com Carolina Dieckman, o que vale aos dois o Prêmio Conti go de melhor par romântico do ano. Depois parti cipa de Um só Coração (2004), Começar de Novo (2005), Alma Gêmea (2005) e Sete Pecados (2008), como o anjo Gabriel, e Casos e Acasos (2009). Estreia no cinema em 2005 no filme Mais uma Vez Amor. Filmografia: 2005 – Mais uma Vez Amor; 2009 – Flordelis – Basta uma Palavra para Mudar. MARONE, SÉRGIO Sérgio Passarella Marone nasceu em São Paulo, SP, em 4 de fevereiro de 1981. Na escola, ainda como amador, parti cipa de sua primeira peça A Comédia dos Erros, de Dante Alighieri. Entra para a Faculdade de Direito para agradar ao pai, mas abandona no primeiro ano e começa a trabalhar como modelo para custear seu curso de teatro. Inicia carreira profissional em 2001, na televisão, na novela Estrela-Guia, como Santiago. No teatro, parti cipa das peças Os Segredos que só os Homens Têm, 2003, O Santo Parto, 2004, Escravas do Amor, 2006, e Farsa, 2008. Estreia no cinema em 2005 no filme O Dono do Mar. Na televisão vai consolidando sua carreira em O Clone (2001), Como uma Onda (2005), Sítio do Pica-Pau Amarelo (2006), Cobras & Lagartos (2006), Paraíso Tropical (2007), Casos e Acasos (2008) e Caras e Bocas (2009). Filmografia: 2005 – O Dono do Mar; 2006 – Sonhos e Desejos; 2009 – Flordelis – Basta uma Palavra para Mudar. MARQUES, CELSO Celso Marques Figueira nasceu em Barra do Piraí, RJ, em 18 de setembro de 1942. Entra para a faculdade de Educação Física, mas não conclui o curso para se dedicar a carreira de ator. No teatro, atua em revistas e peças românti cas. Em 1967 estreia na televisão na novela A Rainha Louca. Com a carreira em ascensão, atua em O Santo Mestiço (1968) e A Gata de Vison (1968), no papel de Comprido, o vilão da trama, mas não consegue concluir a novela, pois morre tragicamente em 16 de setembro de 1968, aos 25 anos de idade, no Rio de Janeiro, de acidente automobilísti co. Filmografia: 1964 – Sangue na Madrugada. MARQUES, EZEQUIAS Nasceu em Passos, MG, em 20 de março de 1922. Seu pai, também Ezequia s, era comerciante respeitado na cidade. Aos dez anos de idade canta pela primeira vez e torna-se sucesso em sua terra natal. Nessa época quase foge com a companhia de circo, tamanho seu fascínio pelo picadeiro. Em Belo Horizonte, estuda no Colégio Arnaldo, onde faz teatro e canto, sendo conhecido como o tenorinho do colégio. Adulto, começa a atuar em teatro e cantar na Rádio Mineira. Para ajudar no orçamento, entra para o Banco da Lavoura. Sua primeira peça como profi ssional é As Árvores Morrem de Pé – direção de Dulcina de Morais, depois O Avarento, dirigido por João Ceschiatti, O Bravo Soldado Schweik, Baal (na qual faz sete papéis), A Secreta Obscenidade de Cada Dia, Guerras do Alecrim e da Manjerona, etc., somando, ao longo de sua carreira de mais de setenta anos, mais de cinquenta peças teatrais. Estreia no cinema em 1970 no filme Crioulo Doido e logo depois Bang Bang, de Andréa Tonacci, desempenhando papel primoroso como o gangster cego. Foi o único ator mineiro que, na década de 1950, a convite da atriz Dulcina de Morais, pertenceu ao Teatro Nacional de Comédia, no Rio de Janeiro. Participou ainda das primeiras filmagens ao vivo de teleteatro da Tupi. Sobre sua paixão, Ezequias comentou: O teatro é uma escola insubstituível sobre a vida humana. De mãos dadas nós abraçaremos o mundo. Vá ao teatro, não perca o teatro e leia teatro – parte do depoimento de Ezequias Marques, extraído do site Palco – BH, Internet, em 2004. Sobre o ator foi escrito no livro Isso é Teatro: Versátil, atravessou, da década de trinta até a virada do século atuando em vários gêneros – da comédia ao Vaudeville, valendo-se de várias linguagens – dramatúrgica, canto lírico, sapateado e várias mídias – rádio, TV, teatro, cinema e vídeo; um premiado ator que desdobrou seu talento em todas as interfaces da contemporaneidade. Filmografia: 1970 – Crioulo Doido; 1971 – Bang-Bang; 1975 – A Mulher do Desejo; 1978 – O Bandido Antonio Dó; 1981 – A Quem Possa Interessar (CM); 1985 – A Dança dos Bonecos; 1995 – Menino Maluquinho; 1996 – Ex Mágico da Taberna Minhota (CM), 1998 – Bom-Dia Senhoras (CM); 1998 – Amor e Cia.; 2006 – Isso é Teatro; 2008 – Terra (CM). MARQUES, GILBERTO Nasceu na Argenti na. Radicado no Brasil a partir dos anos 1940, inicia sua carreira como técnico de cinema depois maquiador e, finalmente, ator. Em 1960 estreia como ator, no filme A Morte Comanda o Cangaço e como maquiador em Bahia de Todos os Santos. Ao todo, como técnico e ator, participa de 70 filmes, destacando-se O Pagador de Promessas (1962) e Jerônimo, o Herói do Sertão (1972). Em 1961, participa, como ator, da série O Vigilante Rodoviário, no episódio O Garimpo. É competente maquiador, sendo, durante muitos anos, sempre requisitado. Por absoluta falta de trabalho e outros motivos até hoje desconhecidos, suicida-se na Escola Deodoro da Fonseca no Rio de Janeiro, em outubro de 1981, pouco depois de trabalhar como maquiador em seu último filme, O Fruto do Amor. Em 1986 Ivan Cardoso homenageia-o no curta A História de um Olho. Filmografia: 1960 – A Morte Comanda o Cangaço; 1961 – Bahia de Todos os Santos; O Garimpo (episódio da dérie Vigilante Rodoviário); 1962 – O Pagador de Promessas; 1963 – Seara Vermelha; 1964 – Mulher Satânica (Der Satan Mit Den Roten Haaren) (Brasil/Alemanha); 1965 – Grande Sertão; 1967 – Cangaceiros de Lampião; 1968 – Maria Bonita, Rainha do Cangaço; 1969 – O Mistério do Taurus 38 (episódio: O Garimpo); 1972 – Jerônimo, o Herói do Sertão; 1973 – Guru das sete Cidades; 1976 – O Pistoleiro; Possuídas pelo Pecado; 1977 – Um Brasileiro Chamado Rosaflor; 1979 – Quanto mais Pelada Melhor; 1986 – A História de um Olho (CM). MARQUEZINE, BRUNA Bruna Reis Maia nasceu em Duque de Caxias, RJ, em 5 de agosto de 1995. O sobrenome artístico vem da avó materna, Juanina Marquezina. Muito pequena, demonstra inclinação para a vida artística ao fazer teatrinhos para a família. Em 2000, estreia na televisão no programa Gente Inocente. Em 2002 participa de do programa Xuxa só Para Baixinhos. Sua primeira novela é Mulheres Apaixonadas (2003), como Salete, pelo qual ganha o prêmio de melhor atriz infantil no VI Prêmio Conti go. Seguem-se América (2005), como a Flor, Cobras & Lagartos (2006), como Lurdinha, Desejo Proibido, como Maria Augusta, e Negócio da China (2009), como Flor de Lys. Estreia no cinema em 2003 no filme Xuxa Abracadabra. Participa também, em 2004, das séries A Diarista e Sítio do Pica Pau Amarelo. Com talento precoce, vem se firmando como talentosa atriz brasileira. Filmografi a: 2003 – Xuxa Abracadabra; 2004 – Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida; 2005 – Mais uma vez o Amor; 2009 – Flordelis – Basta uma Palavra para Mudar; 2009 – Xuxa e o Mistério de Feiurinha. MARRUDA, RONNIE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1954. Filho da doméstica Sebastiana, Ronnie foi abandonado pelo pai aos dois anos de idade e cresceu acompanhando a mãe na função de doméstica em inúmeras residências, sofrendo privações e preconceitos por ser negro. Começa a trabalhar como escriturário do exti nto Banco Nacional aos dezoito anos de idade. Cursa até o quinto período da faculdade de Licenciatura em Desenho e Plástica. Depois foi designer de agências de publicidade e fazia bicos como modelo, locutor e cantor. Inicia sua carreira artística como músico de Axé, tendo sido inclusive vocalista da banda Bel, em substi tuição a Tony Garrido. Como ator, em 1989 faz sua primeira peça, Loja dos Horrores, com direção de Wolf Maya. Atua também no Teatro Brasileiro 2, de José Antonio Martinez. Ator, cantor e bailarino com longa experiência, Ronnie Marruda tem no seu currículo musicais como A Pequena Loja de Horrores, Rent, Porgy and Bess e A Ópera do Malandro, etc. Já foi dirigido por Hamir Hadad, Wolf Maia, Gilberto Gawronsky, Charles Möeller e Cláudio Botelho, entre outros. Em 1995 participa de sua primeira novela, Tocaia Grande, seguindo-se a minissérie Os Maias (2001) e finalmente a novela Senhora do Destino (2004), na qual interpreta o vilão presidiário Cigano, ficando conhecido em todo o Brasil. Contratado pela TV Bandeirantes, participa da novela Paixões Proibidas (2007) e pela TV Record, Caminhos do Coração (2007). Filmografia: 1984 – Quilombo; 1986 – Um Trem para as Estrelas; 1994 – Dente por Dente (CM); 2003 – Garrincha, a Alegria do Povo; 2004 – A Cartomante; Relâmpago II (CM); 2006 – Namibia, Brasil (CM) (Brasil/EUA); Carnaval Blues (Brasil/EUA). MARTELLI, MÔNICA Mônica Garcia Assis nasceu em Macaé, RJ, em 17 de maio de 1968. Atriz, jornalista e dramaturga. Com dez anos vai morar no Rio de Janeiro. Gradua-se em Jornalismo. Depois estuda na Casa das Artes Laranjeiras e faz curso de maquiadora, chegando a exercer a profissão por algum tempo. Mora em San Francisco, Los Angeles e Nova York. Em 1997 tem sua primeira chance na televisão, na novela Por Amor, como Paula Medeiros. Depois faz sucesso em Pé na Jaca (2006), Beleza Pura (2008) e Casos e Acasos (2009). Em 2005 escreve e atua na peça: Os Homens São de Marte.. É pra Lá que eu Vou, sob a direção do argenti no Victor Garcia Peralta. Estreia no cinema em 2006 no filme Trair e Coçar é Só Começar. Foi casada por seis anos com Lívio. Está casada com o produtor musical americano Jerry Marques desde 2002, com quem tem uma fi lha, Julia. Fiomografia: 2006 – Trair e Coçar é Só Começar; 2007 – Só por Hoje; 2008 – Alucinados (Sequestro Relâmpago). MARTIM FRANCISCO Nasceu em Brasópolis, MG, em 1924. Na escola, parti cipa dos teatrinhos, promoções e festas. Adolescente, vai para o Rio de Janeiro estudar Odontologia, mas não consegue concluir o curso, retornando à sua cidade. Em Itajubá, cidade vizinha, monta laboratório de próteses dentárias. Com a implantação da primeira rádio na sua cidade, torna-se locutor, ali fi cando por vários anos. Em 1954 resolve abraçar de vez a carreira e retorna ao Rio de Janeiro, conseguindo entrar na Rádio Tamoyo como ator. O diretor da emissora era Péricles do Amaral, que o leva para a TV Tupi, na qual passa a fazer pequenos papéis em programas humorísticos. Transfere-se para a TV Rio, TV Excelsior e finalmente TV Globo, onde faz história, em programas como Faça Humor não Faça Guerra (1970/1973), Chico City (1973), Sati ricom (1973), Planeta dos Homens (1976), etc. Parti cipa de duas novelas A Família Boaventura (1956) e A Patota (1972). Nos anos 1980 fica nacionalmente conhecido como Padilha, com o famoso jargão Vai Pra Casa Padilha!! Estreia no cinema em 1957 no filme Maluco por Mulher, em que desenvolve sólida carreira, principalmente em papéis cômicos como em Eu Sou o Tal (1960), A Ilha dos Paqueras (1970) e As Taradas Atacam (1978). Morre no Rio de Janeiro, RJ, em 1989, de câncer, aos 65 anos de idade. Filmografia: 1955 – Rio, 40 Graus (não creditado); 1957 – Maluco por Mulher; 1959 – Quem Roubou meu Samba?; 1960 – Eu Sou o Tal; Sai Dessa, Recruta; 1968 – Chegou a Hora, Camarada!; 1970 – A Ilha dos Paqueras; 1972 – O Grande Gozador; 1973 – A Filha de Madame Betina; O Supercareta; 1974 – Mais ou Menos Virgem; Ainda Agarro esta Vizinha; 1975 – As Alegres Vigaristas; Com as Calças na Mão; Um Soutien para o Papai; Secas e Molhadas; 1976 – Sete Mulheres para um Homem Só; As Aventuras de um Deteti ve Português; Luz, Cama e Ação; 1977 – Empregada para Todo o Serviço; As Eróti cas Profissionais; Roberval Taylor (inacabado); Pedro Bó, o Caçador de Cangaceiros – O Erótico Virgem; Manicures a Domicílio; O Amante de Minha Mulher; As Taradas Atacam; 1978 – O Homem de Seis Milhões de Cruzeiros contra as Panteras; 1979 Bonitas e Gostosas; 1980 – O Gigante da América; Sinal Vermelho (CM); 1985 Brás Cubas. MARTINELLI, JORDANO Nasceu em Porto Alegre, RS, em 1912. Aos oito anos de idade já treina cães fox para circos. Adulto, vira caminhoneiro e adestra um cão pastor alemão com o nome Duque para tomar conta da carga. Em 1950, toda a equipe de filmagem da Vera Cruz está no Sul fazendo tomadas externas para Terra é Sempre Terra, quando conhecem Jordano e Duque; gostam tanto do cachorro que o contratam, com seu dono. Duque é estrela ao lado de Mazzaropi no filme Sai da Frente, como o cão Coroné e Jordano faz pequenas pontas em vários filmes da companhia. Jordano acaba radicandose em São Bernardo do Campo, compra uma chácara e monta uma escola para cães, em 1955, quando se desliga da Vera Cruz. Na década de 1970, arremata parte do acervo do estúdio e monta um museu em sua casa, mas o que ele quer mesmo é que a prefeitura compre o acervo e faça um Museu Municipal, o que nunca aconteceu. Figura folclórica em São Bernardo, obeso e com cabelos e barbas brancas longas, vai aos jornais e ameaça incinerar todo o acervo se não fosse atendido pela prefeitura. Morre em 1990, aos 78 anos de idade, sem realizar seu sonho. Após sua morte, o acervo retorna aos anti gos estúdios, mas por falta de recursos e incentivos, acaba se perdendo. Filmografia: 1951 – Ângela; 1952 – Tico-Tico no Fubá; Sai da Frente; Appassionata; 1953 – Nadando em Dinheiro; Sinhá Moça; 1954 – Candinho; 1955 – A Carrocinha; 1957 – Osso, Amor e Papagaios; 1959 – Na Garganta do Diabo; 1962 – A Ilha. MARTINELLI, MARILU Maria Luiza Alves Martinelli nasceu em Recife, PE, em 22 de março de 1946. Atriz, jornalista, apresentadora de TV e escritora. Inicia sua carreira artística em 1969, na novela João Juca Jr. e logo chama a atenção por sua inteligência e beleza. Em 1970 faz seu primeiro filme, Beto Rockfeller, ao lado de Luiz Gustavo e Plínio Marcos. Nos anos 1970 tem papel de destaque também como jurada do programa Flávio Cavalcanti. Atua nas novelas As Bruxas (1970), Simplesmente Maria (1970), Toninho on the Rocks (1971), Hospital (1971) e João Brasileiro, o Bom Baiano (1978). Após o falecimento de sua mãe, deixa a carreira artística para cuidar do laboratório farmacêutico da família, tornandose empresária. Lança os livros Conversando sobre Educação em Valores Humanos, De Marilu para seu Grande Mestre, Aulas de Transformação e Ética, Valores Humanos e Transformação, além do CD O Despertar da Deusa – O Reencontro com Deus Mãe. Atualmente Marilu Martinelli é responsável por cursos de mitologia e escrituras sagradas, mantras e cantos devocionais das diferentes tradições espirituais. Realiza conferências sobre Educação em Valores Humanos no Brasil e no Exterior. Filmografia: 1970 – Beto Rockfeller; 1972 – A Infidelidade ao Alcance de Todos (episódio: A Tuba); 1975 – Efigênia Dá Tudo que Tem. MARTINEZ, ANGELITA Nasceu em São Paulo, SP, em 17 de maio de 1931. Filha do jogador Bartô Guarani, que fez sucesso no Clube Paulistano, começa sua carreira artísti ca na década de 1950, no Teatro de Revista. Entre tantos prêmios que recebe, destaca-se o de Rainha das Vedetes, em 1958. Estreia no cinema em 1960 no filme Pequeno por Fora. Faz poucos filmes, dedicando-se mais à carreira de cantora e bailarina. Morre em 13 de janeiro de 1980, aos 48 anos de idade, vítima de leucemia, em São Paulo. Filmografia: 1960 – Pequeno por Fora; 1966 – 007 ½ no Carnaval. MARTINEZ, HEITOR Heitor Martinez Mello nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20 de agosto de 1968. Aos 17 anos resolve cursar Jornalismo na Universidade do Rio de Janeiro. Caladão e tímido, resolve fazer aulas de expressão corporal e descobre ai seu talento para ser ator. Resolve estudar na CAL – Casa de Artes de Laranjeiras e logo faz seu debut na peça O Retrato de Dorian Gray, depois Desejo e Flor de Obsessão e Volúpia. Em 1995 estreia na televisão, na minissérie Decadência e em 1996 no cinema, no filme Tieta do Agreste, de Cacá Diegues. Na TV Globo, parti cipa de Suave Veneno (1999), Uga Uga (2000), A Casa das Sete Mulheres (2003) e Senhora do Destino. Em 2005 é contratado pela TV Record e atua nas novelas Prova de Amor (2006), Vidas Opostas (2007), Amor e Intriga (2007) e A Lei e o Crime (2009). Em 2004/2005 parti cipa de Uma Estória para Calibã, que recebe o prêmio de melhor peça infantil do ano. Foi casado com a atriz Ana Markun, com quem teve as gêmeas Alice e Helena, em 2002. Filmografia: 1996 – Tieta do Agreste; 1998 – Como ser Solteiro; 1999 – Tiradentes; Tempo Real (CM); 2005 – Mais uma Vez o Amor; 2007 – Cleópatra. MARTINHO DA VILA Martinho José Ferreira nasceu em Duas Barras, RJ, em 12 de fevereiro de 1938. Seu primeiro disco é gravado em 1965, mas a carreira militar o impede de se dedicar integralmente ao samba, o que só acontece em 1971, quando dá baixa como sargento Ferreira. Em 1968 grava O Pequeno Burguês e estoura nas paradas de todo o Brasil. Estreia no cinema em 1970, no filme Pais Quadrados, Filhos Avançados. Depois de um período de relativo ostracismo, volta ao topo da carreira, com o disco Tá Delícia, tá Gostoso, em 1996, que vende mais de 1 milhão de cópias. Casado quatro vezes, tem oito fi lhos. Com Anália Mendonça, com quem teve três fi lhos, Martinho, Analimar e Martnália; depois Ruça, com quem teve dois filhos, Tunico Ferreira e Juliana; depois Rita, com quem teve uma filha, Rita, e desde 1993 está casado com Clediomar, com quem tem dois filhos, Preto e Alegria. Filmografia: 1970 – Pais Quadrados, Filhos Avançados; 1971 – O Homem das Estrelas (Le Maítre du Temps) (França/Brasil); 1973 – A Hora e a Vez do Samba; Parti do Alto (CM); 1977 – Martinho da Vila 77 (CM); 1982 – Fala, Mangueira! (MM); 2002 – Língua – Vidas em Português; 2007 – That Samba Thing (EUA); 2008 – Palavra (En) Cantada; 2009 – Um Homem de Moral; O Pequeno Burguês – Filosofia de Vida (depoimento). MARTINHO, GILBERTO Nasceu em Araranguá, SC, em 14 de janeiro de 1927. Com quinze anos de idade muda-se para o Rio de Janeiro, foi engraxate e vende balas para sobreviver. Inicia os estudos de arte dramáti ca, no Teatro do Estudante. A convite de Henriette Morineau, integra o grupo Os Artistas Unidos. Brilha em seguida nas companhias de Bibi Ferreira, Marlene/Luiz Delfino e a equipe de Graça Mello. Em 1951 tem sua primeira oportunidade no cinema no filme Maria da Praia, sendo apontado como a revelação do ano, ganhando o prêmio da ABCC. Passa a ser bastante requisitado para outros trabalhos no cinema, chegando a fazer muitos outros fi lmes como Fuzileiro do Amor (1956) e O Adorável Trapalhão (1967). Paralelamente atua também com destaque na televisão, principalmente no papel de Falcão Negro, super-herói brasileiro de muito sucesso em 1957, ao lado de Haydeé Miranda. Sua primeira novela na TV Globo foi Sangue e Areia, em 1967. Em 1970, ganha notoriedade nacional ao interpretar o poderoso coronel Pedro Barros na novela Irmãos Coragem. Seguem-se Selva de Pedra (1972), Pecado Capital (1975), Escrava Isaura (1976), Chega Mais (1980), Baila Comigo (1981), Roda de Fogo (1985). Foi também o coronel Ricardo Amaral na minissérie O Tempo e o Vento, considerado por ele mesmo como sua melhor interpretação. Seu último trabalho na televisão foi no programa Você Decide, de 1996, no episódio: Francisco. Nos anos 1990 suas aparições se tornaram esporádicas. Casado com Maria Lucinda, de 1967 a 2001, ti nha três filhos e três netos. Morre em 19 de agosto de 2001, víti ma de câncer pulmonar, aos 74 anos, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1951 – Maria da Praia; 1954 – Rua sem Sol; Alvorada de Glória (inacabado); Conchita Und Der Ingenieur (Alemanha/Brasil); 1955 – O Diamante; O Grande Pintor; Mãos Sangrentas (Manos Sangrientas) (Brasil/Argentina); Paixão nas Selvas (Conchita Und Der Ingenieur) (Alemanha/Brasil); O Rei do Movimento; 1956 – O Feijão é Nosso; Fuzileiro do Amor; 1957 – O Negócio Foi Assim; Tudo é Música; 1958 – Contrabando; 1967 – Adorável Trapalhão; 1976 – O Pistoleiro. MARTINI, JANDIRA Jandira Lúcia Lália Martini nasceu em Santos, SP, em 10 de julho de 1945. Em 1967 forma-se em Letras, pela Universidade Católica de Santos. Em São Paulo, entra para o EAD – Escola de Arte Dramática. Estreia como atriz no teatro, na peça Medeia, de Eurípedes, com direção de Silnei Siqueira. No início, dedica-se quase que totalmente ao teatro, e participa de dezenas de peças, com destaque para A Longa Noite de Cristal (1970), de Vianinha, Mais Quero Asno que me Carregue que Cavalo que me Derrube (1973), uma adaptação de Carlos Alberto Soff redini, Bodas de Papel (1978), Com a Pulga Atrás da Orelha (1984), Porca Miséria (1993), Os Reis do Improviso (1996), etc. Em 1974, com alguns colegas, funda a organização Royal Bexigas Company. A parti r de 1981 inicia carreira vitoriosa de autora, em parceria com Marcos Caruso, com Sua Excelência, o Candidato e Os Reis do Improviso. Em 1977 estreia no cinema no filme Será que ela Aguenta?, comédia erótica paulista dirigida por Roberto Mauro. Faz pouco cinema, mas tem uma óti ma participação em 2004, no filme Olga, como Sarah. Estreia na televisão em 1983, na Bandeirantes, na novela Braço de Ferro. Alterna-se entre Globo, Manchete e SBT, em papéis coadjuvantes mas importantes como a Rebeca de Sangue do meu Sangue (1995), a Zoraide de O Clone (2001) e a Puja de Caminho das Índias (2009). É uma grande profissional brasileira. Filmografia: 1977 – Será que ela Aguenta?; 1990 – Uma Escola Atrapalhada; 2004 – Olga. MARTINS, ALTAMIRO Estreia no cinema em 1953 no filme Fatalidade. Na televisão, atua em duas novelas, Rei do Gado (1996) e Esperança (2002). Foi casado com a atriz Vera Nunes por 50 anos, com quem teve dois filhos. Morre em 2 de janeiro de 2005. Filmografia: 1953 – Fatalidade; 1965 – São Paulo S/A; 1972 – O Jeca e o Bode; 2004 – Nina. MARTINS, CHICO Francisco Martins de Souza nasceu em Machado, MG, em 27 de maio de 1924. Fundador do Teatro Oficina, em 1961, ao lado de José Celso Martinez Corrêa. O ator conheceu sua mulher, a também atriz Etty Fraser, no Oficina. Segundo o diretor Zé Celso Martinez Corrêa disse em 2001, na festa dos 40 anos do teatro, eles se conheceram, transaram e casaram no Oficina. No Teatro Oficina, Chico Martins trabalhou com grandes diretores, além de Zé Celso. Entre eles, Antunes Filho, Augusto Boal e Eduardo Tolentino. No início de sua carreira no Oficina, Chico Martins fez peças como I Feira Paulista de Opinião, A Vida Impressa em Dólar e Pequenos Burgueses. O último trabalho de Marti ns no palco foi A Importância de ser Fiel, de Oscar Wilde, peça em que atuou ao lado de sua mulher. Outros espetáculos recentes foram O Telescópio, Ivanov e A Megera Domada, todos com o grupo Tapa. Embora tenha sido um ator essencialmente teatral, Chico fez também cinema e televisão. Atuou, entre outras, nas novelas Nino, o Italianinho (1969), sua estreia, Toninho on The Rocks (1970), Rosa dos Ventos (1973), Meu Rico Português (1975), todas pela TV Tupi, e Olhai os Lírios do Campo (1980), pela TV Globo. No cinema, fez sua estreia em 1968 no filme Panca de Valente, de Luiz Sérgio Person. Em 1989 participa da minissérie O Cometa, sua última aparição na telinha. Foi casado com a atriz Ett y Fraser de 1962 até sua morte, em 23 de abril de 2003, de insuficiência respiratória, aos 78 anos de idade, em São Paulo. Filmografi a: 1968 – Panca de Valente; 1970 – Os Discos Voadores Estão entre Nós; 1972 – Jogo de Vida e da Morte; O Mártir da Independência; Senhora; 1979 – Os Imorais; 1980 – Ato de Violência; 1982 – Sexo, sua Única Arma; Retrato Falado de uma Mulher sem Pudor; 1983 – Dora Doralina; 2002 – Morte (CM); 2004 – Zé Amaro, Irineu (CM). MARTINS, ELIANE Começa sua carreira como modelo de publicidade, fazendo comerciais de televisão, destacando-se o do Cartão de Crédito Nacional, cantando e dançando. Estreia no cinema em 1974 no filme O Comprador de Fazendas. Faz poucos filmes, não dando sequência à sua carreira no cinema. Filmografia: 1974 – O Comprador de Fazendas; 1975 – O Trapalhão na Ilha do Tesouro; 1976 – E...as Pílulas Falharam; 1977 – Pedro Bó, o Caçador de Cangaceiros; 1982 – Ao Sul do meu Corpo. MARTINS, EURICO Nasceu em São Paulo. Dedica-se quase que integralmente ao teatro, principalmente na peça Sua Excelência, o Candidato, de Marcos Caruso, que fica em cartaz mais de um ano. No cinema, faz apenas dois filmes, A Hora da Estrela (1985), sua estreia, e Sua Excelência, o Candidato (1992), adaptação para o cinema, em que recebe o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante no XXIV Festi val de Cinema de Brasília. Por sua atuação na peça O Gato Malhado e Andorinha Sinhá, de 1983, recebe o troféu Mambembe de melhor ator. Em 1990 recebe o prêmio APETESP de melhor ator pela peça infantil Palhaçadas. Depois atua em Tudo no Escuro. Não chega a fazer televisão. Uma grande e promissora carreira, muito premiada, mas brutalmente interrompida, pois morre em 1996, de complicações oriundas do vírus da AIDS. Filmografia: 1985 – A Hora da Estrela; 1992 – Sua Excelência, o Candidato. MARTINS, FELIPE Luiz Felipe Barros Martins Rodrigues nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de novembro de 1960. Começa sua carreira na televisão no programa Chico Anysio Show, em 1982. Em 1985 faz sua primeira novela, De Quina pra Lua e no mesmo ano estreia no cinema no filme Além da Paixão. Segue regular carreira na televisão, ao participar, entre outras de novelas e minisséries como Anos Dourados (1986), Lua Cheia de Amor (1990), Quatro por Quatro (1995), Pícara Sonhadora (2001), Floribella (2005) e Vidas Opostas (2007). Retorna ao cinema em 2008 para parti cipar do filme Meu Nome não é Johny. Filmografia: 1985 – Além da Paixão; A Espera, Um Passatempo do Amor (CM); 1988 – Banana Split; 1997 – For All, o Trampolim da Vitória; 2004 – RGB: Red-GreenBlue (Croácia); 2008 – Meu Nome não é Johny. MARTINS, HENRIQUE Hanez Schlesinger nasceu em Berlim, Alemanha, em 23 de agosto de 1933. Inicia sua carreira na televisão em 1953 no especial Os Anjos não Têm Cor. Parti cipa ativamente dos movimentos TV Teatro, TV Comédia e TV de Vanguarda. Depois consti tui sólida carreira como ator, em novelas como O Direito de Nascer (1964), O Sheik de Agadir (1966), Simplesmente Maria (1970), Mulheres de Areia (1973) e O Direito de Nascer (1978). Contratado pela TV Globo em 1983, estreia em Pão, Pão, Beijo, Beijo e Transas e Caretas (1984). Paralelamente à carreira de ator, começa a dirigir com igual competência, sendo sua estreia em Quem Casa com Maria?, em 1964. E não para mais, estando sob sua batuta pérolas da dramaturgia brasileira como Eu Compro essa Mulher (1966), Ídolo de Pano (1974), Os Imigrantes (1981), Escrava Anastácia (1990), Éramos Seis (1994), Meu Pé de Laranja Lima (1998), Mirasol (2002), Os Ricos Também Choram (2005) e Amigas e Rivais (2007), quase sempre pelo SBT. Sua carreira de diretor se desenvolve praticamente à margem da TV Globo. No cinema, estreia em 1956 no filme O Sobrado, de Walter George Durst, que aproveita o cast da TV Tupi. Com carreira constante e invejável, quer como ator ou diretor, é um grande nome da televisão brasileira, talvez pouco reconhecido. Filmografia: 1956 – O Sobrado; 1957 – Casei-me com um Xavante; 1967 – A Lei do Cão; Opinião Pública (depoimento); 1979 – E Agora José?; 1980 – O Império das Taras. MARTINS, HERIVELTO Herivelto de Oliveira Martins nasceu em Vassouras, RJ, em 30 de janeiro de 1912. Compositor e cantor, forma o famoso Trio de Ouro, com a então esposa Dalva de Oliveira e Nilo Chagas. Depois de várias formações, o trio termina no início dos anos 1950 e Herivelto passa a cantar sozinho e a compor para outros intérpretes. É autor de mais de 400 músicas, muitas delas sucessos como Praça Onze, Ave Maria no Morro e Cabelos Brancos. Estreia no cinema em 1940 no filme E o Circo Chegou. Participa de outros mais como Samba em Berlim (1943) e Aguenta Firme, Isidoro (1951), quase sempre com o seu Trio de Ouro, em suas diversas formações. Foi casado com a cantora Dalva de Oliveira de 1936 a 1950, com quem teve dois filhos, entre eles o cantor Pery Ribeiro. Morre em 17 de setembro de 1992, no Rio de Janeiro, aos 80 anos de idade. Em janeiro de 2010 a TV Globo exibe a minissérie Dalva & Herivelto, que conta a tumultuada relação do casal. Filmografia (como Herivelto Martins): 1939 – O Nego Está Sambando (CM); 1940 – E o Circo Chegou; Cisne Branco; 1941 – Entra na Farra; 1942 – Its All True (inacabado); 1958 – Vou Te Contá; 1987 – Memória Viva (depoimento); 1997 – Tudo é Brasil. Filmografi a (com o Trio de Ouro): 1943 – Samba em Berlim (com Dalva de Oliveira); 1944 – Berlim da Batucada (com Dalva de Oliveira); 1945 – Pif-Paf (com Dalva de Oliveira); 1946 – Caídos do Céu (com Dalva de Oliveira); 1948 – Esta é Fina (com Dalva de Oliveira); Fogo na Canjica (com Dalva de Oliveira); 1950 – Aguenta Firme, Isidoro (com Noemi Cavalcanti ); 1952 – Está Com Tudo (com Lurdinha Bitt encourt); 1953 – Com a Mão na Massa (com Lurdinha Bitten-court); 1955 – Guerra ao Samba (com Lurdinha Bitt encourt); 1956 – Samba na Vila (com Lurdinha Bitt encourt); 1957 – Com A Mão na Massa (com Lurdinha Bitt encourt); Um Pirata do Outro Mundo (com Noemi Cavalcanti); O Samba na Vila (com Lurdinha Bitt encourt); 1958 – É de Chuá (com Lurdinha Bitt encourt). MARTINS, NELCY Nasceu em Barretos, SP. Com dois anos de idade muda-se com a família para São Paulo, onde realiza seus estudos normais, formando-se professora primária, profissão que nunca exerce. Estuda inglês e balé, no Teatro Municipal, com a professora Marilena Ansaldi. Começa sua carreira artística na televisão, levada por Geraldo Vietri, fazendo pequenas parti cipações nos programas TV de Vanguarda, TV de Comédia e Não Durma no Ponto, ao lado de Manoel de Nóbrega, na TV Paulista. Na TV Excelsior, participa por dois anos do humorístico Show Riso, dirigido por Paulo Celestino. Em 1963 estreia no cinema no filme O Cabeleira, seguindo-se O Anjo Loiro (1973) e Caçadas Eróti cas (1983). Com fortes aptidões para o canto, forma uma dupla com a irmã, que se chama Kitty e Ketty, chegando até a gravar um disco. Filmografia: 1963 – O Cabeleira; 1963/1969 – Fugiti vos da Noite (El Campeon de la Muerte) (México/Brasil); 1967 – Vidas Nuas; 1973 – Anjo Loiro; Maria... Sempre Maria; 1974 – Travessuras de Pedro Malazartes; 1976 – Sete Mulheres para um Homem Só; 1981 – A Casa de Irene; 1982 – Perdida em Sodoma; 1983 – O Círculo do Prazer; Caçadas Eróti cas. MARTINS, NELLY Nelly Biato nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de agosto de 1936. Jovem, mora com a madrinha, estuda no colégio de manhã e piano à tarde. Tímida e recatada, quase não sai de casa, pois sua madrinha não a deixa sair sozinha. Em 1952, quando cursa o sétimo ano de piano, com incentivo do professor, parti cipa de um concurso na televisão e vence a disputa, ganhando um belo prêmio que estava acumulado. Frequenta o programa, tomando contato com pessoas do mundo artístico. Abandona as aulas de piano e começa a se firmar como cantora. Tem sonho de trabalhar em cinema e, frequentando a casa de Watson Macedo, começa a se infiltrar nos meios cinematográficos, até que recebe o tão esperado convite para parti cipar do filme Metido a Bacana, em 1957, dirigido por J.B.Tanko. Nesse mesmo ano recebe o prêmio de revelação feminina do rádio. Entre outros, atua em Tudo Legal (1960) e A Doce Mulher Amada (1969). Na televisão, parti cipa da novela O Céu é de Todos, pela TV Excelsior. Mesmo gostando muito de cinema, dá prioridade para a função de intérprete, encerrando sua carreira cinematográfica em 1969. Foi casada com o maestro Radamés Gnatalli. Filmografia: 1957 – Metido a Bacana; 1959 – Pé na Tábua; Garota Enxuta; 1960 – Tudo Legal; 1961 – Bom Mesmo é Carnaval; Os Três Cangaceiros; 1964 – O Beijo; 1969 – A Doce Mulher Amada. MARTINS, RAQUEL Rachel Marti ns Pereira nasceu em São Paulo, SP, em 21 de julho de 1912. Começa sua carreira no teatro, transferindo-se para o rádio. Estreia no cinema em 1952 no filme Simão, o Caolho. Paralelamente atua na Rádio Nacional, participando de novelas como Balança mas não Cai. Atua em outros filmes como O Circo Chegou à Cidade (1957) e A Noite do meu Bem (1969). Na televisão, estreia em 1965 na novela O Céu é de Todos. Entre outras, parti cipa de A Deusa Vencida (1965), A Pequena Órfã (1968), Minha Doce Namorada (1971) e O Barba Azul, como Zazá, sua última novela. Morre em 2 de dezembro de 1974, de ataque cardíaco, em São Paulo, aos 62 anos de idade. Filmografia: 1952 – Simão, o Caolho; 1954 – Mulher de Verdade; 1957 – A Doutora é Muito Viva; O Circo Chegou à Cidade (Toni, o Leiteiro); 1960 – Estrada do Amor (West Ist Der Weg) (Alemanha); 1969 – A Noite do meu Bem. MARTINS, ROSANA Nasceu em Porto Alegre, RS. Começa sua carreira como modelo publicitário. Estreia no cinema em 1972, no filme Ela Tornou-se Freira, ao lado de Teixeirinha. Muda-se para o Rio de Janeiro, para dar continuidade à carreira de atriz e participa de outros filmes, com destaque para O Libertino (1974). Filmografia: 1972 – Ela Tornou-se Freira; Aconteceu no Verão; 1974 – Maria... Sempre Maria; O Libertino; 1978 – As Eróti cas Profissionais; Sexo e Violência em Búzios; A Dama de Branco. MARTINS, THIAGO Thiago dos Santos Martins nasceu no Rio de Janeiro em 19 de setembro de 1988. Ainda muito criança vê os pais se separarem. Nascido e criado na favela do Vidigal, aos oito anos entra para o grupo Nos do Morro, companhia teatral criada por Guti Fraga, embora ele quisesse mesmo ser jogador de futebol. Em 1999 estreia no cinema no filme Histórias do Olhar, mas tem seu grande momento em 2002 em Cidade de Deus. Estreia na televisão em 2002 na série Cidade dos Homens. Em 2004 faz sua primeira novela, Da Cor do Pecado, e em 2006 ganha um papel de destaque em Belíssima (2006), sua primeira novela das oito, depois Toma Lá, Dá Cá (2007), Desejo Proibido (2008) e Caminho das Índias (2009). No teatro, participa de várias montagens, entre elas Sonhos de uma Noite de Verão, em 2004. É baterista da banda Filhos de Jorge. Filmografia: 1999 – Histórias de um Olhar; 2000 – Sequestro no Rio (Kinderraub In Rio – Eine Mutter) (Feito especialmente para a TV Alemã); 2002 – Cidade de Deus; Garota do Rio; 2003 – Maria, Mãe do Filho de Deus; 2005 – Show de Bola (Skyggen af Rio) (Alemanha); James Thiérrée Invente La Veillée Des Abysses (CM) (França); 2006 – Xuxa Gêmeas; 2008 – Era uma Vez...; 2010 – 5x Favela, Agora por nós Mesmos; Amazônia Caruana. MARTINS, ZÉLIA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 30 de junho de 1947. Inicia sua carreira como modelo profissional, telemoça e atriz. Estreia no cinema em 1967, numa pequena ponta no filme A Espiã que Entrou em Fria. Logo é convidada por Chacrinha e torna-se talvez sua mais famosa Chacrete, por anos a fio. Depois faz sucesso também como jurada de programas de calouros o de Raul Gil e como atriz na minissérie O Coronel e o Lobisomem, em 1982, pela TV Cultura. A partir de 1977 faz sucesso no cinema em várias pornochanchadas como Será que ela Aguenta? (1977), Cabocla Teresa (1980), seu melhor momento como principal protagonista, Clube do Sexo (1984), etc. A partir dos anos 1990 abandona a carreira artísti ca. Filmografia: 1967 – A Espiã que Entrou em Fria; 1977 – Será que ela Aguenta?; Escola Penal de Meninas Violentadas; 1978 – Pecado sem Nome; Os Galhos do Casamento; Fugiti vas Insaciáveis; A Praia do Pecado; A Força do Sexo; 1979 – Eu Compro essa Virgem; 1980 – Cabocla Teresa; 1981 – O Campineiro, Garotão para Madames; Casais Proibidos; 1982 – Mostrando Tudo (CM); 1983 – Corpo e Alma de uma Mulher; 1984 – Clube do Sexo. MARTÚ, GÊ Geraldo Martuchelli nasceu em Brasília, DF, em 1961. Ator e dramaturgo, inicia sua carreira no teatro. Estreia no cinema em 1982 no filme O Sonho não Acabou. Parti cipa de diversos curtas como A Dança da Espera (2000) e Borralho (2006). Em 1991 consagra-se com a peça Bella Ciao, que fica um ano em cartaz no Oficina Perdiz. É um grande talento do teatro brasiliense. Sua filha, Luciana Martuchelli é preparadora de elenco das mais respeitáveis em Brasília. Filmografia: 1982 – O Sonho não Acabou; Taguatinta em Pé de Guerra (CM); 1991 – República dos Anjos; 1993 – Sendo Assim (CM); 1995 – Louco por Cinema; 1997 – Doces Poderes; 1999 – No Coração dos Deuses; 2000 – A Dança da Espera (CM); Dente Podre do Lavador de Pratos (CM); 2001 – Cem Anos de Perdão (CM); Uma Vida em Segredo; 2002 – Celeste & Estrela; 2004 – As Vidas de Maria; 2005 – Franþa, Francis (CM); 2006 – Faca Cega (CM); Borralho (CM); 2009 – Deus-Arma (CM); Centelha (CM). MARY SHEILA Mary Sheila de Paula Costa nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27 de dezembro de 1979. Com apenas sete anos de idade é descoberta por Guti Fraga, diretor do grupo de teatro Nós do Morro, que cria um personagem especialmente pra ela. Faz carreira no teatro, com mais de dez peças no currículo, entre elas A.M.I.G.A.S. (1999), Alice no País das Maravilhas (2003) e O Pequeno Príncipe (2006). Em 1999, com 20 anos de idade, estreia no cinema no filme Orfeu, de Carlos Diegues. Na televisão, participa do quadro Papo Irado, do Fantástico, em 2003, da minissérie A Casa das Sete Mulheres (2003) e da novela A Lua Me Disse (2005). Firma sua carreira no cinema nos filmes A Grande Família – O Filme (2007) e Polaroides Urbanas (2008). Na televisão em Desejo Proibido (2008), como Cidinha, Dicas de um Sedutor (2008), como Valdirene, e Casos e Acasos (2008), como Vanda. Filmografia: 1999 – Orfeu; 2001 – A Breve História de Cantídio Sampaio (CM); 2002 – A Breve História de Cândido Sampaio; Cidade de Deus; 2005 – Mais uma Vez o Amor; Anjos do Sol; 2007 – A Grande Família – O Filme; Jogo de Cena (depoimento); 2008 – Polaroides Urbanas. MARY TEREZINHA Mary Terezinha Cabral Brum nasceu em Tupanciretã, RS, em 30 de março de 1946. Cantora e acordeonista gaúcha. Muito cedo começa a estudar acordeom, tornando-se exímia executante desse instrumento. Destaca-se cantando músicas regionais gaúchas. Em 1961, aos treze anos de idade, grava seu primeiro disco Gauchinha Fronteirista e conhece Teixeirinha. Passa então a acompanhar o cantor em gravações e shows por todo o Rio Grande do Sul e Brasil. Recebe o carinhoso apelido de Teixeirinha de Saias. Com ele mantém romance paralelo durante muitos anos e tem dois fi lhos. Participa de todos os seus fi lmes, dando-lhes brilho com seu talento e beleza. Estreia em 1967 no filme Coração de Luto, destacando-se ainda Ela Tornou-se Freira (1972), A Filha de Iemanjá (1981), etc. Grava músicas que se tornaram sucesso no cancioneiro gaúcho como Ela Tornou-se Freira, Casalsinho Violento, O Afilhado, Gauchinha Fronteirista, Sou Levada, etc. Em 1978 lança o LP solo Mary Terezinha, pela Conti nental, quando começa a se afastar de Teixeirinha, o que acontece definiti vamente em 1983 com o bilhete Não me farei mais presente ao seu lado. Depois inicia romance com o ator e mentalista Ivan Trilha, que havia atuado como vilão no filme Motorista sem Limites. Ficaram casados por cinco anos (1985/1989). Com a morte de Teixeirinha, em 1985, afasta-se do cinema. De sua união com Teixeirinha tem dois filhos, Alexandre (1968) e Liane (1975). Em 1987 lança o disco Amiga, até o momento, o último de sua carreira e em 1989 lança o livro A Gaita Nua onde conta toda a verdade sobre sua atribulada relação com Teixeirinha. Filmografia: 1967 – Coração de Luto; 1970 – Motorista sem Limites; 1972 – Ela Tornou-se Freira; Teixeirinha a Sete Provas; 1975 – A Quadrilha do Perna Dura; 1976 – Na Trilha da Justiça; Pobre João; 1977 – Carmen, a Cigana; 1978 – Tropeiro Velho; Gaúcho de Passo Fundo; Meu Pobre Coração de Luto; 1981 – A Filha de Iemanjá. MARZO, ALEXANDRA Alexandra Faria Marzo nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 26 de setembro de 1968. Filha dos atores Betty Faria e Cláudio Marzo, cedo começa a carreira de atriz. Hipertensão (1986) é sua primeira novela, como Tais. Passa a atuar com frequência, em novelas e minisséries, as quais destacam-se Fera Radical (1988), Top Model (1989), Brasileiras e Brasileiros (1990), Mulheres de Areia (1993), Mandacaru (1997) e Suave Veneno (1999). Estreia no cinema numa pequena ponta no filme Jubiabá, ao lado da mãe. Foi casada por três anos com o produtor de cinema Bruno Wainer, filho de Danusa Leão. Tem uma filha chamada Giulia. Desde 1999 está afastada da vida artísti ca. Filmografia: 1987 – Jubiabá (Brasil/França); 1988 – Banana Split; 1996 – Um Céu de Estrelas. MARZO, CLÁUDIO Cláudio da Silva Marzo nasceu em São Paulo, SP, em 26 de março de 1941. Trabalha como offi ce-boy e auxiliar de escritório. Aos dezessete anos já quer ser ator e integra o elenco do teleteatro experimental da Rádio Nacional de São Paulo. Nessa época dirige uma revista de fotonovelas. Une-se ao Grupo Oficina, e participa das peças Os Pequenos Burgueses, Toda Donzela Tem um Pai que É uma Fera e Andorra. Estreia na televisão em 1962 na novela Cleópatra. Muda-se para o Rio de Janeiro e ingressa na TV Globo, participando, ainda na década de 1960, de novelas importantes como O Sheik de Agadir (1966), A Rainha Louca (1967), A Última Valsa (1969), Véu de Noiva (1970), Irmãos Coragem (1970), Carinhoso (1973), etc. Estreia no cinema em 1966 no filme O Mundo Alegre de Helô e desenvolve sólida carreira em filmes importantes como Copacabana me Engana (1969), Chico Rei (1986), O Homem Nu (1997) e, mais recentemente, Xangô de Baker Street, dirigido por Miguel Faria Jr. Sempre em atividade, participa das novelas Pantanal (1993), Irmãos Coragem (1995), A Indomada (1997), Era uma Vez... (1998), Andando nas Nuvens (1999), Coração de Estudante (2002), Mulheres Apaixonadas (2003), A Lua me Disse (2005), Amazônia: de Galvez a Chico Mendes (2007), Desejo Proibido (2008) e Guerra e Paz (2008), como o Capitão Guerra. Foi casado com as atrizes Bett y Faria, com quem teve uma filha, Alexandra Marzo (1970), que também é atriz; com Xuxa Lopes teve Diego Antonio (1975); e com Denise Dumont teve Bento Marzo (1982). Em 1996 parti cipa da montagem de Jango, única peça escrita por Glauber Rocha. É um dos grandes atores brasileiros. Filmografia: 1966 – O Mundo Alegre de Helô; 1967 – O Engano; 1968 – O Homem que Comprou o Mundo; Os Viciados (episódio: A Fuga); 1969 – Copacabana me Engana; A Máscara da Traição; 1970 – Em Busca do Su$exo; 1971 – O Capitão Bandeira contra o Dr. Moura Brasil; 1973/1978 – A Lira do Delírio (Bala Certeira); 1974 – Os Condenados; 1976 – O Flagrante; A Mulher que Comeu o Amante (CM); 1977 – Se Segura, Malandro; A Dama do Lotação; Pequenas Taras; 1979 – Memórias do Medo; 1981 – Zadig (CM); 1982 – Pra Frente, Brasil; Profi ssão Mulher; O Segredo da Múmia; 1983 – Parahyba, Mulher Macho; O Último Voo do Condor; 1984 – Nunca Fomos Tão Felizes; 1985 – Avaeté, Semente da Violência; 1986 – Reflexo (CM); Fulaninha; Chico Rei; Guida (CM); Fonte da Saudade; 1987 – Camélia (CM); 1990 – Mais que a Terra; 1992 – Perfume de Gardênia; 1996/2000 – Adágio ao Sol; 1997 – Os Três Zuretas (Reunião de Demônios); O Homem Nu; 2001 – Meu Filho Teu (Um Crime Nobre) (Itália/Brasil); Xangô de Baker Street; 2002 – A Selva (Portugal/Brasil/Espanha); 2007 – Meteoro (Brasil/Venezuela); 2008 – A Casa da Mãe Joana. MARZULLO, DINORAH Dinorah Marzullo Pêra nasceu no Rio de Janeiro em 30 de março de 1919. Casada com a produtor e ator Manoel Pera (1894-1967), é mãe da atriz Marília Pera. Inicia sua carreira no teatro, ao lado do marido. Em 1938 faz uma ponta no filme Casinha Pequenina. Nos anos 1960/1970, participa do humorístico Balança mas não Cai e das novelas Uma Rosa com Amor (1972) e Te Contei? (1978), em uma das poucas chances de ser vista na televisão. Em 1977 atua no filme Ele, Ela, Quem?, último filme do grande diretor Lulu de Barros (1893-1981). É irmã da atriz Antonia Marzullo. Em 2006, aos 89 anos, retorna ao cinema para parti cipar do filme Acredite, um Espírito Baixou em Mim, como a avó de Lolô. Filmografia: 1938 – Casinha Pequenina; 1958 – É a Maior; Esse Milhão É Meu; 1968 – O Levante das Saias; 1969 – Como Vai, Vai Bem?; 1977 – Ele, Ela, Quem?; 2006 – Acredite, um Espírito Baixou em Mim. MARZULLO, FRANCISCO Nasceu na Itália, em 1883. Radicado no Brasil, começa carreira de ator e diretor teatral. Em seguida estreia no cinema, participando de inúmeros filmes, como ator, em Milagres de Santo Antonio (1909) e A Sertaneja (1924), e, como diretor, em Os Estranguladores (1908), considerado o primeiro fi lme de fi cção brasileiro. Morre em 1933, aos 50 anos de idade. Filmografia (ator): 1908 – Os Estranguladores; O Comprador de Ratos; 1909 – Um Cavaleiro Deveras Obsequioso; Milagres de Santo Antonio; Passaperna & Cia.; 1911 – República Portuguesa; 1913 – Nono Mandamento; 1916 – Vivo ou Morto; 1918 – Barão do Rio Branco; 1924 – A Sertaneja. Filmografia (diretor): 1908 – Os Estranguladores. MASCARENHAS, CONCHITA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de abril de 1938. Em 1957 faz seu único filme, Maluco por Mulher. Casa-se em 1954 com o instrumentista e compositor Mário Mascarenhas, com quem teve dois filhos, Mário Jr. e Eugênio. Filmografia: 1957 – Maluco por Mulher. MASCARENHAS, EDEL Nasceu em Belo Horizonte, MG, em 1937. Forma-se pelo Teatro Universitário da UFMG, em uma das primeiras turmas, já sob a direção de Haydée Bittencourt. Ator essencialmente teatral, participa de mais de 300 produções e é considerado um dos mais atuantes artistas mineiros dos anos 1950, 1960 e 1970 e teve participação decisiva na construção do teatro profissional em Minas. Estreia no cinema em 1975 no filme Enigma para Demônios. Edel estava afastado dos palcos nos últimos anos por motivo de saúde. Morre em 5 de março de 2010, aos 73 anos de idade, em Belo Horizonte, de parada cardiorrespiratória. Filmografia: 1975 – Enigma para Demônios; 1983 – Idolatrada; 1984 – Dois Homens para Matar; 2004 – A Aposta (CM). MASCARENHAS, KIKO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Inicia sua carreira no teatro, em 1983. Com mais de trinta peças no currículo, destacam-se O Encontro Marcado, direção de Augusto Boal, A Paixão de Cristo, direção de Marcelo Saback, MinhAlma é Imortal, A Noite de Todas as Ceias, Pessoas Invisíveis, direção de Paulo Moraes, etc. Estreia na televisão em 1994 na novela A Viagem, no papel de Daniel. Entre 1992 e 1996 é professor de aulas de interpretação e improvisação na Cultura Inglesa, coordenando o projeto Drama Club. Também produz e dirige vários espetáculos com os alunos dos cursos regulares do Young Theatre Lab. Adapta e dirige, ao lado de Paulo César Medeiros, Tistu – O Menino do Dedo Verde. Estreia no cinema em 2002 no filme Lost Zweig, de Sylvio Back. Na TV Globo, participa regularmente de programas e séries como Começar de Novo (2005), A Diarista (2005), Faça sua História (2008), Casos e Acasos (2008). Seu melhor momento é na nova versão do Sítio do Pica-Pau Amarelo como o Visconde, atuando em 93 episódios. Em 2009 estreia o espetáculo Zoológico de Vidro, ao lado de Cássia Kiss e participa do seriado Toma Lá, Dá Cá e da microssérie Acampamento de Férias, com Renato Aragão. Filmografia: 2002 – Lost Zweig; 2003 – Viva Voz; 2004 – Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida; 2008 – Meu Nome não é Johny; 2009 – Salve Geral; A Falta Que nos Move; Reis e Ratos. MASCARENHAS, MÁRIO João Mário Mascarenhas nasceu em Cataguases, MG, em 21 de janeiro de 1929. Inicia sua carreira artística em 1952 ao gravar a música Fandango na Cinelândia. Nesse mesmo ano estreia no cinema no filme Canto da Saudade, último longa-metragem de seu conterrâneo Humberto Mauro. No filme Mário faz o papel de Galdinho, o misterioso sanfoneiro. A partir dos anos 1960 dedicase a editorar livros e métodos de piano, adotados até hoje nos conservatórios de todo o Brasil. Casa-se em 1954 com a bailarina e cantora Conchita Mascarenhas, com quem teve dois filhos, Mário Jr. e Eugênio. Filmografia: 1952 – Canto da Saudade; 1958 – Minha Sogra é da Polícia; 1970 – Nojo aos Cães (Portugal). MASSAFERA, GRAZIELLI Nasceu em Jacarezinho, PR, em 28 de junho de 1983. Aos três anos de idade já demonstra vontade de ser modelo. Sorriso largo e olhos verdes, aos sete participa do seu primeiro concurso de beleza. Vence diversos concursos de beleza em seu Estado e é eleita rainha de exposições agropecuárias e festas de peão boiadeiro. Em 2000 ganha o título de Miss Jacarezinho. Em 2004 é eleita Miss Paraná. Parti cipa de outros concursos importantes, mas a grande virada acontece em 2005, quando é selecionada para parti cipar do Big Brother Brasil 5 e torna-se conhecida em todo o Brasil. Após o programa é contratada pela TV Globo e passa a participar de alguns programas como Caldeirão do Huck, Jô Soares, Ana Maria Braga e Xuxa. Em 2005 posa nua para a revista Playboy. Inicia carreira de atriz, ao participar da novela Páginas da Vida (2006), como Thelma, depois Desejo Proibido (2007), como Florinda, Casos e Acasos (2008), como Graziela, e Negócio da China (2009), como Lívia. No mesmo ano estreia no cinema no filme Didi, o Caçador de Tesouros, ao lado de Renato Aragão. Com talento, espontaneidade e carisma, é um dos rostos mais bonitos do Brasil. Namora o ator Cauã Reymond Filmografia: 2006 – Didi, o Caçador de Tesouros. MASTER, RENATO Nasceu em São Paulo, SP, em 1939. Ator e dublador. Estreia no cinema em 1961/1962, ao participar do episódio O Recruta, na série Vigilante Rodoviário. Na televisão, sua primeira novela é Onde Nasce a Ilusão, em 1965. Seguem-se sucessos como As Minas de Prata (1966), A Cabana do Pai Tomás (1969), Irmãos Coragem (1970), Um Dia, o Amor (1975), Pé de Vento (1980), Pecado de Amor (1983), A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990), Caminhos Cruzados (1994), O Rei do Gado (1996) e Torre de Babel (1998), sua últi ma participação na televisão. No cinema, fez vários fi lmes como No Paraíso das Solteironas (1968), ao lado de Mazzaropi, e Filme Demência (1986), dirigido por Carlos Reichenbach. De voz forte e bonita, faz sólida carreira também como dublador de atores como Allen Garfield, Frank Tejo e An McGregor. Fez a voz do Senhor Akiyama em Jaspion e Mitsumasa Kido em Cavaleiros do Zodíaco, entre tantos outros. Foi casado com a atriz Nívea Maria. Morreu de infarto em 26 de maio de 2004, aos 65 anos de idade, enquanto trabalhava como diretor de dublagem no estúdio Dubla Vídeo. Filmografia: 1961/62 – O Recruta e A História do Lobo (episódios da série Vigilante Rodoviário); 1967 – A Barragem (episódio da série Águias de Fogo); 1968 – No Paraíso da Solteironas; 1974 – O Exorcista de Mulheres; Desejo Proibido; 1978 – O Estripador de Mulheres (Assassino da Noite); Sede de Amar (Capuzes Negros); 1979 – Dani, um Cachorro Muito Vivo; O Prisioneiro do Sexo; 1980 – O Homem que Virou Suco; 1981 – Amélia, Mulher de Verdade; 1984 – Meu Homem, Minha Amante; 1987 – Filme Demência. MASTRANGI, MATILDE Matilde Raspa Mastrangi nasceu em São Paulo, SP, em 18 de março de 1953. Em 1971, Wanderley Cardoso ajuda-a conseguir uma vaga no Programa Sílvio Santos, como bailarina. Já como modelo fotográfico, posa para a revista Séti mo Céu. Em 1974 estreia no cinema no filme As Cangaceiras Eróti cas. Exibe seus belos dotes físicos em inúmeras produções seguintes, sempre no gênero pornochanchada, com destaque para Bacalhau (1976) e Caçadas Eróti cas (1983). Na década de 1980 atua na peça O Grande Motel, participa da novela Vereda Tropical (1984), pela TV Globo, apresenta o quadro Uma Cama Entre Nós, dentro do Programa Goulart de Andrade, em 1988, e participa da novela Corti na de Vidro, pelo SBT. Em 1984 posa nua para a revista Playboy. Em 1980, ao participar da peça Uma Ilha para Três, conhece Oscar Magrini, também ator, com quem se casa em 1990 e tem uma fi lha, Isabella (1991). Depois de algum tempo afastada, em 1998 retorna ao teatro fazendo a peça Além da Vida. Desde 1988 tem feito cinema exclusivamente com o diretor Guilherme de Almeida Prado, ao participar dos seus últi mos cinco filmes. Filmografia: 1974 – As Cangaceiras Eróti cas; 1975 – Cada um Dá o que Tem (episódio: Uma Grande Vocação); 1976 – Já não se Faz Amor como Antigamente (episódio: Flor de Lys); Bacalhau (Bacs); 1977 – Emmanuelle Tropical; 1980 – Noite das Taras; Incesto, Desejo Proibido; As Intimidade de Analú e Fernanda; Orgia das Taras; Sócias do Prazer; Palácio de Vênus; 1981 – Volúpia do Prazer; Pornô! (episódio: O Prazer da Virtude); A Cafetina de Meninas Virgens; A Cobiça do Sexo; Em Busca do Orgasmo; As Taras de Todos Nós (episódio: O Uso Prático dos Pés); 1982 – Pecado Horizontal; Amor Estranho Amor; A Noite das Taras 2; 1983 – Caçadas Eróti cas (episódio: A Espiã Portuguesa); Tudo na Cama; Corpo e Alma de uma Mulher; Mulheres Eróti cas; 1984 – Erótica, Fêmea Sensual; A Flor do Desejo; Como Salvar meu Casamento (S.O.S. Sex Shop); 1987 – A Dama do Cine Shangai; 1992 – Perfume de Gardênia; 1997 – Glaura (CM); 1998 – A Hora Mágica; 2007 – Onde Andará Dulce Veiga? MASTROPASQUA, SÉRGIO Inicia sua carreira no teatro, participando do elenco de diversas companhias no eixo São Paulo – Rio de Janeiro. Entre os espetáculos que atua estão A Caixa de Pandora, de Frank Wedekind, direção de Carmem Paternostro, A Megera Domada, de Shakespeare, A Mandrágora, de Nicolau Maquiavel, e Camaradagem, de August Strindberg, todas no Grupo TAPA, sob a direção de Eduardo Tolentino de Araújo. Também foi dirigido por Gabriel Vilella em Mary Stuart, de Schiller, e A Falecida, de Nelson Rodrigues; por Alexandre Reinecke, em O Estrangeiro, de Larry Shue, e O Santo e a Porca, de Ariano Suassuna; e por Marco Antonio Braz, em O Grande Dia, adaptado de Nelson Rodrigues. Em 1999 estreia no cinema no curta Ela Perdoa. Na televisão, atua na minissérie Guerra e Paz (2008) e das séries Faça sua História (2008) e Força-Tarefa (2009). Também é produtor teatral, como em O Pequeno Príncipe e Alice no País das Maravilhas, com Luana Piovani; Hotel Lancaster, de Mario Bortolotto; Naked Boys Singing, de Bob Schrock; Oração para um Pé de Chinelo, de Plínio Marcos; e Mojo, de Jez Butterworth. Em 2009 brilha nos palcos com a peça Cândida (2009). Atualmente está na novela Malhação. Foi casado por cinco anos (1996-2001) com a atriz Bia Seidl, com quem tem uma filha, Miranda, nascida em 1999. Filmografia (ator): 1999 – Ela Perdoa (CM); 2001 – Bicho de Sete Cabeças; 2003 – Cristina Quer Casar; Viva o Terceiro Mundo (CM); 2006 – O Ano em que meus Pais Saíram de Férias; 2006 – Os 12 Trabalhos; 2007 – Não por Acaso; 2008 – Linha de Passe; 2009 – Ressaca (CM); Fritz (CM). Filmografia (diretor): 1999 – Ela Perdoa (codirigido por Raquel Monteiro, Carol Machado e Ingrid Guimarães). MATHIAS, GERMANO Nasceu em São Paulo, SP, em 2 de junho de 1934. Inicia seus estudos normais, sempre demonstrando incríveis inclinações musicais, principalmente no manejo de instrumentos de percussão como cuíca, surdo, pandeiro, agogô, reco-reco etc. Aos quatorze anos já desfila nas escolas de samba Rosa Negra e Lavapés. Aos dezessete ganha a vida como camelô e frequenta os programas de calouros, chegando inclusive a ser premiado na Rádio Nacional, por sua interpretação para a música Aí Vem o Pato. Frequenta também as rádios Piratininga e Cultura. Interrompe os sonhos para servir o Exército. Depois participa do concurso À Procura de um Astro na Rádio Tupi e vence com o samba de sua autoria Minha Nega na Janela, num concorrido certame com 300 candidatos. Grava então, pela Polydor, seu primeiro disco com essa música. Daí por diante grava os sucessos A Situação do Escurinho, Guarde a Sandália Dela, Tem que Ser Mulata, Sinfonia da Goteira, esta para o Carnaval, etc. Fazendo o típico malandro, com camisa listrada e palheta, chega aos cinemas em 1959 no filme O Preço da Vitória. Na década de 1960 ainda consegue sustentar a carreira, mas dos anos 1970 em diante fica esquecido, injustamente. Em 1990 participa da novela Brasileiras e Brasileiros, pelo SBT, no papel de Nivaldo. Em 1999, Alessandro Gamo e Noel Carvalho homenageiam o grande sambista com o curta-metragem O Catedrático do Samba. Filmografia: 1959 – O Preço da Vitória; Quem Roubou meu Samba? MATHIAS, MARTHUS Nasceu em Itajubá, MG, em 1º de maio de 1927. Radicado em São Paulo, começa sua carreira em 1951 como radioator, na Record. Sua primeira radionovela se chama A Cabana do Pai Tomás. Em seguida vai para a televisão, como ator, em transmissões ao vivo, pois não existe videoteipe, nos teledramas Corcunda de Notre Dame e O Vestido de Noiva, ainda na década de 1950. Depois faz as novelas A Muralha (1963), Vitória Bonelli (1972), Uma Rosa com Amor (1972), Jerônimo, Herói do Sertão (1972), Vitória Bonelli (1972) e O Espantalho (1977), entre outras. Estreia no cinema em 1953 no filme Cais do Vício e desenvolve sólida carreira de mais de 70 filmes, com destaque para Jeca Tatu (1959), O Outro Lado do Crime (1979) e Besame Mucho (1987). Quase sempre no papel de vilão, Marthus Mathias é um dos atores mais constantes do cinema brasileiro. Faz muita dublagem também e entre 1959/1961 dubla a voz de Fred Flintstone e a do chefe dos Agentes da UNCLE. Na década de 1980, adere ao explícito. Dono de uma das maiores fi lmografias brasileiras, mas afastado do cinema, morre em 10 de janeiro de 1995, em Campo Grande, MS, aos 67 anos de idade. Filmografia: 1953 – Cais do Vício; 1957 – Absolutamente Certo; 1959 – Jeca Tatu; Cidade Ameaçada; O Preço da Vitória; 1960 – As Aventuras de Pedro Malazartes; Conceição; 1961 – Café Marcado (CM) (episódio da série Vigilante Rodoviário); 1962 – O Vendedor de Linguiças; 1963 – Casinha Pequenina; 1969 – O Mistério do Taurus 38 (episódio: Café Marcado); 1967 – Mãe do Ouro (CM) (episódio da série Águias de Fogo); 1970 – Sentinelas do Espaço (episódio: Mãe do Ouro, da série Águias de Fogo); 1972 – O Jeca e o Bode; A Marcha; As Mulheres Amam por Conveniência; 1974 – Ainda Agarro esta Vizinha...; 1976 – Possuídas pelo Pecado; 1977 – Belas e Corrompidas; A Mulher que Põe a Pomba no Ar; Jogo da Vida; Mulheres Violentadas; 1978 – As Trapalhadas de Dom Quixote & Sancho Pança; O Vigilante Rodoviário (versão colorida); Seu Florindo e suas duas Mulheres; 1979 – J.J.J., o Amigo do Super-Homem; Os Amantes da Chuva; Eu Compro Essa Virgem; A Noite dos Imorais; O Outro Lado do Crime; Os Três Boiadeiros; O Porão das Condenadas; 1980 – Ato de Violência; O Doador Sexual; Estrada da Vida; O Gosto do Pecado; Incesto, Desejo Proibido; O Inseto do Amor; Meu Primeiro Amante; O Homem que Virou Suco; Noite das Taras; Noite de Orgia; Prisioneiras da Ilha do Diabo; Tortura Cruel (Fêmeas Violentadas); Cabocla Tereza; 1981 – Homem, Objeto do Prazer; As Meninas de Madame Laura; Casais Proibidos; As Amantes de Helen; Asa Branca, um Sonho Brasileiro; Cassino dos Bacanais; A Fábrica de Camisinhas; A Noite dos Bacanais; A Reencarnação do Sexo; 1982 – O Cafetão; Curral de Mulheres; Perdida em Sodoma; Procuro uma Cama; O Rei da Boca; Sete Dias de Agonia (O Encalhe); O Vale dos Amantes; 1983 – Elas só Transam (Elas só Transam no Disco); Como Salvar meu Casamento (S.O.S. Sex Shop); Ivone, a Rainha do Pecado (Uma Mulher Provocante); Os Tarados; Corrupção de Menores; Massagem For Men; Promiscuidade (Os Pivetes de Kátia); Sacanagem; Sexo Animal; Tchau Amor; As Taras das Sete Aventureiras; Os Violentadores de Meninas Virgens; 1984 – Lídia e seu Primeiro Amante; O Tônico do Sexo (A Raiz do Amor); Taras Eróti cas; Pic-Nic de Bacanais do Quinto Grau; Analista de Taras Deliciosas; Bacanal na Ilha da Fantasia; Bacanais sem Fim; O Baiano Fantasma; O Império do Sexo Explícito; Quinta Dimensão do Sexo; Transa Brutal (O Fim da Picada); O Vale das Taradas; Sexo, Sexo e Sexo; 1985 – A Vingança do Réu (Que Delícia de Buraco); Nuas no Asfalto; Banho de Língua; O Filho do Sexo Explícito; 1986 – O Jumento Gozador (dublagem); Horas Fatais – Cabeças Cortadas; A Hora do Medo; Os Sequestradores; O Papa Tudo; O Caipira Bom de Fumo; 1987 – Eu Matei o Rei da Boca; A Menina do Sexo Diabólico; Besame Mucho; 1988 – Ilusão Sangrenta; O Instrumento da Máfia; Príncipe Natan e a Princesinha Curiosa; Vingança Diabólica. MATOGROSSO, NEY Ney de Souza Pereira nasceu em Bela Vista, MS, em 1º de agosto de 1941. Em Brasília, trabalha como enfermeiro de hospital. Já no Rio de Janeiro, no início da década de 1970, participa do grupo Secos & Molhados, maior sensação musical da época, e torna-se conhecido em todo o Brasil. Com o fim do grupo em 1976, segue vitoriosa carreira-solo como intérprete e diretor de espetáculos de outros arti stas. Parti cipa do filme Sonho de Valsa, em 1987. É um dos maiores intérpretes da nossa MPB. Em 2010 tem seu primeiro papel principal no cinema, no filme Luz nas Trevas – A Revolta de Luz Vermelha, no papel do bandido da luz vermelha, um grande desafio para sua carreira. Filmografia: 1987 – Sonho de Valsa; 1988 – Caramujo-Flor (CM); 2005 – Diário de um Novo Mundo...; 2008 – Depois de Tudo (CM); Marcelo Bousada, Quem? (CM); 2009 – Dzi Croquettes (depoimento); Alô, Alô, Terezinha (depoimento); 2010 – Luz nas Trevas – A Revolta de Luz Vermelha. MATOS, FLORA Nasceu em Barra do Piraí, RJ. Desde cedo demonstra talento para cantar. Já no Rio de Janeiro, estreia em 1938 no programa de calouros da Rádio Cruzeiro do Sul, apresentado por Ary Barroso. Aprovada, é contratada pela empresa. Estreia no cinema em 1941 no filme Entra na Farra, destacando-se ainda em O Ébrio (1946) e Anjo do Lodo (1951). Atua também em teatro, na Companhia das Mulatas, na peça Balangandãs, e na Companhia de Walter Pinto, atuando em revistas. Seu maior sucesso acontece com a música Trezentas Cabrochas, de Haroldo Barbosa e José Bati sta. Filmografi a: 1941 – Entra na Farra; 1943 – Samba em Berlim; 1944 – Berlim da Batucada; Abacaxi Azul; 1946 – O Ébrio; 1949 – Eu Quero é Movimento; 1951 – Anjo do Lodo; Maria da Praia. MATOS, GARIBALDO Garibaldo Amâncio Matos nasceu em Santo Antonio de Jesus, BA, em maio de 1948. Com quatorze anos perambula pelas ruas de Salvador e, no Carmo, assiste às fi lmagens de O Pagador de Promessas (1962), no qual acaba fazendo uma ponta, como vendedor de pirulitos. Essa acaba sendo sua estreia no cinema. Mas a ofi cial mesmo seria no mesmo ano, em Sol sobre a Lama. Não confirma as previsões de grande promessa do cinema brasileiro. Filmografia: 1962 – O Pagador de Promessas; Sol sobre a Lama; 1964 – O Caipora; 1976 – O Pistoleiro. MATOS, ZEZITA Severina Zezita Souza de Mattos nasceu em Pilar, PB, em 28 de agosto de 1942. Passa a infância em Campina Grande, onde é aluna interna de um Colégio de Damas. Adolescente, no fi nal dos anos 1950, muda-se com a família para a capital, João Pessoa, e vai estudar no Liceu Paraibano, uma reviravolta total em sua vida, pois conhece jovens que mais tarde fariam parte dos escritores, escultores, pintores, poetas, ensaístas, cineastas, isto é, da conhecida geração 60, entre eles: Jurandi Moura, Marcos dos Anjos, Wladimir Carvalho, Breno Mattos, Ednaldo do Egypto, José Bezerra, Guilherme Caldas, Manfredo Caldas, Raul Córdula, Vanildo Brito, Antonio Lucena e tantos outros. Em 1958, ingressa no Grupo de Teatro Popular de Arte, sua primeira experiência como atriz, fazendo sua estreia na peça Prima Dona, que estreou no Teatro Santa Rosa. Hoje, tem mais de trinta peças no currículo, com destaque para A Cotovia, Não se Incomode pelo Carnaval, As Velhas, Otelo, A Compadecida, A Farsa da Boa Preguiça, Coiteros, Moçambika, Judas em Sábado de Aleluia, Na Baia, Quebra-Quilos, Prima Dona, A Maratona de Éfeso, etc. Estreia no cinema em 1965 no filme Menino de Engenho, de Walter Lima Jr. Forma-se em Letras, depois Pedagogia, tornando-se mestre em Educação, com especialização em direção teatral. Estuda com Paulo Freire e torna-se também respeitada educadora. A época do regime militar de 1964 casa e tem três filhos. É a primeira dama do teatro paraibano, sendo por todos respeitada, mas pouco conhecida no eixo Rio-São Paulo, infelizmente, o que nos priva de conhecer seu talento, salvo em raras oportunidades, como nos filmes Cinema, Aspirinas e Urubus (2005) e O Céu de Suely (2006). Filmografia: 1965 – Menino de Engenho; 2001 – A Canga (CM); 2003 – Transubstancial (CM); 2005 – Alma (CM); Cinema, Aspirinas e Urubus; 2006 – O Céu de Suely; O Sonho de Inacim (O Aprendiz do Padre Rolim); Baixio das Bestas; 2009 – Azul (CM); Olhos Azuis. MATTAR, MAURÍCIO Maurício Mattar Kirle de Souza nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 3 de abril de 1964. Inicia a carreira aos quatorze anos no teatro, nas peças Capitães de Areia, Nossa Cidade e Os 12 Trabalhos de Hércules. Na televisão faz as novelas Roque Santeiro (1985), Cambalacho (1986) e a minissérie O Fim do Mundo (1996), etc. Estreia no cinema em 1986, no filme Cinema Falado, de Caetano Veloso. Na década de 1990, ingressa na carreira de cantor e faz muito sucesso com as garotas. Em 1998 participa da série Mulher, ao lado de Patrícia Pillar e Eva Wilma, depois Porto dos Milagres (2001), A Lua me Disse (2005), O Profeta (2007), Casos e Acasos (2008) e Faça sua História (2008). Foi casado com a cantora Elba Ramalho com quem tem um filho, Luã (1987); com Flávia Gracie teve Rayra (1990) e da união também já desfeita com a apresentadora Fabiana Sá, tem Petra (1994). Atualmente está namorando a atriz Paola de Oliveira. No cinema, depois de dezessete anos, retorna para parti cipar do filme Falsa Loura, de Carlos Reichenbach. Filmografia: 1986 – Cinema Falado; 1987 – Johnny Love; 1989 – Kuarup; 1990 – O Gato de Botas Extraterrestre; 2007 – Falsa Loura. MATTOS, ANDRÉ André de Mello Tavares de Matt os nasceu no Rio de Janeiro, RJ em 8 de outubro de 1961. Filho dos produtores teatrais Emílio e Zélia de Mattos, já falecidos. Emílio foi um dos fundadores da escola de teatro Tablado com Maria Clara Machado. É lá que André inicia sua carreira teatral, a qual acumula hoje mais de cem peças no currículo, entre as quais Abelardo e Berilo, Moby Dick, etc. Estuda em Londres, formando-se pela International Advanced Residencia Theatre and Television Skincenter. Estreia na televisão em 1990 no humorístico A Escolinha do Professor Raimundo, ao lado de Chico Anysio, com o personagem Fininhi. Logo estreia no cinema no filme Como Nascem os Anjos, de 1996, que lhe renderam vários prêmios de melhor ator. Em 1997 participa de sua primeira novela, Mandacaru, pela TV Manchete. Nos anos seguintes dedica-se mais ao cinema, mas em 2002 fica nacionalmente conhecido na minissérie O Quinto dos Infernos, como o debochado rei português Dom João VI. No ano 2000 dirige seu primeiro fi lme, o curta Estado de Alerta. Em 2003 participa da produção americana feita no Brasil My Father, com Charlton Heston, que narra a passagem de Joseph Mengele no Brasil. Em 2004 rouba a cena novamente como Madruga, capanga do bicheiro Giovanni, vivido pelo ator José Wilker, na novela Senhora do Destino. Participa dos humorísti cos Escolinha do Professor Raimundo (2001), Zorra Total (2002) e Louca Família (2009), ao lado de Tom Cavalcanti. Contratado pela TV Record, parti cipa de Prova de Amor (2006), como Padilha; Caminhos do Coração (2007), como Pachola; Os Mutantes (2008), novamente como Pachola; e Bela, a Feia (2009), como Ataulfo. É um grande ator brasileiro. Filmografia (ator): 1996 – Como Nascem os Anjos; 1998 – Amores; O Esôfago da Mesopotâmia (CM); 1999 – Tiradentes; Dama da Noite (CM); 2000 – Cronicamente Inviável; A Dama da Noite (CM); 2001 – O Xangô de Baker Street; 2002 – Seja o que Deus Quiser; 2003 – Meu Pai (My Father, Rua Alguem 555) (EUA); Lisbela e o Prisioneiro. Filmografia (diretor): 2000 – Estado de Alerta (CM). MATTOS, JAIRO Jairo Matos da Silva nasceu em Porto Alegre, RS, em 1º de setembro. Criado no circo, estreia na televisão em 1990, na novela Barriga de Aluguel, mas brilha como o Dr. Fausto, em O Rei do Gado (1996). No teatro, faz mais de dez peças, entre elas Burro (1994) e O Homem com a Flor na Boca (1995). Ator versátil, gosta muito de teatro de rua e sempre que pode leva seus espetáculos para o interior de São Paulo. Estreia na telona em 1994, no filme Louco por Cinema. Na televisão, solidifi ca sua carreira em novelas como Alma de Pedra (1998), Celebridade (2004), Bang-Bang (2006) e Bicho do Mato (2006), esta última pela TV Record. De volta à Globo, atua em Beleza Pura (2008) e Casos e Acasos (2009). No cinema participa de outros filmes como Deus Jr. (2000) e Bicho de Sete Cabeças (2001), além de inúmeros curtas-metragens. Filmografia: 1994 – Louco por Cinema; 1997 – Meninos de Deus; 1997 – Até Logo Mamãe (CM); Brincadeira de Criança (CM); 1999 – O Viajante; Mário; 2000 – Deus Jr.; 2001 – Tainá – Uma Aventura na Amazônia; Bicho de sete Cabeças; 2002 – Cama de Gato; Praça Clóvis (CM); 2005 – Caixa Forte (CM); Mais um Dia Chutado na Bunda (CM); 2007 – Meteoro (Brasil/Venezuela). MATTOS, LYDIA Lydia da Silva Mattos nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de outubro de 1924. Começa sua carreira na Rádio Sociedade, em 1937, levada por Tia Beatriz, uma espécie de descobridora de talentos, filha do lendário Roquette Pinto. Trabalha como cantora e radioatriz, passando depois também pelas rádios Cruzeiro do Sul e Guanabara. No teatro, atua em peças como Uma Mulher Importante, de Maria Sampaio. Estreia no cinema em 1939 no filme Aves sem Ninho. Entre outros, atua também em Argila (1940), O Coronel e o Lobisomem (1979) e mais recentemente em Eu não Conhecia Tururu (2000), primeiro filme dirigido por Florinda Bolkan. Faz carreira paralela importante também na televisão, a partir da década de 1970, atuando em novelas, sendo sua estreia em 1970 em Assim na Terra como no Céu. Entre tantas outras, seguem-se Selva de Pedra (1972), O Bem-Amado (1973), Brilhante (1980) e A Próxima Vítima (1995), a última novela, mas ainda participou dos programas Quem é Você (1996), Você Decide (1998/2000) e Os Normais (2001). Foi casada com o radialista e ator Urbano Lóes, com quem tem dois filhos, Dilma Lóes, atriz e diretora, e Luiz Carlos Lóes, escritor. Sua neta, Vanessa Lóes (1971), filha de Dilma também é atriz. Filmografia: 1939 – Aves sem Ninho; 1940 – Argila; Pega Ladrão; 1942 – O Despertar da Redentora (MM); 1943 – O Segredo das Asas; 1944 – Gente Honesta; 1955 – Mãos Sangrentas (Manos Sangrientas) (Brasil/Argentina); O Diamante; 1971 – Quando as Mulheres Paqueram; 1972 – Como é Boa a Nossa Empregada (episódio: Lula e a Copeira); 1973 – Essa Gostosa Brincadeira a Dois; 1976 – O Seminarista; O Pai do Povo; Tangarela, a Tanga de Cristal; 1977 – Os Sensuais; 1979 – O Coronel e o Lobisomem; 1987 – A Menina do Lado; 1988 – Dedé Mamata; 2000 – Eu Não Conhecia Tururu. MATTOS, OSMAR DE Nasceu em São Paulo, SP, em 4 de março de 1958. Estreia no cinema em 1978 no filme A Morte Transparente, de Carlos Hugo Christensen. Na televisão, participa das novelas Dancin’ Days (1978), Cara a Cara (1979) e Pé de Vento (1980). Tudo indicava uma promissora carreira do jovem ator. Em 1981 chega a gravar os primeiros capítulos da novela, As Três Marias, pela TV Globo, mas morre inesperadamente em outubro de 1980, num acidente automobilístico, em São Paulo, aos 22 anos de idade. Filmografia: 1978 – A Morte Transparente (Runnin After Love) (Brasil/Argentina). MAURO, HUMBERTO Humberto Duarte Mauro nasceu em Volta Grande, MG, em 30 de abril de 1897. Aos treze anos vai morar em Cataguases. Inicia como ator de teatro amador na revista Ao Correr da Fita, em 1914. Estuda mecânica como autodidata e é pioneiro em radioamador na época. Inicia no cinema com uma câmera em 9,5 mm, passando a fazer curtas como Valadião, o Cratera, em 1925. Seu primeiro longa metragem data de 1926, Na Primavera da Vida. Empreendedor pioneiro, dirige clássicos como Ganga Bruta (1932) e Favela dos meus Amores (1935). Tem importância singular no cenário cinematográfi co nacional. Como ator, participa de muitos filmes, sendo sua estreia em 1926 no filme Dois Irmãos. Destacam-se ainda Lábios sem Beijos (1930) e O Descobrimento do Brasil (1937). À frente do INCE, Insti tuto Nacional de Cinema Educati vo, de 1936 a 1966, dirige centenas de curtas, retratando aspectos do País. É detentor de uma das maiores fi lmografias em todos os tempos. Seu nome é cultuado e respeitado nos quatros cantos do Brasil. Casado com a atriz Lola Lys, de 1920 até sua morte, em 15 de novembro de 1983, aos 86 anos de idade. Com ela teve três fi lhos, todos seguiram carreira no cinema, em cargos técnicos. Filmografia (ator): 1926 – Dois Irmãos (inacabado); Na Primavera da Vida; 1927 – Tesouro Perdido; 1929 – Barro Humano; Sangue Mineiro; 1930 – Lábios sem Beijos; 1932 – Mulher; 1933 – Ganga Bruta; 1937 – O Descobrimento do Brasil; 1942 – Argila; 1952 – O Canto da Saudade; Sete Viúvas do Barba Azul (inacabado); 1964 – Mauro, Humberto (CM) (depoimento); 1969 – Memória de Helena; 1978 – Mulheres de Cinema (CM) (depoimento); 1979 – A Noiva da Cidade. Filmografia (diretor): 1925 – Valadião, o Cratera; 1926 – Na Primavera da Vida (LM); 1927 – Tesouro Perdido (LM); 1928 – Symphonia de Cataguases; 1928 – Brasa Dormida (LM); 1929 – Sangue Mineiro (LM); Cataguases; 1930 – Lábios sem Beijos (LM); 1932 – A Ameba; 1933 – Ganga Bruta (LM); Como se Faz um Jornal Moderno; Marambaia; A Première de ‘Grande Hotel’; A Voz do Carnaval (codirigido por Adhemar Gonzaga) (LM); 1934 – Feira de Amostras do Rio de Janeiro; General Osório; Inauguração da Sétima Feira Internacional de Amostras da Cidade do Rio de Janeiro; Sete Maravilhas do Rio de Janeiro – Primeira e Segunda Maravilha; Sete Maravilhas do Rio de Janeiro – Quarta Maravilha; Sete Maravilhas do Rio de Janeiro – Quinta Maravilha; Sete Maravilhas do Rio de Janeiro – Séti ma Maravilha; Sete Maravilhas do Rio de Janeiro – Terceira Maravilha; Sete Maravilhas do Rio de Janeiro – Sexta Maravilha; 1935 – Favela dos meus Amores (LM); Pedro II; Tabatinga; Taxidermia; 1936 – Cidade-Mulher (LM); Um Apólogo (Machado de Assis) (codirigido por Lúcia Miguel Pereira); Ar Atmosférico; Aventuras de Lulu; Barômetros; Benjamin Constant; Céu do Brasil na Capital da República; Colônia de Psicopatas em Jacarepaguá; Corrida de Automóveis; O Cysne; Dia da Bandeira de 1936; Dia da Pátria de 1936; Dia do Marinheiro; Exercícios de Elevação; Os Inconfi dentes; Lição Prática de Taxidermia (I); Lição Prática de Taxidermia (II); Os Lusíadas; Manômetros; Máquinas Simples – 1ª Parte – Alavancas; Máquinas Simples – 2ª Parte – Roldanas, Plano Inclinado e Cunha; Medida da Massa: Balanças; A Medida do Tempo; Microscópio Composto – Nomenclatura; O Ministro da Educação Dr. Gustavo Capanema Recebe as Instalações da Rádio Sociedade Pra-2; Os Músculos Superfi ciais do Corpo Humano; Os Músculos Superficiais do Homem; Um Parafuso; Preparo da Vacina contra a Raiva; Ribeirão das Lages; O Telégrafo no Brasil; Visita do Presidente Franklin Roosevelt ao Brasil; 1937 – O Descobrimento do Brasil (LM); Academia Brasileira de Letras; Apendicite; Os Centros de Saúde do Rio de Janeiro; Céu do Brasil no Rio de Janeiro; Circulação do Sangue na Cauda do Gerino; Corpo de Bombeiros do Distrito Federal; Dança Regional Argentina – Escola Sarmiento; Descobrimento do Brasil; Dia da Pátria de 1937; Eletrificação da Estrada de Ferro Central do Brasil; Equinodermes; Hidrostática – Propriedade e Equilíbrio dos Líquidos; Itacurussá – Baía de Sepetiba – Estado do Rio; Jogos e Danças Regionais – Escolas Primárias; Juramento a Bandeira – Batalhão de Guardas; Lotus do Egito; Luta contra o Ofidismo; Magnetismo; Medida de Comprimento; Método Operatório do Dr. Gudin (I); Orchídeas; Outono; Papagaio; Pedra Fundamental do Edifício do Ministério da Educação; Peixes do Rio de Janeiro; Planetário; Telúrio; Universidade do Brasil; Victoria-Régia (I); Victoria-Régia (II); 1938 – Aranhas; Bronze Artístico – Moldagem e Fundição – Casa da Moeda – Rio; Combate a Praga do Algodoeiro em Minas Gerais – Cataguazes; Dia da Bandeira de 1938; Dia da Pátria de 1938; Engenhoca e Sovaca; Exposição José Bonifácio; Extirpação do Estômago; Febre Amarela – Preparação da Vacina pela Fundação Rockfeller; Hérnia Inguinal; Hino a Vitória; O João de Barro; Laboratório de Física na Escola Primária – Aparelhos Improvisados; Método Operatório do Dr. Gudin (II); Milão – agosto 1938; A Moeda; Moinho de Fubá; Monitor Parnaíba – Construção Naval Brasileira; Morfogênese das Bactérias – Origem e Formação das Colônias; Paris; Pompeia; Roma – agosto 1938; Serviço de Saúde Pública do Distrito Federal; Talha (Escultura em Madeira); Toque e Refi nação do Ouro – Casa da Moeda – RJ; Veneza; Vistas de São Paulo; 1939 – Acampamento de Escoteiros; Um Apólogo – Machado de Assis (1839-1939); Cerâmica de Marajó; Copa Roca – Primeiro Jogo – Brasil X Argentina – 8 de janeiro de 1939; Copa Roca – Segundo Jogo – Brasil X Argentina – 15 de janeiro de 1939; Corrida Rústica de Revezamento; Dança Clássica; Dia da Bandeira de 1939; O Dia da Pátria; Esterilização Total do Meio Operatório; Estudo das Grandes Endemias – Aspectos Regionais Brasileiros; Fluorografi a Coletiva – Método do Dr. Manuel Abreu; Hospital Colônia de Curupaity; Instituto Oswaldo Cruz – Rio de Janeiro; Jardim Zoológico do Rio de Janeiro; Leischmaniose Visceral Americana; Parada da Mocidade e Raça; Propriedades Elétricas do Puraquê; O Puraquê – Electrophorus Eletricus – Peixe Elétrico; Serviço de Esgotos do Rio de Janeiro – Fundição; Serviço de Esgotos do Rio de Janeiro – Tratamento dos Esgotos; Serviço de Salvamento; Tripanozomíase Americana; Visita ao Primeiro B.C. de Petrópolis; 1940 – Argila (LM); Araras; Arremesso do Martelo; Bandeirantes; Coreografia Popular no Brasil; O Cristal; Dia da Bandeira de 1940; Lagoa Santa – Minas Gerais; Parada da Juventude – setembro de 1940; Pavilhão da Dasp na Feira de Amostras de 1940; Peixes Larvófagos; Provas de Salto de Professor Japonês; 1941 – Cerâmica Artísti ca no Brasil – Itaipava – Estado do Rio; Faiscadores de Ouro; Lapidação de Diamantes; Ponteio – Segundo Movimento do Concerto para Piano e Orquestra de Heckel Tavares; 1942 – Avenida Tijuca; Carlos Gomes 1836-1896 – O Guarani – Ato Terceiro – Invocação dos Aimorés; Cidades de Minas – Cataguazes; Coração Físico de Oswald; O Despertar da Redentora; O Dragãozinho Manso – Jonjoca; Exposição de Brinquedos Educativos; Fisiologia Geral – Prof. Miguel Osório – Instituto Manguinhos – Rio de Janeiro; Henrique Oswald; Miocárdio em Cultura – Potenciais de Ação; Museu Imperial de Petrópolis; Reação de Zondek; Relíquias do Império; 1943 – Aspectos de Minas; Convulsoterapia Elétrica; Exposição do D.A.S.P.; Fantasia Brasileira – Concerto para Piano e Orquestra de J.Otaviano; Fernão Dias; Flores do Campo – Zona do Mata Minas Gerais; Fontes Ornamentais – Anti qualhas Cariocas; Grafite; Jardim Botânico do Rio de Janeiro; Judas, em Sábado de Aleluia (Marti ns Penna); Manganês; Sifi lis Cutânea; 1944 – Aspectos de Resende – Estado do Rio; Carlos Gomes; Cristal de Rocha; O Escravo; Euclydes da Cunha – 1866-1909; Melros de Cantagalo; Mica; Pólvora Negra; O Segredo das Asas; 1945 – Aspectos do Sul de Minas; Barão do Rio Branco; Canções Populares – Chuá Chuá e Casinha Pequenina; Carro de Bois; Cataguases nas Comemorações do Dia Primeiro de Maio de 1945; Combate a Lepra no Brasil – Serviço Nacional de Lepra – M.E.S.; Engenho Industrial no Brasil; Ensino Industrial no Brasil; Marambaia – Escola de Pesca Darcy Vargas; O Mate; Serviço de Febre Amarela; Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico; Serviço Nacional de Tuberculose; Vicente de Carvalho – 18661924 – Palavras ao Mar – Fragmentos; 1946 – Aspectos da Baia da Guanabara; Assistência Hospitalar no Estado de São Paulo; Cidades de São Paulo – Campinas; Fabricação de Ampolas; Jardim Zoológico; Leopoldo Miguez – 1850-1902 Hino da República; 1947 – Campos do Jordão – Estado de São Paulo; Coreografia – Posições Fundamentais da Dança Clássica; Cristal Oscilador – Industrialização do Quartzo no Brasil; Fabricação da Manteiga; Fabricação da Penicilina no Brasil; Fabricação do Queijo; Gramíneas e Flores Silvestres; Marti ns Penna; Pasteurização; 1948 – Berço da Saudade; Caldas da Imperatriz; Canções Populares – Azulão e Pinhal; Castro Alves – 1847-1871; Indústria Farmacêuti ca no Brasil; Jardim Botânico do Rio de Janeiro; 1949 – Baía da Guanabara (inacabado); Cidade de São Paulo; Cidade do Rio de Janeiro – Brasil; Cidade do Salvador Bahia; Ruy Barbosa – 1849-1923 – Primeiro Centenário de Nascimento; 1950 Alberto Nepomuceno; Assistência aos Filhos dos Lázaros; Eclipse; Ginásio Nova Friburgo da Fundação Getúlio Vargas; Tratamento Cirúrgico da Sinusite; 1951 – Cerâmica; Conjunto Coreográfi co Brasileiro; Cultura Musical; Escola Preparatória de Cadetes; Evolução dos Vegetais; 1952 – O Canto da Saudade (LM); Cerâmica – Escola Técnica Nacional – Ministério da Educação e Saúde – 1951; Cidade do Aço, Coqueria, Alto Forno e Aciaria; A Cirurgia dos Seios da Face (Via Transmaxilar); Cloro – Produção e Aplicações; Gravuras: Água Forte; Gravuras: Buril, Ponta Seca, Água-Tinta; 1953 – Academia Militar das Agulhas Negras; Alimentação e Saúde; Instituto de Puericultura Martagão Gesteira da Universidade do Brasil; Lentes Oftálmicas – Indústria; O Minério e o Carvão; Refração Ocular – Correção Ocular; 1954 – Aboio e Cantigas – Música Folclórica Brasileira; Captação da Água; Cultura Física – Saúde e Energia; Escorpionismo; Expansão de Volta Redonda; Higiene Rural – Fossa Seca; Lundu do Negro Velho; Manhãs de Sol; Moléstia de Chagas; Movimentos Protoplasmáticos do Vegetal; Museu do Ouro em Sabará; Nem Tudo é Aço; Nhambikuaras; Volta Redonda como é Hoje; 1955 – Associação Cristã Feminina do Rio de Janeiro – Brasil; Cantos de Trabalho – Música Folclórica Brasileira; Engenhos e Usinas – Música Folclórica Brasileira; Higiene Doméstica; Preparo e Conservação dos Alimentos; Silo Trincheira – Construção e Ensilagem; 1956 – Biblioteca Demonstrati va Castro Alves – uma Biblioteca Modelo; Construções Rurais – Fabricação de Tijolos e Telhas; Ipanema; O João de Barro; Manhã na Roça – o Carro de Bois; Meus Oito Anos – Canto Escolar; Sabará; 1957 – Belo Horizonte – Minas Gerais; Congonhas do Campo; Escola Caio Martins; Jardim Zoológico do Rio de Janeiro; Pedra Sabão – Seu Uso e suas Aplicações; 1958 – O Café – História e Penetração no Brasil; Cantos de Trabalho Número Dois; Cidade de Caeté – Minas Gerais; Fabricação da Rapadura – Engenho e Monjolo; Largo do Boti cário; O Oxigênio – Suas Aplicações; São João Del Rey; 1959 – Cidade de Mariana – Minas Gerais; Machado de Assis; Poços Rurais – Água Subterrânea; Visita ao D.A.S.P.; 1960 – Bacia Longa e Assimilida; Brasília (inacabado); Endemias Rurais – Seus Produtos Profiláticos e Terapêuti cos; Hemostase Cutânea; P Refugiado; Técnicas Exteriotáxicas no Estudo das Regiões Subcorti cais; 1961 – Engenho Velho; Obra de Aleijadinho; O Papel – História e Fabricação; 1962 – Lições de Química N° 1 – Misturas e Combinações; Lições de Química N° 2 – Processo de Separação das Misturas e Combinações; Lições de Química N° 3 – Processos Industriais para Separação das Misturas; 1964 – A Velha a Fiar; 1966 – Velhas Fazendas Mineiras; 1974 – Carro de Bois; 1977 – Eu Coração Dou Bom (codirigido por Alex Viany). MAYA, MARIA Maria Antonia Gigliotti de Campos Maya nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 29 de junho de 1981. É filha dos diretores Wolf Maya e Cininha de Paula e sobrinha do humorista Chico Anysio. Atriz precoce, começa a trabalhar com treze anos, aos dezesseis vai para Nova York onde mora por um ano e aos dezoito sai de casa para morar sozinha. Estreia na televisão em 1995 como a Nádia de Cara & Coroa, mas seu melhor momento acontece em 2004, em Senhora do Destino, quando interpreta a sambista Regininha. No teatro, em 2007, produz e atua a peça Não Existem Níveis Seguros para Consumo Destas Substâncias e Yolanda, em 2008. Estreia no cinema em 2009 no filme Se eu Fosse Você 2. Ainda em 2009, está no teatro com a peça Play, texto livremente inspirado no filme Sexo, Mentiras e Videotape (1989), de Steven Soderbergh, com direção de Ivan Sugahara, e na novela Caminho das Índias como Inês Cadore. Foi casada com o ator Ernani Moraes. Filmografia: 2009 – Se eu Fosse Você 2; Tempos de Paz. MAYA, ROBERTO Nasceu em Campinas, SP, em 5 de janeiro de 1935. Estuda na Escola de Arte Dramática Afredo Mesquita de São Paulo, mas não conclui o curso. Eram seus colegas de curso Ruthinéa de Moraes, Francisco Cuoco, Miriam Mehler, Sérgio Cardoso, etc. Devido ao seu timbre de voz, é chamado para fazer radioteatro na Rádio Nacional de São Paulo. Em 1961 estreia no cinema, no filme Teus Olhos Castanhos. Na televisão, sua primeira novela é A Pequena Órfã, pela TV Excelsior, depois Dez Vidas (1969), Bravo! (1975)e O Direito de Nascer (1978), etc. Nos anos 1970 faz muito cinema, parti cipando ativamente da fase da pornochanchada, como em Nua e Atrevida (1972), Noite em Chamas (1977) e A Noite dos Imorais (1979). Em 1989 é contratado como âncora da TV Manchete, e por muitos anos apresenta o Jornal da Manchete e depois o Documento Especial, programa que apresentava fatos curiosos e polêmicos do cotidiano brasileiro. Fica vinte anos afastado da vida artística, retornando em 2007 para o papel de Xavier em Paraíso Tropical e Milton Pires em Desejo Proibido (2008). É um grande ator brasileiro, sempre transmitindo segurança em seus personagens. Filmografia: 1961 – Teus Olhos Castanhos; Cacareco Vem Aí; Mulheres e Milhões; 1963 – O Quinto Poder; Le Citt à Proibite (Itália) (narração, com Nathalia Tiimbergber); 1968 – Juventude e Ternura; 1968 – O Homem que Comprou o Mundo; 1971 – Fora das Grades; Capitão Bandeira contra o Dr. Moura Brasil; Noites de Iemanjá; 1972 – Os Inconfi dentes; O Anjo Negro; Nua e Atrevida; 1973 – Vai Trabalhar Vagabundo; 1975 – O Caçador de Fantasmas; As Desquitadas; 1976 – O Varão de Ipanema; 1977 – Noite em Chamas; 1978 – O Prisioneiro do Sexo; Meus Homens, meus Amores; 1979 – A Noite dos Imorais; Mulheres do Cais; Os Trombadinhas; Herança dos Devassos; Sede de Amar (Capuzes Negros); 1980 – Convite ao Prazer; Os Rapazes da Difícil Vida Fácil; 1981 – Eros, o Deus do Amor; Como Faturar a Mulher do Próximo (episódio: Baile do Cabide); 2005 – Cafuné; 2006 – Sarcófago Macabro (MM); 2008 – A Casa da Mãe Joana. MAYER, JOSÉ José Mayer Drummond nasceu em Jaraguagu, MG, em 3 de outubro de 1949. Filho de pais pobres, a mãe cabeleireira e o pai enfermeiro, começa sua carreira fazendo teatro estudanti l em 1968, em Belo Horizonte. Durante o ensaio geral de sua primeira peça, Se Correr o Bicho Pega, se Ficar o Bicho Come, é apedrejado pela repressão política. Nessa época, cursa o primeiro ano da Faculdade Federal de Filosofia e Letras. Formado, ganha a vida dando aulas, fazendo teatro paralelamente. Em 1977 tem sua primeira experiência na televisão, no Sítio do Pica-Pau Amarelo, como o Burro Falante. Em 1983 tem sua grande chance na TV, na minissérie Bandidos da Falange. Daí em diante, seus papéis vão crescendo e hoje é um dos principais atores do cast da TV Globo, participando de inúmeras novelas e minisséries, como O Pagador de Promessas (1988), Tieta (1989), Meu Bem, meu Mal (1990), De Corpo e Alma (1992), Pátria Minha (1994), A Indomada (1997), Meu bem Querer (1998), Laços de Família (2000), a minissérie Presença de Anita (2001), Esperança (2002), Mulheres Apaixonadas (2003), Senhora do Destino (2004) e Páginas da Vida (2006), como o galanteador Greg, A Favorita (2008), como Augusto César, e Viver a Vida (2009), como Marcos. Faz no cinema Enigma para Demônios (1974), Idolatrada (1983), Mil e Uma (1996) e mais recentemente Bufo & Spallanzani (2001), etc., dedicando sua carreira mais à televisão. É casado desde 1975 com a atriz Vera Fajardo e tem uma filha, Julia Fajardo (1984), atriz teatral. Ator excepcional, na vida pessoal é um homem simples, sossegado e equilibrado, preferindo a tranquilidade de sua casa às badalações do meio artísti co. Filmografia: 1974 – Enigma para Demônios; 1975 – A Mulher do Desejo; 1978 – Graças a Deus (CM) (atua e narra); 1979 – Os Verdes Anos (CM) (narração, com Vera Fajardo); 1980 – O Bandido Antonio Dó; 1983 – Idolatrada; 1984 – Nunca Fomos tão Felizes; 1987 – A Dama do Cine Shangai; Esta não é a sua Vida (CM) (narração); 1992 – Perfume de Gardênia; 1993 – Capitalismo Selvagem; 1994 – Mil e Uma; 1995 – Yndio do Brasil (voz); Chuvas e Trovoadas (CM) (narração); 1998 – Ação entre Amigos; 2001 – Bufo & Spallanzani; 2009 – Divã; 2010 – Amazônia Caruana. MAYER, LOURDES Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 13 de março de 1922. Filha da atriz Luíza Nazareth e irmã de Zilka Salaberry. Começa sua carreira na Rádio Nacional, com a peça As Máscaras, ao lado de Rodolfo Mayer. Estreia no cinema em 1939 no filme Onde Estás Felicidade? Em 1953 faz sua primeira novela, Coração Delator, e depois As Professoras, em 1955. Seguem-se outras como Retrato de Lara (1969), O Grito (1975), Dancin’ Days (1978), Vereda Tropical (1984) e Xica da Silva (1996), sua última novela. Foi, durante muitos anos, chefe do setor de elenco da TV Educativa do Rio de Janeiro, pela qual estava aposentada. Foi casada com o ator Rodolfo Mayer, com quem teve dois filhos, Rodolfo Mayer Jr. e Ricardo Mayer. Morre em 25 de julho de 1998, aos 78 anos de idade, vítima de insuficiência respiratória, decorrente de enfisema pulmonar, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1939 – Onde Estás Felicidade?;1964 – Sangue na Madrugada; 1969 – O Rei da Pilantragem; 1977 – Chuvas de Verão; Ibrahim do Subúrbio (episódio: Roy, o Gargalhador Profissional); 1988 – Sonhos de Menina-Moça. MAYER, RODOLFO Rodolfo Jacob Maier nasceu em São Paulo, SP, em 4 de fevereiro de 1910. Inicia sua carreira artística como amador no grupo de ex-alunos salesianos de São Paulo, na peça Médico à Força, de Molière. Como radioator, estreia em 1927 na Record, passando depois pela Nacional, Mayrink Veiga, Ipanema e Tupi. De 1931 a 1938 escreve peças para grupos de amadores, nas quais cada vez mais seu talento para as artes se sobressai de todas as formas. Em 1933 estreia como ator profissional e não para mais, representando no Brasil e no exterior. Tem atuação marcante também no cinema nos filmes O Mistério do Dominó Preto (1930), Obrigado, Doutor (1948) e Viagem aos Seios de Duilia (1964), etc. Na televisão, participa das novelas Quatro Filhos (1965), A Grande Viagem (1966), Redenção (1966), Legião dos Esquecidos (1968), Sangue do meu Sangue (1969), Dez Vidas (1969), Editora Mayo, Bom-Dia (1971), Os Fidalgos da Casa Mourisca (1972), Xeque-Mate (1976), O Direito de Nascer (1978), Dinheiro Vivo (1979), Cavalo Amarelo (1980) e Brilhante (1981), como Hernani Sampaio, sua última novela. entre outras. É um dos atores mais completos do Brasil, tendo demonstrado seu talento por seis décadas. Foi casado por décadas com a atriz Lourdes Mayer. Morre em 1985, aos 75 anos de idade. Filmografia: 1930 – O Mistério do Dominó Preto; 1931 – Casa de Caboclo; 1934 – Favela de meus Amores; 1937 – Samba da Vida; 1938 – Maridinho de Luxo; Tererê não Resolve; 1939 – Onde Estás Felicidade?; 1941 – Sedução do Garimpo; 1948 – Inconfidência Mineira; Obrigado, Doutor; 1949 – O Homem que Passa; 1955 – Mãos Sangrentas (Manos Sangrientas) (Brasil/Argenti na) (dublagem); 1956 – Leonora dos sete Mares; 1964 – Viagem aos Seios de Duilia; 1971 – A Inconfidência Mineira: a sua Produção (CM); 1972 – Coisas do Arco da Velha (CM); A Marcha; 1974 – Signo de Escorpião. MAYO, PATRÍCIA Rosa Maria da Costa nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 6 de dezembro de 1944. Estreia na televisão em 1962, aos 18 anos de idade, no especial Estranha Clementine. Não tarda a fazer sucesso, principalmente nos anos 1960, em novelas como O Sorriso de Helena (1964), Antonio Maria (1968), Simplesmente Maria (1970) e Como Salvar meu Casamento (1979). Estreia no cinema em 1969 no filme Uma Pistola para Djeca. Depois de 17 anos afastada da televisão, retorna em 1996 para atuar em Razão de Viver, pelo SBT. Retoma então sua carreira artísti ca depois em A Pequena Travessa (2002), Canavial de Paixões (2003), Seus Olhos (2004) e Cristal (2006). Filmografia: 1969 – Uma Pistola para Djeca; 1972 – O Grande Xerife. MAYO, ZILDA Zilda Sedenho nasceu em 2 de março de 1953, em Araraquara, SP. Trabalha como babá e vendedora. Começa sua carreira como demonstradora de uma empresa, o que a leva a viajar todo o Brasil. Em Belo Horizonte, faz dois comerciais, sua primeira experiência na vida artística. Em 1975, está a serviço no Rio de Janeiro, quando vê um anúncio na revista Amiga e se inscreve para trabalhar no filme Ninguém Segura essas Mulheres, produzido por Sílvio Santos. Faz uma pontinha, sendo essa sua estreia no cinema. É contratada como telemoça e trabalha um tempo como modelo de passarela. Depois, trabalha no Programa Sílvio Santos e no Programa Baccará, com Ronald Golias, fi cando quase um ano. Mas seu interesse é mesmo o cinema, no qual atua em mais de quarenta filmes, com destaque para Excitação (1977), O Caso Cláudia (1979) e O Instrumento da Máfia (1988). No teatro, participa de peças como Cordélia Brasil, A Outra Face e As Moças. Na televisão, estreia em Casa de Pensão, em 1982, faz depois Filhos do Sol (1991), Irmã Catarina (1996) e O Olho da Terra (1997), além de parti cipar de um teleconto, Angélica, pela Cultura. Atualmente dedica-se mais à produção de espetáculos teatrais. Está preparando seu livro de memórias, Zilda Mayo para os Íntimos, em que pretende desvendar os bastidores do mundo artístico. Em junho de 2009 é homenageada na mostra de cinema de Ouro Preto. Filmografia: 1975 – Ninguém Segura essas Mulheres (episódio: O Furo); Possuídas pelo Pecado; 1977 – Excitação; Internato de Meninas Virgens; Escola Penal de Meninas Violentadas; Presídio de Mulheres Violentadas; 1978 – Fugitivas Insaciáveis; Noite em Chamas; 1979 – A Ilha dos Prazeres Proibidos; O Caso Cláudia; Liberdade Sexual; O Matador Sexual; A Dama do Sexo; 1980 – O Doador Sexual; A Tara das Cocotas na Ilha do Pecado; Motel, Refúgio do Amor; Ninfas Insaciáveis; 1981 – Casais Proibidos; O Filho da Prosti tuta; As Meninas de Madame Laura; Volúpia do Prazer; 1982 – Mostrando Tudo (CM); Bacanais na Ilha das Ninfetas; Pecado Horizontal; Perdida em Sodoma; O Rei da Boca; As Gatas, Mulheres de Aluguel (episódio: Aretuza); Muitas Taras e um Pesadelo; As Safadas (episódio: Rainha do Fliperama); 1983 – O Cafetão; Tensão e Desejo; O Escândalo na Sociedade; Juventude em Busca do Sexo; Tudo na Cama; 1984 – Ivone, a Rainha do Pecado (Uma Mulher Provocante); Como Afogar o Ganso; Paraíso da Sacanagem; A Quinta Dimensão do Sexo; Transa Brutal (O Fim da Picada); 1985 – As Mil e uma Posições; O Império do Sexo Explícito; 1988 – O Instrumento da Máfia; Um Homem Diabólico. MAYSA Maísa Figueira Monjardim nasceu em São Paulo, SP, em 6 de junho de 1936. Em 1954, aos dezoito anos de idade, casa-se com o empresário André Matarazzo e entra para a alta sociedade. Nas reuniões de amigos, mostra sua voz e é incentivada a seguir carreira. O casamento dura até 1957, quando resolve investi r na carreira. Faz sucesso ao interpretar músicas românti cas como Ouça. Estreia no cinema em 1958, cantando um número musical no filme O Batedor de Carteiras. Envolvida com problemas de alcoolismo, vê sua carreira declinar rapidamente, a partir da década de 1960. É considerada uma de nossas melhores intérpretes e poderia ter realizado muito mais. Parti cipa das novelas O Cafona (1971), Bel Amy (1972) e Bravo! (1975). Morre prematuramente em 22 de janeiro de 1977, num acidente automobilístico, aos 40 anos de idade, na ponte Rio-Niterói, no Rio de Janeiro. É mãe do renomado diretor de televisão Jayme Monjardim (1956 – ), que, em janeiro de 2009 produz e dirige, pela TV Globo, a minissérie Maysa – Quando Fala o Coração, sobre a tumultuada vida de sua mãe. Filmografia: 1958 – O Batedor de Carteiras; O Camelô da Rua Larga; O Cantor e o Milionário; 1959 – Matemática Zero, Amor Dez; 1960 – Pequeno por Fora; 1962 – Esse Rio que eu Amo. MAZZAROPI Amácio Mazzaropi nasceu em São Paulo, SP, em 9 de abril de 1912. Aos dezesseis anos foge de casa para ser assistente do faquir Ferri. Em 1940, monta o Circo Teatro Mazzaropi e cria a Companhia Teatro de Emergência. Em 1948 vai para a Rádio Tupi, onde estreia o programa Rancho Alegre. Em 1950, inaugura a televisão no Brasil e para lá leva seu programa, com estrondoso sucesso. Abílio Pereira de Almeida, então produtor e diretor da Vera Cruz, procura um tipo diferente e curioso para estrelar uma comédia. Quando vê Mazzaropi na televisão, não tem dúvida e contrata-o para atuar em Sai da Frente (1952). O sucesso popular é tanto que Mazzaropi acaba se dedicando prati camente ao cinema. Participa de oito filmes como ator contratado e, em 1958, funda a Pam Filmes, Produções Amácio Mazzaropi. A partir daí, passa a produzir e dirigir seus filmes, sendo a primeira produção Chofer de Praça, em que ele emprega todas as suas economias. Com o filme pronto, falta dinheiro para fazer as cópias. Pega seu carro e sai pelo interior a fora fazendo shows até conseguir arrecadar a quantia necessária. O filme estreia e faz muito sucesso. O pano de fundo de quase todos os seus filmes é sempre uma fazenda, primeiro emprestada e depois a sua própria, chamada Fazenda da Santa, onde monta seus estúdios. Ali atravessa sua mais fértil fase e produz seus melhores filmes como Tristeza do Jeca (1961) e Meu Japão Brasileiro (1964). Com o tipo “Jeca”, o caipira de fala arrastada, tímido, mas cheio de malícia, arrasta multidões aos cinemas. Lança um filme por ano e sempre em 25 de janeiro, aniversário de São Paulo, e no cine Art-Palácio, que ele adota para lançamento das películas, pois o dono do cinema foi o que mais lhe apoiara no início da carreira de produtor. Fica milionário e paralelamente produz leite também, sendo um dos maiores fornecedores da empresa Leites Paulista. No início dos anos 1970 constrói novos estúdios e um hotel, também em Taubaté, numa área de 150 mil m2. Artista nato e empresário com muito tino comercial, é também desconfi ado e solitário. Nunca se casa, mas tem um fi lho adotivo, Péricles, que o ajuda na produção dos filmes. Morre em 13 de junho de 1981, aos 69 anos de idade, vítima de câncer na medula, logo após iniciar sua 33ª produção, Jeca e a Maria Tomba Homem. O império que constrói é dilacerado pelos herdeiros, com todos os seus bens indo a leilão, inclusive os filmes. Mazzaropi é sem dúvida o maior comediante do cinema brasileiro, sendo por muitos chamado de Chaplin do Brasil. Seu nome é sinônimo de sucesso e respeitado por todos, inclusive os críticos, que não gostam de seus filmes, mas se rendem ao seu talento não só como humorista mas como empreendedor. Construiu um estilo que será sempre imitado mas jamais superado. Como disse Paulo Emílio Salles Gomes, o melhor dos filmes de Mazzaropi é ele mesmo. O Hotel-fazenda onde era seu estúdio em Taubaté vira o Museu Mazzaropi, com 10 mil peças de acervo do velho cineasta. Em abril de 2010 foi inaugurado um centro de convenções dentro do terreno do hotel onde o acervo estará permanentemente exposto, além da projeção de seus filmes e debates sobre sua obra. Nos últimos dois anos, três livros sobre Mazzaropi foram lançados, Mazzaropi – Uma Antologia de Risos, de Paulo Duarte, editado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, Mazzaropi – O Caipira Mais Caipira do Brasil, de Galileu Garcia, Editora Ilelis, 2009 e Sai da Frente!: A Vida e a Obra de Mazzaropi, de Marcela Bati sta de Matos, Editora Desiderata, 2010. Filmografi a (ator): 1952 – Sai da Frente; 1953 – Nadando em Dinheiro; 1954 – Candinho; 1955 – A Carrocinha; 1956 – Gato de Madame; Fuzileiro do Amor; 1957 – O Noivo da Girafa; 1958 – Chico Fumaça; Chofer de Praça; 1959 – Jeca Tatu; 1960 – As Aventuras de Pedro Malazartes; Zé do Periquito; 1961 – Tristeza do Jeca; 1962 – O Vendedor de Linguiças; 1963 – Casinha Pequenina; O Lamparina; 1964 – Meu Japão Brasileiro; 1965 – O Puritano da Rua Augusta; 1966 – O Corintiano; 1967 – O Jeca e a Freira; 1968 – No Paraíso das Solteironas; 1969 – Uma Pistola para Djeca; 1970 – Betão Ronca Ferro; 1971 – Um Caipira em Bariloche; O Grande Xerife; 1973 – Portugal... Minha Saudade; 1974 – Jeca Macumbeiro; 1975 – Jeca contra o Capeta; 1977 – Jecão... um Fofoqueiro no Céu; 1978 – Jeca e seu Filho Preto; 1979 – A Banda das Velhas Virgens; 1980 – Jeca e a Égua Milagrosa; 1981 – Jeca e a Maria Tomba Homem (inacabado). Filmografia (diretor): 1960 – As Aventuras de Pedro Malazartes; Zé do Periquito (codirigido por Ismar Porto); 1961 – Tristeza do Jeca; 1965 – O Puritano da Rua Augusta; 1967 – O Jeca e a Freira; 1968 – No Paraíso das Solteironas; 1970 – Betão Ronca Ferro (codirigido por Pio Zamuner); 1971 – Um Caipira em Bariloche (codirigido por Pio Zamuner); 1973 – Portugal... Minha Saudade (codirigido por Pio Zamuner); 1974 – Jeca Macumbeiro (codirigido por Pio Zamuner); 1975 – Jeca contra o Capeta (codirigido por Pio Zamuner); 1977 – Jecão... um Fofoqueiro no Céu (codirigido por Pio Zamuner); 1979 – A Banda das Velhas Virgens (codirigido por Pio Zamuner); 1980 – Jeca e a Égua Milagrosa (codirigido por Pio Zamuner). MAZZEO, ALCIONE Nasceu em Santos, SP, em 27 de maio de 1952. Inicia sua carreira na televisão, em 1973, no humorístico Chico City. Com sua beleza e plástica perfeita, logo chama a atenção. Nesse mesmo ano estreia no cinema no filme O Descarte, ao lado de Ronnie Von e Glória Menezes, com direção de Anselmo Duarte. Em seguida é escalada para os humorísti cos Sati ricom (1973) e Planeta dos Homens (1976). Passa a alternar a carreira de atriz entre televisão e cinema. Em 1978 faz sua primeira novela, Pecado Rasgado, seguindo-se Baila Comigo (1981) e Sol de Verão (1982). No cinema, muito requisitada, participa de vários fi lmes, com destaque para Tem Folga na Direção (1976) e O Incrível Monstro Trapalhão (1980). A partir dos anos 1990 vê sua carreira declinar e passa a fazer aparições esporádicas em programas como Você Decide (1996) e, mais recentemente, A Diarista (2005), ambos exibidos pela TV Globo. Foi casada com o humorista Chico Anysio, com quem teve um filho, Bruno Mazzeo (1977 – ), roteirista, ator e apresentador, contratado da TV Globo. Com a carreira em declínio, volta a estudar e forma-se em turismo e trabalha de guia turística no Rio de Janeiro. Filmografia: 1973 – O Descarte; Amante Muito Louca; 1974 – O Exorcismo Negro; 1975 – O Estranho Vício do Dr. Cornélio; 1975 – Cada um Dá o que Tem (episódio: O Despejo); 1976 – Tangarela, a Tanga de Cristal; Já não se Faz Amor como Anti gamente (episódio: Flor de Lys); Tem Folga na Direção; 1980 – O Incrível Monstro Trapalhão; 1981 – Mulher Sensual (Novela das Oito); 1982 – Perdida em Sodoma. MAZZEO, BRUNO Bruno Mazzeo de Oliveira Paula nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 3 de maio de 1977. É filho do humorista Chico Anysio e da atriz Alcione Mazzeo. Em 1991 já é roteirista do programa Escolinha do Professor Raimundo, onde fica até 1994, seguindo-se, Chico Total (1997), Sai de Baixo (1998), Vida ao Vivo Show (1999), O Belo e as Feras (2000), Domingão do Faustão (2002), etc., mas seu maior sucesso é Cilada, que foi ao ar pelo canal Multi show e virou quadro do Fantástico, pelo qual recebe, em 2008, o Prêmio Qualidade Brasil como melhor programa de dramaturgia, em TV a cabo. Em 1996 escreve o livro Brasil 2020 – Socorro!. O Futuro Chegou. Estreia como ator em 2003 em Papo Irado, fez novelas: Pé na Jaca (2007) e Beleza Pura (2008) e no teatro inicia em 1996 com a peça O Piauí é Aqui, ou Não? e, entre outras, O Segredo do Pênis (2002/2007) e Enfi m Sós (2009). Talentoso, cria vários tipos como Hilário, o Contador de Piadas e Antonio Speed. Muito inteligente e versátil, estreia no cinema em 2010 no filme Muita Calma Nessa Hora, de Fernando Joffily. Atuando em diversos segmentos, já é um nome muito respeitado no meio artístico brasileiro. Foi casado com a atriz Renata Castro Barbosa, com quem tem um fi lho, João. Filmografia: 2010 – Muita Calma Nessa Hora. MAZZUCA, SYLVIO Nasceu em São Paulo, SP, em 21 de maio de 1919. Filho de imigrantes italianos, começa a tocar piano aos seis anos de idade. Aos dez, toca órgão na Igreja da Nossa Senhora da Acchiropita, substituindo o pai. Aos doze, como pianista, participa da orquestra da Sociedade Recreati va Dramáti co-Esporti va Gabrielle D’Annunzio. O primeiro trabalho como profissional acontece na Rádio Tupi, em 1938. Nessa época, tenta largar a música para estudar Medicina, mas o dom artístico fala mais alto, e Mazzuca resolve dedicar-se integralmente à carreira musical. Em 1942 forma sua primeira orquestra e trabalha na boate Clipper. Em seguida ingressa na Rádio Bandeirantes e depois TV Excelsior, lá permanecendo até o final. Nas décadas de 1960/1970 as orquestras estão em baixa, por causa dos conjuntos musicais, que usam amplificadores e guitarras. É uma época difícil para ele, que dá a volta por cima em 1980, ao ser convidado para participar do programa Festa-Baile, ao lado de Agnaldo Rayol. No cinema, faz sua estreia em 1959, no filme Cala a Boca, Etelvina, ao lado de Dercy Gonçalves. Nos anos 1980/1990, apresenta-se em bailes na capital e interior, acumulando mais de 50 anos de carreira. Morre em 22 de janeiro de 2003, aos 82 anos, em São Paulo, em decorrência de uma síndrome séptica. Deixa dois filhos, Sylvio de Oliveira Mazzuca, diretor da Escola de Administração da Fundação Getúlio Vargas, e Sylvio Mazzuca Jr, contrabaixista profissional. Filmografia: 1959 – Cala a Boca, Etelvina; Matemática Zero, Amor Dez; 1987 – Besame Mucho. MECENI, CARLOS Nasceu em 1949. Formado em Pedagogia pela UNISA em 1973 e em cinema pela FAAP em 1975. Em 1971 estreia como ator profissional no teatro, na peça Arena Contra Zumbi. Entre os anos 1970/1980, dedica-se somente ao teatro, como ator, produtor e diretor, em dezenas de peças, recebendo vários prêmios como o APCA, Governador do Estado, Molière, etc. Em 1985 faz seu primeiro filme, Jogo Duro, de Ugo Giorgetti , a partir de então passa a ser chamado para diversas produções, entre longas e curtas, com destaque para Ação entre Amigos (1998), Bellini e a Esfinge (2001), Tapete Vermelho (2006), Os Inquilinos (2009), etc. Na televisão, em 1996 participa da minissérie Irmã Catarina, pela CNT, como Escrivão. Hoje alterna sua carreira entre as três modalidades, sempre em papéis coadjuvantes de destaque, dando força a trama. Pela TV Globo, foi o Juarez de Páginas da Vida (2007), o juiz em Pé na Jaca (2007), o promotor em A Favorita (2008), o Pietro em Três Irmãs (2008), o Pompeia na minissérie Maysa – Quando Fala o Coração (2009), etc. Carlos também foi professor de teatro em diversas escolas de São Paulo como Escola Experimental Irmã Catarina, Escola Experimental I.L.Peretz, Faculdade de Letras de Rio Claro, ESPM, etc. A partir de 2002 ocupa os cargos de presidente da APETESP, diretor-presidente da TV Canal Comunitário da Cidade de São Paulo, diretor-presidente da APACE e diretor-presidente da ECOTV, no ABC Paulista. Em outubro de 2009 Meceni teve uma veia rompida na perna e foi necessária a amputação de parte dela. Filmografia: 1985 – Jogo Duro; 1994 – Efeito Ilha; 1995 – 16060; 1998 – Alô?; Ação entre Amigos; A Árvore de Natal (CM); 1999 – Ano Novo (CM); 2000 – A Caravela (CM); Dança (CM); 2001 – A Revolta do Video Tape (CM); Bellini e a Esfinge; 2003 – Serviço Sujo; De Passagem; 2005 – Estamos Apenas Ensaiando (CM); 2006 – Tapete Vermelho; 2008 – Orquestra de Meninos; 2009 – O Menino da Porteira; Inquilinos; 2010 – Amanhã Nunca Mais. MEDEIROS, LEONARDO Leonardo Wilson de Medeiros, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20 de novembro de 1964. Estuda artes cênicas na USP e na Britsh Theatre Association, tendo como professor Luther James do Actors Studio. Começa sua carreira no teatro, ao parti cipar de muitas peças como Temporada de Gripe (2003), Avenida Dropsie (2005) e Não sobre o Amor (2008). Estreia no cinema em 1993 no filme Alma Corsária, de Carlos Reichenbach e não para mais, desenvolvendo forte carreira cinematográfica, sendo muito requisitado pelos produtores, pelo seu poder de interpretação de personagens fortes, como em Lavoura Arcaica (2001), pelo qual recebe o prêmio de melhor ator no Festival de Brasília, e Veneno da Madrugada (2004). Em 1997 Faz sua primeira novela, no SBT, Ossos do Barão. Na TV Globo participa da minissérie A Muralha (2000) como Leonel Olinto, Os Maias (2001), como Taveira e a novela A Favorita (2008), como o prefeito traído Elias, na qual fica conhecido nacionalmente. Mas é do cinema que ele gosta, ao participar de várias novas produções como Feliz Natal (2008) e Budapeste (2009). É um grande ator brasileiro. Filmografia: 1993 – Alma Corsária; 1997 – Sem Saída (CM); 2001 – Lavoura Arcaica; 2003 – Onde Quer que Você Esteja (CM); Bem-Te-Vi (CM); 2004 – Cabra-Cega; 2005 – O Veneno da Madrugada (Brasil/Argenti na/Portugal); Quanto Vale ou é por Quilo?; 2006 – O Cheiro do Ralo; A Vida ao Lado (CM); 2007 – Cinco Frações de uma Quase História; Simples Mortais; Não por Acaso; Corpo; 2008 – Fim da Linha; Nossa Vida não Cabe num Opala; Feliz Natal; Terra Vermelha (BirdWatchers – La Terra Degli Uomini Rossi) (Itália/Brasil); 2009 – Budapeste; Histórias de Alice; Garibaldi in América (Itália/Brasil); Insolação. MEDEIROS, RAÍSSA Raissa Roberto nasceu em Campinas, SP, em 1º de maio de 1992. Atriz mirim, inicia sua carreira na televisão em 2000, aos oito anos de idade, na novela Chiquiti tas Brasil, como Talita Tali. Passa pela TV Record, em Roda da Vida (2001), como Jardim, até chegar à TV Globo em 2002, para interpretar Carlota Joaquina criança. Como seu contrato previa apenas essa participação especial, retorna ao SBT para atuar na novela Marisol (2002), como Sofia. De volta à TV Globo, firma-se no papel de Pilar, em Kubanacan. Estreia no cinema em 2006 no filme Os 12 Trabalhos. Também parti cipa de inúmeros comerciais de televisão. Filmografia: 2006 – Os 12 Trabalhos. MEDEIROS, REJANE Nasceu em Acari, RN, em 8 de fevereiro de 1944. Ainda criança frequentava o cinema de sua cidade, adorava o barulho do projetor e sonhava ser atriz de cinema. Aos cinco anos de idade muda-se para Natal. Adolescente vai para o Rio de Janeiro tentar a carreira artística e é descoberta por Roberto Farias, que recruta o elenco para o filme Selva Trágica, em 1964. Rejane é aprovada e estreia no cinema, ao lado do galã Reginaldo Faria, que também foi seu professor artístico. Atua também em O Guru das sete Cidades (1973) e O Torturador (1980). Em 1974 tenta carreira internacional na Itália, mas consegue fazer apenas dois seriados para a televisão, sem maior repercussão, são eles: Il Giovane Garibaldi (1974), como Anita Garibaldi, e Alle Origini Della Mafia (1976). De volta ao Brasil, casa-se com o pianista/maestro/compositor Egberto Gismonti, com quem teve dois fi lhos, também músicos, Bianca e Alexandre, e abandona a carreira cinematográfica. Rejane foi um dos mais belos rostos do cinema brasileiro dos anos 1960/1970, tendo sido capa de revistas no mundo inteiro e com talento reconhecimento internacionalmente. Filmografia: 1964 – Selva Trágica; 1965 – Entre o Amor e o Cangaço; 1967 – Tarzan e o Menino da Selva (Tarzan and the Jungle Boy) (Brasil/EUA/Suíça); 1969 – Meu Nome É Lampião; 1970 – A Vingança dos Doze; Pecado Mortal; Sangue Quente em Tarde Fria; 1973 – Guru das sete Cidades; 1974 – A Noite do Espantalho; 1976 – Soledade; 1977 – Anchieta, José do Brasil; 1980 – O Torturador. MEDINA, JOSÉ Nasceu em Sorocaba, SP, em 14 de abril de 1894. Em 1910 já é projecionista de cinema. Em 1912 muda-se para São Paulo e aprofunda seus estudos em cinema e fotografia. Em 1918 vai para o Rio de Janeiro para trabalhar com Gilberto Rossi, fotografando O Crime da Mala. De volta a São Paulo, em 1919, faz seu primeiro filme, Quando Deus Castiga. Entre outros, seguemse Perversidade (1920), seu primeiro longa, Do Rio a São Paulo para Casar (1922) e Gigi (1925). Como ator, parti cipa, na maioria, dos filmes que dirige, como os citados acima. A partir dos anos 1930 trabalha como radialista. Em 1943 produz seu último filme, o curta O Canto da Raça. Pioneiro do cinema paulista e respeitado por todos, morre em 25 de agosto de 1980, aos 86 anos de idade, em São Paulo. Filmografia (ator): 1922 – Do Rio a São Paulo para Casar; Perversidade; Prelúdio que Regenera; 1924 – No Silêncio da Noite; 1925 – Gigi. Filmografia (diretor): 1919 – Exemplo Regenerador (CM); 1921 – Assuntos e Atualidades de São Paulo (CM); Perversidade; Carlitinhos (CM); 1922 – A Culpa dos Outros (CM); Do Rio a São Paulo para Casar; 1925 – Nos Pantanais do Mato Grosso (MM); Gigi; 1926 – Passando o Conto (CM); 1929 – Fragmentos da Vida (MM); 1943 – O Canto da Raça (CM). MEDINA, MARÍLIA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Inicia sua carreira no teatro em 1987. Participa de muitas peças como Se Correr o Bicho Pega, se Ficar o Bicho Come, Lavanderia Brasil, direção de Moacyr Chaves, Disk-Ofensa, direção de Bruno Garcia, Apareceu a Margarida, também direção de Bruno Garcia. Em 1997 estreia na televisão em um episódio do programa Você Decide, depois a minissérie Labirinto (1998), como Suzana; Brava Gente (2002), no papel de Valéria; e Avassaladoras – a Série (2006), interpretando Soraia. No cinema, seu primeiro filme é o curta Promessas – Histórias de uma Conversão, em 1999, ao lado de Murilo Rosa e direção de Heloisa Perissé. Filmografia: 1999 – Promessas – História de uma Conversão (CM); 2001 – Ismael e Adalgisa (CM); 2005 – Mais uma Vez o Amor; 2006 – Mulheres do Brasil; 2007 – Mulheres Sexo Verdades Mentiras; 2009 – Sildenafil (CM); 2010 – Como Esquecer. MEDREK, DIVA Nasceu em Curitiba, PR, em 15 de abril de 1955. Com quatorze anos integra um grupo folclórico, dançando e representando por todo o Brasil. Em 1972, já como manequim, desfi la profi ssionalmente pela primeira vez, em Santa Catarina, mostrando toda a linha de produtos de uma importante fábrica de toalhas. Ainda em Curitiba, faz sua estreia no teatro, na peça O Casamento na Aldeia. Concilia sua carreira com os estudos de Contabilidade e Inglês. É contratada pela TV Tupi, fazendo pequenos papéis em novelas. Atua nos filmes Pintando o Sexo (1976), As Amiguinhas (1978), Caçadoras do Sexo (1981), etc., sempre pornochanchadas. Com o fim do gênero, abandona o cinema. Filmografia: 1977 – Pintando o Sexo; Fruto Proibido; 1978 – A Deusa de Mármore – Escrava do Diabo; As Amiguinhas; O Eróti co Virgem; Perversão (Estupro!); 1979 – Violência e Sedução; 1981 – Caçadoras do Sexo. MEHLER, MIRIAM Nasceu em Barcelona, Espanha, em 15 de setembro de 1935. Em 1938 chega ao Brasil com os pais, os alemães Karl e Ilse, e sua única irmã Ruth. Estuda no EAD, Escola de Arte Dramática da USP, entre 1954 e 1957, e logo inicia sua carreira no teatro. Estreia profissionalmente em 1958 na peça Os Apaixonados, de Fernand Crommelynck, com direção de Alfredo Mesquita, ao lado dos também iniciantes Nelson Xavier, Ruthinéa de Moraes e Francisco Cuoco. No mesmo ano ensaia seus primeiros passos na televisão, em Séti mo Céu, como Diana. Sua carreira começa a deslanchar. Foram inúmeras novelas como Redenção (1966), A Cabana do Pai Tomás (1969), O Príncipe e o Mendigo (1972), O Direito de Nascer (1978), Cortina de Vidro (1989), Fascinação (1998) e Cristal (2006). Em 1967 estreia no cinema, no curta A Pedra, de Abrão Berman. Trabalha muito como dubladora também. Foi casada com o ator Perry Salles, de 1968 a 1971, com quem teve seu único filho, Rodrigo, nascido em 1969, que morreu em 1990, aos 21 anos, vítima de acidente de moto, sendo essa a maior tristeza de sua vida. Em 2005 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, pela Coleção Aplauso, lança sua biografia, Miriam Mehler – Sensibilidade e Paixão, de autoria de Vilmar Ledesma. Filmografia: 1967 – A Pedra (CM); 1968 – As Amorosas (dublando Jacqueline Myrna); O Bandido da Luz Vermelha; 1970 – Juliana do Amor Perdido (dublagem de Maria do Rosário Nascimento e Silva); 1973 – Mestiça, a Escrava Indomável; Compasso de Espera (dublagem de Renée de Vielmond); 1978/1982 – Dora Doralina; 1980 – Ato de Violência; 2007 – Chega de Saudade. MEIRA, TARCÍSIO Tarcísio Magalhães Sobrinho nasceu em São Paulo, SP, em 5 de outubro de 1935. Filho de Raul Pompeia Magalhães, mineiro de Guaxupé, dentista, e Maria do Rosário Meira de Magalhães, paulista de Rio Claro. Menino, neto de fazendeiros, adora andar a cavalo, correr e brincar nas plantações. Muito jovem, começa a trabalhar como oficial de gabinete, queria ser diplomata, mas não conseguiu. Ao acompanhar uma namorada que encenava uma peça de teatro, Tarcísio foi chamado para substituir um ator que não viera. Nessa época é reprovado no exame de Português para o Instituto Rio Branco. Sua estreia profissional acontece em 1957, na peça A Hora Marcada e em 1959 já brilha em O Soldado Tanaka, a convite de Sérgio Cardoso. Já com nome artísti co de Tarcísio Meira, estreia na televisão em Noites Brancas, no Grande Teatro Tupi, mas não gostou de sua atuação e pensou em desistir da carreira. Depois segue a novela Maria Antonieta, em 1961. Nesse mesmo, ano, ao participar da radionovela Um Pires Amargo na Tupi e conhece Glória Menezes, com quem se casa em 1962, formando um dos casais de maior sucesso da televisão brasileira. Faz grandes novelas como A Intrusa (1962), A Noite Eterna (1962), Cleópatra (1962), 2-5499 Ocupado (1963), Ambição (1964), A Deusa Vencida (1965), Alma de Pedra (1966), A Rosa Rebelde (1969), Irmãos Coragem (1970), Cavalo de Aço (1973), Escalada (1975), Os Gigantes (1980), Roda de Fogo (1986), O Rei do Gado (1996), Torre de Babel (1998), Um Anjo Caiu do Céu (2001), O Beijo do Vampiro (2002), Senhora do Destino, Bang-Bang (2005), Páginas da Vida (2006), Duas Caras (2008) e A Favorita (2008), além de programas e minisséries como Grande Sertão: Veredas (1985), Hilda Furacão (1998), Você Decide (1993/1999) (dois episódios), Sai de Baixo (2001) (um episódio) e Um só Coração (2004). No cinema desde 1963, e, durante as décadas de 1960/1970 faz sólida carreira em fi lmes como Casinha Pequenina (1963), sua estreia, A Máscara da Traição (1969), Independência ou Morte (1972), Eu (1987), etc. É considerado um dos maiores galãs da televisão brasileira. Hoje, dá-se ao luxo de escolher os papéis que interpreta. Com Glória, tem um fi lho, Tarcísio Filho (1964), que também é ator. Filmografia: 1963 – Casinha Pequenina; 1965 – A Desforra; 1969 – Quelé do Pajeú; Máscara da Traição; 1970 – Verão de Fogo (OSS 117 Prend Des Vacances) (França/Brasil/Itália); Amemo Nus (inacabado); 1971 – As Confi ssões do Frei Abóbora; 1972 – O Grito (CM); Independência ou Morte; Missão: Matar; 1974 – O Marginal; 1979 – O Caçador de Esmeraldas; República dos Assassinos; 1981 – O Beijo no Asfalto; A Idade da Terra; 1982 – Amor Estranho Amor; 1985 – Eu te Amo; 1987 – Eu; 1989 – Solidão, uma Linda História de Amor; 1990 – Boca de Ouro; 2007 – Anabazys (depoimento). MEIRELES, LUCY Nasceu em Itirapina, SP, em 7 de setembro de 1928. Inicia sua carreira artística no teatro. Em 1962 Ary Fernandes convida-a a participar da série O Vigilante Rodoviário, e acaba por participar do último episódio da série, A Extorsão, ao lado de Tony Campello e Luciano Gregory, totalmente rodado no Guarujá, esta que viria a ser sua única experiência no cinema. Em 1965 estreia na televisão na novela A Sombra do Passado, pela extinta TV Paulista. Acaba dedicando boa parte de sua carreira à televisão, com relativo sucesso, sempre como coadjuvante, ao participar de novelas importantes como Dez Vidas (1969), Mulheres de Areia (1973), Éramos Seis (1977) e João Brasileiro, o Bom Baiano (1978), sua última novela. Muito jovem, morre em São Paulo, de ataque cardíaco, em 7 de agosto de 1982, aos 53 anos de idade. Filmografi a: 1961/1962 – A Extorsão (episódio da série Vigilante Rodoviário); 1966 – Vigilante e os Cinco Valentes (episódio: A Extorsão). MEIRELES, NICE Cleunice Ferreira Meireles nasceu em Cataguases, MG, em 29 de setembro de 1962. Estreia no cinema em 1982 no filme As Aventuras de um Paraíba. Na televisão, participa da novela Paraíso, em 1982. Filmografia: 1982 – As Aventuras de um Paraíba; 1988 – Prisioneiro do Rio (Prisioner of Rio) (Brasil/Polônia/Suíça). MEIRELES, TOTIA Maria Elvira Meirelles nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de outubro de 1958. Aos seis anos de idade começa a fazer balé, com aulas no Círculo Militar, no Rio de Janeiro. Cursa Educação Física e torna-se professora de balé. Em seguida é aprovada para o musical Chorus Line e inicia carreira no teatro. Já como profi ssional, participa de peças importantes como Os Monólogos da Vagina, de Miguel Falabella, e Cristal Bacharach, de Charles Moeller e Cláudio Botelho. Em 1989 faz sua primeira novela, Que Rei Sou Eu?, como a prostituta Monah. Em seguida é convidada para parti cipar da Escolinha do Professor Raimundo. Inicia assim sua carreira de atriz coadjuvante em novelas e minisséries como Mulheres de Areia (1993), O Fim do Mundo (1996), Perdidos de Amor (1996), Suave Veneno (1999), O Clone (2001), mas tornase conhecida em todo o Brasil como Vera, mãe de Radar (Duda Nagle). Passa a ser então muito requisitada, numa sequência espetacular, como a Vera, mãe de Lurdinha (Cleo Pires) em América (2005), a Silvana de Cobras e Lagartos (2006), a Jandira de Duas Caras (2008), a Catarina de Casos e Acasos (2008) e a Aída Mota de Caminho das Índias (2009). Estreia no cinema no mesmo ano no filme Apolônio Brasil, Campeão da Alegria. Está casada desde 1990 com o médico Jaime Rabacov (1957) mas não tem fi lhos. Embora tenha começado tarde sua carreira na televisão e cinema, hoje é reconhecidamente uma grande atriz brasileira. Filmografia: 2003 – Apolônio Brasil, Campeão da Alegria. MELLINGER, ESTHER Nasceu em Belo Horizonte, MG, em 7 de agosto de 1938. De infância muito feliz, que inclui banhos de córrego, fogão de lenha e tachos de doce de leite, ainda menina muda-se para o Rio de Janeiro, estuda no Colégio Anglo-Americano e aprende balé, violão e piano. Nessa época surge a vontade de ser atriz e matricula-se na Academia de Teatro de Dulcina de Morais. Faz sua primeira peça na Companhia de Aurimar Rocha e não para de atuar, participando de dez peças seguidas, entre elas A Compadecida. No cinema, atua em Juventude sem Amanhã (1958), quando é eleita Rainha do VI Festi val de Cinema do Distrito Federal, Orfeu do Carnaval (1959) e O Homem do Corpo Fechado (1972), etc. Na televisão, estreia em 1968 na novela Beto Rockfeller. Depois parti cipa de O Grito (1975) e Os Gigantes (1979), quando encerra sua carreira artísti ca. Filmografia: 1958 – Juventude sem Amanhã; 1959 – Aí Vêm os Cadetes; Orfeu do Carnaval (Orphée Noir) (França); 1961 – Quero Morrer no Carnaval (Quiero Morir en Carnaval) (México/Brasil); 1962 – Esse Rio que eu Amo (episódio: A Morte da Porta-Estandarte); 1965 – Vereda da Salvação; Interpol Chamando Rio (Interpol Llamando a Río) (Brasil/Argentina); Seara Vermelha; 1967 – A Lei do Cão; 1972 – O Homem do Corpo Fechado. MELLO, ANGELITO Nasceu em Santana do Livramento, RS, em 1919. Inicia sua carreira artística como cantor de tangos. Em 1954 estreia no cinema no filme Toda a Vida em Quinze Minutos, dirigida pelo também gaúcho Pereira Dias. Faz mais de quarenta fi lmes, muitos deles produções gaúchas em que podia enaltecer e mostrar sua terra natal que tanto amava. Estreia na televisão em 1966 na novela O Sheik de Agadir, pela TV Globo, no papel de Ibrahim. Depois, entre outras, fez Bandeira 2 (1971), como Cardoso, O Bem-Amado (1973), como Mestre Ambrósio, o pescador ingênuo e bom, talvez seu melhor momento na televisão, como o irmão do Zeca Diabo (Lima Duarte), O Astro (1977), como Dr. Tiago, e Dona Beija (1986), como Messias, já pela TV Manchete, sua última novela. No cinema, brilha em O Grande Momento (1958), O Bravo Guerreiro (1969), Joanna Francesa (1975) e Na Boca do Mundo. Ator de grandes qualidades, morre em Magé, RJ, em 1989, aos 70 anos de idade, em um acidente automobilístico, quando se dirigia ao seu sítio. Filmografia: 1954 – Toda a Vida em Quinze Minutos; 1957 – Paixão de Gaúcho; 1958 – Pista de Grama (Um Desconhecido Bate à Porta); O Grande Momento; 1959 – Os Três Cangaceiros; Titio não é Sopa; Maria 38; 1960 – Virou Bagunça; Eu Sou o Tal; 1961 – Teus Olhos Castanhos; Três Colegas de Batina; 1962 – Rio à Noite (como ele mesmo); 1964 – Sangue na Madrugada; 1965 – Encontro com a Morte (Em Legítima Defesa) (Brasil/Portugal); Um Ramo para Luíza; 1966 – Um Diamante e Cinco Balas; 1968 – Cristo de Lama (A História de Aleijadinho); O Homem Nu; Antes, o Verão; 1969 – Chegou a Hora, Camaradas; O Bravo Guerreiro; Viver de Morrer; 1970 – Não Aperta, Aparício; Amor em Quatro Tempos; Vida e Morte de um Canalha; Quatro contra o Mundo (episódio: História da Praia); Memórias de um Gigolô; 1971 – Gaudêncio, o Centauro dos Pampas; A Vida de Jesus Cristo; O Vale do Canaã; 1972 – O Supercareta; Guru das sete Cidades; 1973 – O Homem do Corpo Fechado; 1975 – Joanna Francesa; 1977 – O Crime do Zé Bigorna; 1978 – Na Boca do Mundo; Maneco, o Supertio; Meu Pobre Coração de Luto. MELLO, BRENO Breno Higino de Mello nasceu em Porto Alegre, RS, em 7 de setembro de 1931. Desde cedo apaixonado por futebol, é revelado no Renner de Porto Alegre, clube pelo qual se torna ídolo nos anos 1950. Depois transfere-se para o futebol carioca e joga no Fluminense, onde conhece Pelé. Um dia, andando pela rua, depois de um jogo em que o Fluminense havia empatado com o Bangu, recebe o convite para parti cipar do filme Orfeu do Carnaval, produção francesa filmada no Brasil e que depois ganharia o prêmio de melhor película em Cannes, consagrando Breno Mello. É o escolhido, entre 300 candidatos. Faz depois O Santo Módico (1964) e Negrinho do Pastoreio (1973). O cineasta argentino Maurício Beru pretende fazer um documentário intitulado Orfeu do Carnaval, Mito e Ilusão, contando sua vida. Em 2004, a TV francesa produziu o documentário À La Recherche d’Orfeu Negro, com depoimento de Breno e outras personalidades brasileiras. Nos últimos anos vivia em Florianópolis com sua segunda esposa, Amelina Santos Correa, conhecida como Mana, com quem teve sua filhs mais nova, Letícia Mello. Casado por duas vezes, teve cinco filhos. Morre em 14 de julho de 2008, em Porto Alegre, aos 76 anos de idade, de infarto. Filmografia: 1959 – Orfeu do Carnaval (Orphée Noir) (França); 1963 – Rata de Puerto (Argenti na); 1964 – O Santo Módico (Brasil/França); 1965 – Os Vencidos; 1973 – Negrinho do Pastoreio; 1988 – Prisioneiro do Rio (Prisioner of Rio) (Brasil/Polônia/Suíça); 1994 – Alva Paixão: Cruz e Souza – Final do Século XIX (CM); 2004 – O Papão de 54 (depoimento); 2010 – A Descoberta de Orfeu. MELLO, CLÁUDIA Nasceu em São Paulo, SP, em 27 de fevereiro de 1950. Cláudia se preparava para prestar vestibular de Arquitetura quando começa a fazer teatro na Universidade Mackenzie e não sai mais, deixando a Arquitetura de lado definitivamente. Em seguida casase com um músico e afasta-se do Brasil, morando muitos anos na Europa. De volta ao País, dedica-se ao teatro, em diversas peças como O Abajur Lilás, Fulaninha e Dona Coisa, Às Margens do Ipiranga, A Boa Alma de Setsuan, Caixa 2, A Babá, As Turca, etc. Estreia na televisão em 1970 pela Tupi no megassucesso Simplesmente Maria, ao lado de Yoná Magalhães e Tony Ramos, depois Hospital (1971) e Vitória Bonelli (1972). Faz pouco cinema, estreando em 1970 no filme de época A Moreninha, de Glauco Mirko Laurelli. Sempre tendo o teatro como principal atividade, retorna à televisão somente em 1994, agora no SBT para atuar em Éramos Seis, depois As Pupilas do Senhor Reitor (1995), Razão de Viver (1996) e Serras Azuis (1998). Ainda pelo SBT participa do humorístico Meu Cunhado (2004), ao lado de Ronald Golias, e da novela Revelação (2008), de Íris Abravanel. Retorna ao cinema em 1994 para atuar no filme A Causa Secreta, de Sérgio Bianchi, diretor dos seus três últimos filmes, além deste, Cronicamente Inviável (2000) e Quanto Vale ou é por Quilo? (2005), em atuação que lhe rende o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante do FIESP/ SESI do Cinema Paulista. De 2005 a 2007 finalmente chega à TV Globo para participar com muito brilho do sitcom A Diarista, como Dalila. No teatro, apresenta O Chorinho (2007), com Caio Blat, o infantil O Aprendiz e o Maestro (2008) e A Alma Boa de Setsuan (2008), de Brecht. Essencialmente teatral, como diz, sobre a televisão, Cláudia comentou em uma entrevista: (...) A televisão nos dá muita visibilidade, é verdade... Mas eu sempre me acostumei a não pensar em resultados. Eu quero fazer um trabalho bom... E só. Trabalho com gente de primeira qualidade: da produção, da equipe, dos atores, da direção (...). Foi casada também com o ator Juca de Oliveira. Filmografia: 1970 – A Moreninha; 1981 – O Homem Descasado (CM); 1994 – A Causa Secreta; 2000 – Cronicamente Inviável; 2005 – Quanto Vale ou é por Quilo?; 2009 – Os Inquilinos. MELLO, DANTON Danton Figueiredo Mello nasceu em Passos, MG, em 29 de maio de 1975. De carreira precoce, faz sua primeira novela em 1985, com 10 anos de idade, A Gata Comeu. Inicia sólida carreira na televisão, ao participar das novelas Novo Amor (1986), Mandala (1987), Vale Tudo (1988), Tieta (1989), Despedida de Solteiro (1992), A Viagem (1994), Torre de Babel (1998), Terra Nostra (1999), Cabocla (2004), Sinhá Moça (2006), como o médico abolicionista Rodolfo, Faça Sua História (2008), como Johnny Valente, Casos e Acasos (2008), como Adriano, e Caminho das Índias (2009), como Amithab Ananda. Em 2006 participa da montagem da peça: Camila Baker – A Saga Continua. Estreia no cinema em 1996 no curta-metragem Razão para Crer, mas destaca-se mesmo em 2003 em Benjamin, como o jovem Benjamim Jambraia. É irmão do também ator Selton Mello. Foi casado entre 1993 e 2005 com a escritora e roteirista de cinema e televisão Laura Malin, com quem teve duas filhas, Luisa (2001) e Alice (2003). Filmografia: 1996 – Razão para Crer (CM); 1998 – Tempo das Uvas (CM); 2002 – Liberdade Ainda que à Tardinha (CM); 2003 – Benjamin; O Preço da Paz; 2004 – Tudo Isto é Fado (Brasil/Portugal); Araguaya, a Conspiração do Silêncio; 2005 – Quanto Vale ou é por Quilo?; 2008 – Ouro Negro; 2009 – Intruso. MELLO, GRAÇA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 7 de abril de 1914. Adolescente, troca sólida carreira de oficial na Marinha para se dedicar ao teatro, sua verdadeira paixão. Estreia em 1934 na peça Juruna, uma fantasia com a música de Ary Barroso. Torna-se um dos maiores estudiosos das artes cênicas, fazendo de tudo um pouco. Funda, em 1946, com Ziembisnki, o grupo Os Comediantes, que revoluciona o teatro. Trabalha nas companhias de Bibi Ferreira, Dulcina de Morais, Teatro de Equipe, Maria Della Costa, etc. Estreia no cinema em 1944 no filme O Brasileiro João de Souza. Embora prefira o teatro, acaba por protagonizar outros filmes como Inconfi dência Mineira (1948) e Grande Sertão (1965). Costuma dizer que os marcos de sua carreira teatral são O Massacre (1957), de Emanuel Roblés, Marta de Tal (1971), peça de sua autoria, e Abelardo e Heloísa. Na televisão, como ator, participa das novelas O Acusador (1964), Padre Tião (1965), Nino, o Italianinho (1969), A Gordinha (1970), A Fábrica (1970), O Preço de um Homem (1971), Na Idade do Lobo (1972) e Vitoria Bonelli (1972). Dirige outras: Rua da Matriz (1965), Rosinha do Sobrado (1965), A Moreninha (1965) e Padre Tião (1965). Teve dois filhos, Paulo Roberto Graça Mello, também ator, falecido em 1970, uma das grandes tristezas de sua vida, e Guto Graça Mello, maestro da TV Globo. Morre em 7 de novembro de 1979, aos 65 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1944 – O Brasileiro João de Souza; Romance de um Mordedor; 1948 – Terra Violenta; Inconfi dência Mineira; 1949 – Almas Adversas; Escrava Isaura; 1951 – Tocaia; 1952 – Brumas da Vida; João Gangorra; 1953 – Destino em Apuros; 1954 – Dúvida; 1957 – Mar sem Fim; 1965 – Grande Sertão; 1971 – O Pecado de Marta. MELLO, HOMEM DE Pedro Homem de Mello Fonseca nasceu em Mogi das Cruzes, em junho de 1923. Começa cedo a trabalhar de offi ce-boy, depois auxiliar de escritório e finalmente funcionário público estadual. Mas sua grande vontade era ser ator e, paralelamente à profi ssão, busca uma oportunidade, que acontece em 1945, quando é contratado como ator pela Rádio Excelsior. Passa um período na Rádio América até chegar à televisão, no inicio dos anos 1950, na TV Paulista, onde inicia carreira de humorista. Em pouco tempo já fazia parte da equipe de humoristas de Manoel de Nóbrega, ao lado de Borges de Barros, Ronald Golias, etc. Atua em duas novelas, O Pintor e a Florista (1964) e Em Busca da Felicidade (1965). Em 1971 estreia no cinema, no filme Lua de Mel & Amendoim. Homem de Mello é falecido. Filmografia: 1971 – Lua de Mel & Amendoim; 1972 – As Mulheres Amam por Conveniência; 1974 – As Travessuras de Pedro Malasartes. MELLO, JARDEL Nasceu em Santos, SP, em 1937. Em 1963 estreia no cinema, no filme Os Vencidos, mas quase toda a sua carreira foi dedicada à televisão, primeiro como ator e depois como codiretor. Estreia em 1969 na novela Algemas de Ouro, pela TV Record, depois Pigmalião 70 (1970), O Primeiro Amor (1972), Dancin’ Days (1978), Chapadão do Bugre (1988), Suave Veneno (1999), Agora é que São Elas (2003), O Profeta (2007), como Jurandir, etc. Em 1974, estreia na codireção, em O Rebu, pela TV Globo, e desenvolve competente carreira também em sucessos como Pecado Capital (1975), Sinal de Alerta (1978), Meus Filhos, Minha Vida (1984), etc. Na TV Globo dirige os humorísti cos Chico City (1973) e Chico Anysio Show (1982). Foi casado com a atriz Célia Couti nho. Morre em 7 de fevereiro de 2008, em Santos, SP, aos 71 anos de idade. Filmografia: 1963 – Os Vencidos; 1980 – O Gosto do Pecado; 1984 – A Estrela Nua. MELLO, JONAS Nasceu em São Paulo, SP, em 20 de outubro de 1930. Seu pai consegue emprego de estivador no porto de Santos e leva toda a família para aquela cidade, onde Jonas é criado. Abandona a escola muito cedo e começa a trabalhar, inicialmente vendendo croquetes na beira do cais e depois como feirante. Com 26 anos se interessa pela carreira artística e começa a fazer teatro amador e shows em clubes. Sua estreia nos palcos acontece na peça Toda Donzela Tem um Pai que é Uma Fera. Em alguns anos de carreira, coleciona peças importantes como O Interrogatório, Cinto Acusador e Cemitério de Automóveis, nestes dois últimos ganha o prêmio de melhor ator coadjuvante. Faz pouco cinema, sua estreia acontece em 1968 no filme Hitler do Terceiro Mundo, depois Que Estranha Forma de Amar (1978) e, mais recentemente, O Cangaceiro (1997). Na televisão, constitui sólida carreira, sendo sua estreia em 1969 na novela A Cabana do Pai Tomás. Entre outras, destacam-se Os Deuses Estão Mortos (1971), Meu Rico Português (1975), quando ganha notoriedade nacional, Baila Comigo (1981), Dona Beija (1986), Barriga de Aluguel (1990), Mandacaru (1997) e Estrela de Fogo (1998), Amor e Ódio (2001) e Cristal (2006). Sua carreira na televisão acontece quase sempre á margem da TV Globo. Filmografia: 1968 – Hitler do Terceiro Mundo; 1970 – Nenê Bandalho; 1971 – Um Anjo Mau; 1975 – Passaporte para o Inferno; 1976 – A Carne (Um Corpo em Delírio); 1978 – Que Estranha Forma de Amar; 1990 – Trama Familiar; 1996 – Cassiopeia (voz); 1997 – O Cangaceiro; Baile Perfumado; 2009 – Lula, o Filho do Brasil. MELLO, MARACY Maraci Ambrogi Melo nasceu em Itatiaia, RJ, em 19 de maio de 1943. Começa sua carreira no cinema, ao lado de Mazzaropi, no filme Tristeza do Jeca. No teatro, participa das peças O Avarento, O Guarda da Alfândega, Nu para Vinícius e A Ratoeira. Estreia no cinema em 1961 num pequeno papel no filme Tristeza do Jeca, com Mazarropi, e em seguida participa do último episódio da série Vigilante Rodoviário, A Extorsão, ao lado de Tony Campello. Na televisão, estreia na novela O Tempo e o Vento, em 1967, vindo em seguida A Muralha (1968), A Menina do Veleiro Azul (1969), Dez Vidas (1969), Sol Amarelo (1971), Os Fidalgos da Casa Mourisca (1972) e O Velho, o Menino e o Burro (1975). Atua nos filmes A Vida Quis Assim (1967), Fruto Proibido (1977), A Grande Noitada (1997), etc., desenvolvendo longa carreira. Foi casada com os cineastas Egydio Eccio (1929-1977) e Denoy de Oliveira (1933-1999), ambos já falecidos. Hoje, afastada da vida artísti ca, dirige uma produtora em São Paulo. Filmografia: 1961 – Tristeza do Jeca; 1962 – A Extorsão (episódio da série Vigilante Rodoviário); 1963/1969 – Fugitivos da Noite (El Campeon de la Muerte) (México/Brasil); 1964/1967 – O Matador; 1966 – O Vigilante e os Cinco Valentes (episódio: A Extorsão); 1967 – A Vida Quis Assim; 1968 – Maré Alta; 1969 – Corisco, o Diabo Loiro; 1970 – Dois Mil Anos de Confusão; Amemo Nus (inacabado); 1971 – Enquanto Houver Esperança; 1972 – Elas (episódio: Namoro no Escuro); 1974 – O Exorcista de Mulheres; 1975 – Lilian M: Relatório Confidencial; Confi ssões Amorosas; A Filha do Padre; O Sexualista; 1977 – Fruto Proibido; Entre sem Bater; 1978 – Noite em Chamas; 1979 – Os Três Boiadeiros; J.J.J., O Amigo do Super-Homem; 1983 – Sete Dias de Agonia (O Encalhe); 1984 – O Baiano Fantasma; 1996/2000 – Adágio ao Sol; 1997 – A Grande Noitada. MELLO, RICARDO GRAÇA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1961. Cantor, compositor e ator, é filho de Marília Pera e Paulo Graça Mello e sobrinho do produtor musical Guto Graça Mello. Estreia na televisão em 1981 no infantil Os Adolescentes, depois Pirlimpimpim (1982), A Turma do Pererê (1983) e Pirlimpimpim 2 (1984). Em 1982 estreia no cinema no filme Menino do Rio, como Pepeu que canta a música De Repente Califórnia, mas morre afogado, no momento triste da trama e, devido ao sucesso estrondoso do filme, fi ca conhecido nacionalmente. No teatro, atua nas peças Elas por Ela, A Saga da Senhora Café, etc. Depois integra o coro do espetáculo Marília Pera Canta Carmen Miranda e, em 2007 é o protagonista do musical Um Lobo Nada Mau, dirigido por sua mãe. Como cantor solo, faz shows por todo o Brasil. Filmografia: 1982 – Menino do Rio; 1984 – Garota Dourada; 1999 – O Viajante. MELLO, SELTON Selton Figueiredo Melo nasceu em Passos, MG, em 30 de dezembro de 1972. Aos seis anos de idade muda-se com a família para São Paulo, decidido a ser ator. Tanto que nem presta vestibular quando termina o segundo grau. Estreia em 1980 na TV Bandeirantes na novela Dona Santa. Na TV Globo, entre outras, parti cipa de Corpo a Corpo (1984), Sinhá Moça (1986), Pedra sobre Pedra (1992), Tropicaliente (1994), A Próxima Vítima (1995), A Força do Desejo (1999), A Invenção do Brasil (2000), Os Normais (2004) Sua maturidade profissional acontece em 1997, na novela A Indomada, esbanjando talento como Emanuel. Estreia no cinema em 1990 numa ponta no filme Uma Escola Atrapalhada e não para mais, dedicando sua carreira mais ao cinema, com participações memoráveis em Guerra de Canudos (1997), Lavoura Arcaica (2001), Lisbela e o Prisioneiro (2003) e O Coronel e o Lobisomem (2005). Em 2006 estreia na direção no curta-metragem Quando o Tempo Cair, em que escolhe o veterano ator Jorge Loredo (1925) para o papel principal. Dedicado mais ao cinema, nos últi mos participa das séries Os Aspones e O Sistema, ambas pela TV Globo em 2007. É um dos grandes atores da nova geração e irmão do também ator Danton Mello. Filmografia (ator): 1990 – Uma Escola Atrapalhada; 1993 – Era uma Vez...; Lamarca; Fala Baixo, se não eu Grito; 1995 – Flora (CM); 1996 – Razão para Crer (CM); 1997 – O que é isso Companheiro?; Guerra de Canudos; 2000 – O Auto da Compadecida; 2001 – Lavoura Arcaica; Caramuru – A Invenção do Brasil; 2003 – Garotas do ABC; Lisbela e o Prisioneiro; 2004 – Árido Movie; Nina; 2005 – O Coronel e o Lobisomem; 2006 – Quando o Tempo Cair (CM) (direção); 2006 – Taranti nos Mind (CM); O Cheiro do Ralo; 2007 – Sete Vidas (CM); 2008 – Meu Nome não é Johnny; Os Desafinados; 2009 – Mulher Invisível; Os Penetras; A Erva do Rato; Jean Charles; 2010 – Federal (Brasil/França/Colômbia); Refl exões de um Liquidifi cador; Reis e Ratos; Lope (Brasil/Espanha); O Palhaço o Filme. Filmografia (diretor): 2006 – Quando o Tempo Cair (CM); 2008 – Feliz Natal; 2010 – O Palhaço o Filme. MELLO, SHEILA Sheila Chesed de Almeida Mello nasceu em São Paulo, SP, em 23 de julho de 1978. Desde criança gosta de dançar. Forma-se em balé clássico e moderno. Em 1998 é escolhida para substituir Carla Perez no grupo É o Tchan e fica nacionalmente conhecida. Logo posa nua para a revista Playboy. Em 2000 estreia no cinema, ao parti cipar do filme Popstar, ao lado de Xuxa Meneghel. Após sua saída do grupo, decide seguir carreira de atriz e vai estudar artes cênicas na conceituada Escola de Teatro Célia Helena, onde interpreta obras de Naum Alves de Souza, Dias Gomes, Nelson Rodrigues, Ariano Suassuna, etc. Participa das peças 2/4 no Motel, Uma Empregada Quase Perfeita, Caminhos da Independência, A Invasão, Viúva, porém Honesta, O Santo e a Porca, Grett a Garbo Quem Diria, Acabou no Irajá, Caldé e os Peixes que Aprendem a Nadar no Ar e Herótica – Cartilha Feminina para Homens Machos. Já com razoável bagagem no teatro, vai para o cinema, atuando em dois curtas e no longa Segurança Nacional. Em 2009 participa do reality show A Fazenda 2, pela TV Record, que, após o término do programa, a contrata para entrar em seu elenco de novelas. Filmografia: 2000 – Popstar; 2007 – Alphaville 2007 D.C. (CM); Maldita Carne (CM); Segurança Nacional. MELLO, VERA LÚCIA Nasceu em São Paulo, SP. Começa sua carreira como modelo, desfilando na TV Gazeta em 1973, ganhando, inclusive, o título de Miss Capital nesse mesmo ano, prêmio insti tuído pelos Diários Associados. Desfila para costureiros famosos como Clodovil, Hugo Castellana e Anna Frida e participa de comerciais de televisão. Estreia no cinema em 1977 no filme Vítimas do Prazer (Snuff ), sua única experiência nessa área. Filmografia: 1977 – Vítimas do Prazer (Snuff). MELO, LUIS Luis Alberto Melo nasceu em Curitiba, PR, em 13 de novembro de 1957. Ainda em sua cidade, inicia sua carreira no teatro, formando-se pela Fundação Teatro Guaíra de Curiti ba. Quando chega a São Paulo, participa do programa Catavento, pela TV Cultura. Depois, retorna ao teatro, agora com Antunes Filho, em 1985, com quem fica por dez anos, dedicando-se integralmente ao Centro de Pesquisa Teatral, em atuações memoráveis em peças como A Hora e a Vez de Augusto Matraga, Trono de Sangue, Vereda da Salvação e Gilgamesh. Estreia no cinema em 1986, no curta-metragem A Guerra do Pente, ainda em Curitiba, com a turma de cinema local. Em 1996 ganha os prêmios APCA, Shell e Molière de melhor ator, por seu desempenho na peça Sonata Kreutzer, de Leon Tolstoi. Em 1995 faz sua primeira novela, Cara & Coroa e o sucesso é imediato. Desprendido do vínculo teatral que criara, vê sua carreira fortalecer-se em todas as modalidades. Assim, solidifica sua carreira na televisão, em atuações memoráveis como em Pecado Capital (1998), O Cravo e a Rosa (2000) e A Casa das sete Mulheres (2005), de Jayme Monjardim – que lhe vale o prêmio Qualidade Brasil de melhor ator – e, mais recentemente, Eterna Magia (2007), como Rafael, Casos e Acasos (2008) e Faça sua História (2008). No cinema, tem participado com frequência também, em fi lmes como Doces Poderes (1996), O Auto da Compadecida (2000), Olga (2004) e A Encarnação do Demônio (2008), filme que marca o retorno de José Mojica Marins ao cinema. Em qualquer das modalidades, hoje é, reconhecidamente, um grande ator brasileiro. Filmografia: 1986 – A Guerra do Pente (MM); 1991 – Desterro (CM); 1995 – Jenipapo; Terra Estrangeira; Útero (CM); 1996 – Doces Poderes; Jenipapo; 1998 – Bar Babel (CM); Esôfago da Mesopotâmia (CM); 1999 – Por Trás do Pano; 2000 – Imminente Luna (CM); O Auto da Compadecida; 2001 – O Jardineiro do Tempo (CM); Caramuru – A Invenção do Brasil; 2002 – Separações; 2004 – Olga; 2005 – Gaijin – Ama-me como Sou; Cafundó; 2008 – A Encarnação do Demônio; 2010 – Chico Xavier. MENDES, BETE Elizabeth Mendes de Oliveira nasceu em Santos, SP, em 11 de maio de 1949. Começa sua carreira no teatro, em São Paulo. Em 1967 estreia no cinema no inacabado Sandra, Sandra. Depois atua em As Delícias da Vida (1974) e Eles Não Usam Black-Tie (1981), com certeza seu melhor momento no cinema. Retorna em 2006 para parti cipar de Brasília 18%, dirigido por Nelson Pereira dos Santos. Em 1968, é levada para a televisão por Irene Ravache e consegue um importante papel em Beto Rockfeller, como Renata, quando fica conhecida em todo o Brasil. Passa a atuar sem parar, com destaque para Super Plá (1969), Simplesmente Maria (1970), Divinas & Maravilhosas (1973). Nesta novela, Bete sofreu um grave acidente, tendo que deixá-la na metade. Em 1974 é contratada pela TV Globo e estreia em O Rebu, seguindose, entre outras, Bravo! (1975), Sinal de Alerta (1978), De Quina pra Lua (1985), Pátria Minha (1994), Rei do Gado (1996), como Donana, esposa do Zé do Araguaia, um de seus grandes papéis, Terra Nostra (1999), A Casa das sete Mulheres (2003), América (2005) e Páginas da Vida (2007). Na década de 1980 interrompe parcialmente sua carreira para dedicar-se à política, chegando a ser deputada e secretária de Cultura. É uma grande atriz brasileira. Em 2004 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Bete Mendes – O Cão e a Rosa, de autoria de Rogério Menezes. Filmografia: 1967 – Sandra, Sandra (inacabado); Operação Tatu (episódio da série Águias de Fogo); 1974 – As Delícias da Vida; 1979 – Os Amantes da Chuva; 1980 – J. S. Brown, o Últi mo Herói; 1981 – Eles não Usam Black-Tie; 1982 – Insônia (episódio: Dois Dedos); 2002 – A Cobra Fumou (narração); 2006 – Brasília 18%; Vestido de Noiva. MENDES, CÁSSIO GABUS Cássio Sanchez Mendes nasceu em São Paulo, SP, em 29 de agosto de 1961. É filho do escritor e dramaturgo Cassiano Gabus Mendes e irmão do ator Tato Gabus Mendes. Inicia sua carreira na televisão em 1982 na novela Elas por Elas e não para mais, em sólida carreira em novelas e minisséries, com destaque para Livre para Voar (1984), Tieta (1989), Anos Rebeldes (1992), um de seus melhores momentos, como João Alfredo Galvão, A Indomada (1997), Desejos de Mulher (2002), Um só Coração (2004), Começar de Novo (2006), Amazônia: De Galvez a Chico Mendes, ótimo momento também como o seringueiro Chico Mendes, em perfeita caracterização, Desejo Proibido (2007), como Trajano, e Três Irmãs (2009), como Baby Montenegro. Estreia no cinema em 1998 no filme Boleiros, Era uma Vez o Futebol. Em 2006 brilha na comédia Trair e Coçar é só Começar. Está casado com a ex-atriz Lídia Brondi desde 1990. Filmografia: 1998 – Boleiros, Era uma Vez o Futebol; 1999 – Orfeu; 2004 – Como Fazer um Filme de Amor; 2006 – Trair e Coçar é só Começar; Batismo de Sangue; 2007 – Caixa Dois; Memórias do Movimento Estudantil; 2008 – Se eu Fosse Você 2; 2009 – Cabeça a Prêmio; 2010 – Chico Xavier; Bruna Surfistinha – O Doce Veneno do Escorpião. MENDES, LUI Luis Cláudio Mendes nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 31 de janeiro de 1971. Viveu sua infância entre a casa da mãe, na Cidade de Deus, e da patroa, num bairro nobre carioca. Um belo dia, soltando pipa em frente ao teatro do Tablado, ajuda Maria Clara Machado a carregar sacolas e ganha uma bolsa para fazer curso de teatro. Estreia como profissional no espetáculo Baile de Máscaras, ganhando prêmio de ator-revelação. Em 1993 estreia na televisão, na minissérie Sex Appeal, pela TV Globo, como King Kong e em 1995 fica famoso ao interpretar o homossexual Jefferson na novela A Próxima Vítima, ano em que estreia no cinema, no filme As Filhas de Iemanjá. Em 1998, seu personagem Nando da novela Corpo Dourado deixa a trama antes do fim, fato que o deixou bastante magoado. Retorna em 2003 já na TV Record para participar do seriado Turma do Gueto. De volta à TV Globo, atua em A Diarista (2004), Começar de Novo (2004), Belíssima (2006) e Casos e Acasos (2008). Em 2010 estará nas telas em 400 contra 1. Filmografia: 1995 – As Filhas de Iemanjá (Yemanján Tytt äret) (Brasil/Finlândia); 2001 – A Partilha; 2004 – Um Show de Verão; 2005 – Show de Bola (Alemanha); 2010 – 400 contra 1. MENDES, MARLY Ex-chacrete, estreia no cinema em 1980 no filme Delícias do Sexo. Em 1981 participa do humorístico Viva o Gordo, ao lado de Jô Soares. Atua em sete filmes, entre 1980 e 1985, a partir do qual encerra sua carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1980 – Delícias do Sexo; 1981 – Mulheres... Mulheres; 1982 – As seis Mulheres de Adão; 1983 – Eteia, a Extraterrestre em sua Aventura no Rio; 1984 – Tentação na Cama; A Doutora é Boa Paca; 1985 – Fêmeas em Fuga (Femmine in Fuga) (Itália/Brasil). MENDONÇA, LU Nasceu em Natividade, RJ, em 29 de julho de 1951. Estreia na televisão em 1982 na minissérie Lampião e Maria Bonita, no papel de Dadá, a mulher de Corisco, braço direito de Lampião. Sua primeira novela é Rabo de Saia (1984). Entre outras, atua também em Riacho Doce (1990), Pedra sobre Pedra (1992), Mulheres de Areia (1993), Pátria Minha (1994) e, mais recentemente, Páginas da Vida (2007) e Toma Lá Dá Cá (2008). Atua em Les Marchands du Silence (1994), produção da TV francesa dirigida por François Labonte, sobre os meninos de rua brasileiros, ainda inédito por aqui.No cinema, faz um único filme, Sombras de Julho (1996). Filmografia: 1996 – Sombras de Julho. MENDONÇA, MARIA LUÍSA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 30 de janeiro de 1970. Sua mãe, Lygia Maria Mendonça, é arti sta plásti ca e o pai, advogado. Tem formação teatral, ao estudar na Casa das Artes das Laranjeiras e depois no Tablado, além de fazer alguns cursos de mímica, em Paris, França nas renomadas École Internationale de Mime e École Internationale de Théâtre Jacques LeCoq. Inicia sua carreira em 1987 na peça Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, depois Os Gigantes da Montanha, de Pirandello, Romeu e Julieta, de Shalespeare, Valsa nº 6, de Nelson Rodrigues, Os Sete Afl uentes do Rio Ota, de Robert Lepage, Essa Nova Juventude, de Kenneth Lonergan, em que estreia também como diretora, em 2006, etc. Estreia na televisão em 1993 como a hermafrodita Buba, na novela Renascer, e fica conhecida em todo o Brasil, interpretação que lhe abre todas as portas. Estreia no cinema em 1994, no curta Túnel. Foi por duas vezes indicada ao Grande Prêmio Cinema Brasil, por sua atuação em Coração Iluminado (1998) e Carandiru (2003). Participa de várias novelas/minisséries como Engraçadinha, seus Amores e seus Pecados (1995), como a homossexual Letícia, A Muralha (2000), Um só Coração, Senhora do Destino (2004), Queridos Amigos (2008) e Viver a Vida (2009). Tem facilidade em interpretar pesonagens desequilibradas, desajustadas e sensuais. Foi casada com o diretor/produtor Rogério Gallo, com quem tem uma filha, Júlia, e, de 2002 a 2004, com o produtor/diretor Fabiano Gullane. Filmografia (atriz): 1994 – Túnel (CM); 1996 – Quem Matou Pixote?; 1997 – Amar (CM); 1998 – Coração Iluminado (Corazón Iluminado) (França/Brasil/ Argenti na); 2002 – As Três Marias; 2003 – Carandiru; 2004 – A Delicadeza do Amor (CM); Jogo Subterrâneo; Nina; 2006 – Querô; 2007 – O Magnata; 2008 – A Mulher do meu Amigo; Nossa Vida não cabe num Opala; 2009 – Se eu Fosse Você 2; Mulher Invisível; Insolação; 2010 – Luz nas Trevas – A Revolta de Luz Vermelha. MENDONÇA, MAURO Mauro Pereira de Mendonça, nasceu em Ubá, MG, em 2 de abril de 1931. Adolescente, muda-se para o Rio de Janeiro e trabalha como bancário e vendedor de produtos farmacêuticos. Nas horas de folga participa das rodas de amigos no Bar Vermelhinho. Sua carreira artística começa no cinema, numa ponta no filme Carnaval em Caxias, em 1954. Depois de atuar em alguns filmes, estreia no teatro em 1956, na peça A Casa de Chá do Luar de Agosto, no TBC, quando opta definitivamente pela carreira de ator. Participa de inúmeras peças, entre elas Um Bonde Chamado Desejo, de Tennessee Williams, Os Inimigos, de Máximo Gorki, e Os Prediletos, de Arthur Miller. Na televisão, estreia em 1963 em Corações em Confl ito, mas seu primeiro grande sucesso acontece em A Muralha (1968), como Dom Brás de Olinto, seguindo-se de tantas outras como O Espigão (1974), Dancin’ Days (1978), Champagne (1983), Mico Preto (1990), Anjo Mau (1997), O Quinto dos Infernos (2000), e mais recentemente, O Profeta (2007), como Francisco, o humorístico Toma Lá, Dá Cá (2007), como Pavão, A Favorita (2008), como o óti mo Gonçalo Fonti ni, e Paraíso (2009), como Antero. Dirige três novelas, todas em 1965, Eu Quero Você, Ontem, Hoje e Sempre e Aquele que Deve Voltar. Com sólida e regular carreira, é um dos grandes atores brasileiros. Está casado desde 1959 com a atriz Rosamaria Murtinho, com quem tem três filhos, João Paulo (1963), Rodrigo Mendonça (1964) e Mauro Mendonça Filho (1965), diretor da TV Globo. Em 2009 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Mauro Mendonça – Em Busca da Perfeição, de autoria de Renato Sérgio. Filmografia: 1953 – Carnaval em Caxias; 1954 – O Petróleo é Nosso; Rua sem Sol; 1955 – Rio 40 Graus; 1958 – Uma Certa Lucrécia; 1960 – Dona Violante Miranda; 1963 – Seara Vermelha; 1973 – O Descarte; 1974 – Maria... Sempre Maria; 1976 – Dona Flor e seus Dois Maridos; 1978 – Nos Embalos de Ipanema; 1982 – Amor Estranho Amor; 1983 – Doce Delírio; 1988 – Natal da Portela (Brasil/França); 1989 – Kuarup; 1991 – A Grande Arte; 2003 – Benjamin; Didi, o Cupido Trapalhão; 2004 – Redentor. MENDONÇA, THIAGO Rodrigo de Mendonça Penha nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1980. Nasceu em Belford Roxo, na Baixada Fluminense e praticamente é criado pela mãe, já que seus pais se separaram quando ele tinha apenas quatro anos. Ainda em seu bairro, começa a se interessar por teatro. Aos dezoito anos muda-se para o centro para estudar teatro e logo começa a atuar em peças como O Ateneu, Os Meninos da Rua Paulo, etc. Vai para a TV Globo participar dos programas Bambuluá e Malhação, quando surge o convite para parti cipar do filme Dois Filhos de Francisco, em que interpreta o cantor Luciano, com grande sucesso junto ao público. Em seguida estreia como apresentador do Canal WTN, da Internet, comandando o programa WTN em Cena. Em 2008 faz sua primeira novela, Duas Caras, como o homossexual Bernardinho, também outro sucesso e assim vê sua carreira deslanchar, merecidamente, pois tem talento e força de vontade. Filmografia (ator): 2000 – Suco de Beterraba (CM); 2005 – Dois Filhos de Francisco; 2007 – Tropa de Elite. MENEGHEL, SASHA Sasha Meneghel Szafir nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 28 de julho de 1998. É filha de Xuxa Meneghel e Luciano Szafi r. Cedo acostuma-se com a roti na artística, ao acompanhar a mãe pelos estúdios da TV Globo, sets de fi lmagens, shows, etc. Modelo e cantora mirim, estreia com a canção Taba Naba. Parti cipa dos programas Xuxa só para Baixinhos 2 e 3 (2001/2002), Xuxa no Mundo da Imaginação (2002) e Xuxa só para Baixinhos 4 (2003). Em 1999, ainda neném, faz uma ponti nha no filme Xuxa Requebra. Em 2009 faz sua estreia ofi cial como protagonista em O Mistério de Feiurinha, sob a direção de Tyzuka Yamasaki. Beleza tem, berço também, se souber unir isso ao talento e à perseverança, que deverá ser nato, mesmo num mundo tão difí cil como o artísti co, dificilmente deixará de ser uma estrela brasileira, a ser conferido nos próximos anos. Filmografia: 1999 – Xuxa Requebra; 2009 – Xuxa e o Mistério de Feiurinha. MENEZES, FRANK Nasceu em Salvador, BA, em 1962. Inicia sua carreira no teatro em 1983. Entre tantas peças, destacam-se em seu currículo A Bofetada, Quem Matou Maria Helena?, O Indignado, etc. Estreia no cinema em 1996 no filme Tieta do Agreste. Estreia na televisão em 1998 na minissérie Dona Flor e seus dois Maridos, como Cachorrão. Em 2004 apresenta o Nos Bastidores, pela TV Caju de Aracaju, Sergipe, programa que mostra todo o processo de produção de eventos e shows que acontecem na cidade. Em 2007 participa da minissérie A Pedra do Reino e do humorístico Toma Lá, Dá Cá. Sua peça O Indignado está há três anos em cartaz (2008/2010), tendo sido vista por mais de 30 mil pessoas. Em 2010 Frank está nas telas com o filme Quincas Berro d’Água, ao lado de Paulo José e Marieta Severo. Seu grande sonho como profissional é abrir um espaço para realização de oficinas de TV, arte e moda, para que as crianças de rua tenham oportunidade de revelar seus talentos. Filmografia: 1996 – Tieta do Agreste; 2010 – Quincas Berro d’Água. MENEZES, GLÓRIA Nilcedes Soares Magalhães nasceu em Pelotas, RS, em 19 de outubro de 1934. Em 1951, aos 17 anos de idade, casa-se com o primo, Arnaldo Brito, com quem teve dois filhos, Maria Amélia (1957) e João Paulo (1959). Em meados da década de 1950, vem para São Paulo para estudar Arte Dramática na Universidade de São Paulo. Estreia no teatro em 1959, na peça As Feiti ceiras de Salém, sob a direção de Antunes Filho e no mesmo ano faz sua primeira novela Um Lugar ao Sol. Em 1961 contracena com Tarcísio Meira no teleteatro Uma Pires Camargo, na Tupi. Em 1962, desquita-se de Arnaldo Brito e estoura nos cinemas com o filme O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte, ganhador da Palma de Ouro em Cannes, seguindo-se outros como Lampião, o Rei do Cangaço (1963) e Independência ou Morte (1972). Em 1962 casa-se com Tarcísio Meira, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. No mesmo ano o casal estreia na TV Excelsior, a primeira novela diária da televisão brasileira, 2-5499 Ocupado. Destaca-se em Sangue e Areia (1968), Rosa Rebelde (1969), Irmãos Coragem (1970), O Homem que Deve Morrer (1971), Cavalo de Aço (1973), O Grito (1975), Rainha da Sucata (1990), Torre de Babel (1998), Porto dos Milagres (2001), O Beijo do Vampiro (2002), Da Cor do Pecado (2004), Senhora do Destino (2005), ao lado de Raul Cortez, e Páginas da Vida (2007), como Lalinha, contracenando novamente ao lado de Tarcísio, e A Favorita (2008), como Irene Fontini. No teatro faz peças importantes como Tudo Bem no Ano que Vem, Navalha na Carne, Vagas para Moças de Fino Trato, Toma Lá, Dá Cá e Um Dia Muito Especial. Tem, com Tarcísio, um único filho, Tarcísio Filho (1964), que também é ator. Em 2001, no teatro, surpreende o público e a crítica ao raspar a cabeça e fazer um nu, aos 67 anos, no monólogo sobre uma paciente terminal de câncer em Jornada de um Poema. Estrela por excelência, prima pela qualidade em tudo que faz. Filmografia: 1962 – O Pagador de Promessas; 1963 – Lampião, o Rei do Cangaço; 1969 – A Máscara da Traição; 1970 – O Impossível Acontece (episódio: Eu, Ela e o Outro); 1972 – O Grito (CM); Independência ou Morte; 1973 – O Descarte; 1979 – O Caçador de Esmeraldas; 1984 – Para Viver um Grande Amor; 2006 – Se eu Fosse Você. MENEZES, HILEANA Nasceu em São Luis, MA, em 25 de fevereiro de 1950. Radicada no Rio de Janeiro, torna-se atriz de múltiplas qualidades. Inicia sua carreira no teatro, atuando em inúmeras peças, com destaque para o musical Lola Moreno, ao lado de Lucélia Santos. Na televisão, atua na série Plantão de Polícia (1979) e nas minisséries Lampião e Maria Bonita (1982), As Noivas de Copacabana (1982), A Máfia no Brasil (1984), e no episódio O Porteiro, do programa Você Decide, em 1993. Estreia no cinema em 1967 no curta A Carreira, mas ganha destaque por suas interpretações em Tormenta (1983) e O Espelho da Carne (1984), que lhe valem diversos prêmios de melhor atriz. Foi casada com o fotógrafo Mário Carneiro. Filmografia: 1967 – A Carreira (CM); 1975 – Rio de Janeiro-Brasil (CM); 1976 – Padre Cícero; O Flagrante; Encarnação; 1979 – Litografia (CM) (narração); 1982 – Tormenta; 1983 – Amor Carioca (MM); Brasília Segundo Cavalcanti (MM) (narração); 1984 – Espelho de Carne; Noites do Sertão; Chico Caruso (CM) (narração); 1988 – Natal da Portela; Referência (CM); 1998 – O Viajante: Annabela Geiger – Uma Poética do Espaço (CM) (narração). MENEZES, JUSSARA Nasceu em São Paulo, SP, em 4 de dezembro de 1930. Inicia sua carreira na televisão em 1950, já em sua inauguração. Participa dos programas TV de Vanguarda, entre 1955 e 1957, depois TV de Comédia, Studium 4, Contador de História, etc. Em 1957 estreia no cinema no filme Dioguinho, no papel de Rosinha, ao lado de Hélio Souto. Faria somente mais um filme, em 1978, Reformatório das Depravadas. Filmografia: 1957 – Dioguinho; 1978 – Reformatório das Depravadas. MENEZES, MARIA Nasceu em Salvador, BA. Integra o grupo Los Catedrásti cos, dirigido por Paulo Dourado e depois o Grupo Piollin, da Paraíba, sob a direção de Luiz Carlos Vasconcelos. Tem longa carreira teatral, pelo qual recebe vários prêmios como o de melhor atriz no Festival Isnard Azevedo de Teatro de Florianópolis, em Santa Catarina, em 1993 e, por seu trabalho em Isso Assim Assado no Inferno, divide com Zezita Matos o prêmio de melhor atriz no Festi val Nordestino de Teatro de Guaramiranga, no Ceará. Na televisão, atua na série E eu com Isso? e Atenção Consumidor, para o programa Fantástico, na TV Globo. Apresenta o quadro Mapas Urbanos, no programa Mosaico Baiano, pela rede Bahia. Participa de diversos espetáculos teatrais como O Homem Nu – Suas Viagens (1992), O Casamento do Pequeno Burguês1 (1994) e, mais recentemente, Alvoroço (2008). Estreia no cinema no curta Mr.Abrakadabra. Depois atua em vários longas como Cidade Baixa (2005) e Quincas Berro d’Água (2010). Filmografia: 1996 – Mr.Abrakadabra! (CM); 1998 – Central do Brasil; 2005 – Cidade Baixa; 2006 – O Céu de Suely; Jardim das Folhas Sagradas; 2010 – Quincas Berro d’Água. MENEZES, SHERON Sheron Mancilha Menezes nasceu em Porto Alegre, RS, em 26 de novembro de 1983. Estuda teatro, dança, voz, canto e fl auta doce. Forma-se pelo TEPA – Teatro Escola Porto Alegre. Já no Rio de Janeiro estreia na televisão em 2002 em Esperança, como a jovem Júlia. Em 2003 faz seu primeiro filme, uma pequena parti cipação em O Homem que Copiava e estreia no teatro, na peça Nunca Pensei que Ia Ver Esse Dia. Segue a carreira na televisão, com papéis crescentes como a Iara de Celebridade (2004), a Rosário de Como uma Onda (2005), a Dagmar de Belíssima (2006) ou a Solange, a filha mimada de Juvenal Antena, em Duas Caras (2008). Filmografia: 2003 – O Homem que Copiava; 2004 – São João do Carneirinho (CM); 2010 – O Inventor de Sonhos. MERCURY, DANIELA Daniela Mercury de Almeida Póvoas nasceu em Salvador, BA, em 28 de julho de 1965. Começa sua carreira de cantora como backing vocal de Gilberto Gil. Em 1991 lança seu primeiro disco solo, mas o sucesso acontece no ano seguinte com a música O Canto da Cidade. É a primeira cantora brasileira a vender 2 milhões de CDs. No cinema e na televisão, participa em várias trilhas sonoras. Em 2007 faz uma participação especial no filme Ó Paí, Ó, como ela mesma. Foi casada entre 1985 e 1996 com Zalther Povoas, com quem tem dois filhos, Gabriel (1985) e Giovanna (1986). Filmografia: 2001 – Samba Riachão (como ela mesma); Festive Land: Carnaval in Bahia (MM) (Brasil/EUA); 2003 – Bloco Afro And Afoxé: Afro-Brazilian Carnival as a Politi cal & Religious Stage (CM) (Brasil/EUA); (depoimento); 2007 – Ó Paí, Ó (como ela mesma). MERINOW, VITOR Nasceu na Rússia, onde inicia sua carreira artística, depois de realizar seus estudos na Academia de Artes de Moscou. Nagda Durovas é sua primeira peça, no papel de Sergei Lesaul, no Teatro Máximo Gorky. Nessa época, se interessa por cinema, ao estudar enquadração com o famoso Rapaport. Na Alemanha, parti cipa do filme O Caminho Longo. Em 1949 muda-se para o Brasil, indo para o TBC, Teatro Brasileiro de Comédia, inicialmente como técnico e depois como ator. Com o advento da Vera Cruz, é contratado por Lima Barreto para trabalhar no filme O Cangaceiro, sua estreia no cinema nacional, em 1953. Atua também em O Sobrado (1956) e Independência ou Morte (1972). Em 1966 participa do programa The Jackie Gleason Show, nos EUA, como um soldado russo. Com 1,85 m de altura e muito bom humor e talento marcam a carreira deste russo que aprendeu a amar o Brasil. Filmografia: 1953 – O Cangaceiro; Esquina da Ilusão; Família Lero-Lero; Luz Apagada; 1954 – É Proibido Beijar; 1956 – Eva do Brasil; O Sobrado; 1958 – Paixão de Gaúcho; Ravina; 1959 – Fronteiras do Inferno (Lonesome Women) (Brasil/EUA); Mistério da Ilha de Vênus (Macumba Love) (Brasil/EUA); 1961 – A Moça do Quarto 13 (Girl in Room 13) (Brasil/EUA); 1972 – Independência ou Morte; 1974 – O Marginal; 1977 – Antonio Conselheiro e a Guerra dos Pelados. MESQUITA, CUSTÓDIO Custódio de Mesquita Pinheiro nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 25 de abril de 1910. Começa sua carreira musical como pianista das rádios Mayrink Veiga, Philips Clube, tendo sido também diretor da Rádio Clube Paraná e o parceiro predileto de Carmen Miranda. Destaca-se ainda como ator teatral, sendo galã das Cias. Jayme Costa, Delorges Caminha, Palmeirim Silva e Bibi Ferreira. Estreia no cinema em 1935 no clássico Alô, Alô, Brasil. Morre prematuramente a 13 de março de 1945, aos 34 anos de idade, deixando a imensa bagagem de 850 composições. Filmografia: 1935 – Alô, Alô, Brasil; 1938 – Bombonzinho; 1943 – Moleque Tião. MESQUITA, EVANDRO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de fevereiro de 1952. Passa sua adolescência surfando em Saquarema e sonhando ser jogador de futebol. Com dezoito anos é reprovado no vestibular para Comunicação. No final dos anos 1970 frequenta teatro na companhia Asdrúbal Trouxe o Trombone, ao lado de Regina Casé, Luiz Fernando Guimarães, Patrícia Travassos e Hamilton Vaz Pereira. Consegue uma chance na peça Hoje é Dia de Rock, ao lado de Rubens Correia e Ivan de Albuquerque, que fica um ano em cartaz no Teatro Ipanema, e A China é Azul, de José Wilker. Depois integra o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone. Nessa época, funda a banda Blitz, que vira mania musical no início dos anos 1980, ao lado de Fernanda Abreu, Márcia Bulcão e Ricardo Barreto. O grupo se dissolve em 1986 e no ano seguinte lança seu primeiro disco solo intitulado Evandro. No cinema, estreia em 1981 no filme Menino do Rio, um grande sucesso ao lado de André de Biasi, a saudosa e bela Cláudia Magno, Sérgio Mallandro e Cissa Guimarães. Depois parti cipa de Não Quero Falar sobre Isso Agora (1991), Como ser Solteiro (1998) e Os Normais – o Filme (2003), talvez seu melhor momento no cinema, em atuação muito inspirada, ao lado de Marisa Orth, Luiz Fernando Guimarães e Fernanda Torres. Na televisão, estreia em 1985 no seriado Armação Ilimitada, seguindo-se Top Model (1989), A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990), Mulheres de Areia (1993), Desejos de Mulher (2002) e Bang-Bang (2006), como Billy The Kid. A parti r de 2005 entra para o elenco fixo do seriado A Grande Família, como Paulão. Foi casado com Íris Bustamante com quem tem uma filha, Manuela. Está casado com Andreia Pereira Coutinho, com quem também tem uma filha, Alice, nascida em 2006. Evandro é o tí pico malandro carioca, que gosta de praia, surf e dono de um talento incomum, tanto como músico ou ator cômico. Filmografia: 1981 – Menino do Rio; 1982 – Rio Babilônia; O Segredo da Múmia; 1988 – O Inútil; 1991 – Não Quero Falar sobre Isso Agora; 1994 – Dente por Dente (CM); 1998 – Como Ser Solteiro; 1999 – Xuxa Requebra; Gêmeas; 2003 – Os Normais – o Filme; 2004 – O Diabo a Quatro; 2005 – Um Lobisomem na Amazônia; Coisa de Mulher; 2006 – Brasília 18%. MESQUITA, IVAN Yvan Mesquita nasceu no Rio de Janeiro, RJ em 17 de março de 1932. Na televisão inicia sua carreira em 1963 na novela A Loja de Antiguidades. Depois faz sucesso em A Moça que Veio de Longe, em 1964, seguindo-se dezenas delas como A Deusa Vencida (1965), como o avarento Seu Amarante, talvez seu melhor momento, As Bruxas (1970) e O Barba Azul (1974), primeiro pela TV Excelsior, depois pela TV Tupi. Faz pouco cinema, sendo sua estreia no cinema em 1967 no filme O Anjo Assassino. Em 1978 vai para TV Globo e estreia na novela O Pulo do Gato. Em 1986 tem interessante participação no megassucesso Sinhá Moça, como Coutinho. A partir dos anos 1990 faz aparições esporádicas como em Rainha da Sucata (1990), Teresa Batista (1992) e Os Maias (2001), sua últi ma participação na telinha. Dirigiu duas novelas, A Ilha dos Sonhos Perdidos (1965) e Amor sem Deus (1968). Quase sempre no papel de vilão, está afastado da carreira artísti ca. Filmografia: 1967 – O Anjo Assassino; 1968 – Anuska, Manequim e Mulher; 1973 – Um Caipira em Bariloche; 1983 – Gabriela (Brasil/Itália/EUA). MESQUITINHA Olympio Bastos nasceu em Lisboa, Portugal, em 1902. Vem para o Brasil, mais precisamente São Paulo, em 1907, com cinco anos, naturalizando-se brasileiro depois. Participa da revista A Grande Fita, na Companhia Arruda, com apenas oito anos. Vai para o Rio de Janeiro em 1927, aos 25 anos de idade, onde faz revistas e comédias, alcançando grande sucesso. Estreia no cinema como ator em 1935, no filme Alô, Alô, Brasil, e segue fazendo diversos outros na Cinédia, Sonofilmes e Atlântida. Estreia na direção em 1936, em João Ninguém, primeiro filme brasileiro com uma sequência colorida. Dirige cinco filmes ao todo. No começo da década de 1950, faz em São Paulo aquele que seria considerado seu último e melhor filme, Simão, o Caolho, dirigido pelo lendário Alberto Cavalcanti. Morre em 1956, no Rio de Janeiro, aos 54 anos de idade. Filmografia (ator): 1935 – Alô, Alô, Brasil; Estudantes; Noites Cariocas; 1936 – Caçando Feras; João Ninguém; 1937 – O Bobo do Rei; 1938 – Maridinho de Luxo; Tererê não Resolve; Bombonzinho; 1939 – Está Tudo Aí!; Onde Estás Felicidade?; Pega Ladrão!; 1940 – A Voz do Carnaval de 1940 (CM); 1943 – É Proibido Sonhar; Samba em Berlim; 1944 – Romance de um Mordedor; 1945 – Cem Garotas e um Capote; 1946 – Segura esta Mulher; 1947 – Esta é Fina; 1952 – Está com Tudo; Simão, o Caolho. Filmografia (diretor): 1936 – João Ninguém; 1937 – O Bobo do Rei; 1938 – Bombonzinho; 1939 – Está Tudo Aí!; Onde Estás Felicidade? MESSINA, BRANCA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 26 de fevereiro de 1985. Durante dez anos mora na Espanha. De volta ao Rio, matricula-se na CAL – Casa das Artes Laranjeiras. Filha da produtora e atriz teatral Patrícia Messina, inicia sua carreira fazendo comerciais para TV e depois teatro, no qual atua desde os quinze anos de idade. No canal pago Multishow apresenta programa teen Quarto Mundo. No teatro, entre outras peças, destaca-se 666, do grupo Yllana, A Vida não Promete, etc. Pela Cia. Akrópolis de Arte, protagoniza Else (2005), baseada no texto de Arthur Schnitzler, sob a direção de José Luiz Jr., e As Pecadoras, de Vitor Paiva, com direção de Bruno Garcia. Estreia no cinema num pequeno papel no filme Cafuné, em 2005. Por sua interpretação no filme Não por Acaso, em 2007, recebe o prêmio de melhor atriz coadjuvante no XI Cine-PE. Filmografia: 2005 – Cafuné; 2007 – Não por Acaso; Mulher Sexo Verdades Men-tiras; 2008 – Vingança; 2009 – Olhos Azuis; 2010 – 400 contra 1. MEWES, LUIZ Nasceu em Pelotas, RS, em 22 de outubro de 1932. Em 1956 inicia sua carreira no cinema como diretor de produção no inacabado Capitães de Areia, dirigido por Alberto Pieralisi. De 1962 a 1966 trabalha com importação e distribuição de filmes italianos. Em 1967 é contratado por Ary Fernandes para ser secretário de produção na série Águias de Fogo. Até 1973, trabalha com produtores/diretores importantes como Alfredo Palácios, A.P.Galante, David Cardoso e Walter Hugo Khouri. Em 1973 funda sua própria companhia, a Imagem Cinematográfi ca, produzindo uma série de filmes. Como ator, participa de outros como O Pornógrafo (1971), Amadas e Violentadas (1976) e Eróti ca, a Fêmea Sensual (1983). Escreve alguns livros, entre eles A Verdade Sobre o Cinema Brasileiro, em 1983, e Filmes Brasileiros de Longa-Metragem Premiados no Exterior, em 1999. Tem como atividade atual a diretoria do Sindicato da Indústria Cinematográfi ca do Estado de São Paulo. Filmografia: 1971 – O Pornógrafo; 1972 – Fora das Grades; 1975 – Trote dos Sádicos; 1976 – Amadas e Violentadas; 1977 – Dezenove Mulheres e um Homem; Escola Penal de Meninas Violentadas; 1978 – Damas do Prazer; 1979 – Alucinada pelo Desejo; 1981 – Lilian, a Suja; 1982 – Bonecas da Noite; As Gatas, Mulher de Aluguel; 1984 – Erótica, a Fêmea Sensual. MICHALSKI, YVAN Nasceu em Czestochowa, Polônia, em 1932. Inicia suas atividades teatrais em 1955, como ator, na peça O Baile dos Ladrões, de Anouilh, encenada pelo Tablado. Em 1958 forma-se em direção teatral e dirige uma série de leituras dinamizadas de textos inéditos no Brasil. Atua no cinema somente em duas oportunidades, com destaque para Pluft, o Fantasminha (1964). Morre em 1990, aos 58 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1964 – Pluft, o Fantasminha; 1968 – Edu Coração de Ouro. MICHEL, CLENIRA Nasceu em Porto Alegre, RS, em 15 de março de 1930. Muito jovem, muda-se para São Paulo e começa a trabalhar na empresa Light and Power e depois no jornal A Época. Sua carreira artística começa na Rádio América. Contratada pela TV Tupi, inicia sua carreira na televisão em 1958, no episódio Adolescência, da TV Teatro, depois TV de Comédia e TV de Vanguarda. Com forte inclinação para o humor, logo destaca-se como atriz e também redatora. Por dezoito anos consecutivos faz história no programa Alma da Terra, ao lado do humorista Saracura, no papel de Nhá Serena. Ainda em 1958 estreia no cinema no filme Chofer de Praça, com Mazzaropi, em seu primeiro filme como produtor. Mas Clenira brilha mesmo em 1970 no fi lme cômico/sertanejo Sertão em Festa, ao lado de Simplício. Com certeza é seu melhor momento no cinema. Faz sólida carreira na televisão em novelas de sucesso como Alma Cigana (1964), O Direito de Nascer (1964), O Anjo e o Vagabundo (1966), Antonio Maria (1968), Simplesmente Maria (1970), Vitória Bonelli (1972), O Sheik de Ipanema (1975), Destino (1982) e A Leoa (1982). Em 1984 parti cipa do filme A Volta do Jeca, com Chico Fumaça, que imitava Mazzaropi. Casada, tem duas filhas, Jussara e Jussânia, e vários netos. Afastada da vida artística, mora em São Paulo e nos últimos anos tem se dedicado ao artesanato e as artes plásti cas. Filmografia: 1959 – Chofer de Praça; 1962 – O Vendedor de Linguiças; 1964 – Imitando o Sol (O Homem das Encrencas); 1965 – Quatro Brasileiros em Paris; 1970 – Sertão em Festa; 1971 – No Rancho Fundo; 1972 – Jeca e o Bode; 1974 – O Supermanso; 1984 – A Volta do Jeca. MICHELETTI, LUISA Nasceu em São Paulo, SP, em 23 de junho de 1983. Forma-se em Rádio e TV pela FAAP e depois estuda artes dramáti cas. Inicia sua carreira como baixista da banda paulista Fantasmina, só de moças. Torna-se VJ e apresentadora de televisão. Contratada pela MTV, apresenta vários programas como Jornal da MTV, Disk MTV, Ya! Dog, etc. Em 2008 é convidada por Walter Salles para integrar o elenco do filme Linha de Passe, sua estreia no cinema. Em 2009 participa de sua primeira peça, Você Está Aqui, de Fernando Ceylão, interpretando uma apresentadora que confessa, ao vivo, que matou uma pessoa. Filmografia: 2008 – Linha de Passe; Se nada mais Der Certo; 2010 – Estamos Juntos. MIDORI, SANDRA Nasceu em São Paulo, SP, em 21 de dezembro de 1963. Em 1984 faz seu primeiro filme na Boca do Lixo, Sexo dos Anormais. Uma atriz pornô nissei!, com corpo de brasileira, que logo chama a atenção de todos e passa a ser frequentemente chamada para filmar. Atua em vários filmes entre 1984 e 1987 e depois abandona a carreira cinematográfi ca. Filmografi a: 1984 – Sexo dos Anormais; 1985 – Sexo Livre; Senta no meu, que eu Entro na Tua; Sem Vaselina; Prazeres Proibidos; Hospital da Corrupção e dos Prazeres; Gozo Alucinante; Colegiais em Sexo Coletivo; Borboletas e Garanhões; Amante Profissional; Abre as Pernas, Coração; O Garanhão Erótico; Caiu de Boca; 1987 – Fêmeas que Topam Tudo; Dr.Frank na Clínica das Taras. MIGGIORIN, LEONARDO Leonardo Moreira Miggiorin nasceu em Barbacena, MG, em 17 de janeiro de 1982. Aos 17 anos de idade estreia no especial Flora Encantada. Em 2001 participa da minissérie Presença de Anita e fica conhecido nacionalmente como o par romântico de Mel Lisboa. Em 2003 faz sua primeira novela, Mulheres Apaixonadas, mas o sucesso acontece em 2004 quando interpreta Shao-Lin, em Senhora do Destino (2005), depois Essas Mulheres (2005), como Pedrinho, e Cobras e Lagartos (2006), como Tomás. Estreia no cinema em 2002 no curta-metragem Em Nome do Pai. Seu primeiro longa é O Casamento de Romeu & Julieta (2005). Nos últimos anos tem feito participações esporádicas nos humorísti cos Sob nova Direção (2007), Casos e Acasos (2007), Toma Lá, Dá Cá (2009) e Som e Fúria (2009). Filmografia: 2002 – Em Nome do Pai (CM); 2003 – Paisagem de Meninos (CM); 2005 – O Casamento de Romeu & Julieta; 2007 – Vida: Substanti vo Feminino (CM); 2008 – Mistéryos; Rinha; O.D.Oversose Digital (CM). MIGLIACCIO, DIRCE Nasceu em São Paulo, SP, em 30 de setembro de 1933. É irmã do também ator Flávio Migliaccio. Estreia no teatro em 1958, interpretando Terezinha, em Eles não Usam Black-Tie. Estreia no cinema em 1962 no filme Assalto ao Trem Pagador. Na televisão, estreia em 1969, na novela Nino, o Italianinho, na extinta TV Tupi, seguindo-se Toninho on The Rocks (1970), A Selvagem (1971), A Fábrica (1971). Em 1973 transfere-se para a TV Globo e brilha como Judicéia Cajazeira em O Bem-Amado, um dos maiores sucessos da emissora. Em seguida, em 1977, faz sucesso como a boneca Emília, no Sítio do Pica-Pau Amarelo, na TV Globo, sendo considerada por todos como sua melhor intérprete. Atua em outras novelas como Marrom Glacê (1979), A Gata Comeu (1985), Quem é Você? (1996), retornando depois de uma ausência de nove anos, época em que mora no exterior, fazendo cursos de medicina natural, ao lado da filha Rebeca (1964), e dos netos, Gabriel e Daniel. Nos últimos anos tem participado esporadicamente dos programas Sai de Baixo (1996), Comédia da Vida Privada (1997), Você Decide (1998), Brava Gente (2002), Da Cor do Pecado (2004) e Casos e Acasos (2008), como a avó de Raquel, sua últi ma participação na telinha. No início de 2009 Dirce sofreu um AVC – Acidente Vascular Cerebral, o que a impossibilitava de trabalhar. Nos últimos anos residia no Retiro dos Artistas, em Jacarepaguá, RJ. Morre em 22 de setembro de 2009, aos 75 anos de idade, no Rio de janeiro. Filmografia: 1962 – Assalto ao Trem Pagador; Os Mendigos; 1965 – A Fábula (Mitt Hem Ar Copacabana) (Suécia); Pluft, o Fantasminha; 1966 – Cuidado, Espião Brasileiro em Ação; 1975 – O Roubo das Calcinhas (episódio: I Love Bacalhau); Guerra Conjugal; Nem os Bruxos Escapam; O Caçador de Fantasmas; 1976 – Padre Cícero; 1980 – À Procura do Público (CM); 1986 – Baixo Gávea; 1998 – Simão, o Fantasma Trapalhão; 2000 – Célia & Rosita; 2001 – Bufo & Spallanzani; 2007 – Sem Controle; Xuxa em Sonho de Menina. MIGLIACCIO, FLÁVIO Nasceu em São Paulo, SP, em 15 de outubro de 1934. Filho de uma família de dezesseis irmãos. Aos nove anos vende chuchu na rua para ajudar em casa. É também engraxate, artesão, pedreiro e metalúrgico. Aos dezessete anos entra para o corpo cênico da Igreja Matriz do Tucuruvi e depois para o Grupo Paulista do Estudante, que logo se funde ao Teatro de Arena, onde faz sua primeira peça, no ano de 1955, Eles não Usam Black-Tie, de Gianfrancesco Guarnieri. Estreia no cinema em 1958, no filme O Grande Momento. Atua em muitos outros, inclusive com o personagem Maneco, e estreia na direção em 1962 em Os Mendigos. Trabalha também ativamente em teatro e televisão. Em 1972 é contratado pela TV Globo e brilha nas novelas Meu Primeiro Amor (1972), Rainha da Sucata (1990), A Próxima Vítima (1995), etc. Participa do humorístico Viva o Gordo e do programa Shazan e Sherife, ao lado de Paulo José, um grande sucesso da televisão, principalmente junto ao público infantil. Sempre em atividade, tem uma das mais constantes carreiras na televisão, ao parti cipar de O Amor Está no Ar (1997), Chiquinha Gonzaga (1999), Sítio do Pica-Pau Amarelo (2004/2006), como Eremita, Senhora do Destino (2005), como Jacques, América (2005), como Médium, Sete Pecados (2008), como Nino, Casos e Acasos (2008), como Olavo, e Caminho das Índias (2009), como Karan Ananda. No cinema tem impecável carreira, em dezenas de filmes e vários momentos como Todas as Mulheres do Mundo (1967), As Aventuras com Tio Maneco (1971), A Noiva da Cidade (1977), Pra Frente, Brasil (1982), Menino Maluquinho 2, a Aventura (1998), Boleiros 2 – Vencedores e Vencidos (2006) e Os Porralokinhas (2007), em que retoma seu famoso personagem Tio Maneco. É irmão da atriz Dirce Migliaccio (1933-2009) e casado com Ivone desde 1962, com quem tem fi lho, Marcelo (1963), que é jornalista. Filmografia (ator): 1958 – O Grande Momento; 1962 – Cinco Vezes Favela (episódio: Um favelado); 1963 – Canalha em Crise; 1965 – A Fábula (Mitt Hem ar Copacabana) (Suécia); Arrastão (Les Amants de La Mer) (França/Brasil); 1966 – A Hora e a Vez de Augusto Matraga; Cuidado, Espião Brasileiro em Ação; 1967 – Todas as Mulheres do Mundo; Terra em Transe; 1968 – O Homem Nu; Por um Amor Distante (Pour Un Amour Lointain) (França/Brasil); O Homem que Comprou o Mundo; 1969 – Como Vai, Vai Bem?; A Máscara da Traição; A Penúltima Donzela; A Cama ao Alcance de Todos (episódio: A Segunda Cama); Pobre Príncipe Encantado; 1970 – Em Busca do Su$exo; Pais Quadrados, Filhos Avançados; Pra Quem Fica, Tchau!; Vida e Glória de um Canalha; O Donzelo; Os Caras de Pau; Parafernália, o Dia da Caça; Quatro contra o Mundo (episódio: História da Praia); 1971 – As Aventuras de Tio Maneco; Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva; Assalto à Brasileira; 1972 – Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora; 1973 – Uma Garota em Maus Lençóis; Um Virgem na Praça; Os Machões; 1974 – O Filho do Chefão; 1975 – O Caçador de Fantasmas; 1979 – Maneco, o Super Tio; Parceiros da Aventura; 1982 – Pra Frente, Brasil; 1987 – Tanga, Deu no New York Times; 1991 – O Filme da Minha Vida; 1998 – Menino Maluquinho 2, a Aventura; Boleiros, Era uma Vez o Futebol; 2006 – Boleiros 2 – Vencedores e Vencidos; 2007 – Os Porralokinhas; 2008 – Verônica. Filmografi a (diretor): 1962 – Os Mendigos; 1971 – Os Caras de Pau; Aventuras com Tio Maneco; Assalto à Brasileira; 1975 – O Caçador de Fantasma; 1978 – Maneco, o Super Tio; 1989 – Os Trapalhões na Terra dos Monstros. MIKLOS, PAULO Paulo Roberto de Souza Miklos, nasceu em São Paulo, SP, em 21 de janeiro de 1959. Após terminar o segundo grau, entra para faculdade de Psicologia mas desiste e resolve fazer Filosofia, desiste também, e vai estudar na ECA (Escola de Comunicações e Artes da USP). No final dos anos 1970, com outros amigos da faculdade, funda a banda Titãs, que grava seu primeiro disco em 1984. Músico profissional, em 2002 é convidado a participar do filme O Invasor, de Beto Brant, como Anísio, um matador profissional, figura soturna e assustadora que lhe vale vários prêmios por sua interpretação. Em seguida surge a primeira oportunidade na televisão num episódio de Você Decide, depois Os Normais (2002), como Pedroca, Celebridade (2004), participando como ele mesmo, Mandrake (2005), pela HBO, como Zenon. Em 2005 é convidado para participar da novela Bang-Bang, pela TV Globo, como o bandido Kid Cadillac, depois tem participações especiais em Xuxa e as Noviças (2008), como Kléber, e Força Tarefa (2009), como Leandro. Está casado desde 1982 com a arti sta plástica Raquel Salém, com quem tem uma filha, Manoela (1984). Hoje Miklos concilia suas atividades com a banda Titãs, televisão e cinema. Filmografia: 1985 – Areias Escaldantes (com os Titãs); 2002 – O Invasor; 2005 – Boleiros 2 – Vencedores e Vencidos; 2007 – Estômago; 2008 – Titãs – A Vida até Parece uma Festa; 2009 – É Proibido Fumar. MIL, OSVALDO Nasceu em Itabuna, BA. Inicia sua carreira no teatro, em 1979, no Geteafi, grupo que existia na escola em que estudou. Em 1985, ainda em sua cidade natal, trabalha como locutor-animador de rádio FM. A partir de 1989, já em Salvador, faz curso livre de teatro na UFBA e apresenta eventos e shows. Em 1995 ganha o prêmio Copene de Melhor Ator por sua atuação nas peças Castro Alves e Os Cafajestes. Tem destaque também nas peças Prólogo (2004), Dhrama – O Incrível Diálogo entre Krishna e Arjuna (2007), etc. Na televisão, estreia em 1999 em um episódio do programa Você Decide. Em 2000 faz sua primeira novela, Uga Uga, depois Porto dos Milagres (2001), Celebridade (2004), Desejo Proibido (2008), etc. No cinema, seu primeiro fi lme é Três Histórias da Bahia, em que faz um pequeno papel no episódio O Pai do Rock. Acaba se destacando mesmo em Por Trinta Dinheiros (2005), Cinema, Aspirinas e Urubus (2005) e, mais recentemente, Pau Brasil (2009). Tornou-se bastante conhecido do grande público ao interpretar um médium vidente por seis meses no programa Fantástico. Filmografia: 2001 – Três Histórias da Bahia (episódio: O Pai do Rock); 2005 – Por Trinta Dinheiros; Cinema, Aspirinas e Urubus; A Máquina; A Última do Amigo da Onça (CM); 2009 – Pau Brasil; 2010 – Chico Xavier. MILANI, FRANCISCO Francisco Ferreira Milani nasceu em São Paulo, em 19 de novembro de 1936. Começa sua carreira no teatro, com destacada atuação em textos importantes como Barrela, do dramaturgo Plínio Marcos, A Morte de um Caixeiro Viajante, de Arthur Miller, ao lado de Marco Nanini, entre outros. Começa sua carreira na televisão em 1959 ao parti cipar da TV de Vanguarda e TV de Comédia. Torna-se também dublador profissional, principalmente de desenhos animados e mais recentemente do filme O Segredo dos Golfinhos. Como narrador, parti cipa dos programas Fantástico e Casseta e Planeta, Urgente! Milani era militante do PCdoB. De 1981 a 1987 fez parte do elenco fixo do Viva o Gordo, ao lado de Jô Soares, programa do qual foi também diretor em 1981. Dirigiu também Chico City, em 1982. Na década de 1990, foi vereador na capital do Rio de Janeiro e em 2000, candidatou-se a vice-prefeito na chapa de Benedita da Silva, do PT. Fez muitas novelas pela TV Globo, com destaque para Irmãos Coragem (1970), Selva de Pedra (1972), Roda de Fogo (1978), Brilhante (1981), Barriga de Aluguel (1990), Armação Ilimitada (1985), Anos Rebeldes (1992), Cara & Coroa (1996), Aquarela do Brasil (2000) e, mais recentemente, em 2004, o seriado Um só Coração. Suas últi mas parti cipações na TV foram nos humorísti cos Zorra Total (1999/2004), como Seu Saraiva, e A Grande Família (2002/2004), como o Tio Juvenal, um velho malandro e rabugento. Foi casado com a atriz Joanna Fomm. Tem um filho, o diretor Carlo Milani. Morre em 13 de agosto de 2005, de câncer no reto, no Rio de Janeiro, aos 68 anos de idade. Filmografia: 1963 – O Crime do Sacopã; 1967 – Terra em Transe; 1974 – O Último Malandro; 1975 – O Padre que Queria Pecar; 1976 – Essa Mulher é Minha... e dos Amigos; Pecado na Sacristia; 1981 – Eles não Usam Black-Tie; 1984 – A Terra Queima (MM) (narração); 1986 – Vento Sul; 1987 – Memória do Aço (MM) (narração); 1994 – Josué de Castro, Cidadão do Mundo (voz); 1996 – O Lado Certo da Vida Errada; 1996 – Um Homem Sério (CM); 1998 – Por Longos Dias (CM) (narração); 2000 – O Circo das Qualidades Humanas; Didi, o Cupido Trapalhão; 2004 – O Segredo dos Golfinhos (narração); 2005 – O Coronel e o Lobisomem; 2006 – Irma Vap – o Retorno. MILFONT, DENISE Nasceu em Brasília, DF, em 26 de janeiro de 1962. Criada numa família de músicos, chega a estudar saxofone em uma escola de música. Forma-se em publicidade pela UnB e em 1983 vai para o Rio de Janeiro participar de um musical de Oswaldo Montenegro. Estreia na televisão em 1984 na novela Livre para Voar. Com regular carreira, parti cipa de De Quina pra Lua (1985), Grande Sertão: Veredas (1985), Sassaricando (1987), O Pagador de Promessas (1988), Riacho Doce (1991), O Farol (1991), Mulheres de Areia (1993), Irmãos Coragem (1995), Pecado Capital (1998) e A Padroeira (2001). Estreia no cinema em 1990 no filme Césio 137, Pesadelo em Goiânia. Retorna à TV em 2009 para interpretar a mãe de Rani em Caminho das Índias. Filmografia: 1990 – Césio 137, Pesadelo em Goiânia; Boca de Ouro; 1991 – República dos Anjos; 1994 – O Calor da Pele; 1996 – Corisco e Dada; 1999 – No Coração dos Deuses; 2008 – Ressaca. MILITELLO, VIC Vicencia Militello Martelli nasceu em São Paulo, SP, em 17 de fevereiro de 1943. Filha de artistas de circo, ainda menina aprende a arte de representar, no picadeiro, mambembando pelo Brasil afora. Seu pai, Humberto Militello, era o palhaço Chororó. Nas viagens que faz pelo Nordeste, impressiona-se com o riquíssimo folclore da região. Em 1973 cria o Teatro de Cordel e apresenta espetáculos autênticos, baseados nessa literatura, mas, sem respaldo do público, abandona temporariamente o projeto. Participa da montagem da peça O Último Bolero de Sorocaba, no Teatro das Nações, em São Paulo. No cinema, atua em Deu a Louca no Cangaço (1969), O Rei da Noite (1975), como Maria das Graças, talvez seu melhor momento na telona, Beijo 2348-72 (1990), o curta Correspondência (1996), que lhe vale o Candango de melhor atriz em Brasília e, mais recentemente, Mais uma Vez o Amor (2005). Na televisão, estreia em 1976 como a Iolanda de Estúpido Cupido, depois Vereda Tropical (1984), Tocaia Grande (1995), pela TV Manchete, Uga-Uga (2000), pela TV Globo, retornando em 2005 para atuar em Floribella, pela TV Bandeirantes. Em janeiro de 1998 lança o livro Sonhos como Herança, no qual conta sua vida. Filmografia: 1969 – Deu a Louca no Cangaço; Dois Mil Anos de Confusão; 1975 – O Rei da Noite; 1976 – Eu Faço... Elas Sentem; Como Consolar Viúvas; Pesadelo Sexual de uma Virgem; O Poderoso Machão; 1981 – As Prostitutas do Doutor Alberto (Prisão de Mães Solteiras); 1988 – Romance da Empregada; 1990 – Beijo 2348-72; 1996 – Correspondência (CM); 2001 – Bellini e a Esfinge; 2003 – O Homem do Ano; 2005 – Mais uma Vez o Amor. MILTINHO Milton Santos de Almeida nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 31 de janeiro de 1928. Começa sua carreira no conjunto vocal Cancioneiros do Luar, transferindo-se em seguida para os Namorados da Lua, ao lado de Lúcio Alves. Cantor e pandeirista, também é crooner da Orquestra Tabajara e participa do conjunto musical de Djalma Ferreira. Na década de 1950, resolve seguir carreira-solo e atinge a incrível marca de mais de cem discos, entre compactos e LPs. Estreia no cinema em 1960 no filme Briga Mulher & Samba. Depois de quatorze anos sem gravar, em 1996 lança um CD, em que recria seus sucessos em duetos com grandes nomes da MPB. Em 2008 André Weller dirige o curta No Tempo de Miltinho, documentário em sua homenagem. Filmografia: 1960 – Briga Mulher & Samba; 1962 – O Vendedor de Linguiças; Rio à Noite; 1969 – O Rei da Pilantragem; 2008 – No Tempo de Miltinho (CM) (depoimento). MINITTI, OÁSIS Nasceu em 1943. Ator de fi lmes eróticos e principalmente de sexo explícito de baixa qualidade, produzidos na Boca do Lixo paulista. Seus cálculos dizem que já fez quase cem filmes e transou com 1,8 mil mulheres. É o astro principal do primeiro filme de sexo explícito brasileiro, Coisas Eróti cas (1981). Entre tantos outros, seguem depois Aluga-se Moças (1982) e Turbilhão de Prazeres (1987). Com o fim do gênero, na década de 1990, faz sexo explícito ao vivo em teatros no centro de São Paulo, dando cursos e palestras sobre o assunto. É falecido. Filmografia: 1974 – As Cangaceiras Eróti cas; Sadismo de um Matador; 1975 – As Mulheres Sempre Querem Mais (Desejo Insaciável de Amar); 1976 – Um Golpe Sexy; Pesadelo Sexual de uma Virgem; 1977 – A Praia do Pecado; Será Que ela Aguenta?; 1979 – Belinda dos Orixás na Praia dos Desejos; 1980 – Chapeuzinho Vermelho – A Gula do Sexo; Boneca Cobiçada; 1981 – Coisas Eróti cas (1º episódio); 1982 – A Pistola que Elas Gostam; Aluga-se Moças; Cassino dos Bacanais; 1983 – A Fêmea da Praia (A Cadela da Praia); O Círculo do Prazer; Ninfetas do Sexo Selvagem; Aluga-se Moças 2; 1984 – O Tônico do Sexo (A Raiz do Amor); Analista de Taras Deliciosas; Campeonato de Sexo; Bacanal na Ilha da Fantasia; Bacanais sem Fim; Bobeou... Entrou; As Delícias do Sexo Explícito; As Rainhas da Pornografia; Tudo Dentro; 1985 – Os Lobos do Sexo Explícito; O Império do Sexo Explícito; O Mago do Sexo; A Grande Trepada; Deliciosas Sacanagens; O Filho do Sexo Explícito; 1986 – Fuk-Fuk a Brasileira; O Oscar do Sexo Explícito; Euforia Sexual; Experiências Sexuais de um Cavalo; A Mulher que se Disputa; O Quebra Galho Sexual; Sexo Erótico na Ilha do Gavião; A Verdadeira História da Monja de Monza (Itália); 1987 – Eu Matei o Rei da Boca; Patrícia, só Sacanagem; Turbilhão dos Prazeres; 1989 – Garotas do Sexo Livre; As Tesudas. MION, MARCOS Marcos Chaib Mion nasceu em São Paulo, SP, em 20 de junho de 1979. Em 1999 surge na MTV comandando Os Piores Clipes do Mundo. Com o sucesso do programa, no mesmo ano é contratado pela TV Globo e aparece no programa Sandy & Junior como Max, mas seu personagem não vinga e ele retorna à MTV. Na TV Record, parti cipa de Avassaladoras – a Série (2006) e da novela Bicho do Mato (2007), como Emílio. Seu estilo irreverente funciona bem na MTV, que lhe dá liberdade total de ação. Estreia no cinema no filme De Cara Limpa (2000). Durante algum tempo namorou a modelo e apresentadora Baby. Está casado com Suzana Gullo desde 2005 e com ela tem um fi lho, Romeo. Filmografia: 2000 – De Cara Limpa; 2004 – Um Show de Verão; 2007 – O Magnata. MIRAINO, IRIA Elvira Wendel nasceu em Estocolmo, Suécia, em 8 de dezembro de 1905. Atriz de teatro e cinema em sua terra natal, em uma excursão pela Estônia conhece um jovem com quem se casa, mas este morre na Revolução Russa e ela resolve vir para o Brasil recomeçar sua vida. Aqui trabalha como costureira para sobreviver quando lê um anúncio no jornal sobre o recrutamento de jovens para uma produção cinematográfica. Sem conseguir a vaga, sua ficha fica arquivada. Logo depois recebe convite de Francisco Madrigano para atuar no filme Morfina. Sua carreira aqui é curta, não se tendo notícia de sua continuidade. Filmografia: 1928 – Morfina; 1941 – Último dos Três (inacabado). MIRANDA, ALICE Esmeralda Cariani nasceu em São Vicente, SP, em dezembro de 1931. Chega a formar-se nos estudos secundários e depois em Química Industrial. No cinema, atua nos filmes Modelo 19 (1952) e Com o Diabo no Corpo (1952), seu melhor momento. Mas não consegue decolar sua carreira, preferindo dedicar-se a outras atividades. Filmografia: 1952 – Modelo 19 (Amanhã Será Melhor); Com o Diabo no Corpo; 1953 – Uma Aventura no Rio (Aventura en Rio) (México); 1955 – A um Passo da Glória. MIRANDA, ANA MARIA Ana Maria Nóbrega Miranda nasceu em Fortaleza, CE, em 19 de agosto de 1951. Muito jovem muda-se com a família para Brasília e lá estuda Arquitetura e Artes Plásticas, com ênfase em desenho, pintura e xilogravura. Radicada no Rio de Janeiro, estreia no cinema no filme Como Era Gostoso meu Francês, de Nelson Pereira dos Santos. Nos anos 1970 tem parti cipação efetiva no cinema em fi lmes como Mãos Vazias (1971), A Lenda de Ubirajara (1975), Anchieta, José do Brasil (1977), O Princípio do Prazer (1979), etc. A parti r dos anos 1980 diminui suas atuações e passa a dedicarse à literatura, com a publicação de Anjos e Demônios (1978), Celebrações do Outro (1983), Boca do Inferno (1989), O Retrato do Rei (1991), Sem Pecado (1993), A Últi ma Quimera (1995), Desmundo (1996), Que Seja em Segredo (1998), etc. É irmã da cantora Marlui Miranda. Filmografia: 1970 – Como Era Gostoso o meu Francês; 1971 – Os Devassos; Mãos Vazias; 1972 – Amor, Carnaval e Sonhos; 1973 – O Rei dos Milagres; Quem é Beta? (Pas de Violence Entre Nous) (Brasil/França); A Faca e o Rio (João En Het Mes) (Holanda/Brasil); 1974 – Cinema, o Que é e como se Faz (CM); 1975 – A Lenda de Ubirajara; Ovelha Negra, uma Despedida de Solteiro; Padre Cícero; 1976 – Crônica de um Industrial; A Nudez de Alexandra (Un Animal Doué de Déraison) (França/Brasil); 1977 – Anchieta, José do Brasil; Na Ponta da Faca; 1978 – Amor Bandido; O Principio do Prazer; 1979 – Dor Secreta (CM); 1981 – A Rainha do Rádio; 1983 – My Aunt Nora (Argentina); 2000 – Barra 68 – Sem Perder a Ternura (depoimento). MIRANDA, AURORA Aurora Miranda da Cunha nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20 de abril de 1915. Irmã de Carmen Miranda, é tí mida e ingênua, ao contrário da irmã. Em casa, ainda menina, canta com as irmãs Carmen e Cecília. Aos 13 anos é descoberta pelo compositor e violonista Josué de Barros, o mesmo que descobrira Carmen, que a leva para cantar na Rádio Mayrink Veiga, em 1928. Com o sucesso da apresentação, surgem convites do Programa Casé, na Rádio Philips. Em 1933 grava seu primeiro disco, pela Odeon, cantando em dupla com Francisco Alves a marcha Cai, Cai, Balão, de Assis Valente. Em 1934 começa a cantar em dupla com Carmen Miranda na Rádio Record e no Teatro Santana, em São Paulo. Ainda em 1934, lança seu maior êxito, a marcha de André Filho Cidade Maravilhosa, em dueto com o autor, que em 1960 se torna o hino oficial do antigo Estado da Guanabara, hoje Rio de Janeiro. Estreia no cinema, em 1935, no filme Alô, Alô, Brasil, de Wallace Downey, João de Barro e Alberto Ribeiro, no qual interpreta Cidade Maravilhosa. Depois de Carmen Miranda, foi a cantora que mais gravou no Brasil, na década de 1930. A partir de 1940, passa a cantar esporadicamente e alterna sua moradia entre Brasil e Estados Unidos. Em 1944 parti cipa do filme Você Já Foi à Bahia?, de Walt Disney, interpretando Os Quindins de Iaiá, de Ary Barroso. Grava seis discos pela Decca norte-americana e apresenta-se no rádio ao lado de Rudy Valee e Orson Welles, além de realizar espetáculos no Teatro Roxy e na boate Copacabana, em Nova York. Em 1958, abandona definitivamente sua carreira para se dedicar ao marido e aos filhos. 30 anos depois, em 1989, faz pequena parti cipação no filme Dias Melhores Virão. Após a morte de Carmen, em 1955, Aurora manteve a irmã como referência muito forte, que os filhos aprenderam a amar e a admirar ouvindo as histórias maternas. Morre em 21 de dezembro de 2005, aos 90 anos de idade, de causas naturais, no Rio de Janeiro. Deixa dois filhos e sete netos. Filmografia: 1935 – Alô, Alô, Brasil (canta Cidade Maravilhosa e Ladrãozinho); Os Estudantes (canta Onde Está o seu Carneirinho e Linda Ninon); 1936 – Alô, Alô, Carnaval (canta Cantoras do Rádio e Molha o Pano); 1938 – Banana da Terra (canta Menina do Regimento); 1944 – Conspiradores (The Conspirators) (EUA); A Dama Fantasma ou A Mulher Misteriosa (Phantom Lady) (EUA) (canta Chick-ee-Chick); Você Já Foi à Bahia (The Three Caballeros) (EUA) (canta Os Quindins de Iaiá); 1944 – Brazil (EUA) (como bailarina); 1945 – Conte Tudo às Estrelas (Tell It to a Star) (EUA); 1947 – Copacabana (EUA); 1970 – Brasileiros em Hollywood (CM); 1978 – Mulheres de Cinema (CM); 1981 – Unce Upon a Mouse (CM) (EUA); 1989 – Dias Melhores Virão; 1995 – Bananas Is My Business (Brasil/EUA/Inglaterra); 2009 – Cantoras do Rádio – O Filme. MIRANDA, CARLOS Nasceu em São Paulo, SP, em 29 de julho de 1933. De família pobre, quer ser jogador de futebol, chegando a jogar no Caramuru FC da Penha e Batatais de Vila Zelina, sem vínculo profissional. Em 1950 ingressa no Teatro Popular do Sesi e participa das peças Minha Sogra é da Polícia, O Ídolo das Meninas e O Cortiço. Atua também no Teatro Popular de São Caetano e na Companhia de Madame Morineau, o que lhe vale grande aprendizado. Em 1953 entra na Transportes Maristela, empresa coligada da Cia. Cinematográfica Maristela, onde faz de tudo. Em 1955 integra a equipe de produção do filme Arara Vermelha, na qual conhece Ary Fernandes e Alfredo Palácios. Surge então a ideia de se fazer um seriado para a televisão, totalmente brasileiro. É o embrião de O Vigilante Rodoviário, estrondoso sucesso no Brasil, entre 1961/1962, tornando Carlos Miranda nacionalmente conhecido. Em 1965, com o fim da série, Carlos entra para a Polícia Rodoviária e constitui brilhante carreira, aposentando-se em 1996 como tenente-coronel. O fato entra para o Guinness Book de 1996. No cinema, como ator, parti cipa de Contrabando (1958), Na Garganta do Diabo (1960), Independência ou Morte (1972), etc. Homem educado e cortês, atende a todos que o procuram, principalmente fãs. Atualmente reside em Águas da Prata, interior de São Paulo e viaja por todo o Brasil, com uma Simca 1959 restaurada como a da série, mantendo viva a memória do nosso maior herói brasileiro. Em 2004 lança sua biografia Inspetor Carlos, o Eterno Vigilante, escrito por Carlos Antonio Noia de Souza. Em 2009 a série é reprisada pelo Canal Brasil depois de mais de trinta anos fora do ar. Filmografia: 1958 – Contrabando; Vou te Contá; 1960 – Na Garganta do Diabo; 1961/1962 – O Vigilante Rodoviário (38 episódios); 1964 – Manaus, Glória de uma Época (Und der Amazonas Schweight) (Alemanha); O Vigilante contra o Crime; 1965 – Marcado para o Perigo; 1966 – O Vigilante e os Cinco Valentes; 1967 – O Vigilante em Missão Secreta; O Imprevisto (CM) (episódio da série Águias de Fogo); 1969 – O Cangaceiro Sanguinário; Agente da Lei; O Mistério do Taurus 38; 1971 – Até o Últi mo Mercenário; 1972 – Independência ou Morte; Pânico no Império do Crime; 1973 – Os Garotos Virgens de Ipanema (Purinhas do Guarujá); 1979 – Alucinada pelo Desejo. MIRANDA, CARMEN Maria do Carmo Miranda da Cunha nasceu na Aldeia de Marco de Canavezes, Província do Porto, Portugal, em 9 de fevereiro de 1909. Filha de José Maria Pinto da Cunha (1887-1938) e Maria Emília Miranda (1886-1917). Em 1910 vem para o Brasil com mãe e a irmã Olinda, para juntar-se ao pai, já estabelecido no Rio de Janeiro como barbeiro. Estuda num colégio de freiras, mas, muito jovem, tem que abandonar os estudos para trabalhar, pois a família passa por necessidades. Carmen adorava cantar e em 1929 tem sua primeira oportunidade, pelas mãos do compositor baiano Josué de Barros, que a inclui entre as atrações de um recital de caridade no Instituto Nacional de Música. Em pouco tempo, é requisitada pelas emissoras de rádio. Nesse mesmo ano grava seu primeiro disco, Não Vá Embora, mas o sucesso arrebatador acontece em 1930 com a música Pra você Gostar de Mim, mais conhecida depois como Taí. A partir daí, torna-se a fi gura mais importante da MPB, pois, além de cantar, dança, rebola, agita os braços, faz trejeitos sensuais etc. Estreia no cinema em 1930 em Degraus da Vida, produção inacabada. Participa, como cantora, dos filmusicais da época, entre eles, Alô, Alô Brasil (1935) e Alô, Alô Carnaval (1936). Faz oito filmes no Brasil e é contratada pelo empresário Lee Schubert, de Nova York, que a leva para os EUA em 1939. Faz shows e filmes, tornando-se atriz de primeira linha em Hollywood. Estreia em Serenata Tropical (Down Argenti ne Way), em 1940, seguindo-se Minha Secretária Brasileira (Springti me in the Rockies), em 1942, Copacabana (Idem), em 1947, e Morrendo de Medo (Scared Stiff), de 1953, seu último fi lme, perfazendo, ao todo, entre Brasil e Estados Unidos, 21 títulos. Nos Estados Unidos era chamada The Brazilian Bombshell. Foi casada com Dave Sebastian, de 1947 a 1955. Tinha cinco irmãos, sendo Aurora Miranda a única que seguiu os passos da irmã e também era atriz. Em 1969 Jorge Ileli fez Carmen Miranda e em 1995 Helena Solberg fez Banana Is My Business, ambos documentários em sua homenagem. Morre, em 5 de agosto de 1955, aos 46 anos de idade, nos Estados Unidos, fulminada por um ataque cardíaco. Ninguém brilha, nem mostra tanto o Brasil lá fora como ela. Seu nome torna-se uma lenda e um mito internacional, sendo cultuada até os dias de hoje. Em 2005 Ruy Castro lança o livro Carmen – Uma Biografia, com discografia completa e enorme riqueza de detalhes sobre sua vida e carreira. Filmografia (no Brasil): 1930 – Degraus da Vida (inacabado); 1932 – Carnaval Cantado de 1932 no Rio (canta: Bombo-lê, Bombo-lá); 1933 – A Voz do Car-naval (canta Moleque Indigesto); 1935 – Alô, Alô, Brasil (canta Primavera no Rio); Estudantes (canta Sonho de Papel e Bateu-se a Chapa); 1936 – Alô, Alô, Carnaval (canta Cantoras do Rádio); 1938 – Banana da Terra (canta: O que é que a Baiana Tem e Pirulito); 1940 – Laranja da China (canta: O que é que a Baiana Tem). (nos Estados Unidos): 1940 – Serenata Tropical (Down Argentine Way); 1941 – Uma Noite no Rio (That Night in Rio); Aconteceu em Havana (Week-End in Havana); 1942 – Minha Secretária Brasileira (Springtime in the Rockies); 1943 – Entre Loura e Morena (The Gangs All Here/The Girls He Left Behind); 1944 – Quatro Moças num Jipe (Four Jills in a Jeep); Serenata Boêmia (Greenwich Village); Alegria, Rapazes! (Something For the Boys); 1945 Sonhos de Estrela (Doll Face); 1946 – Se eu Fosse Feliz (If Im Lucky); 1947 Copacabana (idem); 1948 – O Príncipe Encantado (A Date With Judy); 1950 Romance Carioca (Nancy Goes To Rio); 1953 – Morrendo de Medo (Scared Stiff). Filmes em sua homenagem: 1956 – Funerais de Carmen Miranda (CM); 1969 – Carmen Miranda (CM); 1970 – Brasileiros em Hollywood (CM); 1972 – Coisas do Arco da Velha (CM); 1977 – Os Incríveis Anos 1950 (MM); 1995 – Bananas Is My Business (Brasil/EUA/Inglaterra). MIRANDA, HAYDÉ Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 4 de outubro de 1926. Começa sua carreira como radioatriz na Rádio Nacional, passando depois pela Tupi e Tamoyo. Fernando Chateaubriand, responsável pela instalação do equipamento técnico da emissora, ao vê-la nos corredores da rádio, pede-lhe uma foto para servir como imagem de prova para a TV Tupi, que seria logo inaugurada. Resultado satisfatório, é contratada para fazer par com Luiz Jatobá, sendo, portanto, a primeira apresentadora da televisão brasileira e também a primeira do programa Alô Doçura, ao lado do ator Paulo Maurício. Faz também a Lady Bela, a heroína do Falcão Negro, interpretado por Gilberto Martinho. A partir da década de 1960 atua em novelas, sendo Rainha da Sucata (1990), Lua Cheia de Amor (1990) e Sonho Meu (1993), as mais recentes. Foi casada com o locutor Fernando Garcia. Estreia no cinema em 1951, em Milagre de Amor, mas faz poucos filmes, dando prioridade à televisão. Filmografia: 1951 – Milagre de Amor; 1974 – Relatório de um Homem Casado. MIRANDA, LUIZ Nasceu em Santo Antonio de Jesus, BA, em 15 de dezembro de 1969. Muito jovem muda-se para Salvador, onde forma-se em dança pela UFBA – Universidade Federal da Bahia. Em 1992 mudase para São Paulo para estudar na EAD – Escola de Arte Dramática da USP. Inicia sua carreira no teatro, já tendo em seu currículo diversas peças como O Livro de Jô e 7 Conto – A Comédia. Estreia no cinema no filme Domésti cas, de Fernando Meirelles. Brilha na televisão em 2005 em Terça Insana (2004), interpretando três papeis: Dona Edith, Vovó Miranda e MC Dollar, na série Carandiru, Outras Histórias (2005), como a transexual Melissa, no seriado Sob nova Direção (2004/2007), como Moreno, personagem que lhe dá notoriedade nacional, e em Faça sua História (2008), como Dejair. Ator de grande potencial, participa com brilho de vários curtas como O Amor do Palhaço (2005) – que lhe vale vários prêmios – e longas de sucesso como Carandiru (2003) e Meu Nome não é Johnny (2008), com pequena parti cipação, mas que rouba a cena como o detento maluco e Jean Charles (2009). Em 2008, após dezesseis anos, volta a morar em Salvador e abre, junto com o produtor cultural Vagner Luciano, a produtora Cocada-Puxa, com o objetivo de produzir peças em Salvador e levá-las ao eixo Rio-São Paulo. Filmografia: 2001 – Domésticas, o Filme; Bicho de Sete Cabeças; 2002 – A Redenção de Ogum (CM); O Afogado (CM); 2003 – Carandiru; A Lata (CM); 2005 – O Amor do Palhaço (CM); 2007 – O Signo da Cidade; 2008 – A Pensão dos Caranguejos (CM); Batalha, a Guerra do Vinil (animação-voz do Seu Niculapo); Meu Nome não é Johnny; 2009 – Jean Charles; 2010 – Quincas Berro d’Água; Trampolim do Forte; O Diário de Tati. MIRANDA, MARCOS Vaine Geisler Dutra nasceu em Porto Alegre, RS. Em 1956 começa sua carreira artísti ca como cantor, na Rádio Farroupilha, chegando a gravar vários discos. Em 1958 é contratado pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro como apresentador de programas ao vivo e teatro de revista. Em São Paulo, faz teatro de comédia, nas peças My Fair Lady, Marat Sade e Oh! Que Delícia de Guerra. Na televisão, participa das novelas A Indomável (1965), A Pequena Karen (1966), As Professorinhas (1968), Vila Sésamo (1972), Sassaricando (1987), O Salvador da Pátria (1989), O Sorriso do Lagarto (1991), Mulheres de Areia (1993), A Indomada (1997) e Chocolate com Pimenta (2004). Paralelamente trabalha também como dublador em séries famosas como Persuaders. No cinema, atua em Mágoa de Boiadeiro (1974), Beijo no Asfalto (1980), etc. Filmografia: 1969 – Águias em Patrulha (episódios da série Águias de Fogo); 1971 – Sete Pecados Capitalistas (inacabado); 1972 – Rogo a Deus e Mando Bala; 1974 – As Cangaceiras Eróti cas; Gente que Transa (Os Imorais); Desejo Proibido; 1978 – Mágoa de Boiadeiro; 1979 – O Outro Lado do Crime; Sábado Alucinante; 1980 – O Beijo no Asfalto; 1982 – Rodeio dos Bravos; 1995 – Aníbal Machado – O Iniciado do Vento. MIRANDA, ROBERTO Roberto de Amadeu Miranda nasceu em Ouro Fino, MG, em 24 de maio de 1944. Sua carreira inicia no teatro, ao ingressar no TESP (Teatro Escola São Paulo) para fazer curso de interpretação e depois com Eugênio Kusnet e Madalena de Paula. Participa das peças Hair, Um Violinista no Telhado, A Ratoeira e Ameaça. Transfere-se para a televisão e parti cipa da TV de Vanguarda, TV de Comédia e Grande Teatro Tupi. Atua nas novelas Beto Rockfeller (1968), A Menina do Veleiro Azul (1969) e Toninho on the Rocks (1970). Participa também da linha de shows, nos programas Folias do Golias, Os Trapalhões e Deu a Louca no Show. Estreia no cinema em 1970 no filme Lista Negra para Black Medal, destacando-se depois Filme Demência (1987) e Alma Corsária (1994). Filmografia: 1970 – Lista Negra para Black Medal; 1976 – O Quarto da Viúva; 1977 – O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão; Vítimas do Prazer (Snuff ); 1978 – Belas e Corrompidas; Sede de Amar (Capuzes Negros); 1979 – Patt y, Mulher Proibida; por um Corpo de Mulher; Eu Compro Essa Virgem; O Guarani; A Ilha dos Prazeres Proibidos; 1980 – Incesto, Desejo Proibido; A Mulher Que Inventou o Amor; 1981 – O Fotógrafo; Império do Desejo; Amor, Palavra Prosti tuta; Escrava do Desejo; As Meninas de Madame Laura; As Taras de Todos Nós (episódio: Programa Duplo); A Reencarnação do Sexo; 1982 – As Gatas, Mulheres de Aluguel; Prazeres Permitidos; Sol Vermelho; 1983 – Extremos do Prazer; 1984 – Sexo em Grupo; A Flor do Desejo; 1987 – Filme Demência; 1994 – Alma Corsária. MIRANDA, TALITA DE Marina da Costa Braga nasceu em Petrópolis, RJ, em 26 de março de 1918. Inicia sua carreira artística aos vinte anos de idade, como atriz de rádio, na Difusora de Petrópolis, fazendo esquetes com Ary Viseu. Em 1940 vai para a Rádio Jornal do Brasil, vencendo o concurso de melhor atriz entre dezessete candidatas. Em 1942 assina contrato com a Rádio Nacional, lá permanecendo por quinze anos. Estreia no cinema em 1944 no filme É Proibido Sonhar. Nos anos 1970, atua nas novelas Cavalo de Aço (1973), Carinhoso (1973) e Corrida do Ouro (1974), a parti r do qual abandona sua carreira. Reside no Retiro dos Arti stas, em Jacarepaguá, RJ, desde 1985. Filmografia: 1944 – É Proibido Sonhar; 1947 – Luz dos meus Olhos; 1962 – Terra da Perdição. MIRANDA, WILSON Wilson Antonio Chaves de Miranda nasceu em Itápolis, SP, em 27 de abril de 1940. Inicia sua carreira em 1958 como crooner de um conjunto de jazz. Em 1960 assinou contrato com a Rádio Tupi e passou a cantar rock-balada. E em pouco tempo se torna um dos principais cantores desse gênero no Brasil. Alcança o sucesso com as músicas Alguém é Sempre Bobo de Alguém e Bata Baby. No mesmo ano faz uma pequena parti cipação no filme Conceição, de Hélio Souto, interpretando Bata Baby, sua única imagem no cinema. Em 1965 participa da novela O Caminho das Estrelas. Participa modestamente da Jovem Guarda. A partir da década de 1970, sua carreira decai, mesmo assim faz shows e se apresenta em programas de televisão, mas paralelamente passa a ser produtor musical em discos de Nelson Gonçalves, Banda de Pífanos de Caruaru, Originais do Samba, Célia, Vanusa, Marilia Medalha, etc. Em 1978 volta a gravar, dessa vez com um repertório mais voltado para a música popular brasileira, afastando-se definiti vamente da imagem de roqueiro do início de sua carreira. Morre nos anos 1990 de acidente automobilísti co. Filmografia: 1960 – Conceição. MIRIAM TERESA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 24 de agosto de 1935. É filha dos consagrados atores Oscarito e Margot Louro. Desde cedo manifesta talento para a arte de representar. Muito jovem frequenta os estúdios da Atlântida, com o pai, mas é no teatro, com Walter Pinto, que inicia sua carreira artísti ca. Em 1952 vem a primeira oportunidade no cinema, no filme Com o Diabo no Corpo, seguindo-se vários outros como Rua sem Sol (1954), Esse Milhão é Meu (1958), etc. Na década de 1980 retorna às telas, depois de muitos anos de ausência. Na televisão, parti cipa de Selva de Pedra (1972), como Jandira, e da minissérie O Primo Basílio (1988), como Helena. Depois de quase vinte anos afastada, retorna em 2007 para participar da novela Eterna Magia, como Edmeia e depois Faça sua História (2008), como a Madre, ambas pela TV Globo. Filmografia: 1952 – Com o Diabo no Corpo; 1953 – Os Três Recrutas; 1954 – Rua sem Sol; 1955 – O Golpe; 1956 – Colégio de Brotos; Papai Fanfarrão; 1958 – Esse Milhão é Meu; 1980 – O Rei e os Trapalhões; 1985 – Tropclip. MIÚCHA Heloísa Maria Buarque de Hollanda nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 30 de novembro de 1937. É a filha mais velha de Sérgio Buarque e irmã de Chico Buarque. Bebe muito cedo da fonte, como ela mesmo diz. Embora cante desde menina, grava seu primeiro disco somente em 1977, Os Salti mbancos. De voz suave e afi nada, faz histórica parceria com Tom Jobim. Participa de um fi lme somente, Certas Palavras, de 1980. Seu disco Rosa Amarela fez muito sucesso no Japão. Em 2007 faz uma breve aparição na novela Paraíso Tropical, pela TV Globo. Foi casada com o cantor João Gilberto entre 1965/1971, com quem tem uma fi lha, a cantora Bebel Gilberto. Filmografia: 1980 – Certas Palavras; 2003 – Raízes do Brasil: Uma Cinebiografia de Sérgio Buarque de Hollanda (depoimento); 2005 – Maria Bethânia: Música é Perfume (depoimento) (França/Suíça); Vinícius (depoimento). MIZIARA, JOSÉ José de Barros Miziara nasceu em Barretos, SP, em 1935. Começa sua carreira artística em São Paulo, nos anos 1950, como ator de circo e depois teatro. Em 1959 entra para a Rádio Nacional e depois televisão, como ator, dublador e diretor de programas como Moacyr Franco Show e Noites Cariocas. No cinema, como ator, parti cipa de Duas Histórias (1960), Já não se Faz Amor como Anti gamente (1976), Amor Estranho Amor (1981), etc. Estreia na direção em 1976 no filme Ninguém Segura essas Mulheres. Dirige primeiro pornochanchadas e depois eróticos produzidos na Boca do Lixo em São Paulo. Na televisão, participa como ator da novela Fogo sobre Terra, em 1974 e dirige O Espantalho, em 1977. Filmografia (ator): 1960 – Duas Histórias (Cacareco Vem Aí); 1976 – Já não se Faz Amor como Anti gamente (episódio: Flor de Lys); 1979 – Embalos Alucinantes (Troca de Casais); 1980 – Herança dos Devassos; 1981 – Bacanal; Como Faturar a Mulher do Próximo (episódio: Ginástica de Domingo); Os Indecentes; 1982 – Amor Estranho Amor; As Amantes de um Homem Proibido; As Gatas, Mulheres de Aluguel; Pecado Horizontal; As Viúvas Eróti cas; 1983 – Prazeres Permitidos; 1984 – Bobeou... Entrou; O Delicioso Sabor do Sexo; Mulher, Sexo Veneno; 1985 – Gozo Alucinante; A Grande Trepada; 1986 – O Quebra Galho Sexual; 1990 – A Rota do Brilho. Filmografia (diretor): 1976 – Ninguém Segura essas Mulheres (episódio: O Furo); Meus Homens, meus Amores; Embalos Alucinantes (Troca de Casais); As Amantes de um Homem Proibido; O Bem Dotado, o Homem de Itu; 1979 – Mulheres do Cais; Nos Tempos da Vaselina; 1980 – Intimidades de Analu e Fernanda; Rapazes da Difícil Vida Fácil; 1981 – Como Faturar a Mulher do Próximo; 1982 – As Amantes de um Homem Proibido; Pecado Horizontal; 1984 – Mulher, Sexo Veneno; 1985 – Rabo I; Sem Vaselina; Deliciosas Sacanagens; 1986 – O Oscar do Sexo Explícito; O Quebra Galho Sexual. MOLITERNO, KADU Carlos Eduardo Moliterno nasceu em São Paulo, SP, em 20 de junho de 1952. Trabalha como offi ce-boy e propagandista de laboratório. Sua carreira começa em 1967, ainda adolescente. Em 1970 faz sua primeira novela, ainda pela TV Record. Depois de quatro novelas, é contratado pela TV Globo para parti cipar de Selva de Pedra, como Oswaldo e não para mais, desenvolvendo importante carreira. Ainda como Carlos Eduardo, em 1973 estreia no cinema no filme A Virgem. Em 1987 participa do seriado Armação Ilimitada, ao lado de André de Biase, grande sucesso da TV Globo. Em 1997, ganha o papel principal na novela Anjo Mau, retornando ao primeiro time da Globo depois de alguns anos. Após, então, participa de novelas de sucesso como Renascer (1993), Suave Veneno (1999), Celebridade (2004), a minissérie Amazônia: de Galvez a Chico Mendes (2007), Beleza Pura (2008), como Gaspar, Faça sua História (2008) e Paraíso (2009), como Bertoni. É um dos bons valores das artes cênicas brasileiras. Está casado com Ingrid Saldanha desde 1990, com quem tem três filhos, Kawai, Lanai e Kenui. Filmografia: 1973 – A Virgem; 1976 – A Noite das Fêmeas (Ensaio Geral); 1977 – A Árvore dos Sexos; 2004 – Tainá 2 – a Aventura Continua. MONDIN, ROSANA Nasceu em Tupi Paulista, SP. Em São Paulo, estreia no cinema em 1969 no filme Gregório 38 e faz outros mais, sempre com Alex Prado, astro e diretor de fitas de ação. Com este, também faz shows pelo interior. Filmografia: 1969 – Gregório 38; 1971 – Sangue em Santa Maria; 1974 – Gregório Volta para Matar; Sadismo de um Matador; 1977 – Fuga das Mulheres Desesperadas; 1981 – A Pistola que elas Gostam. MONEGAL, CARMEN Nasceu em Montevidéu, Uruguai, em 19 de novembro de 1951. Muito criança muda-se para o Brasil e vai morar no Rio Grande do Sul, onde passa sua infância. Jovem ainda, casa-se com um herdeiro da família Rondon com quem tem uma filha. Em 1968 é descoberta por Geraldo Vietri que a leva para a TV Tupi e lá faz sua estreia em Antonio Maria, um grande sucesso. Passa a ser muito requisitada e não tarda a fazer outras novelas como Super Plá (1969), Simplesmente Maria (1970), Vitória Bonelli (1972) e Supermanoela (1974). Em 1975 transfere-se para a TV Globo com igual sucesso, como em A Moreninha (1975) e O Grito (1975). Alterna-se em diversas emissoras sempre com igual talento, como em Éramos Seis (1977), pela TV Tupi, Cavalo Amarelo (1980), pela TV Bandeirantes e O Resto é Silêncio, pela TV Cultura. No cinema, faz apenas dois filmes, Beto Rockfeller (1970) e Jeca e seu Filho Preto (1978), ao lado do grande cômico Mazzaropi. No teatro, em outras, participa das peças Os Órfãos de Jânio, de Millor Fernandes, e Além da Vida, de Augusto César Vanucci. Sua última novela no Brasil foi Helena, pela TV Manchete. Num determinado momento de sua vida, resolve voltar-se à espiritualidade e vai estudar Teosofia. Vende todos os seus bens e muda-se para a Grécia, na Ilha de Patmos, onde se casa novamente e passa a dirigir, a partir de 1990, um grupo de teatro iti nerante, The Pilgrim Gospel Theatre, a qual viaja por toda a Europa. O grupo se apresenta em paises nórdicos em ocasiões que as prefeituras abrem os teatros sem cobrar nada e nas semanas de verão em teatros das praças sem impostos. Em Firenze na Itália, durante a semana de Natal, quando os museus não cobram entrada, o Pilgrim Gospel Theatre junta-se aos artistas locais em lugares oferecidos pela prefeitura, e sempre no idioma local são ditos os textos. Mora nas comunidades Amish, Quakers e Menonites, na Nova Inglaterra, até chegar à Ilha de Patmos na Grécia, onde o apóstolo São João escreveu o Apocalipse. Lança três livros: O Beija-Flor Amarelo, História Natural e Duração Ordinária da Vida. Seu livro de cabeceira era Assim Falou Zaratustra, de Nietzsche e seu fi lme predileto, Padre Padrone, de 1977, dos irmãos Taviani. Foi casada, nos anos 1970 com o ator Carlos Alberto Riccelli. Morre em 15 de maio de 2008, aos 56 anos de idade, de causas desconhecidas, segundo sua filha, vendo um fi lme anti go, como gostava, e sorrindo. Filmografia:1970 – Beto Rockfeller; 1978 – O Cortiço; Jeca e seu Filho Preto; 1979 – Maysa (CM). MONSUETO Monsueto Campos de Menezes nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 4 de novembro de 1924. Sambista, cantor, compositor, instrumentista, pintor e ator. Criado a Favela do Pinto, perde os pais cedo, sendo criado pela avó. Começa sua carreira artísti ca em 1945, como compositor. Depois, apresenta-se por todo o Brasil com seu grupo de pastoras. A voz rouca é sua marca registrada. Nos anos 1960 participa do humorístico Noites Cariocas. Atua nos filmes Treze Cadeiras (1957), Os Selvagens (1965) e Salário Mínimo (1970), etc. A partir de 1964 é reconhecido também como pintor primitivo, sendo seus quadros apreciados até no exterior. Suas músicas são gravadas por Maria Bethânia, Caetano Veloso etc. Na sua vasta obra musical, destacam-se Se Você não me Queria, Mora na Filosofia, Eu Quero essa Mulher Assim Mesmo, etc. Na televisão, participa da novela Quatro Homens Juntos, em 1965, como Zé Cadeado. Morre em 17 de março de 1973, aos 49 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1957 – Treze Cadeiras; 1958 – Na Corda Bamba; 1960 – Briga Mulher & Samba; 1961 – Mundo nas Praias (inacabado); Favela (Brasil/Argentina); 1962 – Pedro e Paulo (Tercer Mundo) (Brasil/Argentina); 1964 – La Leona (Argenti na/Brasil); 1965 – Os Selvagens (Die Goldene Göttin Vom Rio Beni) (Alemanha/França/Espanha/Brasil); 1969 – O Rei da Pilantragem; 1970 – Os Deuses e os Mortos; Salário Mínimo; 1972 – Amor, Carnaval e Sonhos; 1973 – A Hora e a Vez do Samba; 1974 – O Forte. MONTANI, GABRIELA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 13 de junho de 1854. Filha de artistas, estreia no teatro em 1890 na Companhia de Furtado Coelho. Em 1908 integra a Companhia Dramáti ca Brasileira, fundada por Arthur Azevedo. Estreia no cinema em 1915 no filme Perdida. Casa-se com o ator João Colás. Passa por diversas companhias importantes na época, como a de Abigail Maia e João de Deus. Morre no Retiro dos Artistas em 3 de dezembro de 1926, aos 72 anos de idade. Filmografia: 1915 – Perdida; 1917 – Entre dois Amores. MONTEIRO, CYRO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 28 de maio de 1913. Aos dezenove anos entra para o rádio, mas sua estreia mesmo acontece em fins de 1933, no Programa Casé, fazendo dupla com Sílvio Caldas. Faz sucesso nas décadas de 1930/1940, sempre com seu jeito de malandro carioca, batendo samba na caixa de fósforo. No cinema, parti cipa de Não Adianta Chorar (1945), Este Mundo é um Pandeiro (1947), Gimba, Presidente dos Valentes (1963), etc. É considerado um de nossos maiores sambistas. Foi casado com a cantora Odete Amaral. Morre em 13 de julho de 1973, aos 60 anos de idade. Filmografia: 1942 – Astros em Desfile (CM); 1945 – Não Adianta Chorar; 1946 – Fantasma por Acaso; Segura esta Mulher; 1947 – Este Mundo é um Pandeiro; 1948 – É com Este que eu Vou; Poeira de Estrelas; 1949 – Estou Aí!; Dominó Negro; 1950 – Todos por Um; 1952 – Destino; 1962 – Esse Rio que eu Amo Balbino, o Homem do Mar); 1963 – Gimba, Presidente dos Valentes; 1966 – Samba (Espanha/Brasil). MONTEIRO, DÓRIS Adelina Dóris Monteiro nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20 de outubro de 1934. Com grande vocação para o canto, sua primeira apresentação em público acontece em 1949, no programa radiofônico de Renato Murce. Com o sucesso, ganha um contrato com a Rádio Tupi e apresenta-se regularmente. Faz sua estreia no cinema em 1952 no filme Com o Diabo no Corpo, interpretando a canção Coimbra. No filme Agulha no Palheiro, ganha o papel principal e o prêmio de melhor atriz de 1953 , no I Festi val de Cinema. Alterna sua carreira entre rádio, disco, televisão e cinema. A partir da década de 1960, dedica-se mais à carreira de cantora, fazendo duetos memoráveis ao lado de Milti nho. Nos últimos anos afasta-se da vida artística, fazendo apresentações esporádicas na televisão. Filmografia: 1952 – Com o Diabo no Corpo; 1953 – Agulha do Palheiro; 1954 Carnaval em Caxias; Rua sem Sol; 1955 – A Carrocinha; 1957 – De Vento em Popa; Tudo é Música; 1958 – E o Espetáculo Continua; 1964 – Copacabana Palace (The Girl Name) (Itália/França/Brasil); 1964 – Sol sobre a Lama; 1975 Assim Era Atlântida. MONTEIRO, FLÁVIA Flávia Soares Monteiro nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 14 de julho de 1972. Inicia sua carreira fazendo curso de teatro no Tablado e trabalhando como manequim. Estreia no cinema em 1987, no filme A Menina do Lado, de Alberto Salvá, ao lado de Reginaldo Faria. Ao aparecer nua, aos quatorze anos, choca o público mais conservador, mas abre-lhe as portas. Parti cipa das novelas Vale Tudo (1989), Pantanal (1990) e Salomé (1991), Pela TV Globo, e Éramos Seis (1994), Sangue do meu Sangue (1995) e Chiquiti tas (1998), pelo SBT. Na TV Globo, parti cipa de Kubanacan (2003) e Bang-Bang (2006). Contratada pela TV Record, é uma das protagonistas de Vidas Opostas. Filmografia: 1987 – A Menina do Lado; 1988 – Sonhos de Menina-Moça; 1990 – O Gato de Botas Extraterrestre; 1991 – Manobra Radical; 2006 – Gatão de Meia-Idade. MONTEIRO, JOÃO João Francisco Monteiro nasceu em Bragança Paulista, SP, em 21 de abril de 1915. Começa a trabalhar como ascensorista de elevador. Inicia carreira de humorista na Rádio Record, depois Bandeirantes, Tupi, Difusora e Atlântica de Santos. Em 1945 estreia no cinema, no filme O Cortiço. Em seguida ingressa nas Emissoras Associadas e logo depois a TV Tupi, em 1950. Seu primeiro programa na televisão é Escolinha do Ciccillo e depois participa da primeira novela, Sua Vida me Pertence. Quase sempre em papeis cômicos, atua em muitas novelas como Klaus, o Loiro (1963), Calúnia (1966) e A Fábrica. João Monteiro é falecido. Filmografia: 1945 – O Cortiço; 1949 – Quase no Céu; 1952 – Nadando em Dinheiro. MONTEIRO, LIEGE Nasceu em 1953. Muito cedo começa a estudar balé. Adolescente, trabalha como manequim. Em 1975 mora na Europa. Em Londres, casa-se com o cineasta Neville d’Almeida, com quem tem seu primeiro filho, Tamur, nascido em 1977. Em 1981 teria seu segundo filho, Jade. De volta ao Brasil, trabalha como fi gurinista nos filmes do marido, ganhando o prêmio de melhor figurino em Rio Babilônia (1982). Como atriz, estreia em 1971 no filme Capitão Bandeira contra o Doutor Moura Brasil. Em 2000 faz uma participação especial no programa Você Decide, pela TV Globo. Nos últimos anos trabalha como empresária e assessora de imprensa de astros como Vera Fischer, de quem é amiga íntima, Thiago Lacerda, e outros atores globais. Filmografia: 1971 – Capitão Bandeira contra o Dr. Moura Brasil; Mistérios; 1972 Gatos da Noite (The Night Cats); 1974 – O Parto (CM); 1978 – A Dama do Lotação; Mulheres de Cinema (CM); 1982 – Beijo na Boca; Rio Babilônia; 2004 Sexo, Amor e Traição. MONTEIRO, NORMA Norma José Monteiro nasceu em São Paulo, SP, em 11 de abril de 1933. Em 1955, Murilo Leite, diretor comercial da Rádio Bandeirantes e amigo da família convida-a para fazer um jingle ao vivo na TV. Esse jingle é visto por Máximo Serrano, produtor do filme Fugitivos da Vida (1956). Participa, em 1957, do primeiro filme colorido cinemascope brasileiro, Dioguinho. Em dois anos, atua em cinco filmes, projetando uma carreira muito promissora, mas, por motivos até hoje desconhecidos, morre de forma trágica, em 23 de novembro de 1958, vítima de suicídio, ao pular do viaduto do Chá, centro de São Paulo, aos 25 anos de idade. Filmografia: 1956 – Fugitivos da Vida; Homens sem Paz; 1957 – Dioguinho; A Lei do Sertão; 1959 – Crepúsculo de Ódios (Nas Garras do Destino). MONTEL, ARNALDO Arnaldo José de Nazareth Montel nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de março de 1930. Ator, produtor e promoter. Aplicado nos estudos, conclui o Cientifico no Educandário Ruy Barbosa. Ligado ao esporte, chega a jogar de meia-esquerda num time da segunda divisão. Até 1950 trabalha e estuda, sem pensar na carreira artística, mas um convite do amigo Alcino Diniz para aparecer em alguns programas de TV muda o rumo de sua vida. Interessado pelas artes, estuda arte dramática no Teatro do Estudante. Apresenta-se em alguns espetáculos teatrais e monta a companhia Fantoches de teatro infantil. No cinema desde 1952, participa de vários fi lmes como Noivas do Mal (1952), Rio, 40 Graus (1955) e Os Três Cangaceiros (1961). Também trabalha como organizador do tradicional Concurso de Fantasias do Hotel Glória, no Rio de Janeiro. É irmão do também ator Paulo Montel e sobrinho do grande compositor brasileiro Ernesto Nazareth. Morre em 9 de setembro de 2008, no Rio de Janeiro, aos 79 anos de idade, de hemorragia interna. Filmografia: 1952 – Noivas do Mal; 1953 – Santa de um Louco; 1955 – Mãos Sangrentas (Manos Sangrientas) (Brasil/Argentina); Rio, 40 Graus; 1956 – Leonora dos Sete Mares; Boca de Ouro; 1957 – Maluco por Mulher; O Noivo da Girafa; Rico Ri à Toa; 1958 – Chico Fumaça; Traficantes do Crime; 1959 – Dona Xepa; Chofer de Praça; 1961 – Os Três Cangaceiros; Favela (Brasil/Argentina); 1962 – Assalto ao Trem Pagador; 1963 – O Homem que Roubou a Copa do Mundo; Sonhando com Milhões; 1964 – La Leona (Argenti na/Brasil); Interpol Chamando Rio (Interpol Llamando a Río) (Brasil/Argenti na); 1965 – Encontro com a Morte (Em Legítima Defesa) (Brasil/Portugal). MONTEL, PAULO Pedro Paulo de Nazareth Montel nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1º de dezembro de 1928. Como o irmão Arnaldo, também é ligado ao esporte, sendo paraquedista, formado pela Escola de Paraquedismo do Exército. Frequenta as aulas do Teatro do Estudante, atuando em peças no Teatro Duse e programas na TV Tupi. No cinema, atua em Noivas do Mal (1952), Balança mas não Cai (1953) e Um Ramo para Luíza (1965). Por sua atuação no filme Rua sem Sol, ganha o prêmio Índio, conferido pelo Jornal do Cinema. É sobrinho do grande compositor brasileiro Ernesto Nazareth. Filmografia: 1952 – Noivas do Mal; 1953 – Balança mas não Cai; É pra Casar?; 1954 – O Gigante de Pedra; Almas em Confl ito; Rua sem Sol; 1955 – Chico Viola não Morreu (Brasil/Argentina); Mãos Sangrentas (Manos Sangrientas) (Brasil/ Argentina); Rio, 40 Graus; Sinfonia Carioca; 1956 – Leonora dos sete Mares; Papai Fanfarrão; 1957 – Maluco por Mulher; 1965 – Um Ramo para Luíza. MONTEMAR, NESTOR DE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1933. Inicia sua carreira como humorista de rádio, mas brilha mesmo no cinema, estreando em 1959 no filme O Homem do Sputnik, produção da Atlântida Cinematográfica, e depois na televisão, em 1965, na novela Rua da Matriz, pela recém-fundada Globo. A partir dos anos 1970 atua constantemente, tendo ficado bastante conhecido do público como o Frei Laurindo de O Astro, em 1977 e o cozinheiro Pierre Lafond de Marrom-Glacê, em 1979. No teatro, seu maior sucesso foi na peça Greta Garbo, Quem Diria, Acabou em Irajá. No cinema tem passagens marcantes também, em dezesseis filmes como Asfalto Selvagem (1964), Na Onda do Iê-Iê-Iê (1966), O Sexo das Bonecas (1974) e As Borboletas Também Amam (1979). Sua última novela foi Quatro por Quatro, como Carlos Magno, pela TV Globo, em 1995, ano em que morre, de câncer no estômago, no Rio de Janeiro, aos 62 anos de idade. Filmografia: 1959 – O Homem do Sputnik; 1960 – Briga, Mulher e Samba; Aí Vem a Alegria; O Palhaço o que é?; 1963 – Os Vencidos; Crime no Sacopã; 1964 – Asfalto Selvagem; 1965 – Samba; 1966 – Engraçadinha Depois dos Trinta; Na Onda do Iê-Iê-Iê; 1967 – Na Mira do Assassino; 1968 – Massacre no Supermercado; 1972 – Som Amor e Curti ção; 1974 – O Sexo das Bonecas; 1976 – Marília e Marina; 1979 – As Borboletas Também Amam. MONTEMURO, KANDI Nasceu em Jaguarão, RS. Forma-se na Faculdade de Educação Física, mas segue carreira artística. No cinema, parti cipa de vários fi lmes como Obsessão (1973), As Desquitadas (1973) e A Dama de Branco (1978). A partir da década de 1980, abandona a carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1972 – A Difícil Vida Fácil; 1973 – Obsessão; 1975 – As Desquitadas; Secas e Molhadas; 1977 – Pra Ficar Nua, Cachê Dobrado; 1978 – A Dama de Branco; Empregada para Todo o Serviço. MONTENEGRO, ARLLETE Nasceu em São Paulo, SP, em 15 de outubro de 1938. Sua carreira profissional inicia-se em 1954, quando vence o concurso Em Busca de uma Estrela, promovido pela Rádio São Paulo. Estreia na radionovela Silêncio, de Waldir de Oliveira, e em 1959 ganha o prêmio Roquette Pinto como a melhor radioatriz do ano. Atua simultaneamente na televisão, em novelas como Anjo de Pedra (1962), que lhe vale prêmio igual, Minas de Prata (1966), A Muralha (1968), O Preço de um Homem (1971), Rosa dos Ventos (1973) e Papai Coração (1975). No teatro faz Noites Brancas, de Dostoievsky; Senhora, de José de Alencar; e Médico à Força, de Molière. Estreia no cinema em 1976 no filme O Conto do Vigário. Acaba por participar de vários, mas infelizmente não é a melhor época de nosso cinema, e os filmes que faz quase todos são do gênero pornochanchada/erótico, muito comum nos anos 1970/1980. Seu verdadeiro talento acontece mesmo na televisão, com mais de cinquenta anos de carreira, estando em atividade até os dias de hoje. Participa, entre tantas outras, também de Aritana (1978), Os Adolescentes (1981), Meus Filhos, Minha Vida (1984), Brasileiras e Brasileiros (1990), Cara & Coroa (1995), Marisol (2002), Páginas da Vida (2006) e O Profeta (2007), como Filomena. É uma grande atriz brasileira, talvez pouco reconhecida. Em 2008 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Arllete Montenegro – Fé, Amor e Emoção, de autoria de Alfredo Sternheim. Filmografia: 1976 – O Conto do Vigário; 1978 – Meus Homens, meus Amores; 1980 – Palácio de Vênus; 1981 – O Sexo Nosso de Cada Dia; 1982 – O Sonho (CM); Água Abaixo... Fogo Acima (CM); Sexo, sua Única Arma; As Safadas (episódio: Belinha, a Virgem); Tessa, a Gata; 1983 – Prazeres Permitidos; Tudo na Cama; 1987 – Júlia e os Pôneis; 1988 – Príncipe Natan e a Princesinha Curiosa. MONTENEGRO, CELSO José Arimatéa Teixeira nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1906, mas é criado em Campinas. Trabalha como corretor de imóveis, quando é procurado por um produtor cinematográfico, que procura um terreno para construir seus estúdios. Com boa estampa, recebe convite para um teste e inicia sua carreira no cinema em 1929 no filme Escrava Isaura, seguindo-se Rosas de Nossa Senhora (1930) e Onde a Terra Acaba (1932). Não se tem notícia da continuidade de sua carreira. Filmografia: 1929 – Escrava Isaura; 1930 – Lábios sem Beijos; Rosas de Nossa Senhora; 1932 – Mulher; Onde a Terra Acaba. MONTENEGRO, EDSON Nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Aos sete anos de idade já cantava no coro da Igreja Adventista. Adolescente, estuda canto, teatro, dança e capoeira. Profissionalmente em 1993, participa do musical Hair, direção de Jorge Fernando, Histórias de New York (1995), direção de Odavlas Petty, Evangelho Segundo Jesus Cristo, de José Saramago, direção de José Possi Neto, etc. Desde 1998 apresenta o programa Zoom da TV Cultura. Em 2001 lança seu primeiro CD, com canções nas quais o lirismo e a emoção falam mais alto. Faz a trilha sonora do curta Com que Roupa (1997), de Ricardo Van Steen, e do longa O Cangaceiro (1997), de Aníbal Massaíni. Em 2002 estreia no cinema como ator, no filme Cidade de Deus, no papel de Dito. Como cantor, tem seu grande momento no show e disco Notícias dum Brasil, de 1998. Na televisão, estreia como ator em 1996 na novela Antonio Alves, Taxista, pelo SBT, depois Xica da Silva (1996), pela TV Manchete, Dona Flor e seus Dois Maridos (1998), Você Decide (1998) e Brava Gente (2001), pela TV Globo, Metamorphoses (2004), pela TV Record, e Os Ricos Também Choram (2005), pelo SBT. É um arti sta multi mídia de grande talento. Filmografia: 2002 – Cidade de Deus; 2008 – Booker Pittman (CM). MONTENEGRO, FERNANDA Arlette Pinheiro Esteves da Silva nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 16 de outubro de 1929. Filha de Carmen Nieddu Pinheiro da Silva e Victorino Pinheiro Esteves da Silva. Com oito anos de idade representa pela primeira vez na peça Os dois Sargentos, num teatrinho da igreja do bairro. Muito pobre, começa a estudar à noite e trabalhar de dia para ajudar em casa. Em 1944, é aprovada no concurso para a Rádio Ministério da Educação e passa a trabalhar como locutora, redatora e radioatriz. Complementa seu salário dando aulas de português na Berlitz School. Em 1950 estreia no teatro, integrando o elenco amador da peça As Alegres Canções da Montanha, formado por Nicete Bruno, Beatriz Segal e Fernando Torres, com quem se casaria em 1953. Em 1952, estreia profissionalmente com a peça Loucura do Imperador, que lhe vale o prêmio de atriz revelação dado pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais. Nos anos seguintes atua nas principais companhias teatrais. Em 1959, com Sérgio Britto, Italo Rossi e outros, funda sua própria companhia, o Teatro dos Sete. No início dos anos 1960 é contratada pela TV Tupi para participar do programa O Grande Teatro Tupi, em que peças eram encenadas diante de uma plateia e transmitidas ao vivo. Em 1963 vem a primeira novela, Pouco Amor não É Amor, em que contracenava com Sérgio Bitto e Francisco Cuoco e dirigida por Fernando Torres, seu marido. A partir de então brilha também na televisão, chegando a ter textos especialmente escritos para ela, como Guerra dos Sexos (1983) e Zazá (1997). Seu corpo magro, olhos grandes e expressivos, voz modulada e incrível domínio de cena fazem dela uma das grandes damas do teatro brasileiro. Atua, entre tantas outras, nas peças A Moratória (1955), Vesti r os Nus (1958), O Velho Ciumento (1962), As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant (1984) e Gilda (1993). Tem marcantes atuações no cinema também, em fi lmes como A Falecida (1965), Eles não Usam Black-Tie (1981) e Central do Brasil (1998), com o qual ati nge o ápice de sua carreira, ao receber o prêmio de melhor atriz no Festival de Berlim e concorrer ao Oscar de melhor atriz. Participa do episódio Assim é se lhe Parece, do programa Você Decide, de 1999, depois a novela Filhos da Mãe (2001), a minissérie Hoje é Dia de Maria (2005) e, mais recentemente, Belíssima (2006), como a vilã Bia Falcão e Passione (2010), no papel de Bete Gouveia. De sua união com o ator Fernando Torres, ocorrida em 1953 na Igreja de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, teve dois fi lhos, o produtor/ diretor Cláudio Torres (1964) e a atriz Fernanda Torres (1966). Em 2007 participa da produção americana Amor nos Tempos de Cólera (Love In the Time of Cholera), como Tránsito Ariza, dirigido por Mike Newell, baseado na obra homônima de Gabriel Garcia Márquez. Em 2009 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia: Fernanda Montenegro: A Defesa do Mistérios, de autoria de Neusa Barbosa. Filmografia: 1954 – A Esperança é Eterna (CM) (narração); 1955 – Mãos Sangrentas (Manos Sangrientas) (Brasil/Argentina) (dublagem); 1965 – A Falecida; 1966 – A Linguagem do Teatro (CM) (depoimento); 1970 – Pecado Mortal; 1971 Em Família; A Vida de Jesus Cristo; 1972 – Minha Namorada; 1973 – Joanna Francesa (dubla Jeanne Moreau); Missa do Galo (CM); 1976 – Marília e Marina; 1978 – Tudo Bem; 1979 – Terra dos Índios (narração); 1981 – O Homem de Areia (narração); Eles não Usam Black-Tie; 1985 – A Hora da Estrela; 1986 Geleia Geral (CM); 1988 – Fogo e Paixão; 1989 – Trancado por Dentro (CM); 1994 – Veja esta Canção (episódio: Samba do Grande Amor); 1996 – O Pintor (MM); 1997 – O que é Isso Companheiro?; 1998 – Central do Brasil; Traição; 1999 – Gêmeas; 2000 – O Auto da Compadecida; 2002 – Chão de Estrelas (depoimento); 2004 – O Outro Lado da Rua; Olga; Redentor; 2005 – Tudo Azul (Everything Blue) (EUA) (depoimento); Casa de Areia; 2006 – A Mochila do Mascate (depoimento); Adolfo Celi, Un Uomo Per Due Culture (Itália) (depoimento); Encontro com Milton Santos ou o Mundo Global Visto do Lado de Cá (narração); 2007 – Amor nos Tempos de Cólera (Love In The Time Of Cholera) (EUA); 2008 – A Paixão Segundo Callado (depoimento); Paulo Gracindo – O Bem-Amado (depoimento); 2009 – Caro Francis (depoimento); 2010 – Matraga (narração). MONTÉS, NANCY Nasceu em Havana, Cuba. Em 1941, muito jovem, muda-se com a família para o Rio de Janeiro. No cinema, parti cipa de O Feijão é Nosso (1955), Titio não é Sopa (1959), etc. Na década de 1950, é uma das mais requisitadas atrizes do Brasil, diminuindo o ritmo de sua carreira nas décadas seguintes. Longe da carreira artística e da fama, mora na França há muitos anos. Filmografia: 1955 – Aí Vem o General; 1956 – O Feijão é Nosso; Boca de Ouro; 1957 – Com Jeito Vai; 1958 – Chico Fumaça; 1959 – Titio não é Sopa. MONTES, WAGNER Nasceu em Duque de Caxias, RJ, em 18 de julho de 1954. Começa sua carreira como repórter policial na Super Rádio Tupi do Rio de Janeiro, em 1974. Logo destaca-se e vai para a televisão participar do programa Aqui Agora, da Tupi, e em 1980 é contratado pelo SBT para participar de programas populares como O Povo na TV, Jornal Policial, Clube dos Arti stas, Musicamp e Musidisc, além de ter sido jurado do Show de Calouros. Em 1981 sofre acidente automobilístico e amputa a perna direita. Em 1978 estreia no cinema no filme A Morte Transparente e logo em seguida trabalha em Pantera Nua. Em 1997 vai para a rede CNT comandar os programas Na Boca do Povo, Em Cima do Fato e Novos Talentos. Na TV Record, em 2003, apresenta os programas Verdade do Povo e Cidade Alerta Rio. Em 2006 é eleito deputado estadual pelo Rio de Janeiro. Está casado há muitos anos com a atriz e modelo Sônia Lima. Filmografia: 1978 – A Morte Transparente (Runnin After Love) (Brasil/Argentina); 1979 – A Pantera Nua. MONTESSORI, ALESSANDRA Nasceu em São Paulo, SP. Inicia sua carreira como cantora, em programas de TV e rádio, depois manequim e modelo fotográfi co. No cinema, participa de um único filme, Terra Quente (1977). Trabalha também em televisão, na década de 1970, como contratada da TV Tupi. Não se tem notícia da conti nuidade de sua carreira. Filmografia: 1977 – Terra Quente. MONTINI, MARINA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de janeiro de 1948. Estuda balé clássico e caratê. Em 1965 recebe o título de Mulata Centenário. Torna-se modelo e logo é escolhida Miss Renascença e Miss Guanabara. Contratada como modelo da Bloch, vence vários concursos de beleza, segue carreira internacional, posa para os principais fotógrafos e mora na Alemanha e na Itália. Torna-se musa do pintor Di Cavalcanti e durante sete anos posa para o grande artista. O sucesso a leva ao cinema, participa de alguns fi lmes como Os Paqueras (1969), Pecado Mortal (1970), À Sombra da Violência (1975), etc. No teatro, participa de vários shows com Abelardo Figueiredo. A partir dos anos 1980, esquecida e sem trabalho, mora dois anos no Retiro dos Artistas do Rio de Janeiro. Nos últimos tempos, em dificuldades financeiras e doente, estava morando com uma amiga. Viúva, sem filhos, morre no Rio de Janeiro, em 20 de março de 2006, aos 58 anos de idade, de insufi ciência hepáti ca. Filmografia: 1969 – Os Paqueras; 1970 – Vinte Passos para a Morte; Um Uísque Antes, um Cigarro Depois (episódio: Vingança); Parafernália o Dia da Caça; Pecado Mortal; 1972 – Jerônimo, o Herói do Sertão; 1973 – Uma Nega Chamada Tereza; 1975 – À Sombra da Violência; Di (CM) (depoimento). MOON, SCARLET Scarlet Moon de Chevalier nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de setembro de 1950. Jornalista, escritora e atriz, em 1968 produz e atua no filme Até que o Casamento nos Separe. Em 1992 estreia na televisão num episódio do programa Você Decide e em 2004 participa do último capitulo da novela Celebridade. Em 2005 lança o livro Dr. Roni & Mr. Quito, sobre o irmão Ronald Russel Wallace de Chevalier, o Roniquito (1936-1983), um dos boêmios mais lendários da zona sul carioca. Foi casada por 28 anos com o cantor Lulu Santos. Tem três filhos, de relacionamentos anteriores, Gabriela (1970), Christovam (1975) e Theodora (1976). Filmografia: 1968 – Até que o Casamento nos Separe; 1972 – Quando o Car-naval Chegar; 1984 – Quilombo; 1986 – Cinema Falado; 1995 – As Filhas de Iemanjá (Yemanján Tyttäret) (Brasil/Finlândia); 2005 – A Marca do Terrir. MORAES, ALINE Aline Cristine Dorelli de Magalhães Moraes nasceu em Sorocaba, SP, em 22 de dezembro de 1982. Quando tinha 2 anos de idade seus pais separaram-se, a mãe foi morar em Sorocaba, interior de São Paulo e o pai em Londrina, no Parará. Começa sua carreira como modelo, aos doze anos de idade, por incentivo de uma amiga que já era profissional. Estreia na televisão em 2002 na novela Coração de Estudante. Depois vêm Mulheres Apaixonadas (2003), Da Cor do Pecado (2004), Como uma Onda (2005), Bang Bang (2006), como Penny Lane, Minha Nada Mole Vida (2007), como Bel Schetini, Duas Caras (2008), como a psicopata Silvia, em seu melhor momento na televisão, Casos e Acasos (2008) e Viver a Vida (2009). Em 2004 estreia no cinema, no filme Fica Comigo esta Noite, de João Falcão. Linda e talentosa, foi eleita em 2004 a mais bela mulher brasileira. Filmografia: 2006 – Fica Comigo Esta Noite; 2009 – Os Normais 2 – A Noite Mais Maluca de Todas; Flordelis – Basta Uma Palavra Para Mudar. MORAES, CONCHITA DE Maria de la Conceptión Avarez Bernard nasceu em Santi ago, Cuba, em 27 de setembro de 1885. Filha de artistas, chega ao Brasil em excursão no ano de 1887, com apenas dois anos. Aos dez fica órfã e vai morar com parentes em Buenos Aires. Depois de sete anos retorna ao Brasil e inicia carreira como atriz teatral, oportunidade concedida por Ismênia dos Santos, amiga da família e consagrada atriz. Estreia na peça Almas do Outro Mundo. Atua em diversas companhias e casa-se com Átila de Morais, com quem tem cinco filhos, entre eles Dulcina de Morais, consagrada atriz brasileira. Foram dezenas de peças, mas podemos destacar Tia Mame, Vida e Morte de Santa Teresinha do Menino Jesus, O Rei dos Piratas, Zazá, Deslumbramento, Esta Noite Choveu Prata, As Árvores Morrem de Pé, etc. Ela e o marido formaram uma companhia de teatro mambembe, e viajaram por todo o interior brasileiro apresentando-se em pequenas salas. Estreia no cinema em 1935 no filme Bonequinha de Seda, produção da Cinédia. Atua muito com a filha e em 1954 recebe a Comenda do Cruzeiro do Sul, pelo conjunto de sua obra. Foi fundadora da Fundação Brasileira de Teatro em 1955. Em sua homenagem foi inaugurado o Teatro Conchita de Morais, em Santo André, SP. Morre em 9 de outubro de 1962, no Rio de Janeiro, aos 77 anos de idade. Filmografia: 1935 – Bonequinha de Seda; 1936 – O Bobo do Rei; 1937 – Grito da Mocidade; 1938 – Bombonzinho; 1940 – Pureza; 1941 – 24 Horas de Sonho. MORAES, DIRCE Nasceu em Santa Rosa de Viterbo, SP. Sua primeira oportunidade no cinema acontece em 1975 no filme Trote dos Sádicos, participando, entre outros, de Quando elas Querem e eles Não (1976) e Curras Alucinantes (1983). No teatro, atua nas peças Um Velho Chamado Deus e A Compadecida. Filmografia: 1975 – Trote dos Sádicos; Os Pilantras da Noite; 1976 – Traídas pelo Desejo; Sete Mulheres para um Homem Só; Mulheres do Sexo Violento; Quando elas Querem... e eles Não; 1977 – As Amantes de um Canalha; Fuga das Mulheres Desesperadas; 1978 – Os Depravados; As Eróti cas Profissionais; O Erótico Virgem; Os Violentadores; 1980 – A Febre do Sexo; 1983 – Curras Alucinantes. MORAES, DRICA Adriana Moraes Rego Reis nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 29 de julho de 1969. Aos dez anos, estuda no colégio Andrews, onde Miguel Falabella dá aulas de teatro aos alunos do segundo grau, fato que desperta seu interesse pelas artes. Aos treze cursa o Tablado. Sua primeira temporada teatral acontece com a montagem de Os 12 Trabalhos de Hércules, ao lado de Malu Mader, Alexandre Frota e Maurício Mattar. Na televisão, participa de inúmeras novelas/minisséries como Top Model (1989), Quatro por Quatro (1995), Xica da Silva (1997) e Era uma Vez ... (1998), O Cravo e a Rosa (2000), Desejos de Mulher (2002), Chocolate com Pimenta (2004), Alma Gêmea (2006), Pé na Jaca (2006), como Pietra, Queridos Amigos (2008), como Vânia, e Decamerão, a Comédia do Sexo, como Tessa. Estreia no cinema em 1990, no curta-metragem Vaidade. Destacam-se depois Manoushe, a Lenda de um Cigano (1990), As Meninas (1995) e Onde Anda Você (2004). Foi casada com o diretor Regis Faria. Atualmente está casada com Raul Schmidt e em 2009 adotou uma criança. Em 2010 Drica torna público que é portadora de leucemia, e inicia sessões de quimioterapia, com sucesso e grande possibilidade de cura. Filmografia: 1990 – Vaidade (CM); Manoushe, a Lenda de um Cigano; 1995 – As Meninas; O Mandarim; 1998 – Traição; 2000 – Bossa Nova; 2001 – Amores Possíveis; 2004 – Onde Anda Você; 2009 – Os Normais 2 – A Noite mais Maluca de Todas; 2010 – O Bem-Amado; Bruna Surfistinha – o Doce Veneno do Escorpião. MORAES, DULCINA DE Dulcina Mymssem de Morais nasceu em Valença, RJ, em 3 de fevereiro de 1908. Filha dos atores Conchita e Átila de Morais, estreia aos quinze anos como estrela da Cia. Leopoldo Fróes, depois Jayme Costa e Abigail/Durães. Mais tarde funda a Cia. Dulcina/Odilon, grande celeiro de novos valores, e não para mais de produzir, dirigir e representar, fazendo carreira marcante, sendo considerada a grande diva do teatro brasileiro, na primeira metade do século. Forma inúmeros atores brasileiros, hoje consagrados. No cinema, estreia em 1937 no curta Mulher que Passa, mas brilha mesmo em 24 Horas de Sonho, produzido pela Cinédia, em 1941, ao lado de Oscarito e Paulo Gracindo, com direção do português Chianca de Garcia. No final dos anos 1950, convencida da necessidade de revesti r a profissão de ator de uma preparação técnica, a atriz investe o dinheiro poupado ao longo da carreira na criação da Fundação Brasileira de Teatro, FBT, que realiza cursos e espetáculos. Em 1972, transfere-se com sua fundação para a capital federal. Dulcina só retorna ao palco carioca em 1981, a convite de Bibi Ferreira, que a dirige em O Melhor dos Pecados, de Sérgio Viotti, escrito especialmente para a atriz. Foi casada com o ator/produtor teatral Odilon Azevedo, entre 1931 e 1966, até a morte deste. A grande dama do teatro brasileiro dos anos 1930/1940, há muito afastada dos palcos, morre esquecida em Brasília, aos 88 anos, em 27 de agosto de 1996. Filmografia: 1937 – Mulher que Passa (CM); 1941 – 24 Horas de Sonho. MORAES, ERNANI Ernani Fernandes de Moraes nasceu em Recife, PE, em 23 de maio de 1957. Em 1975, já morando no Rio de Janeiro, começa sua carreira no teatro, na peça Não me Chame de Tetê, de José Wilker. Durante vinte anos dedica-se exclusivamente ao teatro, com mais de trinta peças no currículo, fazendo Shakespeare, Molière, Nelson Rodrigues, Martins Pena, França Júnior, teatro infantil, etc. Em 1987 faz seu primeiro filme, Tanga, Deu no New York Times e em 1991 estreia na televisão na novela Vamp, mas o sucesso acontece somente em 1998, com Torre de Babel, no papel de Boneca, que lhe dá notoriedade nacional. Em seguida, O Quinto dos Infernos (2002), Bang-Bang (2006), Paraíso Tropical (2007), Casos e Acasos (2008), Beleza Pura (2008), Três Irmãs (2009) e Toma Lá, Dá Cá (2009). Com 1,90m e voz grave e forte, é chamado sempre para papeis de vilão. Em 2005 percorre o Brasil com a peça O Crime do Dr. Alvarenga e Pequeno Dicionário Amoroso. No cinema brilha em Guerra de Canudos (1997), Buffo & Spallanzani (2001) e Cafundó (2005). Filmografia: 1987 – Tanga, Deu no New York Times; 1993 – Lamarca; 1997 – Guerra de Canudos; O Amor Está no Ar; 1999 – Tiradentes; Mauá – o Imperador e o Rei; 2000 – A Hora Marcada; 2001 – Nelson Gonçalves – o Filme; Buffo & Spallanzani; 2003 – As Alegres Comadres; Viva Voz; Ilha Rá-Tim-Bum – o Martelo de Vulcano; 2005 – Cafundó. MORAES, JEAN João Morais nasceu em Salvador, BA, em 1934. Jovem, muda-se para o Rio de Janeiro e começa a trabalhar como publicitário. Nessa época faz teatro amador, mesmo gostando de cinema. Resolve tentar a sorte na Europa, sem nenhuma experiência cinematográfica anterior, literalmente com a cara e a coragem. Faz pequenos papéis nos filmes La Chapellenoire, Siccario di Hitler, Il Mondo di Notte, My Old Love, Paw, até chegar a sua grande oportunidade, no filme O Rei dos Reis (King of Kings), de 1961, no papel de Natanael, e em seguida El Cid, ao lado de Charlton Heston. No Brasil, participa de um único fi lme, uma coprodução com a Argentina, América de Noite (1961). Mas não consegue dar sequência à sua carreira, estando afastado do cinema há muitos anos. Filmografia: 1961 – América de Noite (America di Nott e) (Brasil/Argentina). MORAES, LUIZ CARLOS DE É neto de Dulcina de Moraes, a grande dama do teatro brasileiro. Inicia sua carreira em 1962 no teatro. Estreia na televisão em 1966 na novela O Rei dos Ciganos, pela recém-fundada Globo, mas sua carreira acontece mesmo na TV Tupi, ao atuar em novelas memoráveis como Bel Amy (1972), O Barba Azul (1974) e O Profeta (1977), depois pela TV Bandeirantes fez Um Homem Muito Especial (1980) e O Ninho da Serpente (1982), pela TV Manchete fez Chapadão do Bugre (1988), pelo SBT: Corti na de Vidro (1989), Fascinação (1998) e Pícara Sonhadora (2001). Contratado pela TV Record, atua em A Escrava Isaura (2004) e A Lei e o Crime (2009). No teatro, atua em A Soma de Nós, Ela é Bárbara. Sua Excelência o Candidato e Camas Redondas, Casais Quadrados. Ainda na televisão participa também de programas educativos, teleteatros, programas de humor, etc. É também dublador profissional, tendo dublado personagens famosos como o Seu Madruga do Chaves e Joe Tiger de Lion Man. Estreia no cinema em 1978 no filme O Gênio do Sexo. Fez poucos filmes. Depois de vinte anos, retorna para parti cipar de O Príncipe, em 2002, filme paulista de Ugo Giorgetti. Filmografia: 1978 – O Gênio do Sexo; 1979 – Adultério por Amor; 1982 – Retrato Falado de uma Mulher sem Pudor; 2002 – O Príncipe. MORAES, MARIANA DE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 30 de setembro de 1968. Filha da atriz Vera Barreto Leite e do fotógrafo Pedro de Morais, é neta de Vinícius de Morais. Vive alguns anos em Paris, onde estuda canto, violão e piano. No teatro, participa do Oficina, de José Celso Martinez Corrêa, em São Paulo. Estreia no cinema em 1978, aos oito anos de idade, no filme Anchieta, José do Brasil, mas o sucesso chega aos dezessete com Fulaninha. Parti cipa das novelas Corpo Santo (1987), Vale Tudo (1988), Olho por Olho (1988) e um episódio do programa Você Decide (1995). Do avô, diz ter recordações apenas familiares, só tomando conhecimento de sua obra, após sua morte. Não gosta de badalações, preferindo levar uma vida simples e discreta, mas destaca-se como excelente atriz. Está casada com Cláudio Amaral Peixoto, com quem tem uma fi lha, Luísa. Filmografia: 1978 – Anchieta, José do Brasil; 1982 – Luz del Fuego; Tabu; 1985 – Nem Tudo é Verdade. – Fulaninha; O Homem da Capa Preta; 1987 – Leila Diniz; 1988 – Banana Split; 1990 – Matou a Família e Foi ao Cinema; 1991 – Paixão Cigana (CM); 1994 – Alma Corsária; 2004 – Nachtsonne (CM) (Alemanha); 2005 – Vinícius (interpretando Coisa mais Linda); 2008 – Nós Somos um Poema (CM) (depoimento). MORAES, SUZANA DE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1940. É a filha mais velha do poeta e compositor Vinícius de Moraes com Beatriz Azevedo de Mello. Estreia em teatro, substituindo Nara Leão no célebre Opinião, show musical de grande sucesso no Rio de Janeiro em 1965. Atua nas novelas da TV Globo A Rosa Rebelde (1969), como Lola, Véu de Noiva (1969), como Suzana, Verão Vermelho (1970), como Madalena e Assim na Terra como no Céu (1971), como Joaninha. No cinema, parti cipa de Garota de Ipanema (1967), A Noiva da Cidade (1977), Perfume de Gardênia (1992), etc. Foi casada por nove anos com o diretor Miguel Faria Jr. Estreia na direção em dois shows da cantora Adriana Calcanhoto, respecti vamente Adriana Calcanhoto – Público (2001) e Adriana Calcanhoto – Adriana Partimpim ao Vivo (2005). Filmografia: 1967 – Garota de Ipanema; 1969 – Pedro Diabo Ama Rosa Meia-Noite; 1970 – Cuidado, Madame; Pecado Mortal; Os Monstros do Babaloo; 1971 – O Capitão Bandeira contra o Dr. Moura Brasil; Matei por Amor; 1971/1974 – Lobisomem, o Terror da Meia-Noite; 1977 – Bandalheira Infernal; A Noiva da Cidade; 1980 – O Gigante da América; 1981 – Corações a Mil; O Homem do Pau-Brasil; 1982 – Tabu; 1992 – Perfume de Gardênia; 2008 – Nós Somos um Poema (CM) (depoimento). MORAES, TIAGO Tiago Trindade Moraes nasceu em São Paulo, SP. É filho da agente Mara Moraes, dona da Tribo de Atores. Inicia sua carreira aos oito anos de idade, fazendo comerciais e aos dez já estreia na televisão. Cursa Faculdade de Artes Cênicas. Inicia sua carreira como ator e depois diretor teatral. Na televisão, atua na novela Colégio Brasil (1995), pelo SBT, do seriado Sandy & Júnior (1999), pela TV Globo e, de volta ao SBT, participa da novela Jamais te Esquecerei, em 2003. Estreia no cinema em 2001 no filme Domésti cas, como Gilvan, e de cara recebe o prêmio de Melhor Ator no Festi val de Natal. Dirige espetáculos de sucesso como Sobre a Neve em Frente à Torre Eiffel, de João Fabio Cabral, Traições, de Jarbas Capusso, Amigo é pra essas Coisas, de Marici Salomão, e Quarta Riso, de Wagner Davila. Atualmente, além de atuar e dirigir, dá aulas de vídeo e teatro para jovens atores. Filmografia: 2001 – Domésticas, o Filme; 2003 – Vigaristas e Anões de Jardim (CM); Benjamin; 2004 – Onde Anda Você; Cabra-Cega; 2006 – Os 12 Trabalhos. MORAES, VINÍCIUS DE Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de outubro de 1913. Poeta e compositor, emplaca seu primeiro sucesso em 1931, com o fox Loura ou Morena, gravada pelos irmãos Tapajós. Torna-se bastante conhecido à época da Bossa Nova, ao assinar memoráveis canções em parceria com Tom Jobim e outros. Seu primeiro filme data de 1962, Rio à Noite. Na década de 1980, faz memorável parceria com o violonista e cantor Toquinho, com grande sucesso. Foi casado por nove vezes e teve cinco filhos, entre eles a atriz Susana de Moraes. Cultuado pela crítica e público em geral pela genialidade de suas obras, literárias ou musicais, morre em 9 de julho de 1980, aos 67 anos de idade, de edema pulmonar, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1962 – Rio à Noite (como ele mesmo); 1965 – Pluft, o Fantasminha; 1970 – O Tempo e o Som (CM) (depoimento); 1967 – Cinema Novo (Improvisierst und Zielbewusst) (CM) (depoimento) (Brasil/Alemanha); Garota de Ipanema; 1980 – Certas Palavras (como ele mesmo); 2005 – Vinicius; Coisa mais Linda: Histórias e Casos da Bossa Nova. MORAIS, MILTON Nasceu em Fortaleza, CE, em 1930. Ainda menino foge com uma caravana de circo para ser ator. Radica-se no Rio de Janeiro e faz teatro, cinema e televisão, interpretando diversos tipos, principalmente o carioca, que segundo diz não é quem nasce no Rio e sim quem faz a história da cidade. No teatro, atua nas peças O Canto da Cotovia, A Casa de Chá do Luar de Agosto, Society em Baby Doll, Um Chapéu Cheio de Chuva e Pedro Mico, pelo qual recebe o prêmio de melhor desempenho cômico de 1957. No cinema, tem marcantes passagens em fi lmes como A Estrada (1956), Assassinato em Copacabana (1962) e Os Trapalhões e o Rei do Futebol (1986). Na televisão, estreia em 1969 na novela O Retrato de Laura. Entre tantos sucessos que viriam depois, destacase nas novelas Bandeira Dois (1971), O Bofe (1972), Cavalo de Aço (1973), O Espigão (1974), Escalada (1975), Saramandaia (1976), Espelho Mágico (1977), Dancin’ Days (1978), Cabocla (1979), Água Viva (1980), O Homem Proibido (1982), Louco Amor (1983) e Meu Bem, meu Mal (1990), sua última. Casou-se quatro vezes, com as atrizes Glauce Rocha e Norma Blum e depois com Mara Regina e Carlota Pauline. Morre em 15 de fevereiro de 1993, aos 62 anos de idade, de parada cardíaca, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1956 – A Estrada; 1962 – Assassinato em Copacabana; 1963 – Amador Bueno, o Paulista que não Quis Ser Rei (CM) (episódio da série Aventuras da História do Brasil); A Montanha dos Sete Ecos; Gimba, Presidente dos Valentes; 1966 – Mineirinho Vivo ou Morto; Nudista à Força; 1967 – Perpétuo contra o Esquadrão da Morte; 1968 – Maria Bonita, Rainha do Cangaço; 1969 – A um Pulo da Morte; 1970 – Senhores da Terra; É Simonal; 1971 – O Barão Otelo no Barato dos Bilhões; 1972 – Os Devassos; 1973 – Sagarana, o Duelo; Os Homens que eu Tive; 1974 – Um Edifício Chamado 200; 1975 – O Homem de Papel (Volúpia de um Desejo); 1976 – Ninguém Segura essas Mulheres (episódio: O Desencontro); 1977 – Um Marido Contagiante; Barra Pesada; 1979 – O Amante de Minha Mulher; República dos Assassinos; 1981 – O Sequestro; Bonitinha, mas Ordinária; 1982 – Beijo na Boca; Pra Frente, Brasil; Os Paspalhões em Pinóquio 2000; 1983 – O Trapalhão na Arca de Noé; Aguenta, Coração; 1986 – Os Trapalhões e o Rei do Futebol. MORAIS, RUTHINÉA DE Ruthinéa de Moraes e Silva nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1º de junho de 1930. Ainda criança começa a frequentar aulas de balé, tornando-se exímia bailarina. Já em São Paulo, em 1958 ingressa na Escola de Arte Dramática da USP. No mesmo ano estreia com a peça A Lição, no Teatro Maria Della Costa. Em 1966, brilha como a prostituta Neusa Suely, na primeira montagem da peça Navalha na Carne, de Plínio Marcos. Atua em inúmeras outras como Quarto de Empregada, Gimba, A Semente e Soraia Posto 2, na qual ganha os prêmios Saci e Governador do Estado. Estreia no cinema em 1966 no filme Três Histórias de Amor, seguindo-se A Marcha (1972) e O Dia do Gato (1988), entre outros. Na televisão, participa de mais de setenta novelas, entre elas O Pequeno Lord (1977), sua estreia, A Pequena Órfã (1968), Chega Mais (1980), Séti mo Sentido (1982), Sonho Meu (1993), Canoa do Bagre (1997) e Fascinação (1998), pelo SBT, sua última novela. Em 1998 retorna ao teatro na peça Laços Eternos e ao cinema para parti cipar do filme A Grande Noitada, de Denoy de Oliveira. É uma das grandes atrizes brasileiras. Morre em 24 de julho de 1998, de ataque cardíaco, aos 68 anos de idade, em São Paulo. Filmografia: 1966 – Três Histórias de Amor (episódio: A Construção – Amor na Cidade); 1968 – Anuska, Manequim e Mulher; 1971 – Lua de Mel & Amendoim; A Marca da Ferradura; 1972 – A Marcha; 1973 – Os Três Justi ceiros; 1974 – Pensionato de Mulheres; O Marginal; 1975 – As Mulheres Sempre Querem Mais (Desejo Insaciável de Amar); O Predileto; 1976 – Senhora; A Noite das Fêmeas (Ensaio Geral); Possuídas pelo Pecado; 1977 – O Mártir da Independência; 1980 – O Homem que Virou Suco; Ato de Violência; 1983 – Janete; Sete Dias de Agonia (O Encalhe); Nasce uma Mulher; 1984 – O Baiano Fantasma; Transa Brutal (O Fim da Picada); 1988 – O Dia do Gato; 1997 – A Grande Noitada. MORALES, CARMEN Carmen Joia Morales nasceu em Birigui, SP, em 1931. Morando na capital, é eleita Miss Garoa e candidata-se ao título de Miss São Paulo, em 1949. No início dos anos 1950 trabalha como garotapropaganda da TV Record. Em seguida inicia carreira de cantora na TV Tupi, com repertório de melodias espanholas e canções brasileiras. Estreia no cinema em 1957 no filme Escravos do Amor das Amazonas. Em seguida, assume o nome artístico de Carmen Joia, e se dedica somente à carreira de cantora, com relativo sucesso. Ainda assim participa de duas novelas, O Cara Suja e A Cor de sua Pele, ambas em 1965. Seu timbre de voz e esti lo, lembra muito o da grande cantora brasileira Ângela Maria. Filmografia: 1957 – Escravos do Amor das Amazonas (Love Slaves of the Amazon) (EUA); 1958 – Paixão de Gaúcho; Chofer de Praça. MORANGO, TEREZINHA Tereza Gonçalves Morango nasceu em São Paulo de Olicença, AM, em 26 de outubro de 1936. Cursa o colegial clássico e o pedagógico. Dedica-se aos esportes e participa de festas em clubes. Em 1956, candidata-se ao concurso Miss Cinelândia e vence a disputa, muito concorrida na época. Em 22 de junho de 1957, em concurso ocorrido no Hotel Quitandinha, no Rio de Janeiro, é eleita Miss Brasil, tornando-se a primeira representante do seu Estado a ostentar tal título. Vai para os EUA e, em Long Beach, fica com o segundo lugar no concurso Miss Universo, perdendo apenas para a peruana Gladys Zender. Na época, comentava-se que ela teria um caso com o presidente Juscelino Kubitschek e que a personagem Marisa, interpretada por Letícia Sabatella, da minissérie JK, apresentada pela rede Globo em 2006, seria verdadeiramente a ex-miss, mas não existe confi rmação desse fato. Recebe um convite e estreia no cinema em 1957 no filme Garotas e Samba, faria somente mais um filme, mas não dá continuidade à carreira de atriz cinematográfica, em que pese todo o seu talento e beleza. Filmografia: 1957 – Garotas e Samba; 1967 – Garota de Ipanema. MORANO, PAULO Francisco de Paula Barreto nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Técnico e ator. Como técnico, assinava como Francisco Barrett o depois torna-se galã da Cinédia. Estreia no filme Barro Humano, em 1929. Morre jovem. Filmografia: 1929 – Barro Humano; Lábios sem Beijo (1ª versão); 1930 – Lábios sem Beijo (2ª versão); 1936 – Bonequinha de Seda. MOREIRA, ARLETE Nasceu em Londrina, PR. Em São Paulo, começa carreira como garota-propaganda e modelo fotográfico. Estreia no cinema em 1974 no filme Desejo Proibido, seguindo-se de outros. Com o sucesso no cinema, trabalha como jurada do Programa Raul Gil, pela TV Record. Com muita garra, frequenta a Escola de Arte Dramática de Ivan Mesquita. Filmografia: 1974 – Desejo Proibido; O Exorcista de Mulheres; 1975 – As Audaciosas; Bonecas Diabólicas; A Filha do Padre; Os Pilantras da Noite; 1976 – Amadas e Violentadas; O Dia das Profissionais; 1977 – Chumbo Quente; Elas São do Baralho; Escola Penal de Meninas Violentadas; Garimpeiras do Sexo; 1978 – Os Trapalhões na Guerra dos Planetas; Mundo – Mercado do Sexo; Perversão (Estupro!); 1980 – O Último Cão de Guerra; 1981 – As Amantes de Helen. MOREIRA, EDUARDO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1961. Em 1974, com treze anos de idade, sua família muda-se para Belo Horizonte. Abandona os cursos de Direito e Letras para se dedicar ao teatro. Começa sua carreira realizando encenações no prédio da FAFICH, entre elas Murro em Ponta de Faca, com direção de João Marcos Machado Gontijo. Em 1981 entra para o elenco de Me Aperta, te Aperta, te Espeta, espetáculo que ganha e Prêmio Mambembão. Em seguida é um dos fundadores do Grupo Galpão, tendo participado de todas as suas montagens, tanto como ator ou diretor. Como diretor, desenvolve parcerias com os grupos DellArte de Blue Lake, da Califórnia (EUA) e o Grupo Clows de Shakespeare, de Natal (RN). Estreia no cinema em 2006 no filme O Ano em que meus Pais Saíram de Férias. Filmografia: 2006 – O Ano em que meus Pais Saíram de Férias; Batismo de Sangue; 2007 – Mutum; 2009 – Antes que o Mundo Acabe; Moscou. MOREIRA, ESMERALDA Nasceu em Itapetininga, BA, em 1958. Criança ainda, já participa do teatrinho da escola. Com talento nato, faz peças infantis, entre elas, Branca de Neve e os Sete Anões e As Gaivotas, apresentando-se em clubes e cinemas. Aos dezesseis anos resolve vir para São Paulo morar com a irmã e matricula-se no curso de manequim do Senac. Antes mesmo de terminar o curso, já desfila profissionalmente e posa como modelo fotográfico, em fotos de publicidade. Como atriz, sua primeira oportunidade profissional acontece na televisão, numa pequena ponta na novela O Machão, em 1974. Participa de um único filme, O Sexo Mora ao Lado, em 1975. Filmografia: 1975 – O Sexo Mora ao Lado. MOREIRA, MILA Marilda Alves Moreira da Silva nasceu em São Paulo, SP, em 18 de maio de 1949. Aos quatorze anos mente a idade para participar do concurso Miss Luzes da Cidade. Vence e ganha uma passagem para os EUA. Conhece o mundo inteiro como modelo da Rhodia, entre 1963 e 1974, chegando a ser capa de oito revistas em apenas um mês. Em 1979 vem o convite para trabalhar na televisão na novela Marron Glacê no papel de Erica. O sucesso é total e não para mais, ao atuar em Plumas e Paetês (1980), Que Rei Sou Eu? (1989), A Próxima Vítima (1996), Os Maias (2001), Um só Coração (2004), Paraíso Tropical (2007), Queridos Amigos (2008), como Marlene e Ciranda de Pedra (2008), como Urânia. Estreia no cinema em 1981 em Os Salti mbancos Trapalhões. Foi casada com Fernando Delamare e João Carlos Balaguer. Filmografia: 1981 – Os Salti mbancos Trapalhões; 1983 – As Aventuras de Mário Fofoca; Aguenta, Coração. MOREL, DIANA Nasceu no Rio de Janeiro, em 1935. Começa sua carreira no teatro musicado, lançada por Carlos Machado. Em seguida, trabalha em outros elencos de shows e revistas até chegar aos palcos de comédia, pelas companhias de Tônia Carrero, Cacilda Becker, Aurimar Rocha e Maria Della Costa. Depois, sob a direção de Armando Couto, parti cipa da peça Não Consultes Médico, de Machado de Assis, inaugurando então, o novo Teatro Nacional de Comédia, no Rio de Janeiro. No cinema desde 1953, atua em A Carne e o Diabo (1953), Trabalhou Bem, Genival (1955) e Esse Rio que eu Amo (1961). Dedica-se depois, ao teatro e à televisão, começando a carreira com quinze anos, ainda na TV ao vivo. Em 1967 faz sua primeira novela, A Rainha Louca. Parti cipa das novelas Enquanto Houver Estrelas (1969), Supermanoela (1974), Dancin’ Days (1978), O Homem Proibido (1982), A Gata Comeu (1985), Gente Fina (1990), etc. Abandona a carreira artísti ca para se dedicar à família. Morre em 18 de dezembro de 1998, aos 63 anos de idade, de câncer, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1953 – A Carne e o Diabo; É pra Casar?; 1955 – Trabalhou Bem, Genival; 1958 – Meus Amores no Rio (Mis Amores en Río) (Brasil/Argentina); 1959 – Moral em Concordata; 1960 – Cidade Ameaçada; 1961 – Quanto mais Samba Melhor; Esse Rio que eu Amo (episódio: Balbino, o Homem do Mar). MOREL, EDITH Nasceu em Buenos Aires, Argentina. Vem menina para o Brasil, faz curso de dança, balé clássico e começa a trabalhar como dançarina na boate Night Club. Num dos shows, observada por produtores da Atlântida, é convidada a parti cipar do filme A Dupla do Barulho, em 1953, ao lado de Oscarito e Grande Otelo. Faria somente mais um filme, abandonando a carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1953 – Dupla do Barulho; 1954 – Malandros em Quarta Dimensão. MOREL, MARLENE Marlene di Poldo nasceu em São Paulo, SP, em 18 de outubro de 1934. É convidada por Maria de Lourdes Lebert para fazer um desfile e logo inicia na carreira de garota-propaganda. Casase aos dezessete anos, mas logo se separa. Logo entra para a TV Tupi, onde o diretor Cassiano Gabus Mendes a bati za com o nome artístico de Marlene Morel, e assim fica conhecida. Faz uma série enorme de propagandas, para empresas famosas como Isnard, Cássio Muniz, etc. Em 1957 faz seu primeiro teleteatro e em seguida TV de Comédia. Casa-se pela segunda vez e é contratada pela TV Record, logo faz parte do elenco fixo da emissora, participando dos programas Praça da Alegria, Hotel do Sossego e Astros do Disco. Estreia no cinema em 1971 no filme No Rancho Fundo. Casada pela terceira vez, a partir dos anos 1970 abandona a carreira artística e vai trabalhar na Editora Três, como secretária executi va. Filmografia: 1971 – No Rancho Fundo. MORELLI, SANDRA Nasceu em São Paulo, SP. Atriz pornô brasileira, que fi cou famosa por fazer filmes de zoofilia, em sua maioria, sexo com cavalos e quase todos dirigidos pelo chinês radicado no Brasil Juan Bajon. Seu primeiro fi lme é Tentações, de 1985, direção de Nilton Nascimento. Sua carreira dura três anos apenas. Com o fi m do gênero, abandona a carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1985 – Tentações; Sexo a Cavalo; 1986 – Cilada do Destino; Orgia Familiar; Sexo em Festa; Sexo Doido; Seduzida por um Cavalo; Meu Marido, meu Cavalo; Loucas por Cavalos; A Garota do Cavalo; Os Anos Dourados da Sacanagem; 1987 – Júlia e os Pôneis; 1988 – Mata a Cobra e Mostra o Pau; Garotas Sacanas; Um Homem, uma Mulher e um Cavalo; Tudo por um Cavalo; Gatinhas às suas Ordens; Bonecas do Amor. MORENA, NINA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1980. É filha da atriz Marília Pera e do produtor musical e compositor Nelson Motta. Aos oito anos de idade estreia como atriz na peça Elas por Ela, em 1988, ao lado da mãe. Em 1995, aos quinze anos, vai morar com o pai em Nova York e forma-se pelo Lee Strasberg Theater Institute e lá participa do Hampton Shakespeare Theater Festival com a peça A Tempestade. De volta ao Brasil, em 2001 entra para faculdade de dança. Em seguida, com a peça Aonde Está Você Agora?, excursiona para Lisboa, Portugal. Em 2004 estreia na televisão, na minissérie Um só Coração, no papel de Odila Penteado, depois A Grande Família (2004), Páginas da Vida (2007), todas pela TV Globo. Contratada pela TV Record, é uma das protagonistas de Caminhos do Coração – Mutantes (2008). No teatro, parti cipa das peças A Filha da…, Auto da Barca do Inferno, A Incrível Confeitaria do Sr. Pellica; A Arca de Noé – Vinícius para Crianças, Ainda – o Musical, etc. Está casada desde 2005 com o produtor musical Antoine Midani Filho. Filmografia: 2003 – Uma Estrela para Ioiô (CM); 2006 – Mulheres do Brasil; 2007 – Mulher Sexo Verdades Mentiras; 2008 – Um Romance de Geração. MORENO, CARLOS Carlos Alberto Bonetti Moreno nasceu em São Paulo, SP, em 1955. Forma-se em Arquitetura pela FAU-USP e depois faz pósgraduação nos Estados Unidos, mas nunca exerceu a profissão. Ator, cenógrafo, fi gurinista e designer gráfico, começa sua carreira artística no teatro, no grupo Pod Minoga. Em 1978 faz teste para os comerciais da Bom Bril sendo escolhido por Washington Olivetto. Torna-se garoto-propaganda da empresa por 26 anos, de 1978 a 2004, tendo feito nesse período 337 comerciais. Entra para o Guinness como a campanha que ficou mais tempo no ar em toda a história da propaganda mundial. A parti r de 2004 desliga-se da Bom Bril e vai para a Fininvest. No cinema, estreia em 1988 no filme Fogo e Paixão e depois atua em vários curtas. Na televisão, participa do infantil Ra-Tim-Bum (1989), pela TV Cultura. Em 2007 retorna à Bom Bril com novo contrato por tempo indeterminado. No teatro, participa de muitas peças como Quixote, Turistas & Refugiados, Fica Comigo esta Noite, Sexo dos Anjos, Senhora Lenin, etc. Em 2008, Carlos Moreno organiza a exposição Pod Minoga com memórias das crianças que se tornaram adolescentes e adultos em cena, como ele próprio, a atriz Mira Haar e do Pod Minoga, no Sesc Pompeia, em São Paulo, com ofi cinas e performances e, para a história, duas peças filmadas. Filmografia: 1988 – Fogo e Paixão; O Brinco (CM); 1991 – O Inventor (CM); 1993 Canal Cem (Nunc Et Semper) (CM); A Má Criada (CM); 1995 – Acossado (CM); Eu Sei que você Sabe (CM); 1998 – Os Quatro Fantásti cos Contra-Atacam; 2000 Tônica Dominante; 2002 – Morte (CM). MORENO, CRIZETTA Nasceu em São Paulo, SP, em 1912. Inicia sua carreira no Teatro de Variedades, ao lado do marido Lino, dono de uma companhia. Ao assisti r às fi lmagens de O Mistério do Dominó Preto, é convidada para estrelar o filme Eufemia, em 1929, ao que consta, sua única experiência no cinema. Não se tem notícia da conti nuidade de sua carreira. Filmografia: 1929 – Eufemia. MORENO, LEILAH Nasceu em São José dos Campos, SP, em 1984. Atriz, cantora e bailarina, aos nove anos integra o grupo de partido alto Última Hora e aos doze tinha sua própria banda. Já morando em São Paulo, participa do programa de calouros de Raul Gil, o que lhe possibilita gravar seu primeiro CD, Meus Segredos, em 2002, e lhe abre as portas da carreira artística. Em 2003 lança o CD Censurado e o clipe Vem Dançar, logo transformado em hit nas pistas de dança de todo o Brasil. Com o sucesso, a partir de 2005 passa a integrar a banda Altas Horas, no programa de Serginho Groisman. No ano seguinte é convidada a parti cipar do filme Antonia e logo em seguida estreia como atriz, na televisão, no seriado do mesmo nome. Em 2007 atua na novela Sete Pecados como Nalah. No cinema, em 2009, tem importante papel no filme Quanto Dura o Amor?, como uma prostituta. Dona de uma das mais belas vozes brasileiras, também destaca-se com talento como atriz. Filmografia: 2006 – Antonia, o Filme; 2009 – Quanto Dura o Amor? (Condomínio Jaqueline). MORENO, MARISTELA Atriz do cinema da Boca do Lixo paulista. Seu primeiro fi lme é Tortura Cruel. Em 1981 posa nua para a revista Homem. Atua em 25 filmes até 1985. Assim como tantas outras, optou por abandonar o cinema com a entrada do explicito no início dos anos 80. Filmografia: 1980 – Tortura Cruel (Fêmeas Violentadas); O Fotógrafo; A Filha de Emmanuele; 1981 – Pornô! (episódio: As Gazelas); As Prostitutas do Dr. Alberto; Império do Desejo; Como Faturar a Mulher do Próximo (episódio: Baile do Cabide); 1982 – Perdida em Sodoma; Deu Veado na Cabeça; Bonecas da Noite; Bacanais na Ilha das Ninfetas; A Noite do Amor Eterno; A Noite das Taras 2; Aluga-se Moças; 1983 – Sacanagem (episódio: Vitamina C na Cama); Põe Devagar... Bem Devagarinho; O Escândalo na Sociedade; A Flor do Desejo; Aluga-se Moças 2; 1984 – Transa Brutal; O Vale das Taradas; Mulher de Proveta; Clube do Sexo; A Quinta Dimensão do Sexo; 1985 – Made in Brazil (episódio: Fim de Semana Impossível). MORETTO, GRAZIELLA Graziella Moretto Figueiredo nasceu em Santos, SP, em 15 de maio de 1972. Estuda teatro no Ipê Clube com o apoio do pai, o ator amador Sérgio Figueiredo. Estuda na Escola de Artes Dramáti cas em São Paulo e depois no EAD. Ganha algum dinheiro fazendo comerciais e resolve passar três anos em Nova York, o que lhe dá grande aprendizado, pois tem que trabalhar como babá, modelo e faz laboratório de Shakespeare no Public Theatre. Estuda um ano e meio no Actors Center e chega a montar pequenas peças com amigas americanas. De volta ao Brasil, em 1998, estreia no teatro, na peça Morus e seu Carrasco, com direção do lendário Gianni Ratto. Logo chega à televisão, para participar da minissérie Aquarela do Brasil, pela TV Globo, em 2000, ano em que estreia no cinema, em Mater Dei. Em 2001 vem a primeira novela, Estrela Guia, pela TV Globo, e no cinema faz aquele que é seu melhor filme até o momento, Domésti cas, do premiado diretor Fernando Meirelles. Com grande vocação para o humor, compõem com graça e talento todos os seus personagens, como a Maristela de Os Normais (2003), ou a impagável Kely de A Grande Família (2005), como também a Suzana de Casos e Acasos (2008) e a Váléria de Três Irmãs (2009). Em 2007 retorna ao teatro nas peças O Beijo no Asfalto, em 2006, e A Graça da Vida, em 2007. É uma grande atriz brasileira. Filmografia: 1994 – O M.U.R.O. (CM); 1996 – Super Colosso; 2000 – Mater Dei; 2001 – Domésticas, o Filme; 2002 – Cidade de Deus; 2003 – Viva Voz; Ilha Rá-Tim-Bum: O Martelo de Vulcano; 2007 – Não por Acaso; O Signo da Cidade; 2008 – Feliz Natal. MOREY, MAURÍCIO Maurício Morey Hossri nasceu em Campinas, SP, em 1º de fevereiro de 1928. De família numerosa de irmãos, cedo descobre a vocação artística, principalmente porque o irmão, Antoninho Hossri, cineasta, muito o incentiva. Embora sendo médico veterinário, exerce pouco a profissão, preferindo cantar na Rádio Cultura, em boates e exibir-se em números de luta livre, viajando de cidade em cidade. Em 1947 tem o primeiro revés de sua vida, com a morte trágica de sua noiva. Em 1951 faz sua estreia no cinema, numa ponta como garçom em Tico-Tico no Fubá. Mas é no fi lme do irmão, Da Terra Nasce o Ódio (1953), que Maurício tem seu primeiro grande papel. Torna-se astro de muita popularidade, sendo muito assediado pelas fãs. A partir da década de 1960, sua carreira entra em declínio, estando afastado desde então da vida artística. Em meados da década de 1960 compra uma fazenda em Araraquara e a partir de 1967 troca por outra maior em Santa Rita de Passa Quatro, a Fazenda Monte Belo, sua residência até morrer. Lá cria gado e nos últimos tempos transforma-a em um hotel fazenda. Era casado desde muito tempo com Edy, sua fiel companheira. Morre em 22 de janeiro de 2006, aos 77 anos de idade, de falência múltipla dos órgãos, em decorrência de uma infecção pulmonar. Morey sofria de mal de Alzheimer há alguns anos. Filmografia: 1952 – Tico-Tico no Fubá; 1953 – O Cangaceiro; 1954 – Da Terra Nasce o Ódio; Sós e Abandonados; 1956 – Homens sem Paz; 1957 – A Lei do Sertão; 1959 – O Preço da Vitória; 1963/1969 – Fugitivos da Noite (El Campeon de la Muerte) (México/Brasil). MOREYRA, CIDA Maria Aparecida Guimarães Campiolo nasceu em São Paulo, SP, em 12 de novembro de 1951. Cantora e pianista. Aos cinco anos já tocava piano e cantava na rádio Paraguaçu. Dos 13 aos 17 mora em Londrina e participa de corais no colégio. Em São Paulo, forma-se psicóloga, chegando a exercer a profi ssão por cinco anos. Começa sua carreira como cantora, mas acaba se destacando também como atriz. Estreia no cinema em 1976 no filme A Últi ma Ilusão, mas é em A Estrela Nua (1985) que recebe vários prêmios por sua interpretação. Em 1981 lança seu primeiro disco Summertime, denso e único que causa impacto. É um disco independente e ao vivo, com clássicos do blues e do jazz norteamericano, além da versão censurara de Geni, de Chico Buarque. Em 1996, lança o CD Na Trilha do Cinema, com músicas que foram temas de filmes brasileiros. Na televisão, participa das novelas A Filha do Silêncio (1982) e Estrela Guia (2001). Tem uma filha chamada Júlia. Filmografia: 1976 – A Últi ma Ilusão; 1980 – Certas Palavras; 1981 – O Olho Mágico do Amor; 1982 – Ao Sul do meu Corpo; 1984 – A Flor do Desejo; Onda Nova; 1985 – A Estrela Nua; 1999 – O Tronco. MORGADO, CAMILA Camila Ribeiro da Silva nasceu em Petrópolis, RJ, em 12 de abril de 1975. Criada para ser médica, decide ser atriz, para desespero da família. Estuda teatro no CAL, Casa das Artes de Laranjeiras, no Rio de Janeiro, e depois em São Paulo. Com 21 anos de idade integra o grupo de teatro do polêmico produtor/diretor Gerald Thomas, e participa das peças Nowhere Man e Ventriloquist, entre outras. Em 2002 atua em Mamãe não Pode Saber, de João Falcão. Em 2003 estreia na televisão como a Manuela da minissérie A Casa das Sete Mulheres e, em 2004, parti cipa de outra minissérie, Um só Coração, mas é nesse mesmo ano que fica conhecida em todo o Brasil por sua atuação no filme Olga, a maior produção cinematográfica do ano, de Jayme Monjardim (1956), num desempenho impressionante, que lhe rende muitos prêmios e elogios. A partir de 2005 consolida sua carreira na televisão ao atuar de novelas/minisséries América (2005), como May, JK (2006), como a jornalista homossexual Ana Rosemberg, Dicas de um Sedutor (2008), no papel de Cristina, Casos e Acasos (2008), interpretando Juliana, Faça sua História (2008), como Matadora, e Viver a Vida no papel de Malu Trindade. Filmografia: 2004 – Olga; 2005 – Vinícius (participação como ela mesma). MORGANA Isolda Corrêa Dias nasceu em São Paulo, SP, em 2 de agosto de 1934. Estuda canto, piano e balé com o Maestro Tobias Perfetti e Zaira Bianchi. Fala fluentemente cinco línguas, além do português, italiano, inglês, francês e castelhano. Começa sua carreira como cantora lírica, mas é com repertório popular que alcança o sucesso, logo na primeira gravação, com a música Serenata do Adeus, ainda em 78 RPM e recebe o carinhoso apelido de Fada Loura. Em 1954, no IV Centenário da Cidade de São Paulo, grava o Hino do Centenário, composição de Mário Zan, com grande alcance popular. Ao final dos anos 1950 já era cantora de sucesso, ao gravar dezenas de músicas, como Arrependida, Mais Brilho nas Estrelas, Fuga, Amar, etc. Recebe muitos troféus, entre eles oito Discos de Ouro e um Roquette Pinto. Em 1959 parti cipa, como cantora, de dois filmes, Garota Enxuta e Moral em Concordata. Seu maior sucesso acontece em 1965, ao gravar a canção-tema da novela O Direito de Nascer. Em 1973, no auge do sucesso no Brasil e no exterior, abandona a carreira para ajudar o marido em uma rede de pizzarias. Casa-se com o empresário Amaury Garcia de Oliveira, com quem tem um filho. Morre em 4 de janeiro de 2000, aos 65 anos de idade, em São Paulo Filmografia: 1959 – Garota Enxuta; Moral em Concordata. MORINEAU, ANTONIETA Antoinette Morineau nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 9 de setembro de 1932. É filha da atriz Henriette Morineau. Faz seus estudos no Colégio Sion, aprendendo a dominar vários idiomas como francês, inglês e espanhol. Começa sua carreira artística fazendo pequenas pontas em peças produzidas pela companhia da mãe. Em 1951 recebe convite de Mário Civelli para participar do filme Presença de Anita, como a principal protagonista. Faz poucos filmes, dedicando sua carreira mais ao teatro. Filmografia: 1951 – Presença de Anita; 1952 – Meu Destino é Pecar. MORINEAU, HENRIETTE Nasceu em Niort, França, em 29 de novembro de 1908. Ainda menina, assiste ao espetáculo O Cid, de Corneille, e sai do teatro com o firme propósito de ser atriz. Mesmo sem o apoio da família, Henriette se lança para a carreira. Na década de 1940 vem para o Brasil e aqui se radica, dedicando-se quase que totalmente ao teatro embora tenha brilhado também no cinema, no qual estreia em 1951, no filme O Comprador de Fazendas. Alta, esbelta, com gestos precisos, voz grave e leve sotaque, torna-se uma das grandes damas do teatro brasileiro. Funda sua própria companhia, celeiro inesgotável de novos valores durante décadas. Na televisão, participa de duas novelas, Escrava Isaura (1976), como Madeleine Besançon, e Água Viva (1980), como Jojô. Sua filha Antonieta Morineau também é atriz. Morre em 3 de dezembro de 1990 aos 82 anos de idade, de parada cardíaca no Rio de Janeiro. Filmografia: 1951 – O Comprador de Fazendas; Presença de Anita; 1954 – Alvorada de Glória (inacabado); 1956 – Leonora dos Sete Mares; 1968 – Por um Amor Distante (Pour Un Amour Lointain) (França/Brasil); 1981 – Boniti nha, mas Ordinária; 1983 – Perdoa-me por me Traíres. MORO, FERNANDA Nasceu em Porto Alegre, RS, em 15 de agosto de 1984. Sem pretensões de ser atriz, estuda Jornalismo, quando é convidada para atuar em uma peça teatral. Em 2007 Paulo Nascimento a convida para estrelar o filme Valsa para Bruno Stein, tornandose a grande revelação do XXXV Festival do Cinema Brasileiro de Gramado. A atriz, que já tem três longas no currículo, se prepara para estrear na televisão. Filmografia: 2007 – Valsa para Bruno Stein; 2009 – Em teu Nome; 2010 – A Casa Verde. MORONI, BRENO Breno Moroni Girão Barroso nasceu em Petrópolis, RJ, em 6 de fevereiro de 1954. Em 1984 faz sua estreia na televisão na minissérie Marquesa de Santos e no cinema no filme O Cavalinho Azul. Ator quase que essencialmente cinematográfi co, participa ainda de novelas e minisséries como Tudo em Cima (1985), Olho por Olho (1988), A Viagem (1994), Vira Lata (1996) e Um Anjo Caiu do Céu (2001), a partir do qual, passa a dedicar-se mais ao cinema, em fi lmes como Histórias do Olhar (2002), Meu Pai (2003), Anjos do Sol (2006), etc. Sua irmã mais velha, Jana Moroni Barroso, foi uma guerrilheira, oficialmente desaparecida em janeiro de 1974 quando integrava o grupo do Partido Comunista do Brasil que lutou contra a ditadura militar brasileira na Guerrilha do Araguaia. De larga carreira no cinema, Breno atualmente mora em Portugal. Filmografia: 1984 – O Cavalinho Azul; 1985 – A Propósito do Rio (CM); Areias Escaldantes; 1986 – Um Dia... Maria (CM); Ópera do Malandro (Brasil/França); Com Licença eu Vou à Luta; 1987 – O Muro (CM); 1988 – A Lei do Boi (CM); Eternamente Pagu; Fronteiras; Heróis Trapalhões, uma Aventura na Floresta; Prisioneiro do Rio (Prisioner of Rio) (Brasil/Polônia/Suíça); 1989 – Hai Kai (CM); Os Sermões; 1990 – Manoushe, a Lenda de um Cigano; O Mistério de Robin Hood; O Quinto Macaco (The Fifth Monkey) (EUA); 1991 – Assim na Tela como no Céu; 1992 – História dos Anos 80; 1993 – Oceano Atlantis; 1996 – Sambolico (Brasil/Finlândia/Alemanha) (CM); 1999 – O Tronco; 2002 – Histórias do Olhar; 2003 – Achados e Perdidos (CM); Meu Pai (My Father, Rua Alguem 555) (EUA); 2004 – Vida de Palhaço (CM); 2006 – Amigo Invisível; Anjos do Sol; 2009 – Bela Noite para Voar. MORRONE, LAERTE Nasceu em São Paulo, em 16 de julho de 1932. Filho de italianos, o pai, Luiz Morrone, era escultor e a mãe, Ignez, renomada pianista. O pai não queria que ele seguisse carreira artísti ca mas mesmo assim começa a fazer teatro amador. Tenta entrar para a Escola de Arte Dramática (EAD), mas é reprovado na prova de língua Portuguesa. Desapontado, muda-se para a Europa onde permanece por quatro anos estudando teatro. Já como profissional, trabalha com diretores importantes como Ademar Guerra, nas peças Hair e Marat Sade, e Antonio Abujamra, com Volpone, de Ben Johnson, e Crimes Delicados, de José Antonio de Souza, mas Laerte sempre considerou seu melhor papel no teatro na peça O Bebê Furioso, de Manuel Marti nez Mediero, em montagem realizada em 1981, sob direção de Hugo Barreto, ao lado de Irene Stefania. Em 1952 faz uma pequena ponta no filme Tico-Tico no Fubá, pela Vera Cruz. Sua estreia oficial se dá mesmo em 1964 no filme Seara Vermelha, mas dedica sua carreira mais à televisão e ao teatro. Na televisão, sua primeira novela é O Sheik de Ipanema, de 1975, mas já era conhecido antes como o Garibaldo, no seriado Vila Sésamo, exibido entre 1972 e 1977 pela Rede Globo. Depois faz sucesso também nas novelas Elas por Elas, de 1982, A Gata Comeu, de 1985, Sassaricando, de 1987, e Que Rei Sou Eu?, de 1989. Sua última novela foi Tiro e Queda, de 1999. Na Secretaria Estadual do Menor, entre 1990 e 1996, coordena eventos e cria espetáculos com 1,3 mil crianças carentes, como A Independência do Menor, apresentado no Museu do Ipiranga. Depois de muitos anos afastado dos palcos paulistanos, volta em 1994 na peça O Montador, dirigida por Elvira Gentil, seu último trabalho no teatro. Na televisão, aparece pela última vez em 1999 na novela Tiro e Queda. Depois disso, passa a viver recluso em sua residência em São Paulo, até morrer em 5 de abril de 2005, aos 72 anos de idade, em São Paulo, de complicações pulmonares decorrentes de uma cirurgia na vesícula. Filmografia: 1952 – Tico-Tico no Fubá (fi guração, não creditada); 1964 – Seara Vermelha; 1975 – Efigênia Dá Tudo que Tem. MOSCÓVIS, EDUARDO Carlos Eduardo de Andrade nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de junho de 1968. Em 1991 estreia no cinema no curta-metragem A Saudade Mata a Gente. Na televisão em 1992, faz sua novela Pedra sobre Pedra. Em 1996 faz seu primeiro longa-metragem, Casa de Açúcar, último do grande diretor argentino radicado no Brasil Carlos Hugo Christensen (1920-1996), mas o filme nunca foi lançado, por não ter sido concluído. Os anos 1990 foram férteis para Eduardo, já como galã da Globo, em minisséries, programas e novelas como Mulheres de Areia (1993), A Madona de Cedro (1994), As Pupilas do Sr. Reitor (1995), Vira Lata (1996), A Vida como Ela É (1996) – (um episódio); Anjo de Mim (1996), Por Amor (1997), Pecado Capital (1998), Você Decide (1992/2000) (cinco episódios), O Cravo e a Rosa (2000), Os Normais (2001) (um episódio), Pastores da Noite (2002), Desejos de Mulher (2002), Kubanacan (2003), Senhora do Destino (2004) e Alma Gêmea (2005). Em 1998 tem sua grande chance no cinema, como protagonista principal do filme Bela Donna, direção de Fábio Barreto, atuando ao lado da bela atriz canadense Natasha Henstridge e de Florinda Bolkan, atriz brasileira de fama internacional, de volta ao País, depois de duas décadas morando na Itália. De seu primeiro casamento com a produtora Roberta Richard (1974), tem duas filhas, Gabriela (2000) e Sofia (2002). Atualmente está casado com a modelo e apresentadora Cynthia Howlett (1977). É dos grandes atores/galãs da atualidade, mesclando talento, carisma e beleza. Filmografia: 1991 – A Saudade Mata a Gente (CM); 1996 – Casa de Açúcar (inacabado) (Brasil/Argentina); 1997 – O que é Isso Companheiro?; 1998 – Bela Donna; 2000 – Os Filhos de Nelson (CM); 2004 – Bendito Fruto; O Problema (CM); 2005 – Um Mundo Secreto (CM); 2007 – Sem Controle; 2009 – Cabeça a Prêmio. MOSSY, CARLO Moisés Abraão Goldal nasceu em Telaviv, Israel, em 1946. Radicado no Brasil desde 1953. Já pensando na carreira artísti ca, estuda na Royal Academy of Arts, em Londres, e Actors Studio, em Nova York. Estreia no cinema como ator em 1969, no filme Copacabana me Engana, destacando-se ainda Lua de Mel & Amendoim (1971) e As Sete Vampiras (1986). Em 1972 constitui a Vydia Produções Cinematográficas e, além de atuar, produz e dirige comédias eróticas. O primeiro filme que dirige é Com as Calças na Mão, em 1975. Sucesso garantido de bilheteria, não para mais de produzir/dirigir, entre outros, As Massagistas Profissionais (1976) e As Taradas Atacam. Com o advento do explícito, encerra sua carreira de produtor/diretor. A partir de 2005, volta a trabalhar como ator e passa a atuar em novelas, com em Carandiru, Outras Histórias (2005), A Lua me Disse (2005), Minha Nada Mole Vida (2006), Páginas da Vida (2006) e Vidas Opostas, esta últi ma pela TV Record. Filmografia (ator): 1969 – Copacabana me Engana; A Penúlti ma Donzela; 1970 Estranho Triângulo; 1971 – Lua de Mel & Amendoim (episódio: Berenice); Quando as Mulheres Paqueram; Soninha Toda Pura; Viver de Morrer; 1972 – Como Era Boa a Nossa Empregada (episódio: O Melhor da Festa); 1973 – Essa Gostosa Brincadeira a Dois; 1974 – Pureza Proibida; Oh! Que Delícia de Patrão; 1975 – Lucíola, o Anjo Pecador; Com as Calças na Mão; Quando As Mulheres Querem Provas; 1977 – Ódio; 1978 – Manicures a Domicílio; 1979 – As Granfinas e o Camelô; 1980 – Giselle; 1981 – Sequestro; 1986 – As Sete Vampiras; 1989 – Solidão, uma Linda História de Amor; 2003 – O Homem do Ano; 2005 Cafuné; 2007 – Meu Nome É Dindi; A Volta do Regresso (CM); 2008 – Cinema em Sete Cores (MM). Filmografia (diretor): 1975 – Com as Calças na Mão; 1976 – As Massagistas Profissionais; 1977 – Ódio; 1978 – Manicures a Domicílio; As Taradas Atacam; As 1.001 Posições do Amor; 1979 – Bonitas e Gostosas. MOTTA, NELSON Nelson Cândido Motta Filho nasceu em São Paulo, SP, em 29 de outubro de 1944. Com seis anos de idade muda-se com a família para o Rio de Janeiro. Forma-se em Direito, mas nunca exerce a profissão. Jornalista, compositor, escritor, roteirista, produtor musical e letrista brasileiro, parti cipa ativamente do movimento Bossa Nova. Em 1966, sua música Saveiro, composta em parceria com Dori Caymmi, vence o I Festival Internacional da Canção. Nos anos 1970 cria o programa Sábado Som, para a TV Globo, foi diretor artístico de gravadoras e produtor de arti stas consagrados como Elis Regina, Marisa Monte, Gal Costa, Daniela Mercury, etc. Escreve vários livros, entre eles Noites Tropicais (2000) e Vale Tudo, o Som e a Fúria de Tim Maia (2008). Fez inúmeras trilhas sonoras para cinema e participou de outros, quase sempre dando depoimentos sobre pessoas ou movimentos, como em Glauber o Filme, Labirinto do Brasil (2003) e Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Dei (2009). Na televisão faz parti cipações especiais em minisséries e novelas como Anos Rebeldes (1992), Celebridade (2004) e Paraíso Tropical (2007). Foi casado com Mônica Silveira, com quem teve uma filha, Joana (1971); com Marilia Pera, com quem teve duas filhas, Esperança (1975) e Nina (1980), com Costanza Pascolato e com Adriana Penna, casado desde 2002. Filmografia: 1971 – Som Alucinante (como ele mesmo); 1982 – O Segredo da Múmia; 2003 – Glauber o Filme, Labirinto do Brasil (como ele mesmo); 2005 – Coisa mais Linda: Histórias e Casos da Bossa Nova (depoimento); 2008 – Loki – Arnaldo Baptista (depoimento); Jards Macalé – Um Morcego na Porta Principal (depoimento); 2009 – Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Dei (depoimento); Caro Francis (depoimento); 2009 – Dzi Croquettes (depoimento). MOTTA, ZEZÉ Maria José Motta nasceu em Campos de Goitacazes, RJ, em 27 de junho de 1944. Aos dois anos de idade muda-se com a família para a capital. Forma-se em Contabilidade, mas um estágio de um mês convence-a a seguir a carreira artística. Faz curso no Teatro Tablado, e consegue seu primeiro papel em 1967 na peça Roda Viva, de Chico Buarque, seguindo-se pequenos papéis em peças teatrais. Em São Paulo participa da polêmica peça Arena Contra Zumbi, dirigida por Augusto Boal. Estreia na televisão em 1968 em Beto Rockfeller, como a empregada Zezé. No cinema, atua em inúmeros filmes, sendo seu maior momento em Xica da Silva (1976), ganhando prêmio de melhor atriz em Brasília e projeção internacional. Contratada pela TV Globo, participa das novelas Supermanoela (1974), Duas Vidas (1977), Transas e Caretas (1984), mas consagra-se mesmo em Corpo a Corpo (1984), como Sônia, uma negra de classe média que namora um rapaz branco e sofre enormes preconceitos por isso. Em 1971 Zezé resolve ser cantora e passa a se apresentar em casas noturnas de São Paulo. Grava seu primeiro disco em 1975, Gerson Conrad e Zezé Motta, gravando em mais de trinta anos, oito discos. Pela TV Manchete faz Xica da Silva (1996), fazendo o papel da mãe de Xica. Volta à TV Globo para estrelar Esplendor (2000), Porto dos Milagres (2001) e O Beijo do Vampiro (2002). De 1992 a 1999 participa de quatro episódios do programa Você Decide. Na TV Record faz Metamorphoses (2004) e Luz do Sol (2007), na TV Bandeirantes Floribella (2005/2006), retornando à TV Globo para parti cipar de Sinhá Moça (2006). Com carreira invejável também no cinema, participa de dezenas de filmes, entre curta e longa-metragem, com destaque mais recente para Cronicamente Inviável (2000) e Quanto Vale ou é por Quilo? (2005), ambos de Sérgio Bianchi, genial diretor paulista. Atriz negra de beleza incomum, chama atenção também pela competência com que interpreta seus papéis. Em 2005 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Zezé Motta – Muito Prazer, de autoria de Rodrigo Murat e em 2009 é homenageada no IV Cienop – Mostra de Cinema de Ouro Preto, MG. Filmografia: 1969 – Em Cada Coração um Punhal (episódio: Transplante de Mãe); 1970 – Cléo e Daniel; 1973 – Missa do Galo (CM); Vai Trabalhar, Vagabundo; 1974 – Um Varão Entre as Mulheres; Banana Mecânica; A Rainha Diaba; 1976 – Cordão de Ouro; Xica da Silva; 1978 – Ouro Sangrento (Tenda dos Prazeres); Tudo Bem; A Força de Xangô; 1984 – Quilombo; Para Viver um Grande Amor; 1985 – Águia na Cabeça; 1987 – Anjos da Noite; Jubiabá (Brasil/França); 1988 – O Prisioneiro do Rio (Prisioner of Rio) (Brasil/Polônia/Suíça); Natal da Portela (Brasil/França); Mestizo (Venezuela/Cuba); Sonhos de Menina-Moça; 1989 – Dias Melhores Virão; 1990 – O Gato de Botas Extraterrestre; 1992 – A Serpente; Alva Paixão: Cruz e Souza – Final do Século XIX (CM); 1996 – Tieta do Agreste; 1998 – O Samba Mandou me Chamar (CM); Polêmica (CM); O Testamento do Senhor Napumoceno (Napumocenos Will) (Brasil/Portugal/Bélgica/ França/Cabo Verde); No Dia em que Macunaíma e Gilberto Freyre Visitaram o Terreiro de Tia Ciata Mudando o Rumo da Nossa História (CM); 1999 – Orfeu; 2000 – Cronicamente Inviável; 2002: Poeta de Duas Faces; Xuxa e os Duendes 2 – No Caminho das Fadas; 2003 – Saudade (Sehnsucht) (Alemanha); Carolina (CM); Viva Sapato!; 2004 – A Idade do Homem (CM); O Moleque (CM); Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida; 2005 – Amigo Invisível; Quanto Vale ou é por Quilo?; Marinheiro (CM); 2006 – O Cobrador (In God We Trust) (Brasil/Argentina/Espanha/ México); A Ilha dos Escravos (Island of the Slaves) (Brasil/Cabo Verde/Portugal); Kinshasa Palace (Congo/França); Bom-Dia, Eternidade; 2007 – Deserto Feliz; 2009 – Em Quadro – A História de Quatro Negros nas Telas (depoimento); Xuxa e o Mistério de Feiurinha; 2010 – Bróder. MOURA, WAGNER Wagner Maniçoba de Moura nasceu em Rodelas, BA, em 27 de junho de 1976. Forma-se em Jornalismo pela UFB – Universidade Federal da Bahia. Inicia sua carreira artística no teatro, levado por uma colega de escola a fazer um curso. Estreia no cinema em 1999, no curta-metragem Rádio Gogó, mas seu talento é reconhecido em 2003 no filme Deus é Brasileiro, ao lado de Antonio Fagundes. Estreia na televisão na novela Sexo Frágil. No mesmo ano participa de um episódio do seriado Carga Pesada. Em 2005 tem papel de destaque na novela A Lua me Disse e em 2006 brilha como o jovem Juscelino Kubitschek, na primeira fase da minissérie JK e em seguida como o vilão Olavo de Paraíso Tropical (2007). Já tem carreira sólida no cinema em fi lmes como Carandiru (2003), A Máquina (2005) e Tropa de Elite. Em 2005 participa da peça Dilúvio em Tempos de Seca, ao lado de Giulia Gam. Versátil e talentoso, é um dos maiores atores da atual safra brasileira. Está casado com a fotógrafa baiana Sandra Salgado, com quem tem um filho, Bem, nascido em 2006. Filmografia: 1999 – Rádio Gogó (CM); 2000 – Sabor da Paixão (Woman On Top) (EUA); 2001 – Abril Despedaçado; 2002 – As Três Marias; Deus é Brasileiro; Carandiru; O Homem do Ano; Caminho das Nuvens; 2004 – Nina; 2005 – Desejo (CM); Cidade Baixa; A Máquina; 2007 – Saneamento Básico o Filme; Tropa de Elite; Ópera do Malandro (CM); Ó Pai Ó; 2008 – Blackout (CM); Romance; 2010 – VIPs; Tropa de Elite 2. MOURÃO, JORGE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1945. Cursa Administração Pública no EBAP e depois a faculdade de Direito. Já com forte inclinação para o teatro, acaba não concluindo nenhum dos dois. Funda então, em 1965, com Walmir Ayala e Álvaro Guimarães, o Teatro de Câmara, que é fechado no ano seguinte pelo regime militar. Na Europa a partir de 1971, começa a se interessar pela bitola Super-8 e dirige vários fi lmes como Soneto (1972), Toys Parts (1973), Umbanda do Silêncio (1974), etc. Como ator, parti cipa de alguns fi lmes como Gatos da Noite (1972) e Rio Babilônia (1982). É autor de vários livros, entre eles Maconha em Debate, de 1985, e A Tragédia na Seita de Daime (1995). Nos últimos anos é editor do jornal A Folha de Trancoso. Filmografi a (ator): 1972 – Gatos da Noite (The Night Cats); 1973/1978 – A Lira do Delírio (Bala Certeira); 1982 – Rio Babilônia; 1984 – Amenic – Entre o Discurso e a Prática. Filmografia: (diretor-Super-8): 1972 – Soneto; Yeda Salles Marinho; Airports, Good Bye Rio Family Álbum; Elephants Memories; 1973 – Toys Party; Armona; Mouffiches; CIA; Creche Sauvage; Coki&flor; 1974 – Armação de Pesca; Umbanda do Silêncio; Tango do Camarão; Coki & Kães; Smetak; 1975 – Marisa Única no Loft; Vai Quem Quer; Lapa Story; Bunda & Búzios; 1976 – Eis! Noiva; Carnaval; Tangerine Dreams; Manipulation; 1977 – Candeias & Seu Quilombo; Costumes da Casa; Gungula, o Últi mo Travesti; Parece Papo de Marchand com Artista; Brasil 1.872.000 Minutos/Noves Fora?; Shave & Send; Saint Patrick Parade; Super 8 Workshop; State os Spirit (codireçao Coki Aymara); 1978 – Washington Square; Tenda do Juruna do MEC; Bobina & Citronela Rub. MOYANO, MARTA Nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 1951. No início da década de 1970 muda-se para o Brasil, e, no Rio de Janeiro, trabalha em pornochanchadas como Café na Cama (1973), Motel (1975) e Um Marciano em Minha Cama (1981). Com o fim do gênero, abandona a carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1973 – Café na Cama; 1974 – Oh! Que Delícia de Patrão; 1975 – Com as Calças na Mão; Motel; As Secretárias que Fazem de Tudo; 1976 – Dona Flor e seus dois Maridos; O Homem da Cabeça de Ouro; Massagistas Profissionais; O Varão de Ipanema; 1977 – O Garanhão no Lago das Virgens; O Mulherengo; Nem as Enfermeiras Escapam; O Sexomaníaco; 1978 – Manicures a Domicílio; 1981 – Um Marciano na Minha Cama (Férias Amorosas). MUGA, KARLA Karla Muga Chaves nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 16 de dezembro de 1975. Inicia sua carreira no teatro aos quatorze anos de idade na peça A Guerrilha de Troia. Em 1989 estreia na televisão no episódio O Grito da Noite, do programa Fronteiras do Desconhecido, pela extinta TV Manchete. Depois vieram pequenas participações no programa Os Trapalhões, quando resolve ser fotógrafa profissional. Depois de alguns anos entra para o Tablado de Maria Clara Machado. Em 1995 faz sua primeira novela, Quatro por Quatro, como Daniela. Em 1997 fica conhecida em todo o Brasil como a Grampola de A Indomada. Depois participa da novela Meu Pé de Laranja Lima (1998), pela TV Bandeirantes, pela primeira vez como protagonista, no papel de Godoia, a irmã boazinha de Zezé, e dos seriados Mulher (1999) e Tiro & Queda (1999). Em 2000 estreia no cinema no curta O Maior. Em 2006 entra para o elenco de Malhação, como a bela Bárbara. Em 2009 atua no seu primeiro longa, Intruso. Funda a produtora Artcênicas, que faz workshops e oficinas de interpretação. Filmografia: 2000 – O Maior (CM); 2007 – Obsessões (CM); 2009 – Intruso. MULLER, ALDINE Aldine Rogrigues Raspini nasceu em Lisboa, Portugal, em 8 de outubro de 1953. Filha de pai italiano e mãe portuguesa. Ainda criança muda-se para Bom Jesus e depois Caxias do Sul, ambas no Rio Grande do Sul. Adolescente, muda-se para São Paulo e começa carreira de modelo profissional, passando depois para publicidade, fazendo inúmeros comerciais de televisão. Chega a lecionar Educação Moral e Cívica no Telecurso 2º Grau. No cinema, atua em dezenas de filmes, sendo sua estreia em 1975, em Clube das Infiéis (1975). Entre tantos outros, sempre no gênero pornochanchada, destacam-se Amadas e Violentadas (1976) e O Fotógrafo (1981). No teatro, entre outras, parti cipa de Alugam-se Vagas para Moças de Fino Trato. Na televisão, estreia em 1982 na novela O Pátio das Donzelas, pela TV Cultura. Atua em humorísti cos ao lado de Chico Anysio. Parti cipa de inúmeras novelas como Razão de Viver (1983), Tudo ou Nada (1986), Sassaricando (1987), esta a primeira pela TV Globo, O Salvador da Pátria (1989), Rainha da Sucata (1990), Quem é Você (1996) e Serras Azuis (1998). Em 2003 retorna para parti cipar de Jamais te Esquecerei (2003), Escrava Isaura (2004) e Cristal (2006), como a madre Monserrat. Filmografia: 1975 – Clube das Infiéis; Pesadelo Sexual de uma Virgem; As Audaciosas; Os Pilantras da Noite; 1976 – A Ilha das Cangaceiras Virgens; As Meninas Querem... e os Coroas Podem; 1977 – Paixão e Sombras; Dezenove Mulheres e um Homem; O Segredo das Massagistas; Internato de Meninas Virgens; Socorro, eu não Quero Morrer Virgem; 1978 – Os Galhos do Casamento; O Estripador de Mulheres (Assassino da Noite); O Bem-Dotado – O Homem de Itu; Ninfas Diabólicas; O Artesão de Mulheres; 1979 – Colegiais e Lições de Sexo; A Força dos Sentidos; Os Imorais; A Força do Sexo; O Prisioneiro do Sexo; Uma Cama para Sete Noivas; Nos Tempos da Vaselina; Viúvas Precisam de Consolo; 1980 – A Fêmea do Mar; Convite ao Prazer; Boneca Cobiçada; A Mulher que Inventou o Amor; Consórcio de Intrigas (Consórcio do Sexo); 1981 – Bacanal; O Fotógrafo; Império do Desejo; 1982 – Shock; Excitação Diabólica; A Noite do Amor Eterno; Perdida em Sodoma; 1983 – Elite Devassa; Estranhos Prazeres de uma Mulher Casada (Força Estranha); 1984 – Amenic – Entre o Discurso e a Prática; 1985 – Noite. MULLER, ANDERSON Anderson Muller David nasceu em Nilópolis, RJ, em 9 de novembro de 1969. Estreia na televisão em 1987 na novela Brega & Chique, depois em Bebê a Bordo (1988), Malhação (1995), Quem é Você? (1996), Você Decide (1993/1999), Bambuluá (2000), Carga Pesada (2003), América (2005) e Caminho as Índias (2009), como Abel. No cinema, estreia em 1986 no filme A Cor do seu Destino. Entre outros, participa também de um episódio de Oswaldianas (1992) e, mais recentemente, Olga (2004). É irmão do também ator Otávio Muller. Foi casado com Marcela Muniz, com quem teve dois filhos, Thais e Thiago. Filmografia: 1986 – A Cor do seu Destino; 1988 – Banana Split; 1992 – Oswaldianas (episódio: Quem Seria o Feliz Conviva de Isadora Duncan?); 2004 – Olga; 2010 – Amazônia Caruana. MULLER, MAGNA Começa sua carreira como bailarina profissional. Faz teatro infantil e, no cinema, apenas um filme, Delírios de um Anormal (1977), de José Mojica Marins, mas não consegue sustentar sua carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1977 – Delírios de um Anormal. MULLER, MARIA LUÍZA Nasceu em São Paulo, SP, em 24 de janeiro de 1943. Cursa o terceiro ano de Artes Plásticas na FAAP, em São Paulo, tendo como professor o produtor Alfredo Palácios, que a chama para fazer uma ponta no filme Lucíola, o Anjo Pecador (1975), seguindo-se de outros como Me Deixa de Quatro (1981). Em 1975, estreia na televisão, numa ponta na novela O Machão, pela TV Tupi, mas não dá continuidade à carreira. Filmografia: 1975 – Lucíola, o Anjo Pecador; A Filha do Padre; 1976 – Traição Conjugal; 1977 – Guerra é Guerra (episódio: O Poderoso Cifrão); Nem as Enfermeiras Escapam; Quanto mais por Dentro (do Assunto) Melhor; 1981 – Me Deixa de Quatro (Fica Comigo Esta Noite). MULLER, OTÁVIO Otávio Muller de Sá nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 6 de agosto de 1965. Ainda jovem resolve estudar teatro na CAL – Casa das Artes de Laranjeiras, sendo a peça de encerramento do curso Ideias e Repeti ções, com direção de Bia Lessa. Direciona sua carreira mais ao teatro, ao participar de dezenas de montagens como A Geração Trianon, Orlando, Viagem ao Centro da Terra, O Homem sem Qualidades, Oeste, Camila Baker, Jantar entre Amigos e No Retrovisor. Em 2006 estreia na direção na nova versão de Brincando em Cima Daquilo, monólogo com Débora Bloch. Na televisão, estreia em 1988 na novela Vale Tudo, no papel de Sardinha e vê crescer sua carreira em minisséries ou novelas como O Dono do Mundo (1991), Anjo Mau (1997), Desejos de Mulher (2002), Paraíso Tropical (2007) e Três Irmãs (2009). Faz pouco cinema, sendo seu primeiro filme o curta Diário Noturno, em 1990. Em 2009 está nas telonas com A Mulher do meu Amigo. Foi casado com a cantora Preta Gil, com quem tem um filho, Francisco (1995). Está casado com Adriana Junqueira, com quem tem duas filhas, Maria (2006) e Clara (2008). Filmografia: 1990 – Diário Noturno (CM); 2000 – Deus Jr.; 2001 – Memórias Póstumas; 2006 – Trair e Coçar é Só Começar; 2008 – A Mulher do meu Amigo; 2009 – Cabeça a Prêmio. MULLER, SÔNIA Sônia Maria Muller de Campos nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 31 de julho de 1942. Em 1957 vai para os EUA morar com o irmão e aprender dança e inglês. De volta ao Brasil, inicia carreira teatral, participando das peças Casar ou Experimentar, Esquina Perigosa e Fidelidade em Peti t Comité. Em 1961 é contratada pela TV Rio e faz pequenos papeis em vários programas. Participa de um único filme, As Sete Evas, produção da Atlântida de 1962, uma das últimas chanchadas produzidas pela lendária companhia. Em 1965 participa da novela Quatro Homens Juntos, pela TV Record. Foi casada com o ator Cill Farney. Morre prematuramente em 2 de março de 1981, aos 38 anos de idade, no Rio de Janeiro, de ataque cardíaco. Filmografia: 1962 – As Sete Evas. MULLER, TAINÁ Nasceu em Porto Alegre, RS, em 1º de junho de 1982. Forma-se em Jornalismo trabalha como editora, depois apresentadora da MTV Gaúcha e modelo internacional, chegando a morar seis meses na Ásia e mais três na Europa. Em 2007 é revelada como atriz no filme Cão sm Dono, de Beto Brant, a qual ganha vários prêmios, entre eles o de melhor atriz pelo Festival de Cinema e Cuiabá e pelo Cine PE de Recife. Em 2007 é convidada para participar da oficina de atores da TV Globo e – mesmo sem participar dela – logo entra para a novela Eterna Magia (2007). Em 2008 é contratada pelo SBT para a novela Revelação (2008). Faz a oficina de atores do Tapa, de Eduardo Tolentino e estreia em Ovelhas que Voam se Perdem no Céu, de Mário Bortolotto. Filmografia: 2007 – Cão sem Dono; 2008 – Plasti c City (Dangkou) (Brasil/China/ Japão); 2008 – Se nada mais Der Certo; 2010 – Tropa de Elite 2. MULLINS, CRISTINA Nasceu em São Paulo, SP, em 8 de outubro de 1957. Estreia na televisão em 1977 na novela Nina. No cinema, participa de um único filme, Encarnação (1978), de J.Marreco, filme nunca lançado comercialmente. Na televisão, faz regular carreira, ao participar de inúmeras novelas e séries como Roda de Fogo (1978), Paraíso (1982), Vereda Tropical (1984), Despedida de Solteiro (1992), Agora é que São Elas (2003) e Senhora do Destino (2005). Em 2006 foi a Rainha Basília, do Sitio do Pica-Pau Amarelo. Foi casada com o ator Otávio Augusto. Filmografi a: 1978: Encarnação. MULHOLAND, ROSANNE Rosane Santos Mulholand nasceu em Brasília, DF, em 31 de dezembro de 1980. Filha do ex-reitor da Universidade de Brasília, Timothy Mulholand. Aos doze anos começa a fazer teatro e comerciais de televisão. Paralelamente cursa faculdade de Psicologia no Centro Universitário de Brasília – UniCEUB. Em 2002 estreia no cinema no curta Dez Dias Felizes e em 2004 muda-se para o Rio de Janeiro para fazer especialização em Psicologia (que nunca aconteceu) e investir na carreira de atriz. Cursa a ofi cina de atores da TV Globo e tem aulas de teatro com Daniel Herz na Casa de Cultura Laura Alvin. Estreia na televisão em 2006 na minissérie JK, como Maria Luisa Lemos Pinto. Depois Sete Pecados (2007), como Daniela, Água na Boca (2008), como Danielle Cassoulet, etc. Definitivamente consagra-se no filme A Concepção (2005), depois Falsa Loura (2007), a ponto do produtor/diretor Carlos Reichenbach, que a dirigiu nesse fi lme, declarar: Essa menina é um vulcão, maravilhosa; ela se adapta a qualquer papel, tem frescor, tem um rosto universal. Atua muito em teatro também, as peças Romeu e Julieta (1997), A Casa de Bernarda Alba (1998), Várias Maneiras de Enlouquecer um Homem (2003), Amor com Amor se Paga (2004), A Glória de Nelson (2005), O Mundo Maravilhoso de Dissocia (2007). Com seu talento, traços delicados e elegância natural, vem se destacando em todas suas ati vidades artísti cas. Filmografia: 2002 – Dez Dias Felizes; 2004 – Araguaya – A Conspiração do Silêncio; 2005 – A Concepção; 2006 – 14 Bis (CM); 2007 – Meu Mundo em Perigo; Nome Próprio; O Magnata; Falsa Loura; 2008 – Bellini e o Demônio; 2009 – Aun (Japão). MUNIZ, ANGELINA Angelina Maria Muniz nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de março de 1955. Começa sua carreira como manequim e modelo fotográfi co. Parti cipa ativamente de cinema, nos filmes Fim de Festa (1978), As Borboletas Também Amam (1978), seu melhor momento, e Tchau Amor (1982). Na televisão, estreia em 1978, na novela Sinal de Alerta, mas brilha mesmo em 1981, em Plumas e Paetés, como Cláudia. No teatro, atua em muitas peças com destaque para A Deteti ve Mágica, de Carlos de Aquino. Afastada do cinema desde 1982, parti cipa ativamente de novelas como Vereda Tropical (1984), Sassaricando (1987), Éramos Seis (1994), Dona Anja (1996), O Direito de Nascer (2001) e Bang Bang (2006). Contratada pela TV Record, atua em Bicho do Mato (2006) e Caminhos do Coração (2007). Depois de 26 anos retorna ao cinema para interpretar a Evangelina no filme Olho de Boi, direção do craque Hermano Penna. Foi casada com o economista José Luiz Ramos entre 1982/1984, com quem teve uma fi lha, Aline Muniz, que é cantora. Desde 1985 está casada com Walter Zagari. É irmã da atriz Rosana Muniz. Filmografia: 1978 – Fim de Festa (Decisão Final); As Borboletas Também Amam; O Inseto do Amor; 1979 – O Sol dos Amantes; Nos Embalos de Ipanema; Amante Latino; 1980 – O Grande Palhaço; 1981 – Karina, Objeto do Prazer; 1982 – Tchau Amor; 2008 – Olho de Boi. MUNIZ, DÉBORA Nasceu em Recife, PE, em 26 de agosto de 1959. Jovem muda-se para São Paulo e inicia carreira de modelo. Devido a sua beleza morena e curvas esculturais, logo é chamada por José Mojica Marins para fazer cinema, estreando em 1977, aos dezoito anos de idade no filme Delírios de um Anormal. Não para mais, são quase quarenta filmes, todos produzidos na Boca do Lixo paulista, inicialmente eróticos e depois explícitos, numa corajosa atitude, puro meio de sobrevivência, como quase todos na época. Em 1990 faz seu último filme dessa fase, Devaneios Eróti cos. Em 2003 atua no curta Amor só de Mãe (2003), já em outra fase de sua carreira. Respeitada por seu colegas de profissão, é considerada uma pessoa doce e suave, do bem, mas que interpreta com vigor e sensualidade, uma atriz versátil e sedutora. Retorna em 2008, a convite de José Mojica Marins para o papel de uma das feiti ceiras do filme Encarnação do Demônio. Filmografia: 1977 – Delírios de um Anormal; 1978 – Perversão (Estupro!); Mundo – Mercado do Sexo; 1979 – É Proibido Caçar Produtores de Cinema: Espécie em Extinção (CM); Justi ça, Justiça (CM); Brincadeira Fatal (CM); 1980 – O Último Cão de Guerra; 1981 – Cassino dos Bacanais; 1983 – A B... Profunda; 1984 – O Orgasmo de Miss Jones; Oh! Rebuceteio; A Quinta Dimensão do Sexo; Taras Eróticas; O Tônico do Sexo (A Raiz do Amor); 1985 – A Grande Trepada; Ilusões Eróticas; Estou com AIDS (depoimento); Novas Sacanagens do Viciado em C...; Senta no meu, que eu Entro na Tua; Ilusões Eróticas; Gozo Alucinante; Colegiais em Sexo Coletivo; Borboletas e Garanhões; Abre as Pernas, Coração; 1986 – Laser – Excitação de Mulher; Sexo de Todas as Formas; 1987 – Carnaval Erótico do Ano 2000; Dr. Frank na Clínica das Taras; 1988 – Perseguidores Insaciáveis; O Dia do Gato; 1989 – Dama de Paus; Sexo sem Limite; Gata da Noite; 1990 – Devaneios Eróticos; 2003 – Amor só de Mãe (CM); 2008 – Encarnação do Demônio; 2009 – Minami em Close-Up – A Boca em Revista (CM) (depoimento). MUNIZ, MYRIAM Miriam Muniz de Melo nasceu em São Paulo, SP, em 28 de outubro de 1931. Faz balé clássico antes de iniciar a carreira de atriz e chega a parti cipar do Corpo de Baile do Teatro Municipal. Ainda foi enfermeira antes de entrar na Escola de Arte Dramáti ca, em 1954. Em 1961, iniciou a carreira profissional, no Teatro Oficina, encenando, ao lado de Fauzi Arap, José, do Parto à Sepultura, dirigida por Augusto Boal. Dois anos depois, com O Noviço, de Martins Penna, ganhou seu primeiro prêmio, o Governador do Estado. Seguem outras peças como Eva Peron, Doroteia Vai à Guerra e Pegando Fogo... Lá Fora. Estreia no cinema em 1969 no filme Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade, mas foi com a diretora Ana Carolina que viveu seus melhores momentos em três filmes: Mar de Rosas, de 1978, Das Tripas Coração, de 1981, e Amélia, de 2000. Brilha também na televisão, em novelas como Nino, o Italianinho, em 1970. Em 1975 briga na justiça com Elis Regina, por causa do musical Falso Brilhante, em que era a diretora. O motivo foi a falta de pagamento de uma porcentagem da bilheteria, como combinado. Em 1993, participa da peça Porca Miséria e é vista por Sílvio Santos, que a convida para integrar o elenco do humorístico Brava Gente. É seu retorno à TV, 26 anos depois, onde brilha nas minisséries Dona Flor e seus dois Maridos, de 1998, e Os Maias, de 2001, ambas pela TV Globo. Embora tenha atuado na televisão e no cinema, Miriam orgulhava-se de ser uma genuína mulher de teatro: intérprete, diretora, contrarregra, iluminadora, professora e até faxineira das salas de espetáculo, participou de momentos fundamentais da criação cênica nacional. Em 1998 Maria Thereza Vargas lança sua biografia, no livro Giramundo – O Percurso de uma Atriz. Seu último papel na televisão foi em Metamorphoses, novela da TV Record. Morre em São Paulo, em 18 de dezembro de 2004, aos 73 anos de idade, de acidente vascular cerebral. Filmografia: 1969 – Macunaíma; 1970 – Cléo e Daniel; 1971 – Nenê Bandalho; 1977 – Jogo da Vida; 1978 – Mar de Rosas; 1981 – O Homem do Pau-Brasil; 1982 – Das Tripas Coração; 1983 – Nasce uma Mulher; 1997 – Alô?; 2000 – Amélia; 2002 – Morte (CM); 2004 – Nina; 2005 – Historietas Mal Contadas (Para Crianças Mal-Criadas) (CM). MURAD, JORGE Jorge Murad Salim Lasmar nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 13 de abril de 1910. Aos dezessete anos é ponta-direita do Sírio Libanês, chegando a jogar ao lado de Leônidas da Silva, na seleção carioca. Deixa o futebol por pressão da família, mas ingressa nos pequenos grupos teatrais formados nos anos 1920. Em 1939 entra para a Rádio Philips e em seguida para a Rádio Club do Brasil, onde cria o programa A Pensão do Salomão, que fica no ar durante 28 anos. Em 1941 parti cipa das fi lmagens de Alô Amigos, produção de Walt Disney no Brasil. Como compositor, é parte da fase áurea da Música Popular Brasileira, sendo de sua autoria e de Luis Barbosa a marcha Quem nunca Comeu Melado. No cinema desde 1935, destaca-se Alô Alô Brasil (1935), Banana da Terra (1938) e Eu Sou o Tal (1960). Morre em 30 de abril de 1998, aos 88 anos de idade. Filmografia: 1935 – Alô, Alô, Brasil; Os Estudantes; 1936 – Alô, Alô, Carnaval; 1937 – Grito da Mocidade; 1938 – Banana da Terra; 1939 – Futebol em Família; Pega Ladrão!; 1940 – Vamos Cantar; 1945 – Aniversário de Pedrinho (inacabado); 1947 – O Homem que Chutou a Consciência; 1948 – É com este que eu Vou; Terra Violenta; 1952 – Está com Tudo; 1957 – De Pernas Pro Ar; Com Jeito Vai; 1960 – Eu Sou o Tal; 1971 – Em Ritmo Jovem. MURARO Heriberto Leandro Muraro nasceu em La Plata, Argenti na, em 25 de maio de 1903. Exímio pianista, inicia carreira na rádio, ainda em seu país. Em 1932 é contratado pela Rádio Record, SP, e depois Mayrink Veiga, RJ, fixando residência no Brasil. Revelase também excelente compositor, tendo suas músicas gravadas por astros como Carlos Galhardo e outros. Como instrumenti sta, grava vários discos com as obras de Ernesto Nazareth, Marcelo Tupinambá, etc. No cinema, participa de alguns fi lmes como Alô, Alô, Carnaval, em 1935. Morre no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de março de 1968, aos 64 anos de idade. Filmografia: 1933 – A Voz do Carnaval; 1935 – Alô, Alô, Brasil; 1936 – Alô, Alô, Carnaval. MURILO, SÉRGIO Sérgio Murilo Almeida Rosa nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 2 de agosto de 1941. Estreia aos oito anos cantando no programa Trem da Alegria, apresentado por Lamartine Babo. Como cantor de rock, emplaca seu primeiro sucesso em 1957, Marcianita. É eleito o Rei do Rock Brasileiro, com muito sucesso entre os jovens. Estreia no cinema em 1958 no filme Alegria de Viver. Nas décadas de 1970/1980, fica esquecido, limitando-se a lançar coletâneas com antigos sucessos. Morre em 20 de fevereiro de 1992, de insuficiência renal, no Rio de Janeiro, aos 49 anos de idade. Filmografia: 1958 – Alegria de Viver; A Grande Vedete; 1959 – Matemáti ca Zero, Amor Dez. MURPHY, ALFREDO Alfredo Murfe estreia no cinema em 1962 no filme Rio à Noite. Nos anos 1960 participa de várias coproduções como Manaus, Glória de uma Época (1964) e Os Selvagens (1965). Nos anos 1970 vai para a televisão, sendo sua primeira novela Pecado Capital, em 1975, como o vilão Sandoval. Depois parti cipa de Duas Vidas (1976), Paraíso (1982), Grande Sertão: Veredas (1985) e Pacto de Sangue (1989). Seu último fi lme é Manoushe, a Lenda de um Cigano. Morre em 8 de janeiro de 1996, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1962 – Rio à Noite (como ele mesmo); 1963 – O Quinto Poder; 1964 – Manaus, Glória de uma Época (Und Der Amazonas Schweight ) (Alemanha); 1965 – Morte para um Covarde (Un Sueño Y Nada Más) (Brasil/Argentina); O Tropeiro; Os Selvagens (Die Goldene Göttin Vom Rio Beni) (Alemanha/França/ Espanha/Brasil); 1971 – Tô na Tua, Ô Bicho; Aventuras com Tio Maneco; 1979 – O Coronel e o Lobisomem; 1990 – Manoushe, a Lenda de um Cigano. MURTINHO, ROSAMARIA Rosa Maria Pereira Murtinho Braga Mendonça nasceu em Belém, PA, em 24 de outubro de 1935. Rosinha, como carinhosamente passa a ser chamada na família, com 21 dias de vida muda-se para o Rio de Janeiro. Começa sua carreira em 1953, fazendo teatro amador para ajudar o grupo do irmão, Carlos Murti nho, falecido em 1991, na peça O Caso do Chapéu, de Francisco Pereira da Silva. Contratada pela TV Tupi, participa do teleteatro Câmera Um. Radicada em São Paulo, participa, em 1959, no TBC, da peça Moral em Concordata, quando conhece o ator Mauro Mendonça, com quem se casa no mesmo ano. Estreia no cinema em 1960, no filme Estrada do Amor, coprodução Brasil/Alemanha dirigida por Wolfgang Schleif. Em 1961 participa do episódio A Repórter, na série O Vigilante Rodoviário e no mesmo ano faz sucesso com a peça Os Pequenos Burgueses, de José Celso Marti nez Corrêa, no Teatro Oficina. Em 1964, contratada pela TV Excelsior, fica conhecida em todo o Brasil por sua atuação na novela A Moça que Veio de Longe, de Ivani Ribeiro. Em seguida brilha em O Anjo e o Vagabundo (1966), A Muralha (1968) e Sangue do meu Sangue (1969), até ser contratada pela TV Globo, em 1972. Estreia em O Primeiro Amor, ao lado de Sérgio Cardoso, seguindo-se Pecado Capital (1975), A Próxima Vitima (1995), Salsa & Merengue (1996), Corpo Dourado (1998). De 1990 a 1994 interrompe a carreira para se dedicar à presidência do Sindicato dos Arti stas do Rio de Janeiro. Por sua atuação no filme Primeiro de Abril, Brasil, ganha o Kikito de melhor atriz no Festival de Gramado, em 1989. Em 1999 participa da minissérie Chiquinha Gonzaga e depois as novelas Estrela Guia (2001), Chocolate com Pimenta (2003), Paraíso Tropical (2007) e Sete Pecados (2008). Em 2004 participa de dois episódios do programa A Diarista e em 2005 é Dona Naná em Malhação e em 2008 a Sidalva de Toma Lá, Dá Cá. Do seu casamento com o ator Mauro Mendonça, que dura até hoje, tem três filhos, João Paulo (1963), Rodrigo Mendonça (1964) e Mauro Mendonça Filho (1965), que é diretor da TV Globo. É uma grande atriz brasileira. Em 2004 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Rosamaria Murtinho – Simples Magia, de autoria de Tânia Carvalho. Filmografia: 1960 – Estrada do Amor (Weit Ist Der Weg) (Brasil/Alemanha); 1961/1962 – A Repórter (CM) (episódio da série O Vigilante Rodoviário); 1962 – O Vigilante Rodoviário (episódio: A Repórter); 1983 – A Longa Noite do Prazer; 1988 – Natal da Portela (Brasil/França); Primeiro de Abril, Brasil; 1992 – Os Moradores da Rua Humbodt (CM); 2003 – Didi, o Cupido Trapalhão; 2006 – O Amigo Invisível. MUSSUM Antonio Carlos Bernardes Gomes nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 7 de abril de 1941. É criado no morro da Mangueira. Amigo de Grande Otelo, ganha deste o apelido de Mussum. Em 1969, Chico Anysio o leva para trabalhar em seu programa Escolinha do Professor Raimundo, ainda na TV Tupi. Nessa época, monta o conjunto Originais do Samba, de onde sai em 1981, para se dedicar somente à carreira de ator. Com os Originais, grava doze LPs, ganhando três discos de ouro. Ingressa nos Trapalhões e estreia no cinema em 1976 no filme Os Trapalhões no Planalto dos Macacos. Seguem-se muitos outros filmes com o grupo, destacando-se O Rei e os Trapalhões (1980) e Os Trapalhões na Árvore da Juventude (1991). Faz sucesso no cinema e na televisão, durante duas décadas. Morre em São Paulo, em 29 de julho de 1994, aos 53 anos de idade, de complicações decorrentes de um transplante de coração. Filmografia: 1976 – O Trapalhão no Planalto dos Macacos; O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão; 1978 – Os Trapalhões na Guerra dos Planetas; 1979 – Cinderelo Trapalhão; O Rei e os Trapalhões; 1980 – O Incrível Monstro Trapalhão; Os Três Mosqueteiros Trapalhões; 1981 – O Mundo Mágico dos Trapalhões; Os Vagabundos Trapalhões; Os Salti mbancos Trapalhões; 1983 – Atrapalhando a Suate; O Cangaceiro Trapalhão; Os Trapalhões na Serra Pelada; 1984 – A Filha dos Trapalhões; Os Trapalhões e o Mágico de Oróz; 1985 – Os Trapalhões no Reino da Fantasia; 1986 – Os Trapalhões e o Rei do Futebol; Os Trapalhões no Rabo do Cometa; 1987 – Os Fantasmas Trapalhões; Os Trapalhões no Auto da Compadecida; 1988 – Os Heróis Trapalhões, uma Aventura na Selva; O Casamento dos Trapalhões; 1989 – A Princesa Xuxa e os Trapalhões; Os Trapalhões na Terra dos Monstros; 1990 – Uma Escola Atrapalhada; O Mistério de Robin Hood; 1991 – Os Trapalhões e a Árvore da Juventude. MUSSUNZINHO Antonio Carlos de Santana Bernardes Gomes Júnior nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 3 de julho de 1993. Filho do comediante Mussum (1941-1994) e da vendedora Maíra Francisco de Santana (1968), foi reconhecido somente através de exame de DNA. Mussunzinho conviveu pouco com o pai, pois ele tinha um ano quando Mussum morreu, em 1994, aos 52 anos de idade. Sua mãe recorreu a um programa de televisão para pedir ajuda, alegando que mãe e filho estavam passando necessidades. Glória Perez então convida o garoto para o papel de Farinha na novela América. Em seguida faz sua estreia no cinema, no filme Didi, o Caçador de Tesouros, em 2005, exatamente ao lado de Renato Aragão, o Didi, antigo companheiro do pai. Em seguida atua na minissérie Amazônia: de Galvez a Chico Mendes (2007), como Dico, Sitio do Pica-Pau Amarelo (2007), como Benjamin, um episódio do seriado Carga Pesada, como Caio, e Caminho das Índias (2009), como Maico. Ainda muito jovem, aguarda novas oportunidades para mostrar seu talento. Filmografia: 2005 – Didi, o Caçador de Tesouros. MUTARELLI, CRISTINA Nasceu em São Paulo, SP, em 29 de dezembro de 1955. Produtora, diretora de arte, figurinista, escritora, arti sta plásti ca, professora e atriz. Ainda no colegial, pelo colégio Equipe, opta por fotografia e teatro. Forma-se em Cinema pela ECA-USP e pelo Lee Strasberg Theater Institut of New York. No teatro, tem uma passagem pelo grupo Pod Minoga. Trabalha com alguns dos mais notáveis diretores como José Celso Martinez Correia (Cacilda), Naum Alves de Souza (Big Loira e Um Beijo, um Abraço, um Aperto de Mão), José Possi Neto (Tartufo e Feliz Páscoa), Flávio de Souza (Parentes entre Parênteses e Quase um Bibelô) e o norte-americano Lee Breuer (Pootanah Moksha). Atua no espetáculo Arte Oculta (2000), ao lado de Carlos Moreno, em 2003, encena Estrelas do Orinoco, ao lado de Iara Jamra, com direção de Lígia Cortez e no mesmo ano dirige Pedro e Vanda, com Gabriela Duarte. Em 2006 Cristina produz sua peça-solo PAI, com direção de Paulo Autran e Beth Coelho e com cenário de Daniela Thomas, que recebe vários prêmios. No cinema, é diretora de arte e fi gurinista nos filmes O Olho Mágico do Amor, de 1981, pelo qual recebeu o Troféu APCA de 1982, e Onda Nova, de 1983. Como atriz, estreia em 1974 no curta Cruzada Capitalista, produção dos alunos da USP em Super-8, depois Brasa Adormecida (1987), Oswaldianas (1992), O Signo da Cidade (2007), etc. Na televisão estreia em 1991 na novela Mundo da Lua, como a Tia Marli, depois Deus nos Acuda (1992), no papel de Laurett a e Caras & Bocas (2009), interpretando Zoraide. Como escritora, publica os livros de poemas Mais Bonito que o James Dean, Estrela Vulgar, e o monólogo Pai e pelo roteiro do filme Diversões Eletrônicas recebe o Prêmio Embrafi lme para Roteiro de Longa-Metragem. Cria o Stúdio Cristina Mutarelli, uma escola de interpretação para teatro, cinema e vídeo, localizada na cidade de São Paulo. Em 2009, está no teatro com a peça Uma Mulher de Vesti do Preto. Trabalhando em várias especialidades, polivalente, é uma grande profi ssional brasileira. Filmografia: 1974/75 – Cruzada Capitalista (Super-8); 1980 – Muerdeme Morenito (CM); 1983 – Onda Nova; Divina Previdência (CM); 1986 – Hipócritas (CM); 1987 – Brasa Adormecida; Anjos da Noite; Romance; 1988 – Olga del Volga (CM); A Caixinha do Amor (CM); Fogo e Paixão; Romance; 1991 – Viver a Vida (CM); 1992 – Oswaldianas (episódio: Uma Noite com Oswald); 1993 – A Má Criada (CM); 2007 – O Signo da Cidade. MUTARELLI, LOURENÇO Nasceu em São Paulo, SP, em 18 de abril de 1964. Desenhista, escritor, dramaturgo e ator. Cursa faculdade de Belas Artes. Trabalha nos estúdios de Maurício de Souza como intercalador e depois cenarista. Passa a criar personagens, como o Cãoziño, um cão sem pernas. Produz os fanzines Over-12 (1988) e Solúvel (1989). Publica os livros O Teatro das Sombras, O Cheiro do Ralo, A Arte de Produzir Efeito sem Causa, Jesus Kid e O Nati morto. Escreve para o teatro a peça O que você Foi Quando Era Criança. Seu mais famoso personagem é o detetive Diomedes. Lança os quadrinhos A Caixa de Areia, Transubstanciação, Sequelas, A Confluência da Forquilha, Mundo Pet, O Dobro de Cinco, O Rei do Ponto, A Soma de Tudo 1 e A Soma de Tudo 2. Como ator, estreia no cinema no curta documentário Eu Sou como o Polvo, direção de Sávio Leite, em 2004, e em seguida no filme O Cheiro do Ralo, em 2006, de Heitor Dhalia, adaptação de um romance de sua autoria. Filmografia: 2004 – Eu Sou como o Polvo (CM); 2006 – O Cheiro do Ralo; 2007 – Antonio Pode (CM); 2008 – Cidade do Tesouro (CM); 2009 – É Proibido Fumar; Nati morto. MUZURIS, LAJAR Nasceu na Grécia, em 1928. Ator, dançarino e cantor, inicia sua carreira no circo, depois teatro e televisão, brilhando em d iversas novelas como A Ponte dos Suspiros (1969), Verão Vermelho (1970), Assim na Terra como no Céu (1970), Bandeira Dois (1972), Jerônimo, Herói do Sertão (1972), O Rebu (1974), O Grito (1975), Supermanoela (1976), Pai Herói (1979), Coração Alado (1980), Séti mo Sentido (1982) e Amor com Amor se Paga (1984). Estreia no cinema em 1971 no filme Jesus Cristo eu Estou Aqui. Morre em 2 de novembro de 2003, aos 75 anos de idade, no Rio de Janeiro, de causas não reveladas. Filmografia: 1971 – Jesus Cristo eu Estou Aqui; 1972 – Independência ou Morte; 1973 – O Super-Careta; 1974 – O Pica-Pau Amarelo; Um Edifício Chamado 200; As Moças Daquela Hora; 1975 – O Esquadrão da Morte; 1977 – Empregada para Todo o Serviço. MYRNA, JACQUELINE Nasceu em Bucareste, Romênia, em 4 de dezembro de 1944. Educa-se na França e se radica no Brasil em 1959. Aos dezessete anos chama a atenção do fotógrafo Constantin Tkaczenko, que a convida para fazer cinema, mas acaba deixando escapar a oportunidade. Quando resolve seguir carreira artísti ca, consegue oportunidade na TV Excelsior do Rio de Janeiro, integrando o seu elenco cômico. Em seguida, transfere-se para a TV Record de São Paulo e anima programas infantis com muito sucesso. Trabalha também em teatro, em peças como Uma Certa Cabana, de André Roussin. Estreia no cinema em 1962 no filme Isto é Strip-Tease, vindo depois As Cariocas (1966), que lhe vale o prêmio Governador do Estado, e Confissões do Frei Abóbora (1971). Participa, como atriz, de uma novela apenas, A Indomável, em 1965. Como cantora, atua na televisão, teatros e boates. Ecléti ca, faz de tudo um pouco na sua carreira, mas, após casar-se, muda para a Europa e abandona a carreira. Filmografia: 1962 – Isto é Strip-Tease; 1964 – Superbeldades; 1965 – Riacho de Sangue; A Desforra; 1966 – As Cariocas; Amor na Selva; 1967 – Cangaceiros de Lampião; 1968 – As Amorosas; 1969 – Adultério à Brasileira; 1971 – Confissões do Frei Abóbora. N NABUCO, ANA MARIA Nasceu em Paris, França, em 20 de janeiro de 1936. Filha de mãe francesa e pai brasileiro, vem para o País aos cinco anos de idade, quando já começa a estudar balé. Radicada em São Paulo, estuda nos melhores colégios da capital e frequenta, esporadicamente, meios artísticos selecionados. Atua em alguns programas de televisão, escritos por Abílio Pereira de Almeida, quando chama a atenção de Fernando de Barros, que produz Arara Vermelha, em 1957. Chamada para um teste, é contratada, estreando no cinema, vindo na sequência outros como Cara de Fogo (1958) e O Homem Nu (1968). Alterna sua carreira entre cinema, televisão e teatro. Na televisão, atua em apenas duas novelas, Eu Quero Você (1965) e O Amor Tem Cara de Mulher (1966). Com 1,70 m de altura, 58 quilos e beleza invejável, é uma das mais belas atrizes de sua geração. Está há muitos anos afastada da carreira artísti ca. Filmografia: 1957 – Arara Vermelha; 1957 – Escravos do Amor das Amazonas (Love Slaves of the Amazon) (EUA); 1958 – Cara de Fogo; Uma Certa Lucrécia; Chofer de Praça; O Cantor e o Milionário; 1960 – Pistoleiro Bossa Nova; Cidade Ameaçada; 1968 – O Homem Nu; Anuska, Manequim e Mulher. NABUCO, MAURÍCIO Maurício Nabuco de Abreu nasceu em Paris, França, em 1937. Naturalizado brasileiro, na década de 1950 inicia carreira artística como ator de novelas na TV Record. Participa das novelas A Pequena Karen (1966), Abnegação (1966), O Tempo e o Vento (1967), Era Preciso Voltar (1969), Nenhum Homem é Deus (1969) e Baila Comigo (1981). No cinema, atua durante vinte anos, em fi lmes como Arara Vermelha (1957), A Ilha (1963) e Os Trombadinhas (1979). Em 1973 dirige seu primeiro e único filme, Geração em Fuga. A partir dos anos 1970, destaca-se também como produtor, em sucessos como Os Machões (1972) e Barra Pesada (1977). Morre em 1985, aos 48 anos de idade. Filmografia: 1957 – Arara Vermelha; 1958 – Uma Certa Lucrecia; Ravina; 1959 – Cidade Ameaçada; 1963 – A Ilha; 1965 – Onde a Terra Começa; Obrigado a Matar; Society em Baby-Doll; 1968 – Bebel, a Garota-Propaganda; 1969 – Adultério a Brasileira; 1975 – Quem Tem Medo de Lobisomem?; O Roubo das Calcinhas; 1976 – As Mulheres que Dão Certo; 1979 – Os Trombadinhas. Filmografia (diretor): 1973 – Geração em Fuga. NACARATTI, DUSE Nasceu em Cataguases, MG, em 22 de junho de 1942. De sólida formação teatral, acaba por participar de algumas novelas, séries e humorísti cos como Ciranda, Cirandinha (1978), Chico Anysio Show (1982), Cambalacho (1986), Desejos de Mulher (2002) e Negócio da China (2009). Entre tantas peças, parti cipa de Beijo no Asfalto, Vestido de Noiva, A Falecida, Mulher sem Pecado, Karma Cor-de-Rosa, etc. Participa de alguns filmes também, como Bete Balanço (1984) e, mais recentemente Elvis & Madona. Participa da turnê da peça Aqui se Faz Aqui se Paga, com o ator Leonardo Medeiros. Era muito amiga de Miguel Falabella, que sempre a convidava para participar de seus espetáculos, quer no teatro ou televisão. Morre em 23 de julho de 2009, no Rio de Janeiro, aos 67 anos de idade. Filmografia: 1984 – Bete Balanço; 1985 – Areias Escaldantes; 1986 – Vento Sul; Com Licença eu Vou à Luta; 1987 – Romance de Empregada; 1989 – O Grande Mentecapto; 2008 – Elvis & Madona. NACHTERGAELE, MATHEUS Nasceu em São Paulo, SP, em 3 de janeiro de 1968. Começa sua carreira no Centro de Pesquisa Teatral, com Antunes Filho, em 1989. Em 1995, com a peça O Livro de Jó, ganha os prêmios Shell e Mambembe por sua atuação, considerada perfeita. Estreia no cinema em 1994 no curta O M.U.R.O. Seu primeiro longa é O que é Isso Companheiro? (1997), de Bruno Barreto. Estreia na TV em 1997 num episódio de Comédia da Vida Privada. No ano seguinte participa da minissérie Hilda Furacão e em 2004 faz sua primeira novela, Da Cor do Pecado, mas destaca-se mesmo como o Carreirinha de América, em 2005. Depois Amazônia: De Galvez a Chico Mendes (2007), como Juvenal Antunes, Queridos Amigos (2008), como Tito, e Decamerão, a Comédia do Sexo (2009), como Tofano. Ainda assim, prefere o cinema, com atuações memoráveis em O Auto da Compadecida (2002), Cidade de Deus (2002), Tapete Vermelho (2006), Baixio das Bestas (2007), etc. Com quase trinta filmes no currículo, é um dos grandes atores da atualidade. Em 2008 dirige seu primeiro filme, A Festa da Menina Morta, premiado em todo o Brasil. Filmografia (ator): 1994 – O M.U.R.O. (CM); 1997 – O que é Isso Companheiro?; Anahy de Las Misiones; 1998 – Central do Brasil; Kenoma; O Primeiro Dia; Kenoma; O Enfermeiro: um Conto de Machado de Assis (MM); 1999 – Castelo Ra-Tim-Bum, o Filme; Gêmeas; 2000 – O Auto da Compadecida; 2001 – Onde a Terra Acaba (narração); Bufo & Spalanzani; 2002 – Cidade de Deus; Eclipse (Alemanha/Áustria); Amarelo Manga; Narradores de Javé; 2003 – SexualidadeS (depoimento); A Espera (CM) (animação-dublagem); 2004 – Árido Movie; O Curupira (narração) (CM); 500 Almas (depoimento); 2005 – Um Crime Delicado; 2005 – Tapete Vermelho; A Concepção; 2006 – Doze Horas até o Amanhecer (Journey To The End Of The Night) (Brasil/Alemanha/EUA); 2007 – Encontro com Milton Santos ou o Mundo Global Visto do Lado de Cá (narração); Baixio das Bestas; 2008 – La Virgen Negra (Venezuela); Birdwatchers (Itália/Brasil); 2010 – O Bem-Amado; Matraga. Filmografia (diretor): 2008 – A Festa da Menina Morta. NADDEO, ANTONIO Nasceu em São Paulo, SP, em 1º de maio de 1934. Inicia sua carreira em 1950, na peça O Avarento, de Molière, direção de João Ceschiatti. Em 1955 radica-se em Minas Gerais e entra para a TV Itacolomi, como ator e diretor. Estreia no cinema em 1964 narrando vários documentários para cineastas de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro. Seu primeiro filme como ator é Phobus, Ministro do Diabo, produzido em 1965, mas lançado comercialmente somente em 1971. Atua depois em O Menino e o Vento (1967), de Carlos Hugo Christensen, Bang-Bang (1971), Idolatrada (1983), Aleijadinho – Paixão, Glória e Suplício (2000), Fronteira (2008), etc. Na televisão, além da TV Itacolomi, tem uma passagem pela TV Globo em 1995 na novela Irmãos Coragem. Ator de infinitas qualidades, atua em mais de 40 peças e dezenas de filmes, mas é pouco conhecido no eixo Rio-São Paulo. Filmografia: 1964 – A Respeito de Arquitetura (CM) (narração); Alfabeti zação (CM) (narração); Angoti (CM) (narração); Capital do Ouro (CM) (narração); O Indivíduo e a Coletividade (CM) (narração); Vida e Obra de Aleijadinho (CM) (narração); 1965/1971 – Phobus, Ministro do Diabo; 1967 – O Menino e o Vento; 1968 – Como Matar um Playboy; 1970 – Balada dos Infiéis; 1971 – Bang-Bang; 1979 – O Sol dos Amantes; 1983 – Idolatrada; 1984 – Dois Homens para Matar; Ela e os Homens; 1989 – O Grande Mentecapto; 1991 – Famigerado (CM); 1995 Negócio da China (CM); 1996 – O Ex-Mágico da Taberna Minhota (CM); 2000 Aleijadinho – Paixão, Glória e Suplício; 2003 – O Vestido; 2007 – Pequenas Histórias; 2008 – Fronteira. NÁDIA MARIA Ieda Soares Gama nasceu em Recife, PE, em 7 de outubro de 1931. No fi nal dos anos 1940, já no Rio de Janeiro, ingressa como atriz na Rádio Guanabara e em seguida na Rádio Tupi, parti cipando do programa Ali Babá. Em 1955 estreia no cinema no filme O Primo do Cangaceiro. Humorista nata, em 1960 estreia na televisão, no programa A Boate de Ali Babá, direção de Max Nunes pela TV Tupi. Em dobradinha com Nair Bello, cria a personagem Margô Marli. Depois de passar pela TV Excelsior, em 1968 vai para a TV Globo participar do humorístico Balança mas não Cai, depois Uau, a Companhia (1972), A Festa é Nossa (1983), Humor Livre (1984) e Escolinha do Professor Raimundo (1990), como Célia Caridosa de Melo e Marta Suplício. Depois de seis meses em coma, morre em 16 de fevereiro de 2000, em Itaipava, RJ, aos 68 anos de idade, de câncer no cérebro. Filmografia: 1955 – O Primo do Cangaceiro; 1956 – Rio 40 Graus; 1958 – É a Maior; 1960 – Virou Bagunça; 1972 – Missão: Matar; 1981 – Amor de Traição (voz). NAGIB, ALFREDO Alfredo Nagib nasceu a 28 de outubro de 1909. Inicia sua carreira de locutor em Sorocaba, SP, no rádio. Já em São Paulo, passa a atuar no Rádio Educadora e a seguir na Rádio Tupi, já também como apresentador. Lançou muitos cantores da época como o sambista Caco Velho por exemplo. Forma-se em Direito pela PUC e publica dois livros sobre Direito do Trabalho. Alterna sua carreira entre o Direito, o rádio e a televisão. Foi casado com D.Munira, com quem teve dois fi lhos. Participa de um único filme, Quase no Céu, em 1949, em que parti cipa todo o elenco da Rádio Tupi. Morre em 4 de maio de 2009, aos 99 anos de idade, em São Paulo. Filmografia: 1949 – Quase no Céu. NAHMIAS, SHIMON Nasceu em Nova Friburgo, RJ. Inicia sua carreira no teatro, atuando em diversas peças, com destaque para O Espiritismo? De Kardec aos Dias de Hoje e Zoo Story, ambas sob a direção de Marcelo Taranto. Estreia no cinema em 1997 no filme Buena Sorte e na televisão em 2009 na novela Cama de Gato, pela TV Globo. Filmografia: 1997 – Buena Sorte; 2000 – A Hora Marcada; 2004 – Irmãos de Fé; 2007 – Sem Controle. NAMORADOS DA LUA Conjunto musical formado no Rio de Janeiro, de muito sucesso na década de 1940, tendo como crooner o cantor Lúcio Alves. Estream no cinema em 1945 no filme Não Adianta Chorar e fazem shows por todo o Brasil, chamando atenção pela perfeita afi nação e sincronismo de vozes. Filmografia: 1945 – Não Adianta Chorar; 1947 – Este Mundo é um Pandeiro. NANAI Arnaldo Humberto de Medeiros nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1923. Estreia no cinema em 1945 no filme Loucos por Música. Seguem-se outros como Mineirinho Vivo ou Morto (1967) e Os Raptores (1969). Na televisão, participa das novelas O Bem-Amado (1973), O Feijão e o Sonho (1976) e Maria, Maria (1978). Morre em setembro de 1990, em São Paulo, aos 67 anos de idade. Filmografia: 1945 – Loucos por Música; 1967 – Mineirinho Vivo ou Morto; Em Busca do Tesouro; 1968 – Dois na Lona; Os Viciados (episódio: Favela); O Tesouro de Zapata; 1969 – Os Raptores. NANDI, ITTALA Ítala Maria Helena Pelizzari Nandi nasceu em Caxias do Sul, RS, em 4 de junho de 1942. Começa carreira ainda em sua cidade natal, cursando teatro amador. Já em Porto Alegre, participa do Teatro Equipe. Em 1963, muda-se para São Paulo com seu marido, o ator/diretor Fernando Peixoto, e matricula-se no curso de interpretação de Eugênio Kusnet. No Teatro Ofi cina, atua nas peças Os Pequenos Burgueses, Os Inimigos e O Rei da Vela, mas é no cinema que constitui sólida carreira, em fi lmes como O Bandido da Luz Vermelha (1968), O Rei da Vela (1971/1982) e Luz Del Fuego (1982). Em 1964 estreia na televisão, na novela Melodia Fatal, pela Excelsior. Só voltaria em 1978, para estrelar O Pulo do Gato, entre outras, seguindo-se Direito de Amar (1987), Que Rei sou Eu? (1989), Pantanal (1990), Colégio Brasil (1995), A Casa das Sete Mulheres (2003) e Caminhos do Coração (2007). Em 1982 estreia na direção, num documentário sobre a colonização italiana no Sul do País, chamado In Vino Veritas. No cinema, a partir dos anos 1980, tem feito muita narração para curtas-metragens. É uma grande atriz brasileira. Há alguns anos é a curadora do Festival de Cinema de Curitiba, no Paraná. Filmografia (atriz): 1964 – Não Tenha Pena de Mim (inacabado); 1966 – Gentle Rain (EUA/Brasil); 1968 – O Bandido da Luz Vermelha; Noite sem Homem; 1969 América do Sexo; 1969/1982 – O Despertar da Besta (Ritual dos Sádicos); 1970 – Os Deuses e os Mortos; Juliana do Amor Perdido; 1971 – Pindorama; Prata Palomares; 1971/1982 – O Rei da Vela; 1972 – Roleta Russa; 1973 – Sagarana, o Duelo; Os Homens que eu Tive; 1974 – A Cartomante; 1975 – Pecado na Sacristia; Guerra Conjugal; 1976 – Noite sem Homem; 1977 – O Cortiço; Barra Pesada; 1979 – Muito Prazer; 1980 – Ave Soja, Santa Soja (CM) (narração); 1981 O Homem do Pau-Brasil; Amor e Traição (A Pele do Bicho); 1982 – Luz del Fuego; In Vino Veritas (narração); 1983 – Pena Prisão (CM) (narração); 1990 – Índia, o Caminho dos Deuses (como ela mesma); 1999 – Ano Novo (CM); Sobre os Anos 1960 (CM) (narração); Ano Novo (CM); 2003 – Glauber o Filme, Labirinto do Brasil (depoimento). Filmografia (diretora): 1982 – In Vino Veritas; 1990 – Índia, o Caminho dos Deuses. NANINI, MARCO Marco Antonio Barroso Nanini nasceu em Recife, PE, em 31 de maio de 1948. Ainda criança lia epístolas na igreja, chamando a atenção dos presentes por sua desenvoltura. Começa sua carreira fazendo figurações em teatro. Participa de peças que foram estrondosos sucessos, como O Mistério de Irma Vap e O Burguês Ridículo. Estreia no cinema em 1974 no filme As Moças Daquela Hora. Entre outros, participa também de Teu, Tua (1980), Carlota Joaquina, Princesa do Brazil (1995), O Auto da Compadecida (2000) e Irma Vap – O Retorno (2006). Na televisão, estreia em 1969 na novela A Ponte dos Suspiros, pela TV Globo, inaugurando o período das 22 horas na emissora. Ainda como fi gurante, experimenta seu primeiro sucesso em O Cafona, em 1971, e não para mais, ao participar, entre outras de Gabriela (1975), Feijão Maravilha (1979), Brega & Chique (1987), Pedra sobre Pedra (1992) e Andando nas Nuvens (1999). A partir de 2001, participa do remake do seriado A Grande Família, no papel de Lineu Silva, que fora de Jorge Dória na primeira versão, no início dos anos 1970. Um sucesso retumbante que está no ar até hoje, chegando aos cinemas em 2007 com igual sucesso. É um dos grandes atores da atualidade. Filmografia: 1973 – Rodolfo Arena – Um Ator do Brasil (CM); 1974 – As Moças Daquela Hora; 1975 – O Roubo das Calcinhas; 1978 – A Noite dos Duros; 1980 – Teu, Tua; 1985 – Noite; 1987 – Anjos da Noite; Feliz Ano Velho; 1991 – Bas-tidores (CM); 1992 – A Serpente; 1995 – Carlota Joaquina, Princesa do Brazil; 1998 – Amor & Cia.; 2000 – O Auto da Compadecida; 2001 – Copacabana; Xangô de Baker Street; Caramuru – A Invenção do Brasil; 2002 – A Velha História (CM) (animação-voz); 2003 – Apolônio Brasil, Campeão de Alegria; Lisbela e o Prisioneiro; Uma Folha que Cai (CM) (narração); Velha História (CM) (animaçãonarração); 2006 – Irma Vap – O Retorno; 2007 – A Grande Família – O Filme; 2008 – Romance; 2010 – O Bem-Amado. NARDUCHI, ELIANE Estreia no cinema em 1978 no filme Se Segura Malandro, de Hugo Carvana, e na televisão, em 1983, na novela Parabéns a Você, pela TV Globo. Em 1987 vai para a TV Manchete e se depara com o grande desafio de sua carreira, interpretar Marina, que fora contaminada pelo vírus da AIDS, constituindo-se na primeira novela a tratar o assunto, então tabu absoluto, abertamente. Eliane faz pouco cinema, dedicando-se mais ao teatro e televisão, como em Tocaia Grande (1995), Páginas da Vida (2007), Ciranda de Pedra (2008), etc. Filmografia: 1978 – Se Segura Malandro; 1980 – Cabaret Mineiro; Cronica à Beira do Rio (MM); 1982 – Índia, a Filha do Sol. NASCIMENTO, ABDIAS DO Nasceu em Franca, SP, em 14 de Março de 1914. Políti co, ati vista social, ator, escultor e escritor. Intelectual da maior importância no Brasil e no mundo, um dos maiores defensores da defesa da cultura e igualdade para as populações afro-descendentes no Brasil. Em 1944 cria o Teatro Experimental do Negro. Estreia no cinema em 1959 no filme O Homem do Sputnik. Fica exilado por dez anos, entre 1968 e 1978. Na volta ao Brasil, elege-se Deputado Federal em 1983 e Senador em 1997. Em 2006, cria o dia oficial da consciência negra, que a partir de então é comemorado dia 20 de novembro. Publica diversos livros, entre os quais, Sortilégio (1978) e Orixás: Os Deuses Vivos da África (1995). Foi professor benemérito da Universidade do Estado de Nova York e doutor Honoris Causa pelo Estado do Rio de Janeiro. Filmografia: 1959- O Homem do Sputnik; 1962-Terra da Perdição; 1962-Cinco Vezes Favela (episódio: Escola de Samba Alegria de Viver); 2005-Cinema de Preto. NASCIMENTO, DÉBORA Nasceu em São Paulo, SP, em 16 de junho de 1986. Seu pai é delegado de polícia. Modelo profissional, viaja pelo mundo, conhece o Chile, China, Tailândia e África do Sul. Em 2000 fica entre as finalistas do Dakota Elite Model. Nas horas de folga, faz curso de interpretação, até ser chamada para a Oficina de Atores da Globo. Estreia numa pequena parti cipação na novela Paraíso Tropical, em 2007. Em Duas Caras (2008), interpreta Andreia. Estreia no cinema na produção americana O Incrível Hulk, escolhida que foi entre sessenta candidatas. Filmografia: 2008 – O Incrível Hulk (The Incredible Hulk) (EUA); 2009 – Budapeste; 2010 – O Inventor de Sonhos. NASCIMENTO, MILTON Nasceu no Rio de Janeiro RJ, em 26 de outubro de 1942. Muda-se antes dos dois anos de idade para Três Pontas, MG, e aos treze já cantava em festas e bailes da cidade. Surge como intérprete no final da década de 1960, nos festivais, com a música Travessia. Daí em diante, desenvolve sólida carreira de cantor e compositor, estando no primeiro time da MPB. Como ator, estreia no cinema em 1970 no filme Os Deuses e os Mortos. Compõe a trilha sonora de dezenas de outros como Tostão, a Fera de Ouro (1970), A Queda (1976), Sonho de Valsa (1987), A Terceira Margem do Rio (1994) e, mais recentemente, O Coronel e o Lobisomem (2005). Em 1996, um problema com diabetes atrapalha um pouco sua carreira, mas é superado. Em 1998 ganha o prêmio Grammy de melhor disco estrangeiro. É um dos grandes nomes de nossa música contemporânea, muito respeitado no exterior. Filmografia: 1970 – Os Deuses e os Mortos; 1971 – A Nova Estrela (como ele mesmo) (CM); Som Alucinante; 1980 – Música para Sempre (como ele mesmo); 1982 – Fitzcarraldo (Peru/Alemanha); 1984 – Noites do Sertão; 1997 – A Sede do Peixe; (depoimento); 1998 – O Viajante; 2009 – Beyond Ipanema (Brasil/EUA). NASCIMENTO, NORTON Nasceu em Belém, PA, em 4 de janeiro de 1962. Passa parte da infância em São Luis, MA, onde vive dos três aos sete anos. Depois muda-se para a casa dos tios em São PauIo. Desde pequeno, ouve o pai tocar violão e se apaixona por música. Aos quatorze anos já se apresenta em palcos paulistas. Em 1984 cursa Educação Física em Mogi das Cruzes, comanda as festas da faculdade e joga basquete, primeiro no Juventus e depois no Palmeiras. Em 1988 monta sua primeira banda, Bichos na Broa. Sua primeira oportunidade como ator acontece em 1981, em Os Imigrantes, pela TV Bandeirantes. Em 1989 é contratado pelo SBT para participar do humorístico A Praça é Nossa. No ano seguinte, na TV Globo, participa das novelas De Corpo e Alma (1992), A Próxima Vítima (1995), A Padroeira (2001) e As Filhas da Mãe (2001), além das minisséries O Fim do Mundo (1996), Chiquinha Gonzaga (1999) e Aquarela do Brasil (2000). No teatro, brilha com a peça Samba Valente de Assis. Estreia no cinema em 1995 em Carlota Joaquina, Princesa do Brazil. Em 2003, após constatar grave problema cardíaco, submete-se a um transplante do coração em São Paulo. Recuperado, inicia campanha nacional em prol da doação de órgãos e converte-se à igreja Renascer em Cristo e ainda participa da novela Maria Esperança (2007), pelo SBT. Tem três filhos de seu primeiro casamento. Desde 2002 era casado com Kelly Candia. Morre em 21 de dezembro de 2007, aos 44 anos de falência cardíaca e infecção pulmonar. Filmografia: 1995 – Carlota Joaquina, Princesa do Brazil; Até que a Vida nos Separe; 2004 – Araguaya – A Conspiração do Silêncio. NASCIMENTO, PIA Penha Ferreira do Nascimento nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1944. Inicia sua carreira profissional como aeromoça da antiga Panair. Depois torna-se modelo e manequim internacional, trabalha na Itália entre 1967 e 1975, desfila nos cinco conti nentes e é uma das primeiras modelos brasileiras a fazer sucesso no exterior. No auge do sucesso como modelo, em 1972, faz um pequeno papel no filme Roleta Russa, sua única parti cipação no cinema. Em 1976 posa nua para a revista Homem, primeiro nome da Playboy no Brasil. Nos últimos anos trabalhava como consultora de moda. Casada com um italiano, falecido em 2008, Pia era famosa na alta sociedade pelas festas que promovia. Elegante e extremamente discreta, não tinha filhos e era vista frequentemente passeando na rua com seus dois cães, no bairro onde morava e costumava correr em minimaratonas. Morre em 19 de fevereiro de 2010, assassinada em sua residência, na Urca, Rio de Janeiro, aos 66 anos de idade. Filmografia: 1972 – Roleta Russa. NAVARRO, LEONOR Nasceu em São Paulo, SP. Inicia sua carreira como atriz de novelas da Rádio São Paulo, nos anos 1940, depois no teatro. Demora a chegar na televisão. Sua estreia foi em 1966, na novela Redenção, como a soturna cigana Carmem. Muito magra e já idosa, fazia sempre os papeis de avó ou solteironas. No cinema, em 1949, parti cipa de O Segredo de uma Confissão, produção fi lmada, mas não concluída, de Caetano Matanó. Sua estreia ofi cial acontece somente em 1968 no filme Madona de Cedro. Nos anos 1970, já no seu final de carreira, faz vários filmes com Mazzaropi, como Jeca contra o Capeta (1976) e Jeca e seu Filho Preto (1978), talvez uma homenagem do mestre à velha atriz. Na televisão, pela Tupi atua em Simplesmente Maria (1970), Vitória Bonelli (1972) e Tchan! A Grande Sacada (1976). Pela TV Globo faz uma única novela, Pecado Rasgado, em 1978, como Delfina, exatamente sua última. Aposentada, morre em 1988, em São Paulo. Filmografia: 1950 – Caiçara (voz); 1968 – A Madona de Cedro; 1976 – Jeca contra o Capeta; Senhora; 1977 – Que Estranha Forma de Amar; Jecão... Um Fofoqueiro no Céu; 1978 – Jeca e seu Filho Preto. NAVARRO, OLGA Olga Navarro Pardel nasceu em Veneza, Itália, em 3 de julho de 1905. Com dois anos de idade vem para o Brasil, radicando-se em São Paulo. Começa sua carreira artística no teatro e depois no rádio. Sua estreia no cinema data de 1923, no filme Os Milagres de Nossa Senhora da Penha. Na rádio, faz sucesso como atriz, atuando pela Nacional nas décadas de 1930 e 1940. De 1939 a 1946, durante a Segunda Guerra, mora na Itália. No início da década de 1950, é convidada por Victor Costa para parti cipar da recém-chegada TV Paulista, aceita, mas prefere ficar por trás das câmeras, como diretora de teleteatros como O Crime na Ilha das Cabras, A Megera Domada e Luzia-Homem. No início dos anos 1960 atua ao lado de Walmor Chagas e Cacilda Becker na peça Noites de Iguana. Volta somente em 1977 na peça A Dama do Camarote. Morre em 1996 aos 91 anos de idade. Filmografia: 1923 – Os Milagres de Nossa Senhora da Penha; 1924 – Trem da Morte; 1925 – Ele; 1952 – Corações na Sombra; 1956 – Quem Matou Anabela?; 1965 – A Desforra. NEGRÃO, FRANCISCO Francisco Antonio Negrão nasceu em São Paulo, SP, em 16 de outubro de 1932. Começa sua carreira artística no rádio, passando depois para a televisão, mas é com o cinema que mais se identifica, fazendo sua estreia em 1957 no filme A Doutora é Muito Viva. No ano seguinte estoura em todo o Brasil graças ao sucesso de Cara de Fogo, atuando ainda em Chão Bruto (1959) e Sedução (1974). 1,86m de altura, boa pinta, é o protótipo de galã, com muito sucesso entre as garotas. Paralelamente à carreira artística, monta uma rede de drogarias. Na televisão, participa de várias fases como TV Teatro (1958), TV de Vanguarda (1958), Marcados pelo Amor (1964), Renúncia (1964) e Em Busca da Felicidade (1965). Já falecido. Filmografia: 1957 – A Doutora é Muito Viva; 1958 – O Capanga; Vou te Contá; 1959 – Chão Bruto; Aí Vem a Alegria; 1963 – A Ilha; 1964 – Mulher Satânica (Der Satan Mit Den Roten Haaren) (Brasil/Alemanha); 1967 – Vidas Nuas; 1972 – Sinal Vermelho, as Fêmeas; 1974 – Sedução (Qualquer Coisa a Respeito do Amor). NEGRI, LISA Elisa Biondi nasceu em São Paulo, SP, em 11 de julho de 1941. Aos seis anos de idade, perde o pai, e mãe a coloca, com outras duas irmãs, em um colégio interno. Ali fica por cinco anos. Adolescente, chama a atenção pela beleza e corpo esguio, quando um costureiro, na Fenit, a chama para ser modelo. Após um desfile, Cassiano Gabus Mendes a convida para participar da novela Os Segredos de Laura, em 1964, ano em que também estreia no cinema, no filme Noite Vazia, direção de Walter Hugo Khouri. Começa a atuar sem parar, como em Somos Todos Irmãos (1966), Amor sem Deus (1968) e Os Ossos do Barão (1973). Na Itália, faz aulas de interpretação com Vittorio Gasmann. Quando retorna, não consegue a recolocação que havia planejado e resolve investir em teatro, tornando-se produtora e monta sua própria empresa, a Companhia Teatral Lisa Negri, ao lado do então marido Paulo de Oliveira. Com Cazarré produz e atua na peça Marido, Matriz e Filial. Após alguns anos e muitas dificuldades, resolve ir morar nos EUA e casa-se com um americano. Oito anos depois retorna ao Brasil. Em 1995, pelo SBT, atua em duas novelas, A Justi ça de Deus e As Pupilas do Senhor Reitor. Em 2005 participa da primeira novela interati va brasileira, Umas e Outras, pela All TV, ao lado de Geórgia Gomide, Vida Alves, Patrícia Mayo e Arlete Montenegro. Filmografia: 1964 – Noite Vazia; 1965 – Quatro Brasileiros em Paris; 1967 – Vidas Nuas; 1974 – A Virgem e o Machão; 1977 – Dezenove Mulheres e um Homem; Pintando o Sexo (episódio: O Lobo Mau, a Vovó e a Netinha); 1979 – Os Três Boiadeiros. NEGRINI, ALESSANDRA Alessandra Vidal de Negreiros Negrini nasceu em São Paulo, SP, em 29 de agosto de 1970. Muito jovem muda-se com a família para Santos, já que seu pai fora trabalhar no porto. Aos quinze faz intercâmbio e fica um ano nos Estados Unidos. No seu retorno, resolve morar sozinha em São Paulo e começa a dar aulas de inglês. Nessa época presta vesti bular para Jornalismo, curso que frequenta por um ano e depois faz mais dois de Ciências Sociais. Paralelamente estuda teatro. Em 1993 faz sua primeira novela, Olho no Olho. A partir daí, deslancha sua carreira como em Cara & Coroa (1996), Anjo Mau (1997), Meu Bem Querer (1998), Desejos de Mulher (2002), Celebridade (2004) e na minissérie JK (2006), na qual interpreta a socialite Yedda Schmidt. Em 2001 participa da montagem da peça Beijo no Asfalto. Em 2000 posa nua para a revista Playboy. Estreia no cinema em 1994 no curta O Relógio do Hospital. Seu primeiro longa é O que é Isso Companheiro? (1997). Entre outros, participa também de Sexo, Amor e Traição (2004) e Cleópatra (2006), pela primeira vez no cinema, num difícil personagem. Em 2007 faz sua primeira novela como protagonista também, um papel duplo, a Thais/Paula de Paraíso Tropical. Do seu relacionamento com o ator Murilo Benício (1996/1998), tem um filho, Antonio, nascido em 1996. Mora desde 2004 com o cantor e compositor pernambucano Otto (1968), com quem tem uma fi lha, Bettina, nascida em 2004. Filmografia: 1994 – O Relógio do Hospital (CM); 1997 – O que é Isso Companheiro?; 2001 – Meu Filho Teu (Um Crime Nobre) (Itália/Brasil); 2003 – Porcos Corpos (CM) (voz); 2004 – Sexo, Amor e Traição; 2006 – Cleópatra; 2008 – Os Desafinados; A Erva do Rato. NEGROMONTE, VYA Wilma Fernandes Negromonte nasceu em Belo Horizonte, MG, em 12 de abril de 1959. Atriz, cantora, bailarina e diretora musical. Aos dezesseis anos já era solista do Teatro Palácio das Artes em Belo Horizonte. Ganha bolsa de estudos para o American Ballet, em Nova York e depois torna-se bolsista do Alvin Ailey Dance Company. Em 1979 é escolhida entre duzentas candidatas para interpretar Anita, no espetáculo West Side Story. É sua estreia triunfal na Broadway. Em Londres, participa dos videoclipes de Nile Rogers, Peter Godwin, Martin Kahan, Grace Jones, fazendo a coreografia deste último, sob a direção de Jean-Paul Goude. Ao voltar a Nova York, no ano de 1982/1983, Via passa a compor pop-music, e fazer shows com infl uências de rock, blues e pop em seu repertório. Estreia no cinema como dançarina no filme The Cott on Club. De volta ao Brasil em 1988, grava dois LPs pela CBS Discos. Na TV Manchete, atua nas novelas Kananga do Japão (1989) e A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990). Em 2003 marca presença na exposição Arte da África, no CCBB do Rio de Janeiro e foi responsável pela concepção e direção artísti ca e musical da exposição Por Ti América, também no CCBB em 2006. Contratada pela TV Globo, participa da novela Irmãos Coragem (1995), como Domingas, Belíssima (2006), como Diva, e Síti o do Pica-Pau Amarelo (2007), como Cassandra. Está casada há muitos anos com o ator Nelson Xavier, com quem tem uma fi lha, Sofia Helena Xavier. Filmografia: 1984 – The Cott on Club (EUA) (dançarina); 1990 – Lambada, o Filme (Lambada) (Brasil/Itália); 1997 – O Testamento do Senhor Napumoceno; 1998 – Auto de Leidiana (CM); 2002 – Lua Cambará – Nas Escadarias do Palácio; 2009 – Cabeça a Prêmio; 2010 – Chico Xavier. NEIDE APARECIDA Nasceu em São Paulo, SP, em 24 de janeiro de 1938. Completa o magistério na Mane, e ali inicia carreira de professora primária, que mais tarde teve de abandonar, pois iniciara carreira artística como garota-propaganda da TV Tupi. Logo descobrem seu talento e em seguida já anima programas de auditório, no Rio de Janeiro. Estreia no cinema em 1959 no filme O Homem do Sputinik. Participa de muitos outros como Os Cosmonautas (1962) e Adorável Trapalhão (1967). Na televisão, participa das novelas A Hora Marcada (1967) e E Nós Onde Vamos? (1970). Está afastada da carreira artística há muitos anos. Filmografia: 1959 – O Homem do Sputnik; 1961 – Os Três Cangaceiros; 1962 – Os Cosmonautas; 1965 – Ethel (Brasil/EUA); 1967 – Adorável Trapalhão; A Espiã que Entrou em Fria; Em Busca do Tesouro; Jerry, a Grande Parada; O Estranho Mundo de Zé do Caixão; 1968 – Papai Trapalhão; 1973 – Uma Garota em Maus Lençóis. NÉLIA PAULA Nasceu na Argentina, em 26 de outubro de 1930. Muito pequena muda-se para o Brasil e aos 17 anos começa a trabalhar como modelo. Foi aeromoça da Real Aerolíneas e, em 1950, entra para a vida artística. Passa a se apresentar como vedete nas companhias de Teatro de Revista de Walter Pinto e Carlos Machado. Estreia no cinema em 1949 no filme Não me Digas Adeus, coprodução Brasil/ Argentina. Nos anos 1970 atua, entre outros em Banana Mecânica (1974) e Loucuras de um Sedutor (1977). Em 1985 vive o papel da ex-vedete Amparito Hernandez, na novela Roque Santeiro, e depois Carmen (1987). Em 1990 faz sua última aparição, ainda como Amparito Hernandez, na Escolinha do Professor Raimundo, ao lado de Chico Anysio. Morre em 8 de setembro de 2002, aos 72 anos de idade, de infarto, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1949 – Não me Digas Adeus (No Me Digas Adiós) (Brasil/Argentina); 1952 – O Preço de um Desejo; 1954 – Toda a Vida em Quinze Minutos; 1955 – Eva do Brasil; 1958 – A Mulher de Fogo (Mujeres de Fuego) (Mexico/Brasil); 1974 – Banana Mecânica; 1976 – Costinha, o Rei da Selva; 1977 – Loucuras de um Sedutor; 1979 – As Borboletas Também Amam; 1980 – Bububu no Bobobó. NELSON CAVAQUINHO Nelson Antonio da Silva nasceu em no Rio de Janeiro, RJ, em 28 de outubro de 1910. Grande compositor da Música Popular Brasileira, sendo de sua autoria os clássicos Degrau da Vida, Não Tem Inveja, Pimpolho Moderno, etc. No cinema, sua primeira parti cipação acontece no documentário feito em sua homenagem, em 1969, sob direção de Leon Hirszman. Morre em 17 de fevereiro de 1986, aos 75 anos de idade. Filmografia: 1969 – Nelson Cavaquinho (como ele mesmo); 1975 – O Casal (como ele mesmo); 1979 – Muito Prazer. NELSON, BOB Nelson Roberto Perez nasceu em Campinas, SP, em 12 de outubro de 1918. Estuda para ser ferroviário, como o pai, mas logo percebe que não era esse seu caminho. Também excaixeiro-viajante, começa a carreira artística na década de 1930, na Rádio Educadora de Campinas. Em 1944 muda-se para São Paulo e, com a ajuda da irmã, Dalva, começa a parti cipar de programas de calouros. Na década de 1940 grava Suzana, versão de uma música folclórica americana, e vende 300 mil cópias, quantidade espetacular para a época. Passa a gravar músicas do estilo country, sendo o primeiro artista brasileiro a misturar o ritmo regional caipira com o country. Torna-se atração do Cassino Atlântico, cantando ao lado de artistas importantes como Libertad Lamarque, e é acompanhado ao acordeom por Luiz Gonzaga, em começo de carreira. Fica conhecido como o primeiro cowboy brasileiro. No auge da carreira, quando já fazia a mistura do caipira com o country, Bob Nelson chegou a compor músicas para Luiz Gonzaga. Sua importância musical foi homenageada por Erasmo e Roberto Carlos, com a canção A Lenda de Bob Nelson. Estreia no cinema em 1946 no filme Segura esta Mulher. A partir dos anos 1970, apresenta-se esporadicamente em programas de televisão. Bob Nelson fez shows até os 90 anos de idade. Morre no Rio de Janeiro, em 26 de agosto de 2009, aos 91 anos de idade, de parada cardíaca. Filmografia: 1946 – Segura esta Mulher; 1947 – Este Mundo é um Pandeiro; 1948 – É com Este que eu Vou; 1949 – Estou Aí!; 1954 – Malandros em Quarta Dimensão; 1970 – O Vale do Canaã; 1971 – Os Herdeiros. NERCESSIAN, STEPAN Nasceu em Cristalina, GO, em 2 de dezembro de 1953. De infância muito pobre, chega a ser menino de rua, sendo preso inúmeras vezes, mas recebe a ajuda de muitas pessoas e começa a estudar, ler livros etc. Em 1970 vai para o Rio de Janeiro fazer um teste para o filme Marcelo Zona Sul. Com dezesseis anos, ganha o papel e notoriedade nacional. Faz muitos fi lmes, destacando-se André, a Cara e a Coragem (1971), Rainha Diaba (1974), sem dúvida um de seus melhores momentos, Beijo na Boca (1982), Doces Poderes (1997), Memórias Póstumas (2001) e, mais recentemente, Chega de Saudade (2007). Em 1974, ganha o prêmio especial do Júri, no II Festival de Gramado, por sua interpretação no filme Amante Muito Louca. Na televisão, estreia em 1971 em Bandeira 2, pela Globo, emissora em que permanece até hoje, chegando ao posto de diretor de um dos núcleos de teledramaturgia. Entre outras, atua também em Duas Vidas (1976), O Astro (1978), Sétimo Sentido (1982), Vale Tudo (1988), Pátria Minha (1994), Uga-Uga (2000) e Cobras & Lagartos (2006). No teatro, parti cipa de várias peças como Dama das Camélias (1974) e Dinheiro, pra que Dinheiro (1976). Estreia na direção em 1975 no curta-metragem Rodolfo Arena, um Ator do Brasil. Stepan sempre gostou de política, então, além de ator, exerceu cargos como presidente do Sindicato dos Arti stas e Técnicos em Espetáculos de Diversão do Rio de Janeiro, o SATED, e da Fundação Astrojildo Pereira. Atualmente é vereador eleito pelo PPS pela cidade do Rio de Janeiro. É torcedor fanático do Botafogo. Foi casado por 14 anos com a atriz Camila Amado, com quem teve um fi lho, também ator, Pedro Nercessian (1985). Há anos dirige o Retiro dos Arti stas no Rio de Janeiro, o que mostra seu lado humano e fraterno. Faz shows, promove eventos e festas para angariar fundos para o Retiro, que abriga artistas brasileiros aposentados que não têm onde morar. É, acima de tudo, um grande homem e um grande ator brasileiro, merecedor de todo nosso respeito e admiração. Filmografia (ator): 1970 – Marcelo Zona Sul; Pra quem Fica, Tchau!; 1971 – André, a Cara e a Coragem; 1972 – Revólveres não Cospem Flores; 1973 – Amante muito Louca; Como Era boa a Nossa Empregada (episódio: O Terror das Empregadas); 1974 – O Padre que Queria Pecar; Rainha Diaba; Primeiros Momentos; 1975 – Deliciosas Traições do Amor (episódio: Dois é Bom... Quatro é Melhor); Quem Tem Medo de Lobisomem?; 1976 – Xica da Silva; Marília e Marina; Maníacos Eróti cos; 1977 – Gargalhada Final (Os Trambiqueiros); Na Ponta da Faca; Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia; Barra Pesada; Um Brasileiro Chamado Rosa Flor; 1978 – Nos Embalos de Ipanema; 1979 – Parceiros da Aventura; 1982 – Beijo na Boca; 1987/1990 – Césio 137, Pesadelo em Goiânia; 1997 – Doces Poderes; 1998 – The Big Sheet (CM); 1999 – Orfeu; 2000 – Minha Vida em suas Mãos; Terra de Deus; 2001 – Memórias Póstumas; 2003 – Deus é Brasileiro; Pletora de Irma (CM); 2006 – Mulheres do Brasil; O maior Amor do Mundo; 2007 – Podecrer!; Chega de Saudade. Filmografia (diretor): 1975 – Rodolfo Arena, um Ator do Brasil (CM). NERO, ALEXANDRE Nasceu em Curitiba, PR. Inicia sua carreira artística como músico e compositor, fazendo parte da dupla Nero e Maquinaíma e da banda Denorex 80. Em 1998 estreia no cinema no curta Rosinha, Minha Sereia e em 2007 na televisão, na série Casos e Acasos, mas seu grande momento acontece em 2008, como o verdureiro Vanderlei, em A Favorita. Esse personagem, que cativou o Brasil, deslancha sua carreira de ator. No cinema, atua em O Preço da Paz (2003), como o Alferes Pimentel, e Corpos Celestes (2009), como o taxista cantor. Em 2009 é o Terêncio de Paraíso. Está casado desde 2001 com a atriz Fabiula Nascimento. Filmografia: 1998 – Rosinha, Minha Sereia (CM); 2003 – O Preço da Paz; 2009 – Corpos Celestes. NERY VITOR Começa sua carreira no teatro, em peças importantes como Neurose. No cinema, atua em curtas experimentais. Em um deles, por Todos os Séculos e Séculos, de José Adalto Cardoso, participa do The 6th Chicago International Film Festival, nos EUA, em 1970. No Rio de Janeiro, estreia no cinema profi ssional em Jesuíno Brilhante, o Cangaceiro (1973), mas faz poucos fi lmes, dedicandose depois ao jornalismo, assinando colunas em periódicos como Últi ma Hora. Na televisão, participa de uma única novela, A Selvagem, em 1971, pela TV Tupi. Filmografia: 1973 – Jesuíno Brilhante, o Cangaceiro; 1974 – Relatório de um Homem Casado; Sagarana, o Duelo. NERY, GILDA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 25 de dezembro de 1935. Com dotes artísticos desde pequena, estuda teatro no Seminário de Arte Dramática de Paschoal Carlos Magno e, aos quinze anos, estreia nos palcos, interpretando Titânia, na peça Sonho de uma Noite de Verão, de Shakespeare, no Teatro do Estudante, Rio de Janeiro. Estreia como profissional no Teatro dos Doze, de Sérgio Cardoso. Alternando seus estudos normais, mais inglês e francês, Gilda atua na peça Massacre, no Teatro de Equipe de Graça Mello. Com o elenco da peça De Amor Também se Morre, vem atuar em São Paulo, quando é convidada para integrar o elenco do filme Uma Pulga na Balança, produzido pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz, que lhe vale o Prêmio Governador do Estado como melhor atriz do ano. Destacam-se ainda Floradas na Serra (1954), que lhe vale o Prêmio Saci, e Asfalto Selvagem (1965). Na década de 1960, vai para a Argentina e o Uruguai, por lá atuando em teatro, televisão e cinema. Na televisão, participa, na Tupi do Rio, do Programa Câmera Um, de Jacy Campos. Atua nas novelas Morte no Mar, pela TV Record, e Pedra sobre Pedra (1992), Quatro por Quatro (1994), História de Amor (1995), pela TV Globo, além das minisséries Rede de Intrigas (1991), A Voz do Coração (1995) e O Fim do Mundo (1996). É uma das grandes atrizes brasileiras, com reconhecimento internacional, mas morre esquecida, em 2004, de leucemia, aos 69 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1948 – Jangada (inacabado); 1953 – Uma Pulga na Balança; 1954 – Floradas na Serra; A Esperança é Eterna (CM) (narração); 1957 – Escravos no Amor das Amazonas (Love Slaves Of The Amazon) (EUA); 1958 – Ravina; 1964 – Asfalto Selvagem; Viagem aos Seios de Duília; 1965 – O Diabo de Vila Velha; 1970 – Navalha na Carne; 1973 – Vai Trabalhar, Vagabundo; 1988 – Mistério no Colégio Brasil; 1991 – Matou a Família e Foi ao Cinema; Não Quero Falar sobre isso Agora; 1993 – Era uma Vez...; 1997 – Navalha na Carne; 2003 – Viva Sapato! NERY, MURILO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de setembro de 1923. Inicia sua carreira como ator na Rádio Nacional. Com a chegada da televisão, em 1950, Murilo passa a apresentar programas como Consult Hit Parade, ao lado de Ilka Soares e Eva Wilma, O Rio é Nosso, Noite de Gala, Rio Hit Parade, concursos de misses, etc. Trabalha muito em cinema, como ator, sendo sua estreia em 1952 no filme Com o Diabo no Corpo, depois outros como Um Ramo para Luíza (1964) e Um Uísque Antes... Um Cigarro Depois (1970). Atua em novelas também, com destaque para O Primeiro Amor (1972), Sinal de Alerta (1978) e Dancin’ Days (1978). Em 1984 recebe o Troféu Imprensa como melhor apresentador do ano, concorrendo com Flávio Cavalcanti e Jota Silvestre. Entre 1987 e 1988 fez a tradução simultânea do concurso de Miss Universo, pelo SBT. Nos últimos tempos apresentava o sorteio da Liderança Capitalização, pelo SBT. Murilo orgulhava-se muito de ter sido o primeiro brasileiro a entrevistar o presidente norte-americano John Kennedy. Casa-se com a ex-miss Rio de Janeiro Letí cia Nery, com quem teve um filho, Leandro Nery, hoje diretor da TV Globo. Morre em 26 de maio de 2001, aos 77 anos de idade, no Rio de Janeiro, de enfi sema pulmonar. Filmografia: 1952 – Com o Diabo no Corpo; 1958 – É a Maior; 1963 – Crime no Sacopã (narração); 1965 – Um Ramo para Luíza; 1970 – Um Uísque Antes... Um Cigarro Depois; 1972 – Um Marido Sem... É Como um Jardim sem Flores. NESCHLING, PEDRO Pedro Henrique dos Santos Neschling nasce no Rio de Janeiro, RJ, em 28 de junho de 1982. Filho do maestro John Neschling e da atriz Lucélia Santos. Inicia sua carreira artística em 2001 no programa Sitio do Pica Pau Amarelo. Em 2004 faz sua primeira novela, Da Cor do Pecado, e participa de um episódio de Você Decide. Em 2005 estreia no cinema no filme Um Lobisomem na Amazônia, de Ivan Cardoso, e atua na novela A Lua me Disse, seguindo-se de Páginas da Vida (2007), Desejo Proibido (2008) e Casos e Acasos (Alfredo). Muito jovem, já tem no sangue a verve artística dos pais e tudo para se tornar um grande profissional. Em 2001 estreia na direção, no curta Vou Zoar Até Morrer. Viveu por três anos (2006-2009) com a cantora Luíza Possi, filha de Zizi Possi. Filmografia (ator): 2005 – Um Lobisomem na Amazônia; 2009 – Flordelis – Basta uma Palavra para Mudar; Um Homem Qualquer; 2010 – O Diário de Tati; Uma Visita à Holliweger (CM). Filmografia (diretor): 2001 – Vou Zoar Até Morrer (CM); 2002 – As Vozes da Verdade (CM). NEUSA MARIA Vassiliki Purchio nasceu em São Paulo, SP, em 1º de dezembro de 1928. Jovem, começa a trabalhar no comércio, mas logo seus dotes artísticos são descobertos por Otávio Gabus Mendes, que a contrata para trabalhar na Rádio Record. Transfere-se para a Rádio Bandeirantes e, em 1943, recebe o título de estrela do ano. Empresta sua voz para jingles, motivo pelo qual é chamada de A Rainha do Jingle. Em 1944 recebe convite de Renato Murce e muda-se para o Rio de Janeiro para integrar o cast da Rádio Clube do Brasil e, depois, da Rádio Nacional. Sua estreia no cinema acontece em 1958 no filme Chico Fumaça, ao lado de Mazzaropi. No filme É de Chuá, interpreta a música Eu Sou o Tostão, de autoria de Pedro Caetano e Geraldo Serafim. Na televisão, participa das novelas O Moço Loiro (1965), O Tirano (1965) e Legião dos Esquecidos (1968). Filmografia: 1958 – Chico Fumaça; É de Chuá!; Hoje o Galo Sou Eu; 1959 – Mulheres à Vista. NEY, NITA Marcelle Nita Strada nasceu em Paris, França, em 8 de novembro de 1908. Em 1913 seu pai, engenheiro, é contratado por uma empresa francesa para montar uma exposição no Rio de Janeiro. A família acaba se radicando na cidade. Ingressa na escola de danças, de Maria Ollenewa e atua em vários espetáculos beneficentes. Em 1922, ao visitar uma exposição, é convidada para uma pequena parti cipação no filme O Dever de Amar, de Paulo Benedetti. Humberto Mauro gosta de sua atuação e contrata-a para parti cipar do filme Na Primavera da Vida. Tornase famosa estrela do cinema brasileiro, sendo uma das atrizes mais fotografadas e divulgadas pelos meios de comunicação. Na década de 1930, abandona a carreira cinematográfi ca, retornando somente em 1945, para uma parti cipação no filme Vidas Solitárias. Morre em 1996, aos 88 anos de idade no Rio de Janeiro. Filmografia: 1922 – O Dever de Amar; 1928 – Brasa Dormida; 1929 – Sangue Mineiro; Lábios sem Beijos (Versão Inacabada); 1945 – Vidas Solitárias. NEY, NORA Iracema de Souza Ferreira nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20 de março de 1922. Contadora formada, entra na vida artísti ca por acaso. Frequenta a cantina do César de Alencar e – numa noite quente – pedem-lhe que cante algo. Percebendo o ambiente propício, canta uma música francesa de Charles Trenet. César de Alencar e o público vibram: sua voz é inconfundível. César convida-a para participar do seu programa, no sábado seguinte, e imediatamente vem o contrato com a Rádio Tupi. Tudo resolvido em 24 horas. Mas a Rádio Nacional, percebendo o talento da moça, dobra a proposta e Nora fica um mês na geladeira, para poder rescindir o contrato que tinha assinado. Transferência concretizada, daí para a frente é só sucesso. Sua estreia profissional se dá no programa Fantasia Musical, da Rádio Tupi, em 1951, cantando repertório estrangeiro e usando o pseudônimo de Nora May, justamente por achar que voz era muito grave e não combinava com o português. Começa a abandonar o repertório estrangeiro quando substi tui Araci de Almeida no quadro Viva o Samba, do programa Rádio Sequência G-3, de Haroldo Barbosa, que lhe dá o nome artístico Nora Ney. O primeiro disco foi lançado em 1952 e tinha os sucessos Menino Grande, de Antônio Maria, e Ninguém me Ama, de Antonio Maria e Fernando Lobo. Com sua voz grave e pronuncia carregada de erres, Nora cria um novo estilo de interpretação de sambas-canções, com ritmo e afi nação. Foi eleita, em 1953, Rainha do Rádio. Recebe também o Disco de Ouro como melhor cantora por cinco anos sucessivos. O maior sucesso de sua carreira foi sem dúvida a música Ninguém me Ama, gravado em 1952. Nora foi também uma das primeiras a cantar composições de Tom Jobim, que era ensaiador da gravadora Continental quando ela era uma das contratadas. Nora estreia no cinema em 1952 no filme Carnaval na Atlântida e atua em outros mais como Carnaval em Caxias (1954), Garotas e Samba (1957), etc. Em 1964, por suas posições contrárias ao regime militar, é demitida da Rádio Nacional. Em função disso, sai do Brasil com Jorge Goulart, só voltando oito anos depois, quando grava o LP Tire o seu Sorriso do Caminho. Foi das pioneiras a apresentar-se em turnês por países socialistas, como Rodésia, Chipre, China e União Soviética. Com estilo e voz inconfundíveis, marca época como das grandes intérpretes brasileiras. Foi casada com o cantor Jorge Goulart, com quem fez shows na União Soviética e na China, teve dois filhos e três netos. Afastada da vida artísti ca, em 1982 comemora trinta anos de vida comum com Jorge Goulart, no show De Coração a Coração, no Teatro Gonzaga, em Marechal Hermes, no Rio. Morre em 28 de outubro de 2003, aos 82 anos de idade, de falência múltipla dos órgãos, causada por uma enfi sema pulmonar. Filmografia: 1952 – Carnaval Atlântida; 1953 – Os Três Recrutas; 1954 – Carnaval em Caxias; Malandros em Quarta Dimensão; 1955 – Carnaval em Lá Maior; Guerra ao Samba; 1956 – Vamos com Calma; 1957 – Garotas e Samba; 1975 – Assim Era Atlântida. NHÁ BARBINA Conceição Joana da Fonseca Gomes nasceu em Jaboti cabal, SP, em 2 de dezembro de 1915. Inicia sua carreira artísti ca no circo, pelas mãos de seu marido, João Gomes, o seu maior incenti vador. Estreia como atriz dramática na peça O Divino Perfume e assim permanece até 1938, quando surge a primeira oportunidade de humor, a arte da caricatura, ao ter que substi tuir a ti tular do circo. Nesse ano, cria Nhá Barbina, a personagem solteirona, que tudo fazia para arranjar um marido. A partir daí passa a fazer shows em circos e pequenos teatros, excursionando por todo o Brasil. Em 1960 grava na Odeon, de Valter Amaral e Ado Benatti, o baião O Galo Cantou e a marcha Arquimedes, Deixa Disso. Estreia no cinema em 1963 no filme Lá no meu Sertão, dirigido por Eduardo Llorente, ao lado da dupla coração do Brasil, Tonico & Tinoco. Nessa época participa do programa Festa na Roça, de Lulu Benacasi, na Rádio Tupi de São Paulo. Com o sucesso, ganha o título de Mãe Sertaneja. No final dos anos 1960 parti cipa da trilogia sertaneja formada pelos filmes Sertão em Festa, Luar do Sertão e No Rancho Fundo. Grava cerca de dez vários discos, participa de programas humorísticos na televisão e duas novelas, Meus Filhos Minha Vida e Rabo de Saia, ambas de 1984. Nos últimos tempos participava do programa A Praça É Nossa, ao lado de Carlos Alberto de Nóbrega. Morre em São Paulo, em 11 de novembro de 1995, aos 79 anos de idade, 21 dias antes de completar 80 anos. Filmografia: 1963 – Lá no meu Sertão; O Cabeleira; 1964 – O Rei Pelé; 1970 – Sertão em Festa; 1971 – Luar do Sertão; No Rancho Fundo. NIGRO, PAULO Paulo de Jesus Nigro Jr. nasceu em São Paulo, SP, em 11 de janeiro de 1984. Piloto e ator. Aos onze anos se interessa por automobilismo e começa a correr de kart, chegando até a Fórmula 3 Sul-Americana. Paralelamente estuda teatro e quer ser ator. Em 1996, com doze anos de idade, entra para o elenco de Colégio Brasil depois Chiquiti tas (1997), ambas pelo SBT. Na TV Cultura, participa do infantil Ilha Rá-Tim-Bum como Gigante, quando muda-se para o Rio de Janeiro para parti cipar de Malhação, pela TV Globo. Na minissérie JK (2006), foi Luis Felipe Cavallini e em Amazônia: De Galvez a Chico Mendes (2007) foi Tavinho, dois papeis relevantes em seu currículo. No teatro, parti cipa das peças Sóror Angélica, de Giacomo Puccini, uma ópera, e Falou Amizade (2005). Estreia no cinema no curta Gastronomicidas, em 2002, mas logo se destaca vivendo o mesmo Gigante da TV, no longa Ilha Rá-Tim-Bum: O Martelo de Vulcano. Contratado pela TV Record, atua em Caminhos do Coração (2007), Os Mutantes (2008) e Promessas de Amor (2009). Pretende conciliar as duas carreiras, de piloto e ator. Filmografia: 2002 – Gastronimicidas (CM); 2003 – Ilha Rá-Tim-Bum: O Martelo de Vulcano; 2004 – Os Três Clones (CM); 2005 – Mais uma Vez o Amor; 2007 – O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili. NIL, EVA Eva Clotilda Leopolda Tonetti Comello nasceu no Cairo, Egito, em 25 de junho de 1909. Com seis anos de idade chega a Cataguases, MG, onde se radica. Filha de Pedro Comello, diretor, fotógrafo e sócio de Humberto Mauro. Começa sua carreira participando dos filmes que o pai fazia, como o curta Valadião, o Cratera (1925), ainda com o nome Eva Comello. Seu primeiro longa é Na Primavera da Vida (1926). Parti cipa ativamente do Ciclo de Cataguases, com Humberto Mauro. Em 1927 vai para o Rio de Janeiro parti cipar de Barro Humano. De personalidade forte, resolve abandonar a carreira em 1928, segundo ela, por não se conformar com o amadorismo e a precariedade que retardam o desenvolvimento do cinema no Brasil. Faz poucos filmes, mas o suficiente para se tornar musa do cinema mudo brasileiro, nos anos 1920 e 1930. Seu rosto é impresso na revista Cinearte por duas vezes, o que ajuda a consolidar sua fama e criar o mito, sendo chamada por muitos de A Greta Garbo Brasileira. Após a década de 1930, dedica-se ao ateliê fotográfico do pai, recusando dezenas de convites para voltar ao cinema. Solteira, solitária e esquecida, um dos rostos mais enigmáticos do cinema brasileiro morre em 15 de agosto de 1990, aos 81 anos de idade, em Cataguases, de causas naturais. Filmografia: 1925 – Os Três Irmãos; Valadião, o Cratera; 1926 – Mistérios de São Mateus; Na Primavera da Vida; Dois Irmãos (inacabado); 1927 – Senhorita Agora Mesmo (CM); 1929 – Barro Humano; 1976 – Mulheres de Cinema (CM). NIMITZ, RIVA Nasceu em São Paulo, SP, em 28 de dezembro de 1936. Começa sua carreira no teatro, mas aos dezoito anos de idade estreia no cinema, num pequeno papel no filme A Sogra, produção paulista de Mário Civelli. Em 1958 participa da lendária montagem de Eles não Usam Black-Tie, de Gianfrancesco Guarnieri, no Teatro Arena. No mesmo ano vai para a televisão fazer sua estreia em David Cooperfield e é nesse veículo que encontra sua identidade. A partir dos anos 1960 participa de inúmeras novelas, algumas clássicas como Minas de Prata (1966), A Pequena Órfã (1968), no papel da vilã, D. Elza, Mulheres de Areia (1973), Os Imigrantes (1981) e Bambolê (1987). Pela extinta TV Manchete faz suas duas últi mas novelas Kananga do Japão (1989) como Eva e A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990), como a Madre Beatriz. Morre em 9 de outubro de 1993, de insuficiência cardíaca, em São Paulo, aos 56 anos de idade. Filmografia: 1954 – A Sogra; 1962 – Cinco Vezes Favela (episódio: Couro de Gato); 1979 – As Viúvas Precisam de Consolo; 1982 – O Homem do Pau-Brasil; 1988 – Fogo e Paixão. NIÑO, ILVA Ilva Niño Mendonça nasceu em Floresta, PE, em 15 de novembro de 1933. Em 1971, já no Rio de Janeiro, inicia sua carreira na televisão, na novela Bandeira 2. No mesmo faz seu primeiro filme, Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva. Ao longo de três décadas, atua com frequência, sempre em papeis coadjuvantes, como empregadas domésticas, copeiras, governantas, mas com muito brilho, como em Roque Santeiro (1985), como a empregada Mina, constantemente chamada pela viúva Porcina em alto e bom tom Miiiiiiiiiinaaaaaaaaaaa. Assim ela ficou conhecida em todo o Brasil. No teatro, também tem participações importantes como em Ópera do Malandro (1978) e, mais recentemente, A Filha da... (2008). No cinema tem atuações marcantes em Aladim e a Lâmpada Maravilhosa (1973), Com Licença, eu Vou à Luta (1986), Stelinha (1990), etc. Na televisão faz história em dezenas de novelas como Gabriela (1975), Água Viva (1980), Roque Santeiro (1985), Pedra sobre Pedra (1992), Terra Nostra (1999), Senhora do Destino (2004), Duas Caras (2008) e A Favorita (2009) como Angelina, a mãe de Silveirinha. Faz pequenas parti cipações nos seriados Guerra e Paz (2008), Faça sua História (2008) e Toma Lá, Dá Cá (2009). Foi casada com o diretor teatral Luiz Mendonça, com quem teve um fi lho, Luiz Carlos Nino, também ator, ambos já falecidos. Filmografia: 1971 – Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva; André, a Cara e a Coragem; 1972 – Cassy Jones, o Magnífi co Sedutor; 1973 – Aladim e a Lâmpada Maravilhosa; 1975 – Uma Mulata para Todos; Com um Grilo na Cama; 1976 – Crueldade Mortal; 1979 – Amor e Traição (voz); 1980 – Insônia (episódio: Dois Dedos); 1982 – Piranha de Véu e Grinalda; 1986 – Vento Sul; Ópera do Malandro; Com Licença, eu Vou à Luta; 1987 – Fronteira das Almas; Leila Diniz; 1990 – Stelinha. NIÑO, LUIZ CARLOS Luiz Carlos Niño Mendonça nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1964. Ator, autor, dublador e diretor. É filho da atriz Ilva Niño e do diretor teatral Luiz Mendonça. Inicia sua carreira como ator mirim em 1977, no Síti o do Pica-Pau Amarelo, como o Faharouquinho. Estreia no cinema em 1979 no filme Sábado Alucinante. Atua como ator em três novelas: O Astro (1977), como Alan, Te Contei? (1978), como Zito, talvez seu melhor momento, Corpo Santo (1987), como Sérgio Matos. Nos últimos anos dedicavase a direção teatral, como em Os Mistérios do Sexo e Cabaret Madame Satã. Morre em 1º de junho de 2005, no Rio de Janeiro, de anemia, aos 41 anos de idade. Filmografia: 1979 – Sábado Alucinante; 1981 – Amor e Traição (A Pele do Bicho) (voz). NISKIER, CLARICE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de setembro de 1959. Estuda Comunicação Social na PUC e trabalha como repórter fotográfica do Jornal do Brasil, mas abandona tudo para estudar teatro no Tablado de Maria Clara Machado, no qual hoje atinge a marca de 34 peças. Sua estreia acontece em 1981 na peça Porcos com Asas. Estreia na televisão em uma produção francesa, Les Cavaliers Aux Yeux Verts, de 1989. No Brasil, sua estreia acontece na novela Mapa da Mina, seguindo-se depois novelas, séries e minisséries como Uga, Uga (2000), Celebridade (2003), Carga Pesada (2004), Um Menino Muito Maluquinho (2006), A Diarista (2006) e Ciranda de Pedra (2008). Em 2006 brilha no teatro com o monólogo A Alma Imoral, extraída do livro homônimo do rabino Nilton Bonder, com supervisão de Amir Haddad. Filmografia: 1991 – A Viagem de Volta; 1995 – As Meninas; 1997 – Amores; 2003 – Maria, Mãe do Filho de Deus; 2004 – Feminices. NOBRE, SARAH Nasceu em Lisboa, Portugal, em 3 de maio de 1896. Filha dos atores pioneiros Francisco Santos e Adelina Nobre, chega ao Brasil em 1902, com seis anos de idade. No Rio de Janeiro, muito jovem começa a atuar em teatro e funda, com a mãe, a Cia. Nacional de Operetas. Estreia no cinema em 1914 no inacabado Amor de Perdição. Sua estreia ofi cial acontece em 1923 no filme Carnaval Cantado. A parti r do filme A Voz do Carnaval, em 1933, constitui sólida carreira no cinema, em fi lmes como Moleque Tião (1943), Agulha no Palheiro (1953), Cala a Boca, Etelvina (1959) e Viagem aos Seios de Duilia (1964), seu último fi lme. Casa-se com Isidoro Alacid com quem tem dois filhos. Atriz de grande representatividade nas artes cênicas brasileiras, morre em 1966, aos 70 anos de idade. Filmografia: 1914 – Amor de Perdição (inacabado); 1923 – Carnaval Cantado; 1933 – A Voz do Carnaval; 1934 – Cidade Mulher; 1937 – O Bobo do Rei; 1940 – Direito de Pecar; Pureza; 1941 – 24 Horas de Sonho; 1943 – Caminho do Céu; Moleque Tião; 1944 – Jardim do Pecado; Romance de um Mordedor; 1949 – Não me Digas Adeus (No Me Digas Adiós) (Brasil/Argenti na); 1950 – Somos Dois; 1953 – Agulha no Palheiro; 1956 – Leonora dos Sete Mares; Papai Fanfarrão; 1959 – Cala a Boca, Etelvina; 1964 – Viagem aos Seios de Duília. NÓBREGA, CARLOS ALBERTO DE Nasceu em Niterói, RJ, em 12 de março de 1936. Aos nove anos começa a trabalhar no programa de rádio do pai, Manoel de Nóbrega. Filho único, para agradá-lo, forma-se em Direito e faz pós-graduação em Administração de Empresas, chegando, inclusive, a montar um escritório de advocacia, mas desiste e vai para a TV Paulista trabalhar nos programas humorísticos da casa. Na década de 1970 transfere-se para a TV Globo, escrevendo textos e dirigindo programas. Estreia no cinema em 1969 no filme Golias contra o Homem das Bolinhas. Com a morte de Manoel, em 1976, assume o comando da Praça da Alegria, que passa pela Globo, Bandeirantes, até se fixar no SBT, com o nome de A Praça é Nossa, mantendo altos índices de audiência. Do seu casamento de 34 anos (1957-1991) com a psicóloga Marilda de Nóbrega tem quatro filhos: Beto (1963), Marcelo (1965), Vinícius (1966) e Maurício (1968). Está casado desde 2000 com a modelo Andréa Amaral, com quem tem dois filhos. É um dos grandes talentos da televisão brasileira, tendo, entre tantas outras, a qualidade de ajudar as pessoas, principalmente os artistas esquecidos, que tem em seu programa a base de sustentação de suas famílias. Filmografia: 1969 – Golias contra o Homem das Bolinhas; 1975 – Efi gênia Dá Tudo que Tem. NÓBREGA, MANOEL DE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1913. Começa sua carreira em 1944, na Rádio Mayrink Veiga, escrevendo e apresentando programas musicais. Trabalha em várias emissoras, entre Rio de Janeiro e São Paulo. Em 1955 estreia na TV Paulista, escrevendo e participando de alguns programas. Em 1956 cria A Praça da Alegria e dá um grande salto na sua carreira. Produtor e apresentador do programa que, inicialmente pobre de recursos, tem a duração de meia hora, mas com o sucesso, ganha o dobro de tempo. Com seu humor espontâneo e muitas vezes ingênuo, ele e seus visitantes conquistam o público. Em 1963, leva a Praça para a TV Record, na qual fica até 1972. Tem o grande mérito de inovar o humor no Brasil e lançar vários astros como Ronald Golias, Moacyr Franco, Zilda Cardoso, José Vasconcelos e Sílvio Santos, que começa sua carreira no seu programa. No cinema, participa de alguns filmes, tendo seu melhor momento em Independência ou Morte (1972), como D.João VI, numa elogiada performance. Também participa de três novelas, As Pupilas do Sr. Reitor (1970), O Príncipe e o Mendigo (1970) e O Tempo não Apaga (1972). Morre em 1976, aos 63 anos de idade, em São Paulo. Seu filho, Carlos Alberto de Nóbrega, mantém o programa no ar até hoje, como A Praça é Nossa, pelo SBT, com altos índices de audiência. Assim como o filho, Manoel de Nóbrega sempre deu oportunidade para arti stas esquecidos e novatos. Filmografi a:1945 – Pif-Paf; 1962 – As Testemunhas não Condenam; 1972 – Independência ou Morte; A Marcha. NOGUEIRA, ANA BEATRIZ Ana Beatriz Soares Nogueira nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22 de outubro de 1967. Com dezessete anos de idade, seus pais se separam e ela vai morar com o irmão. Nessa época, já faz teatro amador no Colégio Andrews, onde estuda, e depois no Tablado, participando, primeiro na peça Ubu-Rei e depois Maroquinhas Fru-Fru e Galileu, todas em 1984. Nesse mesmo ano estreia na televisão, na minissérie Santa Marta Fabril e ainda faz os testes para o filme Vera, de Sérgio Toledo, e vence outras 100 candidatas, sendo sua estreia no cinema e já ganhando vários prêmios por sua incrível interpretação, inclusive o Urso de Prata no Festi val de Berlim. Atua ainda em outros fi lmes como Stelinha (1990), Jenipapo (1995), Villa-Lobos, uma Vida de Paixão (1998), no qual tem papel de destaque como a primeira esposa do compositor e, mais recentemente, Diabo a Quatro (2004). Faz também sólida carreira na televisão, ao atuar em novelas e minisséries, com destaque para Kananga do Japão (1989), Felicidade (1991), O Rei do Gado (1996) e Celebridade (2004). Contratada pela TV Record, atua em Essas Mulheres (2006) e Bicho do Mato (2007). Retorna à Globo e parti cipa de Ciranda de Pedra (2008), como Flau Herta, e Caminho das Índias (2009), como Ilana Gallo. Filmografia: 1986 – Vera; 1987 – Damas da Noite (CM); 1990 – Matou a Família e Foi ao Cinema; Stelinha; 1995 – Jenipapo; 1997 – Dois na Chuva (CM); 1998 – Villa-Lobos, uma Vida de Paixão; 2001 – Copacabana; 2002 – Querido Estranho; Lara; Poeta de Sete Faces (Vida e Poesia de Carlos Drummond de Andrade) (como ela mesma); 2003 – O Vestido; Diabo a Quatro; 2006 – Mulheres do Brasil. NOGUEIRA, HELBA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de setembro de 1930. Ainda menina ingressa na Escola de Dança do Teatro Municipal passando depois para o Corpo de Baile. Frequenta o Teatro Universitário, atuando na peça Dama da Madrugada. Estuda também teoria e solfejo no Instituto Nacional de Música. Em 1947 faz sua estreia no cinema no filme O Malandro e a Granfina, desenvolvendo longa carreira onde se destacam Agulha no Palheiro (1953) e A Viúva Valentina (1960). Em 1952 casa-se com o capitão do Exército Ivan Ribeiro Barbosa, com quem tem um filho, Márcio. Faz muita coreografia em cinema também e, nessa função, parti cipa de dezenas de fi lmes como Tira a Mão Daí (1956), O Camelô da Rua Larga (1958) e O Viúvo Alegre (1960). Dedica-se, paralelamente, à carreira teatral. Morre em 13 de junho de 1998, no Rio de Janeiro, aos 67 anos de idade. Filmografia: 1947 – O Malandro e a Granfina; 1952 – Os Três Vagabundos; Com o Diabo no Corpo; 1953 – Agulha do Palheiro; 1955 – Sinfonia Carioca; 1956 – Com Água na Boca; Depois eu Conto; Tira a Mão Daí; 1957 – Maluco por Mulher; Rio Fantasia; Tem Boi na Linha; 1958 – Sangue, Amor e Neve; Hoje o Galo Sou Eu; Pega Ladrão!; 1959 – Cala a Boca, Etelvina; Dona Xepa; 1960 – Tudo Legal; A Viúva Valentina. NOGUEIRA, MEIRE Meire Nogueira Mazolla nasceu em Onda Verde, SP, em 21 de janeiro de 1940. Com um ano de idade, sua família muda-se para Rolândia, no Paraná, e em seguida para Curiti ba, onde é interna do Colégio Nossa Senhora de Lourdes. Cursa Direito na UNAERP, em Ribeirão Preto. Em São Paulo inicia sua carreira artísti ca, como garota-propaganda, jornalista e radialista. Na TV Record, produz e apresenta vários programas, ganhando os cobiçados troféus Roquette-Pinto e Imprensa. Como atriz, participa de algumas novelas como O Direito de Nascer (1964), Gutierritos, o Drama dos Humildes (1964), O Preço de uma Vida (1965) e Estrelas no Chão (1965). No cinema, estreia no filme, Marido Barra Limpa, uma história curiosa, pois totalmente filmado em 1957 só é concluído em 1967. A partir dos anos 1980 dedica-se a programas para a terceira idade, tendo produzido Tempo de Viver, pela Rede Vida. Em Brasília apresenta Meire Nogueira & Cia. E no Paraná, Alegria de Viver, pela TV Educativa do Estado. Em 2005 recebe o título de Cidadã Honorária de Curitiba. Filmografia: 1957/67 – Marido Barra Limpa; 1960 – O Segredo de Diacui. NOGUEIRA, OLÍVIA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1949. Começa a atuar profissionalmente em 1969, no teatro rebolado, com Virgínia Lane, percorrendo várias regiões do Brasil. Em 1974 ingressa na área de publicidade, fazendo diversos comerciais de televisão. Daí para o cinema foi muito rápido e atua em alguns fi lmes como O Pai do Povo e Dona Flor e seus dois Maridos, produzidos em 1976. Filmografia: 1976 – Noite sem Homem; O Flagrante; O Pai do Povo; Tangarela, a Tanga de Cristal; Dona Flor e seus dois Maridos. NOGUEIRA, WELLINGTON Nasceu em São Paulo, SP, em 1960. Decidido pela carreira artísti ca, em 1984 vai para Nova York estudar teatro musical na American Musical Y Gramatic Academy, na Broadway, e por lá fica oito anos, atuando em teatro e cinema, com muitos elogios da críti ca norteamericana. Participa do programa Clown Careunit, no qual atores vestidos de palhaços vão a hospitais alegrar as crianças internadas. Forma-se pela Academia Americana de Teatro Dramático e Musical de Nova York. Estreia no cinema no filme Signs of Life, produção americana de 1989, com Arthur Kennedy, Cathy Bates e Beau Bridges. Ao retornar ao Brasil, começa a trabalhar com publicidade, em comerciais do Unibanco, Cofap, Philco, etc. Em 1991, implanta no País um projeto nos mesmos moldes e funda o Doutores da Alegria, entidade da qual é coordenador-geral e exerce o papel do palhaço Dr. Zinho. Em 1994 estreia no cinema brasileiro, no filme Sábado. Ator, dançarino, sapateador e cantor, é um dos grandes talentos da nova safra de atores brasileiros. Filmografia: 1989 – Signs of Life (EUA); 1995 – Sábado; 1997 – Alô?; 2002 – Avassaladoras; 2005 – Doutores da Alegria (como ele mesmo); 2007 – Garoto Cósmico (voz). NOITE ILUSTRADA Mário de Souza Marques Filho nasceu em Pirapetinga, MG, em 10 de abril de 1928. O curioso apelido surgiu quando o violonista Mário subiu ao palco de um teatro na sua cidade. O comediante Zé Trindade apresentava o show e não sabia o seu nome. Esperto, pôs a mão no bolso, pegou um exemplar da revista musical Noite Ilustrada e disse: E agora com vocês, a grande revelação... Noite Ilustrada! Jovem, muda-se para o Rio de Janeiro e tornase membro da Escola de Samba Portela e passa a gravar grandes nomes da MPB como Nelson Cavaquinho e Cartola, de quem se tornaria grande amigo. Nos anos 1950 radica-se em São Paulo e começa a cantar em rodas de samba, gafieiras e em famosas boates da noite paulistana como Meninão, Comodoro, King´s, Pierrot, Moleque, Chicote, Vagalume, Cave, etc. Em 1958 grava seu primeiro disco, Cara de Boboca. Em 1962 o compositor Paulo Vanzolini lhe dá o primeiro sucesso, Volta por Cima. No cinema, participa de dois filmes, sendo sua estreia em 1973 em A Pequena Órfã, no qual também é autor da trilha sonora. Entre 1984 e 1994, tempo em que viveu em Recife, lançou apenas coletâneas. Gravou mais de 20 discos e em 2002 recebe o título de Cidadão Paulistano. Muito admirado, sobretudo por seu belo ti mbre de voz, seu sincopado fluente e sua particularíssima pronúncia do português, tão correta quanto elegante, Noite cativou um público numeroso e fiel também por outra qualidade importante: seu impressionante carisma. Conforme palavras de seu amigo carioca Nelson Sargento, Se eu tivesse três mil páginas, não seriam suficientes para falar da importância de Noite Ilustrada. Mas como tenho só duas frases, só vou dizer que é mais um grande sambista que desfalca a nossa música popular brasileira. Era um cantor de voz maravilhosa e uma divisão espetacular, mas, como dizia Zé Keti, a gente morre sem querer morrer. Noite deixa dois discos inéditos, Ao Mestre com Carinho, em que homenageia Ataulfo Alves, e outro com canções de Lupicínio Rodrigues. Morre em 28 de julho de 2003, aos 76 anos, em Atibaia, SP, de câncer nos ossos, doença com que lutava há sete anos. Filmografia: 1973 – A Pequena Órfã; 1976 – Eu Faço... Elas Sentem. NONELLI, CLÁUDIO Nonelli Basbastefano nasceu em 1919. Muito aplicado nos estudos, forma-se em três faculdades: Direito, Odontologia e Música. Torna-se professor na Escola Municipal de Música. Sua estreia como ator acontece em 1946 no filme O Cavalo 13. Entre outros, parti cipa de Caminhos do Sul (1949) e Anjo do Lodo (1950). Filmografia: 1946 – O Cavalo 13; 1947 – O Malandro e a Granfina; Esta é Fina; 1949 – Eu Quero é Movimento; Caminhos do Sul; Inocência; 1950 – Anjo do Lodo; 1954 – Alvorada de Glória (inacabado). NORMA SUELY Nita de Araújo Santos nasceu em Ponte Nova, MG, em 26 de junho de 1930. Filha da cantora Esther de Araújo. Muda-se para o Rio de Janeiro e trabalha como secretária, com bom salário, já que domina os idiomas inglês e italiano. Começa sua carreira artística apresentando-se num programa de calouros de rádio. Ganha o concurso e vários prêmios, sendo contratada pela Rádio Clube do Brasil. Em seguida ganha uma bolsa de estudos e viaja para a Itália, onde permanece dois anos aperfeiçoando sua voz com aulas de canto. De volta ao Brasil, é contratada pela Rádio Nacional e também pela boate La Ronde. Nos anos 1950/1960 parti cipa de vários musicais de sucesso como nas versões brasileiras de The Sound of Music e Fantastics. Em 1957 estreia no cinema no filme Cangerê: Uma Fantasia Musical, depois atua em alguns outros como Adorável Trapalhão (1967) e O Esquadrão da Morte (1976). Na televisão, participa das novelas Senhora (1975), interpretando a cantora de sarau Norma Santi ago, e Nina (1977). Sua últimas aparições no teatro foram nas leituras das peças O Telescópio e Revolução dos Beatos, pela Funarte. Retoma os estudos no final dos anos 70, formando-se em Filosofia pela UFRJ em 1982. Morre em 14 de junho de 2005, aos 74 anos de idade, de câncer, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1957 – Cangerê: Uma Fantasia Musical; 1967 – Adorável Trapalhão; 1972 – 24 Horas no Rio; 1973 – Salve-se Quem Puder (Rally da Juventude); 1976 – O Esquadrão da Morte; O Sexo das Bonecas (Ele, Ela e o etc.); O Vampiro de Copacabana; 1979 – Os Noivos; 1990 – Boca de Ouro. NORONHA, SÔNIA Nasceu em Salvador, BA, em 1943. Pertencente ao pool de estrelas baianas surgidas no início dos anos 1960, estreia no cinema em 1961, numa pequena ponta em A Grande Feira. Mas sua carreira começa mesmo no Teatro Popular, ao parti cipar da peça A Exceção e a Regra, de Bertold Brecht. Faz pouco cinema, dedicando-se a outras atividades. Filmografia: 1961 – A Grande Feira; 1962 – Tocaia no Asfalto; 1966 – Onde a Terra Começa. NOVAES, MARCELLO Marcello Tolentino Novaes nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 13 de agosto de 1962. Muito cedo, desde os três anos de idade, começa a representar para a sua família, executando performances que iam de imitações de Roberto Carlos a esquetes de improviso. Estuda na escola de teatro Tablado na mesma época em que Malu Mader, Drica Moraes, Maurício Mattar, Felipe Camargo e outros talentos ali estiveram. Estreia na televisão em 1988 na novela Vale Tudo, pela Globo. Como galã da emissora, não para mais de atuar, em inúmeras novelas como Quatro por Quatro (1994), como o mecânico Rai, seu melhor momento, Vira-Lata (1996), O Clone (2001), América (2005), Sete Pecados (2007), Dicas de um Sedutor (2008), Casos e Acasos (2008), Guerra e Paz (2008), Três Irmãs (2009), etc. Estreia no cinema em 2007 no filme Sambando nas Brasas, Morô? Foi casado com Sheyla Bepa, com quem teve um filho, Diogo (1995) e com a atriz Letícia Spiller (1995/2000), com quem também teve um filho, Pedro (1997). Filmografia: 2007 – Sambando nas Brasas, Morô?; 2008 – O Guerreiro Didi contra a Ninja Lili. NOVAES, YARA DE Nasceu em Belo Horizonte, MG, em 25 de agosto de 1966. Forma-se em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais. Aos quinze anos matricula-se na Escola de Teatro do Palácio das Artes e logo inicia sua carreira na Oficina de Teatro Pedro Paulo Cava. Profissionaliza-se com a montagem do infantil Cigarras e Formigas, de Afonso Drumond. O primeiro espetáculo adulto é A Lira dos Vinte Anos (1984), de Álvares Azevedo, quando integra o grupo teatral Encena, sob a direção de Wilson Oliveira, onde fica por mais de uma década. Depois de brilhar em dezenas de peças começa a escrever e dirigir. Sua primeira peça como autora é Os Adams, em parceria com o irmão, Edmundo de Novaes Gomes, e sua primeira direção acontece em Casablanca, meu Amor (1989), de Fernando Arrabal, pelo qual recebe o prêmio de diretora revelação. Passa então a dar aulas nas universidades UNI-BH e PUC-Minas, em que dirige inúmeras montagens, que, mesmo não sendo profissionais, eram excelentes exercícios. Na Cia. Odeon tem seu grande momento como diretora, em Ricardo III (2000), de William Shakespeare. Em 1983 estreia no cinema no curta inacabado Doce Bárbara, direção de Paulo Augusto Gomes. Sua estreia oficial acontece em 1995 no curta Negócio da China. Seu primeiro longa é Samba-Canção, de 2002. Depois de uma passagem por Recife, Yara mora hoje em São Paulo, onde funda o Grupo Três, ao lado dos também mineiros Débora Falabella e Gabriel Paiva, com o qual participa das montagens de O Conti nente Negro (2007), de Marco Antonio de La Parra, Noites Brancas (2003), de Dostoiewski, adaptação do irmão Edmundo, e A Serpente (2005), de Nelson Rodrigues, O Caminho para Meca (2008), de Athol Fuggard, e A Mulher que Ri (2008). Casa-se em 1990 e tem dois filhos, Pedro (1992) e Rafael (1998). Hoje é atriz/ diretora consagrada. Filmografia: 1983 – Doce Bárbara (CM) (inacabado); 1995 – Negócio da China (CM); 2001 – Todos os Dias São Iguais (CM); 2002 – Samba-Canção; 2003 – Rua da Amargura (CM); 2006 – Os 12 Trabalhos; A Chuva nos Telhados Antigos (CM); 2008 – Fronteira. NUNES, BIA Beatriz Alexim Nunes nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 4 de abril de 1958. É filha do escritor/roteirista Max Nunes. Estreia na televisão em 1976, no humorístico Planeta dos Homens, depois Ciranda, Cirandinha (1978) e Viva o Gordo (1981). Sua primeira novela é Amor com Amor se Paga (1984), como Elisa Correia, seguindo-se de História de Amor (1995), Salsa & Merengue (1996), Meu Bem-Querer (1998), O Cravo e a Rosa (2000), Coração de Estudante (2002), A Lua me Disse (2005), Toma Lá, Dá Cá (2008), como Lurdinha, A Grande Família (2008), como Dona Carmen, e Negócio da China (2009), como Matilde. Estreia no cinema em 1984 no filme O Cavalinho Azul. Participa de cinco fi lmes, mas tem priorizado sua carreira na televisão. Filmografia: 1984 – O Cavalinho Azul; 1985 – Brás Cubas; 1989 – Os Sermões; 1997 – Miramar; 1999 – São Jerônimo. NUNES, CELSO Nasceu em São Paulo, SP, em 14 de novembro de 1941. Em 1965 estuda na Escola de Arte Dramática – EAD da USP e forma-se diretor pela Sorbonne em 1968. Lá conhece e faz estágios com o diretor polonês Jerzy Grotowski, de quem se torna introdutor das técnicas no Brasil. Sua primeira montagem é Um, Dois, Três de Oliveira Quatro, de Lafayete Galvão, de 1969, no Teatro de Arena. Ao longo de quatro décadas, torna-se importante homem de teatro, dirigindo atores consagrados como Fernanda Montenegro e Paulo Autran. Além de professor em diversos cursos, escolas e workshops, implanta e dirige o Departamento de Teatro da Unicamp. Titula-se doutor em 1990, com tese sobre direção teatral, pela ECA/USP. Transita no cinema somente por meio de alguns curtas-metragens. Foi casado com Regina Braga, com quem teve dois filhos, o ator Gabriel Braga Nunes e a fi sioterapeuta Nina Nunes. Em 2008 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Celso Nunes – Sem Amarras, de autoria de Eliana Rocha. Filmografia: 1966 – Auto da Vitória (CM); 1994 – Passo a Passo com as Estrelas (CM); 1996 – Flora (CM). NUNES, GABRIEL BRAGA Nasceu em São Paulo, SP, em 7 de fevereiro de 1972. Na adolescência, desiste de ser roqueiro para seguir a profissão dos pais, o diretor Celso Nunes e a atriz Regina Braga. Vive em Londres por seis meses. Estreia no teatro na peça The Glass Menagerie, de Tennessee Williams, ao lado da mãe. Faz vestibular na Unicamp, em Campinas, para a escola de teatro e é aprovado, tendo os pais como professores, lá permanecendo entre 1989 e 1993. Em 1996 faz sua primeira novela, Razão de Viver, pelo SBT. Já na Globo, participa de vários sucessos da casa como Anjo Mau (1997), O Quinto dos Infernos (2002), Senhora do Destino (2004), Os Aspones (2004) (um episódio), Sob nova Direção (2004) (um episódio), Linha Direta (2005) (um episódio) e Carandiru, Outras Histórias (2005). Os personagens que vinha fazendo sempre tinham um forte desvio de caráter, o que não agradava o ator. Em 2005 é contratado pela TV Record para ser o protagonista principal de Essas Mulheres, num papel ético, íntegro, um herói, um galã, tudo o que queria para sua carreira. Depois faz Cidadão Brasileiro (2006), Caminhos do Coração (2007) e Poder Paralelo (2009). Em 2000 estreia no cinema no filme Mater Dei. Está casado desde 2005 com a cantora Danny Carlos. Filmografia: 2000 – Mater Dei; 2003 – Chatô, o Rei do Brasil (inacabado); Carandiru; 2004 – A Dona da História; 2009 – Garibaldi In America (Itália/Brasil). NUNES, MARIA CONCEIÇÃO Nasceu em Salvador, BA. Forma-se professora e passa a dar aulas para crianças. Um dia recebe convite de uma empresa, para fazer decorações em butiques e vitrines e acaba deixando o Magistério. Já com intenção de ser atriz, matricula-se na Escola de Teatro da Universidade da Bahia, onde faz curso de interpretação, estreando no Centro Popular de Cultura da Bahia, na peça Arroz, Feijão e Simpatia. Em 1962 ajuda a fundar a Companhia Baiana de Comédias, com a peça Em Moeda Corrente do País, de Abílio Pereira de Almeida. Estreia no cinema no mesmo ano, no filme Seara Vermelha. Sem maiores oportunidades, atua ainda no curta Ziriguidum, de Rex Schindler. Filmografia: 1964 – Seara Vermelha. NUNES, ROBSON Nasceu em São Bernardo do Campo, SP, em 6 de agosto de 1982. Inicia sua carreira no cinema, no filme Boleiros – Era uma Vez o Futebol, como fanático torcedor do Corinthians e no ano seguinte na televisão, no seriado Malhação, pela TV Globo, como Sávio Santos. Resolve então estudar no Studio Fáti ma Toledo e depois interpretação com Renata Zhaneta. Entre 2001 e 2007 apresenta o programa Zapping Zone, depois Passe o Prato (2005) e Disney Planet (2007), sempre pelo Disney Channel. No teatro atua nas peças Humor em Dose Dupla, 3Tosterona, A Comédia Ordinária, Os Jogadores, Vidas Pelegrinas, etc. Seu destaque é mesmo no cinema, em fi lmes como Carandiru (2003), Narciso Rap (2004), O Passado (2007), Os Inquilinos (2009), etc. Na televisão, atua na série Carandiru, Outras Histórias, no papel de Dadá, o mesmo do filme mas também brilha no programa por Toda Minha Vida – Tim Maia (2007), interpretando Tim Maia adolescente, High School Musical (2008), como narrador, e Quando Toca o Sino (2009), como Ramiro. Em 2009 participa da peça Advocacia Segundo os Irmãos Marx, ao lado de Heloisa Perissé. Filmografia: 1998 – Boleiros – Era uma Vez o Futebol; 2001 – Distraída para a Morte (CM); Domésticas, o Filme; 2003 – Carandiru; 2004 – Narciso Rap (CM); Voo Cego Rumo ao Sul; São Paulo nos Pertence (CM); 2007 – Caixa Dois; O Passado (El Pasado) (Brasil/Argentina); Não por Acaso; 2009 – Os Inquilinos; Família Vende Tudo. NUNES, VERA Izaura Nunes Henriques nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de agosto de 1928. Estuda contabilidade para agradar ao pai, mas no seu íntimo, sempre quis ser atriz. Inicia sua carreira em 1945, na Rádio Ministério da Educação, no programa Teatro da Mocidade, pelas mãos de Edmundo Lys, ao lado de futuras estrelas como José Vasconcelos e Fernanda Montenegro. Em 1948 faz sua estreia no cinema, no filme Falta Alguém no Manicômio, produzido pela Atlântida. Com sua beleza singular ganha o apelido de Bonequinha do Cinema. No teatro, em São Paulo, atua ao lado de Tônia Carrero, Paulo Autran e Armando Couto e logo funda sua própria companhia. No Teatro Copacabana encena textos importantes como Um Deus Dormiu Lá em Casa, Helena Fechou a Porta, Don Juan, etc. Assina contrato com a Maristela, onde faz Presença de Anita e Suzana e o Presidente. Em 1951 é contratada pela TV Paulista e estreia em Helena, na qual conhece o ator Altamiro Martins, com quem se casa em 1955, tendo como madrinha Bibi Ferreira. A partir da década de 1960, abandona o cinema e passa a dedicar-se mais a televisão, ao participar de novelas como Minas de Prata (1966), Dez Vidas (1969), Um dia, o Amor (1975) e Jogo do Amor (1985), quando se reti ra definitivamente de cena. Em 2003, 47 anos depois, volta ao cinema para participar do curta A Quarta Parada, realizado por alunos da Faculdade Metodista de São Bernardo do Campo. Foi casada por 50 anos com Altamiro Martins, falecido em 2005, com quem teve dois filhos, Sidney e Sílvia. Em 2008 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Vera Nunes – Raro Talento, de autoria de Eliana Pace. Filmografia: 1948 – Falta Alguém no Manicômio; 1949 – Um Pinguinho de Gente; 1949 – Uma Luz na Estrada; Não me Digas Adeus (No Me Digas Adiós) (Brasil/Argentina); Também Somos Irmãos; 1950 – Um Beijo Roubado (Noites de Copacabana); 1951 – Garota Mineira; Presença de Anita; Suzana e o Presidente; 1953 – Custa Pouco a Felicidade; 1955 – Armas da Vingança; 1957 – Dorinha no Society; 2003 – A Quarta Parada (CM); 2004 – Tal Pai Tal Filho (CM); 2007 – Autofagia (CM). O OHANA, CLÁUDIA Maria Cláudia Carneiro Silva nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 6 de fevereiro de 1963. É Filha de Nazaré Ohana, montadora de cinema, falecida em 1978 em um acidente de carro, e do artista plástico Artur José Carneiro Silva. Até os nove anos mora com a sua ti a Denise Ohana, depois, volta a morar com a mãe, até sua morte. Frequenta os estúdios desde os anos 1970, o que justifica seu começo de carreira já aos quinze anos, no seriado Obrigado Doutor, da TV Globo. Para se preparar melhor, muda-se para o exterior, morando na França, Itália e Estados Unidos, antes de se fi rmar como atriz. No cinema atua em Amor e Traição (1980), Eréndira (1983) e Luzia Homem (1987). Em 1985 posa nua para a revista Playboy. Na televisão, estreia em 1981 num episódio do seriado Obrigado Doutor. Depois brilha em Tieta (1989), Rainha da Sucata (1990), A Próxima Vítima (1995), Filhas da Mãe (2001), além de quatro episódios de Você Decide, entre 1996 e 2000, o seriado Sob nova Direção (2004) e Malhação (2005). Pelo SBT, em 2003, atua em Canavial de Paixões. No teatro, parti cipa da peça iti nerante O Carteiro e o Poeta, dirigida por Aderbal Freire Filho. Retorna à Globo para parti cipar de Da Cor do Pecado (2004), como Zuleide, Sob nova Direção (2004), como Lucinda, Malhação (2006), como Raquel, e A Favorita (2008), no destacado papel da caminhoneira Cida Copola. Entre 1981 e 1984 fica casada com o diretor Ruy Guerra, com quem teve uma filha, Dandara Guerra (1984), também cineasta. Pequena e sensual, de olhos grandes e marcantes, de beleza quase que essencialmente cinematográfi ca, é uma das mais requisitadas atrizes brasileiras. Filmografia: (atriz); 1980 – Bonitinha, mas Ordinária; 1981 – Amor e Traição (A Pele do Bicho); 1982 – Beijo na Boca; Menino do Rio; Eréndira (França/México/ Alemanha); 1983 – As Aventuras de um Paraíba; 1985 – Ópera do Malandro (Brasil/França); 1986 – Les Longs Manteaux (França/Argentina); 1987 – Luzia Homem; A Fábula da Bela Palomera (La Fabula de la Bella Palomera) (Brasil/ Espanha); 1988 – Love Dream (Itália); 1989 – Kuarup; 1994 – Eroti que (episódio: Final Call) (EUA/Alemanha/Hong-Kong); 2003 – TPM: Tensão Pré-Matrimonial (CM); 2005 – Dolores (CM). Filmografia (diretora): 2005 – Dolores (CM). OITICICA, HÉLIO Nasceu no Rio de Janeiro em 26 de julho de 1937. Pintor, escultor, arti sta plástico e performático. Em 1959 funda o Grupo Neoconcreto, com os artistas Amílcar de Castro, Lygia Clark e Franz Weissmann. Nos anos 1960 cria o Parangolé, anti arte por excelência, como ele mesmo dizia, uma espécie de capa, bandeira, estandarte ou tenda que só mostra plenamente seus tons, cores e formas a partir dos movimentos de quem os vê. Hélio foi também inspirador da Tropicália, inspirando inclusive o nome e ajuda a consolidar uma estética na música brasileira, nos anos 60/70. É considerado por muitos um dos artistas mais revolucionários de seu tempo e sua obra experimental e inovadora é reconhecida internacionalmente. Transita bem pelo cinema também, atuando em vários curtas. Dirige nos Estados Unidos um curta em super-8, em 1972, Agrippina e Roma-Manhattan. Participa de outros, como ator ou em depoimento, como Lágrima Pantera (1972) e Um x Flamengo (1980). Morre em 22 de março de 1980, no Rio de Janeiro, aos 42 anos de idade. Filmografia: (Ator): 1963 – O Guarda-Chuva Vermelho (CM); 1969 – Astros e Estrelas (CM); 1972 – Lágrima Pantera; Câncer; 1973 – Loucura e Cultura (CM); 1975 – Ray-Ban (CM); 1976 – Arte Hoje (depoimento) (CM); 1978 – Doutor Dyonélio (CM); 1979 – H.O. (CM); 1980 – Um x Flamengo. Filmografia (diretor): 1972 – Agrippina e Roma-Manhattan (CM). OITICICA, SÔNIA Nasceu em Rio Largo, Alagoas, em 19 de dezembro de 1918. Sônia era filha do professor José Oiticica, anarquista convicto, que enfrenta muitos problemas ao longo de sua vida por causa disso. Antônio de Pádua, um dos influentes amigos de seu pai, apresenta Sônia ao embaixador Paschoal Carlos Magno, que acabara de criar um núcleo de teatro estudantil para encenar Shakespeare. Assim, em 1938 Paulo Ventania Porto e Sônia ganham o papel de Romeu e Julieta, sob direção de Itália Fausta. É sua estreia então no teatro e causa espanto, ao beijar de verdade Romeu, algo pouco provável na época. Em 1940 ingressa no teatro profissional e vai trabalhar na companhia de Luís Iglezias, no Teatro Rival, na Cinelândia. No mesmo ano, estreia no cinema no filme Pureza, no papel de Ana Paula. Em 1944 casa-se com Charles Edward e interrompe sua carreira por seis anos. Retorna ao rádio e em 1952 ao teatro, a convite de Madame Morineau, na peça Jezebel. Em 1958 muda-se para São Paulo e atua com Sérgio Cardoso em O Soldado Tanaka e em seguida se integra ao Teatro Popular do Sesi, então dirigido por Osmar Rodrigues Cruz. Na década de 1960 fica famosa por interpretar vários personagens de Nelson Rodrigues como A Falecida, Senhora dos Afogados, O Anti -Nelson Rodrigues e Perdoa-me por me Traíres. No cinema, entre outros, atua em A Moreninha (1971) e Dora Doralina (1982). Retorna 21 anos depois, em 2003 para participar do curta-metragem República. Na televisão, estreia em 1966 na novela Minas de Prata, primeira superprodução da TV Excelsior. Pela TV Globo, entre outras, parti cipa de Cavalo de Aço (1973) e Gabriela (1975), mas tem seu melhor momento em 1982, como a Júlia de Ninho de Serpentes, pela TV Bandeirantes. Sua última novela acontece em 1985 no SBT, Jogo do Amor. Em 1994 volta a interpretar Nelson, na peça Vestido de Noiva. Em 2001 faria aquela que seria sua últi ma peça, O Telescópio. Morre em 26 de fevereiro de 2007, aos 88 anos de idade, em São Paulo, por causa de uma fratura no fêmur. Uma infecção causou falência múltipla dos órgãos. Em 2005 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Sônia Oiti cica – Uma Atriz Rodriguiana?, de autoria de Maria Thereza Vargas. Filmografia: 1940 – Pureza; 1970 – Amemo Nus (inacabado); A Moreninha; 1971 – Cio, uma Verdadeira História de Amor; 1978 – O Desconhecido; 1979 – Os Noivos; O Caso Cláudia; Piranha, o Peixe Assassino (Killer Fish) (Itália/Brasil/ EUA); 1980 – Bonitinha, mas Ordinária; 1982 – Dora Doralina; 1982 – Eis os Amantes (CM); 2003 – República (CM). OLIVEIRA, ALOYSIO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 30 de dezembro de 1914. Cantor solista do conjunto vocal Bando da Lua, acompanha Carmen Miranda, com quem se casa e, junto dela, brilha nos Estados Unidos na década de 1940. Estreia no cinema em 1935 no filme Estudantes. Faz poucos filmes no Brasil e outros nos EUA, ao lado da estrela. De volta, torna-se produtor musical, sendo um dos responsáveis pelo lançamento de João Gilberto e Tom Jobim e um dos pais da Bossa Nova, movimento que ele transforma num cartão-postal do Brasil no exterior. Foi casado com a cantora Silvinha Telles, de quem se separou em 1963. Depois casou-se com Margot Brito, com quem viveu até morrer, em 20 de fevereiro de 1995, aos, 80 anos de idade, em Los Angeles, EUA. Filmografia: 1935 – Os Estudantes; 1938 – Banana da Terra; 1940 – Down Argenti ne Way (EUA); 1943 – The Gangs All Here (EUA); 1971 – The Sandpit Generals (EUA); 1976 – Tangarela, a Tanga de Cristal. OLIVEIRA, AMÉLIA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de julho de 1905. Filha da atriz Maria Grillo, desde cedo, inicia carreira no Teatro de Revista. Com quatorze anos, casa-se com o ator Artur de Oliveira Filho e passa a atuar com o marido, enfrentando muitos problemas financeiros, pois a profissão não é devidamente remunerada na época. Participam de inúmeras peças, como O Homem do Guarda-Chuva, de Benjamin de Garay, e Do que Elas Gostam, de Celestino Silva. Estreia no cinema em 1924 no filme A Gigolette. A partir da década de 1930, ingressa no rádio como atriz de novela, participando de pérolas como O Direito de Nascer e Tiradentes. Com a morte do marido em 1944, abandona os palcos e continua no rádio por um tempo, aposentando-se posteriormente. Filmografia: 1924 – A Gigolette; 1925 – Dever de Amar; 1926 – A Esposa de Solteiro (La Mujer de Medianoche) (Brasil/Argentina). OLIVEIRA, ANTERO DE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1931. Começa sua carreira artística no teatro, em 1957, fazendo o papel de Antonio Conselheiro, numa peça feita por artistas amadores. Estreia no cinema em 1968 no filme Cara a Cara, participando ainda de Pedro Bó, o Caçador de Cangaceiros e A Noiva da Cidade (1979). Em 1969 faz sua primeira novela, Um Gosto Amargo de Festa. Depois participa de outras como Assim na Terra como no Céu (1970), O Crime do Silêncio (1971), Bandeira 2 (1971) e Sombra de Suspeita (1972), mas fica nacionalmente conhecido como Soisa, personagem de Chico City, que era o escada do Seu Popó, interpretado por Chico Anysio. No teatro, entre outras, participa das peças No Fundo de um Poço sem Fundo, de Aldomar Conrado. Morre de câncer, em 1º de maio de 1977, aos 46 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1968 – Cara a Cara; 1960 – Matou a Família e Foi ao Cinema; Tempo de Violência; 1968 – Brasil Verdade (narração) (episódio: Os Subterrâneos do Futebol); 1970 – Pauliceia Fantástica (voz); A Possuída dos Mil Demônios; 1971 – Em Família; 1972 – Herança do Nordeste (narração) (episódio: Padre Cícero); 1977 – A Noiva da Cidade; Pedro Bó, o Caçador de Cangaceiros. OLIVEIRA, ARASSARY DE Nasceu em Fortaleza, CE, em 1º de dezembro de 1933. Em 1949 vai para o Rio de Janeiro e inicia sua carreira fazendo teatro amador. É lançada profissionalmente por Jayme Costa, atuando em peças importantes como A Sorte Vem de Cima, Falta um Zero Nessa História, Tenório e a Morte do Caixeiro Viajante. Trabalha em shows musicais, televisão e boates. Estreia no cinema em 1951, numa pequena ponta no filme Maria da Praia. Em 1953 casa-se com o produtor e diretor Lima Barreto, com quem teve um filho, Filipe, nascido em 1957. Com o marido fez A Primeira Missa, mas suas cenas foram cortadas na edição final, devido a um desentendimento entre Lima e o produtor do fi lme. Desenvolve carreira também no teatro e televisão, afastando-se nos anos 1970 da vida artística. Morre em 21 de fevereiro de 2006, aos 72 anos de idade, de mal súbito, dentro de um supermercado. Filmografia: 1951 – Maria da Praia; 1960 – A Primeira Missa; Bahia de Todos os Santos; 1962 – Tocaia no Asfalto; 1977 – A Casa das Tentações; 1979 – Pennacchi (CM) (depoimento). OLIVEIRA, BENJAMIN DE Nasceu em Pará de Minas, MG, em 1870. Um dos primeiros palhaços brasileiros a fazer sucesso, ainda no final do século XIX. Filho de ex-escravos, foge de casa para engajar-se em um circo. De picadeiro em picadeiro, aprende tudo sobre as artes circenses. Em 1908 estreia no cinema, no filme Os Guaranis, de Antonio Leal. É também autor de operetas como Vingança Operária, Greve num Convento, Ilha das Maravilhas, etc. Já idoso, faz uma ponta no filme Inconfi dência Mineira, de Carmen Santos, em 1948. Morre em 3 de maio de 1954, no Rio de Janeiro, aos 84 anos de idade. Filmografia (ator): 1908 – Os Guaranis; 1948 – Inconfi dência Mineira. OLIVEIRA, CREMILDA DE Nasceu em Portugal. Atriz de grandes qualidades, inicia carreira com dez anos de idade, estreando na peça Lisboa na Pândega. Especializa-se no gênero opereta. Em 1904 faz sua primeira apresentação no Brasil, com a peça O Grão Duque. Seu grande sucesso é Viúva Alegre, que vira filme em 1909, sendo essa sua estreia no cinema, atuando pouco no Brasil. Monta sua própria companhia teatral e alterna-se entre os dois países, sempre com igual sucesso. De volta a Portugal, participa de vários fi lmes, entre eles É Perigoso Debruçar-se (1946) e O Grande Elias (1950). Filmografia: 1909 – Viúva Alegre; 1911 – Conde de Luxemburgo; 1946 – É Perigoso Debruçar-se (Es Peligroso Asomarse al Exterior) (Espanha/Portugal); 1947 – O Leão da Estrela (Portugal); 1950 – O Grande Elias (Portugal); 1952 – A Graça e a Serpente (Portugal); 1953 – O Comissário de Polícia (Portugal). OLIVEIRA, CRISTIANA Cristiana Barbosa da Silva Oliveira nasceu no Rio de Janeiro em 15 de dezembro de 1963. Aos 20 anos de idade, em 1983, já é modelo profissional. Estreia na televisão em 1990 na novela Kananga do Japão, mas fica conhecida nacionalmente como Juma, em Pantanal (1991). Contratada pela TV Globo em 1992, estreia na novela De Corpo e Alma. Mora um ano nos EUA, tentando carreira internacional, mas, sem sucesso, retorna ao Brasil e encabeça o elenco de Salsa & Merengue (1997), como a ambiciosa Adriana, seguindo-se Corpo Dourado (1998), O Clone (2001) e Kubanacan (2003). Entre 1995 e 2005 tem ati va participação no seriado Malhação. Em 2006 participa do episódio Até que a Neta nos Separe, da série Os Diaristas. Estreia no cinema em 1991, no filme Os Trapalhões e a Árvore da Juventude. Retorna em 2006, quinze anos depois para parti cipar do filme Gatão de Meia-Idade. No teatro, participa das peças Bate Outra Vez (1993), Troia (1993), Paixão de Cristo (2001), Pequeno Dicionário Amoroso (2002) e Millor Impossível (2006). Cristiana é poliglota, falando bem, além do português, o inglês e espanhol. Em 1992 posa para revista Playboy. Em 2008 atua na novela Sete Pecados, como Margareth, depois Faça sua História (2008), como Talita, Casos e Acasos (2008), como Bárbara, e Paraíso (2009), no papel de Zuleika. Foi casada com o fotógrafo André Wanderley, com quem teve Rafaela (1987), e com o empresário Marcos Sampaio com quem teve sua segunda filha, Antonia (1999). Está casada com Kallel Oliveira. Muito bonita e talentosa, é uma das grandes atrizes da atualidade. Filmografia: 1991 – Os Trapalhões e a Árvore da Juventude; 2006 – Gatão de Meia-Idade; Nossa Senhora do Caravaggio. OLIVEIRA, DALVA DE Vicentina Paula de Oliveira nasceu em Rio Claro, SP, em 5 de maio de 1917. O pai é carpinteiro e toca saxofone e clarineta num conjunto, sempre acompanhado pela filha, que, ainda menina, já se interessa por música. Com a morte do pai, as quatro irmãs são internadas num colégio, aprendendo a tocar piano e órgão, destacando-se no coral da escola. Com onze anos muda-se para São Paulo e trabalha como cozinheira e faxineira. Nas horas vagas frequenta escola de dança. Nessa época integra um grupo artístico e viaja por muitas cidades. Em 1933 adota o nome artísti co e passa a ser Dalva. Em 1934 muda-se para o Rio de Janeiro e grava seu primeiro disco em 1937. Nessa época integra o lendário Trio de Ouro, ao lado do marido Herivelto Martins e de Nilo Chagas. Sai do trio em 1950 para seguir carreira-solo. Faz muito sucesso nas décadas de 1940 e 1950, entrando em decadência nas seguintes, em função do advento da televisão e dos movimentos musicais jovens. Estreia no cinema em 1939 no filme A Nega Está Sambando, depois atua em muitos outros como Tudo Azul (1952) e Vou te Contá (1958). Com Herivelto Martins foi casada por 14 anos (1936-1950). Tem três filhos, sendo Pery Ribeiro, também cantor, o mais conhecido. Morre no dia 31 de agosto de 1972, aos 55 anos de idade, no Rio de Janeiro. É uma das nossas maiores cantoras, sendo cultuada até os dias de hoje. Em janeiro de 2010 a TV Globo exibe a minissérie Dalva & Herivelto, que conta sua vida, carreira e a tumultuada relação com Herivelto Martins. Filmografia: 1939 – O Nego Está Sambando (CM); 1942 – Its All True (inacabado); 1943 – Samba em Berlim; 1944 – Berlim da Batucada; 1945 – Pif-Paf; 1946 – Caídos do Céu; 1948 – Esta é Fina; Fogo na Canjica; 1950 – Um Beijo Roubado (Noites de Copacabana); 1951 – Maria da Praia; Aviso aos Navegantes; Milagre de Amor; 1952 – Tudo Azul; 1958 – Vou te Contá; 1971 – Os Herdeiros; 1976 – A Estrela Dalva (CM). OLIVEIRA, DANIEL DE Daniel de Oliveira Pinto nasceu em Belo Horizonte, em 19 de junho de 1977. Aos seis anos, no Colégio Santo Agosti nho, ainda no pré-primário, participa de uma peça, ele era o coelho de Alice no País das Maravilhas. Com sete anos vai morar no Iraque, o pai era funcionário de uma construtora, morava num acampamento só para brasileiros, às margens do Rio Eufrates. Aos quatorze anos faz curso de interpretação no Núcleo de Estudos Teatrais, em Belo Horizonte. Nessa época, monta, com amigos, a banda Pedras pra Moer, que existe até hoje, embora Daniel reconheça que não tem tempo mais para se dedicar a ela. Em 1998, mudase para o Rio de Janeiro, para participar da novela Brida pela TV Manchete, mas a emissora faliu e a novela não termina, o que deixa Daniel numa situação financeira delicada. Foram tempos difíceis. Em 1999 consegue um pequeno papel em Malhação, já pela TV Globo, seguindo-se A Padroeira (2001). Em 2000 estreia no cinema no fi lme mineiro O Circo das Qualidades Humanas, dirigido a quatro mãos. Sua grande oportunidade surge em 2004, ao interpretar magistralmente Cazuza, no filme Cazuza – O Tempo não Para, num papel ao qual ele se entrega de corpo e alma, inclusive emagrecendo vários quilos para compor o personagem em sua fase terminal, arrebatando todos os principais prêmios do ano como o Prêmio Qualidade Brasil, o APCA, Festival de Cinema Brasileiro de Miami, etc. Paralelamente à sua carreira no cinema participa da minissérie Um só Coração (2004), como Bernardo Souza Borba, da novela Cabocla (2004), no importante papel de Luis Gerônimo, na minissérie Hoje é Dia de Maria (2005), como Quirino/São Jorge, na novela Cobras & Lagartos (2006), como Duda, e Desejo Proibido (2008), como Henrique. Em 2006 está em dois filmes: Zuzu Angel, como Stuart, um estudante revolucionário, e em Batismo de Sangue, como Frei Betto. No teatro, participa da peça Êxtase. É uma das gratas revelações brasileiras da última década. Está casado com a atriz Vanessa Giácomo, com quem tem um filho, Raul, nascido em 2008. Filmografia: 2000 – O Circo das Qualidades Humanas; 2004 – Cazuza – O Tempo não Para; A Dona da História; 2005 – Chicken Little (EUA) (dublagem do galinho Chicken Litt le); 2006 – Zuzu Angel; 14 Bis; Batismo de Sangue; Happy Feet – o Pinguim (Happy Feet) (EUA) (dublagem do personagem Mano); 2008 – A Festa da Menina Morta; Mais uma História no Rio (CM); 2010 – 400 contra 1. OLIVEIRA, DENOY DE Denoy Gonçalves de Oliveira nasceu em Belém, PA, em 30 de outubro de 1933. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1937. Entre 1957 e 1960 cursa a Escola de Arte Dramáti ca da Escola Martins Pena. Inicia carreira de ator em 1962, no Teatro Nacional de Comédia, nas peças O Círculo de Giz e Ripió Lacraia, além de escrever e musicar inúmeras outras. Estreia no cinema como ator em 1968 no filme Massacre no Supermercado, seguindose Doramundo (1975) e O Homem que Virou Suco (1980), pelo qual ganha o prêmio de melhor ator coadjuvante no Festi val de Gramado. Como diretor, seu primeiro fi lme é Marcelo Zona Sul, vindo depois André, a Cara e a Coragem (1972), O Baiano Fantasma (1980), etc. Seu último fi lme é A Grande Noitada, de 1997. Morre em 4 de novembro de 1998, quatro dias após completar 65 anos de idade. É irmão do também cineasta Xavier de Oliveira e foi casado com a atriz Maracy Mello. Filmografia (ator): 1968 – Massacre no Supermercado; 1970 – Marcelo Zona Sul; 1972 – Revólveres não Cospem Flores; 1974 – As Mulheres que Fazem Diferente (episódio: Que Delícia de Mulher); 1975 – Ainda Agarro esse Machão; 1978 – Doramundo; 1979 – A Menina e a Casa da Menina (CM); 1980 – O Homem que Virou Suco; 1981 – Eles não Usam Black-Tie; Boa-Noite (CM); 1982 Mostrando Tudo (CM); 1983 – Janete; A Próxima Vítima; O Último Voo do Condor; Nasce uma Mulher; 1984 – Abrasasas; 1985 – A Hora da Estrela; 1988 O Nariz (CM); 1996/2000 – Adágio ao Sol; 1997 – Grafite, 35mm (CM). Filmografia (diretor): 1973 – Amante Muito Louca; 1976 – O Medo (CM); Renda-se (CM); 1977 – Esse Rio muito Louco (episódio: A Louca de Ipanema); Nervos de Aço (CM); 1978 – J.J.J. o Amigo do Super-Homem; 1981 – O Vendedor de Ilusões (CM); 1982 – Sete Dias de Agonia (O Encalhe); 1984 – O Baiano Fantasma; 1985 – Prisão Mulher (episódios: Ato de Liberdade, Fala só de Malandragem e Nós de Valor... Nós de Fato); 1987 – Que Filme tu Vai Fazer? (CM); 1989 – Panorama Histórico Brasileiro; A Arte no Auge do Império (CM); 1997 – A Grande Noitada. OLIVEIRA, HAROLDO DE Nasceu em Lins de Vasconcelos, RJ, em 1942. Muito jovem, estreia no cinema no filme Rio, 40 Graus, de Nelson Pereira dos Santos, em 1955. Na televisão, estreia em 1969 na novela Cabana do Pai Tomás, de 1969, mas seu personagem de maior sucesso foi o escravo André, na novela Escrava Isaura, da TV Globo. Depois Antonio Maria (1985), Dona Beija (1986), Kananga do Japão (1989), Teresa Batista (1992) e Xica da Silva (1996). Seus últimos trabalhos na televisão foram no humorístico Zorra Total e na série Brava Gente Brasileira, episódio: O Enterro da Cafetina, de 2002. Faz vários filmes, com destaque para Rainha Diaba (1974), Parceiros da Aventura (1980) e Chico Rei (1985). Morre em 27 de dezembro de 2003 vítima de falência múltipla dos órgãos, decorrentes de um derrame cerebral, aos 61 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1955 – Rio, 40 Graus; 1957 – Rio, Zona Norte; 1962 – Cinco Vezes Favela (episódio: Pedreira de São Diogo, de Leon Hirszman); 1974 – Rainha Diaba; O Mau Caráter; 1975 – As Aventuras Amorosas de um Padeiro; 1976 – Crueldade Mortal; 1977 – Barra Pesada; 1979 – Foragidos da Violência; 1980 – Parceiros da Aventura; 1983 – A Longa Noite do Prazer; Estranho Jogo do Sexo; 1985 – Chico Rei. OLIVEIRA, IDALINA DE Idalina de Oliveira nasceu em São Paulo, SP, em 26 de outubro de 1936. Com 17 anos, candidata-se a garota-propaganda na recémfundada TV Record e logo se destaca por seu talento, beleza e simpatia, tornando-se grande trunfo da emissora, apresentando produtos ao vivo, pois não existia videoteipe, naquilo que hoje chamamos de merchandising. Passa a ser a apresentadora do programa Ginkana Kibon, ao lado de Vicente Leporace, um grande sucesso na época. Como atriz, atua no seriado Capitão Sete, ao lado de Ayres Campos, lançando moda, como, por exemplo, o cabelo gatinho, de muito sucesso entre o público infanto-juvenil. Em 1955 faz seu único filme, Carnaval em Lá Maior, produção e direção de Adhemar Gonzaga em São Paulo e também lança-se como cantora, mas é como apresentadora que se destaca, como em Astros do Disco, com Randal Juliano entre outros. Depois de muitos anos afastada, em 2004 retorna à televisão para apresentar o programa Prazer em Conhecê-lo, pela Rede Vida, ao lado de Brancato Jr. Filmografia: 1955 – Carnaval em Lá Maior. OLIVEIRA, JAIR Jair Oliveira nasceu em São Paulo, SP, em 17 de março de 1975. É filho do cantor Jair Rodrigues. Aos seis anos grava com o pai a música Deus Salvador, em 1981. No ano seguinte entra para a Turma do Balão Mágico, ao lado de Simony, com grande sucesso na década de 1980 entre o público infantil. Adolescente, vai estudar música nos Estados Unidos, na faculdade Berklee College of Music, em Boston, EUA, onde fica por cinco anos. Ao lado da irmã, a cantora Luciana Mello, e outros filhos de famosos, João Marcelo Bôscoli, Pedro Mariano, Max de Castro, Wilson Simoninha e Daniel Carlomagno, fundam a gravadora Trama, em que é dada oportunidade a artistas que não conseguem espaço para gravar nas grandes majors americanas. Ainda como Jairzinho, lança seu primeiro disco solo Disritmia. No cinema, estreia em 1998 no filme Caminho dos Sonhos, mas tem seu grande momento em 2008 no filme Os Desafinados, de Walter Lima Jr, em que colabora também na trilha sonora. Em 2007 lança seu décimo CD. É considerado músico, compositor e produtor musical de primeira linha. Está casado com a atriz Tânia Kalil, com quem tem uma fi lha, Isabella. Filmografia: 1998 – Caminho dos Sonhos (Um Sonho no Caroço do Abacate); 2007 – Ópera do Malandro (CM); 2008 – Os Desafinados; Manual para se Defender de Alienigenas, Zumbis e Ninjas (CM). OLIVEIRA, JANUÁRIO DE Januário de Oliveira Chirico nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 24 de março de 1902. Seu primeiro emprego é de caixa de uma casa de tecidos na Rua da Alfândega. Dotado de bonita voz, faz serenatas nos subúrbios cariocas, em companhia de amigos da boemia. É contratado como cantor pela Rádio Sociedade. Transfere-se para a Rádio Record e torna-se um dos maiores sucessos da casa. Atua paralelamente em boates e cassinos, como cantor e artista cômico. No auge da fama, os cassinos são fechados e ele se vê desempregado. Volta então às rádios, ingressando na Nacional, nos programas Caricaturas, comandado por José Vasconcelos, e Rapsódia de Risos. Participa de dois filmes, sendo o primeiro Como se Goza (1929). Morre em 22 de fevereiro de 1963, aos 60 anos de idade, em São Paulo. Filmografia: 1929 – Como se Gosta; 1935 – Fazendo Fita. OLIVEIRA, JOANA DE Nasceu em São Paulo, SP. Enfermeira profissional, e já com fortes tendências para as artes, nas horas de folga frequenta os estúdios recém-fundados da Ribalta Filmes, em São Paulo. É convidada para uma ponta no filme Deus não Perdoa os Malditos, em 1971, nunca exibido em circuito comercial. Mas faz outros como As Mulheres do Sexo Violento (1976) e O Cafetão (1981). Na TV Tupi, participa como extra das novelas A Fábrica (1971) e Hospital (1971). Filmografia: 1971 – Deus não Perdoa os Malditos (inacabado); 1972 – Vozes do Medo; 1976 – Mulheres do Sexo Violento; 1977 – Mulheres Violentadas; 1979 – Porão das Condenadas; 1982 – O Cafetão. OLIVEIRA, JUCA DE José de Oliveira Santos nasceu em São Roque, SP, em 16 de março de 1935. Em 1958, aos 22 anos de idade, abandona o terceiro ano da Faculdade de Direito do Largo São Francisco para se matricular na Escola de Arte Dramática. Na década de 1960, dedica-se quase que totalmente ao teatro, ao participar de mais de 40 peças. Em 1968/1969 ganha todos os prêmios de interpretação, por sua atuação nas peças Dois na Gongorra, A Cozinha e A Morte do Caixeiro Viajante. Estreia no cinema em 1967 no filme O Caso dos Irmãos Naves. Destacam-se em sua fi lmografia O Jogo da Vida e da Morte (1971), A Mulher, a Serpente e a Flor (1983), Bufo & Spallanzani (2001), O Signo da Cidade (2007), etc. Faz marcante carreira também na televisão, na qual estreia na novela Quando o Amor é Mais Forte (1964), mas o sucesso acontece com Nino, o Italianinho (1969) e A Fábrica (1971), pela TV Tupi. Contratado pela TV Globo, dá conti nuidade com O Semideus (1973), Fogo sobre Terra (1974) e Espelho Mágico (1977). No SBT faz As Pupilas do Senhor Reitor (1996) e, de volta à TV Globo, Torre de Babel (1998), O Clone (2001) e as minisséries Mad Maria (2005), como Stephan Collier, Amazônia: de Galvez a Chico Mendes (2007), como José de Carvalho, e Queridos Amigos (2009), como Alberto. Faz sucesso em 1998 com a peça Caixa Dois, texto de sua autoria. Embora não tenha nenhuma dificuldade em atuar no cinema e na televisão, nunca escondeu sua preferência pelo teatro, acumulando mais de sessenta peças como ator, quase sempre no papel central, aquele que dá a linha-mestra à história encenada. É um dos grandes atores/autores/diretores brasileiros. Casa-se por duas vezes, com a atriz Cláudia Mello e, desde 1986, com Maria Luíza, com quem tem uma filha, Isabel, estudante de Biologia, fazendeira e cantora. Filmografia: 1967 – O Caso dos Irmãos Naves; 1971 – Jogo da Vida e da Morte; 1973 – A Gaiola de Ouro (CM) (narração); 1976 – À Flor da Pele; 1982 – Deu Veado na Cabeça; Perdida em Sodoma; 1983 – A Mulher, a Serpente e a Flor (O Orgasmo da Serpente); 1999 – Outras Histórias; 2001 – Bufo & Spallanzani; 2004 – Onde Anda Você? (Os Piadistas); 2007 – O Signo da Cidade. OLIVEIRA, JURANDIR Nasceu em Catingueira do Piancó, PB. Filho de pedreiro, aprende desde cedo o ofício. Muda-se para o Rio de Janeiro mas continua exercendo o ofício. Um dia, em 1976, encontra o ator Nelson Xavier, que o convida para parti cipar do filme A Queda, de Ruy Guerra, cujo cenário seriam as obras do metrô carioca. Resolve estudar teatro e entra para a Escola de Teatro Martins Penna. Jurandir passa então a exercitar-se nos ofícios de ator e de pedreiro. Sua habilidade para a construção civil o leva a um terceiro ofício: o de cenógrafo de cinema e de teatro. Constrói cenários para Nelson Pereira dos Santos (em A Terceira Margem do Rio) e para produções de Mariza Leão. Cria os cenários de versão inacabada de O Quinze, que tinha direção do potiguar Augusto Ribeiro Jr. O cineasta morre de ataque do coração, em 1997, e deixa menos de 20% de imagens do filme impressas em película. Parte deste material seria usada no documentário de média-metragem sobre Rachel de Queiroz, dirigido por Jurandir em 2001. No teatro participa das seguintes montagens: Quando as Máquinas Param (1975), de Plínio Marcos, A Pena e a Lei (1976), de Ariano Suassuna, Antígona (1976), de Sófocles, Mackbett (1977), de William Shakespeare, Descobrimento do Brasil (1977), de Villa-Lobos, A Morta (1978), de Oswald de Andrade, Medida de Segurança (1978), de Márcio Augusto, Canteiro de Obra (1979), de Pedro Porfí rio, Quanto Mais Gente Souber Melhor (1979/1980), de João Siqueira, Serafim Ponte Grande (1982), de Oswald de Andrade, A Beata Maria do Egito (1997), de Rachel de Queiroz, Lembrar é Resistir (2001), de Analy Alvarez e Ivan Jaf. Na televisão estreia em 1982 na minissérie Lampião e Maria Bonita, depois Parabéns pra Você (1983), Rabo de Saia (1984), O Pagador de Promessas (1988), Anos Rebeldes (1992), O Rei do Gado (1996) e Torre de Babel (1998). Em 2004 dirige seu primeiro longa, O Quinze, em que também é o protagonista. Por sua atuação recebe o prêmio de Melhor Ator no XIV Cine Ceará. Filmografia (ator): 1976 – A Queda; 1977 – Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia; 1978 – Se Segura, Malandro!; 1979 – Amor Bandido; 1984 – Memórias do Cárcere; Águia na Cabeça; 1985 – Avaeté – Semente da Vingança; 1986 – O Homem da Capa Preta; 1988 – Sonhei com Você; 1993 – Cadê a Massa? (CM); 1994 – Lamarca; 1995 – A Árvore da Marcação; 1997 – Guerra de Canudos; 1998 – Bela Donna; 1999 – Rota de Colisão (CM); 2000 – Quase Nada; 2002 – Como se Morre no Cinema (CM); 2004 – O Quinze. Filmografia (diretor): 2001 – Rachel de Queiroz – Vida & Obra; 2004 – O Quinze. OLIVEIRA, LOURDES DE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 17 de dezembro de 1938. Filha do compositor Darcy de Oliveira, que falece quando Lourdes tem apenas dez anos. A mãe trabalha muito para que ela possa concluir seus estudos. Quando cursa o científico, é convidada para parti cipar do filme Orfeu do Carnaval e fi ca conhecida internacionalmente, já que o filme é premiado no Festi val de Cannes, e faz carreira no mundo. Casa-se com o diretor do filme, Marcel Camus, muda-se para a França, tem dois fi lhos, e abandona prematuramente a carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1959 – Orfeu do Carnaval (Orphée Noir) (França); 1960 – Os Bandeirantes (França/Itália/Brasil). OLIVEIRA, LUÍZA DE Nasceu em Portugal, em 12 de outubro de 1864. Atriz teatral de grandes qualidades, radica-se no Brasil e integra várias de nossas companhias, atuando inclusive na peça de estreia da Companhia Dramática Brasileira, fundada por Artur Azevedo. Estreia no cinema em 1913 no filme O Crime de Paula Matos. Pelo que consta, é sua única experiência no cinema. Dedica-se à carreira teatral e participa de companhias consagradas como a de Belmira de Almeida e Jayme Costa. Morre em 6 de novembro de 1932 no Retiro dos Artistas, aos 68 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1913 – O Crime de Paula Matos. OLIVEIRA, LUMA DE Nasceu em Nova Friburgo, RJ, em 4 de dezembro de 1965, mas é criada em Niterói. Começa sua carreira como modelo e manequim. Sua beleza logo chama a atenção e, em 1987, vai para a televisão participar da novela O Outro. Nesse mesmo ano vence o Concurso Internacional de Beleza, promovido pela revista Playboy, em Hong Kong. Atua ainda na novela alemã Das Erbe Der Guldenburgs (1987) e parcialmente da novela Meu Bem, meu Mal (1990), pois teve que parar por causa da gravidez. Estreia no cinema em 1988 no filme Os Heróis Trapalhões, uma Aventura na Selva. Foi casada por treze anos (1991/2004) com o empresário Eike Batista, com quem tem dois filhos, Thor e Olin. É irmã da atriz Ísis de Oliveira. Muito bonita, inteligente e bem-sucedida, comanda sua grife com produtos de beleza. Filmografia: 1988 – Os Heróis Trapalhões, uma Aventura na Selva; 1989 – Solidão, uma Linda História de Amor; 1990 – Boca de Ouro; 1997 – O Noviço Rebelde. OLIVEIRA, MÁRCIA Márcia Maria de Oliveira nasceu em São Paulo, SP, em 13 de março de 1978. Forma-se em Artes Cênicas pela Universidade São Judas Tadeu. Inicia sua carreira no teatro, integrando o Núcleo Experimental do SESI nas peças O que eu Entendi do que o Tom Zé Disse e Quem Nunca. Depois também participa das peças Onde Está o Nino?, Castelo Rá-Tim-Bum II, Pra aue e por quê?, O Rato do Muro, A Lenda dos Jovens Detentos, etc. Com a Cia Fraternal de Arte e Malasartes, atua em Auto da Infância. Em 1998 estreia na televisão, na novela Serras Azuis, pela TV Bandeirantes e em 1999 no cinema, no filme Xuxa Requebra, mas é em Garotas do ABC, em 2003, sob a batuta de Carlos Reichenbach, que mostra seu talento, confi rmado em Bens Confi scados em 2004, do mesmo diretor, no difícil papel de Penha. Em 2007 é contratada pelo SBT e participa das novelas Amigas e Rivais (2008) e Vende-se Um Véu de Noiva (2009). Filmografia: 1999 – Xuxa Requebra; 2003 – Garotas do ABC; 2004 – Iara do Paraitinga (CM); Bens Confi scados. OLIVEIRA, PAOLA Caroline Paola Oliveira da Silva nasceu em São Paulo, SP, em 14 de abril de 1982. É formada em Fisioterapia. Aos dezessete anos de idade começa a fazer comerciais para a televisão e revistas. Depois de concluir a faculdade, entra para a Escola de Atores Wolf Maya. Sua estreia na televisão acontece no SBT, como assistente de palco de Celso Portioli no programa Passa ou Repassa. Na TV Record faz sua primeira novela, Metamorphoses, em 2004. Mas é como a Giovana de Belíssima, em 2006, já pela Globo, que Paola fica nacionalmente conhecida. Estreia no cinema em 2007 no curta Envie aos Palhaços. Seu primeiro longa é Rinha, de Marcelo Galvão. Em 2008, em Ciranda de Pedra, fez o papel de Letícia e, no mesmo ano participa de um episódio de Faça a sua História, como Georgett e, e Casos e Acasos, como Verônica. Em 2009 foi Rainha da Bateria da Escola de Samba Grande Rio e vence, com o professor Átila Amaral, o quadro Dança dos Famosos, do Domingão do Faustão. Está aberto o caminho para uma grande estrela. Namora, desde 2006, com o ator Mauricio Matt ar. Filmografia: 2007 – Envie aos Palhaços (CM); Noite Fria (CM); 2008 – Rinha; Entrelençóis; 2009 – Uma Professora muito Maluquinha. OLIVEIRA, PERNAMBUCO DE Nasceu em Olinda, PE, em 1924. No Rio de Janeiro, estuda pintura e desenho. Inicia sua carreira no teatro, como amador, no Colégio Universitário e na Faculdade Nacional de Direito, da qual é aluno. Cenógrafo conceituado, estreia profissionalmente em 1948, na peça Hamlet, de Shakespeare, tornando-se um dos profissionais mais respeitados do Brasil, fazendo também importantes trabalhos na televisão. Tem uma única participação no cinema em 1968 no filme Juventude e Ternura. Filmografia: 1968 – Juventude e Ternura. OLIVEIRA, ROBERTO Produtor, diretor e ator. Inicia sua carreira no teatro, com carreira muito premiada, como nas peças O Ferreiro e a Morte (1987), Decameron (1993), O Rei Nunca Riu (1993), O Estranho Sr. Paulo (1996). Funda o Depósito de Teatro em 1999, mesmo ano em que faz seu primeiro filme, o curta O Oitavo Selo, produção gaúcha de Tomás Creus. Tem dividido sua carreira entre teatro e cinema. Recebe em Lima, Peru, prêmio de melhor ator pelos longas Ainda Orangotangos e Cão sem Dono. Em 2009 escreve e dirige o espetáculo infantil O que Seria do Vermelho se não Fosse o Azul. Filmografia: 1999 – O Oitavo Selo (CM); O Velho do Saco (CM); 2000 – Intestino Grosso (CM); 2002 – A Selva (Portugal/Brasil/Espanha); 2003 – Classe Média Zero (CM); Pesadelo (CM); 2007 – Cão sem Dono; Ainda Orangotangos. OLIVEIRA, SÉRGIO DE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Estreia no cinema em 1948 no filme Falta Alguém no Manicômio, direção de José Carlos Burle, produção Atlântida. Ao longo de mais de quarenta anos de carreira, são 43 filmes e seis novelas. No inicio era só cinema, ao participar de grandes chanchadas como Aviso aos Navegantes (1950), Sinfonia Carioca (1955), Samba em Brasília (1961), etc. Em 1969 vai para a TV Tupi atuar em Enquanto Houver Estrelas, no papel de Reinaldo. Seus papeis na televisão quase sempre foram ligados à tramas de época como Gabriela (1975), A Moreninha (1975) e Olhai os Lírios do Campo (1980). Em 1987 faz seu último filme, A Dama do Cine Shangai. Morre no Rio de Janeiro, RJ, em 1990. Filmografia: 1948 – Falta Alguém no Manicômio; Terra Violenta; Uma Luz na Estrada; 1949 – Somos Todos Irmãos; O Caçula do Barulho; Pinguinho de Gente; 1950 – Écharpe de Seda; Cascalho; Katucha; Não é Nada Disso; A Sombra da Outra; Aviso aos Navegantes; Somos Dois; 1951 – Maior que o Ódio; 1952 – É Fogo na Roupa; 1953 – Balança mas não Cai; A Carne é o Diabo; Três Recrutas; 1954 – Marujo por Acaso; Malandros em Quarta Dimensão; Rua sem Sol; O Petróleo é Nosso; A Sogra; 1955 – Leonora dos Sete Mares; O Primo do Cangaceiro; Chico Viola não Morreu (Brasil/Argentina); Sinfonia Carioca; Nem Sansão, nem Dalila; Paixão nas Selvas (Conchita Und Der Ingenieur) (Alemanha/Brasil); 1956 – Tira a Mão Daí; Curucu, o Terror do Amazonas (Curucu, Beast of the Amazon) (EUA); 1957 – Absolutamente Certo!; 1958 – E o Bicho não Deu; 1961 – Samba em Brasília; 1964 – Crônica da Cidade Amada (episódio: Aparição); 1969 – Chegou a Hora Camaradas; 1975 – O Casal; 1977 – Emanuelle Tropical; 1978 – As Amantes Latinas; Traí... Minha Amante Descobriu; Emmanuelo, o Belo; 1980 – Prisioneiras da Ilha do Diabo; 1987 – A Dama do Cine Shangai. OLIVEIRA, VANESSA DE Nasceu em Pelotas, RS, em 12 de julho de 1969. Com apenas três anos de idade Vanessa foi eleita Miss Pelotas Infantil. Em 1985 é descoberta pelo empresário Humberto Saade e é convidada a suceder Luíza Brunet e Monique Evans como top model da Dijon. Após seu lançamento foi capa de onze revistas, ganhou sete minutos no Fantástico e teve 650 fotos publicadas em jornais de todo o País. Em 1989 e chamada pela TV Globo para uma participação especial na novela Top Model e no mesmo ano faz seu primeiro filme, Os Trapalhões na Terra dos Monstros. Em 1990 é eleita rainha da bateria do Império Serrano e em 1991 da Caprichosos de Pilares. Em 1992 casa-se com o jornalista e empresário Georger Fauci. Em 1993 Deixa a Dijon para lançar sua própria grife. Em 1996 estreia seu talk-show Programa Vanessa de Oliveira, na GNT. Empresária de sucesso, aceita convite para participar da novela Bicho do Mato, em 2006, pela TV Record. Filmografia: 1989 – Os Trapalhões na Terra dos Monstros. OLIVEIRA, VINÍCIUS DE Vinicius Campo de Oliveira nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de julho de 1985. Muito pobre, trabalha como engraxate para ajudar a família e sonhava ser jogador de futebol. Seu ponto predileto é o Aeroporto Santos Dumont e é lá que conhece Walter Salles Jr, que lhe oferece um sanduíche e a chance de fazer um teste para o papel do menino Josué, no filme Central do Brasil. Concorrendo com 1,5 mil garotos, ganha a vaga e torna-se notoriedade nacional, com comovente interpretação, num dos melhores fi lmes brasileiros dos últimos anos. Com o sucesso, consegue comprar uma casa para a família e retornar aos estudos, que havia abandonado. Com o apoio da Videofilmes, estuda em colégios parti culares e faz cursos de inglês e teatro. Como parte da divulgação do filme Central do Brasil, teve oportunidade de conhecer países como Itália, Suíça, Alemanha, França, Estados Unidos e Canadá. A partir de então, apresenta os programas Alô Vídeo Escola e Que Bicho é Esse?, pelo canal Futura, parti cipa da novela Suave Veneno (1999), como o Júnior, e do episódio Homem não Chora, da série Carga Pesada, em 2004, no papel de Meleca. No teatro, atua nas peças Jovem Drummond, Eles não Usam Black-Tie e Geração Trianon. De início promissor, vem enfrentando a realidade da carreira artística, buscando oportunidades e tentando se firmar como grande ator. Filmografia: 1998 – Central do Brasil; 2001 – Abril Despedaçado; 2003 – Bala Perdida (CM); 2008 – Se Nada mais Der Certo; Linha de Passe. OLIVIERI, DÉBORA Débora Ita Szafran nasceu em São Paulo, SP, em 17 de janeiro de 1958. É filha do ator Felipe Wagner e sobrinha da atriz Ida Gomes. Em 1979 conclui o curso na Escola Macunaíma, em São Paulo, e inicia sua carreira profissional, com destaque para as peças Lição de Anatomia, Senhorita Júlia, Fala Baixo Senão eu Grito, A Rosa Tatuada, A Casa de Bernarda Alba, Cenas Curtas, O Amigo Oculto e Veneza, etc. Em 1986, por sua atuação na peça infantil Morangos e Lunetas, recebe diversos prêmios como Governador do Estado, Mambembe, APCA, etc. Em 1991 estreia no cinema, no filme Não Quero isso Agora. Em 1996 faz sua primeira novela, Antonio Alves, Taxista, pelo SBT, depois Chiquiti tas (1997), em parceria do SBT com a Telefé Argentina. Na TV Globo, tem regular carreira em novelas/minisséries como Terra Nostra (1999), Aquarela do Brasil (2000), Desejos de Mulher (2002), Como uma Onda (2005), A Lua me Disse (2005), O Profeta (2007), Mandrake (2007), esta pelo canal pago HBO, Duas Caras (2008), Toma Lá, Dá Cá (2008) e Negócio da China (2009). Na TV Cultura participa de programas infantis de sucesso como Castelo Ra-Tim-Bum e No Mundo da Lua e Os Trapalhões, pela TV Globo. Em 2009 fi ca 23 dias na China filmando Destino, com Lucélia Santos, e parti cipa do espetáculo musical O Despertar da Primavera, sob a direção de Charles Möeller e Cláudio Botelho. Filmografi a: 1991 – Não Quero Falar sobre Isso Agora; 1994 – O Efeito Ilha; Nocaute (CM); 1995 – Os Ursos (CM); 1996 – Super Colosso; Ao Vivo a Cores – Sexo e Sangue na TV (CM); 1997 – Meninos de Deus; 2001 – Copacabana; 2002 – Desmundo; 2009 – Destino; 2010 – High School Musical: O Desafio. ONGARELLI, DENISE Sua tendência às artes começa na escola, participando de teatrinhos amadores. Mas sua carreira começa mesmo como modelo fotográfico e fazendo comerciais de televisão. Graças a seus belos dotes fí sicos, em 1975 é convidada para parti cipar do filme Os Pilantras da Noite. Com o sucesso, adere ao gênero e acaba por participar de alguns outros como As Mulheres do Sexo Violento (1976) e Os Desejos Sexuais de Elza (1982). Com o fi m do gênero, abandona o cinema. Filmografia: 1975 – Os Pilantras da Noite; 1976 – O Dia das Profissionais; Mulheres do Sexo Violento; 1980 – A Virgem e o Bem-Dotado; 1981 – O Filho da Prosti tuta; Sexo e Violência no Vale do Inferno; 1982 – Desejos Sexuais de Elza. ONOFRE, WALDYR Waldyr Couto nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1934. Aos sete anos começa a trabalhar como engraxate e vendedor de doces, depois serralheiro e ferreiro. Faz curso de radiotécnica e serve na Aeronáutica. Aos dezenove anos entra para a escola de Berliet Júnior e – por quatro anos – estuda dramaturgia, interpretação e direção, no Conservatório Nacional de Teatro. Estreia no cinema como ator em 1962 em um episódio do filme Cinco Vezes Favela. Destaca-se em sua longa fi lmografia Ganga Zumba (1964), Barão Otelo no Barato dos Bilhões (1971), Memórias do Cárcere (1984) e O que é Isso Companheiro? (1997). Em 1975, a convite de Nelson Pereira dos Santos, estreia na direção, no filme As Aventuras Amorosas de um Padeiro. Acaba se tornando o primeiro diretor negro do cinema brasileiro. Na televisão, participa de algumas novelas como Verão Vermelho (1970), Irmãos Coragem (1970), O Homem que Deve Morrer (1971), Corpo a Corpo (1984) e em dois episódios do programa Você Decide (1994/1995). Filmografia: (Ator): 1962 – Cinco Vezes Favela (episódio: Zé da Cachorra, de Miguel Borges); 1963 – Canalha em Crise; 1964 – Ganga Zumba; 1965 – A Falecida; 1967 – Perpétuo contra o Esquadrão da Morte; 1968 – Maria Bonita, Rainha do Cangaço; Emboscada (CM); 1969 – Macunaíma; Sete Homens Vivos ou Mortos; 1970 – Senhores da Terra; Pedro Diabo Ama Rosa Meia-Noite; Senhores da Terra; 1971 – O Barão Otelo no Barato dos Bilhões; 1972 – Toda Nudez Será Castigada; Quarta-Feira (CM); 1973 – Jesuíno Brilhante, o Cangaceiro; Sagarana, o Duelo; 1974 – O Amuleto de Ogum; 1975 – As Aventuras Amorosas de um Padeiro; 1976 – O Homem de Papel (Volúpia de um Desejo); Marcados para Viver; 1978 – A Dama do Lotação; Nosso Mundo (CM); 1979 – O Caso Cláudia; Waldyr Onofre (CM); 1984 – Memórias do Cárcere; Quilombo; 1986 – O Homem da Capa Preta; 1987 – Maré de Azar (Running Out of Luck) (EUA); 1988 – Jorge, um Brasileiro; Sonhei com Você; 1989 – Doida Demais; 1994 – A Terceira Mar-gem do Rio; 1997 – O Que É Isso Companheiro?; 1999 – Mauá – O Imperador e o Rei; 2003 – Lost Zweig; 2005 – E.C.T.Favela (CM). Filmografia (diretor): 1975 – As Aventuras Amorosas de um Padeiro; 1979 – O Cinema Brasileiro e sua Comercialização (CM); 1980 – Clóvis no Carnaval da Zona Oeste (CM); 1982 – Clóvis na Zona Norte (CM). ORCIOLLO NETTO, EMÍLIO Nasceu em São Paulo, SP, em 15 de janeiro de 1974. Formou-se em Administração de Empresas, mas paralelamente fazia Escola de Arte Dramática. Estreia na televisão em 1996 na novela O Rei do Gado. O sucesso veio rápido em Anjo Mau (1997), Marcas da Paixão (2000), Chiquinha Gonzaga (2001), Esperança (2002), Um só Coração (2004), Kubanakan (2004), Alma Gêmea (2005), Desejo Proibido (2008) e Casos e Acasos (2008). Estreia no cinema em 2003 como protagonista, no filme Acquaria, ao lado de Sandy & Júnior. Namorou a atriz Paula Cohen por quatro anos e a modelo Débora Bueno por cinco anos. Filmografi a: 2003 – Acquaria; 2010 – O Inventor de Sonhos. ORICO, VANJA Evangelina Leiva de Carvalho Orico nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 15 novembro de 1931. Filha do diplomata e escritor Oswaldo Orico, ainda cedo vai estudar em Roma, num colégio de freiras. Vive em vários países da Europa e começa carreira como cantora de músicas folclóricas brasileiras. Em Roma, é convidada para fazer Mulheres e Luzes, de Fellini, em 1950, em que aparece cantando Meu Limão, meu Limoeiro. De volta ao Brasil, ganha projeção nacional e internacional ao participar do filme O Cangaceiro, em 1953, pela Vera Cruz. A cena em que, enciumada e mordida de amor, canta Sodade meu Bem Sodade para Teodoro, interpretado por Alberto Ruschel, sob os olhares desconfiados do Capitão Galdino, interpretado por Milton Ribeiro, é das mais fortes, densas e importantes do cinema brasileiro. Com o sucesso do filme, tenta carreira internacional de cantora, tendo fi cado várias semanas em cartaz em Paris, no principal cabaré-teatro dos Champs Elysées. Sua carreira no cinema fica marcada pelo gênero cangaço, ao participar de diversos outros filmes do ciclo como Lampião, o Rei do Cangaço (1963) e Jesuíno Brilhante, o Cangaceiro (1973). Em 1973 escreve e dirige seu único longametragem, um drama sobre o menor abandonado, O Segredo da Rosa. Em 1995 é jurada no Festival de Gramado e em 1996 lança CD com Quinteto Violado. Atriz essencialmente cinematográfi ca, participa de duas novelas apenas, O Tempo e o Vento (1967) e O Farol (1991). Foi casada com André Ronsenthal, com quem teve um filho, Adolpho Rosenthal, diretor da TV Globo. Filmografia (atriz): 1950 – Mulheres e Luzes (Luci del Varietà) (Itália) (canta: meu Limão, meu Limoeiro); 1953 – O Cangaceiro; 1954 – Paixão Nas Selvas (Conchita Und Der Ingenieur) (Alemanha/Brasil); 1956 – S.O.S. Noronha (França/Itália/Alemanha); Club des Femmes (França/Itália); 1957 – Rosa dos Ventos (Die Windrose) (episódio brasileiro: Ana) (Brasil/França/Itália/União Soviéti ca/ China); Paris Music Hall (França); 1959 – Yalis, a Flor Selvagem (Yalis, La Vergine Del Roncador) (Itália); 1962 – Os Mendigos; 1963 – Lampião, o Rei do Cangaço; 1965 – Arrastão (Les amants de la Mer) (França/Brasil); 1966 – O Santo Milagroso; 1967 – Cangaceiros de Lampião; 1971 – Em Ritmo Jovem; 1972 – Independência ou Morte; Arquivo (CM); 1973 – Jesuíno Brilhante, o Cangaceiro; 1974 – O Leão do Norte; O Segredo da Rosa; 1979 – O Caçador de Esmeraldas; 1981 – CHick Fowle, o Faixa Preta em Cinema (CM) (depoimento); 1987 – Ele, o Boto; 1994 – A Terceira Margem do Rio; 2008 – O Velho Guerreiro Não Morrerá (CM) (depoimento). Filmografia (diretora): 1974 – O Segredo da Rosa. ORIONI, LUIZ Nasceu em São Paulo, SP, em 1929. Com voz grave e bonita, logo começa carreira no rádio, como locutor e ator. Em 1950 é contratado pelas Emissoras Associadas de São Paulo e começa a participar do programa TV de Vanguarda e depois TV de Comédia. Em 1956, estreia no cinema com O Sobrado, dirigido por Walter George Durst. Fez pouco cinema, sendo seu melhor momento no filme Absolutamente Certo, em 1957, direção de Anselmo Duarte, onde interpreta Aurélio Campos, apresentador do programa O Céu é o Limite. Na televisão, a partir dos anos 1960, faz inúmeras novelas, nos mais diversos papéis, sempre aproveitando seu fí sico franzino, a calvície e a voz forte. Por isso seus papeis eram sempre marcantes, como o Legrand de O Sheik de Agadir (1966), o João Fulgêncio de Gabriela (1975), o Genaro de Gina (1978) e o Sandoval de Coração Alado, sua última aparição. Em plena atividade, morre em 1980, de enfarto súbito fulminante, aos 51 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1956 – O Sobrado; 1957 – Absolutamente Certo!; 1958 – Chofer de Praça. ORISTÂNIO, GIUSEPPE Nasceu em São Paulo, SP, em 15 de outubro de 1958. Filho de imigrantes italianos vindos de Nápoli, cresce na periferia de São Paulo. Começa sua carreira fazendo teatro amador. Em 1972 estreia profissionalmente, no TBC. Chega à televisão em 1979, nos agonizantes momentos da TV Tupi, tanto que sua novela de estreia, Como Salvar meu Casamento, não chegou ao final e foi remontada na TV Bandeirantes como Um Homem Muito Especial. Depois de alguns anos na Band, transfere-se para a TV Manchete para parti cipar de Kananga do Japão, em 1989. Chega à TV Globo em 1993 para estrear em Fera Ferida. Em 1996 estreia no cinema no filme italiano feito no Brasil O Barbeiro do Rio, mas dedica-se mais à televisão, alternando-se entre Globo, SBT e Record em A Lua me Disse (2004), Cristal (2006) e Chamas da Vida (2008). No teatro atua em mais de trinta peças, com destaque para Qualquer Gato Vira-Lata Tem uma Vida Sexual mais Sadia do que a Minha, de Juca de Oliveira, Maracutaias, de Miguel Falabella, Sonho... ou Não, de Ana Paz, A Mulher do Candidato, de Walcyr Carrasco, etc Recentemente se forma em Jornalismo e contribui com crônicas para vários sites na Internet. É casado e pai de quatro filhos. Filmografia: 1996 – O Barbeiro do Rio (Il Barbiere di Rio) (Itália); 2001 – Meu Filho Teu (Um Crime Nobre) (Itália/Brasil). OROSCO, ROBERTO Inicia sua carreira na televisão em 1965, na novela O Moço Loiro, pela TV Cultura. Em 1966 é convidado por Mazzaropi para atuar no filme O Corintiano. Faz sucesso como galã nas novelas Éramos Seis (1967), pela TV Tupi, A Força do Amor (1982), pela TV Bandeirantes, Sabor de Mel (1983), pela TV Bandeirantes, e Dona Beija (1986), pela TV Manchete. Pela TV Globo, em 1988, faz sua últi ma participação na minissérie Sampa. No cinema, atua em algumas produções paulistas como A Moreninha (1970), Signo de Escorpião (1974) e Pecado sem Nome (1978). A partir dos anos 1990 abandona a carreira artísti ca. Filmografia: 1966 – O Corintiano; 1967 – Operação Rondon (episódio da sérieÁguias de Fogo); 1970 – A Moreninha; 1973 – O Detetive Bolacha contra o Gênio do Crime; 1974 – Signo de Escorpião; 1978 – Pecado sem Nome; 1983 – Estranhos Prazeres de uma Mulher Casada (Força Estranha). ORQUESTRA TABAJARA Formada em 1937 pelo Maestro Severino Araújo, que nasceu em Limoeiro, PE, em 23 de abril de 1917. É uma das grandes e últimas orquestras brasileiras, percorrendo o País de ponta a ponta, fazendo bailes, participando de eventos, gravando discos e levando a boa música aos quatros cantos. No cinema, a orquestra participa de alguns filmes, sendo sua estreia em 1947, em Asas do Brasil, passando por De Pernas pro Ar (1957) e meus Amores no Rio (1958). Em 2005 o cineasta Antonio Ernesto Martins faz o curta Orquestra Tabajara, que conta a história de sua vitoriosa trajetória. Está em atividade até hoje, tendo completado 60 anos de existência em 2007. Filmografia: 1947 – Asas do Brasil; 1949 – Eu Quero é Movimento; 1953 – A Car-ne e o Diabo; 1957 – De Pernas pro Ar; Tem Boi na Linha; 1958 – Meus Amores no Rio (Mis Amores en Río) (Brasil/Argentina). ORTEGA, CARMEN Nasceu em Marília, SP, em 18 de setembro de 1942. Começa sua carreira como modelo fotográfico, quando é convidada por Sílvio Santos para fazer parte do seu elenco de bailarinas, ali permanecendo dois anos. Em 1973 estreia no cinema no filme A Pequena Órfã e no ano seguinte no teatro com a peça Telma, a Pistoleira. É apresentadora de festivais de música sertaneja e jurada do Programa Carlos Aguiar, pela TV Gazeta. Participa de vários filmes, quase sempre no gênero pornochanchada, aproveitando seus belos dotes físicos, como em Bonecas Diabólicas (1975) e O Inseto do Amor (1980). A partir dos anos 1980, com o declínio do gênero, abandona a carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1973 – A Pequena Órfã; Como Evitar o Desquite; 1974 – Obsessão Maldita; 1975 – Bonecas Diabólicas; Efi gênia Dá Tudo que Tem; 1976 – Zé Sexy... Louco, muito Louco por Mulher; 1977 – Terra Quente; 1978 – A Deusa de Mármore – Escrava do Diabo; Com Mulher é bem Melhor; O Atleta Sexual; A Mulher que Põe a Pomba no Ar; 1979 – Patty, Mulher Proibida; Os Três Boiadeiros; 1980 – O Inseto do Amor; 1981 – A Opção (As Rosas da Estrada); 1983 – Perdida em Sodoma; Sacanagem (episódio: Vitamina C na Cama); As Taras das sete Aventureiras; 1984 – Ou Dá ou Desce. ORTH, MARISA Maria Domingos Orth nasceu em São Paulo, SP, em 21 de outubro de 1963. Cresce em meio de crianças de classe média alta, nos bairros de Cerqueira César, Vila Mariana e Higienópolis. Estuda nos colégios mais tradicionais de São Paulo. Na hora de escolher uma profissão, sabe que seu caminho é o palco. Mesmo assim, presta vestibular para Psicologia na PUC. Um ano depois, frequenta simultaneamente as aulas da Escola de Artes Dramáti cas, EAD, da USP. Começa a se envolver pra valer com teatro. Formada, guarda o diploma na gaveta. Estreia nos palcos em 1983 na peça Una Serata Al Sugo, de Miroel Silveira. Com humor nas veias, sempre teve dom para comédia, ao fazer macaquices até nos bastidores, antes de as cortinas se abrirem. Amadurece e participa mais intensamente do teatro. Estreia no cinema em 1979 no curta-metragem Kikos Marinhos, produção em Super-8. Seu primeiro longa é Não Quero Falar sobre Isso Agora, em 1991. Suas atividades são intensas: faz teatro, cinema, e, na televisão, enorme sucesso como a Magda, do programa Sai de Baixo, ao lado de Miguel Falabella e grande elenco, que fica dez anos no ar. Para completar, participa como vocalista do grupo Vexame. Em 1997 posa nua para a revista Playboy. Estreia na TV Globo no humorístico TV Pirata, em 1988. Participa de algumas novelas também, como Rainha da Sucata (1990), como Nicinha, Deus nos Acuda (1992), como Valquíria, Agora é que São Elas (2003), como Van Van e Bang Bang (2005), como a beata Ursula Lane. Depois atua em episódios estanques de A Diarista (2006) e Minha Nada Mole Vida (2007). No cinema, tem extensa fi lmografia de curtasmetragens como Hot Dog (1983) e A Origem dos Bebês Segundo Kiki Cavalcanti (1995) e longas como Durval Discos (2002) e Como Fazer um Filme de Amor (2004) e Maré, Nossa História de Amor (2007). Novamente ao lado de Miguel Falabella, integra o elenco fixo no humorístico Toma Lá Dá Cá, como a hilária Rita, a parti r de 2007. É uma grande humorista brasileira. Está casada desde 1991 com o produtor cinematográfico Evandro Pereira, com quem tem um filho, João Antonio, nascido em 1998. Filmografia: 1979 – Kikos Marinhos (CM) (Super-8); 1980 – Jeito de Corpo (CM) (Super-8); 1983 – Hot Dog (CM); 1984 – Paixão XX (CM); 1987 – A Mulher Fatal Encontra o Homem Ideal (CM); A Vida Como ela É (CM); 1991 – 3x4 (CM); Não Quero Falar sobre Isso Agora; 1992 – Bilhete Premiado (CM); Tanta Estrela por Aí (CM); 1993 – A Má Criada (CM); Capitalismo Selvagem; 1995 – Nelson (CM); A Origem dos Bebês Segundo Kiki Cavalcanti (CM); 1996 – Doces Poderes; Lembranças do Futuro (CM); 1998 – Os Penúltimos Serão os Segundos (CM); Boleiros, Era uma Vez o Futebol; 1999 – Por Trás do Pano; 2000 – Almas em Chamas (voz); 2001 – A La Carte (CM); 2002 – Durval Discos; 2003 – Os Normais –o Filme; 2004 – Como Fazer um Filme de Amor; 2007 – Maré, Nossa História de Amor (Brasil/França/Uruguai); 2009 – É Proibido Fumar; 2010 – Família Vende Tudo. ORTOFF, SYLVIA Nasceu em Petrópolis, RJ, em 3 de setembro de 1932. Cedo começa a despontar como escritora infantil, sendo considerada, com Ziraldo e Ana Maria Machado, como filhos de Monteiro Lobato. Conquista muitos prêmios, entre eles o Jabuti de Literatura em 1983 e o prêmio da Associação Paulista de Críti cos de Arte (APCA). No cinema, participa de um único filme, Gigantes de Pedra, em 1954. Escreveu o livro Quem Roubou o meu Futuro? que retrata uma menina de 13 anos, chamada Valéria, que deseja encenar uma peça, mas a sua avó não permite, pois deseja que ela faça o curso de dati lografia. Morre em 24 de julho de 1997, aos 64 anos de idade, de câncer, em Petrópolis, Rio de Janeiro. Filmografia: 1954 – Gigantes de Pedra. OSCAR FELIPE Nasceu em Manaus, em 1928. Inicia sua carreira em Recife, PE. Já em São Paulo, estreia como profissional na Companhia de Madame Morineau, depois TBC, onde atua ao lado de Dercy Gonçalves. Na Tupi, participa de teleteatros e peças infantis. Estreia no cinema em 1963 no filme Terra sem Deus, direção de José Carlos Burle. Em 1979 faz sua primeira novela, Dinheiro Vivo, como o Malta. Morre em 1980, em São Paulo, aos 52 anos de idade, de ataque cardíaco. Estava gravando a novela A Deusa Vencida, pela TV Bandeirantes, sendo substituído por Felipe Levy. Filmografia: 1963 – Terra sem Deus; 1967 – O Menino e o Vento; 1980 – Ato de Violência. OSCARITO Oscar Lorenzo Jacinto de la Imaculada Concepción Tereza Dias nasceu em Málaga, Espanha, em 16 de agosto de 1906. Filho de atores de circo, tem uma vida nômade, passando por vários países, até chegar, ainda menino, ao Brasil, país que adota e do qual nunca mais quis sair. Como não poderia deixar de ser, inicia sua carreira no circo, passando pelos Teatros de Revista da Praça Tiradentes, onde é garantia de bilheteria. Estreia no cinema em 1933, no filme A Voz do Carnaval e, ao longo de sua carreira, atua em vários filmes, muitos ao lado de Grande Otelo, em chanchadas da Atlânti da, como Matar ou Correr (1954) e Treze Cadeiras (1957). É sucesso absoluto nas décadas de 1940 e 1950, decaindo em popularidade na década de 1960, com o gênero que o consagra. Imbatível na sua comicidade, torna-se lenda no Brasil. Carlos Manga declarou uma vez que Oscarito é o maior fenômeno do cinema brasileiro de todos os tempos, não somente à frente das câmeras, como atrás delas, colaborando na direção, dando palpites, criando gags, escrevendo textos, etc. Palavras do mestre, que tão bem o conhecera. Casado com a atriz Margot Louro desde 1934, teve dois filhos, entre eles, Miriam Tereza (1936), também atriz. Seu neto, Carlos Lofler (1960), também é ator. Morre em 4 de agosto de 1970, aos 64 anos de idade, no Rio de Janeiro, de derrame cerebral. Filmografia: 1933 – A Voz do Carnaval; 1935 – Noites Cariocas; 1936 – Alô, Alô, Carnaval; 1938 – Banana da Terra; Bombonzinho; Está Tudo Ai!; 1940 – Céu Azul; 1941 – O Dia é Nosso; 24 Horas de Sonho; 1944 – Gente Honesta; Tristezas não Pagam Dívidas; 1945 – Não Adianta Chorar; 1946 – Fantasma por Acaso; 1947 – Asas do Brasil; Este Mundo é um Pandeiro; 1948 – É com este que eu Vou; E o Mundo se Diverte; Falta Alguém no Manicômio; 1949 – Carnaval no Fogo; O Caçula do Barulho; 1950 – Aviso aos Navegantes; 1951 – Aí Vem o Barão; 1952 – Barnabé Tu és Meu; Carnaval Atlântida; Os Três Vagabundos; 1953 – Dupla do Barulho; 1954 – Matar ou Correr; Nem Sansão nem Dalila; 1955 – O Golpe; Guerra ao Samba; 1956 – Colégio de Brotos; Papai Fanfarrão; Vamos com Calma; 1957 – De Vento em Popa; Treze Cadeiras; 1958 – Esse Milhão é Meu; 1959 – O Cupim; O Homem do Sputnik; Pintando o Sete; 1960 – Dois Ladrões; Duas Histórias (Cacareco Vem Aí); 1962 – Entre Mulheres e Espiões; Os Apavorados; 1965 – Crônica da Cidade Amada (episódio: Receita de Domingo); 1967 – A Espiã que Entrou em Fria; 1968 – Jovens Pra Frente; 1971 – Cômicos e mais Cômicos; 1975 – Assim Era Atlântida. OTÁVIO AUGUSTO Otávio Augusto de Azevedo Souza nasceu em São Manoel, SP, em 30 de janeiro de 1945. Filho único de família humilde, aos cinco anos seu pai abandona a família e ele passa a viver com sua avó, pois a mãe, empregada doméstica, não podia levá-lo ao serviço. Nessa mesma época começa a trabalhar na sapataria do avô. Aos dezesseis muda-se para São Paulo e começa a trabalhar de offi ce-boy numa fábrica. Lá, participa de uma peça feita para os funcionários e gosta. Aos 20 anos, em 1965, passa num teste e ingressa na Rádio Paulista, que era ligada à TV Record. No mesmo ano estreia na televisão, na novela Turbilhão, trabalha como disc-jockey e durante um ano recita a ave-maria na rádio. Seguem-se outras novelas como O Anjo Marcado (1966) e nesse mesmo ano ganha chance como ator principal na peça Os Inimigos no Teatro Oficina. Faz dezenas de peças, destacando-se O Samba contra o Dólar, Encontro no Bar, Murro em Ponta de Faca e A Venerável Madame Gouneau. Em 1970, estreia no cinema no filme Guerra dos Pelados. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1971 e estreia sua primeira novela na TV Globo em 1973, Os Ossos do Barão. Seguem-se Escalada (1975), Baila Comigo (1981), Transas e Caretas (1984), Selva de Pedra (1986), A Próxima Vítima (1995), Anjo de Mim (1997), Esperança (2002), A Lua me Disse (2005), Duas Caras (2008), entre tantas outras. Em 1998 parti cipa da montagem de A Dama do Cerrado. Constitui sólida carreira cinematográfi ca em filmes como Vai Trabalhar Vagabundo (1973), Amor, Estranho Amor (1982), Doces Poderes (1996), Central do Brasil (1998), Bendito Fruto (2004) e Polaroides Urbanas (2006). Está casado, desde 1982 com a atriz Cristina Mullins. Versáti l, é um dos grandes atores brasileiros. Filmografia: 1970 – Guerra dos Pelados; Os Discos Voadores Estão entre Nós; 1971 – Prata Palomares; O Capitão Bandeira contra o Dr. Moura Brasil; 1972 – A Viúva Virgem; O Doce Esporte do Sexo (episódio: O Torneio); Elas (episódio: O Artesanato de Ser Mulher); 1973 – A Filha de Madame Betina; Vai Trabalhar, Vagabundo; 1974 – Relatório de um Homem Casado; 1975 – Deixa Amorzinho... Deixa; A Extorsão; 1976 – O Vampiro de Copacabana; Noite sem Homem; As Desquitadas em Lua de Mel; 1977 – O Crime do Zé Bigorna; Um Brasileiro Chamado Rosa Flor; 1978 – Mar de Rosas; Assim Era a Pornochanchada; 1979 – Muito Prazer; Eu Matei Lúcio Flávio; Inquietações de uma Mulher Casada; O Coronel e o Lobisomem; 1980 – O Torturador; Terror e Êxtase; O Fruto do Amor; O Elogio Histérico da Razão (CM); 1981 – Mulher Sensual (Novela das Oito); O Sequestro; 1982 – Um Casal de Três (Carícias Eróti cas); Amor Estranho Amor; Profi ssão Mulher; Dora Doralina; Insônia (episódio: Dois Dedos); 1983 – Trajetória do Abandono (CM) (narração); 1984 – Noite; 1987 – Eternamente Pagu; Leila Diniz; 1988 – Adultério (CM); Banana Split; Lua Cheia; 1989 – Festa; Ratos da Lei; 1991 – Manobra Radical; Vai Trabalhar Vagabundo II, a Volta; 1993 – Tanta Estrela por Aí (CM); 1994 – Sábado; Gramado: Três Décadas de Cinema (CM) (narração); 1995 – As Meninas; Jenipapo; 1996 – Doces Poderes; Razão para Crer (CM); 1997 – Ed Mort; O Cangaceiro; 1998 – Ritinha (CM); Central do Brasil; Boleiros, Era uma Vez o Futebol; 2000 – BMW Vermelho (CM); 2002 – O Príncipe; 2003 – Pracinha (CM); 2004 – Bendito Fruto; 2006 – Anjos do Sol; Boleiros 2 – Vencedores e Vencidos; Brasília, 18%; Como se Rouba a Cena no Cinema (CM); 2007 – Polaroides Urbanas; 2009 – Revertere ad Locum Tuum (CM). OTELO, GRANDE Sebastião Bernardes de Souza Prata nasceu em Uberlândia, MG, em 18 de outubro de 1915. Perambula em São Paulo e no Rio de Janeiro em busca de uma chance na carreira artísti ca, sua verdadeira vocação. Estuda na Ópera Nacional e recebe dos colegas o apelido de Pequeno Otelo, mais tarde transformado em Grande Otelo. Com esse nome torna-se um dos maiores atores brasileiros, com carreira firmada nos palcos dos cassinos e nos grandes shows das mais importantes casas noturnas do Rio de Janeiro. Estreia no cinema em 1935, no filme Noites Cariocas. Faz vários outros até estourar em 1943 em Moleque Tião, primeira produção da Atlântida. Forma dupla memorável com Oscarito em mais de dez chanchadas, pela Atlântida, e depois ao lado de Ankito, pela Herbert Richers. Com o fim do gênero, no início dos anos 1960, continua plenamente ativo no cinema, ao parti cipar de filmes importantes como Assalto ao Trem Pagador (1962), Macunaíma (1969), Lúcio Flávio, Passageiro da Agonia (1977) e Quilombo (1984), totalizando mais de cem fi lmes. Tem memoráveis participações na televisão também em novelas como Bandeira 2 (1971), Bravo! (1975), Feijão Maravilha (1979), Sinhá Moça (1986), Mandala (1987) e na minissérie República (1989), como Patápio dos Prazeres, além dos humorísti cos Chico Anysio Show (1982), Escolinha do Professor Raimundo (1990) e Estados Anysios de Chico City (1991), sua últi ma participação na televisão. Seu nome é cultuado pela crítica e público em geral. Morre aos 78 anos, em 26 de novembro de 1993 ao desembarcar em Paris, onde seria homenageado. Filmografia: 1935 – Noites Cariocas; 1936 – João Ninguém; 1938 – Futebol em Família; 1939 – Onde Estás Felicidade?; Pega Ladrão!; 1939/1944 – Romance Proibido; 1940 – Céu Azul; Laranja da China; 1941 – Sedução do Garimpo; 1942 – Astros em Desfile (CM); Its All True (inacabado); 1943 – Caminho do Céu; Moleque Tião; Samba em Berlim; 1944 – Tristezas não Pagam Dívidas; Berlim da Batucada; 1945 – Gol da Vitória; Não Adianta Chorar; 1946 – Fantasma por Acaso; Segura esta Mulher; 1947 – Este Mundo é um Pandeiro; Luz dos meus Olhos; 1948 – É com este que eu Vou; E o Mundo se Diverte; Terra Violenta; 1949 – O Caçula do Barulho; Carnaval no Fogo; Também Somos Irmãos; 1950 – Aviso aos Navegantes; Não é Nada Disso; 1952 – Barnabé Tu és Meu; Carnaval Atlântida; Os Três Vagabundos; 1953 – Amei um Bicheiro; Dupla do Barulho; 1954 – Malandros em Quarta Dimensão; Matar ou Correr; 1955 – Paixão nas Selvas (Conchita Und Der Ingenieur) (Alemanha/Brasil); 1956 – Depois eu Con-to; 1957 – A Baronesa Transviada; Brasiliana; Com Jeito Vai; De Pernas pro Ar; Metido a Bacana; Rio, Zona Norte; 1958 – É de Chuá!; Mulher de Fogo (Mujeres de Fuego) (México/Brasil); E o Bicho não Deu; 1959 – Mulheres à Vista; Pé na Tábua; Garota Enxuta; 1960 – Pistoleiro Bossa Nova; Vai que é Mole; Um Candango na Belacap; Entrei de Gaiato; 1961 – Os Três Cangaceiros; O Dono da Bola; 1962 – Assalto ao Trem Pagador; Os Cosmonautas; Quero essa Mulher assim Mesmo; 1963 – O Homem que Roubou a Copa do Mundo; 1965 – Crônica da Cidade Amada (episódio: Um Pobre Morreu); Arrastão (Les Amants de La Mer) (França/Brasil); 1966 – Samba (Espanha/Brasil); 1968 – Enfim Sós ... Com o Outro; Massacre no Supermercado; Os Marginais (episódio: Papo Amarelo); Uma Rosa para Todos (Una Rosa Per Tutti ) (Itália); 1969 – Macunaíma; Não Aperta, Aparício; A Doce Mulher Amada; Por um Amor Distante (Por Un Amour Lointain) (França/Brasil); O Álibi (L’Alibi) (Itália); 1970 – Se meu Dólar Falasse...; Os Herdeiros; A Família do Barulho; O Donzelo; 1971 – Em Ritmo Jovem; Cômicos e mais Cômicos; Sebastião Prata, ou Bem Dizendo, Grande Otelo (depoimento) (CM); Barão Otelo no Barato dos Bilhões; 1972 – Semana da Arte Moderna (depoimento) (CM); Cassy Jones, o Magnífi co Sedutor; 1973 – Alô, Alô, Cinédia (depoimento) (CM); O Rei do Baralho; Negrinho do Pastoreio; 1974 – A Estrela Sobe; A Transa do Turfe; 1975 – Deixa Amorzinho... Deixa; Ladrão de Bagdá, o Magnífico; Assim Era Atlântida; O Flagrante; 1976 – As Aventuras de um Detetive Português; Pastores da Noite (Otália da Bahia) (França/Brasil); A Fera Carioca (Carioca Tigre) (Itália/Brasil); Tem Alguém na Minha Cama (episódio: Dois em Cima, dois Embaixo, dois Olhando); 1977 – Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia; Ladrões de Cinema; A Força de Xangô; 1978 – Ouro Sangrento (Tenda dos Prazeres); As Aventuras de Robinson Crusoé; A Noite dos Duros; A Noiva da Cidade; Agonia; 1981 – Brasil (CM); Noel por Noel (narração) (CM); O Homem do Pau-Brasil; 1982 – Fitzcarraldo (Peru/Alemanha); Fala Mangueira (narração) (CM); 1983 – Parahyba, Mulher Macho; 1984 – Quilombo; Exu-Piá, Coração de Macunaíma; 1985 – Nem Tudo é Verdade; 1986 – Brasa Adormecida; Cinderela; 1987 – Maré de Azar (Running Out of Luck) (EUA); Hollywood The Golden Years: The RKO Story (EUA); Jubiabá (Brasil/França); 1988/2007 – A Paz é Dourada (Fronteiras); Abolição (depoimento); Natal da Portela (Brasil/França); 1989 – Jardim de Alah; 1990 – A Linguagem de Orson Welles (narração) (CM); Boca de Ouro; 1992 – Katharys – Histórias dos Anos 80. OTTO, GEORGE Nasceu em Sorocaba, SP, em 20 de fevereiro de 1955. Estreia no cinema em 1981, no filme Maldita Coincidência, de Sérgio Bianchi. A partir de então inicia carreira na televisão, em oito novelas, sete delas pela TV Globo e uma pelo SBT, com destaque para Parabéns pra Você (1983), como Filipinho, Helena (1987), como Peter e Cortina de Vidro (1989), como Nicolau, etc. Casado, teve uma filha, Stephanie. Morre prematuramente em 4 de agosto de 1991, em São Caetano do Sul, SP, de infarto fulminante, aos 36 anos de idade. Sua filha cria a comunidade orkutiana em sua homenagem. Filmografia: 1981 – Maldita Coincidência. P PACHECO, LEONOR Leonor Lamberti ni nasceu em São Paulo, SP, em 1924. Inicia sua carreira na televisão, ao lado da irmã mais nova, Lúcia Lambertini. As duas atuaram na primeira versão televisiva do Sítio do Pica-Pau Amarelo, em 1952, pela TV Tupi, que ficou dois ano no ar. Lúcia fez o papel da boneca Emília e Leonor o da Dona Benta. Inicialmente levava o nome artístico de Leonor Lambertini, depois mudou para Leonor Pacheco. Contratada pela recém-inaugurada TV Cultura, escreve a novela Escravas do Silêncio, na qual também atua como Madame Lucian. Como atriz, tem regular carreira na TV Tupi, Bandeirantes e Globo, como em Sangue Rebelde (1966), Meu Pedacinho de Chão (1971), A Viagem (1975), Como Salvar meu Casamento (1979) e Eu Prometo (1983), a partir do qual encerra sua carreira artísti ca. Filmografia: 1967 – O Corintiano; 1981 – Lílian, a Suja; O Olho Mágico do Amor; 1983 – Sexo, sua Única Arma. PACHECO, LEOPOLDO José Leopoldo Pacheco nasceu em São Paulo, em 21 de setembro de 1960. Conclui o curso na Escola de Artes Dramáticas da USP em 1986. Começa sua carreira no teatro, dedicando as primeiras duas décadas de sua carreira à essa modalidade. No teatro, trabalhou como maquiador, figurinista, ator e diretor, conquistando prêmios importantes como Mambembe, Shell e APCA. Estreia na televisão em 2004, na novela Um só Coração, como Samir pela TV Globo. O sucesso o leva à TV Record, para ser protagonista principal do remake de Escrava Isaura, no papel do vilão Leôncio Almeida. De volta à TV Globo, brilha novamente como Cemil Guney em Belíssima (2006), depois Paraíso Tropical (2007), como Solano, Beleza Pura (2008), como Raul, e Paraíso (2009), como o Prefeito Norberto. Estreia no cinema em 2006 no filme Veias e Vinhos – Uma História Brasileira, do consagrado diretor João Bati sta de Andrade. Casado com a produtora Maria Izabel Gomes Pacheco, ou apenas Bel Gomes desde 1980, quem tem um único fi lho, Francisco, nascido em 1995. Filmografia: 2006 – Veias e Vinhos – Uma História Brasileira; 2009 – Sem Fio; 2010 – Matraga. PADILHA, MARIA Maria Padilha Gonçalves nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de maio de 1959. Estreia no teatro em 1979 na peça O Despertar de Primavera e no começo só queria fazer teatro, desenvolvendo sólida carreira em peças como La Ronde (1991) e A Falecida (1994). Em 1980 faz sua estreia na televisão, na novela Água Viva, seguindo-se novelas, minisséries e seriados como O Dono do Mundo (1991), Colégio Brasil (1995), Anjo Mau (1997), Decadência (1996), Você Decide (1992/1999), Malhação (1999), O Cravo e a Rosa (2000), O Quinto dos Infernos (2002), Os Normais (2002), Mulheres Apaixonadas (2003) e Paraíso Tropical (2007). No cinema atua em Das Tripas Coração (1982), Boca de Ouro (1990) e Os Matadores (1997) e, mais recentemente Praça Saens Peña (2008), retornando ao cinema quase dez anos depois. Em 1993 posa para a revista playboy, para poder bancar a produção de uma peça teatral. Em 2006 retorna ao teatro para encarnar um dos personagens mais lendários da história, Cleópatra, na peça Antonio & Cleópatra, com direção de Paulo José. Casa-se com o ator Paulo Reis e depois com o poeta Mário Carneiro. Bonita e talentosa, é atriz de destaque na atualidade. Filmografia: 1982 – Das Tripas Coração; 1986 – Vento Sul; 1987 – PSW – Uma Crônica Subversiva (CM); 1990 – Boca de Ouro; 1994 – Sábado; 1997 – Os Matadores; 1999 – Zoando na TV; 2008 – Praça Saens Peña; Fim da Linha. PADILHA, PAULO Nasceu em Pelotas, RS, em 1928. Já no Rio de Janeiro, cursa o Conservatório Nacional de Teatro entre 1951 e 1953, ano em que estreia com o espetáculo infantil Pedro e o Lobo. Em seguida vai para o Tablado de Maria Clara Machado. A partir de 1955, trabalha intensamente no teatro profi ssional, nas peças O Telescópio e É Preciso Viver, etc., recebendo o prêmio de revelação. Estreia no cinema em 1961 no filme Por um Céu de Liberdade, mas seu grande momento viria no ano seguinte em Porto das Caixas, com excepcional interpretação, ao lado de Irma Alvarez e Reginaldo Faria. Entre outros, parti cipa de Matou a Família e Foi ao Cinema (1969) e Xica da Silva (1976). Na televisão, inicia com o Teatrinho Trol e o Grande Teatro Tupi, depois em inúmeras novelas como Pouco Amor não é Amor (1963), A Ponte dos Suspiros (1969), A Patota (1972) e Xeque Mate (1976), entre outras. Como ator de teatro, recebe vários prêmios principalmente por sua atuação nas peças O Panorama Visto da Ponte, Os Fuzis da Senhora Carrar e A Moratória. Por motivos até hoje desconhecidos, suicida-se em São Paulo, em 1977, aos 49 anos de idade, ao atirar-se do quarto andar do prédio onde morava. Filmografia: 1961 – Por um Céu de Liberdade; 1962 – Porto das Caixas; 1964 – Um Ramo para Luíza; 1966 – Cuidado, Espião Brasileiro em Ação; 1967 – Car-naval Barra Limpa; 1968 – Juventude e Ternura; Cara a Cara; Os Viciados (episódio: A Trajetória); 1969 – Matou a Família e Foi ao Cinema; A um Pulo da Morte; As Duas Faces da Moeda; Tempo de Violência; 1971 – Viver de Morrer; 1972 – Uma Pantera em Minha Cama; 1974 – Amor e Medo (voz); 1976 – Fruto Proibido; Xica da Silva. PÁDUA, NINA DE Nina de Pádua Andrade nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 9 de outubro de 1960. No colégio, aos seis anos de idade, já representava para os professores e colegas, com muita desenvoltura. Resolve seguir carreira artística e vai para o teatro. Estreia em 1973 na peça Calabar, de Chico Buarque de Hollanda, mas, censurada, a peça nem chegou a estrear. Junta-se ao grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone e atua em Inspetor Geral e Trate-me Leão. Estreia na televisão em 1979 no seriado Malu Mulher e no cinema em 1981 no filme Engraçadinha, como Letícia. A partir daí sua não para mais de trabalhar nas três modalidades com igual graça e competência. Acumula hoje mais de trinta peças no currículo, com destaque para No Brilho da Gota de Sangue, A Partilha, Sonhos de uma Noite de Verão, Meno Male, etc. Depois passa a ministrar cursos de teatro, utilizando métodos de criação do Asdrúbal, transferindo aos principiantes um pouco de sua experiência. Nos anos 1980 atua em vários fi lmes como Menino do Rio (1982), Eternamente Pagu (1987), Como Nascem os Anjos (1996), etc. Na televisão, brilha em Eu Prometo (1983), Mania de Querer (1986), Quatro por Quatro (1994), Alma Gêmea (2005), entre outras. Pela TV Record é uma das protagonistas de Chamas da Vida (2008). Em 2008 excursiona pelo País com a peça Subindo pelas Paredes e Negócios Inacabados. É uma grande atriz brasileira. Filmografia: 1981 – Engraçadinha; 1982 – O Cru e o Cozido (CM); Menino do Rio; O Segredo da Múmia; 1984 – Me Beija; 1983 – Verão (CM); 1985 – Noite; Aqueles Dois (narração); Avaeté – Semente da Vingança; 1986 – Obscenidades (CM) (voz); Nem tudo é Verdade; 1987 – Eternamente Pagu; 1990 – O Escorpião Escarlate; 1996 – Como Nascem os Anjos; 1999 – Hi-Fi (CM); Improviso. PAES, DIRA Ecleidira Maria Fonseca Paes nasceu em Abaetetuba, PA, em 30 de junho de 1969. Em 1987 sonhava em ser atriz quando soube que uma equipe do filme Floresta de Esmeraldas, do diretor John Boorman estava fazendo testes com garotas da cidade para compor o elenco. Ela se inscreveu e foi aprovada. Ficou um mês no Rio de Janeiro filmando. Era sua estreia no cinema e na vida artística. Depois veio o sucesso com Ele, o Boto, de Walter Lima Jr. Sua carreira foi direcionada essencialmente ao cinema, embora tenha feito algumas novelas e minisséries na televisão como Araponga (1990), Irmãos Coragem (1995), Dona Flor e seus dois Maridos (1998), Força de um Desejo (1999), Chiquinha Gonzaga (1999), A Diarista (2005), como Solineuza, ao lado da atriz Cláudia Rodrigues, a minissérie Um só Coração (2004) como Magnólia Cavalcanti, Casos e Acasos (2008), como Gisele, Caminho das Índias (2009), no papel da impagável Norminha. Em 2005 brilha como a mãe de Zezé de Camargo & Luciano no filme Dois Filhos de Francisco, um grande sucesso de bilheteria. Depois Mulheres do Brasil (2006), Baixio das Bestas (2006), Ó Pai Ó (2007), A Festa da Menina Morta (2008), etc. No teatro, entre seus trabalhos mais importantes, destacam-se Capitães de Areia, direção de Roberto Bomtempo, O Capataz de Salema, direção de Sérgio Mamberti, O Avarento, direção de Amir Haddad, e Meu Destino é Pecar, direção de Gilberto Gawronski. É idealizadora e diretoraexecutiva, com o produtor Emanuel Freitas, do Festival de Belém do Cinema Brasileiro, realizado desde 2004 na capital paraense, durante o mês de junho. Foi casada por oito anos com o roteirista Gustavo Fernández. Com seu segundo marido, o cineasta Pablo Baião, teve um filho, Inácio, nascido em 2008. Filmografia: 1985 – Floresta de Esmeraldas (The Emerald Forest) (EUA); Ele, o Boto; Au Bout Du Rouleau (TV) (França); Lánd (Inglaterra); 1989 – Corpo em Delito; 1991 – O Filme da Minha Vida; 1994 – Obra do Destino; 1996 – Corisco e Dadá; 1997 – Anahy de Las Missiones; 1998 – Lendas Amazônicas; 1999 – Castro Alves – Retrato Falado do Poeta; Estado de Alerta (CM); Vida e Obra de Ramiro Miguez; Cronicamente Inviável; 2001 – O Casamento de Louise; 2002 Lua Cambará – Nas Escadarias do Palácio; Amarelo Manga; 2003 – Noite de São João; 2005 – Meu Tio Matou um Cara; Dois Filhos de Francisco; 2005 – Os Incuráveis; Celeste & Estrela; 2006 – Mulheres do Brasil; Baixio das Bestas; 2007 A Grande Família – o Filme; Ó Pai Ó; 2008 – A Festa da Menina Morta; 2009 –Esse Homem Vai Morrer; 2010 – Estamos Juntos; Amazônia Caruana. PAES, JULIANA Juliana Couto Paes nasceu em Rio Bonito, RJ, em 26 de março de 1979. Seu pai, Carlos Henrique, é militar reformado e sua mãe, Regina, é professora. Começa sua carreira como modelo, sem abandonar seus estudos normais. Em 1999 conclui faculdade de Propaganda e Marketing. Muito bonita e de beleza plástica invejável, logo é descoberta pela TV, ao fazer figuração no seriado Malhação, em 1998. Em 2000 faz sua primeira novela, Laços de Família, no papel de Rita, ainda um pequeno papel. Como protagonista, atua como Guinevere, em Pé na Jaca, em 2007. Posa para revista Playboy em 2004 e, em 2006, é incluída na lista das Cem Pessoas mais Sensuais do Mundo, pela revista People Magazine. Estreia no cinema em 2005 no filme Mais uma Vez o Amor. Por alguns anos, foi garota-propaganda da Antarcti ca, na campanha Sou da Boa e também Rainha da Bateria da Escola de Samba Viradouro. No teatro, fez, na temporada 2007/2008 a peça Os Produtores, com direção de Miguel Falabella. Em 2009 é uma das atrizes principais de Caminho das Índias, como Maya Meetha. Aliando beleza ao talento, é uma das mulheres mais bonitas do Brasil. Morena bem brasileira, linda, talentosa e dona de uma corpo escultural, é uma das boas atrizes da atualidade. Está casada com o empresário Carlos Eduardo Baptista desde 2008. Filmografia: 2005 – Mais uma Vez o Amor; 2006 – Seus Problemas Acabaram; 2008 – A Casa da Mãe Joana; Kung Fu Panda (idem) (EUA) (dublagem do personagem Mestre Tigresa). PAGÃ, ELVIRA Elvira Olivieri Cozzolino nasceu em Itararé, SP, em 6 de setembro de 1920. Ainda criança muda-se com a família para o Rio de Janeiro e vai estudar no colégio Imaculada Conceição. Em 1930, ainda adolescente, começa carreira no rádio, ao lado da irmã Rosina, quando formam a dupla Irmãs Pagãs. Realizava com sua irmã inúmeras festas das quais participavam inúmeros arti stas entre os quais os integrantes do Bando da Lua. Em 1935 cantaram com os Anjos do Inferno na inauguração do Cine Ipanema, sendo apresentadas por Heitor Beltrão como as Irmãs Pagãs. A dupla estreia no cinema em 1935, cantando no filme Alô Alô, Carnaval. Foram contratadas pela Rádio Nacional e excursionaram por quatro meses pela Argentina, Peru e Chile. Após casar-se, desfaz a dupla com a irmã e segue carreira solo nos anos 1940 e 1950, tornando-se vedete famosa. Elvira esteve sempre à frente de sua época, tanto que foi a primeira mulher a usar biquíni na América Latina, em 1950, um escândalo. Foi rainha do carnaval carioca. Ela foi também um dos grandes símbolos sexuais da era do rádio, brilhando no Teatro de Revista, nos cabarés e nos carnavais cariocas. Era rival de Luz del Fuego. Escandalosa e perseguida, vestia sempre trajes sumários e chegou a ser presa por atentado ao pudor. Foi uma da primeiras atrizes a fazer cirurgia plástica por motivos unicamente estéti cos. No final dos anos 1960, como tantas outras artistas, saiu de cena. A partir da década de 70 torna-se pintora, adotando um estilo esotérico, sem grande destaque nesta nova iniciativa. Com a maturidade foi se tornando misantropa e temperamental, evitando qualquer contato com as pessoas, sobretudo a imprensa e pesquisadores. Vivia sozinha em um apartamento em Copacabana, RJ, onde morre, em 8 de maio de 2003 aos 82 anos de idade, de falência múlti pla dos órgãos. A família preferiu não divulgar a notícia, que chegou ao conhecimento da imprensa somente meses depois. Filmografia: como Irmãs Pagãs: 1935 – Alô, Alô, Carnaval; 1936 – O Bobo do Rei; Cidade Mulher; 1937 – Favela (CM); 1938 – Três Anclados en Paris (Argentina); 1939 – Canções (CM); 1940 – Laranja da China. como Elvira Pagã: 1948 – Vegas Nights (EUA); 1949 – Carnaval no Fogo; Dominó Negro; 1950 – Aviso aos Navegantes; Écharpe de Seda; 1955 – Guaraciaba (inacabado); 1972 – Programa Chuva de Brotos – Elvira Pagã (CM); 1975 – Assim Era Atlântida; Elvira Pagã Vai se Acabar (CM). PAGÃ, ROSINA Rosina Cozzolino nasceu em Itararé, SP, em 1919. Ainda criança muda-se com a família para o Rio de Janeiro e vão estudar no colégio Imaculada Conceição. Em 1930, ainda adolescente, começa carreira no rádio, ao lado da irmã Elvira, quando formam a dupla Irmãs Pagãs. Realizava com sua irmã inúmeras festas das quais participavam inúmeros artistas entre os quais os integrantes do Bando da Lua. Em 1935 cantaram com os Anjos do Inferno na inauguração do Cine Ipanema, sendo apresentadas por Heitor Beltrão como as Irmãs Pagãs. A dupla estreia no cinema em 1935, cantando no filme Alô Alô, Carnaval. Foram contratadas pela Rádio Nacional e excursionaram por quatro meses pela Argentina, Peru e Chile. Com o casamento de Elvira, a dupla chega ao fim e Rosina segue carreira solo também de sucesso. Faz turnê em Cuba, Estados Unidos e México, onde faz três filmes, se casa e passa a residir. A partir dos anos 1960 encerra sua carreira. Filmografia: como Irmãs Pagãs: 1935 – Alô, Alô, Carnaval; 1936 – O Bobo do Rei; Cidade Mulher; 1937 – Favela (CM); 1938 – Três Anclados en Paris (Argentina); 1939 – Canções (CM); 1940 – Laranja da China. como Rosina Pagã: 1939 – Aves sem Ninho; 1943 – Caminho do Céu; 1949 – Calabacitas Tiernas (México); 1950 La Liga de Las Muchachas (México); 1958 – Musica & Dinero (México); 1979 De Hollywood a Cataguases (CM). PAGANO SOBRINHO Fioravante Pagano Sobrinho nasceu em São Paulo, SP, em 1910. Começa sua carreira na rádio, como humorista. De voz roliça e um pouco de sotaque italiano, conta piadas, ou paganadas, como chama, tornando-se uma das maiores audiências da rádio nos anos 1950. A popularidade leva-o ao cinema, em 1950, no filme Um Beijo Roubado, mas sua melhor performance acontece em 1957 na película Casei-me com um Xavante (1957) e depois O Bandido da Luz Vermelha (1968), pelo qual ganha o prêmio Air France. Na televisão, participa de programas humorísti cos antológicos como A Família Trapo, Praça da Alegria, Golias Show, Bronco Total e É Proibido Colocar Cartazes, seu últi mo programa. Solteiro, morre sozinho em 24 de outubro de 1972, aos 62 anos de idade, de enfarte, em São Paulo. Filmografia: 1948 – Chuva de Estrelas (CM); 1950 – Um Beijo Roubado (Noites de Copacabana); 1952 – Barnabé tu És Meu; 1956 – A Estrada; 1957 – Casei-me com um Xavante; 1958 – Vou te Contá; 1964 – Imitando o Sol (O Homem das Encrencas); 1968 – O Bandido da Luz Vermelha; 1975 – Assim Era Atlântida. PAGÃS, IRMÃS Dupla de irmãs cantoras de muito sucesso que durou dez anos (1930/1940) formada por Elvira e Rosina. Gravaram discos, parti ciparam de shows, filmes, fizeram turnês internacionais. A partir do casamento de Elvira a dupla se desfaz e elas seguem carreira solo separadas, mas de contínuo sucesso também, até o final dos anos 1950. Filmografia: 1935 – Alô, Alô, Carnaval; 1936 – O Bobo do Rei; Cidade Mulher; 1937 – Favela (CM); 1938 – Três Anclados en Paris (Argenti na); 1939 – Canções (CM); 1940 – Laranja da China. obs: ver biografia individual das irmãs. PAGNONCELLI, HENRI Henrique Pagnoncelli nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de fevereiro de 1953. É formado em Medicina. Em 1985 faz sua estreia no cinema no filme Tropclip. No ano seguinte faz sua primeira novela Selva Pedra. A partir daí segue regular carreira na televisão, ao atuar em novelas como Fera Radical (1988), Mulheres de Areia (1993), Por Amor (1997), O Clone (2001), América (2005) e Sete Pecados (2007) e Casos e Acasos (2008). Contratado pela TV Bandeirantes, protagoniza Água na Boca em 2009. No cinema, participa de poucos fi lmes como Tiradentes (1999) e A Dona da História (2004). Filmografia: 1985 – Tropclip; Fêmeas em Fuga (Femmine in Fuga) (Itália/Brasil); 1995 – As Meninas; 1999 – Tiradentes; 2004 – Odiquê?; Sexo, Amor e Traição; A Dona da História; 2009 – Bela Noite para Voar. PAIVA, IGOR Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1974. Inicia sua carreira em 2005 no filme Mais uma Vez o Amor, de Rosane Svartman. No mesmo ano vai para a televisão participar do episódio Microfonista, da série A Diarista. Depois faz Toma Lá, Dá Cá (2007), Faça sua História (2008) e Força-Tarefa (2009). Em 2007 é convidado a parti cipar do filme Sem Controle, no papel do policial Otávio e no mesmo ano fica em cartaz com a peça Os Desesperados, sob a direção de Fernando Ceylão. Filmografia: 2005 – Mais uma Vez o Amor; 2007 – Sem Controle. PALITOS, PABLO Pedro Pablo Senger nasceu em Zaragoza, Espanha, em 8 de fevereiro de 1906. Vem ainda jovem para o Brasil e logo integra o elenco do Teatro Recreio do Rio de Janeiro. Parti cipa do filme A Voz do Carnaval, em 1933, como Rei Momo, fi cando engraçado, por ser muito magro. Tem grande popularidade também na capital paulista, sendo conhecido e respeitado nas décadas de 1930/1940. Foi casado por 65 anos com Maria de La Paz Lechuga. Com quem teve três filhos, entre elas a atriz Graciela Pal. Morre em 26 de fevereiro de 1989, em Buenos Aires, Argenti na, de ataque cardíaco, aos 83 anos de idade. Filmografia: (Brasil): 1933 – A Voz do Carnaval; (Argentina): 1937 – Segundos Afuera!; Palermo; 1939 – Alas de Mi Patria; ... Y Mañana Serán Hombres; 1940 – Flecha de Oro; Hay Que Educar a Niní; 1941 – Novios Para Las Muchachas; Aguila Blanca; 1942 – La Mentirosa; 1950 – El Ladrón Canta Boleros; 1953 – Intermezzo Criminal; 1954 – Detective; 1960 – El Campeón Soy Yo; 1972 – Olga, La Hija de Aguella Princesa Rusa; 1973 – La Casa Del Amor; 1977 – La Aventura Explosiva; 1978 – Con Mi Mujer no Puedo; 1979 – Hormiga Negra; 1982 – Esto Es Vida; 1984 – Mingo y Anibal dos Pelotazos en Contra. PALMEIRA, MARCOS Marcos Palmeira de Paula, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de agosto de 1963. É filho do cineasta cearense Zelito Viana e sobrinho de Chico Anysio. Praticamente cresce nos sets de filmagem, onde vai aprendendo fazer um pouco de tudo. Aos seis anos de idade estreia no cinema no filme Copacabana me Aterra, de Paulo Alberto Monteiro de Barros; aos onze no teatro, numa montagem de Édipo Rei; e aos doze na televisão, num especial de Natal. Resolve abraçar definitivamente a profissão em 1981, aos dezoito anos de idade, ao entrar para a Casa das Artes de Laranjeiras. Faz pequenos papéis na TV, inclusive no programa do tio Chico Anysio, como o maquiador gay do personagem Painho. Aos poucos sua carreira vai crescendo e hoje é um dos astros de primeira grandeza da TV Globo. Atua em inúmeras novelas como Mandala (1987), sua estreia, Vale Tudo (1988), como o jornalista Mário Sérgio, seu primeiro sucesso na TV, Pantanal (1990), Amazônia (1991), Renascer (1993), Irmãos Coragem (1995), Salsa & Merengue (1997), Torre de Babel (1998), Coração de Estudante (2002), Celebridade (2004), Belíssima (2006), Mandrake (2007), este pelo canal pago HBO, Casos e Acasos (2008) e Três Irmãs (2009). No cinema, atua em O Grande Palhaço (1980), Dedé Mamata (1987), Carlota Joaquina, Princesa do Brazil (1995), Villa-Lobos, uma Vida de Paixão (1998), Dom (2003), O Homem que Desafiou o Diabo (2007), Bela Noite para Voar (2009), etc. Foi casado com a atriz Vanessa Barum, viveu por um ano com a atriz Ana Paula Arósio e está casado com a atriz/produtora Amora Mautner, filha do cantor/compositor Jorge Mautner, com quem tem uma filha, Júlia, nascida em 2007. Filmografia: 1969 – Copacabana me Aterra; 1980 – O Grande Palhaço; 1984 – Memórias do Cárcere; Garota Dourada; 1985 – Avaeté, Semente da Violência; 1986 – S.O.S. Brunet (CM); A Cor do seu Destino; Fulaninha; 1987 – Dedé Mamata; Leila Diniz; Um Trem para as Estrelas; Ele, o Boto; 1988 – Romance da Empregada; Por Dúvida das Vias (CM); 1989 – Trancado por Dentro (CM); 1990 – Barrela (Escola de Crimes); Carnaval (CM); Stelinha; 1991 – Vai Trabalhar Vagabundo II – A Volta (Amor Vagabundo); 1995 – Carlota Joaquina, Princesa do Brazil; 1997 – Buena Sorte; Anahy de Las Misiones; O Amor Está no Ar; 1998 – Como Ser Solteiro; Villa-Lobos, uma Vida de Paixão; 2001 – O Casamento de Louise; 2002 – O País é Este (CM); 2003 – Dom; 2007 – O Homem que Desafiou o Diabo; 2008 – A Mulher do meu Amigo; 2009 – Bela Noite para Voar; Quase um Tango... PAN CHACON, THALES Nasceu em São Paulo, SP, em 1956. Estuda Arquitetura e Urbanismo na USP, mas não conclui o curso. Em 1978 começa a estudar teatro. Na Bélgica, é aluno de Maurice Béjart. De volta ao Brasil, começa sua carreira artística ao integrar o elenco da peça Chorus Line, contracenando com Cláudia Raia e sob a direção de Walter Clark. Durante a montagem de Drácula, no Teatro Procópio Ferreira, conhece Carla Camurati, que viria a ser sua esposa durante seis anos. Estreia no cinema no filme Elite Devassa, em 1983. No ano seguinte fica conhecido em todo o Brasil por sua atuação em Eu Sei que Vou te Amar, ao lado de Fernanda Torres, sob a direção de Arnaldo Jabor. No teatro, Thales atua em diversas peças como Gardel, uma Lembrança (1987), Theatro Musical Brazileiro (1995), Trilogia da Louca, O Drácula, Descalços no Parque, Gilda – Um Projeto de Vida, No Coração do Brasil, Fedra, etc. Na televisão, estreia em 1982, na minissérie Avenida Paulista, como Bianco, e participa das novelas Um Sonho a Mais (1985), Helena (1987), Fera Radical (1988), Meu Bem, meu Mal (1991), Olho por Olho (1988) e Os Ossos do Barão (1996). Em 1997, prepara a montagem do Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa, sem conseguir concluir. Morre em 2 de outubro de 1997, aos 41 anos de idade em São Paulo, vítima de parada respiratória, consequência do vírus da AIDS, da qual era portador havia dez anos. Filmografia: 1983 – Elite Devassa; 1986 – Eu Sei que Vou te Amar; Fonte da Saudade; 1987 – Luzia Homem; A Muher Fatal Encontra o Homem Ideal (CM); 1990 – Diálogo de Todo Dia (CM); 1992 – Estação Aurora (CM); Floresta da Tijuca (CM); 1995 – Carlota Joaquina, Princesa do Brazil; 1997 – Coração Denunciador (CM); 1998 – La Serva Padrona. PAOLETTI Paulo César Bacelar da Silva era bailarino, cantor, ator e humorista. Começa sua carreira na década de 1970 integrando o Dzi Croquettes, um grupo de transformistas com o qual passa dois anos viajando pela Europa, principalmente a França. Na televisão, estreia em 1978 na novela Dancin’ Days, pela TV Globo, depois Baila Comigo (1981), Transas e Caretas (1984) e De Corpo e Alma (1992). Participa também de humorísticos ao lado de Chico Anysio, sendo seu personagem mais famoso o assistente do Painho em Chico City. Morre em 30 de julho de 1993, em São Paulo, de broncopneumonia. Filmografia: 1982 – Rio Babilônia. PARAGUAÇU Roque Ricciardi nasceu em São Paulo, SP, em 25 de maio de 1890. Em 1908 estreia como cantor em um café dançante e passa a trabalhar na noite paulistana. Em 1912 grava seu primeiro disco, Madalena e Mágoas, ambas de sua autoria. Em 1921 conhece Catulo da Paixão Cearense e se tornam grandes amigos. Grande compositor e um dos cantores mais populares do Brasil, Paraguaçu tem intensa participação também no cinema, iniciando ainda na fase muda, no filme O Bem-Te-Vi, de 1927, dirigido por José Del Picchia, muito importante por ter sido a primeira experiência sonora com discos Vitaphone. Depois tem efeti va participação no início do cinema sonoro brasileiro, ao lado de Genésio Arruda. Atuando ou cantando, participa de vários filmes. Grande compositor também, nome de respeito na Música Popular Brasileira, morre em 5 de janeiro de 1976, aos 85 anos de idade, em São Paulo. Filmografia: 1927 – O Bem-Te-Vi (CM); 1929 – Acabaram-se os Otários; A Juriti (CM); 1930 – Canções Brasileiras (CM); 1931 – Coisas Nossas; O Babão; Campeão de Futebol; Mágoa Sertaneja (CM); 1935 – Fazendo Fita. PARDINI, ROSA Nasceu em São Paulo, SP, em 8 de agosto de 1926. Aos treze anos faz aulas de canto com a professora Lili Wolf. Ouvida por Oduvaldo Vianna, a contrata para participar da novela radiofônica Alegria. Em 1943 é contratada pela Rádio São Paulo e em 1949 a Tupi a chama para participar do programa do maestro Marcelo Tupinambá. Quando veio a televisão, passa a cantar em diversos programas como Antarctica no Mundo dos Sons e Almoço com as Estrelas. Seus maiores sucessos são Que Será, Será; Guacyra e O que eu Queria Dizer ao seu Ouvido. Paralelamente, Rosa Pardini colocou sua voz em jingles e comerciais , por mais de vinte anos, nos Estúdios Sonotec, Publisom, Gilberto Martins, Magison, etc. No cinema, canta a música Assim é a Quadrilha, de Mário Zan, ao lado de Mazzaropi no filme Meu Japão Brasileiro. Tem três filhos. Filmografia: 1964 – Meu Japão Brasileiro. PARENTE, NILDO Nasceu em Fortaleza, CE, em 1934. Em 1952 muda-se para o Rio de Janeiro e em 1956 entra para a Academia Brasileira de Teatro, comandada por Dulcina de Moraes e faz dois anos de curso. Ao final, Dulcina monta o espetáculo O Processo de Jesus e convoca seu marido Odilon, sua mãe Conchita, além de todos os alunos para participar. É sua estreia no teatro. Na Tupi do Rio, Nildo entra para o Grande Teatro Tupi, participando de quase vinte peças entre 1958 e 1963, tudo ao vivo. Em 1963 estreia no cinema no filme O Quinto Poder e a partir daí constitui uma da maiores carreiras cinematográficas do Brasil, com quase setenta filmes, entre curta e longa-metragem, com destaque para Azylo Muito Louco (1970), Gabriela (1983), Natal da Portela (1988), Érotique (1994), Poeta de Sete Faces (2002) e Cleópatra (2007). Na televisão, também não fica atrás, desde sua estreia em 1969, em A Últi ma Valsa, alternando-se em TV Globo, Manchete e Record, em especial Corpo Santo (1987), sua preferida, O Dono do Mundo (1991), Pecado Capital (1998), Celebridade (2002), como o jornaleiro Wanderley, um de seus melhores papéis, e Paraíso Tropical (2007). Em 2007 transfere-se para a TV Record e estreia em Luz do Sol (2007) como Inácio, e A Lei e o Crime (2009), como Alcebíades. No teatro, em mais de sessenta peças, as principais são Hoje é Dia de Rock, de Rubens Correia, Francisco de Assis de Ciro Barcellos, e Ai Ai Brasil, de Sergio Brito. Nildo Parente nunca parou de trabalhar, desde 1958 em sua estreia até hoje. Sempre como coadjuvante, mas com incrível competência, tem uma das mais bonitas carreiras artísticas do Brasil. Filmografia: 1963 – O Quinto Poder; 1968 – O Homem que Comprou o Mundo; 1969 – Tempo de Violência; 1970 – Anjos e Demônios; Azylo Muito Louco; O Homem das Estrelas (Le Maítre du Temps) (França/Brasil); Jardim das Espumas; Mãos Vazias; São Bernardo; O Doce Esporte do Sexo (episódio: O Torneio); 1972 – Delírio (CM); Quem é Beta? (Pas de Violence Entre Nous) (Brasil/França); 1973 – Os Condenados; 1974 – Um Homem Célebre; Onanias, o Poderoso Machão; 1975 – Nem os Bruxos Escapam; Ipanema Adeus; 1976 – Padre Cícero; 1977 – Canção de Amor (CM) (narração); Ajuricaba, o Rebelde da Amazônia; O Seminarista; Tenda dos Milagres; 1978 – Nosso Mundo (CM); Coronel Delmiro Gouveia; Pequenas Taras; A Batalha dos Guararapes; 1979 – Dor Secreta (CM) (narração); Companhia Solidão Limitada (CM); O Princípio do Prazer; Eu Matei Lúcio Flávio; O Coronel e o Lobisomem; Terror e Êxtase; 1980 – Sinal Vermelho (CM); Cabaret Mineiro; Parceiros da Aventura; Giselle; 1981 – Zadig (CM); Fruto do Amor; A Missa do Galo (CM); 1982 – Rio Babilônia; Luz Del Fuego; 1983 – Gabriela (Brasil/Itália/EUA); 1984 – Amor Maldito; Para Viver um Grande Amor; Águia na Cabeça; Memórias do Cárcere; O Beijo da Mulher Aranha (Kiss of the Spider Woman) (Brasil/EUA); 1987 – Leila Diniz; 1988 – Natal da Portela (Brasil/ França); Luar sobre Parador (Moon Over Parador) (EUA); 1990 – O Mistério de Robin Hood; 1991 – Assim na Tela como no Céu; 1992 – Kickboxer 3: The Art of War (EUA); 1994 – Érotique (episódio brasileiro: Final Call) (EUA/Alemanha/ Hong-Kong); 1998 – Bela Donna; 2001 – Extrema Ação (CM); Meu Filho Teu (Um Crime Nobre) (Itália/Brasil); Eldorado: Lituanos no Brasil (narração); 2002 – Poeta de sete Faces (Vida e Poesia de Carlos Drummond de Andrade); Seja o que Deus Quiser; 2003 – Bala na Marca do Pênalti (CM); 2005 – Como Dantes (CM); 2006 – Brasília 18%; 2007 – Inesquecível; Cleópatra; Meu Nome é Dindi; 2008 – Mais uma História no Rio (CM); Depois de Tudo (CM); 2009 – Bela Noite para Voar; 2010 – Chico Xavier. PÁRIS, CLEO DE Cleomara de Paris Regozo nasceu em Barão de Cotegipe, RS, em 18 de março de 1972. Cursa Jornalismo na PUC-RS e ao mesmo tempo entra para a companhia de teatro Cia. das Índias. Em 1998 estreia no cinema no curta A Vida do Outro, que lhe rende de cara o Kikito de Melhor Atriz. Depois de morar um tempo no Rio de Janeiro, fixa-se em São Paulo, indo estudar com Antunes Filho, no CPT, depois com a Cia.Satélite, no espetáculo Corações Partidos ou Contemplação de Horizontes e logo em seguida para o grupo Os Satyros. Dedica-se muito ao teatro atuando em inúmeras peças, destacando-se A Filosofi a na Alcova do Marquês de Sade, Cosmogonia, Experimento Número 1, A Vida na Praça Roosevelt, Inocência, O Dia das Crianças, El Truco, Divinas Palavras, Vestido de Noiva, etc. Em 2007 atua no teleteatro Vento nas Janelas e em 2008 no telefilme A Noiva, ao lado de Gero Camilo. Em 2008 José Mojica Marins a convida para participar do longa Encarnação do Demônio e em 2009 estreia o espetáculo Cansei de Tomar Fanta e Liz. Com talento, vê sua carreira totalmente em ascensão. Filmografia: 1998 – A Vida do Outro (CM); Nocturnu (CM); 2000 – Outros (CM); Dois Filmes em uma Noite (CM); A Verdade às Vezes Mancha (CM); Tolerância; Cavaleiro Jorge (voz); 2001 – Vou Zoar até Morrer (CM); Snake (CM); 2005 – Crime Delicado; 2006 – Wood & Stock: Sexo, Orégano & Rock and Roll (voz); 2008 – Encarnação do Demônio; Booker Pittman (CM). PARISI, JOSÉ Nasceu em São Paulo, SP, em 1924. Muito jovem começa a trabalhar na zona cerealista do mercado central, para ajudar a família. Nas horas de folga, imita os locutores famosos da época, como César Ladeira. Com boa pinta, bom potencial de voz e incentivado por amigos, participa do programa Um Galã para Maria Della Costa, na Rádio Tupi. Não vence o concurso, mas acaba contratado como locutor de rádio. Com a chegada da televisão, interpreta o Falcão Negro, seriado de aventuras, transmitido ao vivo por quase dez anos e seu maior sucesso como ator. Faz sólida carreira, quase sempre na TV Tupi, na qual participa de momentos memoráveis como Sua Vida me Pertence (1951), TV de Vanguarda (1952/1958), Falcão Negro (1954), TV de Comédia (1958), TV Teatro (1958), O Direito de Nascer (1964), Simplesmente Maria (1970), Salário Mínimo (1978), Destino (1982) e Mania de Querer (1986), sua última novela. Dirige três novelas, O Segredo de Laura (1964), O Direito de Nascer (1964) e Os Irmãos Corsos (1966). Estreia no cinema em 1950, numa pequena ponta no filme Caiçara, da Vera Cruz. Atua também em O Sobrado (1956) e Vereda da Salvação (1965). Participa das novelas A Inimiga (1966), Meus Filhos, Minha Vida (1984) e das peças Filha da... (1982) e Aluga-se uma Barriga (1984), etc. Afastado da vida artística, por falta de oportunidades, morre em 29 de novembro de 1992, aos 68 anos de idade, de enfarte, em São Paulo. Seu filho, José Parisi Jr., também é ator e dublador. Filmografia: 1950 – Caiçara; 1955 – Não Matarás; 1956 – O Sobrado; 1958 – Uma Certa Lucrécia; 1965 – Vereda da Salvação; 1977 – Chão Bruto. PARISI, LUCIMARA Maria Teresa Romano nasceu em São Paulo, SP, em 1951. É formada em Jornalismo. Inicia sua carreira artísti ca como atriz, dubladora e locutora. Em 1965 chega a participar da novela A Sombra do Passado, como Alice, produzida e apresentada pela TV Paulista. Mas logo passa a trabalhar com produção, destacando-se na Rádio Globo, no programa Balancê, comandado por Osmar Santos, e depois Perdidos na Noite, quando inicia a parceria com Fausto Silva, a qual está até hoje, como produtora-geral do Domingão do Faustão. Em 2005 lança sua autobiografia, Uma Mulher que Faz. Estreia no cinema em 2009, no filme trash Liz Vamp, a Segunda Geração do Terror, dirigido por Liz Marins, filha de José Mojica Marins. Foi casada com o jornalista Jorge Farath, com quem teve dois fi lhos, Mário e Mauro; com o músico André Quioroglo, com quem teve duas filhas, Ariadne e Ariane, e desde 2006 com Alexandre Viturino, com quem adotou Gabriel (2006). Filmografia: 2009 – Liz Vamp, a Segunda Geração do Terror. PARISI FILHO, JOSÉ Nasceu em São Paulo, SP, 1954. É filho do ator/diretor José Parisi. Acompanha o pai desde criança. Com nove anos de idade inicia carreira de dublador. Como ator, ainda criança, destaca-se como o filho de Tony Ramos no programa Fé para Hoje, pela TV Tupi. Com dezessete anos faz sua primeira novela, O Preço de um Homem, em 1971, direção de Henrique Martins. Seguem-se ainda pela Tupi Ídolo de Pano (1974) e A Viagem (1975). Na TV Bandeirantes atua em Os Imigrantes, Os Adolescentes, ambas em 1981, e Meus Filhos, Minha Vida (1984), pelo SBT, quando encerra sua carreira de ator. Estreia no cinema em 1979 no filme Sexo Selvagem. Em teatro fez Os Rapazes da Banda, Fedra, Onde Canta o Sabiá e Divórcio a Vista ou a Prazo. Apresenta baile de debutantes. Mas a profissão de dublador sempre foi seu carro-chefe profissional, tanto que monta sua própria empresa, com trabalhos exibidos em todo o País e no exterior. Filmografia: 1979 – Sexo Selvagem; 1981 – Campineiro, Garotão para Madames. PAROLINI, ORLANDO Nasceu em 1936. Ator, poeta e dramaturgo. Foi seminarista, fato que interfere decisivamente em sua poesia. Trabalha como gerente de editoras, cargo que exerce com muita competência. Também é tradutor. Como ator, estreia no cinema em 1966 no filme Corpo Ardente. Em 1967 Parolini dirige o média Via Sacra, mas, segundo seu amigo, o cineasta Carlos Reichenbach declarou, O filme nunca foi devidamente sonorizado e concluído porque Orlando Parolini entrou em crise persecutória no início dos anos 1970 e picotou o negativo inteiro, fotograma por fotograma, quando descobriu que uma das figurantes que aparecia seminua com o namorado (neste que teria sido o primeiro fi lme realmente underground do Brasil) era, além de menor de idade (17 anos), filha de um delegado do DOPS. O críti co/cineasta/ator/escritor Jairo Ferreira declarou um dia sobre Parolini. (...) O Orlando Parolini, primeiro críti co do Shimbun, ficou de eminência parda até que assimilasse o anarquismo dele para ser eu mesmo e inclusive contestá-lo radicalmente (os anárquicos são pólvora crítica versus nitroglicerina cultural), mas até hoje o Parolini é um poeta melhor que Piva e Willer, justamente por isso perdido no anonimato (...). Atua em outros filmes marginais como O Quarto (1968), do Biáfora, Sangue Corsário (1979), do Carlão, Made In Brazil, episódio do Renato Pitta, etc. Morre em São Paulo, em 1991, aos 55 anos de idade. Filmografia (ator): 1966 – Corpo Ardente; 1968 – O Quarto; 1979 – A Mulher que Inventou o Amor; 1979 – Sangue Corsário (CM); 1980 – A Prisão; 1981 – O Império do Desejo; 1982 – Amor, Palavra Prosti tuta; 1985 – Made in Brazil (episódio: Um Milagre Brasileiro); 1986 – Filme Demência. Filmografia (diretor): 1967 – Via Sacra (CM) (inacabado). PARREIRAS, LUIZ Em 1958 começa a ensaiar peças e se apresenta em grupos amadores em peças como Os Jograis de Minas. Profi ssionalmente estreia em Um Domingo em Nova York, seguindo-se de A Moratória. Sua vontade é cursar a faculdade de Direito e jogar polo. O ator Fernando Torres o vê atuando no teatro e aconselha-o a continuar. Transfere-se então para a televisão, onde estreia em 1966 na novela Os Irmãos Corsos, ainda pela TV Tupi. Dedica-se mais ao teatro, mas brilha nas poucas novelas que parti cipa como em O Rei do Gado (1996), como Orestes, e Canoa do Bagre (1997) como Aníbal. No cinema, faz apenas dois filmes, sendo sua estreia em Emmanuelle Tropical (1977). É falecido. Filmografia: 1977 – Emmanuelle Tropical; 1978 – Sede de Amar (Capuzes Negros). PASCOALIM, ARMANDO Nasceu em Ribeirão Preto, SP, em 28 de outubro de 1910. Menino, faz teatrinhos e cineminhas em casa. Mas acaba ingressando, como funcionário público, no Insti tuto de Meteorologia do Ministério da Agricultura, onde permanece por 38 anos. Paralelamente, exerce atividade de compositor, com mais de 180 músicas gravadas, entre outros, por Nilton César, Carlos Gonzaga, Haroldo José, Cláudio de Barros, assim como uma música do filme Uma Pistola para Djeca. Após aposentarse, realiza seu sonho e inicia-se como ator, no cinema, aos 62 anos, primeiro no inacabado Os Incríveis Yankees, depois em Pedro Canhoto, o Vingador Erótico, sua estreia oficial, em 1974, seguindo-se de outros como A Filha do Padre (1975) e O Menino da Porteira (1977). É falecido. Filmografia: 1972 – Os Incríveis Yankees (inacabado);1974 – Pedro Canhoto, o Vingador Erótico; O Pica-Pau Amarelo; 1975 – Ainda Agarro esse Machão; A Filha do Padre; O Poderoso Garanhão; Trote dos Sádicos; 1976 – O Dia em que o Santo Pecou; A Ilha das Cangaceiras Virgens; Kung Fu contra as Bonecas; A Últi ma Bala; 1977 – Entre o Céu e o Inferno; O Menino da Porteira; Nem as Enfermeiras Escapam; O Poder do Desejo; Jecão... Um Fofoqueiro no Céu; 1978 – Chumbo Quente; 1979 – Paixão de Sertanejo; Os Três Boiadeiros; Por um Corpo de Mulher; 1980 – Curumim. PASMANTER, VIVIANE Nasceu em São Paulo, SP, em 24 de maio de 1971. Sua carreira artística começa em 1991 na novela Felicidade, estreia na televisão. Em 1992 estreia no cinema no curta-metragem Estação Aurora. Sua carreira deslancha nos anos 1990 nas novelas Mulheres de Areia (1993), A Próxima Vítima (1995), Anjo de Mim (1996), Andando nas Nuvens (1999) e Uga-Uga (2000). Em 1996 muda-se para San Martin na Argentina, quase fronteira com o Chile, para gravar a novela Alén, Luz de Luna, em que era uma das protagonistas. Em 2001 casa-se com o empresário Gilberto Zaborowsky (1962), com quem teve dois filhos Eduardo (2002) e Lara (2005). O nascimento deles fez com que se afastasse um pouco da carreira artística, retomada em 2006 em Páginas da Vida, como a fotógrafa Isabel. Depois participa dos seriados Casos e Acasos e Guerra e Paz, ambos de 2008. Filmografia: 1992 – Estação Aurora (CM); 1998 – Contos de Lygia; 2000 – Deus Jr.; 2003 – Viva Voz; 2009 – Se eu Fosse Você 2; Quase um Tango...; Meninos de Kichute. PASQUIM, MARCOS Mascos Fábio Prudente nasceu em São Paulo, SP, em 14 de junho de 1969. Inicia sua carreira na televisão em 1995 em Malhação e em seguida Cara ou Coroa, sua primeira novela. Entre 1997 faz Mandacaru, pela TV Manchete, e Chiquiti tas, pelo SBT. Em 2000 retorna à Globo para parti cipar de Uga, Uga, mas tem seu grande momento mesmo em 2002 na minissérie O Quinto dos Infernos, no impagável papel de D.Pedro I, atuação que lhe dá prestígio e o coloca no primeiro time de galãs da Globo. Com ati va carreira, seguem-se Kubanacan (2003), A Lua me Disse (2005), Bang-Bang (2006), Pé na Jaca (2007) e Guerra e Paz (2008). Estreia no cinema em 2000, no filme Minha Vida em suas Mãos. Está casado desde 2004 com Fabiana Kherlakian (1967), e tem uma fi lha, Allicia, nascida em 2004. Filmografia: 2000 – Minha Vida em suas Mãos; 2004 – Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida; 2006 – Seus Problemas Acabaram!; 2008 – CD Player (CM). PASSOS, POLYANNA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1978. Atriz, cantora e jornalista, inicia carreira de atriz no teatro, em peças como Medeia (2004), direção de Verônica Oliveira, A Dama das Camélias (2004), também de Verônica Oliveira, e Vestido de Noiva (2005), esta sob a direção de Alexandre Bordallo. Estreia na televisão em 2002 na minissérie O Quinto dos Infernos e no cinema em 2007 no filme Sem Controle, no papel duplo de Heloísa e Balbina. Filmografia: 2007 – Sem Controle. PATERNOST, ALEXANDRE Nasceu em São Paulo, SP, em 1971. Percebe sua vocação de ator em um curso realizado no colégio. Contra a vontade dos pais, entra para grupos amadores e conhece o diretor teatral Gabriel Vilella, que lhe dá uma oportunidade na peça Concilio de Amor. Seguem outros espetáculos como A Vida é um Sonho, ao lado de Regina Duarte, Fragmentos de um Discurso Amoroso, Pantaleão e as Visitadoras e Lucrécia Borgia. Estreia no cinema em 1992 no curta Quando Eu Falar Ação. Seu primeiro longa é A Causa Secreta, de 1994. No Festival de Gramado de 1994, fi ca sabendo da produção de O Quatrilho, se interessa e vai morar no Rio de Janeiro para conseguir um teste e até peregrina por sebos para conseguir o livro que inspirou o filme. Aprovado nos testes, viaja para o Sul do País para participar daquele que seria um dos marcos do renascimento do nosso cinema. Depois parti cipa do remake de O Cangaceiro de Aníbal Massaini Neto, como Teodoro, um papel que fora de Alberto Ruschell na primeira versão do filme em 1953. Na televisão, estreia em 1996 como o Alceuzinho na novela Colégio Brasil. Participa depois de Kubanacan (2003), Como uma Onda (2005) e Vidas Opostas (2005), esta últi ma pela TV Record. Filmografia: 1992 – Quando eu Falar Ação (CM); 1994 – A Causa Secreta; 1995 – Perfume de Gardênia; Útero (CM); O Quatrilho; 1997 – Alex (CM); O Cangaceiro; 2001 – Coisa de Criança (CM); 2002 – Paixão de Jacobina; 2005 – Concerto Campestre; 2009 – Quase um Tango... PAULA, CININHA DE Maria Viana de Paula Gigliotti nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23 de junho de 1953. É fi lha da atriz Lupe Gigliotti e sobrinha de Chico Anysio. Forma-se em Medicina, mas a carreira artísti ca fala mais alto. Estreia na televisão ao lado do tio, no humorístico Chico Anysio Show, em 1982, e no mesmo ano faz sua primeira novela Final Feliz. Desenvolve então regular carreira de atriz, ao atuar em Champagne (1983), Parti do Alto (1984), De Quina pra Lua (1985), Anos Dourados (1986), Delegacia de Mulheres (1990), Anos Rebeldes (1992), O Fim do Mundo (1996) e Hilda Furacão (1998). Estreia no cinema em 1983 no filme O Cangaceiro Trapalhão. Mas é como diretora que mostra seu talento, inicialmente nos programas do ti o, como Escolinha do Professor Raimundo (1990) e Estados Anysios de Chico City (1991), depois no humorístico Sai de Baixo (1996) e, mais recentemente,em novelas/séries de sucesso como Salsa & Merengue (1996), O Sítio do Pica-Pau Amarelo (2002) e Cobras e Lagartos (2006) e Toma Lá, Dá Cá (2008/20). É assistente de direção de Daniel Filho no filme Tempos de Paz. Foi casada com o diretor Wolf Maya, com quem tem uma fi lha, Maria Maya (1981), também atriz. Filmografia: 1983 – O Cangaceiro Trapalhão; 1986 – Jogo Duro; S.O.S. Brunet (CM); 1988 – Por Dúvida das Vias (CM); 2001 – A Partilha; 2007 – O Tablado de Maria Clara Machado (depoimento); 2010 – Chico Xavier. PAULA, LÍGIA DE Lígia de Paula Souza nasceu em São Paulo, SP, em 20 de abril de 1947. Começa sua carreira no teatro, em 1969, na leitura À Flor da Pele, de Consuelo de Castro, depois de fazer curso de monitores teatrais com Flávio Rangel. Na década de 1970 dedicase quase que exclusivamente ao teatro, em peças como Medea (1970), Adeus Fadas e Bruxas (1973) e Camas Redondas, Casais Quadrados (1979). Estreia no cinema em 1974 numa ponta em As Travessuras de Pedro Malazartes e desenvolve regular carreira em filmes seguintes, com destaque para Asa Branca, um Sonho Brasileiro (1981) e Mulher, Sexo Veneno (1984). Paralelamente faz inúmeros comerciais de televisão e participa de uma única novela, Meus Filhos, Minha Vida, em 1984 pelo SBT, encerrando a carreira artística. Está casada há muitos anos com o cineasta Mário Vaz Filho. Atualmente é presidente do SATED, São Paulo. Filmografia: 1974 – Travessuras de Pedro Malazartes; 1981 – Asa Branca, um Sonho Brasileiro; A Reencarnação do Sexo; As Prostitutas do Dr. Alberto; 1982 – Deu Veado na Cabeça; Ousadia (episódio: O Método); Bonecas da Noite; Curral de Mulheres; As Gatas, Mulheres de Aluguel; Viúvas Eróti cas; 1983 – Elas só Transam (Elas só Transam no Disco); A Freira e a Tortura; Tensão e Desejo; 1984 – Mulher, Sexo Veneno; Sexo em Grupo; Variações de Sexo Explícito. PAULA, NYDIA DE Nasceu em Lajes do Muriaé, em 28 de agosto de 1949. Adolescente, inicia sua carreira de atriz, no filme Missão: Matar, em 1972, seguindo-se outros como Os Mansos (1973) e O Caçador de Esmeraldas (1979), a maioria pornochanchadas feitas na Boca do Lixo paulista. Muito requisitada na época também para calendários com fotos de mulheres nuas e por isso recebe o carinhoso apelido de Rainha dos Calendários. Com o fim do gênero, abandona a carreira cinematográfica e enfrenta dificuldades financeiras, chegando a trabalhar de camelô. Atualmente é corretora de imóveis, devidamente cadastrada no CRECI, sendo seus clientes principais integrantes da comunidade gay do Rio de Janeiro. Sua carreira é essencialmente cinematográfi ca, nunca trabalhou na televisão. Filmografia: 1972 – Missão: Matar; 1973 – Como Evitar o Desquite; Os Mansos (episódio: O Homem dos Quatro Chifres); Tormento; Um Virgem na Praça; 1974 Trote dos Sádicos; Um Varão Entre as Mulheres; As Moças Daquela Hora; O Leito da Mulher Amada; Ainda Agarro esta Vizinha; 1975 – Cada um Dá o que Tem (episódio: Uma Grande Vocação); O Sexualista; O Supermanso; 1977 Costinha e o King Mong; Rei-Ri-Te-a-Ta (inacabado); 1978 – Homem de Seis Milhões de Cruzeiros contra as Panteras; 1979 – O Caçador de Esmeraldas; Nos Tempos da Vaselina. PAULA, SÔNIA DE Nasceu em Morro Agudo, SP, em 26 de março de 1953. Na adolescência, trabalha em escritório, como vendedora e depois produtora de elenco. Começa sua carreira profissional como cantora, em 1971, num show de Jair Rodrigues. Estreia no cinema em 1974, no filme Café na Cama e depois Embalos Alucinantes (1979), As Meninas (1995), etc. Na televisão, sua primeira novela é A Patota, de 1972, pela TV Globo. Atua em muitas outras novelas, sendo que, por sua atuação em Estúpido Cupido (1976) pela TV Globo, no papel de Ciça, fica conhecida nacionalmente. Seguemse A Sucessora (1979), como Isabel, num de seus melhores momentos na televisão, Chega Mais (1980), Anjo Maldito (1983), Explode Coração (1995) e A Indomada (1997). No teatro, participa de peças infanti s como O Casamento da Dona Baratinha. Tem uma filha, Maria Eduarda (1987). Nos últimos anos tem participado esporadicamente, como em 2001 no episódio de Os Normais e em 2007 como a Dona Miúda no Sitio de Pica-Pau Amarelo. Nos últimos anos, tem se dedicado ao teatro infantil, como atriz e produtora, tendo encenado As Moças do Segundo Andar, O Casamento de Dona Baratinha, A Cigarra e a Formiga, Libel, a Sapateirinha, O Pati nho Feio, Uma Professora muito Maluquinha, Leve 3, Pague 2, entre outras. Em 2009, retorna às novelas, em Caras e Bocas, pela TV Globo, no papel de Edineide. Filmografia: 1974 – Café na Cama; Oh! Que Delícia de Patrão; 1976 – O Varão de Ipanema; 1977 – Deu a Louca nas Mulheres; A Noiva da Cidade; 1979 – Embalos Alucinantes (Troca de Casais); O Preço do Prazer (Onde Andam Nossos Filhos?); Sábado Alucinante; 1980 – O Incrível Monstro Trapalhão; 1982 – Índia, a Filha do Sol; 1995 – As Meninas. PAULÃO Paulo Roberto de Souza nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 29 de junho de 1952. Começa a carreira em São Paulo, mas logo radicase no Rio de Janeiro. No cinema, atua em Parceiros da Aventura (1979), Luz del Fuego (1982) e Quilombo (1984). Na televisão, participa de algumas novelas e minisséries Olhai os Lírios do Campo (1980), Um Sonho a Mais (1985), Sampa (1988), Meu Bem Querer (1998) e Labirinto (1998). Exerce cargos técnicos no cinema também com eletricista, assistente de câmera, etc. Seu nome é conhecido e respeitado no meio cinematográfi co. Morre em 1º de dezembro de 2006, em Paris França, de câncer, aos 54 anos de idade. Filmografia: 1974 – A Rainha Diaba (como Paulo Roberto); 1977 – Barra Pesada (como Paulo Roberto); 1979 – Parceiros da Aventura; 1981 – Sobrenatural de Almeida (CM); Volúpia do Prazer; Condenada por um Desejo; A Filha de Calígula; 1982 – Luz del Fuego; Piranha de Véu e Grinalda; 1983 – As Aventuras de um Paraíba; Estranhas Relações; 1984 – Quilombo; Noites do Sertão; Noite; Para Viver um Grande Amor; 1985 – Pedro Mico; 1987 – Maré de Azar (Running Out of Luck) (EUA); Um Trem para as Estrelas; João Cândido, um Almirante Negro (CM); 1988 – Natal da Portela (Brasil/França); 1989 – Jardim de Alah; 1990 – Sonho de Verão; 1996 – O Lado Certo da Vida Errada; 1998 – Policarpo Quaresma, Herói do Brasil; 2006 – Nzinga. PAULO ANDRÉ Nasceu em Itabirito, MG, em 24 de fevereiro de 1963. Aos quatorze anos, divide seu tempo entre sua terra natal e Belo Horizonte, onde ingressa no segundo grau e no curso técnico de Patologia Clínica da UTRAMIG. No início de 1983, cursa a Oficina de Teatro de Pedro Paulo Cava, em Belo Horizonte e, em 1991, estreia com a peça Dois Idiotas Assentados cada qual no seu Barril, de Ruth Rocha e direção de Kalluh Araújo. De cara recebe o prêmio APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte. No Grupo Galpão passa a participar de todas as montagens. Estreia no cinema em 2003 no filme O Vestido. Filmografia: 2003 – O Vestido; 2007 – Tricoteios (CM); 2008 – Fronteira. PAULO AUGUSTO Nasceu em Belo Horizonte, MG, em 1944. Nascido de família tradicional em Belo Horizonte, desde cedo atua em grupos independentes do teatro do seu Estado. Importante fi gura do paulistano Grupo Oficina na década de 1970, trabalha com Zé Celso Martinez Correia, Paulo Autran, etc. e é o responsável pela ida do grupo teatral norte-americano Living Theatre de Julian Beck e Judith Malina, do qual é membro histórico, para Ouro Preto, a cidade colonial mineira. Estreia no cinema em 1972 no filme Prata Palomares. Nos últimos anos participa da produção de vídeos durante a Oficina de Realização, ministrada pelo diretor Luiz Carlos Lacerda durante a Mostra de Cinema de Ouro Preto. O diretor ouro-pretano Douglas Aparecido realiza um documentário intitulado Manifesto Paulo Augusto, exibido no Festival de Inverno de Ouro Preto. Também arti sta plástico, Paulo Augusto é famoso por sua irreverência nas noites ouro-pretanas, nas quais o poeta gosta de declamar seus poemas nas rodas de bares, reuniões com amigos e festas locais. Num trecho de seu poema O Artista, Paulo diz: Não sou um burocrata, sou um artista, não um profissional liberal. Sou antena da raça, romper obstáculos, saltar fronteiras, é o meu desti no absoluto. Morre em 7 de setembro de 2009, aos 65 anos de idade, em Ouro Preto, MG, local que escolhe para viver há muitos anos, não só pela raiz familiar profunda, mas pelo seu encantamento com a cidade das artes. Filmografia: 1972 – Prata Palomares; 1985 – Chico Rei; 1988 – Luar sobre Parador (Moon Over Parador) (EUA); 1996 – O Monge e a Filha do Carrasco (The Monk and Hangmans Daughter) (Brasil/EUA); 2003 – O Casamento do Pequeno Burguês (CM); 2008 – Paradise Now (depoimento); 2009 – Oui, Uai; Diário de Aquário – O Living Theater no Brasil (depoimento). PAULO GUSTAVO Paulo Gustavo Bastos nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Inicia sua carreira no teatro, com formação na CAL – Casa das Artes de Laranjeiras. Mora um tempo ilegalmente em Nova York e estuda Turismo, mas a carreira artística fala mais alto. Em 2008 estreia o monólogo Minha Mãe é uma Peça, de sua autoria, e torna-se um dos fenômenos teatrais cariocas. Com o sucesso da peça, em 2007 é convidado a participar da série Sítio do Pica-Pau Amarelo, como o delegado Lupicínio, e depois em alguns episódios da série Casos e Acasos. Atua em outras peças como Surto e Infraturas. Estreia no cinema em 2009 no filme Divã, ao lado de Lilia Cabral, e brilha no filme Xuxa em O Mistério da Feiurinha. Filmografia: 2009 – Divã; Xuxa em O Mistério da Feiurinha. PAULO JOSÉ Paulo José Gómez de Souza nasceu em Lavras do Sul, RS, em 20 de março de 1937. Vive sua infância em Bagé e aos dezoito anos vai para Porto Alegre cursar Arquitetura, mas desiste e ingressa no teatro, no qual, além de atuar, faz figurinos, maquiagem e até direção, para desgosto do pai fazendeiro. Em 1963 muda-se para São Paulo como diretor administrativo e ator no Teatro de Arena. Estreia no cinema em 1966, no filme O Padre e a Moça, e não para mais, desenvolvendo sólida carreira, em que se destacam O Homem Nu (1968), O Rei da Noite (1975), Policarpo Quaresma, Herói do Brasil (1998), Poeta de sete Faces (2002), A Festa da Menina Morta (2008), etc. Ganha dois prêmios consecuti vos no Festival de Brasília. Na TV, trabalha intensamente como ator, estreando em 1969, na novela Véu de Noiva. Em 1972, na novela O Primeiro Amor e com Flávio Migliáccio cria os personagens Shazam & Sherife, transformado em seriado após o fim da novela. Atua em outras novelas de sucesso como Supermanoela (1974), Roda de Fogo (1986) e Tieta (1989). Destaca-se também como competente diretor de especiais e minisséries, sendo sua estreia em 1971 no Caso Especial – TV Globo. Entre outras, dirige Ciranda, Cirandinha (1978), O Tempo e o Vento (1985), Agosto (1993) e Incidente em Antares (1994). A partir dos anos 1990 atua em novelas/minissérie como Explode Coração (1995), Por Amor (1997), A Muralha (2000), Um só Coração (2004), JK (2006), como Augusto Elias, Ciranda de Pedra (2008), como Quincas, e Caminho das Índias (2009), como Profeta Gentileza. Foi casado por quatro vezes, primeiro com a atriz Dina Sfat por dezoito anos (19631981), com quem tem três filhas, Isabel Kutner (1970), Ana Kutner (1971) e Clara Kutner (1976), seguindo-se de Carla Camurati , Beth Caruso, com quem teve um filho, Paulo Henrique Caruso, e Zezé Polessa. É um grande talento brasileiro, reconhecido por todos. Em 2004 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Paulo José – Memórias Substantivas, de autoria de Tânia Carvalho. Filmografia: 1964 – Arti go 141 (CM) (narração); 1966 – O Padre e a Moça; 1967 Todas as Mulheres do Mundo; Cinema Novo (Improvisierst und Zielbewusst) (CM) (narração e depoimento) (Brasil/Alemanha); 1965 – Em Busca do Ouro (CM) (narração); 1968 – As Amorosas; Bebel, a Garota-Propaganda; Edu Coração de Ouro; O Homem Nu; Vida Provisória; Como Vai, Vai Bem?; 1969 – Macunaíma; Os Marginais (episódio: Guilherme); Aprendendo a Trabalhar (CM) (narração); 1971 – Gaudêncio, o Centauro dos Pampas; 1972 – Aldeia Global (MM) (narração); Cassy Jones, o Magnífi co Sedutor; A Culpa; 1973 – Victor Brecheret (CM) (narração); Humor Amargo (CM); 1975 – O Rei da Noite; Viagem pelo Interior Paulista (CM) (narração); 1978 – Mulheres de Cinema (CM) (depoimento); 1981 – O Homem do Pau-Brasil; A Difí cil Viagem; Eles não Usam Black-Tie; 1987 – Villa-Lobos – O Índio de Casaca (narração); O Açougueiro do Norte contra o Cineasta Voador (CM); O Mentiroso; 1989 – Ilha das Flores (CM) (narração); Faca de dois Gumes; Dias Melhores Virão; 1991 – A Grande Arte; A Guerra dos Meninos (MM) (narração); 1992 – Os Moradores da Rua Humboldt (CM); 1993 – Canal Cem – Nunc Et Semper (CM) (narração); 1994 – Amor! (CM); 1996 – Xeque-Mate (CM); 1997 – Anahy de Las Misiones; O Velho – A História de Luiz Carlos Prestes (narração); 1998 – Policarpo Quaresma, Herói do Brasil; 1999 – Outras Histórias; 2000 – Aldeia (CM); 2001 – As Mulheres do Cinema Brasileiro – Partes I, II, III e IV (CM) (narração com Norma Bengell); A Deus Menino (CM); Dias de Nietzsche em Turim; 2002 – Poeta de sete Faces (Vida e Poesia de Carlos Drummond de Andrade) (leitura de poema); Oswaldo Cruz na Amazônia (narração); Morte (CM); O Casal dos Olhos Doces (CM); 2003 – Benjamim; O Homem que Copiava; Apolônio Brasil, Campeão da Alegria; O Vestido; 2004 500 Almas (depoimento); Como Fazer um Filme de Amor; 2007 – Saneamento Básico, o Filme; Pequenas Histórias; Person (depoimento); 2008 – Paulo Gracindo, o Bem-Amado (depoimento); A Festa da Menina Morta; Juventude; 2009 – Insolação; O teu Sorriso (CM); 2010 – Quincas Berro d’Água; O Palhaço, o Filme. PAULO MAURÍCIO Paulo Moacir de Carvalho nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Estreia no cinema em 1949 no filme Vendaval Maravilhoso, como o poeta Castro Alves, em fita dirigida por Leitão de Barros, cineasta português. Com o sucesso, inicia também vitoriosa carreira na Rádio Tupi, ao participar de seu elenco teatral. Atua em poucos filmes, com destaque ainda para Almas em Confl ito (1955). Filmografia: 1949 – Vendaval Maravilhoso; 1952 – Pecadora Imaculada; 1953 – Luzes nas Sombras; 1955 – Almas em Confl ito. PAULO SÉRGIO Paulo Sérgio de Macedo nasceu em Alegre, ES, em 10 de março de 1944. Em 1966 vai para o Rio de Janeiro e, ao acompanhar um amigo numa gravadora, acaba fazendo um teste e é contratado. Grava o primeiro disco com a música Benzinho. A jogada de marketing da gravadora é lançar um substituto de Roberto Carlos, que, segundo especialistas, está com a carreira por um fi o. A música Últi ma Canção, lançada em 1968, vende 300 mil cópias e o projeta para todo o Brasil. A estratégia dá certo, e aos poucos, Paulo vai se libertando do estigma e cria seu próprio espaço. Na década de 1970 sua carreira não se sustenta e vem a decadência, com shows em circos para sobreviver. Participa de quatro filmes, sendo sua estreia em 1966 com Na Onda do Iê-Iê-Iê. Morre prematuramente, em 30 de julho de 1981, aos 37 anos de idade, de derrame cerebral. Filmografia: 1966 – Na Onda do Iê-Iê-Iê; 1970 – Amor em Quatro Tempos; 1971 – Em Ritmo Jovem; 1972 – Um Caipira em Bariloche. PAULO VINÍCIUS Paulo Vinicius Justo Fernandes nasceu em Brasília, DF. Estudante de Educação Física na UnB, muda-se para o Rio de Janeiro para cursar teatro na Escola de Teatro Martins Penna sendo sua estreia na peça A Odisseia. No cinema, sua primeira oportunidade acontece em 1981 no filme O Homem do Pau-Brasil, mas ganha notoriedade ao interpretar o boti nho, no filme Ele, o Boto, em 1987. Filmografia: 1981 – O Homem do Pau-Brasil; 1985 – A Floresta de Esmeraldas (The Emerald Forest) (EUA); 1987 – Ele, o Boto; 1990 – O Quinto Macaco (The Fifth Monkey) (EUA); 2001 – Abelhas – Ataque Mortal (Flying Virus) (EUA). PAVANELLI, CAROLINA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de fevereiro de 1987. Atriz precoce, inicia sua carreira na televisão aos seis anos de idade, na novela Sonho Meu, no papel de Maria Carolina, a Laleska. Depois Quem É Você? (1996), Malhação (1997), Meu Bem Querer (1998) e Você Decide (1998). Em 1996 participa do espetáculo Fofíssimas Ladies Show, interpretando dez personagens. Em 2002 apresenta o programa República, com o quadro BLZ pela TVE. Estreia no cinema em 2008 no curta Quem é Cezar? Em 2009 parti cipa do último episódio da série A Lei e o Crime, pela TV Record, como Aninha. Em 2010 faz seu primeiro longa, Chico Xavier, direção de Daniel Filho. Atualmente cursa cinema na UFF – Universidade Federal Fluminense. Filmografia (atriz): 2008 – Quem é Cézar? (CM); O Detector de Mentiras (CM); 2010 – Chico Xavier. Filmografia (diretora): 2005 – Pensando Bem (CM). PAVARIM, LULU Inicia sua carreira no teatro, sob forte influência do diretor Antunes Filho. Sua primeira peça é Três Atos, de Marguerite Duras, em 1988, direção de Stephane Dosse. Entre tantas, atua em Guerra Santa (1993), direção de Gabriel Vilella, Rastros Atrás (1995), direção de Eduardo Tolenti no, A Barca dos Mortos (2000), direção de Rubens Rusche, Luluzinhas (2003), direção de Cesar Ladeira e Dirce Helena, Antes do Baile Verde (2007), direção de Paulo Marcello, A Loucadora de Vídeo, direção de Antonio Rocco, etc. Em 1992 vai para a televisão fazer o papel de Nagiba, na novela Deus nos Acuda, depois As Pupilas do Senhor Reitor (1995), Sangue do meu Sangue (1995), Meu Bem-Querer (1998), Laços de Família (2000), Pícara Sonhadora (2001) e Belíssima (2006). Estreia no cinema em 1995 no curta O Menino, a Favela e as Tampas de Panela, direção de Cao Hamburger. Seu primeiro longa é Terra Estrangeira, de Walter Salles Jr. Filmografia:1995 – O Menino, a Favela e as Tampas de Panela (CM); 1996 – Terra Estrangeira; 1999 – Por Trás do Pano; 2001 – Copacabana; 2005 – Rubi (CM); 2006 – E Agora, Dora? (CM); 2007 – O Magnata; 2008 – Fim da Linha; 2009 – Um Homem Qualquer. PAZ, BÁRBARA Bárbara Raquel Paz nasceu em Campo Bom, RS, em 17 de outubro de 1974. Em 1991, aos 17 anos de idade, sofre grave acidente automobilístico, o que a forçou a fazer várias cirurgias plásti cas para reconstituição de seu belo rosto. Isso não diminuiu em nada sua vontade de ser artista; pelo contrário, cada negati va que recebia a fazia ir à frente ainda mais em busca dos seus objeti vos. Em 2001 participa da primeira Casa dos Arti stas promovida pelo SBT e vence o programa, ganhando R$ 300 mil. A partir de então as portas se abrem para Bárbara e ela inicia carreira de atriz. Na TV Globo fez A Diarista, Turma do Didi, Megatom, Sandy e Junior, Retrato Falado e Filhas da Mãe. No SBT, Maria Esperança e Cristal. Na TV Bandeirantes fez Guerra dos Pintos e na MTV o programa MTV Al Dente. Estreia no cinema em 2000 no filme De Cara Limpa. Participa de muitos curtas-metragens, alguns premiados como Produto Descartável (2003), em que recebe o Kikito de melhor atriz, e Manual para Atropelar Cachorro (2005), que lhe rendeu vários prêmios em diversos festivais pelo Brasil. É bastante atuante também no teatro, já tendo feito mais de vinte peças, com destaque para Contos de Sedução, A Importância de Ser Fiel, Grogue e Romeu e Julieta e suas Facetas. Em 2009 retorna à TV Globo para participar da novela Viver a Vida e também apresenta programa de curtas-metragens no Canal Brasil. Está casada com o diretor Hector Babenco. Filmografia: 2000 – De Cara Limpa; 2002 – Vinte e Cinco (CM); Não Perca a Cabeça (CM); Seja o que Deus Quiser; Cama de Gato; 2003 – Produto Descartável (CM); Ilha Rá-Tim-Bum: O Martelo de Vulcano; 2004 – Amigo Secreto (CM); 2005 – Quanto Vale ou é por Quilo?; Manual para Atropelar Cachorro (CM); 2006 – Cinco Mentiras (CM); 2008 – Quarto 38 (CM). PEDRO GERALDO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1932. Começa sua carreira na rádio e depois na televisão. Em 1959 recebe então o convite para participar do concurso em que seria escolhido o galã para o filme Yo Pecador, que conta a vida de José Mojica, em produção mexicana. A semelhança incrível que tem com o ator acaba por ajudá-lo e ele vence o concurso por unanimidade. É sua estreia no cinema, um sucesso internacional. Depois atua com grandes estrelas do cinema mexicano, como Dolores Del Rio, em El Pecado de una Madre, e Libertad Lamarque, em Ojos Tapatios. Em 1961 faz seu primeiro e único filme brasileiro, uma coprodução, Quero Morrer no Carnaval. Em 1988 participa de sua única novela, no México, Monte Calvário. Filmografia: 1959 – Eu Pecador (Yo Pecador) (México); 1961 – Ojos Tapatios (México); Quero Morrer no Carnaval (Quiero Morir en Carnaval) (México/Brasil); 1962 – El Pecado de una Madre (México). PEDROSA, RENATO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Inicia sua carreira na televisão em 1977 na novela Dona Xepa, mas fica nacionalmente conhecido como o mordomo Everaldo de Dancin’ Days, em 1978. Em 1979 estreia no cinema no filme Histórias que Nossas Babás não Contavam. Sua última novela foi Brilhante, em 1981, como Ulisses. Nos anos 1980 esteve em Portugal contratado por Vasco Morgado para participar da comédia As Taradas com o ator português Octávio Mattos. Apresentaram-se no Teatro Monumental com grande sucesso. Depois disso ainda ficou um tempo por lá, mas retornou. Teve carreira curta. Morre no Rio de Janeiro, em 1990, de complicações decorrentes do vírus da AIDS. Filmografia: 1979 – Histórias que Nossas Babás não Contavam; 1982 – Rio Babilônia; 1985 – Os Bons Tempos Voltaram: Vamos Gozar Outra Vez (episódio: Primeiro de Abril). PEIXOTO, CAUBY Cauby Peixoto Barros nasceu em Niterói, RJ, em 10 de fevereiro de 1931. Vindo de uma família de músicos, entre eles Araken e Moacyr Peixoto, menino já brilha no coro da igreja de sua paróquia. Adolescente, começa a trabalhar na boate onde o irmão Moacyr é pianista. Nos finais de noite, canta, logo tornando-se crooner. É então convidado a trabalhar na Rádio Excelsior de São Paulo. Já conhecido, retorna ao Rio para integrar o cast da Rádio Nacional. Seu primeiro sucesso acontece em 1955 com a música Conceição, com estrondosa repercussão junto ao público feminino, que chega a rasgar suas roupas depois dos shows. Voz e estilo privilegiados, Cauby é um dos mitos vivos de nossa música. Estreia no cinema em 1954, no filme Aí Vem o General e acaba participando de muitos outros como O Donzelo (1971) e Ed Mort (1997), sempre interpretando sucessos de seu repertório. Há vários anos faz show toda terça-feira no Bar Brahma em São Paulo, com casa lotada por antecedência. Filmografia: 1954 – Aí Vem o General (canta: Mil Mulheres); 1955 – Carnaval em Marte (canta: Se Você Pensa); 1956 – Com Água na Boca (canta: Conceição); 1957 – Jamboree (EUA) (canta: El Toreador); Cangerê: Uma Fantasia Musical (canta: Volta ao Passado); Com Jeito Vai (canta: Melodia do Céu); De Pernas pro Ar (canta: Nono Mandamento); Metido a Bacana (canta: O teu Cabelo não Nega); 1958 – Chico Fumaça (canta: Onde ela Mora); Minha Sogra é da Policia (canta: Thats Rock); 1971 – O Donzelo (canta: Vagador); 1991/1996 – O Corpo (canta: Blue Gardenia); 1997 – Ed Mort (canta: Bastidores); 2009 – Alô, Alô, Terezinha (depoimento). PEIXOTO, FERNANDO Fernando Amaral dos Guimarães Peixoto nasceu em Porto Alegre, RS, em 1937. Inicia sua carreira como ator em sua cidade, em 1953, estreando com a peça Feliz Viagem a Trenton, de Thornton Wilder. Muito jovem, mas já consagrado em sua cidade, muda-se para São Paulo em 1963, com sua esposa Ittala Nandi, passando a integrar o Teatro Oficina. Depois de marcantes parti cipações em peças como Pequenos Burgueses (1963), de Máximo Gorki, O Rei da Vela (1964), de Oswald de Andrade, etc., desliga-se da companhia em 1970. Estreia no cinema em 1968 no filme Bebel, Garota-Propaganda. A partir dos anos 1970 passa a dirigir com igual competência como em Tambores da Noite, de Bertolt Brecht, Mortos sem Sepultura, de Jean-Paul Sartre, Terror e Miséria do III Reich, de Bertolt Brecht, etc. Em 1980, finalmente liberado pela censura, coloca em cena Calabar. Também dirige várias óperas como Werther, de Massenet, Wozzeck, de Alan Berg, etc. Publica inúmeros livros como Brecht, Vida e Obra (1968), Maiakóvski, Vida e Obra (1969), O que é Teatro (1980, Brecht: Uma Introdução ao Teatro Dialético (1981), Teatro Oficina; Trajetória de uma Rebeldia (1982), Vianninha: Teatro, Televisão, Política (1983), Ópera e Encenação (1986), Brecht no Brasil (1987), Teatro em Movimento (1988), Teatro em Questão (1989), Um Teatro Fora do Eixo (1993), O Melhor Teatro do CPC da UNE (1990) e Teatro em Aberto (2002). Pelas direções de Um Grito Parado no Ar e Frank V, em 1973, recebe os prêmios APCA e Molière. Na televisão, como ator, participa de algumas minisséries/novelas como Floradas na Serra (1981), Maria Stuart (1982) e Terra Nostra (1999). No cinema, ator em diversos filmes, curtas e longas como Gamal, o Delírio do Sexo (1970), Fogo Morto (1976), O Beijo da Mulher Aranha (1985), Coda (2000), etc., e assistente de direção em Prata Palomares (1972) e Eles não Usam Black-Tie (1981). Filmografia: 1968 – Bebel, Garota-Propaganda; 1970 – Gamal, o Delírio do Sexo; 1974/1979 – O Homem que Comprou a Morte (CM); 1975 – O Predileto; Cristais de Sangue; 1976 – Fogo Morto; 1978 – Doramundo; A Queda; 1981 – Eles não Usam Black-Tie; 1982 – O Homem do Pau-Brasil; 1985 – Frei Tito (CM) (voz); O Beijo da Mulher Aranha (Kiss of the Spider Woman) (Brasil/EUA); 1989 – Faca de dois Gumes; 1994 – A Resignação (CM); 1996 – Correspondência (CM); 2000 – Coda (CM). PEIXOTO, FLORIANO Floriano Peixoto Cordeiro de Freitas nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de dezembro de 1959. Com 20 anos entra para a faculdade de Comunicação, mas tranca a matrícula para viajar pelo Brasil, conhecendo o lado pobre de nossa população na fronteira de Mato Grosso com a Bolívia. Depois forma-se em Jornalismo e começa sua carreira como repórter colaborador do Jornal do Brasil. Com 27 anos começa a estudar teatro e torna-se uma das revelações do Curso de Teatro de Artes de Laranjeiras, RJ. Estreia na televisão em 1993 na minissérie Agosto, mas fi ca nacionalmente conhecido em 1995 como Sarita Vitti , um travesti, na novela Explode Coração (1995), com grande identificação com o público. Estreia no cinema em 1994 no filme Veja esta Canção, mas sua interpretação em A Ostra e o Vento é fenomenal, como Roberto. De volta ao teatro em 1998 participa da peça Gata em Teto de Zinco Quente, ao lado de Vera Fischer, com quem namorou por alguns meses. Faz sólida carreira na televisão nas novelas Anjo de Mim (1996), Por Amor (1997), Pecado Capital (1998), Esplendor (2000), Estrela Guia (2001), Sabor da Paixão (2002), Kubanacan (2003) e América (2005), todas pela TV Globo. Em 2006 Transferese para a TV Record para interpretar Atílio Sales Jordão na novela Cidadão Brasileiro, depois William Vila Nova, em Luz do Sol (2007) e Miguel em Chamas da Vida (2008). É um dos grandes atores brasileiros da atualidade, com carreira consolidada. Está casado desde 2001 com Christine Fernandes, com quem tem um fi lho, Pedro, nascido em 2003. Filmografia: 1994 – Veja esta Canção (episódio: Pisada do Elefante); 1997 – A Ostra e o Vento; 2000 – Brava Gente Brasileira; 2002 – Madame Satã; 2003 – Carandiru; 2004 – Olga. PEIXOTO, INÊS Nasceu em Belo Horizonte, MG, em 1960. Em 1981 participa do Teatro Universitário da UFMG e em seguida cursa teatro no Palácio das Artes formando-se em 1982. Sua primeira peça como profi ssional é A Viagem do Barquinho e em seguida Brasil, Mame-o ou Deixe-o e Quando Fui Morto em Cuba. Em 1987 forma a banda Veludo Cotelê de muito sucesso em BH. Em São Paulo participa de uma oficina com Gabriel Villela sobre a peça Hoje é Dia de Rock e depois atua em Romeu e Julieta no Grupo Galpão. De carreira essencialmente teatral, participa de dezenas peças como A Rua da Amargura, Um Molière Imaginário, Partido, Um Trem Chamado Desejo, O Inspetor Geral, Um Homem é um Homem, etc. No cinema, estreia em 1985 no curta Dormem Ainda os Homens e na televisão faz pequenas incursões nas minisséries Hoje é Dia de Maria 1 e 2 (2005), como Boneca, e no humorístico Toma Lá, Dá Cá (2007), como Lourde. Tem feito muito cinema, curtas e longas, como Vinho de Rosas (2005), Outono (2007) e Moscou (2009). É uma grande atriz da nova geração mineira. Filmografia: 1985 – Dormem Ainda os Homens (CM); 1989 – O Grande Mentecapto; 2000 – O Circo das Qualidades Humanas; 2005 – Vinho de Rosas; 2007 – Cinco Frações de uma Quase História (episódio de Cris Azzi); Tricoteios (CM); Outono (Autumm) (CM); O Crime da Atriz (CM); 2008 – Os Filmes que não Fiz (CM); As Órfãs da Rainha; 2009 – Moscou; Revertere ad Locum Tuum (CM). PELÉ Edson Arantes do Nascimento nasceu em Três Corações, MG, em 23 de outubro de 1940. Começa a jogar futebol ainda em sua cidade natal, depois Noroeste de Baurú e Santos FC, em 1957, até encerrar sua carreira em 1973. Em 1975 aceita convite para defender o New York Cosmos, onde fica por dois anos até 1977, fazendo escola e marcando época. É o maior jogador de futebol de todos os tempos e o atleta do século. Ao longo de sua carreira, participa de muitos fi lmes como O Rei Pelé (1963) e Os Trombadinhas (1978). Participa, nos EUA de Fuga para a Vitória (1981). Em 1969 participa da novela Os Estranhos, pela TV Excelsior. Como Ministro Extraordinário dos Esportes do governo Fernando Henrique Cardoso, em 1997, Pelé marca mais um ponto em sua carreira ao conseguir aprovar a nova lei do passe. Foi casado com Rosemary Cholbi, entre 1966 e 1978, com quem teve três filhos, Edson Cholbi Nascimento, ou Edinho, Kelly Cristina e Jennifer. Casa-se pela segunda vez com Assíria, com quem fica entre 1994 e 2008 e tem um casal de gêmeos em 1996, Joshua e Celeste. Filmografia: 1959 – O Preço da Vitória; 1963 – O Rei Pelé; 1965 – Esportes no Brasil (CM); 1968 – Brasil Verdade (episódio: Subterrâneos do Futebol); 1970 – Pelé (CM); A Bola (CM); Bola de Meia (CM); 1971 – O Barão Otelo no Barato dos Bilhões; 1972 – A Marcha; 1973 – O Mestre e seu Método (CM); 1974 – Brasil Tricampeão – Copa 70 (MM); Futebol Total; Saravá; Isto é Pelé; 1975 – O Futebol no Brasil (CM); General Electric (CM); 1976 – Il Profeta del Gol (Itália); 1976/1987 – Demônios e Maravilhas (MM); 1978 – Os Trombadinhas; 1980 – Cinema e Futebol (MM); 1981 – Fuga para a Vitória (Escape To Victory) (EUA); Aranycsapat (Hungria); 1983 – A Minor Miracle (EUA); 1986 – Os Trapalhões e o Rei do Futebol; Pedro Mico; 1987 – Hotshot (EUA); 1989 – Solidão, uma Linda História de Amor; 1998 – Uma História de Futebol (CM); 2001 – Mike Bassett: England Manager (EUA); 2003 – A Pessoa é para o que Nasce; 2004 – Martins-Passion, Die (Alemanha); Pelé Eterno; 2006 – Once in a Lifetime: The Extraordinary Story of The New YorK Cosmos (EUA); 2009 – Simonal – Ninguém Sabe o Duro que eu Dei (depoimento). PELITZER, HÉLIA Inicia carreira artística na televisão. Estreia no cinema em 1975 no filme A Filha do Padre, de Tony Vieira, seguindo-se outros como Possuídas pelo Pecado (1976) e As Vigaristas do Sexo (1982). Trabalha também como jurada do Programa Raul Gil e produz programas especializados em cinema, pela TV Gazeta. Filmografia: 1975 – A Filha do Padre; 1976 – Meninas Querem... e os Coroas Podem; Possuídas pelo Pecado; 1977 – Entre o Céu e o Inferno; Esparrela; 1982 – As Vigaristas do Sexo. PELÚCIO, CHICO Francisco Paulo Maciel Pelúcio nasceu em Cruzília, MG, em 25 de abril de 1959. É criado em Baependi nas fazendas do pai e da avó. Em 1975 muda-se para Belo Horizonte e ingressa no curso de Administração. Sua primeira peça é Murro em Ponta de Faca, no curso de Comunicação da PUC. Em 1983 muda-se para Londres. De volta ao Brasil no ano seguinte, desenvolve diversos trabalhos de criação e de gestão cultural junto ao Grupo Galpão. Estreia no cinema em 2000 no filme O Circo das Qualidades Humanas. No Grupo Galpão, seu trabalho é focado no ator, tendo sido também assistente de direção e iluminação de vários espetáculos. Entre 2005 e 2006 foi presidente da Fundação Clóvis Salgado (Palácio das Artes). Filmografia: 2000 – O Circo das Qualidades Humanas; 2001 – Dalmar e Rosália (CM); De Incerta Feita (CM); 2003 – O Negro (CM); 2005 – Depois Daquele Baile; 2006 – Arremate (CM); Batismo de Sangue. PENNA, JUREMA Nasceu em Salvador, BA, em 8 de dezembro de 1926. Inicia seus estudos de teatro na Escola de Teatro da Universidade da Bahia, com o professor Martin Gonçalves, que considera seu mestre nas artes cênicas. Logo tem sua primeira oportunidade no cinema, no filme Mandacaru Vermelho (1961), de Nelson Pereira dos Santos, consolidando sua carreira em outros, como Tocaia no Asfalto (1962), O Forte (1974) e O Mágico e o Delegado (1983). Na televisão, estreia em 1970 na novela Verão Vermelho, depois Irmãos Coragem (1970), O Homem que Deve Morrer (1971) e Selva de Pedra (1972). Atua também nas minisséries Lampião e Maria Bonita (1982) e Tereza Batista (1992). É uma grande atriz da geração baiana do início dos anos 1960. Em 2000 sofre um AVC – Acidente Vascular Cerebral, o que a impede de prosseguir sua carreira, vindo a falecer em setembro de 2001, de infecção urinária, aos 74 anos de idade, em Salvador, BA. Filmografia: 1961 – Mandacaru Vermelho; 1962 – Tocaia no Asfalto; O Pagador de Promessas; 1963 – Seara Vermelha; 1964 – O Caipora; Santo Módico; Sol sobre a Lama; O Tropeiro; 1967 – História de Amor e Ódio (inacabado); 1968 – Como Vai, Vai Bem?; 1969 – A Doce Mulher Amada; Tempo de Violência; 1971 – Rua Descalça; 1974 – O Forte; As Moças Daquela Hora; 1977 – Tenda dos Milagres; 1983 – O Mágico e o Delegado. PENNA, ROSA MARIA Nasceu em Minas Gerais. Faz curso de teatro com Martim Gonçalves. Estreia no cinema em um curta de Antonio Calmon, O Quadro. Destacam-se ainda Capitu (1968) e Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969). Não se têm informações sobre a continuidade de sua carreira nos anos seguintes. Filmografia: 1968 – Capitu; 1969 – Memória de Helena; 1969 – O Últi mo Homem (CM); O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (Brasil/França/ Alemanha); 1970 – Cabezas Cortadas; 1971 – O Leão de Sete Cabeças; 1976 – Soledade; O Casamento. PERA, ABEL Abel Soares Pera nasceu em Carregosa, Aveiro, Portugal, em 16 de novembro de 1896. Em 1899, com três anos de idade, mudase com a família para o Brasil, radicando-se do Rio Grande do Sul. Participa ati vamente do Ciclo de Pelotas. Conhece Francisco Santos, que o leva para sua companhia teatral, iniciando carreira artística. Estreia no cinema em 1913 no filme O Crime de Banhados e constitui sólida carreira, em muitos outros como Entra na Farra (1941), Maior que o Ódio (1951), O Bravo Guerreiro (1968), etc. Desenvolve carreira sólida no cinema. Na televisão, participa de apenas uma novela, Fogo sobre Terra, em 1974, no papel do vigário. É irmão de Manoel Pera e tio de Marília Pera. Sempre em atividade, morre em 1975 aos 79 anos de idade. Filmografia: 1913 – O Crime de Banhados; 1938 – Está Tudo Aí!; 1939 – Onde Estás Felicidade?; 1940 – E o Circo Chegou; Cisne Branco; 1941 – Sedução do Garimpo; Entra na Farra; 1943 – Samba em Berlim; 1944 – Romance de um Mordedor; 1945 – O Cortiço; 1951 – O Falso Detetive; Maior que o Ódio; 1957 – De Vento em Popa; 1959 – O Homem do Sputinik; Pintando o Sete; 1968 – Enfim Sós... Com o Outro; O Bravo Guerreiro; O Homem que Comprou o Mundo; 1969 – A Penúlti ma Donzela; As duas Faces da Moeda; 1970 – Vida e Glória de um Canalha; 1971 – O Enterro da Cafetina; As Quatro Chaves Mágicas; 1972 – Eu Transo... Ela Transa; Revólveres não Cospem Flores; 1973 – Toda Nudez será Castigada; 1974 – O Descarte; 1975 – O Casamento; Com as Calças na Mão; A Filha de Madame Betina. PERA, MANOEL Manoel Maria Soares Pera nasceu em Carregosa, Aveiros, Portugal, em 1894. Assim como o irmão, Abel, em 1899, com cinco anos de idade, muda-se com a família para o Brasil, radicando-se do Rio Grande do Sul. Em 1912 estreia como ator teatral, com destacada carreira, em peças como Uma Rua Chamada Pecado, Chuva, Bodas de Sangue, etc. Faz parte do famoso grupo Arti stas Unidos. Pioneiro, estreia no cinema em 1913, no filme O Crime de Banhados. Entre outros, atua também em Pega Ladrão! (1939) e Mãos Sangrentas (1955). Casa-se com a atriz Dinorah Marzullo, com quem tem duas filhas, ambas atrizes, Marília (1943) e Sandra (1954). É importante personagem das artes cênicas Brasileiras. Morre em 1967, aos 74 anos de idade. Filmografia: 1913 – O Crime de Banhados; 1918 – Entre dois Amores; 1936 – O Bobo do Rei; 1937 – Grito da Mocidade; 1938 – Está Tudo Aí!; 1939 – Onde Estás Felicidade?; Pega Ladrão!; 1944 – Romance de um Mordedor; 1947 – Luz dos meus Olhos; 1948 – Pra Lá de Boa; 1949 – Vendaval Maravilhoso; 1955 – Mãos Sangrentas (Manos Sangrientas) (Brasil/Argenti na); 1962 – Vagabundos no Society; 1963 – The Cerimony (EUA); 1964 – O Crime do Sacopã. PERA, MARÍLIA Marília Marzullo Pera nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22 de janeiro de 1943. Aos 19 dias de vida Marília já aparece em cena, filha dos atores Manoel Pêra (1894-1967) e Dinorah Marzullo (1919 – ). Aos quatro anos interpreta a filha de Medeia, um clássico grego. Depois, dedica-se à dança clássica. Aos treze anos dança na TV e aos quatorze faz figuração no Teatro de Revista, na peça De Cabral a JK, de Max Nunes. O sucesso acontece em 1966 nos musicais Como Vencer na Vida sem Fazer Força e Onde Canta o Sabiá. Em 1969 recebe seu primeiro prêmio Molière, sendo o segundo em 1973, por sua atuação na peça Apareceu a Margarida, seguindo-se de muitas outras. Estreia na TV em 1965 na novela Rosinha do Sobrado, seguindo-se Padre Tião e destacando-se depois em Beto Rockfeller (1968), O Cafona (1971), Supermanoela (1975), etc. Tem marcante passagem pelo cinema também, em fi lmes como O Rei da Noite (1975), Pixote, a Lei do Mais Fraco (1980), pelo qual ganha o prêmio de melhor atriz da Associação dos Críticos de Nova York (National Society of Films Critics), pela primeira vez concedido à uma atriz sul-americana, e Tieta (1996). Nos EUA faz Mixed Blood (1985) e Living the Dream (2006). Em 1998 interpreta pela primeira vez a prosti tuta Geni, na peça Toda Nudez Será Castigada, de Nelson Rodrigues. No teatro, interpreta por cinco vezes (1960, 1971, 1989, 1995 e 2005) Carmen Miranda, mas homenageia outras divas também: Maria Callas, em 1996, Dalva de Oliveira, em 1987 e 1989, e Coco Chanel, em 2004. Em plena atividade, tanto no teatro, cinema e televisão, na qual, entre novelas, especiais e minisséries, nos últimos anos parti cipa de Meu Bem Querer (1998), Garotas de Programa (2000), Brava Gente (2000), Os Maias (2001), Começar de Novo (2004), a minissérie JK (2006), em que tem exuberante atuação, ao lado de José Wilker, no papel da primeira dama Sara Kubitschek, Cobras e Lagartos (2006), como Milu Montini, Duas Caras (2008), como a grã-fina Gioconda. No cinema, seus últimos trabalhos são Não por Acaso (2006) e Embarque Imediato (2009). Casa-se pela primeira vez aos dezessete anos, com o ator e músico Paulo César Graça Mello, com quem teve um filho, Ricardo Graça Mello, também ator, nascido em 1960. O casamento durou três anos (1959/1962) e Paulo morreu em 1969 num acidente de carro. Entre 1973 e 1984, foi casada com o jornalista e compositor Nelson Motta, com quem teve duas filhas, Esperança, nascida em 1976, e Nina, em 1981, ambas atrizes. De 1985 a 1995 foi casada com o psicanalista Ricardo Przemyslaw e está casada desde 1998 com o economista e produtor executivo Bruno Faria. É irmã da atriz Sandra Pera. Com talento e força de interpretação incomum, é uma das grandes atrizes brasileiras, com reconhecimento internacional. Filmografia: 1968 – O Homem que Comprou o Mundo; 1970 – É Simonal; 1971 – O Donzelo; 1974 – Ana, a Libertina; 1975 – O Rei da Noite; 1978 – O Grande Desbum; 1979 – Marília Pera – A Feiti ceira (Super-8); 1980 – Pixote, a Lei do Mais Fraco; 1983 – Bar Esperança, o Último que Fecha; 1985 – Mixed Blood (EUA/França); 1987 – Anjos da Noite; 1989 – Dias Melhores Virão; 1995 – Jenipapo; 1996 – Tieta do Agreste; 1997 – Hapy Hours (CM); 1998 – Central do Brasil; O Viajante; 2000 – Amélia; 2002 – Seja o que Deus Quiser; 2003 – Garrincha, a Estrela Solitária; 2004 – Maria Leonti na – Gesto em Suspensão (CM) (leitura do texto); 2006 – Living the Dream (EUA); Não por Acaso; Acredite, um Espírito Baixou em Mim; Polaroides Urbanas; Vestido de Noiva; 2007 – Jogo de Cena (depoimento); 2008 – Nossa Vida não Cabe num Opala; 2009 – Embarque Imediato; Dzi Croquettes (depoimento). PERA, SANDRA Sandra Cristina Marzullo Pera nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 17 de setembro de 1954. Atriz, cantora e diretora. Inicia sua carreira artísti ca em 1975 na casa noturna carioca Dancin’ Days, quando Nelson Motta forma um grupo de garçonetes-cantoras, que posteriormente se chamariam As Frenéticas. Estreia no cinema em 1978 no filme O Bom Marido e na televisão em 1982 no humorístico Chico Anysio Show. Em 1996 faz sua primeira novela, O Campeão, depois Porto dos Milagres (2001), Desejos de Mulher (2002), Carga Pesada (2007) e Sete Pecados (2008). Pela TV Record atua em Chamas da Vida (2009), interpretando Mercedes. Como diretora, assina o espetáculo Baiana da Gema, da cantora Simone. É a filha mais nova dos atores Manoel Pera e Dinorah Marzullo e irmã de Marília Pera. Foi casada com o cantor/ compositor Gonzaguinha, com quem teve uma filha, Amora Pera. Filmografia: 1978 – O Bom Marido; Agonia; 1989 – Dias Melhores Virão; 2005 – Show de Bola (Skyggen af Rio) (Alemanha); 2009 – Embarque Imediato. PERCKLE, TYHANA Marli Pezato nasceu em Blumenau, SC, em 8 de outubro de 1956. Cedo começa a fazer parte de grupos amadores de teatro, principalmente em peças infanti s, como Chapeuzinho Vermelho. Decidida a seguir a carreira, muda-se para São Paulo em 1972. Sua primeira oportunidade acontece na TV Tupi, fazendo pequenas pontas nas novelas O Machão (1974), A Barba Azul (1974), Ídolo de Pano (1975). Com dezoito anos estreia no cinema em O Supermanso (1975), participando de outros como Nós, os Amantes (1978) e A Fábrica de Camisinhas (1981). Muito requisitada para parti cipar de programas de televisão, como jurada do Programa Raul Gil, comerciais e modelo fotográfico, abandona a carreira. Filmografia: 1975 – O Supermanso; A Filha do Padre; Lucíola, o Anjo Pecador; Os Pilantras da Noite; 1976 – Pesadelo Sexual de uma Virgem; Possuídas pelo Pecado; Quando elas Querem... e eles Não; Sabendo Usar não Vai Faltar; 1977 – Entre o Céu e o Inferno; Operação Sequestro; 1978 – Nós, os Amantes; 1981 – A Febre do Sexo; A Fábrica de Camisinhas. PERÉIO, PAULO CÉSAR Paulo César de Campos Velho nasceu em Alegrete, RS, em 19 de outubro de 1940. Com oito anos de idade, ganha um prêmio na rádio, cantando tangos. Com dezesseis, já em Porto Alegre, participa de grupos amadores, com Paulo José, Fernando Peixoto e Mário de Almeida. Atua no Teatro de Equipe e torna-se diretor no CPC da UNE. Em 1963 muda-se para São Paulo e integra o Teatro de Arena, participando de inúmeras peças como Roda Viva, Maria Sare, O Assalto, Os Rapazes da Banda e Por Mares Nunca Dantes Navegados e, mais recentemente, As Tias. Numa de suas apresentações é convidado por Ruy Guerra para integrar o elenco do filme Os Fuzis (1964), sua estreia cinematográfi ca. Dedica-se, a partir dai, quase que exclusivamente ao cinema, constituindo invejável carreira, com mais de cem filmes no currículo, em que se destacam, entre tantos outros, A Sagrada Família (1970), Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia (1977), Navalha na Carne (1997), Harmada (2003), Gatão de Meia-Idade (2006) e Garibaldi in America (2009), além inúmeros curtas-metragens. Na televisão, participa de algumas novelas e minisséries como A Gordinha (1970), sua estreia, Gabriela (1975), Roque Santeiro (1985), A Viagem (1994) e Duas Caras (2008), como o trafi cante Lobato. Desde 2004 apresenta o programa Sem Frescura, pelo Canal Brasil, em que entrevista de maneira debochada e irreverente personalidades ligadas ao cinema brasileiro. Foi casado três vezes, com Neila Tavares, com quem teve uma filha, Lara Velho, com Cissa Guimarães (1976/1990), com quem teve dois fi lhos, Tomás (1978) e João Velho (1984), e com Suzana César de Andrade, com quem também teve um fi lho. Gabriel (1991). É um grande nome do cinema brasileiro. Filmografia: 1964 – Os Fuzis; 1967 – Terra em Transe; 1968 – Puro Fantasma (CM); A Criação Literária em João Guimarães Rosa (CM) (narração); O Bravo Guerreiro; Vida Provisória; Os Marginais (episódio: Papo Amarelo); O Homem que Comprou o Mundo; 1969 – Gamal, o Delírio do Sexo; Pedro Diabo Ama Rosa Meia-Noite; 1970 – A Cobra Fumou (CM) (narração); Pauliceia Desvairada (voz); Bang Bang; A Sagrada Família; 1971 – O Capitão Bandeira contra o Dr. Moura Brasil; 1972 – Os Inconfi dentes; 1973 – A Propósito do Futebol (CM) (narração); Megalópolis (CM) (narração); O Novo Ensino – Lei 5692 (CM) (narração); ABC do Esporte (CM) (narração); Ecologia (CM) (narração); Paraty: Impressões (CM) (narração); Sagarana, o Duelo; Vai Trabalhar, Vagabundo; Toda Nudez Será Castigada; Do Sertão ao Beco da Lapa (E o Mundo de Oswald) (narração, com Mário Lago e Lima Duarte); 1973/1978 – A Lira do Delírio (Bala Certeira); 1974 Getúlio Vargas (narração); Iracema, uma Transa Amazônica; A Estrela Sobe; A Cartomante; As Mulheres que Fazem Diferente (episódio: Flagrante de Adultério); Relatório de um Homem Casado; 1975 – Teatro Brasileiro I – Origem e Mudanças (CM) (narração); A Extorsão; As Aventuras Amorosas de um Padeiro; Nem os Bruxos Escapam; 1976 – Loucuras de um Sedutor; 1977 – Vida Vida; Os Amores da Pantera; Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia; Bandalheira Infernal; Gordos e Magros; A Queda; 1978 – Guiomar Novaes – Registro e Memória (CM) (narração); Raoni (narração); Tudo Bem; Anchieta, José do Brasil; Chuvas de Verão; O Bom Marido; A Dama do Lotação; Daniel, Capanga de Deus; Se Segura, Malandro; Assim Era a Pornochanchada (3º episódio); 1980 – Os Mucker (Jakobine) (Brasil/Alemanha); Fruto do Amor; 1982 – Ao Sul do meu Corpo; Retrato Falado de uma Mulher sem Pudor; O Segredo da Múmia; Rio Babilônia; 1983 – Corações a Mil (narração como Dr.Honório); Bar Esperança, o Último que Fecha; 1984 – Una Notte di Pioggia (aka Luomo Della Guerra Possibile) (Itália); Tensão no Rio; 1985 – Real Desejo; Eu te Amo; Noite; 1986 – Um Filme 100 % Brasileiro; 1987 – Maré de Azar (Running Out of Luck) (EUA); Banana Split; 1988 – Natal da Portela (Brasil/França); 1989 – Dias Melhores Virão; 1990 – Barrela (Escola de Crimes); 1992 – Vagas para Moças de Fino Trato; Batalha Naval (CM); (narração); 1994 – Amor! (CM); 1996 – Bahia de Todos os Sambas (narração); 1998 Quintana dos 8 aos 80 (CM); (narração); 1999 – O Viajante; 2000 – Os Idiotas Mesmo (CM) (dublagem); 2001 – Quando o Amor Vem por Necessidade (CM); O Comendador (CM); Onde Andará Petrúcio Felker? (CM) (dublagem); 2002 – Praça Clóvis (CM); Plano-Sequência (CM); 2003 – Trava Contas (CM); Jantar em Família (CM); Bala na Marca do Pênalti (CM); Os Viajantes (CM) (animaçãovoz); Rostilidades – Os Sentidos do Rosto (CM); Supersti ção (CM); O Homem do Ano; Harmada; 2004 – Veja & Ouça – Maria Baderna no Brasil (CM); Vermelho Rubro no Céu da Boca (CM); Árido Movie; Onde Anda Você; 2005 – Nanoilusão (CM); Pobres Diabos no Paraíso (CM); 2006 – Gatão de Meia-Idade; O Cheiro do Ralo (voz); Noel, o Poeta da Vila; 2007 – O Carteiro (CM); 2008 – Dossiê Rê Barbosa (CM) (animação-dublagem personagem Bibelô); Nossa Vida não Cabe num Opala; 2009 – Garibaldi in America (Itália/Brasil); É Proibido Fumar; Cerol (CM); Meninos de Kichute. PEREIRA, CRISTINA Maria Cristina Teixeira Pereira nasceu em São Paulo, SP, em 9 de agosto de 1949. Começa sua carreira no teatro, em peças como Jogos na Hora da Sexta. Estreia no cinema em 1975 no filme O Rei da Noite, de Hector Babenco, em difícil papel de Maria das Dores, uma das três irmãs pretendentes de Tezinho (Paulo José), que fica louca. Sua atuação no filme Tanga, Deu no New York Times, lhe vale o prêmio Sol de Ouro no III Rio-Cine Festi val. Na TV, entre outras, atua nas novelas Dinheiro Vivo (1979), Elas por Elas (1982), Corpo Santo (1987), Vamp (1991), As Filhas da Mãe (2001), Começar de Novo (2005), A Lua me Disse (2005). Pela TV Record: Vidas Opostas (2007), no papel de Margarida, e A Lei e o Crime (2009), como Jussara. É uma excelente comediante. Filmografia: 1975 – O Rei da Noite; 1977 – Elas São do Baralho; 1978 – Mar de Rosas; 1980 – P.S.: Post-Scriptum; 1981 – Belmonte (CM); 1982 – Das Tripas Coração; 1986 – Brás Cubas; 1987 – Tanga, Deu no New York Times; Sonho de Valsa; 1988 – Romance de Empregada; 1998 – Os Penúltimos Serão os Segundos (CM); 2000 – Amélia; 2002 – Poeta de sete Faces (Vida e Poesia de Carlos Drum mond de Andrade) (depoimento); 2003 – Por um Fio; Xuxa Abracadabra; 2005 – Mais uma Vez Amor; 2006 – Trair e Coçar é Só Começar; 2010 – Sex Delícia. PEREIRA, FERNANDO Desde criança queria ser ator. Forma-se em Filosofia, mas logo inicia carreira no cinema, no qual se destacam Gigante de Pedra (1954) e Um Ramo para Luíza (1964). Nas horas vagas, costuma pintar quadros e praticar pesca submarina e iatismo. Filmografia: 1950 – Aglaia (inacabado); 1951 – Hóspede de uma Noite; 1952 – A Beleza do Diabo; 1953 – Luz Apagada; 1954 – Gigante de Pedra; 1955 – Três Destinos (inacabado); 1959 – Dona Xepa; 1964 – Um Ramo para Luíza; 1965 – Crônica da Cidade Amada (episódio: O Homem que se Evadiu); Encontro com a Morte (Em Legítima Defesa) (Brasil/Portugal); 1993 – A Saga do Guerreiro Alumioso. PEREIRA, GERMANO Nasceu em Joinville, SC, em 13 de março de 1978. Ator, escritor e estudante de filosofia. Larga a Engenharia Mecânica para ser ator. Por muitos anos (e ainda) faz parte do grupo teatral Os Satyros, primeiro em Curitiba, depois em São Paulo. Participa de montagens como Romeu e Julieta (interpretou Romeu), De Profundis, de Oscar Wilde, Antígona, A Dança da Morte, de Strindberg, A mais Forte, de Schiller, Bella Ciao, Coriolanus, de Shakespeare, e Liz, de Reinaldo Monteiro, em 2009. No teatro ainda esteve nas montagens de Closer, direção de Flor, A Noite do Aquário, direção de Sérgio Ferrara, Retábulo da Avareza, Luxúria e Morte, de Ramon Del Valle-Inclán. Com seu primeiro texto teatral Pax Hominibus, é convidado para participar do ciclo promovido pela Associação Paulista de Autores Teatrais – APART, posteriormente encenado nas Satyrianas de 2003, também com outro texto Laranjas Vermelhas, encenado em 2007. Também com o grupo faz um primeiro longa-metragem em 2001 que fica inacabado, Teatro em Movimento, sob a direção de Rodolfo Garcia Vazquez e Carlos Ebert. Em 2006, faz Hamlet e escreve o texto da montagem Gasshô – Uma Visão Budista de Hamlet, sob a direção de Rubens Ewald Filho. Em 2005, esteve com Walmor Chagas no Teatro Banco do Brasil, sob a direção de Djalma Limongi Bati sta, em Um Homem Indignado. Em 2006, faz o longa Topografi a de um Desnudo, de Teresa Aguiar, com Lima Duarte e Ney Latorraca, finalizado apenas em 2009. Depois foi Garoto, o vilão de O Menino da Porteira com o cantor Daniel. Adapta O Amante de Lady Chatt erley para a montagem em 2008/2009. Em 2007, publica o livro biografia da atriz e psicóloga Irene Stefania para a Coleção Aplauso. Sai também, em 2009, o livro Reescrevendo os Clássicos, com textos seus (inclusive o inédito Rimbaud na África). Também organiza o livro sobre o Grupo Satyros editado pela Imprensa Oficial do Estado. Escreve outros textos, a peça Bruna Surfistinha e o musical sobre a vida de Adoniran Barbosa, ambos para 2010. Escreve Movie Crazy (pocket musical), em 2009. No cinema ainda faz Salve Geral, 2009, direção de Sérgio Rezende, e o curta O Diário de Simonton, direção de Jader Gudin e Joel Yamaji. Na televisão, participa da minissérie Além do Horizonte, direção de Rodolfo Garcia Vazquez pela TV Cultura, mas destacase na novela Passione (2010), pela TV Globo, no papel de Adamo. Estuda também Letras e Filosofia na FFLCH - USP. Filmografia: 2001 – Teatro de Movimento (inacabado); 2006/2009 – Topografia de um Desnudo; 2009 – O Menino da Porteira; Salve Geral; O Diário de Simon-ton (CM); 2010 – O Doce Veneno de Escorpião; 2011- Os Colegas. PEREIRA, RICARDO Ricardo da Silva Tavares Pereira nasceu em Lisboa, Portugal, em 14 de setembro de 1979. Aluno do Liceu Camões e da Universidade Lusófona. Ator português, que também faz carreira no Brasil, tanto na televisão como no cinema. Em seu país, sua primeira novela é A Senhora das Águas, em 2001. Por aqui, sua primeira novela é Como uma Onda, em 2004, como Daniel Cascaes, em seguida Prova de Amor (2005), Pé na Jaca (2006), Negócio da China (2008) e Toma Lá, Dá Cá (2009). Estreia no cinema em 1995 em Portugal, no curta Fulano. No Brasil, estreia em Sonhos e Desejos (2006). Tem se destacado nos dois países sendo muito requisitado também para campanhas publicitárias. Filmografia: 1995 – Fulano (CM) (Portugal); 2001 – Um Homem não é um Gato (Portugal); 2003 – Sem Ela (Portugal/França); Os Imortais (Portugal); 2004 – O Milagre Segundo Salomé (Portugal/França); 2005 – O Crime do Padre Marcelo (Portugal); 2006 – Sonhos e Desejos (Brasil); Viúva Rica Solteira não Fica (Portugal/Brasil); 2007 – Nadine (Bélgica/Holanda); 2008 – Amália (Portugal); 2009 – Second Life (Portugal); Até Onde? (Portugal); Uma Professora muito Maluquinha (Brasil). PEREIRA, TECA Nasceu em São Paulo, SP, em 1952. Atriz, cantora e dançarina, em 1970 forma-se bailarina pela Escola Municipal de Bailados de São Paulo e logo inicia sua carreira artística como cantora e dançarina. A partir dos anos 1980 passa a dedicar-se à carreira de atriz. No cinema, seu primeiro filme é o curta Hysterias, de 1983, e em 1985 estreia na televisão, na minissérie Tenda dos Milagres, depois Carandiru, Outras Histórias (2005), Belíssima (2005), como Rita, Amazônia, de Galvez a Chico Mendes (2007), como Nazaré, Duas Caras (2007), como Naná, Por Toda minha Vida (2008), interpretando a parteira de Chacrinha, Som & Fúria (2009), no papel da camareira, etc. No teatro, brilha desde 1987 quando estreia na peça A Estrela Dalva; entre outras peças, destacam-se A Big Loira (1990), Canção dos Direitos das Crianças (1996), pelo qual recebe o Prêmio Mambembe de Melhor Atriz Coadjuvante, Em Moeda Corrente do País, As Encalhadas (2009), etc. A partir de 2001 também parti cipa de muitos filmes, com destaque para Domésti cas (2001), Fim da Linha (2008), etc. Arti sta polivalente, sustenta sua carreira com talento e garra. Filmografia: 1983 – Hysterias (CM); 1984 – Abrasasas; 1989 – Festa; 1992 – A Má Criada (CM); 1996 – Flores Ímpares (CM); 1998 – Os Penúltimos Serão os Segundos (CM); 2001 – Domésticas, o Filme; 2005 – Quanto Vale ou É por Quilo?; 2008 – Fim da Linha; 2009 – Um Homem Qualquer. PEREIRA, TONICO Antonio Carlos de Souza Pereira nasceu em Campos dos Goytacazes, RJ, em 22 de junho de 1948. Começa sua carreira em 1968. Na década de 1970, fica conhecido em todo o Brasil, por seu personagem Zé Carneiro, no Sítio do Pica-Pau Amarelo, que fica no ar durante sete anos. No cinema, estreia em As Aventuras Amorosas de um Padeiro (1975), e desenvolve sólida carreira, ao atuar em mais de cinquenta filmes, muitos importantes como República dos Assassinos (1979), talvez seu melhor momento como o policial corrupto que se envolve com um travesti (Anselmo Vasconcelos), com cenas quentes de beijo na boca e sexo entre os dois, num dificílimo papel até hoje elogiado, Memórias do Cárcere (1984), de Nelson Pereira dos Santos, A Grande Arte (1991), de Walter Salles Jr, O Cego que Gritava Luz (1997), de João Bati sta de Andrade, em que pela primeira vez é o protagonista principal, e, mais recentemente, Saneamento Básico, o Filme (2007), de Jorge Furtado. Muito ativo também na televisão, sempre pela Globo, inicia em 1975, como o Chico Moleza de Gabriela, mas chama a atenção mesmo em 1977, ao interpretar o Zé Carneiro, no Sítio do Pica-Pau Amarelo. Ao longo dos anos, deixa seu talento registrado em dezenas de outras como Fera Ferida (1993), como o Chico da Tirana, Por Amor (1997), como Oscar, e Desejos de Mulher (2002). A partir de 2002 participa do seriado A Grande Família, como Mendonça. Tem feito muito cinema, mas não deixa de fazer participações especiais em séries/minisséries como A Casa das sete Mulheres (2003), como Padre Roberto, Carandiru, Outras Histórias (2005), como Aparecido, Amazônia: De Galvez a Chico Mendes (2007), como Genivaldo, e Decamerão, a Comédia do Sexo (2009), como Spinellochio. De seu primeiro casamento teve duas filhas, Daniela e Thaia. Do seu segundo casamento com Marina Salomão, também teve dois filhos, Nicolau e Nina Sofia. Filmografia: 1973/1978 – A Lira do Delírio (Bala Certeira); 1975 – As Aventuras Amorosas de um Padeiro (participação não creditada); Crueldade Mortal; 1978 A Queda; 1979 – República dos Assassinos; O Coronel e o Lobisomem; 1984 – Memórias do Cárcere; Nunca Fomos tão Felizes; 1985 – O Rei do Rio; 1986 – Mal Star (CM); O Homem da Capa Preta; 1987 – Maré de Azar (Running Out of Luck) (EUA); Ele, o Boto; A Fábula da Bela Palomera (Fabula de La Bella Palomera) (Brasil/Espanha); 1987/1990 – Círculo de Fogo; 1988 – Dedé Mamata; Corpo em Delito; Romance da Empregada; O Quinto Macaco (The Fift h Monkey) (EUA); 1990 – Causos (CM); 1991 – Sem Cor (CM); Os Moradores da Rua Humboldt (CM); A Grande Arte; Vai Trabalhar Vagabundo II – A Volta; Assim na Tela como no Céu; 1993 – Era uma Vez...; 1994 – Érotique (episódio brasileiro: Final Call) (EUA/Alemanha/Hong-Kong); 1995 – Menino Maluquinho – O Filme; 1996 O Guarani; 1997 – O Cego que Gritava Luz; Guerra de Canudos; 1998 – Como Ser Solteiro; Policarpo Quaresma, Herói do Brasil; Traição (episódio: O Primeiro Pecado); 1999 – O Primeiro Dia; No Coração dos Deuses; 2000 – Um Anjo Trapalhão; A Hora Marcada; O Circo das Qualidades Humanas; 2001 – Caramuru – A Invenção do Brasil; Copacabana; 2002 – Querido Estranho; 2003 – Clandestinidade (CM); Maria, Mãe do Filho de Deus; 2004 – Um Show de Verão; Quase dois Irmãos; Redentor; 2005 – Relâmpago II (CM); O Veneno da Madrugada (Brasil/ Argenti na/Portugal); O Coronel e o Lobisomem; 2006 – Brasília 18%; Vesti do de Noiva; 2007 – Cleópatra; A Grande Família – O Filme; Saneamento Básico, o Filme; 2008 – Romance; 2010 – O Bem-Amado. PEREIRA, ZENI Nasceu em Salvador, BA, em 9 de dezembro de 1924. Inicia sua carreira na televisão, em 1952, como a Tia Nastácia do Síti o do Pica-Pau Amarelo, pela TV Tupi, papel que voltaria a viver em 1973, no filme O Pica-Pau Amarelo, de Geraldo Sarno. No cinema, inicia num grande clássico, Orfeu do Carnaval, em 1959, filme francês totalmente rodado no Brasil por Marcel Camus. A partir de então, constitui sólida carreira ao participar de mais de vinte filmes, com destaque para Um Morto ao Telefone (1964), Pais Quadrados... Filhos Avançados (1970), Pastores da Noite (1976) e Brasa Adormecida (1986). Na televisão, fica restrita a papéis secundários, mas não menos importantes como a Virginia de Irmãos Coragem (1970), a cozinheira Januária de Escrava Isaura, pela TV Globo, em 1976, seu melhor momento, a Maria José de Vale Tudo (1988) e a Isaura, em Pátria Minha (1994), sua última novela. Morre em 21 de março de 2002, no Rio de Janeiro, aos 77 anos de idade. Filmografia: 1959 – Orfeu do Carnaval (Orphée Noir) (França); 1961 – Teus Olhos Castanhos; Samba em Brasília; 1964 – Um Morto ao Telefone; 1965 – Samba (Espanha/Brasil); 1968 – Jovens pra Frente; 1970 – Pais Quadrados, Filhos Avançados; 1971 – Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva; Rua Descalça; 1972 – Quando o Carnaval Chegar; Som, Amor e Curti ção; Um Marido sem... É como um Jardim sem Flores; 1973 – Salve-se quem Puder (Rally da Juventude); 1974 – O Comprador de Fazendas; 1975 – O Trapalhão na Ilha do Tesouro; 1976 – Pastores da Noite (Otália da Bahia) (França/Brasil); 1978 – Uma Aventura na Floresta Encantada; 1983 – Gabriela; 1984 – Feitiço do Rio (Blame It on Rio) (EUA); 1985 – Fêmeas em Fuga (Femmine in Fuga) (Itália/Brasil); 1986 – Brasa Adormecida; 1987 – Maré de Azar (Running Out of Luck) (EUA). PERES, ASSUNTA Nasceu em São Paulo, SP, em 9 de agosto de 1939. Atriz quase que estritamente teatral, participa de alguns fi lmes, como Noites de Iemanjá (1971) e Doramundo (1978). Filmografia: 1971 – Noites de Iemanjá; Uma Mulher para Sábado; Longo Caminho da Morte; 1978 – Doramundo; 1995 – Felicidade é ... (episódio: Cruz). PEREZ, ALBERTO Estreia no cinema em 1944 no filme Gente Honesta. Nos anos 1950 vai para a televisão, estreando em 1955 no drama As Professoras. Torna-se conhecido a partir dos anos 1970 ao participar de várias novelas como Senhora (1975), A Gata Comeu (1985) e Terra Nostra (1999). Paralelamente à carreira de ator, torna-se importante dublador e depois diretor de dublagem da Herbert Richers, tendo em seu currículo diversas séries de sucesso como Magnum, Casal 20 e Carro Comando. Morre em 2002, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1944 – Gente Honesta; 1946 – Sob a Luz de meu Bairro; 1955 – O Primo do Cangaceiro; 1956 – Com Água na Boca; Fuzileiro do Amor; 1959 – O Homem do Sputnik; Mulheres Cheguei!; 1962 – Bom Mesmo é Carnaval. PEREZ, ARICLÊ Ariclê Perez Rangel nasceu em Campinas, SP, em 7 de setembro de 1943. Começa sua carreira teatral em 1967, com a peça Electra. Em 1969 muda-se para São Paulo para fazer Teatro Experimental. Integra o elenco original do musical Hair, ao lado de Antonio Fagundes e Sônia Braga. Seguem-se atuações memoráveis em peças como Hoje o Dia é de Rock, de José Vicente, À Margem da Vida, de Tennessee Williams, e Beijo, de Marcel Proust, entre outras. Na televisão, inicia sua carreira em 1976, na novela Canção para Isabel, exibida na extinta TV Tupi. Contratada pela TV Globo, participa de inúmeras minisséries e novelas como Meu Bem, meu Mal (1990), Felicidade (1992), Memorial de Maria Moura (1994), Decadência (1996), Salsa & Merengue (1997), Os Maias (2001), A Casa das sete Mulheres (2003), Um só Coração (2004). Estreia no cinema em 1971 no filme Paixão na Praia, de Alfredo Sternheim, mas faz pouco cinema, dedicando-se mais ao teatro e ultimamente à televisão. Mesmo assim, por sua atuação no filme Quanto Vale ou É por Quilo?, de Sérgio Bianchi, ganha o prêmio de melhor atriz coadjuvante no Cine Ceará. Foi casada com o lendário diretor Flávio Rangel (1934-1988), mas não teve filhos, e sobre ele escreve e lança, em 1995, o livro Viver de Teatro. Por motivos ainda desconhecidos, suicida-se no dia 26 de março de 2006, em São Paulo, ao jogar-se do décimo andar do prédio em que mora, no bairro de Higienópolis, em São Paulo, alguns dias depois de terminar sua participação na minissérie JK, pela TV Globo, como Dona Júlia Kubitschek, mãe de Juscelino. Filmografia: 1971 – Paixão na Praia; 1980 – À Procura do Público (CM); 1981 – Pixote: A Lei do Mais Fraco; 2005 – Quanto Vale ou é por Quilo? PERIARD, JAYME Jayme Guimarães Periard nascei em Niterói, RJ, em 14 de julho de 1961. Muito jovem começa a fazer teatro amador. Ingressa na Escola de Teatro Martins Pena, tendo como professores José Wilker, Mona Lazar, Denise Stoklos, etc. Estreia na televisão em 1983 na novela Guerra dos Sexos. No teatro, participa de inúmeras peças como Sonho de uma Noite de Verão, A Farsa da Esposa Perfeita, O Cio da Lua Cheia, Só pra Divertir, Um Pijama para Seis e Jung – Sonhos de uma Vida. Lança-se como produtor e diretor teatral em As Guerreiras do Amor, Salomé, O Grito dos Anjos, O Colecionador e Decamerão. Na televisão faz regular carreira, quase sempre fora da TV Globo, como em Sangue do meu Sangue (1995), como Carlos Rezende, pelo SBT, Mandacaru (1997), como Zagaia, pela TV Manchete, Vidas Cruzadas (2000), como Amaro, pela TV Record, e Água na Boca (2008), como Philippe, pela TV Bandeirantes. Em 2004 funda, com a irmã Izabela, um espaço cultural no Rio de Janeiro, onde dá aulas de interpretação. Filmografia: 1987 – Rádio Pirata; Leila Diniz; É Miquelina, minha Mulher (CM); Heleno e Garrincha (CM); 2000 – Estado de Alerta (CM); 2006 – Memórias da Chibata (CM); 2008 – Mistéryos. PÉRISSÉ, HELOÍSA Heloísa Perlingeiro Périssé nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 9 de agosto de 1966. Mora na Bahia dos onze aos dezesseis anos. De volta ao Rio de Janeiro, inicia sua carreira de comediante em 1990 no programa Escolinha do Professor Raimundo, como Dona Tati , ao lado de Chico Anysio, depois Incidente em Antares (1994), como Marfissa, Você Decide (1995), como Sintia no episódio Príncipe Encantado, Zorra Total (1999), como Malu, Brava Gente (2000), como Dirce, Os Normais (2001), como Kátia, Sob nova Direção (2003/2007), como Belinha, e vários quadros do Fantástico (2008), como Lolô. No teatro, atua em Advocacia Segundo os Irmãos Marx e Cócegas, de sua autoria, ao lado de sua amiga Ingrid Guimarães. Foi casada por três vezes, com Mauro Farias, André Mattos e Lug de Paula. Tem duas fi lhas Luísa (1999), com Lug, e Antonia (2006), com Mauro. Filmografia (atriz): 2001 – Avassaladoras; 2002 – Lara; 2003 – Lisbela e o Prisioneiro; Xuxa Abracadabra; 2004 – Sexo, Amor e Traição; 2005 – Madagascar (EUA) (dubla a persongem Glória); 2007 – O Tablado de Maria Clara Machado (depoimento); Os Porralokinhas; 2008 – Madagascar 2 (EUA) (dubla a persona-gem Glória); 2010 – O Diário de Tati. Filmografia (diretora): 1999 – Promessas – História de Uma Conversão (CM). PERRÉ, VAL Nasceu em Salvador, BA. Faz curso livre de teatro na Universidade Federal da Bahia. Sua primeira peça como profi ssional é O Beijo no Asfalto, que ganha o prêmio de melhor direção para Paulo Cunha. Estreia no cinema em 1998 no filme Cinderela Baiana. Em 2007 vai para a televisão interpretar o Vitorino, na minissérie Amazônia: De Galvez a Chico Mendes. No ano seguinte faz sua primeira novela, Desejo Proibido, no papel de um soldado. Seguem-se Faça sua História (2008), como Arnaldão, Guerra e Paz (2008) e Força-Tarefa (2009), como Helinho. Retorna ao cinema em 2009 no filme Os Estranhos e em 2010 está nas telas na terceira refilmagem do clássico de Nelson Rodrigues, Bonitinha, mas Ordinária, sob a direção de Moacyr Góes. Filmografia: 1998 – Cinderela Baiana; 2005 – A Máquina; 2009 – Os Estranhos; Bonitinha, mas Ordinária; 2010 – Amazônia Caruana. PERRIER, DENNY Denis Robert Stanislas Perrier nasceu em Paris, França, em 1º de novembro de 1950. Radicado no Brasil desde criança, inicia sua carreira artística como modelo de fotonovelas. Em 1978 estreia na televisão em Dancin’ Days, no papel de Antonio Carlos. No mesmo ano faz seu primeiro filme, Fim de Festa, direção de Paulo Porto. Com regular carreira, atua em algumas novelas como Os Gigantes (1979) e Marquesa de Santos (1984) e alguns fi lmes como Os Três Mosqueteiros Trapalhões (1980) e Memórias do Cárcere (1984). A partir de então sobrevive dando aulas de interpretação para jovens atores. Morre em 1992, no Rio de Janeiro, de complicações decorrentes do vírus da AIDS, aos 42 anos. Filmografia: 1978 – Fim de Festa (Decisão Final); A Deusa Negra (Nigéria/Brasil); 1980 – Os Três Mosqueteiros Trapalhões; 1982 – Escalada da Violência; 1983 – Estranho Jogo do Sexo; 1984 – Memórias do Cárcere. PERRONI, ALBENZIO Albenzio Gaspari Raffaelle Perrone nasceu em Paris, França, em 1º de setembro de 1906. Aos seis anos de idade vem para o Brasil. Torna-se cantor romântico de voz característica, que desfruta de grande popularidade na década de 1930. Participa de um único filme, A Caipirinha, de 1919, grafado como A.Perroni. Filmografia: 1919 – A Caipirinha. PÉRSIA, MYRIAM Míriam Nogueira Pérsia nasceu em Petrópolis, RJ, em 10 de julho de 1935. Começa sua carreira artística aos dezessete anos, no Teatro do Estudante, de Paschal Carlos Magno, estreando na peça Tropeiros e logo depois em Fedra, de Racine. Em 1956, já em São Paulo e a convite de Adolfo Celi, interpreta Otelo, no TBC, seguindo-se de Loucuras de Mamãe e O Diário de Anne Frank. Inscreve-se no concurso Miss Cinelândia, chegando às fi nais do certame. Estreia no cinema em 1957, no filme Casei-me com um Xavante, destacando-se depois em O Grande Momento (1958), que lhe vale o Prêmio Governador do Estado, como melhor atriz do ano. Nas décadas de 1960/1970, tem passagem marcante na televisão, ao participar de inúmeras novelas de sucesso, sendo sua estreia no especial Mulherzinhas, em 1959, mas sua primeira novela acontece somente em 1968, Sangue e Areia. Depois destacam-se A Rosa Rebelde (1969), O Espigão (1974), Plumas & Paetés (1980), O Sexo dos Anjos (1989) e A Viagem (1994). Nos últimos anos tem atuado esporadicamente, como em quatro episódios do programa Você Decide (1992/2000). Foi casada com o ator Jardel Filho, com quem teve uma filha, a atriz Tânia Boscoli. Depois de dez anos afastada do cinema, retorna em 2009 para participar do curta A Distração de Ivan. Filmografia: 1957 – Casei-me com um Xavante; Uma Certa Lucrécia; 1958 – O Cantor e o Milionário; O Grande Momento; Pista de Grama (Um Desconhecido Bate à Porta); 1963 – Sonhando com Milhões; 1964 – O Beijo; 1969 – Rifa-se uma Mulher; 1971 – Viver de Morrer; 1973 – Banana Mecânica; 1974 – Um Edifício Chamado 200; 1975 – Confissões de uma Viúva Moça; 1976 – O Esquadrão da Morte; 1977 – A Festa; 1978 – A Mulata que Queria Pecar; 1981 – Sequestro; 1999 – O Viajante; 2009 – A Distração de Ivan (CM). PERSON, LUIZ SÉRGIO Nasceu em São Paulo, SP, em 12 de fevereiro de 1936. Cursa o Centro Experimental de Cinematografia de Roma, Itália, onde já dirige dois curtas. No Brasil, estreia na direção de longas em 1965, com São Paulo S/A, considerado um clássico do nosso cinema. Em 1966, com Glauko Mirko Laurelli, funda a Lauper Filmes, produtora de comerciais e documentários e participa do cinema mistério de Zé do Caixão. Como ator, destaca-se nos filmes Caseime com um Xavante (1957) e O Quarto (1968). Foi casado com a cineasta Regina Jehá, com quem teve duas filhas, Marina (1969) e Domingas (1971). Marina Person, sua filha mais velha, atriz/ diretora, em 2007, produz e dirige o documentário Person, em homenagem ao pai. Grande personagem do cinema paulista e brasileiro, Person morre prematuramente em 7 de janeiro de 1976 aos 39 anos de idade, de acidente automobilísti co. Filmografia (ator): 1957 – Casei-me Com um Xavante; 1967 – Marido Barra Limpa; O Estranho Mundo de Zé do Caixão (O Fabricante de Bonecas); 1968 – Anuska, Manequim e Mulher; O Quarto. Filmografia (diretor): 1957/67 – Marido Barra Limpa (codirigido por Renato Grecchi); 1961 – Il Palazzo Doria Pamphili (CM) (Itália); 1962 – Lotti mista Sorridente (CM) (Itália); 1962 – Al Ladro (codirigido por Cláudio Rispoli) (CM) (Itália); 1965 – São Paulo S/A; 1967 – O Caso dos Irmãos Naves; 1968 – Trilogia do Terror (episódio: Procissão dos Mortos); Panca de Valente; Rua Augusta (CM); Santa Casa Santa (CM); 1972 – Cassy Jones, o Magnífico Sedutor; 1975 – Vicen te do Rego Monteiro (CM). PERSON, MARINA Marina Izaura Jehá Person nasceu em São Paulo, SP, em 15 de fevereiro de 1969. Formada em Cinema pela ECA, é fi lha dos cineastas Luiz Sérgio Person e Regina Jehá. Começa sua carreira artísti ca como VJ da MTV Brasil. Depois apresenta os programas Os Piores Clips do Mundo (1999) e Disk MTV (2000). Com Meninas Veneno (2002), recebe o prêmio de melhor programa do ano pela APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte. Com o sangue cinematográfico nas veias, estreia na direção em 1996 no curta Almoço Executivo, que ganha prêmios em diversos festi vais. Em 1998 começa a germinar a ideia de fazer um documentário sobre seu pai, o cineasta Luiz Sérgio Person. Pensado inicialmente em um curta ou média-metragem, transforma-se rapidamente em um longa, pela abundância de informações sobre o famoso cineasta paulista. O filme demora oito anos para ser concluído, mas o resultado é excepcional, não só no conteúdo como na plástica. Em Los Angeles, Marina cobriu por vários anos a cerimônia de premiação de cinema da MTV americana, o MTV Movie Awards, entrevistando nomes do cinema hollywoodiano como Cameron Diaz, Samuel L. Jackson, Katie Holmes, Courteney Cox Arquette, Jennifer Love Hewitt, entre outros. No ano de 2000, com exclusividade, a popstar Madonna entrou para lista de entrevistados da VJ, que inclui nomes como Francis Ford Coppola e Jon Landau, produtor de Titanic. Como atriz, estreia em 2003 no curta A Lata, depois, entre outros, parti cipa de Bens Confi scados (2004), no difícil papel da lésbica Michele, e Cinco Mentiras (2006). Atualmente apresenta na MTV o programa MTV+ e Top Top MTV, ao lado de Léo Madeira e na rádio Metropolitana FM o programa Na Pegada, ao lado de Jairo Bouer, Marcela Roch e Fabi Ferraz. Filmografia (atriz): 2003 – A Lata (CM); 2004 – Bens Confi scados; 2005 – O Casamento de Romeu e Julieta; Mais uma Vez o Amor; 2005 – A Máquina; 2006 – Cinco Mentiras (CM); 2007 – Person (depoimento). Filmografia (diretora): 1996 – Almoço Executivo (CM); 2007 – Person. PESCE, PETTY Nasceu em São Paulo, SP, em 1956. Ainda menina faz balé clássico, iniciando depois sua carreira artística no teatro. Estreia no cinema em 1978 no filme Amada Amante, de Cláudio Cunha. Bonita e sensual, atua em várias pornochanchadas como Sábado Alucinante (1979) e Mulher Sensual (1981). Com o fim do gênero, afasta-se do cinema. Filmografia: 1978 – Amada Amante; 1979 – Nos Tempos da Vaselina; Mulher, Mulher; Sábado Alucinante; A Dama da Zona (Hoje Tem Gafi eira); Quanto mais Pelada Melhor; 1980 – Bonitinha, mas Ordinária; Tudo Acontece em Copacabana; 1981 – Mulher Sensual (Novela das Oito). PESSINI, ORIVAL Orival Pessini nasceu em São Paulo, SP, em 6 de agosto de 1944. Inicia sua carreira no teatro amador. Em 1963 estreia como profissional na TV Tupi, no programa infantil Quem Conta um Conto. Passa a criar bonecos para comerciais da K-Suco, AACD, Kellogs, Peixe, etc. Em 1976 vai para a TV Globo parti cipar do humorístico Planeta dos Homens e leva os personagens Sócrates e Charles, dois maçados. Em 1983 cria o Fofão para o programa Balão Mágico, sucesso até 1986. Em 1986 transfere-se para a TV Bandeirantes e ganha programa só seu, TV Fofão. O programa fica no ar até 1989. Daí em diante, surgem novos personagens, o Patropi, Clô, Ranulpho, Juvenal, Frank, Hitler, etc. Em 1992 retorna à TV Globo para parti cipar da Escolinha do Professor Raimundo. Atualmente está na TV Bandeirantes, no programa Uma Escolinha Muito Louca, sob o comando de Sidney Magal, com o personagem Ranulpho. É o próprio Orival que cria os personagens, faz as máscaras, redige os textos e interpreta. No cinema, tem momentos importantes, principalmente com o Fofão, em roteiros desenvolvidos especialmente para o personagem. Orival apresenta o show Eles Sou Eu há muitos anos, em empresas, clubes, teatros, etc. É um grande talento brasileiro e único na sua especialidade. Filmografia: 1975 – O Supermanso; 1979 – O Guarani; 1987 – As Atrapalhadas do Fofão; 1988 – Fofão e a Nave sem Rumo. PETAR, MARIA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 2 de dezembro de 1937. Seus pais são de procedência iugoslava. Muito jovem vai morar em Manaus, pois seu pai é designado como superintendente de uma fábrica beneficiadora de borracha naquela cidade. Com a morte do pai, ela e a mãe retornam ao Rio de Janeiro. Tem então dezesseis anos e resolve seguir carreira de manequim. Em 1957 recebe convite de Nelson Pereira dos Santos para fazer parte do cast de Rio, Zona Norte, seguindo-se de outros como Aí Vem a Alegria (1959) e Os Apavorados (1962). Seu 1,70 m de beleza e talento não foi suficiente para sustentar sua carreira cinematográfica, encerrada precocemente. Filmografia: 1957 – Rio, Zona Norte; 1959 – Pintando o Sete; Aí Vem a Alegria; 1960 – Dois Ladrões; 1961 – Quanto mais Samba Melhor; 1962 – Assassinato em Copacabana; Os Apavorados. PETRÁGLIA, MÁRIO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de fevereiro de 1942. Começa sua carreira fazendo teatro infantil e depois Teatrinho Trol, pela TV Tupi. No teatro profissional, atua nas peças Roleta Paulista e Longe Daqui, Aqui Mesmo. Estreia no cinema em 1958, fazendo uma ponta no filme No Mundo da Lua e desenvolve sólida carreira, em fi lmes como Engraçadinha, Depois dos 30 (1965), Tem Folga na Direção (1976) e Fulaninha (1986). Na televisão, na década de 1970 parti cipa do Sitio do Pica-Pau Amarelo e das novelas Cavalo de Aço (1973), sua estreia, O Semideus (1974), Cuca Legal (1975), Sem Lenço, sem Documento (1978), Sinal de Alerta (1978), Pai Herói (1979) e Irmãos Coragem (1995). Filmografia: 1958 – No Mundo da Lua; 1960 – Tudo Legal; Viúvo Alegre; 1961 – Mulheres, Cheguei; 1964 – Selva Trágica; Um Ramo para Luíza; Tiro a Traição (inacabado); 1965 – Engraçadinha Depois dos 30; Choque de Senti mentos (Bra-sil/EUA); 1966 – Na Onda do Iê-Iê-Iê; 1967 – A Lei do Cão; O ABC do Amor (episódio brasileiro: O Pacto) (Brasil/Argenti na/Chile); 1968 – Os Viciados (episódio: A Fuga); 1969 – A Doce Mulher Amada; 1970 – O Vale do Canaã; 1972 – Os Mansos (episódio: O Homem dos quatro Chifres); Os Devassos; Simeão, o Boêmio; 1973 – Amante muito Louca; Banana Mecânica; Obsessão; 1975 – As Alegres Vigaristas (episódio: O Padre e a Modelo); 1976 – Tem Folga na Direção; Tem Alguém na Minha Cama; 1977 – Barra Pesada; 1978 – O Grande Desbum; Elke Maravilha contra o Homem Atômico; 1980 – Um Menino, uma Mulher; 1982 – Luz del Fuego; Mar do Pecado; 1983 – Taradas no Cio; 1984 – Memórias do Cárcere; Amor Maldito; Solar das Taras Proibidas; 1986 – Fulaninha; 1988 – Natal na Portela. PETRAGLIA, RICARDO Nasceu no Paraná. Inicia sua carreira artística no teatro, em 1967, com Antunes Filho. Cantor e ator. De 1973 a 1976 é vocalista da banda punk paulistana Joelho de Porco, formada por Tico Terpins, Walter Baillot, Próspero Albanese, Conrado Assis e Rodolfo Ayres Braga. Estreia na televisão em 1972 na novela A Revolta dos Anjos e no ano seguinte no cinema no filme O Pica-Pau Amarelo. Passa a desenvolver carreira regular no cinema e na televisão. Tem destaque nas novelas Gabriela, Cravo e Canela (1983), como Prof. Josué, A Viagem (1994), como Queiroz, Coração de Estudante (2002), como Armando, e Caminhos do Coração (2007), como Platão. No teatro, tem trabalhos importantes como O Rei dos Escombros, numa elogiada atuação. Tem um filho, Lucas Petraglia. Filmografia: 1973 – O Pica-Pau Amarelo; 1975 – Efigênia dá Tudo que Tem; 1977 Noite em Chamas; 1978 – Perversão (Estupro!); 1979 – Companhia Solidão Ltda. (CM); Dani, um Cachorro Muito Vivo; A Noite dos Imorais; 1984 – A Estrela Nua; 1987 – O País dos Tenentes; Sonho de Valsa; Sonhos de Menina-Moça; 1990 – Carnaval; Boca de Ouro; 1992 – Kickboxer 3: The Art of War (EUA); 1995 As Filhas de Iemanjá (Yemanján Tyttäret) (Brasil/Finlandia); 2000 – Minha Vida em suas Mãos; 2003 – Apolônio Brasil, Campeão da Alegria; 2004 – Ratoeira (CM); 2006 – Vida Bandida (CM); 2009 – Sildenafil (CM). PETRIN, ANTONIO Nasceu em Santo André, SP, em 21 de junho de 1938. inicia sua carreira artística no teatro, sua verdadeira paixão e que dedica quase toda a vida, participando de peças memoráveis como Pato com Laranja e Zé Amaro e Irineu. Estreia na TV no teleteatro 22-2000 Cidade Aberta, em 1965, mas só retorna em 1976 para parti cipar de Tchan! A Grande Sacada. Com grande carreira no cinema também, entre outros, atua em Eles não Usam Black-Tie (1981), O País dos Tenentes (1987), Quem Matou Pixote? (1996), Veias e Vinhos: Uma História Brasileira (2006), Se Nada mais Der Certo (2009), etc. Tem se destacado na televisão em novelas importantes como Os Adolescentes (1981), Pantanal (1990), Tocaia Grande (1995), Dona Anja (1996), Corpo Dourado (1998), como Ezequiel, num destacado papel de vilão, Esperança (2002), Essas Mulheres (2005), Amazônia, de Galvez a Chico Mendes (2007) e Sitio do Pica-Pau Amarelo (2007), como Dom Espinelo. Contratado pelo SBT, atua em Revelação (2008). É um grande ator brasileiro, talvez não tendo, por parte da crítica e público, o devido reconhecimento. Filmografia: 1977 – A Árvore dos Sexos; Antonio Conselheiro e a Guerra dos Pelados; Jogo da Vida; 1979 – Ato de Violência; 1981 – Eles não Usam Black-Tie; 1982 – Amor de Perversão; 1984 – Os Bons Tempos Voltaram – Vamos Gozar Outra Vez (episódio: Primeiro de Abril); 1985 – O Beijo da Mulher Aranha (Kiss of the Spider Woman) (Brasil/EUA); Frankie e Alberto (CM); 1986 – A Cor da Luz (CM); Estou com AIDS (depoimento); 1987 – O País dos Tenentes; 1988 – Lua Cheia; 1995 – Esperando Roque (CM); 1996 – Quem Matou Pixote?; 1998 – O Caminho dos Sonhos (Um Sonho no Caroço do Abacate); 1999 – Até que a Vida nos Separe; 2000 – Através da Janela; 2001 – Coisa de Criança (CM); Sonhos Tropicais; 2002 – Mutante (CM); 2003 – Amanhã de Manhã (CM); Que Fazer? (CM); As Alegres Comadres; 2004 – Zé Amaro, Irineu (CM); Noventa Milhões em Ação (CM); 2006 – Veias e Vinhos: Uma História Brasileira; 2007 – Corpo; Coração de Tangerina (CM); 2008 – Bodas de Papel; Plasti c City (Dangkou) (Brasil/ China/Japão); 2009 – Um Homem Qualquer; Se Nada Mais Der Certo; O Homem Mau Dorme Bem; 2010 – Bróder. PETRÔNIO, FRANCISCO Francisco Petrone nasceu em São Paulo, SP, em 8 de novembro de 1923. Era motorista de táxi até 1961, quando Nerino Silva, seu passageiro, gosta de sua voz e o leva para fazer um teste na TV Tupi. É contratado imediatamente e logo grava seu primeiro disco, um 78 RPM com as músicas Agora e Não me Falem Dela. Constitui uma das mais belas carreiras artísticas brasileiras. Grava mais de quarenta discos e, cria e promove, a partir dos anos 1970, o Baile da Saudade, nome da música sua de maior sucesso, oportunidade única para as pessoas com idade acima de sessenta anos reviverem os grandes encontros musicais de sua juventude. No cinema, participa de um fi lme apenas, Senhora, em 1976. Casado com Rosa Petrone, com quem teve três fi lhos, morre em 19 de janeiro de 2007, aos 83 anos de idade, em São Paulo nos deixando muita saudade. Filmografia: 1976 – Senhora. PETROVICH, CARLOS Carlos Roberto Petrovich nasceu em Natal, RN, em 4 de março de 1936. Radicado na Bahia, é professor, ator de teatro, cinema e TV. Petrô, como é conhecido no meio teatral baiano, é um dos fundadores da Companhia Teatro dos Novos e responsável pela criação do Teatro Via Velha. Dirige o Teatro Castro Alves de 1968 a 1970. Embora seja um artista estritamente teatral, acaba participando de alguns fi lmes como Sol sobre a Lama (1963), A Idade da Terra (1980), Guerra dos Canudos (1998), entre outros. Organiza a montagem de dezenas de peças como Macbeth Segundo Ariman (1970), A Exceção e a Regra (1972), Os Sete Pecados da Cidade ou Qualquer Um (1973), Corte o Cordão com os Dentes (1976), Caixa de Sombras (1982), Auto da Cobiça (1986), Cemitério dos Anjinhos (1987), Um Tal de Dom Quixote (1998), etc. Foi professor adjunto da UFBa. Em 2004 lança, com Vanda Machado, o livro Irê Ayó: Mitos Afro-brasileiros. É considerado um dos expoentes do mundo teatral baiano. Morre repenti namente, de infarto, em 29 de abril de 2005, aos 69 anos de idade. Filmografia: 1960 – Igreja (CM); 1963 – Sol sobre a Lama; 1964 – O Caipora; 1980 – Idade da Terra; 1987 – Jubiabá (Brasil/França); 1995 – Jenipapo; 1998 – Guerra de Canudos; 2005 – Na Terra do Sol (CM). PFEIFER, SÍLVIA Sílvia Escobar Pfeifer nasceu em Porto Alegre, RS, em 24 de fevereiro de 1958. Chega a cursar dois anos na faculdade de Direito, mas logo abandona os estudos para seguir a carreira de modelo e manequim. É descoberta pela TV Globo, que aposta no seu talento. Estreia em 1990 na minissérie Boca do Lixo, como Cláudia Toledo, logo chamando a atenção por sua beleza e elegância. Com início inseguro, firma-se como grande atriz nas novelas Meu Bem, meu Mal (1991), Perigosas Peruas (1992), Tropicaliente (1994), O Rei do Gado (1996) e Torre de Babel (1998), na qual surpreende ao viver Leda Sampaio, namorada de Rafaela, num dos primeiros papeis homossexuais femininos da televisão brasileira, O Clone (2001) e Pé na Jaca (2007). Estreia no cinema em 1991, no filme Não Quero Falar Sobre Isso Agora, como Raquel, seguindo-se Xuxa Popstar (2000), como Vany, e A Cartomante (2004), como a Dra. Antonia Maria dos Anjos. Mora um tempo em Portugal, onde interpreta a peça Um Marido Ideal, de Oscar Wilde. Seu esti lo de interpretar e seus traços físicos lembram muito Eliane Lage, atriz de sucesso na década de 1950 da Companhia Cinematográfica Vera Cruz, em São Paulo. Está casada com Nelson Chamma Filho desde 1983, com quem tem dois filhos, Emanuela (1986) e Nicolas (1994). Depois de 20 anos na TV Globo, em 2009 assina contrato de quatro anos com a TV Record, na qual chega para ser uma das grandes estrelas da emissora. Filmografia: 1991 – Não Quero Falar Sobre Isso Agora; 2000 – Xuxa Popstar; Le Voyer (CM); 2004 – A Cartomante. PIACENTINI, NEY Nasceu em 1961. É formado em Artes Cênicas pela Faculdade Paulista de Artes. Em 1997 ajuda a fundar a Companhia do Latão, cuja primeira peça foi sobre a Revolução Francesa. Estreia no cinema em 1983 numa pequena ponta no filme Garota Dourada. Em 1988 e 1989 ganha o Prêmio APCA de Melhor Programa Infanto-Juvenil com o Revistinha da TV Cultura. Pela Companhia do Latão, foi indicado duas vezes como melhor ator ao Prêmio Mambembe, pelas peças Ensaio sobre o Latão (1997) e O Nome do Sujeito (1998). Atua em mais de uma dezena de fi lmes entre curta e longa-metragem, como O Trabalho dos Homens (1998), Cronicamente Inviável (2000), Não por Acaso (2007) e Lula, o Filho do Brasil. Foi vice-presidente da Cooperativa Paulista de Teatro entre 2003 e 2004. Filmografia: 1983 – Garota Dourada; 1986 – Ondas (CM); 1992 – Modernismo: Os Anos 20 (CM); 1994 – Parecer (CM); Expresso (CM); 1995 – Eu Sei que Você Sabe (CM); 1998 – O Trabalho dos Homens (CM); 2000 – Mário; Cronicamente Inviável; 2002 – Lost Zweig; 2005 – Quanto Vale ou é por Quilo?; 2007 – Não por Acaso; Um Ramo (CM); Equívocos Colecionados (CM); 2008 – Fim da Linha; 2009 – Lula, o Filho do Brasil. PICCHI, LUIGI Nasceu em Florença, Itália em 8 de janeiro de 1922, onde estuda teatro, na Escola de Ermete Zacconi. Chega ao Brasil em 1950, iniciando sua carreira cinematográfi ca na Multifilmes, em São Paulo em Modelo 19 (1952), ao lado de Ilka Soares, que lhe vale o prêmio Governador do Estado. De talento nato, constitui sólida carreira, em filmes importantes do cinema brasileiro como Estranho Encontro (1958) e A Ilha (1963). Ganha três prêmios Saci, quatro prêmios Governador do Estado, entre outros. Atua também em produções internacionais, ao lado de nomes consagrados como Glenn Ford, Elke Sommer e Arthur Kennedy. Ator disciplinado, correto, muito querido pela comunidade cinematográfica, amplia seu campo de atuação nas artes, dirigindo e produzindo alguns filmes de longa-metragem e vários documentários a partir de 1966. Casado, tem três fi lhos. Morre em 31 de agosto de 1986, em São Paulo, aos 64 anos de idade. Filmografia (ator): 1952 – Modelo 19 (Amanhã Será Melhor); 1953 – Uma Vida para Dois; O Americano (inacabado); 1954 – Chamas no Cafezal; 1955 – Armas da Vingança; 1958 – O Capanga; Estranho Encontro; 1959 – Fronteiras do Inferno (Lonesome Women) (Brasil/EUA); Crepúsculo de Ódios (Nas Garras do Desti no); 1960 – Na Garganta do Diabo; 1961 – Bruma Seca; Mulheres e Milhões; 1962 – Quatro Mulheres para um Herói (Homenage a la Hora de la Siesta) (Argenti na/França/Brasil); 1963 – A Ilha; 1964 – Mulher Satânica (Der Satan Mit Den Roten Haaren) (Brasil/Alemanha); 1965 – Grande Sertão; Onde a Terra Começa; Luta nos Pampas; 1969 – Adultério à Brasileira (episódio: O Telhado); 1971 – Fora das Grades; O Homem, o Circo, o Palhaço; A Morte (inacabado); 1973 – O Últi mo Êxtase; 1977 – Internato de Meninas Virgens; 1978 – Belas e Corrompidas; 1979 – O Guarani; 1981 – Karina, Objeto do Prazer. Filmografia (diretor): 1974 – A Últi ma Bala. PICCHI, MARCELO João Dionísio Marcelo Salles Picchi nasceu em São Carlos, SP, em 8 de dezembro de 1948. Foi criado numa fazenda. Em 1968 Começa a fazer teatro amador, ainda em sua cidade natal. Já em São Paulo, estreia no cinema em 1971 no filme Noites de Iemanjá, seguindo-se de Amor Voraz (1984) e Eternamente Pagu (1988), etc. Na televisão, estreia em 1972 na novela Camomila Bem Me Quer, pela TV Tupi. Depois participa das novelas Bravo! (1975), Coração Alado (1980), Corpo a Corpo (1984), Mico Preto (1990), De Corpo e Alma (1992), Cara e Coroa (1996) e das minisséries O Sorriso do Lagarto (1991) e Teresa Batista (1992). Em 2005 é contratado pela TV Record para parti cipar de Prova de Amor. Foi casado com a atriz Elisabeth Savalla por dez anos, com quem tem quatro filhos, Thiago (1976), também ator, Diogo. (1977), e os gêmeos Tadeu e Ciro (1979). Filmografia: 1971 – As Noites de Iemanjá; 1974 – Exorcismo Negro; 1976 – Marília e Marina; 1979 – Sábado Alucinante; 1982 – Os Campeões; 1984 – Amor Voraz; 1988 – Eternamente Pagu; 1990 – Uma Escola Atrapalhada; 1991 – República dos Anjos; 1993 – O Guarda Linhas (CM); 2002 – A Morte da Mulata. PICCHI, PAOLO Nasceu em Florença, Itália, em 1930. Irmão do ator Luigi Picchi, começa a trabalhar como trucador na Vera Cruz. Na década de 1970, instalado na Jota Filmes, é muito requisitado pelos cineastas, devido à sua habilidade em realizar efeitos especiais, fusões e letreiros. Faz, também, trucagem em diversos comerciais de televisão, com igual competência. Como ator, participa de um único filme, Lilian M: Relatório Confidencial, dirigido por Carlos Reichenbach e produzido em 1975. São de sua responsabilidade os efeitos visuais de filmes importantes como Signo de Escorpião (1974), Lucíola, o Anjo Pecador (1975) e Sede de Amar (1979), seu último filme. Morre em 3 de abril de 1979, vítima de ataque cardíaco, em São Paulo, aos 49 anos de idade. Filmografia: 1975 – Lilian M: Relatório Confidencial. PICCOLO, ERNESTO Ernesto Piccolo Neto nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de junho de 1964. Começa sua carreira em na televisão em 1981 na novela Jogo da Vida, pela TV Globo. Em 1985 estreia no cinema no filme Patriamada. Participa de inúmeros filmes, entre curtas e longas, com destaque para Como Ser Solteiro (1998), Cabeça de Copacabana (2000) e Gatão de Meia Idade (2006). Na televisão tem participações importantes também em novelas, séries, minisséries, humorísti cos como Eu Prometo (1983), Kananga do Japão (1989), Brava Gente (2000), Alma Gêmea (2005), A Diarista (2006), como Ângelo, Sob nova Direção (2006), como Ovídio, Faça sua História (2008), como Haroldão, Beleza Pura (2008), como Eugênio, e Casos e Acasos (2008), como Artur. Filmografia: 1985 – Patriamada; 1997 – Decisão (CM); For All o Trampolim da Vitória; 1998 – Como Ser Solteiro; Bagata (CM); 2000 – Cabeça de Copacabana (CM); 2002 – Açaí com Jabá – Um Filme que Bate na Franqueza (CM); 2003 – Viva Sapato!; Benjamin; 2004 – Quase dois Irmãos; 2006 – O Sapo (CM); Gatão de Meia-Idade; Poema Sujo (CM); 2007 – O Tablado de Maria Clara Machado (depoimento); 2008 – Alice (CM). PICUXA Jonas Michel nasceu em Vigário Geral, Rio de Janeiro, em 1988. Conhecido como Picuxa, ainda menino, tocando cavaquinho, integra o grupo Afro Samba, um dos 12 que formam o Grupo Cultural AfroReggae, uma ONG que existe desde 1993 e congrega grupos de teatro, circo, música, entre outros. A banda mais famosa da ONG é o AfroReggae, que abriu o show dos Rolling Stones na Praia de Copacabana. Exímio tocador de cavaquinho, morre prematuramente em 3 de abril de 2006, esfaqueado pelo ex-marido da namorada, no Rio de Janeiro, na favela de Vigário Geral, aos 18 anos de idade. Filmografia: 2002 – Cidade de Deus; 2004 – O Diabo a Quatro. PIEPSZYK, DANIELA Daniela Adler Piepszyk nasceu em São Paulo, SP, em 1995. Estuda em colégio judaico de São Paulo. Desde cedo quer ser atriz e participa de pequenas peças na escola. Em 2006, aos onze anos de idade, é escolhida entre dezenas de candidatas para participar do filme O Ano em que meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger. A partir daí inicia sua carreira de atriz profissional. Estreia na televisão em 2008 na série Alice, pela HBO, como Regina Célia. e em seguida no humorístico Tudo de Novo de Novo (2009), como Carol, pela TV Globo. Retorna ao cinema para o difícil papel de Zoyka, em Insolação, filme de Felipe Hirsch e Daniela Thomas. Aos quatorze anos de idade, vê sua carreira se fortalecer e consolidar. Filmografia: 2006 – O Ano em que meus Pais Saíram de Férias; 2009 – Insolação. PIETRO MÁRIO Pietro Mário Francesco Bogianchini nasceu em 25 de junho de 1939. O programa Capitão Furacão entra no ar no primeiro dia de funcionamento da TV Globo em 26 de abril de 1965. Pietro é convidado pelo diretor Abdom Torres e a série fica até 1970 no ar, sucesso absoluto. O Capitão Furacão era um comandante da Marinha que contava para a criançada histórias vividas em alto-mar. Uma das grumetes do Capitão era a garoti nha Elizângela, que se tornaria grande atriz brasileira. Assim, de forma meteórica, começou a carreira artística de Pietro. A partir de então participa de novelas e filmes, além de ser excelente dublador, um dos mais requisitados do mercado, devido ao seu timbre forte de voz. Estreia no cinema em 1966 no filme Engraçadinha Depois dos Trinta. Em 1974 faz sua primeira novela, O Espigão, depois, entre outras, A Sucessora (1978), Mania de Querer (1986) e, mais recentemente, Páginas da Vida (2007), como o padre, Pé na Jaca (2007), como o Juiz de Paz, Sete Pecados (2007), como Eurípedes, e Duas Caras (2008), como Fernando Salles Prado. Como dublador, tem brilhante carreira, com dezenas de personagens, entre os quais o homem-pássaro de Falcão 7, Baretta, As Panteras, o Rafi ki do Rei Leão, o Sultão de Alladin e o narrador Yu Yu Hakusho. No cinema, depois de 25 anos, retorna em Memórias Póstumas (2001), Irmãos de Fé (2004), etc. Em 2008, depôs de 43 anos, sai da Globo e transfere-se para a Record, para integrar o elenco de Os Mutantes. Em 2009 participa das peças O Mágico de Oz, ao lado de Carla Diaz, e O Especulador, de Balzac, com direção de José Henrique. Filmografia: 1966 – Engraçadinha Depois dos Trinta; 1968 – A Noite do meu Bem; 1972 – Os Machões; 1976 – Zeca e Juca (CM); 2001 – Memórias Póstumas; Copacabana; 2004 – Irmãos de Fé; A Hora do Galo (CM); 2007 – Meteoro (Brasil/Venezuela); 2009 – Um Dia de Ontem; 2010 – Chico Xavier. PIGNATARI, RUBENS Nasceu em São Paulo, SP, em 6 de março de 1944. Em 1969 faz curso de interpretação no SESI, São Paulo, com professor Ibsen Wild. Estreia no teatro em 1970 nas peças Os Irmãos das Almas (1973), de Ariano Suassuna, Muro de Arrimo (1977), de Carlos Queiroz Telles, e O Santo Milagroso (1981), de Lauro César Muniz. Paralelamente dirige também com o mesmo talento em O Auto da Compadecida (1971) e Morte e Vida Severina (1975). Na televisão, participa das novelas A Viagem (1973), Um Dia o Amor (1975), Xeque Mate (1976), Os Apóstolos de Judas (1976), O Todo Poderoso (1979) e Os Imigrantes (1981). No cinema, atua em O Prazer do Sexo (1981), Tchau Amor (1982), Comando Explícito (1987), etc. Na televisão, participa de uma única novela, Casa de Pensão, em 1982. Filmografia: 1981 – O Prazer do Sexo; 1982 – A Menina e o Estuprador; Bonecas da Noite; As Gatas, Mulheres de Aluguel; Sadismo, Aberrações Sexuais; As Safadas (episódio: Belinha, a Virgem); Sol Vermelho; As Vigaristas do Sexo; 1983 – Elas só Transam (Elas só Transam no Disco); Bacanal de Colegiais; Estranho Desejo; Extremos do Prazer; Promiscuidade (Os Pivetes de Kátia); Tchau Amor; Tensão e Desejo; 1986 – Comando Explícito; Orgia Familiar. PILASTRI, ALÉCIO Nasceu em Mineiros, MG, em 26 de fevereiro de 1940. Faz serviço militar em Curitiba, PR, onde começa a fazer teatro amador. Em São Paulo, cursa cinema com Ozualdo Candeias, chegando a executar, como tese, o roteiro Crepúsculo Violento. Como ator, participa de um único filme, Anúncio de Jornal, em 1984. Filmografia: 1984 – Anúncio de Jornal. PILLAR, FÁBIO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1960. Ator, produtor e diretor teatral, inicia sua carreira na televisão em 1981, na novela Baila Comigo, pela TV Globo, no papel de Marcelo. Depois atua em Bebê a Bordo (1988), Top Model (1989), Pátria Minha (1994) e na minissérie Labirinto (1998), como um policial. No teatro, atua nas peças Quem Tem Medo de Kurt Weill?, Quatro Adultérios e Nenhum Funeral e Você Tem Que Me dar Seu Coração, mas destacase dirigindo os espetáculos musicais Eu Sou o Samba, Teatro Musical Brasileiro e Rádio Nacional – As Ondas que Conquistaram o Brasil, este último visto por mais de 80 mil pessoas. Nos últimos anos fazia parte do elenco fixo do humorístico Zorra Total. No cinema atua em um único filme, Minha Vida em Suas Mãos, direção de José Antonio Garcia. Morre prematuramente, em 14 de Julho de 2010, aos 50 anos de idade, no Rio de Janeiro, de causas não reveladas. Filmografi a: 2000- Minha Vida em Suas Mãos PILLAR, PATRÍCIA Patrícia Gadelha Pillar nasceu em Brasília, DF, em 11 de janeiro de 1964. Sua infância fica dividida entre Brasília, Vitória, Santos e Rio de Janeiro, onde fixa residência aos treze anos de idade. Aos quatorze, entra para o curso do Teatro Tablado e, aos dezessete, já independente, paga seus cursos trabalhando como modelo fotográfico. Estreia no cinema em 1984, no filme Para Viver um Grande Amor. Entre outros atua em A Maldição de Sanpaku (1990) e O Noviço Rebelde (1997). Dona de talento e beleza incomuns, faz sucesso também na televisão, nas novelas Roque Santeiro (1985), sua estreia na telinha, Sinhá Moça (1986), Brega & Chique (1987), Salomé (1991) e, em 1996, O Rei do Gado, como Luana, a sem-terra que se apaixona por Antonio Fagundes. Em 1998 brilha no seriado Mulher, ao lado de Eva Wilma. Seguemse Um Anjo Caiu do Céu (2001), com o Duda, Cabocla (2004), como Emerenciana, e Sinhá Moça (2006), como Cândida. Em 2001 venceu um câncer de mama. Foi casada com o músico Zé Renato por dez anos (1985/1995). Está casada desde 1998 com a político cearense Ciro Gomes. Em 2008 estreia na direção no filme Waldick, Sempre no meu Coração. Filmografia (atriz): 1984 – Para Viver um Grande Amor; 1989 – Festa; 1990 – A Maldição do Sanpaku; 1995 – O Quatrilho; Menino Maluquinho – O Filme; 1996 – O Monge e a Filha do Carrasco (The Monk and Hangmans Daughter) (Brasil/ EUA); 1997 – O Noviço Rebelde; 1998 – Amor & Cia.; 2004 – O Casamento de Iara (CM); 2006 – Se eu Fosse Você; Zuzu Angel; 2007 – Pequenas Histórias. Filmografia (diretora): 2008 – Waldick, Sempre no meu Coração. PIMENTEL, JURANDIR Nasceu em Colatina, ES, em 1932. Inicia sua carreira como bailarino profissional, tendo participado do Ballet do IV Centenário, além de dirigir conjuntos folclóricos no Rio de Janeiro e de São Paulo. Em Paris, estuda mímica com Decroux e Arte Dramáti ca com Alessandro Fersen, em Roma. Era poliglota, dançou em boates de Paris, Roma e Capri e fez coreografias para vários fi lmes italianos. Atua em dois filme apenas, sendo o primeiro, uma produção italiana filmada no Brasil, Yalis, a Flor Selvagem. Por moti vos desconhecidos, suicida-se em 1961, aos 29 anos de idade, ao saltar do Viaduto Nove de julho, em São Paulo. Filmografia: 1959 – Yalis, a Flor Selvagem (Yalis, La Vergine Del Roncador) (Itália); 1960 – Bahia de Todos os Santos. PIMENTINHA Walter Seyssel nasceu em Juiz de Fora, MG, em 16 de junho de 1926. De família circense, é sobrinho de Waldemar Seyssel, o Arrelia. Aos dois anos de idade já estava no picadeiro. Inicialmente era o palhaço Espirro e, mais tarde, Pimentinha. Em 1953 o tio o leva para a TV Paulista e logo em seguida para a Record, na qual participa de vários programas, principalmente os que o tio participa, além das novelas Cidade Perdida (1958) e O Príncipe e o Mendigo (1972). Atua em vários filmes, sendo sua estreia em 1950, em A Vida é uma Gargalhada. Permanece na Record até 1976. Depois participa de programas infantis nas TVs Cultura e Gazeta. Faz muitos fi lmes do gênero cangaço, sendo o últi mo ao lado dos Trapalhões, em 1975. Em 1980 aposenta-se e muda-se para Itu, interior de São Paulo. Casa-se com a cantora e aramista Amélia Seyssel com quem teve vários filhos. Morre em 17 de julho de 1992, de câncer, em Itu, SP, aos 66 anos de idade. Filmografia: 1950 – A Vida é uma Gargalhada; 1955 – Carnaval em Lá Maior; 1956 – Eva do Brasil; Madrugada de Sangue; 1957 – O Circo Chegou à Cidade (Toni, o Leiteiro); 1967 – Cangaceiros de Lampião; 1969 – Deu a Louca no Cangaço; 1972 – Rogo a Deus e Mando Bala; Mulher Pecado; 1975 – O Trapalhão na Ilha do Tesouro. PINESCHI, OLÍVIA Olívia Pineschi Vieira de Araújo nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 7 de junho de 1938. Forma-se no curso normal e em seguida ingressa no Conservatório Nacional de Teatro, iniciando sua carreira artística. Estreia no cinema em 1960 numa pequena ponta no filme Com Minha Sogra em Paquetá, ao lado de Dercy Gonçalves. Depois de participar de algumas produções internacionais, começa a se firmar em 1969 no filme Sete Homens Vivos ou Mortos, já ao lado do seu marido, o produtor/diretor Elio Vieira de Araújo. No ano seguinte faz aquele que seria seu melhor trabalho no cinema, o filme As Escandalosas, de Miguel Borges, pelo qual recebe o prêmio Melhor Atriz do cinema brasileiro, pela interpretação de Madalena Filon. A partir dos anos 1970, além de atuar, trabalha também como cenógrafa, fi gurinista e diretora de arte. Olívia também gostava de acompanhar todas as fases de produção de seus filmes até o lançamento nos cinemas. No teatro, atua nas peças Você não Emplaca 61 e A Giripoca Vai Pirar. Afastada do cinema desde os anos 1980, atualmente vive em Niterói, onde periodicamente se apresenta como cantora em encontros musicais com amigos. Filmografia: 1960 – Com Minha Sogra em Paquetá; 1966 – A Grande Cidade; 1968 – Os Marginais (episódio: Papo Amarelo); 1968 – Fumanchu e o Beijo da Morte (Fu-Manchu y el Beso de La Muerte) (Espanha/Alemanha/EUA); 1969 – Sete Homens Vivos ou Mortos; Der Heibe Tod (Alemanha/Espanha/Itália); 1970 – As Escandalosas; Love in The Pacific (EUA); 1971 – A Hora e a Vez do Samba; O Doce Esporte do Sexo (episódio: A Boca); 1973 – Um Virgem na Praça; Mais ou Menos Virgem; As Depravadas; Os Condenados; 1974 – Robin Hood, o Trapalhão da Floresta; Onanias, o Poderoso Machão; Essas Mulheres Lindas, Nuas e Maravilhosas; 1975 – As Desquitadas; 1976 – Os Trapalhões no Planalto dos Macacos; 1977 – Pra Ficar Nua, Cachê Dobrado; 1977 – Ele, Ela, Quem?; 1978 – A Noiva da Cidade; 1979 – Sexo e Sangue; 1984 – Os Trapalhões e o Mágico de Oroz; Sexo de Qualquer Maneira; A Filha dos Trapalhões. PINHEIRO, DAVID Nasceu em 1950. Começa sua carreira no teatro, na peça Lili, Lili, ao lado da atriz Eva Todor, em 1972. Entre outras, participa de Segundas Intenções (1995), ao lado da atriz Maria Zilda. No cinema atua em As Mulheres que Dão Certo (1976), Memórias do Cárcere (1984) e O Homem Nu (1997), etc. Estreia na televisão em 1977 na novela Sinhazinha Flô. Seguem-se Séti mo Sentido (1982), Marquesa de Santos (1984), A Gata Comeu (1985), O Tempo e o Vento (1985), mas notabiliza-se mesmo como o Somebody Love, na Escolinha do Professor Raimundo, que fica cinco anos no ar, entre 1990 e 1995, e depois destaca-se no humorístico Zorra Total. Nos últimos anos tem se dedicado mais ao teatro, fazendo sucesso nas peças Os Picaretas, Em Busca do Homem Perdido, Eu Sou o que Elas Querem, O Vison Voador, etc. Em 2009 retorna ao cinema para fazer o papel de Coronel Celso no filme Bela Noite para Voar. Filmografia: 1976 – As Mulheres que Dão Certo (episódio: Crime e Castigo); 1977 – A Noiva da Cidade; 1981 – Álbum de Família (Uma História Devassa); 1984 – Memórias do Cárcere; 1986 – Tempo de Ensaio (CM); Por Incrível que Pareça; 1987 – Damas da Noite (CM); 1988 – Natal da Portela (Brasil/França); Romance da Empregada; 1990 – Barrela (Escola de Crimes); 1996 – Sem Canhão não se Fala aos Céus (CM); 1997 – O Homem Nu; 1998 – Policarpo Quaresma, Herói do Brasil; 2009 – Bela Noite para Voar. PINHEIRO, FELIPE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1960. Ator e dramaturgo. Começa sua carreira no teatro, quase sempre no esti lo besteirol, em peças como A Porta e C de Canastra. Estreia no cinema em 1986 no curta-metragem Geleia Geral. Algumas de suas peças transformam-se em curtas-metragens como Barro de A Macaca (1990) e Calor Corazon (1992), em que, inclusive, dirige. Estreia na televisão em 1988 na minissérie O Pagador de Promessas como o Padre Mário. Seguem-se Bebê a Bordo (1988), Vamp (1991) e Contos de Verão (1993). Participa de seu único longametragem, O Judeu, lançado postumamente em 1995. Atua muito em publicidade, ficando nacionalmente conhecido pela propaganda do Casal Unibanco. Morre prematuramente em 1º de novembro de 1993, no Rio de Janeiro, de parada cardíaca, aos 43 anos de idade. Filmografia (ator): 1986 – Geleia Geral (CM); 1987 – Terra de Sal (CM); 1987/1996 – O Judeu (Brasil/Portugal); 1989 – Guerras (CM); 1990 – Barro de A Macaca (CM); 1992 – Calor Corazon (CM). Filmografia (diretor): 1990 – Barro de A Macaca (CM); 1992 – Calor Corazon (CM). PINHEIRO, HELÔ Heloísa Eneida Menezes Paes Pinto nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 7 de junho de 1943. Escolhida por Vinícius de Morais como a legítima Garota de Ipanema, fica conhecida em todo o Brasil. Rosto bonito e corpo escultural, não tarda a estrear na televisão, em 1979 na novela Cara a Cara, pela TV Bandeirantes, seguindose de Água Viva (1980) e Coração Alado (1981), pela TV Globo e Meus Filhos, Minha Vida (1984), pelo SBT. Estreia no cinema em 1988 no filme O Dia do Gato. Posa duas vezes para a revista Playboy, a primeira em 1987 e a segunda em 2003, ao lado de sua filha Ticiane. Casada com Fernando Abel Mendes Pinheiro desde 1966, tem quatro filhos, Christiane, Georgiane, Ticiane e Fernando Jr. Filmografia: 1988 – O Dia do Gato. PINHEIRO, JIDDÚ Nasceu em 27 de novembro de 1976. Estreia na televisão em 1995 na novela As Pupilas do Senhor Reitor, como o jovem Daniel, pelo SBT, emissora em que desenvolve sua carreira como em Sangue do meu Sangue (1995), Chiquiti tas Brasil (1997), Seus Olhos (2004), Os Ricos Também Choram (2006), Revelação (2008) e Vende-se um Véu de Noiva (2009). Teve uma passagem pela TV Globo na novela Pecado Capital (1998) e Bandeirantes em Dance, Dance, Dance (2008). Estreia no cinema em 2005 no filme Crime Delicado, de Beto Brant. No teatro, em 2009, fi ca muitos meses em cartaz com a peça Dois Irmãos, ao lado da atriz Viviane Pasmanter, em elogiada atuação. Filmografia: 2005 – Crime Delicado; 2007 – Falsa Loura; 2008 – Canção de Baal; 2009 – Hotel Atlântico. PINHEIRO, NELLO Nélio Machado Pinheiro nasceu em Jaú, SP. Ainda na sua cidade natal, começa a trabalhar na Rádio Sociedade Jauense. Já em São Paulo, faz faculdade de Direito e ingressa na Rádio São Paulo. Em 1941 começa a trabalhar como radioator, sendo sua estreia em Renúncia. Em 1945, após concluir a faculdade, muda-se para o Rio de Janeiro e entra para o cast da Rádio Nacional, brilhando em inúmeras radionovelas. Em 1949 estreia no cinema, emprestando sua voz para o filme O Homem que Passa. Nos anos 1960 participa de dois filmes de Mazzaropi, O Jeca e a Freira, em 1967, e Uma Pistola para Djeca (1969). Na televisão, atua em algumas novelas como As Professorinhas (1965), Amor de Perdição (1965), Ana Maria, meu Amor (1965), Somos Todos Irmãos (1966), Sangue Rebelde (1966), O Anjo e o Vagabundo (1966) e Super Plá (1969). Filmografi a: 1949 – O Homem que Passa (narração); 1967 – O Jeca e a Freira; 1969 – Uma Pistola para Djeca. PINHEIRO, ZULMIRA Nasceu em São Paulo, SP, em 1953. Começa sua carreira como atriz de teatro amador, na peça A Dama das Camélias. No cinema, atua em O Fracasso de um Homem em duas Noites de Núpcias (1970) e Traídas pelo Desejo (1976). Participa também de alguns programas de televisão, mas, após os anos 1980 não se tem conhecimento da continuidade de sua carreira. Filmografia: 1970 – Fracasso de um Homem em duas Noites de Núpcias; 1975 – Trote dos Sádicos; 1976 – Mulheres do Sexo Violento; Traídas pelo Desejo. PINI, LUIZ Começa sua carreira no rádio. Em 1952 é contratado pela TV Paulista e logo começa a se destacar como humorista. Atua em muitos teledramas, entre eles Direto ao Coração. Quando Manoel de Nóbrega cria a Praça da Alegria Pini é chamado para compor o cast, ao lado de Canarinho Borges de Barros, Ronald Golias, etc. Em 1965 atua na novela Cadeia de Cristal, ainda pela TV Paulista, que logo em seguida seria vendida para a TV Globo e mudaria sua sede para o Rio de Janeiro. No cinema, participa de um único filme, Regina e o Dragão de Ouro, em 1973. Pini também trabalhou como dublador, na AIC São Paulo. Quando se afastou da vida artística, montou consultório na Av.Paulista em São Paulo, e passou a trabalhar como protético. É falecido. Filmografia: 1973 – Regina e o Dragão de Ouro. PINTO, FERNANDO ALVES Fernando Vicente de Azevedo Alves Pinto nasceu em São Paulo, SP, em 6 de maio de 1969. De família de artistas, logo cedo demonstra talento para as artes, ao encenar peças no Colégio São Luis, onde estuda. Com dezessete anos muda-se para Nova York e começa a trabalhar de carpinteiro para custear os cursos de ioga, mímica e teatro. De volta ao Brasil, em 1988, é convidado para parti cipar da peça O Despertar da Primavera, de Frank Wedeking, seguindo-se de outras como O Banheiro (1995). Estreia no cinema em 1993 no curta-metragem Para o Perdão dos Pecados. Seu primeiro longa é Terra Estrangeira (1995), trabalho muito elogiado no Brasil e no Exterior. Participa de dezenas de filmes, em sua maioria curtasmetragens experimentais, em que pôde desenvolver com mais liberdade suas habilidades de interpretação. Em 2004 tem papel de destaque no filme Veneno da Madrugada, de Ruy Guerra. Faz pouca televisão, sendo sua estreia em 1998 num episódio do programa Você Decide. Depois parti cipa de Desejos de Mulher (2002), Um Só Coração (2004), Um Menino Muito Maluquinho (2006) e Avassaladoras, a Série (2006). Em 2007 parti cipa do filme O Signo da Cidade, de Carlos Alberto Riccelli. Muito focado no cinema, é um grande ator brasileiro. Filmografia: 1993 – Para o Perdão dos Pecados (CM); 1995 – La Lona (CM); Terra Estrangeira; 1997 – Quatro Minutos (CM); Jugular (CM); Anahy de las Misiones; 1998 – Menino Maluquinho 2: a Aventura; 2000 – Para Ser Feliz para Sempre (CM); Mater Dei; Eu não Conhecia Tururu; Tônica Dominante; 2001 – Onde Andará Petrúcio Felker? (CM) (voz); Negócio Fechado (CM); 2002 – Ofusca (2002); O Afogado (CM); Mais um Eterno Amor (CM); O Sumiço do Amigo Invisível (CM); 2003 – Jonas (CM); O Filme dos Porques (CM); Rita (CM); 2004 – Intimidade (CM); Red (CM); Morango (CM); Gasolina Comum (CM); Dança (CM); Araguaya – A Conspiração do Silêncio; Quase dois Irmãos; 2005 – Isto é pra Quando você Vier (CM); O Veneno da Madrugada (Brasil/Argenti na/Portugal); Alice (CM); 2006 – Vitória de Darley (CM); 2007 – A Via Láctea; O Signo da Cidade; 2008 – Flieger (Áustria); Mulheres Sexo Verdades Mentiras; Osmar, a Primeira Fati a do Pão de Forma (CM) (animação – dubla voz Dr.Pierre Croix Saint); Até Quando? (CM); 2009 – Lula, o Filho do Brasil; Lembrança (CM); As Aventuras do Avião Vermelho (animação – dubla o personagem Lunar). PINTO, WALTER Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 17 de fevereiro de 1913. Forma-se em Contabilidade e Ciências Econômicas, mas a necessidade o faz abandonar a carreira, pois teve que assumir a Companhia de Teatro Pinto, fundada por seu pai, depois da morte de seu irmão Álvaro. Em seguida funda a Companhia Walter Pinto, muito famosa e respeitada no teatro musicado, encenando revistas e revelando atores, músicos e compositores, ganhando seguidamente os prêmios de melhor produtor de 1949 a 1953 pela ABCT – Associação Brasileira de Críticos Teatrais. Walter foi pioneiro no uso de grandes efeitos e cenografia, criando grandes espetáculos visuais. No cinema, participa de dois filmes, Samba da Vida (1937) e A Mulher de Fogo (1958). Foi casado com a atriz Íris Bruzzi de 1954 a 1965, com quem teve três fi lhos. Morre em 21 de abril de 1994, aos 71 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1937 – Samba da Vida; 1958 – A Mulher de Fogo (Mujeres de Fuego) (Mexico/Brasil). PIOLIN Abelardo Pinto nasceu em Ribeirão Preto, SP, em 27 de março de 1897. Prati camente nasceu no picadeiro, sendo seu pai dono do Circo Americano. Com dez anos de idade, já é trapezista, ciclista, contorcionista, acrobata e ainda colabora com os domadores. Participa do Movimento Modernista de 1922. Como palhaço Piolin e sua inseparável bengalinha de bambu fi cam conhecidos no Brasil inteiro. Em 1952 participa, com muito brilho, do lendário filme Tico-Tico no Fubá. É um dos palhaços mais queridos do Brasil. Em 1971 Suzana Amaral dirige um documentário em sua homenagem, Sua Majestade Piolin. Sua filha Ana Ariel (19302004) também é atriz. Morre em 12 de setembro de 1973, aos 76 anos de idade, em São Paulo. Filmografia: 1952 – Tico-Tico no Fubá. PIOVANI, LUANA Luana Elídia Afonso Piovani nasceu em Jaboticabal, SP, em 29 de agosto de 1976. Aos quatorze anos muda-se com a família para São Paulo e inicia carreira de modelo. Contratada pela TV Globo, muda-se para o Rio de Janeiro e faz sua estreia na novela Sex Appeal, aos 17 anos de idade. Em Quatro por Quatro (1995), como Maria Eduarda, já começa a conquistar seu espaço, graças ao talento e à beleza. No mesmo ano estreia no cinema, no filme Super Colosso. A partir daí consolida sua carreira em Vira Lata (1996), Malhação (1997), Labirinto (1998), O Quinto dos Infernos (2002) e Casseta & Planeta Urgente (2004), em substi tuição a Maria Paula, que se ausentara para dar à luz seu primeiro filho. Em 2005 brilha no cinema no filme O Casamento de Romeu & Julieta, ao lado de Marco Ricca e Luiz Gustavo, numa direção de Bruno Barreto. Seletiva, bonita e sensual, escolhe a dedo os papéis que interpreta, hoje preferindo pequenas parti cipações como em Dicas de um Sedutor (2008), como Kate, Guerra e Paz (2008), como Laura Toscano, e Faça sua História (2008), como Sandra Sandrelli. Em 2009 volta a brilhar nas telas no filme A Mulher Invisível, ao lado de Selton Mello. Filmografia: 1995 – Super Colosso; 2003 – O Homem que Copiava; 2005 – O Casamento de Romeu & Julieta; 2006 – Zuzu Angel; Seus Problemas Acabaram!; 2009 – A Mulher Invisível; 2010 – Família Vende Tudo. PIOVESAN, CLARICE Clarice Jacy Piovesan nasceu em São Paulo, SP, em 6 de julho de 1954. Em 1971, aos 17 anos, faz sua estreia no cinema no filme O Pornógrafo. Com seu corpo escultural e porte de modelo, logo chama a atenção dos produtores, que a convidam para participar do humorístico Planeta dos Homens, mas brilha mesmo em 1978 no programa semanal Kika e Xuxu, ao lado do então seu marido, o ator Stênio Garcia, com quem foi casada por muitos anos e teve dois filhos, Cássia (1973) e Gaya (1974). Participa das novelas Feijão Maravilha (1979), Mandrake (1983) e La Mamma (1990). Desde 2006 vive na Dinamarca. Filmografi a: 1971 – O Pornógrafo; 1972 – Vozes do Medo; 1977 – As Três Mortes de Solano; 1979 – O Esquadrão da Morte; 1982 – O Segredo da Múmia; 1999 – Hi-Fi (CM). PIRAGIBE, MAYTÊ Maytê Bernardes Rodrigues Piragibe nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 2 de dezembro de 1983. Ainda criança já faz comerciais publicitários para a televisão. Estuda teatro infanti l e torna-se apresentadora do programa TV Globinho. Em 2001 entra para o elenco de Malhação e logo surge a primeira novela, O Beijo do Vampiro, como Lucinha. Em 2006 transfere-se para a TV Record e parti cipa das novelas Cidadão Brasileiro (2006), Vidas Opostas (2007), Os Mutantes (2008) e Promessas de Amor (2009). No teatro, atua nas peças Beijo na Boca (2004), Léo e Bia (2005), Mulheres Solteiras Procuram (2007) e Homem Agem em... (2008). Estreia no cinema em 2008 no filme Rinha. Muito jovem, bonita e talentosa, está com a carreira em plena ascensão. Filmografia: 2004 – Jovita; 2008 – Rinha. PIRES, CLÉO Cléo Pires Ayrosa Galvão nasceu no Rio de Janeiro em 2 de outubro de 1982. Filha da atriz Glória Pires e do cantor Fábio Júnior. Com sangue artístico nas veias, começa sua carreira artística em 1994, aos 12 anos de idade, na minissérie Memorial de Maria Moura, como a jovem Maria Moura. Em 2003 ganha o papel feminino principal no filme Benjamin, contracenando com Paulo José. A diretora Monique Gardenberg diz que a escolha foi por acaso, no banheiro de uma festa na casa da cantora Preta Gil. Monique fi cou impressionada com a sua presença e sua sensualidade espontânea, à flor da pele. No mesmo ano ganha papel de destaque na novela América, no papel de Lurdinha, a garota que se apaixona por um homem muito mais velho, interpretado por Edson Celulari. Foi o passo que faltava para se encaminhar sua carreira para o sucesso. Nas novelas seguintes, vê seus personagens em ascensão como em Cobras & Lagartos (2006), interpretando Letícia, Ciranda de Pedra (2008), como Margarida, e Caminho das Índias (2009), no papel de Surya Ananda. Em 2008 é uma das protagonitas do filme Meu Nome não é Johnny. Filmografi a: 2003: Benjamin; 2008 – Meu Nome não é Johnny; 2009 – Lula, o Filho do Brasil. PIRES, GLÓRIA Glória Maria Cláudia Pires nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23 de agosto de 1963. Filha do comediante Antonio Carlos, acompanha os ensaios do pai, estreando na TV aos seis anos de idade, com uma parti cipação na novela A Pequena Órfã (1969) e depois em A Muralha, ambas pela extinta TV Excelsior. Aos nove, integra o elenco original de Selva de Pedra (1972), como Glorinha. O sucesso acontece em 1978 em Dancin’ Days, onde conhece Fábio Jr, com quem se casa e tem uma filha, Cléo Pires (1982), também atriz. O casamento dura quatro anos (1979/1983). Por sua atuação em Dancin’ Days, recebe o prêmio APCA de atriz revelação do ano. Tem passagens marcantes na televisão, nas minisséries O Tempo e o Vento (1985) e Memorial de Maria Moura (1994), pelo qual ganha outro prêmio APCA ou nas novelas Vale Tudo, em 1988, como a vilã Maria de Fáti ma, o auge de sua carreira; O Dono do Mundo (1991), como Estela Maciel; Mulheres de Areia (1993), em papel duplo como Ruth/Raquel; O Rei do Gado (1996), como Rafaela; Anjo Mau (1997), como Nice Noronha; Suave Veneno (1999), novamente em papel duplo como Inês/Lavínia; Desejos de Mulher (2002), como Julia Moreno; Belíssima (2006), como Julia Assunção; e Paraíso Tropical (2007) como Lúcia. No cinema, atua em Índia, Filha do Sol (1982), O Quatrilho (1995), que no mesmo ano concorre ao Oscar de filme estrangeiro e lhe dá o prêmio de melhor atriz no Festival de Havana, Cuba, e, mais recentemente, nos megassucessos Se eu Fosse Você (2006) e Se eu Fosse Você 2 (2007), ao lado de Tony Ramos, em produção da Globo Filmes. Está casada com o cantor Orlando Morais desde 1987 com quem tem três filhos, Antonia (1992), Ana (2000) e Bento (2004). Grande atriz, é respeitada pelo público e pelos colegas de profi ssão. Mora na França com a família desde 2007, vindo ao Brasil para trabalhos especiais e esporádicos. Filmografia: 1982 – Índia, a Filha do Sol; 1984 – Memórias do Cárcere; 1987 – Besame Mucho; 1988 – Jorge, um Brasileiro; 1995 – O Quatrilho; 1996 – O Guarani; 1997 – Pequeno Dicionário Amoroso; 2001 – A Partilha; 2006 – Se eu Fosse Você; 2007 – O Primo Basílio; 2008 – Se eu Fosse Você 2; 2009 – É Proibido Fumar; Lula, o Filho do Brasil. PIRES, MYRIAM Myriam de Souza Pires nasceu no Rio de Janeiro em 20 de abril de 1927. Inicia sua carreira nos anos 1940, no teatro, com Paschoal Carlos Magno, veículo que abraça por quase duas décadas, antes de estrear na televisão, em 1963, para fazer sua primeira novela, Nuvem de Fogo, ainda pela TV Paulista. Na TV Globo, entre outras, brilha em Irmãos Coragem, de 1970, Locomotivas, de 1977, e Pedra sobre Pedra, de 1992. Na TV Manchete, Xica da Silva e Mandacaru, ambas de 1997. Estreia no cinema em 1976, no filme Aleluia Gretchen, mas seu maior sucesso acontece em Chuvas de Verão, de Carlos Diegues, produzido em 1978, quando vive tórridas cenas de amor com Jofre Soares. Seu últi mo trabalho no teatro foi a peça Quarta-Feira, Lá em Casa, sem Falta, em que contracenava com Beatriz Segall. Sua última novela é Senhora do Destino, em 2004. Já doente, não consegue gravar até o fim. Morre em 7 de setembro de 2004, no Rio de Janeiro, aos 77 anos de idade, de toxoplasmose. Filmografia: 1976 – Aleluia Gretchen; Essa Mulher é Minha... e dos Amigos; O Vampiro de Copacabana; 1978 – Chuvas de Verão; 1980 – Bonitinha, mas Ordinária; 1983 – Gabriela (Brasil/Itália/EUA); 1984 – O Beijo da Mulher Aranha (Kiss of the Spider Woman) (Brasil/EUA); 1986 – Brasa Adormecida; 1987 – Um Trem para as Estrelas; 1990 – Beijo 2348-72; 2001 – Copacabana; Reminiscência (CM); 2004 – O Xadrez das Cores (CM); 2005 – Quanto Vale ou é por Quilo? PIRES, SUZANA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 13 de junho de 1978. É graduada em Filosofia pela PUC-RJ e pós-graduada em Arte e Filosofia, também pela PUC-RJ. Estuda Interpretação com Fáti ma Toledo, Camila Amado, André Paes Leme, Eduardo Woti zk, Théâtre du Soleil, João Brandão e Guida Vianna. Começa sua carreira no teatro, em 1993, na peça Julieta e a Chave dos Sonhos, de Georges Neuvaux. Em 1993 faz sua primeira novela, Confissões de Adolescente, pela TV Cultura, depois Tocaia Grande, pela TV Manchete, no papel de Turquinha, e em seguida transfere-se para a TV Globo para parti cipar de Agora é que São Elas (2003), como a Lia. Atua em várias séries e programas como Linha Direta (2005), Carga Pesada (2006), Toma Lá, Dá Cá (2008), Faça sua História (2008) e Casos e Acasos (2008). Estreia no cinema em 2001 no curta O Bolo. Seu primeiro longa é Mulheres do Brasil, em 2006, e logo depois Tropa de Elite. Em 2008, a convite de Miguel Falabella, atua em Polaroides Urbanas. Lança o livro Arti sta Empreendedor e escreve vários textos como Mulher S/A, Até Quando?, Que Mundo é Esse? e De Geração em Geração. No teatro, brilha em Bailei na Curva (1994), de Julio Conti e Grupo, A Lira dos Vinte Anos (1995), de Paulo César Couti nho, A Beira do Mar Aberto (1996), de Caio Fernando Abreu, O Banquete (1999), Diálogo de Platão, adaptação de Irley Franco, Assim Falou Zaratustra (2001), de Friedrich Nietzsche, Bodas de Sangue (2002), de Federico Garcia Lorca, Branca como a Neve (2003), de Regina Antonini, Um Ensaio Aberto (2004), de Eduardo Wotzik, Madame (2005), de Manuela Dias, Do Outro Lado da Tarde (2006), de Caio Fernando Abreu, De Perto ela não É Normal (2006), de Suzana Pires, direção de Flávio Rocha, Clube da Comédia em Fé (2007) e Toilete (2007), de Walcyr Carrasco. Filmografia: 2001 – O Bolo (CM); 2006 – Mulheres do Brasil; O Cobrador (In God We Trust); (Brasil/Argenti na/Espanha/ México); Beijo de Sal (CM); 2007 – Tropa de Elite; 2008 – Polaroides Urbanas. PIRILLO, ROBERTO José Roberto Pirillo nasceu em São Paulo, SP, em 11 de setembro de 1947. Inicia sua carreira no Teatro de Alumínio, em 1965, com a peça Roleta Russa, de Pedro Bloch. Em seguida atua em Felisberto Café, de Gastão Tojeiro. Em 1966 estreia no cinema, no filme O Corintiano, ao lado de Mazzaropi, com quem faria quatro filmes. Mas consolida sua carreira mesmo no teatro, ao atuar em dezenas de peças como Dois Perdidos Numa Noite Suja, de Plínio Marcos, com direção de Graça Melo; Amor a Oito Mãos, de Pedro Bloch, Crimeterapia, Vestido de Noiva, com Ziembisnki, e O Quarteto, Check-UP, de Paulo Pontes, pelo qual recebe o Prêmio Governador do Estado como Ator Revelação do Ano. Estreia na televisão em 1970, na Tupi, na novela E Nós, Aonde Vamos, de Glória Magadan. Na TV Globo faz sucesso em Minha Doce Namorada (1971), Escalada (1975), Paraíso (1982) e Anos Rebeldes (1992). A peça Trair e Coçar é Só Começar, seu maior sucesso, permanece 14 anos em cartaz, obrigando-o a diminuir suas atividades no cinema e na televisão. Depois de passar por outras emissoras, retorna à Globo em 2003 para interpretar Mena Barreto, na minissérie A Casa das Sete Mulheres. Desde 2005 está contratado pela TV Record, na qual já fez Prova de Amor (2005), Alta Estação (2007) e A Lei e o Crime (2009). Filmografia: 1966 – O Corintiano; 1967 – Jeca e a Freira; 1970 – Betão Ronca Ferro; 1975 – Jeca Contra o Capeta; 1977 – Os Amores da Pantera; O Pequeno Polegar contra o Dragão Vermelho; 1978 – A Deusa Negra; 1979 – Uma Fêmea do Outro Mundo; Pantera Nua; 1981 – Cry Freedom (Nigéria). PIROLITO Antonio Malhone nasceu em Nova Europa, SP, em 1º de novembro de 1922. Filho de profissionais de circo, Pirolito prati camente nasce no picadeiro. E é no circo que conhece Mazzaropi, que o convida para parti cipar do filme Jeca Tatu, em 1959. Com a filha Guaraciaba, mantém por duas décadas o Circo Guaraciaba. Nos anos 1960/1970 Pirolito participa de várias produções nacionais, na maioria com o cômico Mazzaropi, mas tem seu melhor momento em Luar do Sertão, de 1971, ao lado de Tonico & Tinoco, com expressivo papel, praticamente aparecendo em todos os momentos do filme e mostrando seu talento cômico. Casado com Isabel de Oliveira Malhone, teve apenas uma filha, Guaraciaba, três netos e um bisneto e todos são profi ssionais de circo. Morre em 25 de dezembro de 1999, aos 77 anos de idade, de câncer no fígado, na cidade de Votorantim, onde morava havia mais de quinze anos. Filmografi a: 1959 – Jeca Tatu; 1963 – Lá no meu Sertão; 1971 – Luar do Sertão; 1972 – Os Desempregados; Os Três Justi ceiros (com a dupla Chiquinho e Pirolito); 1974 – Jeca Macumbeiro; 1977 – Jecão... Um Fofoqueiro no Céu; 1980 – Jeca e a Égua Milagrosa. PITANGA, ANTONIO Antonio Luis Sampaio nasceu em Salvador, BA, em 13 de junho de 1939. Cursa a quarta série no Ginásio Ipiranga, ainda sem saber que carreira seguir, quando cruza com Walter Webb nas ruas de Salvador e este gosta do seu tipo e o convida a fazer um teste para o filme Bahia de Todos os Santos. É aprovado para o papel de Pitanga. O sucesso é tanto que ele mais tarde deixaria de ser Antonio Sampaio para ser Antonio Pitanga. Com o impulso desse filme, decide-se pela carreira de ator e matricula-se na Escola de Teatro da Universidade da Bahia, fazendo algumas peças como Chapetuba Futebol Clube e Calígula. Parti cipa ativamente do Ciclo de Cinema Baiano, atuando em quase todos os filmes. Em seguida, no Rio de Janeiro, integra o revolucionário movimento Cinema Novo. Ator em muitos fi lmes, destacam-se Ganga Zumba (1963) e Quilombo (1984). Participa também, com menos intensidade, de teatro e televisão, como na novela A Próxima Vítima (1995), pela TV Globo. Em 1978, dirige seu único longa-metragem, Na Boca do Mundo, estrelado por Norma Bengell. Tem destacada parti cipação na televisão também, sendo sua estreia em 1968 na novela Ana. Entre tantas outras, destacam-se O Homem que Deve Morrer (1971), O Astro (1977), Parti do Alto (1984), Kananga do Japão (1989), A Próxima Vítima (1995), O Clone (2001), Celebridade (2004), como Comandante, Casos e Acasos (2008), como médico, e Faça sua História (2008), como Passageiro. Do seu primeiro casamento, com a atriz Vera Manhães, que terminou em 1986, teve dois filhos, a belíssima atriz Camila Pitanga (1977) e o ator Rocco Pitanga (1980). Com Benedita da Silva, ex governadora do Rio de Janeiro, está casado desde 1992. É um dos grandes atores negros brasileiros, sustentando sua carreira por mais de quarenta anos com competência e dignidade. Filmografia (ator): 1960 – Bahia de Todos os Santos; Estrada do Amor (West Ist Der Weg) (Alemanha); 1961 – Barravento; A Grande Feira; 1962 – O Pagador de Promessas; Sol sobre a Lama; Senhor dos Navegantes; Tocaia no Asfalto; 1963 – Lampião, o Rei do Cangaço; Esse Mundo é Meu; 1964 – Ganga Zumba; Os Fuzis (voz); 1965 – A Fábula (Mitt Hem Ar Copacabana) (Suécia); O Menino do Engenho; Mar Corrente; 1966 – A Grande Cidade; Samba (Espanha/Brasil); 1967 – Cinema Novo (Improvisierst und Zielbewusst) (CM) (depoimento) (Brasil/Alemanha); Cangaceiros de Lampião; 1968 – Câncer; Jardim de Guerra; 1969 – Tropici (Itália); A Mulher de Todos; Corisco, o Diabo Loiro; Golias contra o Homem das Bolinhas; 1970 – Juliana do Amor Perdido; República da Traição; 1972 – Quando o Carnaval Chegar; Joanna Francesa (Brasil/França); Vozes do Medo; 1973 – Mestiça, a Escrava Indomável; Compasso de Espera; Uma Nega Chamada Teresa; 1975 – Jouez Encore, Payez Encore (depoimento); 1976 – Cordão de Ouro; Pastores da Noite (Otália da Bahia) (França/Brasil); Um Homem Célebre; 1977 – Di (CM) (depoimento); Ladrões de Cinema; 1978 – A Deusa Negra (Nigéria/Brasil); Na Boca do Mundo; Crueldade Mortal; 1981 – A Idade da Terra; O Homem do Pau-Brasil; 1982 – Rio Babilônia; 1984 – Quilombo; 1985 – O Rei do Rio; 1986 – La Mansión de Araucaima (Colômbia); Chico Rei; 1988 – Eternamente Pagu; Dedé Mamata; 1990 – Barrela (Escola de Crimes); O Quinto Macaco (The Fifth Monkey) (Brasil/EUA); 1998 – Como Ser Solteiro (como ele mesmo); Villa-Lobos, uma Vida de Paixão; 1999 – Mauá, o Imperador e o Rei; 2000 – A Terceira Morte de Joaquim Bolívar; 2001 – Eldorado – Lituanos no Brasil (depoimento); 2003 – Garotas do ABC; Apolônio Brasil, Campeão da Alegria; 2006 – Mulheres do Brasil; Zuzu Angel; O Passageiro – Segredos de Adulto; 2007 – O Homem que Desafiou o Diabo; 2007 – Anabazys (depoimento); 2009 – Lula, o Filho do Brasil. Filmografia (diretor): 1978 – Na Boca do Mundo. PITANGA, CAMILA Camila Manhães Sampaio nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 14 de junho de 1977. Filha do ator Antonio Pitanga e da ex-modelo Vera Manhães. Quando tinha oito anos seus pais separam-se e ela fica com o pai, acompanhando-o nas gravações e logo se interessa pela vida artística. Sua estreia no cinema acontece em 1984, como fi gurante no filme Quilombo, aos seis anos de idade. Em 1989 foi ajudante de palco do programa Clube da Criança, comandado por Angélica. Depois, ainda muito jovem começa carreira de modelo e manequim. Em 1993, aos 16 anos de idade, estreia na televisão, na minissérie Sex Appeal, como a modelo Vilma. Pelo bom desempenho, no mesmo ano, faz sua primeira novela, Fera Ferida. Com talento, beleza e simpati a, vai conquistando seu espaço em minisséries, programas e novelas como A Próxima Vítima (1995), Malhação (1996/1997), Pecado Capital (1998), Porto dos Milagres (2001), Mulheres Apaixonadas (2003), A Grande Família (2002/2003) (dois episódios), Belíssima (2005), Paraíso Tropical (2007), roubando todas as cenas como a prostituta Bebel, que conquistou o Brasil, e Faça sua História (2008). Desenvolve também regular carreira no cinema, em filmes importantes como Caramuru, a Invenção do Brasil (2001), Bendito Fruto (2004), Signo do Caos (2005), último fi lme de Rogério Sganzerla, Noel, o Poeta da Vila (2006) e Saneamento Básico, o Filme (2007). Está casada com o diretor de arte Cláudio Amaral Peixoto (1966), com quem tem uma filha, Antonia (2008). Seu irmão, Rocco Pitanga (1980), também é ator. Filmografia: 1984 – Quilombo; 1995 – Super Colosso; 1998 – The Big Shit (CM); 2001 – Caramuru, a Invenção do Brasil; 2002 – O Preço da Paz; 2003 – Bala Perdida (CM); 2004 – Redentor; Bendito Fruto; 2005 – Sal de Prata; Signo do Caos; 2006 – Mulheres do Brasil; Noel – O Poeta da Vila; 2007 – Saneamento Básico, o Filme; 2009 – Meia Encarnada Dura de Sangue (CM). PITANGA, ROCCO Antonio Rocco Manhães Sampaio nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de junho de 1980. É filho dos atores Antonio Pitanga e Vera Manhães e irmão de Camila Pitanga. Estreia na televisão em 2002 na novela Desejos de Mulher. No mesmo faz seu primeiro filme, Seja o que Deus Quiser. Participa depois da novela Da Cor do Pecado (2004), da série Alta Estação (2007) e Caminhos do Coração (2007). Assim como o pai, dá preferência à carreira cinematográfica, como em Garotas do ABC (2003) e Era uma Vez... (2008). Está casado com Cláudia Cunha, com quem tem dois filhos. Filmografia: 2002 – Seja o que Deus Quiser; 2003 – Garotas do ABC; 2004 – Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida; 2005 – Filhas do Vento; 2006 – Vestido de Noiva; 2008 – Era uma Vez... PITUCA Mozart Régis nasceu em Florianópolis, SC, em 16 de maio de 1926. Em 1942 inicia sua carreira profissional na Rádio Guarujá de Florianópolis como sonoplasta, radialista e radioator. Em 1946 particpa da Companhia Procópio Ferreira recebendo muitos elogios como ator revelação. Em 1948 muda-se para São Paulo e em seguida para o Rio de Janeiro. Com Procópio e Bibi, participa de várias peças como O Divórcio. Em 1950 retorna a Florianópolis já com o nome artístico de Pituca fazendo sucesso nas rádios locais e em peças infantis. Em 1953 é contratado pelo empresário Zilco Ribeiro e retorna ao Rio de Janeiro para fazer teatro de revista e shows em boates. Estreia no cinema pelas mãos de Watson Macedo, no filme O Petróleo é Nosso. Participa de inúmeros filmes, sempre chamando a atenção por seu tipo físico franzino e dominado pelas mulheres. A partir dos anos 1960 dedica-se à televisão, primeiro na TV Rio, depois Tupi e fi nalmente Globo, em humorísti cos como Balança mas não Cai (1968) e Faça Humor, não Faça Guerra (1970). Paralelamente também trabalha como redator e produtor, com igual talento. Produz os programas Planeta dos Homens (1976) e Viva o Gordo (1981) ao qual esporadicamente aparecia. Em 1995 tem uma pequena participação na minissérie Engraçadinha. Morre esquecido em 23 de julho de 1995, aos 69 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1954 – O Petróleo é Nosso; 1955 – Carnaval em Marte; 1957 – Garotas e Samba; 1958 – Hoje o Galo Sou Eu; E o Espetáculo Sou Eu; É a Maior; 1959 – Quem Roubou meu Samba?; 1960 – Aí Vem a Alegria; 1964 – Sangue na Madrugada; 1966 – Rio, Verão & Amor. PIVA, GUILHERME Nasceu em Caxias do Sul, RS, em 29 de setembro de 1967. Estreia na televisão no especial Conceição, em 1993. A partir daí, desenvolve regular carreira, ao participar, entre outros, de Incidente em Antares (1994), Xica da Silva (1996), Mandacaru (1997), Esplendor (2000), Porto dos Milagres (2001), Começar de Novo (2004) e Paraíso Tropical (2007), Sete Pecados (2007) e Três Irmãs (2009). Estreia no cinema em 1987, numa pequena ponta não creditada no filme Mistério no Colégio Brasil. No teatro, atua em muitas peças, com destaque para Piquenique no Front (1994), Assim que Passem Cinco Anos (1994), Cordel 94 (1994), A Luz da Lua (1995), O Submarino (1996), O Crime do Dr. Alvarenga (1999), Carícias (2001), Arlequim, Servidor Dois Patrões (2002/2003), A Aurora da Minha Vida (2004), A Falecida (2008), A Farsa da Preguiça (2009). Em 2007 dirige sua primeira peça, A Mulher que Escreveu a Bíblia, de Moacir Scliar, com Inez Vianna. Filmografi a: 1987 – Mistério no Colégio Brasil; 1991 – Os Moradores da Rua Humboldt (CM); 1994 – Conceição (CM); 2002 – Madame Satã; 2002 – No Bar (CM); 2003 – Por Trás do Espelho (CM); 225g (CM); 2006 – Por Acaso (CM); 2008 – O Inventor de Sonhos (CM); Quem é Cezar? (CM); 2009 – Paixão – Um Folhetim (CM). PIXINGUINHA Alfredo da Rocha Viana Filho nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23 de abril de 1897. O apelido nasce da mistura de Bixiguinha e Pizindim. Filho de Alfredo, flautista, aprende cavaquinho aos dez anos de idade, quando acompanha o pai em festas. Aos quinze, já tocando flauta, integra o conjunto do Cine Teatro Rio Branco, que também se apresenta em boates. Na época da Primeira Guerra Mundial, toca no Cine Palais, fazendo fundo musical para os documentários da guerra. Sua primeira gravação data de 1915, com o tango brasileiro São João de Baixo d’Água do professor e amigo Irineu de Almeida. Em 1917 começa a gravar suas próprias composições, Rosa e Sofres Porque Queres. Sua primeira orquestra, Os Oito Batutas nasce em 1919 e, devido ao estrondoso sucesso, passa a se apresentar até no exterior. O grupo termina em 1929. Em seguida forma a Orquestra Típica Pixinguinha-Donga, que lança os sucessos Mulher Boemia, Vem, meu Bem e Lamento. Pixinguinha toca cavaquinho, fl auta, bombardino, piano, órgão, violão e sax. No cinema, participa somente de um filme, Garota de Ipanema (1967), mas suas músicas são pano de fundo para muitos outros. De estilo inconfundível, compõe mais de 600 músicas, entre elas Linda Morena, Carinhoso, Nostalgia ao Luar, etc. Morre em 17 de fevereiro de 1973 aos 75 anos de idade no Rio de Janeiro. Filmografia: 1967 – Garota de Ipanema; 1969 – Pixinguinha (CM); 1972 – Saravah (França); 2005 – Vinícius. PLÍNIO MARCOS Plínio Marcos de Barros nasceu em Santos, em 29 de setembro de 1935. Aos 16 anos integra a trupe de um circo que passa pela cidade e vira palhaço. No circo, aprende a jogar Tarô. Com 22 anos, em 1955 escreve sua primeira peça, Barrela. Nos anos 1960/1970, seguem-se outras como Dois Perdidos Numa Noite Suja, Abajur Lilás, Navalha na Carne e A Mancha Rocha, entre outras. Plínio trabalha também como ator no televisão, teatro e cinema. Na televisão, participa de inúmeras novelas, sendo a primeira, Eramos Seis, em 1967. Em 1968 brilha na televisão, ao lado de Luis Gustavo, em Beto Rockfeller, pela extinta TV Tupi. O sucesso foi tanto que os dois foram parar no cinema, em filme com o mesmo nome. Fez outras novelas como ator: João Juca Jr. (em que também foi diretor) (1969), Bandeira 2 (1971), A Volta de Beto Rockfeller (1973), Tchan, a Grande Sacada (1976) e A Turma do Pererê, de 1998. Todos diziam que Plínio foi a voz indignada do teatro brasileiro nos anos 1960/1970. Era desprendido de valores materiais, morava em um apartamento pequeno no edifício Copan e vendia seus livros em portas de teatros para sobreviver. Foi casado com a atriz Walderez de Barros, com quem teve três filhos. Morre em 19 de novembro de 1999, aos 64 anos de idade, de falência múltipla dos órgãos, em São Paulo. Filmografia: 1970 – A Arte de Amar Bem (episódio: A Honestidade de Mentir); Beto Rockfeller; 1971 – O Donzelo; 1978 – A Santa Donzela; 1980 – Fenix (CM). PLONKA, MARCOS Nasceu em São Paulo, SP, em 26 de setembro de 1939. Começa sua carreira fazendo teatro amador em 1957, no Circulo Israelita de São Paulo. Entra para a TV Tupi com Júlio Gouveia no Teatro da Juventude e depois na TV de Comédia, com Geraldo Vietri, onde descobre sua verdadeira vocação, o humor. Atua em inúmeras novelas como Alma Cigana (1964), Direito de Nascer (1965), Os Rebeldes (1967), Antonio Maria (1968), Nino o Italianinho (1969), seu maior momento, como o judeu Max, A Fábrica (1971) e Vitória Bonelli (1972), etc. No auge de sua carreira, chega a apresentar programa de auditório chamado Os Bons do Plonka. Com o fechamento da Tupi em 1980, transfere-se para a TV Globo e integra o elenco de Planeta dos Homens, depois Os Trapalhões, Balança mas não Cai e Escolinha do Professor Raimundo, até 1993. Faz pouco teatro, mas participa de peças como Caiu o Ministério e Nona. Estreia no cinema em 1965 no filme Quatro Brasileiros em Paris. Entre outros, participa também de O Pequeno Mundo de Marcos (1968) e Senhora (1977). Nos últimos anos participa da novela Sangue do meu Sangue (1995), das minisséries Irmã Catarina e Alma de Pedra (1998) e, mais recentemente, da série A Diarista (2007), como Jacó. Paralelamente à carreira de ator, torna-se empresário e foi, durante muitos anos, proprietário do restaurante Dom Place, em São Paulo. É casado com Olívia Camargo. Filmografia: 1965 – Quatro Brasileiros em Paris; 1968 – O Pequeno Mundo de Marcos; 1971 – Diabólicos Herdeiros; 1976 – Senhora; 1980 – O Inseto do Amor; 1982 – O Homem do Pau-Brasil; Um Casal de Três (Carícias Eróti cas). POLANAH, RUY Nasceu em Moçambique, Portugal, em 1922. Ator e produtor. Em 1955 vem para o Brasil e inicia suas atividades em cinema. Estreia no cinema em 1964 no filme Ganga Zumba e de muitos outros como Joanna Francesa (1972), Luzia Homem (1988), etc. Assume também importantes cargos técnicos como assistente de cenografia, diretor de produção e assistente de direção. É competente e respeitado no meio. Ator predominantemente cinematográfico, na televisão participa de apenas uma novela Bicho do Mato, em 2007, pela TV Record. Morre em 2 de setembro de 2008, aos 86 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia (ator): 1964 – Ganga Zumba; Os Fuzis; Selva Trágica; 1965 – Mar Corrente; 1970 – Os Deuses e os Mortos; 1972 – O Homem do Corpo Fechado; Joanna Francesa (Brasil/França); 1974 – Sagarana, o Duelo; 1975 – Cristais de Sangue; 1976 – Marcados para Viver; A Nudez de Alexandra (Un Animal Doué de Déraison) (França/Brasil); 1977 – Ladrões de Cinema; Barra Pesada; 1978 Anchieta, José do Brasil; O Cortiço; 1979 – A Deusa Negra (Nigéria/Brasil); 1982 – Fitzcarraldo (Peru/Alemanha); Índia, a Filha do Sol; Insônia (episódio: A Prisão de J.Carmo Gomes); 1983 – Bar Esperança, o Último que Fecha; 1984 – Quilombo; Para Viver um Grande Amor; Noites do Sertão; 1985 – A Floresta de Esmeraldas (The Emerald Forest) (EUA); 1986 – Hell Hunters (EUA/Alemanha); Dança dos Bonecos; 1987 – Maré de Azar (Running Out of Luck) (EUA); Ele, o Boto; Memória Viva (depoimento); Sonho de Valsa; 1988 – Luzia Homem; 1989 Kuarup; Círculo de Fogo; Jorge, um Brasileiro; 1990 – Amazon (EUA/Finlândia/ Brasil/França); O Quinto Macaco (The Fifth Monkey) (EUA); 1991 – Brincando nos Campos do Senhor (At Play In The Fields of The Lord) (EUA/Brasil); 1995 – As Filhas de Iemanjá (Yemanján Tyttäret) (Brasil/Finlândia); 1996 – O Lado Certo da Vida Errada; 1996 – O Barbeiro do Rio (Il Barbiere di Rio) (Itália); 1998 – Hiekkamorsian (Finlândia); No Coração dos Deuses; 2001 – Tainá – Uma Aventura na Amazônia; 2004 – Tainá 2 – A Aventura Continua; 2005 – O Veneno da Madrugada (Brasil/Argenti na/Portugal); 2006 – O Cobrador (In God We Trust) (Brasil/ Argenti na/Espanha/ México); Doze Horas até o Amanhecer (Journey To The End Of The Night) (Brasil/Alemanha/EUA). Filmografia (diretor): 1973 – Antes que Tudo se Acabe (CM). POLESSA, ZEZÉ Maria José de Castro Polessa nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22 de setembro de 1953. Estuda Medicina e faz teatro amador como hobby. Ao terminar a faculdade, inicia trabalho profi ssional como médica. Mas gosta mesmo é de atuar e, no final dos anos 1970 integra o grupo Despertar, com Miguel Falabella, Maria Padilha e Daniel Dantas. Depois de participar da peça O Despertar da Primavera, assume definitivamente a carreira de atriz. Estreia no cinema em 1988 no filme Romance de Empregada. Na TV Globo, entre outras, participa de minisséries e novelas como Decadência (1996), ao lado de Edson Celulari, Salsa & Merengue (1997), Andando Nas Nuvens (1999), Porto dos Milagres (2001) e A Lua me Disse (2005). No teatro, entre outras, participa das peças Círculo de Giz, de Brecht, Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues, Delicadas Torturas, de Henry Kondoleon, pelo qual ganha o I Troféu Mambembe etc. Foi casada com Daniel Dantas entre 1980 e 1987, com quem tem um filho, João (1982) e também com o ator Paulo José (1937), entre 1989 e 1997. Em 1997, por sua atuação no curta Dedicatórias, recebe o prêmio de melhor atriz nos Festivais de Gramado e Brasília. A partir de 2003 tem dedicado sua carreira mais ao cinema em fi lmes importantes como Gaijin – Ama-me como Sou, de Tizuka Yamasaki, em 2005. Em 2007 atua no monólogo Não Sou Feliz, mas Tenho Marido. Filmografia: 1988 – Romance da Empregada; 1993 – O Coringa (CM); 1996 – Xeque Mate (CM); Doces Poderes; 1997 – Dedicatórias (CM); 2001 – Bufo & Spalanzani; 2003 – Chatô, o Rei do Brasil (inacabado); As Alegres Comadres; Manual para Atropelar Cachorros (CM); 2005 – Gaijin – Ama-me como Sou; Achados e Perdidos; 2007 – Caixa Dois; 2010 – O Bem-Amado. POLICENA, JOSÉ José Benezi Peliccini nasceu em São Paulo, SP, em 1911. Estreia no teatro em 1928 e no cinema em 1937 no filme O Bobo do Rei, mas tem em Sinhá Moça (1953) seu melhor momento, como o perverso coronel Lemos Ferreira. Em 1976 participa de sua única novela, Os Apóstolos de Judas, como Salvador. Com sólida carreira cinematográfi ca, participa de dezenas de fi lmes como Absolutamente Certo (1957), Lampião, o Rei do Cangaço (1963), Samba (1966) e São Bernardo (1972). A partir da década de 1980 abandona as telas e vive por muitos anos recluso no Reti ro dos Artistas no Rio de Janeiro. É falecido. Filmografia: 1937 – O Bobo do Rei; 1949 – Pinguinho de Gente; 1950 – Um Beijo Roubado (Noites de Copacabana); 1952 – Brumas da Vida; 1953 – Amei um Bicheiro; Sinhá Moça; Perdidos de Amor (A Força do Amor); 1954 – Na Senda do Crime; 1955 – Três Destinos (inacabado); O Diamante; Mãos Sangrentas (Manos Sangrientas) (Brasil/Argentina); Armas da Vingança; 1956 – A Estrada; 1957 – Absolutamente Certo; Dioguinho; O Circo Chegou à Cidade (Toni, o Leiteiro); 1960 – Um Candango na Belacap; 1962 – Esse Rio que eu Amo (episódio: Milhar Seco); 1963 – Lampião, o Rei do Cangaço; 1964 – Um Morto ao Telefone; Interpol Chamando Rio (Interpol Llamando a Río) (Brasil/Argentina); Viagem aos Seios de Duília; 1965 – Os Selvagens (Die Goldene Göttin Vom Rio Beni) (Alemanha/França/Espanha/Brasil); 1972 – Paixão de um Homem; São Bernardo; A Marcha; 1974 – O Pica-Pau Amarelo; 1977 – O Mártir da Independência; 1979 – Dani, um Cachorro Muito Vivo. POLLONI, SANDRO Alexandre Marcelo Polloni nasceu em São Paulo, SP, em 22 de julho de 1922. De família numerosa, sete irmãs, perde o pai com treze anos de idade. A mãe não tinha condições de sustentar os filhos, a cunhada, Itália Fausta, grande atriz de teatro e irmã de seu pai, leva o sobrinho para o Rio de Janeiro. Começa seus estudos na Escola Técnica Visconde de Mauá e depois na Escola de Belas Artes. Por infl uência da tia e, com Sônia Oiti cica, Paulo Porto, Geraldo Avellar e outros, participa, em 1938 da fundação do Teatro do Estudante do Brasil. Totalmente envolvido na arte teatral, é ator, cenógrafo, divulgador, iluminador, sonoplasta, contrarregra e empresário. Engaja-se no grupo Os Comediantes e, em 1946 torna-se profissional na peça Desejo, de Eugene ONeill, ao lado de Ziembinski e Olga Navarro. Com Maria Della Costa funda, em 1948, o Teatro Popular de Arte. No cinema, estreia em 1943 em O Brasileiro João de Souza, tendo participado de mais de uma dezena de outros filmes. Foi assistente de direção do italiano Camillo Mastrocinque no filme Areão, em 1952. Participa de momentos importantes das artes no Brasil, principalmente do nosso teatro. Foi casado com Maria Della Costa por 49 anos, de 1946 até sua morte, em 23 de dezembro de 1995, aos 73 anos de idade, em São Paulo. Filmografia: 1943 – O Brasileiro João de Souza; Caminho do Céu; É Proibido Sonhar; 1944 – Romance de um Mordedor; Tristezas não Pagam Dívidas; 1947 O Homem que Chutou a Consciência; 1948 – Mar Morto (inacabado); 1952 Areão; 1970 – Nenê Bandalho; 1974 – Signo de Escorpião; A Noiva da Noite (Desejo de Sete Homens). POLONIO, CINIRA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1862. Estreia no teatro em 1879 na peça Fausto, de Gounod. Em 1888 muda-se para Portugal, lá permanecendo até 1900, quando retorna ao Brasil. Nas primeiras duas décadas do século, atua em inúmeras revistas como O Quebranto, de Coelho Neto. Faz excursões por vários países da Europa, sempre com igual sucesso. Estreia no cinema em 1924 no filme A Sertaneja, seu único filme. Morre pobre em 4 de abril de 1933, no Retiro dos Artistas, aos 71 anos de idade. Filmografia: 1924 – A Sertaneja. POLTERGEIST, REGININHA Regina de Oliveira Soares nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 6 de janeiro de 1971. Aos seis anos de idade começa a estudar balé. Em 1987, aos dezesseis inicia carreira como modelo publicitário. Em 1990 forma-se pela Escola Estadual de Danças Maria Olinewa do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Em 1991 une-se a Fausto Fawcett que lhe dá o nome artístico de Poltergeist e, entre 1991 e 1993, apresenta o espetáculo Básico Instinto. Na televisão, parti cipa do Zorra Total, pela TV Globo, Básico Instinto, pela TV Bandeirantes, e Puro Êxtase, pela TV Gazeta, ao mesmo tempo que posa nua para diversas revistas masculinas como Playboy e Sexy. Em 1994 tem sua única incursão no cinema comercial, no episódio Drão do longa Veja esta Canção, de Carlos Diegues. No teatro, participa da peça Deu a Louca no Motel, em 1998. Em 2007, após vários anos afastada, aceita convite da empresa Brasileirinhas e parti cipa do filme de sexo explícito Perigosa. Faria mais dois filmes e a partir de 2009 torna-se evangélica. Filmografia: cinema convencional: 1994 – Veja esta Canção (episódio: Drão). cinema pornô: 2007 – Perigosa; 2008 – Sex City; 2009 – Regininha sem Censura. POMPEO, ANTONIO Antonio Pompeu nasceu em São José do Rio Pardo, SP, em 23 de fevereiro de 1953. Começa sua carreira em São Paulo, em 1970. Em 1973 participa, no Rio de Janeiro, de Calabar, de Chico Buarque e Ruy Guerra. No cinema, atua em Xica da Silva (1976), Parceiros da Aventura (1980) e principalmente Quilombo (1984), fi lme que lhe traz a consagração. Faz teatro, televisão e nas horas de folga dedica-se à pintura de quadros, com raízes africanas. Estreia na televisão em 1975, numa pequena ponta na novela A Moreninha. Entre novelas e minisséries, mantém-se em plena atividade, como em Lampião e Maria Bonita (1982), A Máfia no Brasil (1984), O Tempo e o Vento (1985), Mulheres de Areia (1993), O Rei do Gado (1996) e A Casa das Sete Mulheres (2003). Pela TV Record atua em Prova de Amor (2005) e Chamas da Vida (2008). Filmografia (ator): 1976 – Xica da Silva; 1978 – O Cortiço; Se Segura, Malandro; 1979 – Parceiros da Aventura; 1982 – Escalada da Violência; 1984 – Nunca Fomos tão Felizes; 1987 – João Cândido, um Almirante Negro (CM); Quilombo; 2001 – Condenado a Liberdade; Xangô de Baker Street; 2002 – Seja o que Deus Quiser; 2004 – Quase Dois Irmãos. Filmografia (diretor): 2002 – D.Obá (CM) (codireção de Jorge Couti nho); 2003 – Senhora Meninas (CM) (codireção de Jorge Coutinho). POMPEO, JOÃO JOSÉ Nasceu em São Paulo, SP, em 1936. Forma-se na Escola de Arte Dramática. No teatro atua em mais de quarenta peças, ganhando inclusive muitos prêmios, como em O Avarento, Morte Acidental de um Anarquista, Nostradamus, Rasga Coração, Xandu Quaresma, A Dama de Copas e o Rei de Cuba, Volpone, Amor do Não, etc. Estreia na televisão em 1963 no programa Gente como a Gente, pela TV Record. Sua primeira novela é Somos Todos Irmãos (1966) depois A Pequena Órfã (1968), Mulheres de Areia (1973), Os Apóstolos de Judas (1976), Paiol Velho (1982), etc. No cinema, faz apenas dois filmes, A Marcha (1972) e Pixote: A Lei do Mais Fraco (1981). Foi casado com a atriz Ruthinéa de Moraes e com Maria Vasco. Tem uma filha, Sílvia Pompeo, também atriz. Morre em 20 de março de 1991, aos 55 anos de idade, de câncer, em São Paulo. Filmografia: 1972 – A Marcha; 1981 – Pixote: A Lei do Mais Fraco. POMPEU, MARIA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27 de outubro de 1936. Desde jovem quer ser atriz, mas sua timidez não lhe permite sonhar com a profissão. Com quinze anos toma a decisão de seguir a carreira e entra para o Teatro Duse, de Paschoal Carlos Magno. Em 1952, após três anos de estudos e ensaios faz sua estreia com os Artistas Unidos, na peça O Diálogo das Carmelitas, em 1955, em homenagem ao Congresso Eucarístico, realizado no Rio de Janeiro naquele ano. Participa de várias companhias importantes como a de Dulcina de Morais, TBC e Teatro de Arena. Desenvolve também sólida carreira no cinema em fi lmes como Boca de Ouro (1962) e Os Paqueras (1969). Paralelamente a essas atividades, faz televisão, inicialmente em teleteatro, shows e depois novelas como A Grande Mentira (1969), O Espigão (1974) e O Homem Proibido (1982). Depois de alguns anos afastada, retorna para parti cipar de Estrela-Guia (2001), Da Cor do Pecado (2004) e Pé na Jaca (2007). Em 2008 produz e atua na peça A Vida é uma Ópera, sem nenhum patrocínio. Nunca se casou, não tem filhos. Filmografia: 1959 – Amor para Três; 1962 – Boca de Ouro; 1963 – Quero essa Mulher Assim Mesmo; 1964 – Crime de Amor; O Crime do Sacopã; 1965 – No Tempo dos Bravos; 1967 – O Diabo Mora no Sangue; 1968 – As Aventuras de Chico Valente; Um Dia, numa Cidade; 1969 – A Penúlti ma Donzela; América do Sexo; Os Paqueras; A um Pulo da Morte; O Rei da Pilantragem; 1970 – O Bolão; Pais Quadrados, Filhos Avançados; 1971 – Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva; O Pecado de Marta; 1972 – Como Era Boa a Nossa Empregada (episódio: Terror das Empregadas); Simeão, o Boêmio; Som, Amor e Curti ção; 1973 – A Judoka; 1977 – A Festa; 1978 – O Namorador; 1979 – A Rainha do Rádio; 1980 – O Torturador; O Grande Palhaço; 1981 – Mulher Sensual (Novela das Oito); 1982 – Ao Sul do meu Corpo; 1997 – O Homem Nu. PONS, MARIA ANTONIETA Nasceu em Havana, Cuba, em 11 de junho de 1922. Contra a vontade da família, inicia carreira artística como dançarina. Na adolescência mudou-se para o México, onde logo começa a atuar em cinema, sendo sua estreia em Siboney, de 1938. Suas danças sensuais tornam-na conhecida em todo o País. Brilha em dezenas de filmes, alguns deles ao lado de seu marido, o produtor Juan Orol, com destaque para Cruel Destino, de 1944, Los Mistérios del Hampa, de 1945, Embrujo Antillano, de 1947, Anjo ou Demônio, de 1947, La Engañadora, de 1956, e Caña Brava, de 1966, seu último filme de carreira, embora tenha feito uma parti cipação especial como ela mesma no filme Mexico de Mis Amores, de 1979. No Brasil, parti cipa do filme Carnaval Atlântida, de José Carlos Burle e Carlos Manga, ao lado de Oscarito e Grande Otelo, em 1952. Foi casada também com o diretor Ramon Pereda. Em 30 anos de carreira, contracena com grandes astros do cinema mexicano como Pedro Armendáriz, Sara García, Germán Valdés Tin Tan, Enrique Rambal, Blanca Estela Pavón, Manuel Dondé, Luis Aguilar, Lola Beltrán, entre tantos outros. Com suas formas esculturais, competia com outras estrelas como Rosa Carmina, Meche Barba, Amalia Aguilar e sua compatriota Ninón Sevilla. Longe do mundo artístico desde 1970, morre em 20 de agosto de 2004, aos 82 anos de idade, na Cidade do México. Filmografia: (no Brasil): 1952 – Carnaval Atlântida; 1975 – Assim Era Atlântida. PONTES, EVERALDO Everaldo de Souza Pontes nasceu em João Pessoa, PB, em 8 de agosto de 1956. Forma-se em Geografia sem nunca exercer. Trabalha como jornalista e inicia sua carreira de ator no Grupo Piolim. No teatro, participa das peças Anjos de Augusto (1991), Vau da Sarapalha (1992), que, segundo ele, foi quando decidiu realmente seguir a carreira de ator, A Gaivota (2006), etc. Estreia no cinema em 1998 no filme Central do Brasil. Em 1999 recebe o Candango de Melhor Ator no Festival de Brasília por sua atuação em São Jerônimo, de Júlio Bressane, e em 2008 novamente o Candango, agora de Ator Coadjuvante pelo filme Siri-Ará, de Rosemberg Cariry. Atua em vários curtas. Na televisão, atua na minissérie A Pedra do Reino (2007), como Pedro Beato e na novela Duas Caras (2008), no papel do pai de Juvenaldo. Filmografia: 1998 – Central do Brasil; O Verme da Alma (CM); A Árvore da Miséria (CM); 1999 – São Jerônimo; 2000 – A Sintomáti ca Narrativa de Constantino (CM); 2001 – Eu Sou o Servo (CM); Abril Despedaçado; A Canga (CM); 2002 – Amarelo Manga; Amor Só de Mãe (CM); GOD.O.TV (CM); 2003 – Amor Só de Mãe; 2004 – Espelho d’Água (Uma Viagem ao Rio São Francisco); 2005 – Árido Movie; Rapsódia Para Um Homem Comum (CM); 2008 – Bezerra de Menezes: O Diário de Um Espírito; Siri-Ará; Superbarroco (CM); 2009 – Olhos Azuis. PORTELA, WALTER Walter Cândido Portela nasceu em Passo Fundo, RS, em 3 de outubro de 1935. Paralelamente aos seus estudos normais, faz teatro semiprofissional, chegando a ganhar dois prêmios, um como ator coadjuvante na peça Sono dos Prisioneiros e outro como ator principal em Massacre. Mas sua vida acaba tomando outros rumos e forma-se advogado, estabelecendo-se profissionalmente. Isso porém não o sati sfaz, pois no seu íntimo quer ser ator. Em 1966, abandona tudo, para desespero da família e muda-se para São Paulo, com a cara e a coragem. Liga-se a José Mojica Marins e começa a aprender as técnicas do cinema, chegando a trabalhar como assistente de produção, produtor executivo, roteirista e assistente de direção. Estreia como ator em 1968, no filme Trilogia do Terror, do próprio Mojica, seguindo-se muitos outros como Meu Nome é Tonho (1969) e Exu-Piá, Coração de Macunaíma (1984). Atua no teatro desde 1977, quando estreou com a peça Macunaíma, sob a direção de Antunes Filho. Filmografia: 1968 – Trilogia do Terror (episódio: Pesadelo Macabro); 1969 – Meu Nome é Tonho; 1969/1982 – O Despertar da Besta (Ritual dos Sádicos); 1971 – Quando os Deuses Adormecem; 1972 – Paixão de um Homem; Dgajão Mata para Vingar; O Jeca e o Bode; Mulher, Sempre Mulher (Eva); 1973 – Sob o Domínio do Sexo; Caçada Sangrenta; Anjo Loiro; A Noite do Desejo (Data Marcada para o Sexo); 1974 – Karla, Sedenta de Amor; Trindad... é meu Nome; A Virgem e o Machão; Caingangue, a Pontaria do Diabo; 1975 – Quando elas Que-rem... e eles Não; Os Pilantras da Noite; Pureza Proibida; O Supermanso; 1976 – Eu Faço... Elas Sentem; O Dia das Profissionais; O Dia em que o Santo Pecou; A Noite das Fêmeas (Ensaio Geral); 1977 – Chão Bruto; 1978 – Nós, os Amantes; A Mulher que Põe a Pomba no Ar; 1981 – As Meninas de Madame Laura; 1984 – Exu-Piá, Coração de Macunaíma; 1998 – Pixaim (CM); 1999 – Hans Staden; Ardil (CM); 2004 – Nina; 2006 – Boleiros 2 – Vencedores e Vencidos. PORTHO, FLÁVIO Flávio Antonio Ceccato nasceu em São Paulo, SP, em 1939. Em 1968 inicia carreira com Eugênio Kusnet, no Teatro Oficina. Participa de várias peças, entre elas A Cozinha e Rio do Amor Selvagem. Dirige teatro infantil com as peças A Família Fantasma, Um Elefantinho Incomoda Muita Gente e Margarida no Castelo. Estreia no cinema em 1968, no filme As Amorosas e atua em muitos outros como Um Anjo Mau (1971), O Baiano Fantasma (1984) e A Grande Noitada (1997). Em 1973 estreia na direção, no filme A Santa Donzela. Foi também assistente de direção de vários fi lmes como Eles não Usam Black-Tie (1981) e Sargento Getúlio (1983). Na televisão, é ator nas novelas Joana (1984) e Anjo de Mim (1996) e documentarista no Globo Repórter. Filmografia (ator): 1968 – As Amorosas; 1969 – Até que o Casamento nos Separe; 1970 – Juliana do Amor Perdido; 1971 – Um Anjo Mau; Uma Mulher para Sábado; Viver de Morrer; 1972 – Jogo da Vida e da Morte; 1974 – A Noiva da Noite (Desejo de Sete Homens); 1975 – A Casa das Tentações; Compasso de Espera; 1976 – Antonio Conselheiro e a Guerra dos Pelados; 1979 – O Guarani; 1980 – A Noite do Amor Eterno; O Inseto do Amor; Orgia das Taras; Devassidão, Orgia do Sexo; Ninfas Insaciáveis; O Incrível Monstro Trapalhão; 1981 – Como Faturar a Mulher do Próximo (episódio: A Ginástica de Domingo); Delírios Eróti cos (episódio: Ressurreição); A Reencarnação do Sexo; As Taras de Todos Nós (episódio: A Tesourinha); Volúpia do Prazer; 1982 – A Noite do Amor Eterno; Sargento Getúlio; 1983 – Nasce uma Mulher; 1984 – Sexo a Domicílio; O Baiano Fantasma; 1997 – A Grande Noitada. Filmografia (diretor): 1978 – A Santa Donzela; 1982 – Nicolli, a Paranoica do Sexo (codirigido por Alexandre Sandrini) PORTINHO, THAÍS Thaís Moniz Portinho nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 9 de setembro de 1940. Atriz, diretora e produtora de teatro. Inicia sua carreira no teatro, mas logo rende-se ao cinema e à televisão. Seu primeiro fi lme é Crônica da Cidade Amada, dirigido pelo argentino Carlos Hugo Christensen, e na televisão no especial T.N.T., em 1965 pela TV Globo, recém-inaugurada. No teatro, verdadeiramente sua grande paixão, participa de inúmeras montagens como As Avestruzes, Belíssima, O Avarento, etc. Na década de 1990 monta o Teatro Posto 6, onde produz e atua, como por exemplo a primeira peça de Mauro Rasi no Rio, Se Minha Empregada Falasse e o primeiro trabalho de Charles Möeller em Doroteia, de Nelson Rodrigues. Com Fulaninha Dona Coisa, peça dirigida por Marco Nanini, experimenta seu maior sucesso como produtora, fi cando quase dois anos em cartaz. No cinema atua em vários filmes, destacando-se Asfalto Selvagem (1964), A Estrela Sobe (1974), O Cavalinho Azul (1984), Mauá, o Imperador e o Rei (1999), etc. Faz pouca televisão, sendo seus melhores momentos em Síti o do Pica-Pau Amarelo (1977), como Ritinha, a minissérie Marquesa de Santos (1984), a novela Olho por Olho (1988), etc. Atualmente continua com o Teatro Posto 6 dando aulas de interpretação para a terceira idade. Filmografia: 1964 – Crônica da Cidade Amada (episódio: Iniciada a Peleja); Asfalto Selvagem; 1968 – Massacre no Supermercado; 1971 – Em Ritmo Jovem; 1974 – A Estrela Sobe; Um Homem Célebre; 1976 – Perdida; 1977 – Gente Fina é Outra Coisa; Revólver de Brinquedo; 1978 – O Cortiço; 1982 – O Cru e o Cozido (CM); 1984 – O Cavalinho Azul; 1990 – Trama Familiar; 1999 – Mauá – O Imperador e o Rei. PORTIOLI, CLÁUDIO Nasceu em Presidente Prudente, SP, em 1935. Porti oli iniciou carreira no cinema como figurante, passando depois a técnico e, mais tarde, a diretor de fotografia, função que assume definitivamente a partir de 1972. Em 1961/1962 é convidado por Ary Fernandes para trabalhar como técnico na série Vigilante Rodoviário. Acaba participando de alguns episódios, sempre como bandido, em cenas de luta com o vigilante. Radicado em São Paulo, na Boca do Lixo, faz a fotografia de mais de 60 filmes importantes como Corrida em Busca do Amor, 1972, de Carlos Reichenbach, A Casa das Tentações, 1975, de Rubem Biáfora, A Dama do Cine Shangai, 1987, de Guilherme de Almeida Prado, Os Olhos de Vampa, 1994, de Walter Rogerio, A Grande Noitada, 1997, de Denoy de Oliveira, e Ilha Rá-Tim-Bum – O Martelo de Vulcano, 2003, de Eliana Fonseca, seu último trabalho. Estreia na direção em 1983 em um dos episódios do filme Caçadas Eróti cas, produzido por David Cardoso. Faz ponta como ator em inúmeros fi lmes como Cangaceiro sem Deus, de 1969, e Sol Vermelho, de 1982. Morre em São Paulo, em 15 de maio de 2004, aos 69 anos, em consequência de câncer nos pulmões. Filmografia (ator): 1965 – Obrigado a Matar; 1967 – Garota de Ipanema; 1969 – Cangaceiro sem Deus; 1971 – Cio, uma Verdadeira História de Amor; 1982 – Karina, Objeto de Prazer; Sol Vermelho; 1983 – Caçadas Eróticas; Círculo do Prazer. Filmografi a (diretor): 1982 – Viúvas Eróti cas (episódio: Magnólia); A Noite das Taras (episódio: Guerra da Malvina) 1984 – Caçadas Eróti cas. PORTO, PAULO Paulo Epaminondas Ventania porto nasceu em Muriaé, MG, em 1º de setembro de 1917. Em 1923 muda-se para o Rio de Janeiro. Inicia carreira no Teatro do Estudante do Brasil, de Paschoal Carlos Magno, no início dos anos 1940, na peça Romeu e Julieta, de Shakespare. Nessa mesma época trabalha na rádio e como professor de português. Seu primeiro trabalho profissional e primeiro sucesso é ao lado de Procópio Ferreira na peça O Avarento, inaugurando o Teatro Serrador. Participa de mais de 200 peças. Estreia no cinema em 1947, no filme Asas do Brasil, seguindo-se de Inconfi dência Mineira (1948), Um Ramo para Luíza (1964), Pra Frente Brasil (1982), etc. Faz longa e crescente carreira como ator, produtor e diretor. Em Família (1971) é seu primeiro filme como diretor. Com ele ganha medalha de prata no Festi val de Moscou. Na televisão faz sua primeira novela ainda em 1953, Coração Delator, depois As Professoras (1955), Primavera (1955), Trágica Mentira (1959), Brilhante (1981) e sua última em 1988, Vale Tudo. Dirige três especiais: A Canção de Bernadete (1957), Primavera (1958) e Trágica Mentira (1959). Nos anos 1960/1970, torna-se produtor cinematográfico de sucesso, em fi lmes como A Penúlti ma Donzela (1969), Toda Nudez Será Castigada (1973), Rainha Diaba (1974) e As Borboletas Também Amam (1979). Um dos nossos mais competentes produtor/diretor/ator morre em 3 de julho de 1999, aos 81 anos de idade, no Rio de Janeiro, vítima de pneumonia. Filmografia (ator): 1947 – Asas do Brasil; 1948 – Inconfi dência Mineira; 1949 – Dominó Negro; O Homem que Passa; 1951 – Milagre de Amor; 1964 – Um Ramo para Luíza; 1968 – Fome de Amor; O Bravo Guerreiro; 1969 – A Penúltima Donzela; 1970 – Os Herdeiros; Pra Quem Fica, Tchau!; Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa; 1971 – Em Família; Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva; 1973 – Toda Nudez Será Castigada; 1974 – Primeiros Momentos; 1975 – O Casamento; 1978 – As Borboletas Também Amam; Fim de Festa (Decisão Final); A Noiva da Cidade; 1979 – O Bom Burguês; 1982 – Pra Frente, Brasil; 1984 – Memórias do Cárcere; 1986 – Com Licença, eu Vou à Luta; 1987 – Os Fantasmas Trapalhões; 1988 – Dedé Mamata. Filmografia (diretor): 1971 – Em Família; 1973 – As Moças Daquela Hora; 1978 – Fim de Festa (Decisão Final). PORTO, VIVIANE Nasceu em São Paulo, SP, em 2 de janeiro de 1980. Atriz e bailarina clássica, participa de diversos festivais de dança. Aos 16 anos estreia no teatro na peça Bichos do Brasil, pelo grupo Parlapatões. Depois Trilogia Oréstia, O Rinoceronte, Um Bonde Chamado Desejo, Secundala de Calidasa, etc. Estreia na televisão na novela Louca Paixão, em 1997, pela Record, em seguida Amor e Ódio (1999) pelo SBT e na TV Globo na minissérie A Casa das Sete Mulheres, em 2003, ano em que estreia no cinema, no filme Garotas do ABC, de Carlos Reichenbach, como Indalércia, uma sorridente operária da tecelagem, cheia de vida, que adora dançar e provocar ciúmes em Aurélia. Em 2004 entra para o elenco da novela Chocolate com Pimenta, também pela TV Globo. Filmografia: 2003 – Garotas do ABC. POWELL, BADEN Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 6 de agosto de 1937. Seu primeiro contato com violão se dá aos seis anos. Seu primeiro professor é Jaime Florença, o Meira, integrante do grupo regional de Benedito Lacerda. Sua primeira apresentação em público se dá aos nove anos, quando ganha o prêmio de melhor violonistasolo no programa Papel Carbono, apresentado por Renato Murce. Aos 18 anos é contratado pela Rádio Nacional, acompanhando o pianista Ed Lincoln. Em 1963 grava seu primeiro disco-solo, Um Violão na Madrugada. Compositor e violonista popular, é um dos mentores da Bossa Nova, ao lado de João Gilberto e Tom Jobim. Tem inúmeros sucessos em parceria com Vinícius de Morais. No cinema, participa de alguns filmes, sendo sua estreia em 1965, em Mar Corrente. Foi considerado entre os cinco maiores violonistas do mundo, com reconhecimento internacional, principalmente na Europa e no Japão, onde se apresentava todos os anos. Morre em 26 de setembro de 2000, aos 63 anos de idade, no Rio de Janeiro, de falência múltipla de órgãos. Filmografia: 1965 – Mar Corrente; 1967 – Garota de Ipanema; 1968 – Operação Tumulto (Le Grabuge) (Brasil/França); 1970 – O Tempo e o Som (CM) (depoimento); 1972 – Saravah (França). PRADO, BETTY Betty Emília Prado de Túlio nasceu em São Paulo, SP, em 1962. Com dezessete anos inicia sua carreira profissional como modelo e manequim para a agência Aileen Ford. Com o fotógrafo Helmut Newton faz trabalhos sérios e competentes. Estreia no cinema em 1987 no filme Um Trem para as Estrelas. Atua em três filmes, mas não dá continuidade à carreira de atriz, preferindo se dedicar à carreira de modelo. Filmografia: 1987 – Um Trem para as Estrelas; 1991 – A Grande Arte; 1995 – As Feras. PRADO, GENY Genny Almeida Prado nasceu em São Manoel, SP, em 12 de julho de 1919. Começa sua carreira em 1943, como atriz, na Rádio Cruzeiro do Sul, lançada por Luis Quirino. Transfere-se depois para a Rádio São Paulo e Rádio Tupi, onde conhece Mazzaropi, que a convida para participar do programa Rancho Alegre que, em 1951, vai para a televisão, com Geny junto, fazendo muito sucesso. Faz depois TV de Vanguarda, TV de Comédia e inúmeras novelas como O Caminho das Estrelas (1965), O Morro dos Ventos Uivantes (1967), O Direito dos Filhos (1968), Sangue do meu Sangue (1969), Meu Pé de Laranja Lima (1970), Signo da Esperança (1972), Um Dia o Amor (1975) e Papai Coração (1976). Estreia no cinema em 1958 no filme Chofer de Praça, primeiro filme produzido por Mazzaropi, na sua recém-criada companhia, a PAM Filmes e passa a fazer o papel de esposa do Jeca, em dezoito filmes, fi cando conhecida em todo o Brasil. Destacam-se Jeca Tatu (1959), Betão Ronca Ferro (1970), A Banda das Velhas Virgens (1979). Após a morte de Mazzaropi em 1981, volta às telas somente em 1985 para parti cipar de Marvada Carne, infelizmente, seu último filme. Na televisão, participa também de Éramos Seis (1977), O Todo-Poderoso (1979), Meu Pé de Laranja Lima (1980), Os Adolescentes (1981), Ninho da Serpente (1982), Jerônimo (1984) e Uma Esperança no Ar (1985), sua última aparição na telinha. Afastada da vida artística, muito doente e pobre, morre de câncer em 17 de abril de 1998, em São Paulo, aos 79 anos de idade. Filmografia: 1958 – Chofer de Praça; 1959 – Jeca Tatu; 1960 – Zé do Periquito; As Aventuras de Pedro Malazartes; 1961 – Tristeza do Jeca; 1962 – O Vendedor de Linguiças; 1963 – Casinha Pequenina; O Lamparina; 1964 – Meu Japão Brasileiro; 1967 – O Jeca e a Freira; 1968 – No Paraíso das Solteironas; 1969 – Golias contra o Homem das Bolinhas; 1970 – Betão Ronca Ferro; 1971 – Um Caipira em Bariloche; 1975 – Jeca contra o Capeta; 1977 – Jecão... Um Fofoqueiro no Céu; 1978 – Jeca e seu Filho Preto; 1979 – A Banda das Velhas Virgens; 1980 – Jeca e a Égua Milagrosa; 1985 – Marvada Carne. PRADO, MARA Nasceu em Barretos, SP, em 16 de agosto de 1952. Desde criança estuda balé, chegando a formar-se bailarina. Em 1972 entra para o Teatro de Revista, participando da peça Um Varão entre as Mulheres. Em 1973 começa a trabalhar no Programa do Chacrinha, ganhando o carinhoso apelido de Índia Poti. No cinema atua em O Supermanso (1975), Perversão (1978) e O Vigilante (1992). Filmografia: 1975 – O Supermanso; 1976 – Pura como um Anjo, Será Virgem?; Quando elas Querem... e eles Não; Traição Conjugal; 1977 – Dezenove Mulheres e um Homem; O Segredo das Massagistas; 1978 – Perversão (Estupro!); 1980 – Noite de Orgia; Herança dos Devassos; Intimidades de duas Mulheres (Vera e Helena); 1981 – Casais Proibidos; 1982 – O Rei da Boca; 1983 – As Panteras Negras do Sexo; 1984 – O Império do Sexo Explícito; 1988 – O Preço da Fama; Rastros na Areia; 1992 – O Vigilante. PRADO, MARISA Olga Costenaro nasceu em Araçatuba, SP, em 26 de dezembro de 1930. Muda-se ainda criança para São Bernardo do Campo e começa a trabalhar para ajudar em casa. Quando ali se estabelece a Companhia Cinematográfica Vera Cruz, emprega-se na montagem de filmes. Sua beleza logo chama a atenção de Abílio Pereira de Almeida, que a leva para fazer um teste. Estreia no filme Terra é Sempre Terra (1951) e ganha o prêmio Saci de melhor atriz. Faz outros filmes na Companhia, de igual sucesso, o maior deles O Cangaceiro (1953), ficando conhecida internacionalmente. Em 1954, participa de um episódio da série Alô Doçura, ao lado de Mário Sérgio, sua única incursão na televisão. Casa-se, por pouco tempo, com o produtor Fernando de Barros e aceita convite para filmar na Espanha. Seu primeiro filme, Orgulho, rende-lhe o prêmio de melhor atriz estrangeira, seguindo-se mais de uma dezena de outros em Portugal, México e Cuba. Em 1958 faz Uma Chica de Chicago e conhece o embaixador cubano em Paris, com quem se casa, passando a viver na França e abandonando o cinema. Em uma temporada em Monte Carlo, se envolve com um milionário libanês, o conde Charles Gabriel de Chedid, e acaba se casando com ele. Esteve no Brasil em 1981, saudável mas infeliz. Quatro meses depois, um telegrama do marido comunica sua morte súbita ocorrida em 12 de fevereiro de 1982, no Cairo, Egito, aos 50 anos de idade, em misteriosas circunstâncias nunca totalmente esclarecidas. Em 2006 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Marisa Prado – A Estrela, o Mistério, de autoria de Luiz Carlos Lisboa. Filmografia: 1951 – Terra é Sempre Terra; 1952 – Tico-Tico no Fubá; 1953 – O Cangaceiro; 1954 – Candinho; 1955 – Orgullo (Espanha); Tarde de Touros (Tarde de Toros) (Espanha); 1959 – La Rebelión de Los Adolescentes (México); María de La O (Espanha); Vida Sin Risas (Espanha); 1960 – El Traje de Oro (Espanha); Nada Menos Que Un Arkángel (Espanha); Una Chica de Chicago (Espanha/ Cuba); Mundo, Demonio Y Carne (México); As Pupilas do Senhor Reitor (Portugal/Brasil); 1961 – Que Padre Tan Padre! (México); Vida Sin Risas (Espanha); 1962 – Los Secretos Del Sexo Débil (México); 1963 – Aqui Está Tu Enamorado (México); No Temas a La Ley (Espanha/França); Plaza de Oriente (Espanha); No Cuelgues por Favor (Espanha/França). PRADO, NEWTON Nasceu em Itu, SP, em 19 de maio de 1925. Quer ser médico, mas forma-se em Direito e acaba se tornando ator. Muito jovem vai trabalhar na clínica do tio, Dr. Carlos Prado, fazendo cobranças. Por obra do destino, uma das cobranças é na casa de Oduvaldo Vianna, pai de Vianinha, que gosta da sua voz e o leva para a Rádio Tupi, onde faz teste como ator de radioteatro. Depois vai para a televisão, de onde não sai mais, fazendo inúmeras novelas, sendo sua estreia em 1965, em Os Quatro Filhos. Seu personagem mais famoso é o solteirão Mário, na novela Redenção (1966), filho da viúva cigana misteriosa interpretada por Leonor Navarro. Faz também O Sheik de Ipanema (1975), Cavalo Amarelo (1980), Rabo de Saia (1984) e a minissérie Chapadão do Bugre (1988). No teatro, atua em peças importantes como Black-Out, ao lado de Eva Wilma. Estreia no cinema em 1966 no filme As Cariocas, seguindo-se outros como As Amorosas (1968) e O Menino Arco-Íris (1979). Em 1995 faz sua última novela, Sangue do meu Sangue, como Martins. Morre em 4 de outubro de 2000, em São Paulo, aos 75 anos de idade. Filmografia: 1966 – As Cariocas; Corpo Ardente; 1968 – As Amorosas; 1969 – Adultério à Brasileira (episódio: A Assinatura); 1970 – Os Maridos Traem... e as Mulheres Subtraem; A Arte de Amar Bem (episódio: A Inconveniência de Ser Esposa); 1971 – Um Certo Capitão Rodrigo; As Noites de Iemanjá; Lua de Mel & Amendoim; 1976 – A Carne (Um Corpo em Delírio); 1979 – O Menino Arco-Íris (A Infância de Jesus Cristo). PRADO, OSMAR Osmar do Amaral Barbosa nasceu em São Paulo, SP, em 18 de agosto de 1947. Com 12 anos de idade sua tia leva-o para fazer um teste na TV Paulista, o antigo canal 5 de São Paulo, que em 1965 foi comprado pela TV Globo. Logo em seguida consegue um pequeno papel numa peça de teatro e não para mais. Estreia na televisão em 1961, aos 14 anos de idade, na novela Mateus Falcone. Depois brilha em inúmeras outras como A Muralha, de 1968. Em 1969 muda-se para o Rio de Janeiro, contratado pela TV Globo, mas seu primeiro sucesso acontece somente em 1972, como Júnior, no seriado A Grande Família, quando fi ca conhecido nacionalmente. Participa com sucesso em Roda de Fogo (1986), seu melhor momento, como o mulherengo Tabaco, depois Pedra sobre Pedra (1992) e Renascer (1993). Em 1994 deixa a Globo e vai para o SBT, onde também se destaca em Éramos Seis (1994) e Sangue do meu Sangue (1995). Fez pouco cinema, sendo sua estreia em 1972 no filme Ipanema Toda Tua. Seu melhor momento acontece em 2002 em Desmundo, de Alain Fresnot, no qual pôde mostrar toda sua versatilidade como ator. Osmar mostra competência tanto em papéis cômicos como naqueles sérios e densos. Em 1998 retorna à TV Globo para parti cipar de Meu Bem Querer, como Barnabé de Barros, depois Esplendor (2000), como Rodolfo Bernardes, Chocolate com Pimenta (2004), como Margarido, e Sinhá Moça (2006), como o Barão de Araruna, Eterna Magia (2007), no papel de Joaquim O’Neill, Ciranda de Pedra (2008), interpretando Cícero Cassini, e Caminho das Índias (2009), em grande interpretação como Manu Meetha. Do seu primeiro casamento, com Elizabeth Barbosa, tem duas filhas, Janaina (1982) e Tainá (1985). Está casado com a arti sta plástica e bailarina Vânia Penteado desde 1990, com quem teve Luana, nascida em 1997. Filmografia: 1972 – Ipanema Toda Nua; 1984 – Aguenta, Coração; 1988 – O Grande Mentecapto; 1990 – Boca de Ouro; 1993 – Era uma Vez no Tibet (CM); 1994 – Domingo no Campo (CM); 1996 – Cassiopeia (voz); 2000 – A Hora Marcada; 2002 – Desmundo; Verdeamarelismo (CM); 2004 – Olga; Encontro com Milton Santos ou o Mundo Global Visto do Lado de Cá (narração). PRAZERES, HEITOR DOS Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23 de setembro de 1898. Toca cavaquinho desde os sete anos. Aos quatorze já abrilhanta festas e vai ficando popular. Cedo também começa a compor. Suas primeiras composições datam de 1912. Grandes cantores executam suas músicas. É também um dos fundadores do movimento das Escolas de Samba. Tem pequena parti cipação no cinema. Morre em 4 de outubro de 1966, aos 68 anos de idade. Filmografi a: 1942 – Its All True (inacabado); 1944 – Berlim da Batucada; 1949 – Vendaval Maravilhoso; 1962 – Rio à Noite; 1965 – Heitor dos Prazeres (CM). PRESTES, ANALU Nasceu em São Paulo, SP, em 9 de agosto de 1952. Atriz, cenógrafa, figurinista e arti sta plástica. Começa sua carreira artísti ca no teatro com quinze anos de idade como revelação. Em 1972, ganha o prêmio revelação, por sua atuação na peça O Casamento do Pequeno Burguês. Seguem-se outras mais como Pão e Circo, Gracias Senhor e O Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto. No cinema, atua em vários fi lmes como A$$unti na das Amérikas (1975), Baixo Gávea (1986) e Romance de Empregada (1988). Na televisão, estreia em 1976, na novela O Casarão (1976), depois Olho por Olho (1988), Mico Preto (1990) e no episódio Sombras do Passado do programa Você Decide (1994). Atua esporadicamente no teatro como nas peças A Morte de um Caixeiro Viajante e Os Justos. A partir dos anos 1990 Analu prioriza sua carreira de arti sta plástica, tendo realizado dezenas de exposições de seus trabalhos. Retorna aos palcos com a peça No Natal a Gente Vem Te Buscar (2008), de Naum Alves de Souza, e As Meninas (2009), de Maitê Proença. Filmografia: 1971 – Júlia Pastrana (CM); Gracias Sênior (CM); 1975 – A$$untina das Amérikas; Guerra Conjugal; 1981 – O Homem do Pau-Brasil; 1986 – Com Licença, eu Vou à Luta; Baixo Gávea; 1988 – Romance de Empregada; 2005 – Coisa de Mulher; 2006 – Irmã Vap – o Retorno; 2010 – Como Esquecer. PRETTA, PAULA Nasceu em São Paulo, SP. Para manter sua carreira de atriz e cantora, trabalha como bancária, vendedora, cozinheira, etc. Inicia sua carreira artística no grupo Uzyna Uzona e depois no Teatro Oficina, participando de montagens importantes como Mistérios Gozozos, em 1994, e leituras como a de Cacilda! e o Núcleo Bartolomeu de Depoimentos. Nos anos seguintes trabalha com renomados diretores como Dionísio Neto, Leonardo Medeiros, Renata Jersion, etc. Paula participa das companhias Cachorra, voltada para intervenções urbanas, e Fulerô o Esquema, banda livre de música eletrônica, que participou de dois festi vais na Europa. Em 2003 estreia no cinema no filme Contra Todos, como Claudete. Na televisão, participa da minissérie Carandiru e Outras Histórias, em 2005, pela TV Globo, depois Alice, em 2008, como a prostituta Maria, pelo canal pago HBO, e Trago Comigo, em 2009, direção de Tata Amaral, exibido pela TV Cultura. A partir de 2007 funda a banda Oke Aro – Ai Vem a Aurora, nome que faz referência ao cumprimento de Oxossi, misturando rap e afrobeat, em parceria com outros artistas envolvidos no movimento. Tem desenvolvido também competente carreira como preparadora de elenco. Está casada com o VJ SCAN (Giuliano Scandiuzzi). Filmografia: 2003 – Contra Todos; 2005 – Quanto Vale ou É por Quilo?; 2006 – Antonia – O Filme; O Cheiro do Ralo; 2009 – Quanto Dura o Amor? (Condomínio Jaqueline); É Proibido Fumar; A Maça (CM); 2010 – Augustas; As Melhores Coisas do Mundo; Boda do Lixo. PRIETO, ADRIANA Nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 1950. Seu pai é chileno e sua mãe, brasileira. Com quatro anos vem para o Brasil. Começa fazendo teatro trabalhando em Os Espectros, de Henryk Ibsen. Estreia no cinema em 1967 no filme El Justi cero, de Nelson Pereira dos Santos e daí para a frente praticamente só faz cinema, em fi lmes como Os Paqueras (1969) e O Casamento (1975). É uma das atrizes mais cultuadas da década de 1970, por seu talento e temperamento explosivo. É irmã do maquiador Carlinhos Prieto, também falecido. Na televisão, participa apenas das novelas A Rainha Louca (1967) e Tempo de Viver (1972). Morre prematuramente em 24 de dezembro de 1975, com 25 anos de idade, no Rio de Janeiro, num acidente automobilísti co. Seus fi lmes viraram cult e sua história, lenda. Seu irmão, Carlos Prieto (1947/1995) foi conceituado maquiador do cinema brasileiro. Filmografia: 1967 – El Justi cero; A Lei do Cão; As Sete Faces de um Cafajeste; 1968 – Balada da Página Três; 1969 – Os Paqueras; Memória de Helena; A Penúlti ma Donzela; As Duas Faces da Moeda; 1970 – Palácio dos Anjos (Le Palais des Anges) (Brasil/França); As Gatinhas; 1971 – Um Anjo Mau; Lúcia McCartney, uma Garota de Programa; Uma Mulher para Sábado; Soninha Toda Pura; 1972 – A Viúva Virgem; Ipanema Toda Nua; 1974 – Ainda Agarro esta Vizinha; 1975 – O Casamento. PRIETO, CARLOS Nasceu na Patagônia, Chile, em 1947. Começa sua carreira artística como ator de cinema, em 1971, no filme Prata Palomares. Depois inicia vitoriosa carreira de maquiador e fi gurinista, recebendo inúmeros prêmios. É memorável por exemplo, seu trabalho em A Estrela Sobe (1975), Xica da Silva (1976), A Fonte da Saudade (1985), Eternamente Pagu (1988), Stelinha (1991), etc. Já como diretor de arte, parti cipa dos filmes Nos Embalos de Ipanema (1978), Engraçadinha (1981) e Fonte da Saudade (1985). Também dirige shows de Eduardo Conde e Marina. É irmão da atriz Adriana Prieto, falecida em 1975. Morre em 11 de outubro de 1995, aos 48 anos, no Rio de Janeiro, de insufi ciência respiratória. Filmografia: 1971 – Prata Palomares; 1972 – A Viúva Virgem; 1974 – Rainha Diaba; 1976 – Marília e Marina; 1978 – Nos Embalos de Ipanema. PRIMO, RAFAEL Nasceu em Itapeva, SP, em 14 de março de 1979. Ator, escritor e diretor. Aos quinze anos muda-se para São Paulo e vai estudar Cinema na FAAP. Em 1998 entra para o elenco de apoio do seriado Malhação. Em 2001 dirige e atua em seu primeiro curta, Artifícios, codireção de Flavia Rea. Atua no teatro sob a direção de Antunes Filho e Zé Celso Martinez Correia e depois passa a integra o grupo TAPA, de Eduardo Tolentino. Como ator, na televisão, atua em Marisol (2003), como Ivan, pelo SBT. Na TV Globo parti cipa de Começar de Novo (2004), Carandiru, Outras Histórias (2005), Sete Pecados (2007) e Casos e Acasos (2008). Pela TV Record em Cidadão Brasileiro (2006) e Bela, a Feia (2009). No cinema, em 2003 atua em seu primeiro longa, As Alegres Comadres. Filmografia (ator): 2001 – Artifícios (CM); Não Perca a Cabeça (CM); 2003 – As Alegres Comadres; Casseta & Planeta: A Taça do Mundo é Nossa; Produto Descartável (CM); 2006 – Manual para Atropelar Cachorro (CM); 2005 – O Quintal dos Guerrilheiros (CM); 2008 – Depois das Nove (CM); Doceamargo (CM). Filmografia (diretor): 2001 – Artifícios (CM) (codireção de Flávia Rea); 2003 – Produto Descartável (CM) (codireção de Flávia Rea); 2006 – Manual para Atropelar Cachorro (CM); Doceamargo (CM). PROCHASKA, CRISTINA Nasceu em São Paulo, SP, em 12 de novembro de 1959. Atriz e jornalista. Aos onze anos começa a fazer teatro amador. Em 1981 foi para a TV Bandeirantes como radialista da Band FM e apresentadora do Show de Esportes. Em 1983 faz sua primeira novela, Sabor de Mel. Em 1985 é contratada pela recéminaugurada TV Manchete para apresentar o Programa de Domingo. No cinema estreia em 1989 no filme Círculo de Fogo. Participa de outros como Uma Escola Atrapalhada (1990) e Avassaladoras (2002). Na TV Globo fica por quinze anos, entre 1987 e 2002, atuando em novelas/minisséries como Vale Tudo (1988), Felicidade (1991), O Fim do Mundo (1996), etc., ou mesmo apresentado o programa Pequenas Empresas Grandes Negócios, fazendo locuções e reportagens especiais para o Fantástico e Vídeo Show. Na rede Telecine teve seu próprio programa, Por Falar em Cinema. No teatro já produziu e/ou atuou em mais de vinte espetáculos, entre eles Mephisto e Intensa Magia. Mora nos Estados Unidos por cinco anos (2001/2006). Em 2007 grava o programa de Renato Aragão Poeira em Alto-Mar e em 2008 participa da série Casos e Acasos, pela TV Globo. Tem uma filha chamada Nina. Filmografi a: 1989 – Círculo de Fogo à Beira do Mar Aberto (CM); 1990 – Uma Escola Atrapalhada; 1999 – No Coração dos Deuses; 2000 – Um Anjo Trapalhão; 2002 – Avassaladoras. PROENÇA, MAITÊ Maitê Proença Gallo nasceu em São Paulo, SP, em 28 de janeiro de 1958. Passa a infância em Ubatuba, SP e depois em Campinas, SP. Estuda algum tempo na Europa, antes de se decidir cursar Comunicações na USP. Aos treze anos perde a mãe tragicamente e vai estudar em um colégio interno. Abandona a escola para estudar teatro com Antunes fi lho, mas estreia profi ssionalmente na televisão, na novela Dinheiro Vivo (1979), na extinta TV Tupi. De beleza plástica impecável, causa furor ao interpretar Dona Beija (1986) pela TV Manchete. Contratada pela TV Globo, estreia em As Três Marias (1980), ao lado de Glória Pires e Nádia Lippi. Destaca-se em Felicidade (1992), Contos de Verão (1993) Torre de Babel (1998), Vila Madalena (1999), Estrela Guia (2001), Da Cor do Pecado (2004), A Lua me Disse (2005), Três Irmãs (2008) e Caminho das Índias (2009). No cinema, tem brilhantes atuações em Brasa Adormecida (1986), melhor atriz no IV Rio Cine Festi val, A Dama do Cine Shangai (1987), melhor atriz nos festivais de Natal e Cinesesc, e 16060 (1996), melhor atriz no Festival de Brasília etc. No teatro, atua nas peças Confissões das Mulheres de 30, Histórias de Nova York e A Sauna, em que aparece nua. Também escreve e atua na peça Achadas e Perdidas, em que interpreta 18 personagens. Posa nua para a revista Playboy por duas vezes, em 1987 e 1996. Apresenta os programas Vídeo Show (1983), Programa de Domingo (1987) e Saia Justa (2006/2007). Em 2000 ganha os prêmios Shell e Qualidade Brasil como melhor atriz, por sua atuação na peça Isabel. Em 2005 publica seu primeiro livro, de crônicas, Entre Ossos e a Escrita. Entre 1983/1995 fi ca casada com o empresário Paulo Marinho, com quem tem uma filha, Maria (1990). Foi casada também com o fotógrafo de cinema Edgard Moura. É uma das grandes atrizes brasileiras, com beleza estonteante e grande talento. Filmografi a: 1980 – Eterno Adeus (CM em Super-8); 1982 – História Passional: Hollywood, Califórnia (CM em Super-8); 1984 – Prova de Fogo; 1986 – Brasa Adormecida; Sexo Frágil; 1987 – A Dama do Cine Shangai; 1988 – Beijo 234872; 1989 – Kuarup; Solidão, uma Linda História de Amor; 1996 – 16060; 1997 – Vox Populi (CM); 1998 – Paixão Perdida; A Hora Mágica; 2000 – Tolerância; 2001 – Bufo e Spallanzani; 2002 – A Selva (Portugal/Brasil/Espanha); 2003 – Viva Sapato!; 2005 – Jogo Subterrâneo; Sal de Prata; 2007 – Onde Andará Dulce Veiga?; 2008 – Elvis & Madona. PUZZI, NICOLE Tereza Nicole Puzzi Ferreira nasceu em Floraí, PR, em 17 de maio de 1958. De infância muito pobre, mas feliz, mora num síti o com mais quatro irmãos. Com doze anos muda-se para São Paulo com a convicção de ser freira, mas logo muda de ideia, quando a irmã leva-a para desfilar. Torna-se então modelo profissional. Nessa época, para completar a renda, trabalha como enfermeira no Hospital Santa Clara. Em seguida, ingressa na TV Tupi, no programa Ligue e Pague. Sua primeira novela é Machão, um Exagero de Homem, pela TV Tupi; entre outras depois faz Dulcineia Vai à Guerra (1980) e Maçã do Amor (1983), ambas pela TV Bandeirantes. No cinema, torna-se uma das musas nos anos 1980, ao atuar em vários fi lmes como Prisioneiro do Sexo (1977), Ariella (1980) e Eu (1987), seu último filme, quando se afasta das telas. Chega à TV Globo em 1984 para parti cipar de Transas e Caretas, seguindo-se Mania de Querer (1986), Barriga de Aluguel (1990) e Perigosas Peruas (1992) e um episódio do programa Você Decide (1998). Retorna em 2001 para parti cipar de Roda da Vida pela TV Record e Marisol (2002) pelo SBT. Foi casada com André Brandão, com quem teve uma filha, Dominique, nascida em 1982. Filmografia: 1977 – O Pensionato das Vigaristas; Prisioneiro do Sexo; Escola Penal de Meninas Violentadas; 1978 – Reformatório das Depravadas; Bandido! – Fúria do Sexo; 1979 – O Bom Burguês; Belinda dos Orixás na Praia dos Desejos; 1980 – Ariella; Convite ao Prazer; Giselle; 1981 – Eros, o Deus do Amor; Volúpia do Prazer; Filhos e Amantes; 1982 – Perdida em Sodoma; Retrato Falado de uma Mulher sem Pudor; Tessa, a Gata; 1983 – Gabriela (Brasil/Itália/EUA); 1985 – Reformatório das Depravadas; 1986 – As sete Vampiras; Anjos do Arrabalde (As Professoras); 1987 – Eu. Q QUARANTA, LETIZIA Letizia Beatrice Giuseppina Angela Quaranta nasceu em Turim, Itália, em 30 de dezembro de 1895. Em 1912, com apenas dezessete anos de idade, participa de seu primeiro filme, Tho Ancor Baciato, or Muoio Lieta! Logo torna-se estrela em seu país e participa de dezenas de fi lmes como Da Boxeur a Detective (1916), La Rivincita di Maciste (1921), La Scala (1931), Musica Proibita (1942) e L’Orfana del Gheto (1954), seu último filme. Casa-se com o diretor Carlo Campogalliani (1921 – ), que a dirige em vários filmes. No Brasil, participa de três filmes, sendo o mais famoso A Esposa do Solteiro. A grande estrela do cinema italiano morre em 9 de janeiro de 1977, em Roma, Itália, aos 81 anos de idade. Filmografia: 1924 – Rosa Cor de Sangue; 1926 – A Esposa do Solteiro; 1930 – Amor de Apache. QUATRO AZES E UM CORINGA Grupo vocal oriundo de Fortaleza, CE, mas que alcança sucesso no Rio de Janeiro. Formado pelos irmãos Permínio Pontes de Medeiros (1919 – ), José Pontes de Medeiros (1921-2005) e Evenor Pontes de Medeiros (1915-2002), mais Pijuca (1921 – ) e André Batista Vieira (1920 – ). Foram rivais dos Anjos do Inferno. Gravam composições de Ary Barroso, entre outros. Tem inúmeros sucessos, principalmente no Carnaval, como Moita, Cabrochinha e Marieta. No cinema, parti cipam dos filmes Tristezas não Pagam Dívidas (1944), Folias Cariocas (1948), A Mulher de Fogo (1958), etc. O grupo se desfaz nos anos 1960. Filmografia: 1942 – Astros em Desfile; 1944 – Tristezas não Pagam Dívidas; 1946 – Segura esta Mulher; 1947 – O Homem que Chutou a Consciência; 1948 – Esta é Fina; Fogo na Canjica; Folias Cariocas; Pra lá de Boa; 1950 – Aviso aos Navegantes; 1952 – Está com Tudo; Tudo Azul; 1953 – Balança nas não Cai; 1958 – A Mulher de Fogo (Mujeres de Fuego) (México/Brasil). QUEIROZ, EMILIANO Emiliano de Guimarães Queiroz nasceu em Aracati, CE, em 1º de janeiro de 1936, mas é criado em Fortaleza, começando muito cedo a trabalhar no rádio e depois teatro. Com doze anos, resolve procurar um grupo de teatro e entra para o Teatro Experimental de Arte. Em seguida passa num teste para radioator na PRE-9, Ceará Rádio Clube, que existe até hoje. Dos 15 aos 19 anos faz rádio e teatro, comediante e ganha muitos prêmios. Nessa época serve o Exército e termina como cabo. Em 1958 leva oito dias para chegar a São Paulo para estudar arte dramática na Federação Paulista de Teatro, mas não consegue nenhum papel. Trabalha em peças infanto-juvenis, boates, circos, inclusive como dançarino, mas, sem sucesso, começa a trabalhar como datilógrafo. Em 1959 consegue um pequeno papel na peça O Pagador de Promessas. No cinema, é Hélio Souto quem lhe dá a primeira oportunidade, no filme Conceição, produzido em 1960. Em 1963 ganha um papel importante no filme O Lamparina, ao lado de Mazzaropi, como Candeeiro, e em outros como Navalha na Carne (1970), seu primeiro grande papel no cinema, como Veludo, Independência ou Morte (1972) e Stelinha (1990), pelo qual ganha o Kikito de melhor ator no Festival de Gramado, e mais recentemente Madame Satã (2002), Xuxa e os Duendes (2006), Feliz Natal (2008), etc. Estreia na televisão, à época da inauguração da TV Ceará, em 1960. Sua primeira novela acontece em 1964, pela TV Paulista, Eu Amo Esse Homem. Contratado pela recém-fundada TV Globo, estreia em sua primeira novela, Ilusões Perdidas, em 1965. Atua em dezenas de novelas, quase todas sucessos pela TV Globo, com destaque para Irmãos Coragem (1970), como Juca Cipó, e O Bem-Amado (1977), como Dirceu Borboleta, sua consagração, roubando muitas cenas da novela. Essas duas novelas foram o ponto mais alto de sua carreira. Destaca-se também em Pai Herói (1979), Cambalacho (1986), Deus Nos Acuda (1992), Chocolate com Pimenta (2003) e mais recentemente Eterna Magia (2007), entre tantas outras. Com quase sessenta anos de carreira, é um grande ator brasileiro. Em 2006 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Emiliano Queiroz – Na Sobremesa da Vida, de autoria de Maria Letícia. Filmografia: 1960 – Conceição; Cidades Exóti cas (Alemanha); 1962 – Pedro e Paulo (Tercer Mundo) (Brasil/Argenti na); 1963 – O Lamparina; 1966 – Engraçadinha, depois dos 30; 1967 – Carnaval Barra Limpa; 1968 – Enfim Sós... Com o Outro; Jovens pra Frente; O Homem que Comprou o Mundo; Arte-Comunicação (CM) (depoimento); 1970 – Dois Perdidos numa Noite Suja; Navalha na Carne; Uma Garota em Maus Lençóis; O Bolão; 1971 – Uma Pantera em Minha Cama; As Confissões do Frei Abóbora; As Quatro Chaves Mágicas; 1972 – A Difí cil Vida Fácil; Independência ou Morte; 1973 – Mestiça, a Escrava Indomável; 1975 – Rodolfo Arena, um Ator do Brasil (CM) (depoimento); Deixa Amorzinho... Deixa; A Extorsão; 1976 – Intimidade; O Pistoleiro; O Vampiro de Copacabana; 1977 – Um Brasileiro Chamado Rosaflor; 1979 – O Retrato (CM); 1984 – Amor Maldito; 1988 – O Grande Mentecapto; 1989 – Primeiro de Abril, Brasil; 1990 – Stelinha; 1996 – Padre Mestre (CM); 1998 – O Sonho de Dom Bosco (CM); Tangerine Girl (CM); 1999 – Tiradentes; 2001 – Xangô de Baker Street; 2001 – Xuxa e os Duendes; 2002 – Madame Satã; 2002 – Xuxa e os Duendes 2 – No Caminho das Fadas; 2003 – Bala Perdida (CM); 2005 – No Princípio Era o Verbo (CM); Cidade dos Festivais (CM); Casa de Areia; Amigo Invisível; 2006 – O Cobrador (In God We Trust) (Brasil/Argenti na/Espanha/ México); Mulheres do Brasil; Xuxa Gêmeas; 2008 – Feliz Natal. QUEIROZ, FRANCISCA Francisca Vaz Queiroz nasceu em Campinas, SP, em 4 de setembro de 1979. Ainda em sua cidade, aos quatorze anos, estuda interpretação no Conservatório Carlos Gomes. Aos dezesseis muda-se para São Paulo e começa a fazer teatro amador, até ser descoberta por uma agência de modelos, que a convida para trabalhar no Japão e Coreia, ficando por dois anos. De volta ao Brasil, abraça definitivamente a carreira teatral, ao brilhar na peça Abajur Lilás, depois A Falecida, Luluzinhas, Mãos Dadas, Mãos Dadas, etc. Em 2001 vai para a televisão participar da minissérie Os Maias, pela TV Globo. Com regular carreira, alterna suas atuações entre Globo, Record e SBT, em novelas como Marisol (2002), Metamorphoses (2004), Malhação (2006), Amor e Intrigas (2007), Poder Paralelo (2009), etc. Estreia no cinema em 2003 no filme De Passagem. Mora no Rio de janeiro desde 2007. Filmografia: 2003 – De Passagem; 2004 – Irmãos de Fé; 2006 – Cinco Mentiras; Os 12 Trabalhos. QUEIROZ, LUIZ ARMANDO Nasceu em Recife, PE, em 1946. Começa sua carreira artísti ca no início dos anos 1970. O sucesso vem como o Tuco, de A Grande Família, ao lado de Jorge Dória, Heloísa Mafalda e Osmar Prado. O texto era de Vianinha. Estreia no cinema em 1975, no filme As Alegres Vigaristas. Na televisão, sua primeira novela é Selva de Pedra, de 1972, e brilha em outras como Estúpido Cupido (1976) e Roque Santeiro (1985), sendo sua última em 1997, pela TV Manchete, Mandacaru. No teatro, nos anos 1980, consegue o respeito da crítica em peças como Nossa Senhora das Flores, de Jean Genet, Esperando Godofredo – Quinze Anos Depois, de Bráulio Tavares. Na televisão é codiretor de A Idade da Loba (1995), Os Ossos do Barão (1997) e Chiquinha Gonzaga (1999). Dono de voz privilegiada, em 1989 grava um disco dedicado às musas do rádio Emilinha Borba e Marlene. Nos anos 1990 afastase da vida artística e dedica-se a cursos de teatro e apresentação de convenções e shows beneficentes. Retorna ao cinema dez anos depois, em 1997 para um pequeno papel no filme O que é Isso Companheiro?, de Bruno Barreto, mas ainda faria cinco participações no programa Você Decide, sendo a última, no episódio O Escândalo, em 1998. Morre em 16 de maio de 1999, aos 53 anos de idade, no Rio de Janeiro, vítima de falência múltipla dos órgãos, consequência de um câncer linfáti co. Filmografi a: 1975 – As Alegres Vigaristas; 1977 – A Festa; 1978 – O Namorador; O Monstro de Santa Tereza; 1979 – O Caso Cláudia; 1980 – Parceiros da Aventura; O Grande Palhaço; 1982 – Pra Frente Brasil; 1983 – Janete; A Mulher, a Serpente e a Flor (O Orgasmo da Serpente); 1985 – Por Incrível que Pareça; 1987 – Os Trapalhões no Auto da Compadecida; 1997 – O que é Isso Companheiro? QUIRINO, LUCIANO Nasceu em 1966. Inicia sua carreira no teatro em peças como Mucho Corazon, Emoções Baratas, Pedro Mico, Laços Eternos, O Baile, etc. Na televisão estreia em 1989 na novela Corti na de Vidro, pelo SBT, e faz regular carreira em novelas como Sangue do meu Sangue (1995), Laços de Família (2000), Essas Mulheres (2005). No cinema, seu primeiro fi lme é Super-Colosso, em 1995. Ao longo dos anos seus personagens vão crescendo como em Cabra-Cega (2004), Casa de Alice (2007) e Um Homem Qualquer (2009). Em 2008 está no elenco do seriado 9mm São Paulo, primeira produção 100% brasileira do canal de TV a cabo Fox, e na peça Otelo, de Shakespeare, ao lado de Diogo Vilela. Filmografia: 1995 – Super-Colosso; 1998 – Boleiros – Era uma Vez o Futebol; 2001 – Domésticas, o Filme; 2003 – Carandiru; A Lata (CM); 2004 – Cabra-Cega; 2007 – Casa de Alice; 2009 – Um Homem Qualquer. QUITANDINHA SERENADERS Grupo musical formado na década de 1940 por Alberto Ruschel, Luiz Bonfá e Paulo Ruschel. Com afinação perfeita e espetacular combinação de vozes, fazem sucesso, shows e gravam vários discos. No cinema, participam de fi lmes como Este Mundo é um Pandeiro (1947) e Aí Vem o Barão (1951). No início dos anos 1950, com a saída de Alberto Ruschel para seguir carreira de ator, o grupo se desfaz. Filmografia: 1947 – Este Mundo é um Pandeiro; 1948 – É com este que eu Vou; 1949 – E o Mundo se Diverte; Não me Digas Adeus (No Me Digas Adiós) (Brasil/ Argenti na); 1950 – Não é Nada Disso; 1951 – Aí Vem o Barão. obs: ver biografia individual dos integrantes. R RACHED, EMIL Emil Assad Rached nasceu em Vera Cruz, SP, em 20 de junho de 1943. Ainda criança muda-se para a cidade de Campinas onde é descoberto para o basquete, devido a sua altura privilegiada: 2,20 m. Em 1964 ingressa no Palmeiras, clube que defende até 1980. Forma-se em Educação Física. Atua pela Seleção Brasileira em 18 jogos, marcando 114 pontos. Ganha as medalhas de bronze no Mundial do Uruguai em 1967 e de ouro no Pan de Cali, em 1971. Ao encerrar a carreira esportiva, entra para o programa dos Trapalhões, como o gigante mal-humorado e desajeitado. Participa de três filmes, sendo o primeiro O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão, em 1977. Desde 2003 trabalhava como representante de vendas em Campinas, SP, onde morre em 15 de outubro de 2009, aos 66 anos de idade, de embolia pulmonar. Foi o mais alto jogador de basquete brasileiro, recorde até hoje não superado. Filmografia: 1977 – O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão; 1978 – Os Trapalhões na Guerra os Planetas; 1983 – As Aventuras de Mário Fofoca. RADAR Leovigildo de Souza Carneiro nasceu em Caruaru, PE, em 1935. Muda-se para o Rio de Janeiro no final dos anos 1950. Especializase na montagem de filmes, chegando à marca de mais de 40 filmes montados, entre eles O Últi mo Malandro (1974), A Força de Xangô (1977) e Tabu (1982), mas acaba fazendo de tudo um pouco, como assistente de produção, continuísta. Foi assistente de direção em dois filmes, Jogo Perigoso, episódio: Diverti mento, e 24 Horas no Rio (1974) e diretor de um único filme, Sete Homens Vivos ou Mortos, em 1969. Como ator, faz pontas e pequenos papéis em inúmeros filmes, principalmente na série Os Trapalhões, ao lado de Renato Aragão e sua turma. Entre outros, destacam-se Os Três Cangaceiros (1961) e Os Vagabundos Trapalhões (1982). Morre em 1983, aos 48 anos de idade. Filmografia (ator): 1960 – Samba em Brasília; 1961 – Os Três Cangaceiros; Três Colegas de Batina; Virou Bagunça; O Dono da Bola; 1962 – Nordeste Sangrento; 1964 – Sangue na Madrugada; 1968 – Maria Bonita, Rainha do Cangaço; 1969 – Macunaíma; 1975 – Secas e Molhadas; 1976 – Costinha o Rei da Selva; O Sexomaníaco; 1977 – Costinha e o King Mong; Revólver de Brinquedo; O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão; Barra Pesada; 1978 – Amor Bandido; 1979 – Cinema Inocente (MM) (como ele mesmo); Sexo e Sangue; 1980 – Um Menino, uma Mulher; 1981 – O Sequestro; Os Salti mbancos Trapalhões; 1982 – O Segredo da Múmia; Rio Babilônia; Os Vagabundos Trapalhões; Os Trapalhões na Serra Pelada; 1983 – Viagem ao Céu da Boca; Mulheres de Programa; 1984 – Eteia, a Extraterrestre em sua Aventura no Rio. Filmografia (diretor): 1969 – Sete Homens Vivos ou Mortos. RAIA, CLÁUDIA Maria Cláudia Motta Raia nasceu em Campinas, SP, em 23 de dezembro de 1966. A mãe, Odete Motta Raia, é bailarina e tinha uma academia de dança. Perde o pai com quatro anos de idade. Cedo começa a fazer ginástica olímpica, tornando-se campeã paulista. Estuda música e, ainda adolescente, vai para Nova York estudar dança e por lá fica quase dois anos. Na Argenti na, estuda no Teatro Colón e apresenta-se no El Nacional, um dos templos do teatro musical de Buenos Aires. No Brasil, disputa, entre 1,5 mil candidatas, uma vaga no musical Chorus Line e consegue o segundo papel mais importante da peça. Em 1983, aos 16 anos de idade, recebe convite de Jô Soares, para parti cipar do quadro Vamos Malhar do Programa Viva o Gordo. Em 1985 faz sua primeira novela, Roque Santeiro, como a dançarina Ninon, que a projeta para todo o Brasil, seguindo-se sucessos como Sassaricando (1987), TV Pirata (1988), Rainha da Sucata (1990) e Deus nos Acuda (1992). Estreia no cinema em 1989 no filme Kuarup. Em 1995 ganha especial mensal da Globo, Não Fuja da Raia, no qual mostra seus dotes de dançarina, cantora e atriz e participa da minissérie Engraçadinha, seus Amores e seus Pecados. A partir daí, atua em novelas e minisséries importantes como A Próxima Vítima (1995), Torre de Babel (1998), Terra Nostra (1999), Filhas da Mãe (2001), O Beijo do Vampiro (2002), a minissérie Mad Maria (2005), Belíssima (2006), como a fogosa Safira, personagem que reacende sua estrela novamente em todo o Brasil e, mais recentemente, Sete Pecados (2007), como Agatha, e A Favorita (2008), como Donatela Fontini. Foi casada com o ator Alexandre Frota entre 1986 e 1989, mas declara ser Edson Celulari o amor de sua vida, com quem está casada desde 1993 e tem dois filhos, Enzo (1997) e Sophia (2003). Tem o talento e o carisma das grandes estrelas. Filmografia: 1989 – Kuarup; 1990 – Boca de Ouro; Matou a Família e Foi ao Cinema; 2003 – Xuxa Abracadabra; 2009 – Os Normais 2 – A Noite mais Maluca de Todas. RAMALHO, ELBA Elba Maria Nunes Ramalho nasceu em Conceição do Piancó, PB, em 17 de agosto de 1951. Aos onze anos muda-se com a família para Campina Grande. No colégio, participa de corais e encenações teatrais amadoras. Adolescente, começa a tocar bateria e forma um grupo feminino chamado As Brasas, que toca rock. Participa do Quinteto Violado, grupo musical do Recife, e aos vinte e um anos conhece o Rio de Janeiro. Grava seu primeiro disco solo em 1979, Ave de Prata, e desponta como grande cantora, ati ngindo o estrelato na década de 1990, ao chegar ao primeiro time da MPB. Excelente cantora e dançarina, mescla em seu repertório folclores nordestinos, baião, samba etc. Estreia no cinema em 1977 no filme Morte e Vida Severina. Na televisão, como atriz, participa do especial Morte e Vida Severina (1981) e da novela Mandacaru (1997), pela TV Manchete. Foi casada com o ator/cantor Maurício Mattar, com quem tem um fi lho, Luã (1987). Por muitos anos foi casada também com Gaetano Lopes, com quem tem duas filhas adotivas, Maria Clara (2001) e Maria Esperança (2007). Filmografia: 1977 – Morte e Vida Severina; Trem Fantasma; 1979 – República dos Assassinos; 1984 – Prova de Fogo; Para Viver um Grande Amor; 1985 – Ópera do Malandro (Brasil/França); 1990 – Lambada, o Filme (Lambada) (Brasil/ Itália); 2001 – Nelson Gonçalves; 2002 – Viva São João!; 2009 – O Homem que Engarrafava Nuvens (dpeoimento). RAMIRO, ANDRÉ Nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Ator e cantor de rap, é nascido e criado na Comunidade Vila Kennedy, próximo ao Bangu, trabalha como offi ce-boy e bilheteiro de cinema. Em 2007 entra para o elenco do filme Tropa de Elite, no papel do policial Mati as, do BOPE. Como cantor de rap. Grava o CD Crônica do Rato Careta, lançado em 2008. Na televisão, participa das séries Essa História Dava um Filme (2008), Casos e Acasos (2008) e A Lei e o Crime (2009). Em 2010 retorna com o personagem Mati as, em Tropa de Elite 2. Filmografia: 2007 – Tropa de Elite; 2008 – Última Parada 174; 2010 – Tropa de Elite 2. RAMOS, HELENA Nasceu em Cerqueira César, SP, em 10 de março de 1953. Com sete anos muda-se com a família para São Paulo. Adolescente, participa, com a mãe, do Programa Sílvio Santos ainda na TV Globo e é convidada pelo próprio animador para trabalhar como telemoça, uma espécie de ajudante de palco. Em 1974 estreia no cinema no filme As Cangaceiras Eróti cas, a parti r do qual desenvolve longa carreira nas décadas de 1970/1980, em fi lmes como O Bem-Dotado – O Homem de Itu (1977), Mulher Objeto (1981) e Volúpia de Mulher (1984), etc. Tenta carreira na televisão, em novelas como Guerra dos Sexos (1983) e Meus Filhos, Minha Vida (1984). Casa-se com o médico Eduardo Gomes de Azevedo e com ele tem uma filha, Natasha (1982). Muda-se com a filha para os EUA e lá mora por vários anos estudando artes plásticas e fotografia. Em 1997, retorna ao Brasil e tenta retomar a carreira, participando da novela O Amor Está no Ar. De beleza plástica impecável, é uma das grandes musas do cinema brasileiro nos anos 1970/1980. Em 2002, realiza seu primeiro trabalho atrás das câmeras, como assistente de direção no curta-metragem A Caravela, de Rodolfo Ancona Lopes. Filmografia: 1974 – As Cangaceiras Eróti cas; Pensionato de Mulheres; 1975 – Lucíola, o Anjo Pecador; Os Pilantras da Noite; O Clube das Infiéis; A Ilha do Desejo (Paraíso do Sexo); As Mulheres Sempre Querem Mais (Desejo Insaciável de Amar); 1976 – Bacalhau (Bacs); Quem é o Pai da Criança?; Guerra é Guerra (episódio: O Poderoso Cifrão); A Ilha das Cangaceiras Virgens; Kung Fu contra as Bonecas; Possuídas pelo Pecado; Sabendo Usar não Vai Faltar; 1977 – O Bem-Dotado Homem de Itu; Mulheres Violentadas; Dezenove Mulheres e um Homem; Inferno Carnal; O Mulherengo; 1978 – Noite em Chamas; Os Galhos do Casamento; Roberta, a Moderna Gueixa do Sexo; O Inseto do Amor; A Noite dos Duros; 1979 – Iracema, a Virgem dos Lábios de Mel; Mulher, Mulher; Patty, Mulher Proibida; Por um Corpo de Mulher; 1980 – Convite ao Prazer; Palácio de Vênus; Diário de uma Prosti tuta; As Intimidades de Analu e Fernanda; 1981 – Mulher Sensual (Novela das Oito); O Sequestro; Crazy, um Dia Muito Louco; Mulher Objeto; Os Indecentes; Me Deixa de Quatro (Fica Comigo Esta Noite); Violência na Carne; 1983 – Corpo e Alma de uma Mulher; 1984 – Volúpia de Mulher; 2009 – Minami em Close-Up – A Boca em Revista (CM) (depoimento). RAMOS, LÁZARO Luiz Lázaro Sacramento Ramos nasceu em Salvador, BA, em 1º de novembro de 1978. Fez curso profissionalizante e trabalha na área de Patologia para custear o curso de teatro. Estreia no cinema em 1996, numa ponta no filme Jenipapo, de Monique Gardenberg. Com o cachê do filme Cinderela Baiana, feito em 1998, larga o emprego de técnico em Patologia e investe na carreira de ator. Em 2002 é escolhido para viver Madame Satã no cinema e ganha notoriedade nacional por sua forte atuação. No mesmo ano estreia na televisão na minissérie Pastores da Noite e no ano seguinte sua primeira novela, Sexo Frágil, depois um episódio de Carga Pesada e Carandiru, Outras Histórias. Mas sua carreira se solidifica mesmo no cinema, ao parti cipar de filmes importantes como O Homem do Ano (2002), Meu Tio Matou um Cara (2004), Quanto Vale ou É por Kilo? e Ó Paí Ó (2007), no qual mostra também suas qualidades de cantor, ao interpretar quatro músicas no filme. Ator de múltipas qualidades, versáti l, brilha também na telinha em 2006 como o Foguinho da novela Cobras & Lagartos e, mais recentemente como o Evilásio de Duas Caras (2008) e o Masett o de Decamerão, a Comédia do Sexo (2009). Desde 2005 está casado com a atriz Taís Araújo. Filmografia: 1996 – Jenipapo; 1998 – Cinderela Baiana; 2000 – Sabor da Paixão (Woman On Top) (EUA); 2002 – Madame Satã; As Três Marias; 2003 – Carandiru; O Homem do Ano; O Homem que Copiava; 2004 – Thelastnote.com (CM); Nina; Meu Tio Matou um Cara; 2005 – Desejo (CM); Cidade Baixa; Quanto Vale ou É por Kilo?; A Máquina; Cafundó; 2006 – O Cobrador (In God We Trust); (Brasil/Argentina/Espanha/ México); 2007 – Ópera do Malandro; Ó Paí Ó; Saneamento Básico, o Filme; 2010 – Amanhã Nunca Mais; As Aventuras do Avião Vermelho (animação – dubla o personagem Chocolate). RAMOS, LILIAN Nasceu em Fortaleza, CE, em 27 de fevereiro de 1964. Estuda Comunicações na Universidade Federal do Ceará, mas abandona o curso no terceiro ano. Começa sua carreira como modelo profissional da agência Lá Maior, em Fortaleza. Viaja para São Paulo, participando de feiras como a Fenit. Em 1986 começa a ser notada, ao frequentar o Programa do Chacrinha, na primeira fila da plateia. Muito parecida com Fafá do Belém, acaba posando nua para a revista Playboy, o que lhe dá notoriedade nacional. Em 1990 estreia no cinema no filme A Rota do Brilho, ao lado de Alexandre Frota. No carnaval de 1994 causa escândalo, ao aparecer sem calcinha no camarote do então presidente Itamar Franco, no Rio de Janeiro. Depois disso, desaparece do cenário artístico. Desde 1994 mora em Roma, Itália, onde é capa de revistas, participa de programas de televisão e desenvolve projetos para cinema e televisão. Filmografia: 1990 – A Rota do Brilho. RAMOS, LUCY Nasceu em Recife, PE, em 19 de outubro de 1982. Inicia sua carreira como modelo. Em 2005 tem sua estreia na televisão na novela Começar de Novo, mas é em Sinhá Moça, em 2006, como Adelaide que fica nacionalmente conhecida. Estreia no cinema na polêmica produção americana Turistas, dirigida por John Stockwell e rodada no Brasil. Em 2007 participa da novela Pé na Jaca, como Guguta, Ciranda de Pedra (2008), como Luciana, e Paraíso (2009), como Claudinha. Filmografia: 2006 – Turistas (idem) (EUA); 2009 – Inocente (CM). RAMOS, TONY Antonio Carvalho Barbosa nasceu em Arapongas, PR, em 25 de agosto de 1948, mas vive sua infância em Ourinhos, Jacarezinho e Avaré. Aos seis anos de idade muda-se para São Paulo. Adolescente, começa a fazer teatro amador e cursar Filosofia na USP. Em 1963 bate na porta da TV Tupi para pedir uma oportunidade. O diretor do programa, o jornalista João Ribeiro Filho, deu-lhe um texto para falar ao vivo e Tony não fez feio. Em seguida, consegue um pequeno papel em A Outra, em 1965, sua estreia em novelas. Mas o sucesso mesmo somente acontece em 1968 em Antonio Maria, seguindo-se de Nino, o Italianinho (1969), Ídolo de Pano (1974) e A Viagem (1975). Contratado pela TV Globo em 1977 destaca-se em Espelho Mágico (1977), O Astro (1978), Pai Herói (1979), Selva de Pedra (1986), A Próxima Vítima (1995), Torre de Babel (1998), na qual faz um papel complexo e difícil, diferente dos habituais. No cinema, com menor intensidade, atua em fi lmes como Leila Diniz (1987), O Pequeno Dicionário Amoroso (1997) e mais recentemente, nos megassucessos Se eu Fosse Você 1 e 2 (2006 e 2009) e Tempos de Paz (2009). Já no terceiro milênio, Tony não deixa de brilhar em espetaculares atuações em O Clone (2001), Mulheres Apaixonadas (2003), Cabocla (2004), a minissérie Mad Maria (2005), Belíssima (2006), como o grego Nikos Petrakis, Paraíso Tropical (2007), como Antenor, num raro papel de vilão, e Caminho das Índias (2009), como Opash Ananda. É um grande astro brasileiro. Casa-se em 1969 com Lidiane, com quem tem dois filhos, Rodrigo (1971) e Andréa (1972). Em 2006 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Tony Ramos – No Tempo da Delicadeza, de autoria de Tânia Carvalho. Filmografia: 1968 – O Pequeno Mundo de Marcos; 1971 – Diabólicos Herdeiros; 1976 – Ninguém Segura essas Mulheres (episódio: Pastéis para uma Mulata); 1984 – Noites do Sertão; 1987 – Leila Diniz; 1990 – Minas Texas; Diário Noturno (CM); 1992 – Calor Corazon (CM); 1997 – O Pequeno Dicionário Amoroso; O Noviço Rebelde; 2001 – Bufo & Spallanzani; A Partilha (como ele mesmo); 2006 – Se eu Fosse Você; 2009 – Se eu Fosse Você 2; 2009 – Tempos de Paz; 2010 – Chico Xavier. RANALDI, HELENA Helena Ranaldi Nogueira nasceu em São Paulo, SP, em 25 de maio de 1966. Desde criança demonstra interesse em ser atriz. Inicia como modelo e participa de alguns filmes publicitários. É uma das finalistas do concurso Supermodel of the World e, com o dinheiro que ganha, resolve investir na carreira de atriz. Em 1989 muda-se para o Rio de Janeiro. Muito bela e talentosa, não tarda a aparecer as primeiras oportunidades. Em 1990 estreia na televisão, em A História de Ana Raio e Zé Trovão, pela TV Manchete, no papel de Stefânia. Contratada pela TV Globo, inicia vitoriosa carreira em novelas e minisséries, com destaque para Olho por Olho (1988), como Malena, Anjo de Mim (1996), como Joana, Laços de Família (2000), como Cintia, Coração de Estudante (2002), como Clara Gouveia, Mulheres Apaixonadas (2003), como Raquel, Um só Coração (2004), como Lídia Rosemberg, e A Favorita (2008), como Dedina, a mulher do prefeito que tem um tórrido romance com o rústico Damião. Somente em 2006 estreia no cinema, como protagonista no filme Bodas de Papel. É uma grande atriz brasileira. Foi casada com o diretor Ricardo Waddington por dez anos (1994-2004) com quem teve um filho, Pedro. Está casada desde 2009 com o trompetista Max Sette. Filmografia: 2006 – Bodas de Papel. RANGEL, FLÁVIO Flávio Nogueira Rangel nasceu em Tabapuã, SP, em 6 de agosto de 1934. Começa sua carreira como jornalista. Muito jovem começa a escrever e a dirigir grupos amadores de teatro. Em 1959 dirige Gimba, de Gianfrancesco Guarnieri, para a Cia. Maria Della Costa, peça que faz carreira internacional, o que lhe garante o prêmio de melhor diretor, outorgado pelo Governo do Estado de São Paulo. Em 1960 assume a direção artística do TBC, parti ndo para carreira internacional. Em 1963 leva Gimba ao cinema, em sua única experiência como diretor. Participa, como ator, também de um único filme, Mar Corrente (1965). Foi casado com Maria Dulce Pedreira com quem tem uma filho, Ricardo, e depois com a atriz Ariclê Perez (1943-2006) que lança em 1995 o livro Viver de Teatro, um retrato de sua vida. Morre em 25 de outubro de 1988, aos 54 anos de idade, de câncer no pulmão. Filmografia (ator): 1965 – Mar Corrente; 1975 – Teatro Brasileiro II – Novas Tendências (CM) (depoimento). Filmografia (diretor): 1963 – Bienal de Paris (CM); Gimba, Presidente dos Valentes. RANGEL, HELBER Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1944. Ainda adolescente começa a fazer teatro amador. Por imposição da família, entra para a faculdade de Direito, mas não conclui. Atua no médiametragem Agressão e depois como redator de um jornal. Vai para os EUA e lá fica seis meses, chegando a participar de oito filmes, tipo underground. De volta ao Brasil, faz sua estreia no cinema de longa-metragem, no filme Joanna Francesa (1973). Atua também em outros como Se Segura, Malandro (1977), A Volta do Filho Pródigo (1979), pelo qual recebe o Kikito de melhor ator no Festival de Gramado, e Quincas Borba (1987). Na televisão, participa de algumas novelas e minisséries como Lampião e Maria Bonita (1982), Sol de Verão (1982), Padre Cícero (1984), Livre para Voar (1984) e Anos Dourados (1986). Morre em 1993, aos 49 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1973 – Joanna Francesa (Brasil/França); Os Condenados; 1975 – Perdida; 1977 – Revólver de Brinquedo; Se Segura, Malandro; A Queda; 1978 Mal Incurável (CM); O Escolhido de Iemanjá; O Bom Marido; O Cortiço; Esse Rio Muito Louco (episódio: Kiki Vai à Guerra); 1979 – Nosso Mundo (CM); Os Amantes da Chuva; A Volta do Filho Pródigo; Embalos Alucinantes (Troca de Casais); Retrato Falado (CM); 1980 – Cabaret Mineiro; J. S. Brown, o Último Herói; Prova de Fogo; Paula, a História de uma Subversiva; 1981 – Canti nela do Arlequim (CM); Qualquer Semelhança é Mera Coincidência (CM); Mulher Sensual (Novela das Oito); Crazy, um Dia Muito Louco; Memórias do Medo; 1982 Luz del Fuego; Os Três Palhaços e o Menino; Escalada da Violência; 1983 – O Mágico e o Delegado; 1984 – Amenic – Entre o Discurso e a Prática; O Desejo da Mulher Amada; 1987 – Quincas Borba. RANGEL, PEDRO PAULO Pedro Paulo Marques Rangel nasceu no Rio de Janeiro em 29 de junho de 1948. Com quatorze anos começa a fazer teatro amador no clube que frequentava. Abandona o Exército, a qual era subordinado a Martinho da Vila, então sargento, para dedicar-se ao teatro. Marco Nanini o indica para o Conservatório Nacional de Teatro, onde começa a estudar, aos 18 anos. Estreia profissionalmente em 1968, na peça Roda Viva, em plena ditadura militar, e na televisão, em Toninho On The Rocks, ao lado de Antonio Marcos. Nas novelas, sempre foi coadjuvante, com exceção a novela O Noviço, de 1975, em que foi o protagonista principal. Entre outras, parti cipa de Vale Tudo (1988), Pedra sobre Pedra (1992) e Pecado Capital (1998). Estreia no cinema em 1967 numa pequena ponta no filme ABC do Amor, depois em Como Era Boa a Nossa Empregada (1973), Beijo no Asfalto (1980), etc. Nos anos 1980 participa de vários humorísti cos como Viva o Gordo (1981) e TV Pirata (1988). Alterna sua carreira, ao participar da minissérie A Muralha (2000), como Davidão, do seriado Os Aspones (2004) como Caio, do filme O Coronel e o Lobisomem (2005) e das novelas Belíssima (2006), como Gigi, e Desejo Proibido (2007), como Galileu. Em 2008 parti cipa do programa Faça sua História, como Noel Rosa da Conceição, e Som e Fúria (2009) como Oliveira. Em 2006 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Pedro Paulo Rangel – O Samba e o Fado, de autoria de Tânia Carvalho. Filmografia: 1967 – O ABC do Amor (episódio brasileiro: O Pacto) (Brasil/Argenti na/Chile); 1968 – O Bravo Guerreiro; 1970 – Orgia; 1973 – Como era Boa a Nossa Empregada (episódio: Lula e a Copeira); 1980 – O Beijo do Asfalto; Prova de Fogo; 1982 – Índia, a Filha do Sol; Menino do Rio; 2000 – Amélia; 2001 – Caramuru, a Invenção do Brasil; 2002 – O Cego e seu Amigo Gedeão à Beira da Estrada (CM); 2005 – O Coronel e o Lobisomem; Durvalino (CM); 2010 – Chico Xavier; Som & Fúria, o Filme. RAPOSO, RAFAEL Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1979. Criado na favela Cidade de Deus, recebe educação rígida dos pais militares. Aos quinze anos vai estudar teatro no extinto Teatro Barrashopping e depois entra para a Faculdade Estácio de Sá para fazer Engenharia, mas desiste e acaba se formando em Publicidade. Trabalha como demonstrador em feiras e eventos para pagar seus cursos de teatro. Mora um ano e meio em São Paulo para fazer teatro experimental. De volta ao Rio, integra um grupo de teatro infantil, estreando com a peça O Pati nho Feio. Em 2006 faz sucesso com o espetáculo infanti l musical Menino Maluquinho. Ao saber do recrutamento de atores para o filme Noel, o Poeta da Vila, resolve se inscrever para fazer o teste e é aprovado. É su a estreia no cinema. O ator emagrece, fuma e usa prótese para entortar o queixo e viver o poeta no cinema, mas vale a pena, pois recebe elogios por todo o Brasil por sua atuação e engrena sua carreira de ator. Em seguida, vai para a televisão participar do programa Por Toda Minha Vida – Nara Leão (2007), no papel do cineasta Cacá Diegues. Sua primeira novela é Sete Pecados (2007), como Peninha, e em 2009 retorna ao cinema no filme É Proibido Fumar, interpretando João Francisco. Filmografia: 2006 – Noel, Poeta da Vila; 2009 – É Proibido Fumar. RASO, HELOÍSA Heloísa Helena Raso nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 2 de junho de 1955. Filha de um diplomata, estuda balé na Royal Academy of Dance de Londres. Vive em Washington e Nova York, onde faz cursos completos de arte dramáti ca e jazz. De volta ao Brasil, atua em novelas pela TV Globo e grava um disco, como cantora. No cinema, parti cipa dos filmes Por um Corpo de Mulher (1979), A Banda das Velhas Virgens (1979) e A Mulher que Inventou o Amor (1980), etc. Em 1979, monta um show no Beco, famosa casa noturna de São Paulo, onde canta e dança. Estreia na televisão em 1975, como a Arlete de O Grito. Nos anos seguintes participa de Anjo Mau (1976), Estúpido Cupido (1976), Sinhazinha Flô (1977), As Três Marias (1980), Sassaricando (1987), Lua Cheia de Amor (1990) e Felicidade (1991), como Maria, quando encerra sua carreira artísti ca. Filmografia: 1975 – Quando as Mulheres Querem Provas; 1979 – Por um Corpo de Mulher; Sábado Alucinante; A Banda das Velhas Virgens; Os Rapazes da Difícil Vida Fácil; 1980 – A Mulher que Inventou o Amor. RATINHO Severino Rangel de Carvalho nasceu em Itabaiana, PB, em 13 de abril de 1896. No início dos anos 1930 forma a dupla Jararaca & Ratinho e juntos gravam dezenas de discos e parti cipam de muitos filmes. Separado de Jararaca, participa de um único filme, Salário Mínimo, em 1970, como o Vagabundo. Morre em 8 de setembro de 1972, aos 76 anos de idade, em Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Filmografia: 1970 – Salário Mínimo. RATTO, GIANNI Nasceu em Milão, Itália, em 27 de agosto de 1916. Cenógrafo solidamente formado e consagrado na Itália, como vice-diretor técnico do Scalla de Milão, trabalhando com nomes de importância mundial como Igor Stravinski. Vem para o Brasil em 1954, a convite de Maria Della Costa, para dirigir O Canto da Cotovia, um drama francês que inaugura o teatro da atriz, na capital paulista. Ajuda a fundar no MAM, Museu de Arte Moderna de São Paulo, um Departamento de Teatro, com conferências e leituras de peças. Ator, diretor, cenógrafo e iluminador, cria centenas de cenários para espetáculos teatrais, muitos deles premiados. Gianni Ratto também trabalha em diversas óperas, colaborando com o Teatro Municipal de São Paulo e o do Rio de Janeiro. Cria figurinos para cerca de 50 produções e para muitas delas, como Elixir e Suor Angelica, assina também cenários e direção de cena. Seu conhecimento em teatro, porém, ia muito além da cenografia e dos palcos e dirige peças importantes, ganhando por cinco vezes o prêmio Saci. Volta à Itália e se alterna entre os dois países. Na televisão, faz a cenografia das novelas A Morta sem Espelho (1963) e Os Imigrantes (1981). Trabalha como ator de cinema em algumas oportunidades, destacando-se Society em Baby Doll (1965) e na televisão na minissérie Anarquistas Graças a Deus (1984). Apesar de ter vivido e trabalhado com os mais famosos artistas do País, pautava-se pela absoluta discrição. Publica vários livros de contos como A Mochila do Mascate, de 1996, que inspira o documentário do mesmo nome dirigido por Gabriela Greeb, com roteiro de Antonia Ratt o, sua fi lha. Publica outros como Crônicas Improváveis, Antitratado da Cenografia, Hipocritando – Fragmentos e Páginas Soltas e Noturnos e Outros Contos Fantásti cos, de 2005, seu último livro. Em outubro de 2006 uma exposição de seus figurinos no Teatro Municipal de São Paulo celebra o seu talento. Em setembro de 2004, Ratto recebe o título de cidadão paulistano, concedido pela Câmara Municipal de São Paulo em reconhecimento à sua atuação no teatro nacional. Em outubro do mesmo ano, é homenageado pela Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de São Paulo com o Prêmio Apetesp, por sua contribuição para o desenvolvimento do teatro paulista nos últimos 50 anos. Foi casado com Kati Almeida Braga, com quem teve dois filhos, Antonia e Bernardo Ratto. Considerado o mais experiente e competente cenógrafo do teatro brasileiro, morre em 30 de dezembro de 2005, aos 89 anos de idade, em São Paulo, vítima de falência múlti pla dos órgãos, consequência de um câncer na bexiga. Era era casado e deixa três filhos. Filmografia (ator): 1965 – Society em Baby-Doll; 1974 – O Pica-Pau Amarelo; 1976 – Um Homem Célebre; 1987 – Gardênia Azul: Amor e Morte (CM); 1994 – Sábado; 1999 – Por Trás do Pano; 2006 – A Mochila do Mascate (depoimento); 2009 – Flávio Rangel – O Teatro na Palma da Mão (depoimento). RAVACHE, IRENE Irene Yolanda Ravache nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 6 de agosto de 1944. Em 1960 inicia o curso de interpretação na Fundação Brasileira de Teatro. Começa sua carreira fazendo Teatro Jovem em 1962, nas peças Aconteceu em Irkutsk, de Alexei Arbusov, e Aonde Vais Isabel?, de Maria Inês de Almeida, ambas dirigidas por Kleber Santos. Na televisão, inicia como locutora em programas como Pergunte ao Jogo (1963), Atualidades Esportivas (1963), Telejornal da TV Rio (1964), etc. Em 1965 faz sua primeira novela, Paixão de Outono, ainda pela extinta TV Paulista. Seguemse Eu Compro essa Mulher (1966), Grande Segredo (1967), Beto Rockfeller (1968), Simplesmente Maria (1970), A Viagem (1975), Sonho de Verão (1982), Sassaricando (1987). Em 1994 é contratada pelo SBT e lá faz quatro novelas, com destaque para Éramos Seis (1994) e Razão de Viver (1997), etc. Estreia no cinema em 1973, no filme Geração em Fuga. Em 1989 ganha o prêmio de melhor atriz no Festival de Brasília por sua interpretação no filme Que Bom Te Ver Viva, de Lúcia Murat e, em 2001, ganha o prêmio de melhor atriz coadjuvante pelo filme Amores Possíveis, de Sandra Werneck. De volta à TV Globo, parti cipa de Suave Veneno (1999) e A Casa das Sete Mulheres (2003). Do primeiro casamento, com um oficial do Exército, entre 1963/1967, tem um filho, Iran. Está casada desde 1971 com o jornalista Edison Paes de Mello, com quem também tem um filho, Juliano. Atriz de grande beleza e talento, brilha em Belíssima (2006), como Katina Guney, na minissérie Amazônia: de Galvez a Chico Mendes (2007), como Beatriz, e Eterna Magia (2007) como Loreta, sempre pela TV Globo. Em 2004 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Irene Ravache – Caçadora de Emoções, de autoria de Tânia Carvalho. Filmografia: 1973 – Geração em Fuga; 1975 – O Supermanso; 1976 – Lição de Amor; 1978 – Doramundo; 1980 – Curumim; 1981 – Balzaquianas (CM); 1989 – Que Bom Te Ver Viva; 1997 – Ed Mort; 1999 – Até que a Vida Nos Separe; 2001 – Amores Possíveis; 2002 – Helena (CM); 2003 – Viva Sapato!; 2005 – Depois Daquele Baile. RAVENLE, SORAYA Soraya Jarlicht nasceu em Niterói, RJ, em 28 de novembro de 1964. Em 1986 gradua-se em representação pelo Calouste Gulbenkien Foundati on. Participa dos musicais Dolores (1998), South American Way – Carmen Miranda, o Musical (2001), A Ópera do Malandro (2003), etc. Estreia na televisão em 1989 na novela Que Rei Sou Eu?, depois Laços de Família (2000), Beleza Pura (2008) e Paraíso (2009). No cinema seu primeiro fi lme é A Partilha, em 2001. Foi casada por quatorze anos com o ator Isaac Bernat, com quem tem uma filha, a atriz Júlia Bernat (1989). Filmografia: 2001 – A Partilha; 2002 – Lost Zweig. RAYOL, AGNALDO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 3 de maio de 1937. Aos oito anos participa de um programa de estreantes, Papel Carbono, na Rádio Nacional, cantando a Mati nata, de Leon Cavallo. Imediatamente chama a atenção de Renato Murce, que fica espantado com seu talento precoce. Passa então a cantar nas rádios como menino prodígio. Em 1949, aos doze anos, faz sua estreia no cinema, no filme Também Somos Irmãos e participa de vários outros, chegando a ter um filme só seu, Agnaldo, Perigo à Vista (1968). Como cantor, atinge o estrelato na década de 1960, com programas próprios na televisão, entre eles Agnaldo Rayol Show e Corte Rayol Show, ao lado de Renato Corte Real, um sucesso sem precedentes. Ecléti co, participa, como ator, das novelas Mãe (1964), O Caminho das Estrelas (1965), A Últi ma Testemunha (1968), As Pupilas do Senhor Reitor (1970), Os Deuses Estão Mortos (1971), Como Salvar meu Casamento (1979), A Deusa Vencida (1980), Dulcineia Vai à Guerra (1980) e Os Imigrantes (1981). No início da década de 1980, apresenta com sucesso, durante vários anos,o programa Festa Baile pela TV Cultura. Em 1997 volta às paradas, ao gravar, com a dupla Christian e Ralf, uma nova versão para Mia Gioconda, de Vicente Celestino, como trilha sonora da novela O Rei do Gado. Em 1998 apresenta programa de variedades transmitido ao vivo de Curitiba pela CNT/Gazeta. Artista completo, é uma das mais perfeitas e possantes vozes do Brasil, sendo chamado de Rei pelos fãs. Filmografia: 1949 – Também Somos Irmãos; 1951 – Maior que o Ódio; 1958 – Uma Certa Lucrécia; Chofer de Praça; 1959 – Garota Enxuta; Jeca Tatu; 1960 – Zé do Periquito; Pistoleiro Bossa Nova; 1961 – Tristeza do Jeca; 1968 – Agnaldo, Perigo à Vista; 1970 – A Moreninha (voz); 1971 – A Herança; 1976 – Possuídas pelo Pecado. REAL, MÁRCIA Nasceu em São Paulo, SP, em 6 de janeiro de 1931. Em 1949, aos dezoito anos de idade, estreia no cinema no filme Carnaval de Fogo. Em seguida inicia vitoriosa carreira na TV Tupi. Por quase trinta anos, participa dos momentos memoráveis da emissora, primeiro na década de 1950, em especiais e teleteatros como Senhora (1952), TV de Vanguarda (1952/1959), A Viúva (1953), TV Teatro (1958) e TV Comédia (1958/1959). Nos anos 1960, acompanha a evolução das novelas, ora pela Tupi, Record ou Excelsior, ao parti cipar de Corações em Confl ito (1963), Redenção (1966) e Dez Vidas (1969). Nos anos 1970 conti nua o sucesso: As Pupilas do Senhor Reitor (1970), Vidas Marcadas (1973) e Aritana (1978). Em 1988 estreia na TV Globo em Bebê a Bordo, depois Quatro por Quatro (1995) e Canoa do Bagre (1997), esta pela TV Manchete. Em 1998 atua na peça O Jogo da Velha, ao lado de John Herbert. Em 2002 retorna ao cinema para parti cipar do filme Avassaladoras. É uma grande e consagrada atriz brasileira. Filmografia: 1949 – Carnaval no Fogo; 1951 – Liana, a Pecadora; 1956 – O Sobrado; 1975 – Amadas e Violentadas; O Rei da Noite; A Ilha do Desejo (Paraíso do Sexo); 1976 – Possuídas pelo Pecado; 2002 – Avassaladoras. REBELLO, ÂNGELA Ângela Rebelo começa sua carreira no teatro, no grupo O Despertar do Cabaré, ao lado de Daniel Dantas e Maria Padilha. Estreia na televisão em 1984 na novela Parti do Alto. Na TV Manchete apresenta um programa chamado O Tamanho Família, com textos de Mauro Rasi e Miguel Falabella. Em 1984 estreia no cinema no filme Nunca Fomos Tão Felizes. Participa de inúmeras novelas como Cambalacho (1986), Dona Beija (1986), Tudo ou Nada (1986), O Primo Basílio (1988), Salsa & Merengue (1996), como Tereza, talvez seu melhor momento, Você Decide (1998), Suave Veneno (1999), Esplendor (2000), A Lua me Disse (2005), Paraíso Tropical (2007), como Elvira, Desejo Proibido (2007), como Madre Superiora. Filmografia: 1984 – Nunca Fomos Tão Felizes; 1986 – Por Incrível que Pareça; 1995 – Formigas & Tão (CM); 1997 – Miramar; 2001 – Meu Filho Teu (Um Crime Nobre) (Itália/Brasil); 2007 – Iluminados. REBELLO, HILDA Hilda de Medeiros Rebello nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 30 de setembro de 1925. É mãe do diretor Jorge Fernando. Por infl uência do filho, resolve ser atriz aos 64 anos de idade, ao estrear na novela Que Rei Sou Eu? E não decepciona, pois acaba por participar de muitas outras como A Próxima Vítima (1995), Vila Madalena (2001), Sete Pecados (2007), Beleza Pura (2008) e os programas Guerra e Paz (2008), Casos e Acasos (2008) e Nada Fofa (2008), como jurada. Em 1995 estreia no cinema com Menino Maluquinho – o Filme, como a avó do garoto. Tem muita simpatia, irreverência e competência. Filmografia: 1995 – Menino Maluquinho – O Filme; 2000 – Minha Vida em suas Mãos; 2004 – Sexo Amor e Traição. REGINA HELENA Regina Helena Esberard nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Desde criança sobe o morro com a mãe para ver os ensaios da Mangueira, sua escola do coração. Em 1961 recebe convite de Carlos Machado para desfilar como modelo no show O Teu Cabelo não Nega, já com o pseudônimo de Gigi. Vai para o Teatro Jovem e passa a ser figura de destaque no Carnaval carioca. Sua estreia no cinema acontece em 1971 no filme Tô na Tua, ô Bicho. Dedica-se, porém, mais a outras ati vidades artísticas, como a televisão, ao participar da novela Pai Herói, em 1979. Filmografia: 1971 – Tô na Tua, ô Bicho; 1977 – Internato de Meninas Virgens; 1982 – Vadias pelo Prazer. RÊGO, SUZY Suzy Sheila Rego de Castro nasceu em Belo Horizonte, MG, em 11 de março de 1967. Filha de militar, inicia sua carreira como modelo aos 13 anos de idade. Pela profissão do pai, mora em diversos Estados, sendo eleita Miss Pernambuco em 1984, fi cando em segundo lugar no concurso de Miss Brasil. Como modelo viaja para o Japão, Nova York e Paris. A partir daí, inicia carreira artística primeiro no teatro, em peças como Sauna, O Diário de um Mago e Caixa 2. Estreia na televisão em 1989, como a Alice de O Salvador da Pátria, pela TV Globo. Passa a alternar sua carreira entre teatro, participou de oito peças, e novelas como A Viagem (1994), Era uma Vez (1998) e Paixões Proibidas (2007). No cinema, fez apenas um curta-metragem, A Sintomática Narrativa de Constantino, em 2000. Está casada com o ator Fernando Vieira, com quem tem dois filhos, os gêmeos Mássimo e Marco, nascidos em 2009. Filmografia: 2000 – A Sintomáti ca Narrativa de Constantino (CM). REICHENBACH, CARLOS Carlos Oscar Reichenbach Filho nasceu em Porto Alegre, RS, em 14 de junho de 1945. Na década de 1950 muda-se para São Paulo e inicia atividade cineclubista no início da década de 1960. Dirige seu primeiro filme em 1966, o curta Esta Rua Tão Augusta. Seu primeiro longa é realizado em 1968, num dos episódios de As Libertinas. Muito respeitado no meio cinematográfi co, dirige filmes importantes como Anjos do Arrabalde (1986), Alma Corsária (1993), Dois Córregos – Verdades Submersas no Tempo (1999) e Bens Confi scados (2004). Apenas como fotógrafo, parti cipa de mais de quarenta filmes. Como ator, faz participações em muitos filmes, sempre em pequenos papéis, como em O Bandido da Luz Vermelha (1968), No Rancho Fundo (1971), talvez seu maior e melhor desempenho como ator, e A Mulher que Inventou o Amor (1987). Dirigindo filmes interessantes, pensantes, de temáti cas quase sempre introspectivas, é um dos grandes nomes do cinema brasileiro. Em 2004 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Carlos Reichenbach – O Cinema como Razão de Viver, de autoria de Marcelo Lyra. Filmografia (ator): 1968 – O Bandido da Luz Vermelha; 1970 – O Pornógrafo; Sertão em Festa; 1971 – No Rancho Fundo; Os Amores de um Cafona; Finis Hominis; 1972 – Gringo, o Últi mo Matador (O Matador Eróti co); Corrida em Busca do Amor; O Jeca e o Bode; 1975 – Ainda Agarro esse Machão; 1977 – O Vampiro da Cinemateca; A Casa das Tentações; 1978 – Noite em Chamas; Belas e Corrompidas; 1980 – A Mulher que Inventou o Amor; 1987 – Filme Demência; 1991 – O Corpo; 2003 – Garotas do ABC; 2002 – Candeias – da Boca pra Fora (CM) (depoimento); 2007 – Person (depoimento); O Fim da Picada. Filmografia (diretor): 1963 – Fuga Própria (CM); 1965 – Duas Cigarras (CM) ( inacabado); 1966 – Pierrot Si Fou (CM) (inacabado); Essa Rua Tão Augusta (CM); 1968 – As Libertinas (episódio: Alice); 1969 – Audácia, Fúria dos Desejos (episódio: A Badaladíssima dos Trópicos); 1969/1982 – O Despertar da Besta (Ritual dos Sádicos); 1971 – Corrida em Busca do Amor; 1974 – Lílian M: Relatório Confidencial; 1977 – Sede de Amar (Capuzes Negros); A Ilha dos Prazeres Proibidos; 1978 – O Império do Desejo; 1979 – Amor, Palavra Prosti tuta; 1980 – Paraíso Proibido; 1982 – As Safadas (episódio: A Rainha do Fliperama); 1983 – Extremos do Prazer; 1985 – Filme Demência; 1986 – Anjos do Arrabalde (As Professoras); 1988 – City Life (episódio: Desordem em Progresso) (Holanda/Brasil); 1993 – Alma Corsária; 1994 – Olhar e Sensação (CM); 1999 – Dois Córregos – Verdades Submersas no Tempo; 2002 – Equilíbrio e Graça (CM); 2003 – Garotas do ABC; 2004 – Bens Confi scados; 2007 – Falsa Loura. REIS, DARY Nasceu em Santa Maria da Boca do Monte, RS, em 1926. Já morando no Rio de Janeiro, estreia no cinema em 1948 no filme Mãe. Depois de vários filmes, em 1957 estreia na televisão, na novela A Canção de Bernardete e em seguida entra para o elenco do seriado Falcão Negro, ambos pela TV Tupi, que lhe dá notoriedade e sucesso. A partir de então, constitui sólida carreira de ator, quase sempre no papel de vilão. Na TV Globo, trabalha desde 1967, quando estreia em Anastácia, a Mulher sem Destino e em dezenas de outras, com destaque para Irmãos Coragem (1970), como Lázaro, talvez seu maior momento, Pecado Capital (1975), Água Viva (1980), Mulheres de Areia (1993), Torre de Babel (1998), como Pacheco, e Bang-Bang (2005). Atua ainda com destaque no humorístico Chico Anysio Show (1982) e em vários filmes dos Trapalhões. Em 1984 faz uma pequena parti cipação no fi lme italiano Non Cie Sue Senza, com a dupla Terence Hill e Bud Spencer, famosa pelos filmes da série Trinity. Foi casado com a atriz Leda Lúcia, com quem teve dois filhos. Aos 83 anos, hoje está aposentado. Filmografia: 1948 – Mãe; 1951 – O Falso Detetive; Maria da Praia; 1953 – Os Três Recrutas; 1954 – Rua Sem Sol; 1960 – Eles não Voltaram; 1961 – O Homem que Comprou a Copa do Mundo; 1962 – O Quinto Poder; 1968 – Papai Trapalhão; 1969 – A um Pulo da Morte; 1971 – O Vale do Canaã; 1972 – Tormento: a Sombra de um Sorriso; 1974 – O Leão do Norte; A Cobra Está Fumando; 1975 – Nem os Bruxos Escapam; 1979 – Eu Matei Lúcio Flávio; 1980 – Os Paspalhões em Pinóquio 2000; 1982 – Os Trapalhões na Serra Pelada; 1983 – O Trapalhão na Arca de Noé; A Longa Noite do Prazer; 1984 – Os Trapalhões e o Mágico de Oróz; Non Cie Due Senza Quatt ro (Itália). REIS, FRANCARLOS Nasceu em Piracicaba, SP, em 27 de dezembro de 1941. Forma-se advogado pela PUC de Campinas em 1965 e vai estudar no Rio de Janeiro, com a ideia fixa de ser diplomata. Em 1969, em passeio por Londres, vê o musical Hair e resolve ser ator. De volta ao Rio, abandona os estudos e vai tocar piano em Copacabana. Coincidentemente, algum tempo depois faz o teste e é aprovado para o elenco da versão brasileira exatamente de Hair. Em 1970 decola sua carreira no teatro e hoje tem mais de sessenta peças no currículo, com destaque para Em Moeda Corrente do País, My Fair Lady, Pasolini, Morte e Vida, O Doente Imaginário, A Capital Federal, Os Órfãos de Jânio, O País dos Elefantes, O Inspetor Geral, West Side Story, etc. Na televisão, atua nas novelas Venha Ver o Sol na Estrada (1973), pela TV Record, As Cinco Panelas de Ouro (1982), pela TV Cultura, Chiquiti tas (1997), pelo SBT, e Carandiru, Outras Histórias (2006), pela TV Globo. No cinema, faz um único filme, Onde Andará Dulce Veiga? (2008), de Guilherme de Almeida Prado. Morre em São Paulo, SP, em 8 de abril de 2009, de ataque cardíaco, aos 67 anos de idade. O elenco da peça West Side Story, em que ele estava atuando homenageou o ator em cena, sendo substituído por Dudu Sandroni. Filmografia: 2008 – Onde Andará Dulce Veiga? REIS, IMARA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 14 de fevereiro de 1948. Ainda estudante do Colégio Santa Marcelina, monta um grupo de teatro amador. Forma-se em letras e, em São Paulo, faz pós-graduação em teatro, com teses e teorias de interpretação. Começa a trabalhar em comerciais de televisão, sendo uma das mulheres mais vistas na tela, fazendo propagandas da margarina Doriana, Lençóis Garcia, Biscoitos Tostines, além de cremes de beleza e shampoos. No cinema, participa de muitos filmes, entre curta e longa-metragem, como Sílvia (1978), Inquietações de uma Mulher Casada (1979), A Flor do Desejo (1984), Manobra Radical (1991), A Hora Mágica (1998), Joana e Marcelo, Amor (Quase) Perfeito (2002), etc. Na televisão, atua em várias novelas, sendo sua estreia em Salário Mínimo (1978), seguindo-se, entre outras, Os Adolescentes (1981), Mandala (1987), A Idade da Loba (1995), Chiquiti tas Brasil (1997) e O Direito de Nascer (2001). Filmografia: 1978 – Sílvia (CM); 1979 – Inquietações de uma Mulher Casada; 1981 – P.S.: Post Scriptum; 1982 – Retrato Falado de uma Mulher sem Pudor; 1983 – Doce Delírio; 1984 – A Flor do Desejo; 1986 – Obscenidades (CM); Sonho sem Fim; Filme Demência; 1987 – Romance; A Dama do Cine Shangai; Vera; 1988 – Três Moedas na Fonte (CM); O Grande Mentecapto; Jorge, um Brasileiro; 1989 – Faca de Dois Gumes; Jardim de Alah; 1991 – Mano a Mano (CM); Manobra Radical; Modernismo: Anos 20 (CM) (narração); 1993 – A Voz do Morto (CM); 1994 – Resignação (CM); 1996 – Piccola Crônica (CM); O Guarani; Ritinha (CM); 1998 – A Hora Mágica; 2000 – Minha Vida em suas Mãos; 2002 – Joana e Marcelo, Amor (Quase) Perfeito; 2005 – Impar Par (CM); 2006 – Remissão; 2007 – Onde Andará Dulce Veiga?; 2009 – A Mais Forte (CM); 2010 – Família Vende Tudo. REIS, MAKERLEY Maria Aparecida Paes da Silva nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1968. Começa sua carreira como modelo fotográfico e manequim. Inicia carreira de atriz no teatro, em peças eróti cas como Pacto Erótico e Soltando a Franga, em que faz strip-teases. Sua estreia no cinema acontece em 1983 no filme Meninas, Virgens e P... Ao encerrar sua carreira no cinema, em 1988, candidata-se a vereadora, aparecendo nos comícios seminua, sendo por isso apelidada Cicciolina do Bexiga, uma alusão à famosa atriz pornô italiana que se tornou deputada em seu país. Filmografi a: 1983 – Meninas, Virgens e P..; 1986 – Emoções Sexuais de um Cavalo; A Máfi a Sexual; 1987 – A Menina do Sexo Diabólico. REIS, MÁRIO Mário da Silveira Reis nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 31 de dezembro de 1907. Estreia na gravação em 1928. O samba Jura é seu primeiro sucesso, seguido de Gosto que me Enrosco e Dorinha, meu Amor. Torna-se famoso como cantor popular pela originalidade de suas interpretações. É o intérprete preferido de Sinhô. Marca uma etapa na evolução do samba, dando ênfase à articulação do texto e à precisão rítmica, ao contrário da tradição reinante até então, que é a de cantar o samba com voz empostada, a plenos pulmões. No cinema, participa de alguns fi lmes, sendo sua estreia em 1935 em Alô, Alô, Brasil. Em 1995, Júlio Bressane presta-lhe uma homenagem no filme O Mandarim. Morre em 4 de outubro de 1981, aos 73 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1935 – Alô, Alô, Brasil; Os Estudantes; 1936 – Alô, Alô, Carnaval; 1939 – Joujoux Balangandãs. REIS, SÉRGIO Sérgio Bavini nasceu em São Paulo, SP, em 23 de junho de 1940. Inicia sua carreira de cantor em 1958 como Johnny Johnson. Estreia na TV participando do programa Calouros Toddy, cantando Conceição, sucesso de Cauby Peixoto. Aos vinte anos grava seu primeiro disco, o bolero Enganadora. Participa do movimento Jovem Guarda e faz grande sucesso com a música Coração de Papel. Após alguns anos esquecido, entra para a música sertaneja e regrava o sucesso Menino da Porteira, que vira filme em 1977, sendo estrondoso sucesso de bilheteria na época. Sérgio Reis não deixa mais esse gênero, que o torna milionário. Seu terceiro filme, Filho Adotivo, a qual é também produtor, foi redundante fracasso de bilheteria, causando-lhe grande prejuízo e afastando-o do cinema. Participa das novelas Paraíso (1982), Pantanal (1990), A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990), O Rei do Gado (1996) e Bicho do Mato (2007). Em 1997 ganha programa próprio da TV Manchete e em 2005 na TV Bandeirantes. Em 2002 Sérgio Reis presta uma homenagem a Roberto Carlos com o CD Nossas Canções e em 2003 grava seu primeiro DVD chamado Sérgio Reis e Filhos – Violas e Violeiros. Filmografia: 1977 – O Menino da Porteira; 1978 – Mágoa de Boiadeiro; 1984 – Filho Adotivo. REIS, SOPHIA Sophia Passos Reis nasceu em 1º de junho de 1988. Filha do cantor e compositor Nando Reis (ex-Titãs) e da psicóloga Vânia Reis. Com oito anos de idade convence sua mãe a inscrevê-la no curso da Casa do Teatro, em São Paulo, coordenado pela atriz Lygia Cortez. Em 2000 participa dos testes para o filme Castelo Ra-Tim-Bum, mas é reprovada. Em 2004 é convidada pela produtora Paula Lavigne para fazer testes para o filme Meu Tio Matou um Cara, de Jorge Furtado, e ganha a vaga, disputada por 50 garotas. É sua estreia no cinema e na vida artística. Assim como o pai, é roqueira convicta e gosta dos Sex Pistols e Strokes. Muito jovem, ainda está em dúvida se vai seguir a carreira artística, mas talento já demonstrou que tem de sobra. Filmografia: 2005 – Meu Tio Matou um Cara; Do Mundo não se Leva Nada (CM); 2006 – Esse Momento (CM). RENATO E SEUS BLUE CAPS Grupo musical formado em 1960, no Rio de Janeiro por Renato Cosme Vieira de Barros (1944), Carlos Alberto da Costa Vieira (1943), Carlos Antonio Pinheiro (1944), Cid Rodrigues Chaves (1944) e Paulo César Vieira de Barros (1947). O sucesso acontece quando Carlos Imperial os convida para participar do programa Os Brotos Comandam, na Rádio Continental. O primeiro LP é gravado em 1961, acompanhando Reinaldo Rayol, irmão de Agnaldo. O terceiro LP e o primeiro pela CBS chama-se Viva a Juventude, é gravado em 1964 e estoura no Brasil inteiro com a música Menina Linda, uma versão dos Beatles. No cinema, participam de alguns fi lmes como Rio, Verão & Amor, em 1966. Fazem shows até hoje, apenas com Renato e Cid da formação original. Paulo César, que se tornou o contrabaixista preferido das grandes estrelas, aparece esporadicamente em shows da banda. Em 2005 Renato Barros participa do DVD da banda The Originals e o grupo volta ao cinema para uma participação especial no começo do filme Árido Movie. Filmografia: 1966 – Rio, Verão & Amor; Na Onda do Iê-Iê-Iê; 2005 – Árido Movie. RENEÉ, LIA Reneé Grosman nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1921. Os pais russos se estabelecem no Rio de Janeiro e são proprietários da famosa Casa Reneé, frequentada por altas personalidades, entre os quais o presidente Getúlio Vargas. Desde cedo demonstra seus dotes artísticos. Adhemar Gonzaga procura uma atriz mirim para o filme Barro Humano. Seus pais a levam para um teste e é aprovada, fazendo sua estreia no cinema com apenas sete anos de idade. Em seguida, ingressa na escola de dança de Ollenewa, mas seus pais, preocupados com o futuro da menina, impedemna de prosseguir na carreira artística. Torna-se então dona de casa, educadora e empresária. Nas décadas seguintes, participa esporadicamente de alguns filmes. Filmografia: 1928 – Barro Humano; 1957 – Cangerê: Uma Fantasia Musical; 1970 – Marcelo Zona Sul. RESCALA, TIM Luiz Augusto Rescala nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de novembro de 1961. Pianista, compositor, ator e cantor. Começa a estudar piano aos sete anos de idade. Em 1980 começa a fazer direção musical em teatro, estreando em Happy End, de Brecht. Estuda música contemporânea na República Dominicana, Uruguai, Argentina e dá concertos nos Estados Unidos, no Canadá e na Alemanha. Em 1986 estreia no cinema, uma pequena ponta no filme Rock Estrela e depois protagoniza Por Incrível que Pareça, no mesmo ano. Participa de algumas minisséries como Memórias de um Gigolô (1986) e La Mamma (1990). Na Escolinha do Professor Raimundo faz o papel de Capilé. Compõe a trilha sonora de filmes como no longa O Fio da Memória (1991) e no média Boca do Lixo (1993). Em 2005 é o produtor musical da minissérie Hoje é Dia de Maria, pela TV Globo. Filmografia: 1986 – Rock Estrela; Por Incrível que Pareça. RESKI, FERNANDO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ. De origem judaica, adolescente, se inscreve no curso de teatro de Maria Clara Machado, o ano era 1964. Concluído, faz também aulas de dança e canto. Sua estreia acontece na peça Esperando Godot, de Samuel Becket. Depois vêm Hair, Capital Federal, Um Violinista no Telhado, que lhe dá o Prêmio Governador do Estado, Freud Explica... Explica?, entre outras. Na televisão, participa das novelas Uma Rosa com Amor e Dom Camilo e Os Cabeludos, ambas em 1971 pela TV Rio. No início, dedica-se quase que exclusivamente ao teatro, mas depois praticamente só faz cinema, numa longa carreira de muitos filmes, destacando-se Os Paqueras (1969), Rockmania (1986) e O Lado Certo da Vida Errada (1996). No teatro, participa de momentos importantes como primeira montagem de Roda Viva, ao lado de Marieta Severo, Paulo César Peréio e outros; de Rasto Atrás, de Jorge Andrade, direção de Gianni Ratto, Momento Poéti co Castro Alves, Nada Pessoal, etc. Também é autor das peças Casamento Complicado e Você Está Envolvido ou Comprometido? Durante algum tempo apresentou o quadro Câmera 9 GLS, do programa Câmera 9 e desde 2007 apresenta o programa Comunidade na TV, produzido pela FIERJ – Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro, ambos pela TV CNT do Rio de Janeiro. Filmografia: 1967 – A Lei do Cão; 1969 – Pobre Príncipe Encantado; A Mulher do Rio (The Girl From Rio) (Brasil/Espanha/Alemanha/EUA); The Seven Secrets Of Sumuku (Alemanha/Espanha/EUA) (participação não creditada); Os Paqueras; 1973 – Vai Trabalhar, Vagabundo; A Virgem de Saint Tropez (The Awakening Of Annie) (França/Brasil); 1975 – Eu Dou o que Ela Gosta; O Fraco do Sexo Forte; 1976 – As Mulheres que Dão Certo (episódio: Crime e Castigo); O Vampiro de Copacabana; 1977 – Belas e Corrompidas; Ódio; Se Segura Malandro; A Festa; O Garanhão no Lago das Virgens; Nem as Enfermeiras Escapam; O Sexomaníaco; Vítimas do Prazer (Snuff ); 1978 – Muito Prazer; A Noiva da Cidade; O Monstro de Santa Tereza; Amada Amante; O Namorador; 1979 – Lerfa Mu; O Coronel e o Lobisomem; Sábado Alucinante; O Guarani; Nos Tempos da Vaselina; O Preço do Prazer (Onde Andam Nossos Filhos?); Uma Cama para Três; 1979/1983 – Loucuras Cariocas (Loucuras, o Bumbum de Ouro ou Funerária Kung-Fu); 1980 – O Grande Palhaço; Prova de Fogo; Consórcio de Intrigas (Consórcio do Sexo); Amantes Violentos; Tudo Acontece em Copacabana; 1981 – Crazy, um Dia Muito Louco; Anjos do Sexo; A Ilha do Amor; Um Marciano na Minha Cama (Férias Amorosas); 1982 – Insônia (episódio: O Ladrão); Os Paspalhões em Pinóquio 2000; Profissão – Mulher; 1983 – Depravados em Fúria; 1984 – Amenic – Entre o Discurso e a Prática; Bumbum, a Coisa Erótica; Rapazes da Calçada; Mulheres Insaciáveis; 1985 – O Verdadeiro Amante Sexual; 1986 – Rockmania; O Homem da Capa Preta; 1987 – Urubus e Papagaios; 1988 – O Diabo na Cama; As Aventuras de Sérgio Mallandro; 1991 – Caccia Allo Scorpione d’Oro (Itália); 1994 – Túnel (CM); 1996 – O Lado Certo da Vida Errada. RESTIER, RENATO Renato Wagner dos Santos Restier nasceu em Santana do Livramento, RS, em 24 de fevereiro de 1920, durante uma tournée dos pais, os atores Restier Júnior e Hortência Santos. Criado no palco, resolve cedo seguir a carreira artística. Começa como cantor na Rádio Mayrink Veiga, na década de 1930. Apesar de dois discos gravados, troca a música pelo teatro, ao ingressar, em 1937, na companhia Mambembe de João Rios. Atua em Deus e a Natureza, com Vicente Celesti no, e Tudo por Você, com Bibi Ferreira. No cinema, desenvolve longa e contí nua carreira, em fi lmes como O Pecado de Nina (1950), Carnaval Atlântida (1953), Independência ou Morte (1972) e A Banda das Velhas Virgens (1979). Com José Lewgoy, é um dos maiores vilões do cinema brasileiro. É assistente de direção nos filmes Sherlock de Araque (1957), Metido a Bacana (1957), Com Jeito Vai (1957), É de Chuá (1958) e O Camelô da Rua Larga (1958). Na televisão, participa das novelas Divinas e Maravilhosas (1973), Um Dia o Amor (1975), Sinal de Alerta (1978) e Maria, Maria (1978), além de inúmeros humorísticos. Nos últimos tempos, participa do programa humorístico Reapertura, do SBT, mas tem que se afastar por problemas de saúde. Morre de câncer, em São Paulo, em 1º de agosto de 1984, aos 64 anos de idade. Filmografia: 1950 – O Pecado de Nina; 1951 – Tocaia; 1952 – Areias Ardentes; Barnabé tu És Meu; Carnaval Atlântida; Os Três Vagabundos; Era uma Vez um Vagabundo; 1953 – Dupla do Barulho; 1954 – Matar ou Correr; A Outra Face do Homem; Alvorada de Glória (inacabado); 1955 – O Golpe; Guerra ao Samba; Paixão nas Selvas (Conchita Und Der Ingenieur) (Alemanha/Brasil); 1956 – Colégio de Brotos; Com Água na Boca; Sai de Baixo; 1957 – Com Jeito Vai; De Pernas pro Ar; Metido a Bacana; O Negócio Foi Assim; 1958 – O Camelô da Rua Larga; É de Chuá!; E o Bicho não Deu; 1959 – Mulheres à Vista; O Cupim; Garota Enxuta; Aí Vem a Alegria; 1960 – Sai Dessa, Recruta; Pistoleiro Bossa Nova; Marido de Mulher Boa; Vai que é Mole; Viúvo Alegre; 1961 – Bom Mesmo é Carnaval; Mulheres, Cheguei!; 1964 – Manaus, Glória de uma Época (Und Der Amazonas Schweight) (Alemanha); 1966 – Três Histórias de Amor (episódio: Madrugada, Amor na Praia); 1972 – Independência ou Morte; Quatro Pistoleiros em Fúria; 1973 – Regina eo Dragão de Ouro; A Superfêmea; 1977 – O Mulherengo; 1979 – A Banda das Velhas Virgens; 1981 – Os Insaciados. RESTIER JR. Ator teatral muito conceituado nos anos 1930/1940. Foi casado com a atriz Hortência Santos e juntos formaram dupla de sucesso, principalmente no Teatro Lírico do Rio de Janeiro. Estreia no cinema em 1943 no filme Tristezas não Pagam Dívidas. Seu fi lho, Renato Restier, também é ator. Morre em 19 de abril de 1954. Filmografia: 1943 – Tristezas não Pagam Dívidas; 1945 – Vidas Solitárias; Não Adianta Chorar; O Gol da Vitória; 1948 – Inconfi dência Mineira; 1952 – Pecadora Imaculada. RESTIFFE, JOÃO Nasceu em Caconde, SP, em 27 de junho de 1925. Muda-se com o irmão para São Paulo. Através de Blota Jr, consegue uma vaga na Rádio Record. Começa a fazer pontas em peças teatrais e viaja com as companhias de Nino Nelo, João Rios, Totó, Procópio Ferreira, etc. Nessa época, início dos anos 1950, conhece Mazzaropi, que o leva à televisão para participar de seu programa Rancho Alegre. Restife era o escada de Mazzaropi, aquele que dialoga, que cria as situações para o astro principal. Entre 1953 e 1955 participa por três vezes do TV de Vanguarda. É um dos criadores do Grande Teatro Tupi, que fica muitos anos ar, com grandes nomes como Cacilda Becker, entre outras. Estreia no cinema em 1958 no filme Rebelião em Vila Rica. A partir dos anos 1960, consegue um emprego público e abandona a carreira artística. Está casado com Dagmar, com quem teve duas filhas Filmografia: 1954 – A um Passo da Glória; 1958 – Rebelião em Vila Rica; O Cantor e o Milionário; 1959 – Moral em Concordata; 1960 – Dona Violante Miranda; 2002 – Mazzaropi, o Cineasta das Platéias (depoimento). RESTON, THELMA Thelma Salim Reston nasceu em Piracanjuba, GO, em 6 de julho de 1939. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1957, e vai estudar teatro com Dulcina de Morais, depois EAD, sendo premiada como atriz revelação. Atua com mestres importantes como Ziembinski e Henriette Morineau em peças como Processo de Jesus (1959), Plantão 21 (1965), O Peri (1972) e Pedra, a Tragédia (1985), etc. Estreia no cinema em 1964 no filme Asfalto Selvagem, de J.B.Tanko constituindo sólida carreira, com destaque para El Justi cero (1967), Quilombo (1984), Lua de Cristal (1991), O Noviço Rebelde (1997), Gatão de Meia-Idade (2006), etc. Estreia na televisão somente em 1974 no especial O Professor Vai Embora. Sua primeira novela é Gabriela, em 1975. Entre muitas outras, seguem-se O Casarão (1976), Gabriela (1979), Brilhante (1981), Terras do Sem Fim (1981), Paraíso (1982), Champagne (1984), Transas e Caretas (1984), De Quina pra Lua (1985), Helena (1987) e – mais recentemente – a minissérie Os Maias (2001) e as novelas Kubanacan (2003), Senhora do Destino (2004), A Lua me Disse (2005) e Bicho do Mato (2006), como Lurdes, esta pela TV Record. De volta à Globo, faz Páginas da Vida (2007), como a cartomante, Paraíso Tropical (2007), como Edite, e Negócio da China (2009), como Olímpia. Tem atuado com frequência também no teatro, em dezenas de peças, sendo as mais recentes Pedras e Flores (2001), Quem Vai Ficar com a Velha (2002), Uma História Estranha (2002), Charles Baudelaire – Minha Terrível Paixão (2004), A Maracutaia (2006) e Morrer ou Não (2008). De singular carreira, é uma das poucas atrizes que consegue transitar bem pelas três modalidades artísticas, com talento, garra e perseverança, sedo merecedora de todo nosso respeito. Filmografia: 1964 – Asfalto Selvagem; 1965 – Engraçadinha, Depois dos 30; 1967 – Terra em Transe; Proezas de Satanás, na Vila do Leva-e-Traz; El Justi cero; 1968 – O Homem Nu; 1969 – A Mulher de Todos; As Duas Faces da Moeda; 1972 – Simeão, o Boêmio; 1974 – Lisetta (CM); As Mulheres que Fazem Diferente (episódio: A Bela da Tarde); 1975 – Deixa Amorzinho... Deixa; Perdida; Eu Dou o que Ela Gosta; 1976 – O Vampiro de Copacabana; 1977 – As Aventuras de Momo Montanha (Jorden er Flad) (Dinamarca/Brasil); Gente Fina é Outra Coisa (episódio: Chocolate ou Morango); Se Segura, Malandro; Loucuras de um Sedutor; Pastores da Noite (Otália da Bahia) (França/Brasil); 1978 – Na Boca do Mundo; 1980 – Os Sete Gatinhos; Cabaret Mineiro; 1981 – Os Vagabundos Trapalhões; O Beijo no Asfalto; 1982 – Insônia (3o episódio: Um Ladrão); O Santo e a Vedete; 1983 – Bar Esperança, o Último que Fecha; 1984 – Prova de Fogo; Quilombo; 1985 – Patriamada; O Rei do Rio; 1986 – Brás Cubas; 1987 – Dedé Mamata; Maré de Azar (Running Out of Luck) (EUA); Sexo Frágil; 1987/1990 – Césio 137 – O Pesadelo em Goiânia; 1988 – Romance da Empregada; Banana Split; Heróis Trapalhões, uma Aventura na Selva; 1990 – Manoushe, a Lenda de um Cigano; Lua de Cristal; 1991 – Manobra Radical; Assim na Tela como no Céu; 1993 – Água Morro Acima (CM); 1997 – O Homem Nu; O Noviço Rebelde; 2003 – Um Show de Verão; Bala na Marca do Pênalti (CM); 2005 – Hoje Tem Felicidade (CM); 2006 – Gatão de Meia Idade. REY, MARGARIDA Nasceu em Santos, SP, em 17 de janeiro de 1922. Começa sua carreira no teatro, em 1946, com a peça A Rainha Morta, de Henry de Montherland, sob a direção de Ziembinsky. As primeiras duas décadas de sua carreira foram dedicadas quase que totalmente ao teatro, com desempenhos importantes como em Medeia, de Eurípedes, A Ilha das Cabras, de Ugo Betti, Arsênico e Alfazema, de Joseph Kesselring, Electra, de Sófocles, O Burguês Fidalgo, de Molière, etc. Em 1958 estreia no cinema no filme Alegria de Viver. Em 1969 faz sua primeira novela, Nenhum Homem é Deus, pela TV Tupi, depois outras como Bandeira 2 (1971), O Bem-Amado (1973), como a irmã de Zeca Diabo, Sem Lenço, sem Documento (1977). Sobre sua atuação na peça Ilha das Cabras, o críti co Décio de Almeida Prado comentou: Margarida Rey tem no drama de Ugo Betti o maior desempenho de sua carreira. Embora contracenando com três bons atores, esmaga-os com sua sobriedade, a sua força autêntica e profunda, a sua impecável dignidade, a sua noção de medida que é calor e não frieza. Margarida sempre foi uma excelente atriz mas ascende agora ao rol, muitíssimo restrito, das grandes atrizes. A sua preocupação, durante muito tempo, será a de manter e não de ultrapassar o nível deste seu desempenho. A grande atriz de nosso teatro, injustamente esquecida, morre no Rio de Janeiro, RJ, de edema pulmonar, em 19 de novembro de 1983, aos 61 anos de idade. Filmografia: 1958 – Alegria de Viver; 1962 – Porto das Caixas; 1972 – Os Inconfidentes. REY, RUY Domingos Zeminian nasceu em São Paulo, SP, em 4 de fevereiro de 1915. De sólida formação musical, começa sua carreira artística tocando saxofone e como crooner de orquestras, abrilhantando as noites paulistanas, em famosos night-clubs. Em 1939 consegue sua primeira oportunidade na Rádio Tupi, passando por Difusora e América. Nesse ano transfere-se para o Rio de Janeiro, ingressando na Rádio Nacional, pela qual fi ca conhecido nacionalmente. É autor de inúmeros sucessos como A Mulata é a Tal e Naná, além de dezenas de marchinhas carnavalescas. Faz shows por todo o Brasil como Ruy Rey e sua Orquestra. Em 1948 lança o mambo La Bamba, dez anos antes que Ritchie Valens. Tem participação de destaque no cinema, em fi lmes como É com este que eu Vou (1948), Barnabé, tu és Meu (1952) e Pé na Tábua (1959), etc., normalmente com sua orquestra, divulgando e executando músicas de sua autoria. Morre em 26 de março de 1995, aos 80 anos de idade, no Rio de Janeiro, vítima de enfisema pulmonar. Filmografia: 1948 – É com este que eu Vou; Folias Cariocas; 1949 – Carnaval no Fogo; E o Mundo se Diverte; 1951 – Aviso aos Navegantes; 1952 – Era uma Vez um Vagabundo; Barnabé tu és Meu; Está com Tudo; 1953 – Cais do Vício; É Fogo na Roupa; 1954 – O Petróleo é Nosso; 1955 – Carnaval em Marte; Trabalhou Bem Genival; Chico Viola não Morreu (Brasil/Argenti na); 1956 – Vamos com Calma; 1957 – Garotas e Samba; 1958 – É de Chuá!; 1959 – Mulheres à Vista; Pé na Tábua. REYMOND, CAUÃ Cauã Reymond Marques nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20 de maio de 1980. Começa sua carreira aos dezessete anos como modelo internacional, chegando a desfilar em Paris e em Nova York, entre 1999 e 2000 e morar um tempo em Milão, Itália. Adolescente, vai estudar teatro em Nova York com Susan Batson. É também faixa preta em jiu-jitsu, a qual foi bicampeão brasileiro, além de prati car surf e yoga. De volta ao Brasil, estreia na TV, no seriado Malhação, em 1995, pela TV Globo. Em 2004 faz sua primeira novela, Da Cor do Pecado, seguindo-se como Uma Onda (2005), Belíssima (2006), Eterna Magia (2007) e A Favorita (2008), como Halley. No teatro, em 2005 participa da leitura da peça O Surto e em 2006 de Em Algo Mar, de Slawomir Mrozek, escrita em 1961. Estreia no cinema em 2004 no filme Odiquê? e gosta, pois tem participado de vários filmes depois, como Falsa Loura (2007) e Divã (2009). É um grande talento brasileiro da nova geração. Namora a modelo e atriz Grazi Massafera. Filmografia: 2004 – Ódiquê?; Consciente Irracional (CM); 2007 – Falsa Loura; 2008 – Se Nada mais Der Certo; 2009 – Divã; À Deriva; Reis e Ratos; Flordelis – Basta uma Palavra para Mudar; 2010 – Estamos Juntos. REYS, ADRIANO Adriano Antonio de Almeida nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20 de julho de 1934. No colégio, dedica-se intensamente aos esportes, ganhando várias medalhas. Com fortes tendências artísti cas, muito jovem estreia no cinema, no filme Os Três Recrutas, em 1953, com apenas 19 anos, tornando-se galã. Em seguida estreia também no Teatro Glória, ao lado de Oscarito, Margot Louro e Míriam Terezinha, na peça Cupim. Atua em muitos fi lmes, com destaque para O Mártir da Independência (1977) e Menino do Rio (1982). Na televisão, estreia na novela E Nós Aonde Vamos?, em 1970. Entre outras, seguem-se Pigmalião 70 (1970), Bel Amy (1972), A Viagem (1975), Éramos Seis (1977), Séti mo Sentido (1972), Vale Tudo (1988), Barriga de Aluguel (1990) e A Idade da Loba (1995). Depois de alguns anos afastado, retorna em Kubanacan (2003) e A Lua me Disse (2005), pela TV Globo. Em 2006 é contratado pela TV Bandeirantes para participar da novela Paixões Proibidas. Com mais de cinquenta anos de carreira, é um dos grandes atores brasileiros. Filmografia: 1953 – Os Três Recrutas; Dupla do Barulho; É pra Casar?; 1954 – Malandros em Quarta Dimensão; 1955 – Angu de Caroço; O Golpe; 1956 – Leonora dos Sete Mares; 1959 – Aí Vem os Cadetes; 1962 – Os Apavorados; As Sete Evas; 1965 – No Tempo dos Bravos; 1966 – Operação Paraíso (Se Tuttle Le Donne Del Mondo) (Itália/EUA); 1967 – Garota de Ipanema; 1971 – Paixão na Praia; 1972 – Uma Abelha na Chuva (Portugal); 1974 – Gente que Transa (Os Imorais); 1977 – O Mártir da Independência; 1980 – As Intimidades de Analu e Fernanda; 1981 – O Sequestro; 1982 – Menino do Rio; 1987 – A Menina do Lado. REZENDE, RUI Nasceu em Belo Horizonte, MG, em 18 de novembro de 1938. Inicia sua carreira no teatro. Em 1966 faz sua primeira novela, Somos Todos Irmãos, pela TV Tupi, onde ainda faria outras como Beto Rockfeller (1968) e Simplesmente Maria (1970). Estreia no cinema em 1972 no filme Jogo da Vida e da Morte. Em 1974 vai para a TV Globo fazer O Espigão, no papel de Dico, deslanchando sua carreira ininterruptamente como em Espelho Mágico (1977), Paraíso (1982), Roque Santeiro (1985), em seu melhor momento na televisão, como o sinistro professor Astromar Junqueira, que todos suspeitavam ser lobisomem, etc. Na TV Manchete, parti cipa de Kananga do Japão (1989), Escrava Anastácia (1990), O Canto das Sereias (1990) e A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990), no único período que deixou a TV Globo. De volta, atua principalmente em minisséries como As Noivas de Copacabana (1992), Memorial de Maria Moura (1994), Aquarela do Brasil (2000), Um só Coração (2004), etc. Além das novelas Bang-Bang (2006), como Jack Label, e A Favorita (2008), como Pereira. No cinema, ativo sempre, parti cipa de filmes importantes como Dona Flor e seus dois Maridos (1976), Kuarup (1989), Narradores de Javé (2003), Encarnação do Demônio (2008), como Bruno, fiel escudeiro de Zé do Caixão, em memorável atuação. No teatro, participa de muitas peças como A Cozinha (1968), Réveillon (2002), etc. Em 2009 escreve o livro de contos Um Lobisomem Passado a Limpo & Outras Histórias, que descreve o mundo sob o olhar do lobisomem. É um ator de muitas qualidades, seu tipo soturno e sinistro sempre facilitou personagens marginais, mas com grande conteúdo dramático e importância nas tramas. Filmografia: 1972 – Jogo da Vida e da Morte; 1974 – Motel; 1975 – O Casal; 1976 – O Pistoleiro; Dona Flor e seus dois Maridos; 1977 – O Desconhecido; Barra Pesada; 1978 – O Escolhido de Iemanjá; Sombras de um Verão; 1980 – Insônia (episódio: A Prisão de J.Carmo Gomes); 1981 – A Gostosa da Gafieira; 1983 A Difí cil Viagem; 1987 – No Rio Vale Tudo (Si Tu Vas Á Rio... Tu meurs) (Brasil/ França/Itália); 1988 – Fogo e Paixão; Luar sobre Parador (Moon Over Parador) (EUA); A Fábula da Bela Palomera (La Fabula de la Bella Palomera) (Brasil/Espanha); 1989 – Kuarup; 1998 – Menino Maluquinho 2: A Aventura; Amor & Cia.; 1999 – Tiradentes; 2003 – Narradores de Javé; 2004 – O Veneno da Madrugada; 2005 – O Amigo Dunor (Brasil/Paraguai); Hoje Tem Felicidade (CM); 2006 – Noel Poeta da Vila; 2007 – A Grande Família – O Filme; O Homem que Desafi ou o Diabo; 2008 – Encarnação do Demônio; 2009 – Garcia (Colômbia). RIBAS, CARLA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1958. Inicia sua carreira artística aos 35 anos de idade, em 1993, nos palcos do Rio de Janeiro. Em 1995 recebe indicação para o prêmio Mambembe por sua performance na peça A Ver Estrelas, de João Falcão. Passa a frequentar oficinas de nomes consagrados como Yoshi Oida, Gerald Thomas, Eduardo Wotzik, Antunes Filho, etc. Em 2007 recebe o convite para ser a protagonista de A Casa de Alice e fica um ano em São Paulo sendo treinada pela craque Fáti ma Toledo. O trabalho foi árduo, cansativo, mas o resultado excepcional, com Carla sendo premiada até internacionalmente por sua atuação. Na televisão, estreia em 2007 em um episódio da série Antonia, pela TV Globo, e depois Alice, em 2008, pelo canal pago HBO. Em 2009 viaja o Brasil com a peça Madame. Filmografia: 2003 – O Outro Lado da Rua; 2005 – No Meio da Rua; 2007 – A Casa de Alice; 2008 – Cotidiano (CM); 2010 – Quincas Berro d’Água. RIBAS, DALMA Nasceu em Belo Horizonte, MG, em 1943. Muito jovem vai para o Rio de Janeiro, onde começa sua carreira no teatro, com a peça Madureira de Pernas Pro Ar. Na TV Excelsior e depois Tupi, parti cipando de todos os programas importantes ali produzidos. Estreia no cinema em 1974 no filme O Mau Caráter. Com carreira essencialmente cinematográfi ca em fi lmes eróticos da Boca do Lixo, entre outros, atua também em Fuga para o Sexo (1977) e Ivone, a Rainha do Pecado (1986). A partir de 1988 abandona a carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1974 – O Mau Caráter; Sadismo de um Matador; 1975 – As Desquitadas; Onanias, o Poderoso Machão; 1977 – A Noiva da Cidade; Pra Ficar Nua, Cachê Dobrado; 1978 – Fuga para o Sexo; Empregada para todo o Serviço; 1979 – Severina Xique-Xique; 1981 – Caçadoras do Sexo; A Pistola que elas Gostam; O Filho da Prosti tuta; 1982/1985 – Tem Piranha no Aquário; Neurose Sexual; O Cafetão; Depravação 2; O Motorista do Fuscão Preto; 1983 – Pic-Nic do Sexo; As Taras das sete Aventureiras; Os Violentadores de Meninas Virgens; 1984 – Ivone, a Rainha do Pecado (Uma Mulher Provocante); Os Animais do Sexo Explícito; Sexo de Qualquer Maneira; Sexo em Fúria; O Vale das Taradas; 1985 – Nuas no Asfalto; 1986 – A Vingança do Réu (Que Delícia de Buraco); 1988 – O Instrumento da Máfia. RIBAS, MARKU Nasceu em Belo Horizonte, MG, em 19 de maio de 1947. Cantor, compositor, violonista, percussionista e ator.Vive sete anos na Martinica e Jamaica, encontrando-se muitas vezes com Bob Marley. Como cantor, lança os discos Flamingo (1965), Déo e Marco (1967), Batuki (1970), Underground (1973), Marku (1976), Barrankeiro (1978), Cavalo das Alegrias (1979), Mente e Coração (1980), Autóctone (1991) e Cor da Pele (1997). Seu estilo é o afrobeat. Estreia no cinema em 1984 como autor da trilha sonora e fazendo uma ponta em Exu-Piá, Cabeça de Macunaíma, de Paulo Veríssimo. Em 2007, é o crooner da banda no filme Chega de Saudade, de Laís Bodansky. Marku Ribas é um expoente da mistura de ritmos brasileiros, jamaicanos e caribenhos, trazendo no sangue a ginga malandra do samba-rock, do balanço black e do jazz. Filmografia: 1984 – Exu-Piá, Coração de Macunaíma; 2002 – Uma Onda no Ar; 2006 – Batismo de Sangue; 2007 – Chega de Saudade. RIBAS, PERY Pery Rodrigues Ribas nasceu em Pelotas, RS, a 26 de junho de 1904. Jovem ainda, já preocupa-se em documentar tudo que se relacione com cinema, inclusive o brasileiro, tendo reunido um apreciável acervo de documentos. Começa a carreira jornalística colaborando com os jornais O Libertador, O Estado do Rio Grande do Sul, de Porto Alegre. Em 1932, vai para o Rio de Janeiro, convidado por Adhemar Gonzaga, onde passa a escrever para a revista Cinearte, seguindo-se depois O Cruzeiro, A Cena Muda e para os jornais O Globo, Diário da Noite, Gazeta de Notícias, etc. Participa de alguns fi lmes, destacando-se Ganga Bruta (1933) e Alô, Alô, Carnaval (1936). De volta à sua terra natal, escreve para O Correio do Povo. Em 1975 é homenageado no Festi val de Gramado, em reconhecimento aos seus trabalhos de pesquisas, durante 50 anos. Morre em 22 de fevereiro de 1979, aos 74 anos de idade. Filmografia: 1927 – Homem do Sul; 1933 – Ganga Bruta; Como se Faz um Jornal Moderno; 1934 – Honra e Ciúmes; 1935 – Noites Cariocas; 1936 – Alô, Alô, Carnaval. RIBEIRO, AGILDO Agildo Barata Ribeiro nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 24 de abril de 1932. Aos seis meses de idade sua família muda-se para Portugal, onde permanece até os três anos. Descende de família tradicional brasileira, os Barata Ribeiro. Estuda no Colégio Militar durante cinco anos e conclui o curso de Filosofia antes de ingressar na vida artística, o que acontece em 1953, quando entra para o Teatro do Estudante e é contratado por Zilco Ribeiro para fazer Teatro de Revistas. Ganha seu grande papel em seguida, na peça A Compadecida. É levado ao cinema por Ankito, em 1955, para uma ponta em Angu de Caroço. Inicia então, longa carreira cinematográfica, onde se destaca Fuzileiro do Amor (1956), Tocaia no Asfalto (1962) e Gugu, o Bom de Cama (1980). Comediante de talento nato, faz muito sucesso também na televisão, com Topo Gigio, uma mania nacional em 1970, e em humorísti cos da TV Globo, como Chico City (1973), Sati ricom (1973), Planeta dos Homens (1976), A Festa é Nossa (1983) e Humor Livre (1984). Chegou a ter programas próprios nas TVs Bandeirantes e SBT como Estúdio A.Gildo (1982), Isto é Agildo (1994) e O Cabaré do Barata (1989). Em 1996 faz sucesso no teatro com a peça Roque Santeiro, interpretando Sinhozinho Malta. Participa também das novelas TNT (1965), De Quina Pra Lua (1985), Mandacaru (1997) e A Lua me Disse (2005). Desde 1999 integra o elenco do humorístico Zorra Total, pela TV Globo, imitando Paulo Maluf e Chacrinha. Foi casado com a atriz Consuelo Leandro, com quem teve um filho. Atualmente está casado com Nídia, conhecida como Didi, com quem vive há anos. Em 2007 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia: Agildo Ribeiro – Capitão do Riso, de autoria de Wagner de Assis. Filmografia: 1955 – Angu de Caroço; O Grande Pintor; 1956 – O Feijão é Nosso; Fuzileiro do Amor; 1958 – Meus Amores no Rio (Mis Amores en Río) (Brasil/ Argentina); Esse Milhão é Meu; Matemática Zero, Amor Dez; 1959 – Aí Vem os Cadetes; Amor para Três; Um Homem Fora do seu Meio (inacabado); 1961 – Esse Rio que eu Amo (episódio: Noite de Almirante); Sócio de Alcova (Socia de Alcoba) (Brasil/Argenti na); 1962 – Tocaia no Asfalto; 1963 – Marafa (inacabado); 1964 – O Crime do Sacopã; Esse Mundo é Meu; Pluft , o Fantasminha; 1965 – Agente OSS 117 (Fúria à Bahia Pour OSS 117) (França/Brasil); 1967 – A Espiã que Entrou em Fria; Como Matar um Playboy; Jerry, a Grande Parada; 1968 – Na Mira do Assassino; A Cama ao Alcance de Todos (episódio: A Primeira Cama); 1971 – Tô na Tua, ô Bicho; Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva; 1973 – Café na Cama; 1974 – O Comprador de Fazendas; Divórcio à Brasileira; 1975 – O Sexualista; 1976 – O Pai do Povo; 1980 – Gugu, o Bom de Cama; 2001 – Xangô de Baker Street; 2003 – O Homem do Ano; 2007 – A Casa da Mãe Joana. RIBEIRO, AUGUSTO CÉSAR Nasceu em Pindamonhangaba, SP, em 5 de outubro de 1928. Com o pai fazendeiro, é criado na roça. Forma-se professor, lecionando durante 40 anos em Escolas do Estado e Sesi, chegando a receber o título de Professor do Ano por duas vezes. Paralelamente, tornase exímio intérprete de poesias sertanejas, pelo qual assume o nome artístico de Chico Frô, fazendo muitos shows pela região. Em 1946 conhece Mazzaropi, muito antes da fama e tornam-se amigos ínti mos. Participa, como ator, de 16 dos 24 filmes que o genial humorista faz como produtor, sendo sua estreia em 1959, no filme Jeca Tatu. Torna-se também, bem-sucedido empresário na ramo de frigorífi cos. Talentoso, tinha o poder de emocionar as pessoas, chegando a ganhar dois títulos nacionais como declamador de poesias. Com a morte de Mazza, em 1981, Chico Frô encerra sua carreira no cinema mas faz muitas palestras sobre a obra do grande cineasta e shows como intérprete. Morre em 13 de outubro de 2003, aos 75 anos de vida, vítima de uma complicação coronária. Filmografia: 1959 – Jeca Tatu; 1961 – Tristeza do Jeca; 1963 – O Lamparina; Casinha Pequenina; 1964 – Meu Japão Brasileiro; 1965 – O Puritano da Rua Augusta; 1966 – O Corintiano; 1968 – No Paraíso das Solteironas; 1969 – Uma Pistola para Djeca; 1970 – Betão Ronca Ferro; 1971 – O Grande Xerife; 1973 – Portugal, Minha Saudade; 1974 – Jeca Macumbeiro; 1977 – Jecão, um Fofoqueiro no Céu; 1978 – Jeca e seu Filho Preto; 1980 – Jeca e a Égua Milagrosa. RIBEIRO, CELI Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1947. Muito bela, estreia no cinema em 1966 no filme Rio, Verão e Amor. Tem seu grande momento em 1968 ao protagonizar Maria Bonita, Rainha do Cangaço, de Miguel Borges, sendo muito destacada na mídia da época, mas não dá seguimento em sua carreira e, a parti r dos anos 1970, abandona o cinema. Filmografia: 1966 – Rio, Verão e Amor; Nudista a Força; 1968 – Maria Bonita, Rainha do Cangaço; As três Mulheres de Casanova. RIBEIRO, ISABEL Frederica Isabel Iat Ribeiro nasceu em São Paulo, SP, em 8 de julho de 1941. Tem uma infância dura, perde o pai muito cedo e sua mãe precisa trabalhar de doméstica para que possa estudar até os quinze anos. Ainda menina, começa a trabalhar e conhece o pessoal do Oficina, que a entusiasma. Em 1961, tem seu primeiro papel no palco, na peça infantil A Bruxinha que Era Boa, de Maria Clara Machado. Enquanto isso tem aulas de teatro com Eugênio Kusnet. Em 1962 Augusto Boal lhe dá a oportunidade de interpretar uma jovem italiana na peça A Mandrágora de Maquiavel. Seguem-se inúmeras outras peças de sucesso. Em 1964, muda-se para o Rio de Janeiro e conti nua a trabalhar ativamente no teatro. No cinema desde 1967, acumula espetacular fi lmografi a, em fi lmes como O ABC do Amor (1967), Os Herdeiros (1970) e Cronica à Beira do Rio (MM) (1980). Tem destaque também na televisão, em novelas de sucesso como Toninho On The Rocks (1970), sua estreia, Tempo de Viver (1972), O Rebu (1974), O Grito (1975), Duas Vidas (1976), Sem Lenço, sem Documento (1977), Sinal de Alerta (1978), O Amor é Nosso (1981), Sol de Verão (1982), Champagne (1983), Helena (1987) etc. Tem três filhos, de dois casamentos, sendo o último com o ator Altair Lima. Sabe como ninguém interpretar, dar o tom certo a uma frase, a intensidade certa no olhar. Convence tanto como uma reti rante nordestina, aristocrata, solteirona do subúrbio, prostituta etc. Grande atriz brasileira, morre prematuramente em 13 de fevereiro de 1990, de câncer, aos 48 anos de idade, em Jundiaí, SP, deixando uma lacuna difícil de ser preenchida. Em 2008 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Isabel Ribeiro – Iluminada, de autoria de Luis Sérgio Lima e Silva. Filmografia: 1967 – O ABC do Amor (episódio brasileiro: O Pacto) (Brasil/Argentina/Chile); Cinema Novo (Improvisierst und Zielbewusst) (CM) (depoimento) (Brasil/Alemanha); Todas as Mulheres do Mundo; Garota de Ipanema; 1968 – Lance Maior; Como Vai, Vai Bem? (episódio: O Apartamento); 1969 – Tempo de Violência; 1970 – Os Herdeiros; 1971 – Azyllo Muito Louco; 1972 – Sereno Desespero (CM) (narração); Amor, Carnaval e Sonhos; O Doce Esporte do Sexo (episódio: A Suspeita); 1973 – São Bernardo; Quem é Beta? (Pas de Violence Entre Nous) (Brasil/França); Toda Nudez Será Castigada; 1974 – Os Condenados; 1975 – Deliciosas Traições do Amor (episódio: O Olhar); 1977 – Na Ponta da Faca; 1978 – A Queda; Mulheres de Cinema (CM); 1979 – Parceiros da Aventura; Coronel Delmiro Gouvêia; O Coronel e o Lobisomem; O Menino Arco-Íris (A Infância de Jesus Cristo); 1980 – Crônica à Beira do Rio (MM); 1981 – A Missa do Galo (CM); 1984 – De Grens (Holanda); 1986 – Ondas (CM); 1987 – Feliz Ano Velho; Besame Mucho; 1988 – A Voz da Felicidade (CM). RIBEIRO, ISADORA Isadora Ribeiro de Souza nasceu em Curitiba, PR, em 13 de junho de 1965. De família grande (tem sete irmãos), quer ser psicóloga, mas um concurso de beleza patrocinado pelas Casas Pernambucanas a leva para São Paulo e de lá para as passarelas do mundo. Em 1989 tem sua primeira chance na televisão, na vinheta do Fantástico. A partir daí começa a carreira de atriz, participando de novelas e minisséries como O Dono do Mundo (1991), Pedra sobre Pedra (1992), Madona de Cedro (1995), Pátria Minha (1995), Explode Coração (1996), Decadência (1996), Torre de Babel (1998), Uga-Uga (2000) e Celebridade (2003). Participa também de vários episódios do programa Você Decide, entre 1994 e 1999. Estreia no cinema em 1988 no filme Escorpião Escarlate. De corpo escultural, vem, ao longo do tempo, progredindo na carreira de atriz. Posa duas vezes, em 1988 e 1991, para a revista Playboy. Contratada pela Rede TV, participa, em 2007, da série Donas de Casas Desesperadas. Foi casada com Hans Donner. Do seu segundo casamento, com Walter Sampaio Filho, tem uma filha, Maria Antonia (1997). Está casada com Marcus Aurelius, com quem tem uma fi lha, Valentina, nascida em 2006. Filmografia: 1988 – O Escorpião Escarlate; 1990 – Pure Juice (Itália/Brasil); 1991 Oswaldianas (episódio: A Princesa Radar); 2000 – Um Anjo Trapalhão; 2003 Viva Sapato! RIBEIRO, MARIA Maria Ramos nasceu em Juazeiro, BA. Cursa o primário em Pirapora, MG. Chega ao Rio de Janeiro ainda criança, trazida pela tia. Sua primeira colocação é num laboratório farmacêuti co, depois trabalha como técnica no laboratório Líder no Rio de Janeiro, onde conhecia e tinha amizade com todo mundo do cinema, até ser convidada por Nelson Pereira dos Santos para parti cipar do filme Vidas Secas, em 1963. Inicialmente hesita em aceitar, mas logo vai para Palmeira dos Índios comer o pão que o diabo amassou por quatro meses para compor seu personagem Sinhá Vitória. Depois dessa experiência pensou em abandonar o cinema mas acabou por fazer outros filmes como Os Herdeiros (1970) e O Amuleto de Ogum (1974). Mora muitos anos na Suíça, retornando ao Brasil no início dos anos 1990. Retorna ao cinema em 1993, sempre pelas mãos de Nelson Pereira dos Santos, no filme A Terceira Margem do Rio e, mais recentemente para uma ponta em As Tranças de Maria (2003), de Pedro Carlos Rovai. Na televisão, participa da novela Prova de Amor, em 2005, pela TV Record. Filmografia: 1963 – Vidas Secas; 1966 – A Hora e a Vez de Augusto Matraga; 1970 – Os Herdeiros; 1974 – O Amuleto de Ogum; O Segredo da Rosa; 1975 – Perdida; 1976 – Soledade; 1993 – A Terceira Margem do Rio; 2003 – As Tranças de Maria. RIBEIRO, MARIA Maria do Amaral Ribeiro nasceu no Rio de Janeiro em 9 de novembro de 1975. Na televisão, sua primeira parti cipação se dá na minissérie Memorial de Maria Moura, em 1994. Estreia no cinema no curta Vicente, de 1995 e não para mais, desenvolvendo já sólida carreira em filmes importantes como Orfeu (1999), Tolerância (2001), Separações (2002), Tropa de Elite (2007), etc. e também na televisão, destacando-se na TV Globo em O Rei do Gado (1996), Malhação (1996), Mulher (1999) e A Padroeira (2001). Contratada pela TV Record, tem destacados papeis em Metamorphoses (2004), como Patrícia, A Escrava Isaura (2004), como Malvina, Prova de Amor (2006), como Raquel Miranda, Luz do Sol (2007), como Zoe Bacelar e Poder Paralelo (2009), como Marília de Castro. Em 2003 tem sua primeira experiência por trás das câmeras, ao dirigir o curta Vinte e Cinco. Foi casada com o ator Paulo Betti, com quem tem um filho, João, nascido em 2003. Desde 2007 está casada com o ator Caio Blat. De beleza exóti ca, é uma grande atriz brasileira Filmografia (atriz): 1995 – Vicente (CM); 1999 – Orfeu; 2000 – Os Idiotas Mesmo (voz) (CM); Tolerância; 2001 – Xangô de Baker Street; 2002 – Separações; 2003 – Kilômetro Zero (CM); Vinte e Cinco (CM); 2007 – Tropa de Elite; 2008 – Ouro Negro; 2009 – Histórias de Amor Duram Apenas Noventa Minutos; 2010 – Tropa de Elite 2. Filmografia (diretora): 2003 – Vinte e Cinco (CM). RIBEIRO, MARISOL Marisol Ribeiro Ferreira nasceu em São Paulo, SP, em 19 de julho de 1984. Passa sua infância e adolescência na cidade de Taubaté, interior de São Paulo. Em 1999 retorna a São Paulo com o sonho de se tornar atriz. Participa de comerciais e peças de teatro. Em 2001 entra para o elenco de Disney Cruj, como Maya. Em 2001 transfere-se para o SBT para atuar em Marisol, no papel de Alessandra Figueiredo. Na TV Globo, em 2005, entra para o elenco de América, como Kerry, no SBT faz Cristal (2006) e, de volta à TV Globo, atua em Sete Pecados (2008) e Água na Boca (2008). Marisol também trabalha como dubladora de fi lmes e desenhos em diversos estúdios em São Paulo, após fazer um curso de dublagem no estúdio Álamo em 2000, tendo obti do sucesso com a personagem Meilin em Sakura Card Captors. Ela também dubla Hamburgermon em Digimon Frontier, Shion em Zatch Bell!, e parti cipa de Kirby. Em 2004 muda-se para a Argenti na para estudar cinema, e, por seis meses, para sobreviver, trabalha como bartender. Em 2005 posa nua para a revista Sexy e, em 2009, estreia no cinema no filme Inversão, produção paulista de Edu Felistoque. Filmografia: 2009 – Inversão; 2010 – Família Vende Tudo. RIBEIRO, MILTON Francisco Milton de Souza Ribeiro, nasceu em Passos, MG, em 21 de agosto de 1921. Filho de um carreiro e de uma farinheira, muda-se para São José do Rio Preto e trabalha no comércio, como enfermeiro e até tenta a carreira militar. Já em São Paulo, descoberto por Nilo Nello, trabalha em pavilhões, excursionando pelo País como cantor, já impressionando pela voz de baixo profundo. Faz radionovela pela Rádio Cruzeiro, até ser levado para a Tupi, por Otávio Gabus Mendes, pai de Cassiano Gabus Mendes, onde permanece por toda a vida. Lá faz sua primeira novela, 48 Horas Com Bibinha, em 1953. Mas faz pouca televisão. Em 1967 faria sua segunda e últi ma novela, O Tempo e o Vento. No cinema, atua em O Cangaceiro (1953) e ganha projeção internacional, num gênero que jamais deixaria, interpretando tipos fortes e violentos. Entre outros, faz A Morte Comanda o Cangaço (1960), O Diabo de Vila Velha (1965) e Corisco, o Diabo Loiro (1969), curiosamente, interpretando pela primeira vez Lampião. O seu ar sério e jeito de malvado na verdade escondiam uma pessoa doce, simples, cordial e que, segundo amigos, não soube explorar ou vender seu talento de forma compatí vel. Vivia em uma casa simples na Vila Guilherme em São Paulo e recusava ofertas do exterior para manter contratos menos favoráveis com produtores aos quais havia empenhado sua palavra. Casado, com três filhos, morre em 16 de março de 1972, aos 51 anos de idade. Milton Ribeiro foi a encarnação mais perfeita do gênero cangaço do cinema brasileiro, seu mais legítimo representante. Quem vê sua atuação em O Cangaceiro, jamais poderá esquecer. Ele se foi há mais de 30 anos, sem que jamais houvesse um substi tuto. Filmografia: 1948/1950 – A Vida é Uma Gargalhada; 1949 – Quase no Céu; 1951 – Ângela; 1952 – Sai da Frente; 1953 – O Cangaceiro; 1954 – Os Três Garimpeiros; 1955 – Três Destinos (inacabado); 1957 – Arara Vermelha; A Lei do Sertão; 1958 – Cara de Fogo; Vou Te Contá; 1959 – Caminhos Que se Cruzam (inacabado); 1960 – A Morte Comanda o Cangaço; Na Garganta do Diabo; 1961 – Férias no Arraial (inacabado); 1961/2 – O Fugitivo (episódio da série Vigilante Rodoviário); 1962 – Três Cabras de Lampião; O Cabeleira; 1963 – Lampião, O Rei do Cangaço; 1964 – O Vigilante Contra o Crime (episódio: O Fugitivo); 1965 – O Diabo de Vila Velha; Entre O Amor e o Cangaço; O Homem do Rio (L’homme de Rio) (França/Itália); 1967 – Cangaceiros de Lampião; 1968 – Agnaldo, Perigo à Vista; 1969 – Corisco, o Diabo Loiro; Meu Nome é Lampião; 1970 – Se Meu Dólar Falasse......; 1971 – Pantanal de Sangue; 1972 – O Homem do Corpo Fechado. RIBEIRO, NEIDE Nasceu em São Paulo, SP, em 13 de maio de 1949. Ainda muito jovem vai morar em Taubaté, onde passa toda sua adolescência. De volta a São Paulo, é chamada para ser modelo fotográfico e em seguida vai para o programa Silvio Santos, como uma das famosas Silvetes e depois telemoça. Em 1973 faz sua estreia no cinema no filme A Superfêmea, ao lado de Vera Fischer, numa pequena participação não creditada. Seu primeiro filme já com um papel melhor é As Meninas Querem... Os Coroas Podem. Passa então a ser solicitada para diversas produções da Boca do Lixo paulista, como Reformatório de Depravadas (1978), A Fêmea do Mar (1981), Sacanagem (1983). No teatro, atua em três peças, Tutti Buona Gente, Oh! Calcutá e O Santo e a Porca. Na televisão, além de inúmeras campanhas publicitárias, participa de humorísti cos na TV Bandeirantes, Globo e SBT, ao lado de Jô Soares, Agildo Ribeiro, Carlos Alberto de Nóbrega, etc., além de atuar no seriado Malu Mulher, com Regina Duarte. No seu auge, chega a posar para mais de 80 calendários e pôsteres, aqueles famosos de borracharia. Em 2009, retorna ao cinema, 20 anos depois, para parti cipar do filme Corpo Presente, do diretor Marcelo Toledo. Filmografia: 1973 – A Superfêmea; 1976 – O Quarto da Viúva; As Meninas Que-rem... Os Coroas Podem; 1977 – Nem as Enfermeiras Escapam; 1978 – Reformatório de Depravadas; Terapia do Sexo; 1979 – O Matador Sexual; E Agora José?; A Dama da Zona; A Ilha dos Prazeres Proibidos; 1980 – A Virgem e o Bem-Dotado; A Prisão; Palácio de Vênus; Império das Taras; Corpo Devasso; 1981 – Violência na Carne; As Taras de Todos Nós; O Sexo Nosso de Cada Dia; A Fêmea do Mar; 1983 – Sacanagem; 1990 – A Rota do Brilho; 2009 – Corpo Presente. RIBEIRO, NICE Helenice Ribeiro de Lima nasceu em Campinas, SP. Em 1973 sagra-se Misse Guarani e Misse Americana. Depois faz comerciais de televisão, quando é convidada por Chacrinha para integrar o elenco das chacretes, sob o nome de Índia Bartira. Em 1976 estreia no cinema no filme O Sexualista. Faz apenas três filmes, mas morre prematuramente em 30 de dezembro de 1978, em Macaé, RJ, de acidente automobilísti co. Filmografia: 1976 – O Sexualista; 1977 – O Poder do Desejo; Mulheres Violentadas. RIBEIRO, PERY Pery de Oliveira Martins nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27 de outubro de 1937. É filho de Herivelto Martins e Dalva de Oliveira e tem no sangue a musicalidade e o talento dos pais. Dono de voz privilegiada, muito cedo se lança como cantor, lutando muito para demonstrar seu talento, não fazendo sua carreira à sombra do sucesso dos pais. Seu primeiro disco é um compacto com as músicas Manhã de Carnaval e Samba do Orfeu e já começa despontar como novo talento da MPB. Em 1964 grava Garota de Ipanema e estoura em todo o Brasil, chegando a fazer carreira internacional. Sua estreia no cinema acontece em 1942, com apenas 5 anos de idade, numa pontinha no badalado fi lme que Orson Welles faz no Brasil, Its All True. Embora a prioridade seja a carreira de intérprete, acaba participando de outros filmes. Em 1971 participa da novela americana Vanished. Ao longo dos anos brilha em casas noturnas de São Paulo e Rio de Janeiro. Já gravou 29 álbuns, sendo 12 LPs e 20 CDs. Em 2004 faz turnê pela Europa, apresentando o show Legends of Bossa Nova, incluindo 13 cidades da Alemanha. Há alguns anos reside em Miami, onde se apresenta em casas noturnas locais, sempre com igual sucesso. Filmografia: 1942 – Its All True (inacabado); 1944 – Berlim da Batucada (ainda como Pery Martins); 1948 – Fogo na Canjica (ainda como Pery Martins); 1962 – O Vendedor de Linguiças; 1966 – Essa Gatinha é Minha. RIBEIRO, ROSE Rosângela Ribeiro não pensa em ser atriz, mas seus dotes fí sicos chamam a atenção de um amigo que, em 1975, a apresenta a Sebastião Pereira, que prepara a produção do filme Ladrão de Galinhas. É convidada, e acaba por fazer sua estreia no cinema. Depois disso, vai para a TV Tupi, chegando a parti cipar dos programas Clube dos Arti stas e Os Trapalhões. Atua também como modelo fotográfico, posando comercialmente para publicidade em geral. A partir de 1984 não se tem notícia da conti nuidade de sua carreira. Filmografia: 1975 – Ladrão de Galinhas; 1977 – Operação São Paulo; Terra Quente; 1984 – De Pernas Abertas. RIBEIRO, SUSANA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1970. Forma-se em jornalismo pela Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha). Inicia sua carreira no teatro, ao integrar a Cia. dos Atores desde sua fundação. Atua em várias peças – A Bao A Qu, A Morta, Melodrama, Tristão e Isolda, Cobaias de Satã, Meu Destino é Pecar, Notícias Cariocas, Ensaio, Hamlet, etc. Em 1989 faz seu primeiro filme Faca de Dois Gumes e em 1991 sua primeira novela, O Dono do Mundo, pela TV Globo, depois meu Bem Querer (1998), como Selma. Reside quatro anos em Nova York e participa das peças Dennis Cleveland, sob a direção de Mikel Rouse e Like Blood and Water, de Carsten Spencer. De volta ao Brasil, atua nas novelas Páginas da Vida (2007), como Suzy e Duas Caras (2008), como a evangélica Edilvânia, seu melhor momento. Em 2008, protagoniza o espetáculo Esta Propriedade Está Condenada, de Tennessee Williams e adapta e dirige outras três peças curtas do dramaturgo americano, as quais foram apresentadas pelo Centro Cultural dos Correios. Protagoniza também Ciúme, direção de Marília Pêra e O Submarino, de Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa; depois O Bem-Amado, ao lado de Marco Nanini, e O Estranho Casal de Niel Simon. Filmografia: 1989 – Faca de Dois Gumes; 1994 – Veja Esta Canção (episódio: Pisada de Elefante); 2000 – Estorvo; 2008 – Um Romance de Geração. RICCA, MARCO Marco Antonio Ricca nasceu em São Paulo, SP, em 28 de novembro de 1962. Foi vendedor, office-boy, garçom e professor de história. Inicia sua carreira artística aos 15 anos, em 1978, escrevendo e atuando no teatro. Na televisão, estreia como ator em 1993, como Zé Augusto, em Renascer. Entre outras, participa também de Razão de Viver (1996), pelo SBT e Por Amor (1998), na TV Globo. Estreia no cinema em 1991, no curta-metragem Caminho da Salvação. Depois de participar de outros curtas, estreia seu primeiro longa-metragem, O Guarani, de Norma Bengell. Faz sólida carreira no cinema, em fi lmes importantes: O Invasor (2002), O Casamento de Romeu e Julieta (2005) e O Maior Amor do Mundo (2006). Na televisão, atua também em O Beijo do Vampiro (2002), Kubanacan (2003), Hoje é Dia de Maria (2005), Bang-Bang (2005) e Paraíso Tropical (2007), como o passivo Gustavo. Em 2009 estreia na direção no elogiado filme Cabeça a Prêmio e participa do seriado Tudo Novo de Novo, no papel de Miguel. Foi casado com a atriz Adriana Esteves entre 1993 e 2004, com quem teve um filho, Felipe, nascido em 2000. Filmografia (ator): 1991 – Caminho da Salvação (CM); Isabel (CM); O Outro (CM); 1992 – Tango (CM); 1993 – Zuleika (CM); Bati mam e Robin (CM); 1996 – O Guarani; 1997 – Olhos de Vampa; Meninos de Deus; Impala 60 (inacabado); O Que é Isso, Companheiro?; 1998 – Tiradentes; Até Que a Vida Nos Separe; 2001 – Dia de Visita (CM); 2002 – O Invasor; 2003 – Chatô, o Rei do Brasil (inacabado); Rua Seis Sem Número; Cristina Quer Casar; 2005 – O Casamento de Romeu e Julieta; Um Crime Delicado; O Coronel e o Lobisomem; 2006 – Sonhos e Desenhos; O Maior Amor do Mundo; Canta Maria; 2007 – A Via Láctea; 2008 – Verônica. Filmografia (diretor): 2009 – Cabeça a Prêmio. RICCELLI, CARLOS ALBERTO Nasceu em São Paulo, SP, em 3 de julho de 1946. Desde criança quer ser ator, mas fi ca dividido entre a Faculdade de Engenharia do Mackenzie e a de Arte Dramática da USP. Escolhe a arte e, em 1969, estreia no palco na histórica montagem do musical Hair e na televisão em 1971 na novela Hospital, ano em que também estreia no cinema, no filme A Moreninha (1971), com Sônia Braga. Segue carreira regular na televisão nas novelas O Preço de Um Homem (1971), Vitoria Bonelli (1972), Supermanoela (1974), A Viagem (1975), O Espantalho (1977) e Éramos Seis (1977), sempre pela TV Tupi. Em 1978 faz a novela Aritana pela TV Tupi e conhece Bruna Lombardi, com quem se casa e tem um único fi lho, Kim, nascido em 1981. Em 1980 transfere-se para TV Bandeirantes e atua como protagonista na novela Um Homem Muito Especial. Em 1982 é contratado pela TV Globo e estreia na novela Sétimo Sentido, mas dá preferência ao cinema e faz fi lmes importantes como Eles Não Usam Black-Tie (1981) e Jorge, Um Brasileiro (1988). Ainda na televisão, participa das novelas Vale Tudo (1988) e das minisséries A,E,I,O... Urca (1990) e Riacho Doce (1991). Em seguida, muda-se com a família para os Estados Unidos onde tenta carreira internacional, sendo seu primeiro fi lme americano The Best Revenge, dirigido por James Becket. Em 1997 atua na primeira fase da novela A Indomada, pela TV Globo e depois na minissérie Chiquinha Gonzaga, em 1999. Nesse mesmo ano retorna ao cinema brasileiro 11 anos depois para parti cipar do filme Dois Córregos – Verdades Submersas no Tempo, de Carlos Reichenbach. Estreia na direção em 2005 no filme Sex, Orgasms and Salvation, produzido por Riccelli e Bruna, rodado em São Paulo, numa coprodução Brasil/Estados Unidos. Como ator, entre 2006 e 2010 participa de dois fi lmes brasileiros, Brasília 18% e Federal. Filmografia (ator): 1971 – A Moreninha; 1979 – O Princípio do Prazer; 1981 – Eles Não Usam Black-Tie; 1986 – Sonho Sem Fim; 1987 – Ele, O Boto; Leila Diniz; 1988 – Jorge, Um Brasileiro; 1997 – A Melhor Vingança (The Best Revenge) (EUA); 1999 – Dois Córregos – Verdades Submersas No Tempo; 2002 – O Príncipe das Águas (CM); 2006 – Brasília 18%; 2008 – Manual Para se Defender de Alienígenas, Zumbis e Ninjas (CM); 2010 – Federal (Brasil/França/Colômbia). Filmografia (diretor): 2005 – Stress, Orgasms and Salvation (Brasil/EUA); 2007 – O Signo da Cidade. RICHERS, LEILA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1955. Jornalista graduada pela UFRJ em 1986. Inicia sua carreira como repórter e editora de moda das revistas Desfile e Manchete, da Editora Bloch. Na televisão, destaca-se como apresentadora no Jornal da Manchete por vários anos, além de ter feito reportagens especiais e entrevistas para vários programas da emissora. Foi âncora do CNT Jornal, trabalhou na MultiRio, NET, Band Rio e TVE Brasil. No cinema, tem uma participação especial no filme Manobra Radical, em 1991. Filmografia: 1991 – Manobra Radical. RICHERS JR., HERBERT Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 25 de janeiro de 1955. É filho do produtor cinematográfico Herbert Richers e desde criança acompanha os negócios do pai. Estreia como ator em 1975 no filme Maníacos Eróti cos. Em 1976 faz sua primeira peça, Dinheiro, Pra Que Dinheiro?, sob a direção de Domingos de Oliveira, depois Lisístrata (1984), direção de Ana Lúcia Jardim e Amadeus (2010), direção de Naum Alves de Souza. Em 1984 vai para a televisão participar do infantil Pirlimpimpim 2, como o Visconde de Sabugosa, depois atua nas novelas Parti do Alto (1984), Olho no Olho (1993), Malhação (1995), Andando nas Nuvens (1999) e Laços de Família (2000). Paralelamente à carreira de ator, dirige por cinco anos os videoclipes musicais veiculados no programa Fantástico, foi diretor assistente do seriado Plantão de Polícia (1979) e codirige o seriado Amizade Colorida (1981), sempre pela TV Globo. De 1985 a 2001 dirige inúmeros comerciais para TV, ganhando vários prêmios nacionais e internacionais. No cinema, parti cipa dos filmes Alô?! (1998), A Dona da História (2004) e High School Musical: O Desafio (2010). Foi casado com a cineasta Tereza Trautman entre 1977 e 1989, com quem tem uma filha, Bárbara Trautman Richers. Atualmente dedica-se integralmente à carreira de ator. Filmografia: 1975 – Os Maníacos Eróti cos; A Extorsão; 1977 – O Lobo do Homem ou Relações Humanas (CM); 1984 – Memórias do Cárcere; 1987 – Sonhos de Menina Moça; 1998 – Alô?!; 2004 – A Dona da História; 2006 – Brasília 18%; 2010 – High School Musical: O Desafio. RICHTER, ALEXANDRA Atriz, produtora e comediante, desiste de estudar Educação Física para cursar teatro na Casa das Artes de Laranjeiras (CAL). Atua em diversas peças – Uma Loira na Lua, Toalete, Esse Monte de Mulher Palhaça, etc. Em 2000, estreia na televisão, na novela Laços de Família, no papel de Elsa, depois Coração de Estudante (2002), como Rita e Carga Pesada (2007), como Helen. Com muita facilidade para o humor, passa a participar de séries humorísti cas como Brava Gente (2001), A Diarista (2005), Os Normais (2006) e Toma Lá, Dá Cá (2008). Muito amiga da Xuxa, atua em vários filmes seus como Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida (2004), sua estreia, e Xuxa e o Mistério da Feiurinha (2009). Em 2007 produz e atua na peça Salada e em 2009 está no programa Zorra Total e no teatro com a peça A História de Nós 2, indicada ao Prêmio Shell de Teatro 2009. Filmografia: 2004 – Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida; 2007 – Xuxa em Sonho de Menina; 2009 – Divã; Xuxa e o Mistério de Feiurinha. RIEMER, ADRIANA Nasceu em Petrópolis, RJ. Começa fazendo teatro, mora nos EUA e, em 1979, torna-se modelo de publicidade, atriz de shows da TV Globo e redatora publicitária. Em 1983, inicia carreira de radialista, tendo passado pela Antena 1, Transamérica e Rádio Cidade. No cinema estreia no filme Rock Estrela e depois em Johnny Love, onde aparece cantando. Tem uma fi lha, Valentina e é autora de diversos livros infantojuvenis; entre eles, A Porta Mágica e João Ceguinho. Filmografia: 1985 – Rock Estrela; 1987 – Johnny Love. RIGUEIRA, LUCIANA Nasceu em Campo Grande, RJ, em 22 de novembro de 1977. Estreia no cinema em 1996 no filme Quem Matou Pixote?, no comovente papel da mulher de Fernando Ramos da Silva, o Pixote, quando recebe o Kikito de melhor atriz em Gramado. Em 2003 estreia na televisão, na novela Mulheres Apaixonadas, depois Alma Gêmea (2005), América (2005), e, mais recentemente, Casos e Acasos (2008). No cinema, entre outros parti cipa de Brava Gente Brasileira (2000), pelo qual recebe o Candango de melhor atriz em Brasília e Tainá – Uma Aventura na Amazônia. De feições cinematográfi cas, poucos filmes, mas muito premiada, é uma das boas atrizes da nova geração, merecendo ser mais requisitada. Filmografia: 1996 – Quem Matou Pixote?; 1998 – Fica Comigo; 2000 – Brava Gente Brasileira; 2001 – Bem-Te-Vi (CM); Tainá – Uma Aventura na Amazônia. RINALDI, BIANCA Bianca de Carvalho e Silva Rinaldi nasceu em São Paulo, SP, em 15 de outubro de 1974. Inicia sua carreira artística como dançarina do Xou da Xuxa, em 1990. Em 1993 vai para o Programa da Xuxa e em 1994 para o Xuxa Park. Resolve então estudar a arte da interpretação. Em 1997 ganha o papel da professora Úrsula em Malhação. No mesmo ano é contratada pelo SBT e brilha em Chiquiti tas Brasil, depois Pícara Sonhadora (2001) e A Pequena Travessa (2002). Muito atuante também no teatro, estreando em 1999 na peça As Meninas, depois Aluga-se Um Namorado (2001), Tudo de Mim (2003), A Pedra Mágica (2004), Jeiti nho Brasileiro (2005), A Vida Íntima de Laura (2006) e Amor de Comédia (2007). Em 2004 aparece sua grande chance ao ser contratada pelo diretor Herval Rossano para estrelar Escrava Isaura, pela TV Record, grande sucesso de público, tornando Bianca a estrela principal da emissora. Seguem-se Caminhos do Coração (2007) e Os Mutantes (2008). Está casada com o empresário Eduardo Menga. Filmografia: 1990 – Lua de Cristal (como Paquita); Sonho de Verão (como Paquita); 2004 – Didi Quer Ser Criança; 2007 – Turma da Mônica em Uma Aventura no Tempo (voz). RIOS, EVELYN Evelyn Telles nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1938. Começa sua carreira no Teatro de Revista, com Carlos Machado e Zilco Ribeiro. Com preferência pelo cinema, atua em Colégio de Brotos (1956), Minervina Vem Aí (1959), etc., mas não consegue dar sequência à sua carreira. A partir de 1960 abandona a carreira artísti ca. Filmografia: 1956 – Colégio de Brotos; 1957 – Rico Ri à Toa; 1959 – Minervina Vem Aí; Aí Vem a Alegria; Quem Roubou Meu Samba?; 1960 – Entrei de Gaiato; Tudo Legal; Com Minha Sogra em Paquetá. RIOS, MYRIAN Myrian Pinto Rios nasceu em Belo Horizonte, MG, SP, em 10 de novembro de 1958. A vida de estrela começa cedo. Aos 16 anos a menina de classe média vence um concurso de atores no programa Moacyr Franco, na TV Globo, iniciando meteórica carreira. Em 1976 faz sua primeira novela, O Feijão e o Sonho. Depois participa de seguidamente de Escrava Isaura (1976), Duas Vidas (1976), Sem Lenço, Sem Documento (1977), Pecado Rasgado (1978), Memórias de Amor (1979), Coração Alado (1980), e O Amor É Nosso (1981). Estreia no cinema em 1978 no filme O Bem-Dotado Homem de Itu, ao lado de Nuno Leal Maia. Nessa época o destino marca sua vida: numa ponte aérea RJ-SP, Roberto Carlos senta-se ao seu lado e logo a reconhece, mas fica por isso mesmo. Ele ainda era casado com Nice. Ela volta a vê-lo dois anos mais tarde, em 1979, quando este vai cantar no programa Globo de Ouro. Nessa época iniciam um romance que dura dez anos, período em que vira a senhora do Rei e suas atuações se tornam esporádicas, como em Ti-Ti-Ti (1985) e Bambolê (1987). Com a separação, em 1989, muda-se para os Estados Unidos e lá fica por cinco anos. Em 1994, de volta ao Brasil, retoma a carreira, no programa Malhação. Em 1997 participa de um episódio de Você Decide e em 1998 retorna às novelas em Torre de Babel, depois Era Uma Vez (1998), Aquarela do Brasil (2000) e O Clone (2001), quando passa a frequentar uma igreja evangélica e abandona a carreira de atriz, estreando como apresentadora em 2003 no programa Semeando Esperança, em canal pago. A partir de então, passa a ser muito requisitada no meio, tanto como apresentadora, locutora, madrinha de obras sociais, etc. A partir de 2009 apresenta o programa Porta a Porta, pela TV Canção Nova. Tem dois filhos, Edmarzinho (1996), de seu casamento com Edmar de Fontoura e Pedro Arthur (2001), de seu casamento com o ator André Gonçalves. Filmografia: 1978 – O Bem-Dotado Homem de Itu; 1982 – Alguém; 1984 – A Filha dos Trapalhões; 1988 – Banana Split. RITCHIE Richard David Court nasceu em Beckenham, Kent, Inglaterra, em 6 de março de 1952. Foi durante a turnê do guitarrista Mike Klein que Ritchie tem contato com alguns amigos brasileiros do músico: Lucinha Turnbull, Sandra Werneck, Rita Lee e Liminha. Resolve radicar-se no Brasil, participa de muitas bandas, inclusive o Vímana, ao lado de Lulu Santos e Lobão. Depois inicia carreira solo e estoura nos anos 1980 com a música Menina Veneno, sucesso em todo o Brasil, o que o leva a participar (como ele mesmo) do filme Garota Dourada, em 1982, sua estreia no cinema brasileiro. Filmografia: 1982 – Garota Dourada; 1987 – Maré de Azar (Running Out of Luck) (EUA). RIZZO, NORIVAL Forma-se pela Escola de Arte Dramática da USP (EAD), sendo sua peça de estreia O Segredo do Velho Mudo, de Nelson Xavier, direção de Iacov Hillel, em 1978. Depois, destaca-se em Foi Bom Meu Bem? (1980), Besame Mucho (1982/84), pelo qual recebe os prêmios APCA e Mambembe de melhor ator; Muito Barulho por Nada (1986/87), A Megera Domada (1992), O Corte Fatal (1994/95), prêmios APCA e Apetesp de melhor ator; Órfãos de Jânio (2001), Marido Bandeira 2 (2003) e A Cabra ou Quem é Sylvia? (2009), sob a direção de Jô Soares, substituindo o ator Francarlos Reis que havia falecido. Estreia no cinema em 1988 no filme Fogo e Paixão e na televisão começa como apresentador do programa X-Tudo, pela TV Cultura, em 1992, ao lado de Márcio Ribeiro. Sua primeira novela é Dance, Dance, Dance (2007), pela TV Record. Tem se destacado também no cinema, em longas importantes como Linha de Passe (2008), de Walter Salles Jr. Filmografia: 1988 – Fogo e Paixão; 1990 – A Causa Secreta; 1993 – Opressão (CM); 1995 – O Menino, a Favela e as Tampas de Panela (CM); 1996 – Um Céu de Estrelas; 2000 – Tônica Dominante; A Caravela (CM); 2005 – Quanto Vale ou é por Quilo?; 2007 – Nome Próprio; 2008 – Linha de Passe; Carmo (Brasil/ Espanha/Polônia); Fim da Linha; 2009 – Um Homem Qualquer; 2010 – VIPs. ROBERTINHO DO ACORDEON José Carlos Ferrarezi nasceu Guaraçaí, SP, em 9 de janeiro de 1939. Robertinho começa a tocar o instrumento que o torna famoso ainda garoto, apresentando-se em circos por influência de Tião Carreiro, um dos grandes violeiros do País. Para ficar da altura da dupla, Robertinho subia em uma cadeira. Em 1958 estreia no cinema como músico e ator no filme Chofer de Praça, primeira produção independente de Mazzaropi. Em 1959 grava seu primeiro disco em 78 rpm com as músicas Reginella Campanhola e Baião Japonês. Nos anos 1970 passa a acompanhar o cantor Waldick Soriano como acordeonista, organista e secretário. Grava seu primeiro LP como solista de órgão, o disco Roberto e seu Órgão Interpretam Waldick Soriano. Em seguida participa do programas Canta Viola, na TV Record, comandado por Geraldo Meirelles, Festa na Roça, ao lado de Tonico & Tinoco, e, desde, 1980, no Viola, Minha Viola, programa apresentado inicialmente por Moraes Sarmento e depois por Inezita Barroso. Torna-se produtor de discos e grava mais de 20 discos. Além disso, grava com arti stas importantes da música sertaneja raiz como Tonico & Tinoco, Pedro Bento & Zé da Estrada, Tião Carreiro e Pardinho, e a própria Inezita Barroso. Além disso, também acompanha importantes duplas da música sertaneja atual, entre eles Chitãozinho & Xororó e Zezé di Camargo & Luciano. Gravou discos com valsas, baiões, músicas juninas, choros, Roberto Carlos, joias sertanejas, boleros, etc. Canta Brasil é seu último disco datado de 2000. Morre em 3 de janeiro de 2006, em São Paulo, aos 67 anos de idade, víti ma de câncer nos pulmões. Filmografi a: 1958: Chofer de Praça; 1977 – Presídio de Mulheres Violentadas; 1984 – A Volta do Jeca. ROBERTO CARLOS Roberto Carlos Braga nasceu em Cachoeiro do Itapemirim, ES, em 19 de abril de 1941. Em 1950, estreia na rádio local. Ainda menino, já com o apelido de Zunguinha, é matriculado no Conservatório Musical e passa a estudar piano. Chega a cursar o segundo grau, o científi co da época, mas não conclui. Em 1953 muda-se para o Rio de Janeiro. Em 1957 conhece Tim Maia, que o convida para integrar o conjunto Sputiniks. Em 1959 grava seu primeiro disco, um compacto simples com as músicas Fora do Tom e João e Maria, ambas compostas por Carlos Imperial. O sucesso só começa a chegar em 1961, quando grava seu primeiro LP, Louco por Você. No início da década de 1960, cria o movimento Jovem Guarda, junto com outros cantores jovens da época, e passa a ter um programa semanal na TV Record, sucesso absoluto de audiência em todo o Brasil, durante três anos. Com o fim do movimento em 1968, abandona a fase de roqueiro e passa a gravar músicas sentimentais. Estreia no cinema em 1958, numa pequena ponta no filme Aguenta o Rojão. Em 1968 tem um filme só seu, Roberto Carlos em Ritmo de Aventura, com filas que dobram o quarteirão, na esteira dos Beatles, que haviam brilhado em A Hard Days Night (1964) e Help (1965). Foi casado por três vezes: Cleonice Rossi Martinelli, ou Nice, de 1968 a 1979, com quem teve dois filhos, Roberto Carlos Segundo, o Segundinho, nascido em 1968 e Luciana, nascida em 1970, a atriz Myrian Rios, de 1980 a 1989 e Maria Rita Simões, de 1996 a 1999. Em 2009 completa 50 anos de carreira, com shows e programas especiais comemorati vos por todo o Brasil. É o mito mais duradouro de nossa música, sendo respeitado até por quem não gosta do seu estilo. Filmografia: 1958 – Aguenta o Rojão; Minha Sogra é da Polícia; Alegria de Viver; 1961 – Esse Rio Que Eu Amo; 1968 – Roberto Carlos em Ritmo de Aventura; 1970 – Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa; 1971 – Som Alucinante (como ele mesmo); 1972 – Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora; 1974 – Saravá, Brasil dos Mil Espíritos; 2009 – Alô, Alô, Terezinha (depoimento); Rock Brasileiro – História em Imagens (depoimento). ROBERTO GUILHERME Roberto Guilherme da Silva nasceu em Recife, PE, em 25 de maio de 1938. Humorista. No início dos anos 1960 trabalha com Dedé Santana na TV Rio, em seguida junta-se ao grupo Renato Aragão, e, sob a direção de Wilton Franco, brilham na TV Excelsior com o programa Adoráveis Trapalhões, que também contava com Ted Boy Marino e Wanderley Cardoso. Estreia no cinema em 1968 no filme Dois na Lona. Com o personagem Sargento Pincel, acompanha Renato no cinema e principalmente na televisão, por décadas, primeiro no programa Os Trapalhões e, mais recentemente em A Turma do Didi. Guilherme contabiliza quase seis mil shows com o grupo por todo o Brasil, uma média de seis a oito por final de semana. Em 2008 está na peça Advocacia Segundo os Irmãos Marx, ao lado de Heloísa Perissé, Marcelo Adnet e Gustavo Duvivier. Roberto Guilherme também faz shows sozinho em circos, sempre levando alegria ao povo brasileiro. Seu mais famoso personagem Sargento Pincel é o vilão mais querido do Brasil. Filmografia: 1968 – Dois na Lona; 1970 – Salário Mínimo; 1971 – Cômicos e Mais Cômicos; 1977 – Costinha e o King-Mong; 1982 – Três Palhaços e o Menino; 1984 – Os Trapalhões e o Mágico de Oroz; A Filha dos Trapalhões; 1990 – O Mistério de Robin Hood; 1997 – O Noviço Rebelde; 1998 – Simão, o Fantasma Trapalhão; 1999 – O Trapalhão e a Luz Azul. ROCHA, ANECY Anecy Rocha Andrade nasceu em Vitória da Conquista, BA, em 26 de outubro de 1942. É irmã de Glauber Rocha. Inicia sua carreira artística na Escola de Teatro da Universidade da Bahia, sob o comando de Martim Gonçalves. Estreia no cinema em 1965 no filme Menino de Engenho, de Walter Lima Júnior, então seu marido, e desenvolve boa carreira, em filmes como Os Herdeiros (1971) e Tenda dos Milagres (1977). Atriz de muita sensibilidade, cria personagens femininos antológicos como a Luzia, em A Grande Cidade (1965). Com carreira essencialmente cinematográfi ca, participa de uma única novela, Bandeira 2, em 1971, como a Licinha. Morre prematuramente, em 26 de março de 1977, aos 34 anos, ao cair no fosso do elevador do prédio onde mora, em Botafogo, Rio de Janeiro. Em 1998, Fernando Beléns e Umbelino Brasil a homenageiam, juntamente com sua mãe, Lúcia Rocha, no curta-metragem A Mãe. Filmografia: 1959 – O Casamento de Glauber e Helena Ignez (CM); 1965 – O Menino de Engenho; 1966 – Bethânia Bem de Perto – A Propósito de Um Show (CM) (como ela mesma); A Grande Cidade; 1968 – As Amorosas; Brasil Ano 2000; Capitu; 1969 – O Últi mo Homem (CM); 1970 – Paloma, Paloma (CM); Pecado Mortal; 1971 – Em Família; Faustão; Os Herdeiros; 1972 – Na Boca da Noite; 1973/78 – A Lira do Delírio (Bala Certeira); 1974 – O Amuleto de Ogum; 1977 – Tenda dos Milagres. ROCHA, AURIMAR José Aurimar Cunha da Rocha nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1934. Ator, autor, produtor e diretor teatral. Começa sua carreira artística no teatro, veículo que abraça quase com exclusividade, em toda a sua carreira. Participa, como ator, de montagens importantes – A Garçonniere de Meu Marido, O Pati nho Feio, Minha Doce Subversiva Família Pouco Família, Pedro Mico, etc. Dirige as peças Inimigos Íntimos (1958), A Gata Borralheira (1968); Branca de Neve (1968), Coelhinho Pitomba (1968), O Genro Que Era Nora (1973), etc., assim como são de sua autoria as peças Escândalo na Sociedade, Os Elegantes, O Jogo da Verdade, Os Desquitados, General de Pijama, etc. No cinema, estreia em 1973 no filme Café na Cama e, entre outros, parti cipa de Ana, A Libertina (1975) e Esse Rio Muito Louco (1978). Em 1968 funda sua própria casa de espetáculos, o Teatro de Bolso do Leblon. Foi casado com a atriz Vera de Brito, com quem tem três fi lhos. Na televisão, participa das novelas Uma Rosa Com Amor (1972) e O Feijão e o Sonho (1976). Morre de câncer no fígado, em 16 de maio de 1979, aos 45 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1973 – Café na Cama; 1974 – Divórcio À Brasileira; 1975 – Ana, A Libertina; 1978 – Esse Rio Muito Louco. ROCHA, CRISTINA Nasceu no Rio de Janeiro, em 11 de junho de 1959. Aos 17 anos já é modelo profissional e quer estudar pedagogia, mas Renato Aragão muda seus planos. Ao vê-la no catálogo da agência, contrata-a e com ele faz dois filmes, além de trabalhar no seu programa da TV Globo. Transfere-se para a TVS, a convite de Wilton Franco, para fazer o extinto O Povo na TV. Até 1997 apresenta o jornalístico Aqui Agora, quando ganha programa só seu, Alô Christinah, que tem boa receptividade do público. Com beleza e talento, sustenta sua vitoriosa carreira. Foi casada durante dez anos com Rubens Pássaro, irmão de Íris Abravanel, esposa de Sílvio Santos, com quem tem dois filhos, Victor (1988) e Isabella (1989). Filmografia: 1978 – Os Trapalhões na Guerra dos Planetas; 1979 – Cinderelo Trapalhão; 1996 – Flores Ímpares (CM); 2001 – Domésticas, o Filme. ROCHA, FÁBIO Nasceu em Belém, PA. Em 1964 muda-se para o Rio de Janeiro. Em 1968 inicia carreira na televisão, a convite de Sérgio Britto. Transfere-se para a TV Excelsior em São Paulo e parti cipa das novelas O Terceiro Pecado (1968) e Sangue do meu Sangue (1969). Participa de teatro com as peças Comédia Atômica, de Lauro César Muniz; e Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. A convite de Aníbal Massaini Neto, em 1975, estreia no cinema no filme Cada Um Dá o Que Tem, seguindo-se alguns outros, sendo o último com Renato Aragão e sua turma, no filme Os Vagabundos Trapalhões, em 1982, após o qual, não se tem notícia da continuidade de sua carreira. Filmografia: 1975 – Cada Um Dá o Que Tem (episódio: O Despejo); 1976 – Bacalhau (Bacs); Kung Fu Contra as Bonecas; 1979 – Os Amantes da Chuva; 1982 – Os Vagabundos Trapalhões. ROCHA, FAUSTO Fausto Auromir Lopes Rocha nasceu em São Paulo, SP, em 4 de novembro de 1938. Em 1953, aos 15 anos de idade, torna-se presidente da União de Adolescentes da Primeira Igreja Batista de São Paulo. Nessa mesma época, inscreve-se num programa de calouros da Rádio Cultura, fazendo teste para locutores e vence em primeiro lugar. Assim inicia sua carreira artísti ca, coroada com 10 anos diante do Grande Jornal, exibido para 22 Estados pela Rede Tupi de televisão, e mais tarde na Rede Excelsior e no SBT. Em 1962 estreia no cinema no episódio O Recruta, da série Vigilante Rodoviário. Faria depois mais um episódio, O Assalto, sempre como o filho rebelde do comandante. Em seguida, em 1964, é protagonista principal do fi lme evangélico Carta Para Anita (Young Man From Rio), produzido pela Ken Anderson Films de Nova York, ao lado de Marlene França. Estreia como produtor e apresentador da televisão no programa Saber Pela Cultura, pela TV Cultura de São Paulo, tendo recebido todos os prêmios de Melhor do Ano, como Troféu Imprensa e Roquete Pinto. Depois apresenta também o programa Brasil 60, ao lado da atriz/diretora Bibi Ferreira, desenvolvendo sólida carreira na televisão. Sempre ligado à Igreja Bati sta, participa dos programas evangélicos na TV de Rex Humbard e apresenta grandes concentrações realizadas no Pacaembu e Maracanã, quando de sua passagem pelo Brasil em 1978. Durante quatro anos foi proprietário de emissora de TV de Campinas/Limeira, adquirida da família Paulo Machado de Carvalho. Por 16 anos militou na política, como deputado, com destacada atuação, tendo sido, nas quatro candidaturas, o deputado evangélico mais votado do Brasil. Foi secretário de Estado da Desburocratização, com seu gabinete no Palácio do Governo, no Morumbi, e vice-líder do governo na Assembleia Nacional Constituinte. Publicou quatro livros evangélicos de grande sucesso: A Mensagem da Palavra de Deus, em 1995; Comunicação Cristã no Rádio e TV, em 2002 e Como Falar de Jesus, em 2003, com 5 mil exemplares. Seu maior sucesso literário é o livreto de bolso, com 20 páginas, A Voz do Povo não é a Voz de Deus o qual atingiu 1 milhão de exemplares. Formado em Direito, tem mestrado e doutorado em Teologia pela Cohen University & Theological Seminary de Los Angeles, Califórnia, EUA, é professor de Jornalismo na Faculdade de Comunicação do IMS, hoje Universidade Metodista de São Paulo – UMESP e de Comunicação Cristã na Faculdade Nazarena do Brasil, em Campinas, SP. Está casado desde 1951 com a advogada e professora Juliana Telles Rocha, com quem teve três filhos, Eduardo, Ricardo e Fernando. Atualmente mora em Campinas, cidade na qual é proprietário de concessionária de veículos com três lojas. Filmografi a: 1961/62: O Recruta (CM); O Assalto (CM) (episódios da série O Vigilante Rodoviário; 1964: Carta para Anita (Young Man From Rio) (EUA); 1984: O Centenário (CM) (narração). ROCHA JR., FAUSTO Fausto Rocha Júnior nasceu em Barra Velha, SC, em 1943. Começa sua carreira com 12 anos de idade, na Rádio Difusora local. Agnaldo Rayol, seu padrinho artístico, o leva para São Paulo. Sua primeira novela é A Gordinha, de 1970. Em 1971 já desponta em Meu Pé de Laranja Lima (1971) e, já consagrado, parti cipa de Senhora (1976), DancinDays (1978), Te Contei (1978), etc. Estreia no cinema em 1972 no filme Um Caipira em Bariloche, ao lado de Mazzaropi e Edgar Franco. Sua última novela foi Vida Roubada, de 1983, mas ainda participaria, em 1984, do episódio Perdidos Nas Trevas, da série Caso Verdade. Nos últimos tempos foi secretário de Turismo no município de Barra Velha, SC, sua cidade natal, até adoecer, em 1998. Foi casado com Diceia Rocha. Morre em 27 de janeiro de 2001, aos 57 anos, em Joinville, SC, vítima de esclerose lateral amiotrófica, doença degenerativa do sistema muscular. Filmografi a: 1972: Um Caipira em Bariloche; 1973: Portugal... Minha Saudade; 1975: Jeca e o Capeta; O Supermanso; 1976: Quem é o Pai da Criança; E... as Pílulas Falharam; 1978: Batalha de Guararapes; 1980: Boneca Cobiçada. ROCHA, GLAUCE Glauce Eldé Ilgenfritz Corrêa de Araújo Rocha nasceu em Campo Grande, MS, em 16 de agosto de 1930. Começa cedo carreira no Teatro Duse, fazendo peças infanti s. Profi ssionalmente pisa no palco pela primeira vez em 1953, no Teatro Municipal de Niterói, no Rio de Janeiro, na peça Dona Xepa, com Alda Garrido. Estreia no cinema em 1952, no filme Com o Diabo no Corpo. Com sólida carreira cinematográfi ca, participa de clássicos do cinema brasileiro como Rio 40 Graus (1955), Os Cafajestes (1962) e Terra em Transe (1967). Estreia na televisão em 1958 no especial O Jovem Dr. Ricardo. Seguindo-se Adeus às Armas (1961), Passo dos Ventos (1968), A Últi ma Valsa (1969), Rosa Rebelde (1969), Véu de Noiva (1969), Irmãos Coragem (1970) e Hospital (1971), sua última novela. Glauce interpreta com o coração e com a alma, revelando-nos profundos sentimentos. Morre prematuramente, de problemas cardíacos, em 12 de outubro de 1971, aos 41 anos de idade, em São Paulo. Filmografia: 1952 – Com o Diabo no Corpo; 1953 – Uma Aventura no Rio (Aventura en Rio) (México); 1954 – Rua Sem Sol; 1955 – Rio, 40 Graus; 1957 – O Noivo da Girafa; 1958 – Traficantes do Crime; 1959 – É Um Caso de Polícia; Helena (inacabado); 1961 – Mulheres e Milhões; 1962 – Os Cafajestes; Cinco Vezes Favela (episódio: Pedreira de São Diogo); Sol sobre a Lama; Quatro Mulheres para um Herói (Homenage a La Hora de La Siesta) (Argenti na/França/Brasil); 1963 – Marafa (inacabado); 1965 – O Beijo; A Derrota; 1966 – Engraçadinha, Depois dos Trinta; 1967 – Terra em Transe; 1968 – Jardim de Guerra; Na Mira do Assassino; 1969 – Tempo de Violência; Incrível, Fantásti co, Extraordinário; 1970 – Navalha na Carne; O Dia Marcado; Roberto Carlos e o Diamante Corde-Rosa (voz); 1971 – Um Homem Sem Importância; 1971/77 – O Dia Marcado; 1972 – Cassy Jones, o Magnífi co Sedutor. ROCHA, MANOEL Manuel da Silva Júnior nasceu em Lisboa, Portugal, em 1887. Ainda em seu país origem inicia carreira teatral ao lado de Chauby Pinheiro, ator muito popular em Portugal. Viaja ao Brasil várias vezes com companhias de teatro e se encanta com nossa terra. Decide então mudar-se para o Brasil e integra inicialmente o Teatro Trianon, depois São José, Raul Roulién e Teatro Rival. Estreia no cinema em 1936 no filme Bonequinha de Seda, grande sucesso da Cinédia. A partir dos anos 1940 dedica-se quase que exclusivamente ao cinema, principalmente em produções Cinédia de sucesso – Berlim da Batucada (1944), O Ébrio (1946), Pinguinho de Gente (1949), etc., tornando-se um dos mais ati vos coadjuvantes do cinema brasileiro de então, principalmente por seu sotaque português, que caía como uma luva nos enredos cômicos da época. Além de ator, ocupa cargos técnicos também, sendo assistente de direção nos filmes Caminho do Céu (1943), Inconfi dência Mineira (1948), etc. Morre em 1952, aos 65 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografi a: 1936 – Bonequinha de Seda; O Jovem Tataravô; 1937 – Samba da Vida; O Grito da Mocidade; O Descobrimento do Brasil; 1940 – O Culpado (CM); Pureza; 1941 – Entra na Farra; O Dia é Nosso; 1943 – Samba em Berlim; 1944 – Berlim da Batucada; Romance Proibido; 1945 – O Cortiço; 1946 – Jardim do Pecado; O Ébrio; 1948 – Inconfi dência Mineira; Fogo na Canjica; 1949 – Pra Lá de Boa; Eu Quero é Movimento; Dominó Negro; Pinguinho de Gente; O Homem que Passa; 1950 – Um Beijo Roubado; Serra da Aventura; 1951 – Milagre de Amor; Coração Materno; Brumas da Vida; 1953 – Força do Amor; Agulha no Palheiro. ROCHA, SÍLVIO Inicia sua carreira nos teleteatros da TV Tupi. Sua primeira novela é Confl ito, em 1963, pela TV Excelsior. Alterna suas atividades entre TV Tupi, Record, Excelsior, em novelas como O Sheik de Agadir, Meu Pé de Laranja Lima (1970), Ídolo de Pano (1974) e Roda de Fogo (1978). Estreia no cinema em 1962, no episódio Orquídea Glacial, da série Vigilante Rodoviário. Seu primeiro longa é São Paulo S/A. Atua em alguns filmes, sendo o último O Dia das Profissionais, em 1976. Ator de múltiplas qualidades, é sempre requisitado para papéis secundários, o que faz com muito brilho e talento. Morre no início dos 1980. Filmografia: 1961/62 – Orquídea Glacial (episódio da série Vigilante Rodoviário); 1965 – São Paulo S/A; 1966 – Três Histórias de Amor (episódio: A Carreta); 1970 – Cléo e Daniel; Uma Garota em Maus Lençóis; 1972 – Pânico no Império do Crime (episódio: Orquídea Glacial); 1976 – O Dias das Profissionais. RÓCIO, MARIA DO Nasceu em Castro, PR, em 23 de janeiro de 1953. Com a intenção de seguir carreira artística, muda-se para o Rio de Janeiro, iniciando como modelo publicitário e fazendo capas de revistas. Em 1972 estreia no cinema, no filme O Grande Gozador, de Vitor Di Mello. Entre outros, atua em Jeca Macumbeiro (1974) e Ouro Sangrento (1978), sendo inclusive assistente de direção. Na televisão, atua em Senhora (1975), Tchan!, a Grande Sacada (1976), João Brasileiro, o Bom Baiano (1978) e Cara a Cara (1979). A partir dos anos 1980, abandona a carreira artísti ca. Filmografia: 1972 – O Grande Gozador; Os Machões; 1973 – Salve-se Quem Puder (Rally da Juventude); 1974 – Jeca Macumbeiro; Aquelas Mulheres (inacabado); Os Condenados; As Moças Daquela Hora; 1975 – Ainda Agarro Esse Machão; Bonecas Diabólicas; 1976 – O Rei da Noite; 1977 – Nem as Enfermeiras Escapam; 1978 – Ouro Sangrento (Tenda dos Prazeres). RODAS, HUGO Hugo Renato Giusto Rodas nasceu em Juan Lacaze, Colônia, Uruguai, em 27 de maio de 1939. Fez aulas de piano, inglês, francês e italiano. Diretor teatral, ator, figurinista, coreógrafo e professor, vive em Brasília desde 1975. Tem parcerias importantes com Antonio Abujamra e Denise Stoklos, além de realizar coreografias para os primeiros shows de Oswaldo Montenegro. Dirige diversos espetáculos, com destaque para João Sem Nome (1976), Rosanegra (2002), O Inspetor Geral de Gogol (2006), etc. Como ator, estreia no cinema em 1996 no curta Depois do Escuro. Há muitos anos é também professor da UnB. São mais de 70 peças e muitos prêmios. Rodas transpira talento em tudo que toca. Tem prazer em trabalhar atores principiantes, sem texto e consegue criar espetáculos surpreendentes. Por isso e muito mais, é muito respeitado no meio teatral brasileiro. Filmografia: 1996 – Depois do Escuro (CM); 1999 – No Coração dos Deuses; 2001 – O Casamento de Louise; 2005 – Celeste & Estrela; Cidade Baixa; 2008 – Síndrome de Pinocchio – Refl uxo. RODRIGO, CORIOLANO Coriolano Rodrigues Mineiro nasceu em Assis, SP, em 1940. Desde criança morando em São Paulo, inicia sua carreira fazendo fotonovelas, produzindo shows e participando de comerciais de televisão. Estreia como ator, numa pequena ponta no filme O Capanga (1958), de Alberto Severi. Parti cipa de inúmeros filmes como Dgajão Mata Para Vingar (1972) e Os Três Boiadeiros (1979). Em 1982 dirige seu primeiro e único filme, Rodeio de Bravos, nunca lançado comercialmente. Filmografi a (ator): 1958 – O Capanga; 1971 – Sangue em Santa Maria; 1972 – Dgajão Mata Para Vingar; Um Pistoleiro Chamado Caviúna; Quatro Pistoleiros em Fúria; 1973 – Gringo, o Últi mo Matador (O Matador Erótico); 1974 – Caingangue, a Pontaria do Diabo; Trindad... é meu Nome; 1979 – Os Três Boiadeiros; Maníacos por Meninas Virgens; 1982 – Rodeio dos Bravos. Filmografia (diretor): 1982 – Rodeio dos Bravos. RODRIGUES, ALEXANDRE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de maio de 1983. Assim como os irmãos Haagensen, começa sua carreira no curta Palace II, de João Moreira Salles, hoje já um cult do gênero. Em seguida é convidado para ser um dos protagonistas de Cidade de Deus, como o aprendiz de fotógrafo Buscapé e torna-se famoso da noite para o dia. Na televisão, em 2003, estrela a série Cidade dos Homens, como Alex, depois Cabocla (2004), como Zaqueu, Sinhá Moça (2006), como Benti nho e Paraíso (2009), como Tobi. No cinema, destaca-se também em Cafundó (2005) e É Proibido Proibir (2007). Ainda muito jovem, vê sua carreira se consolidar, graças ao seu talento. Filmografia: 2001 – Palace II (CM); 2002 – Cidade de Deus; 2005 – Cafundó; 2006 – Memórias da Chibata (CM); 2007 – Proibido Proibir; 2009 – Garibaldi in América (Itália/Brasil) RODRIGUES, ARNAUD Antonio Arnaud Rodrigues nasceu em Serra Talhada, PE, em 06 de dezembro de 1942. Ator, cantor, compositor, humorista e redator. Sua carreira começa a despontar em 1971, quando parti cipa do filme O Doce Esporte do Sexo, ao lado de Chico Anysio. A partir daí formam a dupla Baiano e os Novos Caetanos, apresentada no programa Chico City. O sucesso é tanto que gravam dois discos. Em 1982, Arnaud faz uma participação especial na minissérie Lampião e Maria Bonita como motorista, depois em Bandidos da Falange como Gaguinho, mas brilha mesmo na novela Pão Pão, Beijo Beijo, quando cria o personagem Soró, um imigrante nordesti no ingênuo e bem-humorado que rouba a novela, tanto que Arnaud é conhecido como tal até hoje. O personagem chega aos cinemas no filme Os Trapalhões e o Mágico de Oroz, de 1984. No mesmo ano participa da novela Parti do Alto, como Mr. Soul e em 1985 de Roque Santeiro, onde interpreta o cego Jeremias. Em seguida, transfere-se para o SBT para integrar o elenco do programa A Praça É Nossa, onde cria os personagens Coronel Totonho, o mulherengo e o cantor sertanejo Chitãoró, que faz dupla com Marcelo de Nóbrega, filho de Carlos Alberto. Nos anos 1990 se afasta para se dedicar à direção e produção artísti ca. Em 2007 retorna à Praça com o quadro O Povo Brasileiro. Desde 2009 contratado pela TV Record, Arnaud é considerado uma das grandes cabeças da televisão, principalmente na criação de tipos e textos de humor. Morre em 16 de fevereiro de 2010, aos 67 anos de idade, vítima do naufrágio de um barco no Lago da Usina de Lajeado, em Tocantins. Filmografia: 1971 – O Doce Esporte do Sexo (episódio: A Boca); 1973 – Uma Nega Chamada Tereza; 1984 – Os Trapalhões e o Mágico de Oroz; A Filha dos Trapalhões. RODRIGUES, CAMILA Camila Minosso Rodrigues de Souza nasceu em Santo André, SP, em 23 de agosto de 1983. Aos 2 anos de idade muda-se para Fortaleza e aos 4 anos já estava no Rio de Janeiro. Começa como modelo. Em seguida resolve estudar teatro, mas logo é convidada para parti cipar da novela América, em 2005, como Mari. Depois fez a minissérie Amazônia: De Galvez a Chico Mendes (2007), como a Ciça e Desejo Proibido (2008), como Guilhermina Mendonça. Estreia no cinema em 2003 no curta Fernando José, dirigido por Felipe Reynaud. Seu primeiro longa é O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili, em 2006, ao lado de Renato Aragão. No teatro, parti cipa de três peças, Aldeia dos Ventos, O Baile e Vida à Beira-Mar. Foi casada por dois anos (2006/2008) com o ator Bruno Gagliasso. Filmografia: 2003 – Fernando José (CM); 2006 – O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili; 2007 – Flashes (CM) RODRIGUES, FERNANDA Fernanda Erlanger Rodrigues nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de outubro de 1979. Começa sua carreira artística aos 3 anos de idade no videoclipe Lindo Lago do Amor, do Gonzaguinha, onde aparecem muitas crianças cantando. Depois parti cipa também dos videoclipes da Turma do Balão Mágico e Trem da Alegria e em campanhas publicitárias. Estreia em novelas em 1991 em Vamp, com apenas 12 anos de idade. Em 1998 estreia no cinema no filme Simão, o Fantasma Trapalhão, ao lado de Renato Aragão, mas firma-se em 2003 em Noites de São João, onde interpreta Júlia, a filha de um fazendeiro que seduz um capataz da fazenda. Na TV Globo, firma-se nas novelas Deus Nos Acuda (1992), A Viagem (1994), Zazá (1997), Vila Madalena (1999), Sabor da Paixão (2002), A Lua Me Disse (2005), Bang-Bang (2005), O Profeta (2006), como Gisele, Casos e Acasos (2008), como Letícia e Negócio da China (2009), como Stelinha. Filmografi a: 1998: Simão, o Fantasma Trapalhão; 2001 – A Partilha; 2003 – De Morango (CM); Noite de São João. RODRIGUES, GLAUCIA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1960. Forma-se em artes cênicas pela UniRio. Estreia no teatro em 1981 na peça de Nelson Rodrigues O Eterno Retorno, sob a direção de Antunes Filho, peça apresentada no exterior, principalmente entre Londres e Berlim. Dedica as duas primeiras décadas de sua carreira quase que exclusivamente ao teatro, ao atuar em Macunaíma (1982), O Boca de Ouro (1988), A Comédia dos Erros (1992), O Mercador de Veneza (1993), A Moratória (2001), O Doente Imaginário (2005), etc. Em 1990 estreia na televisão, num pequeno papel na novela Pantanal, pela extinta TV Manchete, depois Amazônia (1991), História de Amor (1995), Você Decide (1998) e Carga Pesada (2004). Estreia no cinema em 2006 no longa Meteoro. Em 2010 está nas telas na superprodução Chico Xavier, de Daniel Filho. Filmografia: 2006 – Meteoro; Muito Gelo e Dois Dedos d’Água; 2007 – Primo Basílio; Sem Controle; 2010 – Chico Xavier. RODRIGUES, HAMILTA Nasceu em 1923. Inicia sua carreira no teatro, veículo ao qual dedica quase toda sua carreira. Faz apenas dois filmes, sendo sua estreia em 1948 no filme É Com Este Que Eu Vou. Comediante de grande talento, brilhou ao lado de Jardel Filho, Walmor Chagas e Procópio Ferreira, com quem foi casada. Morre em 13 de agosto 2001, aos 78 anos de idade, em Niterói, de falência múltipla dos órgãos. Filmografia: 1948 – É Com Este Que Eu Vou; 1953 – O Homem dos Papagaios. RODRIGUES, IZA Nasceu em São Paulo, SP, em 1927. Inicia sua carreira aos 9 anos de idade, no Teatro Recreio, ao lado de Oscarito. Fica conhecida como a Shirley Temple brasileira, pois canta, dança e sapateia. Atua muito também em Teatro de Revista, ao lado de Dercy Gonçalves, Costinha, Colé, etc. Na TV Rio faz Noites Cariocas e na TV Excelsior Times Square. Estreia no cinema em 1956 no filme Eva do Brasil. Encerra sua carreira nos anos 1980 após participar do espetáculo Viva a Nova República, no Copacabana Palace, ao lado de Íris Bruzzi e Milton Moraes. Está aposentada desde 2004 e mora no Retiro dos Artistas, em Jacarepaguá, Rio de Janeiro. Filmografia: 1956 – Eva do Brasil; 1960 – Marido de Mulher Boa; E Eles Não Voltaram; 1962 – Três Colegas de Batina; 1976 – O Sexomaníaco. RODRIGUES, JAIR Nasceu em Igarapava, SP, em 6 de janeiro de 1939. Estreia na Rádio Tupi de São Paulo. Em 1964 emplaca seu primeiro sucesso, Deixa Isso Pra Lá. Em 1965 estoura em todo o Brasil com Disparada, no Festival da Record. Sempre com sucessos nas paradas, tem uma carreira sólida até a década de 1970, a partir da qual fi ca um pouco esquecido do grande público. Volta ao sucesso em 1996, ao cantar o tema do Zé do Araguaia, na novela O Rei do Gado. Participa de alguns filmes, entre eles Jovens Pra Frente (1968) e mais recentemente Caminho dos Sonhos (1998). Seus dois filhos, Jair Oliveira e Luciana Mello, também são cantores. Filmografia: 1968 – Jovens Pra Frente; Na Mira do Assassino; 1998 – Caminho dos Sonhos (Um Sonho no Caroço do Abacate). RODRIGUES, JOFFRE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1941. Trabalha como correspondente na Itália, para o jornal O Globo e na agência de produção para a TV Esquire. A partir dos anos 1960 passa a produzir filmes, quase sempre ligados à obra de seu pai, o dramaturgo Nelson Rodrigues, como em Bonitinha, Mas Ordinária (1963), A Falecida (1965), Tanga (Deu no New York Times?) (1987), Boca de Ouro (1990), etc. Como ator, estreia, ainda menino, aos 9 anos de idade, no filme Somos Dois. Em 2006 dirige seu primeiro filme, Vestido de Noiva, adaptação daquela que é considerada a peça mais importante do teatro brasileiro. Filmografia (ator): 1950 – Somos Dois; 1965 – A Falecida; 1987 – Tanga (Deu no New York Times?). Filmografia (diretor): 2006 – Vestido de Noiva. RODRIGUES, KARIN Karin Fehrmann nasceu em São Paulo, SP, em 3 de fevereiro de 1936. Começa sua carreira fazendo teatro, sendo uma das intérpretes de A Grande Chantagem, no Teatro Ofi cina, vindo outras importantes como Um Edifício Chamado 200. Na televisão, estreia em 1965 na novela A Deusa Vencida. Participa também de A Rainha Louca (1967), Os Inocentes (1974) e Sabor de Mel (1983), sua última novela. No início dos anos 1970 apresenta o programa Em Cartaz, informativo de artes veiculado pela TV Cultura. Atua nos filmes O Cabeleira (1963), Copacabana Palace (1964), A Arte de Amar Bem (1968), etc. Em 2005 retorna ao cinema depois de dez anos para parti cipar do filme O Segredo dos Golfinhos. Ao longo de sua carreira, sempre priorizou o teatro. Foi casada com o ator Paulo Autran, de 1999 a 2007, até a morte deste. Filmografia: 1963 – O Cabeleira; 1964 – Copacabana Palace (The Girl Name) (Itália/França/Brasil); 1968 – Viagem ao Fim Do Mundo; Os Carrascos Estão Entre Nós; 1970 – A Arte de Amar Bem (episódio: A Garçonnière de meu Marido); 1973 – Compasso de Espera; 1979 – As Filhas do Fogo; 1981 – Mulher Objeto; 1995 – Felicidade é ... (episódio: Cruz); 2005 – O Segredo dos Golfinhos; 2007 – O Passado (El Pasado) (Brasil/Argentina). RODRIGUES, LOLITA Sylvia Gonçalves nasceu em Santos, SP, em 10 de março de 1929. Descendente de espanhóis, começa sua carreira artística com 10 anos de idade, interpretando canções espanholas no rádio. Em 1947, na Rádio Tupi, conhece Ayrton Rodrigues, com quem se casa. Juntos, apresentam durante 30 anos os programas Almoço Com as Estrelas e Clube dos Arti stas, sucesso absoluto da TV Tupi nos anos 1960/1970. No cinema, faz apenas três filmes, sendo sua estreia em 1948 no curta Chuva de Estrelas, dirigido por Oduvaldo Viana. Como atriz, desenvolve sólida carreira na televisão, nas novelas 2-5499 Ocupado (1963), Em Busca da Felicidade (1965), O Tempo Não Apaga (1972) e O Direito de Nascer (1978), alternando-se entre a TV Tupi e Excelsior. Contratada pela TV Globo, estreia na minissérie Memórias de Um Gigolô, em 1986. Depois atua em Rainha da Sucata (1990), A Viagem (1994), Terra Nostra (1999), Kubanacan (2004) e Pé na Jaca (2007). De sua união com Ayrton, teve uma única filha, Sílvia, formada em medicina. Em 2008, a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Lolita Rodrigues – De Carne e Osso, de autoria de Eliana Castro. Filmografia: 1948 – Chuva de Estrelas (CM); 1949 – Quase no Céu; 1979 – Milagre, o Poder da Fé. RODRIGUES, MAGDALENA Nasceu em Belo Horizonte, MG, em 16 de julho de 1956. Inicia sua carreira como atriz de teatro em 1978 na tragédia grega Édipo Rei, direção de Ítalo Mudado, no papel de Jocasta. Atua em mais de 40 peças, recebendo ao longo de sua carreira inúmeros prêmios de melhor atriz pelas peças A Prosti tuta Respeitosa, de Jean-Paul Sartre, direção de Julio Mackensie, no papel de Lisie e O Tempo e os Conways, direção de Wilson de Oliveira. Na televisão atua nos especiais A Pedra Iluminada e Palmeira Seca (2002), ambos com direção de Breno Milagres e exibidos pela Rede Minas de televisão. Em 2005 faz seu primeiro filme, Confronto Final. Além de atriz e diretora teatral, está na sua sexta gestão como presidente do Sated/MG, também vice-presidente da Federação Internacional de Atores Latino-Americana, presidente do Colégio Nacional dos Sindicatos de Artistas e Técnicos (Conated), presidente do Instituto Nil Lus e diretora da Companhia Chaplin. Em 05 de junho de 2010, merecidamente, é laureada, em Paris, com a Medaille D’Argent, pela Academia Francesa de Artes Ciências e Letras de Paris, pelo seu conjunto de trabalhos como atriz. Filmografia: 2005 – Confronto Final; O Elevador (CM); 2007 – Do Lado de Dentro (CM); Bem Próximo do Mal. RODRIGUES, MÁRCIA Márcia Lessin Rodrigues nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de maio de 1949. Cresce ouvindo óperas, assistindo aos concertos no Teatro Municipal e lendo obras de escritores brasileiros. Na adolescência é presença constante nas casas de Vinícius de Moraes e Tom Jobim. Estreia no cinema em 1966 no curta O Quarto Movimento, de Joel Macedo; mas seu maior momento acontece em Garota de Ipanema (1967), sucesso nacional. Faz muitos filmes, destacando-se ainda Matou a Família e Foi ao Cinema (1969) e Amor Voraz (1984). No teatro, sob a batuta de Afonso Grisoli faz Du Vent Dans Les Blanches Du Sassafras, do francês René Obaldia. Estreia na televisão em 1971 na novela Bandeira 2. Depois faz O Bofe (1972), O Pulo do Gato (1978), Brilhante (1981), Sol de Verão (1982), Viver a Vida (1984), Selva de Pedra (1986) e Corpo Santo (1987). É irmã de Cláudia Lessin Rodrigues, assassinada em 1977, em rumoroso caso policial que deu origem ao filme O Caso Cláudia (1979), direção de Miguel Borges. Afastada do cinema desde os anos 1980, no início da década de 1990 coordena o Instituto Banerj de Ação Cultural. Filmografia: 1966 – Quarto Movimento (CM); 1967 – Todas as Mulheres do Mundo; Garota de Ipanema; El Justi cero; 1968 – Vida Provisória; O Homem Que Comprou o Mundo; 1969 – Matou a Família e Foi ao Cinema; 1971 – Lúcia Mc-Cartney, Uma Garota de Programa; O Donzelo; 1972 – Vida de Artista; 1976 – Ovelha Negra, Uma Despedida de Solteiro; 1978 – Gente Fina é Outra Coisa (episódio: O Prêmio); A Dama do Lotação; 1979 – Paulo Emílio Salles Gomes (CM) (depoimento); 1982 – Menino do Rio; 1984 – Amor Voraz; 1985 – Brás Cubas; 2005 – Vinícius (depoimento). RODRIGUES, MILTON Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de outubro de 1936. Com talento nato, começa a representar ainda no colégio. Como amador tem pequena parti cipação na peça Boca de Ouro, encenada no TBC. Sua estreia profissional acontece na peça Lua Cheia, de Sérgio Viotti e Roberto de Cleto. Apresenta-se também em Chapéu de Sebo, de Francisco Pereira da Silva, ficando entre os dez melhores atores do ano de 1962. Estreia no cinema em 1961, numa pequena ponta no filme Quero Morrer no Carnaval. Entre outros, atua em Copacabana Palace (1964) e Na Mira do Assassino (1968). Suas excelentes interpretações chamam a atenção de produtores mexicanos, que o levam para lá em 1972, onde realiza cerca de 35 filmes de ação de muito sucesso, mas pouco exibidos no Brasil, numa das maiores carreiras internacionais de um ator brasileiro. No México, participa também de algumas novelas pela Televisa, como La Hiena (1973), Vamos Juntos (1979) e Chispita (1983). Na TV Brasileira, faz O Outro (1987) e Pacto de Sangue (1989), ambas pela TV Globo. Na década de 1980, de volta ao Brasil, retoma sua carreira e passa a atuar entre os dois países até 1997, quando encerra suas ati vidades artísti cas. Filmografia: 1961 – Quero Morrer no Carnaval (Quiero Morir en Carnaval) (México/Brasil); Morte em Três Tempos; 1965 – Choque de Senti mentos (Brasil/ EUA); História de Um Crápula; 1966 – Rio, Verão & Amor; 1967 – Cangaceiros de Lampião; Jogo Perigoso (Juego Peligroso) (episódio: Diverti mento) (Brasil/ México); 1968 – Na Mira do Assassino; Uma Rosa Para Todos (Una Rosa Per Tutti) (Itália); Meu Nome é Lampião; Peligro...! Mujeres em Acción (Mexico); 1970 – O Vale do Canaã; Vida e Glória de um Canalha; Sangue Quente em Tarde Fria; 1971 – La Primavera de Los Escorpiones (México); Las Puertas Del Paraíso (México); Ya Somos Hombres (México); 1972 – Fin de Fiesta (México); El Festin de La Loba (México); El Muro Del Silencio (México); Los Cacos Once Al Assalto (México); 1973 – El Juez de La Soga (México); El Juego de La Guitarra (México); 1974 – Uno Para La Horca (México); El Muro Del Silencio (México); Fe, Esperanza y Caridad (México); 1975 – Cristo te Ama (México); 1976 – Kalimán en el Siniestro Mundo de Humanón (México); 1977 – El Niño y el Tiburón (México); El Diabólico (México); 1978 – Manaos (Espanha/Itália/México); Tempestad (México); Cananea (México); Ciclón (Cyclone) (México/EUA/Itália); 1980 – Pesadilla Mortal (México/Guatemala); 1981 – El Color de Nuestra Piel (México); Como México no Hay dos (México); Fuego en el Mar (México); Rastro de Muerte (México); La Chèvre (França/México); Mas Locos Que Uma Cabra (México); 1982 – La Isla de Rarotonga (México); De Pulguero a Millonario (México); 1983 – Fuga de Carrasco (México); Lola La Trailera (México); Me Lleva La Tristeza (México); 1984 – Braceras y Mojados (México); Euer Weg Fuhrt Durch Die Hölle (México/ Alemanha); Pedro Navaja (México); 1985 – Avaeté, Semente da Violência; La Buena Vida – Paraíso Erótico (México/Brasil); Perdidos no Vale dos Dinossauros (Nudo e Selvaggio) (Itália/Brasil); 1987 – Casa de Muñecas Para Adultos (México); El Gran Relajo Mexicano (México); 1997 – Ambición Mortal (México). RODRIGUES, MIRIAM Começa sua carreira em 1964, candidatando-se ao tí tulo de Misse Palmeiras. Vai para a TV Tupi e lá trabalha como atriz nas novelas Ídolo de Pano (1974), Sheik de Ipanema (1975) e Um Dia, o Amor (1976). Participa também da linha de shows da emissora nos programas Os Trapalhões e Senhoras e Senhores. No cinema, atua em Regina e o Dragão de Ouro (1974), Eu Faço... Elas Sentem (1976), Curral de Mulheres (1982), etc. A partir dos anos 1980, abandona a carreira artísti ca. Filmografia: 1974 – Regina e o Dragão de Ouro; 1976 – Guerra é Guerra (episódio: O Poderoso Cifrão); Eu Faço... Elas Sentem; Já Não Se Faz Amor Como Anti gamente (episódio: O Noivo); Quando Elas Querem... e Eles Não; Traídas Pelo Desejo; Quem é o Pai da Criança?; 1977 – Pensionato das Vigaristas; 1978 – As Trapalhadas de Dom Quixote & Sancho Pança; Damas do Prazer; A Noite dos Duros; 1981 – A Fábrica de Camisinhas; 1982 – Curral de Mulheres. RODRIGUES, NELSON Nelson Falcão Rodrigues nasceu em Recife, PE, em 23 de agosto de 1912. Ainda criança muda-se para o Rio de Janeiro. Aos 13 anos de idade começa carreira como repórter. Em 1941 estreia no teatro e torna-se um dos autores mais polêmicos do Brasil. Suas peças causam escândalo até hoje, por mostrarem o lado oculto das relações entre as pessoas. É autor, entre muitas outras obras teatrais, de Vestido de Noiva, Álbum de Família, Toda Nudez Será Castigada, etc. Faz participação em alguns fi lmes, mais especifi camente em A Máscara da Traição, de 1969. Foi casado por muitos anos com Elza Bretanha, com quem teve dois filhos, Joffre e Nelson. Do seu segundo casamento com Lúcia Cruz Lima, teve uma filha, Daniela. Morre em 21 de dezembro de 1980, aos 68 anos de idade, no Rio de Janeiro. É considerado um de nossos melhores autores, e seus textos, cinematografi camente perfeitos, estão em evidência até hoje. Filmografia: 1964 – Rei Pelé; 1969 – A Máscara da Traição; 1972 – 24 Horas no Rio. RODRIGUES, ODELAIR Nasceu em Curitiba, PR, em 14 de julho de 1935. Com talento nato pelas artes, já na escola, ainda menina, canta Quem Quiser Vatapá, de Dorival Caymmi, selecionada que foi entre várias candidatas. Em 1952 estreia no teatro, no Corpo Cênico do Colégio Estadual do Paraná, na peça Sinhá Moça Chorou, a convite do também curitibano Ary Fontoura. Nos anos de grande sucesso da rádio paranaense, ela foi um dos nomes em evidência no radioteatro da Rádio Clube, ao lado de Ary Fontoura e com direção de Adherbal Stresser e Ronald Stresser, a TV Paraná a levou, junto com diversos profissionais de primeiro ti me e outros que ali iniciaram carreira. Dedica quase toda sua vida ao teatro, participa de dezenas de peças, tem atuações memoráveis, premiadas, como em O Palácio dos Urubus, O Cerco da Lapa, Oizintocáveis, Frankenstein, Bom-Dia, Dinossaura, Romeu e Julieta, Farsa Surrealista, Um Unicórnio no Jardim, etc. Estreia no cinema em 1968 no filme Lance Maior, de Sylvio Back. Atua em outros filmes, principalmente curtas curiti banos. Em 2005 parti cipa do filme Quanto Vale ou é por Quilo?, de Sérgio Bianchi. Faz pouca televisão, mas chega a participar das novelas Escrava Isaura, Estranha Melodia, Vida Roubada e O Direito de Nascer. Em 2002, quando completa 50 anos de carreira, é homenageada com a fundação do Espaço Cultural Odelair Rodrigues, em Curitiba. Morre em 1º de julho de 2003, aos 67 anos de idade, em Curitiba, PR, de parada cardiorrespiratória. Filmografia: 1968 – Lance Maior; 1988 – Entardecer das Ilusões; 2001 – O Traste (CM); 2003 – A Linha do Trem (CM); O Preço da Paz; 2005 – Quanto Vale ou é por Quilo? RODRIGUES, PEPITA Josefa Suarez Rodriguez nasceu em Málaga, Espanha, em 11 de setembro de 1951. Chega ao Brasil com 6 anos de idade e começa a vender maçãs para ajudar no orçamento da casa. Adolescente, inicia sua carreira artística na televisão, num pequeno papel em Beto Rockfeller, em 1968, ao lado de Luiz Gustavo, grande sucesso da TV Tupi. Inicia-se aí promissora carreira de atriz. No mesmo ano estreia no cinema, no filme As Três Mulheres de Casanova, direção de Victor Lima. Ainda na Tupi faria Editora Mayo, Bom-Dia (1971) e Divinas & Maravilhosas (1973). Em 1976 transferese para a Globo e conhece seu maior sucesso, a personagem Stela, em Anjo Mau. Em 1978, no auge da carreira, quando fazia a Carminha de DancinDays, Pepita virou até boneca, de nome Pepa, sucesso de vendas. Depois de 1981, quando fez O Amor é Nosso, não foi mais chamada, segundo ela, por ter recusado um papel em Final Feliz (1982), por estar grávida. A partir daí dedica-se mais ao teatro, viaja o Brasil com suas peças, dá aulas e lança vídeos de culinária, passeia pelo Brasil e pelo mundo, lança dois livros e apresenta o programa Alô Papa, Alô Dola, pela TV Manchete. Em 2005 manda uma fita com cenas do filme O Dono do Mar para Miguel Falabella e é chamada para a novela A Lua Me Disse, seu retorno, 24 anos depois. Em seguida vai para o SBT atuar ao lado do filho Dado em Cristal. Em 2007 apresenta o espetáculo Pepita – História Com Tortillhas, em que conta passagens de sua vida e cozinha em cena. Foi casada por muitos anos com o ator Carlos Eduardo Dolabella – com quem teve dois filhos, Carlos Eduardo Dolabella Filho (Dado) (1980) e Paulo Fernando Dolabella (1984) – e depois com o jornalista Giba Um, com quem teve uma filha. Filmografia: 1968 – As Três Mulheres de Casanova; Edu, Coração de Ouro; 1969 – Rifa-se Uma Mulher; 1971 – Um Certo Capitão Rodrigo; 1973 – Os Mansos (episódio: O Homem, a Mulher e o Etc. Numa Noite de Loucuras); 1973 – Uma Nega Chamada Tereza; 1974 – Portugal... Minha Saudade; 2005 – O Dono do Mar. RODRIGUES, ROBERTA Roberta Rodrigues Silva nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20 de outubro de 1982. Foi descoberta por Guti Fraga, diretor do grupo Nós no Morro. Participa de três peças, entre elas Noites do Vidigal, em 2001. Em 2002 estreia no cinema no filme Cidade de Deus. Na televisão, atua em Cidade dos Homens (2002), no seriado A Diarista e das novelas Mulheres Apaixonadas (2003), Cabocla (2004), A Lua Me Disse (2005), Páginas da Vida (2006) e Paraíso Tropical (2007). Participa também da minissérie JK, em 2006 e apresenta o programa Tecendo o Saber, pelo Canal Futura, além de atuar pela minissérie Filhos do Carnaval, pela HBO. Pela TV Globo, é a Lurdinha de Dicas de Um Sedutor (2007), a Eleuza de Faça Sua História (2007), a Emília de Casos e Acasos (2008) e a Neidinha em Três Irmãs (2009). Filmografia: 2002 – Cidade de Deus; 2003 – Garrincha, a Estrela Solitária; 2004 – O Diabo a Quatro; 2005 – Desejo; 2006 – Mulheres do Brasil; Noel – Poeta da Vila; 2008 – Se Nada Mais Der Certo; 2010 – 5x Favela, Agora por Nós Mesmos. RODRIGUES, THIAGO Thiago Corrêa Lima de Azevedo Rodrigues nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1º de setembro de 1980. Estreia na televisão em 2004, numa pequena participação na minissérie Um Só Coração. Em seguida (2005) entra para Malhação ao lado de Fernanda Vasconcellos. Seu primeiro papel de destaque acontece em 2006, como o Leo de Páginas da Vida, depois Eterna Magia (2007), como Flávio Falcão e A Favorita (2008), como Cassiano, o ex-operário e depois cantor, neto de Copolla, vivido por Tarcísio Meira. Estreia no cinema em 2009 no filme Flordelis – Basta Uma Palavra Para Mudar. Está casado com a jornalista Christiane Dias, com quem tem um filho, Gabriel, nascido em 2009. Filmografia: 2009 – Flordelis – Basta Uma Palavra Para Mudar; 2010 – O Diário de Tati. RODRIGUES, WILSON Wilson Rodrigues Ferreira nasceu em Belo Horizonte, MG, em 1953. Começa sua carreira como técnico na TV Vila Rica. Depois inicia carreira de ator, primeiro no cinema, onde estreia em 1960 no filme As Aventuras de Pedro Malazartes e depois em teatro de revista. Na década de 1970/1980 funda a Companhia Teatro Universal, a Planeta Filmes e a WR Filmes. Estreia como diretor em 1976 no filme Operação Sequestro. Dirige inúmeros outros – A Dama do Sexo (1979) e O Gato de Botas Extraterrestre (1988). Como ator, parti cipa de Meu Primeiro Amante (1980), Mulher Amante (1982), etc., na maioria filmes em que ele próprio dirige. A partir dos anos 1990 afasta-se do cinema. Filmografia (ator): 1960 – As Aventuras de Pedro Malazartes; 1976 – Operação Sequestro; 1978 – Nós, os Amantes; 1979 – Liberdade Sexual; A Dama do Sexo; 1980 – Meu Primeiro Amante; 1982 – O Amor Uniu Dois Corações; As Taras de uma Mulher Casada; 1983 – Mulher Amante. Filmografia (diretor): 1976 – Operação Sequestro; 1978 – Nós, os Amantes; 1979 – Liberdade Sexual; A Dama do Sexo; 1980 – Meu Primeiro Amante; 1981 – O Amor Uniu Dois Corações; 1983 – Mulher Amante; 1985 – Prevenção Contra Aids; 1986 – No Mundo da Carochinha I e II; 1987 – Masculino... Até Certo Ponto; 1988 – O Gato de Botas Extraterrestre. ROGÉRIA Astolfo Barroso Pinto nasceu em Niterói, RJ, em 25 de maio de 1943. Começa sua carreira como maquiador na TV Rio. Primeiro usa o nome artísti co de Rogério e, depois, por sugestão de Zélia Hoffman, Rogéria. Em 1964, no carnaval, veste-se de mulher pela primeira vez. Atua como dançarina de Carlos Machado, apresentando-se nas maiores casas de espetáculos do Brasil. Sua primeira oportunidade na TV vem com Bibi Ferreira, no programa Bibi ao Vivo, na extinta TV Tupi. Em 1973 vai a Paris e volta como mulher, definitivamente, mesmo sem nunca ter operado. Parti cipa dos filmes O Sexualista (1975) e Gugu, o Bom de Cama (1980). Tem inúmeras participações em novelas – Tieta (1989), Desejos de Mulher (2002), Paraíso Tropical (2007) e Duas Caras (2008). É o travesti mais famoso do Brasil, tendo como grande mérito a defesa de causa tão polêmica nos tempos difí ceis da ditadura militar. Filmografia: 1968 – Enfim, Sós... Com o Outro; O Homem Que Comprou o Mundo; 1975 – O Sexualista; 1980 – O Gigante da América; Gugu, O Bom de Cama; 1986 – A História de Um Olho (CM); 1990 – A Maldição do Sanpaku; 1994 – A Causa Secreta; 2001 – Copacabana; 2009 – Alô, Alô, Terezinha (depoimento). ROHIT, ANTAR Nasceu em Los Angeles, EUA, em 1960. Arti sta plástico. Aos 5 anos de idade muda-se com a família para Belém e aos 19 realiza sua primeira exposição individual na Galeria Ângelus do Teatro da Paz. Rohit especializa-se em pintura sobre seda. Apresenta seu trabalho inovador em várias exposições no Brasil e no exterior, sendo muito premiado. Em 2006 é convidado a parti cipar do filme Corpos Celestes no papel de Richard, misterioso astrônomo americano que se aproxima de um garoto. O filme é lançado em 2009, mas Rohit morre em 8 de novembro de 2007, vítima de câncer, em Porto Alegre, aos 49 anos de idade, sem ver o filme pronto. Filmografia: 2009 – Corpos Celestes. ROLANDO, ANTONIO Archimedes Machado de Labor nasceu em Belém, PA, em 1896. Jovem e aventureiro embrenha-se pela selva amazônica, trabalhando em minas de prata na América Espanhola. Fascinado pela novidade da época, o cinema, já em 1916 começa a trabalhar como ator, no filme Dioguinho. Depois de atuar em vários outros, muda-se para os Estados Unidos no começo dos anos 1920 e consegue participar de algumas produções americanas – Fascinação, Lei Comum, etc. Regressando ao Brasil, dirige seu primeiro e único filme, Filmando Fitas. Retoma a carreira de ator e acompanha o início do cinema sonoro. Participa de vários filmes da Cinédia, no Rio de Janeiro, sendo o último em 1945, Anjo Nu, produção da Argentina. Morre a bordo de um navio de guerra, em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, aos 47 anos de idade. Rolando é, sem dúvida, um pioneiro do nosso cinema. Filmografia: 1916 – Dioguinho; 1919 – Ubirajara; 1923 – Sofrer Para Gozar; Around The World in Eighteen Days (EUA); 1924 – A Carne; 1926 – Corações em Suplício; Filmando Fitas; 1931 – Mocidade Inconsciente; 1933 – Anchieta Entre o Amor e a Religião; 1934 – Rosa de Sangue; 1936 – Caçando Feras; 1938 Alma e Corpo de uma Raça; 1941 – O Dia é Nosso; Sedução do Garimpo; 1945 Anjo Nu (El Angel Desnudo) (Argentina). Filmografia (diretor): 1926 – Filmando Fitas. ROMA, LUCIANO DI Nasceu em Bassano Del Grappa, Itália, em 17 de novembro de 1932. Ainda criança chega ao Brasil com a família. Inicia sua carreira artística no programa Grêmio Juvenil, de Homero Silva. Participa dos movimentos TV de Vanguarda, TV de Comédia e também de humorísti cos como O Pequeno Mundo de Dom Camillo, com Zeloni e Olindo Topa Tudo, ao lado de Walter Stuart. Depois tem uma participação também na série Falcão Negro, com José Parisi. Faz um único filme, Cidade Ameaçada, direção de Roberto Farias, em 1960. No teatro, participa de muitas peças, mas uma em especial, marcou sua carreira, A Mais Bem Despida, no Teatro de Alumínio, interpretando Juscelino Kubitschek. A partir dos anos 1960 dedica-se ao comércio e abandona a carreira artística. Casa-se com dona Nilva, com quem teve dois filhos. Filmografia: 1960 – Cidade Ameaçada. ROMEU EVARISTO Romeu Evaristo Cabral nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 25 de fevereiro de 1956. Estreia como ator na TVE do Rio, na novela educativa João da Silva e depois como operador de telecine ao mesmo tempo em que estuda jornalismo. Em 1977 é convidado para ser o Saci Pererê no seriado Sítio do Pica-Pau Amarelo, pela TV Globo, um grande salto em sua carreira, série que fi caria no ar até 1986. Entre as gravações do Sítio, atua em um episódio da série francesa Salut Champion (1981), como Zezé e estreia no cinema no filme Rio Babilônia (1982). Em 1986, após o fi nal da série, entra para a novela Hipertensão, como Sabiá, depois Sinhá Moça (1986) e Araponga (1986). Sem perspectiva de trabalho na Globo, transfere-se para a TV Manchete para parti cipar das novelas Guerra Sem Fim (1993) e Xica da Silva (1996). No cinema tem atuado com certa frequência em Copacabana (2001), Garrincha – Estrela Solitária (2003) e Elvis & Madona (2008). De volta à Rede Globo, entra para o humorístico Zorra Total, como o Angolano e em 2008 está no musical Eu Sou o Samba. Filmografia: 1982 – Rio Babilônia; 1987 – Jubiabá (Brasil/França); 1990 – O Quinto Macaco; 2000 – O Circo das Qualidades Humanas; 2001 – Copacabana; 2002 – Eclipse (Alemanha/Áustria); 2003 – O Homem do Ano; Garrincha – Estrela Solitária; 2008 – Elvis & Madona. ROMINI, ROY Começa sua carreira como modelo fotográfico. Em 1968 estreia como atriz na TV Tupi, na novela Beto Rockfeller e, em 1971, em A Fábrica. Em 1972 lança-se como cantora, chegando a gravar um disco chamado Amor e Fantasia no Carnaval. Estreia no cinema em 1972, no filme Mulher Pecado (Embrujada) (Brasil/Argentina). No teatro, faz as peças Pena Que Seja a Cores e Muralha. Filmografia: 1972 – Mulher Pecado (Embrujada) (Brasil/Argentina); 1976 – As Audaciosas; 1977 – Pedro Bó, o Caçador de Cangaceiros; 1981 – A Cobiça do Sexo. RONCATTI, WILSON Nasceu em São Paulo, SP, em 1940. Começa sua carreira artística cantando, semiprofissionalmente, músicas sertanejas. Em seguida, trabalha no programa de Zé Bétio como animador e assessorando o arti sta. Em 1974 cria a história, que seria levada às telas no ano seguinte, tendo ele como protagonista, no filme O Ladrão de Galinhas (1975), que faz relativo sucesso na época. Explorando um filão que era plenamente dominado por Mazzaropi, a comédia rural, acaba não emplacando. Faz poucos filmes, sendo o último em 1992, O Vigilante, dirigido por Ozualdo Candeias, nunca lançado comercialmente. Filmografia: 1975 – Ladrão de Galinhas; 1981 – E a Vaca Foi Para o Brejo; 1992 – O Vigilante. RONDELLI, ROSE Rosemyr Rondeli nasceu no Rio de Janeiro, em 1934. Estreia no cinema em 1957 no filme Samba na Vila. Foi eleita várias vezes como uma das Certinhas do Lalau, concurso promovido por Stanislaw Ponte Preta que elegia as mulheres mais bonitas da época. Na televisão, participa da minissérie A Máfia no Brasil, pela TV Globo, provavelmente sua única incursão nessa área. Famosa vedete dos anos 1950/1960, foi casada por duas vezes com Chico Anysio, com quem teve dois filhos, Ricardo e Nizzo Netto, também ator, e depois Carlos Gil. Morre em 1º de janeiro de 2005, aos 70 anos de idade, vítima de insufi ciência hepática decorrente de câncer de pulmão, no Rio de Janeiro. Filmografi a: 1957: Samba na Vila; 1961: Quanto Mais Samba Melhor; 1962: Entre Mulheres e Espiões; 1978: Se Segura Malandro. RONEY, ROBERTO Nasceu em 1939. Inicia sua carreira em 1963 na extinta TV Tupi em programas humorísti cos como São Paulo Afl ito (1963), Não Aperta Senão Eu Grito (1965), Uau, a Companhia (1967), Balança Mas Não Cai (1974), Apertura (1980), etc. Seu personagem mais conhecido foi ao lado de Wilza Carla, em que ele interpretava o marido magro e franzino que tentava ler o jornal, enquanto era assediado pela esposa. Estreia no cinema em 1973 no filme Mais ou Menos Virgem. No teatro, dentre outras peças, Roberto Roney atuou em A Casa do Terror – Parte 1 e Já que Está Deixa Ficar. Participa também da Escolinha do Professor Raimundo, como Simplício Carneiro. Em 2002, depois de alguns anos afastado, retorna para participar do programa Escolinha do Barulho, interpretando o personagem Bragança e em 2005 faz sua única novela, A Lua Me Disse, pela TV Globo, como Everaldo. Logo após retira-se da vida artística. Morre em 3 de janeiro de 2010, aos 70 anos, de câncer no pulmão, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1973 – Mais ou Menos Virgem; As Moças Daquela Hora; 1974 – Onanias, o Poderoso Machão; 1975 – As Loucuras de Um Sedutor; 1977 – Secas e Molhadas; 1984 – Eu, Você, Ele e os Outros (Non Cè Due Senza Quattro) (Itália); Perdidos no Vale dos Dinossauros (Nudo e Selvaggio) (Itália/Brasil). RONY, MIRIAM Nasceu em Sófia, Bulgária, em 6 de março de 1932. Estuda canto desde os 12 anos. Na França começa a desenvolver carreira de cantora e casa-se aos 16 anos, também com um búlgaro, Izzy. Os dois passam a se apresentar juntos, ela cantando e ele acompanhando no violão. No cinema, atua como dublê de Gina Lollobrigida no filme A Mais Bela Mulher do Mundo. Chega ao Brasil em 1957 com o marido e os dois filhos e se apresenta no Night and Day, alternando também apresentações na televisão, em São Paulo e Belo Horizonte. Estreia no cinema brasileiro em 1957 no filme Com Jeito Vai, mas é ao lado de Mazzaropi, no filme Jeca Tatu, interpretando a mulher do italiano, que Miriam fica conhecida. Desenvolve carreira regular até 1965, quando encerra suas ati vidades cinematográficas no Brasil. Filmografia: 1957 – Com Jeito Vai; 1959 – Jeca Tatu; 1960 – Conceição; Estrada do Amor (West Ist Der Weg) (Alemanha); 1961 – Mulheres e Milhões; América de Noite; 1962 – As Sete Evas; 1965 – Obrigado a Matar. ROPPERTO, SÉRGIO Nasceu na Itália. Inicia sua carreira de ator no teatro. Com dom nato para a comédia, começa a se destacar nas peças Missa Leiga, Revista do Henfil e Tudo no Escuro. Como diretor faz sua estreia na peça Viagem a Três, de Jean de Lètraz, em 1959. Em 1961 encena seu primeiro espetáculo como profissional, O Contato, de Jack Gelber. Em 1963 estreia no cinema, no filme Os Vencidos, produção carioca dirigida por Glauro Couto. Logo chega à televisão, em Vila do Arco, no ano de 1975, pela TV Tupi, ao lado de Laerte Morrone e a bela Maria Isabel de Lizandra. A partir daí consegue atuar com razoável frequência, inclusive na TV Globo, como na minissérie Anarquistas, Graças a Deus (1984) e nas novelas Hipertensão (1986), como Roque e no remake de Selva de Pedra, como o árabe Abudhi. Participa também do humorístico Veja o Gordo, ao lado de Jô Soares, como o passageiro que nunca conseguia viajar no táxi de um folgado motorista. Na TV Bandeirantes grava sua últi ma parti cipação na televisão, em Chapadão do Bugre, em 1988. Seu último fi lme foi a pornochanchada A Árvore dos Sexos, de 1977. Morre em São Paulo, em 1990, de complicações decorrentes da Aids. Seu irmão é dono de tradicional restaurante italiano no bairro do Bexiga, em São Paulo, onde às vezes era possível encontrar Sérgio, sempre sorridente, recepcionando os clientes. Filmografia: 1963 – Os Vencidos; 1965 – Os Abas Largas; 1976 – Nem as Enfermeiras Escapam; 1977 – Elas São do Baralho; A Árvore dos Sexos. ROQUETTE-PINTO Edgar Roquette-Pinto nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 25 de setembro de 1884. Em 1906 entra para a Faculdade de Medicina, formando-se nos anos seguintes. Mas sua inclinação é mesmo as artes. Faz de tudo um pouco: médico, escritor, educador, poeta, pesquisador, antropólogo, porém sua área de atuação mais conhecida é na radiodifusão. É um dos responsáveis pela expansão desse importante veículo de comunicação. Na década de 1930 assume o Instituto Nacional de Cinema Educati vo (Ince) e é o responsável de para lá levar Humberto Mauro, que realiza, com a supervisão de Roquette, mais de 300 documentários sobre as várias facetas do Brasil. Participa de um único filme, Argila, de 1940, do próprio Mauro. Inovador, marca época e realiza importante obra. Seu nome é dado a um troféu, insti tuído pela TV Record, premiando os melhores das artes durante anos. Morre em 18 de outubro de 1954, aos 70 anos de idade. Filmografia: 1940 – Argila. ROSA, CINTIA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 17 de março de 1980. Inicia sua carreira no cinema em 1998 no filme Como Ser Solteiro. Na televisão, estreia em 2003 no seriado Cidade dos Homens, depois Alta Estação (2007), Faça Sua História (2008) e Tudo Novo de Novo (2009). No cinema esteve em Tropa de Elite (2007) e Bróder! (2010), primeiro longa do cineasta paulista Jeff erson De. É irmã da atriz Sabrina Rosa. Namora já faz alguns anos o ator Jonathan Haagensen. Filmografia: 1998 – Como Ser Solteiro; 2006 – O Maior Amor do Mundo; 2007 – Tropa de Elite; 2010 – Bróder!; 5x Favela, Agora por Nós Mesmos. ROSA, LELITA Maria Rosa Maccari nasceu em São Paulo, SP, em 19 de julho de 1908. De família humilde, desde criança quer ser atriz. Em 1925, aos 17 anos, ganha sua grande chance, ao parti cipar do filme Flor do Sertão. Torna-se conhecida da noite para o dia, o que lhe vale participar de poucos, mas verdadeiros clássicos do cinema brasileiro, como Barro Humano (1928) e Lábios Sem Beijos. Depois, abandona o cinema, atua no teatro por algum tempo e se afasta definitivamente da vida artísti ca. Filmografia: 1925 – Flor do Sertão; 1926 – Vício e Beleza; 1929 – Barro Humano; 1930 – Lábios Sem Beijos; Saudade; 1936 – Alô, Alô Carnaval. ROSA, MURILO Murilo Araújo Rosa nasceu em Brasília, DF, em 21 de agosto de 1970. O pai é advogado e a mãe professora. Em 1991 faz seu primeiro teste para ator e é aprovado, sendo obrigado a largar o 3o ano da faculdade de Educação Física. Em 1992 muda-se para o Rio de Janeiro. Em 1993 frequenta as oficinas de atores da TV Globo. Em 1994 ganha um pequeno papel na novela 74,5 Uma Onda No Ar, pela extinta TV Manchete. Em 1996, contratado pelo SBT, parti cipa de Antonio Alves, Taxista, uma coprodução com a Argentina, o que faz com que Murilo more alguns meses em Buenos Aires. Ainda no mesmo ano, de volta à TV Manchete, parti cipa de Xica da Silva, dirigida pelo lendário Walter Avancini. Em 1999 vai para a TV Globo para participar da minissérie Chiquinha Gonzaga e não sai mais, atuando nas principais novelas da emissora – A Força de um Desejo (1999), O Cravo e a Rosa (2000), A Padroeira (2000), a minissérie A Casa das Sete Mulheres (2003), Um Só Coração (2004), até chegar em América, em 2005, como o peão Dinho, tornando-o conhecido pelos quatro cantos do Brasil, e depois Bang-Bang (2006), Desejo Proibido (2007), como Miguel, Casos e Acasos (2008), como Cássio, e Caminho das Índias (2009), como Lucas. Estreia no cinema em 2004 no curtametragem Ismael e Adalgisa, mas sua grande estreia acontece no mesmo ano em Olga. Entre 1997 e 2001 foi casado com a atriz Vanessa Lóes; entre 2001e 2002, teve um romance com Vera Fisher; e desde 2007 está casado com a modelo Fernanda Tavares, com quem tem um filho, Lucas, nascido em 2007. Filmografia: 1999 – Promessas – História de Uma Conversão (CM); 2000 – Você Sabe Quem (CM); 2001 – Ismael e Adalgisa (CM); 2004 – Olga; 2005 – O Segredo (CM); 2006 – Xuxa Gêmeas; 2007 – Orquestra de Meninos; 2010 – Área Q. (EUA); Como Esquecer. ROSA, ROSINDA Rosinda Rosa da Cunha nasce em Portugal. Aos 16 anos já é atriz. Em 1958 muda-se para o Brasil já estreando na revista Me Dá Um Cheirinho Só, sob a direção de Luiz Iglesias. Logo é eleita uma da dez Certinhas do Lalau. Na televisão apresenta o programa Ai, Jesus, Que Gostosura e Noites Cariocas, em ambos dirigida por Paulo Gracindo. Casa-se com o diretor de TV Cícero Carvalho. Em 2006 participa do último capítulo na novela Belíssima, em 2006, pela TV Globo, que homenageou as veteranas vedetes. Aposentada, desde 1990 mora no Retiro dos Artistas, em Jacarepaguá, RJ. Filmografia: 1954 – Agora é Que São Elas (Portugal); 1958 – O Homem do Dia (Portugal). ROSA, SABRINA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1979. Nasce e cresce no Morro do Vidigal. Em 1990, aos 10 anos de idade, vê uma peça e resolve ser atriz. Entra então para o grupo Nós do Morro, mas, sem perspectivas de trabalho, arranja emprego como secretária numa loja de consertos de produtos eletrônicos, mas é demitida no primeiro dia. Logo passa de aluna a professora e começa a dar aulas no grupo. Em 1994 participa de quatro episódios da série Confi ssões de Adolescente e em 1997 estreia no cinema no curta Rosa. Sua grande oportunidade acontece em 2002, no filme Cidade de Deus (2002), no papel da namorada de Mané Galinha, interpretado por Seu Jorge. No ano seguinte já consegue o excelente papel de Vera, na novela Chocolate com Pimenta. Pelo grupo Nós no Morro participa de cinco peças. Depois atua em Filhos do Carnaval (2006), Páginas da Vida (2007), Sete Pecados (2007) e Faça Sua História (2008). É irmã da atriz Cintia Rosa. Tem uma fi lha, Letícia, nascida em 2003. Filmografia: 1997 – Rosa (CM); 1999 – O Primeiro Dia; 2000 – Cabeça de Copacabana (CM); Oriundi, o Verdadeiro Amor é Imortal; 2002 – Cidade de Deus; 2003 – Mina de Fé (CM); 2004 – Irmãos de Fé; 2009 – Em Trânsito (CM). ROSALEN, TÂNIA Lucy Rosalen nasceu em Vitória, ES, em 1936. Com 15 anos mudase para o Rio de Janeiro com o firme propósito de seguir carreira artística. Começa a trabalhar como datilógrafa num grande escritório. Sua primeira oportunidade surge como manequim das maiores casas de moda do Rio, depois como garota-propaganda nas TVs Rio e Tupi, seguindo-se de algumas pontinhas em alguns elencos teatrais. Em 1953 candidata-se ao título de Misse Cinelândia e Rainha da TV. Não vence nenhum, mas seu rosto já fica conhecido no meio artístico. Começa a estudar dicção e tem algumas oportunidades no teatro. A grande oportunidade acontece em 1958 no filme Traficantes do Crime, mas não dá sequência à carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1958 – Traficantes do Crime. ROSANOVA, BERTA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 31 de agosto de 1930. Inicia seus estudos de balé na Escola de Dança do Teatro Municipal, onde alcança o posto máximo de primeira bailarina. Em 1959, por sua apresentação completa do Lago dos Cisnes, recebe o tí tulo de prima bailarina do Brasil. Participa no cinema de Os Três Recrutas, em 1953, filme em que também assina a coreografia, mas dá prioridade para a carreira de bailarina. Filmografia: 1953 – Os Três Recrutas; 1954 – Aí Vem o General; O Petróleo é Nosso. ROSÁRIO, MÁRCIO Márcio Roberto Witerman Rosário nasceu em Santos, SP, em 24 de dezembro de 1971. Inicia sua carreira aos 4 anos de idade em comerciais de televisão. Aos 11 estreia no cinema, no filme O Amor Uniu Dois Corações, direção de Wilson Rodrigues. Em 1999 muda-se para os Estados Unidos e estuda no Actor´s Studio; depois conclui produção de cinema na American Film Institute (AFI). Logo começa a parti cipar de filmes e seriados americanos em pequenos papéis. De volta ao Brasil, é contratado pela TV Record para um dos papéis principais na novela Prova de Amor (2005), no papel de Cachorrão. Em 2006 vai para a TV Globo parti cipar de Belíssima, como Paranhos, depois Cobras & Lagartos (2006) e O Profeta (2007), como Julio. De volta à Record, atua em Caminhos do Coração (2007), como motorista de táxi e Poder Paralelo (2009), como Brasiliano. Retoma sua carreira no cinema brasileiro com o filme Segurança Nacional (2007). Filmografia: 1982 – O Amor Uniu Dois Corações; 1997 – Bitterland (EUA); 1998 – El Don de la Vista (EUA); 1999 – The Omega Code (EUA); Fight Club (EUA/ Alemanha); 2000 – The Next Best Thing (EUA); The Perfect Storm (EUA); Hyôryûgai (Japão); 2001 – The Price of the American Dream (EUA); 2002 – Collateral Damage (EUA); The Scorpion King (EUA/Alemanha/Bélgica); Man Made (EUA); 2003 – The Bold and the Beautiful (EUA); SOCOM II: U.S.Navy SEALs (EUA) (voz); 2004 – Just Hustle (EUA); 2007 – Segurança Nacional; 2010 – The Expendables (EUA); 2011 – Copacabana. ROSÁRIO, MARIA DO Maria do Rosário Nascimento e Silva nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1951. Começa sua carreira como modelo fotográfi co, posando para capas de revistas. Na década de 1960 mantém contato com o pessoal do Cinema Novo. Estreia como atriz em 1968 no filme Jardim de Guerra, participando ainda de Juliana do Amor Perdido (1970) e Ninguém Segura Essas Mulheres (1976). Estreia na direção em 1972 no curta Quarta-Feira, em parceria com Bruno Barreto. Em 1976 dirige seu primeiro longa, Marcados Para Viver (1976), mas não dá sequência à carreira cinematográfi ca. Filmografia (atriz): 1968 – Jardim de Guerra; Capitu; Os Marginais (episódio: Guilherme); 1969 – Macunaíma; O Tesouro de Zapata; 1970 – Juliana do Amor Perdido; Piranhas do Asfalto; 1975 – Sufoco (CM); As Aventuras Amorosas de um Padeiro; 1976 – Ninguém Segura Essas Mulheres (episódio: Desencontro). Filmografia (diretora): 1976 – Marcados Para Viver; 1978 – Pequenas Taras. ROSAS, ARACY Nasceu em Santos, SP, em 1931. Começa sua carreira cantando na Rádio Cacique, em 1951, com apenas 10 anos de idade. Em 1955 muda-se para o Rio de Janeiro e estreia no cinema, fazendo uma ponta em Carnaval em Marte. Em 1957, depois de atuar em alguns filmes, abandona temporariamente a carreira e se torna aeromoça, realizando seu sonho de infância. No ano seguinte retorna às telas com Reginaldo Farias no filme No Mundo da Lua e faz sua estreia também na televisão, como locutora da TV-Rio. Na década de 1960, encerra sua carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1955 – Carnaval em Marte; 1956 – Colégio de Brotos; Vamos Com Calma; 1957 – O Negócio Foi Assim; O Samba na Vila; 1958 – Aguenta o Rojão; No Mundo da Lua; 1960 – Entrei de Gaiato. ROSAY, MADELEINE Magdalena Rosenzweig nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de outubro de 1924. Aos 13 anos já é solista do corpo de baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e aos 15 é nomeada primeira bailarina. Vai para Londres estudar no Royal School of Ballet e no American Ballet Theatre, em Nova York. É introdutora, no Brasil e no exterior, de danças e ritmos folclóricos brasileiros – candomblé, frevo, marcha, samba, batuque, nos moldes do balé esti lizado. Participa de alguns filmes, entre eles Bonequinha de Seda (1936), mas prioriza a carreira de bailarina. Filmografia: 1936 – Bonequinha de Seda; 1947 – Querida Suzana; 1956 – Vamos Com Calma. ROSE, DEIVY Deivy Rose Filet nasceu em São Paulo, SP, em 16 de março. Aos 12 anos perde os pais e é criada pelos avós. Estuda teatro na Escola de Arte Dramática Eugênio Kusnet. Foram seu colegas na época Antonio Fagundes, Clarisse Abujamra, Pepita Rodrigues, etc. Em 1969 estreia na televisão, na série As Aventuras de Penélope, pela TV Tupi, mas para poder se manter tem que trabalhar com publicidade. Seu primeiro fi lme é A Superfêmea, em 1973. No teatro profissional estreia com o espetáculo infantil Maroquinhas Fru-Fru, de Maria Clara Machado e não para mais, como em Carla, Gigi e Margô (1976), de Ronaldo Ciambroni; Macunaíma (1977), de Mário de Andrade; O Peru (1983), de G. Feydeau; Delícias de Um Descasado (1986), de Walcyr Carrasco; Um Padre à Italiana (2006), de Pedro Mario Herrero; Um Sonho (2007), de Strindberg, etc. Na televisão tem sua grande oportunidade em 2004 na TV Record, como Teodora Madeira Ferraz em Metamorphoses, o que lhe abre as portas da Globo em Pé na Jaca (2007), como Lucrécia e A Favorita (2008), como Alice Salvatore. No cinema, depois de quase 30 anos retorna para atuar no filme Falsa Loura, direção de Carlos Reichenbach. Faz shows com o grupo Cheiro da Terra, em que tem a oportunidade de mostrar seu talento também como cantora. Filmografia: 1973 – A Superfêmea; Os Garotos Virgens de Ipanema; 1974 – O Supermanso; 1975 – Ainda Agarro Esse Machão; 1975 – O Rei da Noite; 1979 – Sede de Amar; 1980 – Colegiais e Lições de Sexo; 2007 – Falsa Loura. ROSEMARY Rosemary Pereira Gonçalves nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 7 de dezembro de 1945. Aos 8 anos, já canta no Clube do Guri e faz sucesso, mas, somente grava seu primeiro disco em 1962, um compacto simples com a música Eu Sei. Fica conhecida como a Fadinha Loura do Iê-Iê-Iê, pela sua beleza plástica e simpatia. É a rival direta de Wanderléa. Estreia no cinema em 1966 no filme Na Onda do Iê-Iê-Iê. No auge do movimento, por moti vos nunca conhecidos, se afasta. Na década de 1970 canta baladas românticas com relativo sucesso. Atualmente, tem aparições esporádicas em programas de auditório. Filmografia: 1966 – Na Onda do Iê-Iê-Iê; 1967 – Adorável Trapalhão; Opinião Pública; 1968 – Jovens Pra Frente; 1971 – As Noites de Iemanjá; 1972 – Som, Amor e Curtição; 1978 – Meus Homens, meus Amores; 1982 – Amor Estranho Amor. ROSEMBURGO, REGINA Regina Maria Rosemburgo Leclery nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1939. Sua primeira oportunidade no cinema acontece em 1964, no filme Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha. Morena, bonita e talentosa, tem tudo para se firmar no cinema, mas faz poucos filmes, dando prioridade para outras atividades. Foi casada com Wallace Simonsen (1963-1966) e Gérard Lecléry (1968-1973). Morre em 11 de julho de 1973, aos 33 anos de idade, de acidente de avião, perto de Paris. Filmografia: 1964 – Deus e o Diabo na Terra do Sol; 1967 – Garota de Ipanema; 1973 – Quem é Beta? (Pas de Violence Entre Nous) (Brasil/França). ROSSANO, HERVAL Herval Abreu nasceu em Campos dos Goytacazes, RJ, em 23 de abril de 1933. Garoto ainda, muda-se com a família para o Rio de Janeiro, onde efetua seus estudos normais. Seu sonho era ser advogado. O pai também queria que ele fosse advogado e a mãe militar. Com 16 anos trabalha como vendedor na Casa do Estudante. Inicia sua carreira no teatro amador, integrando o Movimento Artísti co Benefi cente. Profissionaliza-se com a Cia. de Comédias João Rios. Nessa época vai conhecer o Teatro do Estudante, dirigido por Paschoal Carlos Magno. Um dia, substitui às pressas um ator que faltara ao ler o texto Antígona de Sófocles. Depois começa a atuar em clubes e centros espíritas até fazer sua primeira peça profissional, aos 17 anos de idade, A Ditadora, de Paulo Magalhães, na Companhia Iti nerante João Rios de Comédias. Estreia no cinema em 1952 numa pequena ponta no filme Luzes nas Sombras. Seu primeiro papel importante acontece no filme Destino, no papel de um jovem médico obrigado a salvar a vida do assassino do próprio irmão. Já como galã, faz sucesso nos filmes O Homem dos Papagaios (1953), O Craque (1954), etc. Versátil, atua também em televisão, sendo sua estreia em 1959, no especial Trágica Mentira, levando as três carreiras paralelas. Em 1966, em pleno regime militar, muda-se para o Chile, deixando para trás uma carreira em ascensão de ator e diretor. Trabalhando na TV Universidade Católica, tem o mérito de criar no país sua primeira novela, Los Dias Jovenes, de 1967. Na década de 1970 em diante, dedica-se quase que exclusivamente à televisão, como ator, em novelas como Carinhoso (1973), As Três Marias (1980), Bambolê (1987), Salomé (1991) e Era Uma Vez (1998), sua última intervenção como ator. Mas é como diretor do núcleo de teledramaturgia da TV Globo que se destaca com muita competência, sendo de sua responsabilidade, por exemplo, a direção dos megasucessos Helena e A Moreninha, ambos em 1975 e mais recentemente o programa Você Decide, em que usa técnicas de cinema na direção dos episódios. Em julho de 2003, depois de 30 anos, é demitido da TV Globo e assume a direção de teledramaturgia da TV Record, onde produz e dirige o remake de Escrava Isaura. Em 2005 transfere-se para o SBT e produz a novela Cristal, mas, por problemas de saúde, afasta-se da direção de teledramaturgia da emissora. Foi casado de 1960 a 1976 com a cantora chilena Doris Guerrero, do sucesso Cachito, que cantava em dueto com a irmã, Rossie. Com Doris, teve os fi lhos Elizabeth Eugenia (1960), Henrique Daniel (1961) e Herval Rossano Jr. (1963). Com Nívea Maria foi casado por 27 anos (1976/2003) e teve Vanessa Abreu (1980). Em 2005 casou-se com a atriz Mayara Magri (1962). Morre em 8 de maio de 2007, aos 74 anos de idade, em São Paulo. Filmografia: 1952 – Luzes nas Sombras; Destino; 1953 – Balança Mas Não Cai; O Homem dos Papagaios; 1954 – O Craque; A Sogra; 1959 – Dona Xepa; Titio Não É Sopa; 1960 – Viúva Valentina; Maria 38; Samba em Brasília; Eu Sou o Tal; 1961 – Três Colegas de Batina; Quero Morrer no Carnaval (Quiero Morir en Car-naval) (México/Brasil); 1962 – Assassinato em Copacabana; Quero Essa Mulher Assim Mesmo; 1963 – Sonhando Com Milhões; 1965 – No Tempo dos Bravos; 1975 – Amantes, Amanhã se Houver Sol; O Casal. ROSSET, CACÁ Carlos Eduardo Zilberlicht Rosset nasceu em São Paulo, SP, em 9 de março de 1954. Produtor e diretor teatral, é o fundador do grupo Teatro do Ornitorrinco, juntamente com Maria Alice Vergueiro e José Roberto Galizia. Suas peças sempre atraíram grandes plateias, graças ao caráter instigante e revolucionário que apresentava, mesclando música ao vivo, circo e representações. Destacam-se O Belo Indiferente, Mahagonny, Ubu-Rei, O Doente Imaginário, Malandragens de Escapino, A Megera Domada, etc. Recebe dezenas de prêmios nacionais e internacionais. Estreia na televisão em 1987 no programa Domingo Paulista, depois Cadeira de Barbeiro (1989), Sangue do meu Sangue (1995), Meu Cunhado (2004) e Fora do Ar (2005). No cinema, seu primeiro filme é o curta Hay Festa?, produzido em 1973 por alunos da ECAUSP. Polêmico e provocador, mas também muito inteligente e talentoso, está sempre na mídia. Nos últimos anos pôde ser visto em vários filmes: Tapete Vermelho (2005) e Onde Andará Dulce Veiga? (2007). Filmografia: 1973 – Hay Festa? (CM); 1974 – Pêndulo (CM); 1979 – A Caminho das Índias; 2002 – Desmundo; 2005 – Tapete Vermelho; 2007 – Onde Andará Dulce Veiga? ROSSI, ÍTALO Ítalo Balbo Di Fratti Copola nasceu em Botucatu, SP, em 19 de janeiro de 1931. Mesmo com toda a família contra, abandona o curso de psicologia para fazer teatro. Estreia profi ssionalmente em 1956, com a peça A Casa de Chá do Luar de Agosto, de John Patrick. Parti cipa ativamente do Teatro dos Sete, com Fernanda Montenegro e Sérgio Britto e assume as funções de diretor do Teatro Paulista do Estudante, transferindo-se depois para o TBC, onde constitui memorável carreira, sendo o único ator brasileiro a ganhar quatro prêmios Molière. Estreia no cinema em 1953 numa ponta no filme Esquina da Ilusão, produção da Companhia Cinematográfica Vera Cruz, tendo também em seu currículo fi lmes como O Pão Que o Diabo Amassou (1958), República dos Assassinos (1979) e Doida Demais (1989). Na televisão, estreia em 1963 na novela A Morta Sem Espelho. Depois parti cipa do Grande Teatro Tupi, com peças de Nelson Rodrigues e de novelas e minisséries importantes como Um Gosto Amargo de Festa (1969), Jerônimo, o Herói do Sertão (1972), Escrava Isaura (1976), Brilhante (1981), Chapadão do Bugre (1988), Araponga (1990), Serras Azuis (1998), Kubanacan (2003), Senhora do Destino (2004), como o mordomo Alfred e Belíssima (2006) como o advogado corrupto Fernando Medeiros. Um dos grandes atores brasileiros, solteiro e sem filhos, mora sozinho num apartamento no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1953 – Esquina da Ilusão; O Homem dos Papagaios; Desti no em Apuros; Uma Vida Para Dois; 1954 – A Sogra; 1957 – O Pão Que o Diabo Amassou; 1958 – E o Espetáculo Continua; 1959 – Arraial do Cabo (CM) (narração); 1963 – Anchieta (CM) (episódio da série Aventuras da História do Brasil); 1965 Society em Baby-Doll; Paraíba, Vida e Morte de Um Bandido; 1966 – Ele e o Rabisco (CM) (narração); 1967 – A Derrota; O Engano; 1968 – O Bravo Guerreiro; Desesperado (Dezesperato); Cara a Cara; Noite Sem Homem; 1977 – As Aventuras de Momo Montanha (Jorden er Flad) (Dinamarca/Brasil); 1979 – República dos Assassinos; 1983 – Estranhas Relações; 1989 – Doida Demais; 1992 Morte por Água (CM); Chão de Estrelas (CM); 1997 – A Grande Noitada; 2003 Maria, Mãe do Filho de Deus. ROULIEN, RAUL Raul Pepe Acolti Gil nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de outubro de 1905. Começa sua carreira artística com 8 anos de idade, inicialmente com o nome artístico de Raul Pepe. Torna-se famoso intérprete, chansonier, pianista e compositor. Em 1931 vai para os EUA, contratado pela Fox Film, tornando-se ator em produções como Delicious (1931) e Flying Down To Rio (1933), talvez seu maior sucesso nos EUA. Em 27 de setembro de 1933 acontece uma tragédia em sua vida: sua esposa, Diva Tosca (1909-1933), também atriz, é atropelada e morta em Beverly Hills por John Huston, então um playboy, fi lho do ator Walter Huston e que mais tarde se tornaria um dos maiores diretores do cinema americano. Teve também um tumultuado casamento com a atriz Conchita Montenegro (1911-2007). Compõe música para dois filmes Granaderos del Amor (1934) e Music is Magic (1935). Em 1936 retorna ao Rio de Janeiro e trabalha como jornalista. Estreia na direção em 1937 no filme O Grito da Mocidade, em que atua também como ator, pela primeira e única vez no cinema brasileiro. Dedica-se depois mais à carreira de cantor e ator de televisão. Com fama internacional, é dos primeiros galãs brasileiros. Morre em 8 de setembro de 2000, de pneumonia, em São Paulo, um mês antes de completar 95 anos de idade. Filmografia (ator): 1931 – Eram Treze (Eran Trece) (EUA); Teste de Raul Roulién (CM); Deliciosa (Delicious) (EUA); Roulien-Teste (CM); Roulien-Teste 2 (CM); 1932 – Mulheres e Aparências (Careless Lady) (EUA); Promotor Público (States Att orney) (EUA); A Mulher Pintada (The Painted Woman) (EUA); A Voz da África (EUA) (narração); 1933 – O Último Verão Sobre a Terra (El Ultimo Verano Sobre La Tierra) (EUA); Primavera de Outono (Primavera en Otoño) (EUA); O Homem Que Ficou Para Semente (Its Great To Be Alive) (EUA); Não Deixes a Porta Aberta (No Dejes La Puerta Abierta) (EUA); Voando Para o Rio (Flying Down To Rio) (EUA); A Volta de Roulién (CM); 1934 – Vida Parisiense (EUA); Guerreiros do Amor ou Granadeiros do Amor (Granaderos Del Amor) (EUA); E o Mundo Marcha ou A Marcha dos Séculos (The World Moves On) (EUA); 1935 – Asegure a Su Mujer (EUA); Piernas de Seda (EUA); Te Quiero Con Locura (EUA); 1937 – Grito da Mocidade; 1947 – A Caminho do Rio (Road To Rio) (EUA); 1970 – Brasileiros em Hollywood (CM) (Brasil). Filmografia (diretor): 1930 – O Bando de Tangarás (CM); 1937 – O Grito da Mocidade; O Meu Colégio (CM); 1938 – Cineteatro Malibu (CM); 1939 – Aves Sem Ninho; El Grito de La Juventud (versão argenti na de O Grito da Mocidade); Jangada (inacabado); 1940 – Asas do Brasil (inacabado); 1943 – Asas Gloriosas do Brasil (inacabado); 1950 – Maconha, Erva Maldita (inacabado); A Vida de Oswaldo Cruz (CM) (projeto não realizado). ROVIRA, HENRIQUE Começa sua carreira com 14 anos de idade. Em 1978 profissionaliza-se. Em 1982 entra para a UnB para estudar História e Educação Artística. Em seguida trabalha no rádio, com leitura de contos infanti s. Estreia no cinema em 1982 no filme O Sonho Não Acabou, fazendo uma pequena ponta não creditada. Nunca fez televisão, tendo dedicado sua carreira ao teatro e cinema, em fi lmes como A Terceira Margem do Rio (1993), O Cego Que Gritava Luz (1997) e Celeste & Estrela (2005). Filmografia: 1982 – O Sonho Não Acabou; 1990 – Césio 137, Pesadelo em Goiânia; 1993 – A Terceira Margem do Rio; 1994 – Louco por Cinema; 1997 – O Cego Que Gritava Luz; 1998 – Tangerine Girl (CM); 1999 – O Tronco; 2003 – Rua Seis, Sem Número; 2005 – Celeste & Estrela. ROZENBAUM, PRISCILLA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de agosto de 1960. Atua em teatro desde os 17 anos. É uma das fundadoras do grupo TAPA e participa de mais de 20 montagens teatrais. Em 1983 parti cipa da novela Champagne, pela TV Globo, como Cínti a, depois Contos de Verão (1993). Pela TV Record, atua em Prova de Amor (2005) e Alta Estação (2006). De volta à Rede Globo, tem importante participação na minissérie Maysa – Quando Fala o Coração (2009), como Ana, a secretária, amiga e confidente da cantora. No cinema, a partir de 1998, quase sempre em fi lmes escritos, roteirizados, produzidos e dirigidos por seu marido, o cineasta Domingos de Oliveira, estreia em Amores. Por sua interpretação no filme Separações (2002), ganha o Kikito de Melhor Atriz em Gramado. É também escritora e roteirista, sendo de sua autoria os textos dos filmes Amores (2001) e Separações (2002). Em Carreiras (2005), além de atriz, é produtora associada. Seus textos procuram evidenciar as questões pertinentes à alma das mulheres: o envelhecimento, os amores a amantes, num mosaico sobre o comportamento feminino. Filmografia: 1998 – Amores; 2001 – Antes da Partida (CM); 2002 – Separações; 2004 – Feminices; 2005 – Carreiras; 2007 – Mulheres Sexo Verdades Mentiras; 2008 – Adágio Sostenuto; Todo Mundo Tem Problemas (Sexuais). RÚBIA, MARA Osmarina Lameira Cintra nasceu na Ilha de Marajó, PA, em 3 de fevereiro de 1918. Começa a trabalhar como bailarina em teatro de revista, tornando-se conceituada vedete, muito famosa na década de 1950, fazendo muito sucesso nos shows em cassinos e teatros, com as peças Rabo de Foguete e Bonde da Laite e no cinema, em fi lmes como No Trampolim da Vida (1946), É Com Este Que Eu Vou (1948), O Casamento (1975), etc. Em 1953 é contratada pela TV Tupi de São Paulo. Em 1957 comanda o programa Boate Martini. A partir dos anos 1970, na televisão, participa de três novelas, O Pulo do Gato (1978), como Dona Bilu; Sinal de Alerta (1978), como Dona Coti nha; e Feijão Maravilha (1979), como Fifi de Queiroz e Queiroz. No teatro destaca-se na peça A Filha de Iório, de Gabriele d’Annunzio. Morre em 15 de maio de 1991, no Rio de Janeiro, aos 73 anos de idade. Filmografia: 1946 – No Trampolim da Vida; Fantasma por Acaso; Sob a Luz do meu Bairro; 1948 – É Com Este Que Eu Vou; 1950 – Não é Nada Disso; Loucos por Música; 1952 – Brumas da Vida; 1954 – Toda a Vida em Quinze Minutos; 1970 – Os Deuses e os Mortos; 1971 – O Donzelo; 1974 – O Padre Que Queria Pecar; Como nos Livrar do Saco; 1975 – O Casamento; 1976 – Dona Flor e Seus Dois Maridos; Aventuras de um Deteti ve Português; 1980 – Bububu no Bobobó. RUDNER, IRENE Irene Ignez Rudner nasceu em São Paulo, SP, em 28 de setembro de 1910. De família alemã, na adolescência trabalha como telefonista na Companhia Telefônica Brasileira. Responde a um anúncio de jornal e faz um teste para uma nova produção cinematográfica brasileira, o filme O Descrente (1926). Aprovada, faz seu debut nas telas. Contra a vontade da família, inicia carreira de atriz, passando a atuar em inúmeras películas – O Babão (1931) e O Caçador de Diamantes (1932). Na segunda metade da década de 1930, abandona as telas e inicia carreira de tradutora de inglês, alemão e escritora de contos, publicados nas revistas A Cigarra e Presença. Em 1945, casa-se no Rio de Janeiro com um oficial das Forças Armadas Americanas, divorciando-se em 1949. A partir dos anos 1960, contrai artrite reumatoide, doença que a consome aos poucos, vindo a falecer em 11 de novembro de 1974, aos 64 anos de idade. Filmografia: 1926 – O Descrente; 1928 – Sangue do meu Sangue (inacabado); 1929 – Enquanto São Paulo Dorme; 1930 – O Babão; Isto é Que é Vida (inacabado); Alma Dourada (inacabado); 1931 – O Campeão; Amor e Patriotismo; Anchieta (Entre a Religião e o Amor); Iracema; Alma Dourada; Inferno Flutuante (inacabado); 1932 – O Caçador de Diamantes; 1936 – Amor Contrariado. RUIZ, PEPA Nasceu em Badajoz, Espanha, em 1859. Aos 20 anos de idade inicia no teatro. Em 1881 muda-se para o Brasil e atua em A Estreia de uma Atriz, dentre outras operetas. Alterna sua carreira entre Brasil e Espanha e torna-se muito famosa no Teatro de Revista. Participa de um único filme, Mil Adultérios, produzido em 1910. Morre em 1925, aos 66 anos de idade. Filmografia: 1910 – Mil Adultérios. RUIZ, PEPA Nasceu na Espanha em 13 de agosto de 1904. Na televisão participa da novela Pecado Rasgado, em 1978. Morre no Rio de Janeiro, RJ, em 24 de janeiro de 1991. Filmografia: 1955 – El Coyote (México/Espanha); 1958 – También Hay Cielo Sobre El Mar (Espanha); 1964 – Crônica da Cidade Amada (episódio: Aparição); Asfalto Selvagem; 1967 – Adorável Trapalhão; 1971 – Dois Perdidos Numa Noite Suja; 1976 – Tem Folga na Direção. RUIZ, TURÍBIO Nasceu em Poá, SP, em 26 de setembro de 1930. Começa sua carreira artística em 1950 na Rádio Piratininga. Em 1952 transferese para a Rádio e TV Tupi, onde permanece até 1959. Estreia no cinema em 1956 no filme O Sobrado e desenvolve sólida carreira ao estrelar os filmes Riacho de Sangue (1965), Corisco, o Diabo Loiro (1969), O Mártir da Independência (1977), Sonhei Com Você (1988), etc. No início dos anos 1960, fica um ano na TV Jornal do Comércio de Pernambuco. Em 1962 organiza equipe de atores para a TV Paranaense. No teatro, parti cipa das peças Plantão 21 (1959), As Mãos de Eurídice (1963), A Grande Chantagem (1965), Mefi, um Seu Criado (1968) e Trair e Coçar é Só Começar (1998). Na televisão desde 1954, estreia no especial Sangue na Terra e não para, estando em atividade até os dias de hoje. Entre tantas outras, parti cipa de Redenção (1966), A Cabana do Pai Tomás (1969), Um Homem Muito Especial (1980), Vale Tudo (1988) e, mais recentemente, Caminho das Índias (2009), como Baba. Alto e magro, sempre em papéis coadjuvantes meio soturnos, tem uma bonita e longa carreira no meio artístico brasileiro, seja no teatro, na televisão, ou no cinema, digna de ser descoberta e homenageada. Filmografia: 1956 – O Sobrado; 1958 – O Grande Momento; 1959 – Chão Bruto; Dorinha no Society; 1962 – O Assalto (CM) (episódio da série Vigilante Rodoviário); 1965 – Riacho de Sangue; 1969 – Corisco, o Diabo Loiro; 1970 – Marcado Para o Perigo (episódio: O Assalto); 1975 – Cada Um Dá o Que Tem (episódio: O Despejo); 1976 – As Meninas Querem... e os Coroas Podem; 1977 – Chão Bruto; O Mártir da Independência; Presídio de Mulheres Violentadas; 1978 – Mágoa de Boiadeiro; Trapalhadas de Don Quixote e Sancho Pança; 1980 – Jeca e a Égua Milagrosa; Estrada da Vida; Ariella; 1983 – Horas Fatais – Cabeças Cortadas; Janete; O Escândalo na Sociedade; 1984 – Padre Pedro e a Revolta das Crianças; Sexo, Sexo, Sexo; 1985 – Os Animais do Sexo Explícito; Novas Sacanagens do Viciado em C...; 1986 – A Hora do Medo; Horas Fatais – Cabeças Cortadas; 1988 – Sonhei Com Você; 2001 – Urbânia. RUSCHEL, ALBERTO Alberto Manuel Miranda Ruschel nasceu em Estrela, RS, em 21 de fevereiro de 1918. Inicia a carreira artística como cantor, no conjunto musical Quitandinha Serenaders. Sua estampa de galã leva-o ao cinema, estreando em 1947 no filme Este Mundo é um Pandeiro, ainda como integrante do Quitandinha Serenaders. Alberto nunca abriu mão da qualidade nos filmes em que atuou, sempre fazendo papéis fortes e de alto teor dramáti co, embora tenha feito também muitas comédias no Rio de Janeiro, no começo de carreira. Em 1951 é contratado pela Vera Cruz e sua carreira deslancha. A consagração vem com o papel de Teodoro em O Cangaceiro (1953). Fiel às suas origens, prefere os filmes rurais. Participa de um dos primeiros fi lmes em Cinemascope no Brasil, O Capanga (1958). Em 1973, tem sua única experiência como diretor, no filme Portal da Solidão. Sem nunca abandonar o Rio Grande do Sul, esporadicamente volta a fazer cinema, sendo seu último filme a Volta de Jerônimo, de 1981. Ator essencialmente cinematográfico, tem apenas uma passagem pela televisão, na novela O Todo Poderoso, em 1979/1980, pela TV Bandeirantes. Em 1987 participa do programa Globo Repórter, dedicado à Vera Cruz, sendo essa uma de suas últi mas imagens em público. Nos últimos anos, vivendo no Retiro dos Arti stas, no Rio de Janeiro, recuperava-se de uma cirurgia no coração quando teve uma hemorragia fatal do duodeno. Filmografia (como integrante do grupo musical Quitandinha Serenaders): 1947 Este Mundo é um Pandeiro; 1948 – É Com Este Que Eu Vou; 1949 – E o Mundo Se Diverte; Não Me Digas Adeus (No Me Digas Adiós) (Brasil/Argentina); 1950 Não é Nada Disso; 1951 – Aí Vem o Barão; (como ator solo): 1951 – Ângela; Passos na Madrugada (CM); 1952 – Appassionata; 1953 – O Cangaceiro; Esquina da Ilusão; 1954 – Os Três Garimpeiros; 1955 – Orgullo (Espanha); 1956 – Ha Pasado Un Hombre (Espanha); El Ponte del Diablo (Espanha); 1957 – Senhora (inacabado); 1958 – O Capanga; Cara de Fogo; Paixão de Gaúcho; Matemática Zero, Amor Dez; 1960 – A Morte Comanda o Cangaço; 1964 – Aconcagua (Argentina); 1965 – Riacho de Sangue; Luta nos Pampas; Sol no Labirinto (CM); 1970 – Palácio dos Anjos (Le Palais des Anges) (Brasil/França); 1974 – A Noiva da Noite (Desejo de Sete Homens); Pontal da Solidão; 1976 – Intimidade; 1978 O Grande Rodeio; 1979 – Desejo Selvagem (Massacre no Pantanal); Iracema, a Virgem dos Lábios de Mel; Os Trombadinhas; O Guarani; 1981 – Volta de Jerônimo; 1989 – Na Trilha dos Assassinos (Estupradores de Meninas Virgens). Filmografia (como diretor): 1974 – Pontal da Solidão. RUSCHEL, EMILIANO Nasceu em Lagoa Vermelha, RS. É criado em Passo Fundo. Aos 5 anos inicia sua carreira artística fazendo comerciais para televisão. Aos 10 já faz teatro na escola e aos 18 estreia profi ssionalmente. Com mais de 20 peças no currículo, destacam-se A Paixão de Cristo, Ah, Se Minha Cama Falasse, O Parturião, Romeu e Julieta, etc. Muda-se para o Rio de Janeiro, mantém seu trabalho em campanhas publicitárias. Estreia no cinema em 2004 no curta Luz, Câmara e Ação e seu primeiro longa é Vingança, em 2008. Estreia na televisão em 2007 na novela Sete Pecados, no papel de Dorival, um professor de ginástica, depois, pela TV Record, atua em Promessas de Amor (2009), como o mutante Miméti co. Dirige e atua no curta Contramão, em 2008. Filmografia (ator): 2004 – Luz, Câmera e Ação (CM); 2005 – Show de Bola (Skyggen af Rio) (Alemanha); 2007 – A Hora (CM); Amanda (CM); 2008 – Vingança; Os Desafinados; Contramão (CM); Voltar do Amanhã (CM); 2009 – Um Sonho Pra Dois (CM); VIPs. Filmografia (diretor): 2008 – Contramão (CM). RUSCHEL, PAULO Nasceu em Passo Fundo, RS, em 11 de maio de 1919. É irmão do consagrado ator Alberto Ruschel. Com o irmão, parti cipa do grupo musical Quitandinha Serenaders. Com o grupo, participa de vários fi lmes como Este Mundo é Um Pandeiro (1947) e Aí Vem o Barão (1951). Morre em 5 de julho de 1974, aos 55 anos de idade, em Porto Alegre, RS. Filmografia: 1946 – Caídos do Céu (ator); 1947 – Este Mundo é Um Pandeiro (Quitandinha Serenaders); 1948 – É Com Este Que Eu Vou (Quitandinha Serenaders); 1949 – E o Mundo Se Diverte (Quitandinha Serenaders); Não Me Digas Adeus (No Me Digas Adiós) (Brasil/Argenti na) (Quitandinha Serenaders); 1950 – Não é Nada Disso (Quitandinha Serenaders); 1951 – Aí Vem o Barão (Quitandinha Serenaders); 1953 – O Craque (ator); 1954 – Destino em Apuros (ator). RUSSO DO PANDEIRO Antonio Carlos Martins nasceu em São Paulo, SP, em 1913. Com 3 anos muda-se para o Rio de Janeiro e torna-se exímio percussionista, principalmente no pandeiro. Também compõe muitas músicas de sucesso – Criança, Toma Juízo, em parceria com Benedito Lacerda em 1935. Faz sucesso internacional, chegando a atuar em alguns filmes de Hollywood, com o nome de Russo and the Samba Kings. No Brasil, participa de alguns filmes como Favela de Meus Amores (1934) e Céu Azul (1940), mas dá prioridade à carreira musical. Filmografia: 1934 – Favela de Meus Amores; 1935 – Alô, Alô, Brasil; 1940 – Céu Azul; 1947 – Copacabana; 1956 – Eva do Brasil. RUSSO, LEONARDO Leonardo Russo nasceu na Itália, em 1920. Combate na II Guerra Mundial e vem para o Brasil nos anos 1950. Funda a Cinematográfica Etna Filmes, que, instalada na Boca do Lixo paulista, a partir dos anos 1970, torna-se uma das maiores distribuidoras de São Paulo, especializando-se no gênero kung-fu. Leonardo fez dois filmes em parceria de José Mojica Marins, como coprodutor e ator, Sina do Aventureiro (1957/1958) e meu Destino em Suas Mãos (1961/62). Com o fim da distribuição de filmes em 16 mm em meados dos anos 1980, encerra suas atividades. Morre em 2001, aos 81 anos, em São Paulo. Filmografia: 1957/1958 – Sina do Aventureiro; 1961/1962 – Meu Desti no em Suas Mãos. S SÁ, MATHEUS DE Nasceu em Araruama, RJ, em 1998. De família pobre, o pai sofreu um derrame e a mãe é dona de casa. Estuda na rede pública e faz parte da Turma do Fundão. Em 2007 começa a fazer aulas de teatro como terapia ocupacional. Por meio de um olheiro, é indicado para os testes do filme Verônica, no papel de Leandro, ao lado de Andréa Beltrão. Sua atuação chama a atenção da crítica e do público pela espontaneidade e talento precoce. Com o sucesso do filme, é convidado para fazer parte da Turma do Pererê, pela TV Brasil. Sonha ser designer e fazer vinhetas para a televisão. É a promessa de mais um grande talento brasileiro. Filmografia: 2008 – Verônica; 2010 – Chico Xavier. SABACK, MARCELO Nasceu em Salvador, BA, em 20 de outubro de 1961, mas é criado em Brasília. Criança, começa a estudar piano. Já adolescente estuda desenho artístico e passa a desenhar os personagens de Walt Disney, nos quais era fascinado. Depois começa a cantar, escrever e inventar novelas de rádio, usando um gravador. No Colégio Marista, participa de festivais de dança e música. Em 1981, Marcelo e Zélia Duncan ganham o primeiro lugar em um concurso realizado pela Funarte e, juntos, passam a apresentar Meiga Presença, um show musical. Em seguida integra o elenco cênico-musical do espetáculo Veja Você Brasília, ao lado de Cássia Eller, com direção de Oswaldo Montenegro. Em 1985 forma-se Bacharel em Artes Cênicas na Fundação Brasileira de Teatro, criada e dirigida por Dulcina de Moraes. Trabalha por quatro anos ao lado da grande dama do teatro brasileiro e é dirigido por Dulcina em várias peças – À Margem da Vida e A Cantora Careca. A partir daí passa a escrever, dirigir, compor trilhas sonoras e atuar. Em 1990, já morando no Rio de Janeiro, faz sua primeira novela, Barriga de Aluguel, e em 1997 estreia no cinema, num pequeno papel no filme Navalha na Carne, de Neville de Almeida. Entre 1996 e 1997, dirige, juntamente com Francisco Milani, o programa Chico Total. Atua em inúmeras novelas – Esplendor (2000), Desejos de Mulher (2002), Eterna Magia (2007), Revelação (2009). No teatro, dirige Branca de Neve Agora no Teatro, Quatro Mulheres, Solteira, Casa, Viúva, Divorciada, Heleno – Um Homem Chamado Lígia, Aladim, etc. E como ator em Veja Você Brasília, À Margem da Vida, Gigolôs, A Serpente, Rock Horror Show, O Mágico de Oz, A Megera Domada, Sylvia, etc. Em 2010 compõe o elenco do fi lme musical High School Musical: O Desafio. É um grande talento brasileiro. Filmografia: 1997 – Navalha na Carne; 2002 – Avassaladoras; 2010 – High School Musical: O Desafio. SABAG, FÁBIO Fadolo Sabag nasceu em Bariri, SP, em 19 de novembro de 1931. No começo dos anos 1950 muda-se para São Paulo e chega a estudar três anos na Escola Paulista de Medicina, mas logo percebe não ser essa a sua vocação. No Teatro Municipal de São Paulo, integra o grupo do diretor Antunes Filho, ajuda a fundar o Teatro da Juventude e passa a escrever o programa Quem Sabe Mais, o Homem ou a Mulher?, na Rádio Cultura. No teatro, sua verdadeira vocação e paixão, produz, dirige e atua em dezenas de peças, ao longo de 60 anos de carreira, como O Imbecil, de Luigi Pirandello; Olá, Seu Nicolau, de Luiz Watson; Gata em Teto de Zinco Quente, de Tennessee Williams; Fiel Camareiro, de Ronald Harwood, etc. Na televisão, a partir de 1951, participa de peças televisionadas e depois de novelas, chegando a diretor das TVs Record, Paulista e depois Globo. Estreia no cinema em 1956 no filme O Palhaço o Que É? e desenvolve longa carreira cinematográfica, tendo como destaque Um Morto ao Telefone (1964), Os Raptores (1970), Ópera do Malandro (1985), etc. Em 1971 dirige seu primeiro e único filme, Edy Sexy, o Agente Positivo. Na televisão, como ator, estreia em 1967, na novela Anastácia, Mulher Sem Destino, seguindo-se muitas outras – O Casarão (1976), Elas por Elas (1982), Que Rei Sou Eu? (1989), A Madona de Cedro (1994), Pecado Capital (1998) e A Lua Me Disse (2005). Como diretor, estreia em 1964 no especial O Acusador. Assina a direção de pérolas de nossa teledramaturgia em A Cabana do Pai Tomás (1969), Bravo! (1975), Mandala (1987), Rainha da Sucata (1990) e De Corpo e Alma (1992). Retorna ao cinema em 2003 para participar dos dois filmes produzidos pelo padre Marcelo Rossi, Maria, Mãe do Filho de Deus (2003) e Irmão de Fé (2004). Fábio também foi colunista dos jornais O Tempo, Edição Final e Revista Polichinelo. Em 1995 lança o livro Um Solteiro na Cozinha. Morre em 31 de dezembro de 2008, aos 77 anos de idade, de câncer na próstata. Filmografia (ator): 1959 – O Palhaço o Que É?; Ladrão em Noite de Chuva; 1962 – Os Mendigos; 1964 – Um Morto ao Telefone; Pluft, o Fantasminha; 1966 – Mineirinho Vivo ou Morto; Essa Gatinha é Minha; 1967 – Em Busca do Tesouro; Jerry, a Grande Parada; 1968 – Palmeiras Negras (Svarta Palmkronor) (Suécia); Sabor de Pecado; 1968 – Os Viciados (episódio: Favela); Cristo de Lama (A História de Aleijadinho); Por Um Amor Distante (Pour Un Amour Lointain) (França/ Brasil); 1969 – O Matador Profissional; A Doce Mulher Amada; Incrível, Fantástico, Extraordinário; Os Raptores; 1970 – Memórias de um Gigolô; 1971 – O Donzelo; 1972 – Os Devassos; Os Inconfi dentes; 1973 – Tati, a Garota; 1974 – Os Condenados; Relatório de um Homem Casado; 1975 – O Casal; O Roubo das Calcinhas; 1976 – As Aventuras de um Deteti ve Português; Um Homem Célebre; 1979 – Eu Matei Lúcio Flávio; O Preço do Prazer (Onde Andam Nossos Filhos?); Piranha, o Peixe Assassino (Killer Fish) (Itália/Brasil/EUA); 1980 – Teu, Tua; 1981 – O Homem do Pau-Brasil; 1982 – Luz del Fuego; Profi ssão Mulher; 1984 – Memórias do Cárcere; Tensão no Rio; 1985 – Ópera do Malandro (Brasil/França); 1989 – Jorge, um Brasileiro; 1998 – Resumo (CM); 2000 – A Máquina do Tempo (CM); 2002 – Ensaio (CM); 2003 – Maria, Mãe do Filho de Deus; 2004 – Irmãos de Fé; Veneno da Madrugada. Filmografia (diretor): 1971 – Edy Sexy, o Agente Positivo. SABATELLA, LETÍCIA Letícia Sabatella Carneiro Lopes nasceu em Belo Horizonte, MG, em 8 de março de 1972. Em 1991 estreia na televisão no especial Os Homens Querem Paz e no mesmo ano faz sua primeira novela O Dono do Mundo, no papel de Taís. Estreia no cinema em 1994 no curta-metragem Decisão. Seu primeiro longa é Bela Donna, em 1998. Muito bela e talentosa, segue regular carreira na televisão, com papéis de destaque em Irmãos Coragem (1995), como Maria de Lara Barros; Porto dos Milagres (2001), como Arlete; Páginas da Vida (2007), como a irmã Lavínia; e Caminho das Índias, como a vilã Ivone. Com seu marido à época, o ator Ângelo Antonio, vive em Curitiba, onde forma um grupo teatral com atores locais. Com ele foi casada por 12 anos (1991/2003), com quem tem uma filha, Clara, nascida em 1993. No cinema, brilha em Xangô de Baker Street (2001), Vestido de Noiva (2006) e Romance (2008). Estreia na direção em 2007 no documentário Hotxuá, em parceria com Gringo Cárdia, sobre a tribo indígena Krahô. Filmografia: (atriz): 1994 – Dente por Dente (CM); 1997 – Decisão (CM); 1998 – Bela Donna; 1999 – O Tronco; 2001 – O Xangô de Baker Street; 2002 – Durval Discos; 2003 – Chatô, o Rei do Brasil (inacabado); 2006 – Vestido de Noiva; 2007 – Não por Acaso; 2008 – Romance; 2009 – Flordelis – Basta Uma Palavra Para Mudar; 2010 – Chico Xavier; Amazônia Caruana. Filmografia (diretora): 2007 – Hotxuá (codireção: Gringo Cardia). SABOTAGE Mauro Matheus dos Santos nasceu em São Paulo, em 3 de abril de 1973. Ex-interno da Febem e ex-soldado de trafi cantes, cresce na Favela do Canão, nas Águas Espraiadas. Em 1995, foi duas vezes indiciado, uma por porte de arma e outra por tráfi co de drogas. Em seguida troca o crime pelo rap, tornando-se um dos mais influentes músicos de sua geração. Lança seu primeiro disco Rap é Compromisso e logo é convidado a parti cipar do filme O Invasor, de Beto Brant. Segue uma ponta em Carandiru, de Hector Babenco, como Fuinha. Morre tragicamente, em 24 de janeiro de 2003, aos 29 anos, assassinado a tiros, enquanto se dirigia para Porto Alegre, onde faria um show no litoral gaúcho. Sabotage deixa três filhos. Filmografi a: 2001: O Invasor; 2003: Carandiru. SADDY, BETTY Nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Começa sua carreira como modelo fotográfico e manequim profissional aos 15 anos. Entra para a Faculdade de Letras, formando-se em inglês e português. Chega a cursar dois anos da Faculdade de Comunicação, mas tem que desistir por causa de seu ingresso na TV Globo. Seu trabalho de estreia dá-se no seriado Shazam & Sherife (1971). Em seguida participa das novelas O Bofe (1972), O Semideus (1973), Corrida do Ouro (1974), Um Sol Maior (1977), Cara a Cara (1979) e dos programas Fantástico, Satyricon e Sílvio Santos, como jurada. No teatro, faz, entre outras, O Genro Que Era Nora e Rio, Capital e Samba. Estreia no cinema em 1974 no filme Relatório de um Homem Casado, e também As Aventuras de um Detetive Português (1976), Loucuras de um Sedutor (1977), etc. A partir dos anos 1980, afasta-se da vida artísti ca. Filmografia: 1974 – Relatório de um Homem Casado; 1975 – Com as Calças na Mão; 1976 – As Aventuras de um Detetive Português; Ninguém Segura Essas Mulheres (episódio: Desencontro); Costinha, Rei da Selva; 1977 – Excitação; O Garanhão no Lago das Virgens; Loucuras de um Sedutor. SAEG, SÔNIA Nasceu em Centenário do Sul, PR, em 19 de novembro de 1959. Criança ainda muda-se para São Paulo, onde faz seus estudos normais. Começa sua carreira artística fazendo teatro infantil, entre 1972 e 1973. Estreia no cinema em 1976 no filme Pesadelo Sexual de uma Virgem. Atua em alguns filmes da Boca do Lixo de São Paulo. A partir dos anos 1980 encerra sua carreira cinematográfica. Filmografia: 1976 – Pesadelo Sexual de uma Virgem; Traídas pelo Desejo; 1978 – Os Depravados; Meus Homens, meus Amores; O Atleta Sexual; 1979 – Desejo Selvagem (Massacre no Pantanal); E Agora, José? SAINT-CLAIR, ALMIR Nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Canta pela primeira vez aos 7 anos, num festival da Igreja do Divino Salvador, já demonstrando fortes inclinações artísticas. Trabalha como locutor mirim na Rádio Roquette Pinto e, aos 17 anos, organiza um elenco/show, viajando por vários Estados brasileiros. Frequenta o curso do Teatro do Estudante, estreando na peça de Carlos Murti nho, Studio 53, ainda como amador. Em 1960 estreia profissionalmente no Teatro dos Sete com a peça O Mambembe. Alterna carreira de ator e cantor, fazendo shows como Doze Biquínis. Estreia no cinema em 1957 no filme Rio, Zona Norte; participa de outros, mas dedica-se quase que inteiramente à carreira de cantor. Filmografia: 1957 – Rio, Zona Norte; 1962 – Esse Rio Que Eu Amo (episódio: A Morte da Porta-Estandarte); 1965 – Os Selvagens (Die Goldene Götti n Von Rio Beni) (Alemanha/França/Espanha/Brasil); 1968 – Capitu. SALABERRY, ZILKA Zilka Nazareth de Carvalho Salaberry nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 31 de maio de 1917, filha dos atores João Rodrigues e Luíza Nazareth. Começa sua carreira ainda menina nos anos 1930 na companhia de Procópio Ferreira, com os pais e a irmã Lourdes Mayer, todos atores. Atua em peças clássicas como Os Possessos, de Dostoievski, ao lado de Sérgio Britto, na peça infantil A Rainha do Fundo do Mar, de Lúcia Benedetti , e Na Copa do Mundo, em 1950, em que ficava nua. Foi a primeira atriz brasileira a cometer tal ousadia. Aos 18 anos estreia no cinema, no filme Cidade Mulher (1936), depois Direito de Pecar (1940), entre outros. Nos anos 1940/1950 atua mais em teatro e cinema. Na televisão, no final da década de 1950, parti cipa do Teatrinho Troll, pela extinta TV Tupi. Sua primeira novela é por Pouco Não É Amor, de 1963. Em 1967 estreia na TV Globo na novela A Rainha Louca, mas é em 1970 que fica conhecida nacionalmente como Sinhana na primeira versão de Irmãos Coragem (1970). Entre tantas outras, seguem-se Pecado Capital, de 1975, Vale Tudo, de 1988, Que Rei Sou Eu, de 1989, Pecado Capital, de 1998 e a inesquecível Dona Benta do Sítio do Pica-Pau Amarelo, entre 1976 e 1986, seriado infantil da TV Globo baseado na obra de Monteiro Lobato. Foi a vovó motoqueira de A Corrida do Ouro, em 1974, mas volta a brilhar em 1990 no seriado Araponga, como a mãe do detetive atrapalhado interpretado por Tarcísio Meira, mãe dele novo, tal qual nos bons tempos de Irmãos Coragem. Sua última participação na televisão foi na novela Esperança, em 2002. Zilka desenvolveu longa carreira, tanto no teatro, quanto no cinema e na televisão. Foi casada com o também ator Mário Salaberry, que lhe deu o sobrenome, falecido em 1955. Com ele teve um único filho, também Mário (1949-2002), que se formou advogado e três netos. Quando Xuxa a chamou para seu filme, Xuxa e os Duendes 2, de 2003, foi uma grande festa, mas teve apenas um pequeno papel, muito aquém de seu talento, principalmente porque ela não tinha mais condições físicas para grandes participações. Morre em 10 de março de 2005, aos 87 anos de idade, no Rio de Janeiro, de insuficiência renal e desidratação aguda. Filmografi a: 1936 – Cidade Mulher; 1938 – Casinha Pequenina; 1940 – Direito de Pecar; 1946 – No Trampolim da Vida; 1958 – Aguenta o Rojão; 1959 – Matemática Zero, Amor Dez; 1960 – Maria 38; 1965 – Society em Baby-Doll; 1968 – Na Mira do Assassino; 1971 – O Barão Otelo no Barato dos Bilhões; 1973 – Uma Garota em Maus Lençóis; 2003: Xuxa e os Duendes 2. SALDANHA, ARAKEN Araken Correa Pinto Saldanha nasceu em Lapa, PR, em 30 de maio de 1930. Começa sua carreira em 1951, na TV Tupi, levado por Oduvaldo Vianna. Em 1954 faz sua primeira novela, O Homem Sem Passado. Seguem-se TV Teatro, em 1958, TV de Comédia e TV de Vanguarda, ambos de 1959. Em 1955 tem seu primeiro contato com dublagem, na série Jim das Selvas, na AIC, profissão que abraça até os dias de hoje. Estreia no cinema numa ponta no filme O Sobrado, em 1956. Em 1971 faz sua últi ma novela, O Preço de Um Homem. José Mojica Marins, o Zé do Caixão, aproveita sua voz grave de excelente timbre para narrar seus filmes de terror. Filmografi a: 1956: O Sobrado; 1969: Uma Pistola Para Djeca; 1969/1982: O Despertar da Besta (Ritual dos Sádicos) (voz); Betão Ronca Ferro; 1971: Finis Ho-minis (voz); O Grande Xerife; 1972: Quando os Deuses Adormecem (voz); 1973: Gringo, o Últi mo Matador (O Matador Erótico); 1974: Jeca Macumbeiro; 1975: A Filha do Padre; O Sexo Mora ao Lado; 1981: Os Insaciados. SALGADO, LEVY Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1948. Inicia sua carreira profissional como modelo. Faz curso de teatro na Faculdade Gama Filho. No cinema, inicia carreira de ator no filme Os Machões (1972), na sequência A Difícil Vida Fácil (1972) e Os Viciosos (1987). Estreia na direção em 1979 no filme O Preço do Prazer. Dirige muitos filmes, na maioria comédias eróticas em que também é protagonista. Morre em 1990, aos 42 anos de idade. Filmografia (ator): 1972 – Os Machões; A Difícil Vida Fácil; 1978 – Roberta, a Moderna Gueixa do Sexo; A Morte Transparente; Fim de Festa (Decisão Final); 1979 – O Preço do Prazer (Onde Andam Nossos Filhos?); 1980 – A Casa de Irene; 1981 – Anjos do Sexo; Rapazes da Calçada; 1982 – Punks, os Filhos da Noite; 1985 – A Galinha do Rabo de Ouro; O Verdadeiro Amante Sexual; 1987 – Sexo Selvagem dos Filhos da Noite; Os Viciosos. Filmografia (diretor): 1979 – O Preço do Prazer (Onde Andam Nossos Filhos?); 1981 – Anjos do Sexo (codirigido por Lady Francisco); Os Rapazes da Calçada; 1982 – Punks, os Filhos da Noite; 1985 – Exercícios Eróti cos; Bum Bum, a Coisa Erótica; O Verdadeiro Amante Sexual; 1986 – Rabo Quente; A Galinha do Rabo de Ouro; Sexo Selvagem dos Filhos da Noite; 1987 – Os Viciosos; Cenas Eróti cas. SALGADO, SÍLVIA Sílvia Helena Salgado nasceu em Fortaleza, CE, em 3 de maio de 1950. Muda-se ainda bebê para São Paulo. Aos 15 anos vai morar em Santos. Forma-se em psicologia, mas tem grande vontade de se tornar atriz, então, em 1977 é revelada no concurso de novos talentos do programa Moacyr TV, na TV Globo. O diretor Herval Rossano convidá-a então para participar da novela À Sombra dos Laranjais, no mesmo ano, como Berenice. Decidida a ser atriz, passar a fazer aulas de interpretação com Camila Amado. Surge então a oportunidade de fazer cinema, ao ser convidada para parti cipar do filme O Cortiço, produção paulista de Francisco Ramalho Jr. Sua carreira começa a decolar, ao protagonizar a novela O Astro, grande sucesso de Janete Clair, no papel da doce Josie. No teatro, participa de várias peças amadoras, estreando profissionalmente nas peças infantis Viveiros de Pássaros e Flicts. Engrena sua carreira na televisão, ao atuar seguidamente em novelas como Chega Mais (1980), Plumas & Paetês (1980), Ciranda de Pedra (1981) e Mania de Querer (1986). A partir da década de 1990 resolve se dedicar à família, rareando suas aparições na telinha. Apenas em 2004 retorna para participar de Senhora do Destino, no papel de Aretuza. Em seguida faz Essas Mulheres (2005), como Emília Camargo, pela TV Record, e Páginas da Vida (2006), como Verônica, retornando à TV Globo, mas está afastada do cinema desde 1981, quando participou do filme Mulher Sensual. Foi casada com Amílcar Moraes, com quem teve um filho, Thiago Morares. Filmografia: 1978 – O Cortiço; Meus Homens, meus Amores; Por Um Corpo de Mulher; Cinderelo Trapalhão; Sábado Alucinante; Os Rapazes de Difícil Vida Fácil; 1980 – Os Três Mosqueteiros Trapalhões; 1981 – Mulher Sensual (Novela das Oito). SALIBA, NATAL Natal Assad Saliba nasceu em São Paulo, SP, em 25 de dezembro de 1928. Criado no bairro do Ipiranga, em São Paulo. Criança, vendia balas nos corredores do cine Ipiranga Palácio e trabalhava como entregador de leite, escriturário, vendedor, técnico de futebol, etc. Jovem, começa a jogar futebol no Clube Atlético Ypiranga (CAY), depois passou a ser treinador das equipes infantis e juvenis, entre 1949 e 1957. Inicia sua carreira artísti ca como radioator, parti cipando de vários novelas radiofônicas. Em 1958, estreia na TV Tupi, na peça A Tragédia do Cógata. Depois passa a participar dos programas TV de Vanguarda, TV de Comédia, etc. Devido à sua facilidade com humor, passa a ser escalado para programas humorísticos, principalmente os dirigidos por Walter Stuart. Cria o Sindicato dos Radialistas. Em 1962 estreia no cinema fazendo uma pequena ponta no filme Zé do Periquito. Na televisão, participa apenas de uma novela, A Única Verdade, em 1962. Publica três livros, Livre-se das Garras da Neurose, A Saga do CAY e Suplício de um Epilético. No bairro do Ipiranga, cria diversas entidades de ajuda à comunidade – Grupo de Neuróti cos Anônimos, Centro Desportivo Independência, Clube Recreativo Gandhi. Advogado formado, solteiro, sem filhos, a partir dos anos 1960 abandona a vida artísti ca. Filmografi a: 1960: Zé do Periquito; 1962: O Vendedor de Linguiças; 1968 – O Pequeno Mundo de Marcos; 1971 – Diabólicos Herdeiros. SALLES, ARLETTE Arlete Salles Lopes nasceu em Paudalho, PE, em 17 de junho de 1942. Cresceu em uma comunidade rural, em uma usina de açúcar. Durante alguns anos, não tem contato com a mãe e tampouco com o pai, o músico Lourenço da Silva Lopes, e vai morar com uma tia. Aos 13 anos, soube que estavam convocando atores para trabalhar na Rádio Jornal do Commercio, no Recife. É reprovada como atriz, mas aprovada como locutora, devido à sua voz grave e empostada. Nessa época conhece Lúcio Mauro, ator profissional em Recife, com quem fica casada durante 15 anos, tendo com ele dois filhos, Alexandre (1959) e Gilberto (1969). Ainda no Recife, estreia no teatro, na peça A Cegonha se Diverte e, de cara, ganha o prêmio de revelação feminina. Logo tem sua primeira chance na televisão, numa emissora filiada à TV Tupi em Pernambuco. Estreia no cinema em 1964 em Terra Sem Deus, ainda no Recife, no último filme dirigido por José Carlos Burle (1910-1984) e onde Lúcio Mauro foi produtor executivo e ator. Em seguida o casal muda-se para o Rio de Janeiro, pois Lúcio resolve acompanhar a companhia teatral de Procópio Ferreira. Em 1968 faz sua primeira novela, Sangue e Areia, já pela TV Globo. Aí não para mais, fi cando nacionalmente conhecida nas novelas Selva de Pedra (1972), O Rebu (1974), Água Viva (1980), Tieta (1989), Cara & Coroa (1995), Salsa & Merengue (1997). Por sua atuação nessa últi ma novela ganha o prêmio de melhor atriz de 1996, pela Associação de Críticos Paulista. No teatro, seu trabalho mais marcante acontece na peça A Partilha, onde durante cinco anos vive a personagem Maria Lúcia e, mais recentemente, em Todo Mundo Sabe Que Todo Mundo Sabe. Nos anos 1970 tem um conturbado romance com Tony Tornado. Nos anos 1990 participa de meu Bem Querer (1998), Terra Nostra (1999), Porto dos Milagres (2001), Sabor da Paixão (2002), América (2005) e A Lua Me Disse (2005), além de participações especiais nos programas Você Decide e A Diarista. Desde 2007 brilha no humorístico Toma Lá, Dá Cá, ao lado de Miguel Falabella e grande elenco. É uma das grandes atrizes brasileiras, mesclando talento, beleza e carisma. Filmografia: 1964 – Terra Sem Deus; 1972 – O Grande Gozador; 1975 – A Extorsão; 1976 – O Sexo das Bonecas (Ele, Ela e o etc.); 1980 – À Procura do Público (CM); 2006 – Acredite! Um Espírito Baixou em Mim; A Ilha do Terrível Rapaterra; Irmã Vap, o Retorno; 2007 – A Casa da Mãe Joana; Polaroides Urbanas; 2009 – Meninos de Kichute. SALLES, PERRY Perilúcio José de Almeida nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 6 de março de 1939. Estreia no cinema como ator em 1961 no filme O Dono da Bola, entre outros. Em 1975 tem sua primeira experiência como diretor, no filme Intimidade. Na televisão, estreia em 1967, na novela Sublime Amor. Atua pouco em televisão, sendo seu maior destaque em 1987, em Mandala, como Laio, ao lado de Vera Fisher. No teatro, participa de inúmeras peças – Porcelana Fina, Confidências, A Primeira Noite de Um Homem. Foi casado com a atriz Miriam Mehler, de 1968 a 1971, com quem teve um filho, Rodrigo, nascido em 1969, que morreu em 1990, aos 21 anos, vítima de acidente de moto. De 1971 a 1989 fi ca casado com a atriz Vera Fischer, com quem tem uma fi lha, Rafaela. Depois se casou com a arquiteta Beatriz, com quem teve dois filhos, Romeu e Rômulo. Perry nunca assimilou a separação de Vera, a grande paixão de sua vida, tanto que após a separação ele vai trabalhar como caseiro em Trancoso, na Bahia, numa casa de uruguaios e fica dois anos sem cortar a barba e o cabelo. Em 1994 compra o teatro Gamboa, de 101 lugares, em Salvador e isola-se dentro do teatro, atolado em dívidas e quase sem sair às ruas. Em 2000 retorna à vida para participar da peça Com Amor, de Oscar Wilde. Depois de 14 anos, retorna à televisão para participar da novela O Clone, em 2001, como Mustafá, ainda ostentando barbas e cabelos enormes. Em 2004 aceita participar do filme Espelho d’Água – Uma Viagem no Rio São Francisco. Já doente, em março de 2009, comparece, de cadeira de rodas, ao lançamento do segundo livro de Vera, Um Leão por Dia. Morre em 17 de junho de 2009, aos 70 anos de idade, no Rio de Janeiro, vítima de câncer no pulmão. Filmografia (ator): 1961 – O Dono da Bola; 1962 – Assassinato em Copacabana; 1973 – O Marido Virgem; A Superfêmea; 1974 – Gata Devassa; As Delícias da Vida; As Mulheres Que Fazem Diferente (episódio: Uma Delícia de Mulher); 1975 – Intimidade; Entre Sem Bater; 1982 – Dora Doralina; 1994 – O Efeito Ilha; 1998 – Cinderela Baiana; 2004 – Espelho D’Água – Uma Viagem no Rio São Francisco. Filmografia (diretor): 1975 – Intimidade; 1982 – Dora Doralina. SALLES, SULA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1954. Muito bonita, começa sua carreira artística fazendo comerciais de televisão e depois fotonovelas. Estreia no cinema em 1976 no filme Loucuras de um Sedutor, dirigido por Alcino Diniz. Fez apenas dois filmes e não se teve mais notícias da continuidade de sua carreira. Filmografia: 1976 – Loucuras de um Sedutor; As Meninas Querem e os Coroas Podem. SALLES, YARA Nasceu em Taubaté, SP, em 27 de julho de 1912. Atriz, cantora, radialista e apresentadora. Nos anos 1940 integra o Trio de Osso, ao lado de Lamartine Babo e Heber de Bôscoli. O grupo apresentava o programa Trem da Alegria, na Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Com o trio, em 1949 participa de um único filme, Pra Lá de Boa. Com sua carreira sempre dirigida ao rádio, estreou na televisão somente em 1963, no especial Nuvem de Fogo. Depois, em 1979, aceita fazer o papel de D.Generosa em Cabocla e, no ano seguinte, atua ao lado do filho Perry e da nora Vera em Coração Alado, como Dalva. Yara era mãe adotiva do ator Perry Salles. Morre em Bananal, SP, em 26 de junho de 1986, de ataque cardíaco, aos 73 anos de idade. Filmografia: 1949 – Pra Lá de Boa (com o Trio de Osso). SALOMÃO, WALY Nasceu em Jequié, BA, em 3 de setembro 1944, filho de mãe baiana e pai sírio. Nos anos 1960 se integra ao movimento tropicalista, ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Torquato Neto, etc. Poeta e letrista, fez parceria em músicas importantes, sucessos como Vapor Barato, com Jards Macalé; Talismã, com Caetano Veloso, entre tantas outras. Lança em 1971 seu primeiro livro de poemas, Me Segura Que Eu Vou Ter Um Troço, escrito durante uma temporada na prisão. Entre outros, lançou também Gigolô de Bibelôs, Surrupiador de Souvenirs, Algaravias, Lábia e Tarifa de Embarque, este último lançado no ano de 2000. Em 2002 estreia no cinema em Gregório de Mattos; por sinal, vivenciando o próprio poeta, filme de Ana Carolina. Mas já havia feito a trilha sonora do filme Quilombo, de Cacá Diegues, em 1984. Em 2003 foi nomeado por Gilberto Gil secretário Nacional do Livro e da Leitura. Morreu em 5 de maio de 2003, no Rio de Janeiro, vítima de câncer no intestino, aos 59 anos de idade. Filmografia: 1984 – Quilombo (trilha sonora); 2002 – Gregório de Mattos (ator). SALVÁ, ALBERTO Alberto Salvá Contell nasceu em Barcelona, Espanha, em 13 de abril de 1938. Em 1952 muda-se para o Brasil. Na década de 1960 começa a estudar cinema e dirige seu primeiro curta, Paixão de Aleijadinho (1965). Em longa-metragem, seu primeiro fi lme é Como Vai, Vai Bem? (1968). Torna-se ativo diretor, na maioria comédias eróti cas como Um Homem Sem Importância (1971) e A Menina do Lado (1987). Como ator, participa quase sempre de suas próprias produções como A Cama ao Alcance de Todos (1969), Os Maníacos Eróti cos (1975), etc. A partir dos anos 1960, tem atuação destacada também como montador e fotógrafo. Na televisão, nos anos 1970, dirige casos especiais pela TV Globo e a série Obrigado, Doutor, em 1981. Em 1987, produz e dirige A Menina do Lado, com Reginaldo Farias e Flávia Monteiro, grande sucesso e seu último longa, mas está em plena ati vidade dirigindo médias e curtas como Antártida, o Últi mo Conti nente (1997), codirigido por Monica Schmiedt e mais recentemente o curta As Amigas (2004). Filmografia (ator): 1969 – A Cama ao Alcance de Todos (episódio: A Primeira Cama); 1970 – Vida e Glória de um Canalha; Possuída dos Mil Demônios; 1971 – Um Homem Sem Importância; 1975 – Deliciosas Traições do Amor (episódios: Os Divinos Sons da Música e do Prazer e O Olhar); Maníacos Eróti cos; 1976 – Luz, Cama e Ação. Filmografia (diretor): 1965 – Paixão de Aleijadinho (CM); 1966 – Sol no Labirinto (CM) (codirigido por Fernando Coni Campos); Aspectos da Segunda Guerra Mundial (CM); 1967 – Sala dos Milagres (CM); 1968 – Como Vai, Vai Bem? (episódios: Mulher à Vista, O Apartamento e Hei de Vencer); 1969 – A Cama ao Alcance de Todos (episódio: Primeira Cama); 1970 – Vida e Glória de um Canalha; 1971 – Um Homem Sem Importância; 1972 – Revólveres Não Cospem Flores; As Quatro Chaves Mágicas; 1975 – Ana, a Libertina; Os Maníacos Eróti cos; 1978 – Inquietações de uma Mulher Casada; 1980 – Baloeiros (CM); 1982 – Ritual (CM); Sem Intermediários (CM) 1983 – Como Salvar meu Casamento (S.O.S. Sex Shop); 1987 – A Menina do Lado; 1990 – O Vendedor (CM); 1997 – Antártida, o Últi mo Conti nente (MM) (codirigido por Monica Schmiedt); O Bailarino e a Contorcionista (CM); 2004 – Amigas (CM). SALVADOR, ANDREY Inicia sua carreira no cinema em 1962 no filme Os Mendigos. Na televisão, participa apenas da minissérie Grande Sertão: Veredas, pela TV Globo. Seu último fi lme é Parahyba, Mulher Macho, de Tyzuka Yamazaki, produção de 1983. Filmografia: 1962 – Os Mendigos; Cinco Vezes Favela (episódio: Zé da Cachorra); 1965 – A Fábula (Mitt Hem Ar Copacabana) (Suécia); 1966 – A Derrota; 1967 – Perpétuo Contra o Esquadrão da Morte; 1972 – São Bernardo; 1983 – Parahyba, Mulher Macho. SALVADOR, ELEU Eleu Salvador Selbach nasceu em General Câmara, RS, em 4 de agosto de 1942. Seu pai é músico profissional, o que certamente o induz à carreira artística. Aos 14 anos, compõe o hino ofi cial do Fluminense Futebol Clube, equipe de futebol de General Câmara. Aos 16 muda-se para Porto Alegre e ingressa como radioator na Rádio Gaúcha. Estreia no teatro na peça O Baile dos Ladrões e de cara ganha o prêmio de melhor ator, oferecido pelo Jornal do Povo. Paralelamente, começa a compor músicas, que são gravadas por Teixeirinha, Clóvis Candall e Elis Regina, esta com a música Dá Sorte, gravada em 1964. Em 1968 muda-se para São Paulo e trabalha como dublador na AIC, lá permanecendo até 1974. Nessa área, desenvolve importantes trabalhos de dublagem, caracterizando dezenas de personagens – o mecânico Harlan, em Chips; o Dooley, do desenho do Pica-Pau; o Rei Tut, em Batman; Jaiminho, o carteiro em Chaves, etc. Em 1974 participa das peças Bonitinha, mas Ordinária, de Nelson Rodrigues, e Tome Conta de Amélie. Por esses trabalhos é indicado como revelação do ano. No cinema, quase sempre no gênero pornochanchada, atua em Regina e o Dragão de Ouro (1974), O Sexualista (1976) e A Luta Pelo Sexo (1984). Na televisão, participa de algumas novelas como Tchan!, a Grande Sacada (1976), Cara a Cara (1979), Um Homem Muito Especial (1980), Destino (1982), Meus Filhos, Minha Vida (1984) e Jerônimo (1984). Morre em 10 de agosto de 2007, aos 67 anos de idade, em São Paulo. Filmografia: 1974 – Regina e o Dragão de Ouro; 1975 – Quando Elas Querem... e Eles Não; Ainda Agarro Esse Machão; 1976 – O Dia das Profissionais; Pura Como Um Anjo, Será Virgem; O Sexualista; Traídas Pelo Desejo; A Últi ma Ilusão; 1977 – Fruto Proibido; Seduzida Pelo Demônio; 1978 – O Vigilante Rodoviário; 1980 – Orgia das Taras; 1984 – A Luta Pelo Sexo. SALVADOR, MALVINO Malvino Ramos Salvador nasceu em Manaus, AM, em 31 de janeiro de 1976. Muda-se para São Paulo aos 18 anos, em 2004, para ser modelo. Já no Rio de Janeiro, estreia na televisão como o Tobias, na novela Cabocla (2004). Seguem-se Alma Gêmea (2005), O Profeta (2006/2007) e Sete Pecados (2007). Em 2005 fez o papel de Pôncio Pilatos na encenação da Paixão de Cristo, em Nova Jerusalém, Pernambuco. Estreia no cinema em 2007 no filme O Signo da Cidade, dirigido pelo ator Carlos Alberto Riccelli. Em 2008 tem seu grande momento como o Damião de A Favorita e em 2009, já com o status de protagonista, é Gabriel Bati sta da Silva de Caras & Bocas (2009). Filmografia: 2007 – O Signo da Cidade. SALVATORI, VINÍCIUS Vinícius Salvatori nasceu no Rio Grande do Sul, em 1943. Mudase para o Rio de Janeiro no final dos anos 1960 para fazer teatro, com estreia em A Escolha ou O Desembestado, em 1967. Em 1969 é convidado por Glauber Rocha para o filme Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro e no mesmo ano faz sua primeira novela, A Cabana do Pai Tomás. Sua carreira começa então a deslanchar, com muitos convites aparecendo como o Castro de Irmãos Coragem, em 1970, seu primeiro papel de destaque; um dos vilões da trama de Janete Clair. Depois Selva de Pedra (1972), Cuca Legal (1975), Os Gigantes (1979), etc. Atua na série Plantão de Polícia, em 1979, como o Ribeira e nas minisséries Bandidos da Falange (1983) e O Tempo e o Vento (1985). No teatro, dentre outras peças, atua De Brecht a Stanislaw Ponte-Preta (1967), O Últi mo Carro (1976) e Escola de Mulheres (1985). No cinema tem seu grande momento em O Caso Cláudia, de Miguel Borges, em 1979, como o detetive braço direito de Guerra (Roberto Bonfim). Morre no Rio de Janeiro, RJ, em 1993, aos 50 anos de idade, de ataque cardíaco fulminante, enquanto se dirigia ao teatro para ensaiar uma peça. Filmografia: 1969 – O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro (Brasil/ França/Alemanha); 1970 – Pindorama; Os Deuses e os Mortos; 1971 – O Capitão Bandeira Contra o Dr. Moura Brasil; 1973 – Sagarana, o Duelo; 1976 – O Casamento; 1978 – Se Segura Malandro; 1979 – O Bom Burguês; República dos Assassinos; Amor Bandido; O Caso Cláudia; 1980 – Giselle; Crônica à Beira do Rio (MM); 1984 – Amor Maldito; 1989 – Kuarup. SAMARA, HELENA Nasceu em Belo Horizonte, MG, em 19 de julho de 1933. Começa sua carreira em 1954 na Rádio Tupi, como locutora e radioatriz, em programas de Lenita Campos, ao lado da irmã, Elvira Samara, lá permanecendo por dez anos. Contratada pelas Organizações Victor Costa, inicia carreira na televisão em 1961, na novela A Herdeira de Ferlach, no teledrama Os Três Leões e na novela Confl ito, em 1963. No teatro, participa de peças importantes como Lisístrata, ao lado de Ruth Escobar, em 1967. Trabalha para os estúdios de dublagem, fazendo a voz, entre outras, de Endora, a mãe de Samantha, no seriado A Feiti ceira, de muito sucesso na década de 1960, além de participações esporádicas na Rádio Mulher de São Paulo. No cinema, faz um único filme, em 1976, Como Consolar Viúvas. Morre em 8 de novembro de 2007, em São Paulo, aos 74 anos de idade, de falência múltipla de órgãos. Filmografia: 1976 – Como Consolar Viúvas. SAMPAIO, JACYRA Jacyra de Almeida Sampaio nasceu em Santa Cruz do Rio Pardo, SP, em 28 de agosto de 1928. Inicia sua carreira no Teatro Experimental do Negro. Estreia no cinema em 1959 no filme O Preço da Vitória, de Oswaldo Sampaio, ao lado do galã Maurício Morey. Na televisão, estreia em 1960 em Imitação da Vida, pela TV Record. Nos anos 1960/1970 atua em diversas novelas, clássicos da TV Excelsior – Alma de Pedra (1966), Minas de Prata (1966), Redenção (1966), A Muralha (1968) e Dez Vidas (1970). Na TV Tupi atua em Divinas & Maravilhosas (1973) e Meu Rico Português (1975). E vem a grande virada na sua carreira, ao interpretar a Tia Anastácia do Sítio do Pica- Pau Amarelo, pela TV Globo, que fi cou no ar até 1985. Com o fim da série, suas oportunidades diminuem, mesmo assim tem pequenas parti cipações em Sinhá Moça (1986), Bambolê (1987), Pacto de Sangue (1989) e Despedida de Solteiro (1992). Em 1994 atua em um episódio do programa Você Decide. Morre em 29 de setembro de 1998, em São Paulo, aos 70 anos, de ataque cardíaco. Filmografi a: 1959 – O Preço da Vitória; 1960 – Zé do Periquito; 1961 – A Primei ra Missa; 1977 – Que Estranha Forma de Amar. SAMPAIO, REGINA Veterana atriz teatral brasileira, pouco conhecida do público. No cinema atua em Bossa Nova (2000) e Meu Nome Não é Johnny (2008). Na televisão em Bicho do Mato (2007), pela TV Record, no papel de Frederica. Filmografia: 2000 – Bossa Nova; 2005 – Depois Daquele Baile; 2008 – Meu Nome Não é Johnny; 2010 – Como Esquecer. SAMPAIO, SILVEIRA José da Silveira Sampaio nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de junho de 1914. Autor, ator, diretor e empresário. Em 1935 forma-se em medicina, na especialidade pediatria. Paralelamente aos estudos, vence o concurso de novos autores, promovido pelo Jornal do Brasil, com Futebol em Família, texto redigido em parceria com Arnaldo Faro, encenado no Teatro São José, em 1931. A partir de 1934 escreve coluna no Diário Carioca, com o pseudônimo de Sam. Em 1947 funda o grupo amador Os Cineastas e escreve, dirige e produz o filme Uma Aventura aos Quarenta. Seu primeiro sucesso no teatro acontece em 1948 com A Inconveniência de Ser Esposa, na companhia de Aimée. Nessa época assume o Teatro de Bolso, pequena sala de espetáculos que ficava na Praça General Osório e mais tarde no Leme. Escreve peças importantes como Um Homem Magro Entra em Cena (1948) e Sua Excelência em 26 Poses (1954), entre tantas outras. Em 1949 recebe a Medalha de Ouro da Associação Brasileira de Críticos Teatrais (ABCT), pela direção de Um Deus Dormiu Lá em Casa, de Guilherme Figueiredo. Em 1953 sai do Teatro de Bolso e passa a ocupar o Teatro Serrador, onde estreia o texto O Diabo em Quatro Corpos, com Mara Rúbia no papel principal. A partir de 1956, a convite de Carlos Machado, estabelece-se em uma pequena boate no Hotel Glória. Atua também como roteirista e argumentista. Na televisão, faz trabalhos memoráveis, sendo um dos incentivadores de Jô Soares, com quem trabalha em Silveira Sampaio Show, sucesso no início dos anos 1960. Silveira Sampaio cria um esti lo cômico intrinsecamente ligado à cultura brasileira dos anos 1950 e 1960 com um tipo de comédia inconfundivelmente carioca. Morre em 23 de novembro de 1964, aos 50 anos de idade. Após sua morte, sua últi ma peça Da Necessidade de Ser Polígamo, estreia em Nova York, traduzida por Roberto Campos, então ministro do Planejamento. Filmografia (ator): 1947 – Uma Aventura aos Quarenta; 1952 – O Canto da Saudade (como ele mesmo); Sete Viúvas do Barba Azul (inacabado); 1962 – América de Noite (America di Notte) (coprodução Brasil/Argentina/Itália) (como ele mesmo). Filmografia (diretor): 1947 – Uma Aventura aos Quarenta; 1952 – Sete Viúvas do Barba Azul (inacabado). SAMPSON, WILSON Wilson Miguel da Silva nasceu em São Paulo, SP, em 28 de junho de 1952. Inicia sua carreira no teatro. Ator de grande fi lmografia em São Paulo. Ligado ao cinema da Boca, estreia em 1978 no filme Desejo Violento. Na televisão, em 1984 parti cipa do remake da novela Jerônimo, o Herói do Sertão, produção do SBT. Atua em 25 filmes, Amor, Palavra Prosti tuta (1982), Cidade Oculta (1984), Ed Mort (1997) e Durval Discos (2002). Em 2005 atua na série Carandiru, Outras Histórias, pela TV Globo. Além de ator, Sampson também foi atuante na políti ca, filiado ao PDT, candidatou-se a vereador e diretor do Sated-SP. Filmografia: 1978 – Desejo Violento; No Tempo dos Trogloditas; 1979 – A Mulher Que Inventou o Amor; Diário de Uma Prosti tuta; 1980 – Orgia das Taras; Corpo Devasso; 1981 – Como Faturar a Mulher do Próximo (episódio: Baile do Cabide); 1982 – Retrato Falado de Uma Mulher Sem Pudor; As Safadas (episódio: Rainha do Fliperama); Sol Vermelho; Curral de Mulheres; O Vale dos Amantes; Amor, Palavra Prosti tuta; Sete dias de Agonia (O Encalhe); 1983 – A Freira e a Tortura; Sexo Animal; 1984 – O Baiano Fantasma; Tentação na Cama; Transa Brutal; 1986 – Estou Com Aids (depoimento); Cidade Oculta; Avesso do Avesso; Filme Demência; 1997 – Ed Mort; 2002 – Durval Discos. SANÁBIO, PABLO Nasceu em Juiz de Fora, MG, em 1982. Ator, produtor de teatro e videomaker. Estreia ainda menino, em 1990, aos 8 anos, na peça Maria Minhoca, de Maria Clara Machado, pelo Teatro Infantil da Academia (TIA). Depois participa de outras montagens como Romeu e Julieta e Morte e Vida Severina. Adolescente, dirige a peça O Reino da Comidolândia Contra o Império Diet, com o grupo Teatro de Quintal. Aos 18 anos, em 2000, muda-se para o Rio de Janeiro e vai estudar na Casa de Artes de Laranjeiras (CAL) e cursa Publicidade na Universidade Gama Filho. Em 2001 dirige o curta Kiss Me, premiado no IX Festival de Curtas da Faculdade Gama Filho. Na televisão, estreia em 2007 no seriado Sítio do Pica-Pau Amarelo. No mesmo ano faz seu primeiro filme como ator, Sem Controle. Atua nas peças Capitães de Areia, Boca de Ouro e A Ratoeira, esta última produção sua, num texto de Agatha Christie e direção de João Fonseca. É um jovem e promissor talento brasileiro. Filmografia (ator): 2007 – Sem Controle; 2009 – Tempos de Paz. Filmografia (diretor): 2001 – Kiss Me (CM); 2002 – Inteiros; O Saque; 2003 – Lobotomia. SANCHES, GILMARA Nasceu em São Paulo, em 15 de junho de 1948. Inicia sua carreira na televisão em 1965 em Turbilhão. Seguem-se Os Diabólicos (1968), Sangue do meu Sangue (1969), A Menina do Veleiro Azul (1969) e Meu Rico Português (1975). Muito bonita, faz seu único filme em 1970, Betão Ronca Ferro, ao lado de Mazzaropi, em papel de destaque. Nos anos 1970, atua como jurada do Programa Sílvio Santos. A partir dos anos 1980 torna-se dubladora profissional e depois diretora de dublagem, trabalho que exerce até os dias de hoje. É irmã da atriz Elaine Cristina. Filmografia: 1970 – Betão Ronca Ferro. SANCHES, MARISA Nasceu em Caconde, SP, em 8 de abril de 1924. Foi cigarette-girl e mora há muitos anos nos Estados Unidos, tendo sido locutora na NBC. Inicia sua carreira artística como cantora. De volta ao Brasil, entra para a TV Tupi como atriz e locutora. Estreia como atriz em Oliver Twist, em 1955. Participa dos programas TV de Vanguarda, TV Teatro e TV Comédia. Constitui sólida carreira na televisão, sempre na Tupi, nas novelas Alma Cigana (1964), Nino, o Italianinho (1969), Simplesmente Maria (1970), Meu Rico Português (1975) e Dinheiro Vivo (1979). No cinema, parti cipa de um único filme, a comédia Cada Um Dá o Que Tem, em 1975. Foi casada com o ator Lima Duarte, com quem teve duas filhas, Débora, que também é atriz, e Mônica, advogada. Morre em 4 de fevereiro de 2002, em São Paulo, aos 77 anos. Filmografia: 1975 – Cada Um Dá o Que Tem (episódio: O Despejo). SANCHES, PACO Francisco Sanches Netto nasceu em São Paulo, SP, em 30 de junho de 1939. Inicia sua carreira no Teatro de Arena em São Paulo, estreando na peça A Granada. Até 1975 atua exclusivamente no teatro, quando chega a oportunidade de ir para a televisão, participar da novela Ovelha Negra, pela TV Tupi. No ano seguinte o cinema acontece no filme Sabendo Usar Não Vai Faltar. Nos anos 1980 dedica-se muito ao cinema, participando da fase erótica pré-explícito. Em 1985, motivado por sua parti cipação no filme, leva para o teatro a peça Marvada Mula; o sucesso foi enorme e a peça fica em cartaz muitos anos. Depois de atuar em outras emissoras, a parti r de 1994 atua na TV Globo, em novelas como Tropicaliente (1994), como Majubinha; Era Uma Vez... (1998), como Peão; Como Uma Onda (2005), no papel de Manjubinha; e Desejo Proibido (2008), no papel de Pedrão. Filmografia: 1976 – Sabendo Usar Não Vai Faltar; Pastores da Noite (Otália da Bahia) (França/Brasil); 1981 –...E a Vaca Foi Para o Brejo; Sadismo – Aberrações Sexuais; 1982 – Procuro Uma Cama; As Gatas, Mulheres de Aluguel (episódio: Aretuza); O Último Voo do Condor; O Homem do Pau-Brasil; As Vigaristas do Sexo; A Fábrica de Camisinhas; 1983 – Elas Só Transam no Disco; A Próxima Vítima; Arapuca do Sexo; Põe Devagar... Bem Devagarinho; 1984 – Transa Brutal (O Fim da Picada); Bacanais Sem Fim; 1985 – Abre as Pernas Coração; A Marvada Carne; Um Pistoleiro Chamado Papaco (Os Amores de Um Pistoleiro); 1987 – As Amantes de Um Jumento; 1990 – Beijo 2348/72; 1998 – Alô?!. SAND, MADY Nasceu na França. Ainda jovem, em 1960, vem para o Brasil. Começa sua carreira como modelo profissional e depois como bailarina e humorista, em programas humorísticos na televisão. Estreia no cinema em 1969 no filme As Libertinas. Atua também na novela Cara a Cara (1979). Não se tem informações sobre a continuidade de sua carreira. Filmografia: 1969 – As Libertinas (episódio: Alice); 1975 – Bonecas Diabólicas. SANDY & JUNIOR Dupla de cantores nascida em Campinas, formada por Sandy, Sandy Leah Lima, que nasceu em 28 de janeiro de 1983, e Júnior, Durval de Lima Júnior, nascido em 11 de abril de 1984. São fi lhos do cantor Xororó, da dupla Chitãozinho e Xororó. Incenti vados pelos pais, ainda crianças iniciam carreira artística. Gravam o primeiro disco em 1991, Aniversário do Tatu, e vendem 300 mil cópias de cara, conquistando o primeiro disco de ouro de suas carreiras. Já gravaram muitos CDs, sempre com sucesso de vendagem. Em 1990 fazem sua primeira novela, uma pequena parti cipação em A História de Ana Raio e Zé Trovão, pela extinta TV Manchete. Estreiam no cinema em 1997 no filme Noviço Rebelde, ao lado dos Trapalhões. Em 1999 ganham programa próprio na TV Globo, mas sem o sucesso previsto. Em 2001, Sandy, sozinha, participa da novela Estrela Guia, onde foi par amoroso do galã Guilherme Fontes. A partir de 2002, a dupla passa a registrar queda nas vendas de CDs e começam a se apresentar separadamente. Em 2003 estrelam Acquaria, aventura futurista feita especialmente para a dupla, mas que não rendeu nas bilheterias o resultado esperado, o que não tira o brilho e talento da dupla. A dupla ainda faria uma parti cipação na novela Paraíso Tropical, em 2007, ano em que são fortes os rumores de separação da dupla, separação essa confirmada em 2008, quando resolvem seguir carreiras solo. Filmografi a: 1997: O Noviço Rebelde; 2002 – Zico (apenas Júnior); 2003: Acquaria. SANGALO, IVETE Ivete Maria Dias de Sangalo nasceu em Juazeiro, BA, em 27 de maio de 1972. Com 7 anos muda-se com a família para Salvador. Inicia sua carreia artística como cantora e, em 1992, ganha o prêmio de melhor intérprete feminina da Bahia, conquistando o troféu Dorival Caymmi. O produtor Jorge Cunha, fundador da Banda Eva, convida-a para participar da banda, que grava seu primeiro disco em 1993. Em seis anos, foram seis discos e muitos sucessos. Em 1998 estreia no cinema, numa pequena parti cipação no filme Simão, o Fantasma Trapalhão, ao lado de Renato Aragão. Nesse mesmo ano apresentou duas edições do programa Planeta Xuxa, enquanto Xuxa estava de licença-maternidade. A partir de 1999 inicia carreira solo de sucesso, tendo vendido mais de cinco milhões de discos até hoje. Em 2002 casou-se com o músico Davi Moraes, mas a relação durou menos de dois anos. Hoje namora Fábio Molejo, dançarino de sua banda. Parti cipa em 2000 do seriado Brava Gente, pela TV Globo, ao lado de Matheus Nachtergaele, Marcos Pasquim e Mauro Mendonça e de um episódio do Síti o do Pica-Pau Amarelo, em 2001. Com carisma e beleza, hoje é uma das melhores cantoras brasileiras. A parti r de 2005 apresenta o programa Estação Globo, pela TV Globo. Filmografia: 1998 – Simão, o Fantasma Trapalhão; 2006 – Xuxa Gêmeas. SANTANNA, NEY Ney Santanna Pereira dos Santos nasceu em São Paulo, SP, em 17 de janeiro de 1954. Filho do cineasta Nelson Pereira dos Santos, está desde menino ligado aos afazeres do cinema. Estreia como ator em 1970, numa pequena ponta no filme Azyllo Muito Louco. Seu primeiro papel importante acontece em 1973, no filme Joanna Francesa. Logo após, Ladrões de Cinema (1977), Memórias do Cárcere (1984), Assim na Tela como no Céu (1991), etc. Estreia como diretor no curta Caieiras Velhas (1979) e depois realiza seu único longa-metragem, Sonhei Com Você (1988), com a dupla sertaneja Milionário e José Rico. É assistente de diretor em dois filmes do pai, Memórias do Cárcere (1984) e Jubiabá (1987). Na televisão, participa, como ator, das novelas Cinderela 77 (1977), Memórias do Amor (1979), Jogo da Vida (1981) e Sassaricando (1994). Em 2006 retorna ao cinema para parti cipar do filme Brasília 18%, ao lado de Carlos Alberto Riccelli. Foi casado com a atriz Nádia Lippi, com quem tem uma filha, Talita (1978). Do casamento com a atriz Ada Chaseliov, tem outra filha, Mila (1982). Filmografi a (ator): 1970 – Azyllo Muito Louco; 1973 – Joanna Francesa (Brasil/ França); 1974 – O Amuleto de Ogum; 1976 – Soledade; 1977 – A Árvore dos Sexos; Ladrões de Cinema; Paraíso no Inferno; 1978 – Gente Fina é Outra Coisa; A Dama do Lotação; 1982 – Insônia; 1984 – Memórias do Cárcere; 1991 – Assim na Tela como no Céu; 2006 – Brasília 18%. Filmografia (diretor): 1979 – Caieiras Velhas (codirigido por Ângela Cozetti e Nonato Estrela) (CM); 1992 – Cadê a Massa? (CM); 1988 – Sonhei com Você. SANTA-CRUZ, JOSÉ Nasceu na Paraíba. Começa a trabalhar como locutor na Rádio Tabajara, em sua cidade. Em 1º de julho de 1948 transfere-se para a Rádio Clube de Pernambuco com o personagem Bombinha, no programa Pensão Paraíso. Logo começa a fazer a programação noturna. O locutor, em traje de gala, apresentava os números musicais, acompanhado de grande orquestra, sob a regência do maestro Nelson Ferreira. A partir de 1950 dedica-se à carreira de humorista, ao lado de Lúcio Mauro. Os dois resolvem tentar a vida no Rio de Janeiro. Em 1963 entra na TV Tupi, nos anti gos estúdios do Cassino da Urca, na mesma época em que começaram vários humoristas nordestinos – Renato Aragão, Arlete Salles, Lúcio Mauro e Santa Cruz. Participa do programa A, E, I, O... Urca, grande sucesso. Fica na Tupi até seu fechamento, em 1980. No SBT, participa do programa A Praça é Nossa, ao lado de Carlos Alberto de Nóbrega. Desde 1999 parti cipa de Zorra Total, pela TV Globo, atendendo a uma convocação de Maurício Sherman. Cria vários personagens, entre os quais o Azarildo, mas o principal é mesmo o Jojoca. Também é dublador profissional de inúmeros personagens – Dino da Silva Sauro e Hagrid, de Harry Potter. Casado, tem três filhos, dois garotos e uma menina, que faleceu em um acidente de automóvel. Filmografia: 1963 – Terra Sem Deus; 1966 – 007 ½ no Carnaval; 1967 – A Espiã Que Entrou em Fria; 1971 – Os Caras de Pau; Cômicos e Mais Cômicos (como ele mesmo). SANTANA, BABU Alexandre da Silva Santana nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de dezembro de 1979. Estreia no cinema em 2001 no curta Um Jeito Brasileiro de Ser Português. No ano seguinte brilha em Cidade de Deus, com o personagem Grande Big-Boy. Na televisão, estreia em um episódio de Carga Pesada. Sua primeira novela é Duas Caras (2008), como Montanha. No teatro, participa das peças Abalou, Colagem, Noites do Vidigal, Burro Sem Rabo, Sonho de Uma Noite de Verão, etc., todos produzidos pelo grupo Nós do Morro. Firma-se no cinema, já com grande fi lmografi a, em Quase Dois Irmãos (2004), Batismo de Sangue (2007), Meu Nome Não é Johhny (2008), etc. Em sua curta, mas vitoriosa carreira, recebe vários prêmios – Melhor Ator Coadjuvante, filme Uma Onda no Ar (2002), Festival de Cinema de Varginha, MG; Melhor Ator, filme Maré, Nossa História de Amor (2007), Festival do Rio 2007, Melhor Ator Coadjuvante, filme Estômago (2007), Academia Brasileira de Cinema, 2009. Na televisão também atua com frequência – Beleza Pura (2008), como Carniça, e Caminho das Índias (2009), como o paciente do Dr. Castanho. É um ator em franca evolução. Filmografia: 2001 – Um Jeito Brasileiro de Ser Português (CM); 2002 – Cidade de Deus; Uma Onda no Ar; Na Idade da Imagem ou Projeção nas Cavernas (CM); 2003 – O Homem do Ano; As Alegres Comadres; Nevasca Tropical (CM); 2004 – Ratoeira (CM); Quase Dois Irmãos; Redentor; 2005 – Achados e Perdidos; 2006 – Memórias da Chibata (CM); Vitória de Darley (CM); 2007 – Cidade dos Homens; O Cobrador (In God We Trust); (Brasil/Argenti na/Espanha/México); Batismo de Sangue; O Estado do Mundo (episódio: Germano); Cidade dos Homens; Estômago; Maré, Nossa História de Amor; 2008 – Meu Nome Não é Johnny; Mais Uma História no Rio (CM); Ressaca; 2009 – Em Terra de Cego (CM); Predileção (CM); 2010 – Família Vende Tudo. SANTANA, DEDÉ Manfried Santana nasceu em São Gonçalo, RJ, em 29 de abril de 1936. Filho de artistas de circo, pisa no picadeiro pela primeira vez com 3 meses de vida. No circo, faz de tudo, trapézio, barra... É também engraxate, verdureiro, cortador de camisas e ajudante de mecânico. Seu tio, o humorista Colé Santana, leva-o para a revista A Panela Está Fervendo, atuando ao lado de Arnaud Rodrigues. Com o irmão Dino Santana, forma a dupla Maloca e Bonitão, mas a virada se dá quando se transfere para a TV Tupi e conhece Renato Aragão. Com este, forma Os Trapalhões, que depois teria ainda Mussum e Zacarias. O quarteto mais famoso do Brasil domina as telonas e telinhas do Brasil nos anos 1970 e 1980. Estreia no cinema em 1962 em Rio à Noite e faz muitos filmes, antes de iniciar a série com Aragão. Dirige cinco filmes para o quarteto, entre eles, Os Trapalhões e o Mágico de Oroz (1984) e Os Trapalhões no Rabo do Cometa (1986). Com as mortes de Mussum e Zacarias, o grupo se desfaz. Em 1999 Dedé vai para a TV Record participar do programa Escolinha do Barulho, depois, em 2005, para o SBT, convidado por Beto Carrero, para participar do humorístico Dedé e o Comando Maluco. Em 2008, se reconcilia com o amigo Renato Aragão e retorna à TV Globo e passa a participar do programa A Turma do Didi. Foi casado com a atriz Ana Rosa, com quem teve uma filha, Maria Leone, nascida em 1962. Filmografia (ator): 1962 – Rio à Noite; 1965 – A Pedra do Tesouro (CM); 1966 – Na Onda do Iê-Iê-Iê; Lana, Rainha das Amazonas (Lana – Krönigin Der Amazonen) (Alemanha/Brasil); 1967 – A Espiã Que Entrou em Fria; 1969 – Deu a Louca no Cangaço; 1970 – Dois Mil Anos de Confusão; A Ilha dos Paqueras; Se Meu Dólar Falasse...; 1972 – Ali Babá e os Quarenta Ladrões; Os Desempregados (Irmãos Sem Coragem); 1973 – Sob o Domínio do Sexo; 1974 – Aladim e a Lâmpada Maravilhosa; Robin Hood, o Trapalhão da Floresta; 1975 – O Trapalhão na Ilha do Tesouro; 1976 – Simbad, o Marujo Trapalhão; O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão; O Trapalhão no Planalto dos Macacos; 1978 – Os Trapalhões na Guerra dos Planetas; 1979 – O Cinderelo Trapalhão; O Rei e os Trapalhões; 1980 – O Incrível Monstro Trapalhão; Os Três Mosqueteiros Trapalhões; 1981 – O Mundo Mágico dos Trapalhões; Os Vagabundos Trapalhões; Os Salti mbancos Trapalhões; 1983 – Atrapalhando a Suate; O Cangaceiro Trapalhão; Os Trapalhões na Serra Pelada; 1984 – A Filha dos Trapalhões; Os Trapalhões e o Mágico de Oroz; 1985 – Os Trapalhões no Reino da Fantasia; 1986 – Os Trapalhões e o Rei do Futebol; Os Trapalhões no Rabo do Cometa; As Sete Vampiras; 1987 – Os Fantasmas Trapalhões; Os Trapalhões no Auto da Compadecida; 1988 – Heróis Trapalhões, uma Aventura na Selva; O Casamento dos Trapalhões; 1989 – A Princesa Xuxa e os Trapalhões; Os Trapalhões na Terra dos Monstros; 1990 – Escola Atrapalhada; O Mistério de Robin Hood; 1991 – Os Trapalhões e a Árvore da Juventude; 1997 – O Noviço Rebelde; 1998 – Simão, o Fantasma Trapalhão; 1999 – O Trapalhão e a Luz Azul. Filmografia (diretor): 1983 – Atrapalhando a Suate; 1984 – Os Trapalhões e o Mágico de Oroz; A Filha dos Trapalhões; 1985 – Os Trapalhões no Reino da Fantasia; 1986 – Os Trapalhões no Rabo do Cometa. SANTANA, DINO Nasceu em Niterói, RJ. É irmão do comediante Dedé Santana e também sobrinho de Colé Santana. Estreia no cinema em 1965 no curta-metragem A Pedra do Tesouro. Seu melhor papel no cinema é no filme A Ilha dos Paqueras, como o capitão do navio. Com o irmão Dedé forma a dupla Maloca e Bonitão, de muito sucesso na televisão, antes de Dedé se juntar a Renato Aragão e aos Trapalhões. Dino sempre esteve junto com Dedé, quer no cinema, quer na televisão. Filmografia: 1965 – A Pedra do Tesouro (CM); 1966 – A Ilha dos Paqueras; 1969 – Deu a Louca no Cangaço; 2000 Anos de Confusão; 1970 – Se meu Dólar Falasse...; 1972 – Os Desempregados; 1975 – Zé Sexy... Louco, Muito Louco por Mulher; 1976 – O Mulherengo; 1979 – O Rei e os Trapalhões; O Cinderelo Trapalhão; 1983 – Atrapalhando a Suate; 1984 – Os Trapalhões e o Mágico de Oroz; A Filha dos Trapalhões; 1987 – Os Fantasmas Trapalhões. SANTIAGO, RODRIGO Nasceu em Formiga, MG, em 1943. Ainda jovem muda-se com a família para Belo Horizonte. Sua carreira artística começa no circo, na peça Alice no País das Maravilhas, da qual é autor e ator. Mudase para São Paulo e forma-se na Escola de Arte Dramáti ca. Estreia profissionalmente no teatro, ao participar da peça Camila (1965), de Arthur Laurents, na Companhia Nydia Lícia, e Roda Viva, de Chico Buarque, em 1968, em histórica montagem. No cinema estreia no filme Em Cada Coração um Punhal (1969), seguindose Bandalheira Infernal (1977) e A Causa Secreta (1994), pelo qual recebe o prêmio de melhor ator coadjuvante da Associação Paulista de Críticos de Arte. Na televisão, sua primeira novela é Somos Todos Irmãos, de 1966. Seguem-se Beto Rockfeller (1968), Super Plá (1969), O Rebu (1974), etc. Em 1978 ganha o Prêmio Molière de Teatro, como melhor ator do ano. Além de atuar em TV, Teatro e Cinema, Rodrigo era também professor na Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo. Em 1998/1999 participa de oito episódios do programa Você Decide, sendo o últi mo, Estrada do Amanhã. Morre em 13 de outubro de 1999, aos 56 anos de idade, de problemas cardíacos, em São Paulo. Filmografia: 1969 – Em Cada Coração Um Punhal (episódio: Clepsusana); 1970 – Nenê Bandalho; Cléo e Daniel; 1977 – Bandalheira Infernal; 1978 – Doramundo; Diário Da Província; 1980 – O Sonho Não Acabou – Teatro Libertário (CM) (depoimento); 1981 – Maldita Coincidência; 1987 – Romance; 1988 – Jorge, Um Brasileiro; 1994 – A Causa Secreta; 1995 – Eu Sei Que Você Sabe (CM); 2000 – Cronicamente Inviável. SANTIAGO, SIDNEY Nasceu no Guarujá, SP, em 1985. Forma-se em 2004 pela Faculdade de Artes da USP e passa a participar do grupo Crespos, companhia formada só por negros, que organiza espetáculos com foco no racismo e na desigualdade. Inicia sua carreira em 2002, na série Turma do Gueto e em 2004 na novela Metamorphoses, ambas pela TV Record e interpretando o personagem Xarope. Em 2005, já pela TV Globo, é o Kennedy em Carandiru, Outras Histórias. Em 2006 estreia no cinema no filme Os 12 Trabalhos, já se destacando como o motobói e desenhista Héracles, ganhando vários prêmios em festivais brasileiros no Rio e no Recife. No ano seguinte enfrenta o desafio de interpretar Josi, um travesti amargurado em O Signo da Cidade. Depois atua nas minisséries Queridos Amigos (2008), pela TV Globo e Tudo o Que é Sólido Pode Derreter (2009), pela TV Cultura. Em Caminho das Índias foi o Ademir. Mostrando toda sua versatilidade de ator, em 2009 é Cleber, um bandido sem escrúpulos no filme Os Inquilinos, de Sérgio Bianchi, e no teatro com a peça Ensaio Sobre Carolina. Sobre o teatro, sua verdadeira paixão, Sidney declarou em entrevista ao Jornal do Nordeste publicada em 10/08/2009: “No teatro, as rédeas da criação e suas proposições política e espiritual são próximas. Isso me deixa feliz e me sinto um criador”. Sidney já se destaca como bom ator da nova safra brasileira. Filmografia: 2006 – Os 12 Trabalhos; 2007 – O Signo da Cidade; 2009 – Os Inquilinos; 2010 – Estamos Juntos. SANTORO, DANTE Dante Italino Santoro nasceu em Porto Alegre, RS, em 18 de junho de 1904. Começa cedo sua carreira musical, tornando-se grande flautista e compositor, assinando inspiradas composições. Estreia no cinema em 1939, no filme Aves Sem Ninho. Faz apenas dois filmes. Dedica sua carreira quase que totalmente à música. Morre em 12 de agosto de 1969, no Rio de Janeiro, aos 65 anos de idade. Filmografia: 1939 – Aves Sem Ninho; 1952 – Tudo Azul. SANTORO, FADA Mafalda Basílio Monteiro dos Santos Mandarim Santoro nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 29 de agosto de 1926. Ainda menina começa a estudar balé com Eros Volúsia. Com as irmãs, se apresenta em teatros, mas logo as outras desistem e ela continua mesmo com a desaprovação da família. Trabalha em boates, cantando nos shows de Carlos Machado. No cinema desde 1938, atua em Maridinho de Luxo (1938), Pif-Paf (1945), O Capanga (1958), etc. Entre 1954 e 1955 vai para a Argentina e lá participa de três filmes. A partir dos anos 1960 encerra sua carreira. Filmografia: 1938 – Maridinho de Luxo; 1939/1944 – Romance Proibido; 1944 – Berlim da Batucada; 1949 – Escrava Isaura; Jangada (inacabado); 1950 – O Pecado de Nina; 1951 – Milagre de Amor; Tocaia; 1952 – Areias Ardentes; Barnabé, Tu és Meu; 1953 – Agulha no Palheiro; Perdidos de Amor (A Força do Amor); 1954 – Dúvida; Nem Sansão Nem Dalila; Detective (Argentina); 1955 – La Delatora (Argentina); 1956 – África Ríe (Argentina); Boca de Ouro; 1958 – O Capanga; 1975 – Assim Era Atlântida. SANTORO, RODRIGO Rodrigo Junqueira Reis Santoro nasceu em Petrópolis, RJ, em 22 de agosto de 1975. Aos 17 anos, entra para a Faculdade de Comunicação na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Uma colega o indica para a Oficina de Atores da Globo, onde passa um ano estudando interpretação. Estreia em Pátria Minha (1994), seguindo-se Explode Coração (1995), O Amor Está no Ar (1997), Hilda Furacão (1998) e Suave Veneno (1999). Estreia no cinema no curta-metragem Depois do Escuro e o sucesso vem em 2001 com Bicho de Sete Cabeças, onde ganha todos os prêmios de interpretação do ano. Segue carreira paralela na televisão, com parti cipações em Estrela Guia (2001), Pastores da Noite (2002), Mulheres Apaixonadas (2003) e mais recentemente Hoje é Dia de Maria (2005). Em 2003 faz o travesti Lady Di em Carandiru, de Hector Babenco, mostrando sua versati lidade e parte para a carreira internacional. Já são vários trabalhos nos Estados Unidos, culminando com sua parti cipação na série Lost, em sua terceira temporada. Faz também cinema no Brasil, tendo parti cipado de várias produções – Os Penetras (2007) e Os Desafinados (2008). Namora desde 2003 a modelo e apresentadora Ellen Jabour (1979). É o ator brasileiro mais conhecido internacionalmente no momento. Filmografia: 1996 – Depois do Escuro (CM); 1998 – Como Ser Solteiro; 1999 – O Trapalhão e a Luz Azul; 2000 – Stuart Little (voz) (EUA); Stuart Litt le 2 (voz) (EUA); 2001 – Bicho de Sete Cabeças; Abril Despedaçado; 2003 – Carandiru; As Panteras – Detonando (Charlies Angels Full Throttle) (EUA); Simplesmente Amor (Love Actually) (EUA); 2004 – A Dona da História; 2006 – Não por Acaso; 2007 – Os Trezentos de Esparta (300) (EUA); 2008 – Cinturão Vermelho (Redbelt) (EUA); Leonera (Argenti na/Coreia/Brasil); Os Desafinados; Che (idem) (França/Espanha/EUA); Che 2 – A Guerrilha (Che 2) (França/Espanha/EUA); Manual para se Defender de Alienígenas, Zumbis e Ninjas (CM); 2009 – Os Penetras; Post Grad (EUA); Eu Te Amo, Philip Morris (I Love You, Philip Morris) (França/EUA); 2010 – Talking With Dog (Australia); There Be Dragons (Argen-ti na/EUA); Rio (EUA) (voz). SANTOS, AGOSTINHO DOS Nasceu em São Paulo, SP, em 25 de abril de 1932. No início dos anos 1950 já era crooner de orquestra. Logo já estava trabalhando nas rádios América e Nacional. Em 1955 grava Balada Triste e faz sucesso em todo o Brasil. Vai para o Rio de Janeiro cantar com Ângela Maria e Sílvia Teles na Rádio Mairynk Veiga. No cinema, tem participação de destaque no filme Orfeu do Carnaval (1959). Figura, com êxito, no Festival de Bossa Nova no Carnegie Hall em Nova York, em 1962, com o conjunto de Oscar Castro Neves. É a voz paulista mais marcante na Bossa Nova. Na década de 1960, firma-se como grande intérprete, principalmente de baladas românticas. Morre prematuramente em 12 de julho de 1973, num acidente de avião, aos 41 anos de idade, nas imediações do aeroporto de Orly, Paris, França. Filmografia: 1957 – Casei-me Com um Xavante; Com A Mão na Massa; 1958 – É de Chuá!; 1959 – Dona Xepa; Garota Enxuta; Dorinha no Society; Orfeu do Carnaval (Orphée Noir) (França); 1966/1970 – Tentação Nua (La Tentación Desnuda) (Argenti na/Brasil). SANTOS, CARMEN Maria do Carmo Santos Gonçalves nasceu em Vila da Flor, Distrito de Bragança, Portugal, em 8 de junho 1904. Assim como Carmen Miranda, vem para o Brasil aos 8 anos, em 1912. Radicada no Rio de Janeiro, estreia como atriz em 1919 no filme Urutau, mergulhando então em uma carreira sobre a qual quis saber todos os segredos, estudando, vendo, perguntando, fazendo e vivenciando tudo na profissão que escolhera. Faz parte do grupo de Cataguases e filma Sangue Mineiro ao lado de Humberto Mauro, com quem faz também Lábios Sem Beijos (1931), na Cinédia. Em 1933, já é mulher empreendedora que abre seu caminho no cinema brasileiro e funda a Brasil Vox Filme, futura Brasil Vita Filmes (a partir de 1935), onde realiza grandes produções – Cidade Mulher (1934) e Argila (1940). Grandes diretores da época usam seus estúdios. Leva dez anos para completar seu mais ambicioso projeto, Inconfi dência Mineira (1948), do qual, além de viver a musa Marília, é produtora e diretora. Pioneira, é chamada com justi ça de a grande dama do cinema brasileiro. Morre, prematuramente, em 29 de setembro de 1952, aos 48 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia (atriz): 1919 – Urutau; 1924 – A Carne; Amor no Ano de 1924 (inacabado); 1925 – Mademoiselle Cinema (inacabado); Atavismo; 1926 – Fantasma da Montanha; 1929 – Sangue Mineiro; Lábios Sem Beijos (inacabado); 1930 – Limite; 1932 – Onde a Terra Acaba; 1934 – Cidade Mulher; Favela de Meus Amores; Onde a Terra Acaba (inacabado); 1940 – Argila; 1948 – Inconfidência Mineira. Filmografia (diretora): 1935 – No Jardim Zoológico do Rio (CM); Pescadores de Sepetiba (CM); Praias de Sepetiba (CM); 1941 – À Procura de Marília (CM); Um Minueto de Mozart (CM); Terra Carioca (CM); Terra dos Inconfi dentes (CM); 1944 – Notícias do Rio (CM); 1945 – Artes e Artistas (CM); 1946 – A Escultura no Brasil (CM; 1948 – Inconfi dência Mineira. SANTOS, COSME DOS Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20 de setembro de 1955. Ator precoce, aos 7 anos estreia no cinema no filme Cinco Vezes Favela. Em seguida participa de Assalto ao Trem Pagador, como um dos filhos pequenos de Tião Medonho. Em 1969 faz sua primeira novela, Dez Vidas e não para mais, desenvolvendo sólida carreira como em Gabriela (1975), como Tuísca; Cabocla (1979), como Zéqueu; Paraíso (1982), como Tobi; Sinhá Moça (1986), como Bastião; Renascer (1993), como Zinho Zupira; O Rei do Gado (1996), como Formiga; Cabocla (2004), como Nastácio; e, mais recentemente, Bang-Bang (2006), como Rush. No cinema, participa de vários fi lmes – O Pica-Pau Amarelo (1974), Chico Rei (1985), Barrela (1990) e Cronicamente Inviável (2000). Filmografia: 1962 – Cinco Vezes Favela (episódio: Couro de Gato); Assalto ao Trem Pagador; 1965 – A Fábula (Mitt Hem ar Copacabana) (Suécia); Arrastão (Les Amants de La Mer) (França/Brasil); 1966 – Operação Paraíso (Se Tutt e Le Donne Del Mondo) (Itália/EUA); 1971– Faustão; 1974 – O Pica-Pau Amarelo; Robin Hood, O Trapalhão da Floresta; 1975 – As Aventuras de um Deteti ve Português; 1977 – A Queda; Barra Pesada; 1980 – Parceiro de Aventura; 1985 – Chico Rei; 1988 – As Aventuras de Sérgio Mallandro; 1990 – Barrela (Escola de Crimes); 1999 – No Coração dos Deuses; 2000 – Cronicamente Inviável; 2007 – Sambando nas Brasas, Morô?. SANTOS, ÊNIO Ênio de Azevedo Santos nasceu em Porto Alegre, RS, em 1922. Aos 13 anos muda-se sozinho para o Rio de Janeiro e começa a frequentar os programas de calouros de Renato Murce na Rádio Nacional. É contratado como cantor e assim inicia sua carreira profissional. Em 1946 estreia no cinema no filme Fantasma por Acaso, produção da Atlântida, dirigida por Moacyr Fenelon. No final dos anos 1950 é contratado pela TV Conti nental para atuar em teleteatros. Em 1967, já na TV Globo, faz sua primeira novela, Anastácia, a Mulher Sem Destino. Inicia aí sua fértil carreira na televisão, como coadjuvante, mas sempre com papeis de destaque, em inúmeras novelas – Irmãos Coragem (1970), como Dr. Maciel, o médico alcoólatra pai de Ritinha (personagem de Regina Duarte), em seu maior desempenho na televisão, nunca superado; Pecado Capital (1975), Água Viva (1980), Sinhá Moça (1986), Rainha da Sucata (1990), Quem é Você (1996), O Cravo e a Rosa (2000), etc., por sinal, sua última novela. No cinema, também fez vários filmes, com destaque para Teus Olhos Castanhos (1961), Copacabana Me Engana (1968), Tem Folga na Direção, Nunca Fomos Tão Felizes (1984). Tem vida profissional ativa também como dublador, quase sempre em desenhos da Disney, sendo um de seus principais personagens o Zangado, de Branca de Neve e os Sete Anões; Thomas O’Malley de Aristogatas; o narrador em Hércules; o Fa Zhou, em Mulan, etc. Casado, teve três filhos e uma vida discreta. Morre em 30 de janeiro de 2002, de problemas cardíacos, no Rio de Janeiro, aos 79 anos de idade. Filmografia: 1946 – Fantasma por Acaso; 1947 – Asas do Brasil; 1948 – Obrigado, Doutor; Poeira de Estrelas; 1950 – Todos por Um; 1961 – Teus Olhos Castanhos; Por Um Céu de Liberdade; 1968 – Copacabana me Engana; 1969 – Chegou a Hora, Camaradas!; 1973 – Os Condenados; As Moças Daquela Hora; Divórcio à Brasileira; 1975 – Ipanema, Adeus; 1976 – Tem Folga na Direção; As Meninas Querem... Os Coroas Podem; 1984 – Nunca Fomos Tão Felizes. SANTOS, GENY Começa sua carreira no cinema como conti nuísta no filme O Craque, em 1953, depois A Sogra (1954), Estranho Encontro (1958), etc. Como atriz, estreia em 1956, no filme A Doutora é Muito Viva. Na televisão, participa da novela Idade do Lobo, pela TV Tupi. Em 1973 faz sua estreia no teatro, numa peça sacra, participando, entre outras, de O Aniversário do Palhaço. Depois de muitos anos, retorna ao cinema, para parti cipar do filme O Supermanso. Nessa época, consegue destaque como sambista de escola de samba, atividade que prioriza a partir de então. Seu último fi lme é O Poderoso Machão, de 1976. Não se tem notícias sobre a continuidade de sua carreira artísti ca. Filmografia: 1956 – A Doutora é Muito Viva; 1958 – O Cantor e o Milionário; 1975 – O Supermanso; Os Pilantras da Noite; 1976 – O Poderoso Machão. SANTOS, IRANDHIR Irandhir Gleriston Santos Pinto nasceu em Barreiros, PE, em 22 de agosto de 1978. Filho de bancário, desde cedo aprendeu a adaptar-se às mudanças de cidade, e, nelas, costurando seu destino. Em Limoeiro, município da Zona da Mata de Pernambuco, teve seu primeiro contato com teatro. Forma-se em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e logo integra o Grupo Coletivo Angu de Sangue. Entre outras, parti cipa das peças Liberdade, Liberdade (1996), Duos: Um Olhar Sobre o Amor (1997), A Importância de Ser Prudente (1999), Cenas de Uma Paixão (2000), Flash Clown (2003), Quem Tem, Tem Medo! (2004), etc. A partir de 2005 no cinema, no filme Cinema, Aspirinas e Urubus, Irandhir passa a ser premiado em quase todos os seus trabalhos – Melhor Ator Coadjuvante em Brasília, por Baixio das Bestas (2006) e Melhor Ator no Cine-Ceará e Vitória Cine-Vídeo, por sua atuação no curta Décimo Segundo. Em 2009 recebe o troféu Menina de Ouro como Melhor Ator Coadjuvante em Paulínia, pelo filme Olhos Azuis, de José Joffily. Em 2007, na TV Globo, participa da minissérie A Pedra do Reino, como Quaderna, em impressionante atuação, que comoveu até o autor da obra, Ariano Suassuna. Filmografia: 2005 – Cinema, Aspirinas e Urubus; 2006 – Baixio das Bestas; 2007 – A Vida é Curta (CM); Amigos de Risco; Décimo Segundo (CM); 2008 – Azul (CM); 2009 – Olhos Azuis; Viajo porque Preciso, Volto porque Te Amo; Besouro; 2010 – Quincas Berro D´Água; O Senhor do Labirinto; Matraga; Tropa de Elite 2. SANTOS, JOSÉ MARIA DOS José Maria Ferreira Maciel dos Santos nasceu em Guarapuava, PR, em 12 de dezembro de 1933. Ator, professor e diretor de teatro. Com 12 anos muda-se para Curitiba e entra na Escola Dramática do Sesi. Em 1956 estreia como contrarregra na peça infantil Pluft, o Fantasminha e, no ano seguinte, como ator, na peça O Boi e o Burro, ambas de Maria Clara Machado. Nos anos 1960 participa de várias peças sob a direção de Cláudio Corrêa e Castro, no Teatro de Comédia do Paraná. Em 1971 cria grupo de teatro com alunos da Escola Técnica Federal do Paraná e lá permanece até sua morte. Apresenta o monólogo Lá, de Sérgio Jockyman, por 1.800 vezes, constituindo-se no seu maior sucesso. Estreia no cinema em 1976 no filme Aleluia Gretchen e ganha o Kikito de melhor ator coadjuvante no Festival de Gramado. Ele também escreve, dirige, atua e produz dezenas de espetáculos independentes. Trabalha, também, como diretor de teatro do Tecefet. Morre em Curitiba, PR, em 4 de janeiro de 1990, aos 56 anos de idade, de diverti culite. Filmografia: 1976 – Aleluia Gretchen; A Visita do Velho Senhor (CM); 1978 – Os Galhos do Casamento; O Besouro (CM); 1980 – Caminhos Contrários; Deu a Louca em Vila Velha; 1982 – Campeonato de Sexo; 1986 – Muiraquitã. SANTOS, LEILA Leila Santos de Souza nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Estuda jornalismo na PUC do Rio. Começa sua carreira artísti ca no teatro, na peça Esse Banheiro é Pequeno Demais Para Nós, de Ziraldo. Na televisão, em 1969, participa do especial Um Gosto Amargo de Festa, na principal personagem feminina. É também apresentadora de shows na TV Tupi. Estreia no cinema em 1968 no filme Enfim Sós... Com o Outro. Filmografia: 1968 – Enfim Sós... Com o Outro; Os Viciados (episódio: A Trajetória); Dois na Lona; 1970 – Estranho Triângulo. SANTOS, LUCÉLIA Maria Lucélia dos Santos nasceu em Santo André, SP, em 20 de maio de 1957. Estreia no teatro em 1971, aos 14 anos, na peça infantil Dom Chicote Mula Manca e Seu Fiel Companheiro Zé Chupança. Logo ganha o papel principal e o prêmio Governador do Estado. Com o firme propósito de crescer profi ssionalmente, matricula-se no curso de Arte Dramática de Eugênio Kusnet. Muda-se para o Rio de Janeiro e participa da peça Godspell. Em 1975 é reprovada na TV Globo por Walter Avancini, mas retorna no ano seguinte, consagrada na peça Transe no Dezoito, para o papel principal em Escrava Isaura. Logo seria unanimidade nacional e um dos maiores sucessos da TV Globo. Seguem-se sucessos como Guerra dos Sexos (1983), Vereda Tropical (1984) e Sinhá Moça (1986). Na TV Manchete faz Carmen, de Glória Perez. De 1995 a 1997 trabalha no SBT, onde estrela Sangue do meu Sangue (1995) e Dona Anja (1997). Em 2001 retorna à TV Globo 15 anos depois e participa do seriado Malhação e em 2004 do programa Linha Direta, num de seus mais famosos episódios, As Cartas de Chico Xavier. Estreia no cinema em 1976 numa pequena parti cipação no filme Paranoia e se destaca, ao participar de outros importantes como Luz Del Fuego (1981), Kuarup (1989), Três Histórias da Bahia (2001). No teatro, atua em mais de 20 peças, com destaque para Brecht Segundo Brecht (1977), Pluft, o Musical (1987), Deus Lhe Pague (1999), As Traças da Paixão (2009), etc. Em 2007 é contratada pela Rede TV para participar da versão brasileira da série Donas de Casa Desesperadas, como Suzana Mayer, toda filmada na Argentina. Foi casada com o maestro John Neschling com quem tem seu único filho, Pedro Neschling, também ator. Em 2001, dirige seu primeiro filme, o documentário Timor Lorosae – O Massacre Que o Mundo Não Viu. Em 2006, retorna às novelas em Cidadão Brasileiro, pela TV Record, depois no seriado Donas de Casa Desesperadas, pela Rede TV e, mais recentemente em um episódio de Casos e Acasos, pela TV Globo. No cinema, em 2009 está no filme Desti no, de Moacyr Góes, e Lula, o Filho do Brasil, como a professora. Filmografia (atriz): 1976 – Paranoia; Já Não Se Faz Amor Como Antigamente (episódio: Oh! Dúvida Cruel); 1977 – Um Brasileiro Chamado Rosa Flor; O Ibrahim do Subúrbio (episódio: Ibrahim do Subúrbio); 1981 – Álbum de Família (Uma História Devassa); Bonitinha, mas Ordinária; Engraçadinha; Luz Del Fuego; O Sonho Não Acabou; 1984 – Patriamada (depoimento); 1986 – As Sete Vampiras; Baixo Gávea; Fonte da Saudade; 1987 – Terra Para Rose (narração); 1989 – Kuarup; 1990 – O Lado Desconhecido do Pantanal; 1992 – Vagas Para Moças de Fino Trato; Farra do Boi – O Documentário (CM) (depoimento); 1997 O Sonho de Rose – Dez Anos Depois (narração); 1999 – A Idade do Coração (CM); 2000 – Terra de Deus; 2001: Três Histórias da Bahia (episódio: O Diário do Convento); Timor Lorosae – O Massacre Que o Mundo Não Viu (narração); 2002 Aeroporto em O Embarque (CM) (voz); 2003: O Ovo (CM); 2009 – Destino; Lula, o Filho do Brasil; 2010 – Uma Visita a Holleweger (CM). Filmografia (diretora): 1996 – O Ponto de Mutação – China Hoje; 2001 – Timor Lorosae – O Massacre que o Mundo Não Viu. SANTOS, LUIZ PAULINO DOS Nasceu em Esplanada, BA, em 14 de dezembro de 1930. Faz seus estudos normais na Bahia, formando-se em jornalismo, com especialização em telecomunicação. Trabalha como jornalista no jornal Mundo Ilustrado, ficando até 1958. Em 1956 faz seu primeiro documentário, Um Dia na Rampa, com dez minutos de duração. Atua como argumenti sta nos filmes Barravento, o Profeta da Fome, Sentinela da Morte e A Baía dos Esquecidos. Como ator, participa de um único filme Mandacaru Vermelho, de Nelson Pereira dos Santos. Dirige vários filmes entre curtas e longas-metragens, com destaque para Mar Corrente (1967) e Crueldade Mortal (1976). Em 2008, André Sampaio dirige o documentário de média-metragem Estafeta – Luiz Paulino dos Santos, sobre sua vida e carreira. Filmografia (ator): 1960 – Mandacaru Vermelho. Filmografia (diretor): 1956 – Um Dia na Rampa (CM); A Invasão (CM); 1962 – Banco da Lavoura (CM); Cidade Universitária (CM); A Cooperação Faz a Força (CM); Revisão (CM); A União Faz a Força (CM); 1965 – Não Deixe São Paulo Parar (CM); 1967 – Mar Corrente; 1970 – Portais Antigos (CM); 1974 – Ikatena (Vamos Caçar) (CM); Lisetta (CM); 1976 – Crueldade Mortal; 1979 – Demolição (CM); 1980 – Insônia (episódio: A Prisão de J.Carmo Gomes; 2008 – Estafeta – Luiz Paulino dos Santos (MM) (depoimento). SANTOS, SAMUEL DOS Inicia sua carreira artística no começo dos anos 1950 na TV Tupi, em dois episódios da TV de Vanguarda, em 1953, ano em que também estreia no cinema, em um pequeno papel na superprodução da Vera Cruz, Sinhá Moça. A partir dos anos 1960 dedica-se mais ao cinema como ator, diretor de produção, assistente de produção ou assistente de direção. Em 1977 é convidado para ser o Tio Barnabé do Sítio do Pica-Pau Amarelo e fi ca conhecido em todo o Brasil como aquele velhinho negro e simpático. Como ator de cinema, participa de nove fi lmes, com destaque para Três Colegas de Batina (1961) e A Marcha (1972). Morre em 24 de fevereiro de 1993, após sofrer uma cirurgia no pâncreas, em São Paulo. Filmografia: 1953 – Sinhá Moça; 1956 – O Sobrado; 1957 – Osso, Amor e Papagaios; 1958 – O Cantor e o Milionário; 1958 – O Grande Momento; 1961 – Três Colegas de Batina; 1972 – A Marcha; 1973 – Uma Nega Chamada Tereza; 1975 – Ainda Agarro Esse Machão. SANTOS, WALTER RIBEIRO DOS Nasceu em São Paulo, SP, em 23 de novembro de 1924. Estuda na Faculdade de Direito do Largo São Francisco e nessa época conhece Luiz Blota, irmão de Blota Jr, que o leva para a Rádio América para trabalhar como radioator e depois locutor. Em 1951 vai para a TV Paulista apresentar o programa O Que é Felicidade e os teledramas da emissora. Com facilidade para o humor, logo integra o grupo de Manoel de Nóbrega e entra para os programas Misse Campeonato e Praça da Alegria. Paralelamente, monta escritório onde exerce, nas horas de folga, sua profi ssão de advogado. Vai para a Rádio Piratininga como diretor-geral. Na TV Record ainda atuaria em Hotel do Sossego. Nos anos 1990 abandona a carreira artística para se dedicar aos seus negócios particulares, mais especificamente à feira de automóveis usados. Em 1991 faz um transplante de fígado, o que lhe deu importante sobrevida. No cinema, participa de um filme, A Pensão da Dona Estela. Casa-se com a radioatriz Poema Alves, com quem teve três filhos, Luiz Eduardo, Maria Valéria e Antonio Carlos. Filmografia: 1956 – A Pensão da Dona Estela. SÃO PAULO, ILYA Ilya Flaherty Santana São Paulo nasceu em Feira de Santana, BA, em 13 de setembro 1963. Em 1974 estreia no cinema numa ponta no filme O Amuleto de Ogum, de Nelson Pereira dos Santos. Na televisão, estreia em 1992 na novela Perigosas Peruas, pela TV Globo. Depois, parti cipa de Irmãos Coragem (1995), Os Maias (2001), A Casa das Sete Mulheres (2003), Kubanacan (2004), Hoje é Dia de Maria (2005), JK (2006) e Sete Pecados (2007). No cinema, retorna em 1994 no filme A Terceira Margem do Rio, seguindo-se, entre outros de Villa-Lobos – Uma Vida de Paixão (2000), As Tranças de Maria (2003) e Brasília 18% (2006). É filho do cineasta Olney São Paulo e irmão do ator Irving São Paulo, ambos já falecidos. Filmografia: 1974 – O Amuleto de Ogum; 1994 – A Terceira Margem do Rio; 1998 – Iremos a Beirute; Policarpo Quaresma, Herói do Brasil; 2000 – Villa-Lobos – Uma Vida de Paixão; 2003 – As Tranças de Maria; 2004 – A Cartomante; 2005 – Durvalino (CM); 2006 – O Amor Invisível; Brasília 18%; 2009 – Bela Noite Para Voar. SÃO PAULO, IRVING José Irving Flaherty Santana São Paulo nasceu em Feira de Santana, BA, em 26 de outubro de 1964. Filho do cineasta baiano Olney São Paulo (1936-1978), inicia sua carreira artísti ca aos 6 anos, incentivado pelo pai. No cinema, estreia em 1978, no filme A Noiva da Cidade. Em 1982 estreia na televisão na novela Final Feliz e inicia sólida carreira nas novelas Champagne (1983), Bebê a Bordo (1988), Vida Nova (1988), Sexo dos Anjos (1989), A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990), Perigosas Peruas (1992), Mulheres de Areia (1993), A Viagem (1994) e Torre de Babel (1998). Entre 1995 e 1998 participa de vários episódios do programa Você Decide. Retorna em A Muralha (2000), Estrela Guia (2001) e na minissérie Um Só Coração (2004), seu últi mo trabalho na televisão. Nesse mesmo ano retorna ao cinema de longametragem, 22 anos depois, nos filmes Veneno da Madrugada e Cascalho. Irmão do também ator Ilya São Paulo, morre em 10 de agosto de 2006, aos 41 anos de idade, de falência múlti pla dos órgãos, decorrente de pancreatite necro-hemorrágica, deixando dois filhos, Johann (1983) e Luiz Henrique (1986). Filmografia: 1978 – A Noiva da Cidade; 1979 – Adulto Não Brinca (CM); Muito Prazer; 1982 – Luz Del Fuego; 1991 – Rubi das Águas (CM); 2004 – Veneno da Madrugada; Cascalho. SÃO THIAGO, FLÁVIO Flávio Correia de São Thiago nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Começa carreira artística em 1962, fazendo teatro amador, no Tablado, com Maria Clara Machado. Estreia como ator profi ssional em 1967, atuando nas peças Roda Viva, Galileu, Galilei, O Rei da Vela, Na Selva das Cidades, Pequenos Burgueses, Fonte da Eterna Juventude, entre outras. Estreia no cinema em 1969 no filme O Bravo Guerreiro, de Gustavo Dahl e desenvolve longa carreira, em fi lmes como Dedé Mamata (1987), O que é Isso, Companheiro? (1997) e, mais recentemente, O Vestido (2003). Na televisão, participa das novelas Um Homem Muito Especial (1980), Corpo Santo (1987), Capitães de Areia (1989), Guerra Sem Fim (1993) e O Campeão (1996). Durante algum tempo é produtor e diretor de programas da TV Educati va. Filmografia: 1969 – O Bravo Guerreiro; Gamal, o Delírio do Sexo; 1971/1982 – O Rei da Vela; 1972 – Jogo da Vida e da Morte; 1974 – O Amuleto de Ogum; 1975 – O Casal; 1976 – O Flagrante; 1977 – Gente Fina é Outra Coisa; Encarnação; 1978 – O Bom Marido; Nos Embalos de Ipanema; Amor Bandido; Pequenas Taras; 1979 – República dos Assassinos; 1980 – Eu Te Amo; Prova de Fogo; 1981 – Mulher Sensual (Novela das Oito); Menino do Rio; O Beijo no Asfalto; 1982 – Índia, a Filha do Sol; 1984 – Tensão no Rio; Amenic – Entre o Discurso e a Prática; 1985 – O Rei do Rio; Além da Paixão; 1986 – Fulaninha; 1987 – Feliz Ano Velho; Um Trem Para as Estrelas; 1988 – Dedé Mamata; 1989 – Jorge, Um Brasileiro; 1996 – O Monge e a Filha do Carrasco (The Monk and Hangmans Daughter) (Brasil/EUA) 1997 – O que é Isso, Companheiro?; 2000 – Bossa Nova; 2002 – O Cego e Seu Amigo Gedeão à Beira da Estrada (CM); 2003 – O Vestido. SARACURA Oscar Pereira Rodrigues nasceu em Santa Bárbara do Oeste, SP, em 12 de fevereiro de 1916. Em 1948 inicia sua carreira na Rádio Clube de Santo André, apresentando programas sertanejos. Nessa mesma linha, em 1953 é contratado pela Rádio Tupi, na qual chegou a ser diretor artístico. Em seguida participa das novelas radiofônicas A Velhice Vem Depressa e Rancho Fundo. Viaja pelo Norte e Nordeste divulgando a cultura brasileira. Em 1960 recebe um prêmio pelo programa Luizinho, Limeira, Zezinha. Estreia no cinema em 1969 no filme Sertão em Festa, ao lado de Simplício e Nhá Barbina. Nos anos 1970/1980 parti cipa das caravanas de Geraldo Meirelles. Nos anos 1990 faz shows em festas, feiras agropecuárias, etc. e recebe o título de cidadão paulistano. Foi apresentador de rádio e televisão, humorista e animador. Já falecido. Filmografi a: 1970: Sertão em Festa; 1971: No Rancho Fundo; 1984: Transa Brutal (O Fim da Picada); 1986: Estou Com Aids (depoimento). SARGENTELLI, OSWALDO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de dezembro de 1924. Sobrinho de Lamartine Babo. Radialista, apresentador de televisão e empresário de shows na noite brasileira. No fi nal dos anos 1940 já era locutor de rádio. Nos anos 1960 apresenta os programas Preto no Branco e Advogado do Diabo, mas foram proibidos pelo regime militar. Começa então a trabalhar na noite e abre várias casas de espetáculos, entre elas, Sucata, Oba-Oba e Ziriguidum. Recrutava as melhores mulatas do Brasil para seus shows, viajava pelo Brasil e exterior. Muitas mulatas fi caram famosas e se tornaram atrizes, casos de Adele Fáti ma, Solange Couto, etc. No cinema, juntamente com suas mulatas, participa de um fi lme apenas, Pensionato de Mulheres, em 1974. Casou-se por três vezes e teve 21 filhos. Muito alegre e extroverti do, morre em 13 de abril de 2002, no Rio de Janeiro, aos 77 anos de idade, de ataque cardíaco. Filmografia: 1974 – Pensionato de Mulheres. SARLI, ISABEL Hilda Isabel Sarli Gorrindo Tito nasceu em Concórdia, Entre Rios, Argentina, em 9 de julho de 1935. Em 1955 é eleita Misse Argentina e abre caminho para sua carreira cinematográfica. Estreia no cinema em 1956 no filme El Trueno Entre Las Hojas. Consolida sua carreira no cinema argenti no através de extensa fi lmografia, com destaque para Sabaleros (1958), Lujuria Tropical (1962), La Tentación Desnuda (1966), Fiebre (1970), Insaciable (1976), Una Viuda Descocada (1980) e La Dama Regresa (1996), seu último filme. No Brasil, participa da coprodução Brasil/Argentina, Favela. Filmografia: (no Brasil): 1961 – Favela (Brasil/Argentina); 1964 – La Leona (Argentina/Brasil); 1966/1970 – Tentação Nua (La Tentación Desnuda) (Argentina/ Brasil); 1972 – Mulher Pecado (Embrujada) (Brasil/Argentina). SARZY, CLAYTON Nasceu em Campinas, SP, em 12 de setembro de 1948. Em São Paulo, ingressa na EAD, de onde sai formado. Em 1970 faz estágio em Paris no Theatre de La Citt de Villerbanne, parti cipando das peças La Mise En Piéce Du Cid e Nicomede, entre outras. De volta ao Brasil, dedica-se exclusivamente ao teatro, tendo participado das montagens Esse Ovo é um Galo, O Milagre de Annie Sullivan e O Hóspede Inesperado, entre muitas outras. Em 1977 estreia no cinema no filme Nem as Enfermeiras Escapam, seguindo-se de Será que Ela Aguenta? (1977), Orgia das Taras (1980), etc. Escreve muito para televisão, sendo de sua autoria os textos das novelas Destino (1982), A Leoa (1982), A Justiça de Deus (1983), Meus Filhos, Minha Vida (1984), Uma Esperança no Ar (1985) e Pérola Negra (1998). Faz dez anos que está afastado da vida artística. Filmografia: 1977 – Nem as Enfermeiras Escapam; O Mulherengo; O Segredo das Massagistas; Será que Ela Aguenta?; 1978 – O Atleta Sexual; 1980 – Orgia das Taras. SASSO, KIARA Chiara Francesca Perin Di Santolo Sasso nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27 de janeiro de 1979. A mãe trabalha em uma companhia aérea, por isso aos 4 anos vai morar em Los Angeles, Estados Unidos. Depois se naturaliza americana. Aos 8 anos começa a fazer figurações, campanhas publicitárias e aulas de canto com Caroline Kingstone, Vera do Canto e Mello, Jan Tichter e Seth Riggs. No teatro opta por musicais, sendo sua estreia em 1993, aos 14 anos, em Banana Split, no Rio de Janeiro, depois Os Fantasti kos (1996), Broadway in Café (1997), A Bela e a Fera (2002/03), O Fantasma da Ópera (2005/07), Misse Saigon (2007), Noviça Rebelde (2008), alternando sua carreira entre o Brasil e Estados Unidos. Faz dublagem de vários desenhos da Disney, com destaque para A Pequena Sereia (1999), em que empresta sua bela voz brasileira a Ariel. Na televisão brasileira, faz duas pequenas parti cipações em Pátria Minha, em 1995, e Caça-Talentos, em 1998, ambas pela TV Globo. Em 2010 estreia como protagonista no cinema brasileiro no filme Dores e Amores. Filmografia: 1984 – Uno Scugnizzo a New York (Itália); 1986 – Fotoromanzo (Itália); 1986 – Dèmoni 2: L’Incubo Ritorna (Itália); 2000 – The Beak of Death; 2010 – Dores e Amores. SATÃ Melquíades França Neto nasceu em Mateus Leme, MG, em 1951. Negro, 1,90 m de altura, extremamente musculoso, muda-se para São Paulo na esperança de tentar algo melhor em sua vida e vai trabalhar como ajudante de pedreiro. Carregando pedras nas ruas do centro de São Paulo é descoberto por Hélio Silva, dono de uma academia de luta livre que o convida a participar de suas caravanas em lutas pelo interior. Já com o apelido de Satã, logo está lutando telecatch com astros da época – Ted Boy Marino, Fantomas, Tigre Paraguaio. Em 1972, Mojica vê Satã pela televisão e contrata-o como seu guarda-costas, mas logo o escala para seus filmes. Seu biótipo ajuda a compor diversos personagens bizarros no cinema da boca e Satã acaba por consti tuir extensa fi lmografia de mais de 40 títulos, sempre em pequenas parti cipações sem fala. O sucesso o leva a parti cipar do filme O Incrível Monstro Trapalhão, em 1980. A partir dos anos 1990 muda-se para Curitiba e afasta-se do cinema. Em 2008, Mojica o chama para participar de Encarnação do Demônio. Filmografia: 1973 – Suaves Prestações (CM); 1974/1978 – A Sepultura; 1975 – Fracasso de um Homem nas Duas Noites de Núpcias; 1976 – As Mulheres do Sexo Violento; 1976/87 – Demônios e Maravilhas (MM) (depoimento); 1977 As Trapalhadas de Dom Quixote & Sancho Pança; 1978 – Horror Palace Hotel (MM) (depoimento); As Amantes de um Homem Proibido; O Universo de Mojica Marins (CM) (depoimento); O Vigilante Rodoviário (MM); Perversão (Estupro!); 1979 – Bordel, Noites Proibidas; Histórias que Nossas Babás não Contavam; Mundo, Mercado do Sexo (Manchete de Jornal); 1980 – O Incrível Monstro Trapalhão; A Filha de Emmanuelle; O Cangaceiro do Diabo (O Cangaceiro Eróti co); 1981 – O Filho da Prosti tuta; Como Afogar o Ganso; 1982 – O Rei da Boca; O Cafetão; Excitação Diabólica; 1983 – Ivone, a Rainha do Pecado; Os Tarados; Violentadores de Meninas Virgens; A Próxima Vítima; 1984 – A Volta do Jeca; Sexo Sem Limite; Meu Homem, meu Amante; Bobeou... Entrou; 1985 – O Império do Sexo Explícito; Abre as Pernas Coração; 1986 – Cidade Oculta; Um Pistoleiro Chamado Papaco (Os Amores de Um Pistoleiro); 1987 – Horas Fatais Cabeças Cortadas; 1988 – Um Homem Diabólico; 1990 – A Rota do Brilho; 1997 – Homens Sem Terra; 1999 – Hi-Fi (CM); 2008 – A Encarnação do Demônio. SATTER, ALMIR Almir Eduardo Melke Satter nasceu em Campo Grande, MS, em 14 de novembro de 1956. Cantor, compositor e violeiro, consegue destaque depois de sua participação na novela Pantanal (1990), vindo depois A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990), em que é o protagonista principal, ao lado de Ingra Liberato e O Rei do Gado (1996), onde forma a dupla Pirilampo e Saracura juntamente com Sérgio Reis. Bom intérprete e exímio executante de viola, tem um estilo de acordo com as raízes brasileiras e vários discos gravados. No cinema, estreia em 1986 no filme As Belas da Billings. Em 2007 retorna à televisão para participar da novela Bicho do Mato, pela TV Record. Filmografia: 1986 – As Belas da Billings; 1988 – Caramujo-Flor (CM). SAURESSING, MARLISE Nasceu em Novo Hamburgo, RS. Na adolescência trabalha como professora de Educação Física e nas horas de folga é organista da igreja da cidade. Começa sua carreira artística no Teatro de Arena de Porto Alegre, em 1971. Atua em inúmeras peças – Quando as Máquinas Param, À Flor da Pele, A Dama de Copas e O Rei de Cuba, Corpo a Corpo e Caminho de Volta, entre outras. Além de atriz, trabalha com produção, fi gurinos, sonoplastia e iluminação, conhecendo todas as etapas do teatro, nas peças O Queridíssimo Canalha e A Onça e o Bode. Estreia no cinema em 1978 no filme Os Mucker, que lhe vale o Kikito de melhor atriz em Gramado. Participa ainda do curta Cone Sul. Na televisão, parti cipa da minissérie O Tempo e o Vento (1985). É casada com o diretor teatral Jairo de Andrade. Filmografia: 1980 – Os Mucker (Jakobine) (Brasil/Alemanha). SAVALLA, ELIZABETH Elisabeth Savalla Casquel nasceu em São Paulo, SP, em 23 de novembro de 1954. Começa sua carreira na Escola de Arte Dramática da USP, em 1975, quando é descoberta por Walter Avancini, diretor de Gabriela, novela que acaba marcando sua estreia na televisão, em 1976. É com O Astro (1977) e Pai Herói (1979) que se torna a nova namoradinha do Brasil, no final dos anos 1970. Com isso, mantém regular carreira na televisão. Estreia no cinema em 1982, com marcante papel no filme Pra Frente Brasil, até hoje, sua única parti cipação no cinema. No teatro, faz peças importantes como Mimi, a Odalisca Infiel, com boa carreira pelo Brasil. Milita politicamente em 1985 com sua adesão à campanha Diretas Já, tornando-se musa desse movimento. Entre outras, participa das novelas Plumas & Paetés (1980), Parti do Alto (1984), Sex Appeal (1993), Quem é Você? (1996), em que contracena pela primeira vez com o fi lho Thiago Picchi (1976), de seu casamento de 11 anos com o ator Marcelo Picchi, com quem teve mais três filhos Diogo (1977) e os gêmeos Ciro e Tadeu (1979). A Padroeira (2001), Chocolate com Pimenta (2004), Alma Gêmea (2005) e Sete Pecados (2008). Seu segundo marido é o produtor teatral Camilo Áttila, com quem viveu por 18 anos, chegando a fundar com ele uma companhia teatral, Savalla & Atila. Filmografi a: 1982 – Pra Frente, Brasil. SAVINO, TÔNIO Carmine Antonio Savino Filho nasceu em Três Rios, RJ, em 15 de junho de 1937. Muito jovem muda-se para Juiz de Fora, em Minas Gerais, onde faz seus estudos. É na cidade mineira que começa a participar do teatro de amadores, nas peças O Diabo Enlouqueceu, E o Noivo Voltou e Branca de Neve e os Sete Anões. Por frequentar todos os circos que apareciam em sua cidade, acaba aprendendo a fazer mágica e acrobacias, mas nunca teve coragem de enfrentar o picadeiro. Quando termina o científi co e o serviço militar, muda-se para o Rio de Janeiro, onde ingressa no curso de arte dramática da Escola Teatro Duse. Com eles vai ao Recife participar do I Festival de Teatro Amador. Decide-se então vir para São Paulo fazer sonoplastia no TPA. Já como profissional, atua, entre outras peças, em A Alma Boa de Setsuan. Estreia no cinema em 1959 numa ponta do filme Quem Roubou Meu Samba?. A partir dos anos 1960 abandona a carreira artísti ca. Filmografia: 1959 – Quem Roubou Meu Samba?; Cidade Ameaçada; Juventude Sem Amanhã; 1960 – Dois Ladrões. SCALVI, PATRÍCIA Vera Lúcia de Souza nasceu em São Paulo, SP, em 11 de novembro de 1954. Desde os 10 anos participa de teatro, primeiro amador e depois profissional. Estreia no cinema em 1977 no filme Dezenove Mulheres e um Homem e destaca-se em outros mais – O Caçador de Esmeraldas (1979), A Vingança de uma Mulher (1987), na maioria pornochanchadas. Com o fim do gênero, abandona a carreira cinematográfica. Em 1984 faz sua única novela, Meus Filhos, Minha Vida, pelo SBT. É uma das grandes representantes do cinema erótico paulista dos anos 80. Filmografia: 1977 – Dezenove Mulheres e um Homem; Presídio de Mulheres Violentadas; 1978 – Amantes Latinas; Noite em Chamas; Reformatório das Depravadas; Ninfas Diabólicas; 1979 – O Caçador de Esmeraldas; Sexo Selvagem; Tara, Prazeres Proibidos; Sonhos de Vida (CM); 1980 – Corpo Devasso; Noite das Taras (episódio: A Carta de Érica); Convite ao Prazer; Orgia das Taras; 1981 – O Fotógrafo; pornô (episódio: As Gazelas); Amor, Palavra Prosti tuta; Paraíso Proibido; Eros, o Deus do Amor; Duas Estranhas Mulheres (episódio: Diana); Bacanal; Como Faturar a Mulher do Próximo (episódio: A Represália); Escrava do Desejo; Os Indecentes; 1982 – Profi ssão Mulher; Ousadia (episódio: A Peça); Tessa, a Gata; As Viúvas Eróti cas; 1983 – Sexo Animal; Insti nto Devasso; Elite Devassa; Doce Delírio; A Mulher, a Serpente e a Flor (O Orgasmo da Serpente); 1985 – A Reencarnação do Sexo; 1995 – Eternidade (Brasil/Portugal); 2009 – Minami em Close-Up – A Boca em Revista (CM) (depoimento). SCHER, TÂNIA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de março de 1947. Aos 20 anos, estreia no cinema, em 1967, numa ponta não creditada no filme El Justi cero, de Nelson Pereira dos Santos. Sua primeira novela é A Próxima Atração, em 1970. Participa, entre outras, de Sol de Verão (1982), como Lola; Ti-Ti-Ti (1985), como Madame Machado; e A Próxima Vítima (1995), como a mãe de Diego. No cinema, também brilha em Todas as Mulheres do Mundo (1967), O Bolão (1970), O Sósia da Morte (1975) e A Menina do Lado (1987), seu último filme. Tem duas filhas, Isadora, de seu casamento com o piloto e diretor do Autódromo de Jacarepaguá Norman Casari, e Cláudia, de seu segundo casamento. A atriz, que estava afastada da carreira, sofria de depressão e ficou internada três dias no Hospital Miguel Couto, no Rio de Janeiro, antes de falecer, em 9 de agosto de 2008, aos 61 anos de idade, no Rio de Janeiro, vítima de insuficiência respiratória e problemas no fígado. Filmografia: 1967 – El Justi cero; Todas as Mulheres do Mundo; A Espiã que Entrou em Fria; 1968 – As Sete Faces de um Cafajeste; 1970 – O Bolão; 1971 – Os Monstros de Babaloo; Pra quem Fica, Tchau; A Nova Estrela (depoimento) (CM); 1972 – Os Machões; 1973 – Um Edifício Chamado 200; 1974 – Motel; 1975 – O Sósia da Morte; 1976 – Luz, Cama, Ação!; 1982 – Um Casal de Três; 1987 – Leila Diniz; A Menina do Lado. SCHILKE, WALTER Nasceu em Palmitos, SC, em 1946. Vai para o Rio de Janeiro prestar serviço militar. Em seguida, começa a trabalhar numa ti pografia. Em 1968, encontra o diretor Adolfo Chadler que o convida para uma ponta no filme Os Carrascos Estão Entre Nós. Versátil, trabalha como ator, assistente de direção, diretor de produção, etc. Como ator, participa de alguns filmes de forte apelo popular – A Dama do Lotação (1975) e Rio Babilônia (1982). Em 1986 encerra sua carreira cinematográfica e monta uma marcenaria na sua cidade natal. Filmografia: 1968 – Os Carrascos Estão Entre Nós; 1969 – Pobre Príncipe Encantado; 1973 – A Judoka; 1974 – Ainda Agarro Esta Vizinha. SCHNEIDER, LALA Nasceu em Irati, PR, em 23 de abril de 1926. Inicia sua carreira no teatro em 1950 na peça O Poder do Amor, encenada no Teatro de Adultos do Serviço Social da Indústria (Sesi), entidade em que sempre trabalhou também no setor administrati vo. Foi também uma das fundadoras do Teatro de Comédia do Paraná (TCP), em 1963, participando da peça inaugural Um Elefante no Caos e do Teatro do Estudante do Paraná, ao lado de Armando Maranhão e Ary Fontoura. Ao longo de sua carreira participa de quase uma centena de peças – A Herdeira (1955), ao lado de Bibi Ferreira; Entre Quatro Paredes (1959), Um Bonde Chamado Desejo (1966), e recebe mais de uma dezena de prêmios, entre eles o Troféu Gralha Azul de melhor atriz pelas peças Colônia Cecília (1984/1985) e O Vampiro e a Polaquinha (1992/1993). Estreia no cinema em 1968 no fi lme paranaense Maré Alta. Muito ligada ao cineasta Sylvio Back, atua em vários de seus filmes – A Guerra dos Pelados (1971) e Aleluia Gretchen (1976). Em 1994 foi homenageada com a inauguração de um teatro com seu nome em Curitiba. Por muitos anos foi considerada a primeiradama do teatro no Paraná. Na televisão, atua em várias novelas e minisséries – Lua Cheia de Amor (1990), Felicidade (1991) e Tereza Batista (1992). Morre em 28 de fevereiro de 2007, aos 80 anos de idade, de causas naturais, em Curiti ba, P Filmografia: 1968 – Maré Alta; 1971 – A Guerra dos Pelados; 1976 – Aleluia Gretchen; 1978 – Os Galhos do Casamento; 1980 – Caminhos Contrários; Deu a Louca em Vila Velha; 1994 – Vítimas da Vitória (CM); 1998 – Bar Babel (CM); 2001 – A Deus Menino (CM); O Traste (CM); 2004 – Vovó Vai ao Supermercado (CM); 2005 – O Coro; 2006 – Making of Curitiba; O Cerco da Lapa (CM); 2007 – Café do Teatro (MM); 2008 – O Sal da Terra; Mistéryos. SCHNOOR, EVA Nasceu em São José do Rio Preto, SP, em 1900. De família tradicional carioca, nasce em São Paulo de passagem, durante uma viagem de trabalho de seu pai, o engenheiro ferroviário Luiz Schnoor. Tem fina educação, e frequenta os melhores colégios do Rio de Janeiro. Estuda línguas, piano e canto lírico. Sua casa é frequentada por artistas, escritores, jornalistas e intelectuais da época, devido à grande admiração que os pais nutrem pelas artes em geral. Em 1926, o Circuito Nacional de Exibidores (CNE) institui um concurso de beleza, vencido por Eva. O produtor Adhemar Gonzaga, juntamente com Paulo Vanderley, prepara a produção de Barro Humano e querem Eva para o papel de vampe no filme. Inicialmente insegura, rejeita a oferta, mas depois aceita e faz sua estreia no cinema, em seu único filme. Casa-se com Carlos Modesto, médico conceituado, e abandona a carreira artísti ca, esta nunca aspirada por ela, conforme afirmaria, em declarações posteriores. Não se tem notícia da data de seu falecimento. Filmografia: 1928 – Barro Humano. SCHOEMBERGER, MÁRIO Nasceu em Curitiba, PR, em 1952. Ator e diretor teatral. Os primeiros 30 anos de sua carreira foram dedicados exclusivamente ao teatro, ao atuar e dirigir A Casa do Terror, As Bruxas de Salém, Pinha, Pinhão, Pinheiro, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Três Versões da Vida, Jantar Entre Amigos. Com amigos funda a Drops Dells DellArte e produz Cristóvão Colombo, o Genovês Alucinado e Tricentina. Recebe vários prêmios ao longo de sua carreira teatral e também o Troféu Gralha Azul, entre outros. Dirige também com frequência e igual competência as peças O Processo, A Ceia dos Cardeais. Em 1991 estreia no cinema no curta A Loura Fantasma e em 2002, em seu primeiro longa, tem um bom papel no filme Querido Estranho. Somente em 2000 vai para a televisão, contratado pela TV Record para participar da novela Vidas Cruzadas. Na Globo, atua em várias novelas, minisséries e programas – Desejos de Mulher (2002), A Grande Família (2005) e Minha Nada Mole Vida (2006). Retorna à TV Record em 2007 para atuar em Vidas Opostas. No cinema, em 2006, participa de três produções, entre elas, O Cheiro do Ralo, ao lado de Selton Mello. Sua carreira estava crescendo a cada dia, com vários convites, tanto em teatro, quanto no cinema e na televisão, mas, foi acometido por grave doença, que o vitimou num curto espaço de tempo, a 14 de maio de 2008, de câncer, em Curitiba, PR, aos 56 anos, quando ensaiava seu retorno aos palcos na peça Os Psicólogos Não Choram. Filmografia: 1991 – A Loura Fantasma (CM); 1994 – Vítimas da Vitória (CM); 2001 – A Deus Menino (CM); 2002 – Querido Estranho; 2003 – Os Normais – O Filme; 2005 – Pax (CM) (voz); 2006 – Mulheres do Brasil; 2006 – Trair e Coçar é Só Começar; O Cheiro do Ralo. SCHOUERI, OLGA Nasceu em São Paulo, SP. Em 1956 inscreve-se no concurso Misse Cinelândia, chegando às finais. Trabalha como modelo fotográfi co, tanto em desfiles de moda, quanto em publicidade ou capas de disco. Em seguida, é escolhida para ser Misse TV, ganhando como prêmio uma viagem ao exterior. Em 1961 estreia no cinema, no filme A Lei dos Fortes, do diretor Júlio Robaccio, não dando continuidade nessa carreira. Filmografia: 1957 – Escravos do Amor das Amazonas (Love Slaves of the Amazon) (EUA); 1961 – A Lei dos ortes. SCHUMANN, REJANE Nasceu em Porto Alegre, RS, em 1949. Estreia no cinema em 1970 no filme Motorista Sem Limites. Atua em muitos outros, na maioria produções regionais que exaltam o folclore gaúcho, quase sempre ao lado de Teixeirinha. Nesse contexto, destacamse A Quadrilha do Perna Dura (1975) e Pobre João (1976). Na televisão, estreia em 1976 na novela O Feijão e o Sonho, depois fez Espelho Mágico (1977), O Astro (1977), DancinDays (1978), Pai Herói (1979) e o especial Vestido de Noiva (1979). A partir desse período não se tem conhecimento sobre a conti nuidade de sua carreira. Filmografia: 1970 – Motorista Sem Limites; 1972 – Ana Terra; 1975 – Núpcias Vermelhas; A Quadrilha do Perna Dura; O Grande Rodeio; 1976 – Pobre João. SCHÜNEMANN, WERNER Nasceu em Porto Alegre, RS, em 21 de fevereiro de 1959. Neto de alemães, é criado em Novo Hamburgo. Aos 15 anos começa a fazer teatro e logo em seguida integra os grupos jovens de teatro Faltou o João, atuando nas peças Forca: Os Fortes (1980), Erêndira (1981) e Priscas Eras (1983) e no grupo Vendem-se Sonhos, na peça Das Duas Uma (1985). Durante os anos 1980/1990 dedicase quase inteiramente ao cinema, estreando como ator em Deu Pra Ti Anos 1970, rodado inteiramente em Super-8 (1981) e como diretor em Plá (1982), curta-metragem. Atua na televisão somente em 2001, no programa Contos de Inverno, episódio Jogos do Amor e do Acaso. Em 2003 participa da minissérie Casa das Sete Mulheres, pela TV Globo, como Bento Gonçalves e é descoberto pelo Brasil. A Globo contrata-o para seu elenco fixo e passa a atuar em muitas novelas e minisséries – Senhora do Destino (2004), como o Comandante Saraiva; Amazonas, de Galvez a Chico Mendes (2007), como Rodrigo de Carvalho; e Beleza Pura (2008), como Tomás. Em 2006 volta ao teatro, na montagem Cassino Coração, direção de Marcos Roberto. No cinema, tem longa fi lmografia como ator, nos filmes Tolerância (2000), Bens Confi scados (2004), O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili (2006) e O General e o Negrinho (2009). Muito antenado também na política cinematográfica, foi presidente da Associação Profi ssional de Técnicos Cinematográficos do Rio Grande do Sul (APTC/RS), de 1997 a 1999, e da Fundação de Cinema/RS (Fundacine), de 1999 a 2001. É um dos fundadores da Casa de Cinema de Porto Alegre. Está casado com Tânia Oliveira desde 1993, com quem tem dois filhos, Dagui e Arthur. Filmografi a (ator): 1981 – Deu Pra Ti Anos 1970 (super-8); 1983 – Inverno (Super-8); 1984 – Verdes Anos; 1985 – Aqueles Dois (voz de Saul); 1989 – O Amor nos Anos 1990 (CM); 1993 – O Zeppelin Passou por Aqui (CM); 1995 – Deus Ex-Machina (CM); 1997 – O Pulso (CM); 1999 – Ano Novo (CM); Três Minutos (CM) (voz do mágico); O Velho do Saco (CM); 2000 – O Branco (CM); Tepê (CM); Tolerância; 2001 – Netto Perde Sua Alma; 2002 – O Santo Mágico (CM); Paixão de Jacobina; 2003 – O Mal de Sanderpyl (CM); 2004 – Didi Quer Ser Criança; 2004 – Alma Mater; Olga; Quase Dois Irmãos; Bens Confi scados; 2006 – O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili; 2008 – O Guerreiro Didi e a Ninja Lili; 2008 – Netto e o Domador de Cavalos; 2009 – Destino; O General e o Negrinho; Meninos de Kichute. Filmografia (diretor): 1982 – Plá (CM): Coisa na Roda; 1983 – Manifesto do Sol (codireção de Altenir Silva) (CM); 1984 – Me Beija; 1986 – O Poeta e a Rainha (CM); 1988 – O Mentiroso; 1997 – O Futuro da Terra (CM); 2001 – Os Alemães no Rio Grande do Sul; 2002 – O Príncipe das Águas (CM); 2002/06 – Mar Doce. SCKER, DINA Nasceu em Itabuna, BA, em 17 de março de 1945. Cantora e compositora, estreia no cinema em 1962, no filme Senhor dos Navegantes. Nesse mesmo ano, assiste às fi lmagens de O Pagador de Promessas e resolve compor uma música, de nome Zé do Burro, que é gravada em São Paulo e acompanha algumas campanhas publicitárias de lançamento do filme. Não se tem notícia sobre a continuidade de sua carreira no cinema. Filmografia: 1962 – Senhor dos Navegantes. SECCO, DEBORAH Deborah Secco Fialho nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 26 de novembro de 1979. Aos 4 anos, na escola maternal Jacarelândia, no Rio de Janeiro, a pequena Deborah teve um sonho: ser estrela da novela das oito. Em 1989, aos 10 anos, começa a fazer vinhetas para a TV Manchete. Em 1990 faz sua primeira novela, Mico Preto e estreia no teatro com a peça Brincando de Era Uma Vez. Em 1991 participa da montagem de Sapati nhos Vermelhos. Tornase conhecida nacionalmente em 1993 por sua parti cipação na série Confissões de Adolescente. Estreia no cinema em 2000 em Um Anjo Trapalhão, ao lado de Renato Aragão, mas sua carreira flui mesmo na televisão, em seguidas novelas: A Próxima Vítima (1995), Vira-Lata (1996), Zazá (1997), Era Uma Vez (1998), Suave Veneno (1999), Laços de Família (2000), A Padroeira (2001) e O Beijo do Vampiro (2002). É Darlene em Celebridade (2003) e começa a integrar o primeiro time da Globo, posição essa confi rmada em América (2005), onde ganha seu primeiro papel de protagonista principal, a sonhadora Sol. Depois parti cipa de Pé na Jaca (2006), como Elizabeth; Paraíso Tropical (2007), como Betina; A Favorita (2008), como Maria do Céu; e Demerão, a Comédia do Sexo (2009), como Monna. Foi casada com o músico Marcelo Falcão, vocalista do grupo Rappa. Filmografia: 2000 – Um Anjo Trapalhão; 2001– Caramuru, a Invenção do Brasil; 2003 – Casseta & Planeta – A Taça do Mundo É Nossa; Xuxa e os Duendes 2 – No Caminho das Fadas; 2004 – Meu Tio Matou Um Cara; A Cartomante; Tudo Isto É Fado (Portugal/Brasil); 2009 – Flordelis – Basta Uma Palavra Para Mudar; 2010 – Bruna Surfistinha – O Doce Veneno do Escorpião. SEGALL, BEATRIZ Beatriz de Toledo Segall nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 25 de julho de 1926. Filha dos professores Deborah Lago e Mário de Toledo Fonseca, teve educação erudita. Incentivada pelos pais, estuda piano clássico e interpretação. Professora de francês, estuda teatro com Sady Cabral no início dos anos 1950 e trabalha com Henriette Morineau. Estreia no cinema em 1950 no filme A Beleza do Diabo, ainda como Beatriz Toledo. Em Paris, onde prossegue os estudos, conhece Maurício Segall, filho do pintor lituano radicado no Brasil Lasar Segall (1891-1957), com quem se casa em 1954 e tem três filhos, Sérgio, Mário e Paulo. O casamento com Maurício dura 28 anos, e termina em 1982. De volta ao Brasil em 1955, Beatriz reside em São Paulo e tem sua primeira participação na televisão, no programa Lever no Espaço, em 1957. Em seguida abandona a carreira, retomada somente em 1964, quando participa da montagem de Andorra, no Teatro Oficina, dirigida por José Celso Martinez Corrêa. No final dos anos 1960 ela e o marido alugam o Teatro São Pedro e lá produzem as peças Os Fuzis da Sra. Carrar e Marta Saré. No início da década de 1970, seu marido é preso, pois faz parte da Aliança Libertadora Nacional (ALN), num dos momentos mais tensos e difíceis de sua vida. Estreia na televisão em 1967 na novela Angústia de Amar, exibida pela extinta TV Tupi. Na TV Globo parti cipa de DancinDays, em 1978, mas fica conhecida nacionalmente como Odete Roitman. Depois Vale Tudo (1988), Barriga de Aluguel, (1990), Sonho Meu (1993), Anjo Mau (1997), Você Decide (episódio: Dublê de Socialite) (1998), O Clone (2001) e Esperança (2002). Retorna em 2006 para a televisão, contratada pela TV Record para atuar em Bicho do Mato. Mesmo tendo feito muitas novelas e filmes, sempre direcionou sua carreira para o teatro e, quase sempre, no papel de antagonista; é uma das grandes atrizes brasileiras. O diretor Sérgio Toledo é seu filho. Em 2007 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia: Beatriz Segall: Além das Aparências, de autoria de Nilu Lebert. Filmografia: 1950 – A Beleza do Diabo; 1970 – Cléo e Daniel; 1976 – À Flor da Pele; 1977 – O Cortiço; 1978 – Diário da Província; 1979 – Os Amantes da Chuva; 1980 – Pixote, a Lei do Mais Fraco; 1987 – Romance; 2003: Desmundo; 2010 – Família Vende Tudo. SEIBLITZ, TEREZA Ana Tereza Milanez de Lossio e Seiblitz nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 29 de junho de 1964. Em 1990 faz sua estreia na televisão, na novela Barriga de Aluguel, como Laura Baronni. Logo chama a atenção por seu talento, beleza e desenvoltura. Depois de alguns papéis secundários, ganha seu primeiro papel como protagonista em 1995 na novela Explode Coração, como a cigana Dara. Em 1998 faz seu primeiro filme, Fica Comigo, dirigido por Tizuka Yamasaki. Após o sucesso da novela, afasta-se das telinhas por dez anos, retornando em 2005 para participar de um episódio do programa Linha Direta. Em 2007 participa da versão brasileira da minissérie Donas de Casa Desesperadas, pela Rede TV, e em 2009, ao lado de Letícia Spiller e grande elenco, atua na peça Bodas de Sangue. Foi casada com o diretor Luiz Fernando Carvalho entre 1993 e 1997, com quem teve um fi lho, Vitt ório. Com o ator André Gonçalves teve Manuela e, depois, Juliano, com o músico Kiko Horta. Filmografia: 1998 – Fica Comigo; 2002 – Querido Estranho; 2010 – High School Musical: O Desafio. SEIDL, BIA Maria Beatriz Parpinelli Seidl nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de setembro de 1961. Artista precoce, inicia sua carreira aos 4 anos no programa infantil Uni-Duni-Tê. Em 1974, com 13 anos, começa a fazer comerciais e, no ano seguinte, teatro amador. Com 16 anos, torna-se modelo profissional. Em 1979 vai para a TV Globo, e atua nas novelas Jogo da Vida (1981), Paraíso (1982), Louco Amor (1983), Corpo a Corpo (1984) e A Gata Comeu (1985). Na TV Manchete faz Dona Beija (1986), que considera sua melhor interpretação na televisão. De volta à Rede Globo, parti cipa de Tudo ou Nada (1986), Mandala (1987) e Vamp (1991). No SBT faz Sangue do Meu Sangue (1995) e Os Ossos do Barão (1997). Trabalha também nas minisséries Contos de Verão (1993) e Memorial de Maria Moura (1994). Segue sua carreira na televisão ao atuar, entre outras, em Estrela de Fogo (1998), pela TV Record. Devido à gravidez de sua filha Miranda, reduz suas atividades artísticas, retornando em 2003 para participar da novela Jamais Te Esquecerei, depois Alma Gêmea (2005), Bicho do Mato (2006), Duas Caras (2007) e Paraíso (2009). Estreia no cinema em 1984 no filme Os Trapalhões e o Mágico de Oroz, mas faz pouco cinema, dando prioridade à sua carreira na televisão. Do seu primeiro casamento tem Daniel (1980). De 1984 a 1986 foi casada com o cantor Ronnie Von, e desde 1995 está casada com o ator Sérgio Mastropasqua, com quem tem uma filha, Miranda (1998). Filmografia: 1984 – Os Trapalhões e o Mágico de Oroz; 1987 – Eu; Os Fantasmas Trapalhões. SEIXAS, RAONI Nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Com 13 anos inicia sua carreira artística no teatro e aos 16 já é dublador. Estuda no Tablado por quatro anos e forma-se bacharel em interpretação na Universidade Federal do Rio de Janeiro – UniRio. Atua na peça Macário, às Vezes a Vida Volta, trabalho apresentado em diversos locais na cidade do Rio de Janeiro por quase três anos, depois A Morte e a Luz – A Memória é Uma Ilha de Edição, O Homem Antisséptico, etc. Desde 2005 trabalha com o diretor Carlos Diegues na produtora Luz Mágica Produções Audiovisuais, sendo assistente de direção no filme Nenhum Motivo Explica a Guerra. Como ator, estreia no cinema num pequeno papel no filme O Maior Amor do Mundo (2006), de Carlos Diegues. Filmografia: 2006 – O Maior Amor do Mundo; 2010 – Malu de Bicicleta. SEIXAS, RAUL Raul dos Santos Seixas nasceu em Salvador, BA, em 28 de junho de 1945. Em 1957, aos 12 anos, forma o grupo Raulzito e Seus Panteras. Raulzito é o crooner da banda, imitando Elvis Presley. Nos anos 1960 já é bastante conhecido em Salvador, inclusive como compositor também. Em 1967 vai para o Rio de Janeiro, mas só seria percebido em 1972, quando canta Let me Sing, Let me Sing, no séti mo Festival Internacional da Canção. Em 1973 estoura com Ouro de Tolo, passa a fazer parte do primeiro time da MPB e é parceiro musical de Paulo Coelho, hoje um dos mais famosos escritores brasileiros. Participa de um único filme, Ritmo Alucinante, em 1976. Foi casado por três vezes e teve três filhas, uma com cada esposa. Com Edith Wisner (1967-1974), teve Simone Andréa Wisner Seixas, nascida em 1970; com Glória Vaquer (1975-1978), teve Scarlet Vaquer Seixas, nascida em 1976; e com Ângela Affonso Costa (Kika Seixas) (1980-1985), teve Vivian Costa Seixas, nascida em 1981. Morre prematuramente, em 21 de agosto de 1989, de cirrose hepática, aos 44 anos de idade, em São Paulo. Torna-se um mito após a morte, vendendo muito mais discos do que em vida. Suas músicas são sempre relembradas e seu nome é ainda cultuado por todo o Brasil. Filmografi a: 1976 – Ritmo Alucinante. SELONIK, PATRÍCIA Nasceu em Londrina PR, em 1968. No colégio, ao invés de educação física, opta por fazer aulas de teatro com Paulo Moraes, o que resulta na peça Nossa Cidade, de Thorton Wilder, feita somente por alunos do colégio. Em 1987, juntamente com outros amigos, funda o Armazém Cia. de Teatro. Por sua atuação na peça A Ratoeira é Gato ganha seu primeiro prêmio, o Mambembe, que lhe foi entregue por Paulo Autran, com a qual depois atuaria em A Tempestade. Nessa época tem contato com arti stas infl uentes – Arrigo Barnabé, Eugênio Barba, Kazuo Ohno e Roberta Carrieri. Resolve mudar-se para o Rio de Janeiro juntamente com Paulo de Moraes, inicialmente dando aulas de interpretação e voz para sobreviver e, em seguida, o grupo passou a fazer suas apresentações numa sala dentro da Fundição Progresso. Estreia no cinema em 2001 no curta Um Sol Alaranjado, de Eduardo Valente, que lhe vale vários prêmios de melhor atriz em Gramado e no Ceará. Pela peça Inveja dos Anjos é agraciada com o prêmio Shell de Melhor Atriz. Faz pouco cinema e televisão, dedicando-se mais ao teatro. Na televisão participa do seriado Sítio do Pica-Pau Amarelo, em 2006, como Matilda. Filmografia: 2001 – Um Sol Alaranjado (CM); 2002 – Lara; 2008 – Verônica. SELVA, DÉA Jandyra Berad Cazarré nasceu em Quipapá, PE, em 8 de maio de 1917. Começa sua carreira no teatro de comédia, onde se torna famosa, ao lado do marido, Darcy Cazarré. Com a Companhia Déa/ Cazarré percorre o Brasil, apresentando Alda Garrido, Delorges Caminha, Alma Flora e demais astros. Estreia no cinema em 1933 no filme Ganga Bruta e atua também em Bonequinha de Seda (1935) e Depois Eu Conto (1956). Casada com Darcy Cazarré, é mãe dos comediantes Older e Olney Cazarré. Morre em 1993, aos 75 anos de idade. Filmografia: 1933 – Ganga Bruta; 1935 – Bonequinha de Seda; 1936 – João Ninguém; 1937 – O Bobo do Rei; 1939 – Anastácio; Aves Sem Ninho; 1940 – Céu Azul; 1948 – Mãe; 1949 – Escrava Isaura; 1956 – Depois Eu Conto. SEMERJIAN, EDUARDO Eduardo Lourenço Magdaleno nasceu em São Paulo, SP, em 11 de setembro de 1965. Diretor, produtor, professor, locutor e ator. Forma-se em Comércio Exterior em 1989, chegando a trabalhar no ramo, mas resolve seguir sua inclinação de criança, o sonho de ser ator. Passa a frequentar um curso livre de teatro e em seguida estuda Artes Cênicas na ECA-USP, mas faz apenas um semestre. Ingressa no Grupo de Arte Boi Voador, sendo sua estreia na peça Um Meio em 3/Quartos, em 1992. Atua em mais de uma dezena de peças – Lulu, a Caixa de Pandora (1996/97), A Estrela da Manhã (2000), A Máscara do Imperador (2004), O Diálogo das Sombras (2007), O Despestar da Primavera (2010). Estreia no cinema em 1996 no filme 16060. Em 2005 é o responsável pela direção, cenografi a, sonoplastia, dramaturgia e produção da peça Uma Noite de Outono, encenada na Cia. de Teatro O Labirinto. Na televisão, participa de novelas e minisséries como Carandiru – Outras Histórias (2005), Belíssima (2006), O Profeta (2007) e Maysa – Quando Fala o Coração (2009), no papel de André Matarazzo, quando fica conhecido em todo o Brasil. Também apresenta o quadro Massaroca, do programa Metrópolis, da TV Cultura, além de ser professor de interpretação nas escolas Studio Fátima Toledo, Indac e Faap. Muito requisitado também no cinema, atuou nos filmes Olga (2004) e Ensaio Sobre a Cegueira (2008). Filmografia: 1996 – 16060; 1999 – Ardil (CM); 2000 – Ela que me Invade (CM); Três Minutos de Imponderabilidade Mais Um Epílogo (CM); 2002 – Expresso Para Aanhangaba; 2003 – Coisas (CM); O Lençol Branco (CM); 2004 – Nina; Olga; 2006 – O Céu de Suely; 2007 – A Experiência (CM); 2008 – Ensaio Sobre a Cegueira (Blindness) (Brasil/Canadá/Japão); 2009 – A Guerra de Arturo (CM); 2010 – Meu País. SENNA, CONCEIÇÃO Nasceu em Valente, BA, em 1937. Forma-se em teatro pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Como atriz, parti cipa de vários espetáculos na Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro. Estreia no cinema em 1964 no filme O Caipora. Tem regular carreira pelas mãos de consagrados diretores – Glauber Rocha (O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro, 1969), Orlando Senna e Jorge Bodansky (Iracema – Uma Transa Amazônica, 1976) e vários filmes em Cuba, época em que por lá morou e deu aulas na Escola de Cinema e TV de San Antonio de los Baños. Em 1987 estreia na direção do curta sobre Canudos, Memória do Sangue e em 2005 dirige seu primeiro longa, Brilhante, sobre a saga do filme Diamante Bruto, realizado por seu marido em 1977. Está casada há muitos anos com o diretor Orlando Senna. Filmografia (atriz): 1964 – O Caipora; 1969 – O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro (Brasil/França/Alemanha); 1970 – Caveira My Friend; 1975 – Gitirana; 1976 – Iracema – Uma Transa Amazônica; 1977 – Diamante Bruto; 1978 – Coronel Delmiro Gouveia; 1981 – Abrigo Nuclear; 1982 – Terra, a Medida do Ter (narração); 1984 – Ilê Aiyê/Angola (CM); 1986 – A Flor do Mar (Portugal); 1986 – Ópera do Malandro; 1991 – ¡Mira Como Estoy! (Cuba); 1992 – Oswaldianas (episódio: Perigo Negro); 1993 – Opus Nigrum (Cuba); 1993 – Culpa (Cuba); 1998 – Iremos a Beirute; 2007 – Chega de Saudade; 2010 – Luz nas Trevas – A Revolta de Luz Vermelha. Filmografia (diretora): 1987 – Memória do Sangue (CM); 2005 – Brilhante. SENNA, IVAN Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1936. Entra para a Fundação Brasileira de Teatro ainda adolescente a qual é comandada por Dulcina de Moraes. Ambos ficam amigos inseparáveis. Estreia profissionalmente em 1954 na peça O Anjo. Nos anos 1950/1960 dedica-se somente ao teatro. Em 1977 é convidado a participar do Sítio do Pica-Pau Amarelo, pela TV Globo, no papel de João Perfeito, ficando até 1986. No cinema, faz apenas dois filmes, Esse Rio Muito Louco (1977) e Como Matar Uma Sogra (1978). Atua nas novelas Carmen (1987), pela TV Manchete e Bebê a Bordo (1988), pela TV Globo. Morre em 9 de maio de 2009, no Rio de Janeiro, aos 73 anos de idade. Filmografia: 1977 – Esse Rio Muito Louco (episódio: Kiki Vai à Guerra); 1978 – Como Matar Uma Sogra. SEQUEIRA, BEMVINDO Bemvindo Pereira de Sequeira nasceu em Carangola, MG, em 27 de julho de 1947. Inicia sua carreira teatral em 1966 na peça Joana em Flor. Por causa da repressão do governo militar muda-se para a Bahia e lá permanece por dez anos, no Teatro Vila Velha. Com o grupo do Teatro Livre percorre vários países com a peça A Morte de Quincas Berro d’Água, de Jorge Amado. Nessa época dedicase integralmente ao teatro, chegando a participar de mais de 50 peças, entre elas O Assalto, Blue Jeans e O Doente Imaginário. Estreia no cinema em 1977, no filme Antonio Conselheiro e a Guerra dos Pelados. A primeira oportunidade na televisão acontece somente em 1989 na novela Tieta, como o Bafo de Bode. Em 1990 brilha na Escolinha do Professor Raimundo com o personagem Brasilino, mas a consagração acontece em 1997, quando interpreta o Zebedeu, em Mandacaru, pela TV Manchete. Participa ainda de Kubanacan, (2003), Cidadão Brasileiro (2006) e Luz do Sol (2007. No cinema, tem participado regularmente de alguns filmes – Amores Possíveis (2001) e Irmãos de Fé (2004). Com tudo isso, nunca abandonou o teatro, quer criando, dirigindo ou atuando, mantém oficina de teatro para profissionais e apresenta diversas peças – O Nordeste Quer Falar e Viva o Cordel Encantado. Bemvindo é o criador do Teatro de Rua, em Salvador, e autor do livro Humor, Graça e Comédia. Está casado com Doia. Filmografia: 1977 – Antonio Conselheiro e a Guerra dos Pelados; 1979 – Joana Angélica; 1988 – O Diabo na Cama; 2000 – Amores Possíveis; 2004 – Irmãos de Fé; 2006 – Acredite, Um Espírito Baixou em Mim. SERETTI, EDSON Nasceu em 1948. Aos 12 anos de idade, estreia na TV Record, no programa Capitão Sete. Faz depois O Mundo Infantil, ao lado de Canarinho. Em 1967 transfere-se para a TV Excelsior, levado por Sady Cabral. Lá participa das novelas A Muralha (1968), Redenção (1966/1968) e A Pequena Órfã (1968). Estreia no cinema, no filme Obsessão, em 1970, dirigido por Jece Valadão. Em 1971, vai para a Argentina, onde permanece por dois anos e participa de , El Republicano e Calle 38, ambos filmes do diretor Montiel Prisa. De volta ao Brasil, em 1973, começa a trabalhar como manequim, modelo fotográfico e ator teatral nas peças Confissões de um Homem, O Planeta Azul e Papai Noel do Século XX. Trabalha também como técnico de cinema. É diretor da Flimts Filmes, empresa especializada em documentários e jingles. Filmografia: 1970 – Obsessão; 1976 – Traição Conjugal; Lua de Mel Sem Começo e Sem Fim; 1977 – O Poder do Desejo; A Virgem da Colina. SÉRGIO RICARDO João Mansur Lutfi nasceu em Marília, SP, em 18 de junho de 1932. De origem libanesa, estuda piano desde os 8 anos. Aos 17 entra como faz-tudo na Rádio Cultura de São Vicente, cidade litorânea do Estado de São Paulo, de propriedade de seu tio, Paulo Jorge Mansur. Em seguida vai para o Rio de Janeiro trabalhar na Rádio Vera Cruz, propriedade de outro tio seu. Ao terminar o científi co, faz curso de teoria e solfejo e começa a tocar piano na noite carioca. Em 1954 inicia carreira de teleator em São Paulo. Muito ligado à música, parti cipa ativamente da Bossa Nova. Em 1957 grava seu primeiro disco, o 78 RPM com as músicas Vai Jangada e Cafezinho. No início dos anos 1960 lança os LPs Não Gosto Mais de Mim e A Bossa Romântica de Sérgio Ricardo e compõe músicas importantes como Beto Bom de Bola e Canção do Amor Armado. Na década de 1960, participa de festivais, sendo célebre até o hoje o momento em que arrebenta o violão no palco e joga-o contra a plateia, em protesto contra as vaias que recebera durante a execução da música Beto Bom de Bola. Estreia como ator, no cinema, em 1959, no filme Pé na Tábua. Compõe trilhas sonoras de filmes de Glauber Rocha, como Deus e o Diabo na Terra do Sol, Terra em Transe e O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro. Para Deus e o Diabo, compôs a antológica música Romance. Estreia na direção em 1961 dirigindo o curta O Menino da Calça Branca. Seu primeiro longa é Esse Mundo é Meu, de 1963. Nos anos 1980/1990 dirige vários curtas. Seus últimos CDs são Estória de João Joana (2000) e Quando Menos se Espera (2001). É irmão do Diretor de Fotografia Dib Lutfi. Em 2010 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso Música, lança sua biografia: Sérgio Ricardo: Canto Vadio, de autoria de Eliana Pace. Filmografia (ator): 1959 – Pé na Tábua; 1964 – Esse Mundo é Meu; 1965 – Pluft, o Fantasminha; 1970 – Quatro Contra o Mundo; 1976 – A Nudez de Alexandra (Un Animal Doué de Déraison) (França/Brasil). Filmografia (diretor): 1961 – O Menino da Calça Branca (CM); 1963 – Esse Mundo é Meu; 1965 – O Pássaro da Aldeia (CM); 1970 – Juliana do Amor Perdido; 1970 – Quatro Contra o Mundo (episódio: O Menino da Calça Branca); 1974 – A Noite do Espantalho; 1983 – Balanço do Vidigal (CM); Copacabana (CM); 1985 – Traço e Cor; 1986 – Dançando Villa-Lobos; 1987 – Voz do Poeta (CM); 1988 – E o Espetáculo Continua (CM); 1996 – Anos JK (CM); Arte no Campus (CM). SERRA, ANTONIO Nasceu em Ilha Terceira, Açores, Portugal. Radicado no Brasil no início do século, inicia carreira de ator no cinema, sendo sua estreia em 1908 no filme Os Estranguladores. Em 1909 estreia na direção, no filme Pela Vitória dos Clubes Carnavalescos, primeiro filme brasileiro sobre o carnaval. Como ator, parti cipa, entre outros, de João José (1910) e Albergue Sangrento (1915). Pioneiro do Cinema Brasileiro, morre em 1920. Filmografi a (ator): 1908 – Os Estranguladores; Telegrama Número 9; Os Capadócios da Cidade Nova; 1909 – A Cabana do Pai Tomás; Um Drama na Tijuca; Noivado de Sangue; Pela Vitória dos Clubes Carnavalescos; A Cabana do Pai Tomás; As Aventuras de Zé Caipora; João José; 1910 – Mil Adultérios; 1915 – Albergue Sangrento. Filmografia (diretor): 1908 – O Comprador de Ratos; 1909 – O Fósforo Eleitoral; O Nono Mandamento; Noivado de Sangue; Um Cavaleiro Deveras Obsequioso; Um Drama na Tijuca; Os Milagres de Santo Antonio; Pega na Chaleira; Às Portas do Céu; A Cabana do Pai Tomás; As Aventuras do Zé Caipora. SERRA, LUIZ Nasceu em Dois Córregos, SP, em 9 de maio de 1937. Adolescente, muda-se para São Paulo e ingressa na Escola de Arte Dramáti ca, formando-se em 1964. Também estuda Rádio e TV na ECA. Inicia carreira no teatro, chegando a participar de mais de 40 peças, dirigidas por Antunes Filho, Flávio Rangel e Augusto Boal. Na televisão, estreia em 1969, numa pequena participação na novela Dez Vidas, pela extinta TV Excelsior. Na TV Tupi, participa de várias novelas líderes de audiência – Toninho on the Rocks (1970), Tchan! A Grande Sacada (1976) e Dinheiro Vivo (1979). Estreia no cinema em 1980 no filme Ato de Violência, de Eduardo Escorel. Participa de poucos, mas importantes fi lmes – Pixote – A Lei do Mais Fraco (1981), Quincas Borba (1987), último filme de Roberto Santos, Até que a Vida nos Separe (1996) e Linha de Passe (2008). Com o fechamento da Tupi, reveza sua carreira entre a TV Bandeirantes, Cultura e SBT, nas novelas Os Adolescentes (1981), O Coronel e o Lobisomem (1982), Jogo do Amor (1995) e Por Amor e Ódio (1997). Em 2005 participa do teleteatro Senta que lá Vem Comédia, pela TV Cultura. Depois de dez anos afastado das novelas, retorna em 2007, contratado pela TV Globo e atua em Paraíso Tropical (2007), como Antonio Pinheiro e Pé na Jaca (2007), como Saraiva Durão. Está casado com a produtora/atriz Analy Alvarez. Juntos, durante muitos anos, coordenaram o Projeto Ademar Guerra, da Secretaria de Estado da Cultura do Estado de São Paulo, na gestão do secretário Marcos Mendonça. Filmografia: 1980 – Ato de Violência; 1981 – Pixote – A Lei do Mais Fraco; 1983 – Sete Dias de Agonia (O Encalhe); 1984 – O Beijo da Mulher Aranha (Kiss of the Spider Woman) (Brasil/EUA); 1987 – Quincas Borba; 1996/2000 – Adágio ao Sol; 1999 – Até que a Vida nos Separe; 2007 – Chega de Saudade; 2008 – Linha de Passe; 2009 – O Rim de Napoleão (CM); 2010 – Chico Xavier. SERRA, OTONIEL Nasceu em Salvador, BA. Ator, diretor e produtor cultural, nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Estreia no cinema em 1962 no filme Bom Mesmo É Carnaval. Na televisão, participa da novela Irmãos Coragem (1970), pela TV Globo, como Gastão. Além de ator, é produtor musical e diretor de shows musicais dos mais competentes. Filmografia: 1962 – Bom Mesmo É Carnaval; 1963 – Crime no Sacopã; 1968 Capitu; 1969 – Tempo de Violência; 1970 – Barão Olavo, o Horrível; Copacabana Mon Amour; 1978 – A Lira do Delírio; 1979 – Eu Matei Lúcio Flávio; 1979 Lerfa-Mu; 1981 – Pixote – A Lei do Mais Fraco; 1982 – Rio Babilônia; 1987 – O Mundo a Seus Pés (CM); 1996 – Sombras de Julho; 2001 – O Engraxate (CM); 2008 – Tira os Óculos e Recolhe o Homem (CM). SERRADO, MARCELO Marcelo Magalhães Serrado nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de fevereiro de 1967. Nos tempos do colégio foi presidente do grêmio e participou de uma banda chamada Prisma. Estreia na televisão na novela Corpo Santo, em 1987, pela TV Manchete. A partir daí começa a desenvolver sua carreira na televisão. Entre outras, participa então de O Dono do Mundo (1991), Por Amor (1997), Porto dos Milagres (2001) e Vidas Opostas (2007). Em 2005 atua nas peças O Rim e Anjos da Cara Suja. Pelo canal pago HBO participa da série Mandrake. Foi casado durante seis anos com a atriz Christine Fernandes. Desde 2003 está casado com a atriz Rafaelle Mandelli (1980) com quem teve sua primeira filha, Catarina, nascida em 2004. Filmografia: 1995 – Super Colosso; 1997 – Dois na Chuva (CM); 2000 – Eu Não Conhecia Tururu; 2002 – Seja o que Deus Quiser; 2003 – Noite de São João; 2008 – Mais Uma História no Rio (CM); 2010 – Malu de Bicicleta. SERRALVO, NEUSA Nasceu em Taubaté, SP. Paralelamente aos estudos normais, matricula-se na escola de balé, ainda em sua cidade natal. Adolescente, vem para São Paulo e começa a trabalhar como garota-propaganda em comerciais de televisão e em feiras e exposições. Um dia, passeando num set de filmagem de Zé Sexy, desperta a atenção de José Vedovato, diretor da fita, que prontamente faz um teste e a contrata, mas sua carreira é muito curta. Filmografia: 1976 – Zé Sexy... Louco, Muito Louco por Mulher; A Últi ma Ilusão. SETTA, IVAN Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1946. Começa sua carreira no teatro, no Tablado, em 1966, em peças infantojuvenis, sob a direção de Maria Clara Machado. Estreia no cinema em 1967 no filme A Espiã que Entrou em Fria. Em 1973, escreve, juntamente com a irmã Vera e Dudu Continentino, a peça Verbenas de Seda. Na televisão, estreia em 1975 na novela O Rebu, pela TV Globo. Depois faz regular carreira, sempre como coadjuvante, em novelas e minisséries – Senhora (1975), Sítio do Pica-pau Amarelo (1977), Sem Lenço, Sem Documento (1977), Feijão Maravilha (1979), Bandidos da Falange (1983), Padre Cícero (1984), Meu Destino É Pecar (1984), Roque Santeiro (1985), Grande Sertão: Veredas (1985), Corpo Santo (1987), Olho por Olho (1988), Escrava Anastácia (1990), Araponga (1990), Tereza Batista (1992), Sex Appeal (1993), Guerra Sem Fim (1993) e Mandacaru (1997). Sempre gostou muito de teatro, e, em 40 anos de carreira, destacou-se em Ubu Rei, de Alfred Jarret, com direção de Jaime Ratto, peça em que recebe muitos prêmios por sua antológica atuação. Na televisão e no cinema, Ivan ganhou fama de bad boy, pois quase todos os seus personagens eram de vilão, devido à sua cara de mau e vasto bigode, mas, na verdade, ele só fazia tipo, pois era uma simpatia de pessoa, querido por todos da classe artística. Foi casado com Sandra Schaeppi, com quem teve quatro filhos. Morre de câncer, em 6 de abril de 2001, aos 55 anos de idade no Rio de Janeiro. É irmão da atriz Vera Setta e ti o de Morena Baccarin. Filmografia: 1967 – A Espiã que Entrou em Fria; 1970 – Anjos e Demônios; A Dança das Bruxas; Pais Quadrados... Filhos Avançados; 1975 – As Aventuras Amorosas de Um Padeiro; A Extorsão; 1977 – Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia; 1978 – A Dama do Lotação; Se Segura, Malandro!; 1983 – Um Sedutor Fora de Série; O Mágico e o Delegado; 1985 – Além da Paixão; 1986 – Fulaninha; 1987 – Churrascaria Brasil; Romance de Empregada; 1990 – Corpo em Delito; 1992 – Kickboxer 3: The Art of War (EUA); 1995 – Sombras de Julho; 1996 – Sambolico (CM); 1999 – Tiradentes. SETTA, VERA Vera Lúcia Setta nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1º de outubro de 1950. Estreia no cinema em 1971 no filme Ipanema Toda Nua. Torna-se produtora de teatro. Longe do país (mora em Nova York) e dos palcos há dez anos, retorna em 2001 para produzir e atuar na peça Monólogos da Vagina, juntamente com Cássio de Souza, adaptada e dirigida por Miguel Falabella. É irmã do ator Ivan Setta e mãe da atriz americana Morena Baccarin (1979). Filmografia: 1971 – Ipanema Toda Nua; 1976 – O Vampiro de Copacabana; Simbad, o Marujo Trapalhão; Luz, Cama, Ação!; 1977 – O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão; 1978 – Se Segura, Malandro!; Pequenas Taras; A Noiva da Cidade; 1983 – O Mágico e o Delegado; 1988 – Referência (CM). SEU JORGE Jorge Mário da Silva nasceu em Belford Roxo, RJ, em 8 de junho de 1970. Nasceu e cresceu em favelas do Rio de Janeiro, teve infância tranquila. Foi ajudante de borracharia, contí nuo, marceneiro, office-boy. Adolescente, frequenta as rodas de samba cariocas acompanhado do pai e os bailes funk e charme da periferia. Logo já está cantando na noite. Exímio violonista, contrabaixista, cantor e compositor, teve sua grande oportunidade pelas mãos de Paulo Moura, que o leva a participar de vários espetáculos no Teatro da Universidade do Rio de Janeiro. Forma a banda Farofa Carioca e lança seu primeiro CD em 1998. Seu Jorge logo começa a se destacar pela qualidade de seu som, que mistura samba, reggae, jongo, funk e rap. Em 2001 lança seu primeiro CD solo, Samba Esporte Fino. Em 2002 é convidado a parti cipar do filme Cidade de Deus no papel de Zé Galinha e surpreende a todos também por sua capacidade de interpretação. Começa então a surgir sua carreira no cinema, paralela à de músico e intérprete. Filma muito fora do Brasil e hoje já está no primeiro time da MPB. Filmografia: 2002 – Cidade de Deus; Moro no Brasil (Brasil/Alemanha/Finlândia) (depoimento); 2004 – À la Recherche d’Orfeu Negro (França); The Life Aquatic With Steve Zissou (EUA); 2005 – Casa de Areia; This Is an Adventure (MM) (EUA); 2006 – Elipsis (Venezuela); 2007 – Sleepwalkers (EUA); 2008 – The Escapist (Inglaterra/Irlanda); Carmo (Brasil/Espanha/Polônia); 2009 – Beyond Ipanema (Brasil/EUA); 2010 – Tropa de Elite 2. SEVERO, ARY Luís de França da Rosa Torreão nasceu em Recife, PE, em 28 de dezembro de 1903. Importante figura do Ciclo do Recife de Cinema que teve seu auge nos anos 1920 do século passado. Estuda na França. Em 1925, juntamente com amigos, funda a Aurora Film e produz/dirige/atua no filme Jurando Vingar. Seu último e mais famoso fi lme é Aitaré da Praia, de 1928. A partir dos anos 1930 abandona a carreira cinematográfica. Foi casado com a atriz Almery Esteves, com quem atua em quase todos os seus filmes. Morre em 1994, aos 91 anos de idade. Filmografia (ator): 1925 – Jurando Vingar; 1927 – Dança, Amor e Ventura; 1928 – Aitaré da Praia. Filmografia (diretor): 1925 – Jurando Vingar; 1926 – Herói do Século XX (CM); Audácia do Ciúme; 1927 – Dança, Amor e Ventura; 1928 – Aitaré da Praia (codireção de Jota Soares e Luiz Maranhão); 1929 – O Destino das Rosas. SEVERO, MARIETA Marieta Severo da Costa nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 2 de novembro de 1946 e queria ser professora. Faz seus estudos normais no Colégio Bennett, mas logo em seguida frequenta aulas de teatro no Tablado, com Maria Clara Machado. Em 1965 estreia simultaneamente no teatro, com a peça Feitiço de Salém, texto de Arthur Williams, e na televisão, na novela O Sheik de Agadir, e no cinema, no filme Society em Baby-Doll. Em 1966 conhece o cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda, que vem assistir à peça Se Correr o Bicho Pega, ao lado de Hugo Carvana. Os dois apaixonam-se e casam-se logo em seguida, num relacionamento que durou mais de três décadas. Em 1969 abandona a carreira artística para acompanhar o marido no exílio. Em 1970, retoma sua carreira e faz a novela E Nós, Aonde Vamos?, pela exti nta TV Tupi. De 1970 a 1983 Marieta dedica-se exclusivamente ao teatro e cinema, onde participa de vários filmes, com destaque para Bye, Bye Brasil (1978) e Carlota Joaquina, Princesa do Brazil (1995). Retorna à TV para atuar em Champagne (1983), Vereda Tropical (1984), Deus nos Acuda (1992), Pátria Minha (1995) e Laços de Família (2000). De 1995 a 2000 participa de quatro episódios do programa Comédia da Vida Privada. No teatro faz também trabalhos marcantes, chegando a ganhar os prêmios Mambembe e Molière, por sua interpretação na peça No Natal a Gente Vem Te Buscar, em 1980. Separada de Chico desde 2001, com ele teve três filhas, Sílvia (1969), Helena (Lelê) (1970) e Luíza (1975), e cinco netos, Francisco (1997), Clara (1999) e Cecília (2006), do casamento da historiadora Lelê com o músico Carlinhos Brown; Lia (2003), filha de Luíza; e Irene (2005), filha da atriz Sílvia Buarque. É uma das grandes atrizes brasileiras. Está namorando desde 2004 com o diretor teatral Aderbal Freire-Filho (1941). Desde 2000 participa do programa semanal A Grande Família, ao lado de Marco Nanini, sucesso nas telas também em 2006, em produção da Globo Filmes. Filmografia: 1965 – Society em Baby-Doll; 1967 – Todas as Mulheres do Mundo; 1970 – Quatro Contra o Mundo (episódio: Jovem Retaguarda); 1972 – Roleta Russa; 1978 – Gente Fina É Outra Coisa (episódio: A Guerra da Lagosta); Chuvas de Verão; 1979 – Bye, Bye Brasil; 1980 – Certas Palavras; 1981 – Crueldade Mortal; 1986 – A Espera (CM); Sonho Sem Fim; Com Licença, Eu Vou à Luta; O Homem da Capa Preta; 1987 – Por Dúvida das Vias (CM); Sonhos de Menina-Moça; Leila Diniz; 1988 – Mistério no Colégio Brasil; A Porta Aberta (CM); 1989 Faca de Dois Gumes; 1990 – Diário Noturno (CM); 1991 – O Corpo; Vai Trabalhar Vagabundo II – A Volta (Amor Vagabundo); 1995 – Carlota Joaquina, Princesa do Brazil; 1997 – Guerra de Canudos; 1998 – Villa-Lobos, uma Vida de Paixão; Gramado: 25 Anos em Movimento (CM) (narração, junto com José Wilker); 1999 – Castelo Rá-Tim-Bum; Outras Histórias; Um Copo de Cólera; 2001 Janela da Alma; 2002 – As Três Marias; 2004: Cazuza – O Tempo Não Para; Quase Dois Irmãos; A Dona da História; 2006 – Irma Vap – O Retorno; 2007 – A Grande Família – O Filme; Pequenas Histórias (narração); 2010 – Sonhos Roubados; Quincas Berro d’Água. SEVIC, WANDA Nasceu em São Paulo, SP. Começa sua carreira artística fazendo teatro infantil. Estreia no cinema em 1975 no filme Pilantras da Noite, ao lado de Tony Vieira, mas encerra a carreira na década de 1980. Filmografia: 1975 – Os Pilantras da Noite; 1976 – Quando Elas Querem... E Eles Não; 1978 – Os Violentadores; Os Depravados; 1980 – O Médium. SFAT, DINA Dina Kutner de Souza nasceu em São Paulo, SP, em 28 de outubro de 1938. O sobrenome Sfat foi uma homenagem à mãe, pois é o nome do povoado onde ela nascera, em Israel. De origem judaica, aos 16 anos trabalha como datilógrafa num laboratório de análises clínicas e depois como secretária na Faculdade de Engenharia da Universidade Mackenzie. Um dia, sua irmã Rachel a leva ao teatro para ver a peça Arsênico e Alfazema, com Cacilda Becker. Nesse momento resolve ser atriz. Em 1961, com uma turma de teatro amador de universitários do Mackenzie, apresenta a peça Os Fuzis da Senhora Carrar, no Festival Nacional de estudantes de Porto Alegre, RS, iniciando uma carreira teatral que acaba somando mais de 20 peças. Em 1963 integra o Teatro de Arena em São Paulo, participando de montagens importantes. Em 1968, no Teatro Ofi cina, participa da histórica montagem de O Rei da Vela. Estreia no cinema em 1966, em Três Histórias de Amor e constrói sólida carreira cinematográfi ca em Macunaíma (1969), Tati, a Garota (1973) e Eros, o Deus do Amor (1981). Ganha dois prêmios no Festival de Brasília: Melhor Atriz, em 1970, por Os Deuses e os Mortos, de Ruy Guerra e Melhor Atriz Coadjuvante, por O Homem do Pau-Brasil, de 1981, dirigido por Joaquim Pedro de Andrade. Em 1966 faz sua primeira novela, Ciúmes, pela extinta TV Tupi e contracena com Cacilda Becker, ídolo maior de Dina na época. Seguem-se momentos memoráveis como na primeira versão de Selva de Pedra (1972), Saramandaia (1976), O Astro (1977), Eu Prometo (1983) e Bebê a Bordo (1988), sua última novela. Participa de duas minisséries: Avenida Paulista (1982) e Rabo de Saia (1984). Trabalha também como correspondente internacional do programa Fantástico, pela TV Globo, fazendo reportagens em todo o mundo durante vários meses, como o programa Dina Sfat na União Soviética, em 1988. Em 1963 casase com o ator Paulo José, com quem vive por 17 anos (até 1981) e tem três filhas, Ana (1971), Bel (1971) e Clara Kutner (1976), também atriz. Morre de câncer em 20 de março de 1989, no Rio de Janeiro, aos 50 anos de idade. Bela, inteligente e talentosa, é uma das grandes atrizes brasileiras, deixando-nos brilhantes interpretações como herança. Em 2005 a Imprensa Ofi cial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso Especial, lança sua biografia: Dina Sfat – Retratos de uma Guerreira, de autoria de Antonio Gilberto. Filmografia: 1964 – Arti go 141 (CM) (narração); 1966 – Corpo Ardente; Três Histórias de Amor (episódio: A Carreta – Amor no Campo); 1968 – Jardim de Guerra; Edu Coração de Ouro; Vida Provisória; Anuska – Manequim e Mulher; 1969 – Macunaíma; 1970 – Perdidos e Malditos; Os Deuses e os Mortos; 1971 – O Barão Otelo no Barato dos Bilhões; O Capitão Bandeira Contra o Dr. Moura Brasil; Gaudêncio, o Centauro dos Pampas; 1972 – A Culpa; 1973 – A Mulher na Sociedade Brasileira (MM) (narração); Contrate-o Para Nosso Serviço (CM) (inacabado); Tati, a Garota; Jogos do Amor (inacabado); 1975 – Paixão Maldita (CM-Super-8); 1977 – Aukê (CM) (narração); 1978 – Mulheres de Cinema (CM) (depoimento); 1981 – Álbum de Família (Uma História Devassa); Eros, o Deus Do Amor; O Homem do Pau-Brasil; 1982 – Das Tripas Coração; 1984 – Tensão no Rio; 1987 – A Fábula da Bela Palomera (La Fabula de la Bella Palomera) (Brasil/ Espanha); 1987/96 – O Judeu (Brasil/Portugal) (lançamento póstumo). SGANZERLA, DJIN Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1977. É filha do cineasta Rogério Sganzerla e da atriz/produtora/diretora Helena Ignez. Estuda dança de Laban e teatro com Regina Miranda e depois fi ca um ano com Antonio Abujamra no grupo Os Fudidos Privilegiados. Sua primeira peça é O que é Bom em Segredo é Melhor em Público, de 1996, depois Cabaret Rimbaud – Uma Temporada no Inverno (1997/98). Estuda com Antunes Filho e parti cipa de Cacilda, direção de José Celso Martinez Corrêa. Estreia no cinema no curta Era Arariboia um Astronauta?, direção de Tetê Mattos. No período 2000/2001 atua na peça Savannah Bay, texto de Margarete Duras, direção de Rogério Sganzerla, que também a dirige em seu primeiro longa como protagonista, e últi mo de Rogério, Signo do Caos (2005). Estuda interpretação para cinema por dois anos em Londres. De volta ao Brasil parti cipa ati vamente do cinema, em filmes como Meu Nome É Dindi (2007), em elogiada interpretação e Falsa Loura (2007), que lhe vale o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante em Brasília. Sobre sua atuação no filme, Reichenbach comentou: (...) no mais, acho que tive muita sorte com todo o elenco. Djin Sganzerla é um assombro, mesmo sabendo que corre cinema em seu sangue e veias desde o dia em que nasceu. Sabe-se que é muito mais fácil transfi gurar uma mulher bonita do que o contrário, mas nenhum efeito de maquiagem substitui o impacto de uma expressão contundente de exclusão (...), comentário extraído do blog Olhos Livres, de Carlos Reichenbach. Com sólida formação e talento nas veias, já é uma grande atriz brasileira. Filmografia: 1998 – Era Arariboia um Astronauta?; São Jerônimo; 2005 – Signo do Caos; Um Lobisomem na Amazônia; Crime Delicado; 2007 – O Meu Mundo Em Perigo; Conceição: Autor Bom é Autor Morto; Meu Nome É Dindi; Falsa Loura; 2008 – Canção de Baal; As Sombras (CM); Amarar (CM); 2010 – Luz nas Trevas – A Revolta de Luz Vermelha. SHERMAN, MAURÍCIO Maurício Shermann Nizembaum nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 31 de janeiro de 1931. Inicia sólida carreira na televisão nos anos 1950, como ator, produtor e diretor de shows humorísti cos e novelas. Como ator, estreia no cinema em 1955 no filme Paixão nas Selvas. Em 1978 dirige seu primeiro e único filme, Copa 78, o Poder do Futebol, mas sua carreira é direcionada para a televisão, com inegável talento, sendo, nessa área, considerado um dos nossos melhores profissionais. Entre tantos outros, dirige os humorísti cos Faça Humor, Não Faça Guerra (1970/73), Chico City (1973/80), a minissérie A, E, I.O... Urca (1990) e Zorra Total (1999). Filmografia (ator): 1955 – Paixão nas Selvas (Conchita Und Der Ingenieur) (Alemanha/Brasil); 1956 – Vamos Com Calma; 1957 – Treze Cadeiras; 1958 – Sherlock de Araque; 1963 – Gimba, Presidente dos Valentes; 1970 – Os Caras de Pau; 1973 – Tormento; 1975 – Motel. Filmografia (diretor): 1970 – O Samba Começou Assim (CM); 1978 – Copa 78, o Poder do Futebol. SIEBERT, MAGRIT Nasceu em Blumenau, SC, em 1945. Estreia no cinema no filme As Mulheres Amam por Conveniência (1972). Aproveitando a moda da época, a pornochanchada, acaba participando de vários filmes, sempre explorando seus belos dotes físicos. Com o fi m do ciclo, abandona a carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1972 – As Mulheres Amam por Conveniência; Um Pistoleiro Chamado Caviúna; 1973 – A Pequena Órfã; 1974 – Pensionato de Mulheres; Travessuras de Pedro Malasartes; 1975 – O Incrível Seguro da Castidade; 1976 – Eu Faço... Elas Sentem; Essa Mulher É Minha... E dos Amigos; Um Golpe Sexy; Já Não Se Faz Amor Como Anti gamente (episódio: Flor de Lys). SIGNORELLI, JOÃO João Signorelli e Silva nasceu em Cambuquira, MG, em 22 de dezembro de 1956. Começa sua carreira artística fazendo teatro, em 1972, com o infantil A Turma da Mônica Contra o Capitão Feio. Seguem-se O Homem de La Mancha, Pano de Boca, Caixa de Sombras e Chá e Simpatia, entre outras. Por indicação de Grande Otelo é contratado pela TV Globo e estreia na novela Super-Manoela (1974). Depois vem A Barba Azul (1974), Canção para Isabel (1976), O Espantalho (1977), Salário Mínimo (1978), O Todo Poderoso (1979), Os Imigrantes (1981), Voltei Pra Você (1983), Meus Filhos, Minha Vida (1984), Dona Beija (1986), Bebê a Bordo (1988), Top Model (1989), Tieta (1989), O Dono do Mundo (1991), Tocaia Grande (1995) e Carandiru, Outras Histórias (2005). No cinema, atua em Minha Vida É Uma Novela (1978), Stelinha (1990), entre outros. Sempre interpretando papéis de vilão, é um grande talento da nova geração de atores brasileiros. Recentemente contratado pela TV Bandeirantes, tem papel de destaque na novela Água na Boca (2008). Filmografia: 1976 – Fogo Morto; 1978 – Minha Vida É Uma Novela (inacabado); Meus Homens, meus Amores; 1981 – O Grotão (CM); 1988 – Lili, a Estrela do Crime; 1990 – Stelinha; 1991 – Vai Trabalhar Vagabundo II – A Volta (Amor Vagabundo); 1993 – Oceano Atlantis; 2009 – Salve Geral!. SILLAS, WALDEMAR De ascendência alemã, Waldemar Sietslach começa sua carreira no teatro, no grupo Os Entusiastas, na montagem da peça O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. Cria o personagem Pimpão, famoso palhaço que faz shows por todo o Brasil, por intermédio de sua companhia Pimpão Promoções. Estreia no cinema em 1975 no filme Ainda Agarro Esse Machão, seu único filme; mas os shows e o teatro são suas prioridades. Filmografia: 1975 – Ainda Agarro Esse Machão. SILVA, ANA MARIA NASCIMENTO E Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de abril de 1957. Até os 6 anos vive na Grécia e aprende a falar o idioma. É filha do empresário grego Charilaos Anastasiadi, presidente da distribuidora Fox do Brasil por 45 anos e responsável pelo lançamento dos grandes clássicos da companhia na América Latina. Ainda menina percebe sua vocação para a carreira artística. Estuda artes cênicas na Suíça, e, no Rio, frequenta o Teatro Tablado, dirigido por Maria Clara Machado, no qual participa de dez peças infanti s. Estreia no cinema em 1973, em A Selva e desponta como grande atriz nos filmes Os Trombadinhas (1979), Sonho de Verão (1990) e O Viajante (1999). Em 1995, viaja para Manaus para filmar Bocage, o Triunfo do Amor, de Djalma Limongi Bati sta, substi tuindo às pressas Vera Fischer que, na última hora, desiste do projeto. Na televisão, estreia em 1977 na novela Nina, depois, entre outras, faz Cara a Cara (1979), O Salvador da Pátria (1989), Gente Fina (1990), Zazá (1997) e, mais recentemente, Jamais Te Esquecerei (2003). No início da década de 1990, dedica-se também ao jornalismo, apresentando o programa Deles e Delas, pela CNT/ Gazeta. Bela, inteligente e boa atriz, está casada desde 1977 com o cineasta Paulo César Saraceni, com quem tem um único fi lho, André Ricardo Saraceni. Filmografia: 1973 – A Selva; 1976 – Marcados Para Viver; 1977 – Ladrões de Cinema; Paraíso no Inferno; 1978 – A Força do Sexo; Desejo Violento; O Bem-Dotado – O Homem de Itu; A Força de Xangô; 1979 – Os Trombadinhas; 1981 – Mulher Sensual (Novela das Oito); 1982 – Ao Sul do Meu Corpo; 1986 – Brasa Adormecida; 1988 – Natal da Portela (Brasil/França); 1989 – Nem Tudo que é Sonho Desmancha no Ar (CM); 1990 – Sonho de Verão; 1991 – Assim na Tela Como no Céu; 1994 – A Terceira Margem do Rio; 1995 – Eternidade (Brasil/ Portugal); 1997 – Bocage, o Triunfo do Amor; 1999 – O Viajante. SILVA, ANÍSIO Nasceu em Caetité, BA, em 29 de julho de 1920, numa fazenda, hoje pertencente ao município baiano de Rio do Antônio, na época território da cidade de Caetité, em fase de emancipação do distrito, atualmente cidade de Caculé. Seu maior sonho na adolescência é ser farmacêutico. Com 5 anos muda-se com a família para São Paulo e, em 1954, para o Rio de Janeiro. Grava seu primeiro disco em 1956 e, em 1958, vai para a Rádio Nacional, fazendo sucesso com a música Tudo é Igual. Sua estreia no cinema acontece em 1959 no filme Titio Não é Sopa. Cantor de grande popularidade, chega a fazer três shows diários e é muito assediado pelas fãs. Ganha o primeiro disco de ouro, pela venda de 2 milhões de discos, motivo pelo qual é homenageado mais tarde pela gravadora Odeon. Em 1978 decide encerrar sua carreira, pois o excesso de trabalho e a vida boêmia causam-lhe sérios problemas de saúde. Anísio Silva soube administrar bem o dinheiro ganho no auge da fama ao comprar vários imóveis no Rio e fundar o Forró 66 em Botafogo, uma casa noturna. Morre de enfarte, em 19 de fevereiro de 1989, aos 65 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1959 – Titio Não é Sopa; Espírito de Porco. SILVA, BENÊ Nasceu em Uberaba, MG, em 1941. Já decidido a seguir carreira artística, muda-se para São Paulo em 1960 e ingressa na EAD, para estudar, não somente a arte de interpretar, mas a parte técnica também, como direção, cenografi a, sonoplastia e iluminação. Já profissional, vai para o Teatro de Arena e participa de várias peças, entre elas, O Processo e Neca do Pato, Blues Para Mister Charlie (1967), Hair (1968), Os Rapazes da Banda (1970), alternandose como ator e diretor. No início dos anos 1970 vai para os EUA e retorna no ano seguinte. No cinema, atua em República da Traição (1970), A Carne (1976), sua melhor performance, Filme Demência (1987). Estreia na televisão em 1978, na novela Maria, Maria. Seguem-se Razão de Viver (1983), Meus Filhos, Minha Vida (1984), Jerônimo (1984) e Chapadão do Bugre (1988). Em 2003 retorna ao cinema, 16 anos depois, para parti cipar de Narradores de Javé. Filmografia: 1970 – República da Traição; 1971 – Longo Caminho da Morte; A Casa Maldita; 1972 – Jogo da Vida e da Morte; 1975 – A Filha do Padre; Cada um Dá o que Tem (episódio: O Despejo); 1976 – A Carne (Um Corpo em Delírio); Paranoia; O Dia das Profissionais; 1977 – Antonio Conselheiro e a Guerra dos Pelados; 1987 – Filme Demência; 2003 – Narradores de Javé; 2008 – Os Desafinados. SILVA, CARMEN Maria Amália Feijó nasceu em Pelotas, RS, em 5 de abril de 1916. Inicia sua carreira profissional no início da década de 1930 como locutora e redatora da Rádio Cultura, ainda na sua cidade natal. Em 1939 estreia no teatro, ao lado de Iracema de Alencar. Na década de 1940, muda-se para São Paulo e trabalha nas rádios Record, América e Tupi, inclusive redigindo. Estreia no cinema em 1935, numa pequena ponta no filme Estudantes, produção da Cinédia, seguindo-se O Grande Momento (1958), Elas (1972), Idolatrada (1983), talvez seu melhor momento, A Festa de Margarete (2002) e, mais recentemente, Valsa Para Bruno Stein. No teatro, atua nas peças O Imperador Galante, A Escada, Madame Butterfly e Mais Quero Asno que me Carregue do que Cavalo que me Derrube, quando ganha o prêmio Molière. Constitui sólida carreira também na televisão, sendo sua estreia em 1958 no especial Cela da Morte. Entre tantas novelas memoráveis, destacam-se Pigmalião 70 (1970), Os Ossos do Barão (1973), Locomotivas (1977), Baila Comigo (1981), Meus Filhos, Minha Vida (1984), Mulheres Apaixonadas (2003), como Flora, que rouba todas as cenas da novela, ao lado do marido Leopoldo (Oswaldo Louzada). Casou-se duas vezes, uma delas com Cancela Filho. Teve uma fi lha. Morre em 21 de abril de 2008, em Porto Alegre, aos 92 anos de idade, de falência múltipla de órgãos. Filmografia: 1935 – Estudantes; 1945 – Anjo Nu (El Angel Desnudo) (Argentina); 1949 – Quase no Céu; 1955 – Carnaval em Lá Maior; 1958 – Rebelião em Vila Rica; O Grande Momento; 1972 – Elas (episódio: O Artesanato de Ser Mulher); 1975 – Guerra Conjugal; 1977 – Contos Eróti cos (episódio: As Três Virgens); Ele, Ela, Quem...; 1982 – Amor de Perversão; 1983 – Idolatrada; 1990 – O Gato de Botas Extraterrestre; 1997 – Até Logo, Mamãe (CM); 1999 – Quadrilha (CM); 2002 – A Festa de Margarette; Lembra, meu Velho? (CM); 2007 – Valsa Para Bruno Stein. SILVA, DOUGLAS Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27 de setembro de 1988. Em 1999, aos 11 anos, inicia sua carreira artística na peça Meninos no Meio da Rua. Contudo, 2002 é o ano de sua vida, ao interpretar o Dadinho no filme Cidade de Deus e na TV na série Cidade dos Homens, no papel de Acerola. Participa dos seriados Brava Gente (2000), como Acerola; Sítio do Pica-Pau Amarelo (2002), como Zé; Carga Pesada (2007), como Cid; Toma Lá Dá Cá (2008), como Preá; Chamas da Vida (2008), como Ladrão; e Caminho das Índias (2009), no papel de Juliano. Em 2008 retorna ao cinema para participar do novo filme de Fernando Meirelles, Ensaio Sobre a Cegueira. Está casado desde 2008 com Carolina Brito. Filmografia: 2001 – Palace II (CM); 2002 – Cidade de Deus; 2008 – Ensaio Sobre a Cegueira (Blindness) (Brasil/Canadá/Japão); 2008 – Última Parada 174. SILVA, EDSON Nasceu em Juiz de Fora, MG. Em 1951 muda-se para o Rio de Janeiro e matricula-se no Teatro do Estudante, de Paschoal Carlos Magno. Atua como amador, estreando profi ssionalmente somente em 1954, nas peças Lampião, Sinhá Moça e A Bela Madame Vargas. Em 1958 estreia no cinema, no filme Pista de Grama e se destaca nas produções seguintes – Por Um Céu de Liberdade (1960), Quem Matou Pacífi co? (1977). Na televisão, desenvolve sólida carreira, ao participar de inúmeras novelas – A Últi ma Valsa (1969), Cuca Legal (1975), Água Viva (1980), Bebê a Bordo (1986), Anjo de Mim (1996), Laços de Família (2000) e Mulheres Apaixonadas (2003). Filmografia: 1958 – Pista de Grama (Um Desconhecido Bate à Porta); 1960 – Por Um Céu de Liberdade; O Segredo de Diacuí; 1961 – Ladrão em Noite de Chuva; 1964 – Crime de Amor; 1966 – Mineirinho Vivo ou Morto; Essa Gatinha é Minha; 1967 – Carnaval Barra Limpa; 1968 – Os Viciados (episódio: A Trajetória); 1969 – A Noite do Meu Bem; O Rei da Pilantragem; A Mulher do Rio (The Girl From Rio) (Brasil/Espanha/Alemanha/EUA); 1970 – As Escandalosas; 1972 – Como Era Boa a Nossa Empregada (episódio: Lula e a Copeira); Edy Sexy, o Agente Positivo; 1975 – Quando Elas Querem... E Eles Não; 1977 – Quem Matou Pacífi co?. SILVA, EDUARDO Nasceu em 1964. É educado por dona Olga, sua madrinha e mãe adotiva. Aos 6 anos é abordado na rua por um agente que o convida a participar do programa de Moacyr Franco. Em 1978 faz sua primeira novela, pela antiga TVS de Sílvio Santos, Solar Paraíso, que não foi transmitida para São Paulo. Em 1985 forma-se em biologia e passa a dar aulas em cursinhos para garanti r sua subsistência, pois a carreira artística era muito instável. Dá aulas no Objetivo e no Anglo. Estreia no cinema em 1979 no curta O Príncipe Mascarado. Seu primeiro longa é Quilombo (1984), de Carlos Diegues. Tem em seu currículo mais de 20 peças teatrais – Ubu, Os Reis do Improviso, Comédia dos Erros, A Megera Domada, De Pernas Pro Ar. É agraciado com seis mambembes, três APCA e Apetesp, Shell e Molière. Na televisão participa das novelas Jerônimo (1984), Éramos Seis (1994) e Jamais Te Esquecerei (2003). Tem planos de viabilizar o projeto Zumbi, o Despertar da Liberdade, musical que reunirá 30 negros no palco, entre atores, bailarinos e músicos. Filmografia: 1979 – O Príncipe Mascarado (CM); 1984 – Quilombo; 1989 – Lua Cheia; 1996 – Olhos de Vampa; 1998 – Alô?; 1985 – Brasa Adormecida; 1999 Vou Te Encontrar Vestida de Cetim (CM); 2000 – Soluços e Soluções; 2001 A Revolta do Videotape; 2003 – Garrincha – Estrela Solitária; 2004 – Bom Dia, Eternidade; Velhos, Viúvos e Malvados (CM); 2005 – Viva o Terceiro Mundo (CM); 2007 – A Outra Margem (Portugal/Brasil); 2009 – Inversão. SILVA, FAUSTO Fausto Corrêa da Silva nasceu em Porto Ferreira, SP, em 2 de maio de 1950. Começa sua carreira como repórter de campo na rádio Jovem Pan. Em 1977, juntamente com Osmar Santos, é contratado pela Rádio Globo, que estava reativando sua equipe de esportes, numa milionária transação. Sua irreverência logo o leva para a televisão, onde, na década de 1980, apresenta o programa Perdidos na Noite, sucesso em todo o Brasil. Em 1989 estreia na TV Globo o Domingão do Faustão, até hoje no ar. Em 1991 parti cipa do filme O Inspetor Faustão e O Mallandro, com roteiro de Nelson Nadotti. Sua irmã, Leonor Corrêa, também é apresentadora de televisão. Foi casado por dez anos, entre 1990 e 2000, com a modelo Magda Colares, com quem tem uma filha, Lara, nascida em 1998. Desde 2002 está casado com a ex-modelo e jornalista Luciana Cardoso, com quem tem dois fi lhos, João Guilherme (2004) e Rodrigo (2008). Competente, inteligente, irreverente e leal com os colegas, é um dos grandes talentos da televisão brasileira, sendo respeitado por todo o meio artísti co. Filmografia: 1990 – Sonho de Verão; 1991 – Inspetor Faustão e o Mallandro. SILVA, FERNANDO RAMOS DA Nasceu em Diadema, SP, em 29 de novembro de 1967. Muito pobre, vive com a mãe e mais nove irmãos, numa favela de Diadema, quando é escolhido, entre 1.500 candidatos, para estrelar o filme Pixote, a Lei do Mais Fraco, de Hector Babenco. Sua interpretação comove o Brasil e o mundo. Torna-se estrela do dia para a noite, e é contratado pela TV Globo para participar da novela O Amor é Nosso (1981), mas seu contrato é rescindido, porque ele não consegue decorar as falas. Muito jovem e sem estrutura familiar, não se mantém no meio artístico e volta a Diadema, para o convívio da família e dos amigos bandidos e viciados em drogas. Faz três filmes apenas e morre em 25 de agosto de 1987, aos 19 anos, baleado pela polícia de Diadema. Um triste exemplo da ficção que se torna realidade. Em 1988 sua esposa, Cida Venâncio, lança o livro Pixote Nunca Mais, que, por sua vez, inspira o filme Quem Matou Pixote?, de José Jofi lly, produzido em 1996, que leva a vida de Fernando às telas. Filmografia: 1980 – Pixote, a Lei do Mais Fraco; 1981 – Eles Não Usam Black-Tie; 1983 – Gabriela (Brasil/Itália/EUA). SILVA, JACYRA Nasceu em São Paulo, SP, em 7 de maio de 1940. Formada em Filosofia, logo chama a atenção por sua beleza. Em 1962 vence o concurso Misse São Paulo e inicia carreira de atriz. Em 1964 faz sua primeira novela, Folhas ao Vento, pela TV Record. Daí em diante, consolida carreira na televisão e participa de clássicos da teledramaturgia brasileira – Minas de Prata (1966) e A Cabana do Pai Tomás (1969). Em 1970 tem papel de destaque na novela Irmãos Coragem, pela TV Globo, como Beatriz. No ano seguinte, 1971, estreia no cinema no filme Lobisomem, o Terror da Meia-Noite, seguindo-se O Grande Gozador (1972) e O Cortiço (1978). Atua com muita frequência em teatro e televisão, onde sua carreira segue firme em novelas – Os Ossos do Barão (1973), O Casarão (1976), Coração Alado (1980), Selva de Pedra (1986) e a minissérie Menino de Engenho (1993), sua última aparição na telinha. Jacyra sempre esteve à frente na luta contra o racismo e nunca aceitou o fato de os negros terem somente papel de escravos, empregados ou ladrões nas novelas. Atua pela última vez no teatro na peça O Anjo Negro. Em 1995 retorna ao cinema, para parti cipar do filme O Amor Está no Ar, lançado postumamente, em 1997. Morre em 17 de janeiro de 1995, aos 54 anos, de hemorragia cerebral, em São Paulo. Filmografia: 1971/1974 – Lobisomem, o Terror da Meia-Noite; 1972 – O Grande Gozador; Ipanema Toda Nua; 1974 – A Transa do Turfe; 1975 – O Casal; 1978 – O Cortiço; 1980 – O Fruto do Amor; 1997 – O Amor Está no Ar. SILVA, JOÃO VITOR Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 9 de maio de 1996. Ator mirim. Em 2003, aos 7 anos, estreia na televisão, na novela Kubanacan, no papel de Otelinho, mas seu momento aconteceria no ano seguinte, ao ser escalado para interpretar Pedrinho, na nova versão do Sítio do Pica-Pau Amarelo, que fica no ar por dois anos, entre 2004 e 2006. Estreia no cinema em 2006 no filme Zuzu Angel. Em 2008 atua no seriado Casos e Acasos e em 2009 transfere-se para a TV Record para atuar na novela Poder Paralelo, como Eduardo Castellamare. Filmografia: 2006 – Zuzu Angel; 2008 – O Guerreiro Didi e a Ninja Lili; 2009 – Lá Fora (CM); 2010 – Amazônia Caruana SILVA, LÍDIO Nasceu na Bahia, em 1913. Como marceneiro, faz plaquetas de corte para o cineasta Leão Rosemberg, produtor de documentários em Salvador. Descoberto pela atriz Jurema Penna, é convidado para parti cipar do filme Barravento, em 1961. Com o sucesso do personagem, faz outros filmes, sempre em papéis místi cos, que acabam por caracterizá-lo, como em Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), seu melhor fi lme, e Onde a Terra Começa (1966). Morre em 8 de agosto de 1967, aos 54 anos de idade. Filmografia: 1956 – Guerra ao Samba (acompanhado de seu balé); 1961 – Barravento; Sol Sobre a Lama; 1964 – O Grito da Terra; Deus e o Diabo na Terra do Sol; O Caipora; O Santo Módico (Brasil/França); Senhor dos Navegantes; 1965 – Onde a Terra Começa; Entre o Amor e o Cangaço. SILVA, LORENA DA Nasceu em União dos Palmares, AL, em 7 de dezembro de 1959. Inicia sua carreira no teatro, em diversas peças sob a direção de José Celso Martinez Corrêa, Bia Lessa, Amir Haddad, Enrique Diaz, Moacir Chaves, Monique Gardenberg. Depois, com Ângela Leite Lopes e Thierry Tremouroux, cria a Atos da Criação Teatral (Lacte) e produz vários espetáculos cujo enfoque centra-se na dramaturgia contemporânea europeia. Mora dez anos na França e trabalha com o diretor Alain Ollivier em diversas montagens, inclusive alguns textos de Nelson Rodrigues – Anjo Negro e Toda Nudez Será Castigada. Estreia no cinema em 1986 no filme Baixo Gávea. Na televisão, participa dos seriados A Grande Família e A Diarista. Sua primeira novela é Belíssima (2006), como Odila. Desde 2001 é professora de interpretação no curso de cinema da Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1986 – Baixo Gávea; A Cor do Seu Destino; 1987 – Sonhos de Menina Moça; 2007 – É Proibido Proibir; 2008 – Um Romance de Geração; 2010 – Sonhos Roubados. SILVA, MARLENE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 25 de abril de 1951. Descoberta pela atriz Alcione Mazzeo, no início dos anos 1970, faz sua estreia como modelo do programa Fantásti co. Em 1976 seu belo rosto fica conhecido em todo o Brasil no humorístico Planeta dos Homens, ao lado de Jô Soares, Agildo Ribeiro e demais comediantes. Passa a ser muito requisitada a partir de então, sendo capa de dezenas de revistas. Em 1977 estreia no cinema no filme Esse Rio Muito Louco, e em 1981 volta a brilhar ao lado de Jô Soares no programa Viva o Gordo. Nessa época teve um rápido romance com o astro francês Alain Delon. No teatro, entre outras, atua na peça As Filhas da Mãe, de Ronaldo Ciambroni. Em 2007 faz uma pequena ponta no filme Chega de Saudade, de Lais Bodansky, seu retorno ao cinema quase 20 anos depois. Contratada pelo SBT, participa do humorístico A Praça é Nossa e da novela Revelação. Marlene nunca se casou, mas tem uma fi lha, Luciana Silva, que é modelo internacional. Atualmente mora em São Paulo. Filmografia: 1977 – Esse Rio Muito Louco; 1979 – Gugu, o Bom de Cama; A Dama da Zona; 1984 – Aguenta, Coração; 1985 – Um Filme 100% Brasileiro; 1988 – O Casamento dos Trapalhões; 2007 – Chega de Saudade. SILVA, MOREIRA DA Antonio Moreira da Silva nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1º de abril de 1902. Começa sua carreira em 1931, cantando pontos de umbanda. No ano seguinte grava o sucesso É Batucada, de autoria de Caninha, e em 1933, é intérprete do clássico Arrasta Sandália, de Baiaco. Introduz o samba de breque em 1936, com a música Jogo Proibido. Estreia no cinema em 1948 no filme Pra Lá de Boa. Canta a malandragem do Rio de Janeiro ao criar em 1962 o personagem Kid Morengueira, com a música O Rei do Gatilho. Nos anos 1980/1990, seu sucesso se restringe a apresentações em circo para sobreviver. Nos anos 1990 Alexandre Augusto escreve sua biografi a intitulada Moreira da Silva, o Últi mo Malandro. É um dos nossos maiores sambistas e com certeza o mais alegre e extrovertido. Kid Morengueira, como também era conhecido, morre em 6 de junho de 2000, aos 98 anos de idade, de falência múltipla dos órgãos, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1948 – Pra Lá de Boa; 1953 – Sorti légio Africano (Chikwembo!) (Portugal); 1959 – A Luz Vem do Alto (Portugal); Garota Enxuta; A Luz Vem do Alto (Portugal); 1960 – Briga Mulher & Samba; Maria 38; 1970 – Sem Essa Aranha; 1980 – Flamengo Paixão. SILVA, ORLANDO Orlando Garcia da Silva nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 3 de outubro de 1915. Seu pai, Celestino da Silva, é violonista e integra, ao lado de Pixinguinha, o lendário conjunto Oito Batutas. Com 3 anos, perde o pai e sua mãe, dona Balbina, vê-se com três filhos pequenos e, como único rendimento, os trocados que ganha como lavadeira. Muito cedo Orlando abandona os estudos para trabalhar e ajudar sua mãe. Desde pequeno gosta de cantar e seu maior ídolo é Francisco Alves, o Rei da Voz, o grande astro da época. Após ser reprovado no programa de calouros de Renato Murce e quase desistir da carreira, tem sua grande chance em 1934, quando o compositor Bororó o ouve, sem microfone, num corredor da rádio Cajuti. Em janeiro de 1935 grava seu primeiro disco, Chope da Brahma e o sucesso é fulminante. Devido ao estrondoso sucesso popular que faz, é apelidado carinhosamente por Oduvaldo Cozzi de O Cantor das Multidões e se torna o maior fenômeno de popularidade da Música Popular Brasileira, tendo, invariavelmente, suas roupas rasgadas pelas fãs. Estreia no cinema em 1936, no filme Cidade Mulher, e participa de muitos outros, quase todos fi lmusicais, termo de época. O auge de sua voz é de 1935 a 1942. Descobriu-se recentemente que as drogas e o álcool fizeram com que fosse prematuramente liquidada uma das mais lindas vozes da nossa MPB. Foi casado com Maria de Lourdes de Souza Franco. Morre em 7 de agosto de 1978, aos 62 anos de idade, no Rio de Janeiro, de falência cardiovascular. Filmografia: 1936 – Cidade Mulher; 1938 – Banana da Terra; 1940 – Laranja da China; Vamos Cantar; 1946 – Segura Esta Mulher; 1948 – Folias Cariocas; 1959 – Garota Enxuta; 1969 – O Rei da Pilantragem. SILVEIRA, MOZAEL Mozael Maciel da Silveira nasceu em Camamu, BA, em 1934. Com 7 anos muda-se para o Rio de Janeiro. Começa a estudar teatro e integra a Companhia Alda Garrido. Estreia no cinema como ator em 1953, numa ponta no filme Balança Mas Não Cai. Atua em muitos outros, alternando-se em cargos técnicos, até chegar à direção, em 1965, no filme Sabor de Pecado. Dirige e atua em uma infinidade de outros, em sólida carreira, destacando-se As Audaciosas (1975) e Massacre em Caxias (1979). Em 1997 participa do episódio Enrascada, no programa Você Decide. Está afastado do cinema desde o início dos anos 1980. Foi casado por muitos anos com a atriz e musa de seus filmes Lameri Faria. Há aproximadamente dez anos converteu-se à religião evangélica. Atualmente estuda a possibilidade de produzir o filme Glória a Ti, com essa temáti ca. Filmografia (ator): 1953 – Balança Mas Não Cai; 1957 – Rico Ri à Toa; Tem Boi na Linha; 1958 – Aguenta o Rojão; No Mundo da Lua; 1959 – Cidade Ameaçada; 1960 – Um Candango na Belacap; Eles Não Voltaram; 1961 – O Dono da Bola; Briga Mulher & Samba; Três Colegas de Batina; Virou Bagunça; 1962 – Assalto ao Trem Pagador; 1964 – O Tropeiro; 1966 – Na Onda do Iê-Iê-Iê; 1967 – Sabor de Pecado; 1968 – Enfim Sós... Com o Outro; 1973 – Com a Cama na Cabeça; 1974 – A Cobra Está Fumando; 1975 – As Audaciosas; Secas e Molhadas; 1976 – Sete Mulheres Para Um Homem Só; 1977 – As Eróti cas Profissionais; 1978 – Seu Florindo e Suas Duas Mulheres; O Eróti co Virgem. Filmografia (diretor): 1967 – O Sabor do Pecado; 1969 – Meu Nome É Lampião; 1970 – Jesus Cristo, Eu Estou Aqui; 1971 – Em Ritmo Jovem; 1972 – Com a Cama na Cabeça; 1973 – Mais ou Menos Virgem; 1974 – Secas e Molhadas; 1975 – As Audaciosas; 1976 – Sete Mulheres Para Um Homem Só; Pedro Bó, o Caçador de Cangaceiros; 1977 – As Eróti cas Profissionais; 1978 – Seu Florindo e Suas Duas Mulheres; O Eróti co Virgem; As Aventuras de Robinson Crusoé; 1979 – Violência e Sedução; Massacre em Caxias; 1981 – Intimidades de Duas Mulheres (Vera e Helena); A Cobiça do Sexo. SÍLVIA FERNANDA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 9 de dezembro de 1932. Começa sua carreira na noite, dançando em boates. Sua estreia acontece em 1949 na boate Casablanca e no cinema em 1952 no filme Corações na Sombra. Entre outros, parti cipa de Floradas na Serra (1954) e Testemunhas Não Condenam (1962). A partir da década de 1960, abandona a carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1952 – Corações na Sombra; 1954 – Floradas na Serra; Na Senda do Crime; 1955 – Sinfonia Carioca; 1962 – Terra da Perdição; As Testemunhas Não Condenam. SILVINO, PAULO Paulo Ricardo Campos Silvino nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27 de julho de 1939. Filho de Silvino Neto, começa sua carreira artística como cantor de rock, com o nome artístico de Dickson Savana, chegando a gravar um disco pela Chantecler. Em 1960 grava outro, chamado Nova Geração em Ritmo de Samba. No início dos anos 1960 começa a fazer teatro, escrevendo e atuando em Anjinho Bossa Nova. Nessa época cria o personagem Tito Gastão, que levaria para a televisão em 1965, na TV Rio. Estreia no cinema em 1958 no filme Sherlock de Araque, ao lado de Costinha. O sucesso começa na década de 1970, na TV Globo, nos humorísti cos Faça Humor Não Faça Guerra e Planeta dos Homens. De 1989 a 1992 esteve no SBT e participou dos programas A Praça é Nossa e Escolinha do Golias. De volta à TV Globo, entre 1993 e 1995 atua na Escolinha do Professor Raimundo. Nos últi mos anos é um dos protagonistas principais do humorístico Zorra Total, com vários personagens de sucesso, entre eles o advogado Veloso e o porteiro Severino. Casado desde 1968, tem dois fi lhos, os atores Flávio Silvino (1971) e João Paulo Silvino (1982). Em 1993 seu filho Flávio sofre um grave acidente que deixa muitas sequelas, fazendo com que Paulo dedicasse parte de sua vida à sua recuperação. É um dos grandes humoristas brasileiros, utilizando em seus tipos piadas simples e bordões populares. Filmografia: 1958 – Sherlock de Araque; Minha Sogra é da Polícia; 1969 – O Rei da Pilantragem; 1971 – Cômicos e Mais Cômicos; 1973 – Com a Cama na Cabeça; 1974 – Um Edifício Chamado 200. SILVINO NETTO Silvino Silvério Netto nasceu em São Paulo, SP, em 21 de julho de 1913. Ator, cantor, compositor, humorista e radialista. Termina o curso secundário em 1930. No ano seguinte estreia como cantor de tangos na Rádio Educadora de São Paulo, hoje Gazeta, sob o pseudônimo de Pablo Gonzalez. Como compositor, tem sua primeira composição gravada por Raquel de Freitas, em 1932, a marcha Goodbye, meu Bem. A partir de 1934 canta com as orquestras de Osvaldo Borba, Gaó, Martinez Grau e Eduardo Patané. Forma a dupla Mosqueteiros da Garoa em companhia de Alvarenga & Ranchinho. Estreia no cinema em 1935 em Fazendo Fitas, produção paulista dirigida por Vittorio Capellaro. Em 1936 muda-se para o Rio de Janeiro, vai trabalhar na Rádio Nacional e começa a se dedicar ao humorismo. De 1940 a 1944, com seu famoso personagem Pimpinela, grava alguns discos pela RCA-Victor. Na década de 1940 participou de várias produções da Cinédia. Seu maior sucesso como compositor é o samba-canção Adeus, Cinco Letras que Choram, gravado por Francisco Alves, na Odeon, em 1947, hoje um clássico da Música Popular Brasileira. Em 1950 elege-se como vereador pelo Rio de Janeiro, sendo um dos candidatos mais votados. Nos anos 1950 fica no rádio e, a partir dos anos 1960, passa a se apresentar esporadicamente no rádio ou televisão, exercendo seu cargo de fiscal do Insti tuto Brasileiro do Café (IBC). Fica afastado do cinema por muitos anos, retornando somente em 1973 para parti cipar do filme Café na Cama, ao lado de Agildo Ribeiro, sendo essa sua última participação em cinema. Como compositor, teve mais de 50 músicas gravadas por grandes nomes da MPB. Foi casado duas vezes, primeiro, em 1938, com a pianista Noêmia Siqueira Campos (Naja Silvino) (1920 –), com quem teve um filho, o humorista Paulo Silvino (1939 –), mas o casamento dura pouco. Em 1955 une-se a Fernanda Célia Monteiro, com quem viria a se casar ofi cialmente somente em 1981. Em 1971 recebe da Assembleia Legislati va o título de Cidadão Carioca. Morre em 12 de junho de 1991, aos 78 anos de idade, no Rio de Janeiro, vítima de câncer generalizado. Filmografia: 1935 – Fazendo Fitas; 1941 – 24 Horas de Sonho; 1943 – Samba em Berlim; 1944 – Berlim da Batucada; 1947 – Querida Suzana; 1960 – Viúvo Alegre; 1973 – Café na Cama. SIMCH, OSCAR Ator gaúcho de múltiplas qualidades. Estreia no cinema em 1982 no curta No Amor. Depois de participar de inúmeros curtas gaúchos, em 2003 vai para a TV Globo participar da minissérie A Casa das Sete Mulheres, no papel de Davi Canabarro. No mesmo ano participa de um episódio da série Carga Pesada, como Gaúcho. Em seguida faz sua primeira novela, Senhora do Destino (2004), no papel de médico, depois participa do programa X-Tudo pela TV Cultura de São Paulo e apresenta o infantil Pandorga pela TVE Gaúcha. Tem o difícil papel de Herr Fischer no filme Olga. Sua carreira se desenvolve quase que exclusivamente no Rio Grande do Sul, o que impede o Brasil de conhecer seu talento. Filmografia: 1982 – No Amor (CM); 1983 – Expedición Loch Nessi (CM); 1984 – Beijo Ardente; Verdes Anos; 1985 – Aqueles Dois; O Presidente dos Estados Unidos (CM); Cone Sul (CM) (narração); Noite; Madame Cartô (CM); 1986 – Noite; 1987 – A Voz da Felicidade (CM); Prazer em Conhecê-la (CM); 1988 – A Hora da Verdade (CM); 1990 – O Macaco e o Candidato (CM); A Coisa Mais Importante da Vida (CM); Mazel Tov (CM); 1992 – Vista da Janela (CM); 1996 – Um Homem Sério (CM); 1997 – Lua de Outubro; Vista da Janela (CM); Anahy de Las Misiones; 1999 – Quadrilha (CM); Fora de Controle (CM); 2001 – Lua de Outubro; Netto Perde Sua Alma; 2002 – Identidade (CM); 2003 – Concerto Campestre; O Mal de Sanderpyl (CM); 2004 – Olga; Diário de um Novo Mundo; O Gato; 2005 – Lá Vem História: Mais Histórias do Folclore Mundial; 2006 – A Retirada. SIMÕES, CLÉA Nasceu em Belém, PA, em 4 de janeiro de 1927. Estreia no cinema em 1959 no filme Mistério da Ilha de Vênus e na televisão na novela Eu Compro Essa Mulher, em 1966, pela TV Globo. Nos anos 1970 participa de inúmeros fi lmes e de outras pornochanchadas – Como Era Boa Nossa Empregada, de 1973, e Essa Gostosa Brincadeira a Dois, de 1974. Na TV Globo, atua em várias novelas, dentre as mais recentes Laços de Família, em 2000, e Coração de Estudante, de 2002. Em 2004, Cléa participa do documentário O Negro no Pará – Cinco Décadas Depois... baseado no livro do professor e historiador paraense Vicente Salles. No fi lme, Cléa discorre sobre a importância de Vicente e de sua pesquisa. Morre em 24 de fevereiro de 2006, aos 79 anos de idade, por falência múltipla dos órgãos, insuficiência renal e hipertensão, em Niterói, RJ. Filmografia: 1959 – Mistério da Ilha de Vênus (Macumba Love) (Brasil/EUA); 1969 – Compasso de Espera; 1973 – Como Era Boa a Nossa Empregada (episódio: Lula e a Copeira); 1974 – Essa Gostosa Brincadeira a Dois; 1976 – Costinha, o Rei da Selva; 1977 – Ódio; Quem Matou Pacífi co?; Essa Freira É Uma Parada; Ladrões de Cinema; 1978 – A Deusa Negra (Nigéria/Brasil); 1979 – O Coronel e o Lobisomem; 1989 – Solidão, Uma Linda História de Amor; 1991– Demoni 3 (Itália); 2000 – Woman in Top (EUA); 2004 – O Negro no Pará – Cinco Décadas Depois... (depoimento). SIMÕES, NÉA Nasceu em São Paulo, em 19 de abril de 1923. Inicia sua carreira no rádio, mais precisamente na radionovela O Direito de Nascer. Atua na primeira novela da televisão brasileira, Sua Vida Me Pertence, de Walter Forster. Desde os anos 1950 parti cipa de novelas importantes – Antonio Maria (TV Tupi, 1968), Pingo de Gente (TV Record, 1971) e O Julgamento (TV Record, 1976), além da minissérie Rabo de Saia, dirigida por Walter Avancini, em 1981. Por seu trabalho no filme Um Céu de Estrelas, 1996, de Tata Amaral, ganha o prêmio de melhor atriz coadjuvante no Festi val de Cinema de Florianópolis. Eclética, publica seis livros, sendo o primeiro em 1948, À Procura do meu Sonho, livro de poesias; lança-se também como cantora, adotando o pseudônimo de Vânia Renée, e como poetisa e declamadora, apresentando-se em vários Estados brasileiros; dentre eles, Bahia, Minas Gerais e São Paulo. Residiu um ano no norte de Portugal e lançou no Porto, em 1986, o livro Fado. Apresentou-se em Valência, Barcelos, Arcos de Valderez, Viana do Castelo, Póvoa do Varzim, Monção e na Ilha da Madeira, onde ministrou breve curso denominado Arte de Dizer. Morre em São Paulo, em 20 de setembro de 2002, aos 79 anos de idade. Filmografia: 1949 – Quase no Céu; 1975 – Jeca Contra o Capeta; 1980 – A Mulher que Inventou o Amor; 1981 – A Volta de Jerônimo (No Sertão dos Homens Sem Lei); 1989 – Na Trilha dos Assassinos (Estupradores de Meninas Virgens); 1992 – Pedalar (CM); 1996 – Um Céu de Estrelas; 2001 – Tempo dos Objetos (CM). SIMON, CLEIDE Cleide Azevedo Fernandes estreia no cinema em Rebelião em Vila Rica (1958). Faz poucos fi lmes, dedicando-se depois ao lado técnico do cinema, como anotadora, assistente de produção, de direção e colaboradora em vários documentários. Morre em 25 de julho de 1974. Filmografia: 1958 – Rebelião em Vila Rica; 1966 – Onde a Terra Começa. SIMONAL, WILSON Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 26 de fevereiro de 1939. Inicia sua carreira cantando no Oitavo Grupo de Artilharia da Costa, onde serve por três anos. Foi vocalista dos grupos Dry Boys e Os Guaranis. Em 1961 é descoberto por Carlos Imperial e faz sua estreia no programa Os Brotos Comandam o Rock, cantando músicas americanas. Pelas mãos do mesmo Imperial grava seu primeiro disco, o compacto simples com a música Teresinha, pela Odeon. Seu primeiro sucesso foi a música Balanço Zona Sul, de Tito Madi, no auge da Bossa Nova. Ao optar por repertório nacional, é contratado para atuar em shows de Bossa Nova no clube noturno Beco das Garrafas. Sucesso total. Em 1964 faz excursões pelas Américas do Sul e Central. Estreia no cinema em 1958, numa pequena ponta no filme Minha Sogra É da Polícia, e chega a ser a estrela principal de É Simonal, de 1970. Entre 1966 e 1969 experimentou o auge de sua carreira, chegando a comandar o programa Show em Si Monal, pela TV Record. Cria, junto com Imperial, o esti lo batizado de pilantragem. Dessa época surgem sucessos e mais sucessos – País Tropical, de Jorge Benjor; Sá Marina, de Antonio Adolfo e Tibério Gaspar; e Meu Limão, meu Limoeiro, de Carlos Imperial e José Burle. A carreira de Simonal começa a declinar em 1972, com o sequestro de seu contador, Rafael Viviani, crime que ele atribui a um segurança, mas pelo qual o cantor foi condenado dois anos depois. Nessa mesma época, é acusado de delator por seus colegas de esquerda, à época do regime militar. Um erro histórico que prejudica sua carreira, sendo boicotado por gravadoras e emissoras de rádio e televisão. Em 1995 lança CD com seus maiores sucessos e em 1996 seu últi mo CD, Bem Brasil (selo independente). Nos últimos tempos, aparece com certa frequência nos programas de auditório de Hebe Camargo e Ana Maria Braga. Um dos grandes cantores da MPB, com pleno domínio da voz e forte bagagem musical, morre em 25 de junho de 2000, aos 62 anos de idade, em São Paulo, vítima de problemas renais. Em 2008 os cineastas Cláudio Manoel, Calvito Leal e Micael Langer produzem e dirigem o ótimo filme Simonal – Ninguém Sabe o Duro Que Eu Dei, o qual relata sua verdadeira história. Filmografia: 1958 – Minha Sogra É da Polícia; 1966 – Na Onda do Iê-Iê-Iê; 1969 – O Rei da Pilantragem; 1970 – É Simonal; 1971 – Som Alucinante. SIMPLÍCIO Francisco Flaviano de Almeida nasceu em Itu, SP, em 5 de outubro de 1916. Foi pipoqueiro, engraxate, jornaleiro e vendedor de lanches nos trens. Trabalha como vendedor em um armazém e posteriormente na fábrica de tecidos São Luiz. Adolescente, foge da cidade num circo e assim inicia sua carreira artísti ca. Na estreia, em Amparo, alguém lembrou que ele precisava de um nome artístico. Eu sempre fui um cara muito simples, quase simplório, aí começaram a me chamar de Simplício, contou ele em uma de suas últimas entrevistas. Depois trabalha como humorista nas rádios Cultura, no programa Clube dos Mentirosos e em Pirapitininga no programa Torre de Babel. Fez o primeiro programa de humor da TV brasileira na extinta TV Tupi. O quadro que deu fama a Itu como cidade dos exageros foi o que Simplício fazia um personagem que afirmava que em Itu tudo é grande. Nessa época conhece Manoel de Nóbrega, que o convida para participar do humorístico A Praça da Alegria, pela TV Record de São Paulo. Participa ainda dos programas Ceará Contra 007 e Quatro Homens Juntos, ambos de 1965. Estreia no cinema em 1957 no filme O Negócio Foi Assim, mas fez sucesso mesmo na trilogia sertaneja Sertão em Festa, Luar do Sertão e No Rancho Fundo, ao lado de Nhá Barbina e Saracura, no início dos anos 1970. A fama de Itu correu o Brasil, e a prefeitura da cidade passou a explorar essa fama, construindo um enorme orelhão na praça central da cidade, a vender picolés e pirulitos gigantes. Simplício foi também o primeiro secretário municipal da Cultura e do Turismo de Itu. Nos últimos tempos participava do programa A Praça é Nossa, sob o comando de Carlos Alberto da Nóbrega, filho de Manoel. Morre em 14 de fevereiro de 2004, de hemorragia interna, decorrente de falência múltipla dos órgãos, aos 87 anos de idade. Deixa esposa, cinco filhos e netos. Filmografia: 1957 – O Negócio Foi Assim; O Pirata do Outro Mundo; Samba na Vila; Tudo É Música; 1969 – Quelé do Pajeú; 1970 – Sertão em Festa; 1971– Luar do Sertão; No Rancho Fundo. SIQUEIRA, EDITH Nasceu em Santo André, SP, em 20 de setembro de 1956. Começa sua carreira na fotorreportagem. Em seguida entra para o teatro experimental e participa das peças Aulis, As Guerreiras do Amor, Tâmara e Os Ventos e Os Valdes. Em 1979 estreia na televisão, na novela Cara a Cara, pela TV Bandeirantes. Na TV Globo atua nas minisséries Avenida Paulista (1982), O Tempo e o Vento (1985) e Sampa (1988). Sua última novela é Rosa dos Rumos, em 1990, pela TV Manchete. No cinema, participa apenas de um curtametragem, As Três Mães, em 1992. Foi casada com o ator/diretor Celso Frateschi. Ela e o marido estavam preparando a montagem da peça Silvânia, quando veio a falecer, de câncer, em 25 de julho de 1996, em São Paulo, aos 39 anos de idade. Filmografia: 1982 – Eh, Pagu, Eh! (CM) (voz); 1992 – As Três Mães (CM). SIQUEIRA, FAFY Fátima Figueiredo nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 17 de outubro de 1954. Inicia sua carreira profissional como cantora, na década de 1970, ao participar de diversos festivais de música. Em 1984 estreia no teatro, na peça Amor, direção de Marco Antonio Palmeira. Em 1985, surge o cinema em sua vida, e estrela o filme Urubus e Papagaios. Em seu início, na televisão, fazia imitações perfeitas de Ronald Golias, Roberto Carlos e demais personalidades do mundo artístico. Sua primeira novela acontece em 1986, Hipertensão, mas, graças ao seu talento de comediante nata, começa a ser aproveitada em humorísti cos como Escolinha do Professor Raimundo, consagrada com as personagens Lusa do Canindé e Gardênia Alves. No SBT participa do programa A Praça é Nossa. De volta à Rede Globo, entra para o Zorra Total. Como atriz, participa de muitas novelas como Zazá (1997), Pé na Jaca (2007) e Duas Caras (2008). Como compositora, teve várias músicas suas gravadas por Xuxa, Sandy & Junior, Sandra de Sá e Joana. Fez sucesso no teatro com o show Do-Re-Mi-Fafy e Fafy Siqueira ou Não Queira, com direção de Chico Anysio. Brilha também na peça Os Monólogos da Vagina e Aconteceu com Shirley Taylor. Em 2008 estreia o show Nós Amamos o Humor. Humorista, atriz, cantora e diretora, é despojada, engraçada e com muito talento, é uma grande comediante brasileira Filmografia: 1985 – Urubus e Papagaios; 1987 – Romance da Empregada; 1990 – Uma Escola Atrapalhada; Sonho de Verão; 2009 – Xuxa e o Mistério de Feiurinha. SIQUEIRA, VOSMARLINE Nasceu em Tupaciguara, MG. Quer ser atriz, mas na pequena cidade que mora não tem a menor chance, pois as oportunidades estão no eixo Rio-São Paulo. Prima da cantora Nalva Aguiar, muda-se para São Paulo em 1973 e consegue emprego numa agência de propaganda, para fazer comerciais de televisão. Com seu belo rosto nos vídeos de todo o Brasil, as portas começam a se abrir. Em 1974 inicia carreira no cinema e atua nos filmes O Supermanso (1975) e Nuas no Asfalto (1985). Filmografia: 1974 – A Virgem e o Machão; Caçada Sangrenta; Trindade... É Meu Nome; 1975 – O Supermanso; 1976 – Como Consolar Viúvas; 1977 – Garimpeiras do Sexo; 1985 – Nuas no Asfalto. SIRI, NICOLA Nasceu em Genova, Itália, em 20 de setembro de 1968. Começa sua carreira no cinema ainda na Itália, ao parti cipar do filme Ormai è Fatta! Estreia na televisão italiana, em 2000, na minissérie L’impero, como Giovanni Mancini. Contratado pela TV Globo, vem ao Brasil para participar da novela Mulheres Apaixonadas, em 2003, como o padre Pedro Lavecchia. Resolve então seguir carreira por aqui e estreia em nosso cinema com Diário de Um Novo Mundo, de 2005, e, mais recentemente, Valsa Para Bruno Stein (2007), além de alguns curtas-metragens. Brilha em Belíssima, como Cyro Laurenza. Contratado pela TV Record, é um dos protagonistas principais de Vidas Opostas (2007), como Bóris Sanches; e Amor e Intrigas (2008), como Mário Motta. Filmografia: 1999 – Ormai è Fatta! (Itália); Una Vita Non Violenta (Itália); 2001 – Diapason (Itália); 2002 – Emma Sono Io (Itália); 2003 – Subterrâneos; 2005 – Diário de Um Novo Mundo; De Glauber Para Jirges (CM); 2006 – 14 Bis (CM); 2007 – Anita – Uma Vita Per Garibaldi (Itália/Brasil); Valsa Para Bruno Stein; 2010 – A Casa Verde. SIVUCA Severino Dias de Araújo nasceu em Itabaiana, PB, em 26 de maio de 1930. De família humilde de agricultores e sapateiros. Seus pais eram José Dias de Oliveira e Abdolia Alberti na de Oliveira. Aos 4 anos já tocava e cantava as músicas de um bloco de maracatu, conhecido como Maracatu de João Penca, que costumava passar próximo à sua casa. O som era tirado de uma harmônica rudimentar feita de madeira, presente de seu pai. Em 1939 ganha sua primeira sanfona e começa a tocar em feiras e festas populares. Com 11 anos já anima bailes na região. Em 1945 vai para João Pessoa e depois Recife, inscrevendo-se como calouro na Rádio Clube de Pernambuco. O maestro Nelson Ferreira o indica para tocar num programa de rádio e lhe dá o apelido de Sivuca. Nessa época conhece Luiz Gonzaga, que lhe oferece um contrato na Rádio Nacional, mas não pode aceitar por causa de seu compromisso com a Rádio Clube. A cantora Carmélia Alves leva-o à Rádio Record onde começa a fazer sucesso e se tornar conhecido, ao participar da grande Orquestra Record, dirigida pelo maestro Gabriel Migliori. O primeiro grande sucesso de Sivuca, Adeus, Maria Fulô, foi lançado em 1950 e regravado numa versão psicodélica pelos Mutantes, nos anos 1960. Em 1955, foi morar no Rio de Janeiro. Após apresentações na Europa como acordeonista num grupo chamado Os Brasileiros, chega a morar em Lisboa e Paris. Também mora em Nova York, de 1964 a 1976, onde é autor do arranjo do grande sucesso Pata Pata, de Miriam Makeba, com quem excursiona pelo mundo até o fim da década de 1960. Compositor e instrumentista brasileiro dos mais respeitados, participa de apenas dois filmes, No Mundo da Lua, (1958) e Viva São João (2002), como ele mesmo, 44 anos depois. Em 1982 compõe a trilha sonora de dois fi lmes dos Trapalhões – Os Trapalhões na Serra Pelada e Os Vagabundos Trapalhões. Sivuca foi casado por muitos anos, até falecer, com a compositora e cantora Glória Gadelha. Morre em 14 de dezembro de 2006, aos 76 anos de idade, em João Pessoa, PB, de câncer na garganta. Filmografia: 1958 – No Mundo da Lua; 2002 – Viva São João. SIWA Aparecida Maria Castro Augusto nasceu em São Paulo, SP, em 4 de fevereiro de 1924. Muito jovem entra para a escola de balé em Santos, cidade litorânea paulista. Aos 9 anos, entra para a Escola de Bailados do Teatro Municipal de São Paulo, onde se forma. Seu principal professor, Vaslav Velchek, russo de nascimento, teve singular importância na técnica e disciplina de Siwa. Logo se destaca no corpo de baile do Municipal, de Maria Olenewa, onde estreou dançando Sylphides. Não demora a integrar também o Ballet Pigalle. Foi solista do Victory Ballet, conjunto formado por elementos do Teatro Colón, de Buenos Aires, direção de Victoria Garabatto. Completa sua formação no balé clássico com Eugênia Feodorova e madame Makárova. Faz parte também da Companhia Ballet da União das Operárias de Jesus, no Rio de Janeiro, onde também participa do Ballet Leda Iuqui como professora e diretora de cena. Fez curso de aperfeiçoamento na Royal Academy of Dance (RAD), juntamente com Tati ana Leskova, Aracy Evans, Marília Franco, Desmond Doyle e Halina Biernarcka. Tem formação de Dança Moderna com Nina Verchinina, no Rio de Janeiro. A partir de 1950 dedica-se ao Teatro de Revista, já despontando seu enorme talento para a comédia. Em companhia do cômico Vagareza, seu marido, atua na televisão com grande sucesso e faz shows por todo o Brasil. Estreia no cinema em 1960 no filme Eu Sou o Tal. Vagareza e Siwa dirigiram o Jornal do Ballet durante 11 anos, comentando e dando notícias sobre a dança nacional e do exterior. Em 1968 o casal funda a Siwa Ballet, academia de dança com sede em São Paulo, hoje de renome internacional, comandada por Vânia, filha de ambos (1946). Siwa falece em 2 de abril de 2009, aos 85 anos, em São Paulo. Filmografia: 1960 – Eu Sou o Tal; 1962 – Os Apavorados; 1965 – Crônica da Cidade Amada (episódio: Luíza). SLAVIERO, ALEXANDRE Alexandre Slaviero Gonçalves nasceu em Curitiba, PR, em 26 de dezembro de 1983. Até os 13 anos pratica judô e capoeira. Em 2002 resolve investir na carreira artísti ca e fi xa residência no Rio de Janeiro. Sua primeira oportunidade acontece em 2003 no papel de Kiko, no seriado Malhação, mas o sucesso acontece mesmo em 2007 quando interpreta o Heraldo de Duas Caras. Em 2008 estreia no cinema, no filme Polaroides Urbanas, de Miguel Falabella. É dono, em sociedade com o pai, do restaurante de comidas naturais Jungle Juice, no Rio de Janeiro. Filmografia: 2008 – Polaroides Urbanas; CD Player (CM). SMANIO, EDDIO Começa sua carreira artística no circo. Devido ao seu fí sico avantajado, fica conhecido como Tarzan Brasileiro. Rasga listas telefônicas e faz papel de vilão no cinema, onde estreia em 1950 no filme Um Beijo Roubado. Em 1961/1962 participa do episódio A Chantagem, pela série Vigilante Rodoviário. Depois participa de várias produções na boca do lixo de São Paulo. A parti r dos anos 1980 não se tem outras informações sobre a continuidade de sua carreira. Filmografia: 1950 – Um Beijo Roubado; 1957 – Homens Sem Paz; Paixão de Bruto; 1961/1962 – A Chantagem (CM) (episódio da série: Vigilante Rodoviário); 1965 – O Vigilante Contra o Crime (episódio: A Chantagem); Trilogia do Terror (episódio: O Acordo); 1969 – Meu Nome É Tonho; 1970 – Marcado Para o Perigo; 1971 – Dgajão Mata Para Vingar; 1974 – A Virgem e o Machão; O Desconhecido (MM); 1977 – O Poder do Desejo; 1979 – A Força dos Sentidos; No Tempo dos Trogloditas (Quando as Mulheres Tinham Rabo); 1982 – Curral de Mulheres; 1983 – A Freira e a Tortura. SOARES, ELZA Elza Gomes da Conceição nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23 de junho de 1937. De infância muito pobre, o pai força-a a se casar com 13 anos, sendo mãe no ano seguinte. Sem dinheiro, mas já decidida a seguir a carreira artística, perambula pelas rádios em busca de uma oportunidade. Descoberta por Aloísio de Oliveira, Elza grava seu primeiro disco em 1960, com o sucesso Se Acaso Você Chegasse, já mostrando seu estilo próprio e muita personalidade. Casa-se com Garrincha, num tumultuado romance que quase destrói sua carreira. Tem participações no cinema, em filmes como Briga, Mulher e Samba (1960) e Um Caipira em Bariloche (1972). Além do talento natural, Elza sempre foi uma guerreira na vida real, ultrapassando todos os reveses que a vida lhe impôs, inclusive a perda do único filho que teve com Garrincha. Em 1997 José Louzeiro escreve sua autobiografi a intitulada Cantando Para Não Enlouquecer. Sempre mantendo carreira regular, é uma das grandes sambistas do Brasil. Filmografia: 1960 – Briga, Mulher e Samba; 1962 – O Vendedor de Linguiças (canta: Não Ponha a Mão); Rio à Noite; 1963 – Marafa (inacabado); 1965 – O Puritano da Rua Augusta (canta: O Neguinho e a Senhorinha); 1972 – Um Caipira em Bariloche (canta: Rio, Carnaval dos Carnavais); 1986 – Cinema Falado; 2003 – Nevasca Tropical (CM); Garrincha – Estrela Solitária (canta: Bambino, o número fi nal); 2005 – Brasileirinho – Grandes Encontros do Choro; 2007 – Chega de Saudade; 2008 – Nós Somos Um Poema (CM) (depoimento). SOARES, FRANCISCO A. Francisco de Assis Soares é filho de portugueses e muito cedo começa a trabalhar em ferrovias, primeiro como ajudante e depois como maquinista de locomotivas a carvão, que acabam se tornando sua paixão. Como fazendeiro, faz fortuna com gado de raça e leite. Seu interesse por cinema começa quando um diretor pede sua fazenda emprestada para locações. O Comendador, como é chamado pelos amigos do cinema, passa a trabalhar como ator, principalmente em filmes de Tony Vieira, seu grande amigo. Faz por simples diversão, pois tem a vida fi nanceira totalmente estabilizada. Destaca-se em Um Pistoleiro Chamado Caviúna (1971), A Filha do Padre (1975), seu melhor desempenho como o mexicano Monserrat, Prostituídas pelo Vício (1984), etc. Filmografia: 1972 – Um Pistoleiro Chamado Caviúna; Quatro Pistoleiros em Fúria; 1973 – Gringo, o Últi mo Matador (O Matador Erótico); Sob o Domínio do Sexo; 1974 – Desejo Proibido; O Exorcista de Mulheres; 1975 – A Filha do Padre; Os Pilantras da Noite; 1976 – Traídas Pelo Desejo; O Dia das Profissionais; 1977 – As Amantes de um Canalha; Torturadas Pelo Sexo; 1978 – Os Violentadores; 1979 – O Matador Sexual; 1980 – Tortura Cruel (Fêmeas Violentadas); O Último Cão de Guerra; 1981 – As Amantes de Helen; Condenada por um Desejo; 1982 – Desejos Sexuais de Elza; Neurose Sexual; Susy... Sexo Ardente; 1983 – Corrupção de Menores; 1984 – Meninas de Programa; Prostituídas Pelo Vício. SOARES, ILKA Ilka Hack Soares nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de junho de 1932. De família tradicional, estuda no colégio de freiras, quando, em 1947 candidata-se a Misse Distrito Federal, mas abandona o concurso para fazer um teste para o filme Iracema, pois, com sua beleza incomum, chamara a atenção dos italianos que estavam no Rio de Janeiro produzindo o filme. Aprovada, estreia como índia. Bonita e talentosa, não tarda a se tornar estrela, ganhando os papéis principais em todos os filmes que faz – Maior que o Ódio (1951) e Esquina da Ilusão (1953) e Carnaval em Marte (1955). Inicia um namoro com o galã Anselmo Duarte, que resulta em casamento e dois filhos, Anselmo Jr. (1954), Lydia (1955) e uma posterior separação, após quatro anos. Do segundo casamento com Walter Clark, tem uma filha, Luciana (1965). Estreia no teatro em 1958 na peça Timbira, pela Cia. Eva Todor. A partir da década de 1970 dedica-se somente à televisão, atuando em inúmeras novelas – Bandeira 2 (1971), Locomotivas (1977), Champagne (1983), Mandala (1987), La Mamma (1990) e Pecado Capital (1998). Em 1984 posa nua para a revista Playboy. No cinema, retorna 30 anos depois em 1986 no filme Brasa Adormecida e, mais recentemente, Copacabana (2001) e Gatão de Meia Idade (2006). Nos últimos anos tem participado esporadicamente de novelas. É uma das mais belas e talentosas atrizes do Brasil. Em 2005, a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Ilka Soares – A Bela da Tela, de autoria de Wagner Assis. Filmografia: 1949 – Iracema; 1950 – Écharpe de Seda; Katucha; 1951 – Maior que o Ódio; 1952 – Modelo 19 (Amanhã Será Melhor); Os Três Vagabundos; 1953 – Esquina da Ilusão; Obras Novas – Evolução de Uma Indústria (CM); 1954 – Floradas na Serra; 1955 – Carnaval em Marte; Sonho de Outono (inacabado); 1956 – Depois Eu Conto; 1959 – Pintando o Sete; 1986 – Brasa Adormecida; 2001 – Copacabana; 2006 – Gatão de Meia Idade; 2008 – O Homem que Engarrafava Nuvens (depoimento). SOARES, JÔ José Eugênio Soares nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 16 de janeiro de 1938. Filho único, é educado nos melhores colégios do Rio de Janeiro e, depois, dos 12 aos 18 anos, nos Estados Unidos e Europa. Em Lausanne, Suíça, percorre os bares e boates batendo em seu inseparável bongô um Afro Cuban Jazz. Em 1956 retorna ao Brasil e alegra as tardes da piscina do Copacabana Palace, quando conhece Silveira Sampaio, um admirador de seu talento e grande incentivador de sua carreira. Vai para a TV Rio, em 1958. Em 1959 estreia no teatro com a peça A Compadecida, de Suassuna, e em 1960 transfere-se para a TV Record, em São Paulo, onde escreve os shows de Dick Farney e Simonetti . Fica conhecido nacionalmente como Gordon, o mordomo da Família Trapo, nos anos 1960. Em 1964 grava um compacto simples com as músicas Vampiro e Volks do Ronaldo. Nessa época, participa do programa Silveira Sampaio Show, como entrevistador de personalidades internacionais, nos idiomas inglês, francês, espanhol e italiano. Em 1965 participa da novela humorística Ceará Contra 007. Em 1970 transfere-se para TV Globo, atuando em programas de sucesso como Faça Humor, Não Faça Guerra (1970/1973), Sati ricom (1973/1974), Planeta dos Homens (1976/1982) e Viva o Gordo (1981/1987). Em 1988, numa atitude que surpreende todo o meio artístico, transfere-se para o SBT e monta o talk-show Jô Soares Onze e Meia, lá permanecendo por dez anos, quando retorna à TV Globo, onde comanda o Programa do Jô. Homem culto, poliglota (fala seis idiomas) e muito inteligente, transforma tudo o que faz em sucesso. Como ator, estreia no cinema em 1959, no filme O Homem do Sputnik e acaba parti cipando de muitos outros como Agnaldo, Perigo à Vista (1969), Cidade Oculta (1986), Sábado (1994), A Dona da História (2004), etc. Em 1976, estreia na direção, na comédia O Pai do Povo. Showman, é também, diretor de teatro e escritor, sendo de sua autoria vários livros, entre eles, O Flagrante, O Astronauta Sem Regime, O Humor nos Tempos de Collor, O Xangô de Baker Street e O Homem que Matou Getúlio Vargas, todos campeões de vendas no Brasil e no exterior. Do primeiro casamento com Theresa Austregésilo, entre 1959/1979, tem seu primeiro e único filho, Rafael (1964). Depois se casa com Sílvia Bandeira (1980/1983) e por últi mo com Flávia Junqueira (1987/2001). Filmografi a (ator): 1959 – O Homem do Sputnik; Pé na Tábua; 1960 – Tudo Legal; Vai que é Mole; 1967 – Papai Trapalhão; 1968 – Hitler Terceiro Mundo; Agnaldo, Perigo à Vista; 1969 – A Mulher de Todos; 1970 – Nenê Bandalho; 1973 – Amante Muito Louca; 1976 – Tangarela, a Tanga de Cristal; O Pai do Povo; 1979/1983 – Loucuras Cariocas (Loucuras, o Bumbum de Ouro ou Funerária Kung-Fu); 1986 – Cidade Oculta; 1994 – Sábado; 2001 – O Xangô de Baker Street; 2002 – Joana e Marcelo, Amor (Quase) Perfeito; 2004 – A Dona da História . Filmografia (diretor): 1976 – O Pai do Povo. SOARES, JOFFRE José Joff re Soares nasceu em Palmeira dos Índios, AL, em 21 de setembro de 1918. Aos 6 anos fica órfão, sendo criado por pais adotivos. Adolescente, ingressa na marinha, onde permanece até os 40 anos. Sem formação de ator, é descoberto por acaso, por Nelson Pereira dos Santos, em 1963, num circo, onde faz o papel de palhaço para crianças índias. Nelson Pereira dos Santos está filmando Vidas Secas e Jofre é convidado para parti cipar do filme, primeiro como assistente de produção, por causa do seu conhecimento da região, e depois como ator, no papel de um fazendeiro. Iniciava-se longa e vitoriosa carreira cinematográfica a qual soma aproximadamente 90 fi lmes, com destaque para O Grande Sertão (1965), Jeca Macumbeiro (1974) e O Cangaceiro (1997), seu último filme. Embora tenha tido uma carreira essencialmente cinematográfica, faz interessante carreira também no teatro e na televisão, sempre interpretando ti pos nordestinos – grandes coronéis, jagunços e lavradores. Sua estreia acontece em 1968, no megassucesso Beto Rockfeller. Depois, Rosa Baiana (1981), Padre Cícero (1984), Riacho Doce (1990), Renascer (1993), talvez seu melhor momento como Padre Santo. Seu último trabalho na televisão acontece na novela As Pupilas do Senhor Reitor 1995, pelo SBT. Morre em São Paulo, aos 77 anos de idade, de leucemia, em 19 de agosto de 1996. Filmografia: 1963 – Vidas Secas; 1964 – Selva Trágica; 1964 – Manaus, Glória de uma Época (Und Der Amazonas Schweight) (Alemanha); 1965 – Grande Sertão; Entre o Amor e o Cangaço; 1966 – Cruzada ABC (CM) (narração); A Hora e a Vez de Augusto Matraga; A Grande Cidade; 1967 – Terra em Transe; Proezas de Satanás, Na Vila do Leva e Traz; A Virgem Prometida; O ABC do Amor (episódio brasileiro: O Pacto) (Brasil/Argentina/Chile); 1968 – O Homem Nu; Lavra-Dor (CM) (voz); Madona de Cedro; Maria Bonita, Rainha do Cangaço; Viagem ao Fim do Mundo; Panca de Valente; 1969 – Um Homem e Sua Jaula; Corisco, o Diabo Loiro; O Cangaceiro Sanguinário; O Profeta da Fome; O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro (Brasil/França/Alemanha); Águias em Patrulha (episódios da série Águias de Fogo); A Um Pulo da Morte; A Virgem Prometida; O Cangaceiro Sem Deus; 1970 – Guerra dos Pelados; 1971 – Cio, Uma Verdadeira História de Amor; 1972 – Sangria (CM); 1973 – Sagarana, o Duelo; São Bernardo; Trindad... É Meu Nome; A Faca e o Rio (João En Het Mes) (Holanda/Brasil); 1974 – Trote dos Sádicos; As Cangaceiras Eróti cas; A Noiva da Noite (Desejo de Sete Homens); Jeca Macumbeiro; O Amuleto de Ogum; Exorcismo Negro; O Exorcista de Mulheres; 1975 – Guerra Conjugal; Cada um Dá o que Tem (episódio: O Despejo); O Predileto; 1976 – Cordão de Ouro; Pastores da Noite (Otália da Bahia) (França/Brasil); Soledade; Fogo Morto; Padre Cícero; Crueldade Mortal; 1977 – Um Brasileiro Chamado Rosa Flor; O Crime do Zé Bigorna; O Menino da Porteira; Quem Matou Pacífi co?; Morte e Vida Severina; Tenda dos Milagres; Jogo da Vida; A Virgem da Colina; 1978 – Chuvas de Verão; A Santa Donzela; Batalha de Guararapes; Chapéu de Couro; 1979 – O Caçador de Esmeraldas; Coronel Delmiro Gouveia; O Guarani; O Bom Burguês; Bye, Bye Brasil; O Coronel e o Lobisomem; Milagre, o Poder da Fé; 1980 – O Boi Misterioso e o Vaqueiro Menino; Cabocla Tereza; O Inseto do Amor; 1981 – A Conquista do Paraíso (La Conquista Del Paraíso) (Argentina); Tiempo de Revanche (Argentina); Bacanal; Amélia, Mulher de Verdade; O Filho da Prosti tuta; Amor e Traição (A Pele do Bicho); 1982 – Dora Doralina; 1983 – Gabriela (Brasil/Itália/EUA); 1984 – O Filho Adotivo; Quilombo; Memórias do Cárcere; Os Trapalhões e o Mágico de Oroz; 1985 – Águia na Cabeça; 1986 – Por Incrível que Pareça; Perdidos no Vale dos Dinossauros (Nudo e Selvaggio) (Itália/Brasil); 1987 – Sonhos de Menina-Moça; Jubiabá (Brasil/França); 1988 – Um Homem Diabólico; O Grande Mentecapto; Sonhei Com Você; 1989 – Dias Melhores Virão; 1990 – Después de La Tormenta (Argentina/Espanha); O Gato de Botas Extraterrestre; 1991 – O Canto da Terra; 1994 – A Terceira Margem do Rio; 1995 – Maracatu Maracatus (CM); Felicidade É... (episódio: Bolo); Bom Dia, Cinema (CM); Caligrama (CM); Mr. Abrakadabra! (CM); 1997 – Da Dor e do Mar (CM); Baile Perfumado; O Cangaceiro; 1999 – Vício (CM). SOARES, JOTA José da Silva Soares Filho nasceu em Propriá, SE, em 1906. Jovem ainda, participa ativamente do Ciclo de Recife, ingressando na Aurora Filmes como figurante e assistente de câmera em Retribuição, dirigido por Gentil Roiz, seguindo-se de vários curtas e depois Aitaré da Praia (1925). Pioneiro, estreia na direção em 1926, no filme A Filha do Advogado, o mais caro projeto do ciclo. Nesse filme já demonstra certo domínio técnico e uma fluência narrativa pouco comum para a época. Dirige mais dois fi lmes e encerra o Ciclo em 1930. Morre em 1988, aos 82 anos de idade. Filmografia (ator): 1925 – Aitaré da Praia; Jurando Vingar; 1926 – A Filha do Advogado; Herói do Século XX; Sangue de Irmão; 1998 – História de Amor em Dezesseis Quadros por Segundo. Filmografia (diretor): 1926 – A Filha do Advogado; 1927 – Aitaré da Praia (codirigido por Ary Severo e Luiz Maranhão). SOARES, SIMONE Simone Soares de Siqueira Ávila nasceu em Taubaté, SP, em 26 de março de 1977. Estreia na televisão em 1998 na minissérie A História de Ester. Depois de alguns anos no SBT, onde participa de Louca Paixão (1999) e Marisol (2002), em 2005 vai para a TV Globo para atuar na novela A Lua me Disse, como Marta Oliveira. Sua carreira então deslancha, ao atuar em diversas novelas, minissérie e especiais – O Profeta (2007), Maysa – Quando Fala o Coração (2009) e Caras & Bocas (2009). Estreia no cinema em 2005 no curta Tempo Real. Seu primeiro longa é Mulheres, Sexo, Verdades e Mentiras. Em 2009 atua no filme Xuxa em O Mistério da Feiurinha, ao lado de Xuxa, Sasha e sua filha Luana, de apenas 5 anos. Está casada desde 2000 com Mário Meirelles, com quem tem uma filha, Luana Meirelles, nascida em 2004. Filmografia: 2005 – Tempo Real (CM); Silêncio e Pecado (CM); 2006 – Os Sem Floresta (Over The Edge) (EUA) (dublagem adicional); 2007 – Mulheres, Sexo, Verdades e Mentiras; 2009 – Xuxa em O Mistério da Feiurinha. SODRÉ, MARIA DO CARMO Maria do Carmo Abreu Sodré nasceu em São Paulo, SP, em 2 de fevereiro de 1952. Filha do ex-governador Abreu Sodré, não se interessa por política. Forma-se em Comunicação pela USP e depois se especializa no Actors and Directors Lab, de Los Angeles. Em 1981 estreia no cinema, numa pequena ponta no filme Asa Branca, um Sonho Brasileiro. É casada com o pintor Wesley Duke Lee. Filmografia: 1981 – Asa Branca, um Sonho Brasileiro; O Homem do Pau-Brasil; 1982 – Das Tripas Coração. SODRÉ, TEREZINHA Nasceu em São Paulo, SP, em 8 de dezembro de 1947. Ainda criança, com 8 anos já participava de programas infantis pela TV Tupi. Em 1968, profissionalmente, já adulta, estreia no cinema no filme As Libertinas. Na televisão, sua primeira novela acontece em 1971, pela TV Tupi, Hospital, depois A Volta de Beto Rockfeller, A Viagem (1975), etc. Em 1977 vai para a TV Globo e tem seu melhor momento como a Lurdinha de Locomotivas. No teatro, atua em Um Edifí cio Chamado 200, Bonifácio Bilhões, Marido, Matriz e Filial, Trair e Coçar é Só Começar, Freud Explica?, Dama de Copas e Rei de Cubas, Perfume Francês, A Louca Trilogia, Hospício Virtual, etc. Faz sucesso na televisão em Água Viva (1980), Guerra dos Sexos (1983) e Cambalacho (1986). Em 1992 participa da minissérie Anos Rebeldes, como Adelaide, e, em seguida, na TV Manchete e nos festivais da RioTur, inicia a carreira de apresentadora. Na sequência, muda-se para os Estados Unidos, onde comanda um programa semanal, Planet Florida, em que recebe e entrevista celebridades latinas. Tem um filho do seu primeiro casamento, o preparador físico Marcelo Campelo. Foi casada por 16 anos com Carlos Alberto Torres, ex-jogador e atual técnico de futebol. Filmografia: 1968 – As Libertinas (episódio: Alice); 1969 – Mulher Pecado (Embrujada) (Brasil/Argentina); Dois Mil Anos de Confusão; 1970 – Audácia; 1971 – Como Ganhar na Loteria Sem Perder a Esportiva; 1971 – Finis Hominis; 1972 – Maridos em Férias (O Mês das Cigarras); 1974 – O Supermanso; 1975 – A Filha do Padre; Fracasso de Um Homem Nas Duas Noites de Núpcias; O Homem de Papel (Volúpia de Um Desejo). SOLANO, MATEUS Mateus Solano Schenker Carneiro da Cunha nasceu em Brasília, DF, em 20 de março de 1981. Filho de diplomata, ainda criança muda-se para o Rio de Janeiro. Aos 16 anos decide ser ator e começa a fazer teatro amador. Forma-se em Artes Cênicas pela UniRio, depois entra para o Tablado e faz um estágio na prestigiada companhia francesa Theatre Du Soleil. Atua em mais de 30 peças, destaque para O Perfeito Cozinheiro das Almas Deste Mundo, Não Existem Níveis Seguros para Consumo Destas Substâncias, Aramis e Julia, Dois para Viagem, ao lado de Miguel Thiré, direção de Jo Bilac. Em janeiro de 2009, entra para o espetáculo Hamlet, substituindo Caio Junqueira, ao lado de Wagner Moura, Tonico Pereira e outros, sob a direção de Aderbal Freire Filho. Estreia na televisão em 2003 no programa Linha Direta, no papel de Stuart Angel, filho de Zuzu Angel. Fez mais algumas séries e minisséries até chegar em sua primeira novela, Pé na Jaca, em 2007, como Ari. Estreia no cinema em 2004 no curta O Primeiro Grito, mas começa a se destacar em 2008 no longa Linha de Passe (2008), de Walter Salles, como Marcelo. Seu grande momento acontece no início de 2009 na minissérie Maysa – Quando Fala o Coração, no papel de Ronaldo Bôscoli. Em Viver a Vida, já como protagonista, interpreta os gêmeos Jorge e Miguel. Mateus faz parte da companhia teatral Imprecisa Companhia e desde 2008 namora a atriz Paula Braun. Filmografia: 2004 – O Primeiro Grito (CM); 2006 – Eclipses (CM); Os Nós de Cada Um (CM); 2008 – Maridos, Amantes e Pisantes (CM); Alice (CM); Linha de Passe; Tecnicolor (CM); 2009 – Vida de Balconista. SOLVIATTI, SANDRO Sandro Solviatti Siqueira nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1937. Os pais são do interior de São Paulo e Sandro, carioca. Nos anos 1960 inicia sua carreira artística como músico da banda Brazilian Beatles. Parti cipa ativamente do movimento hippie no fi nal dos anos 1960. No início dos anos 1970 começa a flertar com o cinema underground carioca e casualmente entra para um curta feito para Neville d’Almeida chamado Susurucucu d’Almeida, um super-8 dirigido por Ivan Cardoso em começo de carreira. Sua estreia oficial mesmo foi em 1980 no filme Os Sete Gatinhos. Inicia-se aí grande carreira cinematográfica de mais de 40 fi lmes, sempre em papéis meio soturnos, aproveitando suas feições marcantes e trejeitos corporais, características que o transformaram num dos maiores coadjuvantes da história do nosso cinema. Sandro tem atuações marcantes em O Segredo da Múmia (1982), Ele, o Boto (1987), Matou a Família e Foi ao Cinema (1990). Parti cipa também de várias produções estrangeiras filmadas no Brasil. Chega à televisão somente em 1984, como o Siqueira da minissérie A Máfia no Brasil. Na TV Manchete faz Helena (1987), como Barba Ruiva; e Kananga do Japão (1989), como Ataliba. De volta à Globo faz sua últi ma novela, De Corpo e Alma (1992) como Severino. Morre em 1993, no Rio de Janeiro, RJ, aos 56 anos de idade. Filmografia: 1972 – Susurucucu d’Almeida (CM); 1980 – Os Sete Gatinhos; O Gigante da América; 1981 – Eu Te Amo; Zadig (CM); 1982 – Tabu; Rio Babilônia; O Segredo da Múmia; O Homem do Pau-Brasil; Índia, a Filha do Sol; Aventuras de um Paraíba; Pra Frente Brasil; Beijo na Boca; 1983 – Inocência; Gabriela (Brasil/ Itália/EUA); Bar Esperança; Atrapalhando a Suate; 1984 – Quilombo; Para Viver Um Grande Amor; Memórias do Cárcere; 1985 – O Rei do Rio; Brás Cubas; Chico Rei; Areias Escaldantes; 1986 – Hell Hunters (EUA/Alemanha); 1987 – Maré de Azar (Running Out of Luck) (EUA); Os Trapalhões no Auto da Compadecida; Ele, o Boto; Churrascaria Brasil (CM); Um Trem Para as Estrelas; No Rio Vale Tudo (Si Tu Vás à Rio... Tu meurs) (Brasil/França/Itália); 1988 – Prisioneiro do Rio (Prisioner of Rio) (Brasil/Polônia/Inglaterra); 1989 – Sonhei Com Você; 1990 – O Quinto Macaco (The Fift h Monkey) (EUA); O Escorpião Escarlate; 1991 – Vai Trabalhar Vagabundo II – A Volta; Matou a Família e Foi ao Cinema; Não Quero Falar Sobre Isso Agora; 1992 – Oswaldianas (episódio: Perigo Negro); 1993 – Oceano Atlantis; 2005 – A Marca do Terrir. SORIANO, WALDICK Eurípedes Waldick Soriano nasceu em Caetité, BA, em 13 de maio de 1933. Cantor e compositor, ícone da música classifi cada como brega brasileira. Ainda jovem muda-se para São Paulo e trabalha como lavrador, engraxate e garimpeiro. Em 1960 grava seu primeiro disco com a música Quem És Tu?. A partir dos anos 1960 começa a fazer sucesso, chegando ao auge com as músicas Eu Não Sou Cachorro Não e Paixão de Um Homem. Aproveitando seu grande sucesso, em 1972, o cineasta Egydio Eccio o lança no cinema, no filme A Paixão de Um Homem, grande sucesso nas camadas mais populares, principalmente no Nordeste brasileiro. De grande potencial de voz, com repertório que ele sempre quis chamar de romântico, Waldick tornou-se símbolo, no Brasil inteiro, de um estilo, de uma classe social, e da sua manifestação cultural, pulsante e criativa. Em 2008 a atriz Patrícia Pillar dirige o documentário Waldick – Sempre no meu Coração. Morre em 4 de setembro de 2008, de câncer na próstata, no Rio de Janeiro, aos 75 anos de idade. Filmografia: 1972 – A Paixão de Um Homem; 1974 – O Poderoso Garanhão; 2008 – Waldick – Sempre no meu Coração (como ele mesmo). SOROA, LUIS Luis Miguel Jorge Olegário de Soroa Garcia Goyena Cairovas y Rodrigo de Agra Monte nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23 de junho de 1906. Formado em comércio, trabalha com câmbio e torna-se ator quase por acaso, pois comparece ao estúdio da Phebo Brasil Film oferecendo-se como ator de sua nova produção, Brasa Dormida. O produtor/diretor Humberto Mauro faz o teste juntamente com Adhemar Gonzaga e Soroa é aprovado, tornando-se o galã da companhia. Devido à publicidade da revista Cinearte, vira celebridade da noite para o dia, mas sua carreira dura pouco, pois atua em apenas três filmes, sendo o últi mo, Mulher, produção da recém-fundada Cinédia, e logo após ingressa na Polícia Especial. Após breve período é alçado ao cargo de secretário da representação diplomática brasileira em Moscou. Mora muitos anos na Espanha como adido comercial da embaixada brasileira. Morre em 1980, aos 74 anos de idade. Filmografia: 1928 – Brasa Dormida; 1929 – Urti ga Brava (inacabado); 1930 – Sangue Mineiro; 1931 – Mulher. SORRAH, RENATA Renata Leonardo Perreira Sochaczewski nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de fevereiro de 1947. Estuda sociologia na PUC. Em 1964 consegue uma bolsa de estudos e termina o ensino médio em Los Angeles, nos EUA. Lá começa a se interessar por dramaturgia e a estudar teatro. De volta ao Brasil ingressa na Faculdade de Psicologia e ao mesmo tempo entra para o grupo de teatro amador do TUCA, no Teatro da PUC-Rio, sob a batuta de Amir Haddad. Estreia profissionalmente na peça Trágico Acidente Destronou Teresa, de José Wilker, sob a direção de Kleber Santos. No cinema, atua em Vida Provisória (1968) e Avaeté, Semente da Violência (1985). Estreia na televisão em 1969, na TV Tupi, na novela Um Gosto Amargo de Festa, de Cláudio Cavalcanti . Logo em seguida, os megassucessos Assim na Terra Como no Céu (1970), Os Ossos do Barão (1973), Roda de Fogo (1986), Rainha da Sucata (1990), Pedra Sobre Pedra (1992), Pátria Minha (1994), A Indomada (1997), Andando nas Nuvens (1999), Um Anjo Caiu do Céu (2001), Desejos de Mulher (2002), Celebridade (2003), Senhora do Destino (2004), como a megera Nazaré; e Duas Caras (2007), como a maluca Célia Mara. No teatro, participa de muitas peças, com destaque para Os Veranistas, de Gorki, e Afinal Uma Mulher de Negócios, de Rainer Fassbinder, que lhe renderam o Prêmio Molière de melhor atriz em 1978 e 1979, respectivamente. Foi casada por quatro vezes, com os atores Carlos Vereza (1969/1971) e Marcos Paulo (1982/1984), com quem teve sua única filha, Mariana, nascida em 1981, depois com o escritor Euclydes Marinho e com o ator André Gonçalves, 28 anos mais novo que ela. É uma grande atriz brasileira. Filmografia: 1968 – Vida Provisória; 1969 – Matou a Família e Foi ao Cinema; 1970 – Cuidado, Madame; 1971 – Lua de Mel & Amendoim; 1985 – Avaeté, Semente da Violência; 1995 – O Mandarim; 2002: Madame Satã; 2004 – Árido Movie; Nina; A Dona da História. SOUTO, HÉLIO Hélio da Silva Cotê Figueiredo de Almeida Coutinho nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 25 de março de 1929. No colégio já participa de peças infanti s. Entra para o Teatro Universitário, atuando nas peças A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas Filho, e A Dama da Madrugada, de Alejandro Casona. Em 1949, aos 20 anos, numa sessão de cinema do Cine Roxy, em Copacabana, conhece o iluminador Konstantin Tkaczénko, que o leva para um teste no filme Garota Mineira, realizado em 1951. Hélio ti nha o tipo fí sico ideal para o personagem: o de campeão de natação, mas, com medo de ser reprovado, faltou ao compromisso. Na segunda vez, Tkaczénko literalmente arrastou o ator para o estúdio. Ganhou o papel e, a partir daí, não parou de atuar e por longo período sempre foi presença garantida no cinema brasileiro. No mesmo ano é contratado pelos Estúdios da Maristela em São Paulo. Tornase galã da noite para o dia. Participou do primeiro fi lme colorido brasileiro, Destino em Apuros, ao lado de Paulo Autran e Beatriz Consuelo, em 1952, infelizmente hoje perdido. Com Walter Hugo Khouri filmou Fronteiras do Inferno, em 1958. Em 1960, estreou na produção e direção com Conceição, filme em que também atuou. Passa a atuar basicamente em cinema, destacando-se os filmes Dioguinho (1957) e O Cabeleira (1962). Em 1960, tem sua única experiência na direção, no policial Conceição. Na década de 1960, dedica-se à televisão, atuando em mais de 20 novelas, entre elas A Moça que Veio de Longe (1964), O Mestiço (1965), Os Irmãos Corsos (1966), A Grande Mentira (1969), O Tempo Não Apaga (1972), Vidas Marcadas (1973) e, mais recentemente, na minissérie Memorial de Maria Moura (1994), pela TV Globo. No ápice de sua carreira, surgiu também a fortuna. Durante as fi lmagens de Destino em Apuros, rodado na fazenda do usineiro Fúlvio Morganti, conheceu Maria Helena, a rainha do açúcar, que se apaixonou pelo galã. Seu casamento com Maria Helena inaugurou a fase de festas e esbanjamento, mas, com o fi m da união, após 22 anos, enfrentou crises de alcoolismo e a desilusão na carreira. Recuperou-se em 1979, ao conhecer Mara Cedro, sua última mulher, com quem teve dois filhos. Com Mara, fundou a Marélio Produções Artísticas e voltou à ativa com o banguebangue A Volta de Jerônimo, no papel de vilão. Em 1980, voltou ao teatro com um nu frontal em Hélio Souto, Eu Te Amo, provando que a fama de galã antiquado não o impedia de vencer o medo da nudez no palco. Depois foi mais longe ao aparecer travesti do nos palcos de São Paulo em Viva Sem Medo Suas Fantasias Sexuais, de 1982. Em 1998 retorna à vida artística, ao participar da peça Você Tem Medo do Ridículo, Clark Gable?, ao lado de Lia de Aguiar. A fama de galã nunca o incomodou. Sua últi ma participação na TV foi na novela Serras Azuis, em 1998. Hélio disse certa vez: “Galã é defi nição de arti sta romântico. A mim nunca prejudicou. Acho, sim, tudo maravilhoso”. Alto, forte, machão, namorador e bom de briga, um dos grandes atores brasileiros, o sedutor do cinema, o galã da velha-guarda morre em 5 de outubro de 2001, aos 72 anos de idade, de infarto, em Atibaia, interior de São Paulo. Filmografia (ator): 1951 – Garota Mineira; O Comprador de Fazendas; 1953 – Agulha do Palheiro; Destino em Apuros; O Homem dos Papagaios; Luzes nas Sombras; 1954 – Os Três Garimpeiros; 1955 – Armas da Vingança; 1957 – Dioguinho; 1959 – Fronteiras do Inferno (Lonesome Women) (Brasil/EUA); 1960 – Conceição; O Segredo de Diacuí; 1962 – O Cabeleira; 1963 – Noites Quentes de Copacabana (Mord In Rio) (Brasil/Alemanha); 1972 – Os Desclassifi cados; 1976 – Bacalhau (Bac’s); Já Não Se Faz Amor Como Anti gamente (episódio: Flor de Lys); A Noite das Fêmeas (Ensaio Geral); 1978 – Mulher Desejada; 1979 – Cinderelo Trapalhão; Desejo Selvagem (Massacre no Pantanal); Viúvas Precisam de Consolo; 1980 – Noite de Orgia; Motel, Refúgio do Amor; 1981 – Mulher Objeto; A Volta de Jerônimo (No Sertão dos Homens Sem Lei); 1982 – Pecado Horizontal; Um Casal de Três (Carícias Eróti cas); 1988 – Sonhos de Menina-Moça; 1989 – Na Trilha dos Assassinos (Estupradores de Meninas Virgens). Filmografia (diretor): 1960 – Conceição. SOUTO, PAULO HENRIQUE Paulo Henrique Veloso Souto nasceu em Belo Horizonte, MG, em 1947. Forma-se em Comunicação em BH e começa suas atividades em 1966, como ator no curta O Milagre de Lourdes. Na década de 1970 muda-se para o Rio de Janeiro e participa de outros filmes, entre eles Cabaret Mineiro (1980) e Quilombo (1984). Em 1982 dirige o curta Aníbal, um Carroceiro e Seus Marujos, que arrebatou vários prêmios. Eclético, é também manequim, produtor executivo e assistente de produção. Na televisão, participa da novela Corpo a Corpo. Filmografia: 1980 – Cabaret Mineiro; 1984 – Quilombo; 1985 – Areias Escaldantes; 1987 – Sonho de Valsa; Maré de Azar (Running Out of Luck) (EUA). SOUZA, DURVAL DE Entra para a faculdade de direito e não completa o curso, mas gosta da língua inglesa, na qual se especializa. Inicia sua carreira no teatro. Estuda Arte Dramática com Décio de Almeida Prato e Rugero Jacobi. Sua primeira peça é Casamento Forçado. Logo vai para a TV Record, para trabalhar como coordenador de programas, produtor, tradutor de textos e ator dramático. Apresenta os programas Cinema em Vesperal, no qual exibe críticas de cinema para a TV; Pullman Jr, ao lado de Cidinha Campos, e A Grande Ginkana Kibon. Logo percebe sua vocação para o riso e não demora a integrar o elenco das novelas My Darling, Ceará Contra 007 e Mãos ao Ar. Estreia no cinema em 1955, no filme Carnaval em Lá Maior. Parti cipa do programa A Praça da Alegria, ao lado de Manoel de Nóbrega. É falecido. Filmografia: 1955 – Carnaval em Lá Maior; 1970 – A Arte de Amar Bem (episódio: A Garçonière de meu Bairro); 1974 – Trote dos Sádicos; 1976 –Guerra é Guerra (episódio: O Poderoso Cifrão); 1977 – Pintando o Sexo; Nem as Enfermeiras Escapam. SOUZA, EUCIR DE Nasceu em Guaxupé, MG, em 24 de maio de 1970. Radica-se em São Paulo a partir de 1990 e vai estudar Artes Cênicas na EAD-ECA/USP de 1991 a 1996. Formado, inicia notável carreira teatral, acumulando hoje mais de 40 peças no currículo, entre elas O Retábulo da Peste (1991), direção de Luís Damasceno, A Tempestade (1994), direção de José Rubens Siqueira; Desesperada (1999), direção de José Geraldo Petean; Um Bonde Chamado Desejo (2003), direção de Cibele Forjaz; Centro Nervoso (2006), texto e direção de Fernando Bonassi; Amigas, Pero No Mucho (2009), direção de José Possi Neto. Estreia no cinema em 1999 no curta Fim de Caso, mas seus trabalhos mais importantes são o curta Palíndromo (2001) e o longa Se Nada Mais Der Certo (2008), em que recebe vários prêmios de melhor ator, entre eles o do 40º Festival do Cinema Brasileiro de Brasília. Na televisão, tem sua primeira chance em 2005 na série Carandiru – Outras Histórias, depois Antonia (2006), Bang-Bang (2006) e Som e Fúria (2009). Filmografia: 1999 – Fim de Caso (CM); 2000 – Soluços e Soluções; Através da Janela; 2001 – O Tempo dos Objetos (CM); República do Inferno (CM); Do Amor (CM); 2002 – Riso-Hiena (CM); Palíndromo (CM); 2005 – Jogo da Memória (CM); 2006 – 14 Bis; 2007 – Meu Mundo em Perigo; Quer Saber (CM); 2008 – Fim da Linha; Pelo Ouvido (CM); Se Nada Mais Der Certo; Esboço para Fotografia (CM); 2009 – O Menino da Porteira; Salve Geral!; Garibaldi in América (Itália/Brasil). SOUZA, FERNANDA Fernanda Rodrigues de Souza nasceu em São Paulo, SP, em 18 de junho de 1984. Aos 5 anos já faz comercias para televisão. Inicia sua carreira artística em 1992, aos 13 anos, apresentando o programa infantil X-Tudo. A seguir, Retratos de Mulher (1993), Razão de Viver (1996) e Chiquiti tas Brasil (1997), onde fi ca conhecida em todo o Brasil. Em 1999 vai para a TV Globo parti cipar do programa Malhação, depois Sabor da Paixão (2002), a minissérie Um Só Coração (2004), Alma Gêmea (2005) e O Profeta (2006), como Clara, em que precisou engordar 8 quilos para encarnar a personagem. Estreia no cinema num curta-metragem americano Virginal Young Blondes, mas considera sua estreia oficial mesmo em 2005 em O Segredo dos Golfinhos, ao lado de Eliana. Namora o diretor Leonardo Nogueira (1979). Em 2007/2008 brilha no humorístico Toma Lá, Dá Cá, como Isadora. Filmografia: 2004 – Virginal Young Blondes (CM/EUA); 2005 – O Segredo dos Golfinhos. SOUZA, IVAN DE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Muito jovem integra o elenco de um circo, a convite do palhaço Chocolate. No picadeiro, exercita seus dotes de ator, em pequenas peças encenadas. Em seguida, inicia sua carreira teatral, na peça A Primeira Legião, no Teatro Escola Martins Penna. Sua atuação convence seus familiares de sua vocação, que passam a apoiá-lo. Para aprimorar sua técnica, matricula-se no curso instituído por Ana Edler e Jack Brown. Em 1957 faz sua estreia no cinema, no filme Rio, Zona Norte, seguindo-se de Sete Homens Vivos ou Mortos (1969) e Massacre em Caxias (1979). No teatro, faz peças importantes como Casa de Chá do Luar de Agosto e Anjo de Pedra. No cinema, parti cipa de dezenas de filmes à testa da produção e também como assistente de direção em Boca de Ouro (1963), Os Paqueras (1969), O Crime do Zé Bigorna (1977) e Estranhas Relações (1983). Filmografia: 1957 – Rio, Zona Norte; 1959 – Aí Vêm os Cadetes; 1960 – Mandacaru Vermelho; 1965 – Riacho de Sangue; Grande Sertão; 1966 – As Cariocas; A Hora e a Vez de Augusto Matraga; 1967 – El Justi cero; Terra em Transe; 1969 – Sete Homens Vivos ou Mortos; 1972 – O Doce Esporte do Sexo; 1973 – Vai Trabalhar, Vagabundo; O Homem do Corpo Fechado; 1976 – A Queda; 1979 – Massacre em Caxias; 1982 – Escalada da Violência. SOUZA, JACKSON DE Jackson Ferreira de Souza nasceu em Sapê, PB, em 27 de julho de 1917. Cedo se inicia na arte de representar, trabalhando em circos e teatros de variedades. Radicado no Rio de Janeiro, dá continuidade à carreira. Atua em vários filmes – Fogo na Canjica (1948), Nordeste Sangrento (1962) e O Sol dos Amantes (1979), culminando em longa e sólida carreira cinematográfi ca. Seu último fi lme é Jorge, Um Brasileiro (1988). Na televisão, participa de Rabo de Saia (1984), O Tempo e o Vento (1985), Capitães de Areia (1989) e Pedra Sobre Pedra (1992). É filho do ator Modesto de Souza. Filmografia: 1946 – O Cavalo 13; 1948 – Fogo na Canjica; 1948 – Terra Violenta; 1949 – Caminhos do Sul; 1950 – Cascalho; Écharpe de Seda; Quando a Noite Acaba (Perdida Pela Paixão); 1951 – O Comprador de Fazendas; 1952 – Mulher do Diabo; Veneno; 1953 – Agulha no Palheiro; Fatalidade; 1954 – A Outra Face do Homem; 1955 – O Diamante; Mãos Sangrentas (Manos Sangrientas) (Brasil/Argentina); Rio, 40 Graus; 1957 – O Barbeiro que se Vira; Osso, Amor e Papagaios; 1962 – Nordeste Sangrento; 1963 – Sonhando Com Milhões; 1968 – Brasil Ano 2000; 1976 – As Aventuras de um Deteti ve Português; 1979 – O Sol dos Amantes; 1982 – Insônia (episódio: Dois Dedos); 1984 – Memórias do Cárcere; 1986 – O Homem da Capa Preta; 1987 – Urubus e Papagaios; 1988 – Jorge, um Brasileiro. SOUZA, LUCIANA Nasceu em Salvador, BA. Atriz e dançarina, inicia sua carreira em 1985 atuando em diversos grupos de artes, espetáculos e performances. É formada em Filosofia pela Universidade Católica de Salvador (UCSal), em 1989 e em Dança pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), em 2000. Na mesma faculdade, entre 2005 e 2006, faz mestrado em artes cênicas. Destaca-se nos espetáculos Bye, Bye Pelô; Ó, Paí, Ó; Medeia Material; Maíra e Brasis, sobre o Samba. Estreia no cinema em 1996 numa pequena ponta no filme Jenipapo. Professora de Dança da UFBA em 1999-2000, de Teatro e Dança do Teatro do Iceia, em 1996-1999; e da Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia, em 2004-2008. Desde 1989 está ligada a projetos sociais comunitários. Em 2002 funda o Grupo de Teatro da Boa Esperança, com crianças e jovens da comunidade do Alto do Peru. Em 2007 interpreta a beata Dona Joana no filme Ó Paí, Ó, direção de Monique Gardenberg, o que a torna conhecida nacionalmente. Depois, em 2008, pela TV Globo, estrela série com o mesmo nome. Atualmente dirige o processo de criação do espetáculo Ato Sem Palavras e atua na pesquisa e criação de um espetáculo sobre a violência contra as mulheres. Filmografia: 1996 – Jenipapo; Tieta do Agreste; 2005 – Histórias de Um Pescador (CM); 2007 – Ó Paí, Ó; 2008 – Cinturão Vermelho (Redbelt) (EUA). SOUZA, MODESTO DE Modesto de Souza Bittencourt nasceu em São Miguel do Campo, AL, em 13 de novembro de 1894. Seus pais, sertanejos humildes, querem que ele seja comerciante. Menor de idade, foge com um circo, apaixonado por uma bailarina espanhola. Luta com muita dificuldade, pois, na época, em 1912, a profissão de ator era considerada, em certas regiões do País, puramente marginal. Começa a trabalhar em operetas, comédias musicais, revistas e teatro dramáti co. Na peça Anastácio, tem seu melhor momento no teatro, com o imortal personagem Cachacinha, que mais tarde repetiria no cinema. Seguem-se O Senhor Puntila e Seu Criado Matti, de Brecht; Onde Canta o Sabiá, de Gastão Tojeiro. Estreia no cinema em 1939 no filme Anastácio, repetindo o mesmo sucesso do teatro e constitui destacada carreira nos filmes Tico-Tico no Fubá (1952), com grande atuação no papel do flautista boêmio e amigo de Zequinha de Abreu; Orfeu do Carnaval (1959), Terra em Transe (1967), sempre em papéis de composição. É pai do ator Jackson de Souza. Morre em 20 de agosto de 1967, aos 72 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1939 – Anastácio; 1939/1944 – Romance Proibido; 1940 – O Simpáti co Jeremias; 1944 – Romance de um Mordedor; 1945 – Cem Garotas e um Capote; 1948 – Falta Alguém no Manicômio; Obrigado Doutor; E o Mundo se Diverte; Terra Violenta; 1949 – Carnaval no Fogo; 1950 – Não é Nada Disso; 1951 – Cascalho; 1952 – Tico-Tico no Fubá; 1954 – Carnaval em Caxias; Rua Sem Sol; 1955 – A Carrocinha; Rio, 40 Graus; 1956 – Leonora dos Sete Mares; 1957 – Osso, Amor e Papagaios; 1959 – Orfeu do Carnaval (Orphée Noir) (França); 1962 – Entre Mulheres e Espiões; 1967 – Terra em Transe. SOUZA, RAIMUNDO DE Nasceu em Santo André, SP, em 1952. Começa fazendo teatro em 1969, com a peça Os Gigantes da Montanha. Faz sólida carreira na televisão, atuando em todas as emissoras, sendo sua estreia em 1979 na TV Bandeirantes com a novela Cara a Cara (1979) e logo em seguida Rosa Baiana (1981). Na TV Globo, entre outras, parti cipa de Sinhá Moça (1986), Pedra Sobre Pedra (1992), Irmãos Coragem (1995) Terra Nostra (1999) e Cabocla (2004). Estreia no cinema em 1968 no filme Rio de Diamantes. Casado pela segunda vez, tem três filhas. É contratado pela TV Record em 2006 e participa das novelas Vidas Opostas (2007), como Haroldo Souza; Caminhos do Coração (2007), como Figueroa; e Chamas da Vida (2008), como Comandante Eurico. Filmografia: 1968 – Rio de Diamantes (Brasil/EUA); 1981 – O Homem do Pau-Brasil; 1984 – A Flor do Desejo; 1987 – O Bebê (CM); 1990 – A Rota do Brilho. SOUZA, RUTH DE Ruth Pinto de Souza nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de maio de 1921. Inicia sua carreira em 1945 no Teatro Experimental do Negro. Em 1948, o produtor americano Edmond Bernoudy vem para o Brasil produzir o filme Terra Violenta. Ruth é convidada a participar do elenco. Sua performance é logo notada e não para mais. Na Vera Cruz, tem em Sinhá Moça (1953), o melhor e mais importante momento de sua carreira, ganhando prêmios internacionais. Atua em A Morte Comanda o Cangaço (1960), Jubiabá (1987) e mais recentemente Filhas do Vento (2005). Estreia na televisão em 1957 no especial A Vida Com Eliane, mas sua primeira novela acontece em 1965, na clássica A Deusa Vencida. A partir dos anos 1960 alterna sua carreira entre cinema, teatro e televisão. Participa de importantes novelas – Assim na Terra Como no Céu (1970), O Rebu (1974), Sinal de Alerta (1978), Rainha da Sucata (1990), Cara & Coroa (1995), O Clone (2001) e, mais recentemente, Duas Caras (2008), como Tia Nena. Sua garra e força de interpretação tornam-na uma das grandes atrizes brasileiras. Em 2004, a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Ruth de Souza – Estrela Negra, de autoria de Maria Ângela de Jesus. Filmografia: 1948 – Falta Alguém no Manicômio; Terra Violenta; 1949 – Também Somos Irmãos; 1950 – Aglaia (inacabado); 1951 – Terra é Sempre Terra; Ângela; 1953 – Sinhá Moça; 1954 – Candinho; 1956 – Quem Matou Anabela?; 1957 – Osso, Amor e Papagaios; 1958 – Ravina; 1959 – Fronteiras do Inferno (Lonesome Women) (Brasil/EUA); Mistério da Ilha de Vênus (Macumba Love) (Brasil/EUA); 1960 – A Morte Comanda o Cangaço; 1961 – Favela (Brasil/Argentina); Bruma Seca; 1962 – Assalto ao Trem Pagador; O Cabeleira; 1963 – Gimba, Presidente dos Valentes; 1968 – O Homem Nu; 1974 – Pureza Proibida; 1975 – Ana, a Libertina; 1977 – Ladrões de Cinema; Quem Matou Pacífi co?; 1980 – O Fruto do Amor; 1987 – Jubiabá (Brasil/França); 1993 – A New Spring (EUA) (inacabado); 1999 – Um Copo de Cólera; 2000 – Aleijadinho – Paixão, Glória e Suplício; 2001 – Distraída Para a Morte (CM); 2005 – Filhas do Vento; Durvalino (CM); 2009 – Em Quadro – A História de Quatro Negros nas Telas (depoimento). SOUZA, VERÔNICA DE Verônica de Lourdes Souza Cavalcanti nasceu em Quixadá, CE, em 28 de maio de 1968. Forma-se em artes cênicas e especialização teatral. No teatro, atua nas peças Noite Escura, O Últi mo Verso, Quebra-Quilos, As Pelejas de Ojuara. Estreia no cinema em 2001 no curta A Canga, de Marcus Villar. Seu primeiro longa é Cinema, Aspirinas e Urubus. Filmografia: 2001 – A Canga (CM); 2005 – Cinema, Aspirinas e Urubus; 2007 – O Grão. SPENCER, KÁTIA Nasceu em Recife, PE, em 9 de janeiro de 1959. Faz seus estudos normais e na adolescência entra para a Escola de Teatro Macunaíma. Mas sua estreia como atriz acontece no cinema, em 1978 no filme Tem Piranha no Garimpo, de José Vedovato. Dedica-se quase que totalmente ao cinema, acumulando muitos filmes no currículo, destaque para O Rei e os Trapalhões (1980), Os Bons Tempos Voltaram – Vamos Gozar Outra Vez (1985). Em 1980 participa, como modelo, do programa Os Trapalhões. No teatro, faz sua estreia em 1983, na peça Fim de Caso, de Aziz Bajur. A partir dos anos 1990, com o fim do gênero erótico, abandona sua carreira cinematográfi ca. Filmografia: 1978 – Tem Piranha no Garimpo; 1979 – A Virgem Camuflada; Uma Cama Para Sete Noivas; E Agora, José?; 1980 – Noite das Taras; 1981 – A Primeira Noite de um Adolescente; 1982 – Amor,h Estranho Amor; Anarquia Sexual; Curral de Mulheres; O Motorista do Fuscão Preto; A Noite das Taras 2; 1984 – Os Bons Tempos Voltaram – Vamos Gozar Outra Vez (episódio: Primeiro de Abril). SPENCER, NILDA Nilda Oliva César nasceu em Salvador, BA, em 18 de junho de 1923. A mãe gostava de teatro e ópera, então cresce ouvindo óperas e assistindo aos concertos que sua mãe a levava. Nilda estuda piano. Depois de concluir os estudos normais e colégios de freiras, faz universidade na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Nos anos 1940 faz pequenos recitais de piano em Salvador, Venezuela e Estados Unidos, para os soldados americanos feridos na guerra. Em 1956 estreia como atriz de teatro na peça O Auto da Cananeia, de Gil Vicente. No mesmo ano inicia a reforma do Solar Santo Antonio para se tornar o Teatro Santo Antonio, que é inaugurado em 1958, com a peça Senhorita Júlia, de Strindberg. Ali se formam gerações de atores baianos, além da própria Nilda, Jurema Penna, Lia Mara, Othoniel Serra, Othon Bastos e outros. A partir daí desenvolve espetacular carreira teatral, com mais de 70 peças no currículo, destacando-se Ensiname a Viver, em que beija a boca de um ator pela primeira vez. Seguem-se as peças 1,99, Senhora Júlia, Morte e Vida Severina, A Falecida, A Companhia das Índias, A Exceção e a Regra, Lábios que Beijei. Em 1968 estreia no cinema em um filme nunca exibido comercialmente, Juliana e D .Jorge, direção de Fred Souza Castro e Oscar Santana, depois Meteorango Kid (1969), Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), O SuperOutro (1989), Memórias Póstumas (2001). Atua muito pouco na televisão, na verdade nunca gostou. Participa da novela Rosa Baiana (1981), pela TV Bandeirantes e duas participações em minisséries da Globo, Tenda dos Milagres (1984) e O Pagador de Promessas (1985), e só topou fazer porque foram rodadas na Bahia, sua terra. Na Escola de Teatro da Bahia é professora por 24 anos, de 1961 a 1985, quando se aposenta. Foi presidente da Câmara de Cultura Contemporânea do Conselho Estadual de Cultura da Bahia. Foi, também, professora da Universidade Federal de Sergipe, professora de dicção de emissoras de rádio e de televisão na Bahia. Escreveu artigos especializados em revistas acadêmicas e universitárias, além de ter organizado dezenas de seminários de teatro e ter sido tradutora oficial da Escola de Teatro, por ocasião de visita de diretores de outros países. Casa-se aos 20 anos com o geólogo americano Julius Clarence Spencer Jr. e teve duas filhas, Susan e Judy. Morre em 9 de outubro de 2008, em Salvador, BA, aos 85 anos de idade. Logo após sua morte foi inaugurada a Galeria Nilda Spencer, no Teatro Martim Gonçalves, da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Filmografia: 1968 – Juliana e D. Jorge; 1969 – Meteorango Kid, Herói Intergaláctico; 1970 – Caveira, My Friend; A Rebelião dos Brutos (O Cangaceiro) Itália/ Espanha; 1976 – Dona Flor e Seus Dois Maridos; 1977 – Tenda dos Milagres; 1989 – O SuperOutro (MM); 2000 – Eu, Tu, Eles; Pixaim (CM); Adela (CM); 1998 – G – Constelação da Boca do Inferno (depoimento); 2001 – Memórias Póstumas; 2002 – Catálogo de Meninas (CM-Animação-Dublagem); 2007 – A Baixa dos Sapateiros. SPIEWAK, JOSÉ JÚLIO Tomaszow Mazowieck nasceu na Polônia, em 16 de outubro de 1931. Chega em São Paulo em 1940 e, a partir de 1949, liga-se ao Clube de Cinema, que mais tarde daria origem à Cinemateca Brasileira. A partir dos anos 1950 começa a colaborar com O Estado de S.Paulo e depois Diário de S. Paulo, já como crítico de cinema. Paralelamente passa a fazer pequenas pontas em filmes paulistas, chegando à considerável fi lmografi a. Sua estreia acontece no filme Quase no Céu, de Oduvaldo Vianna, em 1949, realizado com todo o cast da TV Tupi, que infelizmente encontra-se desaparecido, tendo sido encontrados apenas alguns fotogramas. Spiewak acompanha a produção cinematográfi ca de São Paulo por quatro décadas, entre 1950 e final dos anos 80. Em 1966 dirige seu único filme, o curta-metragem A Pressa do Futuro. Morre em 2006, aos 75 anos de idade, em São Paulo. Filmografia (ator): 1949 – Quase no Céu; 1955 – Carnaval em Lá Maior; 1958 Ravina; 1959 – Fronteiras do Inferno (Lonesome Women) (Brasil/EUA); 1960 Conceição; 1963 – A Ilha; 1968 – Trilogia do Terror (episódio: O Acordo); 1969 Sentinelas do Espaço (episódios da série Águia de Fogo); 1970 – O Pornógrafo; As Gatinhas; 1971 – Cio...Uma Verdadeira História de Amor; 1972 – Paixão de Um Homem; Gringo, o Últi mo Matador (O Matador Erótico); As Mulheres Amam por Conveniência; 1973 – A Superfêmea; A Noite do Desejo (Data Marcada Para o Sexo); 1974 – Sedução (Qualquer Coisa a Respeito do Amor); 1975 O Incrível Seguro de Castidade; Eu Faço...Elas Sentem; Amantes, Amanhã Se Houver Sol; Lílian M: Relatório Confidencial; 1976 – O Mulherengo; Chão Bruto; A Noite das Fêmeas (Ensaio Geral); 1977 – Será que Ela Aguenta?; Noite em Chamas; Nem as Enfermeiras Escapam; 1978 – O Estripador de Mulheres; A Santa Donzela; 1979 – Diário de Uma Prosti tuta; Sede de Amar (Capuzes Negros); 1980 – O Inseto do Amor; 1982 – Sexo às Avessas; A Noite das Taras II; 1984 – Elite Devassa; Bacanais Sem Fim. Filmografia (diretor): 1966 – A Pressa do Futuro (CM). SPILLER, LETÍCIA Letícia Pena Spiller nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de junho de 1973. Desde criança sonha em ser atriz e aos 16 anos, ao ser convidada para ser uma das Paquitas da Xuxa, tem sua grande oportunidade. Depois, devido ao seu talento e beleza, faz sua estreia em novelas em Despedida de Solteiro (1992), como Debbie. Seguem-se Quatro por Quatro (1995), como Babalu; O Rei do Gado (1996), como Giovanna; e Zazá (1997), como Beatriz Soff er. No teatro, atua na peça Abelardo e Heloísa, dirigida por Moacir Góes. Estreia no cinema em 1990, ainda com as Paquitas e ao lado de Xuxa no filme Lua de Cristal. Em 1998 chega ao seu papel mais maduro no cinema e personifica Mindinha, o grande amor da vida do famoso maestro, em Villa-Lobos, uma Vida de Paixão. Ainda na televisão, brilha em Suave Veneno (1999), Kubanacan (2004) e Duas Caras (2008), como a sensual Maria Eva. Foi casada com o ator Marcello Novais por cinco anos (1995/2000), com quem tem um filho, Pedro, nascido em 1997. Filmografia: 1990 – Lua de Cristal (com as Paquitas); Sonho de Verão (com as Paquitas); 1991 – Gaúcho Negro; 1997 – O Pulso (CM); 1998 – Villa-Lobos, uma Vida de Paixão; 2000 – Oriundi, o Verdadeiro Amor é Imortal; 2002 – Xuxa e os Duendes 2 – No Caminho das Fadas; A Paixão de Jacobina; 2007 – Xuxa em Sonho de Menina; 2009 – Flordelis – Basta Uma Palavra Para Mudar; Utopia e Barbárie (narração). SPINA, ANTONIO Nasceu em Florianópolis, SC, em 31 de janeiro de 1916. Desde criança monta peças e atua com a garotada. Em 1941 muda-se para o Rio de Janeiro, já decidido pela carreira artística e atraído pelo glamour da então Capital Federal. Estreia na Companhia Aldo Garrido, em peças encenadas no Teatro João Caetano. Sua primeira oportunidade no cinema acontece em 1944, no filme Tristezas Não Pagam Dívidas, destacando-se ainda Um Beijo Roubado (1950) e Perdidos de Amor (1953). Filmografia: 1944 – Tristezas Não Pagam Dívidas; 1945 – Não Adianta Chorar; 1946 – Caídos do Céu; 1948 – É com Este que Eu Vou; Pra Lá de Boa; 1949 – Eu Quero é Movimento; 1950 – Um Beijo Roubado (Noites de Copacabana); 1951 – Meu Dia Chegará; 1953 – É Fogo na Roupa; Perdidos de Amor. SPINELLI, MARIA CLARA Maria Clara nasceu menino, em Assis, SP, em 1979. Inicia sua carreira artística com teatro-dança, depois passou a fazer leituras dramáticas e monólogos até se tornar atriz teatral. Mora um tempo em São Paulo, onde monta O Ser Gritante, monólogo inspirado em textos de Luiz Cosenza e Clarice Lispector, e ganha prêmio de atriz revelação num projeto itinerante do Estado chamado Mapa Cultural. Em seguida retorna à sua cidade natal. Em 2002 fez cirurgia para mudança de sexo, ou adequação sexual, segundo costuma dizer, e consolida sua carreira no teatro. Em 2009 faz os testes e é aprovada para o difícil papel da bemsucedida advogada Susana, na verdade uma transexual que fica em dúvida em revelar o segredo ao namorado. A vida imita a arte e Maria Clara consegue, com leveza e autenti cidade, emocionar em sua estreia, ganhando o prêmio de Melhor Atriz no Festi val de Paulínia, prêmio dividido com Sílvia Lourenço, atriz do mesmo filme. Com talento e garra, tem uma grande carreira pela frente. Filmografia: 2009 – Quanto Dura o Amor? (Condomínio Jaqueline). SPLENDORE, MARIA STELLA Nasceu em São Paulo, SP, em 9 de agosto de 1948. Modelo fotográfico e uma das mais belas mulheres brasileiras, casou-se com o estilista Denner em 1964, com apenas 16 anos. Com o marido, frequentou a alta sociedade paulistana e brasileira e foi capa das principais revistas da época. Após a separação, Maria Stella tenta carreira de atriz, participa da novela Super-Plá, pela TV Tupi, e faz alguns filmes, sendo sua estreia em 1971, em Idílio Proibido. Adepta da religião Hare Krishna há anos, em 2008 lança o livro Sri Splendore, em que conta sua história, inclusive um suposto romance com o rei Roberto Carlos, aventando a possibilidade de este ser pai de sua filha Leopoldina. Com o esti lista Denner foi casada de 1965 a 1969, com quem teve dois filhos, Frederico Augusto (1966) e Leopoldina (1967). Filmografia: 1971 – Idílio Proibido; 1980 – A Prisão; 1982 – Brisas do Amor. SPOLADORE, SIMONE Nasceu em Curitiba, PR, em 29 de outubro de 1979. Filha de bancários, começa a carreira artística no balé, aos 6 anos. Aos 13, resolve fazer teatro como auxílio à dança e acaba se apaixonando. Em 1997, aos 18 anos, ela se muda para São Paulo e vai morar numa pensão na Rua Haddock Lobo. Nessa época começa a ensaiar a peça O Homem de Galocha, de Vladimir Capella, quando fica sabendo dos testes para o filme Lavoura Arcaica e resolve mandar um currículo. O diretor Luiz Fernando Carvalho interrompe os testes e a contrata imediatamente, entre 600 candidatas. Depois foram seis meses de ensaio, que incluíram aulas de dança do ventre, trabalho na lavoura e ordenha de vacas. Sua brilhante atuação lhe valeu o Grande Prêmio BR do Cinema Brasileiro de Melhor Atriz Coadjuvante, nada mal para quem estava apenas iniciando a carreira. Estreia na televisão na minissérie Os Maias, em 2001, passando por Esperança (2003), onde tem excelente atuação como Caterina; América (2005), como Helô; e O Profeta (2007), como Luci. Estreia no teatro com A Peça sobre o Bebê. Tem dedicado sua carreira mais ao cinema, com participação em quase uma dezena de filmes, em cinco anos de carreira. É uma das grandes atrizes da nova geração brasileira. Filmografia: 1999 – Lavoura Arcaica; 2002 – Desmundo; 2003 – Achados e Per-didos (CM); Infi nitamente Maio (CM); 2005 – Alice (CM); Dramática (CM); 2006 – Vestido de Noiva; O Ano em que meus Pais Saíram de Férias; Veias e Vinhos: Uma História Brasileira; 2007 – O Primo Basílio; O Melhor Sorriso de Getúlio (CM); 2008 – Elvis & Madonna; Canção de Baal; 2009 – Insolação; Nati morto; 2010 – Luz nas Trevas – A Revolta de Luz Vermelha. STECH, SHIRLEY Nasceu em Campo Grande, MS, em 1954. Desde criança quer ser atriz, mas as limitações culturais de sua cidade não permitem. Em 1970, aos 16 anos, resolve dar uma guinada na sua vida e mudase para São Paulo. Bonita e fotogênica, não custa a conseguir emprego como modelo e manequim. Num dos seus desfiles recebe convite para trabalhar na TV Record, nos programas Este Mundo Louco da Comédia, Splitz e Família Trapo. No cinema, atua em Pedro Canhoto, o Vingador Erótico (1973), sua estreia, Internato de Meninas Virgens (1977), Convite ao Prazer (1980). A partir dos anos 1980, encerra sua carreira artísti ca. Filmografia: 1973 – Pedro Canhoto, o Vingador Erótico; Aquelas Mulheres (inacabado); 1975 – Quando Elas Querem... E Eles Não; 1976 – Pura como um Anjo, será Virgem?; Presídio de Mulheres Violentadas; 1977 – Internato de Meninas Virgens; Seduzida Pelo Demônio; 1978 – João de Barro; Roberta, a Moderna Gueixa do Sexo; 1980 – Convite ao Prazer. STEFÂNIA, IRENE Irene Stephania nasceu em São Paulo, SP, em 10 de março de 1944. De origem classe média alta, estuda filosofia na PUC e música clássica. Em 1966, larga tudo para trabalhar em cinema, no filme O Mundo Alegre de Helô, de Carlos Alberto de Souza Barros. Em 1968, ganha o prêmio Air France por sua interpretação em Fome de Amor. Na televisão, atua nas novelas Tempo de Viver (1972), Supermanoela (1974) e Música ao Longe (1982). Por não concordar com os rumos que o cinema brasileiro está seguindo, repentinamente, abandona a carreira, casa-se, tem dois filhos e monta um consultório de psicologia, onde ministra terapias e cursos intensivos de psicodramaticidade. Em 1987 aceita o convite de Carlos Reichembach e retorna às telas no filme Anjos do Arrabalde. Mais uma vez afastada, retorna em 2007, ou seja, 20 anos depois para uma parti cipação no filme O Signo da Cidade, de Carlos Alberto Riccelli. Em 2006, a Imprensa Ofi cial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Irene Stefânia – Arte e Psicologia, de autoria de Germano Pereira. Filmografia: 1966 – O Mundo Alegre de Helô; 1967 – Garota de Ipanema; 1968 Lance Maior; Fome de Amor; A Cama ao Alcance de Todos (episódio: Primeira Cama); 1969 – As Armas; Os Paqueras; A Doce Mulher Amada; 1970 – Cléo e Daniel; É Simonal; 1971 – Mãos Vazias; Azyllo Muito Louco; O Donzelo; 1972 – O Doce Esporte do Sexo (episódio: O Apartamento); 1974 – Amor e Medo; 1978 Mulheres de Cinema (CM) (depoimento); Damas do Prazer; 1987 – Anjos do Arrabalde (As Professoras); 2007 – O Signo da Cidade. STEFÂNIA, WANDA Wanda Simonis nasceu em São Paulo, SP, em 5 de fevereiro de 1949. Começa sua carreira como modelo e garota-propaganda. Estreia no cinema em 1972 no filme A Infidelidade ao Alcance de Todos e logo é contratada pela TV Tupi, onde estreia como a Juliana de Rosa dos Ventos. Depois de várias novelas pela Tupi, vai para a TV Globo parti cipar de Te Contei?, como Sabrina, talvez seu melhor momento. A parti r de então, intercala suas atuações em diversas emissoras. Na Tupi, Aritana (1978); Bandeirantes, Cavalo Amarelo (1980); Cultura, O Pátio das Donzelas (1982); Manchete, Floradas na Serra. A partir dos anos 1990 abandona a carreira e passa a dar aulas de interpretação teatral. Sob a direção de Clarice Abujamra, viaja o Brasil como a poetisa Cora Coralina em Caminheira e passa a apresentar o Telecurso 2º Grau. Em 2003 retorna às novelas, pelo SBT, em Canavial de Paixões. Filmografia: 1972 – A Infidelidade ao Alcance de Todos (episódio: A Transa); 1978 – A Santa Donzela; 1979 – Mulheres do Cais. STEFANINI, FÚLVIO Nasceu em São Paulo, SP, de 12 de outubro de 1939. Em 1956, aos 17 anos, estreia na televisão, no programa TV de Vanguarda. Em 1957, estreia no cinema, numa participação não creditada no filme Absolutamente Certo, de Anselmo Duarte, como fi gurante da platéia, onde já podemos observar seu bom humor e alegria, em grandes gargalhadas. Em 1961/1962 participa de dois episódios da série Vigilante Rodoviário. Constitui sólida carreira na TV Tupi, ao participar de dezenas de novelas – Melodia Fatal (1964), Minas de Prata (1966), As Pupilas do Senhor. Reitor (1970) e Bell Amy (1972). Contratado pela TV Globo, estreia em Carinhoso (1973), mas a consagração acontece em 1975, em Gabriela, como Tonico Bastos. Na TV Bandeirantes faz Cara a Cara (1979), O Todo-Poderoso (1979), Cavalo Amarelo (1980), Os Imigrantes (1981), Renúncia (1982). Em 1983 retorna à TV Globo para parti cipar de Eu Prometo, depois Pátria Minha (1994), Suave Veneno (1999), Alma Gêmea (2005), Pé na Jaca (2006), Duas Caras (2007), Faça Sua História (2008) e Casos e Acasos (2008). No cinema, estreia oficialmente em 1978, no filme O Bem-Dotado Homem de Itu. Retorna em 2005 para parti cipar de O Segredo dos Golfinhos. É um grande ator brasileiro. Casado com Vera desde 1968, tem dois filhos, Leonardo Stefanini e Fúlvio Filho. Filmografia: 1957 – Absolutamente Certo; 1961/62 – Zuni, o Potrinho; A Repórter (episódios da série Vigilante Rodoviário); 1962 – O Vigilante Rodoviário (episódio: A Repórter); 1972 – Desafi o à Aventura (episódio: Zuni, o Potrinho); 1978 – O Bem-Dotado Homem de Itu; 1982 – Retrato Falado de uma Mulher sem Pudor; 1987 – Quincas Borba; 2004 – Pelé Eterno (narração); 2005 – O Segredo dos Golfinhos; 2007 – Caixa Dois; 2009 – Cabeça a Prêmio. STELMANN, NÍVEA Nívea Stelmann Leôncio nasceu em Paraíba do Sul, RJ, em 6 de abril de 1974. Em 1991 muda-se com a família para a capital do Rio de Janeiro e inicia carreira de modelo profi ssional. Consegue um contrato de dois anos para ser modelo de uma grife famosa. Ao mesmo tempo inicia curso de teatro no Tablado. Em 1996 começa a fazer Malhação. Em seguida vem sua primeira novela, História de Amor (1996), depois Suave Veneno (1999), O Clone (2001), Chocolate com Pimenta (2003), Alma Gêmea (2005), como a esquizofrênica Alexandra; Sete Pecados (2007), como Elvira; e Três Irmãs (2008), como Karen. Estreia no cinema em 2000, no filme Mater Dei. Do casamento com o ator e cantor Mário Frias (1972), vocalista da banda Zona Zero, tem um filho, Miguel, nascido em 2004. Namorou por dois anos o ator/ diretor Marcos Paulo e, desde junho de 2007, está casada com Eduardo Azer. Filmografia: 2000 – Mater Dei; 2003 – A Testemunha (CM); 2006 – A Última Onda (CM); 2010 – Casamento Brasileiro. STEPANENKO, PEDRO Nasceu em São Paulo, SP, em 3 de maio de 1940. Forma-se em pintura com Robert de Capol, entre 1950 e 1958, em joalheria com Caio Mourão, em 1966 e escultura com Edoardo Villamizar Ramirez, na Colômbia, em 1969. Começa sua carreira artística como pintor e depois como colecionador de bijuterias. Rubem Biáfora convida-o para parti cipar do filme O Quarto, em 1967, sua estreia no cinema. Sempre interpretando personagens cínicos e corruptos, conquista seu espaço no cinema brasileiro. Em sua carreira no cinema, Pedro recebe dois prêmios de melhor ator coadjuvante em 1977 pelo filme Verão de Fogo (França/Brasil/ Itália). O Governador do Estado e o da Associação Paulista dos Críticos de Arte. No teatro, entre 1965 e 1970, participa de 21 montagens – Arena Conta Zumbi, de Boal e Guarnieri, no Teatro de Arena, em 1965, sua primeira peça; O Rei da Vela, de Oswald de Andrade, no Teatro Oficina, em 1967; Roda Viva, de Chico Buarque, no Teatro Ruth Escobar, em 1968; e O Balcão, de Jean Gene, no Teatro Ruth Escobar, entre 1969/1970, sua últi ma peça. Por 30 anos, entre 1964 e 1994, monta mais de 60 exposições de joias, desenhos, esculturas e pinturas por todo o Brasil. Foi professor de joalheria entre 1982 e 1985, e em 1986 funda a Escola de Joalheria Manufatura & Alquimia. Nove anos depois, em 1995, funda o Ateliê Escola Bobby Stepanenko, em Belo Horizonte, MG. Morre em 19 de agosto de 1995, aos 55 anos, em São Paulo. Filmografia: 1967 – O Quarto; 1969 – As Armas; 1970 – As Gatinhas; Verão de Fogo (OSS 117 Prend Des Vacances) (França/Brasil/Itália); 1972 – Fora das Grades; 1973 – A Noite do Desejo (Data Marcada Para o Sexo); 1975 – A Casa das Tentações; 1978 – A Noite em Chamas; Reformatório das Depravadas; Fugitivas Insaciáveis; 1979 – Alucinada Pelo Desejo. STEVES, ALMERY Maria Torreão nasceu em Jaboatão, PE, em 28 de outubro de 1904. Cria-se no Rio Grande do Norte e estuda em Recife. Adolescente, trabalha como funcionária pública do Estado, na Delegacia Fiscal da Fazenda Federal. Inicia carreira de atriz no cinema, em 1924, no filme Retribuição, produção integrante do famoso Ciclo Pernambucano de Cinema. Atua em poucos filmes, sendo o último em 1928, O Destino das Rosas. Abandona a carreira cinematográfica, não se tendo notícias de suas atividades posteriores. Foi casada com o produtor/diretor/ator Ary Severo, com quem atua em quase todos os seus filmes. Morre em Olinda, em 24 de dezembro de 1982, aos 78 anos. Filmografia: 1924 – Retribuição; 1925 – Aitaré da Praia; 1927 – Dança, Amor e Ventura; 1928 – O Destino das Rosas. STRAZZER, CARLOS AUGUSTO Nasceu em São Paulo, SP, em 4 de agosto de 1946. Inicia sua carreira no Teatro de Arena, em 1968, na peça As Arti manhas de Escapino, de Molière. Faz mais um ano de teatro infantil e depois tem sucesso nas peças Os Últimos, A Moratória e O Balcão. Na televisão, estreia na extinta TV Tupi, em 1970, em As Pupilas do Senhor Reitor. Seguem-se Os Deuses Estão Mortos (1971), Vitória Bonelli (1972), Ovelha Negra (1975), O Julgamento (1976), O Profeta (1977), Éramos Seis (1977) e O Direito de Nascer (1978), no papel de Albertinho Limonta. Em 1980 é contratado pela TV Globo e estreia em Coração Alado, vindo na sequência Jogo da Vida (1981), Moinhos de Vento (1983), Champagne (1983), Livre Para Voar (1984), Mania de Querer (1986), Mandala (1987), Que Rei Sou Eu? (1989), O Cometa (1989) e na minissérie O Sorriso do Lagarto (1991), seu último trabalho. Trabalha pouco em cinema, sendo sua estreia em 1980 no filme Gaijin, os Caminhos da Liberdade. Destaca-se como um dos primeiros atores a abordar o problema da Aids nos palcos, fazendo um dos principais papéis na montagem brasileira de As It Is (Assim É), de William Hoffmann, dirigida por Roberto Vignati, em 1985. Ator de talento nato, morre de problemas respiratórios, em decorrência do vírus da Aids, em 19 de fevereiro de 1993, aos 47 anos de idade, no Rio de Janeiro, encerrando prematuramente uma belíssima carreira. Filmografia: 1975 – Jouez Encore, Payez Encore (depoimento); 1980 – Gaijin, os Caminhos da Liberdade; 1986 – Com Licença, Eu Vou à Luta; 1988 – Mistério no Colégio Brasil; Luar Sobre Parador (Moon Over Parador) (EUA). STRESSER, GUTA Maria Augusta Labatut Stresser nasceu em Curitiba, PR, em 28 de setembro de 1972. Com 13 anos inicia sua carreira fazendo teatro em Curiti ba. Participa de inúmeras peças de sucesso – O Vampiro e a Polaquinha, de Dalton Trevisan, com direção de Ademar Guerra, um dos maiores sucessos do teatro paranaense; O Casamento, de Nelson Rodrigues, direção de Antonio Abujamra e João Fonseca; Mais Perto, de Patrick Marber, direção de Hector Babenco; Rita Formiga, de Maria Gladys e Domingos de Oliveira, direção deste último. Estreia no cinema em 2001 no curta Do Tempo em que Eu Comia Pipoca, ainda em Curitiba. Já no Rio de Janeiro, no mesmo ano entra para o seriado A Grande Família, como Bebel, pela TV Globo, estando no ar até os dias de hoje e também faz seu primeiro longa, A Partilha. Em 2009 está em cartaz com a peça Primeira Chuva no Deserto, de Ana Paula Pedro, direção de Camila Amado. No cinema, atua em outras produções –Bellini e a Esfinge (2001), Redentor (2004), Vingança (2008). Guta é bisneta do maestro Augusto Stresser e neta do jornalista Adherbal Stresser. Filmografia: 2001 – Do Tempo em que Eu Comia Pipoca (CM); A Partilha; Bellini e a Esfinge; 2004 – Nina; Redentor; 2006 – Balada das Mocinhas de Botafogo (CM); 2007 – A Grande Família – O Filme; 2008 – Sexo Virtual (CM); Vingança. STUART, ADRIANO Adriano Roberto Canales nasceu em Quatá, SP, em 19 de fevereiro de 1944. De família circense, viaja pelo interior do Estado com o circo do avô. É filho de Walter Stuart e sobrinho de Afonso Stuart. Ator infantil na TV Tupi a partir de 1951, tem um de seus primeiros papéis em 1953 no especial Os Anjos Não Tem Cor. Depois faz TV de Vanguarda (1952/57), TV Teatro (1958), Os Miseráveis (1967), Algemas de Ouro (1969), Os Deuses Estão Mortos (1971), Editora Mayo, Bom-Dia (1971), Pingo de Gente (1971) e Quarenta Anos Depois (1971). Atua nas TVs Record, Globo, Bandeirantes e logo passa a dirigir os programas Shazan, Xerife & Cia. (1972), Estúdio A... Gildo (1982), Moinhos de Vento (1983) e Humor Livre (1984). No cinema, estreia como ator infantil em 1956, no filme O Sobrado, de Walter George Durst, seguindo-se diversos outros – Japão Brasileiro (1964), ao lado de Mazzaropi; Exorcismo Negro (1974) e Festa (1989). Em 1972, trabalha como assistente de direção e roteirista em A Superfêmea e O Exorcismo Negro. Estreia na direção em 1973, no filme Cada um Dá o que Tem, no episódio O Despejo e faz longa e competente carreira como diretor, dirigindo, entre outros trabalhos, várias comédias dos Trapalhões. Em 1997, retoma a carreira de ator, ao participar do filme Os Matadores, de Beto Brant, e rouba a cena como o chefe dos bandidos; em seguida, Boleiros – Era Uma Vez o Futebol (1998), O Príncipe (2002) e Encarnação do Demônio (2008). Em 2006 retorna também à televisão para fazer o papel de Genaro Cavallin na minissérie JK, pela TV Globo. Com brilhante carreira no cinema e televisão, é um dos grandes talentos das artes brasileiras. Filmografia (ator): 1956 – O Sobrado; 1964 – Meu Japão Brasileiro; 1974 – Exorcismo Negro; 1975 – Cada um Dá o que Tem (episódio: Uma Grande Vocação); Kung Fu Contra as Bonecas; 1976 – Sabendo Usar Não Vai Faltar; Bacalhau (Bac’s); 1977 – Chão Bruto; 1989 – Festa; 1997 – Os Matadores; 1998 – Boleiros – Era Uma Vez o Futebol; 2001 – Urbânia (como ele mesmo); 2002 – O Príncipe; 2003 – Garotas do ABC; 2005 – Crime Delicado; 2006 – Boleiros 2 – Vencedores e Vencidos; 2008 – Encarnação do Demônio. Filmografia (diretor): 1975 – Cada um Dá o que Tem (episódio: O Despejo); Kung Fu Contra as Bonecas; Bacalhau (Bac’s); 1976 – Sabendo Usar Não Vai Faltar (episódio: Três Assobios); Já Não Se Faz Amor Como Anti gamente (episódio: Flor de Lys); 1978 – Os Trapalhões na Guerra dos Planetas; A Noite dos Duros; 1979 – O Rei e os Trapalhões; O Cinderelo Trapalhão; 1980 – Os Três Mosqueteiros Trapalhões; O Incrível Monstro Trapalhão; 1982 – Um Casal de Três (Carícias Eróti cas); As Aventuras de Mário Fofoca; 1989 – Fofão e a Nave Sem Rumo. STUART, AFONSO Afonso Tereza Stuart nasceu em Oran, Argélia, em 19 de agosto de 1895. Seu pai é ginasta, ator e trapezista. Afonso era o caçula de 14 irmãos. Com apenas 1 ano saiu da Argélia em companhia de seus pais. A trupe familiar realiza várias turnês pela Europa. Em 1905 estreia como ator de circo, fazendo acrobacias com os irmãos no Teatro Carlos Alberto, no Porto, em Portugal. Em 1908 foram contratados pelo Circo Spinelli, do Brasil. Afonso já era conhecido como Periquito, apelido que o acompanhou por muito tempo. Logo forma o grupo de comediantes Os Cardonas de muito sucesso no Brasil. Junto com eles, veio Oscarito. Em 1929 é contratado pela empresa de Paschoal Segretto. Com cidadania espanhola, radica-se no Brasil, mais especifi camente no Rio de Janeiro. Estreia no cinema em 1935, no filme Alô, Alô, Brasil e participa de outros títulos para a cinematografi a brasileira – Sinfonia Carioca (1955), Colégio de Brotos (1956). Afonso nunca abandonou o teatro, tanto que na década de 1960 parti cipou das peças O Amante de Madame Vidal e O Dia em que Raptaram o Papa. Tem longa carreira cinematográfica e parti cipação importante na fase das chanchadas cariocas. Faz pouca televisão, atuando somente no especial A Ordem Natural das Coisas, como Gervásio; e na novela O Astro, como Ramón, ambas de 1977. É tio do ator/diretor Adriano Stuart e irmão do comediante Walter Stuart. Morre em 1983, no Rio de Janeiro, aos 88 anos. Filmografia: 1935 – Alô, Alô, Brasil; 1944 – Corações Sem Piloto; 1954 – Marujo por Acaso; 1955 – Sinfonia Carioca; Trabalhou Bem Genival; O Golpe; 1956 – Colégio de Brotos; Genival é de Morte; Leonora dos Sete Mares; Papai Fanfarrão; 1958 – Meus Amores no Rio (Mis Amores en Río) (Brasil/Argentina); Alegria de Viver; Esse Milhão é Meu; 1959 – Titio Não é Sopa; Amor Para Três; Matemática Zero, Amor Dez; 1960 – Maria 38; 1962 – Rio à Noite (como ele mesmo); 1967 – A Espiã que Entrou em Fria; 1968 – Brasil Ano 2000; 1970 – Memórias de um Gigolô; Pais Quadrados, Filhos Avançados; 1971 – Os Herdeiros; Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva; 1973 – Uma Garota em Maus Lençóis; Essa Freira é uma Parada. STUART, WALTER Valter Canales nasceu em Birigui, em 22 de julho de 1919. Praticamente nasce dentro do circo, onde permanece até 1951, quando entra para a televisão e participa dos programas A Bola do Dia (TV Tupi), Olindo Topa- Tudo (TV Excelsior), Circo Bom Bril e TV Stuart Canal Zero, todos escritos e dirigidos por ele. Em 1952 faz sua primeira novela, Uma Semana de Vida. Participa também dos programas TV de Vanguarda, em 1952/1953 e TV de Comédia, em 1958. No teatro, participa das peças Nossa Vida em Família, Check-Up, Dr.Knock e O Ciúme de um Pedestre. Estreia no cinema em 1957 no filme O Circo Chegou à Cidade. Nas décadas de 1960/1970, participa com muito brilho do humorístico Praça da Alegria, ao lado de Manoel de Nóbrega. Em 1980 parti cipa da novela Plumas e Paetês, pela TV Globo, onde também participa dos Trapalhões. Valter aparecia ao lado de Didi usando um chapéu com uma mão em formato de ok na cabeça. Aparece na televisão pela ultima vez em 1984 no programa Humor Livre. É pai do ator/ diretor Adriano Stuart e irmão do ator Afonso Stuart. Afastado da vida artística há muitos anos, recusava-se a dar entrevistas. Morre em 11 de fevereiro de 1999, aos 79 anos, de câncer no pâncreas, em São Paulo. Filmografia: 1957 – O Circo Chegou à Cidade (Toni, o Leiteiro); Uma Certa Lucrécia; 1972 – As Mulheres Amam por Conveniência; 1973 – A Superfêmea; 1974 – Exorcismo Negro; 1976 – Kung Fu Contra as Bonecas; 1982 – Pecado Horizontal; As Amantes de um Homem Proibido; 1983 – As Aventuras de Mário Fofoca; 1984 – O Filho Adotivo. STULBACH, DAN Dan Filip Stulbach nasceu em São Paulo, SP, em 26 de setembro de 1969. Adolescente, presta vestibular para engenharia, medicina e administração. Entrou nas três, mas escolheu engenharia e foi estudar na Universidade Mackenzie durante um ano. Tranca matrícula e vai passar uma temporada em San Diego, nos Estados Unidos, onde fica dois anos estudando interpretação e fazendo bicos de bilheteiro e pipoqueiro para sobreviver. Em seu retorno entra para a Escola Superior de Propaganda e Marketi ng (ESPM) e ao mesmo tempo cursa a Escola de Arte Dramática (EAD) da Universidade de São Paulo. Em 1990 tem sua primeira atuação profissional na peça Peer Gynt, encenada no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo. Nessa época consegue uma vaga de contrarregra e depois assistente de direção na peça Fulaninha e Dona Coisa, dirigida por Marco Nanini, onde ajudava a dirigir Louise Cardoso e Aracy Balabanian. Participa da peça Pestisileias das diretoras Daniela Thomas e Bete Coelho. Na televisão, estreia em 1997 num pequeno papel na novela O Amor Está no Ar, depois faz uma ponta na minissérie Os Maias, em 2001, até estourar como o vilão cruel Marcos, em Mulheres Apaixonadas, em 2003. Essa sua grande chance aconteceu porque o autor Manoel Carlos adorara sua interpretação na peça Novas Diretrizes em Tempos de Paz, ao lado de Tony Ramos. Em 2004 parti cipa de Senhora do Destino; em 2006 da minissérie JK; e em 2007 da minissérie Amazônia de Galvez a Chico Mendes. Estreia no cinema em 2000 no fi lme independente Mater Dei; e em 2006 parti cipa do filme americano Living The Dream, ao lado de Marília Pêra. Filmografia: 2000 – Mater Dei; Cronicamente Inviável; 2003 – Viva Voz; 2005 – Mais Uma Vez Amor; 2006 – Living The Dream (EUA); 2008 – Dias e Noites; 2009 – Tempos de Paz. SUAREZ, LAURA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, 21 de novembro de 1909. Começa sua carreira no teatro. Estreia no cinema em 1940 no filme Céu Azul. Entre outros, parti cipa de Tudo Azul (1952), Uma Rosa Para Todos (1968). Na televisão, participa de uma única novela, Te Contei? produzida pela TV Globo em 1978. Filmografia: 1940 – Céu Azul; 1941 – 24 Horas de Sonho; 1943 – Samba em Berlim; 1947 – O Malandro e a Granfina; 1950 – A Inconveniência de Ser Esposa; 1952 – Mulher do Diabo; Tudo Azul; 1958 – Pista de Grama (Um Desconhecido Bate à Porta); 1959 – Matemática Zero, Amor Dez; 1961 – Mulheres, Cheguei!; Sócio de Alcova (Socia de Alcoba) (Brasil/Argentina); 1968 – Uma Rosa Para Todos (Una Rosa Per Tutti) (Itália). SUED, IBRAHIM Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23 de junho de 1924. Trabalha como jornaleiro, entregador de sapataria e funcionário público, até que, em 1946, consegue um furo jornalístico, quando da visita do presidente americano Dwight Eisenhower ao Brasil. Em 1953 é contratado pela Revista Manchete e dá seus primeiros passos como colunista social. Em 1954 inicia carreira em O Globo, onde permanece pelo resto de sua vida. De 1965 a 1974 tem um programa na TV Globo que o torna conhecido em todo o Brasil, por suas frases marcantes e gafes famosas. O filme Depois Eu Conto (1956) dirigido por José Carlos Burle e interpretado por Anselmo Duarte, é levemente inspirado em sua vida. Com a primeira esposa Glorinha Sued tem dois filhos, Isabel e Eduardo. Como ator, participa de dois filmes, sendo sua estreia no cinema, em 1973, em O Descarte, filme em que ele é também produtor. Morre em 1º de outubro de 1995, aos 71 anos, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1973 – O Descarte; A Superfêmea. SUPLA Eduardo Smith de Vasconcelos Suplicy nasceu em São Paulo, SP, em 2 de abril de 1966. Filho dos políti cos Eduardo Matarazzo Suplicy e Marta Suplicy, torna-se roqueiro. Na década de 1980 participa das bandas Metrópolis, Zig Zag e fi nalmente Tokyo, nesta última com relativo sucesso. Vive muitos anos nos EUA, onde forma banda com músicos americanos. Fez parceria com nomes importantes do rock and roll, mais especifi camente a roqueira alemã Nina Hagen. Estreia no cinema em 1986, no filme Rock Estrela, ainda como crooner da banda Tokyo. Em Noel – Poeta da Vila, de 2006, interpreta Mário Lago. Na televisão, estreia em Sex Appeal (1993), mas ganha notoriedade em 2001, ao parti cipar da Casa dos Arti stas, pelo SBT. Depois faz pequenas parti cipações em Um Anjo Caiu do Céu (2001) e Celebridade (2004). No Sítio do Pica-Pau Amarelo, por 26 episódios, em 2004, encarna Elvis McCartney, personagem que demonstra sua reverência declarada aos ídolos Elvis Presley e Paul McCartney. Já tem dez discos gravados com a banda Tokyo e também em sua carreira solo. Desde 2008 apresenta o programa Brothers, ao lado do irmão João Suplicy, pela RedeTV, e faz shows por todo o Brasil. Irreverente e com imagem ligada ao movimento punk, é querido em todo o Brasil, justamente por não se importar com a opinião da imprensa, tanto no que se refere às críticas ao seu trabalho quanto aos eventuais elogios. Filmografia: 1986 – Rock Estrela (Banda Tokyo); 1990 – Uma Escola Atrapalhada; 1991 – Sua Excelência, o Candidato; 2003 – Viva Voz; 2005 – O Segredo dos Golfinhos; O Filho do Máscara (Son of the Mask) (dublador) (EUA); 2006 – Cinco Mentiras (CM); Noel – Poeta da Vila. SUZUKI, DANIELE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de setembro de 1977. Bailarina formada pelo Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Adolescente, começa a fazer comerciais de televisão para ajudar em casa, já que o pai havia abandonado a família. Fez cursos de teatro e em 2000 estreou como atriz fazendo uma ponta no filme americano Sabor da Paixão, estrelado por Penélope Cruz e Murilo Benício. Em 1999 participa do seriado Sandy & Junior e em 2002 é convidada para participar do seriado Malhação, pela TV Globo. Participa ainda das novelas Bang-Bang (2006), Pé na Jaca (2007) e Ciranda de Pedra (2008). No cinema atua em duas produções da Globo Filmes, Guerreiro Didi e a Ninja Lili (2008) e Os Normais 2 – A Noite Mais Maluca de Todas. Filmografia: 2000 – Sabor da Paixão (Woman On Top) (EUA); 2001 – Avassaladoras; 2008 – Guerreiro Didi e a Ninja Lili; CD Player (CM); 2009 – Os Normais 2 – A Noite Mais Maluca de Todas. SZAFIR, LUCIANO Luciano Lebelson Szafir nasceu em São Paulo, SP, em 31 de dezembro de 1968. De família tradicional de São Paulo, classe média alta, adolescente, inicia carreira de modelo. Em 1997 é convidado a participar da novela Anjo Mau e inicia carreira de ator. Estreia no cinema em 1998 no filme Simão, o Fantasma Trapalhão, ao lado de Renato Aragão. Em seguida parti cipa das novelas Uga-Uga (2000), Um Anjo Caiu do Céu (2001) e O Clone (2001). Em 2004 transfere-se para a TV Record e lá atua nas novelas Metamorphoses (2004), Vidas Opostas (2007) e Amor e Intrigas (2007). Foi casado com Xuxa Meneghel, com quem tem uma filha, Sacha Meneghel (1998). Filmografia: 1998 – Simão, o Fantasma Trapalhão; 2002 – Xuxa e os Duendes 2 – No Caminho das Fadas; 2006 – Nossa Senhora do Caravaggio; Mulheres do Brasil; O Homem do Pesadelo (Nightmare Man) (EUA); 2007 – Ópera do Malandro (CM); 2009 – Xuxa e o Mistério de Feiurinha; The Reapers (EUA); The Meeting (CM) (Brasil/EUA). T TADDEI, ALVAMAR Nasceu em Jacarezinho, PR, em 1960. Já morando em São Paulo, tem sua primeira oportunidade no cinema em 1979 no filme Sexo Selvagem. Em 1982 tem seu primeiro papel de protagonista no filme Amor de Perversão, de Alfredo Sternheim. Faz 24 fi lmes até 1986, quando encerra sua carreira em Filme Demência, aquele que é considerado o melhor filme de Carlos Reichenbach. Hoje vive em São Paulo e é terapeuta de florais e consultora de feng-shui. Filmografia: 1979 – Sexo Selvagem; Nos Tempos da Vaselina; Mulheres do Cais; Sócias do Prazer; 1980 – O Inseto do Amor; O Fotógrafo; Convite ao Prazer; Bordel – Noites Proibidas; Bacanal; Joelma 23º Andar; 1981 – Como Faturar a Mulher do Próximo (episódio: Baile do Cabide); Eros, o Deus do Amor; Em Busca do Orgasmo; Aqui, Tarados!; A Insaciável – Tormentos da Carne; Ninfas Insaciáveis; 1982 – Amor de Perversão; Amor, Palavra Prosti tuta; 1983 – Flor do Desejo; 1984 – Volúpia de Mulher; Tentação na Cama; Jeitosa, um Assunto Muito Particular; 1986 – As Sete Vampiras; Filme Demência. TAIGUARA Taiguara Chalar da Silva nasceu em Montevidéu, Uruguai, em 9 de outubro de 1945. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1949. Estuda música e participa de conjuntos no colégio. Em 1960, em São Paulo, cursa a Faculdade de Direito na Universidade Mackenzie. Em 1964 canta pela primeira vez num festi val a música Poema dos Olhos da Amada. Em 1968 participa de outro festival interpretando a música Modinha, de Sérgio Bitt encourt. Estreia no cinema em 1970, no filme O Bolão. No auge da carreira começa a ter problemas com o governo militar de época e resolve morar na Inglaterra. Acaba ficando no exterior por muitos anos. Na década de 1990 retorna ao Brasil e tenta recomeçar a carreira. Grande poeta e arranjador, faz poucas e excepcionais músicas – Hoje e O Universo do teu Corpo. Morre de câncer, em 14 de fevereiro de 1996, aos 50 anos, em São Paulo. Um grande talento que não teve em vida o seu devido reconhecimento. Filmografia: 1970 – O Bolão. TAKESHI, CARLOS Carlos Takeshi Saito nasceu em São Paulo, SP, em 16 de junho de 1950. Começa sua carreira como dublador de série japonesas – Kyoju Tokuso Jaspion and Dengeki Sentai Chenjiman. Em 1981 estreia no cinema no filme E a Vaca Foi Pro Brejo e na televisão, na novela Os Adolescentes. Depois faz Os Imigrantes (1981), O Ninho da Serpente (1982), Sampa (1988), A Viagem (1994), O Rei do Gado (1997) e Belíssima (2006), como Takai Shigeto. Retorna ao cinema em 2005 para parti cipar do filme Gaijin – Ama-me Como Sou, de Tizuka Yamasaki. Filmografi a: 1981– E a Vaca Foi Pro Brejo; 1987 – A Dama do Cine Shangai; 2005 – Gaijin – Ama-me Como Sou. TALARICO, JAIR Começa sua carreira no teatro com a peça No Submundo do Vício, de Miriam Ribeiro. Estreia no cinema em 1971 no filme O Grande Xerife, ao lado de Mazzaropi. Atua em diversos outros fi lmes do famoso comediante – Jeca Macumbeiro (1974) e Jeca e Seu Filho Preto (1978). A partir dos anos 1980, não se tem notícia sobre a continuidade de sua carreira. Filmografia: 1971 – O Grande Xerife; 1973 – Portugal... Minha Saudade; 1974 – Jeca Macumbeiro; 1975 – Jeca Contra o Capeta; 1978 – Jeca e Seu Filho Preto; As Aventuras de Robinson Crusoé; 1981 – Amélia, Mulher de Verdade; Caçadoras do Sexo; 1984 – Sexo a Domicílio; Meu Homem, meu Amante. TANAKA, MISAKI Nasceu em Tóquio, Japão, em 1956. Muda-se com a família para o Brasil em 1964. No inicio dos anos 1970 é bailarina na TV Record. A convite do diretor Ody Fraga, em 1974, entra para o elenco do filme Macho e Fêmea. A partir de então, atua em mais de 20 filmes nas décadas de 1970 e 1980, muitos explorando seu lado sexy oriental, com diretores também orientais, John Doo e Juan Bajon. Com a entrada do explícito, abandona o cinema e começa a trabalhar na TV Japonesa NHK de Tóquio, chegando à direção da emissora. Na TV Globo, participa da novela O Rei do Gado, em 1996, e em 1997 escreve o livro Os Bichos da Praia, pela Editora Ática. Musicista, jornalista, radialista, professora e publicitária, é uma profissional competente e polivalente. Atualmente é professora da PUC-São Paulo. Afastada do cinema desde 1991, retorna para uma ponta no filme Garotas do ABC, de Carlos Reichenbach. Filmografia: 1974 – Macho e Fêmea; 1977 – Paixão e Sombras; 1978 – Reformatório das Depravadas; O Prisioneiro do Sexo; O Bom Marido; A Força dos Sentidos; Ninfas Diabólicas; O Império do Desejo; 1979 – Sonhos de Vida (CM); A Essas Deliciosas Mulheres; 1980 – O Inseto do Amor; O Fotógrafo; Colegiais e Lições de Sexo; Bacanal; A Virgem e o Bem-Dotado; Gaijin – Os Caminhos da Liberdade; 1981 – Chapeuzinho Vermelho – A Gula do Sexo; ...E a Vaca Foi Pro Brejo; Duas Estranhas Mulheres (episódio: Eva); A Noite das Depravadas; 1991 – Sua Excelência, o Candidato; 2003 – Garotas do ABC. TARCÍSIO FILHO Tarcísio Pereira de Magalhães Filho nasceu em São Paulo, SP, em 22 de agosto de 1964. Tarcisinho, como é conhecido, é filho de Tarcísio Meira e Glória Menezes. Desde cedo acompanha os pais nas gravações. Em 1972, aos 8 anos, faz uma ponta no filme Independência ou Morte, como o jovem D.Pedro I, é sua estreia no cinema e na carreira artística. Em 1980, aos 16 anos, entra na TV Globo para participar da novela Coração Alado. A partir de então sua carreira começa a deslanchar, mas ele nunca se prendeu em uma só emissora, brilha então na TV Manchete, em Dona Beija (1986) e Kananga do Japão (1989); no SBT, Éramos Seis; e, nos últimos anos, na TV Globo, Suave Veneno (1999), A Casa das Sete Mulheres (2003), Queridos Amigos (2008), Casos e Acasos (2008). Está casado desde 2000 com a cantora Luíza Dvorek. Em 1998 dirige a novela Serras Azuis, pela TV Bandeirantes. No cinema, participa de muitos curtas e longas – Boca de Ouro (1990), O Rolex de Ouro (2006) e Netto e o Domador de Cavalos (2008). Assim como os pais, é um grande ator brasileiro. Filmografia: 1972 – Independência ou Morte; 1990 – Boca de Ouro; 1999 – Contos de Lygia; 2003 – Por Um Fio; 2005 – Me Apaixonei Ontem Entre 21h e 23h (CM); Cerro do Jarau; No Meio da Rua; 2006 – O Rolex de Ouro (CM); 2007 – Só por Hoje; 2008 – Netto e o Domador de Cavalos; Alucinados (Sequestro-relâmpago). TARCITANO, ESTER Nasceu em São Paulo, SP, em 10 de outubro de 1935. Ainda menina, aprende sapateado. Adolescente, vai para o Rio de Janeiro e integra a companhia de Walter Pinto, no teatro de revista. Estreia no cinema em 1946, como extra, numa cena de casamento, no filme O Ébrio. Faz alguns filmes, incluindo-se Cais do Vício, em 1953. Nesse mesmo ano é eleita Misse Guanabara. Adulta, muda-se para os EUA e lá se casa com um empresário do ramo leiteiro. De volta ao Brasil, em 1997, monta espetáculo de revista numa casa noturna do Rio de Janeiro, retomando sua carreira de cantora e dançarina e dando oportunidade para novos talentos. Em 2006 participa do último capítulo da novela Belíssima, no papel de uma das veteranas vedetes. Filmografia: 1946 – O Ébrio; 1950 – Todos por Um; 1953 – Cais do Vício; 1976 – Tangarela, a Tanga de Cristal; 2009 – Alô, Alô, Terezinha (depoimento). TARICANO, AMÉRICO Nasceu em São Paulo, SP, em 28 de maio de 1921. Com rígida formação, estuda nos melhores colégios de São Paulo. Na adolescência, conhece Anselmo Duarte e Cassiano Gabus Mendes e, juntos, frequentam as salas de cinema de São Paulo, iniciando, aí, seu gosto pela arte cinematográfica. Em 1949 tem sua primeira oportunidade ao fazer uma ponta no filme Quase no Céu. É o início de uma longa carreira de muitos filmes, nos mais variados papéis: médicos, advogados, industriais, sempre com o mesmo brilho. Participa de momentos importantes do cinema brasileiro em Tico-Tico no Fubá (1952), Madona de Cedro (1968) e Chão Bruto (1977). Ator essencialmente cinematográfico, paralelamente à carreira artística, investe no ramo de restaurantes. É falecido. Filmografia: 1949 – Quase no Céu; 1952 – Tico-Tico no Fubá; Tudo Azul, Veneno; 1953 – O Craque; 1954 – Aí Vem o General; Paixão Tempestuosa; 1955 – Guerra ao Samba; Sonho de Outono (inacabado); Três Destinos (inacabado); 1956 – Quem Matou Anabela?; 1957 – Madrugada de Sangue; 1958 – Uma Certa Lucrécia; 1959 – Chão Bruto; 1960 – Conceição; O Segredo de Diacuí; 1961 – A Lei dos Fortes; 1963 – Noites Quentes de Copacabana; (Mord In Rio) (Brasil/ Alemanha); 1964 – O Crime do Sacopã; 1967 – Marido Barra Limpa; 1968 – Ma-dona de Cedro; 1970 – Os Maridos Traem ... E as Mulheres Subtraem; 1971 – A Herança; O Pornógrafo; 1972 – Maridos em Férias (O Mês das Cigarras); Quando as Mulheres Paqueram; 1973 – Os Garotos Virgens de Ipanema (Purinhas do Guarujá); 1974 – O Leito da Mulher Amada; Obsessão Maldita; 1975 – Amadas e Violentadas; Quando Elas Querem... E Eles Não; Ainda Agarro Esse Machão; As Secretárias que Fazem de Tudo; O Supermanso; 1977 – Chão Bruto; Passaporte Para o Inferno; 1978 – O Bem-Dotado Homem de Itu; As Trapalhadas de Dom Quixote & Sancho Pança; 1979 – Bordel, Noites Proibidas; 1980 – Corpo Devasso; Diário de uma Prosti tuta; A Virgem e o Bem-Dotado; 1981 – A Fábrica de Camisinhas; Os Indecentes; 1982 – As Vigaristas do Sexo; 1984 – Mulher, Sexo Veneno; 1988 – O Dia do Gato. TAS, MARCELO Marcelo Tristão Athayde de Souza nasceu em Ituverava, SP, em 10 de novembro de 1959. Em 1982 forma-se engenheiro civil na Escola Politécnica da USP, onde em seguida faz também Comunicações e Artes. Nos Estados Unidos faz os cursos de Aperfeiçoamento Profissional em Cinema e Televisão e Multimídia e Novas Tecnologias na New York University. De volta ao Brasil, torna-se repórter, apresentador, roteirista e diretor de diversos programas de televisão e rádio. Cria o personagem Ernesto Varela, repórter que entrevistava e ironizava políti cos brasileiros. Estreia no cinema em 1993 no filme Capitalismo Selvagem. Trabalha na TV Globo, no Vídeo Show, na TV Cultura, no Vitrine, depois Canal 21 e Play TV. Dirige e roteiriza os programas Rá-Tim-Bum e Castelo Rá-Tim-Bum, pelo qual recebe prêmios nacionais e internacionais. Coordena mais de mil edições do Telecurso 2000. Culto e inteligente, inova outra vez em 2009 com o programa CQC, pela TV Bandeirantes. Filmografia: 1993 – Capitalismo Selvagem; 1994 – Veja Esta Canção (episódio: Drão); 2000 – Villa-Lobos – Uma Vida de Paixão. TAVARES, FERNANDA Nasceu em Natal, RN, em 22 de setembro de 1980. Aos 13 anos inicia carreira de modelo. Conquista o sucesso ao desfi lar para Chanel e Galiano, sendo em seguida fotografada pela revista Vogue. Paralelamente, é convidada para trabalhar na MTV Brasil, para apresentar o programa Missão MTV. Estreia no cinema na produção francesa Gomez Contre Tavarès, em que interpreta uma ex-presidiária brasileira. Está casada com o ator Murilo Rosa, com quem tem um filho, Lucas, nascido em 2007. Filmografia: 2007 – Gomez Contre Tavarès (França/Belgica). TAXMAN, TAMARA Tamara de Braga Taxman nasceu em Woodstock, EUA, em 24 de fevereiro de 1947. Seu pai, americano de Illinois, vai para o Rio de Janeiro como comandante de um barco e conhece sua mãe, mineira de Varginha. Com três meses muda-se para o Brasil. Pela fluência na língua inglesa, torna-se secretária bilíngue, mas um amigo a incentiva a apostar na carreira artística, por sua voz forte e postura altiva. Entra, então, para o musical Alice no País Divino e Maravilhoso, em 1970, sua estreia no teatro, espetáculo com músicas de Sidney Miller. Tamara faz um teste com Paulo Afonso Grisolli, que lhe dá o papel de uma das Alices, chegando a cantar dois solos. A partir de sua primeira experiência profi ssional, passa a atuar quase ininterruptamente em vários trabalhos teatrais – Hair, Capital Federal, Arena Conta Zumbi, Toalhas Quentes, Sinal de Vida, Evita-me que Assim Não Dá, Adorável Júlia, Aurora da Minha Vida, Os Japoneses Não Esperam, Grande Hotel, Férias Extraconjugais, O Voo dos Pássaros Selvagens, Luz Del Fuego e Um Gosto de Mel. Em 1972 faz sua primeira novela, Selva de Pedra, de Janete Clair e constitui regular carreira em Água Viva (1980), Kananga do Japão (1989), que considera seu melhor trabalho, O Fim do Mundo (1996), Senhora do Destino (2004) e Casos e Acasos (2008). Estreia no cinema em 1978 no filme A Noiva da Cidade, de Alex Viany, por meio de uma indicação de Betina Viany, que morava junto com Tamara e a indica ao pai. Em 1982, recebe o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante no Festi val de Brasília por As Aventuras de um Paraíba, de Marco Altberg, e, em 1986, o prêmio Governador do Estado de São Paulo, também como Melhor Atriz Coadjuvante por A Hora da Estrela. Seu fi lho, Henrique Taxman, também é ator. Filmografia: 1978 – A Noiva da Cidade; Ladrões de Cinema; A Batalha dos Guararapes; Nosso Mundo (CM); 1979 – Companhia Solidão Limitada (CM); 1980 – Cabaret Mineiro; 1982 – Luz Del Fuego; Os Campeões; As Aventuras de um Paraíba; 1983 – Um Sedutor Fora de Série; 1984 – A Flor do Desejo; 1985 – A Hora da Estrela; 1988 – Romance da Empregada; Banana Split; 1992/1996 – Sigilo Absoluto (Discreti on Assured) (EUA/Brasil); 1997 – Bárbara Heliodora (CM); 2002 – Mundo Cão (CM); 2005 – Estocolmo (CM); 2008 – Passional (CM). TEIXEIRA, AURÉLIO Aurélio Gianni Teixeira nasceu em Santana do Parnaíba, SP, em 21 de outubro de 1926. No final dos anos 1940, ingressa, inicialmente, na Rádio Guarujá (SP), como locutor e depois na Rádio Tamoyo (RJ), como radioator. Tem no cinema sua grande paixão e a ele se dedica, primeiro como ator, quase sempre como vilão, em Hóspede de uma Noite (1951), Absolutamente Certo (1957), como Raul, um grande momento, Os Raptores (1969), e depois como diretor em Três Cabras de Lampião (1962), Juventude e Ternura (1968), Soninha Toda Pura (1971), em que dirige Adriana Prieto, entre outros. Grande talento do cinema brasileiro, morre prematuramente, de ataque cardíaco, em 1973, aos 46 anos de idade, no Rio de Janeiro. Filmografia (ator): 1951 – Hóspede de uma Noite; 1952 – Barnabé Tu És Meu; Destino; 1953 – Amei um Bicheiro; Balança Mas Não Cai; Carnaval Atlântida; 1954 – Carnaval em Caxias; 1955 – Mãos Sangrentas (Manos Sangrientas) (Brasil/Argentina); 1956 – Quem Matou Anabela; 1957 – Arara Vermelha; Absolutamente Certo; Rosa dos Ventos (Die Windrose) (episódio brasileiro: Ana) (Brasil/França/Itália/União Soviética/China); 1958 – Aguenta o Rojão; Uma Certa Lucrécia; 1959 – Quem Roubou Meu Samba?; 1960 – Pistoleiro Bossa Nova; Vai que é Mole; 1961 – Mulheres e Milhões; 1962 – Três Cabras de Lampião; 1964 – Selva Trágica; 1965 – Entre o Amor e o Cangaço; 1969 – Os Raptores; 1970 – Meu Pé de Laranja Lima; 1971 – Soninha Toda Pura; 1972 – Os Mansos (episódio: O Homem, a Mulher e o Etc. Numa Noite de Loucuras). Filmografia (diretor): 1963 – Três Cabras de Lampião; 1965 – Entre o Amor e o Cangaço; 1966 – Na Onda do Iê-Iê-Iê; 1967 – Mineirinho Vivo ou Morto; 1968 – Juventude e Ternura; 1969 – Os Raptores; 1970 – Meu Pé de Laranja Lima; 1971 – Soninha Toda Pura; 1972 – Os Mansos (episódio: O Homem, a Mulher e o Etc. Numa Noite de Loucuras). TEIXEIRA, FERNANDO Fernando Antonio Teixeira nasceu em Conceição, PB, em 5 de outubro de 1942. Diretor, dramaturgo, ator e professor. Queria ser músico, por causa do tio, que era maestro. Começa sua carreira no teatro, no início dos anos 1960, como ator e depois diretor e dramaturgo. Em 1968 funda o grupo Bigorna, o mais antigo em atividade hoje na Paraíba, com um trabalho voltado para a produção de espetáculos e o estudo do universo teatral. Dirige e atua em mais de 40 peças, com destaque para A Navalha na Carne (1969), Quinze Anos Depois (1998), Fogo Morto (2001), Esparrela (2008). Estreia no cinema em 1979 no curta-metragem Perdiquem: Civilização de Reis. Seu primeiro longa é Parahyba Mulher Macho (1983), de Tizuka Yamasaki, mas teve seu papel de destaque em 2006 em Baixio das Bestas, de Cláudio Assis. Nos anos 1990 vai para São Paulo se reciclar, fez cursos de especialização, inspirado, principalmente, na obra do diretor polonês Grotowski, na procura da maneira correta de tirar do ator o seu melhor, e não apenas transformá-lo em um boneco, segundo ele mesmo diz. Autodidata, torna-se professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e passa a lecionar Educação Artística em várias escolas de João Pessoa. Teixeira é também um dos idealizadores da construção do Teatro Lima Penante, que pertence à UFPB e em seguida cria o projeto Vamos Comer Teatro, que permite o acesso livre do público a espetáculos que se apresentam na casa. É um dos grandes nomes do teatro paraibano. Filmografia: 1979 – Perdiquem: Civilização de Reis (CM); 1983 – Parahyba Mulher Macho; 1995 – A Árvore da Marcação; 1998 – Era Arariboia um Astronauta? (CM); 2003 – Transubstancial (CM); 2004 – Espelho d’Água (Uma Viagem no Rio São Francisco); 2005 – Por Trinta Dinheiros; 2006 – Baixio das Bestas; Canta Maria; 2008 – Bezerra de Menezes: O Diário de Um Espírito; A Inesperada Visita do Imperador; 2009 – Olhos Azuis. TEIXEIRA, GUIOMAR Guiomar Silva Rocha nasceu em Salvador, BA, em 10 de dezembro de 1905. Começa sua carreira de atriz no teatro de variedades. Observada por Jota Soares, é convidada a parti cipar do filme A Filha do Advogado (1926). Consta ser essa sua única parti cipação no cinema. Não há informações sobre suas ati vidades posteriores. Filmografia: 1926 – A Filha do Advogado. TEIXEIRA, MARIAH Nasceu na Paraíba, em 1985. Adolescente, muda-se para o Rio de Janeiro para estudar teatro. Em 2006 é convidada por Cláudio Assis para o filme Baixio das Bestas e ganha vários prêmios por sua interpretação forte e contundente. Desponta então como grande talento brasileiro, confirmado em filmes seguintes – Se Nada Mais Der Certo (2008) e Lula, o Filho do Brasil (2009), além de vários curtas-metragens. Tem dedicado sua carreira mais ao cinema. Filmografia: 2006 – Baixio das Bestas; 2008 – Se Nada Mais Der Certo; 2009 – Água Viva (CM); Lembrança (CM); Lula, o Filho do Brasil. TEIXEIRINHA Victor Mateus Teixeira nasceu em Rolante, RS, em 3 de março de 1927. Cantor de músicas folclóricas gaúchas, emplaca seus primeiros sucessos em 1959, com Coração de Luto e Gaúcho de Passo Fundo, um 78 rpm que estoura em todo o Brasil. A boa performance nos discos é responsável pela sua estreia no cinema em 1967, no filme Coração de Luto, mesmo nome do seu primeiro disco. As filas atravessam quarteirões e sua vitoriosa carreira cinematográfica tem início – Motorista Sem Limites (1970), A Quadrilha do Perna Dura (1975), A Filha de Iemanjá (1981), todos produzidos pela Teixeirinha Produções Artísti cas, sua própria companhia. Ao seu lado está sempre Mary Terezinha, sanfoneira, cantora e a grande paixão da sua vida, embora seja casado, não assumindo o romance publicamente. Tem nove filhos, com três mulheres, sendo dois com Mary, que, em 1983, separa-se dele definitivamente para investir na sua carreira solo. Em 1989, Mary casa-se com Ivan Trilha, ator de Motorista Sem Limites (1970). Atribui-se a separação de Mary à decadência fí sica de Teixeirinha. Em 26 anos de carreira, grava mais de 100 discos, com 18 milhões de cópias vendidas em todo o Brasil, na maioria das vezes canções simplórias e com linguajar despojado, mas de enorme identificação com os públicos C e D. Após sucessivos enfartes, morre em 5 de dezembro de 1985, aos 58 anos de idade. Teixeirinha levou para o Brasil as coisas de sua terra que ele tanto amava e de onde nunca saiu. Por isso é respeitado e cultuado. Filmografia: 1967 – Coração de Luto; 1970 – Motorista Sem Limites; 1971 – Ela Tornou-se Freira; 1972 – Teixeirinha a Sete Provas; 1974 – Pobre João; 1975 – A Quadrilha do Perna Dura; 1976 – Na Trilha da Justiça; Carmen, a Cigana; 1977 – Meu Pobre Coração de Luto; 1978 – Tropeiro Velho; Gaúcho de Passo Fundo; 1981 – A Filha de Iemanjá. TELLES, JULCILEIA Nasceu em Niterói, RJ, em 1955. Mulata de corpo escultural estreia no cinema em 1973 no filme Um Virgem na Praça. Logo após atua em O Libertino (1974) e Pedro Mico (1985). Na televisão, estrela inúmeras novelas – O Pulo do Gato (1978), Dona Beija (1986) e Fera Ferida (1993). A partir dos anos 1990 abandona a carreira artísti ca. Filmografia: 1973 – Um Virgem na Praça; 1974 – O Libertino; 1975 – Essas Mulheres Lindas, Nuas e Maravilhosas; Uma Mulata Para Todos; 1977 – Essa Freira é uma Parada; A Festa; Deu a Louca nas Mulheres; 1978 – A Mulata Que Queria Pecar; 1979 – O Caçador de Esmeraldas; 1980 – Prova de Fogo; A Gostosa da Gafieira; 1982 – Piranha de Véu e Grinalda; 1985 – Pedro Mico. TEOBALDO Roberto Marquis nasceu em São Paulo, SP, em 30 de março de 1942. Começa sua carreira artísti ca como figurante no seriado Dom Camilo e os Cabeludos, pela TV Tupi e depois no infantil Gente Inocente. Em 1963 já era diretor de elenco da novela 2-5499 Ocupado, pela TV Excelsior, primeira novela diária da televisão brasileira. Com enorme facilidade para comédia, começa a participar dos humorísti cos A Cidade Se Diverte, Chico Anysio Show e depois com Moacyr Franco, interpretando um guarda que fica famoso pelo bordão... “Tadinho do moço”. Em 1967 transferese para a TV Bandeirantes dirigindo vários programas da emissora. Em 1970 acontece a grande virada, quando é chamado a fazer um comercial para o Guaraná Antarcti ca e cria o bordão Boko-Moko e também o personagem Teobaldo, conhecido em todo o Brasil. Como diretor de comerciais, é o criador do famoso termo... “Pois é”,... que Ary Toledo dizia quando seu carro quebrava. Esse termo ficou conhecido como sinônimo de carro velho. Atua na novela Tudo ou Nada, de 1986, pela TV Manchete, como Prequeté. Ingressa na Praça é Nossa com os personagens Guarda Juju, Tanaka e Osório. Também gravou diversos discos com músicas de carnaval. Fez também longa carreira no cinema, quase sempre com o personagem Teobaldo, sendo sua estreia em 1973 num episódio do filme Os Mansos. É um grande arti sta brasileiro. Filmografia: 1973 – Os Mansos (episódio: O Homem, a Mulher e o Etc. Numa Noite de Loucuras; 1974 – Ainda Agarro Esta Vizinha; A Viúva Virgem; 1975 – Efigênia Dá Tudo que Tem; 1977 – Costinha e o King-Mong; 1978 – O Bem-Dotado Homem de Itu; 1979 – Amante Latino; Os Pankekas e o Calhambeque de Ouro; Histórias que Nossas Babás não Contavam; 1981 – Como Faturar a Mulher do Próximo (episódio: A Represália). TERESA RACHEL Terezinha Brandwain de La Sierra nasceu em Nilópolis, RJ, em 10 de maio de 1934. Filha de pais poloneses, aos 4 anos já recita versos improvisados, para espanto dos pais. Dos 13 aos 17 estuda balé e depois Letras Não Latinas e interpretação na Escola Martins Pena. Em 1956 estreia profissionalmente na peça Fedra, no Teatro Duse e no cinema no filme Genival é de Morte, ao lado de Ronaldo Lupo. Logo após as filmagens, viaja para a Europa com Paschoal Carlos Magno. No teatro, participa de montagens importantes – A Mãe, Tango, A Gaivota, Édipo Rei, O Balcão, Os Emigrados, Liberdade, Liberdade. É a primeira mulher a produzir uma peça de Nelson Rodrigues no Brasil, em 1963. Em 1971 funda o Teatro Teresa Rachel, onde produz muitas peças de qualidade. Como atriz, ganha muitos prêmios, entre eles, Saci (1959) e Molière (1971). No cinema atua em Um Canalha em Crise (1963) e Pedro Mico (1986) e, mais recentemente, em A Morte da Mulata (2002). Na televisão, parti cipa de inúmeras novelas, estreando em 1963 em A Pequena Karen, pela TV Excelsior. A partir dos anos 1970, faz regular carreira na televisão, sempre na TV Globo, em O Rebu (1974), como Lupe; O Astro (1977), como Clô Ayala; Louco Amor (1983), como Renata Dumont; A Próxima Vítima (1995), como Francesca Ferreto; e Era Uma Vez (1998), como Berta. Na maioria das vezes, fazendo o papel de vilã, sua marca característi ca. Em seu teatro, Tereza produziu peças inéditas ligadas à vanguarda, fazendo de sua casa de espetáculos grande destaque do teatro carioca do período. Em meados dos anos 1990, por problemas financeiros, foi obrigada a arrendar a casa para a Igreja Universal. Depois de um afastamento de dez anos, retorna à televisão em 2008 para participar da série Alice, produzida pela HBO, com direção de Karim Aïnouz e Sérgio Machado. Casada há muitos anos com o cineasta Ipojuca Pontes, é uma das grandes atrizes brasileiras. Filmografia: 1956 – Genival é de Morte; 1962 – Sol Sobre a Lama; 1963/1965 – Canalha em Crise; 1964 – Procura-se uma Rosa; Ganga Zumba; 1964 – Manaus, Glória de uma Época (Und Der Amazonas Schweight) (Alemanha); 1973 – Amante Muito Louca; 1977 – Revólver de Brinquedo; Feminino Plural; 1979 – A Volta do Filho Pródigo; 1985 – Águia na Cabeça; 1986 – Pedro Mico; 2002 – A Morte da Mulata. THALOR, LEE Lee Thalor de Moura Paula nasceu em Goiânia, GO, em 1984. O curioso nome vem da junção de Lee Majors, astro americano de O Homem de Seis Milhões de Dólares (ou O Homem Biônico) e George Taylor, personagem de Charlton Heston no filme O Planeta dos Macacos (Planet of Apes), EUA, 1967. Ainda em sua cidade inicia carreira artística fazendo teatro amador, contra a vontade dos pais, que queriam que seguisse carreira na Aeronáuti ca. Em 2002, já em São Paulo, entra para a Faculdade de Artes Cênicas da Universidade de São Paulo (USP), formando-se em 2006, tendo como peça de encerramento de curso Antologia. A partir de então, integra o Centro de Pesquisas Teatrais (CPT) de Antunes Filho e brilha nas peças A Pedra do Reino (2006), de Ariano Suassuna, no papel de Quaderna, que lhe valeu a indicação para o Prêmio Shell de melhor ator; Senhora dos Afogados (2008), de Nelson Rodrigues; Foi Carmen (2008), de Antunes Filho; e A Falecida Vapt Vupt (2009), de Nelson Rodrigues, todas dirigidas pelo mestre Antunes Filho. Em 2009 estreia no cinema, no filme Salve Geral!, de Sérgio Rezende, no papel de Rafa, filho da viúva Lúcia (Andréa Beltrão), que luta para ti rar seu filho da cadeia. Atualmente, além de ator, Lee Thalor é professor do Centro de Pesquisa Teatral, sob a coordenação de Antunes Filho. É um grande talento da nova geração de atores brasileiros. Filmografia: 2009 – Salve Geral!; 2010 – Estamos Juntos. THEODORO, SOLANGE Nasceu em Bauru, SP, em 22 de abril de 1954. Começa sua carreira de atriz fazendo teatro amador, até chegar ao grupo Gil Vicente, sob a direção de Celina Neves, onde teve a oportunidade de fazer curso de teatro com Jacques Lagoa e Heloi de Araújo. Estreia no Festival de Teatro Amador de São Carlos onde ganha o prêmio de melhor atriz. Num dos espetáculos é vista pelo produtor Fausto Fuser, que a convida a participar de um filme, o qual, por problemas de produção, acaba não sendo realizado. Mesmo assim resolve seguir carreira. Começa então a fazer a Escola de Arte Dramática, a ECA/USP de São Paulo. Na TV Tupi, faz sua primeira novela, Os Apóstolos de Judas, em 1976. Transfere-se para a TV Globo onde faz Memórias de Amor (1979), Os Gigantes (1979), Plumas & Paetês (1980), Champagne (1983) e O Salvador da Pátria (1989). Em 1990 participa da minissérie La Mamma, sua última aparição na telinha. Estreia no cinema em 1978 no filme Que Estranha Forma de Amar, destacando-se ainda O Guarani (1979) e Filho Adotivo (1984). Afastada da televisão desde 1990, ultimamente dedica-se ao teatro. Em 2004 monta e dirige a peça Em Tempo de Mudança, texto de sua autoria, que é apresentada em empresas, num espetáculo motivacional de humor. Filmografia: 1978 – Que Estranha Forma de Amar; 1979 – O Guarani; 1981 – Amélia, Mulher de Verdade; 1984 – O Filho Adotivo. THIAGO, LUCIANO Nasceu em Campinas, SP, em 13 de janeiro de 1980. Desde criança trabalha na fábrica de gelo da família e investia na carreira de jogador de tênis e futebol, mas, no fundo, queria mesmo ser ator. Adolescente começa a fazer comerciais e estuda interpretação. Aos 17 anos muda-se para São Paulo e vai estudar teatro e administração de empresas. Em 1999, já fora da faculdade, estreia como amador na peça Senhora dos Afogados, de Nelson Rodrigues. Em 2003 dirige e atua no curta O Poder e a Fé, sua estreia no cinema. No ano seguinte é contratado pelo SBT para participar da novela Esmeralda. Sua interpretação na peça O Que Leva Bofetadas, de Antonio Abujamra, é responsável por sua ida à TV Globo, onde estréia, em 2005, como o Ivan em Alma Gêmea; depois O Profeta (2007), como Paulito; e Ciranda de Pedra (2008), como Janjão. Ainda no teatro, participa das peças O Jeca Voador, Pente Fino e A Proposta. Em 2009 dirige o longa Um Dia de Ontem, codirigido por Beto Schultz, tendo como protagonista o ator Caco Ciocler. Em companhia de seu amigo Fausto Noro cria O Núcleo Experimental de Cinema (NEC), onde se reúnem para estudar e trocar informações. Já dirigiu três filmes com Beto Schultz. Filmografia (ator): 2003 – O Poder e a Fé (CM); 2009 – Sol na Neblina; Um Dia de Ontem. Filmografia (diretor): 2003 – O Poder e a Fé (CM) (codirigido por Beto Schultz); 2009 – Um Dia de Ontem (codirigido por Beto Schultz); Inocente (CM) (codirigido por Beto Schultz). THIMBERG, NATHÁLIA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 5 de agosto de 1929. O pai é holandês e a mãe belga. Formada na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, nos anos 1940 inicia sua carreira no Teatro Universitário, estreando na peça Dama da Noite, de Alessandro Casona. Em 1951, muito interessada pela carreira de atriz, ganha uma bolsa de estudos do consulado francês e vai para Paris, França, e lá permanece por três anos, estudando com Roger Blin no Education Par Le Jeu Dramatique, onde obtém formação completa de teatro, desenvolvendo técnicas básicas e depois com Jean-Louis Barrault. De volta ao Brasil, em 1955, integra a Companhia Dramática Nacional, na peça A Senhora dos Afogados, de Nelson Rodrigues. Em São Paulo parti cipa de O Anjo de Pedra, de Tennessee Williams e O Pagador de Promessas, de Dias Gomes. Muito respeitada e requisitada para grandes peças, conquista status de estrela. Vai para a televisão, estreando na TV Excelsior, em programa de cinco minutos diários, em que declama Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira, entre outros. Logo em seguida vai para a TV Tupi e faz sua primeira novela, O Direito de Nascer, ao lado de Amilton Fernandes e Guy Loup, em 1964, sucesso arrebatador, que a projeta em todo o Brasil. Estreia no cinema em 1961, no filme América de Noite, mas faz poucos filmes, dando preferência sempre ao teatro e, eventualmente, televisão. Em 1964 ganha o prêmio Molière por sua atuação na peça Meu Querido Estranho, dirigida por Antonio do Cabo. Em 1970, Nathália e seu marido Sylvan criam o Circo do Povo. Contratada pela TV Globo, participa de várias novelas de sucesso, quase sempre no papel de antagonista. A Sucessora (1978), como Juliana; O Dono do Mundo (1991), como Constância Eugênia; Celebridade (2004), como Yolanda; JK (2006), como Baronesa; Páginas da Vida (2007), como Hortência; Queridos Amigos (2008), como Ester; e Negócio da China (2009), como Augusta. Foi casada com Sylvan Paezzo. É uma das grandes atrizes brasileiras. Filmografia: 1958 – Ravina (voz); 1961 – América de Noite (América di Notte) (Brasil/Argentina); 1964 – Viagem aos Seios de Duilia; 1965 – Society em Baby-Doll; 1968 – O Homem que Comprou o Mundo; 1977 – Fruto Proibido; 1987 – O Rato (CM); 1988 – Dedé Mamata; 1998 – Contos de Lygia; 2001 – Condenado à Liberdade; 2009 – Flávio Rangel – O Teatro na Palma da Mão (depoimento). THIRÉ, BÁRBARA Bárbara Pedroso Horta Thiré Derquiaskian nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 25 de junho de 1955. Estreia na televisão em 1981 na novela Parti das Dobradas, pela TV Cultura. No ano seguinte estreia no cinema, no filme Retrato Falado de Uma Mulher Sem Pudor. Em 1987 participa da novela Sassaricando e em 1988 da minissérie Sampa, quando encerra sua carreira artísti ca. Filmografia: 1982 – Retrato Falado de Uma Mulher Sem Pudor. THIRÉ, CARLOS Carlos Pesce Thiré nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 25 de março de 1917. Começa no cinema no departamento de arte, participando de Querida Suzana (1947), Caminhos do Sul (1949) e Quando a Noite Acaba (1950). Contratado pela Vera Cruz, estreia na direção em 1952, no filme Nadando em Dinheiro, segundo fi lme de Mazzaropi. Dirige depois Luz Apagada (1953), o mais enigmático filme da Vera Cruz, e conhecido por poucos. Foi casado com a atriz Tônia Carreiro de 1940 a 1951, com quem teve um fi lho, o ator/diretor Cecil Thiré. Morre em 11 de março de 1963, aos 45 anos, no Rio de Janeiro. Filmografia (ator): 1951– Ângela; 1952 – Nadando em Dinheiro; 1953 – Luz Apagada. Filmografia (diretor): 1952 – Nadando em Dinheiro; 1953 – Luz Apagada. THIRÉ, CECIL Cecil Aldary Thiré nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 28 de maio de 1943. É filho da atriz Tônia Carrero e do diretor de cinema Carlos Thiré e neto do professor Cecil Thiré, companheiro de Malba Tahan na escrita de livros de matemática, ambos professores do Colégio Pedro II. Aos 9 anos, faz fi guração no filme Tico-Tico no Fubá, em que sua mãe é estrela. O seu talento precoce e o ambiente em que vive, não poderiam direcionar-lhe para outro lado, se não o artístico. Aos 17 anos estuda interpretação com Adolfo Celi. Estreia oficialmente em cinema no episódio Zé da Cachorra, integrante do filme Cinco Vezes Favela (1962); a seguir atua em Os Fuzis (1964), Luz del Fuego (1982), O Quatrilho (1995). Em 1967 tem sua primeira experiência como diretor, no filme O Diabo Mora no Sangue. Estuda teatro com Adolpho Celi, fazendo sua estreia em 1964, na peça Descalços no Parque, de Neil Simon. Em 1971 dirige sua primeira peça, Casa de Bonecas, de Henrik Ibsen. Em 1975 dirige A Noite dos Campeões, de Jason Miller e ganha o Prêmio Molière. Daí por diante, alterna-se como ator e diretor teatral em A Noite dos Campeões e Constantina. Trabalha também intensamente em televisão, sendo sua estreia em 1967 na novela Angústia de Amar. Entre tantas outras, destacam-se Escalada (1975), Sol de Verão (1982), Roda de Fogo (1985), seu melhor momento no papel de Mário Liberato, o vilão gay; A Próxima Vítima (1995), Zazá (1997), A Padroeira (2001), Celebridade (2004), a minissérie JK (2006), no papel do general Henrique Lott, e os humorísti cos Planeta dos Homens (1976), Viva o Gordo (1981) e Balança Mas Não Cai (1983). Em 1986 criou a Casa da Interpretação, na Casa das Artes no bairro carioca de Laranjeiras, e também a Oficina de Atores da Rede Globo. Desde a década de 1990 participa do espetáculo Paixão de Cristo, apresentado em Angra dos Reis e nos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro, no papel de Pôncio Pilatos. Como diretor, na televisão, mantém a mesma competência, o que se evidencia nas novelas Sassaricando (1987) e Araponga (1990). A partir de 2006 transfere-se para a TV Record e atua nas novelas Cidadão Brasileiro (2006) e Vidas Opostas (2007). Do seu primeiro casamento com a produtora musical Norma Pesce, teve três filhos, todos ligados à carreira artística, Carlos (1975), Luíza (1973) e Miguel (1982). Da sua união com a modelo Carolina Cavalcanti teve um fi lho, João, nascido em 1989. Atualmente está casado com Nancy Galvão, diretora teatral. Em 2009 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia: Cecil Thiré: Mestre do Seu Ofício, de autoria de Tânia Carvalho. Filmografia (ator): 1952 – Tico-Tico no Fubá (participação não creditada); 1962 – Cinco Vezes Favela (episódio: Zé da Cachorra); 1963 – Marafa (inacabado); 1964 – Os Fuzis; Os Mendigos; 1965 – Society em Baby-Doll; Crônica da Cidade Amada (episódio: Aventura Carioca); Arrastão (Les Amants de la Mer) (França/ Brasil); 1968 – O Bravo Guerreiro; 1972 – Bandeiras e Futebol (CM) (narração); 1973 – O Jangadeiro (CM) (narração); Feiras do Nordeste (CM) (narração); Caulos, um Desenhista de Humor (CM) (narração); Salas de Aula do Brasil (CM) (narração); Como nos Livrar do Saco; 1974 – Modinha (CM) (narração); Ainda Agarro Esta Vizinha; Cultura e Opulência do Brasil (CM) (narração, juntamente com Nelson Dantas); 1975 – Eu Dou o que Ela Gosta; 1977 – O Ibrahim do Subúrbio (episódio: Ibrahim do Subúrbio); 1978 – Festa no País nas Geraes (CM) (narração); 1979 – Muito Prazer; 1980 – À Procura do Público (CM); 1982 – Luz del Fuego; 1987 – A Fábula da Bela Palomera (Fabula de La Bella Palomera) (Brasil/Espanha); 1991 – Caccia Allo Scorpione Doro (Itália); Manobra Radical; Forever (Per Sempre) (Brasil/Itália); 1992 – Oswaldianas (episódio: Daisy das Almas do Outro Mundo); O Destino de Sarah (inacabado); 1994 – Mil e Uma; 1995 – O Quatrilho; 1998 – Caminho dos Sonhos (Um Sonho no Caroço do Abacate); 2000 – Cronicamente Inviável; 2001 – Sonhos Tropicais; 2003 – Harmada; Noite de Sol (CM); 2006 – Didi, o Caçador de Tesouros; 2009 – Bela Noite Para Voar; Destino. Filmografia (diretor): 1967 – O Diabo Mora no Sangue; 1977 – O Ibrahim do Subúrbio (episódio: Ibrahim do Subúrbio). THIRÉ, MIGUEL Miguel Pesce Thiré nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de julho de 1982. É fi lho do ator Cecil Thiré e neto da atriz Tônia Carrero. Aos 11 anos entra para o Teatro Tablado, onde fica por cinco anos com o professor João Brandão, depois integra por dois anos o grupo teatral dirigido por Marcos de Moraes, e fez um intensivo de Mímica e Teatro Físico com o britânico Desmond Jones. Atua em várias peças – Tango, Bolero e Chá Chá Chá, direção de Bibi Ferreira; Balada, direção de Cláudio Torres; Beijo na Boca, direção de Carlos Thiré. Superiores, 2 P/ Viagem, em que estreia na direção; Otelo, direção de Diogo Vilela. Em 2001 faz sua primeira novela, Porto dos Milagres, como Alfredo Henrique. Depois de vários papéis secundários na minissérie O Quinto dos Infernos (2002), na novela Desejos de Mulher (2002) e no seriado Malhação (2002), transfere-se para a TV Bandeirantes para ser protagonista de Paixões Proibidas, em 2007, como Simão Azevedo; depois, pela TV Record, atua em Poder Paralelo (2009), como Douglas Amo. Estreia no cinema em 2006, no filme Didi, o Caçador de Tesouros, ao lado de Renato Aragão. Filmografia: 2006 – Didi, o Caçador de Tesouros; 2009 – Vida de Balconista; 2010 – O Inventor de Sonhos. THOGUN Sérgio André Teixeira nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1972. Budista, vendedor de produtos esotéricos, estudante de jornalismo, Thogun é um dos pioneiros do movimento rap no Rio de Janeiro. Em 2003 aceita convite dos diretores Guilherme Coelho e Nathaniel Leclery para participar do documentário sobre rap Fala Tu e vê sua vida mudar, as portas se abrirem. Logo é convidado para atuar na série Filhos do Carnaval, exibido pelo canal fechado HBO. Em 2007 fi ca conhecido nacionalmente pelo filme Tropa de Elite, como cabo Tião; a seguir Verônica, como Aranha; e, mais recentemente, por Batera em É Proibido Fumar. Na TV Globo, participa das séries A Diarista (2007), Dicas de um Sedutor (2008) e Faça Sua História (2008), além de parti cipar da novela Beleza Pura, em 2008, como Britney. Além das atividades artísticas, funda uma ONG que realiza trabalhos em comunidades pobres do Rio de Janeiro. Filmografia: 2003 – Fala Tu (depoimento); 2007 – Çdh (City of Mans) (CM); Ópera do Mallandro (CM); Tropa de Elite; Cidade dos Homens; 2008 – Verônica; 2009 – É Proibido Fumar. TINTI, GABRIELE Nasceu em Bolonha, Itália, em 22 de agosto de 1932. É descoberto para o cinema por Anna Magnani. Estreia em 1951 no filme Amor Non Ho... Però... Però. Seu melhor filme na Itália é Os Amantes de Florença (Cronache di Poveri Amanti), em 1954, dirigido por Carlo Lizzani. Atua em uma série de comédias. Em 1964 é convidado por Walter Hugo Khouri para parti cipar do filme Noite Vazia, que acaba sendo considerado seu melhor filme e o único no Brasil. Casa-se com Norma Bengell, logo após as filmagens e com ela vive cinco anos (1964/1969). Em 1969 parti cipa de O Leão de Sete Cabezas, filme dirigido por Glauber Rocha na Itália. Na Itália, participa de dezenas de filmes, numa longa fi lmografia, sendo seu último filme Le Voleur d’Enfants, de 1991. Foi casado com Laura Gemser, de 1976 até sua morte, de câncer, em Roma, em 12 de abril de 1991, aos 58 anos. Filmografia: (no Brasil): 1964 – Noite Vazia. TITO, LUIZ Nasceu em Belém do Pará. Jovem, muda-se para o Rio de Janeiro e inicia carreira artística na Rádio Nacional, como radioator. Dulcina de Morais convida-o a participar de teatro, fazendo sua estreia na peça César e Cleópatra. Em 1947 transfere-se para a Rádio Tupi e parti cipa do Grande Teatro e das novelas A Gata Borralheira, de Hélio de Soveral, e A Valsa da Recordação, de Oduvaldo Vianna. Em seguida é contratado por Henriette Morineau. Estreia no cinema em 1937 no inacabado Alegria, destacando-se depois em Caminho no Céu (1943) e Iracema (1953). Estudioso de sua arte, Tito é também cantor folclórico. Em 1965 transfere-se para Portugal e desempenha funções de diretor, professor e ator da Academia de Teatro de Lisboa, onde morre em 1975. Filmografia: 1937 – Alegria (inacabado); 1940 – Argila; 1941 – 24 Horas de Sonho; 1943 – Caminho do Céu; 1944 – Corações Sem Piloto; 1949 – O Caçula do Barulho; Iracema; 1953 – Destino em Apuros; 1958 – Dois Dias no Paraíso (Portugal); 1963 – Pássaros de Asas Cortadas (Portugal); 1964 – O Crime da Aldeia Velha (Portugal); 1969 – O Ladrão de Quem se Fala (Portugal); 1973 – Sinal Vermelho (Disco Rojo) (Portugal/Espanha). TIZUMBA, MAURÍCIO Nasceu em Belo Horizonte, MG. Cantor, compositor, músico e ator, inicia sua carreira em 1974. Em toda sua carreira sempre buscou a interação com o povo, democratizando a arte em todas as classes e grupos sociais. Em 1988 grava seu primeiro LP, Caras e Caretas, no qual faz sucesso com a música Camelô de Farol. Além de músico, também é ator de teatro, televisão e cinema. Seu primeiro fi lme é Narradores de Javé, em 2003; depois Batismo de Sangue (2006) e Pequenas Histórias (2007), além de vários curtas. Na televisão, participa do humorístico Ô... Coitado, em 1999, pelo SBT, no papel de Curió, ao lado de Filó (Gorete Milagres). É hoje respeitado por realizar um trabalho de grande relevância na preservação da música afro-brasileira, principalmente o congado mineiro, manifestação religiosa com mais de três séculos de existência, mostrando sua importância na identidade de nosso povo. Filmografia: 2003 – Narradores de Javé; 2004 – O Casamento de Iara (CM); 2006 – Batismo de Sangue; 2007 – Pequenas Historias; Eu Sou Assim (CM); Eu Sou Assim – Wilson Batista (CM); 2008 – Os Filmes Que Não Fiz (CM). TODARO, ALFREDO Nasceu em Ribeirão Bonito, em 1900. Aos 17 anos muda-se com a família para São Paulo. Por conta própria passa a estudar o Código Penal. Em 1933 começa a trabalhar como oficial no Tribunal de Justiça de São Paulo, cargo que exerce até 1968, ao se aposentar. Paralelamente, inicia sua carreira de radioator, na Rádio São Paulo. Passa a dirigir também, sendo um de seus maiores sucessos As Sete Pragas do Egito. Em 1957 recebe o prêmio Roquett e Pinto como o melhor ensaiador/ator e diretor de radionovela. Fez pouca televisão, com destaque apenas para a novela A Grande Mentira, de 1958. Todaro tinha voz grave e ligeiramente rouca, o que dava um tom especial em suas interpretações, ao longo dos 42 anos em que trabalhou na Rádio São Paulo. Morre em 12 de janeiro de 1999, aos 99 anos, em São Paulo. Filmografia: 1953 – Caís do Vício; 1955 – Segredo de uma Confissão (inacabado). TODOR, EVA Eva Todor Nolding nasceu em Budapeste, Hungria, em 9 de novembro de 1919. Aos 4 anos é aluna do balé da Opera Real da Hungria. Vem para o Brasil em 1927, com anos, onde frequenta, em São Paulo, o Colégio Olinda. Aos 13 estreia no Teatro Recreio. Em 1940 funda sua própria companhia de comédias. Como atriz, encena mais de cem peças, sendo uma das primeiras a levar uma companhia para o exterior, ficando 11 meses em cartaz em vários países da Europa. Entre suas principais peças estão Cândida, de Bernard Shaw, numa montagem de 1946; Senhora de Boca do Lixo, de Jorge Andrade, de 1966; Quarta-Feira Lá em Casa, Sem Falta, de Mário Brasini, de 1971; e Essa Gente Incrível, de Neil Simon, em 1981. Em 1969 ganha o prêmio Molière por sua atuação na peça Olho na Amélia, de Georges Feydeau. Na televisão, estreia com um programa só seu, As Aventuras de Eva, em 1961. Depois de algumas participações sem importância, retorna triunfalmente em 1977 para fazer o papel de Kiki Blanche, em Locomotivas. É então redescoberta no Brasil e não para mais de atuar na televisão – Coração Alado (1982), Top Model (1989), Olho no Olho (1993), Hilda Furacão (1998) e América (2005), Amazônia: de Galvez a Chico Mendes (2007) e Caminho ds Índias (2009), como Cidinha. Faz pouco cinema, sendo sua estreia em 1960 no filme Os Dois Ladrões (1960). Retorna 43 anos depois para parti cipar de Xuxa Abracadabra (2003). É naturalizada brasileira. Foi casada com o diretor teatral Luis Iglezias, de 1935 até 1963, e depois com Paulo Nolding, de 1964 a 1989. Por sinal, é viúva de ambos. A grande dama do teatro brasileiro tem mais de 80 anos de carreira. Em 2007 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso Especial, lança sua biografia, Eva Todor – O Teatro da Minha Vida, de autoria de Maria Ângela de Jesus. Filmografia: 1960 – Os Dois Ladrões; 1976 – Memória do Carnaval (CM) (depoimento); 1982 – Eleições: Campanha de Moreira Franco (CM); 1997 – A Idade do Coração (CM); 2002 – Achados e Perdidos (CM); 2003 – Xuxa Abracadabra; 2008 – Meu Nome Não É Johnny. TOLEDO, ANDRÉ LUIZ DE André Luiz de Toledo nasceu em Taubaté, SP, em 1957. Aos 11 anos conhece Mazzaropi no Convento Santa Clara, quando este lá fi lmava No Paraíso das Solteironas. Em 1975 André cuida de Mazzaropi, quando este estava gravemente enfermo. Em seguida Mazza o convida para participar do filme Jecão... Um Fofoqueiro no Céu e André acaba atuando nos últi mos quatro fi lmes do comediante. De 1976 a 1981 fazem centenas de shows por todo o Brasil, principalmente interior de São Paulo, e André era o apresentador. Os shows aconteciam principalmente nos circos do Chu-Chu, do Bira Loco e Romano. Em 1983, dois anos após a morte do famoso artista, André é contratado pela CNT-Gazeta para apresentar o programa sertanejo Rancho do Jeca, com a presença de arti stas importantes da época, chegando a alcançar 14 pontos de audiência, até hoje recorde absoluto da emissora. Atualmente André faz shows por todo o Brasil como O Filho do Jeca, tendo inclusive incorporado o sobrenome Mazzaropi. Filmografia: 1977 – Jecão... Um Fofoqueiro no Céu; 1978 – Jeca e Seu Filho Pre-to; 1979 – A Banda das Velhas Virgens; 1980 – Jeca e a Égua Milagrosa. TOLEDO, ARY Ary Christoni de Toledo Piza nasceu em Martinópolis, SP, em 22 de agosto de 1937. É criado na cidade de Ourinhos. Desde criança quer ser artista. Em 1959 muda-se para São Paulo e inicia sua carreira artística no Teatro de Arena. Em 1962 parti cipa do episódio Remédios Falsifi cados da série O Vigilante Rodoviário. A partir de 1964 passa a ser humorista e logo fi ca famoso com a música O Comedor de Giletes. Em 1968, época da ditadura militar, começa a ter problemas com a censura. Participa dos Festi vais da Record. No cinema, atua em A Compadecida (1969) e O Menino Arco-Íris (1979). Na televisão, parti cipa das novelas Ceará Contra 007 (1965) e Os Imigrantes (1981). Em pleno período militar, disse em uma de suas apresentações: “Quem não tem cão caça com gato, e quem não tem gato caça com ato”, referindo-se ao AI-5 – Ato Institucional n° 5. Imediatamente foi preso e logo liberado, devido ao grande carisma que tinha (inclusive para seus opressores). Como exímio contador de piadas, nos últi mos anos, tem se dedicado a shows de humor por todo o Brasil, além de parti cipar ativamente de programas de auditório. Tem em seu acervo mais de 30 mil piadas cadastradas. É casado com a atriz Marly Marley há mais de 40 anos e não tem filhos. Filmografia: 1961/1962 – Remédios Falsifi cados (CM) (integrante da série Vigilante Rodoviário); 1962 – O Vigilante Rodoviário (episódio: Remédios Falsifi cados); 1966 – A Hora e a Vez de Augusto Matraga; Três Histórias de Amor (episódio: A Construção); 1969 – A Compadecida; 1979 – O Menino Arco-Íris (A Infância de Jesus Cristo); 1984 – Tentação na Cama. TOLEDO, ZÉLIA Começa carreira de modelo em 1970. Faz filmes e fotos publicitários. Inicia sua carreira de atriz no cinema, estreando em 1978, no filme A Força do Sexo. Logo chega à televisão, pela TV Bandeirantes, no remake de A Deusa Vencida, em 1980; depois Rosa Baiana (1981), Avenida Paulista (1982), Sol de Verão (1982) e A Justiça de Deus (1983). Seu último fi lme é Retrato Falado de uma Mulher Sem Pudor, em 1982. Sua carreira dura cinco anos, entre 1978 e 1983, após esse período não há conhecimento sobre a continuidade de sua carreira. Filmografia: 1978 – A Força do Sexo; 1979 – Mulher, Mulher; O Gênio do Sexo; Por Um Corpo de Mulher; Os Trombadinhas; Embalos Alucinantes; 1980 – A Mulher que Inventou o Amor; 1982 – Retrato Falado de uma Mulher Sem Pudor. TOM DO CAJUEIRO Antonio Isaias Barbosa Rodrigues nasceu em Pirangi do Sul, RN, em 1985. Aos 8 anos começa a trabalhar vendendo salgadinhos para ajudar em casa. Em 1995 Regina Casé o descobre por acaso, quando faz o Programa Legal. O Brasil se apaixona por aquele guia-mirim esperto e de fala rápida, que mostra os pontos turísticos aos visitantes. Duas semanas depois o Fantástico faz a uma reportagem sobre ele. Começa a fazer comerciais de televisão e participa do programa Criança Esperança. Depois vem o convite de Aníbal Massaini para atuar no filme O Cangaceiro. Tudo acontece muito rápido na vida desse garoto. Com o dinheiro que ganha, compra uma casa para a mãe e torna-se astro-mirim do dia para a noite. Tentou carreira no teatro e cursou jornalismo, mas logo as oportunidades começaram a rarear e Tom, por intermédio de companhias erradas, se envolve em escândalos policiais, acusado de receptação de carros roubados. Em 2009 recebe convite do prefeito Antonio Salla para ser secretário de Turismo da cidade de Brotas, no interior de São Paulo. Tom pretende entrar para a carreira política e abandonar a carreira artísti ca definiti vamente. Filmografia: 1997 – O Cangaceiro. TOM ZÉ Antonio José Santana Martins nasceu em Irará, BA, em 11 de outubro de 1936. Inicia sua carreira musical em 1962, mas só fica conhecido nacionalmente em 1968, quando vence o Festi val da TV Record, com a música São, São Paulo, Meu Amor. Participa ativamente do movimento Tropicália, ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Gal Costa. Parque Industrial é sua canção mais conhecida, e se torna um hino do movimento. Faz pesquisas de diferentes sonoridades e instrumentos musicais, fi cando fora da mídia por muitos anos, sendo redescoberto pelo cantor americano David Byrne, que o leva aos EUA e com ele grava dois discos. No cinema, parti cipa de um único filme, Sábado, de Ugo Giorgetti (1994). Em 2006 é lançado o documentário longametragem Fabricando Tom Zé, que mostra toda sua trajetória. Filmografia: 1994 – Sábado; 1996 – Bahia de Todos os Sambas (como ele mesmo); 2000 – Mater Dei (como ele mesmo); 2006 – Fabricando Tom Zé (como ele mesmo); Wood & Stock – Sexo, Orégano e Rock’n’roll (voz); 2008 – Palavra (En) Cantada (como ele mesmo); Loki – Arnaldo Baptista (depoimento); 2009 – Filhos de João, Admirável Mundo Novo Baiano (depoimento); Beyond Ipanema (Brasil/EUA) (depoimento). TOMASINI, AURÉLIO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Exímio jogador de basquete, atua em grandes clubes brasileiros. Paralelamente à carreira de atleta profissional, atua em alguns fi lmes, destacando-se Rifa-se Uma Mulher (1969), A Virgem e o Machão (1974), Violência e Sedução (1979). A partir de 1979, encerra sua carreira no cinema. Filmografia: 1969 – Rifa-se Uma Mulher; Meu Nome É Lampião; 1971 – Quando as Mulheres Paqueram; 1974 – A Virgem e o Machão; 1975 – Ainda Agarro Esse Machão; O Fraco do Sexo Forte; 1979 – Massacre em Caxias; Violência e Sedução. TOMÉ, LUÍZA Luíza Francineide Coutinho Tomé nasceu em Itapipoca, CE, em 10 de maio de 1961. No Rio de Janeiro, inicia carreira na televisão, estreando na novela Corpo a Corpo (1984). A partir daí, consolida sua carreira de atriz, quase sempre em papéis de mulheres sensuais, como a Carol de Tieta (1989), a Maria dos Remédios de Fera Ferida (1993), a Cíntia Tavares de Quem é Você (1996) e a Scarlett Mackenzie Piti guary de A Indomada (1997), quando ganha notoriedade nacional, graças ao seu talento e sensualidade. Estreia no cinema em 1985, numa pequena parti cipação no filme Tropclip, mas seu melhor momento acontece em 1997 no remake do filme O Cangaceiro, como Maria Clódia, atualizando o personagem de Vanja Orico, da versão original de 1953. Afastase algum tempo da carreira por conta do nascimento de seus três filhos. Em 2006 vai para a TV Record participar das novelas Cidadão Brasileiro (2006) e Luz do Sol (2007). Está casada com o empresário paulista Adriano Facchini desde 1994, com quem tem três filhos, Bruno (1997) e os gêmeos Adriana e Luigi (2003). Filmografia: 1985 – Tropclip; 1991 – Inspetor Faustão e o Mallandro; 1997 – Ed Mort; O Cangaceiro. TONICO & TINOCO Tonico, ou João Salvador Perez, nasceu em São Manoel, em 2 de março de 1917; e Tinoco, ou José Perez, nasceu em Botucatu, em 19 de novembro de 1920. Os dois irmãos foram, ainda nos anos 1930, a mais famosa dupla sertaneja brasileira. A dupla gravou o primeiro disco em 1944, com o cateretê Em Vez de Agradecer. Já consagrados em sua carreira musical, a dupla estreia no cinema em 1962 no filme Lá no meu Sertão, vindo outros depois, os quais sempre veicularam o repertório da dupla. Juntos, gravam mais de cem discos. São antológicas, por exemplo, as gravações que fi zeram de Chico Mineiro, Tristeza do Jeca e Moreninha Linda. Tinoco morre em 14 de agosto de 1994, de traumati smo craniano; Tonico continua a carreira, cantando com seu fi lho Tinoquinho. Todas as atuais duplas sertanejas, de alguma maneira, têm um quê de Tonico & Tinoco, seja pelo talento, seja pelo pioneirismo. Filmografia: 1962 – Lá no meu Sertão; 1964 – Obrigado a Matar; 1971 – Luar do Sertão; A Marca da Ferradura; 1973 – Os Três Justi ceiros; 1982 – O Menino Jornaleiro; 1985 – Marvada Carne. TORÁ, LIA Horácia Corrêa Davilla nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de maio de 1907. Em 1927 ganha um concurso de beleza promovido pela Fox Films e vai para os Estados Unidos trabalhar em Hollywood. Por lá atua em alguns fi lmes, destaque para A Mulher Enigma (The Veiled Woman). Em 1929 funda a Brazilian Southern Cross, companhia de cinema independente, com a qual produz, no Brasil, Alma Camponesa, ainda em 1929. Em 1932, inexplicavelmente, desiste de tudo e abandona a carreira artística, preferindo dedicar-se ao lar e aos filhos. Mas retorna em 1971 para uma participação especial no filme As Confissões do Frei Abóbora, ao lado de Tarcísio Meira e Norma Bengell, que, lançado em 2006 em DVD, é uma excepcional e rara oportunidade de rever a grande atriz brasileira. Foi casada com o diretor Júlio de Moraes (1867-1956), com quem teve dois filhos gêmeos, Maria Júlio e Júlio Mário, nascidos em 1925. Morre em 27 de maio de 1972, após completar 65 anos de idade. Filmografia: 1927 – Belezas Brasileiras (CM); The Low Necker (CM) (EUA); 1928 – Bastará Ser Rico (Making The Grade) (EUA); Anjo das Ruas (Street Angel) (EUA); 1929 – Alma Camponesa (The Soul of a Peasant) (Brasil/EUA); A Mulher Enigma ou A Dama Velada (The Veiled Woman) (EUA); 1930 – Evidência à Meia-Noite (EUA); Soldiers Plaything (EUA); 1931 – Don Juan Diplomático (EUA); Hollywood, Cidade de Sonho (Hollywood, Ciudad de Ensueno) (EUA); 1932 – Sonhos de Glória (Soñadores de Gloria) (México); 1934 – Circuito da Gávea (CM); 1971 – As Confissões do Frei Abóbora. TORÁ, MARTHA Martha Suzana Davilla nasceu em Barcelona, Espanha, em 1888. Chega, juntamente com a família, no início do século ao Brasil. Aqui nasce, em 1907, sua irmã mais famosa, Lia Torá. Mesmo sem se decidir pela carreira artística, viaja pelo mundo afora com a família, até se fi xar definitivamente no Brasil, no começo dos anos 1920. Em 1928 parti cipa do filme Barro Humano e em seguida retorna à vida doméstica, pois acredita não ter vocação artísti ca. É mãe de Marisa Torá. Filmografia: 1928 – Barro Humano. TORLONI, CHRISTIANE Christiane Maria dos Santos Torloni nasceu em São Paulo, SP, em 18 de fevereiro de 1957. É filha dos atores Geraldo Mateus Torloni e Monah Delacy. Nos anos 1970 muda-se para o Rio de Janeiro. Estuda sociologia, mas abandona o curso para participar da peça Quem Casa Quer Casa. Aos 18 anos começa a estudar com Jayme Barcellos. Estreia na televisão em 1975 no especial Indulto de Natal. Sua primeira novela é Duas Vidas (1977) e não para mais, em sucessos como Selva de Pedra (1986), Kananga do Japão (1989), a minissérie As Noivas de Copacabana (1992), A Viagem (1994), Cara & Coroa (1995), Torre de Babel (1998), Um Anjo Caiu do Céu (2001), Mulheres Apaixonadas (2003), América (2005), como Haydée e da minissérie Amazônia: de Galvez a Chico Mendes, como a bailarina espanhola Maria Alonso. Participa também dos programas Você Decide (1998/1999), episódios: Amélia que Era Mulher de Verdade e Profi ssão: Viúva e Os Normais (2001/2002), episódios: Um Pouco de Cultura é Normal e Umas Loucuras Normais. No cinema, atua em vários fi lmes, com destaque para Eu (1987) e Perfume de Gardênia (1992), mas seu grande momento acontece em Rio Babilônia, de 1983. Estreia no teatro em 1979, ao lado de Marília Pêra na peça As Preciosas Ridículas, de Molière. Por duas vezes, em 1983 e 1984, posa para a revista Playboy. Foi casada com o ator e diretor Denis Carvalho com quem teve os gêmeos Guilherme e Leonardo, nascidos em 1979, mas Guilherme morre em um acidente de carro, em 1991, com apenas 12 anos, num episódio que Christi ane demora oito anos para se recuperar. Casou depois com o psicanalista Eduardo Mascarenhas, com o arti sta plástico Luiz Pizarro e está casada desde 1995 com o diretor de TV Ignácio Coqueiro. Ela, o marido e o ator Raul Gazolla são proprietários do restaurante Nativo, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. De rosto muito bonito, corpo escultural, talento incomum e personalidade forte, é uma das grandes atrizes brasileiras. Em 2007 participa da minissérie Amazônia: de Galvez a Chico Mendes, como a dançarina Maria Alonso, depois Beleza Pura (2008), como Sonia e Caminho das Índias (2009), no papel de Melissa Cadore. Filmografia: 1978 – Encarnação; 1979 – O Bom Burguês; 1980 – Ariella; 1980 – À Procura do Público (CM); 1981 – O Beijo no Asfalto; Eros, o Deus do Amor; 1982 – Das Tripas Coração; 1983 – Rio Babilônia; 1984 – Aguenta, Coração; 1985 – Águia na Cabeça; 1987 – Eu; Besame Mucho; 1988 – O Escorpião Escarlate; 1992 – Perfume de Gardênia; 1995 – Cinema de Lágrimas da América Latina; 2001– Ismael e Adalgiza (CM); 2002 – Furos no Sofá (CM); 2007 – Onde Andará Dulce Veiga?; 2010 – Chico Xavier. TORNADO, TONY Antonio Vianna Gomes nasceu em Mirante do Paranapanema, SP, em 26 de maio de 1930. Aos 11 anos fica órfão e muda-se para o Rio de Janeiro. Faz o serviço militar e lá permanece por quatro anos. Quando o twist está na moda, faz mímica num programa da Rádio Mayrink Veiga. Integra conjuntos musicais importantes na época, com Peter Tomas e Ed Lincoln. O sucesso acontece em 1970, ao vencer o 5º Festival Internacional da Canção, com a música BR-3, de Antonio Adolfo, onde consegue projeção nacional. Passa a trabalhar como ator de teatro, rádio, televisão e cinema. Tem passagem destacada no cinema, ao participar de vários fi lmes como Tô na Tua ô Bicho (1971), sua estréia; Os Pilantras da Noite (1975), Pixote, a Lei do Mais Fraco (1980), Natal da Portela (1988), A Grande Arte (1991), Redentor (2004) e um emocionado depoimento para Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Dei (2009). Estreia na televisão, na novela Jerônimo, o Herói do Sertão, (1972), pela TV Tupi, como João Corisco. Ainda pela Tupi faria Tchan, a Grande Sacada em 1976. Transferese para a TV Globo e lá participa de novelas e minisséries de sucesso – Roque Santeiro (1985), como Rodésio; Agosto (1993), como Gregório Fortunato, o guarda-costas de Getúlio Vargas, em um de seus melhores e mais elogiados desempenhos; Andando nas Nuvens (1999), como o Tio Alemão; Belíssima (2005), como Isaltino de Souza; e A Diarista (2007), como o chefe do cerimonial. Foi casado com a atriz Arlete Salles, de 1977 a 1983, num conturbado relacionamento, e com Francisca Maritza. Tem quatro filhos. Negro, forte, alto, bom cantor e talentoso ator, soube se impor acima de qualquer empecilho que pudesse surgir à sua frente, tornando-se um grande ator brasileiro, muito querido e requisitado. Filmografia: 1971 – Tô na Tua, ô Bicho; 1973 – A Virgem; 1975 – Os Pilantras da Noite; Clube das Infiéis; 1976 – Pesadelo Sexual de uma Virgem; 1977 – A Praia do Pecado; Chão Bruto; As Amantes de um Canalha; 1978 – Ouro Sangrento (Tenda dos Prazeres); 1979 – Uma Cama Para Sete Noivas; Tráfi co de Fêmeas; 1980 – Pixote, a Lei do Mais Fraco; 1981 – A Casa de Irene; 1983 – As Taras das Sete Aventureiras; 1984 – Quilombo; Os Trapalhões e o Mágico de Oroz; 1985 – O Rei do Rio; 1987 – Maré de Azar (Running Out of Luck) (EUA); 1988 – Natal da Portela (Brasil/França); 1990 – O Gato de Botas Extraterrestre; 1991 – Vai Trabalhar Vagabundo II – a Volta; A Grande Arte; 2001 – Meu Filho Teu (Um Crime Nobre) (Itália/Brasil); 2003 – Casseta & Planeta: A Taça do Mundo É Nossa; 2004 – Um Show de Verão; Redentor; 2005 – Um Lobisomem na Amazônia; 2006 – 1972; 2009 – Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Dei (como ele mesmo). TORNAGHI, EDUARDO Eduardo Henrique Tornaghi nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 26 de setembro de 1952. Estreia na televisão em 1972 no especial João da Silva. Sua primeira novela é A Moreninha, de 1975, como Leopoldo. Estreia no cinema em 1974 no filme Enigma Para Demônios. Na televisão, logo se torna galã ao participar de várias novelas, com destaque para DancinDays (1978), Vereda Tropical (1984) e Carmen (1987), quando diminui acentuadamente suas atuações na televisão, retornando somente em 2006 para participar do episódio A Loira do Banheiro, na série Carga Pesada. No cinema, mantém regular carreira, em filmes como Festa (1994), Tiradentes (1999) e, mais recentemente, O Príncipe. Filmografia: 1974 – Enigma Para Demônios; 1978 – Mulher Desejada; 1980 – O Grande Palhaço; 1982 – Dora, Doralina; Das Tripas Coração; 1983 – A Mulher, a Serpente e a Flor (O Orgasmo da Serpente); Doce Delírio; 1985 – Noite; Amor que Fica (CM); 1989 – Sermões; 1992 – Oswaldianas (episódio: Quem Será o Feliz Conviva de Isadora Duncan); 1994 – Festa (CM); 1999 – Tiradentes; 2002 – O Príncipe. TORRE, ANA LÚCIA Ana Lúcia Torre Rodrigues nasceu em São Paulo, SP, em 21 de abril de 1945. Menina ainda, participa de todas as festas da escola. Começa a estudar na PUC, à época da fundação do Tuca e lá, em 1967, participa da primeira montagem da peça Morte e Vida Severina, de João Cabral de Mello Neto. No mesmo ano, o grupo recebe um convite para representar na França, ganhando o prêmio, em concorrência com 23 países. Em seguida, muda-se para a Europa, e lá fica por sete anos, abandonando temporariamente a carreira artística. De volta, em 1975, fica presa por sete dias, sob alegação que pertencera ao grupo do Tuca, em pleno regime militar. Em 1976, é convidada para trabalhar na novela Escrava Isaura e não para mais, brilhando em Ciranda de Pedra (1981), Tieta (1989), Renascer (1993), A Indomada (1997), Porto dos Milagres (2001), Alma Gêmea (2005) e Sete Pecados (2007). Estreia no cinema em 1980, no filme Um Menino, uma Mulher e faz muitos filmes também, com destaque para Os Xeretas (2001), Quanto Vale, ou é por Quilo? (2005) e O Primo Basílio (2007). É casada desde 1988 com José Luiz Maffei, seu segundo marido. Do primeiro casamento tem um filho, Pedro (1986). Filmografia: 1980 – Um Menino, uma Mulher; 1987 – Ana Lúcia Torre; 1991 – Manobra Radical; 2000 – Através da Janela; 2001 – Os Xeretas; 2003 – O Vestido; 2004 – Como Fazer um Filme de Amor; 2005 – Quanto Vale ou é por Quilo?; 2006 – O Retrato da Felicidade (CM); Paid (Holanda); 2007 – O Primo Basílio; 2008 – Na Madrugada (CM); 2009 – Os Inquilinos; Reflexões de um Liquidificador. TORREÃO, MARCELO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1964. Ator e dublador. Começa a trabalhar com Xuxa em 2001 no programa Xuxa Só Para Baixinhos, fazendo a voz do Ratinho Azul. Em 2004 atua na minissérie Um Só Coração, como Heitor Villa-Lobos; depois Pé na Jaca (2007), como Plácido; Eterna Magia (2007), como radioator; e na minissérie Maysa – Quando Fala o Coração (2009), como empresário. Como dublador, seu maior personagem é o Chaves em desenho animado, ele que já havia dublado o Senhor Barriga na primeira temporada. Dubla também o Hortelino (Looney Tunes), Maurice (Madagascar), Txutxucão (TV Xuxa), Mace Windu (Star Wars) e Eric Meyers (Power Rangers). No teatro, vive o pintor espanhol Diego Rivera, na peça Frida. Estreia no cinema em 1998 num pequeno papel em Mauá, o Imperador e o Rei, mas se destaca mesmo em 2007, no filme Xuxa em Sonho de Menina. É casado desde 2000 com a coreógrafa Mônica Torreão, com quem tem três filhos, Marcela, Carlos Eduardo e Enrico. Filmografia: 1998 – Mauá, o Imperador e o Rei; 1999 – Tiradentes; 2003 – Xuxa Abracadabra; 2007 – Xuxa em Sonho de Menina. TORRES, BRUNO Nasceu em Brasília, DF, em 1º de outubro de 1980. É fi lho do cineasta Geraldo Moraes e da atriz Malu Moraes. Aos 8 anos já faz comerciais e teatro amador. Estuda música dos 10 aos 18. Estreia como ator em No Coração dos Deuses (1999), filme dirigido por seu pai, e, no mesmo ano, passa a integrar o elenco da Companhia dos Sonhos, sob a direção de Hugo Rodas, com os espetáculos Arlequim, Servidos de Dois Patrões e Álbum Wilde. Em 2002 é assistente de direção no curta Segundo Ato e em 2004 estreia na televisão, numa pequena parti cipação na novela Mulheres Apaixonadas; depois Celebridades, ambas pela TV Globo. No mesmo ano estreia na direção de O Último Raio de Sol, curta-metragem ganhador de vários prêmios em Brasília (DF), Tiradentes (MG) e Florianópolis (SC). Como ator, atua em vários longas – Rua Seis, Sem Número (2003), As Vidas de Maria (2005) e O Homem Mau Dorme Bem (2009). Filmografia (ator): 1999 – No Coração dos Deuses; 2003 – La Cola Del Pez (CM) (Cuba/Alemanha); Suicídio Cidadão (CM); Rua Seis, Sem Número; 2004 – Eu Personagem (CM); 2005 – As Vidas de Maria; Sal de Prata; Sob o Encanto da Luz (CM); 2006 – Os Passageiros – Segredos de Adulto; 2008 – Os Desafinados; 2009 – O Homem Mau Dorme Bem. Filmografia (diretor): 2004 – O Último Raio de Sol (CM); 2006 – Pequena Paisa-gem do meu Jardim. TORRES, FERNANDA Fernanda Pinheiro Monteiro Torres nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 15 de setembro de 1965. É filha dos atores Fernando Torres e Fernanda Montenegro. Entra para o Teatro Tablado aos 12 anos, fazendo sua estreia na peça Rei Lear, com Sérgio Britt o. Estreia na TV num episódio da série Aplauso. Logo após atua nas novelas Baila Comigo (1981), Brilhante (1982), Eu Prometo (1984), Selva de Pedra (1986), Luna Caliente (1999) e As Filhas da Mãe (2001). Mas é no cinema que tem seus melhores momentos, em filmes como Inocência (1983), Marvada Carne (1985), O que é Isso, Companheiro? (1997), indicado ao Oscar de fi lme estrangeiro; Gêmeas (2003), Casa de Areia (2005), onde contracena com sua mãe Fernanda Montenegro; e Saneamento Básico (2007). Retorna à televisão, depois de quase dez anos, para participar da série Comédia da Vida Privada, em 1996. Foi casada com o jornalista Pedro Bial, com o diretor Lui Farias, com o teatrólogo Gerald Thomas e atualmente com o diretor Andrucha Waddington, com quem tem dois filhos, Joaquim (2000) e Antonio (2008). Sangue de atriz nas veias, hoje escolhe os papéis e faz algum tempo que está afastada das novelas, preferindo sempre especiais ou minisséries. Dedica-se mais ao cinema e ao teatro, mas em 2003 brilha no programa Os Normais, ao lado de Luiz Fernando Guimarães. Filmografia: 1983 – Inocência; 1984 – Amenic – Entre o Discurso e a Prática; 1985 – Madame Cartô (voz) (CM); Marvada Carne; 1986 – Sonho Sem Fim; Com Licença, Eu Vou à Luta; Eu Sei que Vou Te Amar; 1987 – O Judeu (Brasil/Portugal); 1988 – Esconde-Esconde (CM); Beijo 2348-72; O Inútil; Fogo e Paixão; A Mulher do Próximo (Portugal); 1989 – Kuarup; 1990 – A Guerra de um Homem (One Mans War) (Inglaterra); 1993 – Capitalismo Selvagem; 1995 – Terra Estrangeira; 1997 – O que é Isso, Companheiro?; Miramar; 1999 – O Primeiro Dia; Traição (episódio: Diabólica); Gêmeas; 2003 – Os Normais – O Filme; 2004 – Redentor; 2005 – Casa de Areia; 2007 – Saneamento Básico, o Filme; Jogo de Cena; 2009 – A Mulher Invisível; Os Normais 2 – A Noite Mais Maluca de Todas. TORRES, FERNANDO Fernando Monteiro Torres nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 14 de novembro de 1929. Começa sua carreira fazendo teatro amador, em 1946, em As Alegres Canções da Montanha, ao lado de Nicete Bruno, Beatriz Segall e Fernanda Montenegro, que viria a ser sua esposa em 1953 e com quem teve dois filhos, o produtor/ diretor Cláudio Torres (1964) e a atriz Fernanda Torres (1966). Em 1949 estreia no cinema, no inacabado Mulher de Longe. No início dos anos 1950 aventura-se no México e faz dois filmes por lá. Retorna na década de 1960, e inicia sólida carreira, ao participar de importantes filmes – Engraçadinha... Depois dos 30 (1965), Inocência (1983), A Ostra e o Vento (1997), em que surpreende por sua impecável atuação, e mais recentemente Redentor (2004). Na televisão, estreia em 1963 na novela Morta Sem Espelho, com esparsas, mas importantes parti cipações em Dez Vidas (1969), Baila Comigo, como Plínio Miranda; Amor com Amor se Paga (1984), Zazá (1997) e Laços de Família (2000). Dirigiu seis novelas, com destaque para Paixão de Outono (1965) e Minha Doce Namorada (1971). Mesmo atuando esporadicamente, é um grande ator brasileiro, sempre dando muita credibilidade aos seus personagens. Morre em 4 de setembro de 2008, no Rio de Janeiro, aos 78 anos, de enfi sema pulmonar. Filmografia: 1949 – Mulher de Longe (inacabado); 1951 – La Duquesa del Tepetate (México); 1953 – Estrella Sin Luz (México); 1965 – Engraçadinha... Depois dos 30; 1967 – Em Busca do Tesouro; Jerry, a Grande Parada; 1969 – Golias Contra o Homem das Bolinhas; A Penúlti ma Donzela; 1971 – Matei por Amor; 1972 – Os Inconfi dentes; Eu Transo... Ela Transa; 1973 – O Descarte; 1976 – Marília e Marina; 1977 – Tudo Bem; 1983 – Inocência; 1985 – O Beijo da Mulher Aranha (Kiss of the Spider Woman) (Brasil/EUA); 1994 – Veja Esta Canção (episódio: Samba do Grande Amor); 1997 – A Ostra e o Vento; 1998 – Ação Entre Amigos; 2004 – Redentor. TORRES, JONAS Jonas de Lima Torres Raible nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22 de setembro de 1974. Filho de mãe brasileira e pai americano. Em 1983, com 9 anos, faz seu primeiro filme, Bar Esperança, o Último que Fecha, de Hugo Carvana. Estreia na televisão em 1984 na novela Vereda Tropical, mas fica nacionalmente conhecido no ano seguinte, na série Armação Ilimitada como o Bacana, ao lado de Kadu Moliterno e André de Biase. Em seguida participa das novelas Top Model (1989) e Vamp (1991). Em 1992 muda-se para os EUA e lá permanece por quatro anos, morando com o pai. De volta ao Brasil, em 1996, retoma a carreira de ator e participa do programa Malhação (1995) e de um episódio do programa Você Decide (1996). Há dez anos está afastado da televisão e do cinema. É irmão do ator Caio Junqueira. Filmografia: 1983 – Bar Esperança, o Último que Fecha; 1988 – Super-Xuxa Contra o Baixo Astral; 1994 – Túnel (CM); 1999 – Outras Histórias. TORRES, MIGUEL Miguel Torres de Andrade nasceu em Curaçá, BA, em 1926. Funcionário da Marinha Brasileira, serve na Segunda Guerra Mundial e é condecorado com duas medalhas de mérito. Em 1951 se afasta e inicia carreira no teatro, com curso no Conservatório Nacional de Teatro, mas logo conhece o crítico e cineasta Alex Vianny que o leva ao cinema, sendo sua estreia no Agulha no Palheiro, produção de 1952. Interessado por outras esferas do cinema, começa a escrever roteiros como Cavalo de Oxumaré, parcialmente filmado por Ruy Guerra em 1960 e Três Cabras de Lampião, este, sim, filmado integralmente por Aurélio Teixeira, em 1962, depois da recusa de diversos produtores, entre eles o próprio Alex Vianny e Nelson Pereira dos Santos. Morre em Cajazeiras, PB, em 31 de dezembro de 1962, aos 36 anos, de acidente automobilísti co. Filmografia: 1954 – Rua Sem Sol; 1955 – O Primo do Cangaceiro; 1957 – Rosa dos Ventos (Die Windrose) (episódio brasileiro: Ana) (Brasil/França/Itália/União Soviética/China); 1959 – Depois do Carnaval; 1960 – A Morte Comanda o Cangaço; 1961 – Mandacaru Vermelho; 1962 – Três Cabras de Lampião. TORRES, MÔNICA Nasceu em 20 de janeiro de 1958. Em 1979 inicia sua carreira artística, numa pequena ponta não creditada no filme Lerfa-Mu. Em 1980, na TV Globo, parti cipa da novela Marina. Fica 20 anos na emissora, com destacados papéis – Letí cia, de Ciranda de Pedra (1981); Guida, de Rainha da Sucata (1990), ou a Karen, de Belíssima (2006). Em 2009 é contratada pela TV Record e estreia em A Lei e o Crime. Casada duas vezes. Primeiro com o ator José Wilker, com quem tem uma filha, a modelo Isabel Wilker e, desde 2002, com o também ator Marcello Antony, com quem tem dois filhos adotados, Francisco e Stephanie. Filmografia: 1979 – Lerfa-Mu; 1983 – Gabriela (Brasil/Itália/EUA); 1986 – Cinderela; 1997 – Pequeno Dicionário Amoroso. TORRESMO José Carlos de Queirollo nasceu em Espírito Santo do Pinhal, SP, em 4 de abril de 1918. Graciana, sua mãe, era uma atriz argentina e o pai, o palhaço Chicharrão, era uruguaio. Começa no circo aos 3 anos de idade com o nome de Chicharrãozinho. Excursiona com o circo dos pais por todo o Brasil e alguns países estrangeiros. Cantor de tangos e melodias mexicanas, compositor e poeta, aprende a tocar saxofone, marimba e violino. No circo era trapezista, equilibrista, malabarista, aramista e domador de animais. Estreia na TV Tupi em 12 setembro de 1950, exatamente no Dia da Criança. Forma com Fuzarca uma das mais queridas duplas de palhaços do Brasil. Passam a fazer esquetes cômicos em vários programas infanti s – Gurilândia, Tele Gongo, Festa Matinal, Clube Papai Noel e principalmente no Circo Bom Bril, comandado por Walter Stuart. Em 1952 participa do episódio Inspetor Geral, do programa TV de Vanguarda. Torresmo fica na Tupi até 1964, quando passa a se apresentar com o filho, o também palhaço Pururuca. No cinema, participa, juntamente com Fuzarca, de um único filme, Aí Vem o General, direção de Alberto Attlili. Atua nas peças infantis Ai!... Que Saudade do Circo e O Superbacana. Em 1980 participa da novela O Todo-Poderoso, pela TV Bandeirantes. Tem mais de 80 discos gravados com músicas infantis. Casado com Otilia Queirolo, teve dois filhos, o palhaço Pururuca e Gladismary. Um dos palhaços mais queridos do Brasil, morre em 19 de agosto de 1996, em São Paulo, aos 78 anos, de insufi ciência cardíaca. Filmografia: 1953 – Aí Vem o General. TOSCA, DIVA Tosca Querzê nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 4 de dezembro de 1909. Educada no Chile, interessa-se por música e aprende a tocar piano e violino. Muda-se para os Estados Unidos e depois Itália, iniciando gloriosa carreira de bailarina profissional. Em 1927, de volta ao Brasil, estreia aqui com a opereta Florzinha. Em 1929 faz aquele que seria seu único filme, As Armas. Casa-se com o produtor/diretor e ator Raul Roulien e passa a assessorá-lo em sua carreira nos EUA. Em 27 de setembro de 1933, aos 22 anos, morre atropelada em uma rua de Hollywood por um desconhecido chamado John Huston, então um inconsequente playboy. Filmografia: 1929 – As Armas. TOSCANO, MILENA Nasceu em Santo André, SP, em 11 de janeiro de 1984. Inicia sua carreira como modelo da Ford Models, realizando vários trabalhos publicitários. Entre 2003 e 2004 estuda na ofi cina de atores da Globo e cursa cinema com Fátima Toledo. Estreia no cinema em 2001 no filme Memórias Póstumas, de André Klotzel, e na televisão em 2004 na novela Começar de Novo, no papel de Sofia. No teatro, participa da peça Jovem Estudante Procura, em 2006. Depois de participar em alguns filmes, fi rma-se como protagonista em Sem Controle, pelo qual recebe o prêmio de melhor Atriz no Festival de Cinema Brasileiro de Miami. Na TV, sua primeira novela é Os Ricos Também Choram (2005), pelo SBT. Na TV Globo atua em Eterna Magia (2007), como Elisa; Amazônia, de Galvez a Chico Mendes (2007), como Ilka Jobim; Faça Sua História (2008), como Cíntia; Casos e Acasos (2008), como Janaína; e Caminho das Índias (2009), como Gilda. Em 2007 posa em fotos sensuais para o site Paparazzo. Filmografia: 2001 – Memórias Póstumas; 2004 – Olga; 2007 – Anita – Uma Vita Per Garibaldi (Itália/Brasil); Sem Controle; Inverno (CM); Damasceno e o Caixão (CM). TOTÓ Nicolau Guzzardi nasceu em São Paulo, SP. Inicia sua carreira fazendo teatro amador. Começa interpretando galã, mas logo percebe que sua vocação é mesmo a comédia. No circo, faz tanto sucesso que logo tem o seu, chamado Circoteatro Totó. Interessado em entrar para o teatro, vende o circo e ingressa na companhia de Nilo Nelo, onde permanece por nove anos. Com grande espírito empreendedor, monta sua própria companhia, ao lado da esposa, a também atriz Guiomar Sarmento, que faz sucesso por todo o País. No cinema participa de vários fi lmes – Matar ou Correr (1954), Jeca Tatu (1959), O Corintiano (1966). Filmografia: 1948 – Pra Lá de Boa; 1949 – Eu Quero é Movimento; 1950 – Aguenta Firme, Isidoro; 1951 – Coração Materno; 1954 – Matar ou Correr; 1959 – Jeca Tatu; 1960 – As Aventuras de Pedro Malazartes; 1961 – Tristeza do Jeca; 1966 – O Corintiano. TOURINHO, LUIZ CARLOS Luiz Carlos de Castro Tourinho Filho nasceu em Niterói, RJ, em 16 de maio de 1964. Adolescente, resolve estudar no Tablado de Maria Clara Machado. Estreia no cinema no filme Super Xuxa Contra o Baixo Astral. Estreia na televisão em 1989 na novela O Cometa, pela TV Bandeirantes, ao lado de Carlos Augusto Strazzer. Com grande talento para a comédia, transfere-se para a TV Globo para participar do programa Escolinha do Professor Raimundo, com o personagem Pedro Vaz Caminha. Sua carreira não para de crescer e logo se destaca em Caça-Talentos (1996), como Fred; Suave Veneno (1999), como Edilberto; Sai de Baixo (2000/2002), como Athaíde; Kubanacan (2004), como Jack Everest; Sob Nova Direção (2004/2007), como Franco; e Desejo Proibido (2008), como Nezinho, sua últi ma participação na televisão. Ainda no cinema faria outros filmes: For All – O Trampolim da Vitória (1997), Tainá – Uma Aventura na Amazônia (2001) e Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida (2004). Nunca se casou e morava com a mãe até sua morte prematura, em 21 de janeiro de 2008, em Niterói, RJ, de aneurisma cerebral, com 43 anos. Filmografia: 1988 – Super Xuxa Contra o Baixo Astral; 1993 – Era Uma Vez...; 1997 – For All – O Trampolim da Vitória; 2001 – Tainá – Uma Aventura na Amazônia; 2002 – Xuxa e os Duendes 2 – No Caminho das Fadas; 2004 – Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida; 2006 – O Juiz (CM). TRAPALHÕES, OS O grupo era formado por Renato Aragão, Dedé Santana, Mussum e Zacarias. O quarteto fez 22 filmes entre 1978 e 1990. Houve filmes antes e depois, mas sem essa clássica formação, que rendeu as maiores bilheterias do cinema brasileiro e carregou multidões aos cinemas. A química era perfeita e durou até a morte de Zacarias, em 1990. 1978 – Os Trapalhões na Guerra dos Planetas; 1979 – O Cinderelo Trapalhão; O Rei e os Trapalhões; 1980 – O Incrível Monstro Trapalhão; Os Três Mosqueteiros Trapalhões; 1981 – O Mundo Mágico dos Trapalhões; Os Vagabundos Trapalhões; Os Salti mbancos Trapalhões; 1983 – O Cangaceiro Trapalhão; Os Trapalhões na Serra Pelada; 1984 – A Filha dos Trapalhões; Os Trapalhões e o Mágico de Oroz; 1985 – Os Trapalhões no Reino da Fantasia; 1986 – Os Trapalhões e o Rei do Futebol; Os Trapalhões no Rabo do Cometa; 1987 – Os Fantasmas Trapalhões; Os Trapalhões no Auto da Compadecida; 1988 – Os Heróis Trapalhões, uma Aventura na Selva; O Casamento dos Trapalhões; 1989 – A Princesa Xuxa e os Trapalhões; Os Trapalhões na Terra dos Monstros; 1990 – Uma Escola Atrapalhada. Obs.: ver biografi a específica de cada integrante do grupo. TRAVASSOS, PATRÍCIA Patrícia de Rezende Travassos nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1º de maio de 1955. Desde criança tem vontade e vocação para atriz, porém, sem o incentivo da família, que quer que ela siga outros caminhos. Faz curso de teatro no Tablado, mas de forma esporádica. Na adolescência, frequenta cursos de teatro, mas só como hobby, já que pensa em fazer medicina ou geologia. Aos 18 anos para de estudar e vai morar em Nova York. Na volta faz de tudo um pouco para sobreviver. O teatro aparece definiti vamente em sua vida quando completa 22 anos, com o pessoal do Asdrúbal Trouxe o Trombone, grupo que fica à margem do processo político, mas encontra na esculhambação uma maneira de cutucar o regime vigente. O Asdrúbal ensina Patrícia a fazer de tudo, desde a produção, o cenário e as roupas. Na televisão, estreia em 1987 na novela Brega & Chique, depois Amazônia (1991), A Próxima Vítima (1995), As Filhas da Mãe (2001), A Lua me Disse (2005), como Geórgia; e Minha Nada Mole Vida (2007), como Lívia. Depois de muitos anos na TV Globo, transfere-se para a TV Record para estrelar Caminhos do Coração, no papel de Irma. Como compositora, divide letras de músicas da Blitz, como Bete Frígida. É também autora de roteiros de séries de sucesso na TV, como Armação Ilimitada e TV Pirata, mas considera ser atriz sua melhor vocação. Estreia no cinema em 1982, no filme O Segredo da Múmia. Foi casada com o diretor Euclydes Marinho, com quem tem um filho chamado Nicolau, depois com o cantor/compositor Evandro Mesquita e por último com Diduche Worcman, até a morte deste em 2004. Filmografia: 1982 – O Segredo da Múmia; 1987 – O Mentiroso; 1988 – Lili, a Estrela do Crime; 1998 – A Hora Mágica; 2006 – Xuxa Gêmeas; 2007 – Podecrer! TRILHA, IVAN Ivan Sol Trilha nasceu em São Borja, RS, em 1953. Descendente de ciganos húngaros, sempre conviveu com a bisavó, uma cigana procurada pelas pessoas na região onde vivia, tendo sido guru de Getúlio Vargas, Perón e sua esposa, Evita, entre outras personalidades, devido ao seu poder de clarividência. Órfão, com 6 anos é adotado por Dona Neusa Brisola, esposa do exgovernador Leonel Brisola. Ainda criança começa a mostrar seus dotes paranormais, tendo previsto a morte do presidente John Kennedy, fato que o levou a ser capa da revista Time na época. Aos 17 anos, por exemplo, ele recebeu o título de maior Mentalista do Mundo, depois de participar de um concurso na Colômbia, concorrendo com paranormais de vários países. Em 1970 participa de seu único filme, Motorista Sem Limites, estrelado por Teixeirinha, no papel de vilão. Escreve o livro O Poder da Mente, que se tornou um best seller e foi traduzido para mais de 20 idiomas. Em 1982 sua vida virou filme, O Fazedor de Milagres, dirigido pelo venezuelano Júlio Néri. Nos últimos anos Ivan deixou de frequentar a mídia e se dedica a pesquisas e viagens em busca de maior conhecimento. Foi casado por quatro anos (1985/1989) com a cantora e sanfoneira Mary Terezinha. Hoje está casado com a mineira Mackleny Rosemburg. Ivan hoje é referência no meio esotérico mundial, tendo morado em 58 países e assessorado 43 chefes de estado e famosos jogadores de futebol e arti stas. Filmografia: 1970 – Motorista Sem Limites; 1982 – O Fazedor de Milagres (El Hacedor de Milagros) (Venezuela). TRINDADE, ARAMIS Nasceu em Fazenda Nova, PE, em 1965. Inicia sua carreira no teatro, em várias montagens de Ariano Suassuna, Dias Gomes e Molière. Começa sua carreira participando de curtas-metragens pernambucanos, de diretores então iniciantes e hoje importantes Lírio Ferreira, Paulo Caldas e Cláudio Assis. Estreia no cinema no curta O Bandido da Sétima Luz, em 1986. Sua grande chance acontece em 1999, como o tenente da volante Lindalvo Rosas, em Baile Perfumado, que lhe rende o Troféu Candango de melhor ator coadjuvante no Festival de Brasília de 1997. Logo vai para a TV Globo e estreia na minissérie O Auto da Compadecida, em 1999. Passa a participar de vários programas e minisséries da casa Carga Pesada (2003), Linha Direta (2003), A Grande Família (2004), A Diarista (2004), Hoje é Dia de Maria (2005) e o Síti o do Pica-Pau Amarelo (2005/2007), como o Visconde de Sabugosa. Em 2007 está no humorístico Toma Lá, Dá Cá, como o Pereirinha. No cinema, é muito requisitado, tendo participado de vários fi lmes – Árido Movie (2004), A Máquina (2005) e Zuzu Angel (2006) e Meu Nome Não É Johnny (2008). Ator de extensa fi lmografi a, é muito requisitado pela facilidade com que se adequa aos personagens. Filmografia: 1985 – Grande Slam (CM); 1986 – O Bandido da Séti ma Luz (CM); Soneto do Desmantelo Blue (voz) (CM); 1987 – Andy Warhol Está Morto? (CM); 1992 – O Crime da Imagem (CM); 1994 – That’s a Lero Lero (CM); 1996 – Viva o Cinema (CM); 1997 – Morto Vivo (CM); Baile Perfumado; 1998 – Ilusionistas Rumo ao Terceiro Milênio (CM); O Ateu (CM); ...E um Lagostim para Beliscar... (CM); 1999 – Texas Hotel (CM); Conceição (CM); 2000 – Chega de Cangaço (CM); O Auto da Compadecida; 2001 – Assombrações do Recife Velho (CM); A Visita (CM); 2003 – Bala Perdida (CM); Didi, O Cupido Trapalhão; Lisbela e o Prisioneiro; 2004 – Onde Anda Você; Árido Movie; Espelho d’Água – Uma Viagem no Rio São Francisco; Tainá 2 – A Aventura Continua; 2005 – A Máquina; 2006 – Zuzu Angel; Inceso (CM); 2008 – Deserto Feliz; Meu Nome Não É Johnny; Elvis & Madona; Evil Teaser (CM); Manual para se Defender de Alienigenas, Zumbis e Ninjas (CM); 2009 – Reflexões de um Liquidifi cador; Uma Professora Muito Maluquinha; 2010 – Casamento Brasileiro. TRINDADE, ZÉ Milton da Silva Bittencourt nasceu em Salvador, BA, em 18 de março de 1915. De tradicional família baiana. O pai, herdeiro de uma grande fortuna, é deserdado porque se casa com sua mãe, que era pobre. Inconformado, começa a beber. A sua infância, até os 12 anos é muito sofrida. Nessa idade, se emprega como bói num hotel da capital baiana. Lá, faz amizade com Jorge Amado e Dorival Caymmi, que, como os outros hóspedes do hotel, se divertem com suas piadas, ou se encantam com seus versos, poemas ou letras de músicas. Em 1935, entra para a Rádio Sociedade da Bahia, vivendo um bêbado no programa Teatro pelos Ares. Em 1937 chega ao Rio de Janeiro, integrando o elenco de humoristas da Rádio Mayrink Veiga. Nos 15 anos seguintes seria o melhor cômico do rádio. Estreia no cinema em 1946 no filme O Cavalo 13 e só para em 1987, numa ponta em Um Trem para as Estrelas, perfazendo vitoriosa carreira de inúmeros filmes. Baixinho, gordinho, o bigode fininho marcando um rosto safado, cria as frases: “Meu negócio é mulher”... e... “Mulheres, cheguei!”. Ninguém melhor do que ele faz o tipo do malandro. Participa pouco de televisão, mas chega a atuar com Chico Anysio e tem uma pequena participação na minissérie global Memórias de um Gigolô (1986). Grava 25 discos de música nordesti na, com trovas e pensamentos. Casado com Dona Creusa, tem quatro filhos. Morre de câncer, em 2 de maio de 1990, no Rio de Janeiro, aos 75 anos. Filmografia: 1946 – O Cavalo 13; 1947 – O Malandro e a Grana-fina; 1948 – Fogo na Canjica; Pra Lá de Boa; 1949 – Inocência; 1950 – Anjo do Lodo; Aguenta Firme, Isidoro; 1951 – Meu Dia Chegará; Tocaia; 1952 – O Rei do Samba; 1955 – O Primo do Cangaceiro; Trabalhou Bem Genival; 1956 – Depois Eu Con-to; Genival é de Morte; Tira a Mão Daí; 1957 – Garotas e Samba; Maluco por Mulher; O Negócio Foi Assim; Rico Ri à Toa; Tem Boi na Linha; Treze Cadeiras; 1958 – Aguenta o Rojão; O Batedor de Carteiras; O Camelô da Rua Larga; Na Corda Bamba; 1959 – Mulheres à Vista; Massagista de Madame; Espírito de Porco; 1960 – Marido de Mulher Boa; Viúvo Alegre; Entrei de Gaiato; 1961 – Bom Mesmo é Carnaval; Mulheres, Cheguei!; 1971 – Jesus Cristo, Eu Estou Aqui; 1975 – Assim Era Atlântida; 1976 – Tem Folga na Direção; 1987 – Um Trem para as Estrelas. TRIO DE OURO Grupo musical muito famoso nas décadas de 1940 e 1950, formado por Dalva de Oliveira, Herivelto Martins e Nilo Chagas. Quando Dalva deixa o grupo, é substituída por Noemi Cavalcanti e depois por Lourdinha Bittencourt. O grupo brilha nas décadas de 1940 e 1950, executando, na maioria, composições de Herivelto Marti ns. Participam de vários filmes, sendo a estreia em 1943, em Samba em Berlim, seguindo-se Aguenta Firme, Isidoro (1950) e É de Chuá (1957). Com o fim do grupo, seus integrantes seguem carreira solo de sucesso. Filmografia: 1943 – Samba em Berlim (com Dalva de Oliveira); 1944 – Berlim da Batucada (com Dalva de Oliveira); 1945 – Pif-Paf (com Dalva de Oliveira); 1946 – Caídos do Céu (com Dalva de Oliveira); 1948 – Esta é Fina (com Dalva de Oliveira); Fogo na Canjica (com Dalva de Oliveira); 1950 – Aguenta Firme, Isidoro (com Noemi Cavalcanti); 1952 – Está com Tudo (com Lurdinha Bitt encourt); 1955 – Guerra ao Samba (com Lurdinha Bittencourt); 1957 – Com a Mão na Massa (com Lurdinha Bitt encourt); O Pirata do Outro Mundo (com Noemi Cavalcanti); O Samba na Vila (com Lurdinha Bittencourt); 1958 – É de Chuá (com Lurdinha Bitt encourt). TRIO IRAKITÃ Paulo Gilvan Duarte Bezerril, o Paulo Gilvan, Edson Reis de França, o Edinho e João da Costa Neto, o Joãozinho, formam em 1950 um dos grupos vocais mais famosos do Brasil, ao lado do Trio Nagô. Estudantes no Rio Grande do Norte, começam a cantar por brincadeira, numa festa no colégio, em janeiro de 1950. Com o sucesso perante os colegas da escola, rapidamente são levados à rádio local e logo passam a excursionar pelo Nordeste e em seguida pelo exterior, nas Guianas Holandesa e Inglesa, Trinidad, América Central e México, onde permanecem um ano, em meteórica carreira. Lá chegam até o cinema, no filme Leva-me em Teus Braços, ao lado de Ninon Sevilla. Em 1954 retornam ao Brasil e conquistam o Rio de Janeiro e São Paulo. Nesse ano são contratados pela Rádio Nacional e, com igual sucesso, se apresentam na televisão. Chegam ao cinema brasileiro em 1957, no filme Absolutamente Certo, seguindo-se outros mais – A Grande Vedete (1958), A Viúva Valentina (1960) e Três Colegas de Batina (1961), em que são os astros principais, ao lado de Eliana. Com a morte de um dos integrantes, o grupo se desfaz, mas retorna na década de 1970, estando em atividade até hoje, com apenas um integrante da formação original, o Gil, ou Paulo Gilvan Bezerril. Com a perfeita e mágica combinação de vozes, é um dos mais belos exemplares de conjunto vocal no Brasil. Filmografia: 1954 – Leva-me em Seus Braços (Llévame em Tus Brazos) (México); 1955 – Chico Viola Não Morreu (Brasil/Argentina); 1957 – Absolutamente Certo; Rio Fantasia; 1958 – Alegria de Viver; A Grande Vedete; 1959 – Quem Roubou meu Samba?; Garota Enxuta; Minervina Vem Aí; Espírito de Porco; Entrei de Gaiato; 1960 – Tudo Legal; Virou Bagunça; Pistoleiro Bossa Nova; A Viúva Valentina; 1961 – Três Colegas de Batina. TRIO NAGÔ Grupo vocal formado em 1950 tendo como espinha dorsal Evaldo Gouveia de Oliveira (Iguatu, CE, 1930 –), Epaminondas de Souza (Fortaleza, CE, 1928-2004) e Mário Alves (Fortaleza, CE, 1914-?). Com muito sucesso na década de 1950, a exemplo do Trio Irakitã, seus integrantes destacavam-se pelos vocais precisos e músicas altamente melodiosas. Seu primeiro filme data de 1953, A Carne e o Diabo. Em 1958, Evaldo conhece Jair Amorim e ambos firmam competente parceria dentre toda a MPB, com aproximadamente 150 composições em dez anos. Em 1962, o trio se desfaz, mas Evaldo e Jair continuam compondo verdadeiras pérolas de nossa música – Senti mental Demais e Brigas, interpretadas, principalmente, por Altemar Dutra. Filmografia: 1953 – A Carne e o Diabo; 1955 – Trabalhou Bem, Genival; Carnaval em Lá Maior; 1956 – Boca de Ouro; 1957 – O Barbeiro que se Vira; Tem Boi na Linha; 1958 – Chico Fumaça; A Mulher de Fogo (Mujeres De Fuego) (México/ Brasil); No Mundo da Lua; 1960 – Só Naquela Base. TULLIO, BRUNA DI Bruna Maria Signorelli Di Tullio nasceu em Campinas, SP, em 2 de outubro de 1981. Com rígida formação, estuda até a adolescência no Colégio Notre Dame, em Campinas, administrado por padres. Muda-se para São Paulo para morar com a irmã e ingressa na Faculdade de Economia da FAAP. Convencida por amigos, faz um book e é chamada para fazer um comercial no Chile. Trancou matrícula e, já como modelo profissional, entre 2000 e 2001 mora no Chile e depois no México, sobrevivendo de campanhas publicitárias. Em 2002 encanta o Brasil como a sereia que sai da água e enfeitiça os banhistas, em uma propaganda de cerveja. De volta ao Brasil, em 2004, faz sua primeira novela, Começar de Novo, como Rosiclaire; seguindo-se Como Uma Onda (2004), no papel de Vanessa; Alma Gêmea (2005), como a modista Madalena; e Paraíso Tropical (2007), como Viviane; todas pela TV Globo. Transfere-se para a TV Record para protagonizar Amor e Intrigas (2007), como Fabíola Castro. No cinema, estreia no curta-metragem O Segredo, em 2005, e depois brilha em Proibido Proibir (2007). Foi casada por dois anos (2006/2008) com o apresentador Christi ano Cochrane, filho de Marília Gabriela. De beleza incomum, é uma das gratas revelações dos últi mos anos. Filmografia: 2005 – O Segredo (CM); 2007 – Proibido Proibir; O Mistério da Estrada de Sintra. TURINI, NELSON Nelson João Turini nasceu em São Paulo, SP, em 16 de agosto de 1938. Inicia sua carreira artística no cinema, em 1958, num pequeno papel no filme O Grande Momento, de Roberto Santos. Logo vai para a recém-fundada TV Excelsior e assume o posto de cameraman. Passado algum tempo é promovido a diretor de TV. Em 1961, Ary Fernandes o convida para participar da série Vigilante Rodoviário, no papel do vigilante Arnaldo. Como ator, participa das novelas O Tempo e o Vento e O Grande Segredo, ambas de 1967. Esteve também na Tupi, na Bandeirantes e na Rede Globo. Depois vai para a produtora Lynx Film trabalhar na produção de comerciais. Casa-se com Maria Cristina, com quem teve um filho. Morre em 24 de novembro de 1995, com 56 anos, em São Paulo. Filmografia: 1958 – O Grande Momento; 1961 – O Homem do Realejo (CM); A História do Lobo (CM) (episódios da série Vigilante Rodoviário); 1962 – O Vigilante Rodoviário (episódio: A História do Lobo); 1964 – O Vigilante Contra o Crime (episódio: O Homem do Realejo). TUTUCA Usliver João Baptista Linhares nasceu em 1934. Recebe o apelido de Tutuca desde a infância. O seu irmão era Sussuca. Trabalha como propagandista e vendedor. Inicia sua carreira artística nos anos 1950, no rádio e depois na televisão. Na TV Tupi cria o personagem Lambretildo, que fazia parte do quadro Casal do Amor, com Tutuca, Simone de Moraes e Otávio França. Em 1968, no programa Balança Mas Não Cai, lança o faxineiro Clementi no, que imortaliza a frase: “Como é boa essa secretária!... Ah, se ela me desse bola”..., limpando o escritório, mas sempre de olho na mulherada. Outro personagem seu de sucesso é o Seu Menezes, que, com a Dona Dadá, falava sempre “Tadinha, seu Menezes”. Em 1959 estreia no cinema, no filme O Homem do Sputnik. Participa de inúmeros programas humorísti cos – Apertura, Reapertura, A Praça é Nossa, Sob Nova Direção e Zorra Total. Em 1974 teve no cinema roteiro feito especialmente para ele no filme Onanias, o Poderoso Machão. Tem um dos mais engraçados rostos da televisão brasileira, mas, infelizmente, é pouco reconhecido. Filmografia: 1959 – O Homem do Sputinik; 1961 – O Homem que Roubou a Copa do Mundo; 1962 – Bom Mesmo é Carnaval; 1963 – Quero Essa Mulher Assim Mesmo; 1974 – Onanias, o Poderoso Machão; 2003 – Os Normais – O Filme; 2007 – A Guerra dos Rocha. U URANGA, PABLO Nasceu na Argentina. Diretor, ator, músico e compositor. Estreia como ator em 1994 no filme Era Uma Vez..., dirigido pelo pai, o arti sta plásti co Arturo Uranga. Por dois anos integra o elenco de Malhação, pela TV Globo, entre 1995/1996; depois as minisséries Labirinto (1998) e Maysa – Quando Fala do Coração (2009). Em 2004 estreia na direção, no filme A Cartomante, ao lado de Wagner de Assis. Dirige videoclipes de Verônica Sabino, assim como a série Influência, pelo canal pago Multishow, que questiona se há um intercâmbio cultural entre o Brasil e países sul-americanos. Em 2009, brilha no filme Olhos Azuis, de José Joffi ly, como Martin. Filmografia (ator): 1994 – Era Uma Vez...; 2002 – Como se Morre no Cinema (CM); 2009 – Olhos Azuis. Filmografia (diretor): 2004 – Cartomante (codireção de Wagner de Assis); 2006 – Una Vida Sin Sorpresas (CM). URBAN, MARISA Nasceu em São Paulo, SP, em 19 de outubro de 1938. Começa sua carreira como modelo profissional e depois como cantora bissexta, especializada em baladas russas. Estreia no cinema em 1967, no filme Garota de Ipanema, seguindo-se O Engano (1967) e Até que o Casamento nos Separe (1967) . Na década de 1970, participa durante muitos como jurada do Programa Flávio Cavalcanti. Filmografia: 1967 – Garota de Ipanema; O Engano; As Sete Faces de um Cafajeste; 1968 – Até que o Casamento nos Separe; Desesperado (Dezesperato); Os Viciados; 1969 – Adultério à Brasileira (episódio: A Assinatura); 1970 – Parafernália, o Dia da Caça; 1971 – O Donzelo; The Sandpit Generals (EUA); 1973 – Êxtase de Sádicos. V VAGAREZA Hamilton Augusto nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1928. Começa sua carreira no teatro, sendo sua estreia profissional em 1952. Atua nas companhias Follies-Copacabana e Juan Daniel. Comediante de talento, logo vai para a televisão, onde começa a se destacar, sempre ao lado de sua esposa Siwa, também comediante. Juntos, fazem programas e shows por todo o País. Estreia no cinema em 1960 no filme Eu Sou o Tal, já como protagonista principal. Dedica-se mais à televisão, sendo muito popular no início de 1960, a partir do qual, sua carreira vai declinando, chegando ao esquecimento. Uma injustiça para um grande talento brasileiro. Com a esposa Siwa tem uma filha, Vânia (1946). Os três montam uma academia de dança em São Paulo. Morre em 18 de abril de 1997, aos 69 anos, em São Paulo. Filmografia: 1960 – Eu Sou o Tal; 1961 – Quanto Mais Samba Melhor; 1962 – Os Apavorados; Entre Mulheres e Espiões; 1965 – Crônica da Cidade Amada (episódio: Aventura Carioca). VALADÃO, JECE Gecy Jece Valadão nasceu em Murundu, RJ, em 24 de julho de 1930. Depois de morar em várias cidades do interior do Rio de Janeiro, aos 9 anos chega a Cachoeiro de Itapemirim, ES. Aos 16 anos sai de casa com o baralho na mão, pois era esperto na jogatina e também na vida real. Malandros, prosti tutas, gigolôs, bicheiros e boêmios cruzaram seu caminho e foram a matériaprima para construir os papéis de mau-caráter que o consagraram. Aos 28 anos resolve voltar para a cidade natal e tenta viver como locutor, mas não tem vocação. Vai para o Rio de Janeiro em 1949 e começa carreira de ator no teatro e depois cinema, no filme Também Somos Irmãos. Faz inúmeros filmes como ator na década de 1950, mas a consagração vem em 1962 com Os Cafajestes, de Ruy Guerra. No teatro, participa de várias peças – A Mulher do Pecado (1957), de Nelson Rodrigues, Os Inimigos Não Mandam Flores (1958), Procura-se uma Rosa (1960), ambas de Pedro Bloch e mais recentemente Uma Vez por Semana (1986), de Muriel Resnik. Estreia como diretor em 1964 no filme Procura-se uma Rosa. Daí para frente produz, dirige seus próprios fi lmes, por intermédio de sua produtora, a Magnus Filmes. Fama de machão, procura sempre manter essa imagem em seus filmes e até na vida pessoal, com romances conturbados, sendo o principal deles com a atriz Vera Gimenez, estrela de muitas de suas películas e com quem foi casado durante muitos anos. Dirige principalmente filmes policiais, retratando o cotidiano dos subúrbios cariocas – O Mau Caráter (1974) e A Noite dos Assassinos (1976). Ator essencialmente cinematográfico, inicia sua carreira na televisão somente em 1984, ao participar da novela Transas e Caretas (1984). Seguem-se Anos Dourados (1986), Olho por Olho (1988), O Dono do Mundo (1991), O Fantasma da Ópera (1991), Contos de Verão (1991), Memorial de Maria Moura (1994), A Vida Como Ela É (1996), Você Decide (1992/2000), A Diarista (2005) e Bang-Bang (2005), como Joe Wayne. Sua últi ma parti cipação na televisão foi no seriado Sob Nova Direção (2006). Na HBO participa da série Filhos do Carnaval. Nos anos 1990, convertese à religião evangélica, alugando seus estúdios e trabalhando como produtor de programas evangélicos, mesmo assim sempre mantém sua carreira de ator. Durante sua carreira, recebe inúmeros prêmios, destacando-se Melhor Ator, em 1956, no I Festival de Cinema do Rio de Janeiro e Prêmio Críti ca Rochester Festival World, pelo filme Navalha na Carne. Casou-se seis vezes, inclusive com Dulce Rodrigues, irmã de Nelson Rodrigues, e teve nove filhos. Sua última esposa foi Vera Lúcia. Antes de morrer, Valadão tentava captar recursos para filmar a vida do apóstolo Paulo. O projeto seria uma releitura da história bíblica para os dias atuais. No roteiro, que já havia sido escrito pelo próprio ator, Paulo viveria um promotor público arrogante, que muda após encontrar a fé. Não há detalhes divulgados se o fi lme ainda será produzido, mesmo após sua morte. Valadão também estava filmando A Encarnação do Demônio, com José Mojica Marins, mas não conclui sua participação. Morre em 27 de novembro de 2006, aos 76 anos, de insuficiência respiratória aguda, em São Paulo. Filmografia (ator): 1949 – Também Somos Irmãos; Carnaval no Fogo; 1952 – Barnabé, Tu És Meu; Os Três Vagabundos; 1953 – Amei um Bicheiro; 1954 – Al-mas em Confl ito; Carnaval em Caxias; 1955 – Rio, 40 Graus; 1957 – Garotas e Samba; Rio, Zona Norte; 1958 – A Mulher de Fogo (Mujeres de Fuego) (México/ Brasil); 1960 – Tudo Legal; 1961 – Mulheres e Milhões; Favela (Brasil/Argentina); 1962 – Os Cafajestes; Boca de Ouro; Pedro e Paulo (Tercer Mundo) (Brasil/ Argentina); 1963 – Bonitinha, mas Ordinária; 1964 – Asfalto Selvagem; 1965 História de um Crápula; Paraíba, Vida e Morte de um Bandido; 1966 – Mineirinho Vivo ou Morto; 1967 – A Lei do Cão; As Sete Faces de um Cafajeste; A Espiã que Entrou em Fria; 1968 – Os Viciados (episódio: Favela); 1969 – O Matador Profissional; Quelé do Pajeú; Os Raptores; 1970 – Memórias de um Gigolô; Navalha na Carne; 1971 – O Enterro da Cafetina; 1972 – A Difícil Vida Fácil; 1973 A Filha de Madame Betina; Obsessão; 1974 – O Mau Caráter; Um Edifício Chamado 200; 1975 – O Homem de Papel (Volúpia de um Desejo); Nós, os Canalhas; Assim Era Atlântida; 1976 – Ninguém Segura Essas Mulheres (episódio: O Furo); A Nudez de Alexandra (Un Animal Doué de Déraison) (França/Brasil); 1977 – Quem Matou Pacífi co?; A Noite dos Assassinos; 1978 – Mulheres de Cinema (CM) (depoimento); 1979 – Eu Matei Lúcio Flávio; 1980 – O Torturador; O Gigante da América; 1981 – A Idade da Terra; 1985 – Águia na Cabeça; 1986 – A História de Um Olho (CM); 1992 – A Serpente; 1996 – Tieta do Agreste; 1997 – O Cangaceiro; 2003 – Garrincha, a Estrela Solitária; 2007 – Cinco Frações de Uma Quase História; Anabazys (depoimento); 2008 – A Encarnação do Demônio. Filmografia (diretor): 1964 – Procura-se uma Rosa; 1965 – História de um Crápula; 1966 – Essa Gatinha é Minha; 1967 – A Lei do Cão; 1968 – As Sete Faces de um Cafajeste; A Noite do Meu Bem; 1969 – O Matador Profissional; 1971 – Vale do Canaã; 1973 – Obsessão; A Filha de Madame Betina; 1974 – O Mau Caráter; 1975 – Nós, os Canalhas; 1976 – A Noite dos Assassinos; Ninguém Segura Essas Mulheres (episódio: Pastéis para uma Mulata); 1977 – Os Amores da Pantera. VALENÇA, GILDA Ermenegilda Pereira nasceu em Lisboa, Portugal, em 13 de fevereiro de 1926. Muito jovem radica-se no Brasil, onde inicia carreira de cantora de fados, fazendo espetáculos de muito sucesso junto à colônia portuguesa, tipo Uma Casa Portuguesa. Estreia no cinema em 1954 no filme O Petróleo é Nosso. Na televisão brasileira, atua em duas novelas, Antonio Maria (1968) e A Fábrica (1971). Sua brilhante atuação chama a atenção de Mazzaropi, que a convida para parti cipar do filme Portugal, Minha Saudade, em 1973, como a esposa portuguesa de um dos irmãos gêmeos, já que Mazza faz papel duplo. Sua atuação agrada em cheio ao grande cômico brasileiro e ela acaba participando de mais cinco filmes com ele. Com a morte do grande mestre em 1981, Gilda encerra sua carreira no cinema brasileiro. É irmã de Ester de Abreu (1921 – 1997), cantora e atriz portuguesa. Filmografia: 1954 – O Petróleo é Nosso; 1964 – Sangue na Madrugada; 1973 – Portugal, Minha Saudade; 1974 – Jeca Macumbeiro; 1977 – Jecão... Um Fofoqueiro No Céu; 1978 – Jeca e Seu Filho Preto; 1979 – A Banda das Velhas Virgens; 1980 – O Grande Palhaço; Jeca e a Égua Milagrosa. VALENÇA, ROSINHA DE Maria Rosa Canelas nasceu em Valença, RJ, em 30 de julho de 1941. Aos 12 anos já tocava em bailes de Valença. Em 1963 abandona os estudos e muda-se para o Rio de Janeiro, a fi m de se dedicar totalmente à carreira profissional. Descoberta pelo jornalista Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, ganhou o nome artístico de Rosinha de Valença. Gravou o primeiro disco naquele ano e passou a trabalhar com Baden Powell, viajou pelos Estados Unidos com o grupo de Sérgio Mendes, Brasil 65, formado por, além de Sérgio Mendes, Chico Batera, Jorge Ben, Wanda Sá e Tião Neto. Divulgou a música brasileira pela Europa e produziu discos de Martinho da Vila, Nara Leão, Maria Bethânia e Miúcha. Trabalhou também com grandes nomes da música internacional, entre eles Stan Getz e Sarah Vaughn. Faz apenas dois fi lmes, o últi mo, A Hora e a Vez do Samba, em 1973. Morre em 11 de junho de 2004, aos 62 anos de idade, após passar os últi mos 12 anos em coma, vítima de uma parada cardíaca que provocou uma lesão permanente no cérebro da violonista. Rosinha gravou mais de 20 discos. Filmografia: 1966 – Bethânia Bem de Perto – A Propósito de um Show (CM); 1973 – A Hora e a Vez do Samba. VALENTE, DANIELE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27 de janeiro de 1977. Começa a chamar a atenção do público em 1990, quando interpreta a Tezinha da Escolinha do Professor Raimundo, depois Confissões de Adolescente (1994), como Natália; Perdidos de Amor (1996), como Nicole; e Malhação (1998), no papel de Flávia. Essa foi sua fase teen. Em 1998 estreia no cinema, numa pequena parti cipação no filme Zoando na TV, ao lado de Angélica. Em Zorra Total, no ano de 1999, interpreta a Bel. Sua primeira novela é Pé na Jaca (2007), como Celina, ano em que brilha no teatro com a peça Hoje Eu Me Chamo Dinorá. Em 2009 está na minissérie Cinquentinha. Atualmente está no Zorra Total, vivendo Efigênia. Foi casada com o empresário do ramo de restaurantes Nédio Mocelin por quatro anos (2003-2007). Filmografia: 1998 – Zoando na TV; 2004 – Sexo, Amor & Traição; 2007 – Os Porralokinhas; 2009 – Xuxa e o Mistério do Feiurinha. VALLE, JOÃO DO João Batista do Valle nasceu em Pedreiras, MA, em 11 de outubro de 1934. Autor de 440 composições, tem suas músicas gravadas por alguns dos mais importantes intérpretes da MPB – Chico Buarque, Maria Bethânia e Nara Leão. Seu maior sucesso é Carcará, que marca época no espetáculo Opinião, em 1964, na voz de Bethânia. No cinema, parti cipa de Desafio, seu único filme, em 1965. Morre de derrame cerebral, em 6 de dezembro de 1996, aos 62 anos, em São Luís, Maranhão. Filmografia: 1965 – O Desafio. VALLE, LUISA DEL Nasceu em 1892. Inicia cedo sua carreira teatral, optando pelo gênero cômico. No início dos anos 1920, ingressa na Companhia de Augusto Aníbal e começa a ter notoriedade pelo seu talento. Na Empresa Rangel & Cia, conhece seu melhor momento, lotando o Teatro Recreio com a peça Comidas, meu Santo. Estreia no cinema em 1924, no filme A Sertaneja. Participa de outros, sendo o principal deles Barro Humano, de 1928. Tuberculosa, sofre vários anos com a doença, que a obriga a interromper sistemati camente suas ati vidades artísticas. Sua última peça chama-se Não Adianta Você Chorar. Morre prematuramente em 21 de março de 1930, com 38 anos, de tuberculose. Filmografia: 1924 – A Sertaneja; A Gigolete; 1925 – Dever de Amar; 1926 – A Esposa de Solteiro (La Mujer de Medianoche) (Brasil/Argentina); 1928 – Barro Humano; 1929 – Sinfonia na Floresta. VALLE, MARCELLO Marcelo Fonseca Valle nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 3 de junho de 1967. Forma-se ator na Faculdade da Cidade, dirigida por Bia Lessa. Depois estuda no Tablado de Maria Clara Machado e inicia sua carreira com Carlos Wilson, o Damião. Aperfeiçoa-se em dança clássica, moderna, sapateado, canto popular, acrobacia e esgrima. Participa de inúmeros espetáculos – Melodrama, Notí cias Cariocas, O Rei da Vela, A Bao a Qu, A Morta, Cobaias de Satã, Só Eles Sabem, quase sempre sob a direção de Enrique Diaz. Sob a direção de Carlos Wilson, atua em O Ateneu, Os Três Mosqueteiros, pelo qual recebe o prêmio Coca-Cola; Quatro Meninas, 1789, A Revolução, entre outras. Em 1994 estreia na televisão, na minissérie Incidente em Antares. Em 2000, Marcelo Valle participou do Fórum do Teatro para o Desenvolvimento Social produzido pelo British Council. Sua primeira novela é Celebridade, (2004), depois Paraíso Tropical (2007) e Viva a Vida (2009). Estreia no cinema em 2002 no filme Madame Satã, depois atua em Os Desafinados (2005) e Tropa de Elite. Atua em séries e minisséries – Avassaladoras – A Série (2006), Sob Nova Direção (2006), A Grande Família (2007), Toma Lá, Dá Cá (2007), Casos e Acasos (2008) e Tudo Novo de Novo (2009). Leciona teatro no Centro de Dança Rio, Teatro Ziembinsky, Colégio Divina Providência, Casa de Cultura Laura Alvim e Tablado. É membro da conceituada Cia. dos Atores, onde atua na maioria dos espetáculos do grupo, tendo produzido grande parte deles. Em 2007 atua com sucesso na peça Divã, ao lado de Lília Cabral, em 2008, na peça Um Certo Van Gogh; e, em 2009, em A História de Nós 2. Filmografia: 2002 – Madame Satã; Furos no Sofá (CM); 2005 – Os Desafinados; 2007 – Tropa de Elite; Sem Controle. VALLE, MAURÍCIO DO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1º de março de 1928. De família de militares, luta judô e ingressa na tropa de choque da Policia Marítima. Em 1950 inicia carreira no teatro, depois de ler um anúncio no jornal à procura de figurantes. Em 1952, estreia no cinema no filme Tudo Azul. Na década de 1950 faz poucos filmes, mas vê sua carreira consolidar-se a partir da década de 1960, sendo um dos atores mais requisitados. Na televisão, entre outras, atua nas novelas O Tempo e o Vento (1967), Jerônimo, o Herói do Sertão (1972), Cabocla (1979), Roque Santeiro (1985) e A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990). No cinema, o veículo que abraça com todas as forças, faz mais de 80 fi lmes, destacando-se Além do Rio das Mortes (1959), Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), prêmio Saci de melhor ator; Terra em Transe (1967), O Profeta da Fome (1969), prêmio Molière; e Assim na Tela Como no Céu (1991), seu último filme. Na televisão, em 1994, aparece pela última vez em um episódio do programa Você Decide. Ator preferido de Glauber Rocha, morre em 7 de outubro de 1994, aos 66 anos, no Rio de Janeiro, de complicações cardíacas. Filmografia: 1954 – Na Senda do Crime; 1957 – A Lei do Sertão; 1959 – Além do Rio das Mortes; 1961 – Briga, Mulher & Samba; 1962 – Boca de Ouro; 1963 – Terra Sem Deus; O Homem que Roubou a Copa do Mundo; 1964 – Deus e o Diabo na Terra do Sol; Selva Trágica; 1965 – Grande Sertão; Riacho de Sangue; 1966 – A Hora e a Vez de Augusto Matraga; 1967 – Cangaceiros de Lampião; O Jeca e a Freira; Terra em Transe; 1968 – Bebel, a Garota-Propaganda; 1969 – Corisco, o Diabo Loiro; O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro (Brasil/ França/Alemanha); O Cangaceiro Sanguinário; O Profeta da Fome; O Cangaceiro Sem Deus; Sete Homens Vivos ou Mortos; 1970 – Audácia – A Fúria dos Desejos (episódio: Prólogo); A Vingança dos Doze; As Gatinhas; 1971 – Pindorama; 1974 – O Marginal; A Cartomante; 1975 – Pecado na Sacristia; O Roubo das Calcinhas (episódio: I Love Bacalhau); 1976 – Crueldade Mortal; Bacalhau (Bac’s); Soledade; O Dia em que o Santo Pecou; Kung Fu Contra as Bonecas; As Meninas Querem... E os Coroas Podem; 1977 – O Cortiço; Chão Bruto; Jogo da Vida; 1978 – Anchieta, José do Brasil; Os Cangaceiros do Vale da Morte; 1979 – O Caçador de Esmeraldas; Cinderelo Trapalhão; Parceiros da Aventura; O Coronel e o Lobisomem; Sábado Alucinante; Mulheres do Cais; Nos Tempos da Vaselina; 1980 – A Idade da Terra; Os Sete Gatinhos; As Intimidades de Analu e Fernanda; 1982 – Curral de Mulheres; Rio Babilônia; Profissão Mulher; 1983 – Gabriela (Brasil/Itália/EUA); 1984 – Quilombo; Os Trapalhões e o Mágico de Oroz; 1985 – Águia na Cabeça; Os Trapalhões no Reino da Fantasia; 1986 – S.O.S. Brunet (CM); Chico Rei; Os Trapalhões e o Rei do Futebol; 1988 – Rastros na Areia; O Grande Mentecapto; 1991 – Assim na Tela Como no Céu. VALLE, MICHELLE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 14 de abril de 1982. Modelo profissional desde os 14 anos, estreia como atriz em 2003 no filme Garotas do ABC, em arriscada aposta do diretor Carlos Reichenbach, devido à falta de experiência da modelo, mas o resultado é surpreendente. No mesmo ano faz uma parti cipação na novela Celebridade, como Tereza Carvalho, e em 2006 atua em um episódio do seriado Carga Pesada. Entusiasmada com a carreira de atriz, atualmente estuda interpretação. Filmografia: 2003 – Garotas do ABC; 2005 – Comprometendo a Atuação (CM). VALLE, NATÁLIA DO Maria Natália Ferreira do Valle nasceu em Floriano, PI, em 6 de março de 1951. Começa fazendo teatro amador. Em 1972 mudase para São Paulo e estuda filosofia na USP; paralelamente, apresenta programas educativos na TV Cultura. Na época, mora em um pensionato e dá aulas de pré-vestibular para sobreviver. Brilha no teatro em diversas peças – Bonifácio Bilhões (1978), A Calça (1979), Roda Cor de Roda (1979), A Partilha (1990), A Vida Passa (2000) e Capitanias Hereditárias (2002). Contratada pela TV Globo, parti cipa de Gabriela, no papel de Aurora, sua primeira novela em 1975. O sucesso é imediato e não para mais de trabalhar, desfilando seu talento em A Moreninha (1975), Saramandaia (1976), Água Viva (1980), Final Feliz (1982), Cambalacho (1986), Olho por Olho (1988), Que Rei Sou Eu? (1989), A Próxima Vítima (1995), Torre de Babel (1998) e, mais recentemente, Mulheres Apaixonadas (2003) e Páginas da Vida (2006), como a intempestiva Carmem; e Negócio da China (2008), como Júlia. Entre uma novela e outra, participa de vários programas – Sai de Baixo (1996), Você Decide (1996/2000) e Carga Pesada (2004). Faz pouco cinema, mas sua atuação em Pra Frente Brasil, de Roberto Farias, produzido em 1982, fi cará marcada para sempre. Casa-se por duas vezes, de 1981 a 1987, com o diretor Paulo Ubiratan, e, de 1989 a 1995, com Vasco Dias. Filmografi a: 1981– Kilas, o Mau da Fita (Portugal/Brasil); 1982 – Pra Frente, Brasil; 2007 – Polaroides Urbanas. VALLI, ANDRÉ Joaquim dos Santos Bonifácio nasceu no Recife, PE, em 12 de julho de 1945. Em 1965 começa sua carreira artísti ca em teatro, na peça Roda Viva, de Chico Buarque, nas encenações que foram feitas nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Estreia na televisão em 1971, como Godofredo na novela O Cafona. Trabalha sem parar, em inúmeras novelas, O Bem-Amado (1973), Escalada (1975), Selva de Pedra (1986), Despedida de Solteiro (1992), Pecado Capital (1998), Laços de Família (2000), Senhora do Destino (2004). Durante muitos anos, a partir de 1977, atua no Sítio do Pica-Pau Amarelo, como o Visconde de Sabugosa, seu melhor momento na televisão. Estreia no cinema em 1974, no filme As Mulheres que Fazem Diferente. Participa de vários filmes – Tieta do Agreste (1996), Xuxa e os Duendes (2001) e Maria, Mãe do Filho de Deus (2003). No teatro, Valli foi assistente de direção de Marília Pêra em O Reverso da Psicanálise, no Teatro Casa Grande e também acumula larga experiência na direção de espetáculos musicais – Elas por Ela, A Prima Dona, Charity, meu Amor, Aluga-se um Namorado. Em 2007 transfere-se para a TV Record para fazer o Willi Berloque em Vidas Opostas. Seu último filme, Bonitinha Mas Ordinária, de Moacyr Góes, em que faz o papel de Osíris, ainda não foi lançado. Morre em 20 de junho de 2008, de câncer, no Rio de Janeiro, aos 62 anos. Filmografia: 1971/1974 – Lobisomem, o Terror da Meia-Noite; 1974 – As Mulheres que Fazem Diferente (episódio: A Bela da Tarde); 1975; O Casamento; 1976 – O Vampiro de Copacabana; 1978 – Os Melhores Momentos da Pornochanchada; 1996 – Tieta do Agreste; 1999 – O Viajante; 2001 – Xuxa e os Duendes; 2003 – Maria, Mãe do Filho de Deus; 2006 – Vestido de Noiva; 2009 – Bonitinha Mas Ordinária. VALVERDE, ÍSIS Ísis Nable Valverde nasceu em Aiuruoca, MG, em 17 de fevereiro de 1987. Aos 15 anos vai estudar em Belo Horizonte e aos 16 já é modelo, inclusive participando de várias campanhas publicitárias. Aos 18 muda-se para o Rio de Janeiro para estudar teatro. Em 2006 estreia na televisão como a misteriosa Ana do Véu, na novela Sinhá Moça. Em Paraíso Tropical (2007), vive a prosti tuta Telma, grande desafio para uma jovem artista. Já em Beleza Pura (2008) é Rakelli, a filha da ex-chacrete Ivete, vivida por Zezé Polessa. Em 2009 confirma seu talento e ascensão, ao interpretar Camilla Gallo, em Caminho das Índias. Estreia no cinema em 2007 no curta-metragem Ré Bemol. Suas atuações a confi rmam como grande promessa brasileira. Filmografia: 2007 – Ré Bemol (CM). VAN STEEN, EDLA Nasceu em Florianópolis, SC, em 12 de julho de 1936. Cedo vai para Curitiba e trabalha como secretária na prefeitura. Nessa época, conhece o pintor Loio Pérsio, com quem se casa, mudandose em seguida para São Paulo. Logo depois nasce o fi lho do casal, Ricardo (1958). Recebe várias propostas para trabalhar na televisão e até mesmo no cinema, mas prefere os afazeres do lar e algumas ati vidades jornalísticas. Em 1958, o diretor americano Henry Levin vem ao Brasil filmar Holliday For Lovers e Edla é escolhida para dublar a atriz Carol Linley. Em 1960 Walter Hugo Khouri convida-a para parti cipar do filme Na Garganta do Diabo, que acaba sendo sua estreia no cinema como atriz. Abandona o cinema, mesmo com todo o seu talento, beleza e carisma. Em 2006 escreve a biografia da atriz Eva Wilma para a Coleção Aplauso da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Filmografia: 1960 – Na Garganta do Diabo; 1968 – Anuska, Manequim e Mulher. VANDRÉ, GERALDO Nasceu em João Pessoa, PB, em 12 de setembro de 1935. Fica conhecido no Brasil inteiro no final da década de 1960, quando canta nos festivais de música suas letras de protesto contra a ditadura militar. Estreia no cinema em 1966, no filme A Hora e a Vez de Augusto Matraga. Exilado nos idos de 1970, encerra sua carreira de cantor e compositor, fazendo apenas esparsas apresentações. Filmografia: 1966 – A Hora e a Vez de Augusto Matraga; 1969 – Quelé do Pajeú. VANUCCI, AUGUSTO CÉSAR Nasceu em Uberaba, MG, em 11 de janeiro de 1934. Com 10 anos já canta em uma sorveteria. Depois inicia sua carreira na Rádio Sociedade Triângulo Mineiro. Com 17 muda-se para o Rio de Janeiro e trabalha como cantor nas rádios e orquestras. Estuda Arte Dramática e atua no Teatro do Estudante, de Pascoal Carlos Magno. Estreia no teatro de revista ao lado de Renata Fronzi, aparecendo em várias revistas, destacando-se Loura ou Morena, Força Total, Brasil 3000 e Adorei Milhões. Sua carreira de ator começa no teatro Jardel, em 1954. Logo em seguida estreia no cinema, no filme Colégio de Brotos (1956). Com o nome artístico de Augusto César, participa de vários filmes –Zé do Periquito (1960), O Quinto Poder (1963). Na televisão, em 1964, dirige musicais e, em 1965, participa da fundação da TV Globo, onde estreia comandando o humorístico TV1, com Agildo Ribeiro. Tornase um dos principais diretores da emissora, lá permanecendo até 1978, quando se transfere para a Bandeirantes, depois Manchete, retornando à Rede Globo em 1990. Entre outros, dirige Sati ricom (1973), Chico City (1973), Sandra & Miele (1976), Pirlimpimpim (1982), Estúdio A... Gildo (1982), A Turma do Pererê (1983), Plunct, Plact, Zuuum (1983) e La Mamma (1990). Espiritualista, dirige vários programas voltados ao tema – Terceira Visão e Fronteiras do Desconhecido. Foi casado com a comediante Sônia Mamed (1936-1990) e com a cantora Vanusa, com quem teve um filho, Rafael Vanucci. Morre em 30 de novembro de 1992, aos 57 anos, de isquemia cerebral, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1956 – Colégio de Brotos; 1958 – Alegria de Viver; E o Espetáculo Continua; Esse Milhão é Meu; 1959 – O Cupim; 1960 – Zé do Periquito; Maria 38; Eles Não Voltaram; 1961 – Três Colegas de Batina; Tristeza do Jeca; 1963 – O Quinto Poder; 1966 – Rio, Verão & Amor; 1968 – Enfim Sós... Com o Outro; 1970 – Quatro Contra o Mundo (episódio: Jovem Retaguarda); 1974 – A Cobra Está Fumando. VANUSA Vanusa Santos Flores nasceu em Cruzeiro, SP, em 22 de setembro de 1947, mas é criada em Frutal, MG. Estreia como cantora aos 16 anos, no conjunto vocal Golden Lions. Convidada para morar em São Paulo, é lançada como rival da cantora Wanderléa e ganha parti cipação fixa no programa O Bom, comandado por Eduardo Araújo, na TV Excelsior. Seu primeiro sucesso é Pra Nunca Mais Chorar, título do seu primeiro LP, gravado em 1968. Na década de 1970, continua em evidência, com os sucessos Manhãs de Setembro e Sonhos de Palhaço. Em 1969 parti cipa do filme Pobre Príncipe Encantado, ao lado de Wanderley Cardoso. Representou o Brasil em vários festivais internacionais e recebeu cerca de 200 prêmios. O sucesso a leva para a televisão, onde parti cipa das novelas Cinderela 77 (1977), na qual é a protagonista; Marrom-Glacê (1979) e O Amor é Nosso (1981). Por dois anos seguidos é eleita a rainha da televisão. Participa, com sucesso, dos programas Qual é a Música e Aquarela Brasileira. Foi casada com o cantor Antonio Marcos, com quem teve duas filhas, Amanda e Aretha, e com o diretor Augusto César Vanucci, com quem teve um filho, Rafael. Nos anos 1980/1990, sua carreira declina, tendo participações esporádicas em alguns programas de televisão, mas continua sendo uma grande star brasileira. Filmografia: 1969 – Pobre Príncipe Encantado; 1973 – Com a Cama na Cabeça. VASCONCELOS, ANSELMO Anselmo Carneiro de Almeida Vasconcelos nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1º de dezembro de 1953. Estreia profi ssionalmente em 1975, na premiada peça O Último Carro, de João das Neves, produção do Grupo Opinião. Inicia sua carreira no cinema em 1978, ao participar do curta-metragem Alô Teteia e na televisão em seguida no programa Ciranda, Cirandinha, pela TV Globo, como Tavito. No cinema, tem seu melhor momento em 1979, no papel de um homossexual em República dos Assassinos, personagem de difícil construção, o qual lhe rendeu muitos prêmios. Atua em mais de 30 filmes ao longo de sua carreira, com destaque para Eles Não Usam Black-Tie (1981), A Maldição do Sanpaku (1991), Apolônio Brasil, Campeão de Alegria (2003) e O Primo Basílio (2007). Desde 1988 é diretor da Escola de Teatro Martins Penna. Funda a Casa de Ensaio, Centro Cultural que lança uma nova geração de artistas a partir do início dos anos 1990. É um dos fundadores do Centro Experimental Teatro Escola onde trabalha em pesquisas e práticas desde 1993. É autor de diversos textos teatrais utilizados pelo Cete em suas encenações. Na televisão, entre outras, brilha em minisséries e novelas – Eu Prometo (1983), Anos Dourados (1986), A Viagem (1994), Hilda Furacão (1998) e Esplendor (2000). Suas últimas peças foram Isadora Duncan – É Dançando que a Gente se Aprende e A Mulher do Candidato. Nos últimos anos tem se destacado no humorístico Zorra Total. Filmografia: 1978 – Alô Teteia (CM); Fim de Festa (Decisão Final); J.J.J. – O Amigo do Super-Homem; Se Segura Malandro; O Escolhido de Iemanjá; Tudo Bem; Heróis (CM); 1979 – Companhia Solidão Ltda. (CM); Alianças (CM); República dos Assassinos; O Bom Burguês; Terror e Êxtase; Eu Matei Lúcio Flávio; O Amante Latino; 1980 – O Elogio Histérico da Razão (CM); Consórcio de Intrigas (Consórcio do Sexo); Perdoa-me por me Traíres; 1981 – O Torturador; Eles Não Usam Black-Tie; 1982 – O Segredo da Múmia; 1983 – Bar Esperança – O Últi mo que Fecha; 1984 – Para Viver Um Grande Amor; 1985 – Tropclip; Chico Rei; Urubus e Papagaios; 1990 – A Rota do Brilho; 1991 – A Viagem de Volta (como ele mesmo); A Maldição do Sanpaku; 1995 – Sombras de Julho; As Filhas de Iemanjá (Yemanján Tytt äret) (Brasil/Finlandia); 1996 – Histórias do Mar (CM); Sambolico (Brasil/Finlândia/Alemanha) (CM); Quem Matou Pixote?; 1997 – O Homem Nu; 1998 – O Dia da Caça; 2001 – Condenado à Liberdade; 2003 – Apolônio Brasil, Campeão de Alegria; 2004 – O Xadrez das Cores (CM); 2006 – Brasília 18%; 2007 – O Primo Basílio; 2008 – Cinema em Sete Cores (MM) (depoimento); 2009 – Tempos de Paz; 2010 – Chico Xavier. VASCONCELOS, JOSÉ José Tomás da Cunha Vasconcelos Neto nasceu em Rio Branco, AC, em 20 de março de 1926. Ainda criança muda-se com a família para o Rio de Janeiro, onde inicia seus estudos normais, sempre demonstrando enorme talento para o humorismo, pois já imitava os professores na classe. Começa por fazer teatrinho no colégio e depois teatro amador, indo para o rádio, em 1941, participar do programa Papel Carbono obtendo o primeiro prêmio. Trabalha como show-man na Boate Casablanca, estreando com a peça A Borracha é Nossa, de Silvino Neto. Em São Paulo, atua na Rádio Record e na Boate Oásis. A consagração acontece com o show Eu Sou o Espetáculo. Após percorrer o Brasil, vai para Portugal, onde faz igual sucesso. Em 1947 estreia no cinema, no filme Este Mundo é um Pandeiro, mas somente retorna em 1970, em Os Maridos Traem... E as Mulheres Subtraem, porém, dedica sua carreira mais ao teatro e à televisão, onde participa de vários programas humorísticos, além de novelas – Quatro Homens Juntos (1965) e La Mamma (1990). Na década de 1970, tenta construir um enorme parque de diversões em São Paulo, chamado Vasconcelândia, mas não consegue concluir o projeto, que quase o leva à falência. Uma de suas últi mas apresentações na televisão foi em 1995, na Escolinha do Professor Raimundo, ao lado de Chico Anysio. No teatro, está sempre em cartaz com seus shows humorísticos. Em 2005 retorna ao cinema para uma parti cipação no filme O Casamento de Romeu e Julieta. Filmografia: 1947 – Este Mundo é um Pandeiro; 1951 – Sinfonia Amazônica (voz); 1970 – Os Maridos Traem... E as Mulheres Subtraem; 1979 – O Menino Arco-Íris (A Infância de Jesus Cristo); 1985 – Os Trapalhões no Reino da Fantasia (voz do bruxo); 1986 – O Quebra-Nozes; 2004 – Onde Anda Você? (Os Piadistas) (como ele mesmo); 2005 – O Casamento de Romeu e Julieta. VASCONCELOS, JOSÉ MAURO DE Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 26 de fevereiro de 1920. Trabalha como lenhador, enfermeiro de índios, pintor, modelo de escultor e ator de cinema e novelas, mas é a literatura o caminho que resolve seguir e que lhe garante subsistência, fato raro entre os autores no Brasil. Apesar de consagrado pelo público, os críti cos não lhe poupam, recebendo desses os adjetivos de piegas, autor lacrimoso e padrão de mau gosto literário. Escreve 21 livros, sendo o mais famoso O Meu Pé de Laranja Lima, que vende milhões de exemplares, vira filme e até novela. Escreve também, entre outros, Rosinha, Minha Canoa, Confi ssões do Frei Abóbora e Kuryala, Capitão e Carajá, seu último trabalho. Na televisão, parti cipa de Adeus, Mr. Chips (1959) e Alma Branca (1959). No cinema, participa de muitos filmes como ator, iniciando com pontas em 24 Horas de Sonho (1941) e O Dia é Nosso (1941) e papéis melhores em Caiçara (1950) e A Ilha (1963). Radica-se em São Paulo, até morrer, aos 64 anos, no dia 24 de julho de 1984. Filmografia: 1941 – 24 Horas de Sonho; O Dia é Nosso; 1950 – Caiçara; 1952 – Modelo 19 (Amanhã Será Melhor); 1954 – Floradas na Serra; 1957 – O Preço da Ilusão; 1959 – Fronteiras do Inferno (Lonesome Women) (Brasil/EUA); 1960 – Na Garganta do Diabo; 1961 – Mulheres e Milhões; 1963 – A Ilha. VASCONCELOS, LUIZ CARLOS Nasceu em Umbuzeiro, PB, em 25 de junho de 1954. Aos 7 anos começa a fazer teatro no grupo escolar. Autodidata, lê tudo relacionado ao assunto. Em 1977, funda o grupo teatral Piolim, em João Pessoa, PB, e cria o personagem Xuxu, palhaço interpretado por ele. É responsável pela premiada montagem de Vau da Sarapalha, que tem reestreia em 1997, em São Paulo e Rio de Janeiro. Em 1995 recebe o convite de Lírio Ferreira e Paulo Caldas para interpretar Lampião no filme Baile Perfumado, trabalho que o deixa conhecido em todo o Brasil. Faz então do cinema seu principal veículo, ao parti cipar de Carandiru (2003) e Árido Movie (2004). Na televisão, em intensa ati vidade, mas sempre em pequenas participações, pois não tem interesse em projetos mais longos que possam prejudicar suas atividades teatrais. Dentro dessa lógica, parti cipa de Você Decide (2000), Pastores da Noite (2002), Carandiru – Outras Histórias (2005), Carga Pesada (2005), A Pedra do Reino (2007), Queridos Amigos (2008), Casos e Acasos (2008), Dicas de um Sedutor (2008), Faça Sua História (2008) e O Natal do Menino Imperador (2008). Filmografia: 1997 – Baile Perfumado; 1999 – O Primeiro Dia; Orgasmo Total (CM); 2000 – Eu, Tu, Eles; 2001 – Abril Despedaçado; 2002 – Como Se Morre no Cinema (voz do papagaio) (CM); 2003 – Carandiru; 2004 – Árido Movie; 2007 – Mutum; Romance do Vaqueiro Voador; 2009 – O Homem Mau Dorme Bem; O Sol do Meio-Dia. VASCONCELOS, LUIZ PAULO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1941. Forma-se em Artes Cênicas pela UNIRIO, depois faz estágio na França e mestrado na State University of New York. Radica-se em Porto Alegre, onde desenvolve sólida carreira no teatro como ator, diretor, produtor, professor de interpretação e coordenador de artes cênicas da Secretaria da Cultura. É também autor do Dicionário de Teatro, editado pela L&PM, em 1987 e do livro Comendo Pelas Beiradas, editado pela Tambor em 2007. Dirige peças de autores diversos – Ésquilo, Eurípides, Shakespeare, Molière, Goldoni, Tchekov, Brecht e Beckett. Escreve e encena Como um Sol no Fundo do Poço, Casca de Ferida e O Consultor Dramático. Estreia no cinema em 1979 no curta gaúcho Os Familiares e na televisão participa das novelas Laços de Família (2000) e Mulheres Apaixonadas (2003), ambas pela TV Globo. É detentor de vários prêmios, como o Qorpo Santo, Troféu Açorianos e Troféu RBS. Leciona Dramaturgia na UNISINOS e História do Teatro no TEPA, além de assinar a coluna de teatro da revista Aplauso. Filmografia: 1979 – Os Familiares (CM); Abrenúncio (Ou Pergunte ao Aurelião) (CM); 1984 – A Divina Pelotense (CM); 1990 – Nostalgia (Heimweh); A Coisa Mais Importante da Vida (CM); 2004 – Diário de um Novo Mundo; Cinco Naipes (CM); 2009 – Quase Um Tango... VASCONCELOS, SEBASTIÃO Sebastião Vasconcelos Costa nasceu em Pocinhos, PB, em 21 de maio de 1927. Começa sua carreira no teatro em 1956, ano em que é agraciado com o prêmio da Associação de Críticos de Teatro de melhor ator por sua atuação na peça A Viúva Astuciosa. Nos anos 1950 participa de teleteatros na TV Tupi e em 1959 ganha o Prêmio Governador do Estado, por sua atuação na peça A Beata Maria do Egito. É um dos fundadores do Teatro Universitário. Estreia no cinema em 1959, no filme É um Caso de Polícia, dirigido por Carla Civelli, filme que nunca foi lançado comercialmente e que está sendo restaurado por Patrícia Civelli, sobrinha de Carla e filha de Mário Civelli. Estreia na televisão em 1966 na novela O Sheik de Agadir e desenvolve sólida carreira, ao participar de dezenas de novelas de sucesso – O Grito (1975), Sétimo Sentido (1982), Felicidade (1991), Corpo Dourado (1998), O Clone (2001) e Cabocla (2004), sempre pela TV Globo. Em 1977 ganha o prêmio Molière por sua atuação na peça Os Emigrados, de Rubens Corrêa. Em 2007 é contratado pela TV Record onde tem papel de destaque na novela Caminhos do Coração, como Mauro. É um grande ator brasileiro. Aos 83 anos de idade está em plena atividade. Filmografia: 1959 – É um Caso de Polícia; 1962 – Assassinato em Copacabana; 1963 – O Quinto Poder; 1969 – Os Raptores; A um Pulo da Morte; 1982 – Índia, a Filha do Sol; 1983 – Inocência; VASSOURINHA Mário Ramos nasceu em São Paulo, SP, em 16 de maio de 1923. É bói da Rádio Record antes de estrear como cantor. Revela-se um estilista do samba em meados dos anos 1930, em São Paulo. Na Rádio Record trabalha ao lado da cantora Isaura Garcia, mas é no Rio de Janeiro que encontra o sucesso e grava seu primeiro disco. Em 1941 grava Juraci e Seu Libório, no seu disco de maior sucesso, dos seis que realizou. Emília e Olga são seus outros sucessos. Faz um único filme, em 1935, Fazendo Fita. Falece precocemente, em 4 de agosto de 1942, de tuberculose, aos 19 anos. Filmografia: 1935 – Fazendo Fita. VAZ, JOEL Nasceu em São Paulo, SP, mas recém-nascido é levado pelos pais para a Europa. Na viagem de navio, contrai um vírus que o cega até os 6 anos. Curado, volta ao Brasil e se forma químico industrial, profissão que detesta, mas conclui o curso para satisfazer os anseios da família. Quer, na verdade, ser ator teatral, conseguindo mais tarde uma vaga na equipe do teleteatro, o qual é exibido pela TV Paulista. Se engaja no TBC, onde, já como profissional, trabalha em duas peças, na mesma época em que se transfere para a TV Record. Em 1957 faz sua estreia no cinema, no filme De Pernas Pro Ar e passa a morar no Rio de Janeiro. Entre outros, atua em A Máscara da Traição (1969) e Gaudêncio, o Centauro dos Pampas (1971). Na televisão, participa do especial Alma na Noite (1957) e da minissérie La Mamma (1990), além de dirigir o especial Propaganda & Mercado, em 1980. Filmografia: 1957 – De Pernas Pro Ar; 1958 – Sherlock de Araque; 1959 – Pé na Tábua; 1960 – Pistoleiro Bossa Nova; Viúvo Alegre; 1961 – Três Colegas de Batina; 1968 – Enfim Sós... Com o Outro; Três Mulheres de Casanova; 1969 – Rifa-se Uma Mulher; A Máscara da Traição; 1970 – Quatro Contra o Mundo (episódio: Jovem Retaguarda); 1971 – Gaudêncio, o Centauro dos Pampas. VAZ, RODOLFO Nasceu em Belo Horizonte, MG, em 1961. Após concluir o segundo grau, entra para o curso de teatro da Fundação Clóvis Salgado. Em 1981 funda, com Eid Ribeiro, o Grupo Chumbo ou Palha, que estreia com Bicho de Pé, Pé de Moleque, de cara ficando dois anos em cartaz. Estreia no cinema em 1984 no filme Ela e os Homens, direção de Schubert Magalhães. No teatro, tem intensa atividade nos anos 1980 em O Despertar da Primavera e Grande Sertão: Veredas. Mora um ano em Londres e trabalha com o grupo Theatre of Complicité. De volta ao Brasil, une-se ao Grupo Galpão e atua em Álbum de Família, Romeu e Julieta, A Rua da Amargura, Um Molière Imaginário. No cinema, parti cipa de Um Filme 100% Brasileiro (1985), Outras Histórias (1999), As Tentações de São Sebastião (2005), Pequenas Histórias (2007), entre outros. Vai para a televisão com o mesmo brilho e talento, em Sítio do Pica-Pau Amarelo, Hoje é Dia de Maria, Desejo Proibido, A Paixão Segundo Ouro Preto. Dirige várias peças teatrais – Chico, Samba e Amor e Mania da Explicação. Filmografia: 1984 – Ela e os Homens; 1985 – Um Filme 100% Brasileiro; 1999 – Outras Histórias; 2000 – Perdemo de Um a Um (CM); 2002 – Uma Onda no Ar; 2004 – O Casamento de Yara (CM); 2005 – As Tentações do Irmão Sebastião; 2006 – O Quadrado de Joana; 2007 – Pequenas Histórias; 5 Frações de uma Quase História; 2008 – Noite de Domingo (CM); 2009 – Moscou. VEDOVATO, JOSÉ Nasceu em Jundiaí, SP, em 1921. Em São Paulo, na década de 1950, inicia carreira no cinema atuando em pequenos papéis nos filmes Se a Cidade Contasse... (1954) e Carnaval em Lá maior (1955). Atua também na cenografia, direção de produção e assistência de direção. Estreia na direção em 1970, no filme Inocentes, porém Ingênuos. Dirige outros mais, sempre no gênero comédia erótica – A Últi ma Ilusão (1976), O Sexo e as Pipas (1981), etc. Filmografia (ator): 1954 – Se a Cidade Contasse...; 1955 – Carnaval em Lá Maior; Eva do Brasil; 1956 – Sentença de Deus (inacabado); 1957 – Dioguinho; O Preço da Ilusão; 1958 – Cavalgada da Esperança (Padroeira do Brasil); 1959 – Fronteiras do Inferno (Lonesome Women) (Brasil/EUA); O Preço da Vitória; 1962 – Caçadores (inacabado); 1966 – Amor na Selva; 1967 – Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver; 1968 – Maré Alta; 1976 – Pura Como um Anjo, Será Virgem?; 1978 – Tem Piranha no Garimpo; Com Mulher é Bem Melhor; 1981 – O Sexo e as Pipas; 1982 – Perdida em Sodoma; 1983 – Sacanagem (episódio: Vitamina C na Cama); 1984 – Ou Dá ou Desce; 1987 – Terezinha Topa Tudo. Filmografia (diretor): 1970 – Inocentes, porém Ingênuos; 1974 – E Ninguém Ficou de Pé; 1975 – Zé Sexy... Louco, Muito Louco por Mulher; 1976 – A Grande Ilusão; 1977 – Garimpeiras do Sexo; 1978 – Tem Piranha no Garimpo; 1979 – Uma Cama Para Sete Noivas (codirigido por Raffaele Rossi); 1981 – O Sexo e as Pipas; 1983 – Sacanagem (episódio: Vitamina C na Cama). VEIGA, BEATRIZ Estreia no cinema em 1969 no filme A Penúlti ma Donzela. No teatro, participa das peças A Bela Madame Vargas, O Pagador de Promessas e O Círculo de Giz. Faz poucos fi lmes, dedicando-se mais ao teatro e à televisão, na qual estreia também em 1969, no especial Um Gosto Amargo de Festa. Depois parti cipa de Verão Vermelho (1984), A Sucessora (1978) e A Máfia no Brasil (1984). Filmografia: 1969 – A Penúlti ma Donzela; 1971 – O Donzelo; 1973 – Amante Muito Louca; 1980 – Parceiros da Aventura. VEIGA, JORGE Jorge Manoel de Oliveira Veiga nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 14 de abril de 1910. Antes de ser cantor, trabalha como pintor de paredes, engraxate, vendedor de bananas e biscateiro. Em 1934 parti cipa do Programa de Calouros Metrópolis, da Rádio Educadora do Brasil. Sua primeira chance profi ssional acontece na Rádio Nacional, transferindo-se depois para a Tupi. Obtém grande sucesso com as músicas Mula Manca, Café Society e Bigorrilho. Faz muito cinema, sendo sua estreia em 1941, no filme Entra na Farra. Entre outros, parti cipa de Depois Eu Conto (1956) e Minervina Vem Aí (1959). A partir dos anos 1960 dedicase somente à carreira de cantor. Morre em 29 de junho de 1979, aos 69 anos, de cirrose hepática, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1941 – Entra na Farra; 1946 – Segura Esta Mulher; 1948 – Folias Cariocas; 1949 – Eu Quero é Movimento; 1952 – Está Com Tudo; 1955 – Car-naval em Marte; 1956 – Depois Eu Conto; Tira A Mão Daí; 1957 – Com a Mão na Massa; Metido a Bacana; Rico Ri à Toa; 1958 – Vou Te Contá; 1959 – Quem Roubou Meu Samba?; Minervina Vem Aí; 1961 – O Viúvo Alegre. VELASQUEZ, LORENA Lorena Villar Dondé nasceu na Cidade do México, México, em 15 de dezembro de 1937. Em 1957 foge do colégio para participar do concurso Misse México. As diretoras do colégio comunicam o fato à sua família, que reluta, mas acaba se rendendo ao seu talento, pois ela vence o certame. Convidada por produtores mexicanos, estreia no cinema em 1956 no filme Viva La Juventud!. O sucesso é imediato e não para mais de atuar, conquistando sólida carreira, dentro e fora de seu país. Atua em dezenas de produções cinematográfi cas – A Nave dos Monstros (La Nave de Los Monstruos) (1960), Loco por Ellas (1966), Los Desalmados (1971), Fiebre de Amor (1985), El Privilegio de Amar (1998) e El Hijo de La Tiznada (2001). Fora do México, entre outros, participa de O Rapto das Sabinas (Il Ratto Delle Sabine (França/Itália) (1961). Nesse mesmo ano desembarca no Brasil para participar do filme Quero Morrer no Carnaval, ao lado do brasileiro radicado no México, Pedro Geraldo. De volta ao seu país, da continuidade à sua vitoriosa carreira. Em atividade até os dias de hoje, nos últimos anos tem se dedicado mais à televisão. Filmografia: 1961 – Quero Morrer no Carnaval (Quiero Morir en Carnaval) (México/Brasil); 1963/1969 – Fugitivos da Noite (El Campeon de la Muerte) (México/Brasil). VELOSO, CAETANO Caetano Emmanuel Vianna Telles Veloso nasceu em Santo Amaro da Purificação, BA, em 7 de agosto de 1942. Vai para o Rio de Janeiro em 1956, tornando-se fã dos programas de rádio e artistas da época. Volta à Bahia em 1960, encontrando Salvador em grande efervescência cultural, com o Ciclo Baiano de Cinema e Escola de Teatro. Interessa-se por teoria e críti ca de cinema e faz música para a peça de Álvaro Guimarães. Participa dos festivais das TVs Excelsior e Record e passa a ser conhecido nacionalmente com a música Alegria, Alegria. Seu primeiro disco surge em 1967 e, em 1969, exilado, vai morar em Londres, regressando ao Brasil em 1971. Embora seja cantor e compositor, tem grande atração pelo cinema, participando como ator e fazendo trilhas musicais de diversos filmes. Em 1986 tem sua primeira experiência na direção, no filme Cinema Falado. Compõe dezenas de trilhas sonoras para filmes de todo o mundo – Tieta do Agreste (1996), de Cacá Diegues; Hable Con Ella (2002), de Almodóvar; e Ó Pai, Ó (2007), de Monique Gardenberg. Em 2004 grava seu primeiro CD inteiramente em inglês, A Foreign Sound. É respeitado internacionalmente como grande músico, compositor e intérprete; sem dúvida, um dos maiores poetas de sua geração. Do seu primeiro casamento com Dedé Gadelha, entre 1967 e 1986, teve um filho, Moreno Veloso (1972). Do segundo, com Paula Lavigne, teve dois filhos, Zeca (1992) e Tom (1997). Filmografia (ator): 1966 – Bethânia Bem de Perto – A Propósito de um Show (como ele mesmo); 1967 – Proezas de Satanás, na Vila do Leva e Traz (intérprete); Don Quixote (CM); 1970 – Os Herdeiros; O Tempo e o Som (CM) (depoimento); 1971 – Bahia, por Exemplo (como ele mesmo); 1971/1982 – O Rei da Vela; 1972 – O Demiurgo; Final de Juízo (inacabado); 1974 – Mito e Contramito da Família Pernambucobaiana (CM); 1976 – Os Doces Bárbaros (como ele mesmo); 1977 – Polichinelo (inacabado); 1980 – Certas Palavras (como ele mesmo); Fênix (como ele mesmo); 1981 – Brasil (CM); O Mundo Mágico dos Trapalhões (como ele mesmo); Corações a Mil; 1982 – Tabu (como Lamartine Babo); 1984 – Onda Nova (como ele mesmo); 1986 – Cinema Falado (canta Língua); 1990 – Os Sermões; 1995 – O Mandarim; Samba Riachão (depoimento); 1996 – Bahia de Todos os Sambas (como ele mesmo); 1997 – Milton Nascimento – A Sede do Peixe (como ele mesmo); 1999 – Orfeu (como ele mesmo); 2001 – Caetano – Prenda Minha; 2002 – Rogério Duprat – Vida de Músico (MM) (depoimento); Chame Gente – A História do Trio Elétrico (MM) (como ele mesmo); Noites do Norte ao Vivo (como ele mesmo); Outros (Doces) Bárbaros (como ele mesmo); Hable Con Ella (Espanha) (canta Cucurrucucu Paloma); Gilberto Gil: Tempo Rei; 2003 – Um Cavaleiro de Fina Estampa (como ele mesmo); Glauber, o Filme, Labirinto do Brasil (depoimento); 2004 – Je Taime... Moi Non Plus: Artistes et Critiques (França) (depoimento); El Milagro de Candeal (Espanha) (como ele mesmo); Bem-Vindo a São Paulo (episódio: Concreto) (narração); 2005 – Tudo Azul (Everything Blue) (EUA) (como ele mesmo); Maria Bethânia: Música é Perfume (França/Suíça) (depoimento); Vinícius (canta: Poema dos Olhos da Amada); 2006 – O Sol – Caminhando Contra o Vento (como ele mesmo); Fabricando Tom Zé (depoimento); 2007 – Fados (Portugal/Espanha) (como ele mesmo); Maria Bethânia – Pedrinha de Aruanda (depoimento); Cartola – Música para os Olhos (como ele mesmo); 2009 – Coração Vagabundo (como ele mesmo); O Homem que Engarrafava Nuvens (como ele mesmo); Tropicália (Brasil/Alemanha/EUA) (como ele mesmo); Beyond Ipanema (Brasil/EUA) (depoimento). Filmografia (diretor): 1986 – Cinema Falado; 2004 – Bem-Vindo a São Paulo (episódio: Concreto); 2007 – Caetano Veloso – Vê ao Vivo. VELOSO, LUDY Lourdes Leão Veloso nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de setembro de 1924. Muito jovem começa a trabalhar no Insti tuto do Café, mas, como quer ser atriz, não recusa o convite de Armando Couto para fazer teatro em São Paulo. Estreia na peça Helena Fechou a Porta, de Acioly Neto. Com o surgimento de outras oportunidades teatrais, Ludy acaba ficando em São Paulo. Sua estreia no cinema acontece em 1952, no filme Sai da Frente, como a primeira esposa de Mazzaropi no cinema. Faz quase uma dezena de filmes, com destaque para A Sogra (1954) e Ladrão em Noite de Chuva (1961). Na televisão, tem marcante carreira, chegando a ter programa próprio na TV Tupi, Ludy Veloso Recebe. Nos últimos tempos fazia gravações em cassete de livros para o Instituto de Cegos, chegando à incrível marca de 5 mil horas gravadas. Foi casada com o escritor, pesquisador e sertanista Oswaldo Lamartine. Morre no início dos anos 1990. Filmografia: 1952 – Sai da Frente; 1953 – O Homem dos Papagaios; Nadando em Dinheiro; Destino em Apuros; 1954 – A Outra Face do Homem; A Sogra; 1961 – Ladrão em Noite de Chuva. VENDRAMINI, LUCIANA Luciana Regina Vendramini nasceu em Jaú, SP, 10 de dezembro de 1972. Inicia carreira como modelo profissional e depois assistente no programa Xou da Xuxa, em 1986, terminando como uma das Xuxetes. Com seu rosto bonito, logo chama a atenção e faz sua primeira novela em 1991, Vamp, mas consegue destaque em 1996 em O Rei do Gado. Até 1998 participa de programas pela TV Globo, como Você Decide e Sai de Baixo. Posa para a revista Playboy em 1987. Estreia no cinema em 1988, no filme O Casamento dos Trapalhões. Foi casada por nove anos (1989/1998) com o cantor Paulo Ricardo, ex-RPM. Após seis anos afastada, em 2004 retorna na novela Da Cor do Pecado, no papel de Gracielle. Filmografia: 1988 – O Casamento dos Trapalhões; 1989 – Solidão, uma Linda História de Amor; Trancado por Dentro (CM). VERA LÚCIA Vera Lúcia Ermelinda Balula nasceu em Viseu, Portugal, em 7 de agosto de 1930. Ainda menina vem para o Brasil. Começa sua carreira artística como cantora, na Rádio Nacional. Em 1951 lança seu primeiro disco e em 1954 fica em segundo lugar no concurso para Rainha do Rádio. Estreia no cinema em 1952, no filme Barnabé, Tu És Meu, constituindo regular carreira em Arrastão (1963) e A Hora e a Vez do Samba (1973), entre outros. Versátil, também é cantora e emplaca os sucessos Eu Sei que Você Não Presta e Sempre Eu. Na televisão, participa das novelas Heidi (1960), Quarenta Anos Depois (1971) e O Espigão (1974). A partir dos anos 1980, abandona a carreira cinematográfica e se dedica somente ao canto. Em 1997 foi homenageada pelo Museu Carmen Miranda com o troféu de mesmo nome. Filmografia: 1952 – Barnabé Tu És Meu; É Fogo na Roupa; 1957 – O Noivo da Girafa; 1958 – Pega Ladrão 1962 – Assalto ao Trem Pagador; Rio à Noite (como ela mesma); 1964 – Bonitinha, Mas Ordinária; 1965 – Arrastão (Les Amants de La Mer) (França/Brasil); 1968 – As Três Mulheres de Casanova; 1970 – A Arte de Amar Bem (episódio: A Honestidade da Mentira); 1971 – Cio, uma Verdadeira História de Amor; Idílio Proibido; 1972 – Maridos em Férias (O Mês das Cigarras); 1973 – A Hora e a Vez do Samba; 1975 – A Ilha do Desejo (Paraíso do Sexo); A Transa do Turfe; 1976 – Massagistas Profissionais; 1978 – A Deusa de Mármore – Escrava do Diabo; Tem Piranha no Garimpo; A Dama de Branco; 1980 – O Inseto do Amor; Palácio de Vênus; 1981 – As Amantes de Helen; Condenada por um Desejo. VERA REGINA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1925. Logo após seu nascimento é entregue por sua mãe a uma família que a adota. Com 14 anos consegue se emancipar e começa a trabalhar como dançarina no Samba Danças. Em seguida é contratada por Silveira Sampaio, estreando na peça No País dos Cadillacs. Depois, Carlos Machado a contrata para sua casa noturna, a Night and Day, fazendo dupla com Grande Otelo. Com os shows, percorre toda a América do Sul. Atua nos filmes Minha Sogra é da Polícia (1958), O Dono da Bola (1961) e Ladrões de Cinema (1977). Filmografia: 1958 – Minha Sogra é da Polícia; Pista de Grama (Um Desconhecido Bate à Porta); E o Bicho Não Deu; 1959 – Pé Na Tábua; Garota Enxuta; Pintando o Sete; Espírito de Porco; Massagista de Madame; 1960 – Um Candango na Belacap; 1961 – Quanto Mais Samba Melhor; O Dono da Bola; 1968 – Enfim Sós... Com o Outro; 1969 – O Tesouro de Zapata; 1970 – A Arte de Amar Bem (episódio: A Honestidade de Mentir); Memórias de um Gigolô; 1971 – Tô na Tua, ô Bicho; 1976 – Traídas pelo Desejo; 1977 – Ladrões de Cinema. VERBERENA, CLÉO DE Jacyra Martino Silveira nasceu em Amparo, SP, em 26 de junho de 1909. Aos 15 anos vem a São Paulo. Inicia carreira como atriz de teatro de revista, mas logo se interessa pelas técnicas de cinema. Com o marido, Laes McReni, funda a Épica Film e é a primeira mulher a dirigir um longa-metragem na história do cinema brasileiro, O Mistério do Dominó Preto (1930). Cléo era atriz e vendeu suas joias e propriedades para financiar o sonho de produzir, dirigir e estrelar o citado filme. Morre em 1972, aos 63 anos. Filmografia: (atriz e diretora): 1930 – O Mistério do Dominó Preto. VEREZA, CARLOS Carlos Alberto Vereza de Almeida nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 4 de março de 1939. Perde o pai com meses de vida, sendo praticamente criado pela tia, num casarão onde sempre se reuniam muitas pessoas. No final dos anos 1950 inicia sua carreira artística na TV Tupi, fazendo uma ponta numa peça de Shakespeare, uma espécie de teleteatro. Estreia na televisão em 1969, no especial Um Gosto Amargo de Festa. Em 1972 fica conhecido em todo o Brasil com o personagem Miro, na primeira versão de Selva de Pedra. Desenvolve sólida carreira na televisão, no papel de personagens e tipos memoráveis – O Rebu (1974), como Laio Martins; Coração Alado (1980), como Gabriel Pitanga; De Corpo e Alma (1992), como Edilson Vidal; O Rei do Gado (1996), como o senador Caxias; O Cravo e a Rosa (2000), como Joaquim de Almeida Leal; Começar de Novo (2004), como Ademar; e, mais recentemente, Sinhá Moça (2006), como Augusto; Duas Caras (2008), como Helmut; Casos e Acasos (2008), como Jayme; e Paraíso (2009), como Padre Bento. Em 1968 estreia no cinema, no filme Massacre no Supermercado. Porém, seu grande desempenho, que lhe vale prêmios internacionais, acontece em 1984, no filme Memórias do Cárcere. Sua carreira também é marcante no teatro, tendo como destaque a peça Brida (1992). Culto e inteligente, seu passatempo predileto é ler, tendo afirmado já ter lido 1,4 mil livros. Foi casado com as atrizes Renata Sorrah e Xuxa Lopes. Tem três filhos, Larissa Vereza, com a arti sta plástica Delma Godoy; Diana, com a atriz e cantora Andréa Ferreira; e Luiz Sérgio. Com grande força de interpretação e estilo único, é um dos grandes atores brasileiros. Filmografia: 1968 – Massacre no Supermercado; 1969 – O Bravo Guerreiro; 1973 – O Descarte; 1976 – Aleluia Gretchen; O Esquadrão da Morte; 1977 – Vítimas do Prazer (Snuff); 1984 – Memórias do Cárcere; 1991 – Os Cornos de Cronos (Portugal); 1999 – O Primeiro Dia; 2000 – Aleijadinho, Paixão, Glória e Suplício; 2001 – Suicídio, Nunca! (CM); 2002 – As Três Marias; 2005 – Epopeia Euclydeacreana (narração); 2006 – Brasília 18%; 2008 – Mistéryos; Bezerra de Menezes: O Diário de um Espírito; 2009 – Um Homem Qualquer. Filmografia (diretor): 1977 – O Frango Assado (CM). VEREZA, LARISSA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1984. É filha do ator Carlos Vereza e da arti sta plástica Delma Godoy. Aos 5 anos já pertencia a um grupo de teatro amador. Forma-se em Artes Cênicas pela Faculdade Estácio de Sá. Estuda nos Estados Unidos. Participa de várias peças e em parti cular de A Guerra de Troia, pela qual é premiada como diretora e atriz no Festival de Teatro da Bookmaker. Estreia no cinema em 2007 dirigindo e atuando no curta Noite de Cinzas. Seus dois primeiros longas-metragens são de temáti ca espírita: Bezerra de Menezes: O Diário de um Espírito (2008), em que atua ao lado do pai; e Chico Xavier (2010). É casada com Emilyano Ruschel, com quem tem uma fi lha, Dominique Ruschel. Na peça Meu Fatal Lado Esquerdo, seu atual trabalho, canta e atua com seu pai. Estreia na televisão em 2009 na novela Paraíso, pela TV Globo, como a Irmã Matilde. Monta com o marido a produtora Pipoca Produções, que tem por objeti vo a pesquisa de novas linguagens. Filmografia (atriz): 2007 – Noite de Cinzas (CM); 2008 – Bezerra de Menezes: O Diário de um Espírito; 2010 – Chico Xavier. Filmografia (diretora): 2007 – Noite de Cinzas (CM). VERGUEIRO, CARLOS Carlos Pereira de Campos Vergueiro nasceu em São Paulo, SP, em 1º de janeiro de 1920. Forma-se advogado, mas não chega a exercer a profissão, pois dá preferência à sua carreira artística, onde inicia como crítico musical. Em 1948 começa a trabalhar como ator no Teatro Experimental, dirigido por Alfredo Mesquita. Estreia na peça À Quoi Revent Les Jeunes Filles, de Musset. Participa da fundação do TBC e é o seu primeiro diretor, participando de montagens históricas – Seis Personagens à Procura de um Autor, com Cacilda Becker; e Ralé, com Maria Della Costa. Estreia no cinema em 1949, no lendário curta O Roubo do Brilhante, trabalho considerado o embrião da Vera Cruz. Depois faria somente mais um filme, em 1950, Caiçara, primeira produção da Vera Cruz, com destacado papel, mas que acaba sendo sua única experiência profissional nessa área. Depois disso, atua como diretor artístico da Rádio Eldorado, emissora em que também é um dos fundadores. Durante mais de 30 anos, cria programas líderes de audiência – Um Piano ao Cair da Tarde e Música de Concerto. Carlos Vergueiro compõe a trilha sonora dos filmes Roteiro dos Pampas (1963) e Isto é São Paulo (1970) e escreve o roteiro de Sinhá Moça (1953) e Uma Pulga na Balança (1953), ambos da Vera Cruz. Na televisão, atua também em apenas uma novela, Roda de Fogo, pela TV Globo, em 1985, também em destacado papel, como o pai de Bruna Lombardi. Nunca quis desenvolver sua carreira de ator, embora ti vesse talento para isso. Revendo o filme Caiçara, do longínquo ano de 1950, podemos ver sua habilidade de ator, ao interpretar Manuel, o sócio de Abílio Pereira de Almeida, que, apaixonado por sua mulher, a bela Eliane Lage, não pensa duas vezes e assassina o amigo. Foi casado com Zilah Maria Pederneiras Fontainha, com quem teve três filhos, Guilherme, Maria Luíza e Carlinhos Vergueiro, que é cantor e compositor. Morre em 31 de março de 1998, aos 78 anos, de enfarte, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1949 – O Roubo do Brilhante (CM); 1950 – Caiçara. VERGUEIRO, MARIA ALICE Maria Alice Monteiro de Campos Vergueiro nasceu em São Paulo, SP, em 19 de janeiro de 1935. Começa sua carreira em 1962, no Teatro Arena. Em 1977, funda, com Luiz Roberto Galizia e Cacá Rosset, o Teatro do Ornitorrinco. Gosta de estabelecer parcerias com jovens talentos, fazendo teatro experimental. Mais ligada ao teatro, Maria Alice trabalha também em cinema, sendo sua estreia em 1971/1982, no filme O Rei da Vela, passando por Muito Prazer (1979) e Perfume de Gardênia (1992), entre outros. Faz sua estréia em novelas, com Sassaricando (1987), como Lucrécia; Brava Gente (1996), como Elsinha; e, mais recentemente, O Sistema (2007), como Leda; e Tudo que é Sólido Pode Derreter (2009). Em 1996, ganha vários prêmios de melhor atriz, por seu desempenho na peça O Alvo, do austríaco Thomas Bernhard. Em 2006 causa polêmica ao participar do vídeo Tapa na Pantera, onde aparece fumando um baseado. Esse vídeo fez muito sucesso ao ser veiculado no YouTube e visto por milhares de pessoas. Foi casada com Sílvio de Almeida, com quem teve dois fi lhos, Maria Sílvia Vergueiro de Almeida e Roberto Vergueiro de Almeida. Filmografia: 1971/82 – O Rei da Vela; 1973 – Alice no País das Maravilhas (CM); 1974 – Amor e Medo; 1977 – Os Demónios de Alcáter Quibir (Portugal); 1978 – O Bom Marido; 1979 – Muito Prazer; 1981 – Maldita Coincidência; 1983 – Divina Previdência (CM); Do Outro Lado da Rua (CM); 1986 – Romance; 1987 – Urubus e Papagaios; Romance; Carlota Amorosidade (CM); 1991 – O Corpo; Olímpicos (CM); 1992 – Perfume de Gardênia; PRKdeia (CM); 1995 – Disseram que Voltei Americanizada, um Filme de Merda (CM); 1997 – A Grande Noitada; 2000 – Cronicamente Inviável; 2004 – Ato II Cena 5 (CM); 2006 – Tapa na Pantera (CM); 2008 – Relicário (CM); 2009 – Topografia de um Desnudo. VERÍSSIMO, LÚCIA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de julho de 1958. É filha do cantor, músico e compositor Severino Filho, integrante e fundador do lendário grupo musical Os Cariocas. Nadadora exímia, Lúcia é integrante da equipe de natação do Clube de Regatas Flamengo. Muito bela, talentosa e com corpo escultural, logo inicia carreira de atriz, ao participar da novela Marina, em 1980, pela TV Globo. No ano seguinte, em 1981, estreia no cinema, no filme Mulher Sensual. A partir daí vê sua carreira deslanchar, principalmente nas novelas Champagne (1983), Mandala (1987), Despedida de Solteiro (1992), Andando nas Nuvens (1999) e América (2005). Causa furor ao posar nua pela primeira vez para a revista Playboy, em 1983. Em 1988 pousaria novamente, mas sem o mesmo impacto da primeira. No cinema, tem seu melhor momento em 1984, como protagonista principal no filme Jeitosa, um Assunto Muito Particular. Seu último filme até o momento é O Homem Nu (1997), de Hugo Carvana. Filmografia: 1981 – Mulher Sensual (Novela das Oito); Filhos e Amantes; 1982 – Um Casal de Três (Carícias Eróti cas); 1984 – Jeitosa, um Assunto Muito Particular; 1995 – As Feras; 1997 – O Homem Nu. VERONESE, AMÍRIS Estreia no cinema em 1967, no filme O Menino e o Vento. Na televisão, participa de uma única novela, Escrava Isaura (1976). Faz poucos filmes, sendo o último Viver de Morrer (1972). Considerada uma atriz nata, seu temperamento dramáti co foi pouco explorado, mas, nos poucos trabalhos que realiza, deixa marcas. Foi casada com o crítico de cinema Antonio Moniz Viana. Morre em julho de 1979. Filmografia: 1967 – O Menino e o Vento; 1968 – O Quarto; 1971 – Uma Pantera em Minha Cama; Viver de Morrer. VERZA, MARCOS Jovem e promissor ator, inicia sua carreira no cinema em 2002, no filme Paixão de Jacobina. Na televisão, participa da série Pé na Porta, em 2007. Tem atuado em diversos fi lmes, destacando-se em dois – Valsa para Bruno Stein (2007) e Em Teu Nome (2009). Filmografia: 2002 – Paixão de Jacobina; 2003 – Noite de São João; 2004 – Messalina (CM); Bens Confi scados; 2007 – Valsa para Bruno Stein; 2008 – Sangue na Lua (CM); 2009 – Dia do Jogo (CM); Em Teu Nome; Quiropterofobia (CM); Casa Verde. VESPÚCIO, PAULO Paulo Vespúcio Garcia inicia sua carreira na televisão, em 1994, no papel de Pé de Bode, na minissérie Memorial de Maria Moura. Em 1996, faz seu primeiro filme, Um Céu de Estrelas, no papel do mau-caráter Victor, o qual barbariza mãe e filha. Por seu desempenho, ganha notoriedade nacional e passa a ser requisitado quase sempre para o papel de vilão. Assim foi como o Severino, de Porto dos Milagres (2001); Desidério, de Cabocla (2004); Hunter, de Bang-Bang (2005). Na minissérie Maysa – Quando Fala o Coração (2009) interpreta um repórter. No cinema tem atuado com frequência também em curtas e longas – O Dia da Caça (1999), Irmãos de Fé (2004), Didi – O Caçador de Tesouros (2006) e Destino (2009), este último produzido por Lucélia Santos. Filmografia: 1996 – Um Céu de Estrelas; 1998 – Orgasmo Total (CM); 1999 – O Dia da Caça; O Tronco; 2000 – Vida e Obra de Ramiro Miguez; 2002 – Eclipse (Alemanha/Áustria); 2003 – Maria, Mãe do Filho de Deus; 2004 – Irmãos de Fé; 2005 – Preto no Branco (CM); 2006 – Fúria (CM); Didi – O Caçador de Tesouros; 2009 – Destino; 2010 – Chico Xavier. VIANA, DIDI Maria de Lourdes de Campos Viana nasceu em Ipauçu, SP, em 27 de junho de 1911. Menina, ajuda o pai no cartório, fazendo serviços de dati lografia. Com vocação artística desde pequena, faz seu debut no Grêmio Artístico da cidade, em que o pai é diretor, ao completar o elenco de um grupo amador que ali se apresenta. Com a ideia fixa de ser atriz de cinema, parti cipa de concursos e se corresponde com a revista Cinearte, enviando fotos e aguardando uma oportunidade. Em 1929 é convidada por Adhemar Gonzaga para parti cipar do filme Saudade, produção inacabada da Cinearte Filmes, precursora da Cinédia. Esse filme não é concluído, mas Didi é incluída na próxima película, Lábios Sem Beijos. Nessa época, inicia um romance com Adhemar Gonzaga, com quem se casa em 1932, em Montevidéu, já que Adhemar é desquitado de Genesy Ribeiro, sua primeira esposa. Didi abandona a carreira artísti ca e passa a auxiliar Gonzaga nas funções burocráticas da empresa. Anos depois se separam e ela fixa residência em São Paulo, onde morre em 20 de julho de 1976, aos 65 anos. Da união com Gonzaga, em 1934, nasce Alice, que comanda os estúdios da Cinédia até hoje, preservando-os, assim como todo o acervo cinematográfico da lendária companhia. Filmografia: 1929 – Saudade (inacabado); 1930 – Lábios Sem Beijos; 1931 – O Preço de um Prazer (inacabado); 1936 – Alô, Alô, Carnaval; Bonequinha de Seda. VIANA, INEZ Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1970. Atriz e cantora. Estuda teatro na Casa das Artes de Laranjeiras. Estreia profi ssionalmente na peça Uma Aventura Carioca, em 1991, e é agraciada com o prêmio de melhor atriz teatral do ano. Atua em mais de 20 peças, destaque para Futuro do Pretérito (1996), Cole Porter – Ele Nunca Disse que me Amava (2001), Elis – Estrela do Brasil (2002), Orlando Silva – O Cantor das Multidões (2004), A Mulher que Escreveu a Bíblia (2008). Na televisão estreia no programa Você Decide, em 1997, depois participa das novelas Era Uma Vez... (1998), Laços de Família (2000) e Páginas da Vida. O primeiro filme que atua é um curta-metragem, A Breve História de Cândido Sampaio, em 2001. Hoje é professora de interpretação da Casa das Artes de Laranjeiras. Profunda conhecedora da obra de Ariano Suassuna, já desenvolveu vários trabalhos e homenagens ao grande escritor paraibano. Está casada com o diretor musical Marcelo Neves. Filmografia: 2001 – A Breve História de Cândido Sampaio (CM); 2004 – A Dona da História; Um Show de Verão; 2008 – Quem é Cezar? (CM); 2009 – Nesta Data Querida (CM). VIANA, NENA Inajá Viana nasceu em Patos, PB, em 8 de outubro de 1926. Em 1958 começa a trabalhar com Mazzaropi, na recém-fundada PAM Filmes. Fiel escudeira, pertencente à tropa de elite do grande mestre, com ele fica até 1980, quando este morre, alternando sua carreira como atriz ou maquiadora, cargo da mais alta confi ança na hierarquia da companhia. Faz a maquiagem de Mazza nos filmes Um Caipira em Bariloche (1973), Jecão... Um Fofoqueiro no Céu (1977) e Jeca e a Égua Milagrosa (1980). Como atriz, participa de vários filmes, mas seu papel de maior destaque acontece em 1959, no filme Jeca Tatu, personagem levemente inspirado em Giuletta Masina, no filme Estrada da Vida (La Strada), 1954, clássico italiano de Federico Fellini. Com a morte de Mazzaropi, em 1980, afasta-se da vida artística. É mãe do palhaço de circo e humorista Marquinho, famoso nos anos 1990 fazendo pegadinhas pela Rede TV, no programa de João Kleber. Filmografia: 1958 – Chofer de Praça; 1959_ Jeca Tatu; 1960 – As Aventuras de Pedro Malazartes; Zé do Periquito; 1962 – O Vendedor de Linguiças; 1969 – No Paraíso das Solteironas; 1972 – O Grande Xerife. VIANA, VERA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 26 de novembro de 1945. Estreia no cinema em 1964, no filme Asfalto Selvagem, celebrizando-a da noite pro dia, devido às suas cenas de nudez, ousadas para a época. Em seus filmes seguintes aproveita sua beleza e sensualidade para levar às telas histórias picantes, quase sempre histórias escritas por Nelson Rodrigues. Na TV Rio, faz sua estreia na novela O Desconhecido. No teatro, brilha com a peça Toda Donzela Tem um Pai que é uma Fera, ao lado do então namorado Glauco Gil. Com o sucesso, a peça vai para o cinema com a mesma Vera. Depois de muitos anos afastada da vida artística, Vera tenta retomar a carreira na novela Pão Pão, Beijo Beijo, em 1983, pela TV Globo. Filmografia: 1964 – Asfalto Selvagem; História de um Crápula; 1966 – Paraíba, Vida e Morte de um Bandido; Toda Donzela Tem um Pai que é uma Fera; Engraçadinha Depois dos Trinta; 1967 – Todas as Mulheres do Mundo; 1967 – O ABC do Amor (episódio brasileiro: O Pacto) (Brasil/Argentina/Chile); 1968 – Viagem ao Fim do Mundo. VIANA, WILSON Wilson Vasconcelos Viana nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27 de fevereiro de 1928. Aluno do Colégio Anglo-Brasileiro e do Colégio Piedade, chega a frequentar a Faculdade de Direito, mas não conclui. O diretor José Carlos Burle convida-o para parti cipar do filme Barnabé, Tu És Meu, em 1952, sua estreia cinematográfi ca. Constitui sólida carreira, compondo todos os tipos de personagens, chegando a ganhar prêmios por suas interpretações, como em Matar ou Correr, de 1954. Destacam-se, ainda, Tumulto de Paixões (1958) e Os Trapalhões e o Mágico de Oroz (1984). Em 1956 vai para o México e lá atua em oito filmes, inclusive um personagem do tipo Tarzan. Em 1966 é convidado para interpretar o Capitão Aza, personagem de muito sucesso entre a garotada e que fi ca 14 anos no ar, no seriado do mesmo nome. Viana foi um dos precursores dos programas infanti s no Brasil. Seu personagem usava uma roupa inspirada no uniforme da Aeronáutica e se autoproclamava o comandante-chefe das forças infantis desse Brasil. O nome Aza, com z, foi criado como homenagem a um falecido herói da FAB que lutou na Segunda Guerra Mundial, o capitão-aviador Adalberto Azambuja, conhecido por Aza entre seus colegas aviadores. Na televisão, participa em 1984 da novela Marquesa de Santos, pela TV Manchete. Em 1997 lança livro autobiográfi co intitulado: Deus Me Deu Asas. Delegado aposentado, morre em 3 de maio de 2003, aos 75 anos de idade, no Mato Grosso do Sul, onde passava uma temporada com a mulher, o filho e a nora. Filmografia: 1952 – Barnabé Tu És Meu; Os Três Vagabundos; Simão, o Caolho; 1953 – Amei um Bicheiro; É pra Casar?; 1954 – Matar ou Correr; Nem Sansão Nem Dalila; 1955 – O Grande Pintor; O Rei do Movimento; Guerra ao Samba; 1956 – Depois eu Conto; O Feijão é Nosso; Vamos com Calma; Curucu, o Terror do Amazonas (Curucu, Beast of the Amazon) (EUA); 1957 – Escravos do Amor das Amazonas (Love Slaves of the Amazon) (EUA); 1958 – Tumulto de Paixões (Fluch Des Amazonas) (Alemanha/Brasil); Mulher de Fogo (Mujeres de Fuego) (Mexico/Brasil); Amazônia Nua (inacabado); 1959 – A Capulqueña (México); 800 Léguas por El Amazon (México); 1960 – El Supermacho (México); 1962 – Barú, El Hombre de La Selva (México); El Mundo Salvaje de Barú (México); 1967 A Lei do Cão; 1969 – O Tesouro de Zapata; 1974 – O Pica-Pau Amarelo; 1983 Atrapalhando a Suate; 1984 – Os Trapalhões e o Mágico de Oroz. VIANA JR. Sérgio Von Puttkammer nasceu em 10 de junho de 1941. Inicia sua carreira artística no cinema, em 1961, no filme ‘Tristeza do Jeca’, ao lado de Mazzaropi. Já com talento para o humor, estreia na televisão em 1963 no programa Sete Belo Show, pela TV Record, onde contracena ao lado de Jô Soares, Maria Tereza, Costi nha e Otelo Zeloni, depois Quem Bate (1965), como o Pavani; Mãos ao Ar (1965/67); Quatro Homens Juntos (1965), etc. Seu principal papel na televisão foi como o rabugento Apolônio, em que era o escada da velha surda, brilhantemente interpretada por Rony Rios, na Praça da Alegria de Manoel de Nóbrega e depois em A Praça é Nossa, de Carlos Alberto de Nóbrega. O cinema, seu último filme foi a comédia ‘Nem as Enfermeiras Escapam’, em 1977, no papel do cacique Machu Paka. Nos últimos anos estava afastado da vida artística, lutando contra uma rara doença, Ataxia Cerebelar, que lhe impedia de ter controle sobre seus movimentos musculares. A Atriz e cantora Marly Marley chegou a organizar um show para arrecadar fundos para o tratamento do humorista. Morre em 07 de junho de 2010, em sua casa, na cidade de Itanhaém, SP, litoral sul de São Paulo, aos 68 anos de idade. Filmografi a: 1961- Tristeza do Jeca; 1963-Casinha Pequenina; 1977-A Árvore dos Sexos; Nem as Enfermeiras Escapam. VIANINHA Oduvaldo Vianna Filho nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 4 de julho de 1936. Filho do escritor e produtor teatral Oduvaldo Vianna e da radialista Deocélia Vianna, muda-se ainda na infância para São Paulo. Entra para o Teatro Paulista do Estudante, trabalhando ao lado de Gianfrancesco Guarnieri, Raymundo Duprat e Vera Gertel, que viria ser sua esposa. Vianinha, como era conhecido, torna-se dramaturgo e pensador de teatro, artista a serviço de um projeto de mudança social. Escreve, entre outras peças, Os Azeredo mais os Benevides, O Auto dos 99% e Chapetuba Futebol Clube. Para a televisão, escreve A Grande Família, seriado de grande sucesso na TV Globo, no início dos anos 1970. Estreia no cinema em 1949, ainda menino, no filme Quase no Céu e atua em muitos outros – Cinco Vezes Favela (1965), A Derrota (1967) e Um Homem Sem Importância (1971). Morre de câncer, prematuramente, em 16 de julho de 1974, aos 38 anos, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1949 – Quase no Céu; 1959 – Amor Para Três; 1962 – Cinco Vezes Favela (episódio: Escola de Samba, Alegria de Viver); Os Mendigos; 1965 – O Desafio; Mar Corrente; 1966 – A Derrota; 1969 – As Duas Faces da Moeda; 1970 – É Simonal; 1971 – Um Homem Sem Importância; 1980 – Fênix (CM) (como ele mesmo). VIANNA, CRIS Nasceu em São Paulo, SP, em 1977. Aos 13 anos perde o pai e trabalha como babá e depois num consultório odontológico para ajudar a sustentar a família. Aos 17 anos, perseverante, alta (1,76m) e bela, inicia carreira de modelo e começa a estudar balé clássico. Como modelo, conhece vários países: Japão, Canadá e outros da Europa. Em 1990 entra para o grupo das mulatas do Sargentelli e participa de uma turnê em Aruba. Começa a estudar teatro e logo surgem suas primeiras oportunidades. Inicialmente em campanhas publicitárias da Colgate, Nestlé, C&A. Logo após essa fase de garota-propaganda realiza testes para a Oficina de Atores da TV Globo. Aprovada, muda-se para o Rio de Janeiro. Estreia como a Drica de América, em 2005, ano em que também inicia no cinema, numa pequena parti cipação em Jogo Subterrâneo. Na televisão, foi a Maria das Dores de Sinhá Moça (2006), Gilda de O Profeta (2007), Sabrina de Duas Caras (2008), a empregada por quem o filho do patrão, Barretinho, é apaixonado, talvez seu melhor momento; a Marta de Casos e Acasos (2008) e Candinha de Paraíso (2009). No cinema, recebe a difícil missão de interpretar Marisa, mãe adotiva do sequestrador Sandro, no filme Última Parada 174, de Bruno Barreto, quando se consagra como grande atriz brasileira. Filmografia: 2005 – Jogo Subterrâneo; 2008 – Sexo com Amor; 2008 – Última Parada 174; 2009 – Besouro; Flordelis – Basta uma Palavra para Mudar. VIANNA, FERNANDA Bailarina profissional, ingressa no Grupo Transforma em 1981, estreando no espetáculo Escolha Seu Sonho, sob a direção de Dudude Herrmann. Participa do espetáculo Bing, ainda com Dudude Herrmann e Eid Ribeiro, baseado na obra de Samuel Becket. Atua, como Grupo de Dança Primeiro Ato, nos espetáculos Whisky com Guaraná, de Dudude Hermann; Quebra-Cabeça e Isso Aqui Não é Gothan City, de Paulinho Polika; Tigarigari, de Sônia Motta; e em Carne Viva, de Dudude Herrmann e Arnaldo Alvarenga, pelo qual recebe o Prêmio Sesc/Sated de melhor bailarina de 1990. Integra o Grupo Galpão desde 1995 e atua nos espetáculos Romeu e Julieta, A Rua da Amargura, Um Molière Imaginário, Partido, Um Trem Chamado Desejo, O Inspetor Geral e Um Homem é um Homem. Trabalha como preparadora corporal nos espetáculos Um Molière Imaginário do Grupo Galpão e nas peças Quando Você Não Está no Céu e Servidão Humana, da Companhia Teatral Odeon. Estreia no cinema em 1999 no curta Toda Hora é Hora, pelo qual recebe o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Fortaleza. Filmografia: 1999 – Toda Hora é Hora (CM); 2005 – Vinho de Rosas; 2008 – As Fadas da Areia (CM); 2009 – Moscou. VIANNY, BETINA Elisabete Veiga Fialho nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 30 de setembro de 1950. É filha do cineasta Alex Viany (1918-1992). Começa sua carreira artística no cinema, ao parti cipar do filme Garota de Ipanema, em 1967. Tinha então 17 anos. Participa de mais alguns filmes, até estrear na televisão, em 1973, na novela Venha Ver o Sol na Estrada. Passa a atuar com frequência na televisão, em novelas e minisséries como Eu Prometo (1983), Mandala (1987), O Dono do Mundo (1991), Quatro por Quatro (1995), Torre de Babel (1998), Você Decide (1996/99), Brava Gente (2001) e O Quinto dos Infernos (2002). Filmografia: 1967 – Garota de Ipanema; 1968 – Edu, Coração de Ouro; 1973 – Detetive Bolacha Contra o Crime; Gênio de A Noite do Desejo (Data Marcada Para o Sexo); Alice no País das Maravilhas (CM); 1975 – A Casa das Tentações; 1976 – Luz, Cama, Ação!; 1978 – A Noiva da Cidade; 1980 – O Grande Palhaço; 1988 – Jardim de Alah; 1989 – Dias Melhores Virão; 1992 – Oswaldianas (episódio: Perigo Negro); 1998 – Menino Maluquinho 2 – A Aventura; 2008 – Nós Somos um Poema (CM) (depoimento). VICTORAZO, DENIS Nasceu em São Paulo, SP, em 1º de maio de 1966. Ainda no primário, começa a frequentar teatro e percebe sua vocação para ser ator. No ginásio, participa de um espetáculo fazendo Leonardo Da Vinci e em seguida entra para a Escola de Arte Dramáti ca. Já como profissional, atua nas peças Nos Tempos da Jovem Guarda, Calígula, Laços Eternos. No cinema, tem seu melhor momento em 1997 no filme Bocage, o Triunfo do Amor. Paralelamente, faz comerciais e dubla filmes. Na televisão faz o especial Sete Minutos, em 2003. Filmografia: 1994 – A Causa Secreta; 1997 – Bocage, o Triunfo do Amor. VICTORETTE, VIVIANE Viviane de Queiroz Victorette nasceu em Fortaleza, CE, em 15 de dezembro de 1978. Ainda em sua terra natal faz algumas peças de teatro e campanhas publicitárias. Em 1999 muda-se para o Rio de Janeiro e entra para a Casa das Artes de Laranjeiras (CAL), onde conhece o diretor Marcelo Andrade, que a convida para participar de várias peças infantis, entre elas, Branca de Neve. Em 1997 faz sua primeira novela, Mandacaru, pela extinta TV Manchete. Em 1999 vai para a TV Globo participar da novela Força de um Desejo, como Clarissa. Seu grande momento acontece em 2001, no difícil papel da drogada Regininha, em O Clone. Sua carreira então decola e ela não para mais de trabalhar – Jamais te Esquecerei (2003), América (2005), Duas Caras (2008) e nas séries A Grande Família (2006) e A Diarista (2006). Em 2005 posa nua para a revista Playboy. Estreia no cinema em 2007 no filme Segurança Nacional, lançado somente em 2010. Vegetariana e adepta de ioga, está casada com o fotógrafo Diego Suassuna, com quem tem uma filha, Júlia, nascida em 2009 Filmografia: 2007 – Segurança Nacional. VIDAL, MARIA Maria Cândida dos Santos Vidal nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 14 de novembro de 1905. Baixinha, gordinha, mas uma comediante de talento raro e nato, inicia sua carreira profissional no teatro. Em 1939 estreia no cinema no filme Futebol em Família. Sempre em papéis cômicos de mulher mandona, faz muito sucesso. Nos anos 1950 trabalha na Rádio Guanabara, na Rádio Nacional do Rio, na Rádio Tupi do Rio e Rádio Tupi de São Paulo, sempre com igual sucesso. Não demora muito para chegar à televisão, sendo sua estreia em 1955, na comédia Seu Pepino. Como a atriz preferida do produtor Ribeiro Filho, em 1958 participa de vários episódios da série TV de Vanguarda. Seu maior papel no cinema talvez seja no filme Camelô da Rua Larga, ao lado de Zé Trindade, em 1958, como Dona Bebê, a rabugenta dona da pensão que o malandro mora. Sempre morou com sua irmã mais velha, de quem cuidava. Adorava gatos, chegando a acolher dezenas em sua casa, para desespero dos vizinhos. Sua última aparição na televisão foi no especial Klauss, o Loiro, em 1963. Por motivos até hoje desconhecidos, comete suicídio em 14 de maio de 1963, em São Paulo, aos 57 anos de idade, ao ingerir altas doses de soda cáusti ca. Assim, prematuramente, o Brasil perdeu um de seus grandes talentos. Hoje esquecida, é uma atriz para ser revista e redescoberta. Filmografia: 1939 – Futebol em Família; 1945 – O Cortiço; 1949 – Quase no Céu; 1954 – A Sogra; 1956 – A Pensão de Dona Estela; 1957 – Dorinha no Soçaite; Casei-me com um Xavante; Um Marido Barra Limpa (lançado somente em 1967); 1958 – Vou Te Contá; Camelô da Rua Larga; 1959 – Quem Roubou Meu Samba?; 1960 – Sai Dessa Recruta. VIDAL, MARINEIDE Nasceu em Itabuna, BA, em 1956. O pai é um rico fazendeiro de cacau em sua cidade. Jovem, começa a trabalhar como modelo fotográfico, escondida. Em 1973, posa nua para o fotógrafo Antonio Guerreiro, o que acaba lhe abrindo muitas portas. Mudase para o Rio de Janeiro e inicia curso de medicina, na UFRJ, mas tem que trancar matrícula no segundo ano para se dedicar à carreira artística. Estreia no cinema em 1978 no filme O Bom Marido. No teatro, participa de peças infantis de Maria Clara Machado e, na televisão, no programa de Chico Anysio. Filmografia: 1978 – O Bom Marido; Manicures a Domicílio; As Mil e Uma Posições do Amor; 1979 – O Outro Lado do Crime; Sexo Selvagem; 1983 – Ninfetas do Sexo Selvagem. VIEGAS, MÁRIO Antonio Mário Lopes Pereira Viegas nasceu em Santarém, Portugal, em 10 de novembro de 1948. Ator de longa carreira no seu país, com estreia em 1976 no filme O Funeral do Patrão. São dezenas de filmes ao longo de 20 anos, como Azul, Azul, (1986), A Divina Comédia (1991) e Sosti ene Pereira (1996), no papel de um editor de jornal, seu último fi lme. Participa de apenas um filme brasileiro, O Judeu, na verdade uma coprodução luso-brasileira. Esse filme, dirigido por Tom Job Azulay, é o vencedor do Festi val de Brasília em 1995. Viegas é pré-candidato à Presidência da República e assume publicamente sua homossexualidade. Morre em 1º de abril de 1996, em Lisboa, aos 47 anos, de complicações decorrentes da Aids. Filmografia: (no Brasil): 1987/1996 – O Judeu (Brasil/Portugal). VIEIRA, ÂNGELA Ângela Regina Vieira nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 3 de março de 1952. Começa sua carreira na televisão em 1981, no humorístico Viva o Gordo. Em 1990 participa do seriado Araponga. Em 1999 faz sua primeira novela, Terra Nostra, seguindo-se Coração de Estudante (2002), Kubanacan (2003) e Senhora do Destino (2005). Estreia no cinema em 2003 no filme Viva Sapato!. Participa também dos programas Você Decide (1997/99), Sai de Baixo (2001), Os Normais (2001 e Carga Pesada (2005). Do seu casamento com o diretor Roberto Frota (1939), tem sua única filha, Nina, nascida em 1984. Desde 2002 está casada com o cartunista Miguel Paiva (1950). Filmografia: 2003 – Viva Sapato!; 2005: Zuzu Angel; 2006 – Gatão de Meia Ida-de; 2007 – Segurança Nacional. VIEIRA, LEONARDO Leonardo de Pinho Vieira nasceu Rio de Janeiro, RJ, em 28 de dezembro de 1968. Estreia na televisão em 1990 na novela A História de Ana Raio e Zé Trovão, pela extinta TV Manchete. Contratado pela TV Globo, interpreta o jovem José Inocêncio em Renascer e a partir daí sua carreira decola, ao participar da novela Brida (1998), ainda pela TV Manchete. Já na TV Globo, atua em minisséries/novelas como Suave Veneno (1999), Malhação (1999), Os Maias (2001), Sítio do Pica-Pau Amarelo (2003), Senhora do Destino (2005) e Como uma Onda (2005). Contratado pela TV Record, é protagonista de Prova do Amor (2006), Caminhos do Coração (2007) e Os Mutantes (2008). Estreia no cinema em 1996 no curta-metragem Pão de Açúcar e em seguida parti cipa de Cronicamente Inviável (2000) e Concerto Campestre (2005), entre outros. É um dos valores da nova safra de atores brasileiros. Filmografia: 1996 – Pão de Açúcar (CM); 1998 – A Droga Consumida (CM); 2000 – Cronicamente Inviável; 2001 – Licor de Arbusto (CM); 2002 – Poeta de Sete Faces (Vida e Poesia de Carlos Drummond de Andrade); 2003 – O Vestido; Achados e Perdidos (CM); 2005 – Concerto Campestre; 2006 – Veias e Vinhos – Uma História Brasileira. VIEIRA, LISA Nasceu em São Paulo, SP, em 18 de setembro de 1949. À época do cursinho para o vestibular de psicologia, resolve participar de um grupo teatral da escola, que acaba ganhando o Prêmio Governador do Estado para teatro amador. Terminado o cursinho, passa no vestibular, mas ao invés de se matricular na faculdade, ingressa no EAD. Durante o curso, participa de quase todas as montagens da escola – Os Namorados, de Goldoni, e Flávia, Cabeça, Tronco e Membros, de Millôr Fernandes. Quando está no terceiro ano o diretor Antunes Filho convida-a para fazer parte da peça Em Família, ao lado de Paulo Autran. Em 1972 é convidada por Carlos Zara para participar da novela Camomila e Bem-me-quer, pela TV Tupi, como Verinha. Com o sucesso, passa a participar de muitas outras – Mulheres de Areia (1973), O Machão (1974), O Velho, o Menino e o Burro (1975), todas pela TV Tupi. Em 1975 estreia na TV Globo em A Sucessora. Seguem-se outras, Séti mo Sentido (1982), Cortina de Vidro (1989), Alma de Pedra (1998), Marcas da Paixão (2000) e Maria Esperança (2007). Em 2007 retorna para parti cipar de Maria Esperança, pelo SBT. Estreia no cinema em 1974 no filme Pensionato de Mulheres, seguindo-se de O Supermanso (1975) e Inseto do Amor (1980). Filmografia: 1974 – Pensionato de Mulheres; 1975 – Amantes, Amanhã se Houver Sol; O Supermanso; 1976 – A Carne (Um Corpo em Delírio); A Noite das Fêmeas (Ensaio Geral); 1977 – Paixão e Sombras; Contos Eróti cos (episódio: O Arremate); O Mulherengo; 1978 – As Amantes de um Homem Proibido; A Noite dos Duros; 1980 – Ato de Violência; O Inseto do Amor. VIEIRA, MANOEL Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 5 de outubro de 1905. Começa sua carreira artística no Teatro de Revista, como comediante, ao lado de Oscarito e Pedro Dias no Teatro Recreio. Sempre interpretando papel de português, por fazer o sotaque perfeito, confunde a todos, que acham que ele realmente nasceu em Portugal. Na verdade é carioca da gema. Estreia no cinema em 1935, no filme Noites Cariocas e desenvolve sólida carreira cinematográfica, com destaque para O Ébrio (1946), O Lamparina (1963) e Independência ou Morte (1972). Na televisão, participa de duas novelas, Uau, a Companhia (1972) e Supermanoela (1974). É um dos grandes atores cômicos do Brasil, roubando as cenas que participa. Morre em 1979, aos 74 anos, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1935 – Noites Cariocas; 1945 – O Cortiço; 1946 – Ébrio; O Cavalo 13; 1947 – Esta é Fina; 1948 – Fogo na Canjica; Pra Lá de Boa; Mãe; 1949 – Escrava Isaura; Inocência; 1950 – Anjo do Lodo; Não é Nada Disso; 1952 – Está Com Tudo; 1953 – É Pra Casar?; 1955 – Angu de Caroço; 1957 – Com a Mão na Massa; O Noivo da Girafa; O Pirata do Outro Mundo; O Samba na Vila; Tudo é Música; 1959 – Cala a Boca Etelvina; Quero Morrer no Carnaval (Quiero Morir en Carnaval) (México/Brasil); 1963 – O Lamparina; 1965 – Crônica da Cidade Amada (episódio: A Aventura Carioca); 1970 – Se Meu Dólar Falasse...; Os Caras de Pau; 1971 – Assalto à Brasileira; 1972 – Independência ou Morte. VIEIRA, MEIRY Meiry Cordeiro Vieira nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 2 de junho de 1939. Proprietária de uma butique, paralelamente trabalha como modelo fotográfico e manequim. Por acaso, conhece, em 1970, o diretor Pedro Rovai, que procurava uma locação para seu próximo filme, A Viúva Virgem. Encantado com sua beleza, convida-a a parti cipar do filme, sendo essa sua estreia no cinema. Acaba se tornando uma das rainhas da comédia erótica da década de 1970, com muitos filmes realizados, entre eles, A Noite dos Imorais (1979), Nunca Fomos Tão Felizes (1984). Atriz essencialmente cinematográfica, na televisão participa apenas da minissérie Bandidos da Falange, em 1983. A partir de meados dos anos 1980, afasta-se da vida artísti ca. Filmografia: 1972 – A Viúva Virgem; Como Era Boa a Nossa Empregada (episódio: O Terror das Empregadas); 1973 – O Libertino; O Marido Virgem; Um Virgem na Praça; As Depravadas; O Supercareta; 1974 – Ainda Agarro Esta Vizinha; Divórcio à Brasileira; As Moças Daquela Hora; 1975 – Cada um Dá o que Tem (episódio: Uma Grande Vocação); Com as Calças na Mão; Quando Elas Querem... E Eles Não; O Fraco do Sexo Forte; Uma Mulata para Todos; 1976 – Possuídas pelo Pecado; Loucuras de um Sedutor; As Mulheres que Dão Certo; O Quarto da Viúva; 1977 – Pintando o Sexo; Deu a Louca nas Mulheres; Escola Penal de Meninas Violentadas; Presídio de Mulheres Violentadas; 1978 – Bonitas e Gostosas; 1979 – A Ilha dos Prazeres Proibidos; A Noite dos Imorais; Histórias que Nossas Babás não Contavam; Nos Tempos da Vaselina; Quanto Mais Pelada Melhor; 1980 – Corpo Devasso; 1981 – Império do Desejo; O Fotógrafo; A Prisão; As Prostitutas do Dr. Alberto; 1982 – Anarquia Sexual; 1983 – Tensão e Desejo; 1984 – Nunca Fomos Tão Felizes. VIEIRA, ORLANDO Nasceu em Sergipe, em 28 de julho de 1931. Estuda em seminário até 1948. Depois trabalha como desenhista e topógrafo. Em 1962 vai para o Recife estudar no Teatro da Escola de Belas Artes, participando das peças A Derradeira Ceia, Município de São Silvestre, Vereda da Salvação. Estreia no cinema em 1978 no filme A Volta do Filho Pródigo. Participa também de Sargento Getúlio (1979), pelo qual recebe o prêmio de melhor ator coadjuvante e Quem Matou Pixote? (1996). Na televisão, atua no especial A Última Semana de Lampião, em 1985, pela TV Aracaju, depois na novela Irmãos Coragem (1985) e na minissérie O Olho da Terra (1997). Filmografia: 1978 – A Volta do Filho Pródigo; 1982 – Sargento Getúlio; 1987 – Fronteira das Almas; 1990 – Beijo 2348-72; 1994 – Lamarca; 1996 – Quem Matou Pixote?; 1999 – Orfeu. VIEIRA, SÍLVIO Nasceu em Campos de Jordão, SP, em 1899. Sua primeira formação é em odontologia. Depois, descobre sua vocação para música e estuda com Francisco Murino. Estreia em São Paulo, em 1920, e o sucesso é tanto que faz carreira internacional. É o maior barítono brasileiro nos anos 1930/1940. Atua também no cinema, sendo sua estreia em 1936, no filme Cabocla Bonita. Filmografia: 1936 – Cabocla Bonita; 1938 – Aruanã; 1955 – Almas em Confl ito; 1958 – Nobreza Gaúcha. VIEIRA, SUZANA Sônia Maria Vieira Gonçalves nasceu em São Paulo, em 23 de agosto de 1942. A mãe era diplomata e o pai militar. Com 2 anos muda-se para Buenos Aires, na Argentina, onde estuda balé, só retornando com 15 anos. De volta, ingressa no corpo de baile do Teatro Municipal de São Paulo. Em 1962 faz uma pequena participação na novela A Noite Eterna. Depois, numa das transmissões do programa Concertos Mati nais Mercedes-Benz, pela TV Tupi, é vista por Cassiano Gabus Mendes, então diretor da emissora, que lhe dá uma oportunidade como atriz na novela A Pequena Karen, em 1966, seu primeiro sucesso. Estreia no cinema em 1974 no filme O Forte, mas faz poucos fi lmes, dedicando-se quase que totalmente à televisão. Estreia na TV Globo em 1976 no megassucesso O Anjo Mau, onde interpreta a megera Nice. Seguem-se a Rubra Rosa, em Fera Ferida (1994); a Branca, em Por Amor (1997); a Lorena, de Mulheres Apaixonadas (2003); e Maria do Carmo, em Senhora do Destino (2004). Entre outras novelas, participa ainda dos programas Você Decide e Sai de Baixo. Foi casada com o diretor Régis Cardoso, com quem tem seu único filho, Rodrigo, nascido em 1965, e dois netos, Bruno e Rafael. Seu segundo marido é Carson Gardeazabal, num relacionamento que dura quase 20 anos (1986/2005). Seu terceiro marido foi Marcelo Silva, entre 2006 e 2008, num tumultuado romance, que ganhou as páginas de revistas e jornais, culminando com a morte deste, em 2008, por overdose de cocaína. Mas esse episódio em nada atinge a vida da grande estrela, que, com total domínio dos personagens que interpreta e forte carisma, é uma das grandes atrizes brasileiras. Filmografia: 1974 – O Forte; 1975 – O Casal; 1983 – As Aventuras de Mário Fofoca; 1984 – Nunca Fomos Tão Felizes. VIEIRA, TONY Mauri de Oliveira Queiroz nasceu em Dores do Indaiá, MG, em 1938. Aos 12 anos, foge de casa e deixa sua cidade para acompanhar um circo, onde é baleiro, locutor e trapezista. Nos anos 1960 vai para Belo Horizonte e faz estágio de seis anos na TV Itacolomi. Lá, com Otávio Cardoso, participa do Teatro Universitário. Radica-se em São Paulo, em 1968, trabalha como ator em novelas da TV Excelsior, onde conhece o pessoal de cinema. Sua primeira novela é Ainda Resta Uma Esperança (1965), depois A Grande Viagem (1965), As Minas de Prata (1966), O Tempo e o Vento (1967) e A Pequena Órfã (1968). Inicia carreira como ator no cinema, no filme A Vida Quis Assim, em 1967. Em 1972 começa a dirigir seus filmes, sempre policiais ou faroestes tipo spaghetti. Forma sua empresa MQ Produções Cinematográficas, aproveitando as iniciais de seu nome verdadeiro para signifi car Marca e Qualidade e assim produz quase 20 filmes policiais e faroestes de baixo orçamento, mas de apelo popular. Tony, sua esposa, a atriz Claudete Joubert e Heitor Gaiotti formavam o trio de aventureiros em quase todos seus filmes. Na década de 1980, Tony adere ao sexo explícito e dirige diversos filmes com o pseudônimo de Mauri Queiroz, seu nome verdadeiro. Morre em 1990, aos 52 anos. Filmografia (ator): 1967 – A Vida Quis Assim; 1968 – Panca de Valente; 1969 – Corisco, o Diabo Loiro; Uma Pistola Para Djeca; 1970 – Betão Ronca Ferro; 1971 – Um Pistoleiro Chamado Caviúna; Enquanto Houver Esperança; 1972 – Gringo, o Últi mo Matador (O Matador Erótico); Quatro Pistoleiros em Fúria; As Mulheres Amam por Conveniência; Nua e Atrevida; 1973 – Desejo Proibido; Sob o Domínio do Sexo; Geração em Fuga; 1974 – O Exorcista de Mulheres; 1975 – A Filha do Padre; Os Pilantras da Noite; 1976 – Torturadas Pelo Sexo; Traídas Pelo Desejo; 1977 – As Amantes de um Canalha; 1978 – Os Depravados; Os Violentadores; 1979 – O Último Cão de Guerra; O Matador Sexual; 1980 – Tortura Cruel (Fêmeas Violentadas); Um Menino, Uma Mulher; 1981 – Condenada por Um Desejo; A Cafetina de Meninas Virgens; 1982 – Desejos Sexuais de Elza; 1983 – Corrupção de Menores; 1984 – Prostituídas Pelo Vício; 1987 – Calibre 12. Filmografia (diretor): (como Tony Vieira): 1972 – Gringo, o Últi mo Matador (O Matador Erótico); 1973 – Sob o Domínio do Sexo; Desejo Proibido; 1974 – O Exorcista de Mulheres; 1975 – A Filha do Padre; Os Pilantras da Noite; 1976 – Traídas Pelo Desejo; Torturadas Pelo Sexo; 1977 – As Amantes de um Canalha; 1978 – Os Violentadores; Os Depravados; 1979 – O Matador Sexual; O Último Cão de Guerra; 1980 – Tortura Cruel (Fêmeas Violentadas); 1981 – Condenada por um Desejo; 1987 – Calibre 12. Filmografia (diretor): (fase do explícito, com o pseudônimo de Mauri Queiroz): 1981 – As Amantes de Helen; 1982 – Suzy... Sexo Ardente; Neurose Sexual; Desejos Sexuais de Elza; 1983 – Corrupção de Menores; Meninas de Programa; 1984 – Prostituídas pelo Vício; 1985 – Banho de Língua; Venha Brincar Comigo; Garotas da Boca Quente; 1986 – Meninas da B... Doce; 1987 – Eu Adoro Essa Cobra; A Famosa Língua de Ouro; Julie... Sexo à Vontade; Scandalous das Libertinas. VIELMOND, RENEÉ DE Renée Le Brun de Vielmond nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 14 de julho de 1953. Filha de um francês e de uma alagoana é criada no circo. Sua estreia se dá aos 3 meses de vida. Começa a fazer curso de interpretação com Eugênio Kusnet. Em 1971 mora seis meses em Paris. De volta ao Brasil, participa da peça meu Pedacinho de Chão. No início dos anos 1970 funda o grupo teatral Eu Também, que estreia com a peça Crimes Delicados. Na televisão, participa das novelas O Bofe (1972), Escalada (1975), Anjo Mau (1976), Pecado Rasgado (1978), Brilhante (1981), Eu Prometo (1983), Novo Amor (1986), Olho por Olho (1988), Pátria Minha (1995) e dos seriados Malu Mulher e Plantão de Polícia. Atua pouco em cinema, mas se destaca na Batalha dos Guararapes (1978) e Eros, o Deus do Amor (1981). Em 2006 retorna à TV para interpretar a doce Maria Luisa, de Paraíso Tropical. Foi casada com o ator José Wilker, com quem tem uma filha, Mariana (1981), que é psicóloga. Com muito talento, é uma das mulheres mais belas e charmosas do Brasil. Filmografia: 1973 – Compasso de Espera; 1978 – Batalha de Guararapes; 1981 – Eros, o Deus do Amor; Filhos e Amantes. VIGH, DALTON Dalton Vigh de Souza Vales nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de julho de 1964. Antes de ser ator era agente publicitário. Estuda no Teatro Escola Célia Helena, em São Paulo. Estreia na televisão em 1995, na novela Tocaia Grande, pela TV Manchete. Em 1999 é contratado pela TV Globo e participa da novela Andando nas Nuvens. Em 2001 tem seu primeiro papel de destaque, já como o vilão Said Rachid, em O Clone. Depois, A Casa das Sete Mulheres (2003), como Luigi Rossetti; Começar de Novo (2005), como Johnny; O Profeta, como Clóvis; e, finalmente, seu primeiro papel de protagonista no horário das 21 horas, como Marconi Ferraço, de Duas Caras (2008); depois, Negócio da China (2009), como Otávio de La Riva. Em 2002 participa da peça A Importância de Ser Fiel, de Oscar Wilde. Estreia no cinema em 1999 no fi lme por Trás do Pano. Foi casado com Micaela Góes. Viveu com a atriz Bárbara Paz por dois anos (2003/2005). Filmografia: 1999 – Por Trás do Pano; 2003 – Vida de Menina; 2005 – Mais Uma Vez Amor; 2006 – Mulheres do Brasil; 2009 – Corpos Celestes. VILAR, LUCIMAR Nasceu em Iporã, PR. Começa sua carreira fazendo teatro na escola. Em 1973 fixa residência em São Paulo e amadoristi camente faz teatro infantil. Em 1975 estreia no cinema, no filme Os Pilantras da Noite, destacando-se ainda Bacalhau (Bac’s) (1976) e O Mulherengo (1977). Filmografia: 1975 – Os Pilantras da Noite; 1976 – Bacalhau (Bac’s); Eu Faço... Elas Sentem; Kung Fu contra as Bonecas; As Meninas Querem... E os Coroas Podem; Mulheres do Sexo Violento; 1977 – O Mulherengo. VILAR, ORLANDO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 9 de julho de 1925. Galã do cinema brasileiro nos anos 1940/1950. Antes de seguir carreira artística é pugilista e marinheiro mercante. Estreia no cinema em 1946, no filme O Cavalo 13. Como galã, atua em muitos filmes, destacando-se em Presença de Anita (1951) e O Quinto Poder (1963). Morre nos anos 1980. Filmografia: 1946 – O Cavalo 13; 1948 – Fogo na Canjica; 1949 – Caminhos do Sul; 1950 – O Noivo da Minha Mulher; Quando a Noite Acaba (Perdida Pela Paixão); 1951 – Presença de Anita; Suzana e o Presidente; 1952 – Areão; 1953 – Uma Vida Para Dois; Destino em Apuros; 1954 – Alvorada de Glória (inaca bado); 1963 – O Quinto Poder; 1965 – Encontro com a Morte (Em Legítima Defesa) (Brasil/Portugal). VILELA, CÉLIA Célia de Conceição Villela nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 24 de novembro de 1939. Começa sua carreira muito cedo e logo desponta nas rádios, como a grande revelação, no final dos anos 1950. Na televisão, apresenta programas juvenis e faz muito sucesso, principalmente entre o público adolescente. Ganha os prêmios de Melhor Apresentadora da TV (1960), Melhor Cantora do Rio de Janeiro (1961), Revelação Como Disc-Joquey (1961) e Rainha da Televisão (1963). Em 1955 estreia no cinema, numa pequena ponta no filme Trabalhou Bem, Genival, mas faz pouco cinema, dedicando-se mais à televisão e à carreira de cantora. Filmografia: 1955 – Trabalhou Bem, Genival; 1964 – Vagabundos no Society. VILELA, DIOGO José Carlos Monteiro de Barros nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 28 de outubro de 1957. Estreia na televisão em 1969, aos 12 anos, na novela A Ponte dos Suspiros, pela TV Globo, após vencer 400 candidatos. No mesmo ano faz a peça infantil Joãozinho e Maria e inicia sólida carreira teatral nas peças O Últi mo Carro, Ensina-me a Viver, ao lado de Henriette Morineau, onde interpreta um adolescente apaixonado por uma velhinha de 80 anos, seguindo-se de Cabaret, Navalha na Carne, Solidão, A Comédia, Lola Moreno e Cauby, Cauby! Na televisão, brilha na TV Pirata e desponta como grande revelação no humor brasileiro. Em 1995/1996 atua, com igual sucesso, em quatro episódios da série Comédia da Vida Privada. Seguem-se Era Uma Vez... (1998), O Auto da Compadecida (1999), Suave Veneno (1999), A Invasão do Brasil (2000), Você Decide (1994/00) (seis episódios); Brava Gente (2001/02) (dois episódios), As Filhas da Mãe (2001), Os Normais (2002/03) (seis episódios), Sob Nova Direção (2003) (no piloto da série), A Diarista (2004) (um episódio) e A Grande Família (2002/05) (cinco episódios). Estreia no cinema em 1984 no filme Bete Balanço e posteriormente em O Grande Mentecapto (1988), Miramar (1997) e, mais recentemente, em O Coronel e o Lobisomem. Em 2008, produz, dirige e atua na peça Otelo, de Shakespeare, onde seu personagem é apaixonado por Desdêmona e odiado pelo ardiloso Iago. Desde 2005 está no humorístico Toma Lá, Dá Cá, ao lado de Miguel Falabella. Filmografia: 1984 – Bete Balanço; 1985 – Areias Escaldantes; 1986 – Rock Estrela; 1987 – Leila Diniz; 1988 – O Grande Mentecapto; 1997 – Miramar; For All, o Trampolim da Vitória; 2000 – O Auto da Compadecida; 2001– Caramuru, a Invenção do Brasil; 2005 – O Coronel e o Lobisomem; 2006 – Irmã Vap – O Retorno; 2008 – A Guerra dos Rocha. VILELA, RONEY Produtor, diretor e ator teatral. Atua nas peças Splish Splash, Barrela, Jung – Sonhos de uma Vida. Dirige as peças Amor Bruxo, Romeu e Julieta, Godspell, Na Era da Brilhantina, Rocky Horror Show, entre outras. Estreia no cinema em 1987 no filme A Menina do Lado e na televisão em 1991, na minissérie Amazônia, no papel de Uirá. Como teatrólogo, desenvolve o método Potencial Máximo, disponibilidade psíquica a partir da eliminação do medo de errar e, com essa técnica inovadora, passa a ministrar cursos e workshops por todo o Brasil. Embora priorize o teatro, brilha também na televisão em A Padroeira (2001), interpretando João Fogaça; Celebridade (2004), no papel de Caetano; Chamas da Vida (2008), como Carlão. No cinema, em 2003, no filme O Vestido, depois Meu Nome Não É Johnny (2008) e Feliz Natal (2009). Em 2007 encabeça o elenco da peça Depois da Chuva, projeto pessoal do ator Silvio Guindane, que faz sua estreia como autor e diretor. Está casado com Wanessa Lyns, com quem tem um fi lho, Theo. Filmografia: 1987 – A Menina do Lado; Um Trem Para as Estrelas; 1997 – Meninos de Deus; 1999 – Traição (episódio: Primerio Pecado); 2000 – Deus Jr.; 2003 – O Vestido; 2004 – Tainá 2 – A Aventura Continua; O Veneno da Madrugada; 2008 –Meu Nome Não É Johnny; Feliz Natal; 2009 – Predileção (CM). VILHENA, PAULO Paulo Eduardo Oliveira de Vilhena Moraes nasceu em Santos, SP, em 3 de janeiro de 1979. Filho de metalúrgicos classe média foi criado com muita liberdade, tanto que com 12 anos já acampava sozinho em Araçariguama, interior de São Paulo. Com 16 anos vai ajudar o pai num pequeno comércio no Guarujá e cursa odontologia, na Unimes, em Santos. O irmão sugere que ele tente carreira de modelo e aos 17 anos resolve morar sozinho em São Paulo e depois Campinas, interior de São Paulo. Chega a fazer dois semestres de propaganda e marketing na Unip, mas em 1999 faz teste e é aprovado para participar do seriado Sandy & Júnior, sua primeira experiência na televisão. Em 2001 parti cipa do Vídeo Show e em 2002 faz sua primeira novela, Coração de Estudante, seguindo Agora é que São Elas (2003), Celebridade (2004), como o surfista Paulo César; A Lua Me Disse (2005), como Adonias; Paraíso Tropical (2007), como o mauricinho Fred; e Três Irmãs (2009), como Eros. Em 2004 estreia no cinema ao lado de Xuxa no filme Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida e dirige sua primeira peça, Quarto de Estudante. Irreverente, debochado, bonito e talentoso, conquistou o público feminino com seu jeito de ser. Filmografia: 2004 – Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida; 2007 – O Magnata; Chega de Saudade; 2009 – Quanto Dura o Amor? (Condomínio Jaqueline); 2010 – As Melhores Coisas do Mundo. VILLA, CARMEN Carmen Capdevilla nasceu na Espanha, em 16 de fevereiro de 1876. Estreia no cinema em 1910, no musical Dançarina Descalça. É irmã da atriz Mercedes Villa. Faz poucos filmes, não se tendo notícias de outras atividades suas. Ao envelhecer, interna-se na Casa dos Artistas. Não se tem notícia da data de seu falecimento. Filmografia: 1910 – Dançarina Descalça; 1911 – Tragédia Lírica; Viúva Alegre. VILLA, MERCEDES Mercedes Capdevilla nasceu na Espanha, em 1877. Cantora, corista, atriz de teatro e cinema. Seu primeiro filme data de 1908, Triunfo de Nero. Atua em muitos filmes, na maioria musicais, que dão vazão ao seu enorme talento lírico. Entre outros, parti cipa de Sonho de Valsa (1910) e Conde de Luxemburgo (1911). É irmã da também atriz Carmen Villa. Não se tem notícias de suas atividades após a década de 1920. Em 1951, interna-se na Casa dos Arti stas. É falecida. Filmografia: 1908 – Triunfo de Nero; 1909 – A Gueixa; Viúva Alegre; 1910 – Paz e Amor; Sonho de Valsa; Dançarina Descalça; Logo Cedo; Mala Sinistra; Mil Adultérios; Triste Fim de uma Vida de Prazeres; 1911 – Conde de Luxemburgo; 1912 – Revolta da Chibata; 1915 – Caçador de Esmeraldas; 1920 – Felipe, o Louco. VILLABOIM, PASCHOAL Ator e diretor teatral. Inicia sua carreira no teatro no fi nal dos anos 1960. Em 1970 estreia no cinema, no filme A Dança das Bruxas. Atua em mais de 30 filmes, com importantes diretores – Bruno Barreto, em Amor Bandido (1979); Nelson Pereira dos Santos, em Memórias do Cárcere (1984); Julio Bressane, em Os Sermões (1989); Hugo Carvana, em O Homem Nu (1997). Na televisão, estreia no especial Vestido de Noiva, em 1979. Depois atua na TV Manchete (Corpo Santo/1987) e TV Globo (Torre de Babel/1998), mas gosta mesmo é do teatro, onde hoje, além de atuar, escreve e dirige. Em 1999 escreve e dirige a peça Programa de Índio, de muito sucesso, viajando por todo o Brasil. Filmografia: 1970 – A Dança das Bruxas; 1976 – As Mulheres que Dão Certo (episódio: Crime e Castigo); 1979 – Muito Prazer; República dos Assassinos; Amor Bandido; 1980 – Crônica à Beira do Rio (MM); Cabaret Mineiro; Insônia (episódio: A Prisão de J.Carmo Gomes); 1981 – O Beijo no Asfalto; 1982 – Aventuras de um Paraíba; Escalada da Violência; 1983 – Bar Esperança, o Último que Fecha; Estranhas Relações; 1984 – Aguenta Coração; Para Viver um Grande Amor; O Cavalinho Azul; Memórias do Cárcere; 1985 – Brás Cubas; 1986 – Tempo de Ensaio (CM); Fulaninha; Baixo Gávea; 1987 – Romance da Empregada; 1989 – Os Sermões; 1992 – Oswaldianas (episódio: Quem Seria o Feliz Conviva de Isadora Duncan?); 1995 – O Mandarim; 1997 – O Homem Nu; Miramar; 1999 – A Mulher do Malandro Fugiu com o Otário (CM); 2001 – Dias de Nietzsche em Turim; 2003 – Garrincha – Estrela Solitária; 2005 – Homens Pequenos no Ocaso Projetam Grandes Sombras (CM); 2006 – Nzinga; 2007 – O Estado do Mundo (episódio: Germano) (Portugal). VILLAÇA, PAULO Nasceu em São Paulo, SP, em 1936. É professor de literatura, jornalista e publicitário, antes de se tornar ator profi ssional. Em 1960, como bolsista de Literatura em Paris, descobre o palco a partir do encontro com Antunes Filho e Antonio Abujamra. A carreira no teatro principia em 1964, quando conclui o curso pela Escola de Arte Dramática de São Paulo. Tem uma rápida passagem pelo Teatro Oficina de José Celso Marti nez Corrêa, mas não se identifi ca com o que define de “elitismo do grupo” e logo forma seu próprio grupo, com a colega de EAD, Yara Amaral. Sua primeira peça é O Cinto Acusador, em sequência, Navalha na Carne, Fala Baixo Senão Eu Grito. Estreia no cinema em 1967, no filme O Matador, mas seu grande momento acontece no ano seguinte, com O Bandido da Luz Vermelha, sucesso nacional que o consagra. Em 1970 muda-se para Londres e conhece o guitarrista Mick Taylor, dos Rolling Stones, indo inclusive morar na sua casa e convivendo com grandes astros do rock. De volta ao Brasil, atua nos filmes Um Pistoleiro Chamado Caviúna (1972) e O Homem da Capa Preta (1986), consolidando sua carreira cinematográfi ca. Por seu rosto anguloso, de traços marcantes, é o escolhido natural para interpretar bandidos, marginais, tipos durões, que nada tem a ver com sua personalidade delicada e de refinada cultura. Trabalha muito também na televisão, em várias novelas e minisséries, sendo sua estreia em 1967, em O Morro dos Ventos Uivantes, depois O Bofe (1972), Os Adolescentes (1981), Tudo em Cima (1985), Chapadão do Bugre (1988) e Colônia Cecília (1989), sua última novela. Esporadicamente faz teatro também. Morre aos 56 anos, no Rio de Janeiro, em 24 de janeiro de 1992, por complicações decorrentes do vírus da Aids. Filmografia (ator): 1964/1967 – O Matador; 1968 – O Bandido da Luz Vermelha; Jardim de Guerra; 1969 – A Mulher de Todos; 1970 – Senhores da Terra; Per-didos e Malditos; Beto Rockfeller; Copacabana Mon Amour; Mangue Bangue; 1971 – Lúcia McCartney, uma Garota de Programa; 1971/74 – Lobisomem, o Terror da Meia-Noite; 1972 – Surucucu d’Almeida (CM); Surucucu Catiripapo; Introdução à Sacanagem Interna; 1973 – Sagarana, o Duelo; Revólveres Não Cospem Flores; 1974 – O Forte; 1976 – Paranoia; 1977 – Viagem e Descrição do Rio Guanabara por Ocasião da França Antártica (CM); Gente Fina é Outra Coisa (episódio: A Guerra da Lagosta); Ajuricaba, o Rebelde da Amazônia; 1978 – A Dama do Lotação; 1979 – Nos Embalos de Ipanema; Os Trombadinhas; República dos Assassinos; O Princípio do Prazer; 1980 – O Gigante da América; O Torturador; 1982 – Rio Babilônia; 1983 – As Aventuras de um Paraíba; 1986 – O Homem da Capa Preta; Fulaninha; 1987 – Quincas Borba; A Dama do Cine Shangai; Banana Split; Leila Diniz; 1988 – Prisioneiro do Rio (Prisioner of Rio) (Brasil/Polônia/Suíça); Eternamente Pagu; 1990 – Curta a Lapa (CM); O Quinto Macaco (The Fift h Monkey) (EUA); 1992 – Perfume de Gardênia; A Floresta da Tijuca (CM). Filmografia (diretor): 1985 – O Transformista (CM). VILLAR, LEONARDO Leonildo Motta nasceu em Piracicaba, SP, em 25 de julho de 1923. Tem uma infância difícil, trabalha nas fazendas até se mudar para São Paulo, onde trabalha em uma alfaiataria no bairro do Brás, quando descobre sua vocação de ator. Lê um anúncio de convocação de alunos para a primeira turma da Escola de Arte Dramática de São Paulo, acredita ter talento para o palco e se inscreve. Ao final do curso enfrenta a banca examinadora presidida pela atriz Cacilda Becker, ao lado de quem, em 1954, formaria a dupla de astros do Teatro Brasileiro de Comédia. No cinema, sua primeira oportunidade é consagradora, ao interpretar Zé do Burro no filme O Pagador de Promessas (1962), de Anselmo Duarte, ganhador da Palma de Ouro em Cannes. Faz outros fi lmes, como Lampião, o Rei do Cangaço (1963), O Santo Milagroso (1966) e Madona de Cedro (1968), alternando participações também no teatro, tendo atuado em mais de 60 peças, e televisão, com mais de 15 novelas, sendo sua estreia em A Cor de Sua Pele, em 1965, pela extinta TV Tupi. Contratado pela TV Globo em 1972, estreia em O Primeiro Amor (1972), com a difícil missão de substituir Sérgio Cardoso, que morrera sem terminar a novela. Leonardo entra e dá conta do recado. Seguem-se Escalada (1975), Coração Alado (1980), Mania de Querer (1986), Os Ossos do Barão (1997), esta pelo SBT; Coração de Estudante (2002) e Pé na Jaca (2007. Em 1998 retorna ao cinema, 15 anos depois, num thriler policial dirigido por Beto Brant, Ação Entre Amigos, onde dá um show de interpretação. Em 2007 parti cipa do filme Chega de Saudade, de Laís Bodansky. É um dos grandes atores brasileiros. Em 2005, a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Leonardo Villar – Garra e Paixão, de autoria de Nydia Lícia. Filmografia: 1962 – O Pagador de Promessas; 1963 – Lampião, o Rei do Cangaço; 1964 – Procura-se uma Rosa; 1965 – Amor e Desamor; Samba (Espanha/ Brasil) (participação não creditada); 1966 – O Santo Milagroso; A Hora e a Vez de Augusto Matraga; A Grande Cidade; 1967 – Jogo Perigoso (Juego Peligroso) (Brasil/México); 1968 – Madona de Cedro; 1981 – Chick Fowle – O Faixa Preta do Cinema (CM) (depoimento); 1982 – Amor de Perversão; 1995 – Caligrama (CM); Gaivotas – Tragédia em Cinco Olhares (CM); 1996 – Enigma de um Dia (CM); 1998 – Ação Entre Amigos; 2000: Brava Gente Brasileira; 2007 – Chega de Saudade. VILLA-VERDE, FÁBIO Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20 de janeiro de 1970. Aos 11 anos, estreia na televisão, em 1981, na novela Brilhante, como Silvinho. Com talento precoce, passa a ser bastante requisitado, como em Vale Tudo (1988), novela em que personifi ca Tiago, filho da vilã Helena Roitman; Malhação (1995), Estrela de Fogo (1995), A Padroeira (2001), Seus Olhos (2004) e O Profeta (2007). No teatro, atua em Tupã – A Vingança e Qualquer Vira-lata tem uma Vida Sexual mais Sadia que a Minha. Estreia no cinema em 1982, no filme Os Vagabundos Trapalhões. No SBT, parti cipa de Revelação, em 2008, como Paulo Fernandes; e Vende-se Um Véu de Noiva (2009), como Mário. Fábio costuma organizar partidas de futebol beneficentes, em parceria com empresas. A ideia é reunir atores e realizar jogos em diversos locais, com o intuito de arrecadar alimentos e doá-los aos mais necessitados. Filmografia: 1982 – Os Vagabundos Trapalhões; 1983 – O Trapalhão na Arca de Noé; 2000 – Soluços e Soluções; 2004 – Didi Quer Ser Criança. VILLON, ANDRÉ Ex-jogador de futebol, André inicia sua carreira no teatro em 1938, quando conhece a atriz Elza Gomes, que seria sua companheira por 46 anos. Os dois se casam alguns dias antes de Elza morrer, no hospital, em 1984, atendendo ao seu último desejo. Estreia no cinema na produção americana So This is Paris. Villon tinha o rosto vincado, conhecido popularmente como cara de abacaxi, o que lhe dava todas as possibilidades rodriguianas, como aconteceu em Bonitinha, Mas Ordinária, versão de 1963. Nos anos 1960 atua em algumas novelas, como As Aventuras de Eva (1961), O Rei dos Ciganos (1966) e O Doce Mundo de Guida (1969). Em 1979 recebe o prêmio APCA de Melhor Ator Coadjuvante Masculino, por sua atuação no filme Se Segura, Malandro. É falecido. Filmografia: 1955 – So This Is Paris (EUA); 1956 – A Virgem Aparecida é Milagrosa; 1963 – Bonitinha, Mas Ordinária; 1965 – Society em Baby-Doll; 1967 – O Levante das Saias; 1969 – Chegou a Hora, Camaradas!; 1977 – Antonio Conselheiro e a Guerra dos Pelados; 1978 – Se Segura, Malandro; 1984 – Memórias do Cárcere. VINHAS, LUIZ CARLOS Nasceu no Rio de Janeiro em 19 de maio de 1940. Começa sua carreira musical aos 17 anos. Integra o grupo instrumental Bossa Três e Copa Cinco. Em carreira solo, passa a acompanhar as estrelas de época – Elis Regina, Jorge Ben, Maysa, Maria Bethânia e Wilson Simonal. No cinema, participa, como ator, de um único filme, Roleta Russa, em 1972. Morre em 20 de agosto de 2001, aos 61 anos, no Rio de Janeiro, vítima de complicações após a realização de uma cirurgia plásti ca. Filmografia (ator): 1972 – Roleta Russa (como ele mesmo); Saravah (França). VIOLETA, CARMEN Germana Barbosa nasceu em Santana do Livramento, RS, em 1908. Muito jovem fixa residência no Rio de Janeiro e estuda canto lírico e dança clássica. Matricula-se na Escola de Danças Clássicas do Teatro Municipal de Maria Ollenewa. Namora Carlos Modesto de Souza quando este é convidado a estrelar o filme Barro Humano. Carmen acaba parti cipando do filme, na famosa cena da dança do tango, em pleno baile de carnaval. Seguemse outros mais, sem que Carmen convença como atriz. Em 1932 resolve abandonar a carreira cinematográfica e retornar à dança. Morre no início dos anos 1980. Filmografia: 1928 – Barro Humano; 1930 – Lábios Sem Beijos; 1932 – Mulher; Onde a Terra Acaba. VIOTTI, SÉRGIO Sérgio Luiz Viotti nasceu em São Paulo, SP, em 14 de março de 1927. Em 1945, com 18 anos, muda-se para o Rio de Janeiro e vai estudar na Escola Itamarati e logo passa a publicar páginas literárias em jornais. Muda-se para Londres em 1949 e vai trabalhar na BBC como tradutor, produtor, diretor e ator de radioteatro. Estreia no teatro como ator na peça L’Apollon du Marsac, de Giraudoux, com direção de Simone Cox. Em 1957 dirige Madalena Nicol em monólogos no Arts Theatre, e em 1959 dirige a peça Viagem a Três, de Jean de Lètraz. No ano seguinte retorna ao Brasil e prioriza o teatro, notadamente na produção e direção. Em 1961 encena seu primeiro espetáculo, o qual é também sua estréia profissional, O Contato, de Jack Gelber. Descoberto pela televisão, Sérgio faz sua primeira novela em 1980, pela TV Bandeirantes, Dulcineia Vai à Guerra, ao lado de Dercy Gonçalves. Em 1986 estreia na TV Globo em Sinhá Moça, como o frei José, papel que lhe garante notoriedade nacional. Depois de uma passagem pela extinta TV Manchete, finca o pé na Globo e parti cipa ati vamente do núcleo de teledramaturgia da emissora, mais especifi camente nas novelas Irmãos Coragem (1995), Suave Veneno (1999) e Duas Caras (2007), como Manoel; além de inúmeras minisséries de sucesso – Os Maias (2001), A Casa das Sete Mulheres (2003) e Um Só Coração (2004). Em 1997, aos 70 anos, estreia uma comédia no teatro, Humoresque, escrita por ele mesmo, entre tantas outras, revelando sua grande vocação de autor. Como crítico de teatro, dança e ópera, trabalha no jornal Estado de S. Paulo (1969/71) e no Jornal da Tarde (1976 e 1983). Publica os livros E Depois, no Exílio (1968), pela Editora Bloch, que lhe valeu o Prêmio Walmap, concorrendo com outros 143 descritores; Dulcina – Primeiros Tempos (1908-1937) (1991), A Cerimônia da Inocência (1995) e Dulcina e o Tempo de Teatro (2001). Foi um dos fundadores da TV Cultura de São Paulo e na década de 1970 vai para a Rádio MEC do Rio de Janeiro como diretor artístico. Em 2004 participa do telefilme O Homem que Sabia Javanês, de Xavier de Oliveira. Em 2006 e 2007 apresenta-se no teatro com a peça O Dia em que Raptaram o Papa, de João Bethencourt. Em 19 de abril de 2009 sofre ataque cardíaco, chegando a ficar em coma, recupera-se, mas permance internado, vindo a falecer em 26 de julho de 2009, aos 82 anos, em São Paulo. Em 2004, a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Sérgio Viotti – O Cavaleiro das Artes, de autoria de Nilu Lebert. Filmografia: 1974 – O Poeta e a Cidade (CM) (narração); 1977 – Finlândia um Pais Quente: Visão de um Brasileiro (CM) (narração); 1979 – Viagem ao Mundo da Língua Portuguesa (parti cipação como ele mesmo); 1995 – Sábado (narração); 1996 – O Amor Natural (Holanda) (narração). VIPS, OS Uma das duplas de maior sucesso da Jovem Guarda, a qual surge em 1964, em São Paulo, formada pelos irmãos Márcio e Ronald Antonucci. Gravam o primeiro disco em 1965, com músicas compostas por Roberto e Erasmo Carlos. O sucesso é imediato e ambos se transformam em ídolos nacionais. Parti cipam de um único filme, Na Onda do Iê-Iê-Iê, de 1966. Na televisão, participam da novela Algemas de Ouro, em 1969. Com o fi nal da Jovem Guarda a dupla se desfaz, retornando na década de 1980. Estão em atividade até hoje, fazendo shows por todo o Brasil e se apresentando em programas de televisão. Paralelamente, Márcio é competente produtor musical. Filmografia: 1966 – Na Onda do Iê-Iê-Iê. VISCAINO, CLEMENTE Nasceu em Herculândia, SP. Com 12 anos, já escreve peças e cria grupos de teatro, fazendo apresentações nas escolas. Na década de 1960 estuda teatro. Em 1969, funda com amigos o Teatro Casarão, sucedendo o grupo Os Entusiastas. Sua primeira peça de destaque é O Desembestado, apresentada em 1969 no Teatro Paiol, onde também é contrarregra, administrador e sonoplasta. Estreia no cinema em 1971, no filme A Herança e depois dirige o curta Drag em super-8, premiado na Espanha. Parti cipa, entre outros, de Lucíola, o Anjo Pecador (1975), Stelinha (1990) e, mais recentemente, Maria, Mãe do Filho de Deus. Desenvolve carreira ativa na televisão também, sendo sua estreia em 1975 no especial Sorôco, Sua Mãe, Sua Filha. Destacam-se ainda A Máfia no Brasil (1984), Kananga do Japão (1989), Fera Ferida (1993), Pecado Capital (1998), Roda da Vida (2001) e Cidadão Brasileiro (2006). Pelo SBT, atua em Revelação, em 2008, no papel de Zé Conde. Filmografia: 1971 – A Herança; 1973 – A Superfêmea; 1975 – Lucíola, o Anjo Pecador; 1976 – O Rei da Noite; 1977 – Pintando o Sexo; 1978 – Parada 88 – O Limite de Alerta; 1982 – Insônia (episódio: Dois Dedos); Loucuras Sexuais (episódio: A Mulher Aranha); 1990 – Stelinha; 1995 – As Meninas; 1996 – Como Nascem os Anjos; 2001 – Nelson Gonçalves – O Filme; Memórias Póstumas; 2003 – Maria, Mãe do Filho de Deus; 2007 – Sambando nas Brasas, Morô?; Quase Um Tango...; Enciclopédia (CM); Valsa Para Bruno Stein. VITO, MÁRCIO Márcio Vieira Souto nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de setembro de 1972. Inicia sua carreira na televisão em 1992, pela TV Globo, como Caminhoneiro Narigudo do Domingão do Faustão. Em seguida faz Malhação (1995) e inicia sua carreira de novelas e minisséries em Mad Maria (2005), como um jornalista; Pé na Jaca (2006), como Nelsinho; Paraíso Tropical (2007), como Jarbas; e Caminho das Índias (2009), como Ramu. Estreia no cinema em 1997, no filme A Ostra e o Vento, de Walter Lima Jr. E faz regular carreira também em filmes recentes – Brasília 18% (2004) e Meu Nome Não É Johnny (2008). É assistente de direção nos filmes Xuxa e os Duendes (2001) e Xuxa e os Duendes 2 (2003). Está casado desde 2006 com Lara Cunha Filmografia: 1997 – A Ostra e o Vento; 2002 – Seja o que Deus Quiser; 2004 – O Outro Lado da Rua; Quase Dois Irmãos; 2006 – Brasília 18%; Muito Gelo e Dois Dedos d’Água; 2008 – Meu Nome Não É Johnny; 2009 – No Meu Lugar; 2010 – 5x Favela, Agora por Nós Mesmos. VITÓRIA, RÉGIA Maria Vitória dos Santos nasceu em São Luis, MA, em 1930. Inicia sua carreira artística como bailarina, em 1950, no espetáculo Concerto, na Boate Acapulco, ao lado de Renata Fronzi, César Ladeira e Nélia Paula. Nos anos 1950, como vedete, participa de Fogo na Jaca e Fogo no Pandeiro, chegando a se apresentar em Portugal e na África. Em 2006 participa do último capítulo da novela Belíssima, ao lado de outras vedetes veteranas. Encerra sua carreira em 1988. Desde 1989 reside no Retiro dos Arti stas, em Jacarepaguá, Rio de Janeiro. Filmografia: 1970 – Marcelo Zona Sul. VLASAK, LAVÍNIA Lavínia Gutmann Vlasak nasceu no Rio de Janeiro em 14 de junho de 1976. Quando tinha 4 anos, muda-se com a família para os Estados Unidos. Retorna três anos depois. Estuda inglês e teatro na Casa de Artes das Laranjeiras e depois na Oficina de Atores da Globo. Em 1986, aos 10 anos, participa da novela chilena Angel Malo. Aos 16 anos sai de casa para morar com o ator Jorge Pontual, com quem ficou por cinco anos (1992/1997). Como modelo profissional, trabalha nos Estados Unidos, Portugal, Espanha e Alemanha. No Brasil, sua primeira novela é O Rei do Gado, onde interpreta Lia, a filha de Bruno Mezenga. A seguir, Força de Um Desejo (1999), As Filhas da Mãe (2001) e Celebridade (2003). Contratada como estrela a peso de ouro pela TV Record, parti cipa das novelas Prova de Amor (2005), como Clarice Luz; e Vidas Opostas (2007), como Erínia Oliveira. Em 2002 estreia no cinema numa pequena parti cipação no fi lme americano O Mar por Testemunha (Dead in the Water), porém sua estreia ofi cial no cinema brasileiro se dá somente em 2006, no megassucesso Se Eu Fosse Você, ao lado de Tony Ramos e Glória Pires, numa produção da Globo Filmes. Desde 2007 está casada com o economista Celso Colombo Neto (1978). Sensual e talentosa, Lavínia é uma das mais belas atrizes brasileiras da atualidade. Filmografi a: 2002 – O Mar por Testemunha ( Dead in the Water) (EUA); 2004 – Corrompendo Paulo (CM); 2006 – Se Eu Fosse Você; Gatão de Meia Idade; 2009 – Xuxa e o Mistério de Feiurinha. VOGEL, BIBI Sylvia Dulce Kleiner nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 2 de janeiro de 1942. Filha de alemães refugiados no Brasil depois da Segunda Guerra. Muito jovem entra para a Escola de Belas Artes para estudar desenho. Com o contato estreito com a arte, resolve ser atriz, mas começa mesmo como modelo profissional e cantora. No início dos anos 1960 vai para os Estados Unidos e começa a cantar na noite nova-iorquina como crooner do grupo Sérgio Mendes e Brasil 66, mesmo contra a vontade dos pais. Bibi foi atrás de um sonho, casar com o americano Bill Vogel. Segue depois para a Europa e aprende a falar inglês, francês, espanhol e alemão. Trabalha em uma fábrica de balas na Holanda e foi até lanterninha de cinema na Inglaterra. Embora tenha gravados alguns compactos simples como cantora, no seu retorno ao Brasil prefere investir na carreira de atriz. Entre 1969 e 1972 atuou na peça Hair, sob a direção de Altair Lima. Estreia no cinema em 1968, no filme Anuska, Manequim e Mulher, de Francisco Carvalho. Em sequência, Elas (1972) e A Morte Transparente (1978). Na televisão, estreia em 1969, como Natália, a namorada antipática de Nino, na novela Nino, o Italianinho (1969), pela extinta TV Tupi, tornando-a conhecida em todo o Brasil. Seguem-se os sucessos A Fábrica (1971), Os Ossos do Barão (1973), O Espigão (1974) e Bravo! (1975), ano em que posa nua para a revista Playboy. Após a novela Espelho Mágico, em 1977, pela TV Globo, Bibi abandona tudo, faz as malas e vai para a Argentina para um novo casamento, agora com o diretor teatral Alfredo Zemma, mas não consegue dar sequência à sua carreira. Com Zemma teve, em 1979, sua única filha, Mayra. Em 1980 funda, no Rio de Janeiro, para esti mular a amamentação, o Amigas do Peito, um clube de mães. Na Argentina, Bibi participa da Asamblea Permanente por los Derechos Humanos, um dos primeiros organismos a lutar pelos direitos humanos naquele país e se une ao grupo das Mães da Praça de Maio (ou Loucas de Maio), que exigiam dos ditadores argentinos notícias de seus filhos desaparecidos. Em 1996 retorna à TV por força da parceria do SBT com uma TV argenti na e parti cipa de Antonio Alves, Taxista e Chiquiti tas Brasil, seu último trabalho na TV. Por sua militância em causas humanitárias, em 2003 foi homenageada, no Dia Internacional da Mulher, pela Assembleia Legislativa Fluminense, mas, já muito doente, não pôde comparecer. Morre em 3 de abril de 2004, aos 60 anos, em Buenos Aires, Argentina, de câncer no estômago, doença que descobrira um ano antes. Filmografia: 1968 – Anuska, Manequim e Mulher; Panca de Valente; Bebel, a Garota-Propaganda; 1969 – Meu Nome É Tonho; 1971 – Diabólicos Herdeiros; 1972 – Elas (episódio: A Radionovela); 1975 – Deixa Amorzinho... Deixa; Ipanema, Adeus; Motel; 1976 – Um Homem Célebre; O Pai do Povo; 1978 – A Morte Transparente (Runnin Aft er Love) (Brasil/Argentina). VOLÚSIA, EROS Heros Volúsia Machado nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1º de junho de 1914. Filha da poetisa Gilka Machado, inicia curso de balé com os mestres Ollenewa e Nemanoff, na Escola de Danças do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Dedica-se à música folclórica brasileira, utilizando-a em suas cenografi as. Mistura samba e frevo com balé clássico. Aperfeiçoa-se na Europa e Estados Unidos. Em 1940 é premiada como a melhor coreógrafa do ano pela Associação de Críticos Teatrais. O movimento com as mãos que usava em suas coreografias teriam inspirado Carmen Miranda. Conhecida pela beleza e pelos trajes exóti cos, Volúsia faz carreira internacional, ao posar em 1941 para a capa da revista americana Life e atuar na comédia hollywoodiana Rio Rita, em 1942, com a dupla Abott & Costello, onde interpreta o número Brazilian Dance. No Brasil, parti cipa de alguns filmes, destacando-se Favela dos Meus Amores (1934) e Caminho do Céu (1943). Morre de derrame cerebral, em 1º de janeiro de 2004, aos 89 anos, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1934 – Favela dos Meus Amores; 1937 – Samba da Vida; 1939/1944 – Romance Proibido; 1942 – Rio Rita (EUA); 1943 – Caminho do Céu; 1948 – Pra Lá de Boa; 1949 – Jangada (inacabado). VON, RONNIE Ronaldo Lindenberg Von Schilgem Cintra Nogueira nasceu em Niterói, RJ, em 17 de julho de 1944. Filho de Noly e José Maria Nogueira, canta pela primeira vez em 1955, aos 11 anos, acompanhando o pai num congresso. Em 1960, vai estudar na Escola Preparatória de Cadetes do Ar, em Barbacena, MG, e torna-se diretor acadêmico. Forma, nessa época, seu primeiro grupo musical, com o amigo Alexandre Bukowitz. De volta ao Rio de Janeiro, participa de programas na TV Excelsior carioca, já com o nome artístico. Produtores de São Paulo convidam-no para participar dos programas Agnaldo Rayol Show e Jovem Guarda, já com o carinhoso apelido de O Pequeno Príncipe. Grava os sucessos populares Meu Bem e A Praça. Durante muito tempo acham que é rival de Roberto Carlos, fato que ele desmente até hoje. Com o fim da Jovem Guarda, Ronnie continua sua carreira com relativo sucesso. Estreia no cinema em 1967, no filme Garota de Ipanema. Após a separação de sua primeira esposa, fi ca com a guarda dos filhos. Essa experiência rende um livro, que se tornou best seller, Mãe de Gravata. Na televisão, parti cipa de três novelas: Cinderela 77 (1977), O Amor É Nosso (1981) e A Gata Comeu (1987). A partir dos anos 1990 comanda programas de entrevistas e shows, primeiro pela TV Record e depois pela TV Gazeta, a partir de 2004, com Todo Seu. Foi casado por três vezes, com Aretusa, com quem teve dois filhos, Alessandra e Ronaldo, ambos nascidos em 1970; depois com a atriz Bia Seidl, entre 1984 a 1986, e finalmente com Cristina, a partir de 1986, com quem tem um filho, Leonardo, nascido em 1987. Poliglota, culto e de fina educação, é muito conceituado e querido no meio artísti co. Filmografia: 1967 – Garota de Ipanema; 1969 – Deu a Louca no Cangaço; 1972 – Janaína, a Virgem Proibida; 1973 – O Descarte; 1984 – A Filha dos Trapalhões; 1987 – Los Taxistas Del Humor (episódio: El Mago Francés). W WAGNER, DIDI Adriana Golombek Wagner nasceu em São Paulo, SP, em 16 de outubro de 1975. Foi VJ da MTV Brasil e apresenta o programa Lugar Incomum pelo Multishow. Estreia no cinema em 2004, no filme Didi Quer Ser Criança. Em 2006 muda-se com a família para Nova York. Está casada com o empresário Fred Wagner desde 1998 e tem dois filhos, Laura (2003) e Luiza (2005). Filmografia: 2004 – Didi Quer Ser Criança. WAGNER, FELIPE Felipe Szafran nasceu em Paris, França, em 15 de julho de 1928. Começa sua carreira no cinema, numa pequena ponta no filme Família Lero-Lero, produzido pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Na televisão, estreia em 1957 no especial Cristóvão Colombo, mas ganha seu primeiro papel de destaque em 1970, em Irmãos Coragem, como Siqueira. Com regular carreira, entre outras, parti cipa de O Rebu (1974), Memórias de Amor (1979), Tudo ou Nada (1986), Tereza Batista (1992), Mandacaru (1997), Terra Nostra (1999) e Filhos do Carnaval (2006). No cinema parti cipou dos filmes Copacabana (2001) e Lost Zweig (2002). É irmão da atriz Ida Gomes e pai da atriz Débora Olivieri. Filmografi a: 1953– Família Lero-Lero; 1958 – O Cantor e o Milionário; 1979 – Amante Latino; 1985 – Pedro Mico; 2000 – A Terceira Morte de Joaquim Bolívar; 2001 – Copacabana; 2002 – Lost Zweig; 2009 – Bela Noite Para Voar. WAGNER, ODILON Nasceu em Ponta Grossa, PR, em 24 de outubro de 1954. Começa sua carreira no teatro e, ao longo de sua carreira, parti cipa de inúmeras peças, com destaque para Filhos do Silêncio, Traições, Um Dia Muito Especial, Lilith, a Lua Negra, Lição de Anatomia, Navalha na Carne, Família Muda-se, esta última com texto e direção seus. Em 1982 estreia na televisão, na minissérie Avenida Paulista, pela TV Globo, e no cinema em 1986, no filme Baixo Gávea. Alterna sua carreira entre as três modalidades. Na televisão, sempre na ativa, em papéis importantes nas tramas, como em Selva de Pedra (1986), como Joseph; Anos Rebeldes (1992), como Rolf Haguenauer; Terra Nostra (1999), como Alti no Neves Marcondes; Escrava Isaura (2004), como o Comandante Santana; e Caminho das Índias (2009), como o vilão galanteador Mike. No cinema, também tem importantes atuações – Bela Donna (1998), Lost Zweig (2002) e Ouro Negro (2008). Odilon, além de ator, exerce também a função de consultor em comunicação, sendo muito requisitado por novos atores, empresários e políticos. É um grande ator brasileiro. Filmografia: 1986 – Baixo Gávea; 1988 – Feliz Ano Velho; Jorge, um Brasileiro (dubla Dean Stockwell); 1993 – O Cão Louco Mário Pedrosa (CM) (narração, junto com Paulo Gorgulho); 1996 – Casa de Açúcar (inacabado) (Brasil/Argentina); 1998 – Bela Donna; Caminho dos Sonhos; 1998 – Zoando na TV; 2000 – O Circo das Qualidades Humanas; A Hora Marcada; 2001 – Condenado à Liberdade; 2002 – Lost Zweig; 2003 – Meu Pai (My Father, Rua Alguém 5.555) (Brasil/Itália/ Hungria); 2005 – O Dono do Mar; 2008 – Ouro Negro. WAGNER, VITOR Nasceu em Porto Alegre, RS, em 30 de junho de 1959. Ainda na cidade natal, troca a profi ssão de fisioterapeuta pelas passarelas, participando de vários desfiles de alta-costura. Em São Paulo, trabalha como moldureiro e motorista particular, para sobreviver e pagar cursos de teatro. Em 1987, atua em três peças infantis do diretor Vladimir Capela. Mais tarde divide o palco com Edson Celulari, na peça Calígula, depois As Mentiras que os Homens Contam e, mais recentemente, Como Monitorar um Homem. Sua primeira oportunidade na televisão vem pelas mãos de Walter George Durst, que o aprova para a novela Tocaia Grande (1995). Em seguida, dá a grande guinada na carreira, ao interpretar o contratador João Fernandes, na novela Xica da Silva, em 1997, seguindo-se Mandacaru (1998), Pícara Sonhadora (2001), Cristal (2006), Os Mutantes (2008). Posa duas vezes nu para a revista G Magazine. Estreia no cinema em 1997, no filme Bocage, o Triunfo do Amor, de Djalma Limongi Batista. Casa-se com Marina Trettel, com quem tem uma filha, Bárbara (1995). Filmografia: 1997 – Bocage, o Triunfo do Amor; 2002 – Histórias do Olhar. WANDECOS, OS Grupo formado para acompanhar Wanderléa, a Rainha da Jovem Guarda, a exemplo do RC-7 de Roberto Carlos. Seus componentes são Newton, Alemão, Vicente e Vitor Manga. Fazem sucesso acompanhando a estrela por todo o Brasil. Com o fim da Jovem Guarda, o grupo se desfaz. Atuam no filme Juventude e Ternura (1968). Filmografia: 1968 – Juventude e Ternura. WANDERLÉA Wanderléa Charlup Boere Salim nasceu em Governador Valadares, MG, em 6 junho de 1946. Aos 3 anos canta Caminhemos, de Herivelto Martins. Aos 9 muda-se com a família para o Rio de Janeiro, e, já como garota-prodígio, ganha seu primeiro contrato com a CBS. Aos 10 anos ganhava concursos em rádios, mas o primeiro disco acontece somente em 1962, um 78 rpm com as músicas Tell Me How Long e Meu Anjo de Guarda. Ao contrário do que muitos pensam, sua carreira começa muito antes da Jovem Guarda, mas é nesse movimento que estoura no Brasil inteiro, sendo chamada carinhosamente de Rainha. Ao lado de Roberto e Erasmo Carlos, Wanderléa comanda o programa de 1965 a 1968, ano em que estrela um filme só seu, Juventude e Ternura, enorme sucesso no Brasil. Com o fim da Jovem Guarda, dá continuidade à sua carreira de sucesso, estando em plena atividade até hoje, cantando antigos e novos sucessos. Filmografia: 1968 – Juventude e Ternura; Roberto Carlos em Ritmo de Aventura; Agnaldo, perigo à Vista; 1970 – Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa; 2009 – Alô, Alô, Terezinha (depoimento). WANDERLEY, NANCY Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 25 de fevereiro de 1927. Inicia sua carreira no rádio, como protagonista de vários quadros e programas de humor. Foi contratada por muitos anos da Rádio Mayrink Veiga. No teatro, atua ao lado de Silveira Sampaio. Estreia no cinema em 1954, no filme O Petróleo É Nosso. Participa de 11 filmes entre 1954 e 1961, dois com o famoso cômico Zé Trindade, em especial O Camelô da Rua Larga, de 1958, em que faz sua mulher, talvez seu melhor momento no cinema, estando ela no auge da comicidade, que lhe era nata. A partir dos anos 1960 dedica-se a programas humorísticos nas TVs Excelsior e Tupi, mas diminui gradati vamente suas parti cipações. Em 1981 faz sua única novela, Rosa Baiana, de Lauro César Muniz, pela TV Bandeirantes, na qual é protagonista principal. Por moti vos pessoais, após essa novela abandona a vida artísti ca. Nos últimos tempos morava em Florianópolis com seu único fi lho, Lug de Paula, fruto de seu casamento com Chico Anysio, por sinal, Nancy foi a primeira esposa do comediante. Morre em 19 de dezembro de 2008, em Florianópolis, SC, de insuficiência respiratória, aos 81 anos. Filmografia: 1954 – O Petróleo É Nosso; 1955 – O Primo do Cangaceiro; 1958 – O Batedor de Carteiras; No Mundo da Lua; Massagista de Madame; O Camelô da Rua Larga; 1959 – Quem Roubou Meu Samba?; 1960 – Eu Sou o Tal; Pequeno por Fora; O Palhaço o que É?; 1961 – Samba em Brasília. WEBB, WALTER Benito Walter Webb Galliteri nasceu em Jaguaquara, BA, em 29 de agosto de 1936. Cursa teatro e cinema na Divulgação de Arti stas Nacionais e Escritores (Diane). Começa sua carreira profissional em 1960 na assistência de produção em Tudo ou Nada (Le Tou Pour Le Tout), filme francês. Como ator, estreia em 1961 no filme A Grande Feira e como diretor no curta O Forte. A partir dos anos 1990 passa a ministrar cursos de interpretação em São Paulo. Filmografia (ator): 1961 – A Grande Feira; 1962 – Tocaia no Asfalto; 1983 – O Mágico e o Delegado. Filmografia (diretor): 1962 – O Forte (CM). WEBER, GUILHERME Nasceu em Curitiba, PR, em 11 de julho de 1975. Inicia sua carreira no teatro, em 1991. Em 1993 já funda, juntamente com Felipe Hirsch, a Sutil Companhia de Teatro, a qual arrebata 17 prêmios. Em 1998 estreia no cinema, no curta curitibano Fuirei. Em 2000 faz seu primeiro longa, Cruz e Souza, o Poeta do Desterro, direção de Sylvio Back. Em 2001 começa sua carreira na televisão, na novela Um Anjo Caiu do Céu. No teatro, participa de muitas peças, em elogiadas atuações em A Vida é Cheia de Som e Fúria (2000), Nostalgia (2001), Os Solitários (2002), Temporada de Gripe (2003), A Morte do Caixeiro Viajante (2004), Alice (2004), Avenida Dropsie (2004) e Educação Sentimental do Vampiro (2007). Depois de participar de várias novelas como Da Cor do Pecado (2005), como o maquiavélico Tony, e Belíssima (2007), como Freddy Schneider, sempre pela TV Globo, tem seu grande momento na minissérie Queridos Amigos, como o homossexual Benny, atuação que lhe rende o Troféu APCA de melhor ator do ano. Em 2008 participa dos especiais Casos e Acasos, como Rodrigo, e O Natal do Menino Imperador, no pael de o Marquês de Itanhaém. Filmografia: 1998 – Fuirei (CM); 2000 – Cruz e Souza, o Poeta do Desterro; 2003 – A Paisagem de Meninos; 2004 – Árido Movie; Nina; Olga. WEINBERG, DENISE Denise Espíndola Weinberg nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 26 de abril de 1956. Denise inicia sua carreira no teatro já como atriz e diretora. Sua primeira peça de estreia profi ssional é Apenas um Conto de Fadas (1979), depois O Anel e a Rosa (1980), Trágico Acidente Destronou Tereza (1981), Tempo Quente na Floresta Azul (1982), Viúva, porém Honesta (1983), seu primeiro texto de Nelson Rodrigues; e Tio Vânia (1984). Em 1994 é uma das fundadoras do grupo TAPA, onde produz, dirige e atua em diversas peças. A partir de 2000 deixa o grupo para se dedicar a novos desafios. Em 1997 inicia parceria com o diretor Sérgio Rezende, e estreia sua carreira cinematográfi ca em Guerra de Canudos. Não fez quase televisão, participa primeiro da série Alice (2008), pelo canal HBO, e, Maysa – Quando Fala o Coração (2009), seu maior momento, em que interpreta Amália Matarazzo, mãe de André, que foi casado com Maysa. Atua em vários curtas, entre eles BMW Vermelho, pelo qual recebe três prêmios de melhor atriz e em 2008 tem destacado papel em Linha de Passe, de Walter Lima Jr. Mas ama mesmo o teatro e nos últimos anos tem participado de peças várias – As Lágrimas de Petra Von Kant, Arsênico e Alfazema, Oração para um Pé de Chinelo, que lhe vale os prêmios Shell e APCA de melhor atriz; e Álbum de Família. Desde 2005 é professora da Escola Livre de Teatro de Santo André. Filmografia: 1997 – Guerra de Canudos; 1999 – Mauá – O Imperador e o Rei; 2000 – O BMW Vermelho (CM); Quase Nada; 2002 – Lost Zweig; Em Nome do Pai (CM); Meu Pai (My Father, Rua Alguém 5.555) (EUA); 2004 – Onde Anda Você?; 2007 – De Resto (CM); 2008 – Os Sapatos de Aristeu (CM); Linha de Passe; Na Madrugada (CM); 2009 – Salve Geral!; Cabeça a Prêmio; 2010 – Sex Delícia. WEISS, ARNALDO Nasceu em Presidente Prudente, SP, em 5 de julho de 1930. Inicia sua carreira artística no Teatro de Arena de São Paulo, ao lado de Augusto Boal e Vianinha. Estreia no cinema em 1954, no filme Dúvida. No final dos anos 1950 vai para a TV Tupi e participa das mininovelas Alma na Noite (1957), sua estreia na televisão; Seu Genaro (1957), A Mansão dos Daltons (1957) e Marcelino, Pão e Vinho (1958). Depois entra para o pioneiro projeto TV de Vanguarda (1958) e TV de Comédia (1957/58). Sempre como coadjuvante, em muitas vezes como o pai das mocinhas, atua em inúmeras novelas, tendo passado por quase todas as emissoras brasileiras, em Divinas e Maravilhosas (1973) e Os Apóstolos de Judas (1976), pela TV Tupi; Irmãos Coragem (1970) e O Bem-Amado (1973), pela TV Globo; Pé de Vento (1980) e Os Imigrantes (1981), pela TV Bandeirantes; e O Espantalho (1977) e Jerônimo, o Herói do Sertão (1984), pela TV Record. Em 1962 é convidado por Ary Fernandes para participar do episódio O Mágico, da série Vigilante Rodoviário, em que faz magistralmente o papel principal do soturno mágico. Nos anos 1970 faz alguns filmes, sendo o último em 1981, Verde Vinho: Romance de um Imigrante. Morre em de abril de 1989, aos 58 anos, em São Paulo. Filmografia: 1954 – Dúvida; 1955 – Carnaval em Lá Maior; Eva do Brasil; 1962 – O Mágico (CM) (episódio da série O Vigilante Rodoviário); 1968 – O Bandido da Luz Vermelha; 1970 – Cleo e Daniel; 1970 – Marcado para o Perigo (episódio: O Mágico); 1971 – O Donzelo; 1975 – O Sexualista; 1981 – Verde Vinho: Romance de um Imigrante (Brasil/Portugal). WERNECK, THEO Nasceu em São Paulo, SP, em 1962. Produtor musical, músico, DJ e ator. Sua primeira banda é Caboclada, com seu irmão Márcio Werneck; em seguida a Luni, com Marisa Orth, além de uma passagem pelo Sepultura. Hoje comanda as bandas Theo Werneck Blues Trio e Zafrica Brasil. Seu sucesso acontece como DJ, tendo sido responsável pelas trilhas sonoras de vários programas de televisão, Caldeirão do Huck, Adriane Galisteu e Eliana, com repertório voltado para músicas dançantes, blues e groove. Também é produtor musical de peças teatrais. Juntamente com Paula Prett a, Theo tem um projeto que se chama Oke Aro!, em que ambos fazem grooves afro-brasileiros. Como ator de cinema, estreia em 1998 no curta E no Meio Passa um Trem, em que recebe vários prêmios de melhor ator em Recife e Gramado. Participa de vários longas, sendo o mais recente É Proibido Fumar. Filmografia: 1998 – E no Meio Passa um Trem (CM); 2001 – Domésticas, o Filme; 2002 – Durval Discos; 2003 – Os Viajantes (CM) (animação-voz); 2005 – O Casamento de Romeu e Julieta; 2009 – É Proibido Fumar. WEY, WALDEMAR Nasceu em São Paulo, SP, em 13 de dezembro de 1918. Forma-se advogado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em 1943. Lá entra em contato com o pessoal do Teatro Universitário e começa a fazer Teatro Amador. Com o surgimento do TBC, tornase ator profissional com a peça A Importância de Ser Prudente, em 1950, dirigida por Luciano Salce. Em 1953 recebe convite do próprio Salce para ser o astro principal do filme Uma Pulga na Balança, pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz e ganha notoriedade nacional por seu bom desempenho, até os dias de hoje elogiado. No mesmo ano recebe o prêmio Governador do Estado como melhor ator de teatro pela peça Assim É... Se lhe Parece. Seu último fi lme é O Mistério da Ilha de Vênus, em 1959, após o qual abandona a carreira artística para exercer a profissão de advogado, ficando marcada com brilho sua passagem como ator, sendo sempre chamado para palestras e depoimentos. Morre em 8 de março de 2001, aos 82 anos, em São Paulo. Filmografia: 1953 – Uma Pulga na Balança; Esquina da Ilusão; 1959 – Mistério da Ilha de Vênus (Macumba Love) (Brasil/EUA). WIEN, BETTY VAN Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 6 de setembro de 1946. O pai é belga e a mãe paraense. Estreia no cinema em 1978, no filme Muito Prazer. Entre outros, parti cipa também de Bar Esperança, o Últi mo que Fecha e Feiti ço do Rio (1984), produção americana feita no Brasil. Na televisão, participa da minissérie Parabéns Pra Você, em 1983. Não se tem notícia da continuidade de sua carreira após 1984. Filmografia: 1978 – Muito Prazer; 1982 – Luz del Fuego; 1983 – Bar Esperança, o Último que Fecha; 1984 – Feitiço do Rio (Blame It on Rio) (EUA). WILDNER, WANDER Wanderley Luiz Wildner nasceu em Venâncio Aires, RS, em 20 de setembro de 1959. Com 1 ano sua família fixa residência em Porto Alegre. Aos 9 é escoteiro e aos 14 começa a trabalhar. Aos 18, no Exército, conhece Sérgio Lerrer, Pedro Santos e Carlos Gerbase, que o influenciam a entrar para o mundo artísti co. Em 1979 participa do grupo teatral Vende-se Sonhos, como ator e iluminador, e em 1981 estreia no cinema como ator, no filme totalmente rodado em super-8, Deu Pra Ti Anos 1970, de Nelson Nadotti e Giba Assis Brasil. A partir de 1983, no Rio de Janeiro, faz estágio como assistente de produção na TV Educati va. Em 1985 é guitarrista da banda Os Replicantes. Depois de alguns anos se desliga e monta a banda Sangue Sujo. Passa a trabalhar com competência como iluminador de palcos para Alceu Valença, entre outros arti stas consagrados. Depois na Companhia de Luz, onde participa do Hollywood Rock. Em 1994, de volta a Porto Alegre, monta a banda Los Encarnados e a partir de 1995 segue carreira solo, gravando inúmeros CDs. Filmografia: 1981 – Deu Pra Ti Anos 1970; 1982 – Coisa na Roda (voz); 1987 – Passageiros (CM); 1995 – Cem Anos Depois (CM); 1997 – 2075 DC (CM); 2001 – O Guardião do Inferno; 2006 – Ultravigiado (CM); 2009 – Inversão. WILKER, JOSÉ José Wilker Almeida nasceu em Juazeiro do Norte, CE, em 20 de agosto de 1945. Começa como locutor da TV-Rádio Recife e ator de teleteatro. Comunista de carteirinha, hippie e rebelde, esse é o seu perfil na época. Com 19 anos reside no Rio de Janeiro e faz uma ponta no filme A Falecida, iniciando sólida carreira cinematográfi ca. Participa dos clássicos Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), O Homem da Capa Preta (1986), Guerra de Canudos (1997), superprodução brasileira em que também é produtor. É marcante também sua carreira na televisão, nas novelas Bandeira 2 (1971), Cavalo de Aço (1973), Corrida do Ouro (1974), Anjo Mau (1976), Roque Santeiro (1985), Fera Ferida (1993), A Próxima Vitima (1996), Um Anjo Caiu do Céu (2001), Senhora do Destino (2005), Duas Caras (2008) e Três Irmãs (2009), além das minisséries O Fim do Mundo (1996), como Tião Socó; O Quinto dos Infernos (2002), como Marquês de Marialva; JK (2006), como Juscelino Kubitschek; e Amazônia: de Galvez a Chico Mendes (2007), como Luís Galvez. Em 1997 assina contrato com a Tribeca, de Robert de Niro, para participar de um fi lme americano, em sua tentativa de seguir carreira internacional. Nada mais justo para um dos maiores atores brasileiros da atualidade. Na televisão, é diretor competente também, como em Louco Amor (1983), Transas e Caretas (1984) e Sai de Baixo (1996), pela TV Globo; e Corpo Santo, Helena e Carmen pela TV Manchete, todas em 1987. Por alguns anos é diretor da distribuidora Riofi lme. Foi casado por quatro vezes, com a psicóloga Elza Barros da Rocha Pinto (1964/1976); a atriz Renée de Vielmond (1976/1984), com quem teve Mariana (1981), hoje psicóloga; a atriz Mônica Torres (1985/1996), com quem teve Isabel Wilker, modelo; e com a atriz Guilhermina Guinle (2000/2006). Filmografia: 1965 – A Falecida; 1967 – El Justi cero; 1968 – Vida Provisória; 1970 O que é Cinema? (depoimento) (CM); Estranho Triângulo; Eu Sou a Vida, Eu Não Sou a Morte (CM); 1971/82 – O Rei da Vela; 1972 – Os Inconfi dentes; 1974 Amor e Medo; Ana, a Libertina; 1975 – O Casal; Deliciosas Traições do Amor (episódio: Dois é Bom... Quatro é Melhor); Confissões de ma Viúva Moça; 1976 – Dona Flor e Seus Dois Maridos; Xica da Silva; 1977 – Diamante Bruto; 1978 – Batalha de Guararapes; 1979 – Bye, Bye Brasil; O Bom Burguês; O Golpe Mais Louco do Mundo (Professor Kranz Tedesco Di Germânia) (Itália/Brasil); 1981 – Bonitinha, Mas Ordinária; Los Crápulas (Argentina); Fiebre Amarilla (Argentina); 1984 – Jango (narração); 1986 – Bárbara (CM); Baixo Gávea; O Homem da Capa Preta; Fonte da Saudade; 1987 – Um Trem para as Estrelas; Besame Mucho; Leila Diniz; 1988 – A Porta Aberta (CM); Prisioneiro do Rio (Prisioner of Rio) (Brasil/Polônia/Suíça); 1989 – Mentira (CM) (narração); Doida Demais; Dias Melhores Virão; Solidão, uma Linda História de Amor; 1990 – Filha da Mãe (Portugal); 1992 – O Curandeiro da Selva (Medicine Man) (EUA); 1994 – Josué de Castro, cidadão do Mundo (narração); 1997 – Pequeno Dicionário Amoroso; Guerra de Canudos; For All, o Trampolim da Vitória; 1998 – Gramado: 25 Anos em Movimento (CM) (narração, junto com Marieta Severo); 2000 – Villa-Lobos – Uma Vida de Paixão; 2002 – O Mar por Testemunha (Dead in the Water) (EUA); 2003 – Viva Sapato!; Banquete (CM); O Homem do Ano; Maria, Mãe do Filho de Deus; 2004 – Onde Anda Você? (Os Piadistas); 2005 – Brilhante; Redentor; 2006 – O Sonho de Inacim (O Aprendiz do Padre Rolim); O Maior Amor do Mundo; Canta Maria; 2008 – Paulo Gracindo, o Bem-Amado (depoimento); Romance; Sexo com Amor?; A Casa da Mãe Joana; Elvis & Madonna; 2009 – Embarque Imediato; 2010 – O Bem-Amado; Matraga. Filmografia (diretor): 1979 – Arraes de Volta (CM) (codireção de Lauro Escorel); 1986 – Cinderela. WINDSOR, MÁRCIA DE Márcia do Couto Barreto nasceu em Ouro Preto, MG, em 3 de outubro de 1933. De tradicionais famílias mineiras. Aos 17 anos já está casada com um fazendeiro muito mais velho, para desespero da família. No final dos anos 1950, já no Rio de Janeiro, estreia como vedete na reabertura do Copacabana Palace, em 1958, ao lado de Elizeth Cardoso e Consuelo Leandro. Estreia no cinema em 1962, no filme As Sete Evas e participa também de O Mundo Alegre de Helô (1966) e Aconteceu no Verão (1972). Na televisão, estreia em O Acusador, no ano de 1964. Depois faz sucesso em A Menina do Veleiro Azul (1969), Na Idade do Lobo (1972), O Profeta (1977), Cara a Cara (1979), Cavalo Amarelo (1980), Os Adolescentes (1981) e Ninho da Serpente (1982). Na TV Record, apresenta o programa Acumulada Musical, ao lado de Renato Corte Real. Nos anos 1970 faz sucesso também como jurada dos programas A Grande Chance e Boa-Noite, Brasil, apresentados por Flávio Cavalcanti. No teatro, atua em mais de 30 peças, destacando-se Os Direitos da Mulher; Bem Amada; Família Pouco Família. Altiva e elegante, sempre foi respeitada por todos. Teve dois filhos, o também ator Arlindo Barreto e Gilberto Márcio. Uma das mais belas mulheres brasileiras. Morre, prematuramente, em 4 de agosto de 1982, aos 48 anos, de ataque cardíaco, num hotel em São Paulo, onde estava gravando os últimos capítulos da novela Ninho da Serpente, pela TV Bandeirantes. Filmografia: 1962 – As Sete Evas; 1964 – Sangue na Madrugada; 1965 – Crônica da Cidade Amada (episódio: O Homem que se Evadiu); 1966 – O Mundo Alegre de Helô; 1969 – A um Pulo da Morte; 1972 – Aconteceu no Verão; 1979 – A Força do Sexo. WINITS, DANIELLE Danielle Winitskowski de Azevedo nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 5 de dezembro de 1973. Filha do piloto Ronaldo de Azevedo, que morreu em 1979 em um acidente de helicóptero, e da professora de power ioga Nadja Winits (1954). Inicia sua carreira de atriz na novela Sex Appeal (1993), pela TV Globo. Depois de mais de uma década de carreira, acumula em seu currículo novelas e minisséries – Olho no Olho (1993), A Próxima Vítima (1995), Cara & Coroa (1995), Corpo Dourado (1998), Até que a Vida nos Separe (1999), Chiquinha Gonzaga (1999), Uga-Uga (2001), O Clone (2001), O Quinto dos Infernos (2002), Kubanacan (2003), Páginas da Vida (2006), como a intempestiva Sandra; e Guerra e Paz (2009), como Bárbara. Já posou nua duas vezes para a revista Playboy. No teatro, atuou em Band-Aid (1994), sua estreia; Relax, It’s Sex! (1999), Amo-te – Você Nunca Amou Alguém Tanto Assim (2005) e Hairspray (2009). Estreia no cinema em 1999 no filme Zoando na TV, ao lado de Angélica. Está casada com o ator Cássio Reis (1977) desde 2005, com quem tem um filho, Noah, nascido em 2007. Filmografia: 1999 – Zoando na TV; Até que a Vida nos Separe; O Trapalhão e a Luz Azul; 2005 – Um Lobisomem na Amazônia; 2006 – Se Eu Fosse Você; 2008 – Sexo Com Amor?; 2009 – Os Normais 2 – A Noite Mais Maluca de Todas. WINTER, MARCOS Marcos César Simarelli Winter nasceu em São Paulo, SP, em 31 de agosto de 1966. Começa a trabalhar como metalúrgico, mas ao final dos estudos normais resolve cursar a Faculdade de Artes Cênicas. Em 1984, com 17 anos, estreia no teatro, na peça Pic-Nic no Front; logo após, Pedido de Casamento, O Despertar da Primavera, Anjo Negro e Sonho de uma Noite de Verão. Em 1988 chega à televisão para um pequeno papel em Vida Nova, pela TV Globo. Dois anos depois estreia no cinema, no filme Barrela, mas seu melhor momento acontece em 2001, no filme Lua de Outubro, com forte interpretação, num rústi co personagem. Competente e boa pinta, sua carreira começa a deslanchar e não para mais. Em 1990 é contratado pela TV Manchete para participar do maior fenômeno da televisão brasileira dos últimos anos, a novela Pantanal, no papel de Joventino. Retorna à TV Globo já como galã consagrado e seus papéis melhoram muito, como em o José Diogo, de Felicidade (1991); Eduardo Coragem, de Irmãos Coragem (1995); o Bob, de Estrela Guia (2001); o Eduardo Abreu, de Essas Mulheres (2005); o deputado Narciso, de Duas Caras (2008); Dicas de Um Sedutor (2008), interpretando Juca; e Casos e Acasos (2008), no papel de Afonso. De 1996 a 2003 foi casado com a atriz Paloma Duarte, com quem teve uma filha, Ana Clara (1997). Em 2009 vai para o SBT e protagoniza Vendese um Véu de Noiva. Filmografia: 1990 – Barrela (Escola de Crimes); 1997 – Pequeno Dicionário Amoroso; 2001 – Lua de Outubro; 2006 – Vestido de Noiva. WOODWARD, MARISA Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1940. Começa sua carreira em 1958 como modelo, fazendo fotos para revistas de moda e depois como manequim, chegando a desfilar fora do Brasil por inúmeras vezes e fotografar para a revista Life. Mora na Europa, e, quando retorna, começa a trabalhar em teatro, participando de várias montagens – O Belo e a Fera, ao lado de Chico Anysio. Depois acompanha José Vasconcelos por todas as capitais do Brasil. Na televisão, faz A Gata, sua única novela, em 1964. Um dia, durante um jantar no restaurante Gigeto, recebe o convite de Walter Hugo Khouri para parti cipar do filme Noite Vazia, em 1964, ganhando o prêmio de melhor atriz coadjuvante do ano. Filmografia: 1964 – Noite Vazia; 1966 – Corpo Ardente; 1972 – A Infidelidade ao Alcance de Todos (episódio: A Transa); 1975 – Adultério (As Regras do Jogo). X XAVIER, BABI Ana Bárbara da Fontoura Xavier nasceu em Niterói, RJ, em 6 de julho de 1974. Inicia sua carreira de atriz, em 1996, na TV Globo, ao participar do episódio Véu de Noiva, do programa Você Decide. Em seguida faz sua primeira novela, na TV Bandeirantes, Perdidos de Amor, como Ivea. Em 1999 estreia como apresentadora, no programa Sintonia Fina, pela MTV. Na mesma emissora depois apresenta o MTV Erótica. Em seguida é contratada pelo SBT para apresentar o Programa Livre, dedicado exclusivamente ao público jovem, substituindo Serginho Groismann, que estava indo para a TV Globo. No SBT apresenta outros três programas – Canta e Dança, Ilha da Sedução e Sintonia Sky. Em 2003 posa nua para a revista Playboy. A partir daí começa a investir mais na carreira de atriz, ao participar das novelas Bang Bang (2006), como Marylin Corroy, pela TV Globo; e Vidas Opostas (2007), como Patrícia Rocha, pela TV Record. Estreia no cinema em 1997, no curta O Primeiro Pecado, ainda como Ana Bárbara Xavier. É neta da atriz e ex-vedete Daisy Lucidi e foi casada por cinco anos (1996/2001) com Marcelo Mendes. Em 2009 parti cipa do reality A Fazenda, pela TV Record. Filmografia: 1997 – O Primeiro Pecado (CM); 2004 – Corrompendo Paulo (CM); The Meeting (CM) (EUA/Brasil); 2010 – Copacabana. XAVIER, CHICA Francisca Xavier Queiroz de Jesus nasceu em Salvador, BA, em 21 de janeiro de 1932. Começa sua carreira no cinema em 1962, no filme Assalto ao Trem Pagador, ao lado do marido Kelé. Estreia na televisão em 1973, na novela Os Ossos do Barão. A parti r daí sua carreira deslancha e não para mais, atuando em dezenas de outras – O Grito (1975), Coração Alado (1980), Sinhá Moça (1986), Lua Cheia de Amor (1990), Renascer (1993), O Rei do Gado (1996), Esperança (2002) e, mais recentemente, Duas Caras (2008), como Setembrina, a mãe de santo. No cinema, participa de outros filmes, com destaque para A Deusa Negra (1978) e A Partilha (2001). Sempre com papéis coadjuvantes, interpreta com competência e dignidade todos os seus personagens. É uma grande atriz brasileira. Está casada com o ator Clementino Kelé desde 1956, com quem tem três fi lhos, Christina, Izabela e Clementi no Jr. Filmografia: 1962 – Assalto ao Trem Pagador; 1973 – Um Virgem na Praça; 1975 – Uma Mulata Para Todos; 1978 – A Deusa Negra (Nigéria/Brasil); 1979 – Lerfa Mu; 1983 – Inocência; 1993 – Encontros Imperfeitos (Portugal); 2001 – A Partilha; 2006 – Só Deus Sabe (Solo Dios Sabe) (Brasil/México); 2009 – CalangoLengo – Morte e Vida Sem Ver Água (CM) (animação-narração). XAVIER, FRANCISCO Francisco Maria Vieira Xavier nasceu em Vila Real, Portugal, em 28 de maio de 1879. Foi aluno de Apolônia Pinto, na Companhia Teatral e ator na Companhia Dramática Francisco Santos. Em 1913 estreia no cinema, no filme O Crime dos Banhados, uma das primeiras películas realizadas na Região Sul do Brasil. Em seguida resolve ser empresário cinematográfico, sendo fundador da Empresa Xavier & Santos, proprietária do Cine Sete de Abril, em Pelotas, RS. Apaixonado por cinema, sua atividade é sempre febril no setor. É pai de Carlos Xavier. Morre em 4 de fevereiro de 1935, em Pelotas, RS, aos 55 anos. Filmografia: 1913 – O Crime dos Banhados; 1932 – Alma do Brasil. XAVIER, NELSON Nelson Agostini Xavier nasceu em São Paulo, SP, em 30 de agosto de 1941. Desde criança gosta de escrever poesias. Com 10 anos, tenta fazer seu primeiro roteiro. Com seus contos, O Segredo do Velho Mundo (1970) e Trivial Simples (1971), é agraciado com dois prêmios Anchieta em São Paulo. É uma faceta pouco conhecida de Nelson, que, em 1957, conclui seu curso na Escola de Artes Dramáticas (EAD), em São Paulo. Logo em seguida entra para o Teatro de Arena, estreando na peça Eles Não Usam Black-Tie, em 1958. Em 1960, Nelson ganha o prêmio Governador do Estado por sua atuação na peça Revolução na América do Sul, de Augusto Boal; e em 1970 ganha o prêmio Anchieta de dramaturgia, por sua atuação na peça O Segredo do Velho Mundo. Estreia no cinema em 1960, no filme Cidade Ameaçada, direção de Roberto Farias, e constitui sólida carreira; principalmente nos clássicos Os Fuzis (1964), Rainha Diaba (1974), talvez seu melhor momento no cinema; Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), O Mágico e o Delegado (1983), pelo qual recebe o prêmio de melhor ator no Festival de Brasília; e O Testamento do Senhor Napumoceno (1998). Na televisão, estreia em 1968, na novela Sangue e Areia, no papel de Zorba. Tem papéis marcantes nas minisséries Lampião e Maria Bonita (1982) e O Pagador de Promessas (1988), além de inúmeras novelas, como Sol de Verão (1982), Kananga do Japão (1989), Irmãos Coragem (1995), Estrela Guia (2001), América (2005), Belíssima (2006), Sítio do Pica-Pau Amarelo (2007), no papel do Barão de Tremembé; A Favorita (2008), como Edivaldo; e Casos e Acasos (2008), interpretando Armando, sempre pela TV Globo. É um ator muito premiado no cinema, como em 1978, quando recebe o Urso de Prata de Berlim e o Candango do Festi val de Brasília, por sua atuação no filme A Queda; em 1983 recebe outro Candango por sua atuação em O Mágico e o Delegado; e em 1997 o Kikito de Melhor Ator em Gramado, por O Testamento do Senhor Napumoceno. Foi casado com a atriz Joana Fomm. Está casado há muitos anos com a também atriz Vya Negromonte, com quem tem uma fi lha, Sofia Helena Xavier. Filmografia (ator): 1960 – Cidade Ameaçada; 1963 – Seara Vermelha; 1964 – Os Fuzis; 1965 – A Falecida; Arrastão (Les amants de La Mer) (França/Brasil); 1966 – Três Histórias de Amor (episódio: A Construção – Amor na Cidade); 1968 – Blá... Blá... Blá (CM); Desesperado (Dezesperato); Massacre no Supermercado; 1970 – Dois Perdidos Numa Noite Suja; Os Deuses e os Mortos; É Simonal; 1971 As Confissões do Frei Abóbora; 1972 – A Culpa; 1973 – Vai Trabalhar, Vagabundo; 1974 – Rainha Diaba; Música Contemporânea no Brasil (CM) (narração); 1975 – Segunda-Feira (CM) (locução); 1976 – Soledade; Dona Flor e Seus Dois Maridos; Marília e Marina; Ovelha Negra, uma Despedida de Solteiro; 1977 Feminino Plural; Gordos e Magros; 1978 – A Queda; 1979 – Morto no Exílio (CM); O Bom Burguês; A Rainha do Rádio; 1980 – Sinal Vermelho (CM); Bububu no Bobobó; O Bandido Antonio Dó; Eu Carrego um Sertão Dentro de Mim (CM) (narração); 1981 – Eles Não Usam Black-Tie; Amor e Traição (A Pele do Bicho); 1983 – O Cangaceiro Trapalhão; O Mágico e o Delegado; Gabriela (Brasil/Itália/ EUA); 1984 – O Príncipe do Fogo (CM) (narração); Tensão no Rio; Para Viver um Grande Amor; 1985 – O Rei do Rio; 1987 – João Cândido, um Almirante Negro (CM); 1988 – Referência (CM); Luar sobre Parador (Moon Over Parador) (EUA); 1989 – Césio 137, pesadelo em Goiânia; 1991 – Brincando nos Campos do Senhor (At Play In The Fields of The Lord) (EUA/Brasil); Vai Trabalhar, Vagabundo II A Volta (Amor Vagabundo); 1994 – Auto de Leidiana (CM); 1996 – Sombras de Julho; 1997 – Bola de Fogo (CM); 1998 – O Testamento do Senhor Napumoceno (Napumocenos Will) (Brasil/Portugal/Bélgica/França/Cabo Verde); 2001 – Chica de Río (Espanha/Inglaterra); 2002 – Lua Cambará – Nas Escadarias do Palácio; 2003 – Benjamim; Narradores de Javé; 2010 – Sonhos Roubados; Chico Xavier. Filmografia (diretor): 1978 – A Queda (codirigido por Ruy Guerra); 1979 – Linguagem Musical: Espontaneidade e Organização (CM); 1985 – Vam’pra Disneylândia (CM). XIMENES, MARIANA Mariana Ximenes do Prado Nuzzi nasceu em São Paulo, SP, em 26 de abril de 1981. Estreia na televisão em 1998, no episódio Dupla Traição, do seriado Você Decide. Nesse mesmo ano faz seu primeiro filme, Caminho dos Sonhos e sua primeira novela, Fascinação, pelo SBT. Em 2002 participa dos programas Turma do Didi e Brava Gente. Em 2003 consolida sua carreira no seriado Casa das Sete Mulheres e Chocolate com Pimenta, sempre pela TV Globo. Em 2006 participa da minissérie JK, interpretando Lilian Gonçalves, a famosa empresária da noite paulistana que passou fome e foi estuprada na época da construção de Brasília, num dos papéis mais fortes de sua carreira. No mesmo ano brilha também em Cobras e Lagartos e depois Paraíso Tropical (2007) e destacase como a revoltada Lara, em A Favorita (2008). No teatro, estreia em 1999 na peça Auto de Natal, depois Recital os Lusíadas (2000), Paixão de Cristo (2000) e A Rosa Tatuada (2000). Em 2001 faz a voz de Sharon Spitz na série americana Braceface e em 2002 tornase produtora associada do filme O Invasor, de Beto Brant, em que também é atriz. Com graça, beleza e talento, vê sua carreira sempre em ascensão, como uma das grandes atrizes brasileiras da atualidade. Desde 2001 está casada com o produtor Pedro Buarque de Hollanda, um dos sócios da Conspiração Filmes. Filmografia: 1998 – Caminho dos Sonhos (Um Sonho no Caroço do Abacate); 2000 – O Barato É Ser Careta (CM); 2001 – Dias de Nietzsche em Turim; 2002 – O Invasor; 2003 – O Homem do Ano; 2004 – Uma Estrela Para Ioiô (CM); 2005 – Gaijin – Ama-me Como Sou; A Máquina; 2006 – Muito Gelo e Dois Dedos d’Água; Não por Acaso; 2008 – A Mulher do meu Amigo; 2009 – Bela Noite Para Voar; Hotel Atlântico; 2010 – Quincas Berro d’Água. XUXA Maria da Graça Meneguel nasceu em Santa Maria, RS, em 27 de março de 1963. Descendente de alemães, muda-se para o Rio de Janeiro aos 6 anos. 1,77 m de altura, corpo perfeito e beleza radiante, ainda bem jovem, torna-se uma das mais requisitadas modelos fotográficos do País. Aos 19 anos, estreia no cinema, no filme Amor, Estranho Amor, de Walter Hugo Khouri, onde aparece nua, esbanjando sensualidade, num filme que ela proibiu de ser distribuído em vídeo anos mais tarde por entender que era prejudicial à sua carreira ligada às crianças. Nessa época, é convidada por Adolpho Bloch para comandar um programa infantil na TV Manchete, mesmo não tendo ainda muita experiência com crianças, aceita e é um sucesso, sendo contratada pela TV Globo no ano seguinte, onde é campeã de audiência e de vendagem de discos. Parti cipa de outros filmes, sempre para públicos infantis. Namora Pelé e Ayrton Senna, mas é com Luciano Szafir que se casa e anuncia sua gravidez, no programa Domingão do Faustão, em dezembro de 1997. No ano seguinte nasce sua única filha, Sasha Meneghel. A partir de 1999 retoma sua carreira no cinema com sucessos anuais junto ao público infantojuvenil, com público acima de 2 milhões de espectadores. Com carisma das grandes estrelas, tem luz própria. Desde 2005 apresenta o programa de variedades TV Xuxa, pela TV Globo. Filmografia: 1982 – Amor, Estranho Amor; 1983 – Fuscão Preto; O Trapalhão na Arca de Noé; 1984 – Os Trapalhões e o Mágico de Oroz; 1985 – Os Trapalhões no Reino da Fantasia; Rio de Janeiro – Terra Mágica (depoimento); 1988 – Super Xuxa Contra o Baixo Astral; 1989 – A Princesa Xuxa e os Trapalhões; 1990 – Lua de Cristal; O Mistério de Robin Hood; 1991 – Gaúcho Negro; 1999 – Xuxa Requebra; 2000 – Xuxa Popstar; 2001 – Xuxa e os Duendes; 2002 – Xuxa e os Duendes 2 – No Caminho das Fadas; 2003 – Xuxa Abracadabra; 2004 – Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida; 2005 – Xuxinha e Guto Contra os Monstros do Espaço; 2006 – Xuxa Gêmeas; 2007 – Xuxa em Sonho de Menina; 2009 – Xuxa e o Mistério de Feiurinha. Y YÁCONIS, CLEYDE Cleyde Becker Yáconis nasceu em Pirassununga, SP, em 14 de novembro de 1923. Cursa medicina em 1950, mas surge uma oportunidade no teatro e substitui, às pressas, Nydia Lícia no papel de Rosa Gonzales, em O Anjo de Pedra, de Tennessee Williams, ainda sem pretensão de seguir carreira. Convidada por Ziembinski, aceita o papel de Annette na peça Pega-Fogo, de Jules Renard. Desiste da faculdade e se entrega de corpo e alma à arte de representar. Em 1957 funda, com a irmã Cacilda Becker, Ziembinski e Walmor Chagas, o Teatro Cacilda Becker. Em 1958 recebe o prêmio Governador do Estado de melhor atriz, repetindo-se o fato em 1961. Estreia no cinema em 1952, emprestando sua voz para o filme Veneno, da Vera Cruz. Faz poucos filmes, destacando-se ainda Na Senda do Crime (1964), sua estreia oficial; Madona de Cedro (1968) e Dora Doralina (1982). Não nega que sua grande vocação é para o teatro, embora seja muito respeitada também na televisão, onde atua por 40 anos, sendo uma das pioneiras nesse veículo, cuja estréia deu-se em 1966 na novela O Amor Tem Cara de Mulher. Entre outras, atua em A Muralha (1968), Mulheres de Areia (1973), Aritana (1978), O Ninho da Serpente (1982), Rainha da Sucata (1990), Torre de Babel (1998), As Filhas da Mãe (2001), Cidadão Brasileiro (2006) e Eterna Magia (2007). Foi casada por 11 anos (1958-1969) com o ator Stênio Garcia. Em 2004, a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia, Cleyde Yáconis – Dama Discreta, de autoria de Vilmar Ledesma. Filmografia: 1952 – Veneno (voz); 1954 – Na Senda do Crime; 1968 – Madona de Cedro; 1970 – Beto Rockfeller; 1978 – Parada 88 – O Limite de Alerta; 1982 – Dora Doralina; 1985 – Jogo Duro; 2000 – Célia e Rosita (CM); 2008 – Bodas de Papel; 2009 – Flávio Rangel – O Teatro na Palma da Mão (depoimento). Z ZACARIAS Mauro Paccio Gonçalves nasceu em Sete Lagoas, MG, em 18 de janeiro de 1934. Muda-se para Belo Horizonte para trabalhar na Rádio Inconfidência Mineira como radioator, tendo recebido o prêmio de Melhor Profissional do ano. Estreia na TV Itacolomi no programa Tribunal de Calouros. No Rio de Janeiro participa dos programas Time Square, Vovô Deville, Show Riso e Praça da Alegria, onde cria o personagem Moranguinho. Em 1970 atua na peça A Dama do Camarote, ganhando o prêmio de revelação masculina do ano, no Estado da Guanabara. No programa Café Sem Concerto, pela TV Tupi, cria o personagem Zacarias, que o acompanha pelo resto da vida. Estreia no cinema em 1971, no filme Tô na Tua, ô Bicho, ainda como Mauro Gonçalves. Seu primeiro filme com Renato Aragão acontece em 1978, Os Trapalhões na Guerra dos Planetas, quando passa a integrar o grupo Os Trapalhões, com Renato Aragão, Dedé Santana e Mussum, fazendo sucesso também na televisão, pela TV Globo, durante muitos anos. Atua em muitos fi lmes, destacando-se Deu a Louca nas Mulheres (1977), Atrapalhando a Suate (1983) e Uma Escola Atrapalhada (1990). Seu personagem trapalhão inspira Caetano Veloso na música Jeito de Corpo (1980). Casado com a atriz Selma Lopes, tem uma filha, Maria Laura. Morre de infecção pulmonar em 18 de março de 1990, aos 56 anos, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1971 – Tô na Tua, ô Bicho; 1975 – O Fraco do Sexo Forte; 1977 – Deu a Louca nas Mulheres; 1978 – Os Trapalhões na Guerra dos Planetas; 1979 – Cinderelo Trapalhão; O Rei e os Trapalhões; 1980 – O Incrível Monstro Trapalhão; Os Três Mosqueteiros Trapalhões; 1981 – O Mundo Mágico dos Trapalhões; Os Vagabundos Trapalhões; Os Salti mbancos Trapalhões; 1983 – Atrapalhando a Suate; O Cangaceiro Trapalhão; Os Trapalhões na Serra Pelada; 1984 – A Filha dos Trapalhões; Os Trapalhões e o Mágico de Oroz; 1985 – Os Trapalhões no Reino da Fantasia; 1986 – Os Trapalhões e o Rei do Futebol; Os Trapalhões no Rabo do Cometa; 1987 – Os Fantasmas Trapalhões; Os Trapalhões no Auto da Compadecida; 1988 – Os Heróis Trapalhões, uma Aventura na Selva; O Casamento dos Trapalhões; 1989 – A Princesa Xuxa e os Trapalhões; Os Trapalhões na Terra dos Monstros; 1990 – Uma Escola Atrapalhada. ZACCHIA, ALEXANDRE Inicia sua carreira no cinema em 1985, no filme Noite, de Gilberto Loureiro, e em 1987 chega à televisão, na novela Corpo Santo, pela TV Manchete. Inicia-se aí uma grande carreira de ator coadjuvante, mas de muito valor, sempre no papel de bandido ou outro tipo qualquer de vilão. Na TV Globo atua nas novelas/ minisséries – Uga Uga (2000), como Jambo; Kubanacan (2003), como Sanchez; Senhora do Destino (2004), como Pezão; Paraíso Tropical (2007), como Pimentel; e Negócio da China (2009), no papel de Cleirson. No cinema tem atuado com frequência também em produções italianas e francesas – La Via Dura (1990) e Le Jaguar (1996) – rodadas no Brasil. Filmografia: 1985 – Noite; 1990 – O Quinto Macaco (The Fift h Monkey) (EUA); La Via Dura (Itália); 1994 – Veja Esta Canção (episódio: Samba do Grande Amor); 1996 – Le Jaguar (França); 1999 – O Dia da Caça; 2001 – Nelson Gonçalves; Tainá – Uma Aventura na Amazônia; 2002 – Zico; 2003 – O Caminho das Nuvens; 2005 – Mais uma Vez o Amor; 2006 – O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili; 2007 – Sambando nas Brasas, Morô?; 2008 – Verônica. ZAMBELLI, RICARDO Nasceu em Caxias do Sul, RS. Estreia no cinema em 1980, no filme Prova de Fogo. Em 1982 tem seu melhor momento no cinema como o playboy Adolfi nho, em Menino do Rio. Na televisão, atua na minissérie Viver a Vida, em 1984, e na novela Um Sonho a Mais, em 1985. Casado com a também atriz Zaira Zambelli, Ricardo morre prematuramente em 1985 em um acidente automobilístico, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1980 – Prova de Fogo; 1981 – Mulher Sensual (Novela das Oito); 1982 – Menino do Rio; 1983 – Inocência; 1985 – Chico Rey. ZAMBELLI, ZAIRA Zaira Lúcia Fontes Simões da Costa nasceu em Belo Horizonte, MG, em 14 de agosto de 1954. Com 3 anos passa a residir no Rio de Janeiro. Começa a fazer teatro com 15 anos, em um curso livre ministrado pelo ator Sérgio Britto. Teve aulas também com Giani Ratto e Glorinha Beutmuller e seus colegas de turma eram Evandro Mesquita, Regina Casé, Luís Fernando Guimarães, Patrícia Travassos, Nina de Pádua, Ângela Leal e Eduardo Tornaghi. Seu primeiro espetáculo foi uma peça dirigida por Paulo Afonso de Lima: Greta Garbo, Quem Diria, Acabou no Irajá. Chega a cursar sociologia, mas tranca a matrícula para se dedicar integralmente à carreira de atriz. Em 1976 estreia no cinema, no filme Marcados Para Viver, seguindo-se outros – Bye, Bye, Brasil (1979), Fulaninha (1986); As Meninas (1995). Em 1980 estreia na televisão, na novela Marina, pela TV Globo, depois Paraíso (1982), Irmãos Coragem (1995). No teatro, atua em diversas peças, com destaque para Síndica, Qual É a Sua?, Uma Cama Para Quatro, Donana e As Bodas de Felissa. Muito bonita, em 1981 posa nua para a revista Playboy. Foi casada por 11 anos com o também ator Ricardo Zambelli, falecido em 1985 num acidente automobilístico. Atualmente dá aulas de teatro em sua oficina, no Rio de Janeiro. Filmografia: 1976 – Marcados Para Viver; 1978 – O Cortiço; Chuvas de Verão; Fim de Festa (Decisão Final); 1979 – Bye, Bye Brasil; Nos Embalos de Ipanema; 1980 – O Elogio Histérico da Razão (CM); Cabaret Mineiro; Pequenas Taras; 1981 – A Difí cil Viagem; 1983 – Perdoa-me por me Traíres; Transatlântico (Trans Atlantique) (Suíça); 1985 – Chico Rei; 1986 – Fulaninha; Tempo de Ensaio (CM); 1988 – Banana Split; 1989 – Coração Passageiro (CM); 1994 – Túnel (CM); 1995 – As Meninas; 1999 – Um Certo Dorival Caymmi (depoimento). ZAN, MÁRIO Mário Giovanni Zandomeneghi nasceu em Veneza, Itália, em 9 de outubro de 1920. Muda-se com a família para o Brasil com 4 anos, indo morar em Santa Adélia, interior de São Paulo. Aos 12 anos já dominava com perfeição o acordeom, instrumento conhecido popularmente como sanfona. Nessa época ganha o apelido de Moleque da Sanfona. Com 13 anos resolve tentar a sorte em Paulo, indo morar no bairro do Ipiranga. Em 1954, durante as festividades do IV Centenário da Cidade de São Paulo, Mário compõe o hino São Paulo Quarto Centenário. Sucesso absoluto. Dez milhões de cópias vendidas em discos 78 rotações. Uma curiosidade: a quantidade dos discos foi superior ao número de vitrolas existentes no País à época. Fica famoso também por suas composições feitas especialmente para as festas juninas, muito comuns em várias regiões do País. Em 1954 estreia no cinema, no filme Da Terra Nasce o Ódio; a seguir, a convite do cômico Mazzaropi, participa de outros dois. Compõe mais de 300 músicas e grava mais de cem discos, tendo colecionado inúmeros sucessos – Chalana e Os Homens Não Devem Chorar, esta última foi reproduzida em mais de 200 gravações em todo o mundo. De seu repertório, 36 músicas foram gravadas por Roberto Carlos, Sérgio Reis, Almir Satter e outros. Morre em 8 de novembro de 2006, aos 86 anos, em São Paulo. É sepultado diante do túmulo da Marquesa de Santos, conforme seu últi mo desejo. Filmografia: 1954 – Da Terra Nasce o Ódio; 1961 – Tristeza do Jeca; 1964 – Meu Japão Brasileiro. ZANGRANDI, VIÉTIA Viétia Zangrandi Rocha nasceu em Aracaju, SE, em 12 de julho de 1970. Atleta da ginástica rítmica, com passagem pela seleção brasileira. Aos 14 anos abandona a carreira para ingressar no teatro, quando resolve residir em São Paulo. Forma-se em artes cênicas pela Unicamp. No início de sua carreira assume o nome artístico de Viétia Rocha. Destaca-se ao trabalhar com os mais renomados diretores paulistas – Antunes Filho, José Celso Marti nez Corrêa e Moacyr Góes. Em 1998 estreia no cinema, no filme Bocage – O Triunfo do Amor. No teatro, passa a integrar o Centro de Pesquisas Teatrais, dirigido por Antunes Filho, e participa das montagens de Calígula (1995), direção de Djalma Limongi Bati sta; Assembleia de Mulheres (1997), dirigida por Moacir Góes; e Além do Abismo (1999), com o grupo XPTO. Em 2001 estreia na televisão em Amor e Ódio, como Laura Castro, pelo SBT; Celebridade (2003), como Sofi a; e Páginas da Vida (2007), como Carol. Na RedeTV participa do projeto Donas de Casa Desesperadas, em 2007, como Elisa Fernandes. No teatro, sua última peça foi Pátria Armada, direção de Rodrigo Pitta, em 2007. Atriz versáti l e de muito talento, tem facilidade para compor vários personagens. Filmografia: 1998 – Bocage – O Triunfo do Amor; 2001 – Memórias Póstumas; 2002 – O Invasor; 2004 – Um Show de Verão; 2005 – Coisa de Mulher. ZARA, CARLOS Antonio Carlos Zarattini nasceu em Campinas, SP, em 14 de fevereiro de 1930. Na sua cidade natal inicia seus estudos (primeiro e segundo grau), vindo morar em São Paulo para cursar engenharia na escola Politécnica. Formado, exerce a profissão por oito anos. Sua vocação pelo teatro começa no Grupo Teatral Politécnico e no Grupo de Teatro Amador. Profi ssionaliza-se em 1954 ao integrar a Cia. Dulcina Odilon na peça O Imperador Galante (1954). Transfere-se em seguida para a Cia. Nydia Lícia/ Sérgio Cardoso e depois Cia. Maria Della Costa, atuando em produções independentes e próprias, com a atriz Eva Wilma. Ao todo participa de 25 espetáculos teatrais. Estreia na televisão em 1956, no Grande Teatro Tupi. Em 1957 é contratado pela TV Record e atua no seriado Papai, Mamãe e Eu, ao lado de Araçari de Oliveira, época que faz sua primeira novela, Folhas ao Vento. Como diretor, organiza o Grande Teatro Record, para concorrer com a Tupi. Em 1963 transfere-se para a TV Excelsior exercendo as funções de ator e diretor de teledramaturgia, funções que também exerce na TV Tupi, para onde retorna em 1970. Em 1979 vai para a TV Globo, onde permanece por mais de 20 anos, consolidando sua vitoriosa carreira. Atua em mais de 40 novelas, destacandose Dez Vidas (1970), Um Certo Capitão Rodrigo (1971), Mulheres de Areia (1973), Pai Herói (1979), Pátria Minha (1995), Por Amor (1997) e do seriado Mulher (1999), ao lado de Eva Vilma, em sua últi ma participação. Estreia no cinema em 1956, no filme Quem Matou Anabela?. Faz poucos filmes, direcionando sua carreira ao teatro e à televisão. Está casado desde 1979 com a atriz Eva Wilma. Com 45 anos de carreira, como ator e diretor, é um dos mais competentes profissionais das artes cênicas brasileiras. Morre 11 de dezembro de 2002, aos 72 anos, no Rio de Janeiro, vítima de complicações decorrentes de um câncer no esôfago. Em 2006, a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia: Carlos Zara – Paixão em Quatro Atos, de autoria de Tânia Carvalho. Filmografia: 1956 – Quem Matou Anabela?; 1957 – O Pão que o Diabo Amassou; 1959 – Crepúsculo de Ódios (Nas Garras do Destino); 1982 – Pra Frente, Brasil; 1993 – Lamarca. ZÉ DA ILHA José Deocleciano da Silva nasceu em Salvador, BA, em 5 de outubro de 1930. Radicado em São Paulo nos anos 1950, é fi gura folclórica da Boca do Lixo, fazendo pequenos papeis, além de colaborar na parte técnica. Como ator, seu primeiro fi lme é Doramundo, de João Batista de Andrade. Mesmo com o fi m do cinema da Boca, Zé da Ilha ainda fez Dois Córregos – Verdades Submersas no Tempo (1999), de Carlos Reichenbach, e Bicho de Sete Cabeças (2001), de Laís Bodansky. Filmografia: 1978 – Doramundo; 1980 – O Inseto do Amor; 1981 –... E a Vaca Foi Pro Brejo; 1982 – Sete Dias de Agonia (O Encalhe); 1983 – Tara das Sete Aventureiras; Arapuca do Sexo; 1986 – Mais Luz (CM); Dr.Frank na Clínica das Taras; 1987 – 48 Horas de Sexo Alucinante; Carnaval 87 – Só Deu Bum-Bum; Fogo e Prazer; 1988/1990 – Desordem em Progresso (CM) (episódio do filme City Life) (Holanda/Brasil); 1999 – Dois Córregos – Verdades Submersas no Tempo; 2000 – Tolerância; 2001 – Bicho de Sete Cabeças; 2005 – O Equilíbrio do Desequilibrado. ZÉ & ZILDA Dupla de muito sucesso na década de 1940, interpretando canções populares e ritmos folclóricos, é formada por José Gonçalves (061-1908/10-10-1954) e sua esposa Zilda (18-3-1919). Casam-se em 1938 e lançam o primeiro disco em 1944, com as músicas Fim de Eixo e Levanta, Zé. Lançaram vários sucessos de carnaval nos anos 1940/1950. Estreiam no cinema em 1945, no filme Pif-Paf. Zé falece em 1954, aos 46 anos, e Zilda passa a se apresentar como Zilda do Zé, e com esse nome participa de mais um filme, em 1960, Virou Bagunça. Filmografia: 1945 – Pif-Paf; 1946 – Caídos do Céu; 1948 – Pra Lá de Boa; 1949 – Eu Quero É Movimento; 1960 – Virou Bagunça. ZELLONI, OTELO Nasceu em Roma, Itália, em 26 de novembro de 1921. Desde criança demonstra inclinação para as artes cênicas. Em 1941, abandona o primeiro ano de direito e tira brevê de piloto de aviação civil. Chegou a ser convocado para a guerra, mas nunca esteve no fronte de batalha. Em 1948 vai com uma equipe para a Argentina filmar Nas Águas do Mar Del Plata, documentário sobre a migração italiana. Astuto, começa a vender filmes italianos na Argentina e ganha muito dinheiro. Em 1950 vem para o Brasil e parti cipa do filme Suzana e o Presidente, em 1951, sua estreia nas telas brasileiras. Ao todo, participa de quase 30 fi lmes, destaque para Três Colegas de Batina, de 1961; Golias Contra o Homem das Bolinhas, de 1969; e Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora, de 1972, seu último filme. Em 1958 estreia na televisão no programa O Pequeno Mundo de Dom Camilo, de autoria de Giovani Guareschi, mas fica conhecido em todo o Brasil como Otelo Pepino Trapo, na Família Trapo, no ar por cinco anos, pela TV Record. Ao lado de Ronald Golias, Renata Fronzi, Jô Soares, Cidinha Campos e Ricardo Corte-Real, o programa bati a recordes de audiência. No teatro, faz sucesso no papel de Egisto Ghirotto, na peça Os Ossos do Barão, de Jorge Andrade. Ator com enorme capacidade de identificação com seus personagens, transformavaos quase sempre em pessoas reais. Alegre e expansivo, com aquele sotaque característico de italiano, Zelloni era um homem que sabia fazer rir, e sua seriedade profi ssional impressionava seus colegas. Com Gioia, sua mulher, teve cinco filhas – Silvana, Romana, Bianca, Rossana e Tiziana. Morre em 29 de dezembro de 1973, aos 52 anos, de câncer no cérebro, em São Paulo, sem concluir sua últi ma novela, O Conde Zebra, que a TV Tupi tirou do ar dois dias antes de sua morte. Nessa mesma época, apresentava, com sucesso, o programa Zeloni, Forno e Fogão, em que demonstrava suas qualidades culinárias. Filmografia: 1951 – Suzana e o Presidente; 1954 – É Proibido Beijar; 1956 – Com Água na Boca; 1957 – De Pernas Pro Ar; A Doutora É Muito Viva; A Baronesa Transviada; 1958 – Cala Boca, Etelvina; 1959 – Rio, 17 Horas (inacabado); 1960 Vai que é Mole; 1961 – Marido de Mulher Boa; O Cantor e a Bailarina (Portugal/Brasil); Três Colegas de Batina; Por Um Céu de Liberdade; 1965 – São Paulo S/A; 1968 – Papai Trapalhão; 1969 – Golias Contra o Homem das Bolinhas; 1970 Beto Rockfeller; A Arte de Amar Bem (episódio: A Honestidade de Mentir); Dois Mil Anos de Confusão; 1971 – Lua de Mel e Amendoim (1° episódio: Lua de Mel e Amendoim); Como Ganhar na Loteria Sem Perder a Esportiva; 1972 – Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora. ZEMMEL, BERTA Bertha Zemelmacher nasceu em São Paulo, SP, em 6 de agosto de 1934. Em 1965 faz sua primeira novela, O Ébrio, pela TV Globo Paulista, ainda muito longe da potência que viria a ser. Em 1968 estreia no cinema, no filme O Quarto, de Rubem Biáfora. Transfere-se para a TV Tupi a convite do diretor Geraldo Vietri e participa das novelas Os Apóstolos de Judas (1976) e Gaivotas (1979). Com o fechamento da Tupi, Berta vai para a TV Bandeirantes e faz Renúncia, em 1982, e Jogo do Amor, em 1985, pelo SBT. Atriz de rara sensibilidade, seu grande momento acontece no teatro, mais especificamente na peça Hellen Keler, no papel de uma deficiente visual e auditiva, que, graças a um grande esforço, conseguia se comunicar com sua preceptora. Isso a consagrou como uma das melhores atrizes do Brasil. Depois de quase 20 anos afastada, retoma sua carreira com tudo: no cinema em 2002 com Desmundo, de Alain Fresnot; na televisão em 2008 com Água na Boca, novela da TV Bandeirantes; e no palco com a peça Anjo Duro, no Teatro do Centro da Terra. Está de volta uma grande atriz brasileira. Em 2009 a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lança sua biografia: Berta Zemmel: A Alma das Pedras, de autoria de Rodrigo Antunes Corrêa. Filmografia: 1968 – O Quarto; 1977 – Que Estranha Forma de Amar; 1978 – Diário da Província; 1995 – Ruído de Passos (CM) (voz de Dona Cândida); 2001 – Bípedes (CM); 2002 – Desmundo; 2005 – O Casamento de Romeu e Julieta; 2007 – A Casa de Alice; 2008 – Os Sapatos de Aristeu (CM); Fronteira; 2009 – Senhoras (CM); Revertere ad Locum Tuum (CM). ZETTEL, DANIEL Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1984. Em 2002 resolve se candidatar ao teste para o filme Cidade de Deus, de Fernando Meirelles, e acaba sendo um dos selecionados. Sua carreira começa a deslanchar em 2003, quando interpreta o Carlinhos, de Mulheres Apaixonadas, pela TV Globo. Na TV Record, é um dos protagonistas de Bicho de Mato (2007). No cinema, mostra seu talento em Polaroides Urbanas (2008) e Ensaio Sobre a Cegueira (2008). Com talento, vem se firmando como grande ator brasileiro. Filmografia: 2002 – Cidade de Deus; 2004 – Consciente Irracional (CM); 2008 – Polaroides Urbanas; Ensaio Sobre a Cegueira (Blindness) (Brasil/Canadá/Japão); 2010 – Sonhos de um Sonhador. ZIEMBINSKI Zigbniew Marian Ziembinski nasceu em Wieliczka, Polônia, em 17 de março de 1908. Forma-se ator teatral ainda em seu país. Teve destacada atuação no cinema polaco. Sua estreia verifi ca-se em 1928, em Huragan. Em 1939, ano de seu último filme em terras polonesas, estrela Wlóczegi. Fugindo da Segunda Guerra Mundial, passa por diversos países da Europa e África e chega ao Brasil em 1941, fixando-se no Rio de Janeiro, seduzido pela sensualidade e beleza da ex-capital federal. Dirige em 1943 a estreia de Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, em produção do grupo carioca Os Comediantes e vira de pernas para o ar a estética teatral vigente até então. Trabalha ativamente em teatro e cinema, onde estreia em 1943, no filme Samba em Berlim, produção Cinédia dirigida por Lulu de Barros. Nos anos 1940 forma sua própria companhia teatral e trabalha no Recife. No início da década de 1950 vem a São Paulo, a convite do TBC, destacando-se como ator e diretor nas peças Volpone, Assim na Terra como no Céu, Divórcio Para Três, Pega-Fogo, esta ao lado de Cacilda Becker. Com ela, em fins dos anos 1950, deixa o TBC para integrar o Teatro Cacilda Becker, onde dirige, entre outras, Longa Jornada. Parti cipa ati vamente do projeto Vera Cruz, ao atuar em pérolas cômoda categoria de Tico-Tico no Fubá (1952), como o dono do circo; Appassionata (1952), como o maestro; seguindo-se Capitu (1968) e O Descarte (1973). Em 1963 resolve retornar à Polônia e lá monta Vereda da Salvação e O Boca de Ouro, mas não é bem- sucedido e retorna ao Brasil. Já idoso, é um dos atores mais respeitados do elenco da TV Globo, onde reinventa o teleteatro e coordena o núcleo de Casos Especiais. Como ator, participa de inúmeras novelas – O Rei dos Ciganos (1966), Bandeira 2 (1971) e O Grito (1975). Dirige novelas e os especiais A Rainha Louca (1967), O Médico e o Monstro (1972) e A Ordem Natural das Coisas (1977). Tem um filho, Krzysztof (1935 –), que segue os passos do pai no teatro. Morre em 18 de outubro de 1978, no Rio de Janeiro, aos 70 anos. É um mito das artes cênicas do Brasil, país que aprendeu a amar e pelos brasileiros também foi amado e respeitado. Filmografia polonesa: 1928 – Huragan; 1931 – Uwiedziona; 1934 – Córka Generala Pankratowa; Czy Lucyna to Dziewczyna?; 1936 – Róza; 1937 – Ulan Ksiecia Józefa; 1938 – Granica (1938); Profesor Wilczur; Rena; Kosciuszko Pod Raclawicami; 1939 – Wlóczegi. Filmografia brasileira: 1943 – Samba em Berlim; 1944 O Brasileiro João de Souza; 1945 – Não Adianta Chorar; 1948 – Terra Violenta; 1 952 – Appassionata; Tico-Tico no Fubá; Veneno; 1954 – É Proibido Beijar; 1965 – Crônica da Cidade Amada (episódio: Iniciada a Peleja); 1968 – Brasil Ano 2000; Madona de Cedro; Edu Coração de Ouro; Capitu; 1970 – É Simonal; 1973 Contrate-o Para Nosso Servião (CM); O Descarte; 1975 – O Homem de Papel (Volúpia de Um Desejo); O Caçador de Fantasmas. ZIMMERMAN, VERA Vera Alice Santos Zimmerman nasceu em Santos, SP, em 30 de março de 1964. Em 1981 é convidada para fazer um teste em substituição a uma colega na peça Macunaíma e daí em diante sua carreira decola. Em 1984 estreia no cinema, no filme Onda Nova e logo participa de outros tantos, destaque para Estrela Nua (1985), O Efeito Ilha (1994) e Tônica Dominante (2002). No final dos anos 1980, Vera foi a primeira atriz brasileira a fazer um comercial de nu frontal. Nessa época conheceu Caetano Veloso num show deste na Bahia e tiveram um relacionamento amoroso, que resultou na música Vera Gata, feita por Caetano em sua homenagem. Em 1991 é a Divina Magda, em Meu Bem, meu Mal, seu maior momento na televisão, o que lhe proporciona muitas oportunidades de trabalho, entre elas posar para a revista Playboy. Alternando-se entre TV Globo, SBT e Record, sua carreira se solidifica inúmeras novelas – O Direito de Nascer (2001), Jamais Te Esquecerei (2003), O Profeta (2007) e Negócio da China (2009). Boa atriz e graciosa, brilha em todos os papéis que faz. Filmografia: 1984 – Onda Nova; Os Bons Tempos Voltaram – Vamos Gozar Outra Vez (episódio: Primeiro de Abril); 1985 – A Estrela Nua; 1987 – Besame Mucho; Leila Diniz; 1990 – Atração Satânica; 1994 – O Efeito Ilha; 1997 – Meninos de Deus; 1999 – Ela Perdoa (CM); Amor que Fica; 2000 – Mário; Deus Jr.; Tônica Dominante; 2002 – Joana e Marcelo, Amor (Quase) Perfeito. ZIRALDO Ziraldo Alves Pinto nasceu em Caratinga, MG, em 24 de outubro de 1932. Começa a desenhar desde menino. Com apenas 6 anos tem um desenho publicado no jornal Folha de Minas. É advogado formado pela Universidade Federal de Minas Gerais, em 1957. Adulto, trabalha como bancário, publicitário, chargista, redator e criador de logotipos do Ministério da Cultura. Em 1960 lança a sua primeira revista, Turma do Pererê. Em 1963 já trabalha na revista O Cruzeiro e no Jornal do Brasil. Escreve livros infanti s, com a incrível marca de 70 títulos lançados, todos sucesso absoluto de vendas. É um dos fundadores do jornal O Pasquim, em 1969. Seu principal personagem, o Menino Maluquinho, criado em 1980, vira filme em 1995, com grande sucesso junto ao público infantil. Suas ilustrações já figuraram em publicações internacionais, mais especificamente nas revistas Private Eye, da Inglaterra; Plexus, da França; e Mad, dos Estados Unidos. Como ator, Ziraldo participa de alguns fi lmes – O Menino de Calça Branca (1961) e Garota de Ipanema (1967). Ziraldo é pai da cineasta Daniela Thomas e do compositor Antonio Pinto. Bem-sucedido, transforma tudo o que faz em sucesso. Filmografia: 1961 – O Menino da Calça Branca (CM); 1964 – Esse Mundo é Meu; 1967 – Garota de Ipanema; 1970 – Quatro Contra o Mundo (O Menino da Calça Branca); 1998 – Referência (CM); Menino Maluquinho 2 – A Aventura; 2003 – Banda de Ipanema – Folia de Albino (depoimento); 2009 – Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Dei (depoimento); Caro Francis (depoimento); Uma Professora Muito Maluquinha. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, Gilda de: Minha Vida Com Vicente Celestino, Butterfl y Editora, SP, 2003; ABREU, Ieda de: Rolando Boldrin – Palco Brasil, Coleção Aplauso, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, SP, 2005. ALENCAR, Mauro e Pace, Eliana: Nívea Maria – Uma Atriz Real, Coleção Aplauso, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, SP, 2008. 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Marcos Caruso – Um Obstinado, Coleção Aplauso, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, SP, 2007; RODRIGUES, João Carlos: O Negro Brasileiro e o Cinema, Pallas Editora, RJ, 2001; ROULIEN, Raul: A Verdadeira Hollywood, Editora Freitas Bastos, RJ, 1933; ROVERI, Sérgio: Gianfrancesco Guarnieri – Um Grito Solto no Ar, Coleção Aplauso, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, SP, 2004; SANTOS, Francisco Alves dos: Cinema no Paraná – Nova Geração, Fundação Cultural de Curiti ba, Curiti ba, 1996; SCHUMAHER, Schuma e Érico Vital Brazil: Mulheres do Brasil, Jorge Zahar Editor, RJ, 2000; SCHWARZMAN, Sheila: Humberto Mauro e as Imagens do Brasil, Editora Unesp, SP, 2003; SEIXAS, Élcio Nogueira: Renato Borghi – Borghi em Revista, Coleção Aplauso, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, SP, 2008; SÉRGIO AUGUSTO: Este Mundo é um Pandeiro, Companhia das Letras, SP, 1989; SEYSSEL, Waldemar: Arrelia – Uma Autobiografia, Ibrasa, SP, 1997; SFAT, Dina e Mara Caballero: Dina Sfat – Palmas pra que te Quero – 4ª Edição, Editora Nórdica, RJ, 1988; SILVA NETO, Antonio Leão da: Ary Fernandes, Sua Fascinante História, Coleção Aplauso, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, SP, 2006; SILVA, Cida Venâncio da: Pixote Nunca Mais!, Global Editora, SP, 1988; SILVA, Luis Sérgio Lima e: Isabel Ribeiro – Iluminada, Coleção Aplauso, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, SP, 2008; SINGH JÚNIOR, Oséas: Adeus Cinema, Editora Massao Ohno, São Paulo, 1993; SOUZA, José Inácio de Melo: Retrospectiva do Cinema Brasileiro – 1975, Kronos Editora, SP, 1975; STERNHEIM, Alfredo: Arlete Montenegro – Fé, Amor e Emoção, Coleção Aplauso, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, SP, 2008; _________. Cinema da Boca, Coleção Aplauso, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, SP, 2005; _________.: David Cardoso – Persistência e Paixão, Coleção Aplauso, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, SP, 2004; _________. Luiz Carlos Lacerda – Prazer e Cinema, Coleção Aplauso, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, SP, 2007; _________. Suely Franco – A Alegria de Representar, Coleção Aplauso, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, SP, 2005; TOLENTINO, Célia Aparecida Ferreira: O Rural no Cinema Brasileiro, Editora Unesp, SP, 2000; VALADÃO, Jece e Maria Teresa Artacho Eça: Memórias de um Cafajeste,Geração Editorial, SP, 1996; VAN STEEN, Edla: Eva Wilma – Arte e Vida, Coleção Aplauso, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, SP, 2006; VARGAS, Maria Theresa: Sônia Oiticica – Uma Atriz Rodriguiana?, Coleção Aplauso, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, SP, 2005; VASCONCELOS, Ary: Panorama da Música Popular Brasileira, Martins, São Paulo, 1964; VIANY, Alex e Maria Helena Saldanha (pesquisa e organização): Luiz de Barros – Minhas Memórias de Cineasta, Editora Artenova e Embrafilme, RJ, 1978; VIANY, Alex: Introdução ao Cinema Brasileiro, Ministério da Educação e Cultura, Instituto Nacional do Livro, Rio de Janeiro, 1959. OUTRAS FONTES DE CONSULTA DIVERSAS: Anuário Cinema em Close-up; Astros & Estrelas (Nova Cultural); Atelier de Cinema, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, 1988; Caravana Farkas – Documentários – 1964/1980, Centro Cultural Banco do Brasil, 1997; Cartaz Original de Cinema ou Fotos de Cena Originais do Filme; Catálogo de Edições Funarte, Ministério da Cultura, RJ, 1998; Catálogo de Filmes – Departamento de Filmoteca – Relação Provisória, Embrafilme, RJ, 1984; Catálogo de Filmes – Escola de Comunicações e Artes, USP, Secretaria de Estado da Cultura do Governo de São Paulo, SP, 1984; Catálogo de Filmes – Funarte, Ângela Souza, Minc e Funarte, RJ, 1996; Catálogo de Filmes – Patrimônio Cultural e Natural, MEC/Sec/ Sphan, Fundação Nacional Pró-Memória, RJ, 1983; Catálogo de Filmes Brasileiros – Brasil Cinema – Instituto Nacional de Cinema, 1968-1977, RJ; Catálogo de Filmes de Tuna Espinheira, 2003; Catálogo de Filmes do INC, Instituto Nacional de Cinema, RJ, 1972; Catálogo de Filmes e Vídeos, Setor de Antropologia Visual, Museu do Índio, RJ; Catálogo de Filmes Embrafilme/INC, RJ, 1978; Catálogo de Filmes Produzidos pela Jaraguá Filmes, Acervo de Máximo Barro, SP, 2004; Catálogo de Filmes, Audiovisuais e Videoteipes, Centro Audiovisual da UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais, MG, 1985; Catálogo do Festival de Cinema de Parati , RJ, 2002; Catálogo do Festi val de Cinema de Varginha – Edição Nacional, Varginha, MG, 2002; Catálogo do Festival do Cinema Brasileiro de São Paulo, Sesc, SP, 1979; Catálogo do Festival do Cinema de Animação, org: Rubens Francisco Lucchetti, MAM, SP, 1962; Catálogo do Festi val dos Melhores Filmes de 1989, Cinesesc, SP, 1990; Catálogo dos Filmes Premiados na Jornada Internacional de Cinema da Bahia, elaborado por Berê Bahia, DF, 2003; Catálogo dos Filmes Produzidos pela Futura Filmes, Mário Kuperman, SP, 2000; Catálogo Geral do Instituto Nacional de Cinema – INCE, RJ; Catálogo Nível Primário, Instituto Nacional de Cinema, RJ, 1967; Catálogo Oficial Mostra Rio 96, VIII Mostra Internacional de Filmes, Rio de Janeiro, 1996; Catálogo: ABC da Greve – Leon Hirszman, Cinemateca Brasileira, SP, 1991; Catálogo: Metrópole e Cinema – Uma Cronologia, Cinemateca Brasileira, SP, 1996; Catálogo: Mostra Jornalismo no Cinema, Cinemateca Brasileira, SP, 1995; Catálogos Brasil Cinema 1968/1977, Instituto Nacional de Cinema, RJ; Catálogos da Mostra Internacional de Cinema São Paulo, SP, 1976/2008; Catálogos do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, DF, 1965/2008; Catálogos do Festival de Cinema Brasileiro de Gramado, RS, 1973/2009; Catálogos do Festi val Rio BR RJ; Catálogos do Festival Tela em Transe – Super 8 e 16mm, SP, 2003 e 2004; Catálogos do Vitória Cine Vídeo, Goiânia; Catálogos Oficiais da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, SP; Catálogos Oficiais do Festi val de Brasília do Cinema Brasileiro, DF; Catálogos Oficiais do Festival de Cinema Brasileiro de Gramado, RS; Catálogos Oficiais do Rio-Cine Festival, RJ; Celso Sabadin: Primeiro Anuário Brasileiro de Cinema, Planeta Tela Comunicações, SP, 1998; Cine Jornal Brasileiro (Cinemateca Brasileira); Cineastas Brasileiros Estreantes em Longas-Metragens na Década de 1980, Jorge Edson Garcia (coord), Funarte, RJ, 1994; Cinema – Rio de Janeiro – 1990/1992, Centro Cultural Banco do Brasil, RJ, 1993; Cinema Baiano, Clube de Cinema de Santos, SP, 1963; Cinema Brasileiro – 90 anos, Fundação do Cinema Brasileiro/Minc, Cinemateca do MAM, Cinemateca Brasileira, Fundação Roberto Marinho e S/A. White Martins, RJ, 1988; Cinema Brasileiro – Um Balanço dos Cinco Anos da Retomada do Cinema Nacional, Helena Salem (coord), Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, RJ, 1999; Cinema Brasileiro 90 anos (Fundação do Cinema Brasileiro/Minc); Cinema Brasileiro em 1964, Araken Campos Pereira Júnior, Santos, SP, 1965; Cinema Gaúcho – Anos 80, APTC, RS, 1992; Cinema João Batista de Andrade, produzido por Passos Camargos Produções e Promoções Artísti cas; Cinema Novo-Novo – 1963-1993 – 30 Anos, Cinemateca do MAM, 1994; Cinemateca Brasileira – SP, Dicionário Nosso Tempo (Jornal da Tarde); Cronologia das Artes em São Paulo 1975-1995 – Cinema, vol. 4, Prefeitura do Município de São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura e Centro Cultural São Paulo, SP, 1996; Diretores Brasileiros – Antonio Calmon, Centro Cultural Banco do Brasil, RJ, 2003; Diretores Brasileiros – Carlos Reichenbach, Centro Cultural Banco do Brasil, SP, 2005; Documentário – Tendências e Perspectivas, CCSP, 1994, catálogo; Dos Homens e das Pedras – O Ciclo do Cinema Documentário Paraibano, 1959-1979, Editora da Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, 1998; Ficha do Filme, Arquivos da Cinemateca Brasileira, SP; Ficha do Filme, Revista Set, Editora Abril, SP, 1997; Fascículos: Isto É – Cinema Brasileiro, Editora Três, SP, 1997/99; Fascículos 1000 que fizeram 100 anos de Cinema (Editora Três); Filmes Noutra Margem (Secretaria de Estado da Cultura); Filmografia Brasileira – Anos 1990, Catálogo Organizado por Eliana de O. Queiroz, SP, Cinemateca Brasileira, 1998; Filmoteca – Catálogo – Embrafilme, RJ, 1985; Folheto publicitário do filme ou Press-Release; Guia Brasileiro – Festivais de Cinema e Vídeo, 1999 a 2009, Sociedade Kinoforum, Zita Carvalhosa, SP ;Guias Práti cos Nova Cultural – Vídeo: o Dicionário dos Melhores Filmes, Nova Cultural Editorial, SP; Imagens de um sonho, Iconografia do Cinema Campineiro de 1923 a 1972, Museu da Imagem de Som de Campinas, SP, 1995; Jornal Correio Braziliense (DF); Jornal da Tarde (SP); Jornal das Letras; Jornal Diário Popular (SP); Jornal do Brasil (RJ); Jornal Folha de S.Paulo (SP); Jornal Luz e Ação; Jornal O Estado de S.Paulo (SP); Jornal O Globo (RJ); Jornal Opinião; Leon Hirszman – ABC da Greve, Cinemateca Brasileira, SP, 1991, (biofi lmografia de L.Hirszman); Leon Hirszman, o Navegador das Ideias, Helena Salem, ed. Rocco, RJ, 1997; Mostra Humberto Mauro, Embrafilme/MEC, 1984; Mostra Joaquim Pedro de Andrade – Filmes, Vídeos e Debates, CCBB, RJ, 1994; Mostra L.S.Person, Secretaria Estadual de Cultura, SP, 1988; Mostra Retrospectiva Jussara Queiroz, Um Olhar Poético, Berê Bahia, Brasília, 1993; Mostra Rogério Sganzerla – por Um Cinema Sem Limites, Cinesesc, Sesc, SP, 2004; Mostra Vera Cruz (Cinemateca Brasileira); O Cangaceiro – Roteiro, Lima Barreto, Universidade Federal do Ceará, 1984, (biofi lmografia de Lima Barreto); O Cinema Paulista Passa por Aqui – Mostra Prêmio Estímulo, SP, MIS-SP, ABD-SP e Secretaria de Estado da Cultura, SP, 2003; O Cinema Pornô no Brasil – A Miragem de Uma Indústria, Trabalho Tese de Wagner Nunes Leite e Marlene Aparecida Treuk Medeiros de Araújo, FAAP, SP, 1991; Oitava Mostra Internacional do Rio de Janeiro; Oswaldo Massaini – Um Produtor Cinematográfi co, Centro Cultural de São Paulo, Núcleo de Cinema e Vídeo, SP, 1999; Painel do Cinema Mineiro – Décadas 1970/1980, Núcleo de Cinema da Secretaria de Estado da Cultura, Governo de Minas Gerais, MG, 1986; Paulo José – 40 Anos de Cinema, curadores: Gisela Cardoso e Pedro Maranhão, Centro Cultural Banco do Brasil, RJ, 2005; Pioneiros do Cinema Brasileiro, CD Rom, Jurandyr Noronha, Melhoramentos, RJ, 1997; Prêmio Estação Botafogo de Cinema Brasileiro, RJ, 1999; Produção Cinematográfica de Campinas dos anos 20 ao atual, MIS, Campinas, SP, 1985, catálogo; Projeto Memória Vera Cruz – (Secretaria de Estado da Cultura e MIS, SP); Projeto Memória Vera Cruz, Secretaria de Estado da Cultura e Museu da Imagem e do Som, SP, 1987; Quem é Quem nas Artes e nas Letras do Brasil (Ministério das Relações Exteriores); Relatório 1989, Fundação do Cinema Brasileiro, Minc, RJ. 1990; Resenha Direta, elaborada a partir da cópia em 35mm, 16mm, Super-8, VHS ou DVD; Retrospectiva Família Farias, Centro Cultural São Paulo, SP, 2002; Retrospectiva: Carlos Alberto Prates Correia, Cinematográfi ca Montesclarense/Embrafilme, RJ, 1988; Rio-Cine Festi val, Riotur, RJ, 1985; Sylvio Back – Filmes Noutra Margem, Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, Curitiba, PR, 1994; Sylvio Back: por Um Cinema Desideologizado, Boleti m Informativo da Casa Romário Marti ns, Curitiba, PR, 1987; Trajetória: João Ramiro Mello – Biofi lmografi a Comentada, Berê Bahia, DF, 2003; Vídeo Erótico, Nova Cultural Editorial, SP, 1992. PESQUISA DE CAMPO: Acervo Cinematográfico de Jordano Martinelli – SBC – SP; Acervo de Anselmo Duarte – Salto – SP; Acervo Hemerográfico de Salto – SP; Biblioteca da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado) – SP; Biblioteca do Centro Cultural São Paulo – SP; Biblioteca do Museu da Imagem e do Som – MIS – SP; Biblioteca do Museu de Arte Moderna (MAM) – SP; Biblioteca do Museu do Homem Caipira – Taubaté – SP; Biblioteca do Museu Lasar Segall – SP; Biblioteca do Professor Máximo Barro – SP; Biblioteca Municipal de São Bernardo do Campo – SP; Biblioteca Municipal de São Paulo – Mário de Andrade – SP; Cinemateca Brasileira – Centro de Documentação; Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado de São Paulo. REVISTAS: A Cena Muda; Agenda Cultural, Prefeitura Municipal de São Paulo, SP; Amiga; Caras; Cinearte, 1926-1942, RJ; Cinelândia, 1925-1967, RJ; Cinema em Close-Up, 1975-1978, SP; Cinemin, Ebal, 1983-1989, RJ; Conti go; Fatos & Fotos; Filme-Cultura, 1966-1988, RJ; Filmelândia; Guia de Filmes, editado pelo INC e depois pela Embrafilme, RJ, 1967-1982; Isto É Cinema Brasileiro; Isto É; Manchete; MPB no JT; O Cruzeiro; O Pasquim; Palcos e Telas, 1918-1921, RJ; Para Todos, 1919-1926, RJ; Playboy Poder Grisalho; Revista de Cinema, Editora Única, 2001-2009, SP; Série Retrospectiva (Cinemateca do MAM – RJ); Set; Set, 1989-2009, Editora Peixes, SP; Veja; Veja, 1969-2009, Editora abril, SP; Vídeo News – Filmes; Visão; Anuário Cinema em Close-Up, Mek Editores, 1976-77, SP. SITES: Adoro Cinema Brasileiro; Associação Kinoforum; Casa de cinema Porto Alegre; Cinemateca Brasileira – Censo Cinematográfico Brasileiro; Curtaagora; Dicionário Cravo Albim de Música Popular Brasileira; Dramaturgia Brasileira; e-pipoca; Enciclopédia Cultural Itaú de Teatro; Filme B; Globo Filmes; Grupo Galpão; IMDB – Internet Movie Data Base; Memória Globo; Meu Cinema Brasileiro; Mulheres do Cinema Brasileiro; Museu da TV Brasileira; Museu Lasar Segall (Cinearte e Scena Muda); Necrofi lmes: Obscuridades da Sétima Arte; Olhos Livres; portacurtas; por Onde Anda?; Projeto Vip; Revivendo Músicas; Superfilmes; Tempo Glauber; VGI – Agentes: Agenciamento e Casting de Atores e Atrizes; Zingu – Revista Eletrônica; Wikipédia Brasil e uma menção especial ao site Dramaturgia Brasileira – In Memoriam, um belo trabalho e uma grande fonte de informações para este livro. SOBRE O AUTOR ANTONIO LEÃO DA SILVA NETO nasceu na cidade de São Paulo, em 1957. É apaixonado por cinema desde criança, quando começa a frequentar os cinemas do bairro do Ipiranga. Seu interesse por cinema brasileiro tem início nos anos 1960, vendo a série Vigilante Rodoviário e filmes de Mazzaropi. No final dos anos 1960, passou a colecionar filmes na bitola 16 mm. Com Archimedes Lombardi, funda em 1992 a ABCF – Associação Brasileira de Colecionadores de Filmes em 16 mm, entidade que reúne colecionadores de todo o Brasil, com a finalidade de catalogar, preservar e exibir filmes raros, em sessões gratuitas no auditório da Biblioteca Municipal do Ipiranga, hoje Biblioteca Temática Roberto Santos, em São Paulo. Nos anos 1990, passa a catalogar atores e fi lmes brasileiros em fichas ti pográficas feitas especialmente para essa finalidade. Esse arquivo origina o livro Astros e Estrelas do Cinema Brasileiro, em 1998, dicionário pioneiro com 1,4 mil biografias de artistas brasileiros. Em 2002, lança seu segundo livro, Dicionário de Filmes Brasileiros – Longa-metragem, que lista toda a produção nacional desde 1908, esgotado desde 2004. Em 2006, conclui e lança seu mais ousado projeto, Dicionário de Filmes Brasileiros – Curta e Média-metragens, que lista toda a produção nacional nessas categorias desde 1897, conseguindo cadastrar mais de 18 mil filmes brasileiros com até 60 minutos de duração, livro produzido com seus próprios recursos. Pela Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, lança, em 2006, Ary Fernandes, sua Fascinante História e, em 2008, Miguel Borges, um Lobisomem sai da Sombra, livros que contam a vida e obra de dois grandes cineastas brasileiros. Em 2009, lança a edição atualizada, ampliada e revisada do já consagrado Dicionário de Filmes Brasileiros – Longa-metragem, de 2002; e, em 2010, fi nalmente atualiza seu primeiro livro, Astros e Estrelas do Cinema Brasileiro, de 1998, muito aguardado por leitores e fãs dos astros brasileiros, além de preparar o inédito dicionário de fotógrafos do cinema brasileiro. Seus livros hoje são fonte de referência obrigatória para bibliotecas, escolas, redações de jornais e revistas, emissoras de rádio e televisão. Frequentemente são utilizados por profissionais da área e o público interessado em geral. Formado em economia pela FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado, em São Paulo, com pós-graduação em Administração Financeira e Recursos Humanos, sempre atuou na iniciativa privada em cargos executivos. Como grande apaixonado por cinema, principalmente o brasileiro, percebendo uma grande lacuna no nosso mercado editorial nessa área, dedica todo o seu tempo vago a pesquisas direcionadas ao resgate da memória cinematográfi ca nacional. Coleção Aplauso SÉRIE CINEMA BRASIL Alain Fresnot – Um Cineasta sem Alma Alain Fresnot Agostinho Martins Pereira – Um Idealista Máximo Barro Alfredo Sternheim – Um Insólito Destino Alfredo Sternheim O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias Roteiro de Cláudio Galperin, Bráulio Mantovani, Anna Muylaert e Cao Hamburger Anselmo Duarte – O Homem da Palma de Ouro Luiz Carlos Merten Antonio Carlos da Fontoura – Espelho da Alma Rodrigo Murat Ary Fernandes – Sua Fascinante História Antônio Leão da Silva Neto O Bandido da Luz Vermelha Roteiro de Rogério Sganzerla Batismo de Sangue Roteiro de Dani Patarra e Helvécio Ratton Bens Confi scados Roteiro comentado pelos seus autores Daniel Chaia e Carlos Reichenbach Braz Chediak – Fragmentos de uma vida Sérgio Rodrigo Reis Cabra-Cega Roteiro de Di Moretti, comentado por Toni Venturi e Ricardo Kauffman O Caçador de Diamantes Roteiro de Vittorio Capellaro, comentado por Máximo Barro Carlos Coimbra – Um Homem Raro Luiz Carlos Merten Carlos Reichenbach – O Cinema Como Razão de Viver Marcelo Lyra A Cartomante Roteiro comentado por seu autor Wagner de Assis Casa de Meninas Romance original e roteiro de Inácio Araújo O Caso dos Irmãos Naves Roteiro de Jean-Claude Bernardet e Luis Sérgio Person O Céu de Suely Roteiro de Karim Aïnouz, Felipe Bragança e Maurício Zacharias Chega de Saudade Roteiro de Luiz Bolognesi Cidade dos Homens Roteiro de Elena Soárez Como Fazer um Filme de Amor Roteiro escrito e comentado por Luiz Moura e José Roberto Torero O Contador de Histórias Roteiro de Luiz Villaça, Mariana Veríssimo, Maurício Arruda e José Roberto Torero Críticas de B.J. Duarte – Paixão, Polêmica e Generosidade Luiz Antonio Souza Lima de Macedo Críticas de Edmar Pereira – Razão e Sensibilidade Org. Luiz Carlos Merten Críticas de Jairo Ferreira – Críticas de invenção: Os Anos do São Paulo Shimbun Org. Alessandro Gamo Críticas de Luiz Geraldo de Miranda Leão – Analisando Cinema: Críticas de LG Org. Aurora Miranda Leão Críticas de Ruben Biáfora – A Coragem de Ser Org. Carlos M. Motta e José Júlio Spiewak De Passagem Roteiro de Cláudio Yosida e Direção de Ricardo Elias Desmundo Roteiro de Alain Fresnot, Anna Muylaert e Sabina Anzuategui Djalma Limongi Batista – Livre Pensador Marcel Nadale Dogma Feijoada: O Cinema Negro Brasileiro Jeferson De Dois Córregos Roteiro de Carlos Reichenbach A Dona da História Roteiro de João Falcão, João Emanuel Carneiro e Daniel Filho Os 12 Trabalhos Roteiro de Cláudio Yosida e Ricardo Elias Estômago Roteiro de Lusa Silvestre, Marcos Jorge e Cláudia da Natividade Feliz Natal Roteiro de Selton Mello e Marcelo Vindicatto Fernando Meirelles – Biografi a Prematura Maria do Rosário Caetano Fim da Linha Roteiro de Gustavo Steinberg e Guilherme Werneck; Storyboards de Fábio Moon e Gabriel Bá Fome de Bola – Cinema e Futebol no Brasil Luiz Zanin Oricchio Francisco Ramalho Jr. – Éramos Apenas Paulistas Celso Sabadin Geraldo Moraes – O Cineasta do Interior Klecius Henrique Guilherme de Almeida Prado – Um Cineasta Cinéfi lo Luiz Zanin Oricchio Helvécio Ratton – O Cinema Além das Montanhas Pablo Villaça O Homem que Virou Suco Roteiro de João Batista de Andrade, organização de Ariane Abdallah e Newton Cannito Ivan Cardoso – O Mestre do Terrir Remier João Batista de Andrade – Alguma Solidão e Muitas Histórias Maria do Rosário Caetano Jorge Bodanzky – O Homem com a Câmera Carlos Alberto Mattos José Antonio Garcia – Em Busca da Alma Feminina Marcel Nadale José Carlos Burle – Drama na Chanchada Máximo Barro Liberdade de Imprensa – O Cinema de Intervenção Renata Fortes e João Batista de Andrade Luiz Carlos Lacerda – Prazer & Cinema Alfredo Sternheim Maurice Capovilla – A Imagem Crítica Carlos Alberto Mattos Mauro Alice – Um Operário do Filme Sheila Schvarzman Máximo Barro – Talento e Altruísmo Alfredo Sternheim Miguel Borges – Um Lobisomem Sai da Sombra Antônio Leão da Silva Neto Não por Acaso Roteiro de Philippe Barcinski, Fabiana Werneck Barcinski e Eugênio Puppo Narradores de Javé Roteiro de Eliane Caffé e Luís Alberto de Abreu Onde Andará Dulce Veiga Roteiro de Guilherme de Almeida Prado Orlando Senna – O Homem da Montanha Hermes Leal Pedro Jorge de Castro – O Calor da Tela Rogério Menezes Quanto Vale ou É por Quilo Roteiro de Eduardo Benaim, Newton Cannito e Sergio Bianchi Ricardo Pinto e Silva – Rir ou Chorar Rodrigo Capella Rodolfo Nanni – Um Realizador Persistente Neusa Barbosa Salve Geral Roteiro de Sergio Rezende e Patrícia Andrade O Signo da Cidade Roteiro de Bruna Lombardi Ugo Giorgetti – O Sonho Intacto Rosane Pavam Viva-Voz Roteiro de Márcio Alemão Vladimir Carvalho – Pedras na Lua e Pelejas no Planalto Carlos Alberto Mattos Vlado – 30 Anos Depois Roteiro de João Batista de Andrade Zuzu Angel Roteiro de Marcos Bernstein e Sergio Rezende SÉRIE CINEMA Bastidores – Um Outro Lado do Cinema Elaine Guerini Série Ciência & Tecnologia Cinema Digital – Um Novo Começo? Luiz Gonzaga Assis de Luca A Hora do Cinema Digital – Democratização e Globalização do Audiovisual Luiz Gonzaga Assis De Luca SÉRIE CRÔNICAS Crônicas de Maria Lúcia Dahl – O Quebra-cabeças Maria Lúcia Dahl SÉRIE DANÇA Rodrigo Pederneiras e o Grupo Corpo – Dança Universal Sérgio Rodrigo Reis SÉRIE MÚSICA Rogério Duprat – Ecletismo Musical Máximo Barro Sérgio Ricardo – Canto Vadio Eliana Pace Wagner Tiso – Som, Imagem, Ação Beatriz Coelho Silva SÉRIE TEATRO BRASIL Alcides Nogueira – Alma de Cetim Tuna Dwek Antenor Pimenta – Circo e Poesia Danielle Pimenta Cia de Teatro Os Satyros – Um Palco Visceral Alberto Guzik Críticas de Clóvis Garcia – A Crítica Como Ofi cio Org. Carmelinda Guimarães Críticas de Maria Lucia Candeias – Duas Tábuas e Uma Paixão Org. José Simões de Almeida Júnior Federico Garcia Lorca – Pequeno Poema Infi nito Antonio Gilberto e José Mauro Brant Ilo Krugli – Poesia Rasgada Ieda de Abreu João Bethencourt – O Locatário da Comédia Rodrigo Murat José Renato – Energia Eterna Hersch Basbaum Leilah Assumpção – A Consciência da Mulher Eliana Pace Luís Alberto de Abreu – Até a Última Sílaba Adélia Nicolete Maurice Vaneau – Artista Múltiplo Leila Corrêa Renata Palottini – Cumprimenta e Pede Passagem Rita Ribeiro Guimarães Teatro Brasileiro de Comédia – Eu Vivi o TBC Nydia Licia O Teatro de Abílio Pereira de Almeida Abílio Pereira de Almeida O Teatro de Alberto Guzik Alberto Guzik O Teatro de Antonio Rocco Antonio Rocco O Teatro de Cordel de Chico de Assis Chico de Assis O Teatro de Emílio Boechat Emílio Boechat O Teatro de Germano Pereira – Reescrevendo Clássicos Germano Pereira O Teatro de José Saffi oti Filho José Saffi oti Filho O Teatro de Alcides Nogueira – Trilogia: Ópera Joyce – Gertrude Stein, Alice Toklas & Pablo Picasso – Pólvora e Poesia Alcides Nogueira O Teatro de Ivam Cabral – Quatro textos para um teatro veloz: Faz de Conta que tem Sol lá Fora – Os Cantos de Maldoror – De Profundis – A Herança do Teatro Ivam Cabral O Teatro de Noemi Marinho: Fulaninha e Dona Coisa, Homeless, Cor de Chá, Plantonista Vilma Noemi Marinho Teatro de Revista em São Paulo – De Pernas para o Ar Neyde Veneziano O Teatro de Samir Yazbek: A Entrevista – O Fingidor – A Terra Prometida Samir Yazbek O Teatro de Sérgio Roveri Sérgio Roveri Teresa Aguiar e o Grupo Rotunda – Quatro Décadas em Cena Ariane Porto SÉRIE PERFIL Aracy Balabanian – Nunca Fui Anjo Tania Carvalho Arllete Montenegro – Fé, Amor e Emoção Alfredo Sternheim Ary Fontoura – Entre Rios e Janeiros Rogério Menezes Berta Zemel – A Alma das Pedras Rodrigo Antunes Corrêa Bete Mendes – O Cão e a Rosa Rogério Menezes Betty Faria – Rebelde por Natureza Tania Carvalho Carla Camurati – Luz Natural Carlos Alberto Mattos Cecil Thiré – Mestre do seu Ofício Tania Carvalho Celso Nunes – Sem Amarras Eliana Rocha Cleyde Yaconis – Dama Discreta Vilmar Ledesma David Cardoso – Persistência e Paixão Alfredo Sternheim Débora Duarte – Filha da Televisão Laura Malin Denise Del Vecchio – Memórias da Lua Tuna Dwek Elisabeth Hartmann – A Sarah dos Pampas Reinaldo Braga Emiliano Queiroz – Na Sobremesa da Vida Maria Leticia Etty Fraser – Virada Pra Lua Vilmar Ledesma Ewerton de Castro – Minha Vida na Arte: Memória e Poética Reni Cardoso Fernanda Montenegro – A Defesa do Mistério Neusa Barbosa Fernando Peixoto – Em Cena Aberta Marília Balbi Geórgia Gomide – Uma Atriz Brasileira Eliana Pace Gianfrancesco Guarnieri – Um Grito Solto no Ar Sérgio Roveri Glauco Mirko Laurelli – Um Artesão do Cinema Maria Angela de Jesus Ilka Soares – A Bela da Tela Wagner de Assis Irene Ravache – Caçadora de Emoções Tania Carvalho Irene Stefania – Arte e Psicoterapia Germano Pereira Isabel Ribeiro – Iluminada Luis Sergio Lima e Silva Isolda Cresta – Zozô Vulcão Luis Sérgio Lima e Silva Joana Fomm – Momento de Decisão Vilmar Ledesma John Herbert – Um Gentleman no Palco e na Vida Neusa Barbosa Jonas Bloch – O Ofício de uma Paixão Nilu Lebert Jorge Loredo – O Perigote do Brasil Cláudio Fragata José Dumont – Do Cordel às Telas Klecius Henrique Leonardo Villar – Garra e Paixão Nydia Licia Lília Cabral – Descobrindo Lília Cabral Analu Ribeiro Lolita Rodrigues – De Carne e Osso Eliana Castro Louise Cardoso – A Mulher do Barbosa Vilmar Ledesma Marcos Caruso – Um Obstinado Eliana Rocha Maria Adelaide Amaral – A Emoção Libertária Tuna Dwek Marisa Prado – A Estrela, O Mistério Luiz Carlos Lisboa Mauro Mendonça – Em Busca da Perfeição Renato Sérgio Miriam Mehler – Sensibilidade e Paixão Vilmar Ledesma Naum Alves de Souza: Imagem, Cena, Palavra Alberto Guzik Nicette Bruno e Paulo Goulart – Tudo em Família Elaine Guerrini Nívea Maria – Uma Atriz Real Mauro Alencar e Eliana Pace Niza de Castro Tank – Niza, Apesar das Outras Sara Lopes Paulo Betti – Na Carreira de um Sonhador Teté Ribeiro Paulo José – Memórias Substantivas Tania Carvalho Pedro Paulo Rangel – O Samba e o Fado Tania Carvalho Regina Braga – Talento é um Aprendizado Marta Góes Reginaldo Faria – O Solo de Um Inquieto Wagner de Assis Renata Fronzi – Chorar de Rir Wagner de Assis Renato Borghi – Borghi em Revista Élcio Nogueira Seixas Renato Consorte – Contestador por Índole Eliana Pace Rolando Boldrin – Palco Brasil Ieda de Abreu Rosamaria Murtinho – Simples Magia Tania Carvalho Rubens de Falco – Um Internacional Ator Brasileiro Nydia Licia Ruth de Souza – Estrela Negra Maria Ângela de Jesus Sérgio Hingst – Um Ator de Cinema Máximo Barro Sérgio Viotti – O Cavalheiro das Artes Nilu Lebert Silnei Siqueira – A Palavra em Cena Ieda de Abreu Silvio de Abreu – Um Homem de Sorte Vilmar Ledesma Sônia Guedes – Chá das Cinco Adélia Nicolete Sonia Maria Dorce – A Queridinha do meu Bairro Sonia Maria Dorce Armonia Sonia Oiticica – Uma Atriz Rodriguiana? Maria Thereza Vargas Stênio Garcia – Força da Natureza Wagner Assis Suely Franco – A Alegria de Representar Alfredo Sternheim Tatiana Belinky – ... E Quem Quiser Que Conte Outra Sérgio Roveri Theresa Amayo – Ficção e Realidade Theresa Amayo Tony Ramos – No Tempo da Delicadeza Tania Carvalho Umberto Magnani – Um Rio de Memórias Adélia Nicolete Vera Holtz – O Gosto da Vera Analu Ribeiro Vera Nunes – Raro Talento Eliana Pace Walderez de Barros – Voz e Silêncios Rogério Menezes Walter George Durst – Doce Guerreiro Nilu Lebert Zezé Motta – Muito Prazer Rodrigo Murat ESPECIAL Agildo Ribeiro – O Capitão do Riso Wagner de Assis Av. Paulista, 900 – a História da TV Gazeta Elmo Francfort Beatriz Segall – Além das Aparências Nilu Lebert Carlos Zara – Paixão em Quatro Atos Tania Carvalho Charles Möeller e Claudio Botelho – Os Reis dos Musicais Tania Carvalho Cinema da Boca – Dicionário de Diretores Alfredo Sternheim Dina Sfat – Retratos de uma Guerreira Antonio Gilberto Eva Todor – O Teatro de Minha Vida Maria Angela de Jesus Eva Wilma – Arte e Vida Edla van Steen Gloria in Excelsior – Ascensão, Apogeu e Queda do Maior Sucesso da Televisão Brasileira Álvaro Moya Lembranças de Hollywood Dulce Damasceno de Britto, organizado por Alfredo Sternheim Maria Della Costa – Seu Teatro, Sua Vida Warde Marx Mazzaropi – Uma Antologia de Risos Paulo Duarte Ney Latorraca – Uma Celebração Tania Carvalho Odorico Paraguaçu: O Bem-amado de Dias Gomes – História de um personagem larapista e maquiavelento José Dias Raul Cortez – Sem Medo de se Expor Nydia Licia Rede Manchete – Aconteceu, Virou História Elmo Francfort Sérgio Cardoso – Imagens de Sua Arte Nydia Licia Tônia Carrero – Movida pela Paixão Tania Carvalho TV Tupi – Uma Linda História de Amor Vida Alves Victor Berbara – O Homem das Mil Faces Tania Carvalho Walmor Chagas – Ensaio Aberto para Um Homem Indignado Djalma Limongi Batista Biblioteca da Imprensa Ofi cial do Estado de São Paulo Silva Neto, Antonio Leão da Astros e estrelas do cinema brasileiro / Antonio Leão da Silva Neto – 2. ed. -São Paulo: Imprensa Ofi cial do Estado de São Paulo, 2010. 524p. : il. – (Coleção Aplauso. Série Especial / Coordenador geral Rubens Ewald Filho) ISBN 978-85-7060-903-8 1. Atores e atrizes de cinema – Brasil – Biografi a - Dicionários I. Ewald Filho, Rubens. II. Título. III. Série. CDD 791.430 28 Índice para catálogo sistemático: 1. Atores e atrizes brasileiros: Biografia: Dicionários 791.430 280 922 81 impresso no brasil / 2010 Foi feito o depósito legal na Biblioteca Nacional [Lei no 10.994, de 14/12/2004] Direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610/98 Proibida a reprodução total ou parcial sem a prévia autorização dos editores. 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