Ítalo Rossi Isso é tudo Ítalo Rossi Isso é tudo Antonio Gilberto ester JAblonski Governo do Estado de São Paulo Governador Alberto Goldman Imprensa Oficial do Estado de São Paulo Diretor-presidente Hubert Alquéres Coleção Aplauso Coordenador Geral Rubens Ewald Filho No passado está a história do futuro A Imprensa Oficial muito tem contribuído com a sociedade no papel que lhe cabe: a democratização de conhecimento por meio da leitura. A Coleção Aplauso, lançada em 2004, é um exemplo bem-sucedido desse intento. Os temas nela abordados, como biografias de atores, diretores e dramaturgos, são garantia de que um fragmento da memória cultural do país será preservado. Por meio de conversas informais com jornalistas, a história dos artistas é transcrita em primeira pessoa, o que confere grande fluidez ao texto, conquistando mais e mais leitores. Assim, muitas dessas figuras que tiveram importância fundamental para as artes cênicas brasileiras têm sido resgatadas do esquecimento. Mesmo o nome daqueles que já partiram são frequentemente evocados pela voz de seus companheiros de palco ou de seus biógrafos. Ou seja, nessas histórias que se cruzam, verdadeiros mitos são redescobertos e imortalizados. E não só o público tem reconhecido a importância e a qualidade da Aplauso. Em 2008, a Coleção foi laureada com o mais importante prêmio da área editorial do Brasil: o Jabuti. Concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), a edição especial sobre Raul Cortez ganhou na categoria biografia. Mas o que começou modestamente tomou vulto e novos temas passaram a integrar a Coleção ao longo desses anos. Hoje, a Aplauso inclui inúmeros outros temas correlatos como a história das pioneiras TVs brasileiras, companhias de dança, roteiros de filmes, peças de teatro e uma parte dedicada à música, com biografias de compositores, cantores, maestros, etc. Para o final deste ano de 2010, está previsto o lançamento de 80 títulos, que se juntarão aos 220 já lançados até aqui. Destes, a maioria foi disponibilizada em acervo digital que pode ser acessado pela internet gratuitamente. Sem dúvida, essa ação constitui grande passo para difusão da nossa cultura entre estudantes, pesquisadores e leitores simplesmente interessados nas histórias. Com tudo isso, a Coleção Aplauso passa a fazer parte ela própria de uma história na qual personagens ficcionais se misturam à daqueles que os criaram, e que por sua vez compõe algumas páginas de outra muito maior: a história do Brasil. Boa leitura. Alberto GoldmAn Governador do Estado de São Paulo O que lembro, tenho. Guimarães Rosa A Coleção Aplauso, concebida pela Imprensa Oficial, visa resgatar a memória da cultura nacional, biografando atores, atrizes e diretores que compõem a cena brasileira nas áreas de cinema, teatro e televisão. Foram selecionados escritores com largo currículo em jornalismo cultural para esse trabalho em que a história cênica e audiovisual brasileiras vem sendo reconstituída de maneira singular. Em entrevistas e encontros sucessivos estreita-se o contato entre biógrafos e biografados. Arquivos de documentos e imagens são pesquisados, e o universo que se reconstitui a partir do cotidiano e do fazer dessas personalidades permite reconstruir sua trajetória. A decisão sobre o depoimento de cada um na primeira pessoa mantém o aspecto de tradição oral dos relatos, tornando o texto coloquial, como se o biografado falasse diretamente ao leitor. Um aspecto importante da Coleção é que os resultados obtidos ultrapassam simples registros biográficos, revelando ao leitor facetas que também caracterizam o artista e seu ofício. Biógrafo e biografado se colocaram em reflexões que se estenderam sobre a formação intelectual e ideológica do artista, contextualizada na história brasileira. São inúmeros os artistas a apontar o importante papel que tiveram os livros e a leitura em sua vida, deixando transparecer a firmeza do pensamento crítico ou denunciando preconceitos seculares que atrasaram e continuam atrasando nosso país. Muitos mostraram a importância para a sua formação terem atuado tanto no teatro quanto no cinema e na televisão, adquirindo, linguagens diferenciadas - analisando-as com suas particularidades. Muitos títulos exploram o universo íntimo e psicológico do artista, revelando as circunstâncias que o conduziram à arte, como se abrigasse em si mesmo desde sempre, a complexidade dos personagens. São livros que, além de atrair o grande público, interessarão igualmente aos estudiosos das artes cênicas, pois na Coleção Aplauso foi discutido o processo de criação que concerne ao teatro, ao cinema e à televisão. Foram abordadas a construção dos personagens, a análise, a história, a importância e a atualidade de alguns deles. Também foram examinados o relacionamento dos artistas com seus pares e diretores, os processos e as possibilidades de correção de erros no exercício do teatro e do cinema, a diferença entre esses veículos e a expressão de suas linguagens. Se algum fator específico conduziu ao sucesso da Coleção Aplauso – e merece ser destacado –, é o interesse do leitor brasileiro em conhecer o percurso cultural de seu país. À Imprensa Oficial e sua equipe coube reunir um bom time de jornalistas, organizar com eficácia a pesquisa documental e iconográfica e contar com a disposição e o empenho dos artistas, diretores, dramaturgos e roteiristas. Com a Coleção em curso, configurada e com identidade consolidada, constatamos que os sortilégios que envolvem palco, cenas, coxias, sets de filmagem, textos, imagens e palavras conjugados, e todos esses seres especiais – que neste universo transitam, transmutam e vivem – também nos tomaram e sensibilizaram. É esse material cultural e de reflexão que pode ser agora compartilhado com os leitores de todo o Brasil. Hubert Alquéres Diretor-presidente da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo Este livro é para você que gosta de Teatro ítAlo rossi Sumário Apresentação 12 Vida pessoal 14 Teatro Amador 25 Teatro Profissional 30 Direção 192 Cinema 213 Televisão218 Televisão (novelas e especiais) 268 Cronologia 310 Bibliografia 337 Créditos fotograficos 341 Agradecimentos 343 ApReSeNtAção Ao iniciar este trabalho em parceria com Ester Jablonski sabia que nossa tarefa seria grande e intensa, afinal são 60 anos da vida de um homem dedicados ao seu ofício: a arte de representar. Mas só tive a dimensão do significado disso durante os intensos meses de pesquisa e de inúmeras descobertas sobre o ator e diretor Ítalo Rossi. Ao organizar essa fotobiografia que através de imagens apresenta um resumo da sua carreira profissional no Teatro, Televisão e Cinema, tive a oportunidade de revisitar a história do moderno teatro brasileiro desde o início dos anos 50 até nossa atualidade, assim como a história da nossa televisão e do surgimento de sua teledramaturgia , hoje considerada uma das melhores do mundo. Ítalo Rossi passou por quase todos as principais companhias e movimentos teatrais, onde pode desenvolver seu talento nato que emprestou a criação de inúmeros personagens em todos os veículos em que exercitou seu ofício com maestria e brilhantismo em uma carreira que nos dias de hoje seria impossível de ser construída pelo ecletismo, número e qualidade dos espetáculos teatrais onde atuou. Para termos uma idéia só no Grande Teatro Tupi, participou aproximadamente de 445 teleteatros. Uma trajetória que nos orgulha, a nós profissionais de teatro, que sabemos o quanto é difícil fazer e sobreviver do nosso trabalho, e ao público por ter um artista de excepcional talento, um homem que dedicou sua vida a sua arte, e que através de seus personagens e todos os trabalhos que realizou proporcionou a diversas gerações o entretenimento, a emoção e a reflexão. Ítalo Rossi como poucos nos fez olhar de verdade para o espelho que é o Teatro e nele nos reconhecermos nas suas diversas dimensões. Dedico esse trabalho a você, Ítalo, com todo meu carinho e emoção. Muito obrigado por tudo!!! Antonio Gilberto “Para ser grande, sê inteiro: nada Teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és No mínimo que fazes, Assim em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive.”  odes de ricardo reis  Parece escrito para Ítalo Rossi. A transcendência, almejada pelos homens, mortais, uns poucos, os verdadeiros artistas, a conquistam. No teatro, o efêmero da experiência vivida constitui sua linguagem, seu processo. Daí nossa inquietude, nossa demanda, insolúvel, de transmitir toda uma vida vivida, inteira, a serviço do teatro, que conta a história desse artista extraordinário, múltiplo, cuja trajetória conta e marca a história do teatro brasileiro. Uma imensa e doce empreitada, tornada possível graças à Imprensa Oficial do Estado de São Paulo que com a Coleção Aplauso resgata a memória do nosso teatro. Às novas gerações dedicamos esse trabalho, para que possam, um dia, exaustos de tanto trabalho, e diante das enormes dificuldades que sempre se apresentam no caminho de quem se lança seriamente no ofício, dizer como Ítalo Rossi... nós éramos felizes e sabíamos... ester JAblonski VIdA peSSoAl Meu nome é Ítalo Balbo Di Fratti Copolla Rossi , nasci no dia 19 de janeiro de 1931 na cidade de Botucatu no interior de São Paulo. Minha mãe, Yacopina Copolla Di Fratti Rossi, é uma Fratti, família da alta aristocracia romana, veneziana e florentina, e jamais admitiria que eu me tornasse ator. Meu pai, Ottorino Umberto Rossi, foi um homem que nos educou de uma maneira retrógrada, mas que acho válida... Dos 8 aos 14 anos, tive de ouvir todas as óperas, assistir balé em grande quantidade, teatro sério também. Futebol ou outro esporte qualquer, nem pensar! Aos 9 anos fui obrigado a ler As Preocupações do Mundo de Nietzsche, que me impressionou bastante. Quando eu tinha oito anos, nós representávamos lá em casa. Tínhamos um teatro feito por mim e por meus irmãos. Éramos quatro, mas, só três faziam parte do grupo: o mais velho, o caçula e eu. Nós fazíamos um teatro baseado em óperas. Por descender de uma família italiana, conhecíamos ópera porque nos contavam as histórias (...) nós éramos obrigados a ver (...) Meu primeiro conhecimento de arte foi através da ópera (...) eu representava todos os papéis. Não queria que ninguém representasse, quem mais falava era eu... eu tinha de fazer tudo. Cantava as árias, fazia cenário, botava o pessoal pra dentro, fechava e abria a cortina, me divertia muito, achava isto maravilhoso. As peças eram feitas e encenadas por nós mesmos. Eu representava na minha casa e cobrava um botão para entrar (...) era o ingresso. A bilheteria impressionava muito, guardávamos os botões... eram troféus...todos os colegas de bairro estavam convidados para assistir... os aplausos, a gente obrigava. Dizíamos assim: Acabou, é o fim, agora batam palmas. Nunca me rebelei contra meus pais, pois senti desde cedo, embora, não concordasse com tudo, que eles faziam o que achavam ser melhor para mim. Havia muito diálogo entre nós. Eles gostariam que eu me formasse, eu poderia ser tudo que quisesse, menos lixeiro, cafetão e ator. Eu tinha muita facilidade para aprender idiomas, falava italiano naturalmente, aprendi alemão com minha babá, a Tatá, que era alemã. Tive de falar francês porque na época toda família que se prezava tinha que falar essa língua, mas foi justamente por minha dificuldade em estudar inglês que entrei para o teatro! Éramos quatro irmãos homens e qualquer família do nosso nível não deixaria um dos fi lhos ser ator. Teatro era difícil de ser aceito por eles, mesmo com a cultura que tinham. Hoje, qualquer família gostaria de ter um fi lho ator... Fui estudar inglês num curso intensivo que havia no SESC de São Paulo, num prédio enorme do centro da cidade. (...) Havia ali um curso de teatro. Um dia, em vez de ir à aula de inglês entrei na sala do lado onde na porta estava escrito: TEATRO. Estavam fazendo testes para uma peça de Raimundo Magalhães Jr.: Calcanhar de Aquiles. Eu me submeti ao teste e, como sempre tive essa voz grave e diferente, fui aprovado. Voltando para casa, decorei todos os papéis da peça, e qual não foi minha surpresa ao ganhar um papel mudo. Fiquei frustrado, mas aceitei a parada. Fui abandonando aos poucos o curso de inglês e comecei a só pensar em teatro. Daí em diante passei a assistir a todos os espetáculos que estavam em cartaz, inclusive as matinês dos teatros de revista, escondido dos meus pais, pois ainda era menor. Quando eles souberam que eu estava pensando em me dedicar ao teatro, cortaram a minha mesada e tive de pagar eu mesmo meus estudos de línguas. Fui trabalhar como offi ce-boy no escritório de papai, sem qualquer tipo de regalia. O único curso que fi z em toda a minha vida foi esse que não durou mais do que algumas horas. Nunca fi z ginástica rítmica, aulas de voz, laboratórios, essa coisa toda! O que mais ajuda o ator a ser ator é fazer espetáculos. Você aprende muito mais num espetáculo do que em todo um curso, por melhor que ele seja. teAtRo AmAdoR A atividade dos Grupos de Amadores constituiu um dos fatores mais decisivos da renovação teatral de São Paulo, e, sendo assim ela se tornou preciosa, pois essa renovação é hoje uma realidade artística de causar orgulho à terra bandeirante. De passagem é bom que se diga que dois nomes de amadores devem ser lembrados sempre, por terem canalizado para o teatro o interesse dos grupos de jovens, inicialmente, e do público em geral, de forma a elevar o nível artístico das platéias possibilitando a sobrevivência das iniciativas não absolutamente comerciais. São eles Alfredo Mesquita e Décio Almeida Prado, o primeiro, fundador de um conjunto de amadores recrutados em todos os meios sociais, e o segundo, com seu grupo de universitários. Eles souberam lançar as bases de um movimento que culminaria na criação do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Ambos continuam a manter a chama do seu entusiasmo pelo teatro. Alfredo Mesquita, absorvido pela Escola de Arte Dramática, e Décio de Almeida Prado, mantendo crítica diária num dos grandes jornais de São Paulo. Qualquer Grupo de Amadores que surge traz a marca de um desses animadores do teatro bandeirante. (luis Giovanni, sucursal de são Paulo do Jornal Última Hora, rio de Janeiro, 18/09/1951) o CalCanhar de aQuileS (1951) O Teatro é minha opção de vida, minha crença, minha fé Grupo TeaTro amador de São paulo (GTa) Grupo de Teatro Amador de São Paulo foi idealizado e fundado pela Sra. Esther Mindlin Guimarães, em junho de 1950. O GTA apresentou Um Inspetor nos Procura, de Priestley, no Teatro Municipal de São Paulo, dirigida por Evaristo Ribeiro, tendo nos papéis principais Esther Mindlin Guimarães, Clóvis Garcia, Eny Autran Ribeiro e Bernardo Blay Netto. O segundo espetáculo foi A Corda de Patrick Hamilton, também dirigido por Evaristo Ribeiro. Apresentou nos principais papéis Ítalo Rossi (apontado pela imprensa por esse trabalho como uma grande revelação), Clóvis Garcia, Raymundo Victor Duprat, Rubens Costa, Haydée Bittencourt e Arnaldo Mindlin. A terceira peça apresentada pelo grupo foi o texto inédito de Guilherme Figueiredo Pantomima Trágica, direção de Armando Couto e no elenco Ítalo Rossi, Eny Autran Ribeiro e Raymundo Victor Duprat. O quarto espetáculo do GTA do qual Ítalo Rossi participou foi a comédia francesa, Férias de Verão, direção de Rubens Petrile. (revista O Cruzeiro, dezembro, 1952) a Corda (FeSTim diabóliCo, 1951) (...) O trabalho do elenco é bem desempenhado e, destacam-se, em primeiro lugar, Ítalo Rossi, no papel de Rupert Cadell. Este representa com uma naturalidade quase perfeita, e se não fosse uma pequena atrapalhação (troca de palavras) no final em que força Brandon (Clóvis Garcia) a confessar o crime e a abrir a arca, sua representação estaria perfeita. (...) (Jofre Amorim, Diário Comércio e Indústria, são Paulo, junho, 1951) panTomima TráGiCa (1951) (...) Ítalo Rossi, vivendo o papel de Arlequim, manteve em sua interpretação um ritmo seguro e sóbrio, exteriorizando bem as nuanças psicológicas do personagem que viveu, auxiliado por uma bela voz que, infelizmente, ainda não aprendeu a usar como merece. Entretanto estamos certos, tal defi ciência será vencida em breve por esse jovem que inegavelmente é um dos melhores atores do teatro amador de São Paulo. (...) (Critica não assinada publicada no jornal O Estado de São Paulo, 1951) Ítalo Rossi uma das melhores interpretações masculinas de 1951, pelo seu trabalho em Pantomima Trágica. (Clóvis Garcia, revista O Cruzeiro em 28/01/1952) teAtRo pRofISSIoNAl CompANhIA BRASIleIRA de ComédIA ARmANdo Couto–ludy VeloSo baSTidoreS Armando Couto começou a sua companhia há um ano. Não quis iniciar com planos grandiosos, caminhando além de suas possibilidades. E assim, modesta, mas seguramente, deu seu primeiro passo com Ludy Velloso, montando com ela uma peça de dois personagens. Ganhou forças com o primeiro êxito e aumentou o elenco contratando mais Eny Autran, Elisio de Albuquerque , Ítalo Rossi e Raimundo Duprat. (...) Não precisamos repetir mais uma vez que tanto Aconteceu às 5... e um Quarto como também Um Amor de Bruxa, foram dois grandes sucessos. (mattos Pacheco, Jornal Última Hora, rio de Janeiro, 04/10/1952) aConTeCeu àS 5... e um QuarTo (...) Um novato que nos surpreendeu agradavelmente foi Ítalo Rossi. Boa dicção, expressão e uma segurança que se evidenciou principalmente a partir do segundo ato. (...) (maria José, jornal O Tempo, são Paulo, junho/1952) (...) a energia — a solenidade quase — que Ítalo Rossi dá a sua personagem, é coisa rara num ator quase estreante. (...) (ruggero Jacobbi, Jornal Última Hora, junho/1952) (...) A direção de Armando Couto, cuidadosa em todos os detalhes, homogênea, acentuou o caráter cômico dos personagens dando um rendimento leve ao texto. (...) Eny Autran e Ítalo Rossi fizeram uma brilhante estréia no profissionalismo e conduziram-se à altura, contribuindo para dar ao conjunto de Armando Couto e Ludy Veloso um caráter e um sentido de consistência e unidade que vem faltando à maioria das companhias que nos visitam. (...) (Cavalheiro lima, Diário de S. Paulo, 1952) (...) Ítalo Rossi e Eny Autran constituíram uma agradável surpresa. A surpresa de dois amadores que ingressam no profissionalismo com qualidades bastante para vencerem. (orlando marcucci, são Paulo, 1952) um amor de bruxa (1952) (...) O elenco da Cia. Armando Couto, na sua organização atual, tem demonstrado uma qualidade apreciável e rara, a homogeneidade. Isso permite que os espetáculos mantenham um alto nível de interpretação, sem a irregularidade que se verifica em tantas companhias. (...) Ítalo Rossi como o jovem Nick pela primeira vez interpreta um papel de acordo com sua idade (desde o tempo do Teatro Amador que Rossi encarna homens maduros). Talvez por isso mesmo a sua interpretação seja um pouco fácil demais, o que aliás é verificável por quem tenha acompanhado sua carreira. Mas apesar disso a sua interpretação acompanha o alto nível dos seus companheiros de elenco. (...) (Clóvis Garcia, revista O Cruzeiro, 1952) os melhores de 1952 – Menção à estreia profissional de Ítalo Rossi na Companhia Armando Couto no espetáculo Aconteceu às 5... e um quarto. (Clóvis Garcia, revista O Cruzeiro, artigo os melhores de 1952) teAtRo de VANguARdA RuggeRo JACoBBI Em 1953, Ruggero Jacobbi inaugura no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) um novo horário com uma possibilidade de programação não obrigatoriamente ligada às necessidades do mercado. Esse projeto recebe o nome de Teatro de Vanguarda Ruggero Jacobbi e tinha como objetivo criar um espaço para a experimentação dentro da estrutura do TBC. Do Teatro de Vanguarda além de Ítalo Rossi, participaram atores como: Walmor Chagas, Felipe Wagner, Ruth de Souza, Beyla Genauer, Monah Delacy, Xandó Batista, Milton Ribeiro, Joseph Guerreiro, Guilherme Correa, Armando Pascoal e Maurício Sherman. O objetivo de Jacobbi era viabilizar um trabalho com a qualidade do teatro comercial e com a liberdade de escolha do repertório. O Teatro de Vanguarda foi inaugurado em 1º de agosto de 1953 com a peça A Desconhecida de Arras, de Armand Salacrou. ConFliTo Sem paixão (1953) Carla Civelli Jacobbi entregou a Ítalo Rossi em Conflito sem paixão, de Ugo Betti, o grande papel masculino, o de Túlio. E a gente sente o esforço dignamente artístico do rapaz que surgiu no tempo do grupo amador de Evaristo Ribeiro e que se firmou (mesmo) com Armando Couto. Ítalo Rossi é um dos que está garantindo o sucesso da escolha do primeiro cartaz do Teatro Permanente das Segundas, ali no TINB (Teatro Íntimo Nicete Bruno), com Walmor Chagas, Beyla Genauer, Diná Mezzono, Loris Rangel, Rubens de Falco e Honório Martinez. CompANhIA de ComédIA VeRA NuNeS e CARloS AlBeRto A atriz Vera Nunes juntamente com o diretor de teatro e tradutor Carlos Alberto de Oliveira cria em 1953 em São Paulo a Companhia de Comédia Vera Nunes e Carlos Alberto que produziu vários espetáculos sendo que Ítalo Rossi participa do elenco de Pedacinho de Gente (1953), Para Servi-la Madame e Pancada de Amor (ambos em 1954). teAtRo pAulIStA do eStudANte e o teAtRo de AReNA Em 1952, Ruggero Jacobbi decide organizar em São Paulo um grupo de teatro de estudantes por sugestão de Pascoal Carlos Magno. O Teatro Paulista do Estudante (TPE) tem como meta construir um repertório que forme um panorama da dramaturgia brasileira desde o romantismo até aquele momento. Ruggero Jacobbi pretendia com o TPE revitalizar o teatro amador e reacender a chama do movimento teatral. Esse projeto não se realiza imediatamente. O TPE inicia suas atividades a partir da realização de um curso de Ruggero Jacobbi (que já havia fundado o Teatro de Vanguarda no ano anterior) que recebe vários estudantes de esquerda, mobilizados politicamente, como Gianfrancesco Guarnieri e Oduvaldo Viana Filho. E assim é fundado o Teatro Paulista do Estudante (TPE) em 5 de abril de 1955, tendo o nome de Ruggero Jacobbi na ata como presidente da reunião. O TPE inicia suas atividades em um espaço cedido pelo Teatro de Arena, de José Renato, que também foi aluno de Jacobbi. Conforme vários críticos e teóricos a fusão dos dois grupos fez com que o Teatro de Arena se tornasse um referencial para a discussão da realidade brasileira. Na fase inicial de montagens do TPE ocupando o Teatro Arena (1955), Ítalo Rossi participa de duas montagens: O Prazer da Honestidade e Não se Sabe Como, textos de Luiggi Pirandello. TeaTro em São paulo Uma característica dos espetáculos do Teatro de Arena (T.A.) é que a companhia dirigida por José Renato, não obstante a pouca idade dos seus componentes, vem se firmando progressivamente a cada encenação (...). A idéia do Festival Pirandello por si só demonstra a correta ambição artística desses jovens, que vem encontrando merecido apoio do público. Não Se Sabe Como é indiscutivelmente, o melhor espetáculo do T.A. que já atingiu um ótimo nível que o situa entre as nossas melhores organizações teatrais. (...) Se José Renato já não tivesse apresentado provas evidentes de suas qualidades como diretor (...), a direção de Não Se Sabe Como lhe serviria de teste definitivo. Jogando acertadamente com os personagens, criou o necessário clima dramático dentro das dificuldades do teatro de arena, conduzindo o espetáculo com precisão. (...) Em um papel pequeno Ítalo Rossi presta sua colaboração ao nível do espetáculo. (...)” (Clóvis Garcia, revista O Cruzeiro, 08/10/1955) oS JoGraiS de São paulo Em 1955, Ruy Affonso (ator, diretor e autor, um dos fundadores do Teatro Brasileiro de Comédia — TBC), Felipe Wagner, Ítalo Rossi e Rubens de Falco lançam Os Jograis de São Paulo, um conjunto formado por quatro atores, apresentando poemas seja na forma de solos encadeados ou como coral. Inúmeros atores participaram dos Jograis e durante seus 49 anos de existência Os Jograis de São Paulo realizaram mais de 1.200 recitais, em um roteiro que alcança todos os países da língua portuguesa. O Ruy Affonso renovou a forma de dizer poesia. Não gostava que os atores fizessem gestos. O ator tinha que unicamente dizer o que o poeta queria. Nós líamos, não decorávamos o texto. Postura ereta, segurando o texto com as mãos, não tinha gestos, movimentos, era só a voz e o poema. Sem dúvida foi um grande aprendizado o teAtRo BRASIleIRo de ComédIA (o tBC) O TBC nasceu de uma aposta feita em 1948: o industrial Franco Zampari afirmou que São Paulo poderia ter um teatro estável com o mesmo nível do que era produzido no pós-guerra italiano. O TBC é um marco decisivo e sua trajetória confunde-se com o movimento social: surge depois do fim da ditadura de Vargas, produzido pela burguesia para a burguesia, importando técnica e repertório, evidenciando ideologicamente ecletismo e nítida tendência para o culturalismo esteticista. Mas organiza definitivamente a estrutura profissional do teatro brasileiro, cria mentalidade nova em nível de respeito e estuda o teatro, introduz o repertório ao gosto da exigência burguesa, mas coloca os espectadores em contato com um nível superior de dramaturgia, forma grande número de intérpretes que depois saíram de suas fileiras para organizarem companhias nos mesmos moldes, mas já mais independentes, inclusive quanto à escolha de repertório. (...) (Fernando Peixoto, O Que É Teatro, editora brasiliense, são Paulo/sP) Ziembinski, que havia gostado de meu trabalho em A Corda e que havia tentado me levar para o elenco de Ralé de Gorki no TBC, que acabei não podendo fazer por motivos familiares, me convidou novamente para trabalhar com ele, dessa vez na peça de Ibsen, Casa de Bonecas. Seria meu primeiro trabalho no TBC — que era a Commedie Française do Brasil — e com Cacilda Becker! Uma atriz extraordinária! Me lembro que fui contratado para receber 11 cruzeiros por mês (...) Estávamos no meio do processo dos ensaios quando de repente apareceu lá no teatro o diretor Maurice Vaneau, recém chegado da Bélgica, que estava tentando montar A Casa de Chá do Luar de Agosto, no TBC, e há 2 anos não conseguia achar o ator para viver o japonês Sakini. Ele me viu em alguns ensaios, me procurou e ficou numa felicidade ímpar porque enfim encontrara o que vinha procurando. Eu, dentro do TBC, sonho de qualquer ator, simplesmente mudei de casa... da Casa de Bonecas passei para A Casa de Chá do Luar de Agosto. Tinha 25 anos quando isso aconteceu. O Sakini era um protagonista maravilhoso. Uma peça muito bem dirigida, que ficou um ano em cartaz em São Paulo. Éramos vinte e oito pessoas. Célia Biar, Nathalia Timberg, que já haviam feito peças no TBC, faziam figurações..., Mauro Mendonça, Oscar Felipe, Sergio Britto, Carminha Brandão, Fabio Sabag, Fregolente, Eugênio Kusnet, Milton Moraes, Maria Helena Dias, Aldo de Maio e tantos outros. Um grande elenco! O mais difícil, o mais complicado, não era só fazer um personagem. Era ter uma disciplina corporal(...) Eu gesticulava demais. E o japonês é uma coisa muito mais suave, mais sem gestos (...) o Vaneau me via como um ator possível de fazer esse papel, mas indisciplinado. (...) Ele teve muita paciência (...) Ele me ensaiava com as mãos amarradas, com uma cadeira na minha frente. Fazia exercícios de relaxamento durante uma hora (...) eu me entregava ao Vaneau. Nas telas esse papel foi vivido por Marlon Brando e o crítico Paulo Francis se rendeu ao talento do iniciante: Marlon é bom no cinema, mas melhor é ver Ítalo no palco. E Francis fechava sua crítica assim: Nasce um ator e não se deve tocar nele. Nasce um ator e não se deve tocar nele. PAulo FrAnCis Com Sakini ganhei o Prêmio de Revelação de Ator de 1956, passei a ter status e, é claro, da promessa que eu era em A Corda passei a ser a realidade com A Casa de Chá do Luar de Agosto. A partir do que aconteceu nessa peça eu tive a certeza que o teatro gostava de mim na mesma intensidade que eu gostava dele, e esse fenômeno não acontece só comigo não, absolutamente, mas com todos nós que nos dedicamos a ele com carinho e franqueza. O Teatro para mim, é indivisível na emoção. O ator é muito só. O ator é só em cena, mesmo cercado de outros atores, somos totalmente sós, íntegros e isso é tão bonito! (...) A Ítalo Rossi cabia a responsabilidade mais pesada: a de dar o tom de cada cena, ligando-as uma às outras. Ítalo é um Sakini encantador, malicioso, sonso, simpaticíssimo, a que não falta nada (...) (décio de Almeida Prado, Jornal O Estado de São Paulo, 1956) benavenTe pelo TbC (...) Ítalo Rossi tem um desenvolvimento brilhante num papel exaustivo – é onipresente na ação, é essencial a ela, é sua própria força motriz, e mantémse desde o primeiro até o último instante na medida justa do papel. Acreditamos que talvez o que mais recomende o ator não sejam os momentos em que brilha e domina, mas os momentos em que sabe ofuscar-se o bastante para que acompanhemos a ação em outros atores: nem um gesto, nem uma só tentativa de se fazer notar quando deve estar discreto, mas ao mesmo tempo uma linha inalterável como Crispim, de maneira que podemos sentir que aquele encontro, aquela cena, foi ele quem os tramou, e que portanto os domina. (trecho da Crítica de bárbara Heliodora para o espetáculo Os Interesses Criados. tribuna da imprensa, rio de Janeiro, 26/12/1957) oS inTereSSeS CriadoS (...) o elenco é numeroso, mas a rigor duas figuras se destacam com muita propriedade, não somente pela importância dos papéis como também pelos seus recursos histriônicos: Ítalo Rossi (Crispin), que volta a impressionar a plateia com o seu personagem muito bem sabido e insinuante e Fernanda Montenegro (Sereia), uma atriz de qualidades excepcionais. (...) (Hermilo borba Filho, Correio Paulistano, 08/12/1957) um panorama viSTo da ponTe (TbC/1958) (...) Fernanda Montenegro e Ítalo Rossi prontifi caram-se a aparecer como fi gurantes. O gesto é dos mais gentis, mas não temos a certeza se conviria chamar assim a atenção do público para silhuetas apenas recortadas, cujo papel é permanecer mesmo na sombra e no anonimato. (décio de Almeida Prado, jornal O Estado de São Paulo, 1958) pedreira daS almaS (...) Ítalo Rossi é uma nota mais fria, mais cerebral, que equilibra o espetáculo, tirando-lhe o paroxismo. Ele soube compreender, sobretudo, que Vasconcellos não é um tirano; em Pedreira das Almas, como nas boas tragédias, todos têm razão. (...). (décio Almeida Prado, jornal O Estado de São Paulo, 1958) teAtRo doS Sete O Teatro dos Sete foi o nome dado à Companhia que formamos ao deixar o TBC em 1959. São seus fundadores: o diretor Gianni Ratto, Luciana Petrucelli, Fernanda Montenegro, Fernando Torres, Sérgio Britto, Alfredo Souto de Almeida e eu. Já na estreia do grupo ele era na verdade, teatro dos cinco, pois Luciana Petrucelli, que era esposa de Gianni Ratto, voltou para a Itália e Alfredo Souto de Almeida voltou-se para seu trabalho na televisão. Lembro que Sérgio Britto fazia comercial da Companhia para vender assinaturas no intervalo do Grande Teatro que fazíamos ao vivo todas as segundas feiras na TV Tupi do Rio de Janeiro, que funcionava no mesmo prédio do antigo Cassino da Urca. Isso ainda na época em que trabalhávamos de terça a domingo no TBC em São Paulo. Nesse sentido a TV teve e tem uma importância muito grande junto ao público: os espectadores que nos assistiam no Grande Teatro pagaram seus ingressos adiantados para nos assistir no teatro fazendo quatro espetáculos: O Mambembe de Artur Azevedo, A Profissão da Sra. Warren, de Bernard Shaw, O Cristo Proclamado, de Francisco Pereira de Almeida e Com a Pulga atrás da Orelha, de Georges Feydeau. Com o dinheiro que conseguimos fizemos nossa estreia em novembro de 1959 no Teatro Municipal do Rio apresentando O Mambembe, de Artur Azevedo que foi um extraordinário sucesso de público e crítica. Montamos esse espetáculo sem nenhum patrocínio. Ainda lembro de nós atores, olhando das janelas dos camarins do Municipal aquela fi la imensa de pessoas que estavam lá para nos assistir. o mambembe (TeaTro doS SeTe/1959) o mambembe A noite de ontem no Theatro Municipal uniu o novo de outro tempo ao novo de agora. Em cada momento de uma cultura, há renovações que passam e que fi cam. Assim é o espírito do teatro. A atualidade de Artur Azevedo vem justamente deste poder de captar o nacional, de revelar gente e costumes nossos. Ainda hoje, sua obra ajuda-nos a desmentir os que duvidam das possibilidades dramáticas de nosso folclore. Nesta primeira encenação do Teatro dos Sete, Gianni Ratto soube dar linguagem dramática ao material popular, em proveito da mise-en-scène e do ritmo geral. Este homem enquanto ajuda o Brasil a fazer teatro, vem ensinar a todos nós o manejo de nossos próprios instrumentos. A ele devemos a sóbria direção de O Mambembe. A ele devemos uma obra-prima de cenografia. O palco do Municipal só havia ostentado cenários de tanta qualidade artística e funcional durante temporadas de companhias estrangeiras. Impossível destacar, num elenco tão vasto e homogêneo, atuações individuais. Só podemos agradecer aos intérpretes por essa festa do teatro brasileiro agradecer a Fernanda Montenegro, a Ítalo Rossi, a Sérgio Britto e a todos os seus companheiros pela extraordinária demonstração de nível que um verdadeiro e consciente conjunto teatral pode atingir. No equilíbrio entre falas, gestos e cantos, conseguiu Ratto realizar um espetáculo que fi cará na história de nosso teatro muitos pontos acima de tudo quanto temos realizado. (Zora seljan, jornal O Globo, 13/11/1959) de Como Se deve amar o TeaTro: O MaMbeMbe pelo TeaTro doS SeTe (...) Seria difícil, quase impossível, examinar individualmente a atuação de todos os elementos do vasto elenco do espetáculo do Teatro dos Sete; mas por certo podemos dizer que essa é a primeira vez que vemos, no Brasil, uma verdadeira equipe de 60 pessoas. Se a uns couberam papéis maiores e a outros menores, é necessário dizer que todos se dedicaram a seu trabalho com o mesmo entusiasmo e, em todos, sentimos o mesmo orgulho de estar prestando a sua colaboração para que o Teatro Municipal honrasse devidamente aquele que tanto lutou por sua construção. (...)(...) Ao trabalho de Fernanda Montenegro, Sérgio Britto e Ítalo Rossi, justamente os membros natos do Teatro dos Sete, não podemos, a nenhum dos três, poupar nossos aplausos. (...) Já Ítalo Rossi é aquinhoado com o atraentíssimo personagem de Frazão, o empresário do Mambembe, figura na qual Artur Azevedo colocou tudo o que podia imaginar de enriquecimento, e, ao seu Frazão, Ítalo Rossi se entrega com extraordinária verve, temperada com uma exata medida de pura histrionice, que conquista inteiramente a plateia, que passa a viver com ele todos os problemas do empresário em dificuldades. O trabalho de Ítalo Rossi é um primor de acabamento, seja em dicção, seja em expressão corporal, seja na limpeza de cada gesto, que é uma unidade completa em si, muito embora perfeitamente integrada na fluência total de toda a sua gesticulação. (...) (trechos da crítica de bárbara Heliodora publicada no suplemento de domingo do Jornal do Brasil, rio de Janeiro, 21/11/1959) a GloriFiCação do mambembe A encenação de O Mambembe se constitui num dos maiores acontecimentos teatrais do Brasil, em muitos anos. Poucas vezes temos assistido a montagem tão primorosa, não apenas no sentido plástico, como na apresentação dos personagens com suas características peculiares, num ritmo seguro, em tempo e espaço. Peça complexa, em três atos e 12 quadros, tem um desenvolvimento singularmente harmônico, malgrado a diversidade de ambientes, alguns dos quais resolvidos magnificamente em arte e carpintaria. No plano interpretativo duas figuras avultam, como sejam Fernanda Montenegro, vivendo um delicioso personagem feminino (a primeira atriz) e Ítalo Rossi que, por seu dinamismo e naturalidade (no empresário de Mambembe), se coloca na primeira linha de nossos atores. (...) Nada desculpa deixar de assistir a O Mambembe. Em matéria de patriotismo e sobretudo como cultura e bom gosto. Excelente espetáculo. (A. Accioly netto, Coluna Teatro da Semana, revista o Cruzeiro, 19/12/1959) a proFiSSão da Senhora Warren (TeaTro doS SeTe/1960) ShaW pelo TeaTro doS SeTe (...) Ítalo Rossi compõe primorosamente o Reverendo Gardner, dando mais uma vez amplas mostras de seu talento e de sua técnica. O personagem é algo cômico e de raro em raro um nada ridículo: não houve no trabalho de Ítalo Rossi um momento em que o ator passasse da conta ou forçasse a nota; o tom piedoso de sua memorável ressaca foi atingido com sutileza e dignidade, o que não impediu a plateia de sorrir exatamente o quanto deveria da patética noitada de Gardner. Um trabalho de primeira. (...) (Crítica de bárbara Heliodora para o espetáculo A Profissão da Sra. Warren publicada no suplemento dominical do Jornal do brasil, rio de Janeiro, 07/05/1960) CriSTo proClamado (TeaTro doS SeTe 1960) O Cristo Proclamado, de Francisco Pereira da Silva, foi o maior fracasso de toda a minha carreira, uma peça notável; atores admiráveis, tudo certo e não consigo até hoje encontrar uma razão para tamanho abandono. A peça falava da canalhice da política, da ambição torpe do ser humano e da decadência da moral. Uma pena! Com a Pulga atrás da orelha (teatro dos sete/1960) Feydeau no ginástiCo (...) Grande papel, no sentido de trabalho artístico é o que cabe a Ítalo Rossi. Tem ele oportunidades várias de provar ao público o seu absoluto domínio, vivendo dois personagens de semelhança física, mas de posição social inteiramente diversa — um — Chandebise, o marido, o outro — o criado de uma pensão. E vive os dois papeis de tal modo perfeito que chega a impressionar. Só mesmo a um ator dotado de invejável controle artístico seria dado viver com tanta justeza aquelas duas criaturas de níveis tão opostos, o Chandebise e o Poche. Como é grande Ítalo Rossi! (...) (Augusto Maurício, Jornal do Brasil, 13/10/1960) Com a Pulga atrás da orelha (...) O espetáculo dirigido por Gianni Ratto é simplesmente excelente... É verdade que conta com um punhado de nossos melhores atores: mas ainda assim obtém um resultado surpreendente para nossos palcos, um virtuosismo, uma maestria inesperados. O delineamento dos personagens é ótimo (...). As honras da representação são em primeiro lugar para Ítalo Rossi. Ator, sabidamente excelente, tem aqui talvez a melhor oportunidade de demonstrar sua técnica, sua leveza, sua elegância até, num papel duplo, exaustivo como poucos e do qual se sai de maneira excepcional, sendo realmente o centro do espetáculo. (Henrique Oscar, Diário de Notícias, 11/10/1960) Quando fi zemos no Teatro dos Sete o texto de Bernard Shaw A Profi ssão da Sra. Warren, não tínhamos noção do que aconteceria. Montar um Gorki, um Beckett, um Tchekhov é uma questão de sorte, tudo pode ocorrer, mas quando se monta um Feydeau, um Neil Simon, um Millor Fernandes, a gente já entra com cinquenta por cento de possibilidades de emplacar. A nossa montagem de A Pulga Atrás da Orelha foi uma delícia, nosso Feydeau era primoroso. O teatro é uma coisa mágica! Nada pode interferir no meu trabalho, todo o resto fi ca na expectativa e eu deixo sempre a dor me esperando dentro do camarim. Quando fazíamos Com a Pulga Atrás da Orelha, que era uma comédia movimentadíssima, telefonei às dez da manhã para São Paulo para saber como estava passando de saúde meu irmão caçula que se encontrava adoentado, e de lá me informaram que ele já estava sendo velado pela família e amigos; (pausa) tomei um avião da Ponte Aérea, fi quei um pouco com ele, assisti ao seu sepultamento às 17 horas e à noite estava de volta ao Rio no palco fazendo o público rolar de rir durante duas horas e dez minutos. BeiJo no asFalto (teatro dos sete/1961) (...) Ítalo Rossi defi ne, nas poucas cenas em que intervém, todas as tristes características do delegado Cunha: a empáfi a da pequena autoridade, o cinismo e a baixeza do corrupto, a imoralidade de quem perdeu de vista (ou nunca conheceu) o signifi cado de sua função, covardia de quem só ataca o mais fraco, e assim mesmo quando se sente garantido. Desaparecem de seu trabalho, por desnecessários, os gestos e as infl exões de maneiroso estilo, que tão bem aplicou na criação de Sakini e Frazão; muda-se, enfi m, para o mundo esquálido, e mantém-se fi el a ele. (...) (Citação da crítica de Bárbara Heliodora publicada no Caderno B do Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 11/07/1961. FestiVal de Comédias (teatro dos sete/1961): o Velho Ciumento, o médiCo Volante, os Ciúmes de um Pedestre ou o terríVel CaPitão do mato Gostei muito de fazer o Festival de Comédia, três peças em um ato, de Martins Pena, Molière e Cervantes. Eram três papeis totalmente diferentes onde eu tinha que improvisar, correr, saltar. No texto de Cervantes O Velho Ciumento eu fazia um velho de 110 anos. No Moliére, O Médico Volante, eu era um jovem apaixonado de 20 anos e no texto Ciúmes de um Pedestre, do Martins Pena, eu fazia um jovem ator apaixonado por uma mulher casada.. A época do TBC e do Teatro dos Sete foi uma época gloriosa, em que tínhamos a oportunidade de levar ao palco textos de todos os grandes autores do Brasil e do mundo. O Teatro dos Sete foi uma grande família. Fernanda Montenegro, por exemplo, é uma irmã para mim. Nós temos uma química quando estamos em cena, uma intuição, um jogo teatral, uma cumplicidade que funciona muito bem no palco.” os sete na maison: FestiVal de Comédia (...) O Médico Volante foi tirado por Molière da commedia dell´arte e Gianni Ratto reconduziu o texto às origens, identificando os personagens molierescos às suas funções dramáticas essenciais na comédia italiana. (...) Ítalo Rossi tem uma atuação notável, alternando a esperteza e a movimentação intensa com o ar aparvalhado e a inércia que o poupam de excessos de exploração por parte do patrão; é um Sganarelo da mais pura água. (...) (Bárbara Heliodora, Caderno B, Jornal do Brasil, 30/01/1961) a mulher de todos nós (teatro dos sete/1966) O texto de A Mulher de Todos Nós era uma adaptação do Millor Fernandes de La Parisienne, de Henry Beckett, que o Teatro dos Sete montou para pagar dívidas da companhia e que foi um tremendo sucesso, tanto que éramos obrigados a fazer três sessões às sextas, sábados e domingos. Companhia CarioCa de Comédia (CCC) Com o encerramento das atividades do Teatro dos Sete, em 1966, a convite de Rosita Thomas Lopes, Ítalo Rossi, juntamente com Célia Biar, Napoleão Moniz Freire e Antonio Carvalho da Silva funda a Companhia Carioca de Comédia (CCC) que estreia no Rio de Janeiro com o espetáculo A Sinistra Comédia, com direção de Flávio Rangel. a sinistra Comédia (CCC/1966) Pinter e o PúBliCo A reação do público às peças de Pinter é desconcertante. Ele já teve extraordinários sucessos e fracassos. Sua peça mais conhecida é The Caretaker (O Zelador), que apesar de ter sido um grande sucesso em Londres, não conseguiu um produtor corajoso bastante para levá-lo ao cinema. O espetáculo foi filmado, porém, com fundos levantados entre personalidades do cinema e do teatro, como Elizabeth Taylor, Richard Burton, Tony Richardson (o diretor de Tom Jones e um grande diretor de teatro), Sr. John Gieguld, etc. O filme foi exibido exclusivamente em cinemas de arte. Harold Pinter viveu uma experiência incomum, quando da estreia da peça em Düsseldorf, Alemanha. É ele mesmo quem conta: Há alguns anos atrás, em Düsseldorf, eu me reuni ao elenco de The Caretaker para saudar o público depois da estreia, como é costume na Alemanha. Fui imediatamente recebido por uma violenta vaia, que emanava seguramente do mais compacto congresso de assobiadores do mundo. Seja como for, o elenco era tão cabeçudo que tivemos trinta e quatro cortinas — todas para sermos vaiados. Na trigésima quarta chamada, havia apenas dois espectadores na sala; e ainda vaiavam com furor. Saí do teatro, estranhamente reconfortado e hoje em dia, cada vez que eu sinto renascer em mim a esperança e a apreensão eu me lembro de Düsseldorf e a minha moral levanta logo. (Harold Pinter) o senhor Puntila e seu Criado matti (CCC/1966) Me machucou bastante quando fiz, sob a direção de Flávio Rangel O Senhor Puntila e seu Criado Matti, de Brecht. O Senhor Puntilla era o Jardel Filho e eu era o seu criado. Eu não estava de acordo com os caminhos traçados pela direção, mas o Flávio, muito inteligente e convincente, me comovia com suas intenções. Ele achava que eu estava ótimo e eu não me sentia bem no personagem... Se o ator não acredita no que está fazendo, ele não vai transmitir nada para a plateia, e foi o que aconteceu; o espetáculo fracassou e atravessei uma fase terrível na minha vida. Foi uma época em que eu bebia muito e procurava me aproximar das pessoas que nada tinham a ver com teatro. oh! Que delíCia de guerra (CCC/1967) a deliCia de (ademar) guerra (...) O espetáculo Oh, Que Delícia de Guerra é uma daquelas realizações que nos permitem, por algum tempo, perder nossos complexos diante do teatro estrangeiro. Não acreditamos, na verdade, que em qualquer outro país, este texto possa ter recebido um tratamento muito mais brilhante do que entre nós. Também, pudera: tivemos um diretor autenticamente predestinado, pelo próprio sobrenome, a dirigir esta peça. (...) (Yan Michalski, Jornal do Brasil, 19/01/67) oh, Que delíCia de guerra (...) Ítalo Rossi, entre vários momentos muitos felizes, marca sua presença como o capelão e o bêbado que atrapalha o discurso da pacifi sta. (...) Um espetáculo extraordinário, em que tudo funciona corretamente, desde a precisão e eficiência da parte sonora, a qualidade das projeções, até as modificações no cenário, executadas à vista do público, pelos próprios atores e de maneira como integrante de seus próprios desempenhos. Brasileiro, ProFissão esPerança (1970) O difícil no ator não é representar bem. O difícil é transcender o mecanismo da representação, projetando para a platéia um tipo de fascínio, indefinível – uma mistura de simpatia, ritmo, autoconfiança, graça e densidade, um jeitão especial, uma espécie de magia que o ator extrai de si quando está no palco. É isso que define um ator diante de seu público e que o torna capaz de colocar no palco, diante dos espectadores, como uma sobrevida sua, o personagem que está desempenhando. Isso define o ator – no circo, no Oldvic, no Living Theatre, aqui e na China. Ítalo Rossi, que está no time dos grandes atores do Brasil atual, possui esse fascínio. Ele faz tudo em arte: dos clássicos do realismo contemporâneo à novela de televisão; do vaudeville ao moderno teatro brasileiro, passando pela revista musical. Tudo ele desempenhou com rara competência. Mas não é a competência que o define; é essa soma de características enumeradas acima, hoje definidas como capacidade de comunicar. Qualquer ator brasileiro vendo Ítalo Rossi representar terá que sentir um pouco de inveja de seu jeito de chegar à plateia. (Procópio Ferreira, texto publicado no programa do espetáculo Brasileiro, Profissão Esperança, 1970) Brasileiro, ProFissão esPerança (...) O duelo de arte travado entre Bethânia e Ítalo Rossi completa a grandeza do espetáculo. São dois grandes que com grandeza e arte revivem a vida daqueles que foram as verdadeiras cigarras da vida carioca. Nesse duelo de gigantes, após uma hora e dez minutos de batalha chegam a um honroso empate. Ambos com sentimento e alma, interpretam com alma e sentimento a ternura, o amor, a angústia e a ironia daqueles que em vida não tiveram outras sensações. (...) (O Jornal, RJ, 28/03/1970) doroteia Vai à guerra (i972) Para fazer a Doroteia, mãe de Dina Sfat eu pesquisei sobre a personagem e usei setenta por cento da minha imaginação, e os outros trinta por cento de várias mães que conheci e peguei um pouco de cada uma. Incluo essa personagem na galeria dos meus melhores trabalhos. Essa mãe era tirânica, era como se fosse um polvo, ela era tudo para a filha: mãe, pai, irmã, amante, amiga... tudo. Este espetáculo, dirigido pelo Paulo José, foi importante para mim. Esta peça toca num problema chave: Mãe. E mãe é um negócio terrível sobre qualquer ângulo que você quiser ver num momento de critica. Eu faço Doroteia. Doroteia é a soma de lugares-comuns. E grotesca, trágica, neurótica, gozada. É rica. Em princípio, na construção de Doroteia, eu não a vejo como mulher ou mãe. É preciso ver primeiro seu caráter. Depois, se ela usar maquilagem, unhas postiças, como ela se veste ou não, isto vem depois. Eu não brigo com meus personagens antes de conhecê-los. Primeiro eu os descubro. Eu nunca visto um personagem. Eu tenho que conhecê-los como pele, olfato, audição. E é preciso uma certa dose de deboche para que você possa se entrosar. Para que você possa brincar com ele como se fosse uma bola na sua mão. (...) O Teatro é uma coisa muito feliz. É prazeroso. Com Dina Sfat eu tinha uma química que é a que tenho com Fernanda Montenegro: a gente bate o olho e já sabe o que vai ser. DOROTEIA VAI À GUERRA (...) Ítalo Rossi adotou uma solução a meu ver ótima para sua personagem Doroteia. Em momento algum compõe um ridículo travesti como esses de teatro de variedades em que os homens querem efetivamente parecer mulheres. Como uma peça de Brecht, Ítalo Rossi representa como um autor que procura mostrar qual seria a conduta de uma mulher naquela situação, o que aumenta o sentido crítico de seu desempenho. (...) (Henrique Oscar, Diário de Notícias, RJ, 25/10/1972) sE EU nãO mE ChAmAssE RAImUnDO (1972) Quando posei nu em 1972 para promover a peça Se eu me chamasse Raimundo, sabia que estava comprando uma briga. Já me depilei por inteiro para fazer um fi lme onde interpretava um personagem que era homossexual e cafetão. Relembro Fernando Pessoa: se ousares, ousa. Em tudo que és, sê. Não tenho o menor pudor ao atuar. Me libero totalmente. Faço de tudo. Caminhei durante anos com Sófocles e Kafka, também fiz travestis, me depilei inteiro, posei nu.... O que eu não fiz, não sei. Vou fazer um dia com certeza. FAlEmOs sEm CAlçA (1973/1974) A peça trata do relacionamento entre um pai e um filho. Essa relação é perturbada pela chegada de um amigo. O Pai é um cara meio neurótico – tem seu tanto de paranoico e é um pouco homossexual. Ele se comporta ao mesmo tempo como supermãe e superpai. O filho é o resultado de uma educação castradora, opressiva. Não questiona nada: nem o dinheiro que recebe, nem a razão pela qual o pai aparece travestido, à noite. Se você tem uma profissão, respeita essa profissão e a ama, que importância tem aparecer numa peça vestido de mulher? Nenhuma. Ou pelo contrário, tem muita importância artística. Eu acho que estou acrescentando alguma coisa à minha carreira. Tirar fotos travestido é, para mim, quase uma provocação. Mas eu sou um profissional e o que importa é o impacto que a coisa causa nas pessoas. GEnTE DIFíCIl (1974) (...) Há muito não vejo Ítalo Rossi realizar um trabalho tão completo e bem dirigido; malicioso, imaginativo, ele compreendeu a fundo a mentalidade de seu personagem – talvez o mais complexo e verdadeiro de todos – e a trans-mite com bela inteligência crítica. (...) (Yan Michalski, Jornal do Brasil, 29/08/1974) (...) O Simão, de Ítalo Rossi é de longe o seu melhor trabalho nos últimos anos (...) (Gilberto Braga, jornal O Globo, 31/10/1974) nOITE DOs CAmpEõEs (1975) Em toda a minha carreira sempre fiquei no palco falando o tempo inteiro. Pela primeira vez, fico no palco, mais ouvindo do que falando, mas esse personagem é de um fascínio incrível, ao mesmo tempo que ele fala pouco seus apartes são fortes, e eu encaro essa experiência como um novo desafio em minha carreira. (...) Ítalo Rossi aproveita brilhantemente cada uma das ricas possibilidades cômicas que seu papel oferece, mas sem prejuízo da dignidade com que desenha o lado destrutivo do personagem. (...) (Yan Michalski, Jornal do Brasil, 15/08/1975) Os VERAnIsTAs (1978) Os VERAnIsTAs, DE GORkI (...) A direção de Sérgio Britto compreendeu o fundamental: aproximar, ao máximo, as realidades russa e brasileira. Uma linha romântica e emotiva de interpretação brasileira foi explorada. (...) Brilham Ítalo Rossi, Iara Amaral, Suzana Faíni, Rodrigo Santiago, Tetê Medina e Renata Sorrah. Os Veranistas resultou assim, um espetáculo de narrativa clara, mas não óbvia, de ritmo lento, mas não lerdo, recomendável aos interessados numa produção inteligente e de grande categoria. (Revista Desfile, outubro de 1978) Os VERAnIsTAs (...) Sérgio Britto — diretor/ator/produtor — coloca o texto no tempo e na medida justa. Para isso, conta, principalmente com duas grandes interpretações (a dele mesmo e de Ítalo Rossi) além de três primorosas composições de Renata Sorrah, Tetê Medina e Yara Amaral e ainda a iluminação de Jorginho de Carvalho, cenários de Hélio Eichbauer. Um espetáculo a ver. (Wilson Cunha, Revista Manchete, 30/09/1978) A CAlçA (1979) Meu personagem em A Calça, aristocrata Franco Anchois — é de uma riqueza extraordinária. Um homem que se apaixona por uma mulher de uma maneira tão sensual, que diz coisas como você é toda assim, cor de avelã claro. É o próprio delírio amoroso. (...) Todo ator tem que ser essencialmente um comediante. E essa peça necessita de atores que tenham, exatamente, a vivacidade, a sagacidade, o prazer, a sutileza de poder fazer uma coisa que talvez pudesse ter uma certa grossura. Na peça não chega a acontecer nenhuma grossura, porque existe esse homem que se chama Maurice Veneau, que sempre conseguiu fazer rir sem precisar criar o truque do ator escorregando em casca de banana. A CAlçA Apenas pelo título A Calça, a peça pode perder alguns pontos, mas quando se assiste, logo temos outra opinião. Esta comédia de Carl Sternheim é uma das melhores peças que temos em cartaz atualmente. (...) Ítalo Rossi, um craque em técnica teatral. É bom lembrar a boa atuação que teve em O Santo Inquérito e que agora se repete. Ítalo é um ator consciente. O palco é seu campo de trabalho e ali que ele mostra que de uma personagem, às vezes apagada pode se fazer algo cheio de luz e vivacidade. Isso é importante. Dar vida, sem ser falso, a um papel. (...) (Édson Pinto, Revista Amiga, Bloch Editores, Rio de Janeiro, 30/05/1979) (...) Foi com muito prazer que assisti esse divertido espetáculo e, num naipe de excelentes atores, o excepcional comediante Ítalo Rossi, numa de suas mais memoráveis criações, a do aristocrata Franco Anchois que prefere o prazer estético ao carnal, intelectualizando, em hipérboles torrenciais, todas as emoções que um corpo de mulher pode despertar. (...) (Armindo Blanco, Jornal O Dia, Rio de Janeiro, 29/07/1979) pApO FURADO (1980) (...) e, por fim – e aí não há qualquer surpresa – mais uma persuasiva interpretação de Ítalo Rossi, que faz um homossexual sem apelar para as concessões costumeiras e desenvolvendo um jogo histriônico em que expande todas as gamas de seu talento, mesmo até quando está sem bola, apenas olhando e, no entanto, com onisciente presença (...) (Armindo Blanco, Jornal O Dia, RJ, 18/3/1980) Texto de Chico Anísio autor da peça pApO FURADO As TIAs (1981) Após tantos anos de carreira, não sei o que diria se alguém me perguntasse qual o personagem que mais gostei de fazer em todos esses anos. Mas quando li o texto, disse com a maior convicção: quero fazer o Floro. Mais tarde, soube que os autores escreveram este personagem para mim. Acho que não preciso explicar mais nada. Entrei na jogada para ganhar; se perder, faz parte do jogo. qUATRO TIAs DElIRAnTEs E AmbíGUAs (...) À frente do elenco, dois atraentíssimos solos de Ítalo Rossi e Paulo César Pereio, aquele levando o exibicionismo homossexual às últimas consequências, este mantendo, pelo contrário, uma compostura pseudo-máscula, ambos prodígios em sutilezas. (...) (Yan Michalski, Jornal do Brasil,13/05/1981) UmA OpçãO pARA RIR mUITO (...) O prazer maior é ver Ítalo Rossi. Voz perfeita e interpretação primorosa — cada gesto, cada fala é uma nova sutileza, outra complexidade, mais um riso da platéia. (...) (Maria Tereza Amaral, Jornal Última Hora, Rio de Janeiro, 02/07/1981) (...) Perfeito como o homossexual amargo e quase sempre embriagado, Ítalo Rossi – um dos monstros sagrados do teatro carioca – permite-se todos os virtuosismos num papel em que se movimenta com absoluta liberdade. (...) (Jefferson Del Rios, Folha de S. Paulo, 02/07/1981) (...) As Tias ,é antes de tudo, um pretexto para um show de atores – em especial Ítalo Rossi e Paulo César Pereio . (...) Ítalo, em seu personagem, literalmente deita e rola. (...) (Cláudio Bojunga, Revista Veja, 20/05/1981) A mIlIOnáRIA (1983) FARpAs InTElIGEnTEs (...) Ítalo Rossi reencontra com o seu Sagamore um dos seus bons momentos no palco. Sarcástico, inteligente, cheio de vitalidade. Ítalo, além de tudo demonstra uma segurança técnica (voz com perfeita projeção, gestos contidos projetados na medida) invejável. Um papel pequeno, mas que Ítalo fez com que seja marcante (...) (Macksen Luiz, Jornal do Brasil, 16/03/1983) COIsA RARA Um bERnARD shAw (...) Ítalo Rossi está provando que é antes de tudo um grande ator, dando aula de sofisticação e garra (...) é evidente que o teatro é a maior paixão de sua vida (...) (Tânia Brandão, Jornal Última Hora, 18/03/1983) qUATRO VEzEs bECkETT (1985) Do imaginário do autor ao do espectador, Ítalo Rossi é o veículo de formas inconscientes (...) seu rosto se transforma numa área de representação. Irrepreensível. (...) (Macksen Luiz, Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 7/8/1985) Eu tive o prazer de ler um texto, conversar rapidamente, com Gerald Thomas no palco e, depois, fui para um estúdio de gravação. O Gerald me orientou dizendo que queria algo orgânico. O que tentei transmitir apenas diante de um microfone — uma experiência nova para mim. Agora, em cena, eu posso ter mil reações . Até porque não posso ter a mesma cara todos os dias. Eu tenho isso a meu favor. Se fosse um espetáculo tradicional, eu seria um ator que repetiria, diariamente, o mesmo texto. Poderia estar bem ou mal humorado que teria uma caixa de memória para segurar o meu trabalho. Mas a caixa da memória que eu vou trazer para fazer esta máscara funcionar será uma outra; porque eu não sei como irá me tocar esta voz que, em um dia só, eu gravei. Será, sempre, uma incógnita. Para mim e para o público. bECkETT nOs qUATRO, ApEnAs UmA VEz E mEIA (...) Teatralmente, o Beckett, curiosamente o mais radical e difícil (no sentido comum do termo), plenamente resolvido, graças ao iluminado trabalho de leitura (som) e expressões faciais (imagem) de um magnífico ator, Ítalo Rossi, em um desempenho (por isso nunca uma representação) rigorosamente não realista e psicológica (como a estruturação do texto exige), memorável e antologicamente moderno, é o de Aquela Vez. Sombras terríveis dominam o espaço cênico, um jato de luz trabalha sobre a face do ator que, em off, cinematograficamente, como um lento e belíssimo traveling para dentro de si mesmo, brancamente lê a perfeita articulação de palavras produzidas serialmente por Beckett, uma leitura imediatamente sem emoção mas que, por sua profundidade e por sua inegável personalidade, por mais paradoxal que possa parecer, é intensamente emocionante (...). (Marcos Ribas de Faria, A Tribuna da Imprensa, Rio de Janeiro, 13/08/1985) A sOlIDãO hUmAnA sEm ACEssÓRIOs (nem o prazer da lógica formal) (...) Mergulhado na mais absoluta escuridão, o rosto-máscara de Ítalo Rossi, mudo, domina a cena na quarta peça Aquela Vez. A voz, off, como ondas que se sucedem, dá um peso e uma dimensão surpreendentes a cada oração, fazendo da repetição um recurso estilístico. Estampados neste rosto, o desespero e o horror da condição humana. Daí sai uma enorme carga de teatralidade extraída da movimentação milimétrica da calça, que inclui, apenas, o apoio de mãos crispadas — naquele que é, sem dúvida , o mais belo momento do espetáculo. (...) (Flávio Marinho, O Globo, Rio de Janeiro, 8/8/1985) FIm DE pARTIDA bElA mEDITAçãO sObRE A sOlIDãO DO hOmEm (...) Ítalo Rossi, Sérgio Britto e Rubens Corrêa mergulham fundo na solidão do homem e criam um clima religioso em que todos, intérpretes e espectadores, senhores e escravos — ambos impotentes — tomam consciência de que o tempo é um sonho. (João Cândido Galvão, Revista Veja, São Paulo, 21/8/1985) EnCOnTRO COm FERnAnDO pEssOA (1986) Eu e Walmor sentamos um dia, falamos de vários assuntos, inclusive de se montar um espetáculo juntos. Marcamos outro encontro e combinamos que cada um levaria um livro de Fernando Pessoa. Nos encontramos, escolhemos o que gostaríamos de dizer. Resultou num texto enorme de 43 páginas. Walmor selecionou. Aí criamos um diálogo dos personagens de Fernando Pessoa. Foi a mágica encontrada. Vejo Fernando Pessoa ligado ao teatro. Cada poema é uma cena teatral, parece um monólogo de Shakespeare. COnVERsA EnTRE hETERônImOs EnCOnTRO COm pEssOA (...) pondo para dialogar as diferentes personalidades do poeta e confrontando modos diversos de se fazer poesia, que estes dois consagrados atores – Ítalo Rossi e Walmor Chagas – tecem um recital excelente, onde a música sublinha a sonoridade dos versos, imprime novo ritmo à fala, atinge fortes momentos de emoção. Tudo é muito simples, econômico, essencial. São poucos elementos cênicos, um ou outro efeito de luz. E graças à direção, que soube fazer uma ótima seleção de textos, o espetáculo ganha facilmente a plateia e ressalta a todo tempo a teatralidade dos versos do poeta. São 55 minutos onde Walmor e Ítalo revezam momentos de maestria, com pleno domínio de palco, ao longo de 23 poemas. Um espetáculo que equilibra afinadamente teatro e poesia, feito para o espectador mais exigente. (Marília Martins, Revista IstoÉ, 29/01/1986) DUElO DE GIGAnTEs nO pAlCO (...) São dois atores decisivos trabalhando com o melhor de sua arte. (...) Ítalo Rossi tem densidade trágica absoluta, aquela que sugere a um só tempo o desespero e a chance corrosiva do cômico. No espetáculo, esta percepção trágica da existência está associada com rara felicidade ao Fernando Pessoa racional, elegante, ferino, na abertura. A imagem se transforma, se apaga, com uma intensidade patética, no Fernando bêbado, desesperado, de gravata afrouxada e mergulhado no desleixo existencial. (...) (Tânia Brandão, Jornal O Globo, Rio de Janeiro, 29/06/1988) Um EnCOnTRO Em EsTADO DE GRAçA sER ATOR é pRECIsO Cinco meses no Rio de Janeiro desse memorável Encontro de Ítalo Rossi e Walmor Chagas com Fernando Pessoa serviram para comprovar o quanto a noção de interpretação é superior à de declamação quando se pensa em apresentar poesia a um público, bem como para demonstrar que o que é bom – ao contrário do que afirmam os apologistas dos atrativos da pornochanchada – atrai plateias. É bem verdade que o nível desse espetáculo, seja pelo autor, seja por seus dois impecáveis intérpretes, é excepcional, não sendo poucos os que o viram três, quatro ou mesmo cinco vezes – e de todas elas saindo envolvidos pela espécie de estado de graça em que Ítalo e Walmor interpretam os 23 poemas que formam o caminho que eles trilham. (...) (Bárbara Heliodora, Revista Visão, 16/07/1986) Encontro dE dEscartEs E Pascal (1987) PEnsE: o Palco ExistE (...) Ítalo Rossi dá vida a um Descartes devotado ao prazer de pensar e ao prazer do corpo. Não há nada que não seja atenção ao pensamento. Um mínimo de gestos, um máximo de intensidade facial, uma alquimia diabólica de sensações são as ofertas do ator. (...) No Brasil a montagem é um marco na temporada. Está afirmando o teatro de ideias, de inquietação intelectual. (...) (Tânia Brandão, Jornal Última Hora, Rio de Janeiro, 18/05/1987) Um soPro dE criatividadE (...) Como Descartes Ítalo Rossi reafirma sua posição de nosso ator número um, em fase iluminada, com uma interpretação de um requinte e de uma lucidez exemplares. (...) (Marcos Ribas de Faria, Tribuna da Imprensa, Rio de Janeiro, 23/05/1987 Um BrilhantE dUElo (...) O desempenho de Ítalo Rossi valeu-lhe um Molière na temporada carioca de Encontro de Descartes com Pascal. Merecidamente. Seu Descartes é um momento luminoso numa carreira excepcional. A composição embasada em usos preciosos de voz e corpo, traça o perfil de um homem arrogante, altaneiro, mas capaz de confessar os próprios equívocos com desarmante sinceridade. A atuação de Ítalo Rossi, impulsionada pela intensidade com que se entrega ao jogo cênico, magnetiza o espectador. Vê-lo em cena é testemunhar o trabalho de um dos primeiros atores do teatro brasileiro. (Alberto Guzik, Jornal da Tarde, São Paulo, 15/04/1988) Milagre teatral – o espetáculo dirigido por Jean Pierre Miquel (que o criou em Paris) é uma jóia: a tradução de Edla van Steen é aquela coisa hoje infelizmente rara no teatro. O Encontro de Descartes com Pascal é, sem dúvida, o que o teatro sempre deveria ser: uma ocasião na qual, por meio de extraordinária provocação imaginativa, somos levados a ter imenso prazer em, pensar, em refletir sobre comportamentos humanos.  (Bárbara Heliodora – Revista Visão, abril, 1988) Um & oUtro (1990) Texto do diretor do espetáculo, Miguel Falabella, publicado no programa antígona (1992) Não tenho ilusão de que o teatro não seja elitizado. Infelizmente. E isso é consequência do país em que vivemos. É absurdo dizer que é possível fazer teatro popular. Os atores precisam estar contentes no palco. Ninguém topa qualquer aventura hoje em dia. Quando as 19 pessoas de Antígona embarcaram rumo à estreia em Curitiba, senti a responsabilidade da produção. É um bloco pesado economicamente. Conselho de amigo: quem quiser ganhar dinheiro, não deve fazer teatro. Um ator lEndário qUE gosta dE ExPErimEntar sEmPrE Quando Moacyr Góes convidou Ítalo Rossi para fazer o Creonte da Antígona que estava planejando, com Marieta Severo no papel-título, o mais estranho não foi fazer Sófocles mas, antes, não o ter feito antes, já que Ítalo é uma das figuras básicas do lendário Grande Teatro da antiga TV Tupi, no qual foram apresentadas quase 400 peças de todas as épocas e estilos. Já que os gregos acreditavam em predestinação, é possível que desde sempre Sófocles estivesse sendo reservado para o palco (...) Ítalo ao longo de sua carreira ganhou o Prêmio Governador do Estado (SP), o da ABCT, o Padre Ventura do CICT, o Sacy, o Molière e até quadros ganhou quando os Artistas Plásticos escolhiam seus melhores do ano no teatro. Ítalo gosta de experimentar novos rumos e agora, a ideia de trabalhar com um diretor jovem (...) foi irresistível. O espetáculo foi um grande sucesso em todas as capitais visitadas (...) (Bárbara Heliodora, O Globo, 6/01/1992) Ator é uma matéria bruta a ser trabalhada. Não vejo limites para minha profissão. O ator deve ter muito de loucura, um pouco de lucidez e deve transbordar de neurose. comUnicação a Uma acadEmia (1993) A fala como essência dramática (...) Mas a presença de Ítalo Rossi é decisiva para fazer com que Comunicação a uma Academia rompa com os limites restritivos de uma adaptação de obra não teatral e do formato do monólogo. A maturidade técnica desse ator permite que alcance ampla apreensão de um universo dramático e o projeta cenicamente com força interpretativa e plena de autoridade. A ilusão do animal é sugerida através de pequenos e definitivos detalhes, como uma leve dificuldade de movimentos ou como a mão semifechada. É o suficiente para criar a condição de animal, já que Ítalo constrói sua atuação sobre a minúcia da palavra. Cada fala se reveste de um tom que acompanha a evolução narrativa. A desesperança, o horror se alternam como a ironia, e Ítalo percorre todos esses sentimentos como se os dissecasse. Sua interpretação traz, ao mesmo tempo, o rigor de uma explanação intelectual e a interiorização de um olhar cético. Ítalo Rossi assume a cena com tal autoridade e consciência do metier que provoca verdadeira emoção teatral. Em Comunicação a uma Academia sua interpretação reconcilia a platéia com o teatro, já que o ator demonstra que estar em um palco é bem mais do que o desejo de ocupar um espaço de exposição: é utilizá-lo como veículo de revelações. (...) (Macksen Luiz, Jornal do Brasil, RJ, 24/07/1992) Uma saída Para o dEsEsPEro (...) Quanto a Ítalo Rossi, sua atuação supera todas as expectativas. Para começar, Ítalo elimina toda e qualquer possibilidade de enveredar por uma linha caricatural. O macaco existe apenas em sutis movimentos de mãos, discreta inclinação de cabeça ou um jeito de olhar característico do momentâneo alheamento de um animal. No mais, é um ser humano que se vale de uma fina ironia para minimizar o próprio desespero, diante do evidente malogro de sua metamorfose. Valorizando a o máximo cada palavra, gesto ou movimento corporal. Ítalo Rossi domina completamente o personagem e a cena, mantendo a plateia magnetizada ao longo dos 50 minutos de duração do espetáculo. (...) (Lionel Fischer, Tribuna da Imprensa, 29/7/199) Meu trabalho não nasce do nada, nasce da leitura da peça. Gosto de diretores objetivos, que não façam grandes elucubrações. O importante e ir direto ao verbo, sujeito e predicado o doEntE imaginário (1996) molière em Festim teatral (...) Ítalo Rossi é um Argon com a segurança de um ator em total domínio de seus instrumentos de interpretação. O ator passeia pelo personagem com inteligente sabor crítico. (...) (Macksen Luiz, Jornal do Brasil, 16/09/1996) No teatro me divirto e afogo as mágoas. O palco não tem mistérios. É revigorante. Mesmo as coisas ruins que aconteceram comigo tiveram seu peso suavizado no palco. É onde respiro melhor. gata Em tEto dE Zinco qUEntE (1997) Não, não me acho mesmo um monstro sagrado! Essas coisas bombásticas são uma brincadeira. Sir Laurence, primeira dama do teatro... Isso não faz a minha cabeça. Acho uma dádiva fazer o que gosto. Títulos e adjetivos são dispensáveis. Meu maior prêmio e poder estar no palco, trabalhando com paixão. E a ternura é a minha retribuição. clássico rEvivido nUma EncEnação BEm cUidada ítalo rossi E ivonE hoFFmann têm atUaçõEs mEmorávEis (...) Ítalo Rossi, o Papai, cria um tirano abusado a quem a mulher servil enfara, sem paciência para com o filho mais velho puxa-saco, e menos irritado com o comportamento de Brick do que com sua dificuldade em compreender as razões do mesmo. É uma atuação memorável, que se destaca numa montagem de muito boa qualidade. (Bárbara Heliodora, O Globo 12/01/1998) alta sociEdadE (2001) DIREÇÃO O meu lado de diretor surgiu quase ao mesmo tempo que o ator, quando este saía dos limites do teatro amador para o profi ssional, em São Paulo. Depois só voltei a dirigir em 1973, um grupo amador, seguindo-se adaptações literárias para a televisão e algumas peças. No meu método de direção está presente sempre o ator. Embora eu me reconheça detalhista, papaizão mesmo, dou liberdade de criação aos atores. Encaminho, acompanho, mas, num determinado momento solto. Fico só verifi cando, atento, para quando for preciso. momEntos (1987) Crônica da Simplicidade Ítalo Rossi, como roteirista e diretor de Momentos, demonstra ter compreendido o apelo da simplicidade, a tal ponto que escolheu, não um texto dramaturgicamente defi nido, mas o efêmero da crônica. Nessa área literária, quase de circunstância, Ítalo Rossi, apreendeu o sentido dramático de acontecimentos sutis, re-elaborando-os por meio do temperamento de uma atriz nervosa, intensa e emocional. (Macksen Luiz, Jornal do Brasil, 10/04/1987) artigo dE lUxo (1988) isso é tUdo (1990) isso é tUdo (1990) os PraZErEs da aUstEridadE (...) A direção de Ítalo Rossi é de extraordinário rigor, mas quase sempre encontra os momentos certos para estimular a imaginação do ator e levá-los às variações que Pinter pede. O resultado é excepcionalmente equilibrado, e, menos do que salientar esta ou aquela atuação, o importante é reconhecer que o diretor conseguiu um surpreendente equilíbrio entre os quatro elementos do elenco: Jacqueline Laurence, Helio Ary, Telma Reston e Mário Borges compõem a pitoresca galeria pinteriana abrindo mão de todo histrionismo fácil, reduzindo ao mínimo os recursos exteriores e, por esse difícil caminho, emprestando grande valor teatral a toda a ação ou emoção que parece arrancada a comportamentos muito contidos. As sutilezas de Pinter ganham com isso, e, é bom ver seu humor aflorar nessa interpretação séria seca. Sem dúvida, Pinter nunca foi tão bem servido entre nós. (Bárbara Heliodora, O Globo, 5/12/1990) isto é tUdo (...) Ítalo Rossi dirigiu Isso é Tudo como se o texto fosse uma partitura musical, valorizando ao máximo tanto a melodia quanto as pausas. Tudo que é dito mereceu, por parte do encenador, uma atenção equivalente àquilo que os personagens não sabem, não podem ou não querem dizer. Além disso, Ítalo conseguiu que seus atores sustentassem as emoções a tal ponto que, em alguns momentos, mais do que um personagem angustiado, temos a impressão de que a própria angústia se materializou em cena. Um trabalho admirável, que encontrou intérpretes perfeitos. (...) (Lionel Fischer, Ultima Hora, Rio de Janeiro, 10/12/1990) Um dia mUito loUco (1991) Encontros com claricE (1991) ato variado (1994) vita & virgínia Intérpretes Valorizadas (...) Na versão dirigida por Ítalo Rossi há uma indiscutível valorização das interpretes em detrimento de qualquer invenção cênica. O diretor tem uma visão sóbria, quase ascética do texto, a ponto de trazer, unicamente, para o centro do palco a voz das atrizes e as palavras das escritoras Vita Sackville-West e Virginia Woolf. A boa tradução de Bárbara Heliodora recria, em português, a qualidade da escrita de ambas – em especial de Virginia Woolf – que, a direção amplia ainda mais ao se apropriar das palavras como um elemento central da montagem. Vita & Virginia é uma peça para ser ouvida, já que é através da fala que se penetra no universo dessas mulheres. A encenação é audível, exatamente, por seu extremo despojamento. (...) (Macksen Luiz, Jornal do Brasil, 19/12/1995) vita & virgínia tEm haBilidadE E dElicadEZa A direção de Ítalo Rossi é delicada e consegue, com mérito, solucionar a pouca ação e a passagem dos anos. Ele centra baterias na clara definição das personagens e do papel de cada uma... (...) (Débora Ghivelder, Revista Veja Rio, 20/12/1995) a lUZ da lUa Eu acredito na inteligência do público e por isso monto Pinter. Ao ver a memória de um personagem sendo revelada, o espectador pode revelar sua própria memória. Um PintEr Em vErsão simPlEs E imPlacávEl (...) Ítalo Rossi dirige com implacável simplicidade a ação, ressaltando a riqueza do texto de Pinter. (...) (Bárbara Heliodora, O Globo, Rio de Janeiro, 6/07/1995) dElicadas EmoçõEs (...) Mesmo parecendo um texto árido, A Luz da Lua tem a dimensão de uma peça poética, em que emerge a profunda delicadeza (ainda que haja até uma virulência verbal no tratamento dos sentimentos) de um universo de pequenas sensibilidades. O diretor Ítalo Rossi teceu com extremo cuidado esta teia do autor, numa montagem que não concede a qualquer forma de facilitar a sua compreensão. (...) O diretor disseca cada um dos personagens, através de uma exposição fria daquilo que dizem. Não há procura de uma emoção que revele, mas de uma emoção que surja sob as aparências. (...) (Macksen Luiz, Jornal do Brasil, 11/06/1995) dUas vEZEs PintEr (2005) a discrEta PrEsEnça do dirEtor Sutil, Ítalo Rossi busca a cena limpa, sem artifícios e centrada nos atores em Duas Vezes Pinter (...) Duas Vezes Pinter reúne duas peças curtas, Cinzas a cinzas e Uma espécie de Alaska, do autor inglês. Embora haja uma distância de quase duas décadas entre ambas, elas se ligam por sutil jogo de reconstituição do tempo, perdido ou suspenso, em que a vida se refaz por lembranças de terríveis acontecimentos. (...) Ítalo Rossi demonstra nesses pequenos textos sobre silêncios aterrorizantes a sua completa aderência a um universo de fluidos contornos cênicos. A sua direção encontra a sonoridade sutil para tantas pausas e interioridades, buscando uma cena limpa, despojada de qualquer artifício e centrada nos atores. O que sobressai na direção de Ítalo Rossi é a sua discreta presença na montagem, como se desaparecesse qualquer marca pessoal em favor do tratamento depurado do material dramatúrgico. (...) (Macksen Luiz, Jornal do Brasil, 18/06/2005) dUas vEZEs PintEr (...) Com relação à montagem, Ítalo Rossi impõe à cena uma dinâmica que tem na austeridade sua tônica. Apostando todas as suas fichas na força dos textos e na capacidade do elenco de interpretá-los, o diretor evita todo e qualquer efeito passível de distrair o espectador, sabedor que a dramaturgia de Pinter, para ser devidamente saboreada, não comporta maiores firulas formais. Um acerto, portanto, a opção adotada por um de nossos mais queridos e respeitados profissionais. (...) (Lionel Fischer, Tribuna da Imprensa, junho/2005) ElEgância com PrEcisão dE rElojoEiro (...) A elegância do cenário, econômico, com o mínimo necessário para abrigar a ação encontra eco na elegância da direção de Ítalo Rossi. Ele parece ter entendido que Pinter é universal e precisa apenas do respeito por sua dramaturgia para ser admirado. Para sorte de todos nós, entendeu muitíssimo bem. (Jefferson Lessa, O Globo, 06/06/2005) O Teatro para mim é como andar de bicicleta. Se parar, eu caio. Como ator ou diretor, preciso respirar teatro. Cinema Gosto de atuar no teatro, na TV e no cinema. O que importa é que através de mim esteja em cena um personagem pronto para encantar e divertir o público. Society em BaBy-Doll (Filme, 1965) Ítalo Rossi e ao fundo Yoná Magalhães e Nathália Timberg em uma cena do filme Society em BaBy-Doll a Derrota (Filme, 1967) ParaíBa, ViDa e morte De um BanDiDo noite Sem Homem (Filme, 1975) DoiDa DemaiS (1989) um BraVo guerreiro (Filme, 1979) a granDe noitaDa (Filme, 1997) TeLeViSÃO Comecei a trabalhar na televisão como amador no programa TV de Vanguarda, dirigido por Cassiano Gabus Mendes na TV Paulista. Minha primeira experiência em televisão foi com a peça que eu já tinha feito no teatro amador, A Corda (The Rope). Quando fiz A Casa de Chá do Luar de Agosto, como ator profissional, contratado do TBC, já fazíamos teleteatro às segundas feiras no Rio de Janeiro. O Grande Teatro Tupi foi uma coisa seriíssima, belíssima... Através dele, fizemos uma companhia da qual eu tenho o maior orgulho de ter participado como sócio e como um dos fundadores que foi o Teatro dos Sete. O teleteatro foi um embrião para a formação do público, do nosso público. Quem nos assistiu no primeiro ano aceitou fazer assinatura para assistir aos quatro primeiros espetáculos do Teatro dos Sete. Era esse público que não dormia, porque nós entrávamos as nove, dez, até onze e íamos até duas ou três da madrugada na televisão ao vivo. Eram adaptações de textos imensos e maravilhosos... Foram seis anos de TV Tupi no Rio de Janeiro, depois dois anos na TV Rio e na TV Globo apenas 4 meses em 1965, quando tudo acabou. O período de trabalho mais denso foi na TV Tupi. No Grande Teatro havia de tudo. Havia o drama, a tragédia, o melodrama, o vaudeville, comédias, adaptações feitas por Manoel Carlos, Walter George Durst, Flávio Rangel... era uma equipe muito grande. A gente trabalhava com tal intensidade, tal era o calor humano que nos unia, que cumpríamos esse compromisso com prazer. Adoro dormir, mas não tínhamos folga, ensaiávamos o teleteatro da segunda seguinte depois de apresentar o espetáculo em São Paulo, até duas da manhã. Às duas horas da tarde do dia seguinte, estávamos no palco do TBC para ensaiar o próximo espetáculo da temporada. No domingo à noite, depois da apresentação do espetáculo que estava em cartaz, viajávamos no Faço televisão desde a época em que não existia vídeo tape. Era tudo ao vivo. Quando havia erro, nós tínhamos que improvisar e seguir em frente. corujão, um vôo que saia de São Paulo às onze e chegava no Rio meia noite e meia. Era um pouco mais demorado porque o avião não era tão moderno. Eu dormia na casa do Sérgio Britto, e cada um ia para um lugar. Às oito horas da manhã, estávamos no estúdio da TV Tupi para o primeiro ensaio com os atores que tinham pequenos papéis que podiam ser resolvidos nesse ensaio. O ensaio geral, fazíamos um só para nós; o outro era o de câmera, sabíamos tudo: close, primeiro plano, plano geral...Eram três câmeras sempre, não tinha mais do que isso. Você já sabendo o seu papel, é claro, e montava-se o cenário à tarde. Quando terminava já estava na hora de começar a representar: entrava no ar e seja o que Deus quiser! (...) O Grande Teatro foi um grande acontecimento cultural porque os textos eram de primeira categoria. Fizemos aproximadamente 445 teleteatros. Enfim, éramos felizes e sabíamos! granDe teatro tuPi Do rio De Janeiro (1956 a 1963) TeLeViSÃO (nOVeLaS e eSpeCiaiS) Os personagens são minhas fantasias, minhas crianças e meus demônios. Cada trabalho será sempre uma coisa nova, porque o dia em que eu não encontrar mais isso ou já acabei como ator, ou estou morto. Pouco amor não é naDa (tV rio, 1963) PaDre tião (noVela, tV gloBo, 1966) um goSto amargo De FeSta (noVela DirigiDa Por ítalo roSSi em 1969 na tV tuPi Do rio) Estamos fazendo tudo como se faz em teatro. Pessoalmente sou contrário, absolutamente contrário à improvisação. Nem um gênio é capaz de pegar o script à noite para representá-lo no dia seguinte. Acontece que isto é feito habitualmente e os resultados são lamentáveis. O meu grupo começou com o chamado ensaio de mesa, no qual se discute, inclusive, a reação e comportamento dos diversos personagens e esses ensaios duraram um mês inteiro. Quando os atores começaram a ensaiar Um Gosto Amargo de Festa já conheciam todo o desenrolar da história, ela já estava toda pronta. Isto possibilita ao ator dar um tom justo à sua interpretação, o que não é possível quando se trata de novelas nas quais os capítulos são acrescentados de um em um. A novela que estou dirigindo pretende, entre outras coisas, mostrar, deixar estabelecido que o diálogo ainda é possível entre as criaturas. Este parece ser o grande problema do mundo moderno: a necessidade e ao mesmo tempo a dificuldade que os homens encontram em dialogar. Estou amparado por um elenco da melhor qualidade, sem os vícios da televisão e com experiência de teatro: Renata Sorrah, Rosita Thomas Lopes, Pepita Rodrigues, João Paulo Adour, Leila Santos, Riva Blanche e Ana Maria Carvalho. Além do mais o texto é excelente, forte, com grande impacto dramático. DiBuK, o Demônio (caSo eSPecial, tV gloBo, 1972) Recorte Revista CARTAZ, 1972 Jerônimo, o Herói Do Sertão (noVela, tV tuPi, 1972/1973) Coronel Saturnino é um personagem violento, um latifundiário obcecado pelo poder. Mas muito dessa violência é resultado do enorme poder que ele tem. Todo homem que descobre ser dono de poder passa a ser uma vítima do medo de perder esse mesmo poder. BraVo! (noVela Da tV gloBo, 1975/1976) Sou uma pessoa inquieta, talvez porque observo muito o cotidiano e vejo que ele é triste. Seria falso constatar que o mundo é alegre. Mas, acredito no amor, sem ele nada vale a pena. Tenho como lema amar, mesmo que seja só hoje. VeJo a lua no céu (1976) Sobre o Jacinto de Vejo a Lua no Céu, o que posso dizer é que é fascinante, um papel como nunca interpretei. Ele é um adorável e simpático mau-caráter, que vive de golpes e trambiques. Mas, como tem fama de bonzinho, nunca se descobre o que faz de errado. É o tipo de cara que costuma dizer: Tenho talento, não nasci para trabalhar! ARTUR DA TÁVOLA Para Ítalo Rossi Prezado Ítalo Rossi: Acompanho seu trabalho, sem o prazer de havê-lo conhecido pessoalmente, há cerca de 50 anos. Principalmente no teatro e nas fases de vaca magra (imagino), na televisão. Ninguém sabe como é difícil a sobrevivência financeira de um ator no Brasil, sobretudo se qualificado. Posso, portanto, afirmar com alguma experiência no ramo: você é um grande ator. Não é um bom ator, com serviços prestados etc. Não! Você é um grande ator, desconhecido pelas novas gerações, pois hoje apenas novidades, entretenimento e o que chamam celebridades (uma categoria nova e superficial), interessam à imprensa e à própria televisão. Fosse na Inglaterra e seria Sir Ítalo Rossi pela qualidade e quantidade de obra. Você é um ator desse nível. E como não temos o título honroso de Sir eu o nomeio Cavaleiro da Távola Redonda, título de valor subjetivo, eu sei. Mas justo. Na recém acabada e exitosa novela Senhora do Destino você deu uma aula de interpretação interiorizada, no papel do mordomo Albert, que só os grandes sabem fazer. Por isso homenageio em você (de quem nenhum órgão de imprensa vai se lembrar) a boa qualidade do elenco da novela, capaz até de atenuar o capítulo final mais ridículo da história das telenovelas brasileiras. Ainda bem que o justo sucesso da mesma foi forte o suficiente para apagar essa tragédia final. Você, Ítalo, é um ator de representação. Esta é uma peculiaridade dos bons atores do teatro. Os seguidores dessa escola não buscam a naturalidade, mas a representação simbólica de uma figura psicológica, irrepreensível no modo de colocar a voz, de se mover em cena e de transmitir em plenitude o que significa a subjetividade do personagem apenas com a energia interior e uma notável contenção exterior, que, aliás, a figura do mordomo de famílias de elite, aprendeu a manter, por anos de treino, humilhações e repressões várias... Em humor, dramas ou tragédias de Shakespeare a Pinter, de Sartre a Nelson Rodrigues ou Jorge Andrade, de Molière a Guilherme Figueiredo, de Tchekov a Arthur Miller, de Millor Fernandes a Anouilh, onde seja, no Albert da telenovela ou no Vitor e As Crianças no Poder do teatro, você, Ítalo Rossi, sempre foi e é um grande ator. Por isso simbolizo a qualidade do elenco vitorioso em sua introvertida e sempre modesta contribuição à arte cênica. Um grande ator. Esta é uma frase para muito poucos.  (Publicado no jornal O DIA, em 16 de março de 2005) As minisséries atingem o objetivo da televisão, que é fazer com que os atores rendam sempre mais, sem a perda da emoção. O ator, neste caso, trabalha com um personagem completo, em 25 capítulos, tendo três meses para gravar. E, por não ter o ritmo alucinante das gravações diárias, de novelas, dá para se trabalhar de uma forma largamente emocional e emocionante. O trabalho na série da mais liberdade, porque a gente tem um descanso, um tempo, um espaço para respirar e continuar. toma lá Dá cá (SeriaDo, tV gloBo, 2008) O Miguel Falabella (autor e ator do programa Toma lá dá Cá) me dizia: Estou escrevendo um personagem para você. Se você não fizer, não vai ter personagem. Tive um grande apoio, porque o programa já estava no ar, e só se falava neste Seu Ladir. Agora, tem sorvete mara, sanduíche mara, ponto de encontro mara – deu uma enlouquecida nesse sentido. Ladir... é maaaara!!! a imPortância De Ser ítalo Estava em plenos anos 1950, nossos golden years. E meus velhos, que amavam o teatro, levaram-me, pequeno, para ver um espetáculo chamado A Casa do Chá do Luar de Agosto. A cortina abriu e, de repente, um jovem ator brasileiro, fazendo papel de japonês, começou a me fazer ver que aquilo que estava presenciando era algo especial. Mesmo para os meus olhos de final de infância e início de pré-adolescência. Seu nome era Ítalo Rossi. As consagradoras palmas no final, na verdade uma ovação, foram somente a confirmação, para mim, de que a sensação que tive, estava certa. Apesar da minha inexperiência. Depois veio o filme baseado na peça de John Patrick (era esse o nome do autor americano), que havia sido um grande sucesso na Broadway. No mesmo papel de Ítalo, estava Marlon Brando, já firmado com um Oscar, por Sindicato de Ladrões e consagrado internacionalmente por sua atuação no (triste título brasileiro), Uma Rua Chamada Pecado, de Kazan e uma das estrelas maiores dos palcos da Broadway e das câmeras de Hollywood. A comparação veio imediata e era motivo de conversas entre todos que gostavam de teatro e cinema. Não dava nem para a saída. Ítalo era esmagadoramente melhor. Por isso, digo que ele foi um (com Fernanda Montenegro de peruquinha vermelha fazendo Nossa Vida com Papai) dos que me fizeram amar o teatro, a aprender, ainda pequeno, que aquela arte era muito única e preciosa. Por meio dele, cheguei a Ibsen, Tchekov, Pirandello, Arthur de Azevedo, Molière, Martins Penna e tantos outros. Ele me abriu a porta de um espaço maravilhoso pelo qual me apaixonei. Minha dívida para com Ítalo não dá para ser medida e expressa em palavras. E não só a minha. A da nossa cena, também. Sem ele, tudo teria sido muito mais pobre e o matriarcado que marca a evolução teatral brasileira, seria (e teria sido) ainda mais absoluto. Ítalo é o teatro brasileiro. Um ícone incomparável de como ser um grandíssimo ator sem precisar de firulas, sem precisar mostrar que é bom e que é dono de técnica apurada. Ele simplesmente é. A sua simples presença no palco, às vezes com um somente um leve arquear de ombros (como na Gata de Teto em Zinco Quente), transcende a tudo isso. A poesia domina o palco com total simplicidade. O que é muito difícil. O mais difícil. Coisa só de gênio, o que ele é. Acompanhei desde aqueles meados dos anos 1950, sua carreira. Vi-o brilhar em espetáculos inesquecíveis como O Mambembe, de Arthur de Azevedo e J. Piza, inaugurando o seu Teatro dos Sete (junto, entre outros, com Fernanda e Sérgio Britto, outro que com o seu Grande Teatro, na antiga Tupi, fez-me ver a magia de tudo aquilo) e comemorando os 50 anos do Teatro Municipal, ou no Festival de Comédias, a partir de Cervantes, Molière e Martins Penna, dois primorosos e históricos exercícios dirigidos por Gianni Ratto. Vi-o (e premiei-o) em desempenhos antológicos como em Quatro Vezes Becket, Encontro com Fernando Pessoa e Encontro de Descartes e Pascal, três Molières seguidos que foram deles nos anos 1980. Mais ainda, tive (ainda tenho e ainda terei) o raro privilégio de trabalhar com ele, tanto como ator (no citado Gata em Teto de Zinco Quente, onde levou o Mambembe de melhor ator em 1998, de quebra com tradução minha, e no derradeiro texto de Mauro Rasi, Alta Sociedade, privilégio duplo porque com ele estava Fernanda, o duo que me fez amar o teatro), quanto como diretor (eu como desenhista musical), no belo Duas Vezes Pinter e no rendilhadado e camerístico Encontro com Clarice, em sua parceria com sua grande amiga Ester Jablonski. Posso querer mais? Pode alguém querer mais? Não. Eu e o teatro brasileiro o agradecemos, meu amigo Ítalo. Você é o importante. Nós, seus súditos fiéis e confessos. A sua genialidade pede isso. E é o mínimo que lhe podemos dar. Marcos Ribas de Faria Jornalista, tradutor e critico teatral ítalo roSSi Pela vida afora, carregamos algumas palavras que achamos saber o que significam, mas que, na verdade, estão à espera de sua mais completa tradução. Muitas vezes somos capazes de falar profundamente sobre elas, na esperança de que talvez a fala faça-nos crer em sua realidade. Com certeza a fala tem este poder. É uma fala de espera. Uma dessas palavras, que mais gosto, que me faz pensar e, sobretudo, para mim, é o grande fascínio do teatro, é ATOR. Sempre falei muito nela, escrevi coisas a seu respeito, li dezenas de livros que tentavam decifrá-la e, principalmente, investi grande parte do meu esforço na sua construção junto aos atores que trabalham comigo há algum tempo. Mas para minha grande felicidade tive a rara oportunidade, no ano passado, de encontrá-la na figura de gente: Ítalo Rossi. Com certeza temos atores e atrizes brilhantes, de todas as idades, e que talvez constituam nossa grande possibilidade de criatividade, subversão e desenvolvimento do teatro. São os atores, o campo de batalha onde as grandes lutas da encenação contemporânea acontecem. Falo em Ítalo Rossi porque vejo que nele as coisas são um pouco diferentes. Ítalo chegou a um momento em que não é mais alguém que tem como ofício ser ator. Ele é um ator que tem como pesado fardo ser alguém. Em Ítalo a palavra não o nomeia, ao contrário, ele é quem lhe dá sentido. Quando pisa no palco, ou até em qualquer lugar, Ítalo Rossi é um ator muito peculiar. Despregando-se da vida cotidiana, não dando muita atenção ao que chamamos de realidade, ele tem a extraordinária capacidade de nos revelar o sentido de verdade. Coisa que com certeza só a arte dá alguma dimensão de existência. Se, como dizia Artaud, é preciso olhar os girassóis de Van Gogh para saber dos girassóis nos campos, é preciso ver Ítalo Rossi no teatro para saber quem somos na vida. Nunca me satisfizeram as razões que criamos para explicar porque os atores, ou os grandes atores, querem sempre os melhores papeis, as personagens mais conflituadas e ricas em experiências, os grandes textos, a grande palavra. Justificativas como ego muito grande, exercício profissional mais arriscado, orgulho ou vaidade. Acho até que isso existe também, mas o que o ator Ítalo Rossi me revelou é que é uma questão de existência. Muitas vezes de salvação. Para alguém que já se despregou é fundamental criar uma referência interessante, uma persona, e aí a vida torna-se possível. O que fica claro com ele é o movimento percorrido pelo ator: perder-se da vida para tocar nela. Alguém deveria escrever sobre o processo de criação de Ítalo Rossi: instaurar a verdade no teatro na medida em que se apropria da palavra, da linguagem. Em sua construção ele faz o mesmo percurso da civilização, só que no seu caso o sentido de verdade não se perdeu em espetáculo. Sua busca é a constituição do corpo da palavra, sua materialidade, e a palavra do corpo, sua significância. Quando Roland Barthes fala de escritura ele precisa a importância do compromisso entre a liberdade e a lembrança e cunha uma expressão magistral: liberdade lembrante. Ítalo Rossi, impregnado por uma memória que já se constituiu teatral e tendo a coragem de ainda ousar, traz para si o que poderíamos dizer: Ítalo, o ator da liberdade lembrante. Moacyr Góes ítalo é SínteSe Fui amiga do Ítalo a vida inteira. Uma amiga tímida, uma amiga em eterno estado de gratidão. Recebi demais do Ítalo. Não consigo até hoje falar com ele sem me sentir comovida. –Telefona para mim amanhã. No outro dia, telefonei. Ítalo atendeu. – Vem pra cá. Tomei um táxi e fui. Ítalo havia selecionado as mais belas crônicas de Rubem Braga, Clarice Lispector, Rachel de Queiroz e Paulo Mendes Campos, e começamos a ensaiar imediatamente ali mesmo, em sua casa. – Camilla, você está dentro de um tubo, não pode se mover! Só quem conhece o Ítalo e suas súbitas inspirações compreende o que estou dizendo. Um tubo. Em segundos parei de tremer em fragilidades. O tal do tubo me segurava, limitava. E eu me sentia protegida para poder me transformar em Clarice Lispector mãe, diante do prato de comida do filho, na crônica Come, meu Filho! – Não quero o nome Camilla Amado no cartaz. O nome do espetáculo é Camilla – em Momentos. Camilla basta. Começamos os ensaios no teatro depois de um tempo na casa do Ítalo, com Pina, mãe do Ítalo sentada na poltrona da sala, com ópera, com café  capuccino e conversas na mesa da cozinha. Eu estava maravilhada com a possibilidade, com o espaço para me expressar a partir da minha íntima sensibilidade. A mente calada, em ação, decorando uma quantidade de palavras na ordem literária de Clarice, Rubem Braga, Rachel de Queiroz, Paulo Mendes Campos, numa tarefa que exigia disciplina, lucidez e tempo interior. Eu vinha há muito pelo avesso... Eu estava pelo avesso e Ítalo me revirou para o lado direito. Respirar só nos pontos. Ponto de interrogação, de exclamação, dois pontos, reticências, ponto final. São longos os parágrafos das crônicas até se encontrar um ponto. Eu via o Ítalo, cigarro contínuo na mão, respirando todas! Os versos longos de Fernando Pessoa, os parágrafos das crônicas que ensaiava, respirava lindo como se nunca tivesse fumado. Como Ziembinski, Ítalo conduzia meus gestos, segurava meus reflexos, liberando do psicológico meu espaço interior e da timidez o físico, para a criação, para que o desenho nítido do teatro aparecesse limpo. Põe as mãos juntas no lado esquerdo, caindo um pouco no quadril, Camilla! Isso! E segura! Não solta! Agora vai, as mãos presas, muito bom!. Alto, leve, brilhante! O olhar um metro acima da última fila do teatro! Respirar só nos pontos. E profundeza... O ator interpreta com o olhar, ouvi-o repetir dentro de mim. O ator vê as imagens do que diz e só isso vê, mais nada. Um diretor de ator. Um ator. Um diretor de teatro. Camilla Amado Ítalo querido, que Antígona seja mais uma glória para este ator maravilhoso que é você. Maravilhosos também teus companheiros Marieta e Moacyr Alegria maior para todos Sua Tônia Carrero Rio, 10 /01 / 1992 Ítalo querido, Nestes dois meses trabalhando contigo, aprendi o sentido da palavra generosidade e ganhei um amigo. Quero levar estas duas coisas o resto da minha vida. Beijos e beijos Emilio Out / 91 (Cartão enviado para Ítalo Rossi pelo ator Emílio de Mello) Ítalo meu caro, Suas palavras vieram fundas no seio do seu sentir e nos emocionaram neste dizer sobre a Larissa. Situações assim nos fazem calar e refulgem a alma a que possamos mais caminhar. Tentei expressar a ela sua fala — sobretudo de quem vem, de insígne e histórico ator — e, humildemente, ela se encantou. Obrigado, Ítalo. Como testemunho de benquerer, gostaria de lhe fazer o retrato, de presente, e entre os dois vídeos que aí vão, um deles é exatamente sobre a feitura de retratos, uma série feita em porto Alegre. Abraços afetuosos, Bracher Ouro Preto, 6 / 11 / 2001 Todos os momentos felizes que vivi no teatro, e até mesmo os fracassos, me ajudaram a ser o que sou. O teatro me dá emoção, prestígio, cultura, aplausos e até dinheiro, então eu preciso respeitá-lo, adorá-lo e gostar muito mais dele do que ele de mim. Ítalo Rossi, maio de 2010 ÍTALO ROSSI TEATRO AMADOR O CALCANHAR DE AQUILES (1951) Teatro do Comerciário do SESC/SP Estréia no Teatro Municipal de São Paulo dia 28/01/1951 Texto: Raimundo Magalhães Jr. Direção: Julio de Gouveia Cenário: Leo Rosetti Luz: Joaquim Pesce Elenco (por ordem de entrada): Leny de Carlo, Haydée Bettencourt, David Garófalo, Paulo Basco, Rubens Molino, Wanda Primo, Jorge Feldman, Lúcia Lambertini, Sonia Halsman, Alfredo Baroni, Roberto Zambelli, Leny De Carlo, Ítalo Balbo Rossi, Osíris de Oliveira, Raymundo Victor Duprat. Personagem de Ítalo Rossi: Calouro Grupo de Teatro Amador de São Paulo A CORDA (Festim Diabólico, 1951) Grupo de Teatro Amador de São Paulo Estréia no Pequeno Auditório do Teatro Cultura Artística, São Paulo, 28/05/1951 Texto: Patrick Hamilton Tradução: Evaristo Ribeiro e Geraldo Santos Direção: Evaristo Ribeiro Cenário: Haydée N. Bettencourt Elenco (por ordem de entrada): Clóvis Garcia, Raymundo Victor Duprat, Werner Piorkowsy, Rubens F Costa, Haydèe Bettencourt, Arnaldo Mindlin, Alcina Coulicof, Ítalo Rossi Personagem de Ítalo Rossi: Rupert Cadell PANTOMIMA TRÁGICA (1951) Grupo de Teatro Amador de São Paulo Estréia no Pequeno Auditório do Teatro Cultura Artística, São Paulo, dia 10/09/1951 Texto: Guilherme de Figueiredo Direção: Armando Couto Assistente de Direção: Evaristo Ribeiro Cenário: Clóvis Garcia Elenco (por ordem de entrada): Ítalo Rossi, Raymundo Victor Duprat e Eny Autran Ribeiro Personagem de Ítalo Rossi: Arlequim FÉRIAS DE VERÃO (1952) Grupo de Teatro Amador de São Paulo Estréia no Pequeno Auditório do Teatro Cultura Artística, São Paulo, 31/03/1952 Texto: André Birabeau Tradução: Evaristo Ribeiro Direção: Rubens Petrilli Aragão Cenários: Clóvis Garcia Elenco (por ordem de entrada): Edmundo Mogadouro, André Dês Chévres, Jorge Cunha Lima, Bernardo Blay Neto, Rosa Blay, Clovis Garcia, Lourdes Sampaio Góis, Eny Autran Ribeiro, Ítalo Rossi, Marcilia A. C. Brito, Adelina Cerqueira Leite, Rubens Petrelli Aragão. Personagem de Ítalo Rossi: Borge TEATRO PROFISSIONAL Companhia Brasileira de Comédia Armando Couto-Ludy Veloso ACONTECEU ÀS 5... E UM QUARTO (1952) Estréia profissional de Ítalo Rossi conforme a imprensa especializada na época. Companhia Brasileira de Comédia Armando Couto-Ludy Veloso Estréia no Pequeno Auditório do Teatro Cultura Artística, São Paulo, 06/06/1952 Texto: J. Saint-Ginez Tradução: R. Alvim e Mario Silva Direção: Armando Couto Cenário: Clóvis Garcia Elenco (por ordem de entrada): Armando Couto, Ludy Veloso, Ítalo Rossi, Eny Autran, Elisio Albuquerque Personagem de Ítalo Rossi: Felipe UM AMOR DE BRUXA (1952) Companhia Brasileira de Comédia Armando Couto-Ludy Veloso Estréia no Pequeno Auditório do Teatro Cultura Artística, São Paulo, 1952 Texto: John Van Drutten Tradução: Rubens Gomes de Souza e Werner Loewenberg Direção: Armando Couto Cenário: Clóvis Garcia Elenco (por ordem de entrada): Ludy Veloso, Armando Couto, Eny Autran, Ítalo Rossi, Elisio de Albuquerque. Personagem de Ítalo Rossi: Nick Teatro de Vanguarda de Ruggero Jacobbi Teatro Permanente das Segundas Feiras A DESCONHECIDA DE ARRAS (1953) Espetáculo de estréia do Teatro de Vanguarda de Ruggero Jacobbi Estréia dentro do Teatro Permanente das Segundas Feiras no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), São Paulo, dia 01/08/1953. Texto: Armand Salacrou Direção: Ruggero Jacobbi Elenco (por ordem de entrada em cena): Xandó Batista, Eny Autran, Ítalo Rossi, Wanda Hammel, Diná Mezzomo, Moná Delacy, Francisco Arisa, Felipe Wagner, Josef Guerreiro, Rubens Costa (mais tarde Rubens de Falco), Walmor Chagas, Lea Camargo, Alberto Maduar. Personagem de Ítalo Rossi: Nicolas CONFLITO SEM PAIXÃO (1953) Teatro de Vanguarda de Ruggero Jacobbi Teatro Permanente das Segundas Feiras Apresentado no Teatro Íntimo Nicete Bruno (TINB), São Paulo, 1953 Apresentado no Teatro Leopoldo Fróes, São Paulo em 23/05/1954 Texto: Ugo Betti Tradução e direção: Carla Civelli Elenco: Ítalo Rossi, Walmor Chagas, Dina Mezzomo, Beyla Genauer, Rubens de Falco, Honório Martinez e Loris Rangel Personagem de Ítalo Rossi: Tulio O PENSAMENTO (1953) Teatro de Vanguarda de Ruggero Jacobbi Teatro Permanente das Segundas Feiras Apresentado no Teatro Íntimo Nicete Bruno (TINB), São Paulo, 1953 Texto: Leonid Nikolaevitch Andreiev Direção: Carla Civelli Elenco: Ítalo Rossi, Walmor Chagas Personagem de Ítalo Rossi: Não identificado Companhia de Comédia Vera Nunes e Carlos Alberto PEDACINHO DE GENTE (1953) Companhia Teatral Vera Nunes e Carlos Alberto Estréia no Pequeno Auditório do Teatro Cultura Artística, São Paulo,1953 Texto: Dario Nicodemi Direção Artística da Cia: Carla Civelli Direção: Carlos Alberto de Oliveira Elenco: Walmor Chagas, Ítalo Rossi, Eny Autran, Francisco Ariza Personagem de Ítalo Rossi: Julio Bernini PARA SERVI-A MADAME (1954) Companhia Teatral Vera Nunes e Carlos Alberto Estréia no Pequeno Auditório do Teatro Cultura Artística, São Paulo,1953 Texto: George Wicent e John Kolh Tradução: Raymundo Magalhães Jr. Direção: Carla Civelli Elenco: Walmor Chagas, Ítalo Rossi, Francisco Arisa, Vera Nunes Personagem de Ítalo Rossi: Romeu Funiculi PANCADA DE AMOR (1954) Companhia de comédia Vera Nunes e Carlos Alberto Estréia no Teatro Colombo, São Paulo,1954 Autor: Noel Coward Tradução: Renato Alvim Direção: Carla Civelli Elenco: Vera Nunes, Walmor Chagas, Ítalo Rossi, Dany Darcel Personagem de Ítalo Rossi: Victor Teatro de Arena Teatro Paulista do Estudante O PRAZER DA HONESTIDADE (1955) Teatro de Arena Estréia no Teatro de Arena, São Paulo, 14/07/1955 Texto: Luigi Pirandello Tradução: Álvaro Moreyra Direção: Carla Civelli Cenário: Rubem Rey Elenco: Jorge Fischer Jr., Floramy Pinheiro, Rubens de Falco, Célia Helena, Ítalo Rossi e José Renato Personagem de Ítalo Rossi: Baldovino NÃO SE SABE COMO (1955) Teatro de Arena Estréia no Teatro de Arena, São Paulo, 25/08/1955 Texto: Luigi Pirandello Direção: José Renato Elenco: Jorge Fischer Jr., Ítalo Rossi, Floramy Pinheiro, Bárbara Fazio e Fábio Cardoso Personagem de Ítalo Rossi: Dario Jograis de São Paulo RECITAL FERNANDO PESSOA (1955) Primeiro de uma série dos “Jograis de São Paulo” organizados e dirigidos por Ruy Affonso Estréia no Teatro de Arena de São Paulo dia 16 de maio de 1955 No Rio de Janeiro é apresentado em 1956 no auditório do Ministério da Educação Direção: Ruy Affonso Elenco: Felipe Wagner, Ítalo Rossi, Rubens de Falco e Ruy Affonso Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) CASA DE CHÁ DO LUAR DE AGOSTO (1956) Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), São Paulo, 1956 Autor: John Patrick Direção: Maurice Vaneau Tradutores: Mário da Silva e Renato Alvim Cenógrafo: Mauro Francini Figurinista: Clara Hetheny Maquilador: Leontij Tymoszczenko Elenco: (elenco por ordem de entrada) Ítalo Rossi, Mauro Mendonça, Fregolente, Miltom Moraes, Ericka Falken, Nathália Timberg, Vera Lúcia Alcazar, Francisco Carlos Ferro, Roberto Ferro, Wasureta, Teotônio P. da Silva, Victor Jamil, Fábio Sabag, Aníbal A. Santos, Vicente Zirpolo, Oscar Felipe, Célia Biar, Rubens Fazoni, Sérgio Brito, Paulo Pinheiro, José Luis Pereira, Carmen Gonzáles, Marguet Mago, Maria Helena e Eugênio Kusnet. Personagem de Ítalo Rossi: Sakini RUA SÃO LUIZ, 27- 8º (1957) Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), São Paulo, 1957 Autor: Abílio Pereira de Almeida Direção: Alberto D´Aversa Cenário: Mauro Francini Elenco (por ordem de entrada) Maria Helena, Oscar Felipe. Elizabeth Henreid, Egydio Eccio, Jussara Menezes, Raul Cortez, Fernanda Montenegro, Mauro Mendonça, Nathália Timberg, Sérgio Britto, Rosamaria Murtinho, Oswaldo de Abreu, Victor Jamil, Lia Maione, Gladys Areta, Monah Delacy, Fernando Torres, Ítalo Rossi e Aldo de Maio. Personagem de Ítalo Rossi: Dr. Quinzinho OS INTERESSES CRIADOS (1957) Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), São Paulo, 1957 Autor: Jacinto Benavente Direção: Alberto D´Aversa Cenógrafo: Mauro Francini Figurinista: Clara Hetheny Maquilagem e Cabeleiras: Leontij Tymoszczenko Elenco (por ordem de entrada): Ítalo Rossi, Oscar Felipe, Fernando Torres, Aldo de Maio, Euclides Sandoval, Nathália Timberg, Egydio Eccio, Mauro Mendonça, Fernanda Montenegro, Maria Helena, Monah Delacy, Carminha Brandão, Sérgio Britto, Elizabeth Henreid, Eugênio Kusnet, Raul Cortez, Aldo de Maio, Euclides Sandoval. Personagem de ítalo Rossi: Crispin VESTIR OS NUS (1958) Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), São Paulo, 1958 Autor: Luigi Pirandello Direção: Alberto D´Aversa Tradução: Ruggero Jacobbi Cenógrafo: Mauro Francini Maquilador: Leontij Tymoszczenko Elenco: (por ordem de entrada) Fernanda Montenegro, Sérgio Brito, Carminha Brandão, Ítalo Rossi, Oscar Felipe, Leonardo Vilar, Gledy Marisa. Personagem de Ítalo Rossi: Alfredo Cantavalle UM PANORAMA VISTO DA PONTE (1958) Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), São Paulo, 1958 Autor: Arthur Miller Direção: Alberto D´Aversa Tradução: R. Magalhães Jr. Cenógrafo: Mauro Francini Elenco: (por ordem de entrada): Oscar Felipe, Vinicius Salvatore, Sérgio Brito, Leonardo Villar, Elizabeth Henreid, Nathália Timberg, Orlando Duarte, Eduardo Waddington, Egydio Eccio, Francisco Cuooco, Vitor Jamil, Ítalo Rossi, Fernanda Montenegro, Carminha Brandão, Vera Ferraz, Alberto Nuzzo, Luiz Carello. Personagem de Ítalo Rossi: Integrante da família Lipari PEDREIRA DAS ALMAS (1958) Espetáculo Comemorativo dos 10 anos do Teatro Brasileiro de Comédia, São Paulo, 1958 Autor: Jorge Andrade Direção: Alberto D´Aversa Cenógrafo: Mario Francini Figurinista: Darcy Penteado Música e direção musical: Diogo Pacheco Maquilagem e Cabeleiras: Leontij Tymoszczenko Elenco: Fernanda Montenegro, Leonardo Vilar, Dina Lisboa, Sérgio Brito, Ítalo Rossi, Oscar Felipe, Nathália Timberg, Carminha Brandão, Berta Zemel, Cecília Carneiro, Gledy Marise, Lea Barnet, Mylene Pacheco, Vera Barbosa Ferraz, Fernando Torres, Francisco Cuoco, Raul Cortez, Altamiro Martins, Vinicius Salvatori, Alberto Nuzzo, William Ricardi, Érika Falken, Yola Maia, Gustavo Pinheiro, Luiz Braz, N.P. Lux, Victor Jamil, José Egydio, Virgílio Carlos, Cláudia Deserti, Adauto Lopes, Paulo Pinheiro, Dante Augusto, Francisco Ferro e Roberto Ferro. Personagem de Ítalo Rossi: Vasconcelos Teatro dos Sete O MANBEMBE (1959) Primeira produção do Teatro dos Sete que estréia no Teatro Municipal do Rio de Janeiro dia 12/11/1959 dentro das comemorações do cinqüentenário do Teatro Municipal. Burleta em 3 atos e 12 quadros de Artur Azevedo e José Piza; Prólogo e epílogo de Cláudio Mello e Souza e Antonio Lopes. Música de Assis Pacheco e Antonio Lopes Direção e cenários de Gianni Ratto Figurinos de Napoleão Moniz Freire Maestro regente: Kalúa Diretores Assistentes: Labanca e Fernando Torres Elenco (por ordem de entrada): Paulo Matosinho, Sérgio Britto, Grace Moema, Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi, Armando Nascimento, Zair Nascimento, Pascoal de Andrade, Waldir Maia, Manoel Passos, Henrique Fernandes, Alan Lima, Paulo Pomo, Napoleão Muniz Freire, Yolanda Cardoso, Aldo de Maio, Zilka Salaberry, Tarcísio Zanotta, Cavaca, Milton Marcos, Benito Rodrigues, Avelino Fernandes, Marilena de Carvalho, Alfredo Bessa, Antonio Carlos, Renato Consorte, Milton Carneiro, Paulo Resende, Ruy Pisk, Regina Aragão, Maria Gladys, Salme Samir, Nilton Marcos, Labanca, Yara Cortes, Pérola Negra, Dino Silva, Diná Macedo, Angela Bonati, Paulo Andrade, Antonio Carlos da Silva, Antonio Carlos, Alberto Costa, Carmindo Reis, Lino Reis, Alberto Mello. Personagem de Ítalo Rossi: Frazão A PROFISSÃO DA SRA. WARREN (1960) Teatro dos Sete Estréia no Teatro Copacabana, Rio de Janeiro, dia 30/04/1960 Autor: Bernard Shaw Tradução: Cláudio Mello e Souza Direção e cenários: Gianni Ratto Figurinos: Luciana Petruccelli Elenco: Fernanda Montenegro, Sérgio Britto, Olga Navarro, Renato Consorte, Napoleão Muniz Freire, Ítalo Rossi. Personagem de Ítalo Rossi: Reverendo Samuel Gardner CRISTO PROCLAMADO (1960) Teatro dos Sete Estréia no Teatro Copacabana, Rio de Janeiro, dia 05/08/1960 Autor: Francisco Pereira de Almeida Direção e cenário: Gianni Ratto Versos Musicados por Geny Marcondes Elenco (por ordem de entrada): Renato Consorte, Waldir Maia, Ítalo Rossi, Sérgio Britto, Labanca, Ner Azulay, Benito Rodrigues, Francisco Cuoco, Tarcísio Zanotta, Paulo Moreno, Henrique Fernandes, Zair Nascimento, Almir Siqueira, Grace Moema, Fernanda Montenegro, Carminha Brandão, Ângela Galotti, Ignês Gomes, Maria Gladys, Alda Campos, Marilena de Carvalho, Salme Samir, Alberto Rodrigues, Zilka Salaberry, Susy Arruda, Alda Campos, Milton Marcos, Ivan Ribeiro, José Damasceno, Ner Azulay, o menino Afonso Souza, Paulo Resende e Celmo Soares. Personagem de Ítalo Rossi: Juiz Oliveira COM A PULGA ATRÁS DA ORELHA (1960) Teatro dos Sete Estréia no Teatro Ginástico, Rio de Janeiro, dia 07/10/60 Autor: Georges Feydeau Tradução: Miroel da Silveira e Daniel Rocha Direção e cenários : Gianni Ratto Figurinos: Kalma Murtinho Elenco (por ordem de entrada): Sérgio Britto, Yolanda Cardoso, Francisco Cuoco, Mário Lago, Carminha Brandão, Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi, Napoleão Muniz Freire, Renato Consorte, Susy Arruda/Suely Franco, Oswaldo Loreiro, Zilka Salaberry, Labanca. Personagens de Ítalo Rossi: Victor Emanuel Chandebise e Poche O BEIJO NO ASFALTO (1961) Teatro dos Sete Estréia no Teatro Ginástico, Rio de Janeiro, dia 07/07/1961 Autor: Nelson Rodrigues Direção: Fernando Torres Cenário: Gianni Ratto Elenco (por ordem de entrada): Marilena de Carvalho, Renato Consorte, Sérgio Britto, Milton Lopes, Ítalo Rossi, Mário Lago, Fernanda Montenegro, Suely Franco, Labanca, Oswaldo Loureiro, Zilka Salaberry, Francisco Cuoco, Ivan Ribeiro, Susy Arruda, Carminha Brandão, Henrique Fernandes. Personagem de Ítalo Rossi: O Delegado Cunha FESTIVAL DE COMÉDIAS (1961) Teatro dos Sete Estréia no Teatro Maison de France , Rio de Janeiro, dia 24/11/1961 Espetáculo apresentava 3 clássicos da comédia teatral. Direção e cenários: Gianni Ratto Música> Edino Krieger Figurinos: Marie Louise Nery “O Velho Ciumento” Autor: Cervantes Tradução livre de Millôr Fernandes Elenco (por ordem de entrada): Fernanda Montenegro, Zilka Salaberry, Carminha Brandão, Sérgio Britto, Ítalo Rossi, Francisco Cuoco, Labanca, Renato Consorte, H. Fernandes, Manolo. Personagem de Ítalo Rossi: Compadre “O Médico Volante” Autor: Molière Tradução livre de Gianni Ratto Elenco (por ordem de entrada): Fernanda Montenegro, Francisco Cuoco, Ítalo Rossi, Renato Consorte, Labanca, Carminha Brandão, Sérgio Britto. Personagem de Ítalo Rossi: Sgnarelo “Os Ciúmes de um Pedestre ou O Terrível Capitão do Mato” Autor: Martins Pena Elenco (por ordem de entrada): Ítalo Rossi, Peggy Aubry, Fernanda Montenegro, Sérgio Britto, Labanca, Henrique Fernandes, Renato Consorte/ Ruy Vieira. Personagem de Ítalo Rossi: Paulino O HOMEM, A BESTA E A VIRTUDE (1962) Teatro dos Sete Estréia no Teatro Maison de France, Rio de Janeiro, no dia 09/05/62 Autor: Luigi Pirandello Tradução, direção e cenário: Gianni Ratto Figurinos: Belá Paes Leme Elenco (por ordem de entrada): Carminha Brandão, Sérgio Britto, Ítalo Rossi, Zanoni, Rui Pereira, Fernanda Montenegro, João Carlos Barroso, Francisco Cuoco, Zilka Salaberry, Labanca, Cláudio Corrêa Castro. Personagem de Ítalo Rossi: O Transparente Professor Paulino MIRANDOLINA (1964) Teatro dos Sete Estréia no Teatro Ginástico, Rio de Janeiro, dia 21/10/1964 Autor: Carlo Goldoni Tradução, Direção e Cenário: Gianni Ratto Figurinos: Marie Louise Nery Elenco (por ordem de entrada): Ítalo Rossi, Sérgio Britto, Emanuel Santis, Milton Carneiro, Sebastião Vasconcelos, Fernanda Montenegro, Yolanda Cardoso, Maria Regina, Germano Filho. Personagem de Ítalo Rossi: Conde de Albafiorita A MULHER DE TODOS NÓS (1966) (Último espetáculo do Teatro dos Sete) Estréia no Teatro Santa Rosa, Rio de Janeiro, dia 06/01/1966 Autor: Henri Becque Tradução e adaptação: Millôr Fernandes Cenário: João Maria dos Santos Figurinos Fernanda Montenegro: José Ronaldo Figurinos masculinos: Antonio Dias Elenco (por ordem de entrada): Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi, Sérgio Britto/Fernando Torres, Creusa Caravalho, Aldo Maio/Cláudio Cavalcanti Personagem de Ítalo Rossi: Delon VICTOR OU AS CRIANÇAS NO PODER (1963) Estréia no Teatro da Maison de France, Rio de Janeiro,1963. Autor: Roger Victrac Tradução: Hubert Sarrazin e Martim Gonçalves Versos: Walmir Ayala Direção, Cenário e Figurinos: Martins Gonçalves Elenco (por ordem de entrada em cena): Ítalo Rossi, Maria Tereza Barroso, Helena Ignez, Célia Biar, Thelma Reston, Antonio Patiño, Napoleão Muniz Freire, Labanca, Maria Fernanda. Personagem de Ítalo Rossi: Victor AS FEITICEIRAS DE SALÉM (1965) Companhia Carioca de Comédia (CCC) Estréia no Teatro Copacabana, Rio de Janeiro, dia 18/06/1965 Autor: Arthur Miller Tradução: Antonio Bulhões Direção: João Bethencourt Cenários: Pernambuco de Oliveira Figurinos: Marie Louise Nery Elenco (por ordem de estrade em cena): Ana Christina Jones, Cléa Simões, Eva Wilma, Marieta Severo, Liana Duval, Rogério Fróes, Hildegard Jones, Djenane Machado, Oswaldo Loureiro, Rosita Tomás Lopes, Álvaro Perez, Ítalo Rossi, Isabel Ribeiro, Rodrigues Neto, Conrado de Freitas, Francisco Saraiva, André Luiz, Rodolfo Mayer, Gilson Moura, Horácio Siciliano. Personagem de Ítalo Rossi: Reverendo Hale Companhia Carioca de Comédia (CCC) A SINISTRA COMÉDIA (1966) Companhia Carioca de Comédia (CCC) Espetáculo apresentava dois textos de Harold Pinter (“A Coleção” e “O Amante”) Estréia no Teatro Nacional de Comédia, Rio de Janeiro, dia 18/04/1966 Direção: Flávio Rangel Cenário: Napoleão Muniz Freire “A Coleção” Tradução: Flávio Rangel Cenário: Napoleão Muniz Freire Elenco: Ítalo Rossi, Rubens de Falco, Célia Biar e Napoleão Muniz Freire Personagem de Ítalo Rossi: Harry “O Amante” Tradução: Rosita Tomás Lopes Elenco: Ítalo Rossi, Rosita Tomás Lopes e Rubens de Falco Personagem de Ítalo Rossi: Richard O SR. PUNTILLA E SEU CRIADO MATTI (1966) Companhia Carioca de Comédia (CCC) Estréia no Teatro Ginástico, Rio de Janeiro, dia 09/09/1966 Autor: Bertolt Brecht Tradução: Millôr Fernandes Direção: Flávio Rangel Cenário: Marcos Flaksman Figurinos: Napoleão Muniz Freire Elenco: Ítalo Rossi, Ítala Nandi, Napoleão Muniz Freire, Isabel Ribeiro, Joana Fomm, Esther Mellinger, Thelma Reston, Jorge Chaia, Hélio Ary, Modesto Souza, Rosita Tomás Lopes, Jardel Filho, Liana Duval/Vera Gertel, Cécil Thiré, Ângelo Antonio, Paulo César, José Wilker, Emmanuel Cavalcanti. Personagem Ítalo Rossi: Sr. Puntila Oh! QUE DELÍCIA DE GUERRA (1967) Companhia Carioca de Comédia (CCC) Estréia no Teatro Ginástico, Rio de Janeiro, dia 06/01/1967 Musical em 2 atos baseado numa idéia de Charles Chilton redigido pelo Theatre Workshop e Joan Littlewood Direção: Ademar Guerra Direção musical e orquestração: Cláudio Petraglia e Paulo Herculano Cenários: Campello Neto Figurinos: Ninete Van Vüchelen Elenco (por ordem alfabética): Carlos Eduardo Dolabella, Cecil Thiré, Célia Biar, Emilio Di Biasi, Eva Wilma, Helena Ignez, Ítalo Rossi, Juju, Lafaytte Galvão, Leina Krespi, Mauro Mendonça, Napoleão Muniz Freire, Othoniel Serra, Paulo César Pereio, Rosita Tomás Lopes e Sérgio Mamberti Personagem Ítalo Rossi: Mestre de Cerimônias e vários personagens O OLHO AZUL DA FALECIDA (1967) Última produção da Companhia Carioca de Comédia (CCC) Estréia no Teatro Ginástico, Rio de Janeiro, dia 07/07/1967 Autor: Joe Orton Tradução: Bárbara Heliodora Direção: Maurice Vaneau Cenário e Figurinos: Napoleão Muniz Freire Elenco: Mario Brasini, Rosita Tomás Lopes, Emílio Di Biasi, Érico de Freitas, Ítalo Rossi e Jean Arlin. Personagem Ítalo Rossi: Truscott Produções Diversas O SEGUNDO TIRO (1968) Estréia em excursão na cidade de Belo Horizonte Autor: Robert Thomas Tradução: José Vilas Direção: Sérgio Viotti Cenário: Sylvia Heller Elenco: Márcia de Windsor, Ítalo Rossi, Hélio Ary e José de Freitas Personagem de Ítalo Rossi: Henry Dolac DURA LEX, SED LEX, NO CABELO SÓ GUMEX (1967/68) Estréia no Teatro Mesbla, Rio de Janeiro, 21/12/1967 Revista em duas partes de Oduvaldo Vianna Filho Idealização e roteiro: Oduvaldo Vianna Filho, Paulo Pontes e Armando Costa Autor: Oduwaldo Vianna Filho Idealização e roteiro de: Oduvaldo Vianna Filho, Paulo Pontes e Armando Costa Direção: Gianni Ratto Cenário: Carlos Fontes Figurinos: Marie Louise Nery Elenco: Ítalo Rossi, Paulo Silvino, Berta Loran, Gracindo Junior, João Marcos Fuentes, Haroldo de Oliveira, Paulo Nolasco, Adriana Prieto, Irene Stefânia, Maria Lúcia Dahl, Maria Regina, Selma Coronezzi e Suzana Moraes. Personagem Ítalo Rossi: não mencionado no programa do espetáculo BRASILEIRO, PROFISSÃO ESPERANÇA (1970) Estréia no Teatro Casa Grande, Rio de Janeiro, dia 14/01/1970 Crônicas de Antônio Maria, canções de Dolores Duran Montagem do Texto: Paulo Pontes Direção: Bibi Ferreira Cenário: Jacob Coldemberg Música: Terra Trio Iluminação: Waldir Elenco: Maria Bethânia e Ítalo Rossi Personagem Ítalo Rossi: Antonio Maria O MARIDO VAI À CAÇA ( 1971) Estréia no Teatro SENAC, Rio de Janeiro, dia 07/06/1971 Autor: Georges Feydeau Tradução: Mário da Silva Direção: Amir Haddad Cenário e Figurinos: Joel de Carvalho Iluminação: Jorginho Elenco: Fernanda Montenegro, Sérgio Britto, Ítalo Rossi, Maria Helena, Luiz Armando Queiroz, Augusto Olimpio, Jacqueline Laurence, Labanca, José Carlos e Luiz Augusto. Personagem Ítalo Rossi: O marido DOROTÉIA VAI À GUERRA (1972) Estréia no Teatro Cachimbo da Paz na cidade do Rio de Janeiro dia 13/10/1972 Autor: Carlos Alberto Ratton Direção: Paulo José Cenário: Luiz Carlos Ripper Programação Visual: Henfil Elenco: Dina Sfat e Ítalo Rossi Personagem Ítalo Rossi: Dorotéia SE EU NÃO ME CHAMASSE RAIMUNDO (1972) Estréia no Teatro SENAC, Rio de Janeiro, dia 23/03/1972 Autor: Fernando Mello Direção: José Carlos Gondim Cenário e figurinos: Colmar Diniz Luz e Som: Cleodon Gondim Monólogo com Ítalo Rossi FALEMOS SEM CALÇAS (1973/74) Estréia no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), SãoPaulo, dia 23/11/1973 Estréia no Teatro Santa Rosa, Rio de Janeiro, dia 07/05/1974 Autor: Guillermo Gentile Tradução: Lineu Dias Direção:Antonio Abujamra Cenário e figurinos: Nieta Junqueira Iluminação: Luís Carlos Mota Elenco São Paulo: Ítalo Rossi, Denis Carvalho e Kito Juqueira Elenco Rio de Janeiro: Ítalo Rossi, Zanoni Ferrite, Buza Ferraz Personagem Ítalo Rossi: Pai GENTE DIFÍCIL (1974) Estréia no Teatro Santa Rosa, Rio de Janeiro, dia 19/10/1974 Autor: Yossef bar Yossef Tradução: Beyla Genauer e Helio Bloch Direção: Tom Lewy Cenário: Cláudio Moura Música: Alex Kogan Elenco (por ordem de entrada em cena): Ítalo Rossi, Beyla Genauer, Oswaldo Louzada, Leonardo Vilar. Personagem de Ítalo Rossi: Simão NOITE DOS CAMPEÕES (1975) Estréia no Teatro SENAC, Rio de Janeiro, dia 05/08/1975 Autor: Janson Miller Tradução: Marisa Murray Direção: Cecil Thiere Cenário e figurinos: Colmar Diniz Iluminação: Jorge de Carvalho Elenco: Ítalo Rossi, Carlos Kroeber, Zanoni Ferrite, Otávio Augusto, Sérgio Britto Personagem Ítalo Rossi: Tom Daley (Primeiro “Prêmio Molière de Melhor Ator”) O SANTO INQUÉRITO (1976) Estréia no Teatro Tereza Rachel, Rio de Janeiro, dia 08/11/1976 Autor: Dias Gomes Direção: Flávio Rangel Cenário e Figurinos: Tawfik Música: Edu Lobo Letra: Cacaso Elenco: Isabel Ribeiro/Dina Sfat, Carlos Vereza, Cláudio Marzo, Jorge Chaia, Waldir Maia e Ítalo Rossi. Personagem Ítalo Rossi: Visitador do Santo Ofício OS PEQUENOS BURGUESES (1977) Estréia do espetáculo no Teatro TAIB, São Paulo, dia 19/07/1977 Estréia de Ítalo Rossi, substituindo Raul Cortez, dia 6/10/1977 Autor: Máximo Gorki Tradução: Fernando Peixoto e José Celso Martinez Correa Direção: Renato Borghi Cenário e figurinos: Gianni Ratto Elenco (por ordem de entrada): Thereza Amayo, Juçara de Morais, Renato Borghi, Abrahão Farc, Etty Fraser, Beatriz Berg, Chico Martins, Ítalo Rossi (especialmente convidado), Ester Góes, Carlos Alberto Ricceli, Thereza Freitas, Elias Andreato. Personagem de Ítalo Rossi: Terênti Krisânfovitch O DOENTE IMAGINÁRIO (1977) Estréia no Teatro Municipal, Rio de Janeiro, 09/11/1977 Autor: Moliére Tradução: Guilherme Figueiredo Direção: João Bethencourt Cenário e Figurinos: Joel de Carvalho Coreografia: Halba Nogueira Elenco (por ordem de entrada em cena): Eva Tudor, Ângela Vasconcellos, Jacqueline Laurence, Vinicius Salvatori, Luiz Armando Queiroz, Fregolente, Ary Fontoura, Nildo Parente, Sérgio de Oliveira, Edgard Gurgel Aranha. Personagem Ítalo Rossi: Argan OS VERANISTAS (1978) Estréia inaugurando o Teatro dos Quatro, Rio de Janeiro, no dia 11 de julho de 1978. Autor: Máximo Gorki Tradução: Millor Fernandes Direção: Sérgio Brito Cenário: Hélio Eichbauer Figurinos: Mimina Roveda Iluminação: Jorginho de Carvalho Elenco: Luis de Lima, Renata Sorrah, Ângela Vasconcellos, Pedro Veras, Jorge Gomes, Elisa Simões, Ítalo Rossi, Tetê Medina, Sérgio Britto, Walter Marins, Suzana Faini, Yara Amaral, Rodrigo Santiago, Nildo Parente, Francisco Nagen e Paulo Barros. Personagem Ítalo Rossi: Souslov A CALÇA (1979) Estréia no Teatro Princesa Isabel, Rio de Janeiro, dia 25/04/1979 Autor: C arl Syterhnheim, adapatação de M illôr Fernandes Direção: Maurice Vaneau Cenário: Mauro Monteiro Figurinos: Marie Odile Elenco: Oswaldo Loureiro, Ítalo Rossi, Bete Mendes, Jacqueline Laurence, Ricardo Petraglia, Ivan de Almeida Personagem Ítalo Rossi: Franco Anchois PAPO FURADO (1980) Estréia no Teatro Ginástico, Rio de Janeiro, dia 13/03/1980 Autor: Chico Anísio Direção: Antônio Pedro Cenário:Mario Roberto Figurinos: Amélia Meggiolaro Iluminação: Adelar Elias Elenco: Ítalo Rossi, Elizângela, Ivan de Almeida, José de Freitas, Ricardo Blat, Vinicius Salvatori, Walter Marins Personagem Ítalo Rossi: Costureiro TRILHAS E ARMADILHAS (1980) Estréia no Teatro Ginástico, Rio de Janeiro, 30/julho/ 1980 Poesias de Cecília Meirelles, Carlos Drummond de Andrade, Manoel Bandeira, Ferreira Gular e Alberto Land. Direção: Walter Marins Cenografia e figurinos: Paulo Flacksmann Iluminação: Adelar Elias Elenco: Ítalo Rossi e Yara Amaral AS TIAS (1981) Estréia no Teatro da Lagoa, Rio de Janeiro, dia 08/05/1981 Autor: Doc Comparato Direção: Luiz de Lima Cenário: Márcio Colaferro Figurinos: Chico Ozanam Iluminação: Jorginho de Carvalho Elenco: Ítalo Rossi, Suzana Vieira, Paulo César Pereiro, Ednei Giovenazzi, Nildo Parente e Roberto Lopes Personagem Ítalo Rossi: Floro A MILIONÁRIA (1983) Estréia no Teatro BNH, Rio de Janeiro, dia 05/03/1983 Autor: Bernard Shaw Tradução e adaptação: Beyla Genauer Direção, cenários e figurinos: Paulo Afonso de Lima Iluminação: Luiz Gonzaga e Mario Gil Elenco: Beyla Genauer, Ítalo Rossi, Felipe Wagner, Ana Lúcia Torre, Vinícius Salvatori, Isolda Cresta, Roberto de Cleto, José de Freitas, Walney Haidar Personagem de Ítalo Rossi: Sagamore NICOLAU (1984) Estréia no Teatro Nelson Rodrigues, Rio de Janeiro, dia 05/04/1984 Texto e Direção: Bráulio Pedroso Cenário: Irenio Maia Figurinos: Silvia Sangirardi Iluminação: Antonio Pedro Elenco: Carlos Augusto Strazzer, Nina de Pádua, Ítalo Rossi, Suzana Faíni, Duse Naccarati, Guida Vianna Personagem Ítalo Rossi: Dr. Langue QUATRO VEZES BECKETT (1985) Estréia no Teatro dos Quatro, Rio de Janeiro, dia 05/08/1985 Autor: Samuel Beckett Direção: Gerald Thomas Cenário e Figurinos: Daniela Thomas Iluminação: Gerald Thomas Elenco: Rubens Corrêa, Sérgio Britto e Ítalo Rossi Ítalo Rossi interpreta o texto “Aquela Vez” (Segundo “Prêmio Molière”) ENCONTRO COM FERNANDO PESSOA (1986) Estréia no Sobrado do Viro do Ipiranga, Rio de Janeiro, dia 19/01/1986 Autor: Fernando Pessoa Roteiro e Direção: Walmor Chagas Composição da trilha sonora: Paulo Rogério Viana e Marcelo Gelio Equi Músicos: Augusto Vanucci, Paulo Rogério Viana e Marcelo Gelio Equi Poesias interpretadas por Ítalo Rossi e Walmor Chagas (Terceiro “Prêmio Molière”) ENCONTRO DE DECARTES E PASCAL (1987) Estréia no Teatro da Aliança Francesa, Rio de Janeiro, dia 12/05/1987 Autor: Jean-Claude Brisville Direção: Jean-Pierre Miquel Cenário: Luis Carlos Ripper Figurinos: Kalma Murtinho Iluminação: Jean-Pierre Miquel Elenco: Ítalo Rossi, Daniel Dantas (substituído na temporada paulista da peça por Kito Junqueira) Personagem Ítalo Rossi: Descartes (Quarto “Prêmio Molière”) ESTRELA DA VIDA INTEIRA (1989) Estréia no Teatro Ziembinski, Rio de Janeiro, dia 19/09/1989 Poesias de Manuel Bandeira interpretadas por Ítalo Rossi e Olívia Hime Direção: Flávio Marinho Cenário: Acácio Gonçalves Figurinos: Lessa de Lacerda Iluminação: Aurélio De Simoni Direção Musical: Francis Hime Músicos: Raimundo Niscioli (teclados), Andrea Ernest Dias (flauta), Ernani Maroni (violão) O SANTO E A PORCA (1989) Estréia no Teatro Ziembinski, Rio de Janeiro, dia 27/05/1989 Autor: Ariano Suassuna Direção:Walmor Chagas Cenário: Pedro Dominguez Figurinos: Lessa de Lacerda Iluminação: Walmor Chagas Elenco: Ítalo Rossi, Zezé de Polessa, Lafayete Galvão, Débora Figueredo, Silvia Aderne, Marcelo Saback, Tarcísio Ortiz Personagem Ítalo Rossi: Euricão UM & OUTRO (1990) Estréia no Teatro Cândido Mendes, Rio de Janeiro, dia 07/06/1990 Roteiro de Ítalo Rossi a partir de poemas de Fernando Pessoa e Manuel Bandeira Direção: Miguel Falabella Ambientação Teatral: Pedro Drumond Iluminação: Paulo César Medeiros Músicas e interpretação: Cláudio Botelho Monólogo com Ítalo Rossi ANTÍGONA (1992) Estréia no Teatro no Teatro Nelson Rodrigues, Rio de Janeiro, dia 10/01/1992 Autor: Sófocles Tradução:Mário da Gama Kury Direção: Moacyr Góes Cenário: Hélio Eichbauer Figurinos: Samuel Abrantes Iluminação: Moacyr Góes e Milton Giglio Elenco: Marieta Severo, Ítalo Rossi, Ivone Hoffmann, Henri Pagnoncelli, Regina Rodrigues, Malu Valle, Enrique Diaz, Emílio de Mello, Alessandra Alli. Personagem Ítalo Rossi: Creonte COMUNICAÇÃO A UMA ACADEMIA (1993) Estréia no Espaço III do Teatro Villa Lobos, Rio de Janeiro, dia 24/07/1993 Autor: Franz Kafka Tradução: Clara Góes Direção: Moacyr Góes Cenário: José Dias Figurino: Samuel Abrantes Elenco: Ítalo Rossi, Leon Góes, Floriano Peixoto Personagem Ítalo Rossi: Ex macaco que se transforma em homem PEER GYNT (1994) Estréia no Teatro Glória, Rio de Janeiro, dia 22/04/1994 Autor: Henrik Ibsen Tradução, adaptação e dramaturgia: Clara Góes Encenação: Moacyr Góes Cenários: José Dias Figurinos: Samuel Abrantes Música original: Wagner Tiso Concepção de Luz: Moacyr Góes Elenco: José Mayer, Antonella Batista, Floriano Peixoto, Gaspar Filho, Ivone Hoffmann, Leon Góes, Letícia Spiller, Patrícia França, Paula Lavigne. Participação especial de Ítalo Rossi interpretando vários papéis O DOENTE IMAGINÁRIO (1996) Estréia no Teatro Glória, Rio de Janeiro, dia 13/09/1996 Autor: Moliére Tradução: Edla Van Steen Direção: Moacyr Góes Cenário: José Dias / Moacyr Góes Figurinos: Samuel Abrantes Iluminação: Maneco Quinderé Elenco: Ítalo Rossi, Stella Freitas, Aloísio de Abreu, Oswaldo Loureiro, Mario Borges, Flávia Guimarães, Sylvia Bandeira, Ora Figueiredo, Marcelo Shimmelp e André Valli Personagem de Ítalo Rossi: Argan GATA EM TETO DE ZINCO QUENTE (1997) Estréia nacional do espetáculo no Teatro Artur Azevedo de São Luís/MA em dezembro/1997. Estréia no Rio de Janeiro no Teatro Villa Lobos, dia 09/01/1998 Autor: Tennesseee Williams Direção: Moacyr Góes Tradução, dramaturgia e trilha sonora: Marcos Ribas de Faria Cenário: Hélio Eichbauer Figurinos: Kalma Murtinho Iluminação: Maneco Quinderé Elenco: Vera Fischer, Ítalo Rossi, Floriano Peixoto, Ivone Hoffmann, Mário Borges, Guida Vianna, Marcos Matheus. Personagem de Ítalo Rossi: Papai (Prêmio IBEU de “Melhor Ator”) ALTA SOCIEDADE (2001) Estréia no Teatro Scala no Rio de Janeiro dia 24/01/2001 Texto e direção de Mauro Rasi Cenário: J.C. Seroni Iluminação: Maneco Quinderé Criação trilha sonora: Marcos Ribas de Faria Elenco: Fernanda Montenegro e Ítalo Rossi Personagem de Ítalo Rossi: Leopoldo TRABALHOS COMO DIRETOR TEATRAL AUTO DE NATAL Teatro do Instituto Dom Bosco de São Paulo Paróquia N.S. Auxiliadora Apresentação dia 22/12/1952 Direção Especial: Ítalo Rossi O IMPETUOSO CAPITÃO TIC (1955) Teatro Paulista do Estudante (TPE) Estréia no Teatro de Arena de São Paulo em dezembro de 1955 Texto: Eugène Labiche Tradução: Direção: Ítalo Rossi Elenco: Oduvaldo Vianna Filho, Gianfrancesco Guarniere, Raul Cortez e Flávio Migliaccio. BRASILEIRO, PROFISSÃO ESPERANÇA (1982) Estréia na Casa de Shows Sambão e Sinhá, Rio de Janeiro, junho de 1982 Texto: Paulo Pontes (crônicas de Antônio Maria e músicas de Dolores Duran) Direção: Ítalo Rossi Elenco: Ítalo Rossi e Helena de Lima MOMENTOS Estréia na Casa de Cultura Laura Alvim, Rio de Janeiro, 08/04/1987 Crônicas de Clarice Lispector, Rachel de Queiroz, Rubem Braga, Paulo Mendes Campos interpretadas pela atriz Camila Amado. Direção: Ítalo Rossi Música: Edu Mello e Souza Figurinos: Kalma Murtinho Iluminação: Eldo Lúcio MORRE UM CORAÇÃO VULGAR (1988) Estréia no Teatro Glória, Rio de Janeiro, dia 23/11/1988 Autor: Bráulio Pedroso Direção: Italo Rossi Cenário: Marcos Flaksman Figurinos: Biza Vianna Iluminação: Jorginho de Carvalho Elenco: Cláudio Marzo, Camila Amado, Rita Malot, Camilo Bevilacqua ISSO É TUDO (1990) Estréia no Teatro II do Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, dia 30/11/1990 Nove Sketches de Harold Pinter Tradução: Jacqueline Laurence Direção: Ítalo Rossi Cenário: Pedro Augusto Drumond Figurinos: Pedro Sayad, Patrícia Nunes, Flavia Leão Iluminação: Aurélio De Simoni Música: Tato Taborda Elenco: Jacqueline Laurence, Telma Reston, Helio Ary, Mario Borges ARTIGO DE LUXO (1991) Estréia no Teatro Clara Nunes, Rio de Janeiro, dia 18/03/1991 Texto de Vicente Pereira Direção: Ítalo Rossi Cenário: Pedro Augusto Drummond Figurino: Cao Iluminação: Aurélio de Simoni Elenco: Maria Zilda Bethelen e Scarlet Moon/Priscila Camargo UM DIA MUITO LOUCO (Bodas de Fígaro/1991) Estréia no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro,dia 19/07/1991 Adaptação da ópera de Mozart “As Bodas de Fígaro” em comemoração aos seus 200 anos de nascimento. Texto e letras: Sergio Flaksman Direção musical: Caíque Botkay Direção geral: Ítalo Rossi Figurinos: Pedro Sayad, Patrícia Nunes e Flávia Galvão Iluminação: Aurélio de Simoni Cenários: Pedro A. Drummond Elenco: Suely Franco, Hélio Ary, Mário Borges, Tadeu Aguiar, Liana Maia, José Mauro Brant, Camila Amado, Marcello Antony e Luís Henrique Ferreira. ATO VARIADO (1994) Estréia na Sala Monteiro Lobato do Teatro Villa Lobos,Rio de Janeiro, dia 03/08/1994. Textos de cronistas brasileiros Direção, concepção e Figurinos: Ítalo Rossi Cenário: Pedro Drumond Iluminação: Paulo César Medeiros Elenco: Ester Jablonski e Luis Conceição VITA & VIRGÍNIA – Momentos de Amor (1995) Estréia no Teatro dos Quatro, Rio de Janeiro, dia 05/12/1995 Texto de Eileen Atkins. Direção: Ítalo Rossi Cenografia: Maurício Sette Figurinos: Kalma Murtinho Iluminação: Paulo César Medeiros Elenco:Jacqueline Laurence e Sylvia Bandeira À LUZ DA LUA (1995) Estréia no Teatro Glória, Rio de Janeiro, dia 02/06/1995 Texto de Harold Pinter Tradução: Bárbara Heliodora Direção: Ítalo Rossi Cenário: Pedro Drummond Figurino: Patrícia Nunes Elenco: Cláudio Correa e Castro, Bete Mendes, Selton Mello, Guilherme Piva, Joana Motta, Rosita Thomas Lopes, Roberto de Cleto. ENCONTRO COM CLARICE (2003) Estréia no Teatro do Jockey, Rio de Janeiro, dia 18/07/2003 Textos de Clarice Lispector Direção e cenário: Ítalo Rossi Figurino: Beth Filipeck Iluminação: Paulo César Medeiros Elenco: Ester Jablonski 2 X PINTER (2005) Estréia no Espaço SESC, Rio de Janeiro, dia 29/07/2005 Textos de Harold Pinter Tradução: Bárbara Heliodora Direção: Ítalo Rossi Cenário e Figurinos: Paulo César Medeiros Iluminação: Paulo César Medeiros Trilha Sonora: Marcos Ribas de Faria Elenco: Joanna Fomm, Ester Jablonski, Guida Vianna e Marcello Escorel ...ISSO ERA TUDO O QUE EU QUERIA... (2007) Estréia no Teatro Leblon – Sala Fernanda Montenegro, Rio de Janeiro, dia 05/01/2007 Texto de Maria Zilda Direção e cenário: Ítalo Rossi Figurino: Lessa de Lacerda Iluminação: Dani Sanches Trilha Sonora: Marcos Ribas de Faria Monólogo interpretado por Maria Zilda CINEMA UMA VIDA PARA DOIS (1953) Roteiro e Direção: Armando de Miranda O HOMEM DOS PAPAGAIOS (1953) Roteiro: Procópio Ferreira Direção: Armando Couto ESQUINA DA ILUSÃO (1953) Roteiro e Direção: Ruggero Jacobbi A SOGRA (1954) Roteiro e Direção: Armando Couto DESTINY IN TROUBLE (1954) Destino em Apuros Roteiro e Direção: Ernesto Remani O PÃO QUE O DIABO AMASSOU (1957) Roteiro e Direção: Maria Basaglia E O ESPETÁCULO CONTINUA (1958) Roteiro e Direção: José Cajado Filho SOCIETY EM BABY-DOLL (1965) Roteiro e Direção: Waldemar de Lima e Luiz Carlos Maciel PARAÍBA, VIDA E MORTE DE UM BANDIDO (1966) Roteiro e Direção: Victor Lima A DERROTA (1967) Roteiro e Direção: Mário Fiorani CARA A CARA (1967) Roteiro e Direção: Júlio Bressane O ENGANO (1968) Roteiro e Direção: Mário Fiorini DESESPERATO (1968) Roteiro e Direção: de Sergio Bernardes Filho NOITE SEM HOMEM (1975) Adaptação de obra de Orígenes Lessa Direção : Renato Neumann O BRAVO GUERREIRO (1979) Roteiro: Sérgio Bernardes Filho Direção: Gustavo Dahl A REPÚBLICA DOS ASSASSINOS (1979) Roteiro: Miguel Faria Jr. e Agnaldo Silva Direção: Miguel Faria Jr. DOIDA DEMAIS (1989) “Melhor Ator Ciadjuvante” Festival de Gramado Roteiro: Jorge Duran e Sérgio Rezende Direção: Sérgio Rezende MORTE POR ÁGUA (1992) Curta metragem Roteiro: Júlio César Carvalho e Marcelo Augusto Direção: Marcelo Augusto CHÃO DE ESTRELAS (curta metragem/ 1993) Roteiro: José Cláudio Castanheira, Kaka Langer, Marcelo Carvalho Direção: José C. Castanheira e Marcelo Carvalho A GRANDE NOITADA (1997) Roteiro e direção: Denoy de Oliveira MARIA, MÃE DO FILHO DE DEUS (2003) Roteiro: Marta Borges, Thiego Balteiro, Moacyr Góes e Marcos Ribas de Farias, baseado em argumento de Marta Borges e Thiego Balteiro Direção: Moacyr Góes SEXO COM AMOR? (2008) Roteiro: Renê Belmonte Direção: Wolf Maia TELEVISÃO TELETEATRO Ítalo Rossi começa seu trabalho em televisão no “TV DE VANGUARDA”, dirigido por Cassiano Gabus Mendes na TV Tupi de São Paulo. Sua primeira experiência na TV foi com a peça “Festim Diabólico” adaptada para o programa “TV DE VANGUARDA”. Ítalo Rossi participou aproximadamente de 450 peças teatrais adaptadas para a Televisão, realizadas pela TV Tupi (SP e RJ), TV Rio e TV Globo. GRANDE TEATRO TUPI DO RIO DE JANEIRO (1956 A 1963) Neste programa destacamos a participação de Ítalo Rossi (que fazia parte do elenco fixo ) nos seguintes Teleteatros: OS ESPECTROS (1956) Espetáculo de estréia escolhido por Sérgio Britto que traduziu, adaptou e dirigiu esse teleteatro que inicia o repertório do Grande Teatro Tupi em 30 de julho de 1956. Ítalo Rossi interpreta o Pastor Manders. O PAI (1956) Texto de August Strindberg que conforme a crítica da época “deu uma grande oportunidade ao talento representativo de Ítalo Rossi.” O SÉTIMO CÉU (1956) Texto de Austin Strong O PROFESSOR KLENOW (1956) Texto do dinamarquês Karem Bramson, com Ítalo Rossi no papel título. O ESCRAVO (1956) Texto de Lúcio Cardoso DOZE HOMENS FURIOSOS (1957) Texto de Reginald Rose A MARECHAL (1957) Texto de Fernando Molnar NOITES BRANCAS (1957) Adaptação de Manoel Carlos da novela de Dostoiévski. CORONEL CHABERT (1957) Texto adaptado por Manoel Carlos a partir do original de Balzac. Ítalo Rossi no papel título. O DESTINO BATE A PORTA (1957) Romance de James Cain adaptado por Walter Hugo Khoury A CASA DAS SETE TORRES (1957) Texto baseado no romance de Nathaniel Hawhorner, com Sadi Cabral, Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi e Sérgio Britto. EM CADA CORAÇÃO UM PECADO (1957) Adaptação de Manoel Carlos do romance de Henry Bellaman que comemorou 1 ano de Grande Teatro Tupi no Rio de Janeiro. A DAMA DE ESPADAS (1957) Texto de Pushkin O FALECIDO MATIAS PASCAL (1957) Adaptação de Manoel Carlos para novela de Pirandello. MONSIEUR LAMBERTIER (1957) Texto de Louis Verneuil CARNET DE BAILE (1958) Adaptação de Walter George Durst do roteiro de mesmo nome do filme de Charles Spaak e Jacques Prevet dirigido por Duvivier. O CÉU ESTÁ À VENDA (1958) Texto de Michael Dyne O IMBECIL (1958) Adaptação da obra de Luigi Pirandello RALÉ (1958) Texto de Máximo Gorki adaptado por Manoel Carlos para comemorar o segundo aniversário do Grande Teatro Tupi do Rio de Janeiro. No elenco Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi, Nathália Timberg, Sérgio Britto, Berta Zemel, Carminha Brandão, Haydée Bittencourt, Felipe Wagner, Sadi Cabral, Fernando Torres, Leonardo Villar, Oscar Felipe, Elísio de Albuquerque e Aldo de Maio. Direção de Sérgio Britto. O FUGITIVO (1958) Texto de Bill Owen YAYÁ GARCIA (1958) Adaptação de Fernando Torres para o romance de Machado de Assis) TRÁGICA INOCÊNCIA (1958) Texto de Charles Spaak com adaptação e direção de Flávio Rangel. AQUELE QUE LEVA BOFETADAS (1958) Texto de Leonid Nikolaevitch Andreiev FIM DE JORNADA (1958) Adaptação de uma peça clássica inglesa de Sheriff. ESCRAVO DE SI MESMO (1959) Texto de Mel Dinello LILLION (1959) Texto de Ferenc Molnar MAYERLING (1959) Adaptação de Sérgio Britto para o texto de Claude Anet A CORDA (1959) Texto de Patrick Hamilton ASSUNTA SPINA (1959) Adaptação do texto de Salvatore de Giacomo FLORADAS NA SERRA (1959) Texto de Dinah Silveira de Queiroz comemorou o terceiro ano do Grande Teatro Tupi do Rio de Janeiro. No elenco estavam Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi, Sérgio Britto, Nathália Timberg, Zilka Salaberry, Camila Amado, Tereza Austregésilo, Iolanda Cardoso, Aldo de Maio, Maria Muniz , Maria da Glória, Norma Blum, Napoleão Muniz Freire, Aldo de Maio e Cláudio Cavalcanti. Direção de Sérgio Britto. A VIDA POR UM FIO (1959) Adaptação de Walter George Durst do roteiro do filme Sorry Wrong Number TENSÃO EM SHANGAI (1960) Adaptação de Walter George Durst baseada no filme de Josef von Sternberg. O COMEDIANTE (1960) Texto de Ernest Lehman O DEMÔNIO FAMILIAR (1960) Texto de José de Alencar ESSES FANTASMAS (1960) Texto de Eduardo de Fillippo LIVING-ROOM (1960) Texto de Graham Greene OS AMANTES DE VERONA (1960) Adaptação do filme do mesmo nome de André Cayatte. ANTÍGONA (1960) Texto de Anouilh FRANKEL (1960) Texto de Antonio Callado ONDE A CRUZ ESTÁ MARCADA (1960) Texto de Eugene O´Neill DILEMA DE UM MÉDICO (1960) Texto de Bernard Shaw TERRAS DO SEM FIM (1960) Adaptação do romance de Jorge Amado que comemorou o quarto aniversário do programa. WOYZEK (1961) Texto de George Büchner ANA KARENINA (1961) Adaptação de Maria Lúcia Maio do romance de Tolstoi ASSIM É SE LHE PARECE (1961) Texto de Luigi Pirandello ORGULHO E PRECONCEITO (1961) Adaptação da obra de Jane Austen O VAMPIRO (1961) Adaptação baseada em peça italiana sobre o vampiro de Düsseldorf. TREZA À MESA (1961) Comédia SANGUE DO MEU SANGUE (1961) Adaptação de Walter George Durst do filme “House of strangers” CHEQUE –MATE (1961) Teleteatro policial OS POSSESSOS (1961) Adaptação do clássico de Dostoiévski que foi ao ar em 4 capítulos. Foi apontado pela crítica como o melhor teleteatro de 1961. SANTA MARTA FABRIL S.A. (1961) Texto de Abílio Pereira de Almeida AS COLUNAS DO TEMPLO (1961) Texto de Jorge Andrade. Obra inédita, desconhecida do público e apresentada pela primeira vez no Grande Teatro Tupi. GONZAGA E A REVOLUÇÃO DE MINAS (1961) Textos e poemas de Castro Alves CARTAS ANÔNIMAS (1961) Telepeça americana de Reginald Rose O GENRO DE MUITAS SOGRAS (1962) Texto de Arthur Azevedo OS FILHOS DE EDUARDO (1962) Texto de Sauvajon JOGO NO ESCURO (1962) Telepeça de Roberto de Cleto e Sérgio Viotti O CAPOTE (1962) Adaptação de André Valle da obra de Nicolai Gógol TRÊS ANAS E TRÊS JOSÉS EM TORNO DE UMA CAMA (1962) Texto de Ligia Nunes GRANDE TEATRO NA TV RIO (1963/1964) Dessa nova fase realizada em vídeo tape destacamos a participação de Ítalo Rossi nos seguintes teleteatros: SEIS PERSONAGENS À PROCURA DE UM AUTOR Texto de Luigi Pirandello que marca a estréia do Grande Teatro na TV Rio APARTAMENTO SEM LUVAS Comédia americana que contou com a presença de todo elenco. O DESCONHECIDO BATE À SUA PORTA Texto de Mel Dinelli NUNCA TE AMEI Texto de Terence Rattigan TRINTA MILHÕES DO GLADIADOR Texto de Labiche A CASA, A PORTA ABERTA e A MÉDIUM Três histórias adaptadas da literatura e da Ópera “Medium” de Giancarlo Menotti A PATENTE Texto de Luigi Pirandello LAURA Telepeça baseada no filme de mesmo nome de Otto Preminger VESTIDO DE NOIVA Texto de Nelson Rodrigues O HOMEM QUE VENDEU A ALMA Telepeça baseada no filme The Devil and Daniel Webste. A VISITA DA VELHA SENHORA Texto de Dürrenmatt VOLTA A BABILÔNIA Texto de Scott Fitzgerald MOIRA Telepeça que marca a estréia de Ítalo Rossi como diretor na TV. 4 NO TEATRO -TV GLOBO (1965) O programa repetia a fórmula do Grande Teatro Tupi, ou seja, apresentava adaptações para a televisão de peças teatrais estrangeiras e nacionais. A direção era de Sérgio Britto e Fernando Torres e no elenco além dos atores do “Teatro dos Sete” (Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi e Sérgio Britto) estavam Aldo de Maio, Antônio Pitanga, Cláudio Marzo, Fábio Sabag, Glauce Rocha, Graça Mello, Gracinda Freire, Jaime Costa, Lafayette Galvão, Paulo Padilha, Rosita Tomaz Lopes, Wanda Lacerda e Yoná Magalhães. As peças tinham duração de uma hora, eram gravadas no Rio de Janeiro e normalmente exigiam de duas a três semanas de ensaio. “4 NO TEATRO”, nome que recebeu o Grande Teatro na TV Globo, apresentou cerca de 15 teleteatros, Ítalo participou de quase todos e destacamos: CRÔNICA DE UMA RAINHA Texto de Maria Inês Souto de Almeida REFERÊNCIA 3.200 Texto adulto de Maria Clara Machado TRÁGICA INOCÊNCIA Adaptação de Walter G. Durst da obra de Charles Spaak NOVELAS/ CASOS ESPECIAIS/ MINISSÉRIES e SERIADOS (1963 A 2008) A MORTA SEM ESPELHO Novela de Nelson Rodrigues Direção de Sérgio Britto e Fernando Torres (TV Rio, 1963) POUCO AMOR NÃO É AMOR Novela de Nelson Rodrigues que assinou a autoria usando o pseudônimo de Verônica Blake. Direção: Sérgio Britto e Fernando Torres (TV Rio, 19:16 hs , 1963) SONHO DE AMOR Novela de Nelson Rodrigues que adptou o romance de O Tronco de Ipê de José de Alencar Direção: Sérgio Britto (TV Rio/Record em SP – 17h30, de abril a maio de 1964) VITÓRIA Novela de Aldo de Maio, baseado no romance de Emi Bulhões de Carvalho e Fonseca Direção: Sérgio Britto (TV Rio – 19h20, julho de 1964) PADRE TIÃO Novela de Moysés Weltman, baseada em “O Pequeno Mundo de Dom Camilo” de Giovanni Guareshi Direção: Graça Mello Personagem: P adre Tião (TV Globo SP – 13:30h dezembro de 1965 a fevereiro de 19666) UM GOSTO AMARGO DE FESTA Novela de Cláudio Cavalcanti, baseada no original de Henrique James Direção: Ítalo Rossi (TV Tupi – 18h30, de 19 de fevereiro a 18 de maio de 1969) E NÓS AONDE VAMOS? Novela de Glória Magadan Direção: Sérgio Britto e Mário Brasini (TV Tupi, 22h, de 16 de fevereiro a maio de 1970) DIBUK, O DEMÔNIO Caso Especial de uma adaptação de Domingos Oliveira da peça teatral homônima de Sch-Aski. Direção: Daniel Filho (TV Globo, 28 de julho de 1972) JERÔNIMO, O HERÓI DO SERTÃO Novela de Moysés Weltman Direção: Gonzaga Blota, Dionísio de Azevedo e Benedito Ruy Barbosa Personagem: Coronel Saturnino Bragança (TV Tupi, 18h, de 20 de novembro de 1972 a novembro de 1973) BRAVO! Novela de Janete Clair Direção: Fábio Sabag e Reynaldo Boury Personagem: Paes Duarte (TV Globo – 19h, de 16 de junho de 1975 a 31 de janeiro de 1976) QUEM ERA SHIRLEY TEMPLE? Caso Especial de Osman Lins Direção: Paulo José (TV Globo, 29 de dezembro de 1976) VEJO A LUA NO CÉU Novela de Sylvan Poezzo, baseada no conto “Três Caminhos” de Marques Rabello Direção: Herval Rossano Personagem: Jacinto (TV Globo – 18h, de 9 de fevereiro a 26 de julho de 1976) ESCRAVA ISAURA Novela de Gilberto Braga, baseada no romance de Bernardo Guimarães Direção: Herval Rossano e Milton Gonçalves Personagem: José (TV Globo- 18h, de 11 de outubro de 1976 a 5 de fevereiro de 1977) O RIO DE JANEIRO DE JOSÉ DE ALENCAR (1977) Especial em homenagem ao escritor José de Alencar Personagem: Um nobre da corte (TV Educativa, 15/11/1977) SÍTIO DO PICAPAU AMARELO Programa Infantil Adaptação de Paulo Afonso Grisolli e Wilson Rocha da obra de Monteiro Lobato Direção: Geraldo Case Supervisão: Edwaldo Pacote Ítalo Rossi participou como convidado de alguns episódios do programa na década de 70. (TV Globo, segunda à sexta, 17h25, de 7 março 1977 a janeiro 1986) CHICO CITY Programa Humorístico Redatores: Chico Anysio, Roberto Silveira, Mário Tupinambá, Irvando Luiz, Jomba, Lula Queiroga, Caco Lacerda, Renato Pereira, Renato Sérgio e Marcos César. Direção (da fase que Ítalo Rossi participa): Maurício Sherman Personagem: Reginaldo (TV Globo – sexta-feira, 21h – Italo Rossi participa no período 1979/80) BRILHANTE Novela de Gilberto Braga Direção: Marcos Paulo, José Carlos Piéri e Ary Coslov Personagem: Delegado (TV Globo, 20 h, de 28 de setembro de 1981 a 27 de março de 1982) PARABÉNS PRA VOCÊ Minissérie de Bráulio Pedroso Direção: Denis Carvalho e Marcos Paulo Personagem: Vice-Reitor (TV Globo – 22h, de 16 de fevereiro a 4 de março de 1983) TRANSAS E CARETAS Novela de Lauro César Muniz Direção: José Wilker e Mario Márcio Bandarra Personagem: Gilberto (TV Globo – 19h, de 9 de janeiro a 21 de julho de 1984) TUDO EM CIMA Minissérie de Bráulio Pedroso e Geraldo Carneiro Direção: Ary Coslov Personagem: Dr. Evandro Sena (TV Manchete - 21h15, março de 1985) CHAPADÃO DO BUGRE Minissérie de Antonio Carlos Fontoura, baseado no romance homônimo de Mário Palmério Direção: Walter Avancini e Jardel Mello Personagem: Damasceno Soares (TV Bandeirantes, 1988) ARAPONGA Novela de Dias Gomes Direção: Cecil Thirè, Lucas Bueno e Fred Confaloniere Personagem: Zeca (TV Globo – 21:30h, de 15 de outubro de 1990 a 29 de março de 1991) O SONHO DOURADO Programa Você Decide Roteiro de Geraldo Carneiro Direção: Paulo José (TV Globo, 23 de dezembro de 1992) OLHO NO OLHO Novela de Antonio Calmon Direção: Ricardo Waddington, Ary Coslov e Rogério Gomes Personagem: Ferreira (TV Globo – 19h, de 6 de outubro de 1993 a 8 de abril de 1994) ENGRAÇADINHA Minissérie de Leopoldo Serran baseada no romance “Engraçadinha – Seus Amores, Seus Pecados” de Nelson Rodrigues Direção: João Henrique Jordem e Denise Sarraceni Personagem: Dr. Phocion (TV Globo – 22h30, 25 de abril a 26 de maio de 1995) A HERANÇA Programa Você Decide Argumento de Lucília S. Henriques Roteiro de Fernando Rebello Direção: Tizuka Yamasaki (TV Globo, 19 de agosto de 1995) EM NOME DO PADRE Programa Você Decide Texto: Fausto Galvão Direção: Ary Coslov (TV Globo, 16 de outubro de 1996) SERRAS AZUIS Novela de Ana Maria Moretzsohn baseada na obra de Geraldo França de Lima Direção: Nilton Travesso, Paulo Figueiredo e Tarcísio Filho Personagem: Eleogadário (TV Bandeirantes, de 22 de junho a 4 de dezembro de 1998) ESPLENDOR Novela de Ana Maria Moretzsohn Direção: Luciano Sabino e Ary Coslov Personagem: Vicente (TV Globo – 18h, de 31 de janeiro a 24 de junho de 2000) CORAÇÃO DE ESTUDANTE Novela de Emanoel Jacobina Direção: Rogério Gomes 2002 Personagem: Vicente (TV Globo – 18h, de 25 de fevereiro a 28 de setembro de 2002) KUBANACAN Novela de Carlos Lombradi Direção: Marco Rodrigo, Cláudio Boeckel, Edgar Miranda Personagem: Trujillo (TV Globo – 19h, de 5 de maio de 2003 a 24 de janeiro de 2004) SENHORA DO DESTINO Novela de Aguinaldo Silva Direção: Luciano Sabino, Marco Rodrigo, Cláudio Boeckel e Ary Coslov Personagem: Alfred, o mordomo (TV Globo – 21 h, de 28 de junho de 2004 a 12 de março de 2005) BELÍSSIMA Novela de Sílvio de Abreu Direção: Carlos Araújo, Luiz Henrique Rios, Denise Saraceni Personagem: Fernando Medeiros (TV Globo – 21h, de 7 de novembro de 2005 a 8 de julho de 2006) TOMA LÁ, DÁ CÁ Seriado Direção: Mauro Mendonça Filho Personagem: Ladir (TV Globo – 23h, 2008) BIBLIOGRAFIA livrOs ALMADA, Izaías. 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Revista Capricho Revista Leitura Revista Romântica Revista Sétimo Céu Revista Manchete Revista Amiga Revista Veja Revista Visão Revista O Cruzeiro Revista Caras Revista Contigo Planeta Diário Jornal O Globo Jornal do Brasil Jornal O Estado de São Paulo Jornal Folha de São Paulo Jornal Tribuna da Imprensa Jornal Última Hora Jornal Correio do Povo Jornal Zero Hora depOimentOs e entrevistas de ÍtalO rOssi: Programa Os Astros (Grande Otelo entrevista Ítalo Rossi. TV E, Rio de Janeiro. Década de 1970) Programa do Jô (TV Globo) Programa Estrelas (TV Globo) Programa Vídeo Show (TV Globo) Depoimentos de Ítalo Rossi para e instituições diversas: Universidade Veiga de Almeida/RJ Museu da Imagem e do Som/RJ Depoimentos sobre Ítalo Rossi: Sérgio Britto Fernanda Montenegro Maria Inês Souto de Almeida Camilla Amado Marcos Ribas de Faria Mario Borges Guida Vianna CRÉDITOS FOTOGRÁFICOS Todas as fotografi as utilizadas neste volume fazem parte do acervo do ator Ítalo Rossi, bem como do acervo de amigos e colegas do ator que gentilmente cederam algumas imagens. Agradecemos ao Cedoc/FUNARTE, Cpdoc Jornal do Brasil, Agência O Globo, Cedoc TV Globo, Arquivo Nacional, Centro Cultural São Paulo/Multimeios pelas imagens fornecidas para essa fotobiografia em homenagem a Ítalo Rossi. Acervo Ítalo Rossi: 16, 17, 18, 38, 39, 47, 48, 69, 70, 102, 103, 105, 107b, 146, 176a, 221, 236, 271, 275, 277, 278, 279 foto Nelson Di Rago: 112, 113 foto Antonio Guerreiro: 124 foto Eduardo Clark: 118, 119 foto Guga Melgar:171, 183, 185b foto Bob Wolfenson: 189 Cedoc FUNARTE: 19, 21, 22bc, 24, 26b, 27, 28, 29, 31,32, 41, 43, 51, 52, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60b, 61, 62, 63, 64, 65, 67, 68, 74, 75, 77, 79b, 82, 83, 84, 85, 86b, 88, 89, 90, 92, 94, 97, 99, 101, 107a, 108, 122, 125, 128, 129, 130a, 131, 133, 136, 137, 139ab, 140b, 141, 142, 143, 148, 150, 161, 162, 163, 176c, 212, 213, 214, 215, 218, 220, 222, 223, 224, 225, 226, 227, 228, 229, 230, 231, 232, 233, 234, 235, 237, 238, 239, 240, 241, 242, 243, 244, 245, 246, 247, 248, 248, 250, 252, 253, 254, 256, 257, 258, 259, 260, 261, 262, 263, 264, 265, 269, 270, 273 foto Waldyr de Souza: 78, 79a, 81, foto Eduardo Clark: 116, 117, 119, 120 foto Marco Aurélio: 13c foto Marko: 138 foto Álvaro Benetti: 156 foto Silvio Pozatto: 170bc Cpdoc Jornal do Brasil: 169, 153 foto Marcos Vianna: 22a, 127 foto Cynthia Brito: 145 foto Marco Antonio Cavalcanti: 157b Agência O Globo: 82, 87, 178 foto Arthur Cavalieri: 181 foto Leonardo Avessa: capa, 15, 23 foto Monique Cabral: 194 Arquivo Multimeios/CCSP/SMC/PMSP: 45, 46, 167 Arquivo Nacional: 72, 73, 93 foto Eduardo Clark: 116, 117, 120 Cedoc TV Globo: 274, 277, 280 Acervo Bárbara Heliodora foto Guga Melgar: 172 Acervo Ester Jablonski foto Elisa Ramos: 201 foto Guga Melgar: 200c, 209, 210, 211 Acervo Guida Vianna foto Xico Lima: 155 foto Marcio RM: 154a Acervo Mário Borges: 186a, 186b, 187, 188, 197, 198 foto Guga Melgar: 184, 185a, 185c, 202, 203 Acervo Paulo José foto Nelson Di Rago: 111 Acervo Sérgio Britto: 251 foto Marco Antonio Cavalcanti: 157a Acervo Vera Nunes: 35 Fredi Kleemann:336 A despeito dos esforços de pesquisa empreendidos pela Editora para identificar a autoria das fotos expostas nesta obra, parte delas não é de autoria conhecida de seus organizadores. Agradecemos o envio ou comunicação de toda informação relativa à autoria e/ou a outros dados que porventura estejam incompletos, para que sejam devidamente creditados. AGRADECIMENTOS Ali Kamel, Amanda de Oliveira Souza, Ana Lúcia Ferreira Olívia, Andréia Beltrão, Bárbara Heliodora, Camila Amado, Carlos Cirne, Carmen Zózimo, Caroline Brito de Oliveira, Celso Lemos, Clara Lindolf, Eliane Lóss, Elizabeth Affonso, Elizabeth Lee, Erivan Soares, Eva Doris, Fernanda Montenegro, Guida Vianna, Humberto Braga, Ivone Hoffmann, Jadir Ferreira, Jaime Antunes da Silva, Joice Cardoso, José Maria Pena, José Quental, Joyce Teixeira Porto, Kimio Okuno, Leo Pelicciani, Lígia Cortez, Lílian Bertin, Lílian Sarkis, Lionel Fischer, Lucianne Mano, Luís Erlanger, Macksen Luiz, Marcelo Campos, Marcelo Pestana, Márcia Cláudia Figueiredo, Marcos Alexandre Mulatinho, Marcos Ribas de Faria, Maria da Glória F. Bräuniger, Maria Roseana Saldanha Gonçalves Agra, Maria Zilda, Mariana Duarte Silveira, Marieta Severo, Mário Borges, Marta Regina Paolicchi, Maura Torres, Maurício Souza Lima, Moacyr Góes, Myriam Lewin, Nathália Timberg, Neide Marinho, Nydia Lícia, Reinaldo Cotia Braga, Rubens E. Filho, Sérgio Aquino, Sérgio Britto, Sérgio Canizo, Silnei Nunes Martins, Silvio Kaviski, Simon Khoury, Simone Recchia, Suzana Saldanha, Tânia Brandão, Tânia Carvalho, Valesca Vale, Vera Albuquerque, Vera Nunes agradeCemos às iNstituições: Cedoc FUNARTE/Ministério da Cultura Biblioteca Nacional Arquivo Nacional Cedoc TV Globo Agência O Globo Cpdoc Jornal do Brasil Jornal O Dia Museus dos Teatros do Estado do RJ Cinemateca do Museu de Arte Moderna/RJ Escola Superior de Artes Célia Helena/SP Centro Cultural São Paulo/Divisão de Acervo, Documentação e Conservação/ Arquivo multimeios Universidade Veiga de Almeida APTR (Associação de Produtores Teatrais do RJ) agradeCemos de Forma espeCial aos FotógraFos: Berenice Raulino, Chico Lima, Eduardo Clark, Fred Confalonieri, Guga Melgar, Leonardo Aversa, Lívio Campos, Marco Aurélio, Silvio Pozatto, Waldyr de Souza ao cartunista Lan e a designer Cristine Nogueira Coleção Aplauso SÉRIE CINEMA BRASIL Alain Fresnot – Um Cineasta sem Alma Alain Fresnot Agostinho Martins Pereira – Um Idealista Máximo Barro Alfredo Sternheim – Um Insólito Destino Alfredo Sternheim O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias Roteiro de Cláudio Galperin, Bráulio Mantovani, Anna Muylaert e Cao Hamburger Anselmo Duarte – O Homem da Palma de Ouro Luiz Carlos Merten Antonio Carlos da Fontoura – Espelho da Alma Rodrigo Murat Ary Fernandes – Sua Fascinante História Antônio Leão da Silva Neto O Bandido da Luz Vermelha Roteiro de Rogério Sganzerla Batismo de Sangue Roteiro de Dani Patarra e Helvécio Ratton Bens Confiscados Roteiro comentado pelos seus autores Daniel Chaia e Carlos Reichenbach Braz Chediak – Fragmentos de uma vida Sérgio Rodrigo Reis Cabra-Cega Roteiro de Di Moretti, comentado por Toni Venturi e Ricardo Kauffman O Caçador de Diamantes Roteiro de Vittorio Capellaro, comentado por Máximo Barro Carlos Coimbra – Um Homem Raro Luiz Carlos Merten Carlos Reichenbach – O Cinema Como Razão de Viver Marcelo Lyra A Cartomante Roteiro comentado por seu autor Wagner de Assis Casa de Meninas Romance original e roteiro de Inácio Araújo O Caso dos Irmãos Naves Roteiro de Jean-Claude Bernardet e Luis Sérgio Person O Céu de Suely Roteiro de Karim Aïnouz, Felipe Bragança e Maurício Zacharias Chega de Saudade Roteiro de Luiz Bolognesi Cidade dos Homens Roteiro de Elena Soárez Como Fazer um Filme de Amor Roteiro escrito e comentado por Luiz Moura e José Roberto Torero O Contador de Histórias Roteiro de Luiz Villaça, Mariana Veríssimo, Maurício Arruda e José Roberto Torero Críticas de B.J. Duarte – Paixão, Polêmica e Generosidade Luiz Antonio Souza Lima de Macedo Críticas de Edmar Pereira – Razão e Sensibilidade Org. Luiz Carlos Merten Críticas de Jairo Ferreira – Críticas de invenção: Os Anos do São Paulo Shimbun Org. Alessandro Gamo Críticas de Luiz Geraldo de Miranda Leão – Analisando Cinema: Críticas de LG Org. Aurora Miranda Leão Críticas de Ruben Biáfora – A Coragem de Ser Org. Carlos M. Motta e José Júlio Spiewak De Passagem Roteiro de Cláudio Yosida e Direção de Ricardo Elias Desmundo Roteiro de Alain Fresnot, Anna Muylaert e Sabina Anzuategui Djalma Limongi Batista – Livre Pensador Marcel Nadale Dogma Feijoada: O Cinema Negro Brasileiro Jeferson De Dois Córregos Roteiro de Carlos Reichenbach A Dona da História Roteiro de João Falcão, João Emanuel Carneiro e Daniel Filho Os 12 Trabalhos Roteiro de Cláudio Yosida e Ricardo Elias Estômago Roteiro de Lusa Silvestre, Marcos Jorge e Cláudia da Natividade Feliz Natal Roteiro de Selton Mello e Marcelo Vindicatto Fernando Meirelles – Biografia Prematura Maria do Rosário Caetano Fim da Linha Roteiro de Gustavo Steinberg e Guilherme Werneck; Storyboards de Fábio Moon e Gabriel Bá Fome de Bola – Cinema e Futebol no Brasil Luiz Zanin Oricchio Francisco Ramalho Jr. – Éramos Apenas Paulistas Celso Sabadin Geraldo Moraes – O Cineasta do Interior Klecius Henrique Guilherme de Almeida Prado – Um Cineasta Cinéfilo Luiz Zanin Oricchio Helvécio Ratton – O Cinema Além das Montanhas Pablo Villaça O Homem que Virou Suco Roteiro de João Batista de Andrade, organização de Ariane Abdallah e Newton Cannito Ivan Cardoso – O Mestre do Terrir Remier João Batista de Andrade – Alguma Solidão e Muitas Histórias Maria do Rosário Caetano Jorge Bodanzky – O Homem com a Câmera Carlos Alberto Mattos José Antonio Garcia – Em Busca da Alma Feminina Marcel Nadale José Carlos Burle – Drama na Chanchada Máximo Barro Liberdade de Imprensa – O Cinema de Intervenção Renata Fortes e João Batista de Andrade Luiz Carlos Lacerda – Prazer & Cinema Alfredo Sternheim Maurice Capovilla – A Imagem Crítica Carlos Alberto Mattos Mauro Alice – Um Operário do Filme Sheila Schvarzman Máximo Barro – Talento e Altruísmo Alfredo Sternheim Miguel Borges – Um Lobisomem Sai da Sombra Antônio Leão da Silva Neto Não por Acaso Roteiro de Philippe Barcinski, Fabiana Werneck Barcinski e Eugênio Puppo Narradores de Javé Roteiro de Eliane Caffé e Luís Alberto de Abreu Onde Andará Dulce Veiga Roteiro de Guilherme de Almeida Prado Orlando Senna – O Homem da Montanha Hermes Leal Pedro Jorge de Castro – O Calor da Tela Rogério Menezes Quanto Vale ou É por Quilo Roteiro de Eduardo Benaim, Newton Cannito e Sergio Bianchi Ricardo Pinto e Silva – Rir ou Chorar Rodrigo Capella Rodolfo Nanni – Um Realizador Persistente Neusa Barbosa Salve Geral Roteiro de Sergio Rezende e Patrícia Andrade O Signo da Cidade Roteiro de Bruna Lombardi Ugo Giorgetti – O Sonho Intacto Rosane Pavam Viva-Voz Roteiro de Márcio Alemão Vladimir Carvalho – Pedras na Lua e Pelejas no Planalto Carlos Alberto Mattos Vlado – 30 Anos Depois Roteiro de João Batista de Andrade Zuzu Angel Roteiro de Marcos Bernstein e Sergio Rezende SÉRIE CINEMA Bastidores – Um Outro Lado do Cinema Elaine Guerini Série Ciência & Tecnologia Cinema Digital – Um Novo Começo? Luiz Gonzaga Assis de Luca A Hora do Cinema Digital – Democratização e Globalização do Audiovisual Luiz Gonzaga Assis De Luca SÉRIE CRÔNICAS Crônicas de Maria Lúcia Dahl – O Quebra-cabeças Maria Lúcia Dahl SÉRIE DANÇA Rodrigo Pederneiras e o Grupo Corpo – Dança Universal Sérgio Rodrigo Reis SÉRIE MÚSICA Rogério Duprat – Ecletismo Musical Máximo Barro Sérgio Ricardo – Canto Vadio Eliana Pace Wagner Tiso – Som, Imagem, Ação Beatriz Coelho Silva SÉRIE TEATRO BRASIL Alcides Nogueira – Alma de Cetim Tuna Dwek Antenor Pimenta – Circo e Poesia Danielle Pimenta Cia de Teatro Os Satyros – Um Palco Visceral Alberto Guzik Críticas de Clóvis Garcia – A Crítica Como Oficio Org. Carmelinda Guimarães Críticas de Maria Lucia Candeias – Duas Tábuas e Uma Paixão Org. José Simões de Almeida Júnior Federico Garcia Lorca – Pequeno Poema Infinito Antonio Gilberto e José Mauro Brant Ilo Krugli – Poesia Rasgada Ieda de Abreu João Bethencourt – O Locatário da Comédia Rodrigo Murat José Renato – Energia Eterna Hersch Basbaum Leilah Assumpção – A Consciência da Mulher Eliana Pace Luís Alberto de Abreu – Até a Última Sílaba Adélia Nicolete Maurice Vaneau – Artista Múltiplo Leila Corrêa Renata Palottini – Cumprimenta e Pede Passagem Rita Ribeiro Guimarães Teatro Brasileiro de Comédia – Eu Vivi o TBC Nydia Licia O Teatro de Abílio Pereira de Almeida Abílio Pereira de Almeida O Teatro de Alberto Guzik Alberto Guzik O Teatro de Antonio Rocco Antonio Rocco O Teatro de Cordel de Chico de Assis Chico de Assis O Teatro de Emílio Boechat Emílio Boechat O Teatro de Germano Pereira – Reescrevendo Clássicos Germano Pereira O Teatro de José Saffioti Filho José Saffioti Filho O Teatro de Alcides Nogueira – Trilogia: Ópera Joyce – Gertrude Stein, Alice Toklas & Pablo Picasso – Pólvora e Poesia Alcides Nogueira O Teatro de Ivam Cabral – Quatro textos para um teatro veloz: Faz de Conta que tem Sol lá Fora – Os Cantos de Maldoror – De Profundis – A Herança do Teatro Ivam Cabral O Teatro de Noemi Marinho: Fulaninha e Dona Coisa, Homeless, Cor de Chá, Plantonista Vilma Noemi Marinho Teatro de Revista em São Paulo – De Pernas para o Ar Neyde Veneziano O Teatro de Samir Yazbek: A Entrevista – O Fingidor – A Terra Prometida Samir Yazbek O Teatro de Sérgio Roveri Sérgio Roveri Teresa Aguiar e o Grupo Rotunda – Quatro Décadas em Cena Ariane Porto SÉRIE PERFIL Aracy Balabanian – Nunca Fui Anjo Tania Carvalho Arllete Montenegro – Fé, Amor e Emoção Alfredo Sternheim Ary Fontoura – Entre Rios e Janeiros Rogério Menezes Berta Zemel – A Alma das Pedras Rodrigo Antunes Corrêa Bete Mendes – O Cão e a Rosa Rogério Menezes Betty Faria – Rebelde por Natureza Tania Carvalho Carla Camurati – Luz Natural Carlos Alberto Mattos Cecil Thiré – Mestre do seu Ofício Tania Carvalho Celso Nunes – Sem Amarras Eliana Rocha Cleyde Yaconis – Dama Discreta Vilmar Ledesma David Cardoso – Persistência e Paixão Alfredo Sternheim Débora Duarte – Filha da Televisão Laura Malin Denise Del Vecchio – Memórias da Lua Tuna Dwek Elisabeth Hartmann – A Sarah dos Pampas Reinaldo Braga Emiliano Queiroz – Na Sobremesa da Vida Maria Leticia Etty Fraser – Virada Pra Lua Vilmar Ledesma Ewerton de Castro – Minha Vida na Arte: Memória e Poética Reni Cardoso Fernanda Montenegro – A Defesa do Mistério Neusa Barbosa Fernando Peixoto – Em Cena Aberta Marília Balbi Geórgia Gomide – Uma Atriz Brasileira Eliana Pace Gianfrancesco Guarnieri – Um Grito Solto no Ar Sérgio Roveri Glauco Mirko Laurelli – Um Artesão do Cinema Maria Angela de Jesus Ilka Soares – A Bela da Tela Wagner de Assis Irene Ravache – Caçadora de Emoções Tania Carvalho Irene Stefania – Arte e Psicoterapia Germano Pereira Isabel Ribeiro – Iluminada Luis Sergio Lima e Silva Isolda Cresta – Zozô Vulcão Luis Sérgio Lima e Silva Joana Fomm – Momento de Decisão Vilmar Ledesma John Herbert – Um Gentleman no Palco e na Vida Neusa Barbosa Jonas Bloch – O Ofício de uma Paixão Nilu Lebert Jorge Loredo – O Perigote do Brasil Cláudio Fragata José Dumont – Do Cordel às Telas Klecius Henrique Leonardo Villar – Garra e Paixão Nydia Licia Lília Cabral – Descobrindo Lília Cabral Analu Ribeiro Lolita Rodrigues – De Carne e Osso Eliana Castro Louise Cardoso – A Mulher do Barbosa Vilmar Ledesma Marcos Caruso – Um Obstinado Eliana Rocha Maria Adelaide Amaral – A Emoção Libertária Tuna Dwek Marisa Prado – A Estrela, O Mistério Luiz Carlos Lisboa Mauro Mendonça – Em Busca da Perfeição Renato Sérgio Miriam Mehler – Sensibilidade e Paixão Vilmar Ledesma Naum Alves de Souza: Imagem, Cena, Palavra Alberto Guzik Nicette Bruno e Paulo Goulart – Tudo em Família Elaine Guerrini Nívea Maria – Uma Atriz Real Mauro Alencar e Eliana Pace Niza de Castro Tank – Niza, Apesar das Outras Sara Lopes Paulo Betti – Na Carreira de um Sonhador Teté Ribeiro Paulo José – Memórias Substantivas Tania Carvalho Pedro Paulo Rangel – O Samba e o Fado Tania Carvalho Regina Braga – Talento é um Aprendizado Marta Góes Reginaldo Faria – O Solo de Um Inquieto Wagner de Assis Renata Fronzi – Chorar de Rir Wagner de Assis Renato Borghi – Borghi em Revista Élcio Nogueira Seixas Renato Consorte – Contestador por Índole Eliana Pace Rolando Boldrin – Palco Brasil Ieda de Abreu Rosamaria Murtinho – Simples Magia Tania Carvalho Rubens de Falco – Um Internacional Ator Brasileiro Nydia Licia Ruth de Souza – Estrela Negra Maria Ângela de Jesus Sérgio Hingst – Um Ator de Cinema Máximo Barro Sérgio Viotti – O Cavalheiro das Artes Nilu Lebert Silnei Siqueira – A Palavra em Cena Ieda de Abreu Silvio de Abreu – Um Homem de Sorte Vilmar Ledesma Sônia Guedes – Chá das Cinco Adélia Nicolete Sonia Maria Dorce – A Queridinha do meu Bairro Sonia Maria Dorce Armonia Sonia Oiticica – Uma Atriz Rodriguiana? Maria Thereza Vargas Stênio Garcia – Força da Natureza Wagner Assis Suely Franco – A Alegria de Representar Alfredo Sternheim Tatiana Belinky – ... E Quem Quiser Que Conte Outra Sérgio Roveri Theresa Amayo – Ficção e Realidade Theresa Amayo Tony Ramos – No Tempo da Delicadeza Tania Carvalho Umberto Magnani – Um Rio de Memórias Adélia Nicolete Vera Holtz – O Gosto da Vera Analu Ribeiro Vera Nunes – Raro Talento Eliana Pace Walderez de Barros – Voz e Silêncios Rogério Menezes Walter George Durst – Doce Guerreiro Nilu Lebert Zezé Motta – Muito Prazer Rodrigo Murat ESPECIAL Agildo Ribeiro – O Capitão do Riso Wagner de Assis Av. Paulista, 900 – a História da TV Gazeta Elmo Francfort Beatriz Segall – Além das Aparências Nilu Lebert Carlos Zara – Paixão em Quatro Atos Tania Carvalho Charles Möeller e Claudio Botelho – Os Reis dos Musicais Tania Carvalho Cinema da Boca – Dicionário de Diretores Alfredo Sternheim Dina Sfat – Retratos de uma Guerreira Antonio Gilberto Eva Todor – O Teatro de Minha Vida Maria Angela de Jesus Eva Wilma – Arte e Vida Edla van Steen Gloria in Excelsior – Ascensão, Apogeu e Queda do Maior Sucesso da Televisão Brasileira Álvaro Moya Lembranças de Hollywood Dulce Damasceno de Britto, organizado por Alfredo Sternheim Maria Della Costa – Seu Teatro, Sua Vida Warde Marx Mazzaropi – Uma Antologia de Risos Paulo Duarte Ney Latorraca – Uma Celebração Tania Carvalho Odorico Paraguaçu: O Bem-amado de Dias Gomes – História de um personagem larapista e maquiavelento José Dias Raul Cortez – Sem Medo de se Expor Nydia Licia Rede Manchete – Aconteceu, Virou História Elmo Francfort Sérgio Cardoso – Imagens de Sua Arte Nydia Licia Tônia Carrero – Movida pela Paixão Tania Carvalho TV Tupi – Uma Linda História de Amor Vida Alves Victor Berbara – O Homem das Mil Faces Tania Carvalho Walmor Chagas – Ensaio Aberto para Um Homem Indignado Djalma Limongi Batista Biblioteca da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo Gilberto, Antonio Ítalo Rossi, isso é tudo / Antonio Gilberto. — São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2010. 348p. — (Coleção Aplauso. Série Especial / Coordenador geral Rubens Ewald Filho). ISBN 978-85-7060-943-4 1. Atores e atrizes de teatro – Biografia 2. Atores e atrizes de televisão – Biografia 3. Rossi, Ítalo, 1931 I. Ewald Filho, Rubens. II. Título. III. Série. CDD 791.092 Índice para catálogo sistemático: 1. Atores brasileiros: Biografia: Representações públicas: Artes 791.092 impresso no brasil / 2010 Foi feito o depósito legal na Biblioteca Nacional [Lei no 10.994, de 14/12/2004] Direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610/98 Proibida a reprodução total ou parcial sem a prévia autorização dos editores. 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